Comece de dentro para fora! Deus se manifesta do centro de cada coisa criada, num sentido de expansão: de dentro para fora. Grave bem isto, traçando um círculo com um ponto no centro: o centro é você, um Espírito, um Deus individualizado, do qual devem emanar as manifestações espirituais, em direção à periferia (a Personalidade) e daí ao próximo, ao mundo.
Expande-se a luz, a partir do centro gerador. Você é luz, porque Deus é Luz e você foi feito (a) à Imagem e Semelhança d’Ele. A luz não deve ser colocada sob o alqueire (escondida na Personalidade), mas exposta no candeeiro, para iluminar a todos. Assim brilhe a sua luz, para que seja glorificado o seu Cristo Interno.
Irradia-se o calor, a partir do foco central; expande-se o som, a partir do instrumento que o produziu.
Assim também você, qual uma sementinha de Deus, enterrada no plano evolutivo, deve expandir-se, lançar as raízes, erguer a haste, atingir a superfície da realização espiritual. Depois você crescerá por uma nova vida (Iniciações) até se converter numa árvore, com sua sombra protetora e amena; dando os frutos que alimentam os famintos de verdade; espalhando sementes que possam cumprir a mesma missão expansiva de realização e de serviço.
Tal é a ordem da natureza. Ninguém pode limitar, sufocar ou impedir esse centrífugo impulso de Deus em tudo. Se sufocamos o calor, ele se acumula e se transforma em fogo, destruindo-nos de algum modo. Se sufocamos o ar e o comprimimos além de certo limite, ele acaba explodindo e nos explodindo. Se limitamos um caudal de água e não lhe permitimos o fluxo, ele acaba destruindo as barreiras, provocando grandes danos.
O mesmo se dá com a manifestação centrífuga do Espírito, através de seus veículos, Ele deve cumprir uma tarefa de dinamização e expansão de faculdades latentes, no cumprimento de seu destino evolutivo. O corpo há de ser exercitado e superutilizado; as emoções e a Mente há de purificar-se e aprimorar-se. O que não se exercita, cristaliza-se, fatalmente. Doutro lado, se a Mente se entretém apenas com pensamentos negativos, acaba se envenenando e comprometendo o ser. Se as emoções se contêm no ódio, no ressentimento, na inveja, nos medos de toda espécie, tristezas, um dia, como um vulcão, entrará em erupção, devastando-nos o corpo. No aspecto físico, a má alimentação, em qualidade e quantidade, provoca retenção de tóxicos, anormalidades várias. Tudo isto somado, explica os males e sofrimentos da chamada “moderna civilização”.
A ciência acadêmica reconhece essas evidências. O médico sabe que a úlcera foi de origem nervosa; que a diabetes foi ocasionada por traumas; que os infartos e derrames (acidentes vasculares) são produzidos por esta vida agitada, egoísta, angustiada, insatisfeita, ignorante – apesar da (pseudo) cultura. A Astrologia Rosacruz explica bem estas correlações.
Por exemplo, tomemos Vênus num horóscopo: ele rege a glândula Timo, a circulação venosa – no aspecto físico; rege o amor, a simpatia, a coalizão, a doçura, o senso estético – no aspecto emocional; rege o relacionamento financeiro, conjugal e social – no aspecto mental.
Se Vênus está com Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e algumas das Conjunções), todas essas atividades ficam limitadas, prejudicadas, desvirtuadas, segundo o Signo, a Casa e o Astro com os quais esteja configurado adversamente. De modo geral podemos dizer que seu Aspecto adverso tende a uma má ligação (Timo), atraindo pais ou responsáveis desamorosos ou indiferentes; a circulação venosa não fluirá livre e normalmente; a pessoa terá dificuldades em trabalhos de equipe; será desalinhada em seus hábitos; terá carência de compreensão e aceitação das pessoas, provocando-lhes e atraindo idêntica atitude; falhará no harmonioso relacionamento com o (a) cônjuge e sócios; não terá equilíbrio e justeza no modo de adquirir recursos e empregá-los.
Justamente por falta dessas capacidades, a pessoa não poderá tomar consciência de suas falhas; buscará justificar-se; se revoltará com as dificuldades que atrai a sua vida. Só a sofrimento poderá despertá-la, tirando-lhe o indevido apoio nos recursos externos e materiais – sabendo que tudo depende de seu íntimo, de sua consciência, para a relação com o exterior.
É claro que, nessa expansão justa das faculdades, para conservarmos a harmonia com o mundo, é mister a prudência, o equilíbrio, a vigilância, o conhecimento de si, o discernimento em cada situação, tudo isto dependendo das configurações de Saturno e Mercúrio. Tais qualidades são desejáveis de cultivar – para substituir os comuns recursos de esperteza, de astúcia, de desonestidade, de negligência, de egoísmo, enfim que obstruem a força centrífuga de Deus em nós. A Personalidade não pode nem deve conter a natural expansão do Espírito, em sua ânsia evolutiva.
Vejam como a força de uma semente em expansão vai rompendo os obstáculos, contornando os mais difíceis ou, se necessário, rompendo-os à sua passagem! Já vi árvores romperem rochas enormes, para poderem abrir caminho para o alto.
Além de nos prejudicarmos, quando ignorantemente tentamos obstruir a expansiva ação do Divino interno, fechamo-nos ao cicio natural de reabastecimento; negamo-nos a entrar no ritmo divino. Isto é pior que tudo.
O ciclo de Lavoisier oferece uma clara ilustração deste ponto: a fonte jorra livremente; seu fio d’água desce a montanha e se junta em sua jornada, a outros fios d’água, formando regatos; estes formam os rios menores que oferecem tributo na formação dos maiores, que finalmente desaguam no mar. É uma aglutinação de esforços; uma jornada de serviço, fertilizando terras, alimentando, dessedentando. No oceano, as águas se evaporam pelo calor, formam-se as nuvens que se deslocam para as montanhas e desfazem-se em chuva. Esta mergulha na terra e vai reabastecer os canais abertos das fontes. É um trabalho dos elementos, a serviço das Hierarquias Criadoras. As fontes continuam a fluir constantemente reabastecidas, sem necessidade da inteligência e recursos humanos.
Se a fonte se fechasse, negando sua contribuição – ou as águas a romperiam com a pressão ou tratariam de encontrar nova saída. O importante é saber: sem esvaziar-se ela não pode ser suprida novamente; sem dar, ela não pode receber.
Cada um de nós é uma fonte – porém, uma fonte diferente, porque, mercê de nosso nível evolutivo, temos consciência própria, ignorantemente usada, por causa de nossos vícios e condicionamentos. Temos condições de dar uma água muito mais valiosa ao mundo, mas incoerentemente, somos aquela fonte citada na Epístola de São Tiago 1:3: “que jorra, ao mesmo tempo, água doce e amarga“. E, às vezes, nem jorramos. Abusamos de nossa prerrogativa e nos fechamos. As consequências aí estão nesse mundo de desarmonias que todos conhecem.
Importante é sabermos que, pelo conhecimento e regeneração de nossa Personalidade, podemos nos transformar numa fonte maravilhosa, cujos canais, à medida da evolução, se alargam e recebem, mais e mais, do suprimento divino interno, quando sabem jorrar com discernimento e amor.
Em tudo, no microcosmo como no macrocosmo, o que gradua a evolução é a capacidade de dar, de fazer jorrar do manancial interno o fluxo irresistível de Deus em expansão. Um galho produz mais que o outro, quando seus canais internos se abrem mais ao fluxo da seiva comum da árvore; uma estrela brilha mais que outra, quando dinamizou internamente maior potencial de luz.
No ser humano esse reabastecimento resulta do trabalho evolutivo. Temos um manancial interno – que se encontra inativo; um potencial. Só o dinamizamos em parte e essa parte é que constitui nosso atual nível evolutivo, nosso grau de consciência, nosso fluxo anímico, expresso pelos recursos pessoais. O resto não se pode medir, porque é infinito; é a própria herança de Deus, e cujo dinamizar nos torna “perfeitos como o Pai celestial” – segundo o convite evangélico.
Precisamos jorrar, isto é, dinamizar as faculdades latentes e pô-las a serviço do divino. A única dificuldade que existe reside na Personalidade viciosa, que não deseja esvaziar-se dos condicionamentos para encher-se do novo ser, da nova consciência. Ela é que anestesia nossa vontade e procura dissuadir-nos desse despertar. No entanto, à medida que vamos nos regenerando, o impulso centrífugo do Cristo interno irá abrindo caminho a manifestação das potencialidades divinas, rumo ao destino que o impele.
Assim, sempre, o trabalho é interno, é individual, é de dentro para fora!
(Por Gilberto A V Silos – Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1976-Fraternidade Rosacruz-SP)
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Pergunta: Os textos astrológicos você frequentemente se refere a Júpiter como sendo o Planeta da lei, da ordem e da ética e, também, a Saturno como o Planeta do método, da justiça e da virtude. Posso perguntar quais os Astros e os Signos o sentimento de conscienciosidade está mais intimamente associado, e se há um ou outro que seja mais preeminente nesse sentimento? A conscienciosidade é, naturalmente, a base da lei, da ética, da justiça, da virtude, etc.?
Resposta: De acordo com os Ensinamentos Rosacruzes, quando o Espírito deixa a vida física por ocasião da morte, ele vê o panorama de sua vida passada se desenrolar diante de si, na ordem inversa. Naquele momento, as imagens que compõem a história de sua vida recém-finda aqui são gravadas nos veículos mais sutis, que o Ego leva consigo para os Mundos invisíveis. É a reação às imagens em que o Espírito cometeu algum ato errado que causou o sofrimento a alguém que constitui a experiência purgatorial dele. Isso erradica as imagens do panorama da vida, mas deixará um aroma — aquilo que chamamos de consciência — que advertirá o Espírito em sua próxima vida a não fazer as coisas que causaram o seu sofrimento no Purgatório. A conscienciosidade é a qualidade positiva da consciência negativa. A consciência nos previne a não fazer o que é errado; a conscienciosidade nos leva a fazer as coisas certas.
Mitologicamente, Saturno é o ceifeiro com a sua foice e ampulheta, o anjo da morte, que nos tira da vida ativa para a existência purgatorial, onde colhemos o que semeamos. Portanto, neste sentido, Saturno está na base da consciência. Ele sempre nos avisa dizendo “não, não, não”, e se ouvimos sua voz no passado, nós o teremos nessa vida numa posição em que ele possui Aspectos benéficos[1] com os outros Astros – particularmente com Júpiter, o Planeta da lei, da ordem e da ética e, também, o Sol que nos inspira os ideais mais elevados – então, seremos homens e mulheres conscienciosos, cumpridores dos nossos deveres na vida, não importando quão árdua seja a tarefa, quanta perseverança e persistência ela requeira, ou quanto autossacrifício seja exigido. Assim, a conscienciosidade não é produto de um único Astro, mas requer uma combinação das virtudes mais elevadas nos vários Astros existentes para levá-la à sua mais elevada e nobre expressão. Claro que há muitas pessoas que são conscienciosas devido à influência de configurações benéficas menores (astrologicamente falando), mas a fase mais elevada requer a cooperação do Sol, de Júpiter e de Saturno.
(Pergunta 107 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
[1] N.T.: Sextis, Trígonos e algumas Conjunções
Pergunta: Você pode me explicar exatamente como as influências Astrológicas atuam? Parece extraordinário que um ser humano, pelo fato de seu horóscopo não apresentar nenhuma evidência de morte violenta, possa escapar sempre miraculosamente. Por exemplo, na atual guerra Europeia[1], vê-se inúmeros casos em que homens se expõem imprudentemente a saraivadas de balas, escapando sempre ilesos. Havia um general francês, tão gordo que mal podia andar, que costumava se sentar em um banco de campanha fora da trincheira, sendo um alvo perfeito ao inimigo. Ele nunca foi atingido. Novamente, um aviador britânico que fazia voos rasantes por cima das trincheiras alemãs, e observadores competentes dizem que, embora durante dez minutos milhares de projéteis fossem disparados em sua direção, ele sempre escapava ileso. De que modo misterioso tal proteção é proporcionada pelas influências astrais?
Resposta: Os Astrólogos que investigaram os horóscopos de várias vítimas de acidentes, tais como as do “Eastland”[2] e do “General Slocum”[3], conseguiram sempre detectar acidentes graves no horóscopo das vítimas, e um dos astrólogos europeu, que acreditamos ser “Sepharial”[4], recentemente comparou o horóscopo de quarenta pessoas mortas em um campo de batalha na mesma ocasião. O resultado revelou grandes calamidades em cada caso, e é igualmente certo que quem escapou milagrosamente ao perigo devia estar sob boas influências naquele momento.
Um estudo dos horóscopos revela que enquanto certas pessoas são imunes aos acidentes durante toda a vida delas, outras pessoas são sujeitas a eles frequentemente. Uma terceira classe escapará sempre por um fio, desde o nascimento até a morte. No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, citamos o caso de um homem pertencente à classe que sempre se depara com acidentes. Ele não era absolutamente um homem imprudente ou descuidado. Numa ocasião, ele feriu-se ao subir numa charrete. Na ocasião citada nesse livro, ele estava viajando num bonde elétrico que se chocou com um trem, por isso não podia ser culpado pela desgraça que o acometeu. Entretanto, ambos os acidentes e muitos outros foram previstos muito claramente no horóscopo dele. Verificou-se, posteriormente, que esse era o resultado de um destino inexorável, pois o autor[5], meses antes, avisou-o e preveniu-o quanto à data exata do acidente ferroviário. O pobre homem, ansioso por escapar, permaneceu em casa no dia anterior ao acidente pensando ser aquele o dia fatal. Mais tarde, se descobriu que ele confundira a data, tornando-se realmente a vítima.
Em outra ocasião, o autor predisse um acidente a um homem pertencente à classe dos que sempre escapam. Se a memória não nos falha, esse homem tinha Leão no Ascendente e o Sol, que regia o Ascendente, estava na oitava Casa em Quadratura com Saturno. Júpiter estava em Trígono com o Sol ou o Ascendente, ou ambos. Nesse caso, era evidente que esse homem se encontraria, muitas vezes, em perigo de vida, mas, escaparia sempre. Contudo, no ano de 1906 ou 1907, houve um eclipse do Sol a um ou dois graus do seu Sol radical e, também, algumas aflições menores. Pensamos que isso representasse, talvez, o terminus vitae (término da vida) dele, mas não o foi. No dia em que as influências não estavam tão boas, ele tropeçou e caiu no meio da rua e um carro de turismo pesado foi direto em sua direção. Parou cerca de uns 3 centímetros do corpo dele, de forma que o raio benéfico de Júpiter anulou, mais uma vez, a influência do sinistro Saturno. Pelo que autor sabe, esse homem vive ainda e, provavelmente, já deve ter escapado inúmeras vezes da morte.
Deve haver configurações similares nos casos mencionados pelo nosso amigo. Tais pessoas levam uma vida sossegada, e não há outra explicação que possa dar uma indicação satisfatória para o problema, exceto que os raios astrais (Sol, Lua e Planetas) são forças poderosas em nossas vidas.
Isso não deveria nos surpreender se considerarmos que os Astros são corpos vivos e pulsantes de grandes Inteligências que são Ministros de Deus. Se um frágil aparelho sem fio, construído por mãos humanas, pode emitir ondas no ar capazes de mover uma alavanca, acender uma lâmpada, ou operar uma chave telegráfica a milhares de quilômetros de distância de acordo com a vontade do operador, por que seria impossível a energia dinâmica de tão grandes Espíritos enviar, pelo universo, raios de força ou potência capazes de agir a muitos milhões de quilômetros de distância? O fato de compreendermos e acreditarmos nisso ou não, nunca fará as coisas mudarem, e os céticos poderão, por meio de uma simples observação dos movimentos da Lua e de Marte, verificar e ter a comprovação disso.
Esses dois Astros desempenham um papel muito importante atualmente, porque as pessoas se tornaram mais receptivas, cedendo aos impulsos deles durante os últimos dois anos. É certo que fortalecemos nosso caráter, quando aprendemos a reger nossas “estrelas” e escudando-nos contra suas influências incitadoras. Também é um fato que quanto mais nos submetemos a elas, em determinada ocasião, tanto mais potentes serão suas influências em uma ocasião seguinte.
(Pergunta 117 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
[1] N.T.: Refere-se à Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
[2] N.T.: Desastre de Eastland, naufrágio do transatlântico SS Eastland no rio Chicago em Chicago em 24 de julho de 1915. O evento, que custou pelo menos 844 vidas, é classificado como um dos piores desastres marítimos da história americana.
[3] N.T.: O PS General Slocum era um barco a vapor de passageiros construído no Brooklyn, Nova York, em 1891. Durante sua história de serviço, ele se envolveu em vários contratempos, incluindo vários encalhes e colisões. Em 15 de junho de 1904, o General Slocum pegou fogo e afundou no East River da cidade de Nova York. No momento do acidente, ela estava em uma corrida fretada carregando membros da Igreja Evangélica Luterana de São Marcos (alemães americanos de Little Germany, Manhattan) para um piquenique na igreja. Estima-se que 1.021 das 1.342 pessoas a bordo morreram.
[4] N.T.: Walter Gorn Old (1864-1929) foi um notável astrólogo do século XIX, mais conhecido como Sepharial.
[5] N.T.: no caso, Max Heindel
Há dias recebi de um amigo, que não compreende por que tenho confiança na Astrologia, um recorte da revista americana “News-week”, número de 12 de outubro de 1959. Apresento aos Amigos a tradução desse artigo, porque representa preciosa lição para nós.
“Para Bruce King, tudo o que está escrito nas estrelas, seja a Conjunção de Vênus com Marte, seja a de qualquer outro corpo celeste, representa dinheiro.
King, mais conhecido como Zolar, o mais popular astrólogo do mundo, é autor de aproximadamente 70% de todos os horóscopos vendidos no Estados Unidos. Seu lucro pelas predições: cerca de 150.000 dólares por ano.
Na última semana, King assinou contrato para colocar seus novos horóscopos para 5 anos (5 dólares cada um) nas 2.200 lojas de F.W. Woolworth antes da chegada do Ano Novo. Depois, puxando uma baforada de seu cigarro, concedeu uma entrevista, pela primeira vez durante seus 25 anos de astrólogo, em seu escritório em New York, sem turbante e sem olhar para a bola de Cristal.
Não sou adivinho, disse o senhor de 62 anos chamado Zolar (ZO de zodíaco e LAR de solar). Tudo o que faço com a astrologia é levantar o mapa da vida de uma pessoa. Ele mostra como a vida pode ser conduzida, mas nem os homens nem as mulheres são sujeitos ao destino.
Cada homem forma o seu próprio destino.
King recebe, no mínimo, umas 10.000 cartas por ano pedindo conselhos (que são fornecidos a 3 dólares, isto é, 800 cruzeiros cada um). Dessas cartas, 80% são de mulheres, concluindo-se, portanto, que a maioria das cartas trata de assuntos do coração. A pergunta feita com mais frequência, disse King, é: ‘Quando me casarei?’. A resposta para os nascidos em princípio de abril é: ‘Urano favorece o amor e as amenidades da vida… durante o mês de outubro’.
Tendo sido corretor de fundos, King se ligou com a Astrologia durante a crise porque lhe pareceu que os astrólogos eram as únicas pessoas que tinham algum dinheiro. Imaginou e organizou a venda de horóscopos e mais tarde expandiu suas vendas por intermédio da cadeia de lojas de Woolworth Kresge e Mc Cory.
Ele estima em mais de 50 milhões o número de horóscopos vendidos por ano.
Agora, sua linha de acessórios astrológicos (?), todos remetidos pelo correio em envelopes sem indicação de conteúdo, inclui tudo, desde cartões de predição e de indicações astrológicas de aniversário, até seu livro mais vendido (best-seller): ‘Segredos Astrológicos do Amor, das Emoções e do Casamento’.”
Esse é o artigo, meus Amigos.
Agora vamos à lição que ele encerra. Vamos responder sinceramente às seguintes perguntas:
Que uso você faz dos seus conhecimentos de Astrologia Rosacruz? Você a usa como uma ciência sagrada, que nos revela o segredo dos Equinócios e do sacrifício anual do Cristo para podermos sobreviver?
Ou a emprega vendendo predições (ainda que não por dinheiro, mas por fama e poder ilusórios), com informações de quando os Signos são propícios?
Nessa última hipótese, você se compara aos vendilhões do templo no tempo de Cristo e está prostituindo a divina prerrogativa de obtenção de ganho para si.
Quando você é provado por uma série de incidentes de “azar” você vai olhar o seu tema para ver se Marte e Saturno estão em conflito e se conforma com isso?
Ou você enfrenta a situação sabendo que isto é mais uma prova oferecida para o seu crescimento espiritual?
Você aceita um outro pedaço de sobremesa sabendo que está sobrecarregando o maravilhoso instrumento que vem construindo laboriosamente desde o princípio da criação, com a desculpa de ter Júpiter em Câncer? O nosso Corpo deve ser o instrumento do Ego e não um brinquedo dos desejos.
O conhecimento da Lei do Renascimento foi ocultado ao ser humano deliberadamente, para que ele possa aproveitar ao máximo seu tempo durante sua curta vida terrestre em se concentrar sobre as coisas materiais.
As doze Hierarquias Criadoras – chamadas, também de Hierarquias Zodiacais – que têm conduzido o desenvolvimento desse universo solar têm uma concepção da existência muito acima da concepção que o ser humano dela possui. Podemos dizer que a concepção humana está para a concepção das Hierarquias Criadoras como a concepção de uma estátua (se pudesse conceber algo) estaria para a concepção do artista que a criou. O trabalho atual das Hierarquias Criadoras nesse Planeta Terra é desenvolver o SERVIÇO (Peixes) e a PUREZA (Virgem) em toda a humanidade, para que possamos compreender nossas próximas lições que serão: AMIZADE (Aquário) e CONTROLE PRÓPRIO (Leão). Aprendemos a lição do SERVIÇO sobrepondo aos nossos desejos egoístas o cuidado para com nossa família, nossa comunidade e nossa pátria. Se tivermos bastante fé para agirmos assim, estaremos nos preparando adequadamente, pois Cristo aconselhou-nos a não nos preocuparmos com o amanhã. Nosso Pai Celeste sabe o que precisamos.
Será preciso irmos mais além? Max Heindel nunca nos teria ensinado Astrologia Rosacruz se tivesse pensado que ela seria pedra de tropeço a qualquer um dos seus seguidores.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)
Para aqueles que concedem a divina ciência da Astrologia Rosacruz um estudo verdadeiro e um julgamento premeditado não existem dúvidas quanto a superioridade do diagnóstico pela Astrologia Rosacruz sobre todos os outros métodos de diagnosticar enfermidades e doenças. Contudo o reto uso deste método requer uma elevada capacidade de discernimento associada a certos princípios fundamentais.
Primeiramente, o mínimo possível do diagnóstico obtido diretamente do horóscopo pode ser dado ao paciente, pois, é preciso que se tenha sempre em lembrança que uma pessoa enferma é uma pessoa anormal em certo grau, inclinada a não compreender devidamente ou a interpretar erroneamente aquilo que se lhe diz.
Acontece, com muita frequência, que uma pessoa sabedora de certo aspecto adverso no seu mapa, ou de uma certa condição crônica no seu Corpo Denso, construa a imagem mental da anormalidade, podendo assim torná-la ainda mais severa. Uma tal fixação mental e emocional pode se tornar tão forte que venha a prevalecer um espírito de desesperança, e destarte a pessoa cria um invólucro em torno de si, dificultando muito qualquer auxilio que se lhe queira prestar
Vemos, assim, a necessidade de sempre se acentuar fortemente os Aspectos benéficos (Sextis, Trígnos e algumas Conjunções) e a possibilidade de usá-los, a fim de contrabalançar e superar os estados mentais e emocionais indesejáveis que resultam de uma enfermidade ou doença.
Otimismo e jovialidade são os fatores fundamentais em um bem estabelecido método de Cura Rosacruz.
Afora isso, o paciente deve saber que os Aspectos (Conjunção, Sextil, Quadratura, Trígono e Oposição) do seu mapa natal são obra exclusivamente sua e que eles o afetarão enquanto trilhar as linhas negativas de pensamento ou de sentimento lá indicadas. Deve-se evidenciar repetidamente a habilidade que possui o Ego em “governar as suas estrelas”, de modo a evitar qualquer grau de fatalismo.
Não há limites para o poder de um Espírito desperto! Não há limites para a nossa força de vontade!
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross, traduzido e publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)
Para o curador da Nova Era, ou da Era de Aquário, o conhecimento da Astrologia Rosacruz é fator essencial, já que a finalidade dela é mais ampla do que qualquer outro sistema, penetrando na intimidade anímica do Ser.
O tratamento efetivo de um paciente é possível somente quando se faz um diagnóstico acurado, o que poderá ser obtido pela Astrologia Rosacruz. A Astrodiagnose mostra-nos as tendências latentes do paciente, bem como as possíveis enfermidades que se manifestam no momento.
Em sua atividade, o curador deve levar em consideração o tipo de mentalidade, o vigor e a forma das emoções manifestadas pelo paciente, porque se a mentalidade for débil e o conjunto emocional forte, não haverá possibilidade de cooperação com as condições de ajuda e as melhoras se distanciarão, fatores que não se apresentam quando condições mentais e emocionais são cooperadoras.
Com o paciente a esperança deve ser mantida e predições de pioras nunca manifestadas. O curador deve estar sempre disposto a comunicar boa disposição ao paciente e conter toda a manifestação de tendência a pensamentos sombrios e de ambiente deprimente, o que é possível por meio de suas linhas de força que contra-atacam depressões que venham da parte do paciente, como também de outras pessoas.
Em relação à vida do curador, ela deve ser pura e cheia de compassividade devido a que a sua intangível e tangível influência sobre o paciente é poderosa, tanto para o bem como para o mal. Emanações áuricas puras e poderosas de outros poderão ser de benefício incomensurável para fortalecimento do paciente, fazendo-o tomar parte ativa no processo de cura. O auxílio provindo da mera presença do curador poderá ser decisivo no processo de cura.
Por último, porém, não de menor importância, o curador e o paciente devem estar em harmonia astrológica em relação aos seus Signos Ascendentes. Signos de Fogo se harmonizam com os de Fogo e de Ar; Signos de Água com os de Água e de Terra. Saturno no Ascendente no horóscopo do curador nunca deve estar no Ascendente ou na sexta Casa do paciente.
(Publicado na Revista “Serviço Rosacruz” – abril/1982 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Naftali, um dos símbolos de Capricórnio, é o veado perdido, um dos filhos de Jacó, o Sol, que, de novo, dispara a fim de percorrer mais uma jornada anual. Começamos 2023.
Embora, aparentemente, todos os anos sejam iguais, porque são medidos pela marcha da Terra em torno do Sol, a translação, sabemos, à luz da Astrologia Rosacruz, que nada se repete. Espirais dentro de espirais, recapitulações sem conta, mas sempre sob novas condições. Na contínua e harmoniosa marcha dos Astros em suas respectivas órbitas, o quadro dos céus se renova constantemente, de minuto a minuto. Somente após 25.920 anos comuns, a contar de uma configuração determinada, a posição dos Astros, no céu, volta a formar o mesmo quadro. Contudo, mesmo assim esse quadro repetido nos céus realiza-se sob novas condições, em uma espiral acima. A humanidade e os demais Reinos se encontram então com novas condições internas e reagem diferentemente. Nada se repete, em realidade. A vida é movimento e renovação constantes, mesmo nos aparentes repousos.
Começa um ano novo exotérico, de fato. Começa pela experiência saturnina adquirida no passado. Renova-se pelo revolucionador Urano; reveste-se, racionalmente, de novas aspirações aquarianas; infunde-se da religiosidade de Peixes; galvaniza-se com a energia de Áries; firma-se na calma e persistência de Touro; empreende os voos inquiridores de Gêmeos; lança a semente germinadora e imaginativa de Câncer; acrescenta o calor e a coragem de Leão; concebe os grãos de realização de Virgem; dá o equilíbrio e a beleza de Libra; o dinamismo e a emoção de Escorpião; o idealismo e a bondade de Sagitário e, assim, termina mais uma obra anual. É uma escola admirável. Temos de frequentá-la dia após dia, ano após ano com as capacidades que trouxemos das vidas e anos anteriores, modificando sempre nossas reações às influências astrais. Enquanto houver dor, sofrimento, tristeza, angústia, neurose, ódio, violência é sinal seguro de que o “fermento” dentro de nós encontra matéria reativa de defeitos, de ignorância. Temos de chegar ao ponto em que nenhuma qualidade adversa dos Signos ou dos Astros encontrem reação e sintamos como o Cristo — “não resistir ao mal”.
Lenta e seguramente, o altruísmo ganha terreno e o ser humano interno se converte em um Hércules, o ousado filho dos deuses capaz de vencer as doze tarefas; isso é, capaz de formar em si, de forma alquímica, as qualidades positivas dos corpos macrocósmicos e se converter em uma réplica dos céus, um eco de Deus, uma partícula individualizada do Cosmos.
Desejamos que cada tropeço, dor ou alegria, no decorrer do ano que inicia, seja encarado pelo Estudante Rosacruz de forma segura, positiva e compreensiva, como correções e elogios que um professor põe nas provas de seus alunos. São 365 páginas em branco para preenchermos com nossos atos. Por eles é que será avaliado o nosso avanço. O Estudante Rosacruz sincero e humilde medita muito sobre cada correção e advertência, para que não a repita mais, porque sabe que mais profundamente aprende com os erros do que com os êxitos.
E persiste, cheio de esperança, no futuro, não apenas para passar pela vida ou “passar de ano”, mas para aprender o melhor possível aquilo que lhe é ensinado; persiste, não para obter um diploma, porém com o amoroso propósito de melhor servir a seu próximo, à semelhança dos invisíveis mestres que agora o ensinam.
Nessa ordem de ideias é que, muito sinceramente, desejamos a todos que renovem seu propósito para uma vida melhor e mais alta no decorrer do ano de 2023, perseguindo aquele ideal enunciado por nosso Sublime Mestre: “Que sejamos perfeitos como nosso Pai Celestial é perfeito”.
Que as rosas floresçam em vossa cruz