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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

Os Arquétipos são criados por forças arquetípicas que trabalham nas quatro Regiões inferiores do Mundo do Pensamento Concreto.

Arquétipos vivem, movem-se e criam, como a qualquer coisa mecânica feita pelo ser humano – mas sem racionalidade.

Quando o Arquétipo é construído e colocado em vibração, e enquanto a forma continuar vibrando, a vida é sustentada.

Quando o Arquétipo cessa de vibrar, a forma se desintegra.

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Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

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ARQUÉTIPOS

 Dos Escritos de

Max Heindel

Fraternidade Rosacruz

 Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido e Revisado de acordo com:

1ª Edição em Inglês, 1950, Archetypes, editada por The Rosicrucian Fellowship

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

SUMÁRIO

PREÂMBULO.. 3

INTRODUÇÃO.. 4

A PERMANÊNCIA DO ARQUÉTIPO.. 6

EFEITOS NO ARQUÉTIPO.. 8

FORMAÇÃO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO RENASCEMOS AQUI. 10

ALTERAÇÕES NOS ARQUÉTIPOS. 12

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS DOS NOSSOS CORPOS. 15

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS A PARTIR DA VINDA DE CRISTO.. 19

SITUAÇÕES DOS ARQUÉTIPOS DE ALGUMAS CLASSES DE PESSOAS. 23

ONDE SE ENCONTRAM OS ARQUÉTIPOS. 25

OS ARCHE TEKTON.. 30

AS FORÇAS ARQUETÍPICAS. 33

O ENVOLVIMENTO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO MORREMOS E QUANDO ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA RENASCER.. 34

                                                      

A PERMANÊNCIA DO ARQUÉTIPO

Não há palavras adequadas para exprimir o que o Espírito sente quando se encontra diante dessa presença, muito acima deste Mundo, onde o véu da carne esconde as realidades vivas debaixo de uma máscara; e muito além do Mundo do Desejo e da ilusão, onde formas fantásticas e ilusórias nos levam a acreditar que elas são algo muito diferentes do que são na realidade. Somente na Região do Pensamento Concreto, onde os Arquétipos de todas as coisas se unem no grande coro celestial, ao qual Pitágoras referiu-se como a “harmonia das esferas”, é que nós encontramos a verdade revelada em toda a sua beleza.  

(Do Livro: Capítulo XII – Do Livro Mistérios das Grandes Óperas-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Se não nos aplicarmos ao trabalho da vida, ou se nós persistentemente seguirmos um caminho que é subversivo ao crescimento da alma, nossa vida destruirá o Arquétipo. O renascimento em um ambiente alterado, então, nos dará a chance de recuperar as oportunidades que foram negligenciadas. Por outro lado, quando vivemos em harmonia com o plano da vida inscrito no Arquétipo de nosso Corpo Denso, há uma consonância construtiva em suas vibrações que prolonga a vida do Arquétipo e, consequentemente, também a vida do Corpo Denso.

Quando percebemos que a nossa vida na Terra é o tempo de semear, e que o valor de nossa existência post-mortem está em relação direta ao incremento que ganhamos em nossos talentos, será imediatamente evidente como sumamente importante que nossas faculdades devem ser utilizadas na direção correta. Embora esta lei se aplique a toda Humanidade, é insuperavelmente vital para as almas aspirantes, pois quando nós trabalhamos para o BEM com toda a nossa força e poder e a cada ano a mais vivido incrementa enormemente nosso tesouro celestial. A cada ano a mais vivido ganhamos maior eficácia no progresso da alma, e os frutos alcançados nos últimos anos podem, facilmente, superar os adquiridos na primeira parte da vida.

(Carta nº 33 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

EFEITOS NO ARQUÉTIPO

Os objetos no Mundo Físico ocultam sempre suas construções ou naturezas internas; nós vemos somente a superfície. No Mundo do Desejo vemos os objetos fora e dentro de nós mesmos, mas eles nada nos dizem deles mesmos, nem da vida que os anima. Na Região Arquetípica[1] parece não haver circunferência, mas, para onde quer que dirijamos nossa atenção, ali está o centro de tudo, e a nossa consciência, instantaneamente, se enche do conhecimento em relação ao ser ou à coisa que estivermos olhando. É mais fácil gravar num fonógrafo[2] o tom que nos chega do céu, do que mencionar as experiências que passamos naquele reino, pois não há palavras adequadas para expressá-las; tudo o que podemos fazer é tentar vivê-las.

(Carta nº 40 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

De acordo com isso, nós devemos perceber que cada ato de cada ser humano produz um efeito direto nos Arquétipos do corpo. Se o ato está em harmonia com a lei da vida e da evolução, fortalece o Arquétipo e possibilita um prolongamento da vida, na qual o indivíduo alcançará o máximo de experiência e obterá um crescimento anímico proporcional, de acordo com seu estado evolutivo e sua capacidade de aprendizagem. Deste modo, menos encarnações serão necessárias para ele chegar à perfeição comparado com um outro que desperdiça a corrente vital e tudo faz para escapar de seu destino ou com outro, ainda, que aplica sua força destrutivamente. Neste caso, o Arquétipo esgota-se e romper cedo. Aqueles, cujos atos são contrários à lei, encurtam as suas vidas e têm que renascer mais vezes que as pessoas que vivem em harmonia com a lei. Este é outro exemplo de que a Bíblia é exata quando nos exorta a fazer o bem para que possamos ter uma vida mais longa aqui.

Esta lei é aplicada a todos sem exceção, mas tem maior significado na vida dos que estão trabalhando, conscientemente, com a lei da evolução do que aqueles que não o fazem. O conhecimento destes fatos deve aumentar dez ou cem vezes o nosso zelo e interesse pelo bem. Mesmo que comecemos, como se costuma dizer, “tarde na vida” podemos facilmente acumular um “tesouro” maior nos últimos anos do que o obtivemos em algumas vidas anteriores. Acima de tudo, nós estamos conquistando a admissão para um começo mais cedo nas próximas vidas.

(Carta nº 96 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

FORMAÇÃO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO RENASCEMOS AQUI

No momento em que o Ego está vindo para renascer, ele forma o Arquétipo criador de sua forma física no Segundo Céu com a ajuda das Hierarquias Criadoras. Esse Arquétipo é uma coisa sonora, vibrante, que é posta em vibração pelo Ego, com uma certa força que é proporcional à duração do tempo a ser vivido na Terra, e até que o Arquétipo cesse de vibrar, a forma, que é construída dos elementos químicos da Terra, continuará a existir.

Quando o Ego está descendo para o renascimento, ele desce através do Segundo Céu. Lá será ajudado pelas Hierarquias Criadoras na construção do Arquétipo do seu próximo Corpo Denso, e instila nesse Arquétipo uma vida que durará certo número de anos. Esses Arquétipos são espaços ocos e eles têm um som ou movimento vibratório que atrai o material do Mundo Físico e coloca todos os átomos no Corpo para vibrar em sintonia com um pequeno átomo que está no coração, chamado de Átomo-semente, que como um diapasão dá uma afinação a todo o resto do material do corpo. No momento em que a plena vida seja vivida na Terra, as vibrações no Arquétipo cessam e o Átomo-semente é retirado, o Corpo Denso se decompõe e o Corpo de Desejos, no qual o Ego vai funcionar no Purgatório e Primeiro Céu, assume a forma do Corpo Denso. Então, o ser humano começa seu trabalho de expiar seus maus hábitos e atos no Purgatório, assimilando o que é bom de sua vida no Primeiro Céu.

Os parágrafos anteriores descrevem as condições normais, quando o curso da Natureza não é perturbado, mas o caso do suicídio é diferente. Nesse o ser humano tirou o Átomo-semente, mas o Arquétipo oco ou vazio, ainda continua vibrando. Ele se sente como se estivesse vazio e experimenta um sentimento corroendo por dentro que pode ser comparado às dores de uma fome intensa. O material para construção de um Corpo Denso está ao seu redor, mas tendo em vista que não possui o medidor do Átomo-semente, é impossível para ele assimilar essa matéria e construí-la num Corpo. Esse terrível sentimento de vazio dura o tempo que deveria durar sua última vida terrestre.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 47-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A Lei de Causa e Efeito é o árbitro que determinará como a vida deve ser vivida, e como algumas oportunidades de crescimento espiritual serão colocadas diante do Ego em vários momentos de sua vida terrestre. Se essas oportunidades forem aproveitadas, a vida continuará pelo caminho reto, mas se for ao contrário, será divergida, por assim dizer, para um beco sem saída, onde a vida será findada pelas Hierarquias Criadoras, que destruirão o Arquétipo no Mundo celestial. Assim podemos dizer que a duração de uma vida terrena poderá ser abreviada se negligenciarmos as oportunidades. Há também a possibilidade, no caso de algumas pessoas, quando a vida foi vivida intensamente, e onde a pessoa se esforçou de todas as maneiras para viver de acordo com as oportunidades dadas, de adicionar mais vida no Arquétipo e, assim a existência poderá ser prolongada, mas como foi dito, somente em casos excepcionais.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 47 – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

ALTERAÇÕES NOS ARQUÉTIPOS

O ser humano, devido à sua natureza divina, é o único ser que possui a prerrogativa de desordenar o esquema do seu desenvolvimento e da mesma forma que pode pôr fim à sua vida usando a própria vontade, assim também, pode pôr um fim à vida do seu próximo antes que o tempo dele tenha findado. O sofrimento do suicida seria também o sofrimento das vítimas do assassinato, pois o Arquétipo do seu corpo estaria juntando material que lhe seja impossível assimilar. Mas, no seu caso, a intervenção de outras entidades impede esse sofrimento (dos assassinados) e ele será encontrado vagueando aqui e ali no seu Corpo de Desejos, num estado letárgico, pelo período que normalmente teria vivido.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 60-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Como já afirmei, a minha visão tonal e a capacidade de funcionar na Região do Pensamento Concreto era indiferente e principalmente limitada às subdivisões inferiores, mas uma pequena ajuda dos Irmãos naquela noite me permitiu entrar em contato com a quarta Região, onde se encontram os Arquétipos, e lá recebi os ensinamentos e a compreensão do que é contemplado como o mais elevado ideal e a missão da Fraternidade Rosacruz.

Vi nossa sede e uma multidão de pessoas, vindo de todas as partes do mundo para receber os ensinamentos. Vi-os saindo dali para levar bálsamo aos aflitos próximos e distantes. Ao passo que neste mundo é necessário investigar, a fim de descobrir alguma coisa; lá, a voz de cada Arquétipo traz consigo, como ao mesmo tempo, que impressiona a consciência espiritual, o conhecimento do que esse Arquétipo representa. Assim, naquela noite, recebi um entendimento que está muito além do que minhas palavras podiam expressar; pois o mundo em que vivemos se baseia no princípio do tempo, enquanto no reino superior dos Arquétipos tudo é um eterno agora. Esses Arquétipos não revelam sua história como esta é narrada, mas produzem sobre a consciência uma concepção instantânea de toda a ideia, muito mais clara do que poderia ser transmitida em palavras.

 (Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado – Capítulo XXI – Parte II-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A Região do Pensamento Concreto, como você deve se lembrar de nossos outros ensinamentos, é o reino do som, onde a harmonia das esferas, a música celestial, que penetra tudo que existe, da mesma forma que a atmosfera da Terra circunda e envolve tudo o que é terreno. Pode-se dizer que nessa região tudo está envolto e permeado de música. Vive e cresce pela música. Lá, a palavra de Deus soa adiante e forma todos os vários modelos que mais tarde se cristalizam nas coisas que nós contemplamos no mundo terrestre.

No piano, cinco teclas escuras e sete brancas formam a oitava. Além dos 7 Globos nos quais evoluímos durante um Dia de Manifestação, há cinco Globos escuros que atravessamos durante as Noites Cósmicas. Em cada ciclo de vida, o Ego retira-se por um tempo para o mais denso desses cinco, isto é, o Caos, o mundo sem forma onde nada permanece salvo, a não ser os centros de força conhecidos como átomos-semente. No início de um novo ciclo de vida, o Ego desce novamente na Região do Pensamento Concreto, onde a “música das esferas” imediatamente faz vibrar os Átomos-semente.

Há sete esferas; os Planetas de nosso Sistema Solar. Cada um tem sua nota-chave e emite um som diferente de todos os outros Planetas. Um ou outro, dentre eles, vibra em particular sincronia com o Átomo-semente do Ego, que então busca a encarnação. Então, esse Planeta corresponde à “tônica” da escala musical e, embora os tons de todos os Planetas sejam necessários para construir um organismo completo, cada um é modificado e feito para adaptar-se ao impacto básico dado pelo Planeta mais harmonioso, que é, portanto, o regente dessa vida, sua Estrela do Pai. Assim, como na música terrestre, também na celestial existem harmonias e dissonâncias, e todos influenciam sobre o Átomo-semente e ajudam a construir o Arquétipo. Assim as linhas vibratórias de força são formadas, que mais tarde atraem e organizam partículas físicas, como acontece com esporos ou areias que formam figuras geométricas sobre uma placa de bronze à vibração de um arco de violino.

Mais tarde, ao longo dessas linhas arquetípicas de vibração, o Corpo Denso é formado e se expressa com precisão à harmonia das esferas como era tocada durante o período de construção. Esse período, entretanto, é muito mais longo do que o período atual da gestação, e varia de acordo com a complexidade da estrutura requerida pela vida que busca a manifestação física. Tampouco é contínuo o processo de construção do Arquétipo, pois sob os aspectos dos Planetas que emitem notas, às quais as forças vibratórias do Átomo-semente não podem responder, ele simplesmente sussurra sobre as que já aprenderam, e assim, engajado, espera por um novo som que possa usar na construção de organismo que se deseja para se expressar.

Portanto, sabendo que o organismo terrestre, que cada um de nós habita, é formado segundo linhas vibratórias produzidas pela música das esferas, nós podemos entender que as dissonâncias que se manifestam como enfermidades são produzidas primeiramente pela desarmonia espiritual interna. Torna-se mais evidente que, se pudermos obter conhecimentos precisos sobre a causa direta da desarmonia e saná-la, a manifestação física da doença logo desaparecerá. É essa a informação dada pelo tema astrológico da pessoa, pois nele cada Astro em sua Casa e Signo expressam harmonia ou discórdia, saúde ou doença. Portanto, todos os métodos de cura são adequados apenas na proporção em que levam em consideração as harmonias e discordâncias astrais manifestadas na roda da vida – o horóscopo.

(Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado – Capítulo XXII – Parte III-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS DOS NOSSOS CORPOS

Nos Mundos celestes há imagens de modelos-Arquétipos. Na língua grega a palavra “apxn” significa “no princípio”, isto é, no início. O Cristo disse de Si mesmo, ou melhor, o Iniciado que já compreendeu Sua própria divindade diz: “Eu sou o princípio (apxn) e o fim”. Há nessa palavra “princípio” (apxn) o núcleo gerador de tudo que temos aqui.

No Templo (Tabernáculo) foi colocada uma Arca, a Arca de Aliança. Foi disposta de tal modo que suas hastes não poderiam ser removidas. Durante toda a viagem através do deserto as hastes deveriam permanecer imóveis. De fato, jamais foram removidas enquanto a arca peregrinava até ser conduzida ao Templo de Salomão. Temos aqui uma condição, onde um determinado símbolo, um Arquétipo, algo transportado desde o princípio, é elaborado de tal modo que possa ser reativado em determinadas ocasiões e reconduzido mais adiante. Nessa arca estava o núcleo ao redor do qual todas as coisas gravitavam. Havia o Cajado de Aarão, o Pote do Maná e, também, as duas Tábuas da Lei.

Nós acabamos de descrever o símbolo perfeito da verdadeira constituição do ser humano, pois, enquanto ele atravessa o vale da matéria e transita continuamente de um lugar a outro, as hastes, sob nenhuma hipótese, podem ser removidas. Elas permanecerão intactas até que chegue à condição simbólica descrita no Apocalipse. Onde se diz: “Aquele que triunfar, eu o farei um pilar no templo de meu Deus; e dali nunca mais sairá”.

Durante o transcorrer do tempo, desde o momento no qual o ser humano começou sua viagem através da matéria, ele possui esse espírito de peregrinação. Nunca ficou parado. Algumas vezes, o templo (Tabernáculo) era conduzido, assim como a Arca para um novo lugar. Assim também o ser humano está sempre sendo impelido de um lugar para outro, de um ambiente para outro, de uma condição para outra. Não é uma jornada sem objetivo, pois tem como meta a Terra prometida, a Nova Jerusalém, onde haverá paz. Mas, enquanto o ser humano estiver nesta jornada, deve estar ciente de que não haverá descanso e nem paz.

(Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado, Capítulo XXVI – A Jornada Através do Deserto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Como está escrito no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmo”, com referência à constituição do nosso Planeta, o caminho da Iniciação passa através da Terra, da periferia ao centro, um estrato de cada vez e, embora nossos corpos físicos sejam delineados dessa forma pela força da gravitação, sua densidade evita que a traspassemos, tão eficazmente quanto a força de levitação que repele a classe despreparada mencionada nos recintos sagrados. Somente quando, pelo poder de nosso próprio Espírito deixamos nosso Corpo Denso instruído por e em consequência da maneira reta de viver, seremos capazes de ler o registro etérico com melhor proveito. Em um ponto mais avançado do progresso, o “estrato aquoso” da Terra será aberto ao Iniciado, que, então, estará num estado de desenvolvimento apropriado para ler o registro dos acontecimentos passados, impressos permanentemente na substância viva da Região das Forças Arquetípicas, onde o tempo e espaço são praticamente inexistentes, e onde tudo é um eterno Aqui e Agora.

(Do Livro: A Teia do Destino – Segunda Parte – O Cristo Interno – A Memória da Natureza-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

É curioso como a perpetração do suicídio em uma vida e o consequente sofrimento post-mortem, no tempo em que ainda existe o Arquétipo, muitas vezes gera nestas pessoas um medo mórbido da morte na próxima vida; de modo que, quando a morte ocorre naturalmente no curso normal da vida, os suicidas parecem frenéticos depois de abandonar o corpo e tão ansiosos em voltar ao Mundo Físico que, frequentemente, cometem o crime da obsessão da forma mais tola e impensada.

(Do Livro:  A Teia do Destino – Quinta Parte – Obsessão do Ser Humano e dos Animais-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Uma máxima ocultista diz que “uma mentira é ao mesmo tempo assassina e suicida no Mundo do Desejo”. Os ensinamentos dos Irmãos Maiores, contidos no “Conceito Rosacruz do Cosmo” explicam que sempre que ocorrer um incidente, um pensamento-forma gerado nos Mundos invisíveis faz o registro deste acontecimento. Toda vez que se fala ou se comenta deste acontecimento cria-se uma nova forma de pensamento que se funde com o original e o fortalece, desde que ambos sejam verdadeiros e possuam a mesma vibração. Mas se uma mentira é contada sobre o ocorrido, então as vibrações do original e da reprodução não serão idênticas; eles se chocam e o atrito entre eles acaba destruindo-se mutuamente. Se o pensamento-forma verdadeiro e bom for suficientemente forte, conseguirá o domínio da situação e destruirá os pensamentos-forma baseados na mentira; consequentemente o bem vencerá o mal, mas se os pensamentos maliciosos e mentirosos forem mais fortes, estes podem vencer o pensamento-forma verdadeiro e, assim, destruí-lo. Depois, haverá discórdia entre eles e todos, por sua vez, serão aniquilados.

Assim, uma pessoa que vive uma vida pura, esforçando-se para obedecer às leis de Deus e lutando fervorosamente pela verdade e pela justiça, criará pensamentos-forma de natureza semelhante; sua Mente trilhará caminhos em harmonia com a verdade e quando chegar o momento, no Segundo Céu, de criar o seu Arquétipo para a vida futura, ele prontamente e intuitivamente, pela força do hábito adquirido na vida passada, alinhar-se-á com as forças da retidão e da verdade. Estas linhas, formadas em seu corpo, criarão harmonia nos novos veículos, e, portanto, a saúde será a consequência natural em sua próxima vida. Aqueles que formaram em vidas anteriores uma visão distorcida das coisas, que desprezaram a verdade, exercitando a astúcia, o egoísmo exagerado e a desconsideração pelo bem-estar dos outros, acham-se obrigados, no Segundo Céu, a ver as coisas de um modo oblíquo, porque este é o seu habitual modo de pensar. Portanto, o Arquétipo construído por eles incorporará linhas de erro e de falsidade; e consequentemente, ao renascer, ele terá uma fraqueza em vários órgãos, quando não em todo o ser.

(Do Livro: A Teia do Destino – Sétima Parte – A Causa das Enfermidades – Esforços do Ego para escapar do Corpo – Efeitos da Lascívia-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS A PARTIR DA VINDA DE CRISTO

Somente quando entramos nos reinos mais elevados, e particularmente na Região do Pensamento Concreto, é que as verdades eternas são percebidas. Por isso, devemos, necessariamente, cometer erros uma vez ou outra, apesar dos nossos mais sinceros esforços em procurar conhecer e dizer a verdade. Portanto, é impossível para nós construir um veículo totalmente harmonioso. Se isso fosse possível, tal Corpo seria realmente imortal, e nós sabemos que a imortalidade da carne não é o desígnio de Deus; pois segundo São Paulo: “A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus[3].

Contudo, sabemos que, atualmente, apenas uma pequena porcentagem de pessoas está disposta a viver em harmonia com a verdade, para confessá-la e professá-la diante dos seres humanos por meio do serviço e da vida reta e que não faz o mal. Sabemos, também, que isto aconteceu com muito poucos ao retrocedermos na história, quando o ser humano não havia desenvolvido o altruísmo que começou no nosso Planeta com o advento do Nosso Senhor e Salvador, Cristo Jesus. Nesse tempo, os padrões de moralidade eram muito inferiores e o amor à verdade quase desprezível para a maioria da Humanidade, que se encontrava absorvida em seus esforços para acumular riquezas e adquirir poder ou prestígio, quanto fosse possível. Portanto, as pessoas estavam, naturalmente, inclinadas a ignorar os interesses dos demais, e contar uma mentira não parecia, de modo algum, um ato repreensível, pelo contrário, muitas vezes era tida como mérito. Consequentemente, os Arquétipos estavam, constantemente, cheios de fraquezas, e as funções orgânicas do Corpo, atualmente, estão prejudicadas em um grau bastante elevado, particularmente os Corpos ocidentais porque estão se tornando cada vez mais forte e mais sensível à dor, devido ao crescimento da consciência do Espírito.

(Do Livro:  A Teia do Destino – Sétima Parte – A Causa das Enfermidades – Esforços do Ego para Escapar do Corpo – Efeitos da Lascívia-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A assimilação dos frutos de cada vida passada acontece antes que o Espírito desça para o renascimento e, consequentemente, o caráter gerado é totalmente formado e se expressa na sutil e móvel matéria mental da Região do Pensamento Concreto, onde o Arquétipo do Corpo Denso é construído. Se o Espírito que procura renascer é amante da música, procurará construir um ouvido perfeito, com os canais semicirculares devidamente situados e com o tímpano mais delgado e sensível à vibração; tentará formar dedos compridos e finos para executar os acordes celestes captados por seus ouvidos. Mas, se não apreciava a música em vidas passadas, fechava seus ouvidos aos acordes da alegria ou da tristeza, o desejo de se afastar da companhia dos demais, então formado, causaria a negligenciar a construir o ouvido, quando construísse o Arquétipo e, como consequência, esse órgão seria defeituoso em um grau proporcional à negligência causada, pelo seu caráter, em sua existência anterior.

Da mesma forma acontece com os outros sentidos; quem bebe de uma fonte de conhecimento e se esforça para compartilhar seu conhecimento com os que o rodeiam estabelece as bases para adquirir a faculdade de oratória em uma vida futura, porque o desejo de comunicar seu conhecimento o fará prestar uma atenção especial na formação e fortalecimento de seu órgão vocal, quando estiver construindo o Arquétipo de futuro Corpo. Por outro lado, aqueles que se esforçam por acessar os mistérios da vida por simples curiosidade ou satisfazer o orgulho de seu próprio intelecto negligenciam na construção de um órgão adequado para sua expressão e, ficam sujeitos à debilidade na voz ou ao impedimento na expressão da palavra. Dessa forma, vêm-lhes o reconhecimento de que a expressão é um bem valiosíssimo. Embora o cérebro de um indivíduo, assim aflito, não possa compreender a lição, o Espírito aprende que somos estritamente responsáveis pelo uso que fazemos de nossos talentos, e que devemos assumir nossas dívidas algum dia se negligenciamos em transmitir a palavra de Vida para Iluminar nossos irmãos ou irmãs no caminho, sempre, naturalmente que estejamos preparados para isso.

(Do Livro:  A Teia do Destino – Oitava Parte – Os Raios de Cristo Constituem o “Impulso Interno” – Visão EtéricaDestino Coletivo-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Quando o Ego está a caminho do renascimento passando pela Região do Pensamento Concreto, pelo Mundo do Desejo e pela Região Etérica, toma de cada uma delas certa quantidade de material. A qualidade deste material é determinada pelo Átomo-semente, baseado no princípio de que semelhante atrai semelhante. A quantidade depende do quanto de matéria será necessário e requerido pelo Arquétipo na construção feita por nós mesmos no Segundo céu. A partir da quantidade de átomos etéricos prismáticos apropriados para determinado Espírito, os Anjos do Destino e seus agentes constroem uma forma etérica que, então, é colocada no útero da mãe e, gradualmente, envolvida de matéria física formando o corpo visível da criança recém-nascida.

(Do Livro: A Teia do Destino – Quarta Parte – A Natureza dos Átomos Etéricos – A Necessidade de Equilíbrio-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Nas três regiões inferiores da Região do Pensamento Concreto se encontram os Arquétipos de tudo o que vemos no Mundo Físico, como minerais, vegetais, animais e humano, Arquétipos dos continentes, rios e oceanos; e aqui o Clarividente exercitado, cuja faculdade o capacita a alcançar esses planos mais elevados, vê também o oceano universal da vida fluente, em que todas as formas estão imersas; vê o mesmo impulso vital movendo-se de forma a forma em ciclos rítmicos, sustentando a forma especializada pelo Ego humano ou pelo Espírito-Grupo do animal e do vegetal.

Esses Arquétipos não são meramente modelos no sentido geral do termo, algo assim como uma coisa em miniatura, ou de material mais refinado. São Arquétipos criadores, modelando todas as formas visíveis, como vemos no mundo, à sua própria imagem e semelhança, ou melhor, às suas próprias semelhanças, porque frequentemente muitos Arquétipos trabalham juntos para formarem certas espécies, cada um dando parte de si mesmo para construírem a determinada forma. Eles são dominados e dirigidos pelas “Forças Arquetípicas” que são encontradas na quarta região. É da substância das quatro regiões inferiores que nossa Mente é formada, capacitando também ao ser humano a formar pensamentos e criar imagens que depois possa reproduzir no ferro, na pedra ou na madeira, de modo que por meio da Mente obtida desse Mundo, o ser humano se torna um criador no Mundo Físico, de modo análogo às Forças Arquetípicas.

Mas, o que é que dirige a Mente, assim como as Forças Arquetípicas dirigem os Arquétipos? É o Ego, o qual obtém suas vestimentas das três regiões superiores, que formam a chamada Região de Pensamento Abstrato, ou Região das Ideias.

(Do Livro: Cristianismo Rosacruz – Conferência III – Visão Espiritual e Mundos Espirituais – Mundo do Pensamento-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

SITUAÇÕES DOS ARQUÉTIPOS DE ALGUMAS CLASSES DE PESSOAS

Há duas classes de pessoas para quem o processo purgatorial não começa de imediato: os suicidas e as vítimas de assassinato. No caso do suicida o processo não se inicia até que se complete o tempo em que o corpo deveria morrer no decurso natural, mas, nesse ínterim, ele sofre por seu ato de uma maneira tão terrível quanto peculiar. Ele tem a sensação de estar oco, por assim dizer, e de habitar num doloroso vazio, uma vez que o Arquétipo de sua forma contínua ativo na Região do Pensamento Concreto.

No caso de pessoas, jovens ou idosas, que morrem naturalmente ou por acidente, cessam as atividades arquetípicas; os veículos superiores sofrem, então, uma modificação na morte, de modo que a perda do Corpo Denso em si não produz nenhuma sensação de desconforto. Contudo, o suicida não experimenta tal mudança até que o Arquétipo de seu Corpo deixe de funcionar, no momento em que a morte teria ocorrido naturalmente. O espaço onde seu Corpo Denso deveria ocupar está vazio, porque o Arquétipo é oco, e isto o faz sofrer indescritivelmente. Assim, ele também aprende que não é possível ausentar da escola da vida sem causar consequências desagradáveis, e em vidas futuras, quando o caminho lhe parecer difícil, ele recordará em sua alma, que a tentativa covarde de fugir pelo suicídio só pode acrescentar-lhe maiores sofrimentos.

Há pessoas que se suicidam por razões altruístas, para livrar outros de um fardo, e estes naturalmente, são recompensados de outra maneira, mas não escapam do sofrimento do suicida, da mesma maneira que aquela pessoa que entra num edifício em chamas para salvar outros não está imune de se queimar.

A vítima do assassinato escapa a esse sofrimento porque, via de regra, fica em estado de coma até o tempo em que a morte natural deveria ocorrer, e neste caso deve-se ter o mesmo cuidado que se tem com as vítimas dos chamados acidentes, só que estas vítimas ficam conscientes imediatamente ou pouco depois da morte. Se o assassino for executado entre a época do crime e aquela em que sua vítima deveria morrer em circunstâncias naturais, o Corpo de Desejos comatoso deste é atraído magneticamente ao seu matador, seguindo-o aonde ele vá, sem um momento de trégua. A cena do assassinato passa, então, a apresentar-se sempre diante dele, causando-lhe os dolorosos sofrimentos e angústias que inevitavelmente deve acompanhá-lo com esta incessante repetição de seu crime em todos os horríveis detalhes. Isso continua por um tempo que correspondente ao período de vida do qual privou sua vítima. Se o assassino escapou da forca, de modo que sua vítima tenha passado além do Purgatório antes de morrer, o “cascão ou coscorão” da sua vítima subsiste para representar a parte de Nêmesis[4] no drama do crime revivido.

(Do Livro: Cristianismo Rosacruz – Conferência V – MorteVida no Purgatório-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

ONDE SE ENCONTRAM OS ARQUÉTIPOS

Assim, o cientista oculto atribui todas as causas à Região do Pensamento Concreto e nos diz como elas são geradas ali pelos Espíritos humanos e super-humanos.

Recordando que os Arquétipos criadores de todas as coisas que vemos no Mundo visível encontram-se no Mundo do Pensamento, que é o reino do som, estamos preparados para compreender que as Forças Arquetípicas estão constantemente agindo por meio desses Arquétipos que, então, emitem certo tom, ou, quando vários deles se agrupam para criar uma espécie de forma vegetal, animal ou humana, momento em que os diferentes sons se fundem em um grande coro. Esse tom ou coro é, conforme o caso, a nota-chave da forma assim criada, e enquanto isso vibra a forma ou a espécie perdura; quando ela cessar, também a única forma morre ou a espécie desaparece.

Uma confusão de sons não é música, do mesmo modo que muitas palavras juntas ao acaso não formam uma sentença, mas o som rítmico ordenado é o construtor de tudo o que existe, conforme diz São João nos primeiros versículos de seu Evangelho: “No princípio era o verbo… e sem Ele nada foi feito”; também diz que “o Verbo se fez carne”.

Vemos assim que o som é o criador e o mantenedor de todas as formas, pelo que, no Segundo Céu, o Ego se torna UM com as Forças da Natureza. Com elas trabalha sobre os Arquétipos da Terra e do mar, na flora e na fauna, provocando mudanças que gradualmente alteram a aparência e a condição da Terra, e assim proporciona um novo ambiente, feito por si mesmo, quando poderá colher nova experiência.

Nesse trabalho, o Ego é dirigido por grandes instrutores pertencentes às Hierarquias Criadoras, que são chamados Anjos, Arcanjos e outros nomes, constituindo-se Ministros de Deus. Eles instruem, de modo consciente, na divina arte da criação, tanto no mundo como em sua matéria existente. Eles ensinam como construir uma forma para si mesmo, dando-lhe os chamados “Espíritos da Natureza” como auxiliares, e dessa maneira, todas as vezes que o ser humano passa pelo Segundo Céu está servindo e aprendendo a se tornar um Criador. Ali ele constrói o Arquétipo da forma que posteriormente exteriorizará ao renascer.

 (Do Livro: O Cristianismo Rosacruz – Conferência VI – Vida e Atividade no Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Examinando mais minuciosamente as diversas divisões da Região do Pensamento Concreto, constatamos que os Arquétipos das formas físicas – não importam a qual Reino elas pertençam – encontram-se na sua subdivisão mais inferior, ou seja, na “Região Continental”. Nessa Região Continental estão também os Arquétipos dos continentes e das ilhas do mundo, os quais são moldados de acordo com esses Arquétipos. As modificações da crosta terrestre devem produzir-se primeiramente na Região Continental. Enquanto o Arquétipo-modelo não for modificado, as Inteligências, que para encobrir a nossa ignorância denominamos “Leis da Natureza”, não podem produzir as condições físicas que alteram a conformação da Terra e que são determinadas pelas Hierarquias que dirigem a evolução. Essas planejam as mudanças como o arquiteto projeta as alterações num edifício, antes que os operários lhe deem expressão concreta. Da mesma forma efetuam-se mudanças na flora e na fauna, devido às metamorfoses dos respectivos Arquétipos.

Quando falamos dos Arquétipos de todas as diferentes formas do Mundo Físico, não devemos julgar que esses Arquétipos sejam simples modelos, no mesmo sentido em que falamos de um objeto feito em miniatura ou feito de outro material diferente do apropriado ao seu uso final. Não são simples semelhanças nem modelos das formas que vemos em torno de nós, mas são Arquétipos criadores, isto é, modelam as formas do Mundo Físico à sua própria semelhança ou semelhanças, porque, frequentemente, muitos trabalham em conjunto para produzir certa espécie, cada Arquétipo dando de si mesmo a parte necessária para a construção da forma requerida.

A segunda subdivisão da Região do Pensamento Concreto denomina-se “Região Oceânica”. Poderia ser mais bem descrita como vitalidade fluente e pulsante. Todas as Forças que atuam pelos quatro Éteres que constituem a Região Etérica são vistas aqui como Arquétipos. É uma corrente de vida que flui através de todas as formas, assim como o sangue circula pelo corpo – a mesma vida em todas as formas. Nessa Região o clarividente treinado pode comprovar quanto é verdade que “toda vida é una”.

A “Região Aérea” é a terceira divisão da Região do Pensamento Concreto. Aqui encontramos os Arquétipos dos desejos, das paixões, dos sentimentos e das emoções, tais como os que experimentamos no Mundo do Desejo. Aqui todas as atividades do Mundo do Desejo parecem condições atmosféricas. Os sentimentos de prazer e de alegria chegam aos sentidos do clarividente como o beijo das brisas estivais. As aspirações da alma assemelham-se à canção do vento na ramaria do arvoredo, e as paixões das nações em guerra aos lampejos dos relâmpagos. Nessa atmosfera da Região do Pensamento Concreto encontram-se também as imagens das emoções do ser humano e dos animais.

A “Região das Forças Arquetípicas” é a quarta divisão da Região do Pensamento Concreto. É a Região Central e a mais importante dos cinco mundos onde se efetua a evolução total do ser humano. De um lado dessa Região estão as três regiões superiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Espírito de Vida e o Mundo do Espírito Divino. No lado oposto dessa Região de Forças Arquetípicas estão as três regiões inferiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Desejo e o Mundo Físico. Portanto essa região torna-se uma espécie de “cruz”, limitada de um lado pelos Reinos do Espírito e do outro pelos Mundos da Forma. E o ponto focal por onde o Espírito se reflete na matéria.

Como seu nome indica, essa Região é o lar das Forças Arquetípicas que dirigem a atividade dos Arquétipos na Região do Pensamento Concreto. Dessa Região é que o Espírito trabalha na matéria de maneira formativa. O Diagrama 1 demonstra essa ideia em forma esquemática: as formas, nos mundos inferiores, sendo reflexos do Espírito nos Mundos superiores.

Diagrama 1 – O Mundo Material: um reflexo reverso dos Mundos espirituais

A quinta Região que é a mais próxima do ponto focal pelo lado do Espírito, reflete-se na terceira Região, a mais próxima do ponto focal pelo lado da Forma. A sexta Região reflete-se na segunda, e a sétima na primeira.

(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos: Os Mundos Visível e Invisíveis – O Mundo do Pensamento-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

O suicida, que procurou fugir da vida, apenas descobre que está mais vivo do que nunca, e que se encontra na mais lastimável condição. É capaz de observar aqueles a quem, com seu ato, talvez tenha prejudicado e, pior que tudo, tem uma inexplicável sensação de estar “oco”. A parte da aura ovoide, que geralmente contém o Corpo Denso, está vazia e, ainda que o Corpo de Desejos tenha tomado a forma do Corpo Denso descartado, ele se sente como uma concha vazia, pois o Arquétipo criador do corpo persiste, por assim dizer, como um molde vazio na Região do Pensamento Concreto por tanto tempo quanto deveria viver o Corpo Denso. Quando uma pessoa morre de morte natural, mesmo no vigor da vida, a atividade do Arquétipo cessa e o Corpo de Desejos por si mesmo se ajusta para ocupar toda a forma. Mas no caso do suicida, o horrível sentimento de “vazio” permanece até o tempo em que deveria ocorrer a morte natural

(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – O Ser Humano e o Método de EvoluçãoMorte e Purgatório-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Estrato Aquoso: nesse estrato estão as possibilidades germinais de tudo quanto existe na superfície da Terra. Aqui estão as Forças Arquetípicas que se ocultam atrás dos Espíritos-Grupo, como também as Forças Arquetípicas dos minerais, porque essa é a expressão física direta da Região do Pensamento Concreto.

(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – Constituições da Terra e Erupções Vulcânicas – Número da Besta-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

OS ARCHE TEKTON

Diz-se que Jesus era o filho de um carpinteiro, mas a palavra grega é tekton e significa construtor; ARCHE é o nome grego de matéria primordial. Diz-se que Jesus era também um carpinteiro (tekton). É verdade, ele era um tekton, construtor ou maçom, um Filho de Deus, o Grande Archetekton. Com a idade de trinta e três anos, quando havia recebido os três vezes três (9) graus da Maçonaria Mística, Ele desceu ao centro da Terra. A mesma coisa faz qualquer outro tekton, maçom ou Phree Messen (filho da luz), como os Egípcios os chamavam que desce através dos nove estratos da Terra em forma de arco. Encontraremos, na época do primeiro advento de Cristo, tanto Hiram Abiff, o Filho de Caim, quanto Salomão, o Filho de Seth, renascidos para receber d’Ele a grande Iniciação dos Mistérios Cristãos.

(Do Livro: Maçonaria e Catolicismo – Parte VIII – O Caminho da Iniciação-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Diz-se na Bíblia que José foi um carpinteiro, mas a palavra grega “tekton”deve ser traduzida por “construtor”. Na Maçonaria Mística, Deus é chamado O Grande Arquiteto.

Archeem grego significa a substância primordial e um tektoné um construtor. Assim, Deus é o Grande Mestre Construtor, o qual moldou o mundo com a matéria primordial preparando um campo evolutivo para vários graus de seres. Ele usa no Seu universo muitos tektonsou construtores de vários graus. Qualquer um que siga a Senda do desenvolvimento espiritual, esforçando-se por trabalhar construtivamente com as leis da natureza – como um servo da Humanidade – é um tektonou construtor, no sentido que se acha qualificado para ajudar e dar nascimento a uma grande alma. É por isso que se diz que Jesus era um carpinteiro e filho de um carpinteiro, e entendemos que ambos eram tektonsou construtores numa linhagem cósmica.

(Do Livro: Iniciação Antiga e Moderna – Capítulo I – A Iniciação Mística Cristã-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Goethe, o grande místico, finaliza, apropriadamente, sua versão (de Fausto) com o mais místico de todos os versos encontrados em qualquer literatura:

“Tudo que é perecível,

É somente uma ilusão.

O inatingível,

É aqui consumação.

O indescritível,

Aqui ele está pronto.

O Eterno Feminino,

É para nós uma atração.”

Esta estrofe confunde todos os que não são capazes de penetrar nos reinos onde ela é cantada, isto é, no céu.

Ele fala de tudo o que é ser perecível, mas somente uma ilusão, isto é, as formas materiais que estão sujeitas à morte e à transmutação são apenas uma ilusão do Arquétipo visto no céu. “O inatingível aqui é realizado” o que parecia impossível na Terra é realizado no céu. Ninguém sabe disso melhor do que quem é capaz de funcionar nesse reino, pois toda aspiração elevada e sublime se concretiza. Os indescritíveis anseios, ideias e experiências da alma, que mesmo não podendo se expressar, são claramente definidos no céu. O Eterno Feminino, a grande Força Criadora na Natureza, o Deus Mãe, que nos conduz pelo caminho da evolução, torna-se uma realidade. Assim, o mito de Fausto conta a história do Templo do Mundo, que as duas classes de pessoas estão construindo, e que serão finalmente o Novo Céu e a Nova Terra profetizados no Livro dos Livros.

(Do Livro: Mistérios das Grandes Óperas – Cap. VI – O Preço do Pecado e Os Caminhos da Salvação-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

O som gerado num vácuo não pode ser ouvido no Mundo Físico, mas a harmonia que procede da cavidade vazia de um Arquétipo celestial é a “Voz do Silêncio”, e essa se faz audível quando todos os sons terrestres cessam. Elias não a ouvia, enquanto a tormenta rugia, nem podia percebê-la durante a turbulência do terremoto, nem no ruído do fogo crepitante; mas quando os sons destrutivos e dissonantes deste Mundo se fundiram no silêncio, então “a pequena voz silenciosa” enviava suas ordens para salvar a vida de Elias (IReis 19).

(Do Livro: Mistérios RosacruzesMundo do PensamentoRegião do Pensamento Concreto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

AS FORÇAS ARQUETÍPICAS

A outra classe de seres que devemos mencionar é a que a Escola de Ocultismo Ocidental chama de Forças Arquetípicas. Elas dirigem as energias dos Arquétipos Criadores, originados nesse plano: trata-se de uma classe de seres compostos de inteligências de graus muito diferentes e há um estágio na jornada cíclica do Espírito Humano do qual ele faz parte o qual e, também, trabalha. Porque, como o Espírito Humano também está destinado a converter-se em uma grande inteligência Criadora, em algum tempo futuro e se não houvesse ambiente em que pudesse gradualmente aprender a criar, não lhe seria possível adiantar-se, porque nada na natureza é feito repentinamente. Uma semente de carvalho plantada no solo não se converte numa árvore majestosa da noite para o dia, pois requer muitos anos de lento e persistente crescimento antes de alcançar a altura que tem esses gigantes das florestas.

(Do Livro: Mistérios Rosacruzes – Capítulo: III – O Mundo do PensamentoRegião do Pensamento Concreto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Aprendemos anteriormente, ao estudar o Mundo do Pensamento, que cada forma desses Mundos invisíveis tem o seu Arquétipo, um molde oco vibratório, que emite certo som harmonioso. Esse som atrai e modela a matéria física em formas muito semelhantes às figuras geométricas que se formam numa placa de vidro cheia de areia, cujas bordas sejam postas em vibração por meio de um arco de violino; a areia modela-se em diferentes figuras geométricas, que mudam de forma quando o som muda.

O ENVOLVIMENTO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO MORREMOS E QUANDO ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA RENASCER

O pequeno Átomo-semente do Corpo Denso no coração é a amostra e o centro em torno do qual se agrupam os átomos do nosso Corpo. Quando esse Átomo-semente é forçado a retirar-se do Corpo na morte voluntária, aquele centro fica vazio, mesmo que o Arquétipo continue vibrando até o limite desta vida, como explicamos anteriormente, não pode atrair nenhuma matéria para esse molde oco do Arquétipo. Por esta razão, o suicida sente uma temível dor que corrói uma sensação de vazio que só poderia ser comparada a angústia da fome.

Neste caso, o intenso sofrimento continuará exatamente durante tantos anos quantos o indivíduo deveria viver em seu Corpo Denso. Ao expirar esse tempo, o Arquétipo sofre o colapso, tal como no caso da morte natural. Então cessa a dor do suicida e começa o seu período de purgação, como acontece com aqueles que morrem de morte natural. Contudo, a memória dos sofrimentos experimentados em consequência do suicídio permanecerá com ele em vidas futuras, e isso o refreará no caso de tentar repetir o mesmo erro.

(Do Livro:  Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Primeiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Depois que o Espírito fez sua escolha, desce ao Segundo Céu, onde é instruído pelos Anjos e Arcanjos sobre como construir um Arquétipo do Corpo que mais tarde habitará na Terra. Aqui também notamos a manifestação da grande lei da justiça, que decreta que devemos colher o que semeamos. Se os nossos gostos são grosseiros e sensuais, construiremos um Arquétipo que expressará esses defeitos; se, pelo contrário, somos de gostos refinados e estéticos, construiremos um Arquétipo de um refinamento correspondente, mas ninguém pode obter um Corpo mais perfeito do que aquele que é capaz de construir. Então, assim como um arquiteto que constrói uma casa, na qual há de viver depois, sofrerá incômodos se se descuidar de providenciar uma ventilação apropriada, assim também o Espírito se sentirá mal num Corpo construído deficientemente. Como o arquiteto aprende a evitar os erros e as imperfeições anteriores quando constrói uma nova casa, assim também o Espírito que sofre devido aos defeitos do Corpo que construiu para si próprio aprende, com o passar do tempo, a construir veículos cada vez mais eficientes.

(Do Livro:  Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Terceiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Na Região do Pensamento Concreto, o Espírito também atrai para si os materiais da sua nova Mente. Assim como um imã atrai a limalha de ferro, deixando de lado as outras substâncias, do mesmo modo cada Espírito atrai somente a espécie de matéria mental que usou em sua vida anterior e mais aquela que tenha aprendido a usar em sua vida post-mortem. Depois disso, ele desce ao Mundo do Desejo, onde reúne o material para seu novo Corpo de Desejos, de natureza tal que possa expressar adequadamente as suas características morais. Em seguida, atrai certa quantidade de éter, que se incorpora ao molde do Arquétipo construído no Segundo Céu e que age como argamassa entre os materiais sólidos, líquidos e gasosos recebidos dos Corpos dos pais, que formam assim o Corpo Denso da criança, que renascerá no devido tempo.

(Do Livro:  Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Terceiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Na Região do Pensamento Concreto todos os objetos sólidos aparecem como cavidades vazias de onde uma nota chave básica é continuamente tocada, assim, quem os vê, também houve dele a história completa de sua existência. Pensamentos-forma que não se cristalizara, ainda em ação concreta ou ser físico, não se apresentam ao observador como uma cavidade, mas ali, os pensamentos não são silenciosos. Ele fala uma linguagem inconfundível e transmitem, de uma forma muito mais precisa do que as palavras, a sua intenção, até que a energia dispendida pelo seu criador se esgote. Como vibram no tom peculiar à pessoa que lhes deu origem, é comparativamente fácil para o ocultista treinado investigar sua fonte.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 64-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Por outro lado, o que realmente causa a morte é o colapso do Arquétipo do Corpo Denso.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 105-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

O local em que crescerá esta parte do Cordão Prateado está indicado no Arquétipo, mas são necessários aproximadamente vinte e um anos para que a junção se complete.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 137-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Este Corpo Denso é formado de acordo com um molde invisível chamado Arquétipo e, enquanto este Arquétipo persistir, o nosso Corpo Denso permanecerá vivo. Quando a morte é decorrente de causas naturais, ou mesmo nos chamados acidentes (que geralmente não são realmente acidentes, mas acontecimentos surgindo para pôr fim a uma vida conforme o plano dos guardiões invisíveis dos assuntos humanos), o Arquétipo é destruído e o Espírito fica liberto.

Um suicídio, no entanto, é diferente. Neste caso, o Arquétipo persiste após a morte durante vários anos até o momento em que ocorreria a morte de acordo com os acontecimentos naturais, portanto, sendo incapaz de afastar de si os átomos físicos, o suicida terá durante esses anos de existência “post-mortem”, uma contínua sensação de dor, semelhante ao suplício da fome, ou a uma dor de dente indefinida, mas excessivamente dolorosa.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 152-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Ao mesmo tempo, ele vê um Arquétipo em fase de construção, que mostra a forma que terá a Terra nessa região quando um cataclismo ou uma série de cataclismos tiver destruído a atual configuração desse continente e do oceano adjacente. Talvez seja arriscado determinar quando começará essa remodelação da Terra, mas o Arquétipo ou matriz moldada em matéria mental e representando o pensamento criador do Grande Arquétipo e de Seus construtores estão tão próximo de conclusão que, ao julgar pelo progresso realizado durante os anos em que o autor observou a sua construção, parece seguro dizer que até a metade do século atual (1950), senão antes, as elevações se terão iniciado.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 155-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

F I M


[1] N.T.: Quarta Região do Mundo do Pensamento

[2] N.T.: Fonógrafo é um aparelho inventado em 1877 por Thomas Edison para a gravação e reprodução de sons através de um cilindro. É o precursor dos equipamentos eletrônicos que gravam atualmente.

[3] N.T.: ICor 15:50

[4] N.T.: Nêmesis é um substantivo masculino com origem no grego, que indica vingança ou indignação justificada.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.
  • O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Preâmbulo, Introdução, Efeitos nos Arquétipos
Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Formação dos Arquétipos quando renascemos aqui, Alteração dos Arquétipos
Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – A Evolução dos Arquétipos dos Nossos Corpos
Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Evolução dos Arquétipos a partir da Vinda de Cristo

Em publicação…

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: No livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz nós lemos que a Epigênese acrescenta alguma coisa nova ao Corpo, tornando a criança diferente de seus pais. No óvulo humano não há o menor traço do organismo em perspectiva. Um Ego, presumivelmente, acrescenta inovações ao seu Arquétipo antes mesmo de renascer. É correto afirmar-se que a Epigênese, neste caso, ocorre no Segundo Céu, e que o trabalho feito pelo Ego, no útero, não passa, na verdade, apenas de uma repetição?

Resposta: De certo modo é correto afirmar que o Ego principia a fazer uso da sua faculdade epigenética já no Segundo Céu, quando da formação do Arquétipo. O trabalho executado no útero, entretanto, não é meramente uma “repetição”. O esquema das inovações introduzidas já existe no Arquétipo, elaborado de “matéria mental”, na Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Posteriormente, começa a receber material para a formação de seu Corpo Denso. O Ego sabe como manipular matéria química e etérica para dar expressão concreta, no Mundo Físico, às inovações arquetípicas. A Epigênese compreende justamente essa habilidade de trabalhar com a matéria, criando alguma coisa nova com as substâncias química e etérica e promovendo sua expressão física, em harmonia com o esquema antecipadamente elaborado.

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Início do Ano Espiritual: a Cruz e o Cordeiro repousando em sua base

Nos ciclos anuais das passagens do Sol pelos doze Signos, Áries anuncia o início do ano espiritual. As palavras-chave para Áries são pureza e sacrifício, e o símbolo de Áries é um cordeiro ou carneiro.

Uma vez que foi sob a égide de Áries que Cristo veio à Terra, ele é conhecido como o Bom Pastor. Uma representação pictórica bem conhecida mostra o Senhor carregando um cordeiro nos braços.

Durante os primeiros anos da era Cristã o símbolo mais usado não foi o do Cristo crucificado, mas a cruz com um cordeiro repousando em sua base. Não foi senão pelo quarto século de nossa era que o cordeiro foi substituído por uma figura humana pregada na cruz.

Na época da Páscoa, quando o Sol ascende do hemisfério sul para o norte, as forças de Cristo passam dos reinos físicos para os espirituais.

O Corpo físico da Terra é como o Corpo Denso do ser humano (o Corpo Denso do Planeta é a Região Química do Mundo Físico). É interpenetrado pelos veículos mais sutis que se estendem para muito além do Corpo físico do Planeta: o Corpo Vital do Planeta é a Região Etérica do Mundo Físico, o Corpo de Desejos do Planeta é o Mundo do Desejo, o Corpo Mental do Planeta é a Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Repetindo, durante os seis meses do ano em que o Sol passa pelos seis Signos abaixo do Equador (Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) e, pelos seis meses seguintes, quando passa pelos seis Signos acima do Equador (Áries, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem), a força de Cristo interpenetra os mais elevados reinos espirituais da Terra.

Quando o Sol entra em Áries, ele aponta para a Ressurreição gloriosa, iniciando a estação da transmutação do ano. Então as águas brancas de Peixes se fundem com o fogo vermelho de Áries. É, também, para nós a estação de transmutação, a época mais propícia para que arremessemos longe a pedra de nossa vida passada e aflorar no poder total de uma consciência ressuscitada!

Essa é a ocasião em que uma transformação surpreendente pode ocorrer dentro do nosso corpo-templo (Corpo Denso). Uma nova força emana do líquido branco de nossos nervos e se une com uma nova essência nas correntes vermelhas de nosso sangue, uma fusão que produz a luz dourada que infunde e envolve o corpo de um Iluminado.

S. João se referia a essa transformação quando escreveu que algum dia iremos “andar na Luz como Ele está na Luz”.

Vermelho e branco são as cores de Áries e são também as cores da transmutação tanto na Natureza como em nós!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossos Corpos e Veículo: Suas Funções e Interações

A Terra na qual vivemos é composta de outros Mundos além deste que percebemos com os nossos sentidos.

Do mesmo modo, nós somos compostos de outros Corpos além deste Corpo que percebemos com os nossos sentidos físicos, o Corpo Denso.

Pensando mais profundamente, chegaremos à conclusão de que os demais corpos que possuímos devem ser compostos dos materiais desses outros Mundos que a Terra possui. Pois é uma lei cósmica que para podermos funcionar em um determinado Mundo ou Região de um Mundo, deve-se construir um Corpo com material ou matéria desse Mundo ou dessa Região, cujo material é diferente daquele de que é composto o nosso Corpo Denso.

Dá-se o nome de Corpo Vital ao corpo formado por matérias da Região Etérica do Mundo Físico, os Éteres.

Dá-se o nome de Corpo de Desejos ao corpo formado de matéria do Mundo do Desejo.

E dá-se o nome Mente, ao veículo formado por matéria da Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Esses 3 corpos e o veículo mental são os instrumentos por meio dos quais trabalhamos para aprender, para servir e para viver.

S. Paulo chamou o Corpo Denso e o Corpo Vital de “corpo natural”, composto de sólidos, líquidos, gases e éteres. E de “corpo espiritual”, o Corpo de Desejos e a Mente (ICor 15:44-49).

Esses Corpos se interpenetram na seguinte ordem: o Corpo Vital interpenetra o Corpo Denso; o Corpo de Desejos interpenetra os Corpos Denso e Vital; e a Mente interpenetra o Corpo Denso, o Corpo Vital e Corpo de Desejos. Ou seja, os Corpos ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo. Todos eles são concêntricos, uns com os outros.

Falemos um pouco sobre o Corpo Denso. O Corpo Denso é o nosso mais valioso instrumento, não só por ser o mais antigo, mas também o mais organizado.

Sem dúvida é o mais grosseiro dos Corpos – no conceito de massa e peso que temos, a partir da Região Química do Mundo Físico – e por nos colocar em contato com a Região Química do Mundo Físico, traz-nos todas as qualidades e deficiências que já conhecemos. Entretanto, é o mais bem construído, basta lermos nos livros de anatomia e fisiologia que logo chegaremos a essa conclusão.

Um outro ponto interessante é lembrarmos que o baluarte da nossa evolução é aqui no Mundo Físico e, para aprendermos tudo que esse Mundo possa nos oferecer, é preciso ter um corpo bem-organizado a fim de, um dia, alcançarmos a perfeição e o domínio dos elementos e Leis deste Mundo.

Como disse S. Paulo em ICor 6:19-20: “Não sabeis que o corpo é o templo do Espírito Santo, que em vós? (…) Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”.

E ainda: o Corpo Denso é o “Templo de Deus”, o templo do Espírito interno, um Templo vivo e devemos cuidar bem dele se quisermos funcionar conscientemente nele e, realmente viver nele.

Um cuidado especial que deve ser tomado está relacionado à alimentação. Durante toda a vida o Corpo Denso está sujeito a um processo de solidificação, o que o torna cada vez mais duro conforme passamos pela infância, adolescência, juventude, virilidade e velhice. A causa desse processo é um crescente depósito de fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, sulfato de cálcio e outras substâncias minerais encontradas nos alimentos. Essa solidificação endurece os vasos sanguíneos, os músculos e as outras partes do corpo que movimentamos. Esse processo também obstrui os capilares tornando a circulação sanguínea deficiente e, consequentemente, os órgãos que se alimentam do sangue que ali transita.

Podemos retardar esse processo escolhendo alimentos que contenham pouca matéria calcária ou terrosa, estimular a transpiração, principalmente por meio de atividades físicas. Também evitar alimentos estimulantes e alimentos de difícil assimilação pelo nosso corpo.

Enfim: nossa alimentação deve ser alterada conforme se passam os anos e conforme altere o nosso ritmo de vida. É impossível dar uma regra geral sobre nutrição, pois “o que é alimento para uma pessoa, pode ser veneno para outra”.

A assimilação é um processo natural e diferente para cada um. A reação química aos alimentos quando fora do Corpo Denso segue leis bem definidas.

Entretanto, quando dentro do Corpo Denso, são impregnadas pela vida, pelo sentimento e pelo pensamento de cada um de nós de uma maneira individual.

É por isso que as moléculas individualizadas são difíceis de serem assimiladas por nós, tais como a da carne. Isso sem se falar das calcárias contidas nela. E isso sem se falar no aspecto moral de obrigarmos as pessoas a matarem os animais para nos fornecer alimento.

Apesar de termos tabelas que nos orientem, de fazermos exercícios físicos que nos colocam em forma, de cuidarmos dos alimentos que ingerimos, é indispensável ter uma atitude interna positiva sobre a alimentação. Façamos, sempre, esta pergunta: “comemos para viver ou vivemos para comer?”.

Do ponto de vista oculto é importante que vivamos o maior tempo possível em cada Corpo Denso. Pois se leva muitos anos até que consigamos educar tal Corpo, sendo necessário passarmos pela infância, adolescência e, finalmente chegarmos à virilidade. E só a partir do ponto em que despertamos para a vida espiritual é que, realmente, vivemos! Portanto, se quisermos dirigir plenamente o nosso Corpo temos que dar uma especial atenção à alimentação.

A mais pura expressão do Corpo Denso pode ser encontrada no nosso sistema esquelético, nas cartilagens, nos tecidos, na pele e nos pelos. Esses traduzem uma das suas principais funções: o de dar estrutura e sustentação. Astrologicamente os signos estão também relacionados com o Corpo Denso. Através do Signo de Câncer, renascemos neste Mundo Físico e, através do Signo de Capricórnio, o deixamos.

Agora, de nada valeria o Corpo Denso se não tivéssemos um Corpo Vital para vitalizá-lo. É o Corpo Vital que nutre o Corpo Denso. Ele é a exata contraparte do Corpo Denso. É formado pelos quatro Éteres: Éter Químico – responsável pela assimilação dos alimentos e pela excreção dos produtos não utilizados; Éter de Vida – responsável pela propagação da espécie; Éter Luminoso ou Éter de Luz – responsável pelo calor do sangue, pela circulação da seiva e pelos sentidos; e Éter Refletor – responsável pela memória.

Apesar de ser a contraparte do Corpo Denso, o Corpo Vital é ligeiramente maior, estendendo-se cerca de 4 cm além da periferia do Corpo Denso. Cada átomo do Corpo Vital penetra em cada átomo do Corpo Denso fazendo-o vibrar numa frequência que é a nota-chave de cada pessoa, imbuindo a cada átomo a força vital. Podemos ter um certo vislumbre disso quando “adormece”, por exemplo, a nossa mão, quando a circulação do sangue diminui. A sensação de formigamento e de dor são os átomos do Corpo Vital reanimando os átomos do Corpo Denso, aumentando-lhes a vibração até a frequência da nota-chave.

O Corpo Denso nasce assim que renascemos neste Mundo Físico. Já o Corpo Vital só nasce por volta dos sete anos, e assim só o Éter Químico. Os outros Éteres entram em atividade total em cada 7 anos subsequentes. Esses são os motivos de vermos o crescimento do Corpo Denso, uma vez que vemos o Corpo Denso através dos olhos físicos. Mas, para ver o Corpo Vital devemos desenvolver a visão etérica, a visão dos Éteres. Ela é uma extensão da visão física, já que ambas servem para ver as “coisas” do Mundo Físico. Através dela pode-se ver os Corpos Vitais e os Éteres trabalhando em toda natureza.

Toda e qualquer doença se manifesta no Corpo Vital e é só depois que se manifesta no Corpo Denso. Quando temos saúde, o Corpo Vital emite um som contínuo semelhante à de um besouro. Mas, quando estamos enfermos o som decresce em amplitude, os átomos vibram desarmonicamente. A nota desse som difere de pessoa para pessoa e é determinado pelo ascendente quando nascemos.

O Corpo Vital especializa a força vital que provém do Sol. É essa força que usamos para nos mantermos conscientes neste Mundo Físico e para expelirmos os microrganismos que causam doenças.

Quando comemos em demasia utilizamos muito dessa força vital para digerir o alimento. Daí a sonolência que advém. Aqui também vemos a importância da alimentação.

O desenvolvimento do Corpo Vital é feito mediante a repetição de coisas boas; pois ele é o nosso veículo dos hábitos e para que uma coisa boa se torne um hábito é necessário repeti-la muitas vezes. A intensidade com que realizamos e tornamos a realizar as coisas boas, constrói os bons hábitos. Daí a importância do exercício noturno de Retrospecção em nos lembrar das coisas boas que fizemos durante o dia, reforçando-as e das coisas não boas, rechaçando-as.

As experiências repetidas nele podem criar o hábito. A oração é um dos meios de produzir pensamentos delicados e puros que agem sobre o Corpo Vital, purificando-o. A oração do Pai Nosso, promulgada por Cristo, é a mais completa de todas. Sua repetição nos ajuda a conquistar o domínio próprio, a harmonizar o Corpo Vital e a nos tornarmos mais fraternos.

As forças do Corpo Vital têm sua mais pura expressão no Corpo Denso através do baço, do sangue, do coração, do sistema circulatório, das glândulas endócrinas e dos órgãos sensoriais. Astrologicamente, os Astros estão relacionados com o Corpo Vital. E através dele, no nosso mapa astral e nas configurações astrológicas temos toda gama de aprendizagem e as oportunidades para fazer coisas boas, repeti-las, transformá-las em hábitos e, extraindo a quintessência deles, assimilá-los como virtudes.

De nada adiantaria possuir o Corpo Vital que nos possibilita movimentar o Corpo Denso se não tivéssemos o Corpo de Desejos que nos dá o incentivo para a ação, para movimentar o Corpo Denso. É ele que nos dá o interesse, ou o desinteresse, para desejar algo.

É por causa dele que somos capazes de sentir desejos, sentimentos, emoções e paixões. O Corpo de Desejos não tem a mesma forma que os Corpos Denso e Vital. Durante a vida aqui na Região Química do Mundo Físico (enquanto estamos renascidos aqui) tem a aparência de um ovoide que envolve completamente o Corpo Denso, atingindo de 33 a 44 cm para fora desse Corpo, na Humanidade comum.

O Corpo de Desejos só nasce por volta dos 14 anos de idade, marcando o início da puberdade – em que começa a atração pelo sexo oposto, com seus desejos desenfreados e demais características próprias dessa fase.

Assim como enxergamos o Corpo Vital com a visão etérica, assim também, para enxergarmos o Corpo de Desejos é preciso a visão espiritual do Mundo do Desejo. Então, o veremos formado de vórtices que giram, no ser humano comum, no sentido dos ponteiros do relógio, e que têm como centros determinados pontos do Corpo Denso. Também veremos que ele apresenta todas as cores e nuances que conhecemos e outras que nem imaginamos que exista. Essas cores variam de pessoa para pessoa, e dependem das emoções e desejos que em determinado momento experimentamos. No nosso tema astrológico é o Astro Regente que imprime sua própria cor no nosso Corpo de Desejos. Por exemplo, se for Marte haverá uma tonalidade básica vermelha carmim no nosso Corpo de Desejos. Mas, isso varia de acordo com o momento ou do trabalho que o Ego faz sobre seus Corpos.

Ainda não dominamos o nosso Corpo de Desejos. Por esse motivo principal ainda somos vítimas da Lei – base da religião de raça – que tem como um dos principais objetivos subjugar o desejo.

Como disse S. Paulo em sua Epístola aos Romanos Cap. 7 Vers. 14 a 19: “Não entendo absolutamente o que faço, pois não faço o que eu quero, mas faço o que aborreço (…) eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetivá-lo. Não faço o bem que queria, mas faço o mal que não quero”. O mal aqui é o desejo incontrolado que nos faz satisfazer os nossos sentidos, independentemente de serem egoístas ou não; se prejudicam os outros ou não.

Fazer o mal aqui é relativo e depende de cada um.

Antes de despertarmos para o caminho espiritual, tudo nos é permitido. Se esse despertar ocorrer, pouco a pouco a percepção de que muito do que fazemos não é bom e fruto do egoísmo necessariamente ocorrerá. Pouco a pouco, então, passaremos ao domínio de nós mesmos e do nosso Corpo de Desejos. Como diz S. Paulo em sua Primeira Epístola aos Coríntios Cap. 6 Vers. 12: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma”.

Importa ao Aspirante à vida superior: “estar no Mundo, mas não ser do Mundo”. E, para sabermos quão dominado está o nosso Corpo de Desejos, vem a tentação. Ela é a prova se estamos aptos a subir mais um degrau ou não!

As forças do Corpo de Desejos têm sua mais pura expressão no Corpo Denso através do fígado, dos músculos, do sistema reprodutivo e do sistema metabólico. Essa expressão dele é que impele o Corpo Denso à ação.

Astrologicamente falando, as Casas astrológicas estão também relacionadas com o Corpo de Desejos. Através delas temos toda a gama de assuntos que nos despertam o Sentimento de Interesse – provocando a Força de Atração ou a Força de Repulsão – ou o Sentimento de Indiferença. Por meio das Casas astrológicas, temos o incentivo para a ação ou a deliberação para refreá-la. E é interessante ressaltar que o Sentimento de Interesse e o Sentimento de Indiferença são “as alavancas que movem o Mundo”.

Para distinguirmos se os nossos desejos estão se tornando mais superiores, mais puros (entendamos aqui, mais superiores e mais puros, como desejos que são criados a partir de material das três Regiões Superiores do Mundo do Desejo, quais sejam, Poder Anímico, Luz Anímica e Vida Anímica; como exemplos citamos o altruísmo, a fraternidade, a filantropia, etc.); dependendo da natureza de nossas ações a Mente que regulará ou equilibrará os impulsos advindos dos nossos desejos. É ela que proporciona a qualidade refreadora pelo pensamento. É através dela que temos a capacidade de expressar nossas ideias e pensamentos-formas.

Ainda não nos acostumamos a viver com um raciocínio ordenado e consecutivo. Portanto, o que nos impulsiona mais são os desejos; não o raciocínio, o dever, mas, sim, o prazer. Isso ainda se dá porque a Mente está no seu primeiro estágio de evolução, o estágio dito mineral. Seu formato ainda é uma nuvem disposta em torno da nossa cabeça física. Por ser o veículo mais recente que recebemos então a sua utilização é muito incipiente. A Filosofia Rosacruz ensina várias técnicas e Exercícios Esotéricos para ajudar-nos a melhorar a utilização desse valioso veículo. Com isso, tempo virá em que ela será mais ativa e bem mais desenvolvida, chegando ao seu estágio de Corpo, no caso, Corpo Mental.

A Mente nasce por volta dos 21 anos de idade, quando atingimos a fase conhecida como maioridade. As forças da Mente acham sua mais pura expressão, no Corpo Denso, através do cérebro, do Sistema Nervoso e dos pulmões. Essas partes “iluminam” o Corpo Denso.

Nós agimos e utilizamos esses três Corpos e um veículo para evoluirmos. Durante as horas de vigília – quando estamos “acordados” na Região Química do Mundo Físico – o Corpo de Desejos e a Mente estão destruindo o Corpo Denso, através do pensamento e do desejo, que provocam o movimento e destroem os tecidos, órgãos, sistemas e demais partes do Corpo Denso. Já o Corpo Vital – que é cópia fidedigna do Corpo Denso – trabalha para reconstruí-lo, constantemente. Aos poucos, o Corpo Vital vai perdendo a força vital de tanto corrigir os estragos. Por fim paralisa-se, vem o sono e temos que dormir. Aí, então, começa, efetivamente, o trabalho de restauro do Corpo Denso pelo Corpo Vital: saímos do nosso Corpo Denso, levando conosco os dois Éteres Superiores do Corpo Vital – o Éter Luminoso e o Éter Refletor –, o Corpo de Desejos e a Mente, deixando junto ao nosso Corpo Denso, os dois Éteres Inferiores do Corpo Vital – o Éter Químico e o Éter de Vida. Permanecemos ligados pelo Cordão Prateado.

E, assim, depois de uma noite tranquila, de sono restaurador, estamos prontos para mais um dia de vigília, nesta escola da vida. Afinal, o baluarte da evolução é aqui, renascido, na Região Química do Mundo Físico!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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O Som e os Éteres

Há um “som de vida” acompanhando todas as coisas viventes e crescentes. A ciência moderna está agora chegando a este campo, assim como a outros campos de fenômenos etéricos, anteriormente admitidos apenas pelos ocultistas.

Houve sempre e ainda há muita confusão a respeito da Clariaudiência ou audição extrassensorial. Mais do que em outros campos, talvez, contam-se histórias de distúrbios mentais, acompanhados de “audição de vozes” ou outros sons.


Quer saber mais e como usar esse conhecimento? Acesse aqui: O Som e os Éteres

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Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Período Solar

Pergunta: Por que houve a necessidade de passarmos pelo Período Solar?

Resposta: Porque precisávamos continuar nesse Esquema de Evolução submergindo mais profundamente na matéria. Daí avançarmos para mais um passo: o Período Solar.

Pergunta: Então foram criados novos Globos?

Resposta: Sim, foram necessários novos Globos, cujas posições nos sete Mundos tinham que ser diferentes daquelas ocupadas pelos Globos do Período de Saturno.

Pergunta: Como assim?

Resposta: No Período de Saturno o Mundo mais denso estava situado na Região Concreta do Mundo do Pensamento, e no Período Solar o mais inferior dos Globos encontrava-se no Mundo do Desejo.

Pergunta: Quem preparou todos os Globos do Período Solar?

Resposta: Toda a preparação desses novos Globos e as demais atividades subjetivas estiveram a cargo das Hierarquias Criadoras. E esse trabalho foi feito durante o intervalo entre Períodos, que se chama Noite Cósmica, com a ajuda da Hierarquia Criadora Senhores da Chama.

Pergunta: E o que aconteceu com o Período de Saturno e seus Globos?

Resposta: Tenhamos sempre em mente que na criação de Deus nada se perde. O Espírito Virginal passa por cada Globo sete vezes, então, quando passou pela sétima vez no Globo A, este já começou a se desintegrar lentamente, pois não havia mais utilidade e assim aconteceu com os demais. O mesmo acontecerá com o Período Solar.

Pergunta: No Período Solar existia outro elemento que predominou em todos os Globos?

Resposta: No Período Solar os Globos eram esferas luminosas, brilhantes, de consistência análoga à dos gases. Portanto, existiam dois elementos, o Fogo e o Ar.

Pergunta: Qual era a Onda de Vida que estava atravessando o estágio “humanidade” no Período Solar?

Resposta: Era a Onda de Vida dos Arcanjos.

Pergunta: Na Onda de Vida dos Arcanjos algum ser se destacou na evolução?

Resposta: Sim, o mais elevado Iniciado desse Período foi Cristo, o “Filho”, que é um Arcanjo, isto é, o mais elevado de todos os Arcanjos.

Pergunta: Então, nesse caso, Cristo, o “Filho”, alcançou o segundo aspecto de Deus?

Resposta: Cristo foi o Arcanjo que aprendeu, no Período Solar, tudo que um Arcanjo deve aprender até o Período de Vulcano e, com isso, conseguiu criar um corpo com material formado de matérias do Mundo de Deus. Desse modo alcançou o mérito de exercer o segundo atributo de Deus, o de Sabedoria, que é o papel do Deus-Filho.

Pergunta: Então, qual é o veículo mais inferior de um Arcanjo?

Resposta: Normalmente, o veículo inferior de um Arcanjo é o Corpo de Desejos. Mas, o Cristo, o mais elevado Iniciado do Período Solar, emprega geralmente o Espírito de Vida como veículo inferior. Cristo tem o poder de construir e funcionar num veículo tão inferior como o Corpo de Desejos, o veículo usado pelos Arcanjos, mas não pode descer mais.

Pergunta: A Hierarquia Criadora Senhores da Chama também era responsável pela evolução do Período Solar?

Resposta: Quando a vida em evolução apareceu no Globo A na Primeira ou Revolução de Saturno do Período Solar, estava ainda a cargo dos Senhores da Chama, mas foram os Senhores da Sabedoria que tomaram a seu cargo a evolução material no Período Solar.

Pergunta: E qual foi a ajuda que os Espíritos Virginais receberam nesse Período dos Senhores da Sabedoria?

Resposta: Nesse Período os Senhores da Sabedoria (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Vital.

Pergunta: Nesse Período também houve o despertar de algum veículo nosso espiritual?

Resposta: Sim, na sexta Revolução desse Período a Hierarquia Criadora dos Querubins despertou em nós o nosso veículo espiritual Espírito de Vida.

Pergunta: Cite um dos trabalhos efetivos realizado nesse Período por essas duas Hierarquias.

Resposta:  As duas Hierarquias (Senhores da Chama e Senhores da Sabedoria), na primeira metade da Revolução de Saturno do Período Solar, em ação conjunta, se ocuparam em realizar certas melhoras no germe do Corpo Denso. Mudanças essas indispensáveis para que ele pudesse ser interpenetrado por um Corpo Vital, dando-lhe ao mesmo tempo a capacidade de desenvolver as glândulas e um canal alimentar.

Pergunta: Qual era o nível de desenvolvimento de consciência dos Espíritos Virginais no Período Solar?

Resposta: Nós, como Espíritos Virginais da Onda de Vida humana, passamos pela nossa existência parecida com a Onda de Vida vegetal atual e tínhamos a consciência que hoje nomeamos de sono sem sonhos.

Pergunta: No Período Solar iniciou a Evolução um outra Onda de Vida, além da nossa?

Resposta: Nesse Período teve início a evolução da Onda de Vida animal.

Pergunta: E como era a consciência dessa Onda de Vida animal no Período Solar?

RespostaEra semelhante ao que hoje é a Onda de Vida mineral: transe profundo.

Pergunta: Em qual Mundo iniciou o Período Solar nesse Esquema de Evolução?

Resposta: O Globo A, o primeiro de quaisquer Períodos, estava situado no Mundo do Espírito de Vida.

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz!

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Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Período de Saturno

Pergunta: Qual é então, o primeiro Período do Esquema de Evolução ora em curso?

Resposta: No Esquema de Evolução em que estamos vivendo atualmente, o primeiro é o chamado Período de Saturno. É aqui que a Onda de Vida humana iniciou a sua manifestação ativa.

Pergunta: Qual era a nossa consciência no Período de Saturno?

Resposta: A consciência de transe profundo.

Pergunta: Nós como Espíritos Virginais no início da nossa peregrinação já éramos dotados de alguns poderes latentes?

Resposta: Sim, em nós estão contidas todas as possibilidades latentes do nosso criador, Deus, inclusive o germe da Vontade independente.

Pergunta: Quantos Globos existem no Período de Saturno?

Resposta: Como em todos os outros Períodos, 7 Globos de diferentes densidades de matéria.

Pergunta: Qual o elemento predominante em todos os Globos desse Período?

Resposta: Os sete Globos desse Período eram obscuros e quentes com substâncias muito mais rarefeitas e sutis, respectivamente, que o da nossa Terra atual.

Pergunta: Qual era o Globo mais denso nesse Período?

Resposta: O Globo mais denso desse Período estava situado na Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Pergunta: Qual era a Onda de Vida que estava passando pelo estágio conhecido como “humanidade” nesse Período?

Resposta: Os Senhores da Mente .

Pergunta: Então os Senhores da Mente evoluíram a partir desse Período?

Resposta: Sim, todos os Senhores da Mente evoluíram a partir de então, tornando-se especialistas em matéria mental. Um específico Senhor da Mente, no final do Período de Saturno, conseguiu aprender tudo que um Senhor da Mente precisa aprender até o Período de Vulcano e, por isso, alcançou o mérito de construir um Corpo com material do Mundo de Deus. Assim, se tornou responsável pelas atribuições divinas do ‘Pai’, por ser o mais elevado Iniciado da “humanidade” do Período de Saturno

Pergunta: Existia alguma Hierarquia Criadora que foi a principal responsável por nós no Período de Saturno?

Resposta: Sim, os Senhores da Chama.

Pergunta: Quais foram os principais trabalhos executados pelos Senhores da Chama em nós?

Resposta: Na primeira Revolução do Período de Saturno irradiaram de si mesmos o germe do nosso atual Corpo Denso. E na sétima Revolução do Período de Saturno despertaram em nós o nosso veículo espiritual mais elevado, o Espírito Divino.

Pergunta: Poderia explicar melhor quem eram os Senhores da Chama?

Resposta: Eram Seres elevadíssimos, assim chamados em virtude da brilhante luminosidade dos seus corpos e dos seus grandes poderes espirituais.

Pergunta: Qual era a nossa forma no início do Período de Saturno e onde habitávamos nos Globos desse Período?

Resposta: Nós ficávamos incrustados em todo o Globo; podemos dizer que o Espírito Virginal era algo similar a uma framboesa, ou melhor dizendo, o Globo era todo composto de grande número de pequenas framboesas. Vivíamos apegados a esse Globo.

Pergunta: E como eram as atividades dentro do Período de Saturno?

Resposta: Éramos, na época, como “jovens aprendizes”, estávamos nos adaptando e recebíamos toda a ajuda, externamente, proveniente das Hierarquias Criadoras. Éramos dirigidos totalmente de fora e assim passamos pelas sete Revoluções nos sete Globos desse Período.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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As Violações às Leis da Natureza e os efeitos na sua Saúde

As maneiras erradas de viver em relação às Leis da Natureza são destrutivas e causam desarmonia, dor e sofrimento. Isso, é claro, pode ser evitado por um viver reto, obediente às leis naturais. Quaisquer violações às Leis da Natureza devem causar doenças, desconforto e infelicidade a muitas pessoas.

Dessas violações, as principais são:

  1. Consumir alimentos não naturais (artificiais);
  2. Comer demasiado;
  3. Falta de balanceamentos nas substâncias alimentares ingeridas;
  4. Falta de ar puro e Sol;
  5. Falta de higiene;
  6. Falta de exercícios físicos;
  7. Falta de descanso e sono;
  8. Falta de autocontrole;
  9. Dormir em quartos não ventilados;
  10. Pensamentos de raiva;
  11. Alimentar ódio e ressentimento;
  12. Permitir-se a explosões impulsivas “pavio curto”;
  13. Gratificar os desejos inferiores;
  14. Maltratar ou ferir outras pessoas ou animais;
  15. Abusar da sagrada função criadora (sexo).

Uma vez que todos os órgãos e funções do corpo são interdependentes, o abuso e consequente aflição em uma parte afeta todas as demais, o que acelera o acúmulo de substâncias deletérias no sistema e baixa a vitalidade de todo o organismo. Portanto, a cura real, para alcançar resultados duradouros, deve ser dirigida não à supressão dos sintomas, mas à remoção das causas que geraram os sintomas. E desde que o corpo é mantido por substâncias químicas introduzidas na corrente sanguínea pelo alimento diário, a comida certa é o remédio natural que o paciente precisa ingerir para cooperar com os bons aspectos astrais favoráveis à cura.

“Pelo poder da vontade nós projetamos uma ideia através da Mente, tomando ela forma concreta como pensamento-forma, ao atrair da Região do Pensamento Concreto a matéria mental com que então se reveste.” (conforme estudamos no livro: Conceito Rosacruz do Cosmos). A Mente humana, portanto, quando dirigida positivamente pelo Espírito, pode alcançar grandes feitos continuamente em todas as fases da vida. Assim, uma atitude mental construtiva, criativa, é a chave de nossos poderes internos de fortaleza, saúde, coragem e equilíbrio. O pensamento é considerado como força e energia, poderosas para o bem ou para o mal, como igualmente o é a intangível força conhecida como eletricidade. Daí precisamos ter muito cuidado ao lidar com nossos processos mentais quando desejamos determinados resultados. Pensamentos são coisas, e todo pensamento que formamos, torna-se parte de nossa aura mental e da nossa vida. Pensamentos criadores, individuais e coletivos, produzem tudo o que do esforço humano é útil, belo e de valor duradouro na vida, para a saúde e para o progresso das pessoas.

Por conseguinte, pensar e viver retamente produz saúde, felicidade e prosperidade, e encoraja a transmutação de qualquer mal que nos aflija; por outro lado, hábitos destrutivos de pensar reagem desfavoravelmente sobre o organismo físico, criando condições doentias e infelizes nas vidas e negócios das pessoas. Indivíduos que se permitem pensamentos negativos têm todas as probabilidades de serem vencidos pelo mal.

Aquele que se encontra enfermo ou doente, fraco e aflito, independentemente dos sintomas que apresente, deve formar uma imagem mental da perfeição e saúde físicas que deseje para viver mais abundantemente. Deve condicionar sua Mente para visualizar saúde enquanto obviamente esteja sofrendo por alguma doença. Isso é razoável e logico porque a doença se deve principalmente a conceitos mentais errôneos e a reações emocionais indevidas.

Como toda a Humanidade começa a ter uma compreensão mais clara, apreciação e utilização das potencialidades ocultas e dos poderes da Mente humana, a vida na Terra deve mudar para melhor. Faça a sua parte!

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross, de novembro-dezembro/1988, e traduzido por um irmão da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP, em 1989)

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Audiobook: O Lado Oculto da Guerra – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

•Sabemos que as paixões das nações em guerra se assemelham aos lampejos dos relâmpagos na Região Aérea do Mundo do Pensamento Concreto.

•Há algum meio melhor para demonstrar a beleza e a necessidade da paz, da boa vontade e do amor do que compará-los com o estado atual de guerras, egoísmos e ódios?

•Há sim, pois “Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda é a sombra que projeta. Quanto mais altos os ideais, mais claramente podemos ver nossos defeitos.”

•A guerra econômica/financeira dos nossos dias é muito pior e mais destrutiva do que as guerras militares entre as nações.

Quer saber mais sobre isso?

Escute aqui o Audiobook desse livro: Audiobook: O Lado Oculto da Guerra – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Se quiser, também, pode acessar o livro físico aqui: O Lado Oculto da Guerra – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Boa audição e leitura 🙂

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