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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Paciência que é Muito Necessária à Você, Estudante

Tendes necessidade de paciência para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, recebais a recompensa.”

Sem dúvida, São Paulo viu a impaciência dos “Pequenos”, como os Estudantes Rosacruzes de hoje, ansiosos por “colher onde não haviam semeado” e reclamando de seu lento progresso. Primeiro o Natural, depois o Espiritual; o crescimento do primeiro e a analogia do superior. Em torno de Vinte e cinco anos de vida terrena leva a Natureza para fazer um ser humano a partir do bebê; isto é, um ser humano físico, maduro e sólido. É provável que o Ser eterno e imortal possa desenvolver um sólido caráter estabelecido e uma profunda raiz espiritual em poucos anos?

O Espiritual só pode se desenvolver quando o Natural cede; como em um jardim, a planta escolhida florescerá na proporção em que as ervas daninhas forem arrancadas e o cultivo completo for concedido a ela.

Nosso Salvador, Cristo, não prometeu transformar um ser humano. Ele prometeu “Poder” para se tornar Filho de Deus quem “acreditar em Seu nome”. O poder de se tornar uma árvore ou flor perfeita está em uma semente e o pequeno começo do crescimento espiritual está na “crença Nele”.

O jardineiro tem trabalho de afastar todas as ervas daninhas e cultivar a terra. A vida na semente realiza o crescimento.

Quando alguém aceita a Cristo com o coração, tem a vida que crescerá até a perfeição espiritual pelo cultivo. Os frutos do Espírito são todas as belas qualidades da alma que tornam uma vida nobre e útil, mas não são imediatamente produzidas em sua plenitude. A aparente mudança pode ser grande em relação a um mundano — egoísta, mercenário, vaidoso e impuro —; porém, leva tempo para arrancar as velhas raízes e ervas daninhas, cujas sementes tendem a aparecer de forma periódica. Muitos que se julgam firmemente fixados em fazer o bem são, pela falta de vigilância, flagrados cochilando e sendo derrubados por alguma falha do passado. A espiritualidade, em seus estágios iniciais, é facilmente desviada do Coração por influências mundanas; nada precisa de cuidados mais ternos para preservar seu domínio sobre as afeições. O cérebro é a ligação entre a Mente e o Corpo Denso e os pensamentos da Mente devem estar fixos numa estrela, ao atingir o seu ideal, a fim de se afastar das inúmeras tentações que o mundo oferece, principalmente aos jovens.

Os Ensinamentos Rosacruzes apelam aos Cristãos, um tanto afastados dos desejos naturais, que talvez tendo sido plenamente experimentados e provados, carecendo de qualidades anímicas, satisfaçam a alma; no entanto, o Natural morre lentamente, as exigências de santidade são difíceis e, especialmente em Cristãos mais velhos, a apostasia não é incomum. Muitos vêm a qualquer novo ensino pelos “pães e peixes”, já que um grande número se juntou a uma igreja muito popular para a cura de suas doenças corporais e permanecem para a continuação das bênçãos da saúde. Esse motivo pode parecer depreciativo para o crescimento da alma, mas não se pode entrar em contato com a espiritualidade sem sentir sua influência para elevação e, assim, com o tempo, aqueles que vêm por motivos egoístas podem se tornar seguidores sinceros da fé. Há muitas almas vacilantes que vão de um culto a outro em busca de descanso para as solas de seus pés e onde a Verdade for encontrada em maior medida a grande multidão irá pelo pão da vida. Eles podem ser muito sérios e sinceros, mas de nenhuma forma estão prontos para a Iniciação. As plantas que vão produzir abundância de flores e frutos devem, às vezes, ser transplantadas várias vezes antes de mostrarem verdadeiro vigor e, quando finalmente chegam ao seu lar permanente, ainda têm de esperar longos meses ou até anos de desenvolvimento, antes que os frutos apareçam. Somente a maturidade do tempo traz produtividade total.

Leia sobre as lágrimas de qualquer um dos pais ou mães da Igreja, os Santos que mantiveram a fé e terminaram seu curso até Deus; o caminho deles não foi de rosas. Morrer diariamente para si, para as paixões naturais, para os destruidores da carne; os sacrifícios diários na cruz do Corpo Denso, com os olhos fixos no Senhor, com Cristo conduzido ao coração, com todos os dons no altar, em consagração à humanidade.

Os Cristãos são de tantos tipos e qualidades quanto as embarcações: alguns são apenas barcos a remo que estão amarrados à costa, com medo de se aventurar sozinhos; outros, mais ousados, porém com medo de águas profundas; finalmente temos um grande navio de longo curso movido por velas ou motores, preparado para a viagem, bem guarnecido, tendo o capitão em seu posto, de olho na bússola. Entretanto, mesmo assim, às vezes bate em uma rocha ou não resiste a um vendaval e afunda. Existem outros — submarinos que exploram os segredos das profundezas.

Esses são os nossos pioneiros da Fraternidade Rosacruz, talvez profundos nos segredos do governo, em missões importantes, guardas avançados de pesquisa, difíceis de encontrar, difíceis de destruir, vencedores do inimigo das almas. Afinal, há dirigíveis; esses são símbolos dos Irmãos Maiores, que navegam em outro elemento. Eles estão no alto, na atmosfera límpida de um ar rarefeito e veem além das brumas que escondem o passado e o futuro da nossa visão limitada. Esses tipos não surgiram em um dia. Existem eras de desenvolvimento entre o frágil barco a remo e o submarino ou dirigível.

A paciência deve realizar seu trabalho perfeito — a alma deve crescer de maneira ordenada; primeiro a folha, depois a espiga, depois o grão inteiro na espiga.

Um dia de cada vez, uma falha superada, um ato altruísta, um pensamento de amor verdadeiramente universal, por meio de cada um de nossos passos no “Caminho”. Não adianta se preocupar, não adianta se apressar; é um caso de “mais pressa menos velocidade”. Só o tempo e a paciência podem curar a alma da sua incapacidade e trazê-la à estatura completa de “um ser humano em Cristo Jesus”. Uma sequoia, a maior árvore da Terra, leva milhares de anos para atingir sua altura elevada, mas outras árvores, de centenas de anos, parecem insignificantes em comparação.

Estruturas fortes e permanentes avançam lenta e deliberadamente, mas são construídas para durar, para suportar os vendavais, o estresse da vida. Os Estudantes da Fraternidade Rosacruz fariam bem em manter essas verdades na Mente de forma constante e não aumentar as muitas preocupações, pensando, falando e mantendo um espírito de crítica ou impaciência, ao invés de viver o pouco que aprenderam nas suas vidas cotidianas.

Os meios de crescimento, de cultivo e poder da alma estão em nossas próprias mãos, em nossas casas, em nossos lares e no ambiente imediato, no nosso entorno. Aqui e agora é o nosso lugar e a hora de começar de novo, sendo cada dia abençoado para fazer crescer um corpo espiritual – o seu Corpo-Alma –, para nos prepararmos para as glórias prometidas àqueles que são fiéis até o fim: “Tereis pouca força, se cairdes no dia da adversidade.”.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de janeiro/1916 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como conciliar o fato de permanecermos um terço da vida recém-finda no Purgatório com as palavras de Cristo ao ladrão agonizante: “Hoje estarás comigo no paraíso?”

Pergunta: Nos Ensinamentos Rosacruzes, você afirma que permanecemos no Purgatório por um tempo equivalente a um terço da duração da vida terrena, para que nossos pecados possam ser expiados antes de entrarmos para o céu. Como, então, reconciliar esse Ensinamento com as palavras de Cristo ao ladrão agonizante: “Hoje estarás comigo no paraíso[1]?

Resposta: O Novo Testamento foi escrito em grego, uma língua que não se usavam ​​sinais de pontuação. A pontuação foi inserida em nossa Bíblia pelos tradutores posteriores a ela e, muitas vezes, a pontuação muda radicalmente o significado de uma frase, como a seguinte história ilustrará:

Num serviço religioso, alguém entregou um pedido para que o pastor lesse: “Um marinheiro indo para o mar, sua sogra deseja as orações da congregação pelo seu retorno seguro para esposa e filho”. O pedido não estava com pontuação, mas tudo indicava que a sogra do jovem estava muito solícita para que ele voltasse em segurança para sua esposa e filho e, por isso, desejava as orações da congregação. Se o pastor tivesse lido o pedido sem a vírgula, implicaria no fato de que o marinheiro, indo ver sua sogra, desejava as orações da congregação por seu retorno seguro para esposa e filho, e alguém naturalmente pensaria que a senhora, em questão, fosse uma pessoa intratável, uma vez que o jovem achou necessário pedir as orações da congregação antes de enfrentá-la. Nesse caso, se as palavras de Cristo forem lidas assim: “Em verdade vos digo hoje, estarás comigo no Paraíso”, elas implicariam que o ladrão estaria com o Cristo em algum momento futuro não definido. Mas onde a vírgula foi colocada antes da palavra “hoje”, como está na Bíblia, dá a ideia normalmente sustentada pelas pessoas.

O fato de que essa ideia está totalmente equivocada pode ser comprovado pela observação do Cristo logo após Sua Ressurreição, quando Ele disse à mulher: “Não me toque, porque ainda não subi para meu Pai[2]. Se Ele prometera ao ladrão que estariam juntos no Paraíso no dia da crucificação, e três dias depois declarou que ainda não havia ido para lá, o Cristo teria incorrido numa contradição que, naturalmente, é uma impossibilidade. Ao colocar a vírgula, conforme sugerido, reconcilia totalmente o significado das duas passagens e, além disso, São Pedro nos diz que naquele intervalo Ele trabalhou com os espíritos no Purgatório[3].

(Pergunta nº 98 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Lc 23:43

[2] N.T.: Jo 20:17

[3] N.T.: 1Pe 3,18-19; 4,6

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Gratidão atrai Saúde

No Primeiro Céu, quando vivenciamos o processo panorâmico, após abandonar o Corpo Denso, os bons atos da nossa vida são a base do sentimento. Ao chegarmos às cenas em que ajudamos a outrem, viveremos de novo toda a alegria de bem agir e sentiremos toda a gratidão emitida por aquele a quem ajudamos. Quando vemos de novo as cenas em que fomos ajudados por outros, voltaremos a sentir toda a gratidão que emitimos ao nosso benfeitor. Daqui ressalta a importância de apreciar os favores que nos têm sido feitos, a gratidão produz crescimento anímico. (“Conceito Rosacruz do Cosmos”).

Em uma de suas lições mensais, “O povo escolhido por Deus”, Max Heindel relembra a seus Estudantes a necessidade de se expressar gratidão pelos Irmãos Maiores, por ter recebido os Ensinamentos Rosacruzes que satisfazem a alma de maneira que o espírito possa evoluir por meio da gratidão.

Talvez não tenhamos percebido que, na mesma proporção que o nosso espírito amadurece, há um aumento no poder que atrai, para o nosso corpo, as forças de cura; isso pode ser verdade, porém todos os distúrbios resultam de uma origem espiritual.

Mas, à medida que progredimos espiritualmente e equilibramos os nossos veículos superiores, eliminamos as congestões que resultaram em doenças.

Nunca deveríamos esquecer que somos divinos e que temos uma força latente ilimitada. Quando nos conscientizarmos de nossas transgressões e começarmos a obedecer às leis que violamos, apagaremos de nossos veículos superiores as condições que se manifestaram em aflições nos corpos físico, emocional e mental, e começaremos a expressar a divindade interna.

Quando formos curados, não esqueçamos de agradecer aos nossos companheiros, os nossos Irmãos Maiores e, acima de todos, ao nosso Pai Celestial, que nos proporciona todas as riquezas da vida.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de maio-junho/1995)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: O Consumo de Carne Animal e o Uso de Peles, Couros e de outras partes dos Animais

Maio de 1918

Um Estudante que confessou que ainda continua, às vezes, comendo carne animal tem, ocasionalmente, uma disposição para falar com os outros sobre os Ensinamentos Rosacruzes, mas sempre se sente um hipócrita toda vez que preconiza o vegetarianismo. Ele nos pergunta como pode superar esse hábito e se deveria desistir de ensinar aos outros até que consiga parar de comer carne animal.

Essa pergunta tem um interesse geral, pois embora os Estudantes dos Ensinamentos Rosacruzes sejam sinceros e sérios, eles têm as mesmas imperfeições que todos os outros seres humanos, ou não estariam aqui; dessa forma, uma carta sobre esse assunto pode ser muito útil para muitos.

Não precisamos de argumentos para provar que você não pode efetivamente discorrer sobre espiritualidade, enquanto toma um coquetel com bebidas alcóolicas, nem defender uma vida inofensiva, enquanto come um bife de carne animal. Além disso, aqueles que conhecem nossos hábitos na vida quotidiana, são sempre rápidos em perceber a diferença entre o que você prega e o que você vive. Portanto, é muito bem melhor ser capaz de viver de acordo com os Ensinamentos Rosacruzes antes de começar a converter os outros. Ao mesmo tempo, chamar alguém de hipócrita é muito ofensivo, só porque ele defende um ideal que ainda não alcançou. Enquanto houver alguém que creia, sinceramente, que a dieta isenta de carne animal é a correta e que tenta viver de acordo, ele está justificado a pregá-la, ainda que, ocasionalmente, infrinja a regra. A Estrela Polar guia o marinheiro com segurança até o refúgio desejado, embora ele nunca alcance a própria estrela. Da mesma forma, se elevarmos os nossos ideais tão altos quanto as estrelas, podemos não os alcançar nesta vida, mas seremos sempre melhores caso possamos realizá-los.

Ao mesmo tempo, parece que exercendo um pouco de força de vontade não seria muito difícil para alguém se abster do tabaco, da bebida alcoólica e da carne animal. Certamente, o pensamento do sofrimento que é causado aos pobres animais nos transportes a caminho do matadouro, e a agonia que precede o momento final do golpe que acaba com a vida deles, ou o momento em que a faca é passada na garganta deles, deveria comover qualquer um que aspire à uma vida mais elevada e encher esse aspirante de compaixão por essas pobres criaturas que não podem se defender. Por razões semelhantes, o uso de peles e plumas, como vestimentas, deveria ser totalmente evitado. É igualmente inconsistente e causaria comentários desfavoráveis se alguém pregasse o evangelho da inofensividade, enquanto se adorna com peles ou couro de animais.

Infelizmente, a complexidade da nossa civilização nos obriga a usar parte dos animais para muitas coisas, devido à inexistência, no mercado, de substitutos adequados. Mesmo assim, devemos fazer todo o possível para evitar o uso de qualquer material proveniente do corpo de um animal que requeira sua morte. Uma das bênçãos dessa guerra atual[1] é que o ser humano está percebendo que a carne animal não é um alimento essencial da dieta, e que vivemos muito melhor sem a ingestão de bebidas alcóolicas. Temos a esperança de que isso seja apenas o princípio do fim, e que o ser humano em breve pare de criar ou caçar animais para aproveitar a carne e o couro deles. Enquanto isso, vamos todos dar o exemplo e nos empenharmos com toda a nossa força de vontade para conseguir esse fim.

(Carta nº 90 do Livro “Cartas aos Estudantes” – de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Refere-se à Primeira Guerra Mundial.

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Carta de Max Heindel: O Desenvolvimento do Coração e a Iniciação

O Desenvolvimento do Coração e a Iniciação

Maio de 1917

Enquanto elaborava a lição deste mês, me ocorreu perguntar se vocês estão obtendo ou não, todos os benefícios proporcionados por essas lições.   Tudo depende da maneira como estão estudando, pois vocês não podem obter mais delas do que aquilo a que se dedicarem por si mesmos. Portanto, pensei que seria oportuno dedicar essa carta a uma pequena discussão sobre o método mais adequado de utilizá-las com o máximo de benefício possível.

Sabemos que o objetivo dos Ensinamentos Rosacruzes é desenvolver, equitativamente, a Mente e o Coração; fornecendo todas as explanações de uma maneira tão lógica que a Mente esteja pronta para aceitar e, assim, o coração fique livre e à vontade para trabalhar sobre o material recebido. Se vocês simplesmente lerem a lição e refletirem sobre ela, achando até lógica e racional a explanação sobre o assunto abordado mensalmente e, em seguida, a deixarem de lado e a esquecerem, de pouco valerá, pois utilizarão apenas o intelecto e não o coração. A maneira apropriada, após a lição ter sido assimilada e aceita intelectualmente, é praticá-la de uma forma devocional durante o resto do mês, em diferentes ocasiões, quando sentirem a necessidade e a predisposição para realizar esse exercício. Depois, deverão não pensar mais na lição, se esforçando para não raciocinarem sobre qualquer assunto que ela contenha, deixando o intelecto o mais longe possível que puderem. Esforcem-se para senti-la, pois, o sentimento é uma função do coração. Tentem visualizar os diferentes detalhes e assuntos nela contidos.

Por exemplo, a lição que acompanha esta presente carta aborda sobre a humanidade durante o estágio em que fomos hermafroditas. Ela nos recorda a entrada dos espíritos de Lúcifer, bem como o caminho da regeneração sob a orientação de Mercúrio. Se visualizarem ante sua visão interior a condição do ser humano durante os diferentes estágios que se sucederam, colherão grande benefício. Fazendo dessa forma, podem visualizar e sentir as mudanças que ainda estão por vir no futuro, pois na consciência interna de vocês permanecem latentes todos os sentimentos que experimentaram durante todas as vidas passadas da evolução, e será apenas uma questão de prática serem capazes de contatá-las, quando quiserem.

Lembrem-se do que foi dito no Conceito Rosacruz do Cosmos sobre o método de Iniciação que, em algum momento, quando chegarem a esse ponto, terão que retroceder ao longo do caminho que percorreram para sentir e ver, conscientemente, aquilo que trilharam de maneira inconsciente. Portanto, a prática acima mencionada é uma preparação. Quanto mais puderem ver por si mesmos, no estado de espírito indicado acima, mais profundamente poderão sentir a condição correspondente e perceberão a mão protetora e condutora das Hierarquias Divinas, que nos têm ajudado no caminho da evolução; assim, estarão melhor preparados para o tempo vindouro, quando tiverem que passar pelo processo da Iniciação. É seguro dizer que, dessa maneira, receberão muito mais benefícios da Iniciação do que se estivessem despreparados.

Nessa prática de sentir a lição, vocês encontrarão um auxílio muitíssimo grande para o progresso espiritual; e se usado corretamente, iluminará as lições e lhes fornecerá uma percepção espiritual que não poderá ser alcançada de nenhuma outra maneira. Portanto, sinceramente, eu espero que levem isso a sério e decidam praticar esse modo de estudar a lição regularmente, mesmo naquelas que, à primeira vista, possam lhes parecer monótonas e desinteressantes. Esse processo permitirá a vocês extrair as pérolas escondidas sob a superfície, com as quais jamais sonhariam.

(Carta nº 78 do Livro “Cartas aos Estudantes” – de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: Tolerância com a Crença dos Outros

Tolerância com a Crença dos Outros

Junho de 1918

Estamos aqui para viver nas condições como nós encontramos e para aprender as lições proporcionadas pelo nosso meio ambiente. Aqueles que estão constantemente vagando nas nuvens e buscando ideais espirituais e negligenciando os seus deveres cotidianos estão tão equivocados em seus esforços quanto aqueles que se maculam na lama do trabalho material, trabalhando duro e pesado em sua ganância pelo dinheiro. Ambos precisam de ajuda, mas em direções opostas. Uma classe precisa ser puxada para baixo até que seus pés estejam firmemente colocados na Terra; a outra classe precisa de uma elevação espiritual para que possam ver a luz do céu e comecem a pensar em adquirir tesouros lá.

“Um alimento para um ser humano pode ser um veneno para outro”, e isso se aplica tanto ao alimento espiritual como ao alimento físico. Há somente uma grande verdade – a Divindade – contudo, ela tem muitas facetas. O ângulo de apresentação que nos atrai pode não ter a mesma força para comover os outros; e, vice-versa, sua visão da verdade pode não atender às nossas necessidades. Portanto, há uma razão para todas as diferentes Religiões no mundo e as diferentes visões apresentadas pelos diversos cultos e seitas. Cada um tem sua missão a desempenhar junto as pessoas entre as quais se encontra, por isso devemos ser tolerantes com todos os cultos ou Religiões, quando aqueles que os professam e que nos atacam em nossos pontos de vista.

Devemos estar satisfeitos em sermos conhecidos por nossos frutos, pois esta é a única prova individual verdadeira e válida da Religião. Isso nos torna melhores homens e mulheres, melhores pais e mães, filhos e filhas, irmãos e irmãs, patrões e empregados? Isso nos faz sermos melhores cidadãos em todos os lugares, de maneira que possamos ser respeitados na comunidade onde vivemos? Esta é a prova da verdadeira Religião.

Não há grandes riscos de encontrar o materialista em nossas fileiras, mas, infelizmente, existe uma tendência entre as pessoas que abraçam ensinamentos avançados de voar nas nuvens, esquecendo das condições do cotidiano delas e dos deveres terrenos. Isso faz com que as pessoas comuns olhem com desconfiança para o ocultismo e classificam aqueles que o estudam como excêntricos, embora suas ações não tenham nada a ver com o ocultismo, como não é culpa de um bom alimento quando de um estômago fraco que não consegue digeri-lo.

Por essa razão, não só devemos ser tolerantes para com as crenças dos outros e manter o princípio de nunca criticar qualquer uma das crenças, como também devemos nos vigiar para VIVERMOS os Ensinamentos Rosacruzes, de forma a dar credibilidade a eles, onde quer que estejamos.

(Do Livro: Carta nº 91 do Livro Cartas aos Estudantes – de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O que é estar entre os Escolhidos? Há injustiça de Deus nisso?

O que é estar entre os Escolhidos? Há injustiça de Deus nisso?

Ninguém vem a mim, a não ser que meu Pai o chame.

(Jo 6:44)

Não há injustiças nem erros da parte de Deus. Os quatro excelsos Seres a quem chamamos os Anjos Arquivistas ou Anjos do Destino se acham, em seu elevado estado evolutivo, acima dos erros e dão a cada um e a todos exatamente o de que necessitam para o seu desenvolvimento. Temos a prerrogativa da liberdade e por ela estamos aprendendo a nos dirigir e nos credenciarmos a serviços mais elevados. São nossos atos os determinadores do destino, em seus aspectos positivo e negativo. Somos nós mesmos que determinamos a amplitude e a natureza de nossa ação na Terra. Tal fato está fora de questão: tudo está no devido lugar e as mudanças para melhor ou pior dependem de novas causas que colocamos em ação.

Se estamos conscientemente na Fraternidade Rosacruz, significa que procuramos um compromisso maior em relação ao processo evolutivo, e isso é um bom sinal. A simples oportunidade que nos oferecem de conhecer a portadora de tão elevada Filosofia Cristã revela mérito e responsabilidade com o próximo.

E agora? – Nos perguntamos.

Chegamos à Fraternidade Rosacruz, recebemos todos os esclarecimentos de que necessitávamos, temos ampla liberdade para assistir as reuniões, palestras, seminários, fazer os cursos, examinar, deduzir para, finalmente, concluir que realmente nos serve. Mais que isso, temos a nossa disposição explicação lógica, simples e objetiva de tudo o que é essencial relacionado com o ser humano e o mundo. Nada nos pede e tudo nos oferece.

Fazemos os cursos, lemos os substanciosos livros de Max Heindel e de toda literatura da Fraternidade Rosacruz, assistimos regularmente as reuniões, participamos dos Rituais de Serviço: do Templo, de Cura, dos Equinócios e Solstícios, de Véspera da Noite Santa.

Sim, e agora? Basta isso para nos elevar de estado anímico?

– Não! – Respondemos. Estamos procurando viver seus princípios e o reconhecemos, de um nível Cristão, o método de desenvolvimento mais avançado até agora exposto ao mundo, capaz de transformar um grande pecador num indivíduo virtuoso, desde que se esforce sincera e persistentemente no método que ela oferece?

Contudo, será mesmo que nós estamos nos esforçando devidamente? Estaremos nós vivendo seus princípios?

Bem, dentro de nossas possibilidades de tempo, podemos justificar, dizendo que a vida está muito dura, que o tempo é escasso; mas estamos fazendo, de fato, o que é possível?

Na verdade, mesmo diante do fiel testemunho de nossa consciência, sabemos que estamos fazendo pouco. O que se observa é maior interesse INTELECTUAL do que a busca pelo despertar de uma VIVÊNCIA. Apesar de triste, tal fato é compreensível.

Cristo dizia que “muitos serão os chamados e poucos os escolhidos” (Mt 22:14). A seleção é justa. Deus não se engana.

É certo que o conhecimento intelectual ajuda e é necessário. A Filosofia Rosacruz se destina, especialmente, a satisfazer a razão dos que não encontram o Cristo pela fé para que, uma vez satisfeita à razão, o coração comece a “falar”. A Mente compreende, se satisfaz, nos entusiasmamos e, então, é que nossa vida começa a mudar para melhor. Quando muda!

Há o perigo de ficarmos apenas na compreensão dos Ensinamentos Rosacruzes e de não construirmos a ponte que ativa o Coração. Além disso, se existe uma boa distância, um abismo entre a compreensão e a prática, há também a responsabilidade maior de quem sabe o que é bom e não o pratica, se tornando, perante sua consciência e Deus, maior transgressor que o ignorante, um criminoso detentor de uma riqueza que deveria fazer circular em benefício dos outros, porque nada lhe pertence.

A Filosofia Rosacruz, assim como as demais bênçãos que nos chegam, por mérito, dos planos invisíveis, são meios de elevação pelo serviço.

Vejamos bem isso. Nossa vida é muito curta aqui e ela representa a sementeira dos frutos que vamos colher e assimilar no estado post-mortem. Além disso, os frutos assimilados determinarão as condições de nossas vidas futuras, até que possamos nos libertar do ciclo de renascimentos e mortes, que, para nós, é uma Lei!

A questão é muito pessoal. Sabemo-lo muito bem. Veja o que cada um está fazendo com tão grande riqueza. Ou não a aprecia devidamente e, nesse caso, sua oportunidade fica transferida; ou, embora reconhecendo-a de grande valia, não tem forças para dominar sua natureza inferior, se deixando ficar nos mesmos hábitos e comodismo, ou se esforça e avança.

Cristo não gostava dos mornos, instruiu para sermos quentes ou frios. Ninguém pode servir a dois senhores: ou a Deus ou a Mamon, o Deus da cobiça. Ruy Barbosa, referindo-se a questões de direito, afirmou: “diante do erro, ou somos a favor ou contra. A neutralidade é criminosa”.

Definamo-nos. O mundo precisa de seres humanos, de Cristãos autênticos. Ninguém pode se enganar. Em nossa vida particular, íntima, em nossa relação com a família, companheiros de trabalho e demais como na Fraternidade Rosacruz temos um dever a cumprir. A tônica da Fraternidade Rosacruz é SERVIÇO, num amplo sentido. Façamos a nossa parte. Ofereçamos nossos préstimos. Há sempre o que oferecer. Particularmente nossos irmãos que lutam na condução do movimento precisam de nosso apoio.

Lembremos a parábola dos talentos: a boa administração dos bens mentais, emocionais e materiais que Deus nos oferece e que nos capacita e eleva à condição de ESCOLHIDOS, com os recursos pessoais maiores e apoio externo superior, para mais elevados serviços da “Vinha do Cristo”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 06/1966 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é a essência dos Ensinamentos Rosacruzes?

Pergunta: Qual é a essência dos ensinamentos Rosacruzes?

Resposta: A essência dos ensinamentos Rosacruzes é o evangelho do serviço.

Por nossa causa a Deidade se manifestou o universo. Algumas das grandes Hierarquias Criadoras nos ajudaram e outras ainda estão nos ajudando. Os Anjos estelares luminosos, cujos Corpos impetuosos nós vemos girando no espaço, trabalharam conosco por Eras, e no tempo devido o Cristo veio nos trazer o impulso espiritual necessário naquele tempo. Também é muito significativo que na parábola do juízo final Cristo não diz: “bem-feito, tu grande e filósofo erudita, que conhece a Bíblia, o Cabala, o “Cosmo” e toda a literatura misteriosa que revela o intrincado funcionamento da natureza”, mas Ele diz: “bem-feito, tu bom e fiel servo; entra-te na alegria do teu senhor. Porque eu estava com fome, e você me desde o que comer; Eu estava com sede, e você me desde o que beber”.  Nenhuma uma única palavra sobre o conhecimento; toda a ênfase foi colocada sobre fidelidade e serviço.

Há uma profunda razão oculta para isso: o serviço constrói o Corpo-Alma, a gloriosa vestimenta de bodas sem a qual nenhum ser humano pode entrar no Reino dos Céus, ocultamente nomeado: “A Nova Galileia”, e não importa se nós estamos conscientes do que está acontecendo, ou se estamos ou não acompanhando esse desenvolvimento. Além do mais, como o Corpo-Alma luminoso cresce interno e em torno da pessoa, essa luz a ensinará sobre os Mistérios sem a necessidade de livros, e aquele que é assim ensinado por Deus sabe mais do que todos os livros que o mundo contém. No devido tempo a visão interior será aberta e o caminho para o Templo mostrado. Se você quiser ensinar seus amigos, não importa o quão cético eles podem ser, eles vão acreditar em você se você pregar o evangelho do serviço.

Mas, você deve pregar pela prática. Você deve se tornar um servo do ser humano em si mesmo, se você quiser que seja acreditado: fale pouco, sirva muito. Se você quiser que eles sigam, você deve liderar ou qualquer um terá o direito de questionar sua sinceridade. Lembre-se: “tu és uma cidade em cima de um monte”, e quando você fala, todos têm o direito de julgá-lo pelos seus frutos; portanto: fale pouco e sirva muito.

(traduzido da FAQ da The Rosicrucian Fellowship)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ressaltemos os Fundamentos e as Verdades que brotam dos Ensinamentos Rosacruzes

Ressaltemos os Fundamentos e as Verdades que brotam dos Ensinamentos Rosacruzes

Ressaltemos os fundamentos, a verdade e a atração que brotam desses ensinamentos da Sabedoria Ocidental e que foram tão bem expostos pelo notável arauto dos Irmãos Maiores.

Atualmente, nota-se uma preocupação constante de suavizar o espírito de competição, profundamente evidenciado na dinâmica civilização ocidental, através do bom relacionamento que, embora ainda mesclado com interesses pessoais e grupais, indica a aurora de uma condição ainda mal compreendida pelos seres humanos e, por isso, mal-empregada.

Essa condição, que exprime um estado de espiritualização, alicerçou a obra, a Vida e o ideal de Max Heindel. Por essa razão, a Filosofia Rosacruz pode ser denominada de FILOSOFIA DO CORRELACIONAMENTO, porque ela concede aos seus estudantes a possibilidade de tudo correlacionar, de aparar as arestas dos desentendimentos, de unir os opostos e de operar o milagre de estabelecer o entendimento e a harmonia entre os seres humanos.

Mas, de que maneira? – Muitos poderão perguntar.

Os fundamentos da Filosofia Rosacruz apoiam-se em dois princípios básicos enunciados por Cristo: “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, depois, “Mas não sereis VÓS assim; antes o maior entre VÓS seja como o menor; e o que governa como quem serve”.

Assim, os fundamentos em que estão amparados os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, expostos no Conceito Rosacruz do Cosmos e nas demais obras de Max Heindel, são os princípios do AMOR e do SERVIÇO; na terminologia Rosacruz “O SERVIÇO AMOROSO E DESINTERESSADO PRESTADO AOS DEMAIS”.

Nosso Irmão Heindel sempre chamou a atenção dos estudantes para o fato de que o estudo da Filosofia Rosacruz se torna inútil se os seus ensinamentos não forem aplicados ou vividos sinceramente. Na aplicação dos ensinamentos da Filosofia, no início da aprendizagem, temos de levar em consideração o SÍMBOLO. O SÍMBOLO é o auxiliar do aspirante Rosacruz em particular, bem como de toda a humanidade em geral. Há um valor oculto e universal no SÍMBOLO que, mesmo depois da Iniciação, o aspirante Rosacruz reverencia. Ele constitui-se no meio de ligação entre o oculto e o visível, crescendo em significação na medida em que o aspirante cresce espiritualmente. Eis porque Max Heindel no livro Iniciação Antiga e Moderna nos diz: “o simbolismo que desempenhou um papel de importância capital em nossa evolução passada, ainda é uma necessidade vital para o nosso desenvolvimento espiritual”.

Daí então a conveniência em estudá-lo tanto com os nossos corações, como também com os nossos intelectos. Os diferentes símbolos divinos que têm sido outorgados à humanidade por uma e outra vez, falam a esse tribunal da verdade que existe dentro do nosso íntimo e despertam as nossas consciências para as ideias divinas que estão completamente além do alcance das palavras.

Desse modo, somos levados a considerar o SÍMBOLO como um auxiliar eficaz para a prática daqueles dois princípios enunciados: AMAR E SERVIR.

SERVIR BEM E DESINTERESSADAMENTE É AMAR, mas como encontramo-nos ainda na fase de aprendizagem, “vemos como que através de Vidros obscurecidos”, como diz o nosso ritual. Depositamos “a essência que emana dos Pães da Proposição” na “Rosa Branca” do nosso SÍMBOLO, a fim de que os Irmãos Maiores a empreguem onde acharem mais conveniente.

Executando um trabalho dessa natureza, vamos gradativamente nos tornando aquilo que na terminologia Rosacruz designa-se por AUXILIAR, primeiramente um AUXILIAR Visível, operando pelo uso da VONTADE QUE APLICA OS ENSINAMENTOS ROSACRUZES, para depois qualificar-se também para agir como AUXILIAR INVISÍVEL, um cidadão dos mundos. Por isso, cinco dias antes de passar para o além, nosso Irmão Heindel escreveu uma carta aos seus estudantes, na qual sublinha o ponto fundamental do êxito em assuntos espirituais e, portanto, no VIVER A VIDA. Essa carta de Max Heindel está à disposição dos amigos que podem retirar uma cópia ou mais, na Secretaria.

(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross e Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 04/1967)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: Por que o que Busca a Verdade deve viver no Mundo?

Março 1914

Depois da passagem da Transfiguração, quando Cristo e Seus Discípulos estavam prontos para descer o Monte, os últimos sugeriram que permanecessem aí, onde, com imenso prazer, fariam sua morada.

Isto não lhes foi permitido porque havia no mundo muito trabalho a fazer, e Sua missão não seria executada se aí permanecessem.

O Monte da Transfiguração é a “Rocha da Verdade”, onde o Espírito libertado pode contemplar as realidades eternas. Ali, no GRANDE AGORA (o passado simbolizado por Moisés e Elias), os profetas da velha Dispensação encontraram Cristo, o regente do Reinado que estava para vir. Todo Espírito a quem é permitido contemplar os esplendores supremos deste plano celestial, ouvir os acordes sublimes da harmonia das esferas e ver o colorido maravilhoso que acompanha a música, realmente reluta em abandonar tal lugar. Se não fosse por parecer que perdemos nossa forma e personalidade encerrando todo esse Reino de nós mesmos, provavelmente não teríamos força para voltar a Terra. Mas, esta sensação de que “temos o céu dentro de nós” nos fortifica quando chega o momento de contemplar o lado de fora e atender o trabalho do mundo.

Os objetos no Mundo Físico ocultam sempre sua construção ou natureza interna; vemos apenas a superfície. No Mundo do Desejo vemos os objetos fora e dentro de nós, mas nada nos dizem deles mesmos, nem da vida que os anima. Na Região Arquetípica, situada na Região Concreta do Mundo do Pensamento, parece não haver nenhuma circunferência, mas, para onde quer que dirijamos nossa atenção, ali está o centro de tudo, e a nossa consciência, instantaneamente, enche-se do conhecimento em relação ao ser ou à coisa que estivermos olhando. É mais fácil gravar num fonógrafo o som que nos chega do céu, do que mencionar as experiências que tivemos naquele reino, pois não há palavras adequadas para expressá-las; tudo o que podemos fazer é tentar vivê-las. E, conforme a nossa decisão e diligência ao plantarmos, adubarmos e regarmos tal campo, assim será a nossa colheita.

Este é um assunto que deve ser considerado muito atentamente por cada um de nós: “Que uso estou fazendo dos Ensinamentos Rosacruzes que recebo? Posso estar imaginando uma montanha no país dos sonhos, embora vivendo numa cidade, tão surdos aos apelos que me cercam e que me soam aos ouvidos, como se estivesse distante milhares de quilômetros”. A menos que repartamos, por nosso modo de viver (que deve soar mais alto que as palavras), a verdade que encontramos, incorreremos numa grande responsabilidade, pois: “a quem muito é dado muito será exigido”.

Lembremo-nos que o “conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica” e que o serviço é o reflexo da verdadeira grandeza.

(Carta nº 40 do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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