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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: A Era de Aquário e a Nova Aliança

Abril de 1918

Depois de escrever a lição dos Estudantes Rosacruzes e pensar sobre as várias fases da Páscoa e os eventos que aconteceram naquela época de acordo com a história na Bíblia, ocorreu-me que a Bíblia é um livro selado para aqueles que não têm os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental e um conhecimento da Astrologia Rosacruz, que é esotérica. Então decidi usar essa carta para elucidar um dos pontos que se apresentaram diante da minha Mente.

Você, provavelmente, se lembra que, de acordo com o Evangelho Segundo S. Lucas (Capítulo 22[1]), Cristo enviou S. Pedro e S. João com instruções para procurar um homem que carregava um cântaro de água e entrar na casa para onde ele fosse, pois ali seria realizada a Páscoa. Mais tarde, naquele local, somos informados que Ele deu aos Apóstolos o pão e a água que constituíam a Nova Aliança, declarando que não beberia mais do fruto da videira. Isso é totalmente mal compreendido. Para a grande maioria, o homem com o cântaro de água não tem significado, nem o fato de que a Páscoa foi celebrada na casa dele e não em algum outro lugar. As pessoas também acreditam que Cristo deu vinho para beber aos Seus Discípulos, enquanto a Bíblia diz exatamente o contrário. Há um grande significado nessa história, quando a lemos tal como está escrita e a examinamos à luz do ensinamento esotérico.

Primeiro, lembremo-nos de como os líderes da Humanidade deram a cada nova Raça um certo alimento apropriado, conforme elucidado minuciosamente no livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Resumidamente, o vegetal foi dado a Caim, o ser humano da Segunda Raça da Época Atlante[2], que era semelhante a uma planta e tinha um Corpo Vital. Para Abel, o ser humano da Terceira Raça, que tinha um Corpo de Desejos, o leite foi fornecido. Para Nimrod, o ser humano da Quarta Raça, que tinha uma Mente, foi dado carne animal.

O vinho foi fornecido para Noé, o ser humano da Quinta Raça[3]. Isso fez dele um egotista sem Deus, de modo que a “desumanidade do homem para com o homem” se tornou uma palavra de ordem; mas também o ajudou a atingir o nadir da materialidade de sua evolução material. Agora, porém, o foco na evolução espiritual é a palavra de ordem, e as ideias altruístas devem ser fomentadas, ou pelo menos começar a germinar, para que essas possam ser expressos pela última Raça que teremos na Sexta Época[4]. Isso, novamente, requer uma mudança na dieta.

Enquanto essas etapas da evolução foram ocorrendo o Sol, pelo movimento da Precessão dos Equinócios, circulou o Zodíaco muitas vezes. Mas cada etapa foi inaugurada sob um Signo específico, e cada uma foi precedida e sucedida por ciclos menores que eram réplicas das grandes Eras e Épocas evolutivas. Assim, os últimos seis ou sete mil anos – enquanto o Sol passava, por meio do movimento da Terra que conhecemos como Precessão dos Equinócios, por Touro, o Signo do touro, Áries, o Signo do carneiro, e Peixes, o Signo de Água e fluídico – testemunhamos Eras de desenvolvimento material, fomentadas “pela carne e pelo vinho”. Até mesmo Cristo, no início do Seu ministério, transformou a água em vinho, ratificando o seu uso contínuo durante a Era de Peixes. Mas no final de Sua primeira vinda aqui, Ele enviou Seus Discípulos para preparar a Páscoa na casa do Aguadeiro, e ali aboliu “a carne e o vinho”, dando “o pão e a água” como a Nova Aliança para o Reino de Deus, onde Ele reinará como o Príncipe da Paz.

Alguma coisa poderia ser mais clara? Cristo é o Espírito do Sol, e quando o Sol passar sobre o equador no Equinócio de Março no Signo do Aguadeiro, a Era de Aquário será inaugurada, na qual a dieta sem carne animal e sem bebidas alcoólicas da Nova Aliança estará em voga e uma Era de altruísmo irá nascer. Estamos começando a sentir essa influência benéfica agora, embora ainda esteja a séculos de distância, e estamos aqui para ajudar a nos preparar para aquele momento.

Portanto, cabe a nós purificar-nos fisicamente, moralmente, mentalmente e espiritualmente para que possamos ser um exemplo brilhante para os outros e, assim, conduzi-los à grande Luz que tivemos a sorte de ver. Lembremo-nos também de que quanto maior for o nosso conhecimento, maior será também a nossa responsabilidade pela sua correta utilização e, a menos que vivamos de acordo com estes ideais, mereceremos maior condenação.

(Carta nº 89 do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Lc 22:7-13: Veio o dia dos Ázimos, quando devia ser imolada a Páscoa. Cristo-Jesus então enviou Pedro e João, dizendo: “Ide preparar-nos a Páscoa para comermos”. Perguntaram-lhe: “Onde queres que a preparemos?”. Respondeu-lhes: “Logo que entrardes na cidade, encontrareis um homem levando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que ele entrar. Direis ao dono da casa: ‘O Mestre te pergunta: onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?’ E ele vos mostrará, no andar superior, uma grande sala, provida de almofadas; preparai ali”. Eles foram, acharam tudo como dissera Cristo-Jesus, e prepararam a Páscoa.

[2] N.T.: as 7 Raças atlantes: Rmoahals foi a primeira Raça dos Atlantes; a segunda Raça atlante foi a dos Tlavatlis; os Toltecas formaram a terceira Raça atlante; os Turânios originais foram a quarta Raça atlante; os Semitas Originais foram a quinta e mais importante das sete Raças atlantes; os Acádios foram a sexta e os Mongóis a sétima das Raças atlantes.

[3] N.T. da Época Atlante: a Raça dos Semitas Originais.

[4] N.T.: As Raças são traços evanescentes da evolução. É ligada ao Deus de Raça, Jeová, o Espírito Santo. Ele é autor das Religiões de Raça. Estão com Jeová, nessa função, alguns Arcanjos que aqui são chamados de Espíritos de Raça. Antes do aparecimento de Jeová, quando a Terra era ainda parte do Sol, havia um Espírito-Grupo-comum, composto de todas as Hierarquias Criadoras, que governava toda a família humana. Porém, como se desejava fazer de cada corpo o templo e o instrumento flexível e adaptável de um espírito interno, isto se traduzia numa divisão infinita de guias. Jeová veio com seus Anjos e Arcanjos e fez a primeira grande divisão em Raças, tornando influente em cada grupo, como guia, um Espírito de Raça, um Arcanjo. Raças só ocorrem quando se passa pelo Nadir da Materialidade. Nesse Esquema de Evolução existirão 16 Raças: uma na Época Lemúrica, 7 na Época Atlante, 7 na Época Ária e 1 Época Nova Galileia. Não devemos no identificar com a Raça. Com a primeira vinda do Cristo foi inaugurada a “miscigenação das Raças”. Antes de terminar a Época Lemúrica houve um povo eleito, o antecessor das Raças atlantes, diferente da Humanidade comum daquele tempo. Da quinta Raça Atlante foi selecionado outro “povo escolhido”, de que descenderam as Raças árias (sete ao total). Cinco Raças árias já passaram (a Ariana, que se dirigiu para o sul da Índia; a Babilônica-Assíria-Caldaica; a Persa-Greco-Latina; a Céltica; a Teuto-Anglo-Saxônica) e haverá mais duas Raças que se desenvolverão na nossa Época atual (uma delas é a Eslava.). Antes do começo de uma nova Época, haverá “um novo Céu e uma nova Terra” (Ap 21:1), isto é, mudarão os caracteres físicos da Terra. Sua densidade diminuirá também. Da mescla das diferentes nações como, por exemplo, atualmente acontece nos Estados Unidos da América, virá a “semente” para a última Raça, no início da Sexta Época, a Época Nova Galileia. Depois, desaparecerá todo o pensamento ou sentimento de Raça. A Humanidade constituirá uma vasta fraternidade sem qualquer distinção. As Raças são simples degraus evolutivos pelos quais devemos passar; caso contrário não haveria progresso algum para os espíritos que nelas renascem. Porém, embora necessários, são degraus extremamente perigosos e obrigam os Líderes da Humanidade a agir com muito cuidado. Eles chamam a essas dezesseis Raças “os dezesseis caminhos da destruição”, porque nas Épocas precedentes, quando não havia Raças, as mudanças só se efetivavam depois de enormes intervalos, o que permitia à maioria das entidades prepararem-se com mais facilidade. Porém, as dezesseis Raças nascem e morrem em tempo tão relativamente curto que existe o perigo muito grave de adesão demasiada a condições que devem ser deixadas atrás. Ou seja, as Raças, comparativamente, são fugazes. Por isso, deve-se agir com muito cuidado a fim de impedir a aderência demasiada dos espíritos aos caracteres raciais. Cristo é o Grande Unificador da Sexta Época, a Época Nova Galileia, e anunciou esta lei quando pronunciou estas palavras pouco compreendidas: “Se alguém vem a mim e não abandona seu pai, sua mãe, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu Discípulo” (Mt 10:37). “Quem quiser ser meu Discípulo, que tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24). “… quem não abandonar tudo o que tenha não pode ser meu Discípulo” (Lc 14:26). Isto não quer dizer que devemos deixar ou desprezar os laços familiares, mas que devemos elevar-nos acima deles. Pai e mãe são “Corpos” e todas as relações são questões da Raça, pertencentes à Forma. As Almas devem reconhecer que não são Corpos, nem Raças, mas sim Egos lutando pela perfeição. Se um ser humano se esquece disto e se identifica com a Raça – aderindo a ela com fanático patriotismo – é o mesmo que fossilizar-se, enquanto seus companheiros passam a outras alturas do Caminho da Realização.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

“Paz na Terra entre os Homens”

“Paz na Terra entre os homens”! Essas palavras mágicas vem ecoando pelos dos séculos. Em plena era da tecnologia constituem-se na maior, na mais angustiante aspiração humana.

Não podemos afirmar que haja paz no mundo. Em algum momento e em algum lugar, um conflito separa irracionalmente, os seres humanos. Os momentos de trégua, fugazes interlúdios, quantas e sofridas vezes prenunciam o recrudescimento da porfia…

Há mais dois mil anos a humanidade também ansiava pela paz. O advento do Messias representava a redenção. Ele fora proclamado, séculos antes, o Príncipe da Paz, por Isaías. Mas o Cristo, utilizando os dois veículos inferiores de Jesus, pode conhecer a natureza humana: “Não vim trazer-vos a paz, mas uma espada“. A dissenção medraria entre seus próprios seguidores. E estes negariam os princípios do Mestre nas lutas movidas contra os não-cristãos.

“A Religião impropriamente chamada Cristã”, diz Max Heindel, foi responsável por ignominiosos derramamentos de sangue. “Nos campos de batalha e durante a vigência da Inquisição cometeram-se atrocidades inqualificáveis em nome do doce e meigo Nazareno. A ‘espada e o vinho’, isto é, a cruz e o cálice pervertidos, foram os meios de que se valeram as poderosas nações chamadas Cristãs, para dominar os povos pagãos e as nações mais fracas, embora professando a mesma fé de seus conquistadores”.

A humanidade ainda não logrou a paz. Ainda vive em meio a conflitos armados. Permanece confusa ante o choque de ideias. Mas esse estado de coisas há de ensinar-lhe algo proveitoso e capaz de mudar seu caminho. Há algum meio mais eficaz para demonstrar a beleza do entendimento e a necessidade de união, do que compará-los com o panorama de guerras, egoísmo e ódio dominante?

“Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda e a sombra que projeta”. Assim, quanto mais elevados nossos ideais, mais claramente percebemos nossas debilidades.

Lamentavelmente, nas condições atuais de desenvolvimento, a maioria de nós só pode aprender por meio de duríssimas experiências: é mister sofrer a enfermidade ou a doença para se reconhecer as excelências da saúde.

Nenhuma lição encerra valor real como princípio ativo de vida, caso sua verdade seja assimilada apenas superficialmente. Deverá ser assimilada pelo coração, pela aspiração e pela amargura. A lição mais importante, que, deste modo, o ser humano deve aprender é: “o que não beneficia a todos, não beneficia realmente a ninguém”.

Estamos vivendo a atmosfera do Natal! Mais uma vez encontramo-nos com o Cristo, quer estejamos conscientes ou não dessa realidade. Possa Seu estímulo espiritual sensibilizar o coração humano para os aspectos positivos da existência. Cultivemos as virtudes essenciais do cristianismo. Aperfeiçoemos nossa capacidade de dar e amar. Só o altruísmo conseguirá reunir os seres humanos em uma Fraternidade Universal. Para tanto, procuremos nos tornar universais em nossas simpatias, cultivando, também, o sentimento de empatia: é o mesmo que viver a chamada “regra de ouro”.

Aproveitemos a santidade da época para uma reavaliação de nossas vidas. E, principalmente, levemos a paz conosco, desejando e orando para que gradativamente, o mundo possa conquistá-la em caráter permanente. Que a influência unificadora do Cristo encontre, dia a dia, corações mais receptivos. Caminhemos sempre com renovadas esperanças em um mundo melhor. Aprendamos a conhecer, como Whitman, “a amplitude do tempo”[1] e a olhar além das passadas e presentes crueldades, o caminho da Fraternidade Universal. Esta marcará o grande novo passo do progresso humano em sua larga e gloriosa jornada desde o ser mais desprovido de grandeza até Deus, desde o protoplasma até a consciência una com o Pai, esse… “distante e divino acontecimento para o qual se move a criação inteira”.

 (por Gilberto A. V. Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz – dezembro/1975 – Fraternidade Rosacruz São Paulo – SP)


[1] N.R.: Quem vai ali? Cheio de realizações, tosco místico, nu;

Como extraio energia da carne que consumo?

O que é um homem afinal? O que sou eu? O que és tu?

Tudo o que marco como sendo meu tu deves compensar

com o que é teu.

De outro modo seria perda de tempo me ouvir.

Não lanço a lamúria da minha lamúria pelo mundo inteiro,

De que os meses são vazios e o chão é lamaçal e sujeira.

Choradeira e servilismo são encontrados junto com os

remédios para inválidos, a conformidade polariza-se

no ordinário mais remoto.

Uso meu chapéu como bem entender dentro ou fora de casa.

Por que eu deveria orar? Por que deveria venerar e ser cerimonioso?

Tendo inquirido todas as camadas, analisado as minúcias,

consultado os doutores e calculado com perícia,

Não encontro gordura mais doce do que aquela que se prende aos meus próprios ossos.

Em todas as pessoas enxergo a mim mesmo, em nenhuma vejo mais do que eu sou, ou um grão de cevada a menos.

E o bem e o mal que falo de mim mesmo eu falo delas.

Sei que sou sólido e sadio.

Para mim os objetos convergentes do universo

perpetuamente fluem,

Todos são escritos para mim, e eu devo entender o que a escrita significa.

Sei que sou imortal,

Sei que a órbita do meu eu não pode ser varrida pelo

compasso de um carpinteiro,

Sei que não passarei como os círculos luminosos que as crianças fazem à noite, com gravetos em brasa.

Sei que sou augusto.

Não perturbo meu próprio espírito para que se defenda ou seja compreendido,

Vejo que as leis elementares nunca pedem desculpas,

(Reconheço que me comporto com um orgulho tão alto quanto o do nível com que assento a minha casa, afinal).

Existo como sou, isso me basta,

Se ninguém mais no mundo está ciente, fico satisfeito.

E se cada um e todos estiverem cientes, satisfeito fico.

Um mundo está ciente e esse é incomparavelmente o maior de todos para mim, e esse mundo sou eu mesmo,

E se venho para o que é meu, ainda hoje ou dentro de dez mil anos, ou dez milhões de anos,

Posso alegremente recebê-lo agora, ou esperá-lo com alegria igual.

Meus pés estão espigados e encaixados no granito,

Debocho daquilo que chamas de dissolução,

E conheço a amplitude do tempo.

Song of Myself – Walt Whitman

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Algumas Correlações do Signo de Aquário

SIGNO: Aquário, o aguador

QUALIDADE: Fixo ou consciência dirigida gradual e consistentemente para estabelecer e manter um centro estável.

ELEMENTO: Ar ou a consciência relacionada com os assuntos sociais e intelectuais. Entre outras coisas, o elemento Ar corresponde aos gases, à Mente e ao Mundo do Pensamento.

NATUREZA ESSENCIAL: Não há nada que possa enclausurar a atmosfera em um recipiente; do mesmo modo seria difícil submeter ou enclausurar um autêntico aquariano. Em sua manifestação positiva, o autêntico aquariano é um humanitário que acredita no direito de todos em ter igual oportunidade para “a vida, a liberdade e buscar a felicidade”. É infrutífero tentar e obter dele um ponto de vista único ou tentar convencê-lo por meio de argumentos, pois quando você pensa que conseguiu, ele mantém a opinião. A única coisa que encerra a atmosfera é o cosmos, assim que somente aquelas ideias que são fundamentadas sobre um raciocínio não polarizado, aquelas que envolvem conceitos universais, atrairão o aquariano. Ele é aquele que procura por uma ciência religiosa e por uma Religião científica, onde ambos desses fatores importantes no desenvolvimento do ser humano podem despender a igualdade de condições. Se ele parece ser excêntrico em algumas ocasiões, talvez seja porque ele vê com uma visão estendida, o que nós ainda vemos somente do nosso próprio ponto de vista. Se bem que ele sempre terá uma disposição gentil para conosco. Agora, quando a influência de Aquário se manifesta negativamente, o Ar-Fixo se torna ar estagnado. Uma ideia uma vez aceita, que é o comprometimento de si mesmo, será exposta muitas vezes para os outros que estão ao seu redor. Também, nesse caso, é avesso a assumir compromissos ou uma posição, e se rebela contra tudo que não dê a ele a liberdade de expressão ou que não concorde com a sua própria pré-disposição.

ANALOGIA FÍSICA: atmosfera

PLANETA REGENTE: Urano

CASA CORRESPONDENTE: a 11ª Casa no horóscopo natural corresponde a Aquário.

ANATOMIA ESOTÉRICA: representa a memória (ou Mente) Supraconsciente, que é o arquivo ou depósito de todas as faculdades e conhecimentos adquiridos em todas as nossas vidas anteriores.

ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: pernas e tornozelos.

FISIOLOGIA: Urano, como Regente de Aquário, rege os processos da visão e dos gases no nosso Corpo.

MITOLOGIA GREGA: Urano era o deus que estava no céu, entre cujos filhos estavam os 12 titãs.

CRISTIANIDADE CÓSMICA: Quando o Sol passa por Aquário o Espírito de Cristo está nos imbuindo com o impulso para a Fraternidade Universal, onde considera todas as pessoas como merecedoras de nossa amizade e amor, o que deve acontecer em alguma medida, antes que Ele possa se manifestar entre nós novamente, como o Príncipe da Paz.

(Publicado pela Revista: Rays from the Rose Cross – Fevereiro/1975 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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A Paz deve nascer em nosso íntimo

A Paz deve nascer em nosso íntimo

Milhões de pessoas se dedicam, no mundo inteiro, a atividades belicistas, na qualidade de soldados, burocratas, cientistas, técnicos ou trabalhadores não especializados. Calcula-se que cerca de 100 milhões de pessoas têm a ver direta ou indiretamente com os muitos bilhões de dólares que o mundo destina às atividades militares. Atualmente cerca de 25 milhões de homens servem nos exércitos regulares do mundo. Não temos dados precisos sobre o número de civis empregados em departamentos de defesa. Mas, segundo uma estimativa da Unesco para 1975, naquela época, as nove principais potências do globo empregavam 2,5 milhões de civis em seus departamentos de defesa. Hoje, esse número deve ter crescido consideravelmente.

Mahtar M’Bow, Diretor-Geral da Unesco afirmou num discurso dramático: “A criação de um mundo de justiça, progresso e paz para todos os povos é dificultada pelo acréscimo e aperfeiçoamento constantes de meios de destruição em massa. As consequências desse estado de coisas são duplamente angustiantes. Por um lado, fazem pairar sobre o mundo inteiro a ameaça de uma hecatombe sem precedentes; as radiações atômicas não respeitam fronteiras, não respeitam países; nenhum povo está a salvo dos efeitos de um conflito nuclear.

Por outro lado, os imensos recursos humanos e materiais postos à disposição das indústrias bélicas e da pesquisa e desenvolvimento de armas, são desviadas da luta mundial contra a pobreza que sacrifica tantos povos. Milhares de cientistas e engenheiros dedicam seu talento e suas energias ao aperfeiçoamento de técnicas de matança e bilhões de dólares são gastos anualmente para esse fim. Apenas uma parte desses recursos intelectuais, financeiros e tecnológicos, aplicada adequadamente bastaria para reverter as tendências atuais e permitiria que se começasse a reduzir a distância que separa as nações industrializadas das nações em desenvolvimento, e que separa grupos privilegiados de grupos desfavorecidos dentro de cada nação. A própria fisionomia do nosso planeta poderia ser transformada com isso. A alternativa que se abre para nós, por tanto, é insofismável. Ou prossegue a corrida armamentista, cercada de todas as injustiças, prolongando todos os egoísmos e multiplicando as causas de conflitos e os perigos de conflagração, ou as nações se unem pondo o senso do futuro comum acima dos interesses individuais e das ambições de curto prazo. Com isso o enorme potencial científico e técnico do mundo poderia ser utilizado mais para fins pacíficos, beneficiando a todos e permitindo o estabelecimento de relações baseadas na justiça e na solidariedade. É para isso que a Unesco, fiel à vocação do sistema das Nações Unidas, desenvolve sua atividade em todos os níveis da vida intelectual. Sua constituição proclama que, como “as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erigidas as defesas da paz”. Por isso ela se esforça em contribuir para preparar o desarmamento nas consciências, para modificar progressivamente a mentalidade no sentido da paz”.

Esse discurso encerra uma verdade profunda quando proclama que “as guerras nascem na mente dos homens, e na mente dos homens devem ser erigidas as defesas da paz”. Tudo o que ocorre no mundo é um reflexo de causas geradas no íntimo dos seres humanos. Não é possível um ato de violência ocorrer no mundo exterior a não ser que exista, primeiramente, uma ideia de violência, medo ou ódio no mundo interior do pensamento. A guerra existirá enquanto perdurarem no coração humano os pensamentos que a produzem.

Se o ser humano almeja a paz, é necessário que se empenhe em reverter a situação dentro de si mesmo. Todo pensamento ou sentimento de agressividade, mesmo que emitido contra um simples animal, não deixa de ser uma semente perigosa que somada a tantas outras acabam por gerar sangrentos conflitos.

Muita gente se engana quando imagina ser a guerra um problema completamente alheio à sua vontade, algo assim a ser resolvido entre militares e governantes. À paz pode se concretizar mais pela ação conjunta das pessoas comuns do que por estadistas e diplomatas juntos. É resultante de correntes de pensamentos e sentimentos. Essas correntes são unificadoras, isto é, desconhecem a existência dos limitadores sentimentos de raça, credo, ideologia e nacionalidade. A humanidade deve aprender a sobrepor-se a essas ideias separatistas, procurando viver a máxima de Thomas Paine: “O mundo é minha pátria, a humanidade é minha família e fazer o bem é minha religião”. Devemos renunciar ao sentimento nacionalista, abarcando com nossa simpatia a todo o Universo.

O problema, pois, está em nosso íntimo. Conhecendo essa verdade é que Max Heindel assim se expressou em uma de suas Cartas aos Estudantes: “Se os homens e as mulheres também fossem uma décima parte de entusiastas para combater o real inimigo dentro do ser humano, como o são para levantar-se em armas contra um suposto inimigo, então o Príncipe da Paz viria por si só. Todos os elementos de morte desapareceriam no limbo e a promessa gloriosa se realizaria totalmente: ‘Paz na Terra aos homens de boa vontade’. E quanto a mim, decidi não cessar meus esforços até que o último vestígio de maldade, erro e ódio sejam eliminados e a elevada trindade ‘Divindade, Verdade e Amor’ reinem dentro de mim”.

Max Heindel, na Carta nº 92 (Julho de 1918) no Livro Cartas aos Estudantes, afirma categoricamente: “Devemos compreender que não haverá paz segura e permanente até que o militarismo tenha recebido um golpe tal que não consiga mais levantar a cabeça. A paz é uma questão de educação e é impossível conseguir-se até que tenhamos aprendido a relacionarmo-nos caritativa, justa e abertamente, uns com os outros, tanto nacional como individualmente. Enquanto continuarmos a fabricar armas a paz não poderá estabelecer-se”.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – nov/dez/88)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe

Muito acima do topo das árvores e das nuvens fofas, sim, muito além do céu azul, há muito tempo, habitava um Rei. Seu reino era muito extenso e seus habitantes eram tão felizes que esse lugar era chamado o Reino da Felicidade. Doces acordes de música e delicadas cores do arco-íris flutuavam no ar nessa terra distante. Então, um dia pareceu que uma nota dissonante tinha soado. O Rei ouviu-a e o som murmurante da discórdia chegou mais perto. Assim, o Rei chamou um pequeno príncipe e disse:

– As crianças da Terra parecem não ter corações felizes e a luz do amor está se tornando escura. Alguém deve ir até essas crianças e levar-lhes uma nova luz de amor.

– Oh, Pai, deixe-me ir, disse o pequeno Príncipe.

Isso agradou o Rei. Ele sabia que não seria tarefa fácil e disse:

– Você está pronto para ir, meu filho? Está escuro no Mundo da Terra e, às vezes, será difícil acender a luz do amor.
– Sim, Pai, eu estou pronto para ir quando você me enviar, disse o Príncipe.

Então, o Rei chamou um de seus mensageiros do Reino da Felicidade e participou:

– Meu filho, o pequeno Príncipe, vai empreender uma longa jornada, em uma terra muito distante. Deixe tudo pronto para sua visita às crianças da Terra.

Os mensageiros do Rei conversaram entre si e logo grandes preparativos foram feitos para a partida do Príncipe.

Numa vila, no Mundo da Terra, morava uma jovem mulher muito linda. Ela morava numa pequena casa circundada por um jardim. Frequentemente, ela sentava-se no jardim e lia. Os passarinhos voavam ao redor dela e, algumas vezes, uma pomba branca pousava em seu ombro e arrulhava para ela. Maria era o nome da jovem mulher; ela tinha sempre maneiras gentis e um doce sorriso. Quando ela ia até à vila praticando ações bondosas, tornava muitas pessoas felizes e todos a amavam.

Nessa terra havia um rei que governava de um modo muito cruel. Ele realmente tornava seu povo infeliz. Seu reino era muito diferente do Reino da Felicidade. Havia tantas pessoas infelizes e o coração de Maria entristecia-se. Ela não gostava de ver os outros sofrerem, queria que fossem felizes e corajosos.

Havia uma história da qual Maria gostava particularmente e, por isso, lia-a repetidas vezes. Nela, o Rei do Reino da Felicidade prometia enviar o Príncipe da Paz para salvar as crianças da Terra. Maria muitas vezes conversava com o Rei, seu Pai Celestial e dizia-lhe que esperava a vinda do pequeno Príncipe. Um dia, após conversar com o Rei, sentiu-se muito feliz. Começou a cantar e seu coração sentiu-se muito leve e muito alegre. Ela pensou que pássaros cantavam mais docemente e até o Sol brilhava com mais intensidade. Parecia haver mais luz no jardim e, então, bem em frente dela, circundado das belas cores do arco-íris, apareceu um Anjo. O Anjo falou a Maria e disse-lhe que o seu Pai Celestial iria manter a Sua promessa para as crianças da Terra e enviaria à Maria, o Príncipe da Paz, para que ela O amasse e cuidasse d’Ele.

Vocês podem imaginar como a adorável Maria ficou feliz! À noite, quando seu marido chegou à casa, ela contou a visita do Anjo e José também ficou muito feliz. Assim, eles começaram a planejar a vinda do pequeno Príncipe.

Nos tempos antigos, as pessoas pagavam impostos, como também o fazem hoje. Uma tarde, José chegou à casa e disse:

Maria querida, precisamos ir a Belém pagar nossos impostos.

Então, ambos se puseram a caminho. Maria viajava em um burrico e José caminhava ao seu lado. Estavam tão felizes com a vinda do pequeno Príncipe, que falavam tão e todo o tempo sobre isso.

Depois de uma longa e cansativa jornada chegaram a Belém. José acomodou Maria o mais confortavelmente que pôde e depois foi procurar um quarto numa hospedaria. Ele tinha andado muito e quando voltou disse a Maria:
– Querida, não há nenhum quarto por aqui. Não há nada além do estábulo onde o gado é mantido. Mas é bonito e limpo.

E Maria disse:

– Está tudo bem, José querido, eu não me importo. Nós estaremos confortáveis e estou tão cansada que irei rapidamente dormir.

Assim, eles se dirigiram para o estábulo. As vacas mugiram como se estivessem dando-lhes as boas vindas, e seus olhos suaves e gentis pareciam mostrar prazer com a vinda de José e Maria.

Numa leve cama de capim fresco e cheiroso, Maria se instalou, sentindo-se feliz. Ela agradeceu a seu Pai Celestial pela Sua maravilhosa promessa e, então, dormiu.

No Reino da Felicidade, os Anjos estavam ocupados preparando o pequeno Príncipe para a jornada no Mundo da Terra. Um Anjo levantou-O gentilmente e O carregou, dizendo:

Vá, linda criança, e leve uma mensagem de amor e felicidade para as crianças da Terra. A luz do amor está no seu olhar e nunca será ofuscada. A centelha de luz que brilha no seu coração se tornará cada vez mais intensa.

E o Rei estava feliz e disse:

Meu Filho, você tem um grande trabalho a fazer para tornar mais brilhante a luz do amor num mundo escurecido.

Eu O abençoo, meu Filho.

Do Reino da Felicidade até a Terra formou-se uma Ponte de amor e através dela o Anjo carregou o Príncipe Celeste. Os Anjos Cantores e os Anjos de Luz o acompanhavam. Uma música angelical, doce e clara, se ouvia pelo ar. Logo todas as hostes celestiais davam louvores a Deus e cantavam:

– “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa vontade entre os homens”.

Após chegar à Terra, a luz brilhante de uma linda Estrela guiou o Anjo à Maria. Quando o Anjo lhe entregou o pequeno Príncipe, ele disse:

– Guarde-O cuidadosamente, pois Ele é um presente de Deus.

Então, Maria e o Príncipe foram envolvidos por um grande brilho. Quando ela olhou em Seus olhos, ficou maravilhada com a luz de amor que havia neles. Toda criancinha tem luz em seu rosto, mas essa especialmente trazia a luz de Deus em seus olhos. A música angelical e a Estrela brilhante atraíam muitas pessoas e logo havia visitantes amontoando-se para ver o Príncipe menino. Os pastores aproximavam-se vindos dos campos próximos.

Eles haviam visto a Estrela e a seguiram e ela os guiou até onde estava o menino, na manjedoura.

Agora, queridas crianças, essa é a história do pequeno Príncipe da Paz, o Portador de Luz para as crianças da Terra, cujo nascimento nós celebramos no dia de Natal. A Estrela que pairou sobre o lugar onde ficou o Príncipe brilha ainda hoje, tão intensamente, como brilhou antes, iluminando cada criancinha no seu caminho através da ponte do amor, do reino da Terra ao Reino da Felicidade.

Sigamos a Estrela e mantenhamos nossa luz do amor brilhando intensamente para iluminar os outros no caminho da felicidade e da alegria.

(Do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. II – Compiladas por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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