Arquivo de tag Jeová

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama 16 – O Pai Nosso

A oração abre um canal pelo qual a Vida e a Luz divinas podem fluir sobre nós, do mesmo modo que o acionar de uma chave elétrica abre o caminho que possibilita à corrente fluir da usina geradora para a nossa casa.

A fé na oração é a força que aciona a chave. Sem força muscular, não podemos ligar a chave para obter a luz física, e sem fé não podemos orar de maneira a conseguir iluminação espiritual segura.

Se oramos por objetivos mundanos, para fins que contrariam as leis do amor e do bem universal, nossas orações serão tão inúteis quanto uma chave de vidro num circuito elétrico. O vidro é isolante elétrico, portanto, representa uma barreira ao fluxo da corrente.  Analogamente, a oração egoísta representa uma barreira aos propósitos divinos devendo, portanto, ficar sem resposta. Devemos, pois, orar corretamente e, no “Pai Nosso” temos o mais admirável modelo de oração, porque atende as nossas necessidades a tal ponto que nenhuma outra fórmula consegue igualá-la. Com umas poucas e curtas sentenças, ela abarca toda a complexidade do relacionamento entre Deus e nós.

A fim de compreendermos devidamente essa sublime oração e nos capacitar a proferi-la inteligível, consciente e eficazmente, recordemos, de modo rápido, alguns conceitos Rosacruzes aqui envolvidos:

O Pai é o mais elevado Iniciado do Período de Saturno.

O Filho é o mais elevado Iniciado do Período Solar.

O Espírito Santo é o mais elevado Iniciado do Período Lunar.

O Espírito Divino e o nosso Corpo Denso iniciaram sua evolução no Período de Saturno estando, por isso, sob os cuidados do Pai.

O Espírito de Vida e o nosso Corpo Vital iniciaram sua evolução no Período Solar ficando, consequentemente, a cargo do Filho.

O Espírito Humano e o nosso Corpo de Desejos começaram a evoluir no Período Lunar; portanto, ficaram especialmente sob os cuidados do Espírito Santo.

A Mente foi acrescentada no Período Terrestre e não ficou a cargo de nenhum Ser externo, mas apenas sob o nosso governo, sem qualquer outra ajuda de fora.

Aliás, dentre as ajudas espirituais, que recebemos para que possamos avançar no nosso progresso, temos a Oração do Senhor (Pai Nosso), conforme Cristo nos ensinou no Evangelho Segundo São Mateus (6:9-13):

Pai nosso que estás nos céus,

santificado seja o teu Nome,

venha o teu Reino,

seja feita a tua Vontade assim na terra, como no céu.

O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.

Perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores.

E não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos do mal.

No Pai Nosso há sete orações, ou melhor, há três grupos de duas orações e uma súplica simples. Cada grupo faz referência às necessidades de um dos nossos aspectos, Tríplice Espírito, e de sua contraparte no Tríplice Corpo.

Essa oração é uma fórmula abstrata ao melhoramento e purificação de todos os nossos veículos.

Cada aspecto do Tríplice Espírito, começando pelo inferior, expressa adoração ao aspecto correspondente da Divindade. Quando os três aspectos do espírito estão colocados ante o Trono da Graça, cada um emite uma oração apropriada às necessidades da sua contraparte material. No fim os três unem-se para proferir a oração da Mente.

O Espírito Humano se ergue nas asas da devoção e se eleva à sua contraparte na Santíssima Trindade, o Espírito Santo (Jeová), dizendo: “Santificado seja o Vosso Nome”.

O Espírito de Vida alça-se nas asas do amor e se reverencia ante sua contraparte, o Filho (Cristo), dizendo: “Venha a nós o Vosso Reino”.

O Espírito Divino eleva-se com superior entendimento até a matriz da fonte de onde emergiu na aurora dos tempos e se ajoelha ante sua contraparte, o Pai, e diz: “Seja feita a Vossa Vontade”.

Tendo assim alcançado o Trono da Graça, nós, o Tríplice Espírito, apresenta seus pedidos para a personalidade, o Tríplice Corpo.

Então, o mais elevado, o Espírito Divino, pede ao mais elevado aspecto da Divindade, o Pai, para a sua contraparte, o cuidado a prestar ao Corpo Denso: “O pão nosso de cada dia, nos dai hoje”.

O próximo aspecto, em elevação, o Espírito de Vida, roga ao Filho, pela sua contraparte em natureza inferior, o Corpo Vital: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

O aspecto inferior do espírito, o Espírito-Humano, dirige o seu pedido ao aspecto mais inferior da Divindade para o mais elevado do tríplice Corpo, o de Desejos: “Não nos deixeis cair em tentação”.

Por último, os três aspectos do Tríplice Espírito se juntam para a mais importante das orações, a súplica pela Mente, dizendo em uníssono: “Livrai-nos do mal”.

A introdução, “Pai nosso que estais no Céu” é somente um indicativo de direção.

A adição: “Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém” não foi dada por Cristo, mas é muito apropriada como adoração final do Tríplice Espírito por encerrar a diretriz correta para a Divindade.

O Diagrama 16 ilustra a explicação antecedente de forma fácil e simples, mostrando a relação entre as diferentes orações, em suas respectivas cores e os veículos correspondentes.

Algumas notas importantes para compreendermos o quão é abrangente a Oração do Pai-Nosso:

  1. Notem que encarando a oração acima sob o ponto de vista analítico, vemos que três são os ensinamentos religiosos a serem nos dados para nos ajudar a alcançar a perfeição, a saber: o da Religião do Espírito Santo; a seguir, o da Religião do Filho; e, por último, o da Religião do Pai.
  2. No Aspirante à vida superior, a união entre as naturezas superior e inferior é realizada pela Meditação sobre assuntos elevados, pela Contemplação que consolida essa união e, depois, pela Adoração que, transcendendo os estados anteriores, eleva o espírito ao Trono. No “Pai Nosso”, geralmente usado na igreja, a adoração está colocada em primeiro lugar, o que tem por fim alcançar a exaltação espiritual necessária para proferir uma petição que represente as necessidades dos veículos inferiores.
  3. Note que o “Pai Nosso” ensina a doutrina da remissão dos pecados na palavra “perdoai-nos” como também afirma a Lei de Consequência nas palavras “assim como nós perdoamos”, fazendo da nossa atitude para com os outros, a medida de nossa emancipação.

Afinal, o Corpo Vital é a sede da memória. Nele estão arquivadas, subconscientemente, as lembranças de todos os acontecimentos passados, bons ou maus, isto é, tanto a injúria como os benefícios feitos ou recebidos. Lembremos que, ao morrer, as recordações da vida são tomadas desses arquivos imediatamente depois de abandonar-se o Corpo Denso e que todos os sofrimentos da existência pós-morte são resultado dos acontecimentos aí registrados como imagens. Se pela oração contínua obtemos o perdão ou esquecimento das injúrias que tenhamos praticado e procuramos prestar toda compensação possível, purificamos nossos Corpos Vitais. Esquecer e perdoar àqueles que agiram mal contra nós elimina todos os maus sentimentos e nos salva dos sofrimentos pós-morte. Além disso, prepara o caminho para a Fraternidade Universal, que depende mui especialmente da vitória do Corpo Vital sobre o Corpo de Desejos. As ideias de vingança são impressas pelo Corpo de Desejos, em forma de memória, sobre o Corpo Vital. A vitória sobre isso é indicada por um temperamento equânime em meio dos incômodos e sofrimentos da vida. O Aspirante deve cultivar o domínio próprio, porque tem ação benéfica sobre os dois Corpos. A Oração do Senhor exerce o mesmo efeito porque ao fazer-nos ver que estamos injuriando os outros voltamo-nos para nós mesmos e resolvemo-nos a descobrir as causas. Uma dessas causas é a perda do domínio próprio, originada no Corpo de Desejos. Ao desencarnar, a maioria dos seres humanos deixa a vida física com o mesmo temperamento que trouxe ao nascer. O Aspirante deve conquistar, sistematicamente, todos os arrebatamentos do Corpo de Desejos e assumir o próprio domínio. Isto se efetua pela concentração sobre elevados ideais, que vigoriza o Corpo Vital. É um meio muito mais eficaz do que as orações da igreja. O ocultista cientista prefere empregar a concentração à oração porque a primeira realiza-se com o auxílio da Mente, que é fria e insensível, enquanto a oração, geralmente, é ditada pela emoção. Feita com devoção pura e impessoal, dirigida a elevados ideais, a oração é muito superior à fria concentração. Aliás, nunca poderá ser fria, porque voa para Divindade sobre as asas do Amor, a exaltação do místico.

  • Não nos deixeis cair em tentação” é a súplica para o Corpo de Desejos, o repositório de nossas energias e o que incentiva nossas ações através do desejo. Diz, em resumo, uma máxima oriental: “Mate-se o desejo”. A indolência resultante da tentativa de seguir esse axioma é um exemplo que o próprio do oriente pode dar. “Mate seu entusiasmo” é o tolo conselho dado, às vezes, por aqueles que perdem o autocontrole. O desejo ou entusiasmo é predicado valioso, demasiado valioso, para ser sufocado ou destruído, posto que nós sem o entusiasmo somos como o aço sem têmpera: para nada serve. No Apocalipse, seis igrejas são louvadas, mas a sétima é severamente anatematizada por “não ser quente nem fria”, por ser uma congregação inexpressiva. “Quanto maior o pecador, maior o santo” é um adágio verdadeiro porque para pecar precisa-se de energia e quando essa energia é canalizada para a direção certa, então é tanto mais poderosa para o bem, quanto o foi anteriormente para o mal. Um indivíduo pode ser bom apenas porque não consegue reunir suficiente energia para ser mau, então é tão bom que não serve para nada. Enquanto somos fracos, a natureza de desejos nos domina e pode nos fazer sucumbir às tentações, mas quando aprendemos a controlar essa natureza, o nosso temperamento, podemos então prosseguir em harmonia com as “Leis de Deus e dos Homens”.
  • A força capaz de dirigir a energia da natureza de desejos se encontra na Mente, daí a sétima súplica – “Livrai-nos do mal” – ser feita tendo ela como objetivo.
  • Os animais seguem seus desejos cegamente e não cometem pecado. Para eles, o mal não existe. O mal chega ao nosso conhecimento só através da Mente discriminatória que nos capacita a distinguir diversas alternativas de ação e optar por uma entre tantas. Se escolhemos agir em harmonia com o bem universal, cultivamos a virtude; se escolhemos o contrário, nos corrompemos. Note-se que a tão decantada “inocência infantil” não é virtude. Absolutamente. A criança ainda não foi tentada nem provada, por isso é inocente. No devido tempo, as tentações da natureza de desejos porão sua índole à prova. Então, o seguir pelo caminho reto ou o se desviar para trilha sinuosa ficará na dependência da supremacia de sua Mente sobre o seu Corpo de Desejos. Se a Mente é bastante forte para “livrar-nos do mal”, nos tornaremos virtuosos de modo positivo e mesmo se cedermos à tentação por algum tempo, antes de perceber nosso erro, adquiriremos virtude tão logo nos arrependamos e nos reformemos. Aí, trocamos a inocência negativa pela virtude, que é uma qualidade positiva.

Por fim repare que a Oração do Senhor ou a Oração do Pai-Nosso satisfaz as várias partes que nos constitui e indica as necessidades reais de cada uma, mostrando a maravilhosa sabedoria contida em fórmula tão simples.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama 14 – O Pai, o Filho e o Espírito Santo

Diagrama 14 – O Pai, o Filho e o Espírito Santo

O “Pai” é o mais elevado Iniciado da humanidade do Período de Saturno. À humanidade ordinária daquele Período pertenciam os que são agora os Senhores da Mente.

O “Filho” (Cristo) é o mais elevado Iniciado do Período Solar. A humanidade comum desse Período pertencia os que são agora os Arcanjos.

O “Espírito Santo” (Jeová) é o mais elevado Iniciado do Período Lunar. À humanidade comum desse Período pertenciam os que são agora os Anjos.

Esse Diagrama 14 mostra também quais eram os veículos dessas diferentes ordens de Seres. Comparando com o Diagrama 8, se verá que seus Corpos ou veículos (indicados por retângulos em negro no Diagrama 14) correspondem aos Globos do Período em que foram humanos. É sempre assim, pelo menos no relativo às humanidades ordinárias. Ao fim do Período em que uma onda de vida se individualiza em seres humanos, esses seres retêm Corpos correspondentes aos Globos nos quais funcionaram.

Diagrama 8 – Os 7 Mundos, os 7 Globos e os 7 Períodos

Por outra parte, os Iniciados desenvolvem veículos superiores, para eles mesmos. Deixam de usar os veículos inferiores quando obtém a capacidade de empregar um veículo novo e superior.

No Período de Saturno os Senhores da Mente eram, então, humanos. Trabalharam sobre o ser humano que, nesse Período, era mineral. Agora, nada tem a fazer com os Reinos inferiores, estão relacionados somente com o desenvolvimento humano.

Os Senhores da Mente tornaram-se peritos na construção de Corpos de “matéria mental”, assim como nós estamos nos especializando na construção de Corpos de matéria química, e por uma razão similar: a Região do Pensamento Concreto era a mais densa condição de matéria alcançada no Período de Saturno, quando eles eram humanos, assim como a Região Química é o estado mais denso alcançado pela nossa humanidade.

No Período Terrestre os Senhores da Mente alcançaram o estado Criador e emitiram de si, dentro do nosso ser, o núcleo do material com o qual estamos procurando agora construir uma Mente organizada. “Poderes das Trevas” foi o nome que lhes deu São Paulo (Col 1:13), por terem surgido do escuro Período de Saturno. São considerados maus devido à tendência separatista, pertinente ao plano da razão, em contraste com a força unificadora do Mundo do Espírito de Vida, o Reino do Amor.

No Período Lunar, Jeová foi o Iniciado mais elevado. O veículo inferior de Jeová é o Espírito Humano (veja-se o Diagrama 14) e sua contraparte é o Corpo de Desejos.

Jeová era e é um dos Elohim. É o Líder dos Anjos, a humanidade do Período Lunar e é o Regente da Lua atual. Remetemos o leitor ao Diagrama 14 para compreender facilmente a posição e natureza de Jeová.

Dirige os Anjos e, como Regente da Lua, Ele tem a seu cargo os seres degenerados e malignos que nela existem. Com Ele estão também alguns Arcanjos, que constituíram a humanidade do Período Solar. Estes são chamados “Espíritos de Raça”.

O trabalho a cargo de Jeová é a construção de Corpos ou formas concretas, por meio das forças lunares cristalizantes e endurecedoras. Portanto, Ele é o dador de crianças, e os Anjos são seus mensageiros nesta obra. Os fisiólogos sabem muito bem que a Lua está relacionada com a gestação. Observam que dirige e governa os períodos de vida intrauterina e outras funções fisiológicas.

Jeová é o Altíssimo, o Deus de Raça. Tem, por assim dizer, domínio sobre todas as Formas. É o Legislador-Chefe, o Poder mais elevado na conservação da forma e no exercício de um governo ordenado.

Ordinariamente, o veículo inferior de um Arcanjo é o Corpo de Desejos. Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar, emprega geralmente o Espírito de Vida como veículo inferior. Funciona tão conscientemente no Mundo do Espírito de Vida como nós no Mundo Físico. Rogamos ao Estudante que note de modo particular esse ponto porque o Mundo do Espírito de Vida é o primeiro Mundo Universal, conforme explicamos no primeiro capítulo, sobre os Mundos. Nesse mundo cessa a diferenciação e começa a manifestar-se a unidade, pelo menos quanto ao nosso Sistema Solar.

Cristo tem o poder de construir e funcionar num veículo tão inferior como o Corpo de Desejos, o veículo usado pelos Arcanjos, mas não pode descer mais. O significado disso será agora examinado.

Jesus pertence à nossa humanidade. Estudando o ser humano Jesus na Memória da Natureza, podemos segui-lo em suas vidas anteriores. Nelas viveu sob diversas circunstâncias, sob vários nomes, em diferentes encarnações, do mesmo modo que outro qualquer ser humano. Isto não sucede com o Ser Cristo. No Seu caso só pode encontrar-se uma única encarnação.

Todavia, não se imagine que Jesus tenha sido um indivíduo comum. Era de Mente singularmente pura, muito superior à grande maioria da nossa presente humanidade. Esteve percorrendo o Caminho da Santidade através de muitas vidas, preparando-se para a maior honra que poderia ter recebido um ser humano.

Sua mãe, a Virgem Maria, possuía, também, a mais elevada pureza humana, por isso foi escolhida para ser a mãe de Jesus. O pai, José, era um elevado Iniciado, capaz de realizar o ato de fecundação como um sacramento, sem nenhum desejo ou paixão pessoal.

Em consequência, o formoso, puro e amoroso espírito conhecido pelo nome de Jesus de Nazaré veio ao mundo num Corpo puro e sem paixões. Esse Corpo era o melhor, o mais perfeito que se podia produzir na Terra. A tarefa de Jesus, nesta encarnação, era cuidar e desenvolver o seu Corpo até o maior grau de eficiência possível para o grande propósito a que devia servir.

É lei do Cosmos: por mais elevado que seja nenhum ser pode funcionar em qualquer mundo sem um veículo construído do material desse mundo (Ver os Diagramas 8 e 14). Por esse motivo, o Corpo de Desejos era o veículo mais baixo do grupo de espíritos que alcançaram o estado humano no Período Solar.

Cristo, um desses espíritos, era incapaz de construir para Si um Corpo Vital e um Corpo Denso. Podia ter trabalhado sobre a humanidade com um Corpo de Desejos, do modo que fizeram como Espíritos de Raça, seus irmãos mais jovens, os Arcanjos. Jeová Lhe teria aberto o caminho para entrar no Corpo Denso do ser humano. Todas as Religiões de Raça foram religiões de leis, originadoras do pecado como consequência da desobediência a essas leis. Tais religiões estavam sob a direção de Jeová que, tendo por veículo inferior o Espírito Humano, está correlacionado ao Mundo do Pensamento Abstrato, onde se origina o separatismo, conducente ao benefício próprio. A unidade era impossível. Precisamente por esta razão, foi necessária a intervenção de Cristo que possuía como veículo inferior o unificante Espírito de Vida. Por esse motivo, devia aparecer como um ser humano entre os seres humanos. Devia entrar num Corpo humano denso, porque unicamente de dentro é possível conquistar a Religião de Raça, que afeta o ser humano de fora.

Cristo não podia nascer num Corpo Denso. Não tendo nunca passado por uma evolução semelhante à do Período Terrestre, teria de adquirir, primeiramente, a capacidade de construir um Corpo Denso como o nosso. Porém, ainda que tivesse essa capacidade, seria inconveniente para um Ser tão elevado empregar energia na construção do Corpo durante a vida pré-natal, a infância, a juventude, e levá-lo até a maturidade indispensável.

Ele deixara de empregar ordinariamente o Espírito Humano, o Corpo Mental e o de Desejos, embora tivesse aprendido a construí-los no Período Solar e retivesse a capacidade de construí-los e de neles funcionar quando fosse necessário.

Cristo usou todos esses veículos próprios e só tomou de Jesus os Corpos Vital e Denso. Quando Jesus atingiu trinta anos de idade, Cristo penetrou nesses Corpos e empregou-os até o final de Sua Missão, no Gólgota. Depois da destruição do Corpo Denso, Cristo apareceu entre os Discípulos em Corpo Vital, no qual funcionou ainda durante algum tempo. O Corpo Vital é o veículo que Ele empregará quando aparecer novamente. Nunca tomará outro Corpo Denso.

Jesus, quando Cristo tomou o seu Corpo, era um Discípulo de grau elevado e, por conseguinte, seu Espírito de Vida estava em organizado. Vemos, portanto, que o veículo inferior em que funcionou Cristo e o mais bem organizado dos veículos superiores de Jesus eram idênticos. Cristo, ao tomar os Corpo Vital e Denso de Jesus, encontrou-se com uma série completa de veículos, desde o Mundo do Espírito de Vida até o Mundo Físico.

Jesus já alcançara as mais elevadas vibrações do Espírito de Vida e passou por várias Iniciações para obter o necessário efeito sobre o Corpo Vital. O Corpo Vital de um ser humano comum ter-se-ia paralisado instantaneamente sob as intensíssimas vibrações do Grande Espírito que entrou no Corpo de Jesus. Até esse Corpo, puríssimo e ultrassensível como era, não podia suportar durante muitos anos os tremendos impactos vibratórios d’Aquele. Quando lemos que, em certa ocasião, Cristo se afastava dos seus Discípulos, ou caminhava sobre o mar em sua procura, o esoterista sabe que Cristo tinha abandonado momentaneamente os veículos de Jesus para dar-lhes descanso, deixando-os ao cuidado dos Irmãos Essênios que, melhor que Cristo, sabia como deviam cuidar de tais veículos.

Esta cessão foi consumada com pleno e livre consentimento de Jesus. Ele soube que, durante a encarnação inteira, estava preparando um veículo para Cristo. Submeteu-se alegremente, para que o desenvolvimento da humanidade pudesse receber o gigantesco impulso que lhe foi dado pelo misterioso sacrifício do Gólgota.

Como se vê no Diagrama 14, Cristo Jesus possuía os doze veículos que formam uma ininterrupta cadeia desde o Mundo Físico até o próprio Trono de Deus. Portanto, Ele é o único Ser do Universo que está em contato, ao mesmo tempo, com Deus e com o ser humano. É capaz desta mediação porque experimentou, pessoal e individualmente, todas as condições e conhece todas as limitações incidentais à existência física.

Cristo é único entre todos os Seres dos sete Mundos. Unicamente Ele possui os doze veículos. Ninguém, a não ser Ele, é capaz de sentir tão elevada compaixão e compreender tão amplamente a situação e as carências da humanidade. Ninguém, só Ele, está qualificado para trazer o remédio que satisfaça todas as nossas necessidades.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama 13 – O Princípio e o Fim dos Sexos

Tudo que se manifestou durante a curva descendente da involução subsiste até alcançar o ponto correspondente do arco ascendente da evolução.

Os atuais órgãos de geração degenerarão e se atrofiarão.

Os órgãos femininos foram os primeiros a existir como unidade separada. De acordo com a lei que diz que “o primeiro será o último”, serão os órgãos femininos os últimos a atrofiar-se.

Os órgãos masculinos começaram a diferenciar-se depois e, já agora, começam a separar-se do Corpo.

Agora vamos ver a razão de ter que ser assim:

Quando em meados da Época Lemúrica se efetuou a separação dos sexos (na qual trabalharam Jeová e seus Anjos), o Ego começou a agir ligeiramente em seu Corpo Denso, criando órgãos internos. Naquele tempo, o ser humano não tinha plena consciência de vigília, tal como possui hoje, mas com metade da força sexual, construiu o cérebro para expressão de pensamento, na forma já indicada. Estava mais desperto no Mundo Espiritual do que no Físico, mal podia ver seu Corpo e era inconsciente do ato de propagação. A afirmação da Bíblia de que Jeová adormeceu o ser humano, nesse ato é correta. Não havia nem dor nem perturbação alguma relacionada com o parto. Sua obscura consciência do ambiente não o inteirava, ao morrer, da perda do Corpo nem, ao renascer, da entrada noutro Corpo Denso.

Recorde-se: os Espíritos Lucíferos eram uma parte da humanidade do Período Lunar, os atrasados da onda de vida dos Anjos. Eram demasiado avançados para tomarem um Corpo Denso físico, mas necessitando de um “órgão interno” para aquisição de conhecimento podiam trabalhar por meio deum cérebro físico, coisa fora do poder dos Anjos ou de Jeová.

Esses espíritos entraram na coluna espinhal e no cérebro e falaram à mulher, cuja imaginação, conforme já se explicou, tinha sido despertada pelas práticas da Raça Lemúrica. Sendo a consciência predominantemente interna, pictórica, e porque tinham entrado em seu cérebro por meio da medula espinhal serpentina, a mulher viu aqueles espíritos como serpentes.

No preparo da mulher estava incluído assistir e observar as perigosas lutas e feitos dos seres humanos que se exercitavam no desenvolvimento da vontade. Muito frequentemente os Corpos morriam nas lutas.

A mulher surpreendia-se ao ver essas coisas tão raras e tinha obscura consciência de que algo estranho acontecia. Embora consciente dos espíritos que perdiam seus Corpos, a imperfeita percepção do Mundo Físico não lhe dava poder para revelar aos amigos que seus Corpos físicos tinham sido destruídos.

Os Espíritos Lucíferos resolveram o problema “abrindo-lhe os olhos”. Fizeram-na ciente dos Corpos, o seu e o do homem, e ensinaram-na como podiam conquistar a morte, criando Corpos novos. A morte não poderia mais dominá-los porque, como Jeová, teriam o poder de criar à vontade.

Assim, Lúcifer abriu os olhos da mulher, e ela, vendo, ajudou o homem a abrir o seu. Desta maneira, de forma real, se bem que obscura, começaram a “conhecer” ou a perceberem-se uns aos outros e, também, ao Mundo Físico. Fizeram-se conscientes da morte e da dor, aprendendo a diferenciar o ser humano interno da roupagem que usava e renovava cada vez que era preciso dar um novo passo na evolução. O ser humano deixou de ser um autômato. Converteu-se num ser que podia pensar livremente, à custa de sua imunidade à dor, às enfermidades e à morte.

Como vimos, o ser humano obteve o conhecimento por via cerebral, com o concomitante egoísmo, à custa do poder de criar sozinho, e a vontade livre à custa da dor e da morte. Quando aprender a empregar a inteligência para o bem da humanidade, adquirirá poder espiritual sobre a vida, e guiar-se-á por um conhecimento inato muito superior à atual consciência manifestada por via cerebral, tão superior a esta como a sua consciência de hoje é superior à consciência animal.

A queda na geração foi necessária à construção do cérebro, que é um meio indireto de adquirir conhecimento. Será sucedido pelo contato direto com a Sabedoria da Natureza. Então, sem cooperação alguma, o ser humano poderá utilizar esta Sabedoria na geração de novos Corpos. A laringe falará novamente a “Palavra perdida”, ou “Fiat Criador”, outrora empregada pelos antigos lemurianos sob a direção dos grandes instrutores, para criar vegetais e animais.

Será um criador de verdade e não na forma relativa e convencional do presente. Empregando a palavra apropriada ou a fórmula mágica poderá criar um Corpo novo.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossos Pecados: porque os cometemos e o que fazer para nos redimir

Deus é perfeito. Mas nós, individualmente, não somos perfeitos. Devido ao processo de evolução nós estamos a cometer erros. E a maioria desses erros nós os cometemos por causa da nossa ignorância.

Em parte, isso é devido a irmos contra as Leis da Natureza. Na maioria das vezes deixamos nosso “Eu inferior” dominar a situação. Nosso “Eu superior” sabe como não pecar, como obedecer às Leis da Natureza. Isso prova nossa imperfeição. Usamos nosso livre arbítrio de modo contrário às Leis de Deus. Cometemos mais pecados por omissão do que por comissão. São pequenos pecados aos quais, na sua maioria, nem damos importância. Entretanto, ao passar do tempo esses pecados começarão a atrapalhar o nosso progresso espiritual.

O pecado é consequência natural das Religiões de Raça, as Religiões de Jeová. Essas Religiões eram Religiões de Leis, originadoras do pecado, como consequência à desobediência dessas leis. Sob essas leis todos pecavam. E chegou-se a tal ponto que a evolução teria demorado muito, e muitos de nós perderíamos a nossa onda de vida se não fôssemos ajudados.

Isso porque não sabíamos agir com retidão e amor. Nossa natureza passional tornou-se tão forte que não sabíamos mais como controlá-la. Pecávamos continuamente.

Na Época Lemúrica, a propagação da Raça e o nascimento eram executados sob a direção dos Anjos, por sua vez enviados por Jeová, o Regente da Lua.

A função criadora era executada durante determinados períodos do ano, quando as configurações astrais eram favoráveis. Como a força criadora não encontrava obstáculo, o parto realiza-se sem dor.

A consciência do Lemuriano era igual à nossa de hoje, quando estamos dormindo. Assim, ele era inconsciente do Mundo Físico e, portanto, inconsciente do nascimento, e da morte. Ou seja, essas duas coisas não existiam para o Lemuriano.

Quando havia o íntimo contato das relações sexuais entre o homem e a mulher nessa Época, o Espírito sentia a carne e por um momento o ser humano atravessava o véu da carne e observava uma ligeira consciência. A isso se referem várias passagens da Bíblia: “Adão conheceu a sua mulher”, ou seja: sentiu fisicamente. “Adão conheceu Eva e ela concebeu Seth”; “Elkanah conheceu Havah e ela concebeu Samuel”. Mesmo no novo testamento, quando o Anjo anuncia a Maria que será a mãe do Salvador, ela contesta: “Como pode ser isso possível, se eu não conheço a nenhum homem?”. Essas coisas perduraram até aparecer os Espíritos Lucíferos.

Como o ser humano via muito mais facilmente no Mundo de Desejo, os Espíritos Lucíferos manifestaram-se por aí, e chamaram-lhe a atenção para o mundo exterior. Ensinaram-lhe como podia deixar de ser manipulado por forças exteriores, como poderia converter-se em seu próprio Dono e Senhor, parecendo-se aos Deuses, “conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5). Também lhe mostraram como podia construir outros corpos, sem a necessidade da ajuda dos Anjos.

O objetivo dos Espíritos Lucíferos era dirigir a consciência do ser humano para o exterior. Essas experiências proporcionaram dor e sofrimento, mas deram também a inestimável benção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução dos seus poderes espirituais.

A partir daí foram os seres humanos que dirigiram a propagação e não mais os Anjos. A partir daí o ser humano ignorou a operação das forças solares e lunares como melhor Época para a propagação e abusou da força sexual, empregando-a para a gratificação dos sentidos. Então, restou a dor que passou a acompanhar o processo de gestação e nascimento.

Daí o ser humano conheceu a morte, pois via quando passava do Mundo Físico para os Mundos espirituais e vice-versa quando voltava, ao renascer.

A partir daí, como diz a Bíblia: “conceberás teus filhos com dor”. Isso não foi uma maldição de Jeová, como normalmente se acha. Foi uma clara indicação do que iria ocorrer quando se utilizasse a força criadora na geração de um novo ser sem tomar em conta as forças estelares.

Então, é o emprego ignorante da força criadora que origina a dor, a enfermidade e a tristeza.

Esse é o pecado original. “A terra te produzirá espinhos e abrolhos, e tu terás por sustento as ervas da terra. Tu comerás o pão no suor do teu rosto, até que te tornes na terra, de que foste formado.” (Gn 3:18-19).

A partir daí o ser humano teve que trabalhar para obter o conhecimento. Através do cérebro, interioriza parte da força criadora para obter conhecimento do Mundo Físico. Isso é egoísmo. Mas a partir da queda na geração, não há outro modo de se obter conhecimento.

Assim, uma parte da força sexual criadora do ser humano ama egoisticamente o outro ser, porque deseja a cooperação na procriação. A outra parte pensa, também por razões egoístas, porque deseja conhecimento.

Como resultado cristalizou os seus veículos e esqueceu-se de Deus. Os corpos debilitados e as enfermidades que vemos ao nosso redor foram causadas por séculos de abuso, e até que aprendamos a subjugar nossas paixões não poderá existir verdadeira saúde na humanidade.

Em resumo: o pecado original veio porque o ser humano usou o seu livre arbítrio e quis obter a consciência cerebral e a do Mundo Físico, pegando um caminho de atalho. Transformou-se de um autômato, guiado em tudo, num ser criador e pensante.

Aos poucos, através do sábio uso da força criadora sexual e da espiritualização dos seus corpos, o ser humano vai respondendo aos impactos espirituais e escapando do estigma do pecado original.

A partir do momento que o ser humano tomou para si as rédeas de sua evolução, ele começou a experimentar, agindo bem ou mal, fazendo o certo e o errado.

Como quando lhe foi dado a Mente – entre a última parte da Época Lemúrica até a segunda parte da Época Atlante – o Ego era excessivamente débil e a natureza de desejos muito forte, de modo que a Mente se uniu ao Corpo de Desejos, originando a astúcia, a tendência foi fazer mais o mal do que o bem, mais o errado do que o certo, desenvolvendo mais o vício do que a virtude.

Assim, devido à sua ignorância, foi lhe dada uma Religião que tinha como base o látego do medo, impelindo-o a temer a Deus.

Por causa desse medo, tentava-se fazer o bem, o certo. Mas a astúcia e a ignorância eram muito fortes e o ser humano fazia mais o mal.

Após isso, foi lhe dada uma Religião que o levava a certa classe de desinteresse coagindo-o a dar parte dos seus melhores bens como sacrifício: “Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar.” (Gn 8:20).

Noé simboliza os Atlantes remanescentes, núcleo da quinta Raça, a Raça Ária, e, portanto, nossos progenitores. Isso foi conseguido pelo Deus de Raça ou Tribo. Um Deus zeloso que exigia a mais estrita obediência e reverência. Mas, que era um poderoso amigo, ajudava o ser humano em suas batalhas e devolvia lhes multiplicando os carneiros e cereais que lhe eram sacrificados.

O ser humano não sabia que todas as criaturas eram semelhantes, mas o Deus de Raça ensinou-lhe a tratar benevolentemente seus irmãos de Raça e fazer leis justas para os seres da mesma Raça.

Entretanto, houve muitos fracassos e desobediência, pois o egoísmo estava – e ainda está – muito enraizado na natureza inferior.

No Antigo Testamento encontramos inúmeros exemplos de como o ser humano se esqueceu dos seus deveres e de como o Deus de Raça o encaminhou, persistentemente uma e outra vez.

Só com os grandes sofrimentos ditados pelo Espírito de Raça foi que os seres humanos caminharam dentro da lei. Isso porque o propósito da Religião de Raça é dominar o Corpo de Desejos, na maioria das vezes apegado à natureza inferior de modo que o intelecto possa se desenvolver. Portanto, essas Religiões são baseadas na lei, originadoras do pecado, como consequência à desobediência a essas leis.

Exemplos dessas desobediências e de suas consequências vemos no Pentateuco Mosaico, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento.

O ser humano foi pecando – pois não sabia agir por amor – por desobediência a essas Leis, baseadas na lei de consequência, e acumulando uma quantidade tão grande de pecados que se não houvesse uma intervenção externa muitos teriam sucumbido e toda a evolução perdida.

E essa ajuda foi a vinda de Cristo. Por isso ele disse que veio para “buscar e salvar os que estavam perdidos”. Cristo não negou a Lei, nem Moises, nem os profetas.

Disse que essas coisas já tinham servido aos seus propósitos e que para o futuro, o AMOR deveria suceder a Lei.

Ele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E o tirou, mas não o pecado do indivíduo.

Purificou e, continua purificando todos os anos, o Mundo do Desejo de modo que tenhamos matéria de desejos mais pura para construir nossos Corpos de Desejos e desejos superiores, mais puros.

Assim, por inanição, vamos eliminando nossas tendências inferiores, nossos vícios, o egoísmo, etc.

Ele nos deu a doutrina do Perdão dos Pecados. Ela não vai contra a Lei de Consequência, como muitos pensam, mas a complementa.

Dá aos que se interessam pela vida espiritual forças para lutar, apesar de repetidos fracassos e para conseguir subjugar a natureza inferior.

Mediante o Perdão dos Pecados, foi nos aberto o caminho do arrependimento e da reforma íntima.

Aplicando uma lei superior à Lei Mosaica, a lei do amor, conseguimos esse perdão. Se não o fazemos, teremos que esperar pela morte que nos obrigará a liquidar nossas contas.

Para conseguir o perdão dos nossos pecados temos que, quando cometermos um erro, ter um sincero arrependimento seguido de uma devida regeneração que pode ser um serviço prestado a quem injuriamos ou uma oração para essa pessoa; se for impossível a prestação do serviço poderá ser um serviço prestado a outrem. Com esse sentimento e essa compreensão tão intensa quanto possível do erro cometido, a imagem desse ato se desvanece do Átomo-semente do Corpo Denso, no qual foi gravado.

Lembremos que são as gravações desse Átomo-semente que formam a base da justa retribuição depois da morte e que é o livro dos Anjos do Destino. Com isso, no Purgatório, esse registro não estará mais lá e não sofreremos por esse ato errado, pois já aprendemos que ele é errado, restituindo-o voluntariamente. Lição aprendida, ensino suspenso.

Nesse ponto, muito nos ajuda o exercício noturno de Retrospecção, é ele que nos faz viver o Purgatório diariamente e nos ajuda na compreensão e no discernimento em fazer o bem e o que é fazer o mal.

Portando, não sigamos tanto a carne, o Mundo Físico, pois já passamos do tempo que precisávamos disso.

Não sejamos preguiçosos, gulosos, impudicos, voluptuosos, soberbos, avarentos. Pois em que nós pecamos, seremos gravemente castigados.

Relembremos, agora, os nossos pecados para podermos aproveitar melhor o tempo após a morte para ajudarmos os nossos irmãos e para construirmos melhores corpos.

Sejamos sábios utilizando toda essa ajuda que os nossos irmãos mais evoluídos nos dão.

Se vivemos para Cristo, veremos que toda tribulação dará prazer, pois a sofreremos com paciência e que: “a iniquidade não abrirá a sua boca” (Sl 106:42).

E pela paciência e persistência estaremos entre os escolhidos no dia do juízo, pois: “erguer-se-ão naqueles dias os justos com grande força contra aqueles que os oprimiram e desprezaram.” (Sab 5:1).

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Observando os Sacramentos Cristãos atraímos o Raio do Cristo

Observando os Sacramentos Cristãos atraímos o Raio do Cristo

Os Sacramentos foram dados aos Apóstolos pelo Cristo e, justamente como invocamos aos Anjos todas as vezes que lemos a Bíblia, assim atraímos o Raio do Cristo quando quer que observemos Seus Sacramentos.

Ao todo são Sete os Sacramentos Cristãos: Batismo, Confirmação, Sagrada Comunhão (ou Eucaristia), Matrimônio, Penitência, Ordem Sacerdotal e Extrema-Unção.

Os Sacramentos são simbolizados por rituais externos de curta duração e o seu propósito é o de nos prover de uma contínua ajuda no exercício para o crescimento espiritual.

Portanto, os Sacramentos não são meras cerimônias, mas exercícios espirituais de grande poder, relacionados com os átomos-sementes dos nossos Corpos: Físico, Vital, de Desejos e da Mente.

Já a origem da palavra Sacramento sugere isso. SACR VA N’ CABAH. SACR quer dizer: portador do gérmen e N’CABAH quer dizer mãe.

Todos eles estão, também, relacionados com algum ponto do nosso Ciclo de Vida aqui no Mundo Físico.
Senão vejamos:

Quando renascemos nesse Mundo Físico, pouco após o nascimento do nosso Corpo Denso, muitos de nós somos admitidos na igreja por meio do Batismo.

Mais tarde, quando já desenvolvemos em parte o nosso Corpo Vital, nosso Corpo de Desejos e a nossa Mente, ratificamos essa admissão através da Comunhão.

Logo após, nos é ensinado o valor da Penitência, que tem efeitos semelhantes aos do exercício de Retrospecção, no sentido de que nos leva a aprender a importância do arrependimento sincero por todos os pecados cometidos e da retirada da quinta essência de toda lição aprendida.

Em seguida, dada a necessidade de continuar a nossa espécie, somos dirigidos ao Matrimônio, onde temos a oportunidade de cooperar com a continuidade da Evolução aqui na Terra, através da procriação.

Uma vez atendida a necessidade de ajudar a continuidade da nossa Evolução terrena, voltamo-nos mais para o desejo de dedicar todas as nossas energias à vida superior. Aqui, o Sacramento da Ordem Sacerdotal, por meio de suas meditações e disciplinas, auxilia o aspirante a elevar-se acima de qualquer necessidade de expressão inferior das energias criadoras.

E, finalmente, quando chega o momento que determina o fim de mais essa jornada aqui no Mundo Físico, passamos para os mundos espirituais levando a benção da Igreja através da Extrema Unção, descartando o nosso Corpo Físico e levando as lições aqui aprendidas para serem assimiladas durante a nossa estada nos mundos Suprafísicos.

Antes de detalhar o significado de cada Sacramento gostaria de resumir o propósito da nossa evolução: quando Deus criou-nos como Espíritos Virginais e criou todos os 7 Mundos que divide o Universo, quais sejam: Mundo Físico, Mundo do Desejo, Mundo do Pensamento, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Espírito Divino, Mundo dos Espíritos Virginais e Mundo de Deus ele nos disse: “Caros Filhos. Criei-os a minha imagem e semelhança para que tornem como a Mim, criadores de novos Sistemas Solares. Para tal, aqui está a nossa casa, composta desses Mundos. Cabe a vocês conhecê-los, dominá-los, aprendendo a criar em cada um deles conscientemente. Vocês têm todos os Poderes da Criação, mas estão latentes, cabendo a esse Esquema de Evolução transformá-los em Poderes dinâmicos. O Mundo mais denso à que descerão será o Mundo Físico, onde alcançarão o Nadir da Materialidade, esquecerão a sua origem divina a fim de dominar tal mundo e tornarem indivíduos criadores conscientes e separados. Após isso retornarão à Casa do Pai, conquistando os demais Mundos, de baixo para cima, novamente unidos numa Fraternidade Universal, mas agora como criadores dinâmicos, conscientes em todos os Mundos da nossa Casa”.

Vamos falar sobre o Sacramento do Batismo.

Etimologicamente quer dizer imersão (do grego baptizein, mergulhar na água, banhar).
Era um rito religioso usado por João Batista para excitar a contrição interna de seus discípulos preparando-os para a vinda do Messias e para receber o Sacramento do Batismo, instituído por Cristo, pois como lemos em Marcos 1:8, quando João Batista, pregando dizia: “Eu tenho-vos batizado em água, porém Ele batizar-vos-á no Espírito Santo“.

Para obtermos uma verdadeira ideia do Batismo, temos de retroceder na história da Humanidade.

No início do Período que estamos atualmente vivenciando, o Período Terrestre, estávamos evoluindo na região polar do Sol, daí essa época ser conhecida como Época Polar. Esta é descrita no Gênesis 1:9.

Construímos o primeiro corpo que se tornaria o nosso Corpo Denso.

Inconscientes, mas dirigido de fora por Seres Espirituais, no caso os Senhores da Forma, fomos aprendendo a construir de dentro para fora esse nosso primeiro corpo, órgão a órgão, tecido a tecido.

Toda nossa atenção e consciência estavam voltadas para dentro. Nada sabíamos do nosso exterior, nem do nosso redor.

Após essa Época, a Terra foi arrojada do Sol. No início era obscura e fria. Com o tempo ela saiu do caos, obscura e informe, como diz a Bíblia.

Aos poucos, os Seres Espirituais responsáveis por nós nessa época, geraram calor e a Terra foi se tornando incandescente.

Então, Deus proferiu as palavras: “Faça-se a Luz“, como lemos no Gênesis 1:14-19.

Foi o trabalho da criação no seu quarto dia.

Estávamos na Época Hiperbórea do atual Período Terrestre. Guiados em tudo pelos Seres Espirituais, mais precisamente nessa época, pelos Senhores da Forma e pelos Anjos, fomos envolvidos, cada um, com um incipiente Corpo Vital. Possuíamos corpos enormes.

Assimilávamos alimentos por osmose e propagávamos por cissiparidade: se dividíamos em duas partes desiguais. Ambas cresciam até adquirir o tamanho daquela parte inicial.

Continuávamos com a nossa atenção voltada para o nosso interior, no afã de desenvolver, então nossos dois corpos: Denso e Vital.

Entretanto, ao redor dessa conhecida massa incandescente, estava o frio espaço. O contato entre esses dois ambientes gerou a umidade. A névoa ígnea foi rodeada pela água que fervia e o vapor era projetado na atmosfera. A atmosfera da Terra era densa. Havia uma crosta terrestre que começava a adquirir dureza e solidez. Mas havia muita ebulição, vulcões e cataclismos.

Vivíamos sobre as partes mais duras e relativamente resfriadas, entres bosques gigantescos e animais enormes. Estávamos na Época Lemúrica do atual Período Terrestre.

Deus proferiu as palavras: “Faça-se um firmamento entre as águas e separe ele umas das outras“, como lemos em Gênesis 1:6-7.

Foi o trabalho de criação do quinto dia.

Nessa Época apareceram os Arcanjos e os Senhores da Mente e envolveram nossos Corpos Denso e Vital com um Corpo de Desejos e, nos adiantados, com uma Mente.

Ainda continuávamos inconscientes, voltados para o desenvolvimento dos nossos corpos. Entretanto, nessa Época começamos a perceber nossos semelhantes.

Nessa época, a fim de podermos ter instrumentos de construção nesse Mundo Físico houve a necessidade da divisão da nossa força sexual. Metade dela nós utilizamos para construir o cérebro e a laringe, dois órgãos criadores.

Com isso, teve origem a divisão sexual onde surgiu o homem e a mulher. O homem expressando mais o polo positivo da força sexual – à vontade, e a mulher o polo negativo – a imaginação.

Essa percepção foi se tornando mais clara. Principalmente após a separação dos sexos, embora sua percepção predominante ainda fosse interna.

Também não éramos conscientes da morte. Descartávamos nossos corpos como trocamos de roupa.

Já na próxima Época, denominada Época Atlante, referenciada como o trabalho executado no sexto dia da Criação, explicitado no Gênesis 1:24-27, tínhamos uma atmosfera sempre sobrecarregada de uma neblina espessa e pesada.

A água não era tão densa como agora, continha maior proporção de ar. O Sol aparecia como rodeado de uma aura de luz vaga. Guiávamo-nos mais pela percepção interna do que pela visão externa. Víamos a qualidade da alma de todos que viviam a nossa volta, e os percebíamos mais como seres espirituais do que materiais.

Essa percepção nos dava a possibilidade de saber logo das disposições, amigáveis ou agressivas, do outro ser humano que observávamos, e assim saber, como devíamos tratar os demais e como podíamos escapar aos perigos.

Nesse tempo, ainda não existiam as nações, pois toda a humanidade se constituía numa vasta fraternidade.

Daí para frente, devido à necessidade de aperfeiçoar o pensamento e a razão, fomos nos tornando cada vez mais separatistas – com o desenvolvimento da personalidade – e esquecemos a fraternidade, mergulhando no egoísmo.

Portanto, quando uma pessoa é admitida na Igreja, que é uma instituição espiritual, onde o amor e a fraternidade são os incentivos principais para a ação, é apropriado levar o indivíduo às águas do Batismo como simbolismo da formosa condição da inocência da criança e do amor que prevalecia quando vivíamos sob a névoa, naquela remota Época.

Então nossos olhos não tinham sido abertos às “vantagens materiais” deste Mundo Físico.

A criança que é levada à Igreja ainda não está consciente das tentações da vida e são outros os que se obrigam a guiá-la, para que leve uma vida sagrada de acordo com a melhor habilidade, porque a experiência do Dilúvio ensinou-nos que o largo caminho do mundo está semeado de dores, tristezas e desenganos e, só seguindo o caminho reto e estreito podemos escapar da morte e entrar na vida eterna.

Assim existe um profundo e maravilhoso significado no Sacramento do Batismo e isso é para nos recordar as bênçãos que acompanham aqueles que são membros de uma Fraternidade em que o proveito próprio é posto de lado e onde o serviço aos outros é a nota-chave e principal incentivo a ação.

Agora vamos falar do Sacramento da Comunhão.

Para obter um completo conhecimento do profundo alcance desse Sacramento consideremos a evolução do nosso planeta e a composição do ser humano aqui envolvido no nosso Esquema de Evolução.

Continuando na Época Atlante, mencionada anteriormente, recebemos dos Senhores da Mente, o incipiente veículo Mente, que nos possibilita termos domínio sobre as nossas ações.

Então, chegou o momento em que nós devíamos nos guiar por nós mesmo, a fim de prosseguir no desenvolvimento futuro.

Devíamos aprender a ser independente e assumir a responsabilidade dos nossos próprios atos.

Ao invés de adorar os deuses visíveis, devíamos, agora, adorar o Deus invisível, criador do céu e da terra, mas adorá-lo em Espírito e Verdade.

O aperfeiçoamento do pensamento e da razão se deu na próxima Época, conhecida como Época Ária.

Isso foi o resultado do nosso trabalho sobre a Mente, a fim de conduzir o nosso Corpo de Desejos à perfeição espiritual.

Infelizmente, tudo isso conseguimos à custa do domínio das forças vitais, ou seja: à custa do nosso poder sobre a Natureza. Hoje podemos exercitar o nosso poder mental, o pensamento, nos minerais e nas substâncias químicas, mas não sobre a vida animal ou vegetal.

Com a Mente, fomos desenvolvendo a malícia e a astúcia, o egoísmo e a ambição em possuir.

Descobrimos que o cérebro é superior aos músculos. Fomos separados em raças a fim de facilitar o desenvolvimento dessa incipiente individualidade e atender os diversos graus de evolução de cada um.

A fim de não nos deixar se perverter e colocar todo o esquema da evolução a perder, através do excessivo uso do pensamento em egoísmo, paixão, astúcia, malícia, sensualidade e outros fatores que cristalizam os corpos, foram instituídas as Religiões de Raça que tinham como guia o Deus de Raça, Jeová, o mais alto Iniciado entre os Anjos.

Este nos deu a Lei que nos freou em nossos inferiores anseios. Afinal se seguíssemos os seus preceitos ele nos abençoaria abundantemente e nos cumularia de bens. Se nos afastássemos dos seus caminhos, os males viriam sobre nós. Portanto, a escolha era nossa. Éramos livres, mas sofríamos as consequências de nossos próprios atos. E essas consequências por desobediência, são conhecidas como pecado.

Portanto, como todas as Religiões de Raça é baseada em Leis, são originadores do pecado como consequência da desobediência a essas Leis.

Fazíamos sacrifícios oferecendo os nossos melhores bens materiais em adoração ao nosso Deus de raça.

Todo o Velho Testamento descreve a Lei que impera nas Religiões de Raça. Era a lei do: olho por olho, dente por dente.

Mas nós não fomos criados para sermos subjugados a qualquer tipo de autoridade.

Devemos nos transformar num criador, a semelhança de quem nos criou, afinal fomos criados a imagem e semelhança de Deus!

Foi quando apareceu os Espíritos Lucíferos e explicaram como podíamos nos tornar cientes dos nossos Corpos Densos, o que era a morte nesse Mundo Físico e, como, utilizando da nossa força sexual, podíamos construir novos corpos quando quiséssemos.

Explicaram-nos que a morte não podia mais nos dominar porque, como Jeová, teria o poder de criar à vontade.

Então começamos a nos “conhecer” ou a perceber uns aos outros e ao Mundo Físico. Tornamo-nos conscientes da morte e da dor, aprendendo a diferenciar o ser humano interno da roupagem que usava e renovava cada vez que era preciso dar um novo passo na evolução. Deixamos de ser um autômato.

Convertemo-nos em um ser que podia pensar livremente, à custa de nossa imunidade à dor, ao sofrimento, às enfermidades. Como diz na Bíblia: comemos do fruto da Árvore do Conhecimento. O conhecimento do bem e do mau.

Mas Jeová sabia que nós, agora com a atenção fixada em nossa roupagem física, perceberíamos a morte, e que, não tendo ainda sabedoria para refrear as paixões e regular a relação sexual pelas posições dos estelares, o abuso da função produziria o parto com dor. Esse é o momento conhecido como a “Queda do Homem”.

Afinal nós temos dentro de nós o desejo de conhecer, de experimentar. E esses nossos progressivos passos não foram dados facilmente, sem rebeliões ou desobediências. Houve muitos fracassos e retrocessos.

No Velho Testamento temos inúmeros exemplos de como nos esquecemos dos nossos deveres e de como o Espírito de Raça nos encaminhou, persistentemente, uma e outra vez.

Considerando essas desobediências à Lei, mais os abusos cometidos em nome do egoísmo, do separatismo, conducente ao benefício próprio – ou, no máximo, ao benefício exclusivo da Raça, podemos deduzir duas coisas: a quantidade de pecados era enorme, devendo ser expiado, criando corpos cristalizados, voltados exclusivamente para as coisas materiais, com o perigo de que nos perdêssemos nesse Esquema Evolutivo e com a Religião de Raça era impossível voltarmos à unidade, em que todos formaremos uma Fraternidade Universal.

Por esses dois motivos foi necessária a intervenção de Cristo, o mais alto Iniciado entre os Arcanjos. E quando Cristo Jesus foi crucificado, o sangue que fluiu dos seis centros por onde fluem as correntes do Corpo Vital, o grande Espírito Solar Cristo, se libertou do veículo Físico de Jesus.

Nesse momento, encontrando-se na Terra com Seus veículos individuais, compenetrou os veículos do nosso Planeta, já existentes, e em um abrir e fechar de olhos difundiu o Seu próprio Corpo de Desejos pelo Planeta, o que permitiu, daí por diante, trabalhar sobre o Planeta Terra e sobre a Humanidade toda de dentro. Tornou-se o Regente do Planeta Terra.

Com isso purificou o Mundo do Desejo, limpando-o de todo o material cristalizante inferior que lá existia. Por isso se diz que “Cristo lavou os pecados do Mundo”, não do indivíduo.

Com isso ganhamos a possibilidade de atrair para os nossos Corpos de Desejos, matéria emocional mais pura que antes.

Com isso nos deu a Doutrina do Perdão dos Pecados e da possibilidade da lei, agora temperada com o amor, dar-nos a Graça.

Com isso também, Ele inaugurou a Religião Cristã, baseada no Amor e as raças e nações separadas devem unir-se numa Fraternidade Universal. Esse é o trabalho anual do Cristo e de todos nós. Por isso que lemos na Bíblia: “Na mesma noite que Jesus Cristo foi traído tomou o pão e depois de dar graças, partiu-o dizendo: ‘Tomai e comei, este é o Meu corpo que se parte para vós. Fazei isso em Minha memória’. Da mesma maneira depois de haver ceado tomou o cálice, dizendo: ‘Este é o cálice do Novo Testamento em Meu Sangue’. Fazei isto toda vez que beberdes em Minha memória. Pois, todas as vezes que comeis este pão ou bebeis deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha. Por conseguinte, quem quer que coma deste pão e beba desse cálice indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor… O que comer e beber indignamente, come e bebe sua própria condenação… Por essa causa muitos estão débeis e sem força entre vós e muitos dormem.” (ICor 11:23-30).

Ao recordarmos em cada refeição, em ação de graças, a natureza do alimento procedente da substância da Terra sendo o corpo do Espírito do Cristo que habita dentro dela, compreendemos como aquele corpo se divide diariamente para nós.

Pois, nossas plantas, grãos e frutas são cristalizações verdadeiras do Corpo Vital da Terra, o etérico Princípio Crístico que absoluta e literalmente é o corpo de Cristo.

Apreciaremos, assim, a bondade amorosa que o levou a tal sacrifício e, recordaremos também que não há um momento diuturnamente, em que Ele não sofra por estar confinado a essa Terra.

Ainda nesse ponto, Cristo nos deu qual seria o nosso trabalho daqui para frente. O cálice, ou conhecido como Santo Graal, onde continha o suco da videira e onde disse que é o cálice do Novo Testamento em “Meu sangue”, é simplesmente o símbolo do novo Veículo que estamos a construir: o Corpo-Alma, composto dos dois Éteres superiores da Região Etérica do Mundo Físico.

Senão vejamos: No Reino Vegetal, a atividade geradora de novos corpos é feita de maneira pura, casta e imaculada, executada através dos seus órgãos geradores contidos numa parte chamada cálice. Não há a menor paixão nesse Reino.

Nos Reinos Superiores ao nosso, o Humano, também se tem todo o processo de regeneração puro e santo. Somente nos Reinos Humano e Animal é que se tem paixão no processo de geração. Portanto, nós, o ser humano, somos uma planta invertida. A planta é inocente e dirige seus órgãos criadores para o Sol. Não tem paixão, é pura e casta. O ser humano dirige seus órgãos criadores para a Terra; tem paixão.

No devido tempo, nos converteremos em um Deus, e então empregaremos nossa capacidade geradora em benefícios dos outros e não para gratificar nossos sentidos.

Para isso estamos construindo um novo veículo que tem a forma do cálice da planta. Ou seja: o cálice do Graal é o cálice da planta. Estamos aprendendo, como a planta, a absorver a força solar, que é construtora de todas as formas; a empregar o poder criador sem paixão.

Foi por São Paulo conhecer essa necessidade de castidade (salvo quando o objetivo seja a procriação) com respeito aos que tiveram um despertar espiritual, que o levaram a se expressar: “Aqueles que participassem da Comunhão sem viver a vida estariam em perigo de enfermidade e de morte.” (ICor 11:27). Já que conforme os corpos dos dedicados aspirantes a vida espiritual vão se tornando cada vez mais sensitivos, mais danosos são os efeitos produzidos pela incontinência, comparados com os corpos que ainda estão debaixo da Lei e não conseguiram ser participantes da graça pelo Cálice do Novo Testamento.

Agora vamos falar do Sacramento do Matrimônio.

O Espírito é bissexual. Manifestamo-nos como seres masculinos e femininos em cada renascimento com o objetivo de alcançarmos um desenvolvimento completo dos nossos poderes criadores em seus polos positivo e feminino. Os caracteres de ambos os sexos estão em cada Corpo Denso de cada sexo.
No homem, os caracteres masculinos estão ativos e os femininos inativos. Na mulher ocorre o contrário.

Vimos anteriormente que houve um tempo em que se deu a separação dos sexos a fim de que metade da força sexual fosse dirigida para a criação do cérebro e da laringe, órgãos criadores do pensamento e da fala, necessários para expressar o poder de criação nesse Mundo Físico.

Assim surgiram o homem e a mulher e a necessidade de se unirem para procriar e manter a espécie humana provida de Corpos Físicos. Naqueles tempos de inconsciência e automaticidade, nós, encarnados em seres de ambos os sexos, éramos reunidos em determinadas épocas do ano para a procriação.

Como cada ser humano de cada sexo possui metade da força sexual criadora, também possui as características positivas e negativas dessa força.

Ou seja: a mulher possui mais proeminentemente a Imaginação (polo negativo) e o homem, a vontade (polo positivo).

Vimos anteriormente que houve um tempo em que ganhamos o germe do Corpo Denso e começamos a desenvolvê-los. Depois ganhamos o germe do Corpo Vital, incorporamos ao Corpo Denso e trabalhamos no desenvolvimento dos dois. Mais tarde, ganhamos o germe do Corpo de Desejos, incorporamos aos outros dois e trabalhamos nos três. E por fim, ganhamos o germe da Mente, incorporamos nos outros três Corpos e trabalhamos nos quatro.

Entretanto, o incentivo a ação, o desejo e a consciência resultaram numa guerra sem fim entre o Corpo Vital que constrói e o Corpo de Desejos que destrói o Corpo Denso.

Assim, a cristalização, dissolução e decrepitude do Corpo Denso apareceram como efeito dessas ações nos corpos o que levou a necessidade de tempos em tempos, de trocarmos o nosso Corpo Denso. Para isso foi instituído o Matrimônio e o Nascimento repetidos nesse Mundo Físico.

O princípio do Sacramento do Matrimônio pode ser encontrado em Mateus 19:4-6: “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? Assim, portanto, já não são dois, mas uma só carne’.“.

Entretanto, além da união necessária para a procriação, o matrimônio tem outro propósito que só se descobre quando percebemos o maravilhoso mistério do amor – não da paixão. Somente aí olhamos o Matrimônio sob outro ponto de vista. Somente aí entendemos que o Matrimônio verdadeiro é a união de duas almas antes que a união de dois sexos. É a união de duas almas que conseguem anular o sexo.

Afinal, estamos destinados a evoluir os elementos negativos e positivos de nossa natureza. Esta mescla dos aspectos masculinos e femininos é facilitada grandemente por meio da íntima relação do estado do Matrimônio.

Cristo também indicou o fim do Matrimônio quando disse: “Na ressurreição, os homens não terão mulheres, nem as mulheres maridos; mas serão como os anjos de Deus no céu.“, em Mt 22:30.

E isso ocorrerá quando, desenvolvendo nosso Corpo-Alma, de que fala São Paulo, viveremos na Região Etérica do Mundo Físico e não mais teremos esse Corpo Denso tal como agora. Nesse tempo não existirá mais a divisão entre sexos, nem a necessidade de trocar de Corpo Denso de tempos em tempos. Portanto, o Matrimônio, como meio de procriação, não será mais necessário.

Vamos, agora, falar sobre o Sacramento da Penitência ou, como mais conhecemos o Exercício de Retrospecção.

Como diz Max Heindel no Conceito: “É, talvez, o ensinamento mais importante dessa obra”. Esse Exercício tem uma descrição muito simples: à noite ao se deitar, feche os olhos e contemple todos os acontecimentos do dia em ordem inversa, ou seja: primeiros aqueles que ocorreram imediatamente antes de se deitar, depois o anterior e assim por diante até o primeiro acontecimento do dia, quando você se levantou. Mas não fixe no acontecimento em si, mas especialmente no seu aspecto moral.

Considerando se agiu corretamente ou não, em pensamento, palavra e ação.

Censure a si mesmo quando agiu mal, arrependendo-se e procurando sinceramente se corrigir da próxima vez.

E se enalteça aprovando toda vez que praticou o bem, procurando a satisfação por assim ter feito e repetir tal ação toda vez que houver oportunidade.

Com isso, fortalecemos o bem pela aprovação e enfraquecemos o mal pela reprovação.

Assim, compreendendo o mal que fizemos e reafirmando o propósito de desfazer o mal cometido, apagamos as imagens da memória do subconsciente.

Após a morte elas já não estarão mais lá para nos julgarmos no Purgatório.

Portanto, gastaremos menos tempo no Purgatório, onde devemos sofrer todo mal que fizemos os nossos irmãos sofrer, com o objetivo de aprendermos, pela dor e sofrimento o que nos negamos a aprender pelo amor.

Afinal: lição aprendida, ensino suspenso.

Do mesmo modo, enaltecendo e reforçando o bem em tudo que fazemos e, principalmente, quando revivemos os acontecimentos nesse exercício, estamos extraindo a quinta essência da lição aprendida.

Com isso gastaremos menos tempo no Primeiro Céu onde devemos extrair a quinta essência de todo bem praticado.

A soma dessas duas economias de tempo poderá ser utilizada, no Segundo Céu, para trabalhar mais na reconstrução das condições futuras de nossa Terra para futuros renascimentos e, também, para trabalharmos com mais tempo na reconstrução dos próximos Corpos a serem utilizados nos próximos renascimentos.

Além disso, muitas lições que lhe estavam reservadas para vidas futuras poderão ser antecipadas e aprendidas nessa vida, já que se mostra receptivo em assimilar as lições que você mesmo se propôs a aprender.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: Os Espíritos de Raça e a Nova Raça

Os Espíritos de Raça e a Nova Raça

Outubro de 1915

Como há grande número de Estudantes que não assinam a Revista[1], e como há um artigo muito importante sendo publicado tratando sobre o lado oculto da guerra[2], creio que seja oportuno dedicar a carta mensal a um resumo dos fatos, e confio que isso também beneficiará a todos aqueles que possuem a Revista; por isso não pretendo fazer uma cópia da matéria, mas abordarei o assunto de improviso e, com certeza, novos pontos serão ressaltados.

Você se lembra de como cada um dos países envolvido nesse triste episódio se esforçou para se isentar de qualquer tipo de responsabilidade desde o princípio. Em certo sentido estão corretos, pois embora todos tenham culpa em decorrência do arrogância do coração, – e como Davi[3], quando contou a quantidade de pessoas que havia com ele em Israel, tendo pondo a sua confiança na enorme quantidade de seus homens, navios e armamentos – nenhuma guerra poderia ser declarada sem que fosse permitida pelos Espíritos de Raças. O Espírito de Raça guia os que estão sob a sua responsabilidade pelo caminho da evolução e, como Jeová, luta por eles ou permite que outras nações os conquistem, quando for necessário para que aprendam as lições necessárias para seu progresso.

Quando examinado pela visão espiritual, o Espírito de Raça aparece como uma nuvem cobrindo uma nação, e é insuflada no pulmão dessas pessoas a cada inspiração de ar que fazem. Nele, elas vivem, se movem e têm seu ser como um fato real. Por meio desse processo ficam imbuídos do sentimento nacionalista a que chamamos “patriotismo” o qual, em tempos de guerra, é tão poderosamente intenso e produtor de poderosas emoções que todos se sentem compromissados com tal questão e estão dispostos a sacrificar tudo por seu país.

A América não tem Espírito de Raça, até agora. É o cadinho onde diferentes nações estão sendo amalgamadas para extrair a semente para uma nova raça, portanto, é impossível despertar um sentimento universal que fará com que todos se movam como um só em qualquer assunto. No entanto, essa nova raça está começando a aparecer. Você pode reconhecê-la nas pessoas com seus braços longos e pernas longas, seu corpo jovial, saudável, atraente e capaz de se mover e se curva com extrema agilidade, sua cabeça longa e um tanto estreita, a parte superior do seu crânio ou da sua cabeça alta e sua testa quase retangular. Dentro de poucas gerações, imagino que sejam entregues a responsabilidade de um Arcanjo, que começará a unificá-los. Isso por si só levará algumas gerações, pois, embora as imagens originalmente estampadas nos corpos da velha raça tenham desaparecido atualmente, devido o advento dos casamentos entre nações, povos e raças, elas ainda influenciam a ponto de produzirem resultados, e as conexões familiares da América com a Europa podem ser rastreadas na Memória da Natureza, cujo reflexo temos no Éter Refletor. Até que esse registro não seja apagado, o vínculo com o país ancestral não está totalmente rompido, e as colônias de italianos, escoceses, alemães, ingleses etc., existentes em diversas partes desse país, retardam a evolução da nova raça. É provável que a Era de Aquário chegue antes que essa condição seja totalmente superada e a raça americana totalmente estabelecida.

Se você olhar para os acontecimentos durante os últimos 60 ou 70 anos, ficará evidente que essa foi uma época de ceticismo, dúvida e crítica aos assuntos religiosos.

As igrejas têm ficado cada vez mais vazias e as pessoas, muitas vezes, abandonam a adoração a Deus e se voltam para a busca do prazer. Essa tendência estava aumentando na Europa até o início dessa guerra, e ainda continua sendo uma vergonha para muitas cidades e centros do pensamento científico da América. Como um resultado dessa atitude mental mundial, promovida pelos Irmãos da Sombra com a permissão dos Espíritos de Raça, assim, como Jó[4] foi tentado por Satanás na lenda, uma catarata espiritual vedou os olhos do mundo ocidental e deve ser removida antes que a evolução possa prosseguir. Como isso está sendo feito será o assunto da próxima carta.

(Do Livro: Carta nº 59 do Livro Cartas aos Estudantes)


[1] N.T.: Na época se refere à Revista Rays from the Rose Cross.

[2] N.T.: refere-se à Primeira Guerra Mundial

[3] N.T.: Cr 21:1-17

[4] N.T.: Veja o Livro de Jó na Bíblia para ter um panorama completo.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Origem do Pecado, como aprendemos com ele e como sublimá-lo

A Origem do Pecado, como aprendemos com ele e como sublimá-lo

Deus é perfeito. Contudo, nós, individualmente, não somos perfeitos.

Devido ao processo de evolução nós estamos sujeitos a cometer erros. E a maioria desses erros nós cometemos por causa da nossa ignorância.

Em parte, isso é devido a irmos contra as leis da natureza. Na maioria das vezes deixamos nosso “eu inferior” dominar a situação.

Nosso “eu superior” sabe como não pecar, como obedecer às Leis da Natureza. Isso prova nossa imperfeição. Usamos nosso livre arbítrio de modo contrário às Leis de Deus. Cometemos mais pecados por omissão do que por comissão. São pequenos pecados a que, na sua maioria, nem damos importância. Entretanto, ao passar do tempo esses pecados começarão a atrapalhar o nosso progresso espiritual.

O pecado é “consequência natural das Religiões de Raça, as Religiões de Jeová”. Essas Religiões eram Religiões de Leis, originadoras do pecado como consequência à desobediência dessas leis. Sob essas leis todos pecavam. E chegou-se a tal ponto que a evolução teria demorado muito, e muitos de nós perderíamos a evolução de nossa onda de vida se não fossemos ajudados.

Isso porque não sabíamos agir com retidão e amor. Nossa natureza passional tornou-se tão forte que não sabíamos mais controlá-la. Pecávamos continuamente.

Na Época Lemúrica, a propagação da raça e o nascimento eram executados sob a direção dos Anjos, por sua vez enviados por Jeová, o Regente da Lua.

A função criadora era executada durante determinados períodos do ano, quando as configurações estelares eram favoráveis. Como a força criadora não encontrava obstáculo, o parto realizava-se sem dor.

A consciência do Lemuriano era igual à nossa hoje, quando estamos dormindo. Assim, ele era inconsciente do Mundo Físico e, portanto, inconsciente do nascimento e da morte. Ou seja, essas duas coisas não existiam para o lemuriano. Eles percebiam as coisas físicas de maneira espiritual, como quando as percebemos em sonhos, quando parece que tudo está dentro de nós.

Quando, nessa Época, havia o íntimo contato das relações sexuais entre o homem e a mulher, o espírito sentia a carne e, por um momento, o ser humano atravessava o véu da carne e observava uma ligeira consciência. A isso se referem várias passagens da Bíblia: “Adão conheceu a sua mulher”, ou seja: sentiu-a fisicamente. “Adão conheceu Eva e ela concebeu Seth”; “Elkanah conheceu Havah e ela concebeu Samuel”. Mesmo no Novo Testamento, quando o Anjo anuncia à Maria que será a mãe do Salvador, ela contesta: “Como pode ser isso possível se eu não conheço a nenhum homem?“. Essas coisas perduraram até aparecerem os Espíritos Lucíferos.

Como o ser humano via muito mais facilmente no Mundo do Desejo, os Espíritos Lucíferos manifestaram-se por aí, e chamaram-lhe a atenção para o mundo exterior. Ensinaram-lhe como podia deixar de ser manipulado por forças exteriores, como poderia converter-se em seu próprio dono e Senhor, parecendo-se aos Deuses, “conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5). Também lhe mostraram como podia construir outros corpos, sem a necessidade da ajuda dos Anjos.

O objetivo dos Espíritos Lucíferos era dirigir a consciência do ser humano para o exterior. Essas experiências proporcionaram a dor e o sofrimento, mas deram também a inestimável benção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução dos seus poderes espirituais.

A partir daí foram os seres humanos que dirigiram a propagação e não mais os Anjos. Eles passaram, então, a ignorar a operação das forças solares e lunares como melhor época para a propagação e abusaram da força sexual, empregando-a para a gratificação dos sentidos. Então, restou a dor que passou a acompanhar o processo de gestação e nascimento.

Passaram, também, a conhecer a morte, pois viam quando eles atravessavam do Mundo Físico para os mundos espirituais e vice-versa, quando voltavam, ao renascerem.

A partir daí, como diz a Bíblia: “conceberás teus filhos com dor”. Isso não foi uma maldição de Jeová, como normalmente se acha. Foi uma clara indicação do que iria ocorrer quando se utilizasse a força criadora na geração de um novo ser sem tomar em conta as forças astrais.

Então, é o emprego ignorante da força criadora que origina a dor, a enfermidade e a tristeza.

Esse é o pecado original. “A terra te produzirá espinhos e abrolhos, e tu terás por sustento as ervas da terra. Tu comerás o teu pão no suor do teu rosto, até que te tornes na terra, de que foste formado”. (Gn 3:18-19)

A partir daí o ser humano teve que trabalhar para obter o conhecimento. Através do cérebro, interioriza parte da força criadora para obter o conhecimento no Mundo Físico.

Isso é egoísmo.

Contudo, a partir da queda na geração, não há outro modo de se obter conhecimento.

Assim, uma parte da força sexual criadora do ser humano ama egoisticamente o outro ser, porque deseja a cooperação na procriação. A outra parte pensa, também, por razões egoístas, porque deseja conhecimento.

Como resultado cristalizou os seus veículos e esqueceu-se de Deus. Os corpos debilitados e as enfermidades que vemos ao nosso redor foram causados por séculos de abuso, e até que aprendamos a subjugar nossas paixões não poderá existir verdadeira saúde na humanidade.

Em resumo: o pecado original veio porque o ser humano usou o seu livre-arbítrio e quis obter a consciência cerebral e a do Mundo Físico. Transformou-se, de um autômato, guiado em tudo, num ser criador pensante.

Aos poucos, através do sábio uso da Força Criadora e da espiritualização dos seus corpos, o ser humano vai respondendo aos impactos espirituais e escapando do estigma do pecado original.

A partir do momento em que o ser humano tomou para si as rédeas de sua evolução, ele começou a experimentar, agindo bem ou mal, fazendo o certo e o errado.

Na Época Atlante, quando lhe foi dado a Mente, o Ego era excessivamente débil e a natureza de desejos muito forte, motivo por que a Mente uniu-se ao Corpo de Desejos, originando a astúcia; a partir daí, então,  a tendência foi fazer mais o mal do que o bem, mais o errado do que o certo, desenvolvendo mais o vício do que a virtude.

Assim, devido à sua ignorância, foi lhe dada uma Religião que tinha como base o látego do medo, impelindo-o a temer a Deus.

Por causa desse medo, tentava-se fazer o bem, o certo. Mas a astúcia e a ignorância eram muito fortes e o ser humano fazia mais o mal do que o bem.

Após isso, foi lhe dada uma Religião que o levava a certa classe de desinteresse, coagindo-o a dar parte dos seus melhores bens como sacrifício: “Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar”(Gn 8:20).

Noé simboliza os Atlantes remanescentes, núcleo da quinta raça, a Raça Ária, e, portanto, nossos progenitores. Isso foi conseguido pelo Deus de Raça ou Tribo. Um Deus zeloso que exigia a mais estrita obediência e reverência. Contudo, era um poderoso amigo, ajudava o ser humano em suas batalhas e lhe desenvolvia multiplicados “os carneiros e cereais” que lhe eram sacrificados.

O ser humano não sabia que todas as criaturas eram semelhantes, mas o Deus de Raça ensinou-lhe a tratar benevolentemente seus irmãos de raça e fazer leis justas para os seres da mesma raça.

Entretanto, houve muitos fracassos e desobediências, pois o egoísmo estava – e ainda está – muito enraizado na natureza inferior.

No Antigo Testamento, encontramos inúmeros exemplos de como o ser humano se esqueceu dos seus deveres e de como o Deus de raça o encaminhou, persistentemente, uma e outra vez.

Só com os grandes sofrimentos ditados pelos Espíritos de Raça foi que os seres humanos caminharam dentro da lei. Isso porque o propósito da Religião de Raça é dominar o Corpo de Desejos, na maioria das vezes apegado à natureza inferior, de modo que o intelecto possa se desenvolver. Portanto, essas Religiões são baseadas na lei, originadoras do pecado, como consequência à desobediência a essas leis.

Exemplos dessa desobediência e de suas consequências vemos no Pentateuco Mosaico, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. O ser humano foi pecando – pois não sabia agir por amor – por desobediência a essas Leis, baseadas na Lei de Consequência, e acumulando uma quantidade tão grande de pecados que, se não houvesse uma intervenção externa, muitos teriam sucumbido e toda a evolução perdida.

E essa ajuda foi a vinda do Cristo. Por isso ele disse que veio para “buscar e salvar os que estavam perdidos“. Cristo não negou a Lei, nem a Moisés, nem aos profetas.

Disse que essas coisas já tinham servido aos seus propósitos e que, para o futuro, o AMOR deveria suceder a Lei.

Ele é: “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E o tirou, mas não o pecado do indivíduo!

Purificou, e continua purificando todos os anos, o Mundo do Desejo de modo que tenhamos matéria de desejos, emoções e sentimentos mais pura para construir nossos Corpos de Desejos e desejos, emoções e sentimentos superiores, mais puros.

Assim, por inanição, vamos eliminando nossas tendências inferiores, nossos vícios, o egoísmo, etc.

Ele nos deu a doutrina do Perdão dos Pecados. Ela não vai contra a Lei de Consequência, como muitos pensam, mas a complementa.

Dá aos que se interessam pela vida espiritual forças para lutar, apesar de repetidos fracassos e para conseguir subjugar a natureza inferior.

Mediante o Perdão dos Pecados foi nos aberto o caminho do arrependimento e da reforma íntima.

Aplicando uma lei superior à Lei Mosaica, a lei do amor, conseguimos esse perdão. Se não o fazemos, teremos que esperar pela morte que nos obrigará a liquidar nossas contas.

Para conseguir o perdão dos nossos pecados temos que, quando cometermos um erro, ter um sincero arrependimento seguido de uma devida regeneração que pode ser um serviço prestado a quem injuriamos ou uma oração para essa pessoa – se for impossível o serviço – ou, ainda, um serviço prestado a outrem. Com esse sentimento e essa compreensão tão intensas quanto possível do erro cometido, a imagem desse ato se desvanece ao Átomo-semente, no qual foi gravado.

Lembremos que são as gravações desse Átomo-semente que formam a base da justa retribuição depois da morte e que é o livro dos Anjos do Destino. Com isso, no Purgatório esse registro não estará mais lá e não sofreremos por esse ato errado, pois já aprendemos que ele é errado, restituindo-o voluntariamente.

Lição aprendida, ensino suspenso!

Nesse ponto, muito nos ajuda o Exercício da Retrospecção. É ele que nos faz viver o nosso Purgatório diariamente e nos ajuda na compreensão e no discernimento em fazer o bem e o que é fazer o mal.

Portanto, não sigamos tanto “a carne”, o Mundo Físico, pois já é passado o tempo que precisávamos disso.

Não sejamos preguiçosos, gulosos, impudicos, voluptuosos, soberbos, avarentos. Pois no ponto em que nós pecamos seremos gravemente castigados.

Relembremos, agora, os nossos pecados para podermos aproveitar melhor o tempo após a morte para ajudarmos os nossos irmãos e para construirmos melhores corpos.

Sejamos sábios utilizando toda essa ajuda que os nossos irmãos mais evoluídos nos dão.

Se vivemos para Cristo, veremos que toda tribulação dará prazer, pois a sofreremos com paciência e que: “a iniquidade não abrirá a sua boca” (Sl 106:42).

E pela paciência e persistência estaremos entre os escolhidos no dia do Juízo, pois: “erguer-se-ão naqueles dias os justos com grande força contra aqueles que os oprimiram e desprezaram.” (Sb 5:1).

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Conceito Rosacruz do Cosmos ou Cristianismo Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Este livro fornece uma descrição completa dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, até o ponto onde podem ser tornados públicos, atualmente.

Ele contém um esboço abrangente do processo evolutivo do ser humano e do universo, correlacionando a Ciência com a Religião.

O autor recebeu esses Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz pessoalmente, dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz.

É a sua última comunicação.

O Livro é um material de estudos e consultas, portanto sua leitura é permanente para quem está trilhando Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

É dividido em 3 partes, a saber:

Parte I – trata dos Mundos Visível e Invisíveis, do Método da Evolução do Ser Humano, Renascimento e Lei de Causa e Efeito.

Parte II – trata do Esquema de Evolução, em geral, e da Evolução do Sistema Solar e da Terra, em particular.

Parte III – trata do Cristo e da Sua Missão, do Futuro Desenvolvimento do Ser Humano e da Iniciação, do Treinamento Esotérico e do Método Seguro de Adquirir o Conhecimento Direto.

Há 4 meios de você acessar esse Livro, obra básica da Fraternidade Rosacruz:

  1. Em formato PDF (para download): O Conceito Rosacruz do Cosmos ou Cristianismo Místico – por Max Heindel – Fraternidade Rosacruz em PDF
  2. Para ler no próprio site: O Conceito Rosacruz do Cosmos ou Cristianismo Místico – por Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – on line
  3. Em forma audiobook ou audiolivro: O Conceito Rosacruz do Cosmos ou Cristianismo Místico – por Max Heindel – Fraternidade Rosacruz em MP3
  4. Em forma de videobook ou videolivro no nosso canal do Youtube, que é esse: https://www.youtube.com/@fraternidaderosacruzcampinasbr/videos

    onde você encontra o videobook ou videolivro do CONCEITO aqui:

    O Conceito Rosacruz do Cosmos ou Cristianismo Místico – por Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – videobook

Bons Estudos 🙂

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Torre de Babel e o Pentecostes

A Torre de Babel e o Pentecostes

Nós lemos na Bíblia que os primeiros habitantes da Terra construíram uma torre, a Torre de Babel, com a intenção de se elevarem até ao céu. Jeová olhando para isso com olhar reprovador, decidiu colocar um fim a esse negócio e mergulhou a humanidade em confusão, fazendo-a falar em línguas diferentes.

Essa história da Torre de Babel deve ser entendida em um aspecto totalmente simbólico.
Quando a humanidade foi expulsa do Jardim do Éden, por haver utilizado mal a força criadora, ela, rapidamente, percebeu a inconveniência de existência física em um corpo que ela tinha cristalizado indevidamente, e que começou a conhecer o sofrimento, a doença e a morte. Essa é a causa que ela desejava voltar à condição anterior de felicidade.

Para evitar de ser disperso por toda a Terra, ela construiu uma cidade e dentro dessa cidade ela construiu uma torre, a fim de poder voltar para o céu (ou o Jardim do Éden). Mas isso não era mais possível, porque o ser humano deve, atualmente, aprender a controlar suas paixões, despertadas pelos Espíritos Lucíferos e a controlar as condições do Mundo Físico.

Para alcançar esse resultado, Jeová dividiu a humanidade em diferentes povos, cada um com a sua própria língua, e colocou cada um deles sob a direção de um grande Arcanjo, como se fosse um “Deus” particular deste povo.

Os diferentes povos e a diversidade de línguas são, consequentemente, obras de Jeová, o Espírito Santo. Mas nós sabemos que Cristo veio para abolir essas divisões (necessárias no passado), e reunir todas as nações em uma só e grande Fraternidade.

No Pentecostesi Ele fez descer sobre Seus Apóstolos o poder do Espírito Santo, sob a forma de línguas de fogo, e eles começaram a falar todas as línguas. Em seguida, é dito que as pessoas estrangeiras ficavam surpresas em ser compreendidas nas suas línguas nativas.

Max Heindel nos diz que nas regiões inferiores do Mundo do Desejo, que constituem o Purgatório, as diferentes línguas são utilizadas. Mas, nas regiões superiores, onde está o Primeiro Céu, existe somente uma língua universal e todos se entendem. Nós falaremos essa língua no futuro.

(Traduzido do Flash La Tour de Babel, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix)

______________________________________________________________________________

i Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, era a festa da Colheita (ou das Semanas, porque a colheita se estendia por 7 semanas) antes de se tornar uma comemoração da apresentação das Tábuas da Lei dadas à Moisés, no Monte Sinai. É ainda sobre essa lei externa que vivemos atualmente.
Contudo, as Tábuas da Lei estavam na Arca do Tabernáculo no deserto a fim de que o ser humano aprenda a escrever a lei dentro de si mesmo, para controlar seu Corpo de Desejos. Os Apóstolos chegaram a esse estado de desenvolvimento. Esse é o motivo do dia de Pentecostes (dia da lembrança das Tábuas da Lei): a lei de Deus que guiou o ser humano, de fora, entrou neles com o Espírito Santo.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Novo Elemento, você sabe qual é?

O Novo Elemento, você sabe qual é?

Nossa Terra nem sempre esteve envolta em ar tal como a conhecemos, porque quando estávamos sem ele, o mundo não era sólido. Em realidade, no Período Solar encontramos as ori­gens do novo elemento: o ar. Quando esse se uniu ao verdadeiro fogo invisível, o Globo de Saturno conver­teu-se em uma esfera resplandecente de neblina ígnea, sob estas palavras de ordem: “Faça-se a Luz” (Gn 1:3). Nós não desenvolvemos os pulmões até fins da Época Atlante do Período Terrestre.

Para o ser humano é demasiado difícil imaginar os vastos períodos de “tem­po” entre a introdução do novo ele­mento e o desenvolvimento de um órgão físico para usá-lo. O cresci­mento evolutivo é um processo muito lento, porque atravessa ciclos a fim de que as imperfeições sejam eliminadas.

Surge, contudo, a necessidade de dar um passo definido para frente e, a me­nos que nos conservemos na vanguar­da e FORMEMOS os veículos re­queridos, retrocederemos, retrogradare­mos, e, assim, os corpos que já são inúteis ao novo desenvolvimento vão cristalizar-se ainda mais.

Como é de conhecimento dos Estudantes ocultistas, os atlantes, embora fossem dotados de órgãos respirató­rios incipientes, eram muito habilido­sos e encontraram meios de se deslo­car em sua densa e aquosa atmosfera. Com o passar do tempo, o desejo de explorar o que estivesse além do seu “horizonte” conhecido ensejou a invenção de naves aéreas. A arca é uma distorci­da reminiscência desse fato. Alcançavam, assim, o novo elemento para o qual estavam construindo pulmões. Nossos astronautas levam consigo uma boa carga de oxigênio para alcançar certa distância além da Terra, pois não podem viver em uma atmosfera mais rarefeita. No momento em que nos falta o ar, o Ego vê-se obrigado a abandonar o Corpo Denso.

O ar contém Éter, o quádruplo canal através do qual trabalham as forças espirituais. O ar atua como um con­dutor dessas correntes de energia. Como Estudantes da Fraternidade Rosacruz es­tamos familiarizados com a ideia de o ar estar impregnado de vibrações planetárias que inicialmente penetram os pulmões quando o bebê dá seu primeiro gemido. Esse momento é o ponto culminante do tra­balho dos Senhores do Destino, cuja cooperação com o plano evolucioná­rio conduziu o Ego ao lugar e tempo específicos para cumprir seu destino com os outros Egos que devam ser seus futuros pais terrestres.

Os Éteres contidos no ar registram cada pensamento, emoção e ato, transmitindo essas impressões aos pul­mões, de onde são injetados no sangue. Esses registros são os árbitros do futuro destino.

A essência do bem praticado converte-se em alma e essa, por sua vez, é incorporada ao espírito. No livro Mistérios Rosacruzes, Max Heindel afirma o seguinte: “Dessa maneira, os registros respiratórios de nossos bons atos constituem a alma que se salva”. O oposto também é verdadeiro: “O registro de nossas más ações também deriva de nossa respiração, no mo­mento em que são cometidas. A dor e o sofrimento que elas provocam obrigam o espírito a eliminar seu registro no Purgatório. A recordação do sofrimento é transformada pelo espírito em consciên­cia moral, para desistirmos da repeti­ção do mesmo mal em vidas posterio­res”.

Nós não compreendemos suficiente­mente que o ar que respiramos depois de estar em íntimo contato com nosso aspecto terrestre ou físico encontra-se carregado da tonalidade do nosso verdadeiro eu. O ar que conduziu os Éteres ao nosso corpo está impregnado com nossas emoções e pen­samentos, sendo logo expelido e lan­çado à atmosfera, já bem carregada. Eis o porquê de algumas pessoas parecerem “exalar” ou irradiar amor; enquanto outras, independentemente da aparência, envenenam o am­biente onde vivem.

Isso evidencia uma das razões pelas quais os Estudantes ocultistas deveriam selecionar, na medida do possível, os locais que frequentam, pois, a “má atmosfera” atrai forças negativas que dela se alimentam, aumentando o estímulo da natureza inferior. Algumas vezes é difícil compreender quão infimamente relacio­nados estão os departamentos e funções da nossa vida.

“Através” do ar, Jeová e seus Anjos puderam auxiliar o ser humano em certo período do seu desenvolvimento. Diz-se que “Jeová soprou um alento nas narinas do ser humano”. Essa é uma forma alegórica de afirmar que os Espíritos de Raça foram designados para ajudar o débil e inexperiente Ego humano a utilizar seus pulmões. É muito interessante o fato de que os Espíritos de Raça, funcionando no ar, limitem as tendências cristalizantes do Corpo de Desejos.

Está sob a responsabilidade de Jeová a geração de Corpos Densos e Seus Anjos regem Suas Leis nesse particular. Efetua-se esse trabalho mediante o Éter de Vida, acessível ao corpo humano por meio do ar inala­do. A habilidade dos Anjos em administrar as Leis da procriação torna-se mais clara ao recordarmos que o Cor­po Vital seja seu veículo mais inferior. Assim como nós manipulamos, dando o contorno desejado, madeira, metais e tantas outras coisas, de maneira análoga os Anjos, que nunca se subtraíram à Guia Divina, como aconteceu com a humanidade, operam o Plano Divino com maior facilidade do que o ser humano, quando esse trabalha com o mineral.

Os Espíritos raciais ou tribais, uma das funções dos Arcanjos, mantêm seu controle so­bre uma nação ou tribo mediante o ar inspirado pelo seu povo e a única for­ma de nos libertar, em alguma extensão, dessa potestade jeovista, é desenvolver as virtudes cristãs. Enquanto usarmos corpos físicos, ne­cessitaremos dos serviços de Jeová, permitindo-nos renascer até che­garmos ao Adeptado, condição em que poderemos criar novos corpos por meio de nossa vontade divinamente inspirada.

Na Época Lemúrica, vivíamos pró­ximos ao ígneo centro da Terra. Os atlantes habitavam as concavidades, pouco mais longe do centro. A raça ariana foi impelida pelos dilúvios a procurar as regiões elevadas onde agora vive. Os cidadãos da próxima Época habitarão no ar. Assim como os atlantes aprenderam a desenvolver pulmões, estamos lentamente forman­do um Corpo-Alma, o Dourado Vesti­do de Bodas, no qual funcionaremos nas condições etéricas da Nova Galileia. A união das duas correntes de evolução espiritual, a Igreja e o Estado, marcará o princípio da Nova Galileia.

O simples processo de respirar tem importantes implicações: podemos funcionar em um Corpo Denso pelo Éter Químico; propagar nossa espécie pelo Éter de Vida; construir um Corpo-Alma pelo Éter Luminoso e registrar pensamentos, emoções e atos, desde o instante do nosso nascimento, pelo Éter Refletor. A capacidade da Na­tureza de economizar eficazmente é fabulosa, demonstrando a sabedoria do Criador.

No presente, a inter-relação do nosso Corpo Denso com a ação recíproca e a função espiritual é um mistério que algum dia será revelado.

Em um artigo escrito por Max Heindel, em fevereiro de 1918, em Rays from the Rose Cross, abordou-se os perigos de se queimar incenso. É certo que os ingredientes devem ser selecionados por sua co­nhecida afinidade para atrair entida­des desencarnadas e elementais; contudo, “se o incenso foi elaborado por uma pessoa ignorante ou egoísta, constitui um veículo para espíritos de natureza similar, que se revestem com a fumaça e o odor, pe­netrando nos corpos presentes no lu­gar onde se processa a queima”. Pode nosso ar contaminado ser uma porta de entrada para espíritos inferiores? Isso pelo menos nos fa­z compreender a necessidade de purificarmos nossos pensamentos e começarmos a trabalhar em harmonia com as Potestades Divinas, exercitando nosso potencial divino e nosso aprendizado na Vinha do Senhor.

Somos afortunados em conhecer os ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, porque nos indicam a for­ma de nos preparar para o uso mais perfeito do Éter, o elemento da Nova Era.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1975)

Idiomas