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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: A Mensagem Mística do Natal

Dezembro de 1912

Sinos de Natal! Quem já não sentiu a magia deles nos dias da sua infância, antes que a dúvida se insinuasse em seu coração e abalasse os ideais inculcados pela igreja? O mesmo sino repicava na Igreja aos domingos e chamava para a oração em todos os dias da semana, mas havia no dia de Natal um timbre diferente, algo excepcionalmente festivo, algo que nós, agora, atribuímos à imaginação relacionada às crianças ou à infância. Nós sentimos falta disso, por mais que possamos nos congratular com a emancipação daquilo que temos o prazer de denominar “as cerimônias ou performance ridículas, hipócritas ou pretensiosas da igreja”. Wordsworth[1], na sua “Ode à imortalidade”, expressou o intenso arrependimento pela perda dos ideais relacionados com a infância ou com a criança, e nada que o mundo tenha a dar pode ocupar o lugar deles e, embora possamos ser abençoados com os recursos materiais, somos realmente pobres quando o “glamour” da juventude se desvanece e as concepções intelectuais sufocam as chamadas “superstições”.

São Paulo nos exortou a estarmos sempre preparados para dar uma razão à nossa fé, e há uma razão mística para as muitas práticas da igreja, as quais são transmitidas às gerações, desde a mais remota antiguidade. O soar do sino quando a vela acende sobre o altar foi inaugurado por videntes espiritualmente iluminados para ensinar a unidade cósmica da luz e do som. O badalo metálico do sino traz a mensagem mística de Cristo à humanidade, tão claramente hoje como da primeira vez que Ele anunciou o amoroso convite: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso[2]. Assim, o sino é um símbolo de Cristo. “A Palavra”, quando nos chama do trabalho para a adoração ante o altar iluminado, quando Ele nos encontra como “A Luz do Mundo”.

Também, o sentimento particularmente festivo despertado pelos sinos de Natal é produzido por causas cósmicas ativas nessa época do ano, e a estação atual é verdadeiramente santa, como agora veremos. Os que estudam a “ciência das estrelas” compreendem os Signos do Zodíaco como um conjunto sonoro cósmico, cada Signo vibrando com um atributo particular; e como as órbitas em marcha viajam em procissão caleidoscópica, de Signo em Signo, numa combinação sempre variável, os acordes da harmonia cósmica, conhecidos pelos místicos como a “música das esferas”, emitem um eterno hino de oração e glorificação ao Criador. Essa não é uma ideia fantasiosa, mas um fato real, perceptível ao vidente e capaz de ser demonstradas aos pensadores pelos seus efeitos. E a harmonia das esferas não é um som de um tom único; varia dia a dia e mês a mês, conforme o Sol e os Planetas cruzam Signo após Signo em suas órbitas. Há, também, épocas de variações anuais devido à Precessão dos Equinócios. Então, há uma infinita variedade na “música das esferas”, como de fato deve ser, pois esta constante mudança de vibrações espirituais é a base da evolução física e espiritual. Se cessasse por um só instante, o Cosmos se converteria em Caos.

Como demonstração, observemos a Natureza e a qualidade da vida de amor que derrama por meio do Cristo-estelar, o Sol, quando ele transita pelo beligerante Signo de Áries, o Carneiro, durante desde a metade do mês de março até metade do mês de abril. O amor sexual é a nota-chave da natureza; todas as energias são aplicadas na geração; então, predominam as inclinações passionais. Compare isso como o efeito do Sol em dezembro, quando se acha focalizado através do benevolente Sagitário, regido pelo Planeta Júpiter. Seus raios, então, conduzem à religião e à filantropia; o ar é vibrante com a generosidade, e a vida de amor do Cristo-estelar encontra a sua mais alta expressão nesse Signo que tem a mesma natureza. Externamente reina uma atmosfera de espera ansiosa que beira a angústia, pois o símbolo visível da “Luz do Mundo” se obscureceu, mas na noite mais escura do ano, o conjunto dos sinos de Natal evocam uma pronta resposta aos sentimentos do Natal, que torna o mundo inteiro semelhante, filhos do nosso Pai que está nos Céus.

Que a música mística dos sinos do Natal desperte o mais terno acorde em seu coração, e que a tônica do regozijo seja predominante em seu ser durante o próximo ano – esse é o desejo natalino dos trabalhadores de Mount Ecclesia.

(Carta nº 25 do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: William Wordsworth (1770-1850) foi o maior poeta romântico inglês.

[2] N.T.: Mt 11-28

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Centros e Grupos de Estudos Rosacruzes no Brasil até 1981

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como a Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil foi criada como um Grupo de Estudos informal, depois passou para um Grupo de Estudos formal e, finalmente, para um Centro Rosacruz, autorizado e certificado pela The Rosicrucian Fellowship-Mount Ecclesia, Oceanside, California, USA, como um Centro Fraternal afiliado, pelos Probacionistas Hélio de Paula Coimbra e Maria JoséA. S. de P. Coimbra, ambos oriundos da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP, vamos apresentar, inicialmente, um resumo história da Fraternidade Rosacruz no Brasil, focando nas sementes que frutificaram como a Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP. Isso até a data de fundação do Grupo de Estudos em Campinas-SP-Brasil.

Centro Rosacruz em Santo André-SP

A antiga Fraternidade Rosacruz de Santo André, que divulgava, como movimento independente, as obras de Max Heindel, nasceu na década 1940-1950. Em seu seio havia dois Probacionistas: Milton José Ribeiro da Silva e Mário Sparapani.

Quando aquele grupo decidiu ligar-se à Sede Mundial, o irmão Milton o solicitou, o que foi concedido de imediato (12 de maio de 1955) por causa desses elementos credenciados.

Foi, portanto, o primeiro Núcleo registrado, nesta segunda etapa de expansão, do movimento Rosacruz no Brasil.

Além desses Probacionistas, o grupo contava elementos experientes na Filosofia Rosacruz, tais como Severino Alves Guimarães, o casal João Baptista Ribeiro da Silva-Maria L. Ribeiro da Silva; o casal Armando e Ana Têmpera.

É claro que a ligação a Mount Ecclesia veio trazer-lhes a seiva renovada de instruções preciosas que não se encontram nos livros publicados. Com isto se foram enriquecendo e expandindo.

O Centro funcionou, desde antes de sua fundação até 31 de agosto de 1971, numa Sede alugada no centro da cidade, na rua Campos Salles n.º 129, 2.º andar. As reuniões públicas se realizavam às quartas-feiras, início às 20:30 horas.

Em 13 de outubro de 1961 legalizaram seus estatutos, tendo em vista a sede própria que se propunham construir.

Abrangendo a área do grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e vilas vizinhas), em abril de 1972 proferiram conferências públicas em São Caetano do Sul.

Em agosto de 1962 aplicaram o resultado da campanha de sede própria no pagamento inicial de um terreno em Santo André, que ficaram resgatando.

Em outubro de 1965 organizaram bazar pró Sede Própria, cujo montante, somado à contribuição regular de seus membros, para o mesmo fim, valeu para trocar o primeiro terreno por outro mais bem situado, adequado à construção. Em março de 1966 consumaram a nova compra.

Em outubro de 1966 promoveram um chá beneficente pró Sede Própria.

Em 1969, o irmão Mário Salvini foi chamado pelo amigo e companheiro antigo de estudos rosacrucianos, irmão Albano Almeida Campos, da Fraternidade “Filhos da Luz” de Vila Maria, desta Capital, então fechada. Pediu ao irmão Salvini indicar uma entidade Rosacruz para doar-lhe a Sede de Vila Maria. Salvini indicou o Grupo de Santo André e a doação foi legalizada com a ajuda do amigo dr. Oswaldo Preuss, filho do irmão F. F. Preuss,

Esse expressivo fato decidiu a aspiração dos irmãos de Santo André. O imóvel de Vila Maria foi vendido e com o produto se construiu uma bela Sede na av. Cesário Bastos, 366, em Santo André, próxima à Praça Kennedy. Quem a projetou e carinhosamente a construiu, com o preço mínimo, foi o irmão Júlio Palaia. A pedra fundamental foi lançada em 21 de março de 1971 e a construção terminada em 31 de agosto de 1971. Sobrou recursos para mobiliá-la confortavelmente e se tornou um atraente recinto de divulgação.

Além das reuniões regulares de estudos, às quartas-feiras, início às 20 horas; Reuniões de Cura e de Solstícios e Equinócios; o Centro promoveu cursos orais diversos. Em 1974 promoveu cursos de Astrologia Rosacruz, com apostilas mimeografadas que distribuiu depois, aos núcleos coirmãos, para facilitar-lhes idêntica iniciativa. Em outubro de 1975 promoveu três conferências na Biblioteca Pública Municipal. Pelo Diário do Grande “ABC” tem propagado a filosofia. Adquiriu um mimeógrafo e tem imprimido lições de evangelhos, além de um Boletim periódico.

Digno de menção é o conjunto musical que lá se formou, sob orientação da competente irmã Maria Meira. Excelente soprano, formou agradável conjunto e abrilhantaou as reuniões, bem como as festividades dos Núcleos irmãos, com números de conjunto e solos inspirados. Nomes de alguns irmãos e irmãs de lá: Reili Brighenti, Armando Têmpera, Flávio Zangirólami, Sophia Schrah, Franklin B. de Oliveira

Centro Rosacruz de São José dos Campos

O Centro de São José dos Campos nasceu com a transferência de residência do casal Domingos Pimentel e Izabel Pimentel, de Campos do Jordão para lá, em 1964. Em 11 de agosto de 1964 deu início às reuniões, em sua residência.

Reuniões na casa do Dr Pimentel
Reuniões na casa do Dr Pimentel

Com o aumento de interessados, alugou e adaptou uma sala na Rua Humaitá, 178, no centro daquela florescente cidade. Sustentou as reuniões semanais, insuflando-lhes seu vigor e discernimento.

Em outubro de 1965, com ajuda do irmão João de Deus, iniciou assistência às pessoas que desejam deixar o hábito de bebidas alcoólicas. A Liga Antialcoólica se expandiu e foi transferida para uma sede maior.

Em março de 1966 Dr. Pimentel nos visitou, comunicando a expansão do movimento Rosacruz em São José dos Campos.

A partir de janeiro de 1967 a Sede Central do Brasil começou a mandar oradores nos últimos sábados de cada mês àquele Núcleo.

Em 21 de setembro de 1969 aquele Centro começou a comemoração dos solstícios e equinócios.

Em março de 1973 solicitaram autorização para ministrarem o Curso Preliminar de Filosofia Rosa-cruz. A Sede Mundial concedeu essa autorização em setembro de 1973.

Em 11 de agosto de 1974, com vistas a uma sede própria, aquele Centro legalizou seus estatutos, iniciando campanha para essa realização. No período entre 21 e 27 de setembro de 1975, com especial empenho do casal Odila-Dalmaci, levaram a efeito um bazar beneficente, abrilhantado com o espetáculo do ballet-Stúdio, cuja lindíssima demonstração se deu na “Sala Veloso” do Teatro São José.

Com a transferência de residência do prof. Gilberto Antônio Vasconcelos Sylos, genro do Dr. Pimentel, para São José dos Campos, um vigor maior ainda houve naquele Núcleo.

Em abril de 1976 publicou o livreto “Os Dez mandamentos” — que um Centro Rosacruz da Argentina solicitou traduzir ao castelhano.

Em agosto de 1976 publicou o livro “As Bem-aventuranças”, também por um seus Probacionistas.

Suas reuniões atuais se realizavam as terças-feiras (reservada aos mais adiantados) e sábados (públicas), além de as Reuniões de Cura e comemoração dos Solstícios e Equinócios.

O Grupo da Lapa emprestou seu harmonium ao Centro de São José dos Campos e lá se formou um bom conjunto musical.

Nomes de alguns irmãs e irmãos de lá: Gilberto A. V. Silos, Domingos Pimentel, Olga Pereira de Souza, Celso Athayde, Flávio Macedo, Maria Aparecida Silva, Edmundo Teixeira.

Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP

Nos inícios de 1955 um grande número de Estudantes Rosacruzes buscava entrar em ligação com a Sede Mundial, em Mount Ecclesia. Nessa época, a “União Rosacruz São João”,aglutinou muitos deles, acolhendo-os em suas reuniões, na rua Guararapes, 34, em salão anexo à residência do irmão David Dias dos Santos.

Em 4 de agosto de 1955, os principais elementos desse Grupo começaram a fazer, de novo, agora oficialmente, o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, vencendo o ano de pré-filiação.

Em 4 de agosto de 1956, já como irmãos regulares, inauguraram festivamente sua ligação a The Rosicrucian Fellowship, fundada por Max Heindel, em Oceanside, Califórnia, U.S.A.

Fouad Sahão

Lembramo-nos dos companheiros de então, que até hoje continuam fielmente: David Dias dos Santos (falecido em 20.1.70), Antônio e Rosa Munhoz, Clélia Meniatti Benson, João Pignata, Thêrese Ventre, Bianca Ramazini, Maria e Elza Villar Harrison. Lembramos, igualmente os que vieram para servir na Sede Central: Maria Rosária de Medeiros, Therezinha Grosso, Rosália Maria de Medeiros e Antonieta Pinolla.

O Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP inaugurou a “Semana de Max Heindel” em 1958, hoje comemorada por todos os núcleos do Brasil.

Em 22 de dezembro de 1962, em reunião solene, teve seu novo emblema consagrado.

Entre março e julho de 1964, quando a Sede Central teve uma parede lateral abalada pela construção vizinha, o Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP se converteu em Sede Central, abrigando seus Estudantes em reuniões conjuntas de estudos.

Em maio de 1965 o irmão David vendeu sua casa e a entregou aos novos proprietários em 30 de setembro de 1965.

Em outubro do mesmo ano recomeçaram regularmente, de modo especial: alternadamente, nas residências dos irmãos João Pignata, Clélia Meniatti Benson, Elza Villar Harrison e Therêse Ventre. Essa alternação teve o condão de confraternizar mais estreitamente ainda os seus membros.

Organizado e dirigido durante muitos anos pelo irmão David Dias dos Santos, o Grupo Lapa tinha como expositores, os irmãos David, Munhoz e Rosária. O irmão David passou para os Mundos Celestes.

Alguns irmãos e irmãs de lá: Clélia Meniatti Benson, João Pignata, Rosa Dias Munhoz, Therêse Ventre e Lídia Ceolin.

Grupo de Estudos Rosacruzes da Penha-São Paulo-SP

Desde 1941 a antiga Fraternidade dos “Filhos da Luz” se reunia às sextas-feiras para estudar assuntos esotéricos em geral, inclusive o Rosacrucianismo. Era um grupo independente que funcionava num salão especialmente cedido para esse fim, pela família Luzio, em sua residência, primeiro na Av. Conde de Frontim e depois na Rua Atuaí, 383, Vila Esperança — Penha.

Manoel Rufino Luzio era um sensitivo de fibra incomum e idealismo provado. Gostava de curas. Com sua esposa, Laura de Jesus Luzio, e filhas, Rosa, Piedade e Alice, eram estudantes sinceros.

Um dia, às 18 horas, meditando e olhando para o céu, através da janela, dona Laura de Jesus viu uma brilhante estrela que se deslocava em sua direção. Ao aproximar-se, reconheceu o símbolo da Rosacruz: a cruz era do tamanho de uma pessoa. Abriu os braços para recebê-la, mas ela pareceu entrar no salão da Fraternidade. Correu para lá e realmente viu a estrela, toda iluminada, cobrindo outro símbolo que usavam lá. Radiante e espantada, d. Laura foi chamar o marido, mas quando chegaram ao salão, não viram mais nada. Sr. Manoel Rufino compreendeu, então, que teriam de dar um grande passo para algo muito maior.

Passaram-se três meses. O irmão Luzio deixou consignado no livro de atas estas palavras: “Pelos amigos da Lapa (Sr. Munhoz e Sr. David), dos quais ouvimos proveitosas palestras sobre Filosofia Rosacruz, soube que estão cogitando de formar a Fraternidade Rosacruz, sob a égide de “The Rosicrucian Fellowship”, de Mount Ecclesia, através do irmão F. P. Preuss. Participei de algumas reuniões e compreendi haver chegado o convite de elevação a todos nós. Fomos recebidos como amigos e convidados como estudantes. Vamos nos preparar”.

O irmão Luzio realmente esteve com seus dedicados companheiros, José Gabriel da Rocha e Lázaro Antunes Moreira, na segunda reunião do Conselho, em 14 de janeiro de 1956. Mas já haviam tomado contato conosco, anteriormente e muitos, do Grupo, haviam iniciado o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, em meados de setembro de 1955. Em meados de setembro de 1956 começaram a surgir os primeiros Estudantes Regulares. Haviam vencido o curso de pré-filiação e, em 20 de setembro de 1956, início às 20:30 horas, realizaram a sessão solene de filiação e dedicação integral ao Movimento Rosacruz.

Em pé da esquerda para direita Fouad Sahão; a sua frente sentada Júlia Sahão; terceiro Nelson Marques e a terceria sentada Maria Rosária

Desde então o Grupo segue firme em seus ideais, constantemente relacionado com as co-irmãs do Grande São Paulo, comparecendo a todas as confraternações e sendo visitados por oradores e grupos irmãos.

Em 11 de outubro de 1969 falece o irmão Luzio. Foi uma grande perda, mas seus companheiros continuaram firmes, consoante sua recomendação final.

Em setembro de 1970 a Sede do Grupo se transferiu para um salão especialmente construído para esse fim, na Rua Cirene Jorge Ribeiro, 188, anexo à residência da irmã Piedade Luzio Rodrigues, cujo marido, irmão Paulo Rodrigues, é fiel simpatizante.

Em 14 de dezembro de 1973 falece a irmã Laura de Jesus Luzio.

Do fiel grupo antigo remanescem os irmãos José Gabriel da Rocha, Lázaro Antunes Moreira, casal Piedade-Paulo, família Perrella, Benedito José de Carvalho e a neta do Sr. Luzio, Clarice. A eles, juntaram-se os novos irmãos.

Alguns irmãos e irmãs de lá: José Gabriel da Rocha, Piedade Luzio Rodrigues, Clarice Luzio Pereira, José Gilson Vieira, Maria José Vieira, Paulo Rodrigues, Antônio Pereira, Lázaro Antunes Moreira.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Piracicaba-SP

O Grupo de Estudos Rosacruzes de Piracicaba-SP surgiu com a transferência de residência dos Probacionistas o casal Maria José Serra Coimbra-Hélio de Paula Coimbra desta Capital para aquela cidade, em abril de 1965. Dir-se-ia que foram impelidos a maior serviço, devido ao preparo deles.

Em 1966 compraram uma casa e construíram um salão anexo, dedicando-o às práticas espirituais e com o propósito de nele formar um grupo de estudos.

Em outubro de 1966, o irmão Dr. Hélio comunicou-nos a decisão de iniciar um grupo. Desde então começou a aglutinar interessados.

Em dezembro de 1967 inscreveu o Grupo na Sede Mundial.

Continuou consolidando o Núcleo e em 30 de julho de 1971 foram irmãos de São Paulo para consagração de seu novo emblema, em tamanho maior. Entrementes o Dr. Hélio jamais deixou de assistir a Sede Central do Brasil nas consultas jurídicas e realizando mensalmente suas palestras nas reuniões devocionais de domingo.

Em março de 1973, o irmão Hélio e a irmã Maria José iniciaram conferências em outras cidades. No Grupo de Piracicaba sustentavam firmemente cursos orais de Filosofia e Astrologia Rosacruzes. É de notar a ênfase e preparo que assegurou aos Estudantes Rosacruzes, no estudo do “Conceito Rosacruz do Cosmos”.

Em julho de 1973 proferiram conferências em Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Paulo de Faria. Aos poucos se foram definindo núcleos de estudos em Ribeirão Preto, Uberaba e Paulo de Faria, que o irmão Hélio e irmã Maria José, em constantes visitas, carinhosamente prestigiaram orientando, esclarecendo, fornecendo literatura etc.

Em abril de 1974 se confirmaram os Núcleos.

O Grupo de Piracicaba também prestou excelente colaboração no setor de traduções, com a equipe que se formou, para verter obras Rosacruzes do original inglês, constituída pelo Dr. Hélio, Maria José, Maria de Lourdes e esposo.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Paulo de Faria-SP

Em março e julho de 1973, Dr. Hélio proferiu palestras na cidade de Paulo de Faria, oferecendo literatura e orientação. Aglutinaram-se alguns interessados, começaram a fazer o Curso por correspondência e, em março de 1974, uma carta do estudante Paulo José Santos e Silva comunicou haverem formado lá um Grupo Rosacruz, sob responsabilidade do probacionista Hélio de Paula Coimbra, no período de pré-filiação. No entanto, mesmo depois de se formarem lá os Estudantes Regulares, o irmão Hélio não deixou de emprestar-lhes sua experiência e apoio.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Ribeirão Preto-SP

Em 10 de fevereiro de 1973, os irmãos Hélio e Maria José foram àquela grande Cidade universitária, para visitar a Estudante Rosacruz Juraci Médici, Fizeram uma palestra e estimularam a formação de um Grupo. Ofereceram orientação e apoio, em constantes visitas. O irmão Alexandre Basílio Muccillo residia lá e ajudou o Dr. Hélio, prestigiando a irmã Juraci. Em abril de 1974 o Grupo se formou oficialmente e desenvolveu uma boa atividade, reunindo-se regularmente em estudos e práticas.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Rio Claro-SP

O Grupo de Estudantes Roscruzes que constituiu o Núcleo de Rio Claro, de há muito se interessavam pela Filosofia Rosacruz e a intervalos visitavam o Grupo de Piracicaba, para troca de informações e participar das reuniões. Com a transferência de residência para lá, do Probacionista Alexandre Basílio Muccillo, o Grupo se consolidou e definiu. Em 1974, uma carta do estudante Paulo José comunicou a formação do Grupo Rosacruz naquela cidade, na rua Seis, n.º 1446. O irmão Dr. Hélio os visitava também.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Uberaba-MG

Em fevereiro de 1973 os irmãos Hélio e Maria José visitaram pela primeira vez aquela cidade e, perante um grupo de pessoas interessadas na Filosofia Rosacruz, proferiu uma palestra e respondeu a muitas perguntas, oferecendo, ademais, literatura e orientação.

Há intervalos voltavam lá para novas palestras. O Grupo se ia definindo e os estudantes começaram a preparar-se. Em abril de 1974 aconteceu à formação oficial do Grupo Rosacruz, que continuava merecendo o apoio e visitas dos irmãos Hélio e Maria José.

Centro Rosacruz do Rio de Janeiro-RJ

Contávamos vários amigos e conhecidos, companheiros de estudos rosacrucianos, no Rio de Janeiro, desde a década 1940-1950, dentre eles a irmã Loiva Leiria Borba e Almte. Álvaro da Natividade Fidalgo.

Em São Luiz do Maranhão tínhamos igualmente o companheiro Juenal Nascimento do Araújo, que mantinha naquela Capital um grupo te estudos.

Quando o irmão Juvenal se transferiu para o Rio, imediatamente cogitou de lá formar um Centro Rosacruz. Isso foi em inícios de 1957.

Em 4 de maio de 1957 soube de nosso relacionamento com The Rosicrucian Fellowship e nos escreveu solicitando informes. Começou a refazer o Curso Preliminar juntamente com sua esposa, Dona Florise, uma cunhada e filha.

Em 8 de fevereiro de 1958 nos visitou para tratar da formação do Grupo de Estudos Rosacruzes.

Em 7 de junho de 1958 vai o irmão Milton José Ribeiro da Silva para visitá-los e instruí-los. Em 9 de outubro de 1958 se forma a Diretoria do Grupo Formal de Estudos Rosacruzes.

Depois disso, em franca atividade, visitaram-nos vezes seguidas, a que retribuímos confraternando nos com os membros daquele Grupo Formal de Estudos Rosacruzes.

O irmão Fidalgo nos visitou mis vezes em 1962, proferindo impressionantes palestras. Em 14 de março de 1962 foi com o irmão Edmundo a Campos do Jordão onde também falou.

Nos Congressos realizados no Rio de Janeiro em 1963 e 1965, em homenagem ao 98.º aniversário e centenário de nascimento de Max Heindel, a família Araújo nos hospedou amorosamente.

Em julho de 1964 aquele Grupo Formal de Estudos Rosacruzes foi elevado, de Grupo a Centro Titulado pela Sede Mundial. Ao mesmo tempo recebeu autorização para ministrar o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.

Em janeiro de 1967 fizemos lá uma, palestra, pelo irmão Edmundo.

Em abril de 1971 falece o irmão Fidalgo em acidente.

Em 2 dew agosto de 1978 o Centro sofre duro golpe com o passamento do irmão Juvenal Nascimento do Araújo. Sua viúva, irmã Florise, Probacionista fiel e dedicada, continua as atividades do Centro do Rio de Janeiro, ajudada pela irmã Loiva e pelo irmão Coelho, que se mudou do Maranhão para lá.

O Centro Rosacruz do Rio de Janeiro se destacou pelas atividades editoriais: irmã Loiva traduzindo; irmão Fidalgo traduzindo, proferindo conferências e prestando ajuda a “Serviço Rosacruz”; irmão Juvenal, empreendedor, idealista, com seus livros de poesia espiritualista, além de haver editado, com sacrifícios, as obras de Max Heindel: “Lúcifer, Tentador ou Benfeitor” (1961); “Véu do Destino” (1965); “Princípios Ocultos de Saúde e Cura” (1966). Prestaram inestimável ajuda na difusão da mensagem Rosacruz, em colaboração com a Comissão Tradutora e Editorial, da Sede Central.

Centro Rosacruz de Porto Alegre-RS

Dentre os companheiros de estudos rosacrucianos antigos, havia alguns na Capital gaúcha, dentre eles, Arauto Hugo da Costa e o irmão Dr. Benildo Leal de Moraes.

Em 4 de maio de 1957 o irmão Washington Soares da Rosa nos solicitou informações acerca do movimento que se formava, sob a égide de The Rosicrucian Fellowship.

Inauguração do Símbolo Rosacruz
Festa do Sétimo Aniversário
Festa do Sétimo Aniversário

Em 7 de março de 1959 o irmão Edmundo Teixeira visitou os Estudantes de lá, hospedando-se na casa do Irmão Washington e estimulando-o a aglutinar os interessados num Grupo de Estudos. Seguiram-se cartas.

Em abril de 1962 o irmão F. P. Preuss os visitou novamente. Em 19 de abril de 1962, lavrou a ata de fundação.

Nos inícios de março de 1963 recebemos e hospedamos o irmão Dr. Benildo Leal de Moraes.

No dia 15 de março de 1963 o irmão Edmundo foi presidir à consagração do emblema daquele Centro, fazendo duas palestras.

Em 17 de abril de 1963 o irmão Preuss proferiu conferência pública em Porto Alegre.

Em julho de 1964 aquele Centro foi autorizado pela Sede Mundial a ministrar o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.

Em 30 de agosto de 1964 e 1 de setembro de 1964, sempre hospedados pelo irmão Washington, a Sede Central de novo se fez representar pelo irmão Edmundo, lá proferindo duas palestras e visitando a irmã Loiva Leiria Borba, que buscava formar um grupo em São Leopoldo.

Entre 19 de abril de 1965 e 8 de maio de 1965 o irmão Preuss profere várias conferências públicas em Porto Alegre e nas sedes dos núcleos de estudos de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.

Em 2 de fevereiro de 1969 o irmão Dr. Hélio visitou o Centro de Porto Alegre.

Por correspondência ou através das visitas e conferências, aquele distante núcleo tem recebido da Sede Central constante assistência.

O Centro gaúcho se destacou através das atividades impressoras: o irmão Washington adquiriu uma impressora e prestou muitos serviços à causa, no Brasil e à Sede Mundial.

Atualmente, a nossa cara Irmã Da. Leonora Bender é quem está à frente do Centro de estudos, dando toda a sua assistência e colaboração.

Centro Rosacruz de Salvador-BA

Na capital baiana funcionou de há muitos anos um centro de estudos de Filosofia Rosacruz, orientado pelo Irmão Probacionista Vitorino Palomo, atingindo o seu apogeu em 1968, com enorme divulgação naquela capital, Com o falecimento desse dedicado Irmão em Fevereiro de 1976, paralisou-se momentaneamente o seu funcionamento. No entanto, o Irmão Probacionista Laurindo Francisco de Oliveira, transferindo residência de Santo André para lá, tomou contato com Da. Margarida, esposa do Irmão Palomo, merecendo-lhe a doação do mobiliário do antigo grupo e reiniciando sua atividade na Travessa General Labatut, 5 – Periperi.

Grupo de Estudos Rosacruzes de São Luiz-MA

Esse grupo tem sua estória estreitamente ligada à do Rio de Janeiro, porque nasceu da iniciativa e idealismo da Família Araújo.

Após a transferência de residência da família Araújo para o Rio de Janeiro, em 1957, ficou meio disperso. O irmão Juvenal, por cartas, buscava mantê-los unidos. Informou-lhes do Movimento Rosacruz Mundial e, em 2 de julho de 1968, após o preparo individual de alguns Estudantes, começaram a formar um núcleo nitidamente Rosacruz. Na falta de um Estudante Regular, diligenciaram iniciar o período de pré-filiação em agosto de 1964.

Finalmente, em agosto de 1965, já com irmãos credenciados junto à sede Mundial, constituíram o Grupo de Estudos Rosacruzes formal.

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Fontes:

  • Revista Serviço Rosacruz de 1962, de setembro de 1976 e de outubro de 1980 – Fraternidade Rosacruz – SP – São Paulo
  • Entrevistas com Estudantes Rosacruzes
  • Notas nos Versos dos originais das fotografias em papel
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Espírito Avançado: o realce e exemplo da importância da liberdade individual

Augusta Foss Heindel foi uma dessas raras pessoas, em cuja existência as coisas do Espírito ocuparam sempre um lugar preponderante.

Uniu-se a Max Heindel em 1910, cumprindo juntos, uma enobrecedora missão. Foi uma união de duas almas sensíveis ao sofrimento humano, e dispostas a laborar para atenuá-lo. Sua participação na fundação da Sede Mundial e em tudo o que foi empreendido, posteriormente, foi mais que decisiva.

Max Heindel e Augusta foram obrigados a assumir grandes responsabilidades, em face das dificuldades inerentes a uma Obra de caráter pioneiro. No início, como relatou o fundador da Fraternidade, parecia faltar-lhes fôlego e forças para prosseguirem. Mas, sem deixar-se abater, foram aos poucos acumulando experiências, que lhes permitiam, com segurança, assentar as bases da Escola Preparatória dos Rosacruzes.

Em 1919, após anos de grandes esforços, que lhe exauriram a própria saúde física, Max Heindel passava para o além. Augusta deu continuidade a sua Obra, revelando uma incomum capacidade de trabalho. Suas cartas, suas palestras, seus artigos publicados na Revista Rays from The Rose Cross constituíram uma semeadura de sabedoria.

Sintonizada com os mais elevados ideais dos Irmãos Maiores manteve-se inabalavelmente zelosa, no cumprimento das normas estabelecidas para a Fraternidade Rosacruz, de desempenhar o relevante papel Espiritual que lhe cabe no mundo.

Sabe-se que foi uma Iniciada na Ordem Rosacruz. Porém, jamais fez uso próprio dessa privilegiada condição. Jamais reivindicou honrarias ou posições de liderança. Suas mensagens procuravam sempre orientar e estimular o trabalho de equipe, onde as qualidades individuais pudessem se completar, e os esforços se somarem em torno de objetivos comuns. Sempre os fez com humilde simplicidade.

Augusta realçava e exemplificava a importância da liberdade individual, dentro do movimento a que se consagrou. Sempre fez ver como a Escola Rosacruz respeita essa prerrogativa, ao invés de impor seus princípios, quando muito indicando, sugerindo e mostrando alternativas. O exemplo maior quanto a esse comportamento, parte dos próprios Irmãos Maiores, que “nunca dão ordens, não censuram e nem elogiam”. Não fazem pelo Aspirante o que este pode e deve fazer por si mesmo. É mais sábio ensinar “alguém a plantar do que dar-lhe alimentos”, parafraseando um milenar provérbio chinês.

Após o passamento de seu querido esposo, Augusta, ainda por trinta anos, trabalhou incansavelmente em Mount Ecclesia, deixando em tudo a marca de seu coração amoroso.

Desencarnou em 1949, após infundir-se e consumir-se inteiramente nessa Obra, como o sal no alimento, deixando para sempre o sabor de sua iluminada colaboração.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1981 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Razões da Nossa Alma ter Veementes Anseios de Cristificação

A Alma é a quintessência dos três veículos inferiores e as experiências adquiridas por esses instrumentos nos seus aspectos de retidão no pensar e no agir. Essa quintessência é extraída pelo nosso Espírito. Uma das mais maravilhosas experiências da vida para a Alma é quando despertamos a grande verdade de expressar o Divino Interno, que é a verdadeira finalidade de nossa vida terrena, e para expressá-Lo é necessário cultivarmos a ação que é o alimento para o crescimento da Alma.

Vemos, pois, que a Alma se atrofia quando deixamos de alimentá-la, e que as ações bondosas, pensamentos de amor e serviço aos outros são o alimento para o crescimento dela. A ação tem três principais campos de operação, ainda que ela derivasse seu poder do Espírito por raios de energia. A ação no plano mental é o pensamento, a ação na natureza emocional é o sentimento, a emoção, a paixão e o desejo, a ação na natureza física é movimento com o propósito de alcançar todas as relações da vida. O propósito de cada ato, seja mental, emocional ou físico, é induzido pelos pares de opostos como o Amor e o ódio, Altruísmo e egoísmo, generosidade e avareza, atividade e indolência, etc., e seu fruto é incorporado na alma, como consciência, que nos avisa em tempo de tentação ou nos provê do dinamismo para tudo quanta é Bom, Reto e Altruísta.

O amor é a base do ensinamento do Cristo. E é o que devemos utilizar para construir e evoluir a nossa Alma, que é Tríplice em sua manifestação.

Podemos resumir a cristificação como sendo a transmutação de todas as tendências egoístas que são absorvidas pela sublime natureza espiritual inerente no Espírito Virginal.

Para nos cristificar temos que aprender, de fato, a amar a Deus. Temos que ter a consciência de que a culpa dos nossos males e também a glória dos nossos benefícios é inteiramente nossa; que somos responsáveis pelas nossas ações e que não escapamos à reação delas; que os nossos destinos são feitos pelas nossas ações e que, tal como fizermos, semearmos, assim havemos de colher; que a morte não destrói o Corpo, mas apenas nos separa dele e muda as nossas condições, proporcionando-nos meios de regeneração, para nos fazermos cada vez mais justos e perfeitos, de vida em vida. Morrendo na Terra vamos renascer no Mundo espiritual ou celeste, pois nessa altura já somos só Espírito.

E, enquanto estivermos aqui, colocar muito mais ênfase no que somos do que no que temos, renunciando, voluntariamente a tudo isso que achamos que temos!

A passagem bíblica que nos auxilia aqui: “Grandes multidões o acompanhavam. Cristo Jesus voltou-se e disse-lhes: ‘Se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo’”.

Quem de vós, com efeito, querendo construir uma torre, primeiro não se senta para calcular as despesas e ponderar se tem com que terminar? Não aconteça que, tendo colocado o alicerce e não sendo capaz de acabar, todos os que virem comecem a caçoar dele, dizendo: Esse homem começou a construir e não pôde acabar!’ Ou ainda, qual o rei que, partindo para guerrear com um outro rei, primeiro não se senta para examinar se, com dez mil homens, poderá confrontar-se com aquele que vem contra ele com vinte mil? Do contrário, enquanto o outro ainda está longe, envia uma embaixada para perguntar as condições de paz. Igualmente, portanto, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo. Não se tomar insosso — O sal, de fato, é bom. Porém, se até o sal se tornar insosso, com que se há de temperar? Não presta para a terra, nem é útil para estrume: jogam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!.”  (Lc 14:25-35)

 Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Iniciação Cristã Mística

Além do Método Rosacruz de Iniciação, adequado para aqueles que trilham o caminho por meio da luz da razão, há também o caminho para os que seguem pelo coração, somente. Embora haja grandes vantagens no conhecimento e no deliberado processo consciente da Iniciação Rosacruz, a Iniciação Cristã Mística é tocante e bela. Somente aqueles que estejam livres do domínio do intelecto e que possam se abster de fazer perguntas e tudo receber com uma fé simples e infantil podem seguir por esse caminho.

A Bíblia inteira é um livro que contém diferentes sistemas de Iniciação e iluminação para diferentes fases de desenvolvimento. Não há dúvidas de que Cristo-Jesus viveu e passou pelas experiências descritas nos quatro Evangelhos, mas também é verdade que esses Evangelhos são fórmulas de Iniciação e que o Cristão Místico segue a Cristo-Jesus nesse caminho, embora esteja sempre inconsciente de estar realizando um desenvolvimento oculto. Para um Iniciado, as fundações estabelecidas em vidas anteriores o fazem voltar ao mundo por meio de pais de natureza pura. Assim, o seu corpo é concebido imaculadamente.

Quando a humanidade emergiu das águas atlantes, perdeu o espírito do amor e da fraternidade, tornando-se egoísta e centrada em si mesma. O espírito do amor e da fraternidade universal desce renovado sobre o Cristão Místico, quando ele passa sob as águas do Batismo e sente o pulsar do grande Coração de Deus batendo em seu íntimo.

O egoísmo estendeu um véu entre o ser humano e Deus. Quando restaurado, o amor ilumina o caminho em direção aos lugares secretos. No Monte da Transfiguração, o Cristão Místico vê a continuidade da vida por meio do renascimento em sucessivos corpos. Moisés, Elias e João Batista são expressões do mesmo espírito imortal.

As formas são usadas como degraus para a vida em evolução. O mineral é desorganizado para nutrir as plantas. Portanto, as plantas têm assim um débito de gratidão para com o mineral. As plantas são destruídas para alimentarem o animal e o ser humano, daí sermos gratos a elas. Como o inferior serve o superior, deve haver um retorno. Para restabelecer o equilíbrio, os seres superiores devem servir aos inferiores como instrutores. Para inculcar a lição de que os alunos devem pleitear o seu serviço, o Cristão Místico lava os pés do seu discípulo. Para ele, nada é insignificante. Se uma tarefa desagradável deve ser realizada, ele a realiza com todo o empenho para poupar os outros.

Contudo, embora ele sirva aos outros alegremente, deve aprender a suportar a sua carga sozinho. Quando ele passa pelo Getsemani, até aqueles que lhe são mais próximos dormem. Quando cai no ostracismo e é condenado pelo mundo, eles também o negam. Portanto, ele é ensinado a não olhar para alguém, mas a confiar apenas nele, o Ego, o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado.

Ele, então, percebe que é um Espírito e os seus corpos é uma cruz que deve pacientemente suportar. Os vórtices desenvolvidos por seus atos espirituais e exercícios, de forma lenta, mas segura, separam o seu Corpo Vital do Denso e o crucificado eleva-se às esferas superiores com o grito de alegria: Consummatum est! (Está consumado). Ele é, então, um cidadão dos Mundos visível e invisíveis, tanto quanto um Aspirante à vida superior que trilha o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz da realização, pois ambas as escolas se encontram na Cruz.

(Por Max Heindel – Publicado em Echoes from Mount Ecclesia – agosto/1913 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Prática da Eutanásia

A questão surge, às vezes, sobre a justificativa de aliviar a vida de um indivíduo que implora se livrar de um corpo que o torna incapaz de receber a menor autoajuda.

Do ponto de vista de uma única vida terrestre, os argumentos a seu favor podem parecer completamente plausíveis.

Mas à luz do renascimento e da lei de Consequência, este é um erro que não pode ser tolerado.

Não resolveria nenhum problema.

O Ego deve nascer novamente e mais uma vez em um Corpo igualmente impotente até que as ações de transgressões passadas tenham sido aprendidas.

Este não é o edito arbitrário de uma Deidade vingativa; é o trabalho inexorável da Lei da Justiça eterna.

É o caminho do progresso. “Não vos iludais; de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso colherá” (Gl 6:7).

Evita-se falar em “eutanásia” pela ressonância afetiva que a palavra produz, inseparável de um período histórico recente, quando foi praticada em nome de alegados interesses de Estado e de raça.

Opta-se, assim, por designações como “direito de morrer com dignidade” e outras idênticas.

Parece, porém, que essa mudança terminológica deveria estar associada à valorização do morrer e às implicações sociais e humanas que consideramos necessário estarem ligadas a esse instante, já que “morrer com dignidade” é aceitar a morte natural, sem dores e com o conforto da presença de entes queridos.

A fase terminal da vida não é um período destituído de sentido ou de conteúdo, nem tampouco o “fim definitivo da condição peregrina da pessoa”.

É, antes, um pequeno segmento da espiral evolutiva do espírito e a preparação para nova aprendizagem no Mundo Físico. Todas as nossas atitudes futuras estarão, por esta razão, intimamente ligada às experiências anteriores, desde que essas não nos sejam roubadas.

Morte roubada” será, então, aquela que é ministrada sem o conhecimento do doente, mas também a que é provocada a pedido do mesmo e racionalmente decidida.

O preconceito que deve ser vencido é o que nega a existência de um propósito na vida humana e que sustenta que ela é destituída de sentido — ou, pelo menos, de um sentido “suficiente” — sempre que não se identifique com a felicidade e o bem-estar. É, ainda, o que entende que o processo da morte não possui valor para o espírito.

Na Idade Média, a fase terminal da vida se revestia de um importante carácter social.

Assumia-se publicamente essa experiência e se reivindicava o direito à “boa morte” quando “chegasse a hora”.

Essa “boa morte” ocorria quando se tinham cumprido todos os aspectos preparativos, executados em plena força da vida, e se tinham os assuntos pessoais em ordem, como: testamento feito, meditação sobre o essencial e o acessório e acompanhamento da família e amigos.

A preocupação em se evitar a “morte súbita” era grande, não apenas por razões de natureza cultural ou a conceitos biológicos. Nem mesmo a perspectiva religiosa — assente na fé, na esperança e no amor divino — eliminava o instinto natural da preservação e o temor por esse momento da verdade.

A ênfase colocada nessa hora especial deverá antes se atribuir à percepção de ela estar relacionada com o momento definido pela trama de duas séries de situações determinantes da existência que se relaciona com:

1ª o “programa” trazido do berço;

2ª o ambiente e das situações vividas desde o nascimento.

Assim sendo, o conceito da “boa morte” não se confunde com o da “morte-martírio” nem com o da morte escolhida (suicídio, eutanásia): é, antes, um momento que se aceita e não se escolhe!

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Panaceia Espiritual: remédio para todos os males

Todo trabalho de Cura é dado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz por meio dos Auxiliares Invisíveis os quais são instruídos por Eles. Esse serviço amoroso e desinteressado está de acordo com o mandamento de Cristo: “Pregar o Evangelho e Curar os Enfermos”.

Da mesma maneira que a vida do Cristo, no Gólgota, ao irromper na Terra, começou a dissipar a crosta do temor criado pela lei inexorável que caía como um manto sobre ela, lançando, consequentemente, milhões de seres humanos no caminho da paz e da boa vontade, assim também, quando se aplica a Panaceia Espiritual, a vida do Cristo, nela concentrada, irrompe através do corpo do paciente e infunde em cada célula a vida e o ritmo que desperta o Ego aprisionado.

Nos dias atuais, a ciência médica já comprovou que os estados emocionais têm influência significativa sobre a saúde física do paciente. O medo, as preocupações e o estresse podem interferir nos processos metabólicos do organismo humano. Muitas vezes se associa a má digestão com a comida, porém o problema está em se alimentar sob pressão emocional.

Acabamos por não mastigar devidamente o alimento e sobrecarregamos nosso organismo com um trabalho forçado para atender as suas necessidades internas e consequentemente, transformamos esses alimentos em componentes danosos para nosso corpo.

Não é a quantidade de alimento que ingerimos que nos proporcionará saúde, mas a combinação, a qualidade e a mastigação deles. Todo mau aspecto emocional está em desacordo com o funcionamento do nosso Corpo de Desejos, o veículo que nos impulsiona à ação.

No livro “A Teia do Destino” lemos: “A preocupação é um estado no qual as correntes de desejo não se movem em grandes linhas curvas em parte alguma do Corpo de Desejos, senão que o veículo fica cheio de redemoinhos. A pessoa assim afetada não se esforça em reagir, vê calamidades que não existem e, ao invés de gerar correntes que levem à ação e que possam evitar o que ela teme, cada pensamento inquietante produz um redemoinho no Corpo de Desejos e, consequentemente, ela não faz nada.

Esse estado de preocupação no Corpo de Desejos pode ser comparado à água que está próxima do congelamento sob uma temperatura baixa.

O medo que se expressa como ceticismo, cinismo e pessimismo, pode ser comparado a essa mesma água quando congelada, pois o Corpo de Desejos dessas pessoas está quase sem movimento e nada do que se possa dizer ou fazer terá poder de alterar essa condição”. Podemos concluir que do ponto de vista físico e oculto o controle emocional é importantíssimo para a saúde. Sem o cultivo do equilíbrio não podemos alcançar “a paz que ultrapassa todo o entendimento” que é tão importante para a saúde física como para o progresso espiritual. A panaceia espiritual é um remédio para todos os males, sejam físicos, psicológicos ou espirituais.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como trabalhar com as Nossas Casas Horoscópicas

Vamos ver, de forma sucinta, o modo como os Astros influem em nossa vida através das doze Casas.

Suponha o leitor que está passeando em seu automóvel, beirando a costa, a mais ou menos um ou dois quilômetros do mar. Uma suave brisa vem do lado do oceano e ao passar por você, traz-lhe nas asas invisíveis mensagens dessa terra que você cruza, provocando em seu íntimo uma impressão agradável ou desagradável. Por exemplo, ao cruzar uma planície verdejante, de pastagem, você se deleita com o aroma agradável de grama recém-cortada. Mas, digamos que um pouco além você passe por um lugar cheio de jasmim e sinta náuseas com o seu odor penetrante e enjoativo.  Suponha, ainda, que mais adiante você fique realmente enfermo, pelo efeito de nauseabundas e pestilentas emanações de um pântano próximo, mas que minutos mais tarde recupere a saúde, o bom humor e a disposição, ao penetrar num bosque e encher os pulmões com o perfume saudável e balsâmico dos pinheirais.

Durante sua peregrinação do berço ao túmulo, você leva na atmosfera áurica que lhe rodeia e envolve o corpo, as chamadas doze Casas. Elas estão gravadas, impregnadas em sua atmosfera, como estão na atmosfera que envolve a nossa Terra, acompanhando-o em sua órbita através do espaço sideral. Cada Casa reflete uma parte de sua vida; cada uma delas contém algumas das lições que você deve aprender nesta vida. Através de seus atos, e segundo as reações que você tenha – face a tais experiências – provará se aprendeu ou não essas lições; se assumiu e compreendeu ou deverá receber nova “explicação” do destino.

Chegando o momento próprio, marcado pelas configurações astrológicas, conforme os ângulos que vão se formando em seu movimento, você colherá, por intermédio da Casa correspondente, o que semeou nesse departamento em vidas anteriores. Para isso é necessário que você compreenda que cada Casa se refere a um departamento de sua vida: a primeira Casa diz respeito ao seu aspecto físico, natureza corporal e Personalidade. A segunda Casa se refere às finanças e, de modo geral, à sua conduta no dar e receber. A terceira Casa fala do que você já fez no uso de sua Mente inferior, no trato com os irmãos e vizinhos e como foram suas pequenas viagens. A quarta Casa o que foi sua conduta anterior no lar e relacionamento com sua mãe. A quinta Casa diz como você usou sua capacidade de transmitir o que sabe; o modo como tratou os seus filhos do passado e seus ideais, que são os filhos de sua alma. A sexta Casa mostra como se conduziu no trato com empregados e patrões; nos empregos, bem como, da forma como cuidou de sua saúde. A sétima Casa expressa o modo como você se portou no relacionamento com os cônjuges, no passado, e com os sócios. A oitava Casa exprime experiências com legados, heranças; mostra se você tem ou não capacidade de reformar sua vida e reconstruí-la em bases mais racionais. A nona Casa revela o que você já desenvolveu em assuntos de especulação filosófica no exercício da Mente superior; como foram suas grandes viagens; desenvolveu-se ou não o idealismo, a religiosidade. A décima Casa mostra como foi conduta nos meios sociais em que viveu; o modo como se relacionou com seus concidadãos e com seu pai. A décima primeira Casa fala de seu relacionamento anterior com amigos e movimentos idealistas. A décima segunda Casa fala de confinamentos, de restrições de toda ordem, duradouros e imutáveis por ora. Todas as Casas mostram, pois, segundo seus atos em vidas anteriores, o modo como você encara esses diversos assuntos e o que lhe cabe aprenderem para ter uma noção mais correta de tais departamentos da vida.

Vamos a um exemplo: digamos que sua décima primeira Casa, no horóscopo levantado ao seu nascimento, apresente Aspectos adversos (Quadraturas, Oposições e algumas Conjunções). Neste caso estão indicadas nesta vida, para você, algumas experiências desagradáveis com amigos, não por falta de sorte sua, mas porque havendo você plantado uma forma errônea de relacionamento em vidas passadas, terá de aprender agora, por experiência própria, por meio de consequências justas e correspondentes às causas postas em ação, que essa forma de agir não está certa. Se for assim, examine e analise bem seu horóscopo, pois ele lhe revela os segredos de sua atmosfera áurica, o arquivo de seu passado. Você concebe as amizades e encara seus amigos, segundo a lente de sua décima primeira Casa. E cada um de seus amigos também, por suas décimas primeiras Casas. E a raiz talvez esteja no desejo de você procurar algum proveito nos amigos, julgando que os bons amigos sãos que lhe servem às conveniências, em vez de buscar sentir por eles afeição sincera e desinteressada, como verdadeiro amigo.

Sobre o significado das Casas, devemos nos ater, ainda, para o seguinte: elas também regem partes determinadas de nosso Corpo Denso, cujo bem-estar e normalidade dependem, por reflexo, anormalidade dos aspectos morais e mentais. Eis porque, do ponto de vista Rosacruz, a saúde, em seu amplo sentido, deve abranger toda a instrumentação do complexo ser humano: a parte física e a parte espiritual.

De todo modo, a conclusão inevitável e lógica é que, usando bem nossa razão e domínio próprio, poderemos evitar sermos o inconveniente jasmim e, muito menos, o pestilento e prejudicial pântano para as pessoas com quem convivemos, tratando de nos converter em autênticos seres fraternais, como o puro odor da relva recém-cortada e, mais ainda, se possível, no benfeitor odor dos pinheiros, cuja presença anima, eleva, purifica, ergue, causa bem-estar e é por todos desejado.

Essa é a forma de libertarmos as diversas aflições de nossas Casas horoscópicas, transmutando-as em benéficas, mudando-as em “azuis” para um mundo melhor, que depende de todos. E essa transformação, em contraste com a triste condição do ser humano sofredor e transgressor, corresponde, no mito grego, às duas fases do ser humano interno: Prometeu e Hércules, sendo este o grande herói que realizou os doze trabalhos propostos (transmutação das doze Casas).

(Publicado na Revista Serviço de fevereiro/1968 da Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Tabernáculo no Deserto – Antigo Templo de Mistérios Atlante – Vista Externa

A figura mostra as partes externas do Tabernáculo no Deserto: Altar dos Sacrifícios, o Lavabo de Bronze, a Sala Oriental e a Sala Ocidental

O Pai nos fala na linguagem simbólica que ao mesmo tempo encobre e revela as verdades espirituais que devemos entender antes de voltarmos a Ele.

O Tabernáculo no Deserto foi dado para que pudéssemos encontrar Deus quando nos qualificássemos pelo serviço e tivessem subjugado a natureza inferior pelo “eu superior”.

Foi a nossa primeira igreja, quando o “caminho de volta para Deus” tinha que ser começado a ser trilhado por nós (fim da Involução e início da Evolução).

Lemos na Bíblia a história de como Noé e o remanescente de seu povo foram salvos com ele do dilúvio e formaram o núcleo da humanidade da Época do Arco-Íris, na qual vivemos agora. Lá, também, afirma que Moisés conduziu seu povo para fora do Egito, a terra do touro, do Signo de Touro, através das águas que tragaram seus inimigos. Levou-o, a salvo, liberto, como o povo escolhido para adorar o Cordeiro, do Signo de Áries, em cujo signo o Sol entrara por Precessão dos Equinócios. Essas duas narrativas se referem a um mesmo incidente, conhecido como o surgimento da humanidade infantil do continente perdido da Atlântida, atual Era dos ciclos alternantes, onde verão e inverno, dia e noite, fluxo e refluxo, se sucedem ininterruptamente. Como a humanidade havia acabado de ser contemplada com a Mente, começou a notar a perda da visão espiritual que possuía até então, e desenvolveu um anseio pelo Mundo espiritual e por seus guias divinos, sentimento que permanece até os dias de hoje, pois a humanidade nunca deixou de lamentar a perda deles. Portanto, o antigo Templo de Mistérios Atlante, o Tabernáculo no Deserto, foi providenciado aos seres humanos para que pudessem encontrar o Senhor, quando se qualificassem pelo serviço e pela subjugação da natureza inferior pelo “Eu Superior”. Projetado por Jeová, era a personificação das grandes verdades cósmicas ocultas por um véu de simbolismo, o qual falava ao “Eu interno” ou “Eu Superior”. Em primeiro lugar, é digno de nota que esse Tabernáculo, divinamente projetado, foi dado a um povo escolhido, que deveria construí-lo a partir de ofertas voluntárias, doadas do fundo dos seus corações. Eis aqui uma lição bem específica, pois o modelo divino do caminho para o progresso nunca é fornecido a alguém que não tenha feito, primeiro, uma aliança com Deus, em que assume o compromisso de servi-Lo, disposto a Lhe ofertar o sangue de seu coração em uma vida de serviço altruísta.

O próximo ponto que exige nossa atenção prévia é a localização do templo em relação aos pontos cardeais, e verificamos que ele foi colocado na direção do leste para o oeste. Assim, vemos que o caminho do progresso espiritual é do leste para o oeste. O Aspirante entrava pela porta leste e seguia o caminho que passava pelo Altar dos Sacrifícios, pelo Altar de Bronze e pelo Lugar Santo, na parte mais ocidental do Tabernáculo, onde estava localizada a Arca, o maior de todos os símbolos, no Santo dos Santos.

A natureza ambulante desse Tabernáculo no Deserto é, portanto, uma excelente representação simbólica da natureza migratória do ser humano, um eterno peregrino, passando sempre dos limites do tempo à eternidade e vice-versa. À medida que um Planeta gira em sua jornada cíclica ao redor do Sol principal, o ser humano, o pequeno mundo ou o microcosmo, viaja numa dança cíclica ao redor de Deus, que é a fonte e a meta de todos.

O grande cuidado e atenção aos detalhes relativos à construção do Tabernáculo no Deserto mostra que algo muito mais elevado do que os nossos sentidos podiam alcançar foi planejado em sua construção. Em sua mostra terrena e material foi projetada uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções ao candidato à Iniciação; e essa reflexão não deveria nos estimular a procurar uma ligação mais íntima e familiar com esse antigo santuário? Certamente ele nos exorta a considerar todas as partes do seu plano com a devida, cuidadosa e reverente atenção, recordando a cada passo, a origem divina de tudo isso e, humildemente, almejar penetrar através das sombras dos serviços terrenos, nas sublimes e gloriosas realidades que, de acordo com a sabedoria do espírito, ele descortina para nossa contemplação solene.

Para que possamos ter uma concepção correta desse lugar sagrado, devemos considerar o próprio Tabernáculo, seu mobiliário e seu átrio, que veremos nas próximas figuras.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Algumas Correlações do Signo de Sagitário

SIGNO: Sagitário, o centauro

QUALIDADE: Comum; ou consciência dirigida maravilhosa e experimentalmente para o entendimento e integração de novas experiências e conceitos.

ELEMENTO: Fogo, ou uma orientação aspirada e entusiástica da consciência. Entre outras coisas, o elemento fogo corresponde aos Éteres, o Corpo Vital e o Espírito.

NATUREZA ESSENCIAL: Inspiração

ANALOGIA FÍSICA: umidade

ASTRO REGENTE: Júpiter é o seu Regente, porque ele é capaz de expressar sua função livremente quando está em Sagitário. Júpiter representa o meio para expressar o regozijo, a gratidão e o otimismo, para experimentar o conhecimento do bem em todas as coisas e para se esforçar para uma fé maior em alguma coisa além de si mesmo.

CASA CORRESPONDENTE: a 9ª Casa e representa o desejo para expandir o horizonte de consciência.

ANATOMIA ESOTÉRICA: representa o Espírito Divino.

ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: costelas, coxa, nervos ciáticos, artérias e veias ilíacas, fêmur, sacro e cóccix. Geral: artérias, tecido adiposo e as vísceras.

FISIOLOGIA: Júpiter governa os seguintes processos fisiológicos: pressão do sangue, circulação arterial (note como a qualidade de Júpiter de expansão é refletida na expansão do sangue no coração, no centro do corpo, para todas as outras partes do corpo); funções das adrenais e do fígado, formação de tumor e inchação.

TABERNÁCULO NO DESERTO: Sagitário corresponde a Glória de Shekinah, que brilhava sobre o Propiciatório na parte mais ocidental do Salão Oeste. A Glória de Shekinah foi a mais alta manifestação da presença de Deus no ser humano nos tempos Atlantes. Somente ao Sumo Sacerdote era permitido entrar no Salão Oeste e permanecer nessa Presença, e somente uma vez ao ano. Para nós, isso corresponde ao Espírito Divino, que encontra seu assento na raiz do nariz. Não há nenhum modo de penetrar nesse lugar, nem o maior dos clarividentes existentes consegue penetrar nesse ponto, nem do ser humano menos evoluído. Somente o próprio Espírito pode penetrar nesse ponto, que é o Sumo Sacerdote do seu próprio Tabernáculo (seu corpo e seu ser). Sagitário é o Signo do idealismo e da aspiração e representa o constante esforço do Ego para alcançar seu objetivo espiritual, da mesma forma que os Semitas Originais se esforçaram para alcançar os ideais dados a eles por Jeová, através do Sumo Sacerdote. Esse Signo mostra incessante, a aspiração vibrante do Deus interno para alcançar a perfeição e a total consciência. De fato, esse fogo espiritual interno é inextinguível, e independente se você ignora-o, nega-o ou extingui-o, mais cedo ou mais tarde ele se manifesta e o dirige para aquela realização. Quanto mais você resiste em trabalhar com ele, maior dor você experimentará.

MITOLOGIA GREGA: Júpiter era conhecido na mitologia grega como Zeus, o deus dos deuses do Olimpo, simbolizando o mais alto princípio espiritual do ser humano – o Espírito Divino. Zeus depositou seus favores generosamente naqueles que encontraram sua aprovação e, esses eram normalmente aqueles que eram fortes e poderosos nas batalhas e que se esforçaram para proteger os fracos e defender os princípios. Por outro lado, ele poderia, às vezes, ser mais inconsistentes em seu comportamento, voltar-se para os favorecimentos pessoais, ao invés de permanecer imparcial ou induzir suas paixões através de métodos desleais. Sagitariano é meio homem, meio animal. Isso simboliza que o ser humano deve se elevar acima de sua natureza inferior.

CRISTIANIDADE CÓSMICA: Quando o Sol passa por Sagitário o Espírito de Cristo trabalha para despertar no ser humano o mais alto dos seus princípios espirituais. Esse é o tempo do “espírito natalino” quando, mais que em qualquer outro tempo de ano, as pessoas se esforçam  para serem amigas, hospitaleiras, caridosas e prontas para ajudar aos outros. Elas se tornam menos egoístas e mais interessadas no bem estar dos outros.

(traduzido da Revista: Rays from the Rose Cross – novembro/1976 e 1977 pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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