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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Sabedoria da Dieta Vegetariana

A maioria das pessoas acham que uma refeição sem carne do reino animal (de mamíferos, répteis, anfíbios, insetos, aves, peixes, frutos do mar e afins) é incompleta. Desde tempos imemoriais que tem sido considerado um axioma que a carne do reino animal é o alimento mais fortalecedor que temos.
Todos os outros alimentos são vistos como meros acessórios de um ou mais tipos de carne em qualquer cardápio.
Nada poderia ser mais incorreto; a ciência comprovou, por meio de experimentos e experiências, que o alimento obtido de vegetais, invariavelmente, tem um maior poder de sustância, e fica mais fácil de percebermos, se olharmos para o assunto sobre o ponto de vista ocultista.

A Lei de Assimilação

A Lei da Assimilação declara que: “nenhuma partícula de alimento pode ser inserida na construção de um Corpo, até que as forças nele vigentes sejam superadas pelo Espírito que construiu e é residente nesse Corpo”.
O Ego (o Espírito Virginal manifestado e que utiliza os Corpos) deve ser o regente absoluto e incontestado no corpo, governando as células como um autocrata, ou elas seguirão cada uma o seu próprio caminho, como acontece na morte, por exemplo, quando o Ego se retira definitivamente do Corpo, o descartando.
O nível da consciência da célula determina o seu poder como uma unidade. Quanto menor for essa consciência, mais fácil será para o Ego atuar como regente máximo das funções corporais. As células que entram no corpo, via alimentação, também têm suas consciências individuais e coletivas. Portanto, o nível dos alcances espirituais dessas células é um fator a ser considerado, quando se pretende que determinado alimento seja utilizado pelo organismo do corpo.

Os diferentes quatro Reinos de Vida têm diferentes veículos e, consequentemente, diferenças de consciência. O mineral tem apenas o Corpo Denso e uma consciência semelhante à do transe mais profundo. Por isso, seria mais fácil sujeitar alimentos provindos diretamente do Reino mineral. O alimento mineral se manteria conosco um maior tempo, eliminando a necessidade de comer tão frequentemente; no entanto, sabemos que o organismo humano vibra tão rapidamente que é incapaz de absorver o mineral inerte diretamente. O sal e as outras substâncias similares são expulsos do sistema imediatamente, sem terem sido assimilados totalmente.

O ar está cheio de nitrogênio que necessitamos para a síntese de proteínas e, portanto, para o funcionamento do metabolismo, crescimento de músculos e do crescimento celular; nós o inspiramos no processo de respiração para dentro do nosso corpo e não o conseguimos assimilar, tal como qualquer outro mineral, até que tenha sido transmutado no laboratório da Natureza e incorporado pelas plantas. As plantas, o Reino vegetal (plantas: verduras, legumes, tubérculos, frutas, grãos, sementes), têm um Corpo Denso e um Corpo Vital, que as capacita a fazerem aquele trabalho. A consciência delas é tão profunda como a de um sono sem sonhos. Assim, é fácil para o Ego dominar as células vegetais e mantê-las subjugadas por um longo período de tempo, e daí o grande poder de sustância dos vegetais.

O Alimento Animal

No alimento animal (oriundo dos seres da Onda de Vida Animal) as células já se tornaram mais individualizadas, e como o animal tem um Corpo de Desejos, que lhe proporciona uma natureza passional, é facilmente entendido que quando comemos a carne, é mais difícil sujeitar essas células animais, que têm uma consciência animal semelhante ao estado de um sono com sonhos e, também, que tais células não se deixarão se subjugar por muito tempo. Assim, uma dieta baseada na carne animal requer maiores quantidades e refeições mais frequentes que a dieta baseada em vegetais. Se avançarmos um degrau a mais e comermos carne de animais carnívoros, nos sentiremos famintos a toda a hora, pois tais células se tornaram muito mais individualizadas e procurarão, por isso, alcançar a sua liberdade e o mais rápido possível. Um excesso de carne que é consumido libera no corpo o venenoso ácido úrico, estando cada vez mais reconhecido que quanto menos carne comemos, melhor para o nosso bem-estar.

É natural que devamos desejar o melhor dos alimentos, mas todo corpo animal tem em si os venenos da degradação. O sangue venoso está cheio de dióxido de carbono e outros produtos nocivos que vai sendo levado para os rins ou para os poros da pele a fim de serem expelidos pela urina ou transpiração. Estas substâncias repulsivas estão em cada porção da carne e, quando comemos tal alimento estamos enchendo o nosso corpo de venenos tóxicos. Muitas doenças e enfermidades são devidas ao nosso uso de alimentos baseados na carne animal.

Há inúmeras provas que uma dieta carnívora estimula a ferocidade. Nós podemos mencionar a ferocidade famosa dos animais de caça, contraposta à força prodigiosa e a natureza dócil do boi, elefante e cavalo, demonstrando o efeito da dieta herbívora nos animais.

Alimentos Saudáveis

Assim que adotamos a dieta vegetariana (vegetais, leite, ovos e mel), escapamos a uma das mais sérias ameaças à saúde: a putrefacção dos restos da carne animal que ficam entre os nossos dentes. Frutos, cereais e vegetais em geral são, devido a sua natureza própria, lentos para apodrecer; cada partícula contém uma enorme quantidade de Éter que o mantem vivo e doce por muito tempo, enquanto que o Éter que interpenetrava a carne animal e pertencia ao Corpo Vital do animal se retira com o Espírito desse, no momento em que ele foi morto. Assim, o perigo de infecção por meio dos vegetais é muito pequeno, e muitos deles são, na verdade, antissépticos em um grau muito elevado. Isso se aplica, particularmente, aos frutos cítricos: laranjas, limões, toranjas, etc., para não falar do rei de todos os antissépticos, o abacaxi. Em vez do envenenamento de todo o trato digestivo com elementos putrefativos, como resulta com a carne animal, os frutos limpam completamente e purificam todos os sistemas do corpo, e o abacaxi é uma das melhores ajudas conhecidas para a digestão do ser humano. É bem superior à pepsina e para o obter não se usa nenhuma crueldade com a vida senciente, como a é dos animais. Alguns nutricionistas modernos avisam que para se beneficiar totalmente dos seus nutrientes, as frutas cítricas não devem ser misturadas com outros alimentos.

Sais Celulares

Há doze sais no corpo conhecidos como sais celulares; eles são vitais e representam os doze Signos do Zodíaco. Esses sais são necessários para construção do corpo. Não são sais minerais, como geralmente se supõe, mas sim vegetais. O mineral não tem Corpo Vital e é apenas por meio do Corpo Vital que a assimilação é conseguida. Por isso temos que obter esses sais por meio do Reino vegetal.

Cru ou Cozido?

O calor destrói o Corpo Vital da planta e sobra apenas a parte mineral. Portanto, se desejamos renovar o suprimento desses sais no nosso corpo, devemos obtê-los de vegetais não cozidos. Como cozinhar destrói os valiosos sais celulares, a nossa dieta deveria conter uma grande porcentagem de alimentos crus. Chás de ervas, que devem ser infusões sem ebulição, são também muito ricos em tais sais.

Contudo, não devemos, precipitadamente, chegar a conclusão que todos devem parar de comer carne animal e viver unicamente de alimento vegetal cru. No presente estado de evolução há muito poucos que o podem fazer. Devemos ter o cuidado de não elevar as vibrações do nosso corpo tão rapidamente; afinal, para continuarmos o nosso trabalho nas condições presentes temos que ter corpos adaptados ao trabalho.

Os ocultistas sabem que há uma chama na base do crânio, na base do cérebro. Ela arde continuamente na medula oblonga no topo da medula espinal, e é de origem divina. Esse fogo emite um som cantante, parecido ao zumbido de uma abelha, e é a nota-chave do Corpo Denso (o físico). Ela constrói e cimenta o conjunto dessa massa de células conhecida como “o nosso corpo”.

Inofensivos como as Pombas

O chama arde muito ou pouco, clara ou intensamente, conforme a alimentamos. Há fogo em tudo na Natureza, exceto no Reino mineral. Esse não tem Corpo Vital e como tal não tem via para o ingresso do Espírito de Vida, o fogo. Nós alimentamos esse fogo sagrado, parcialmente, por meio das forças do Sol entrando no Corpo Vital através da contraparte etérica do baço e daí para o Plexo Celíaco onde é colorido e, então, levado para cima, por meio do sangue. Nós, também, alimentamos esse fogo do fogo vivo que absorvemos dos alimentos crus, que comemos e assim assimilamos.

Olhando para o assunto “comer carne animal”, do ponto de vista ético, também é contra a mais alta concepção de matar para comer. Nós temos uma dívida pesada para pagar às criaturas inferiores, cujos mentores deveríamos ser, mas de que somos assassinos; a boa Lei que trabalha sempre para corrigir os abusos relegará, em tempo, o hábito de comer animais assassinados para a lixeira das práticas obsoletas.

O ser humano, nos primeiros estágios do seu despertar na Evolução, era como os animais de caça, em certos aspectos. No entanto, ele está se tornando um Deus e, como tal, deve parar de destruir para começar a criar. O alimento de carne animal estimulou a ingenuidade humana de uma ordem inferior no passado; serviu um propósito na nossa evolução; mas agora estamos no advento de uma Nova Era, quando o autossacrifício e serviço trarão crescimento espiritual a humanidade. A evolução da Mente trará uma sabedoria muito além da nossa maior concepção, mas antes de ser seguro nos confiar essa sabedoria, devemos nos tornar “inofensivos como as pombas”. De outro modo poderíamos nos tornar tão egoístas e de propósitos tão destrutivos que seríamos uma ameaça inconcebível aos nossos semelhantes seres humanos. Para evitar isto, deve ser adotada a dieta vegetariana.

Considerações Práticas

Também do ponto de vista puramente prático a dieta vegetariana é vantajosa. O cada vez mais proibitivo preço da carne animal está sempre levando as donas-de-casa a se virarem para achar os substitutos e, gradualmente, as pessoas estão sendo ensinadas que os alimentos da dádiva-de-Deus, os vegetais, o leite, os ovos e o mel, são os mais deliciosos e saudáveis. Muitas pessoas que começaram a comer mais frutas e vegetais, acrescendo o leite, os ovoso e o mel estão percebendo que estão obtendo mais saúde e, em muitos casos, que a melhoria física é acompanhada por melhorias mentais e morais. Afirma-se que são necessários 48.562 metros quadrados de pastagens para criar animais para produzir a carne suficiente para alimentar um ser humano. Se esses 48.562 metros quadrados de terra fossem usados em horticultura e fruticultura, produziriam comida suficiente para alimentar várias famílias de tamanho médio. Com a população crescendo em todo o mundo, em breve será necessário parar a criação de gado e devotar os campos ao cultivo de cereais e vegetais.

Nesses tempos de mudança, quando mais Egos avançados estão nascendo, naturalmente muitos deles são vegetarianos; um novo tipo de humanidade, tendo uma mais alta consciência, está se formando. A Era vindoura será vegetariana, e todos os que forem progressivos se alinharão e se tornarão vegetarianos – os outros ficarão para trás e classificados entre os atrasados da Onda de Vida Humana.

(da The Rosicrucian Fellowship: Healing, Health and Nutrition, The Wisdow of the Vegetarian Diet – traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Estamos Ganhando Asas?

Um aluno nos enviou o seguinte recorte do Kansas City Post e imaginamos que ele mereça algum comentário; é interessante, por estar de acordo com os Ensinamentos Rosacruzes em certos pontos.

A guerra completou a conquista do ar pelo ser humano. Isso trouxe à tona uma teoria científica de que o ser humano algum dia  poderá voar com suas próprias asas, sem a ajuda de máquinas. Esse seria o último passo para realizar o antigo sonho de conquistar o ar.

A ciência pode manipular o embrião humano de modo a recriar o poder de vôo possuído por seus progenitores anfíbios, na história evolutiva da criação? Pelo menos um cientista distinto acredita que essa concepção fantástica não seja totalmente impossível.

Ele é o Dr. George C. Shinji, biólogo japonês há anos ligado à Universidade de Missouri e agora realizando um incrível conjunto de experimentos para a Universidade da Califórnia.

Já tendo demonstrado em milhares de casos que o crescimento ou ausência de asas em insetos pode ser determinado  positivamente, ele cita a crença comum do ser humano em Anjos alados como um suporte lógico para a teoria de que ele também possa navegar pelos céus.

Em mais de 10.000 experimentos com pulgões de rosa ou piolhos de plantas verdes, o Dr. Shinji conseguiu produzir insetos alados ou sem asas através de um processo de alimentação, após o período de incubação.

Se o pulgão receber álcool, vinagre, fermento em pó ou sais de álcalis, ele se tornará uma criatura sem asas. Ao alimentar o mesmo embrião com sais de Epsom, açúcar ou magnésio, ele invariavelmente desenvolverá um par de asas robustas.

“Da mesma maneira”, diz o Dr. Shinji, “peixes e certas aves foram transformadas em espécies aladas ou sem asas”. “Meus experimentos com pulgões, assim como os do Prof. W. T. Clarke e do Sr. J. D. Neills, provaram de modo inconstestável que o crescimento das asas depende do tipo de alimento fornecido ao inseto, dentro de um certo período após o nascimento.”

“Nossos experimentos, embora mais ou menos elementares, indicam que o mesmo processo possa ser aplicado a formas superiores de vida, com resultados semelhantes; não vejo razão para que eles não possam ser levados até o ser humano.”

O mito e a história aceita da criação evolucionária são curiosamente harmoniosos em dar validade às previsões surpreendentes do Dr. Shinji. Houve Ícaro, da lenda grega, que, desejando subir aos céus, construiu um par de asas e prendeu aos ombros com cera. Colocando seu anseio e desespero de conquistar o éter nessa aventura, eles disseram que ele caiu quando o sol derreteu a cera.

Existe o sonho do ser humano comum de voar, sonho que quase todo jovem tem de várias formas. Uma vaga lembrança, diz a ciência, dos dias antediluvianos, quando os progenitores do ser humano enfrentavam os ventos. Há a incrível aventura dos homens que lutaram nas batalhas do céu durante esta guerra — homens cujo instinto de voo e equilíbrio pareciam exceder em muito a qualquer mero treinamento técnico. E há a dedução biológica, baseada no fato de que todo ser humano tem em seu corpo rudimentos de órgãos antes usados, mas agora atrofiados por eras de desuso. Talvez, especulam Shinji e outros biólogos, haja algum rudimento de asa humana que possa se desenvolver quando o segredo tiver sido totalmente revelado.

“De qualquer forma”, afirma o investigador japonês, “se novas plantas podem ser desenvolvidas pelo cruzamento científico entre espécies e se a vida animal pode ser dirigida por alimentação e seleção”, está longe de ser absurdo acreditar que esses mesmos processos possam ser aplicados a formas mais elevadas da vida animal. “Asas para o ser humano — por que não? Talvez algum dia ele consiga voar sem o uso de aviões”.

Há, como dissemos, vários pontos interessantes nesste artigo. Em primeiro lugar, podemos notar que o Dr. Shinji afirma que, quando deu álcool aos pulgões com os quais fez os experimentos, eles se transformaram em criaturas sem asas, condenadas a se arrastar laboriosamente pela superfície da Terra; mas quando se alimentaram de açúcar, cresceram asas neles para subir ao céu. Em nosso Conceito Rosacruz do Cosmos e em outros lugares, mostramos como os alimentos cárneos e o álcool foram introduzidos na dieta humana, pelas Hierarquias Criadoras que guiam nossa evolução, com o propósito preciso de perdermos a nossa visão e poderes espirituais e nos fazer esquecer a nossa descendência divina para que aprendessemos as lições do Mundo material, a Região Química do Mundo Físico, com todo o nosso coração e e com toda a nossa vontade.

Como servos de Baco, nós nos tornamos seres da Terra, terrenos em maior grau do que imaginamos e é uma tarefa difícil nos levantar do atoleiro do materialismo, agora que está chegando o tempo de compensar nossa perda e desenvolver melhores faculdades e poderes maiores do que aqueles que possuíamos em épocas passadas.

Dissemos que o açúcar – não o refinado, mas o mascavo, o melado – é o novo alimento que vencerá o álcool e nos ajudará a cultivar a Individualidade que foi sacrificada ao “deus da uva”, que há tanto tempo escravizou o espírito do ser humano pelo espírito do vinho, que é fermentado fora do corpo humano e, por isso, é um espírito estranho, inimigo do ser humano. O espírito do açúcar, por outro lado, está sujeito ao espírito humano em cujo domínio corporal é fermentado e, portanto, dissemos que o açúcar é um estimulante seguro e fonte de energia. Tem sido amplamente demonstrado nos últimos anos que o açúcar substitui as bebidas espirituosas como estimulante, mas não tem nenhum dos efeitos nocivos do licor; portanto, está entrando em uso mais geral ano após ano.

Também é demonstrável que as nações que utilizam maior quantidade de açúcar per capita são as mais altruístas e avançadas. O açúcar está decompondo os grilhões do materialismo e nos tornando mais inclinados ao idealismo e à espiritualidade. Assim, os elementos grosseiros e sólidos do Corpo Denso estão desaparecendo. Estamos nos tornando mais refinados e os éteres que permeiam o Corpo Denso estão mais livres para vibrar. Isso nos torna mais sensíveis às vibrações psíquicas e abre caminho para a liberação do Corpo-Alma, composto pelos dois Éteres superiores do Corpo Vital. Quando esse ponto é alcançado, o corpo físico pode voar e voa mesmo, porque esse Corpo mais sutil não está sujeito à gravitação nem é sensível ao frio ou ao calor. Nós nos sentiremos perfeitamente à vontade se optarmos por voar para o Polo Norte, entrar na cratera de um vulcão ou explorar os mistérios das profundezas do oceano.

Então, a velocidade de um avião também parecerá um passo de caracol, pois o Ego se move com a velocidade da eletricidade; isto é, pode dar a volta em torno globo em um minuto ou menos. Nem pode ele ser ferido por colisão, pois as formas etéricas passam facilmente umas pelas outras sem perder consciência ou identidade.

Isso provavelmente soará como um conto de fadas para os desinformados, mas é um fato absoluto, testado e comprovado por milhares de pessoas sensatas todos os dias, por muitos anos, e o número está aumentando rapidamente, de modo que podemos esperar a qualquer dia ver estabelecido como um “fato científico” que o corpo físico possa voar e realmente voa mais rápido, e sem asas, do que agora com o avião.

O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito.” (Jo 3:8).

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro/1919 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que acontece com cada um de nós quando morremos?

Resposta: A morte é ocasionada pela ruptura da união entre o Átomo-Semente e o coração. Nesse processo, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente abandonam o Corpo Denso, pelo alto da cabeça. Contudo, na morte o Ego e os veículos superiores permanecem em contato com o Corpo Denso, por meio do Cordão Prateado, por três dias e meio aproximadamente, período em que ocorre a retrospecção do panorama da vida recém-finda. Todas as imagens contidas nesse panorama são gravadas no Corpo de Desejos que, posteriormente, serão impressas no Corpo Vital, através do sangue, e se tornarão a base da experiência post-mortem. Só depois dessa gravação é que se rompe o Cordão Prateado no seu segmento entre o Coração e o Plexo Celíaco.

Ao morrer, a pessoa pode ficar presa ao Mundo Físico ou se endereçar para o Purgatório, local em que os nossos maus atos e hábitos deverão ser purgados. Aqui sofremos intensamente toda a dor causada a outros. É a Lei de Causa e Efeito agindo e dando a cada um aquilo que necessita.

Quando termina a existência no Purgatório, o Ego ascende ao Primeiro Céu, que está situado nas três Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo. Aqui o indivíduo verá o panorama das boas obras da vida e voltará a sentir toda a gratidão que recebeu por sua benfeitoria. O Primeiro Céu é um lugar de alegria, sem vestígios sequer para a amargura.

A próxima etapa é o Segundo Céu; aqui a quintessência dos três Corpos é assimilada pelo Tríplice Espírito. O Segundo Céu é o verdadeiro lar do Ego humano; aqui ele permanece durante séculos assimilando o fruto da última vida e preparando as condições terrenas mais apropriadas para o seu próximo passo no progresso.

No Terceiro Céu o Ego se fortifica para a próxima imersão na matéria. Com a ajuda dos Anjos do Destino ele escolherá, dentre os panoramas de vida, como será sua próxima vida na Terra.

Para saber mais, Leia o Capítulo 3 do Conceito Rosacruz do Cosmos.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Ritual do Serviço

Saibamos ou não, a repetição é uma constante em nossas vidas. Consideremos tanto os permanentes ciclos anuais de nascentes e poentes do Sol, quanto as nossas próprias rotinas diárias, sempre seguindo o mesmo programa: acordar executar um número de tarefas numa certa correlação e dormir.

Algumas pessoas fazem alusão à palavra “ritual” ou, respectivamente “rotina”, como atos repetitivos, maçantes, cerimoniais sem sentido, ou mesmo tarefas rotineiras monótonas, que devem ser “suportadas” e não obrigatoriamente executadas com um certo grau de boa vontade. Nossa interpretação da palavra “ritual” pode, certamente, ter esse tipo de conotação, se assim desejamos. Porém, se em nosso modo de ver, “ritual” equivale à “coisa monótona” não percebemos, infelizmente, o ritual em sua luz real e verdadeira, e afastamos uma poderosa ferramenta, que nos ajudará a construir o nosso progresso.

Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental são claros e enfáticos a respeito da essencialidade da repetição para o desenvolvimento e espiritualização do Corpo Vital. Assim escreve Max Heindel: “A nota-chave do Corpo Vital é a repetição. Isso é fácil entender, quando levamos em conta que apesar de o Corpo Vital ter a faculdade de movimentar o Corpo Denso, só poderá conseguir movimentos satisfatórios mediante impulsos similares e repetidos. O Corpo Vital aprende a adaptar-se à coordenação dos movimentos do Corpo Denso, sob comando do espírito”. O bebê não caminha com perfeição, na sua primeira tentativa, e nem o músico chega a ser um instrumentista perfeito, após suas primeiras aulas de música. A repetição é indispensável para que os dedos do instrumentista e os pezinhos do bebê possam se movimentar como o Ego deseja. Nossos Ensinamentos Rosacruzes ainda dizem: “As escolas Ocultistas de todas as idades têm estabelecido como alvo a possibilidade de treinamento do Corpo Vital, por meio do trabalho com a sua nota-chave: a repetição”. Para essa finalidade, foram elaborados vários rituais correspondendo aos vários estágios evolutivos da humanidade. Dessa maneira conseguiu-se um progresso espiritual lento, porém seguro, independentemente da percepção, ou não, do ser humano, de que estava sendo “esmerilhado”. Os Serviços Devocionais do Templo e de Cura da Fraternidade Rosacruz são também conduzidos por cerimoniais ritualísticos.

Há quem se queixe de que uma estrutura formal, em constante repetição, torna qualquer serviço divino monótono, e que o fato de ter de falar e ouvir sempre a mesma coisa não estimula os participantes. Essas pessoas não entendem, porém, que realmente o nosso Corpo de Desejos, que nós sentimos como a nossa “natureza emocional”, está sempre à “procura de novidades”. A inconstante natureza de desejos é facilmente atraída de uma emoção à outra, sendo assim potencialmente destrutiva, se não estiver devidamente controlada. Os serviços religiosos em que são utilizados tanto a oratória de grandes efeitos emocionais ou hipnóticos, quanto outros detalhes, nas respectivas liturgias, são particularmente atraentes aos Corpos de Desejos dos participantes. “Eles reagem ao teor emocional do serviço religioso, sentindo-se praticamente em levitação. O efeito, porém, é puramente temporário, e um novo contato com essa liturgia emocional causará mesmo arroubo religioso, arrependimento, ou qualquer outro sentimento que estava sendo induzido no grupo. Assim, o serviço ‘cheio de novidades’, não teve efeito duradouro nos participantes. Por outro lado, o efeito repetitivo da cerimônia ritualística é sentido no Corpo Vital que é de natureza mais estável, apesar de não se obter resultados tão dramáticos em termos de impressões recebidas pelo participante.”

Muitos se revoltaram contra a disciplina da rotina do trabalho diário. “Ah se eu pudesse não trabalhar hoje”, dizem, “Há tanta coisa por fazer aqui em casa”, ou “Há tanta coisa que eu faria para me realizar, em vez dessa droga de emprego” ou “como gostaria de ficar em casa e não fazer NADA!”. Não há dúvida, uma mudança de vez em quando é necessária e é perfeitamente lícito “não fazer nada” por um curto espaço de tempo num merecido descanso. Necessitamos da disciplina de um dia de trabalho, para nos manter, por assim dizer, dentro dos nossos “eixos” de produtividade, apesar de não pensarmos assim. Somos, realmente, extremamente criativos com que “poderíamos fazer se tivéssemos tempo à nossa disposição”. Porém muitos de nós verificariam que se não fôssemos obrigados a trabalhar para viver, ou cuidar de nossos lares, ficaríamos anestesiados por uma preguiça aguda. Há poucos dentre nós que têm bastante autodisciplina e força de vontade para permanecer em altos níveis de produtividade e aspiração, faltando o estímulo do dever. A tentação de “diminuir o ritmo” ou sair na perseguição de “passatempos” é, geralmente, grande demais para poder ser vencida com êxito, por uma certa duração de tempo. Assim sendo, mesmo se as férias e dias feriados são justos, é também uma boa coisa muitos serem forçados pelas circunstâncias a trabalhar para viver, ou tomar conta dos afazeres domésticos seguindo assim um ritual do trabalho.

Da mesma forma, deveríamos fazer um esforço para instituir o que chamamos de “ritual do serviço” dentro da rotina de nossas vidas diárias. Muitas pessoas partidárias entusiastas da ideia do serviço, ficam devendo o que se esperaria delas em termos de “obras” de serviço. Gostariam de ajudar o seu semelhante de uma ou outra maneira; quando chega a hora da implementação desse objetivo, acabam por achar que “não dispõem de tempo necessário”. Mediante uma observação mais criteriosa, porém, poderá se verificar que teriam tempo, se soubessem dividi-lo de maneira mais criteriosa.

Poucos são, realmente, tão ocupados com responsabilidades para com suas famílias, ou para com eles mesmos, que não possam doar, pelo menos algumas horas da semana para o serviço em benefício da humanidade. Não que as nossas responsabilidades para com as famílias que constituímos não sejam uma forma de serviço. Pelo contrário, servimos no seio da família. Há, porém, uma diferença, entre providenciar por meio do trabalho o sustento físico da família, ou trabalhar longas horas simplesmente para alcançar um mais “alto padrão de status social”, acomodações mais luxuosas, aumentar o poder e o prestígio no mundo, etc.

Da mesma forma, nossas responsabilidades legítimas para com a nossa pessoa são, de direito, somente aquelas que dizem respeito ao crescimento anímico, ao progresso evolutivo e à manutenção das necessidades básicas de nossa existência física. Não são consideradas nessa categoria de legitimidade muitas das atividades egoístas para as quais devotamos tanto tempo e energias. De fato, o crescimento anímico é uma de nossas responsabilidades legítimas, e visto que tal crescimento anímico é adquirido mediante o serviço para com os outros, é nosso dever incorporá-lo na rotina de nossas atividades como não olvidamos de alimentar-nos, dormir, trabalhar por dinheiro e do nunca esquecido lazer.

O ritual do serviço, mesmo tendo certas características repetitivas, não requer em absoluto a execução do mesmíssimo serviço, sempre de forma semelhante e a mesma hora do dia. Pelo contrário, o serviço, para ser realmente de primeira ordem deve ser executado quando e onde for verificada a necessidade, sem planejamentos prévios ou programações. Lógico, é excelente devotar um dia particular de cada semana para trabalhar no hospital mais próximo, creche ou instituição parecida. No resto da semana, porém, não temos o direito de ignorar tais ocasiões de servir dando preferência sempre aos nossos interesses pessoais.

Se sabemos que “teremos que servir” como sabemos que “teremos de “comer” ou “dormir”, estaremos mais alertas a discernir as oportunidades para o serviço, conforme apareçam.  Incorporadas ficarão, então, às nossas vidas, tal um verdadeiro “ritual do serviço”, a ser repetido muitas vezes. Se determinarmos não deixar um dia passar sem, de alguma forma ter servido alguém, e seguramos esse propósito firmemente em nossas Mentes, ao despertarmos veremos como nossa atenção se voltará automaticamente para as oportunidades de servir que nos foram dadas. Depois de certo tempo, quando nosso campo de ação ficar maior, quando servirmos automaticamente, dia a dia, em cada ocasião que nos for apresentada, então o fato e não a ideia de serviço nos será como um reflexo, espontâneo e natural.

Como já foi mencionado, o ritual do serviço é, ou deveria ser caracterizado por certas qualidades indispensáveis. Como ideal deveria ser encarado o elemento da espontaneidade, que permite o pleno uso de cada oportunidade de serviço. O nosso “olhar do outro lado”, as nossas racionalizações, ou escusas “justificadas” por atividades, aparentemente urgentes, mas atualmente egoístas, não entrarão mais em nosso esquema de serviço. Faremos o máximo de cada oportunidade recebida pelo simples motivo que ela existe e, também, nos encontramos no mesmo lugar, sendo esse o tempo certo e o lugar certo para servir. Poderemos não julgar o trabalho envolvido particularmente atraente e talvez seja até necessário deixarmos de lado umas férias planejadas com muito carinho, a fim de que a tarefa seja executada. Já que a necessidade para o serviço existe e veio ao nosso encontro, faremos o melhor possível para remediá-la com o máximo de naturalidade.

A segunda qualidade, ideal para o ritual de serviço, é a alegria. Um serviço efetuado quando resmungamos por fora e estamos eivados de ressentimentos por dentro só tem um efeito parcial. O beneficiário sente nosso estado negativo e o seu alívio é diminuído pelas nossas reações indesejáveis. Igualmente, o servidor de má vontade não tem a atenção completamente voltada para a tarefa, uma parte dele está em desacordo, em conflito, parte dos pensamentos que deveria se voltar ao caso em pauta, redemoinha ao redor dos seus sentimentos menos desejáveis. Aquele que serve alegremente, dá o que tem de mais elevado em termos de potencialidades. Cada fibra de seu ser contribui à boa execução e os resultados são esplêndidos. Ele serve porque quer, não porque é empurrado pela sua consciência. As correntes, em seu Corpo de Desejos, não são cortadas pelo efeito congelador dos sentimentos negativos, permitindo que a pessoa produza o máximo em termos de Epigênese e ação. Sua qualidade de serviço é, portanto, infinitamente superior, à qualidade produzida pelo colega de pouca boa vontade.

A alegria, como a espontaneidade, são qualidades que não podem florescer no Estudante Rosacruz da noite para o dia. É muito humano o ser incomodado pelo apelo da consciência, mesmo se a pessoa procura atendê-lo. É tão humano ficar irritado quando os próprios os planos vão por água abaixo por causa das necessidades de um outro ser humano. É tão humano, também, o fato de se permitir que o cansaço ou os problemas pessoais oprimam o otimismo. Uma atitude alegre, em tempo integral, não se obtém, como já foi mencionado, da noite para o dia. Contudo, na medida em que o Aspirante à vida superior desenvolva a terceira qualidade necessária para o ritual do serviço, aprenderá a manter seu otimismo em níveis sempre mais elevados.

A terceira qualidade é o sentimento e a expressão do amor. Fala-se muito em nossos Ensinamentos Rosacruzes a respeito do serviço amoroso, que é a mais pura e aceitável forma de agir. O mandamento de amor, o Mandamento do Cristo, é o mais elevado pináculo evolutivo que pode ser atingido pela humanidade de nossos tempos. Definimos como “amor” o sentimento fraterno harmonizado com o amor universal, reconhecedor de que toda Vida procede de Deus e que todos somos parte desse glorioso Uno. Esse amor, levado às suas mais elevadas expressões, nos incentivaria um dia a dar até nossas vidas pelos nossos semelhantes. Esse amor que engendra o altruísmo, dá mais valor aos problemas do seu irmão e da sua irmã do que aos próprios problemas.  Essa é, portanto, a qualidade que nos encoraja a tirar o máximo de resultados na hora de auxiliarmos o nosso irmão e a nossa irmã, e oferecer a nossa vida para o seu bem-estar.

Quando esse sentimento cria certa força dentro de nós, tanto a espontaneidade, quanto a alegria ficarão, automaticamente, integradas em nosso ritual de serviço. Se realmente amamos aos nossos irmãos e as nossas irmãs, no sentido expressado por Cristo-Jesus, nossas vidas serão marcadas por uma maneira de ser alegre, espontânea e serviçal, sem outras digressões.

É essa a meta final, porque sabemos que “o serviço amoroso e desinteressado é o caminho mais curto, mais seguro e mais alegre que nos conduz a Deus”. Quando aprendemos a palmilhar esse caminho exclusivamente, sem digressões e alterações de um lado ou de outro, o ritual do serviço será a nossa segunda natureza. Dará sentido às nossas vidas, contentamento íntimo, produzirá crescimento anímico e será a nossa mais importante atividade dentre todas as nossas atividades terrenas. Então, e somente então, os nossos Corpos Vitais ficarão gloriosamente espiritualizados, e nossos Corpos-Alma, formados pelos dois Éteres superiores de nosso Corpo Vital, serão poderosos e radiantes, de fato. Os nossos Corpos de Desejos, hoje tão afinados com tudo que é “diferente” “sensacional”, ou simplesmente novo, serão vistos como uma ferramenta útil e bela pelo sincero Aspirante à vida superior.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Dieta Vegetariana versus a razão de nos terem dado Carne Animal e Bebidas Alcoólicas para nossa Evolução

Deus disse: “Eu vos dou todas as ervas que dão semente, que estão sobre toda a superfície da terra, e todas as árvores que dão frutos que dão semente: isso será vosso alimento.” (Gn 1:29). Essa foi o primeiro tipo de alimentação que nos foi dado para a nossa evolução.

Entretanto, a nossa alimentação foi adaptada pouco a pouco em nossa evolução. Quando fomos dotados de intelecto, ao curso da Época Atlante, a carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios e afins) foi incorporada à nossa alimentação a fim de nos auxiliar no reparo de tecidos destruídos pela expressão do pensamento aqui, enquanto renascidos, principalmente em se tratando de pensamentos grosseiros e materialistas. Mas o que era necessário e suficiente, naqueles tempos em que estávamos aprendendo como lidar com o nosso Corpo Vital na sua função de reparo do Corpo Denso, não é mais desejável nos dias atuais. Pois já aprendemos a um nível de eficácia tal que tal reparo é executado sem a necessidade de envenenarmos nosso Corpo Denso.

Porque os animais são nossos jovens irmãos e, como nós, eles constroem formas no intuito de adquirir experiência no mundo material. Privando-os de seu Corpo Denso, nós atrapalhamos o seu progresso.

É verdade, entretanto, que certos animais matam para se alimentar. Mas tal luta pela vida entre diferentes espécies tem por objetivo despertar a consciência ainda obscura dos seus participantes. E ela não pode ser comparada à caça praticada pelo ser humano moderno, nem à matança sistemática organizada nos abatedouros.

A despeito do aspecto moral da morte dos animais, não se deve esquecer que a carne de cadáveres contém os venenos da putrefação. O sangue venoso contém igualmente substâncias tóxicas que são a origem de diferentes doenças.

Os animais que nós comemos são mais avançados que os vegetais e as células das quais eles são constituídos possuem uma certa individualidade que nós, o Ego humano, deve dominar antes de poder assimilá-las. Como resultados, tem-se uma fadiga do organismo e uma fraqueza prematura do Corpo Denso.

Além disso, no momento em que um animal é morto bruscamente, suas paixões ficam na carne que nós comemos, assim como os desejos recorrentes do Espírito-Grupo que incita à reprodução, porque o principal objetivo de um Espírito-Grupo é o de perpetuar sua espécie. Se juntamos a isso a influência dos Espíritos Lucíferos, que excitam os instintos baixos da natureza humana, nós compreendemos facilmente por que o ser humano é tão fortemente impulsionado a desperdiçar sua força sexual criadora.

Por todas essas razões a comida carnívora, que encorajou a agressividade e astúcia do ser humano primitivo indolente, deve agora ser abandonada. Porque os comedores de carne são necessariamente assassinos. Se eles não matam eles mesmos os animais que comem, eles o fazem para os outros, evitando assim de “sujarem as mãos”.

Na lenda do Santo Graal, no começo da narrativa, Parsifal mata um ganso. Mas, quando ele toma consciência da gravidade desta ação maldosa, ele se arrepende de seu gesto, quebra seu arco e se torna “inofensivo”. Todos aqueles que querem progredir no sentido espiritual devem possuir essa qualidade e se abster de comer carne animal. Eles devem igualmente se abster de tomar bebidas alcoólicas.

Assim que a humanidade tomou plena consciência do Mundo Físico, após o dilúvio e a dissipação da névoa espessa que recobria Atlântida, o vinho (aqui símbolo das bebidas alcoólicas) foi, ele também, incorporado à sua alimentação. A Bíblia nos diz que isto começou no momento em que “Noé planta a vinha”.

O álcool tem como efeito entorpecer, adormecer o Ego humano e de neutralizar a atividade da Hipófise (Corpo Pituitário) e da Glândula Pineal (Epífise Neural), que são os órgãos da percepção espiritual. Estes se tornam incapazes de vibrar em harmonia com os Mundos superiores e, assim nós perdemos pouco a pouco consciência de tudo o que não pertencia ao Mundo material (necessário naquele momento da evolução para dominarmos a Região Química do Mundo Físico e, assim, tornarmo-nos especialistas na matéria química, assim como os Anjos são especialistas na matéria Etérica e os Arcanjos na matéria de Desejos).

Quando tínhamos o conhecimento dos Mundos espirituais – naquele momento desse Esquema de Evolução –, não levávamos suficientemente a sério a nossa passagem pelo Mundo Físico. E, assim, para fazermos esquecer, durante alguns renascimentos, nossa verdadeira natureza e nossa estadia nos Mundos celestes o vinho (as bebidas alcoólicas) foram incorporado a nossa alimentação. Além desse efeito adormecedor, as bebidas alcoólicas desempenharam um importante papel para dominar as células da carne animal, pois possuem uma certa individualidade, antes de assimilá-las como alimentos para nós.

Imaginando que possuíamos apenas uma única e curta vida, concentramos nossos esforços no desenvolvimento do Mundo material e aprende, assim, as lições que só podem lhe ser ensinadas nesse Mundo Físico. Desenvolvemos, em particular, nossas faculdades intelectuais aplicadas aqui, nos esforçando para descobrir e utilizar as Leis da Natureza a fim de melhorar nossas condições de existência ou de satisfazer o alcance do nosso objetivo que, como já dissemos acima, era de dominarmos a Região Química do Mundo Físico e, assim, tornarmo-nos especialistas na matéria química.

Aprendemos, igualmente – mesmo que não nos demos conta disso –, a nos conformar às Leis da moral Divina, cuja transgressão é, também, perigosa assim como aquela das leis físicas, porque tal transgressão tem como consequência os sofrimentos do Purgatório e seus eventos infelizes do destino.

O consumo de bebidas alcoólicas apresenta, entretanto, inúmeros inconvenientes. O Ego humano não tem o poder de dominar as vibrações muito rápidas do álcool e não pode assimilar tal substância. Nos casos de embriaguez, o álcool toma perigosamente o controle da Personalidade. Não obstante, muitas pessoas apreciam seus efeitos eufóricos e abusam dessa bebida no detrimento de sua saúde.

Na interpretação literal das “Bodas de Caná”[1] – que lemos na Bíblia –, nós consideramos que o “Cristo transformou a água em vinho”.

Na verdade, o significado profundo destas “Bodas” é o “Casamento Místico”, no qual a realização é completamente incompatível com o consumo de álcool. Mas se nós nos apegamos à explicação corriqueira, nós podemos dizer que o Cristo ratificou o uso do vinho no que concerne à humanidade comum. E são por essas razões que nós acabamos de explicar tal questão.

Entretanto, nós assistimos agora ao fim da Era do vinho, porque o momento é chegado para tomarmos conhecimento da nossa verdadeira natureza. Não é mais concebível que passemos nossa vida toda sem saber de onde viemos, para onde vamos e o que temos a fazer na Terra. É por isso que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz deram todas as explicações necessárias que concernem a condição humana na Cosmogonia dos Rosacruzes (relatada no livro Conceito Rosacruz do Cosmos).

Não seria, todavia, necessário imaginar que é suficiente parar de comer carne animal e de tomar bebidas alcoólicas para obter os poderes espirituais. Esses são desenvolvidos apenas pela santidade da vida e das ações caridosas e desinteressadas – ou seja: serviço amoroso e desinteressado aos nossos irmãos e as nossas irmãs, com que temos a nossa rede de relacionamentos durante toda uma vida aqui –, mas uma alimentação apropriada, sem o consumo da carne animal e sem tomar bebidas alcoólicas é um acompanhamento indispensável. Ademais, os nossos Corpos Densos foram impregnados destas substâncias durante inúmeras gerações e um certo tempo se faz necessário para eliminar completamente os efeitos delas na construção dos nossos Arquétipos e, consequentemente, dos nossos Corpos aqui. Até para uma pessoa deixar de se alimentar usando carnes animais o processo pode não ser imediato, mas aos poucos.

De qualquer forma, como o consumo da carne animal e das bebidas alcoólicas atrapalham esse processo, nenhum “comedor de carne animal” ou “tomador de bebidas alcoólicas” pode adquirir a consciência pessoal dos Mundos espirituais.


[1] N.T.: “No terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus foi convidado para o casamento e os seus discípulos também. Ora, não havia mais vinho, pois o vinho do casamento tinha-se acabado. Então a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Respondeu-lhe Jesus: “Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, cada uma contendo de duas a três medidas. Jesus lhes disse: “Enchei as talhas de água”. Eles as encheram até à borda. Então lhes disse: “Tirai agora e levai ao mestre-sala”. Eles levaram. Quando o mestre-sala provou a água transformada em vinho — ele não sabia de onde vinha, mas o sabiam os serventes que haviam retirado a água — chamou o noivo e lhe disse: “Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já estão embriagados serve o inferior. Tu guardaste o vinho bom até agora!”. Esse princípio dos sinais, Jesus o fez em Caná da Galileia e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2:1-11).

(Traduzido do: Un Régime Végétarien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix, pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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Audiobook: O Corpo Vital – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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O Corpo Vital – Max Heindel – Prefácio – Introdução
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo I – Durante Períodos e Revoluções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo II – Durante as Épocas
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo II – Na Saúde e na Doença
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo III – No sono e nos sonhos
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo IV – Na Morte e nos Mundos invisíveis
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo V – A Caminho do Renascimento
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo VI – As Crianças
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte III – O CORPO VITAL DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo I – Um Fator Importante
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo II – O Efeito das Orações, dos Rituais e Exercícios
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Corpo de Pecado: um resultado de uma vida praticando o mal e o efeito na próxima vida

Um Corpo de Pecado é formado pela união do Corpo Vital e do Corpo de Desejos de uma pessoa que desencarnou, a qual em uma determinada vida foi muito cruel e egoísta. Quando tal pessoa morre, a maldade e o ódio que foi gerado em sua Mente e no seu Coração ocasiona o entrelaçamento, ou seja, uma união entre seus Corpos de Desejos e Vital tornando-os uma ameaça para a sociedade. Essa é uma das razões pelas quais a pena de morte deveria ser abolida. Quando uma pessoa má, como está sem o seu Corpo Denso, depois da morte, e encontra uma pessoa de vontade fraca pode, facilmente, fazer essa pessoa de vontade fraca vítima da influência daquela pessoa má e causar àquela muitos danos, enquanto estiver sob sua influência.

Muitos criminosos – pessoas o suficientemente más que criaram os seus Corpos de Pecado – se apegam a Terra, após a morte, e passam anos e anos incitando outras pessoas a fazerem maldades. Acumulam uma carga enorme de Destino Maduro, que deverá ser pago em algum tempo futuro. Quando, finalmente, o Espírito, depois de purgar suas dívidas, deixa o Purgatório, então lhe é permitido ascender ao Primeiro e Segundo Céu, onde permanecerá durante muitos anos. No entanto, o seu Corpo de Pecado é capaz de viver uma existência independente, por centenas de anos e se mostrar até como tendo uma consciência individual, que o manterá a espera do Ego que o criou. Quando este Ego renascer, esse Corpo de Pecado será atraído por ele e, normalmente, estará ao seu lado, como uma espécie de demônio, por toda a sua vida. Assim, este Corpo de Pecado vai procurará causar todos os problemas possíveis a este Ego.

Uma noite alguns Auxiliares Invisíveis saíram com sua amiga, uma Irmã Leiga. Todos estavam em seus veículos superiores e foram prestar auxílio as pessoas.

Esta Irmã Leiga trabalha com pessoas que têm problemas em seus Corpos de Pecado e os ajuda, da maneira que pode.

Uns dos Auxiliares Invisíveis solicitou a Irmã Leiga que lhes mostrasse um vampiro, porém, não havia nenhum ali naquele momento. Entretanto, viram muitas pessoas em seus Corpos de Pecado, seguindo-os. Estas pessoas carregavam em seus rostos uma expressão de medo e olhavam como se esperasse que um problema acontecesse.

Estes Corpos de Pecado tinham um aspecto deplorável. A parte do corpo que foi utilizada para maldade era desproporcional, em relação ao resto. Por exemplo, um homem que em sua vida passada utilizou suas mãos para enforcar ou aplicar torturas em várias pessoas, tinha uma mão, visto em seu Corpo de Pecado, enorme, que quase tocava o chão. Outro homem que tinha expressado muitos maus pensamentos, por meio do seu cérebro, tinha, em seu Corpo de Pecado, uma enorme cabeça. Outro homem que tinha se incumbido de práticas imorais, tinha, em seu Corpo de Pecado, órgãos sexuais geradores enormes. Estes Corpos de Pecado eram de aparência espantosa e os Auxiliares Invisíveis ficaram surpresos ao vê-los.

(IH – de Amber M. Tuttle)

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A Grande Aventura

Na data de 16-7-69, às 10h32 (hora de Brasília), a cosmonave Apolo 11 subiu do Cabo Kennedy com destino à Lua, levando os astronautas americanos na mais perigosa conquista já tentada pelo ser humano. Após dar uma volta em torno da Terra, a Apolo 11 arrancará em direção à Lua a uma velocidade de 40.000 km/h que à libertará do campo de atração terrestre. O trem espacial entrará em órbita lunar na madrugada do dia 20, domingo. O pouso na Lua está previsto para as 17h21. O local será o “Mar da Tranquilidade”. Dia 21, Armstrong e Aldrin despressurizam a cabina do módulo e abrem a porta. Armstrong sai da nave e começa a descer a escada. Puxa um anel do exterior do módulo abrindo uma escotilha de onde uma câmera de televisão filma a superfície da Lua e os últimos degrau da escada. Armstrong pisa na superfície lunar. Aldrin começa, também, a descer a escada. Os dois recolhem material da superfície lunar. Colocam aparelhos científicos na superfície. Retornam. Às 14h55 ligam o motor de subida do módulo. As 15h02 entram em órbita lunar. As 22h25 abandonam a órbita lunar. Dia 24, às 13h37, entram na atmosfera terrestre sobre o Pacífico Sul. As 13h51 descem, submetendo-se os astronautas ao período de quarentena que terminará em 12 de agosto.

Como veem, tudo matematicamente previsto. A resenha acima não mostra todos os pormenores do programa. Admirável realização da ciência moderna. Tudo isso havia sido previsto por Max Heindel, segundo se pode ver por seus livros, escritos nos inícios deste século.

É o impulso de Aquário, o Signo de Ar, onde estamos sob a Órbita de Influência, por meio do movimento de Precessão dos Equinócios. Embora o pleno desenvolvimento ocorra quando, de fato, o Sol entrar em Aquário por Precessão dos Equinócios, a influência aquariana já se iniciou com os inventos relacionados com o ar (telégrafo, telégrafo sem fios, rádio, televisão, aviação, radar, utilização do vapor e dos raios solares, naves espaciais, etc.), num ritmo galopante e mostrando o desencadeamento de uma nova era para a qual devemos estar preparados.

Tudo muito bem no lado material. Mas a matéria é consequência. Matéria é espírito cristalizado. A causa está nos planos espirituais. A influência de Aquário tem sua maior importância nos planos mais sutis, conforme nos mostram os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental.

Urano rege o Éter que, embora de natureza física mais refinada, não foi conquistado pela ciência material, que não pode confiná-lo, em seus atuais aparelhos, para estudo. Sabe apenas que ele é responsável como transmissor de vibrações. Mas, a Filosofia Rosacruz, mercê das capacidades supra-humanas do Iniciado Max Heindel (seu fundador e expositor) revela pormenores e funções, cujo conhecimento e influência em nossa vida merecem de todos um estudo interessado. Realmente, nesse conhecimento e sua aplicação fundamentam-se as condições futuras que hoje devemos edificar, sob risco de sofrermos as consequências psíquicas dos desafios que se anunciam. O Éter não é, como ainda supõe a ciência, uniforme, ele pode ser estudado em quatro densidades vibratórias diversas. Cada uma delas recebeu denominação especial, consoante suas funções. Do mais denso ao mais refinado, são: Éter Químico, Éter de Vida, Éter Luminoso e Éter Refletor.

O impulso evolutivo promovido por Cristo, do interior de nosso globo terrestre, realiza-se pelo plano etérico, pois somos constituídos corporalmente à semelhança da Terra (“como é em cima é em baixo”). Pelo Corpo Vital é que se realiza a tarefa de transubstanciação e regeneração do ser humano, transformando-o, no dizer de São Paulo apóstolo, “de homem velho em novo, de corruptível em incorruptível”. Seu detido estudo constitui, portanto, assunto dos mais atuais e importantes à nossa evolução. Ele é a chave da filosofia Cristã mais avançada, a que Max Heindel chamou “Cristianismo Esotérico”, a Religião do futuro.

Mercê do exposto, a conquista espacial, de caráter meramente material, sem subestima da admiração que nos merece, representa uma pequena amostra do que virá. Se realizamos apenas o aspecto material, sofreremos os desequilíbrios resultantes dos aspectos internos, mais importantes, atrofiados, por desleixo e descrença. As neuroses, as psicoses e desequilíbrios, com suas mil e uma formas de manifestação mórbidas, estão a reclamar, a cada dia que passa, mais hospitais. O cientista materialista não se apercebendo de seu erro milenar, investiga, estuda, classifica, os astros longínquos, e desconhece o solo que pisa; a geologia é matéria muito nova. Pouco sabe o ser humano da camada sólida que pisa. Quanto mais dos outros Estratos da Terra, progressivamente mais sutis. Há uma correspondência, o ser humano parte para a conquista da Lua sem haver conquistado nem conhecido a si mesmo. Os desequilíbrios e as enfermidades decorrentes estão a desafiá-lo, sem solução próxima.

O Cristão Ocultista sabe que no conhecimento e cultivo de sua natureza etérica está todo um programa, cuja realização lhe reverte em paz interna, em iluminação e em saúde, numa só palavra, na real felicidade humana.

O Corpo Vital é um veículo de hábitos. Sua chave, pois, é a repetição. Pela repetição se gravam e automatizam os impulsos bons e maus. Mas o seu conhecimento, aliado à disciplina e à vontade, possibilitam-nos a reforma de hábitos e, com isso, à regeneração em todos os sentidos, pois é indiscutível, à luz da ciência oculta, como da acadêmica que a saúde global abrange os aspectos mental, emocional, psíquico e físico.

A psicologia profunda progrediu muito em direção às realidades ocultas, de há muito enunciadas. Mas, ainda ignora muita coisa. Por exemplo: a Memória ou Mente inconsciente, mais conhecida como Subconsciente, é formada automaticamente pelo Éter do ar aspirado. Estamos continuamente gravando internamente, em nosso Corpo Vital, as impressões do que se passa a nosso redor, com a mesma fidelidade de uma máquina fotográfica em relação à cena focalizada, quer o fotógrafo observe quer não, seus pormenores. Eis a explicação de uma criança de alguns dias gravar impressões mentais, emocionais, psíquicas e físicas do meio ambiente imediato, que mais tarde, muitas vezes, lhe provocam complexos e desajustes. Esse conhecimento alerta os ocultistas para viverem mais atentamente, observando e discernindo com toda consciência possível os fatos da vida diária, a fim de que os registros de sua memória consciente coincidam com os da subconsciente. Está provado que os desajustes, discordâncias entre as gravações consciente e subconsciente, geram mal-estar, insatisfações, angústias e muitas outras manifestações do gênero. Ao contrário, uma vida atenta, conscienciosa, gera, paz e equilíbrio. Quando o ocultista sente haver agido mal, sua sensibilidade logo o acusa. E no exercício de Retrospecção noturno ele o purga pelo sincero arrependimento e propósito de não reincidir. Esse o real sentido psicológico de “orar e vigiar”. Voltando à natureza dos Éteres e suas funções, lembramos:

1 – ÉTER QUÍMICO: Responde pelo metabolismo. Pelo polo positivo, assegura a assimilação. Pelo negativo, a excreção.

2 – ÉTER DE VIDA: Procriação. Pelo polo positivo capacita o sexo feminino a gerar e formar um novo ser. Pelo negativo, capacita o sexo masculino a fecundar.

3 – ÉTER LUMINOSO: Sensação, circulação, vibração. Pelo polo positivo assegura calor sanguíneo e circulação do sangue, das correntes nervosas e vitais. Pelo polo negativo constrói e sustenta os órgãos dos sentidos e deposita as cores da natureza.

4 – ÉTER REFLETOR: Todo acontecimento deixa, depois de si, sua imagem indelével nesse Éter. Também o meio pelo qual o pensamento impressiona o cérebro humano.

Um regime alimentar sadio, racional, equilibrado, à base de cereais integrais, frutas, legumes, harmonia e prece à mesa, mastigação perfeita, higiene, repouso, seriam, em resumo, as normas de disciplina do Éter Químico.

A disciplina da imaginação, o domínio próprio, a seleção das recreações, o preenchimento do tempo com leituras elevadas, preces, meditações, música pura, esportes, seriam os meios de uma vida mais casta, para conservação da força sexual criadora.

O primeiro Éter, o Químico, reflete sobre o terceiro, o Luminoso. Sua disciplina, pois, favoreceria uma capacidade maior dos sentidos, das circulações sanguínea, vital e nervosa, o calor do corpo, sua resistência etc. Aliando-se a isso o hábito de observar atentamente tudo, de buscar discernir claramente as coisas, não se contentando em comodamente as deixar nebulosas, de evitar as curiosidades e novidades tolas, seriam os meios de refinamento e eficiência do Éter Luminoso e de suas funções.

O segundo Éter, o de Vida, reflete sobre o quarto, o Refletor. Isso quer dizer que a disciplina sexual, a pureza de pensamento e de emoção, seriam hábitos benéficos para tornar nossa memória robusta. E como o conhecimento, sem memória, é inútil, podemos ver as vantagens que teríamos, quer na vida material, quer nas atividades suprafísicas, com essa conquista. Além disso, a memória se fortalece pelo exercício. Muita gente pensa que não convém cansar a memória. Não devemos, isto sim, é manter atitude nervosa, tensão interior. Mas o exercício equilibrado da memória, sem preocupação, é um meio de robustecê-la. Lembremos, a propósito, que os grandes pensadores tinham muito fósforo e os idiotas muito pouco. Os ocultistas sabem que o fósforo é especialmente usado pelo cérebro. Porém, sua assimilação depende de nossa condição anímica. Quanto mais elevados somos, tanto mais necessidade criamos para o Ego, o Pensador, assimilar mais fósforo e utilizá-lo no exercício criador do pensamento e da laringe.

Essas, em resumo, as linhas dos hábitos que devemos formar, para nossa racional e rápida regeneração, segundo os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Os detalhes desse importante programa estão nas obras de Max Heindel, principalmente a básica: “Conceito Rosacruz do Cosmos”.

E o que foi exposto, precioso como é, não teria valor nenhum, sem o fundamento Cristão: “Amor fraternal e serviço amoroso e desinteressado aos demais”. Espíritos que somos feitos à imagem e semelhança de Deus, não O amaríamos se negássemos servi-Lo através de sua Essência, oculta em cada semelhante. O amor fraternal é o fogo que funde, consolida e assimila, todos os esforços de regeneração, convertendo-os em força anímica. O amor é que nos capacita, perante os Mestres, a transpor as limitações do corpo e servir em mais amplas esferas, ele é que nos credencia à confiança das Forças de Luz, para um emprego justo dos poderes que a Vida Espiritual implica.

Amadurecidos pela disciplina e amor provado na prática, teremos não só a sensibilidade como tornaremos mais frouxa, mais tênue, a ligação entre os dois Éteres inferiores (Químico e de Vida), dos dois superiores (Luminoso e Refletor). Então atraímos, com o brilho de nossa aura, a atenção do Mestre. E Ele nos ensina como separar os Éteres de uma maneira segura, perfeita para o que será utilizado e de acordo com o Cristianismo Esotérico: os dois Éteres inferiores ficam atendendo às funções biológicas do corpo adormecido; e os Éteres superiores se desprendem daqueles e acompanham os veículos superiores nos voos fora do corpo, servindo como veículos de percepção (Éter Luminoso) e de memória (Éter Refletor), para que possamos trazer, de volta ao corpo, a recordação e a vivência das experiências anímicas. Eis o Corpo-Alma! Estaremos, então, em condições superiores às dos astronautas. Poderemos viajar livremente, sem perigos, com a velocidade do pensamento, em tarefa bem mais elevada, a de servir a humanidade.

Daí por diante se desdobram horizontes cada vez mais amplos ao iniciado, na medida da expansão de sua consciência e do serviço prestado. E ele irá penetrando simultaneamente os arcanos de sua natureza interna e de nosso Globo e mais além ainda, rumo ao infinito Cosmos, consoante as promessas bíblicas: “Sois deuses tudo o que faço, vós os fareis e obras maiores ainda”.

Afinal: “A maior aventura é aquela que o homem de boa vontade empreende, paciente e perseverantemente, no domínio e aprimoramento de si mesmo, ela é bem mais difícil, porém mais apreciada por Deus do que um grande e eventual ato de heroísmo. Tais homens são, a meu ver, os verdadeiros heróis, anônimos para o mundo, coroados por Deus”, como nos ensina Max Heindel.

(publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro/1969 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Música como um poder construtor: nossos instrumentos necessários para utilizá-la aqui e nos outros Mundos

No nosso progresso nesse Esquema de Evolução existem hoje quatro classes distintas de irmãos e irmãs que estão evoluindo:

  1. Os fracassados, aqueles que definitivamente fracassaram no Esquema de Evolução atual, e terão que voltar ao início (em outro Grande Dia de Manifestação de Deus) e começar tudo novamente;
  2. Os atrasados, que se trabalharem arduamente, terão uma oportunidade de alcançar nosso atual Esquema de Evolução e prosseguir;
  3. Os que seguem somente a base da necessidade de que estão lentamente aprendendo suas lições e, sem dúvida, serão bem-sucedidos, se continuarem no Caminho da Evolução;
  4. Os pioneiros, aqueles que avançaram e, consequentemente, estão na vanguarda da evolução, à frente nesse Esquema de Evolução.

Os do última classe estão se tornando os orientadores e líderes das segunda e terceira classes acima. Os principais, entre eles, são os Irmãos Leigos, os Adeptos e os Irmãos Maiores, que compõem as sete Escolas de Mistérios (ou Iniciações) Menores e as cinco de Mistérios (ou Iniciações) Maiores (ou Cristãs) que hoje existem na Terra.

Num passado longínquo, as principais lições que devíamos aprender estavam relacionadas à construção do Corpo, incluindo os Corpos Denso, Vital e de Desejos. Enquanto fazíamos esse trabalho, éramos dirigidos e ajudados pelas onze Hierarquias Criadoras que precederam a nossa própria (a Hierarquia Criadora de Peixes), e pelos mais avançados pertencentes a nossa Hierarquia Criadora. Do Período de Saturno até a Época Lemúrica do Período Terrestre, éramos hermafroditas e capazes de produzirmos corpos por meio do duplo poder da nossa própria força sexual criadora, isto é, nosso poder de atividade germinadora. Não tínhamos a Mente, portanto, fazíamos nosso trabalho de forma automática, e nós, o Ego, estávamos inteiramente fora dos nossos Corpos. Um registro de todo trabalho feito era fielmente impresso nos separados Átomos-sementes dos nossos três veículos Corpos: de Desejos, Vital e Denso que, então possuíamos. Havia somente três Átomos-sementes, um para cada um dos veículos, até que nos foi dado o germe da Mente (pela Hierarquia Criadora Senhores da Mente), o que resultou em um total de quatro veículos (três Corpos e um veículo incipiente) e quatro Átomos-sementes. Tanto os três Corpos como a Mente são construídos (vida após vida) por meio do poder incorporado dentro dos respectivos Átomos-sementes. O Átomo-semente é uma partícula minúscula, invisível e sonora da substância do Espírito, e é propriedade exclusiva daquele a quem foi dada.

Quando progredimos o suficiente para o próximo passo nesse Esquema de Evolução, houve uma separação dos poderes positivo e negativo (Vontade e Imaginação, respectivamente) da força da atividade germinadora em cada um, ou seja, da força sexual criadora. Metade dessa força foi dirigida para cima, para construir um cérebro e uma laringe. Cessamos de termos o poder de produzir novos corpos sem o auxílio de outro ser humano. Assim, quando renascemos manifestando ativamente o polo positivo da força sexual criadora nos expressamos com um ser do sexo masculino (com órgãos sexuais e aparelho genital masculinos). Quando renascemos manifestando ativamente o polo negativo da força sexual criadora nos expressamos com um ser do sexo feminino (com órgãos sexuais e aparelho genital feminino). Como resultado, o ser feminino, a mulher, expressa facilmente a polaridade positiva no plano mental (Pensamento Concreto), e o ser masculino, o homem, expressa facilmente a polaridade negativa no plano mental (Pensamento Concreto). No plano físico, inverte: o ser feminino, a mulher, expressa facilmente a polaridade negativa, e o ser masculino, o homem, expressa facilmente a polaridade positiva.

Uma das razões para a construção de um cérebro e de uma laringe era que o germe da Mente estava prestes a ser nos dado. A Mente, assim, precisava de um veículo físico capaz de conectá-la com o Mundo Físico. Ainda não éramos capazes de contatá-lo, exceto em uma consciência de sono com sonhos. Outra razão era que tínhamos que passar por essa fase de se expressar por meio de polaridades em cada renascimento, o que facilita a aprendizagem das lições para, depois começarmos o caminho que nos levará a expressar o poder da força de atividade geradora – a força sexual criadora – novamente em um único ser de modo a reproduzir os nossos veículos por meio do poder do pensamento e da palavra falada, usando o cérebro e a laringe como nossos instrumentos.

(Leia mais no Livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sobre o Trabalho de Cura Rosacruz

Segundo as Santas Escrituras, a Bíblia, o ser humano foi criado, enquanto Forma, no Jardim do Éden, no sexto dia da criação, correspondente ao Período Terrestre.

Sabemos que somos Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana manifestados como Egos nesse Esquema de Evolução e, assim estamos nos desenvolvendo fisicamente e mentalmente, até nos encontrarmos, agora, dotados de um Corpo Denso maravilhoso e uma Mente admiravelmente sensível. Temos vindo como crianças, vivendo, crescendo aqui, morrendo aqui e renascendo inúmeras vezes. Tal como a noite precede o dia, assim sucedem-se, alternativamente, nascimento e morte aqui. Quando ocorre a morte aqui, nós retornamos ao nosso lar celeste para nos renovarmos e podermos regressar aqui, no Mundo terrestre, a grande escola experimental da vida. Mas, sempre revestido de nova Personalidade, recordando-se raríssimas vezes de nossa anterior existência aqui.

E como ocorre comumente em toda escola, sempre há estudantes cujo aproveitamento é maior do que o dos demais. Alcançam, então um grau de desenvolvimento espiritual, a ponto de não precisar regressar aqui no Mundo material para aprender as lições que precisam (já aprenderam todas!). Encontram-se prontos a prosseguir sua jornada em esferas mais elevadas ou celestiais. Entre eles, alguns optam por deter-se em sua caminhada, com o objetivo de ajudar a humanidade menos evoluída. São chamados de “Irmãos Maiores”, um dos quais exerce especial influência em nosso Serviço de Cura, no Templo da Ordem Rosacruz.

Já os Auxiliares Invisíveis são Probacionistas e Discípulos da Fraternidade Rosacruz. Cada noite, enquanto seus Corpos Densos descansam adormecidos, eles atendem aos enfermos sob o cuidado e orientação dos Irmãos Maiores. Vale acrescentar que podem fazê-lo somente quando se tornam merecedores de tal privilégio por terem vivido durante o dia conforme as Leis Divinas.

Solicita-se ao paciente do Departamento de Cura de um Centro Rosacruz assinar a chamada “carta semanal” com tinta nanquim (a de caneta tinteiro), porque dessa forma o eflúvio de seu Corpo Vital impregna o papel, proporcionando aos Auxiliares Invisíveis indicações precisas sobre seu estado de saúde, além de renovar a permissão para os Auxiliares Invisíveis continuar trabalhando no Corpo Vital dele durante o sono. Recomenda-se fazê-lo cada semana, nas datas indicadas como sendo de cura (as “Datas de Cura”), porque essa é a chave que eles podem utilizar para trabalhar sobre o Corpo Vital do paciente. Por conseguinte, o ato da assinatura constitui uma verdadeira solicitação de ajuda, dirigida diretamente aos Auxiliares Invisíveis. Portanto, se o paciente compreender isso, jamais o fará mecanicamente, nem esquecerá de fazê-lo nas datas indicadas. Esse deve ser um ato sincero, simples, pleno de fé e profunda devoção, tanto com o desejo intenso de ser ajudado, como de ajudar a quem mais precisa do que ele.

Para encerrar, esclarecemos que não adoramos aos Irmãos Maiores, nem aos Auxiliares Invisíveis, pois eles são seres humanos. Só a Deus devemos reverenciar e dirigir nossas preces, invocando sempre o nome de Cristo-Jesus, nosso Senhor, nosso Salvador, nosso Redentor.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)

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