Arquivo de tag surdez

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Som e os Éteres

Há um “som de vida” acompanhando todas as coisas viventes e crescentes. A ciência moderna está agora chegando a este campo, assim como a outros campos de fenômenos etéricos, anteriormente admitidos apenas pelos ocultistas.

Houve sempre e ainda há muita confusão a respeito da Clariaudiência ou audição extrassensorial. Mais do que em outros campos, talvez, contam-se histórias de distúrbios mentais, acompanhados de “audição de vozes” ou outros sons.


Quer saber mais e como usar esse conhecimento? Acesse aqui: O Som e os Éteres

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Cura Contada por Quem foi Curada e por Aqueles que estavam ao Redor, acompanhando o caso

Nota do editor — A. M. Davidson, um de nossos Estudantes ingleses, enviou-nos o seguinte relato sobre a cura milagrosa da senhorita Dorothy Kerin, de Londres, que ficou acamada por muitos anos, sofrendo de tuberculose avançada e doença renal. Tornou-se cega, surda, mentalmente retardada e estava perto da morte, quando, de repente, através da visão de mãos curativas e quentes, foi curada e continua bem.

Como nossa amiga nos enviou seu tema natal, achamos que possa interessar aos leitores saber o que as estrelas têm a dizer.

Nesta natividade, Sagitário, 13 graus, está ascendendo com o Sol, Mercúrio, Vênus e a Cauda do Dragão.

Júpiter, o Planeta dominante, faz Sextil com Mercúrio e o Sol; Marte faz Sextil com Vênus. Assim, vemos que ela tem a tendência a ser uma pessoa muito gentil, idealista e adorável; mas, Vênus está em Conjunção com a Cauda do Dragão, que tem influência saturnina; Mercúrio e Vênus fazem Quadratura com Saturno; portanto, é quase inevitável que muita tristeza e sofrimento cheguem a essa vida e a turvem com infelicidade. Onde Mercúrio, o significador da Mente, é atingido por Saturno, o Planeta da obstrução, naturalmente há uma condição sombria e tendência a olhar para o lado nebuloso da vida. Mas, nunca podemos julgar algo em um horóscopo a partir de uma configuração apenas; todos os Aspectos devem ser considerados em relação a qualquer assunto e, assim, será obtida uma síntese ou equilíbrio de influência. O Sextil entre Marte, Vênus e Mercúrio proporciona força à Mente, dessa forma ajudando a compensar a influência sinistra de Saturno. A Lua, que é o outro significador da Mente, está no Signo mercurial de Gêmeos, fazendo Trígono com Urano. Isso explica a evolução das faculdades supranormais que ouvimos na história desse caso e a conversão dessas faculdades latentes em poderes dinâmicos, também é pressagiada pelo Trígono entre Júpiter, o Planeta da benevolência e do idealismo, e Netuno, o Planeta da espiritualidade; além disso, e equilibrando esses testemunhos, nessa jovem nós vemos uma alma de natureza gentil, alegre e idealista, cujas faculdades espirituais latentes estão quase maduras e prontas para ser convertidas em poderes utilizáveis sob o impacto estelar apropriado.

No que diz respeito à saúde, registra-se que ela sofria de tuberculose e perdeu a visão, a audição e a fala. Sol e Mercúrio estão no Signo de Sagitário, próximo ao ponto nebuloso chamado Antares, e o Sol faz Oposição a Netuno. Essa é a causa da visão enfraquecida. A décima segunda Casa indica as influências restritivas da vida e quando Mercúrio, o significador dos sentidos, aparece em Conjunção com o Sol, como é o caso no horóscopo dela, temos uma influência limitadora que afeta a audição. É curioso notar que Netuno, a oitava de Mercúrio, está no Signo de Gêmeos, que é governado por Mercúrio, em Oposição ao Sol e, portanto, ajudando a despertar a audição espiritual, que também é registrada nesse caso. Essa configuração sozinha não seria capaz de causar isso e o acontecimento obtido seria de natureza indesejável, mas ajuda na configuração o Trígono entre a Lua e Urano, que abre as faculdades supranormais, como já foi dito.

Touro rege a garganta e a laringe; entretanto, Mercúrio governa o ar que agita as cordas vocais. Aqui descobrimos que Touro está nos seus últimos graus como cúspide da Sexta Casa, denotando doença, e Vênus, o governante, está no Ascendente, em Conjunção com a influência saturnina da Cauda do Dragão, que também afeta Mercúrio por sua Conjunção; isso proporciona a fraqueza dos órgãos vocais, e a consequente perda de fala é indicada pela Quadratura de Mercúrio com Saturno. Netuno no Signo de Gêmeos, que governa os pulmões, e em Oposição ao Sol, é o responsável pela aflição da tuberculose.

Pareceria quase impossível que uma pessoa tão gravemente afligida pudesse ser curada; contudo, no domingo, 18 de fevereiro de 1912, o Relógio do Destino atingiu a hora do seu alívio. Naquela época, o Sol progredido estava a 28 graus de Sagitário; portanto, havia acabado a Oposição à Lua radical que fazia Sextil com Urano, ao nascer. Essa é uma influência sob a qual uma mudança repentina e de natureza benéfica pode ser esperada, mas os Astros, por si só, não podem fazer isso. A Lua, ou Lunação, é o ponteiro dos minutos no Relógio do Destino e, naquele mesmo dia, a Lua Nova ocorreu a 28 graus de Aquário, o Trígono entre Lua e Urano, ao nascer, e o Sextil com o Sol progredido; essa foi uma influência oculta muito poderosa e, naquele mesmo dia, Júpiter, o governante do mapa astral, também transitou pelo Ascendente; assim, houve uma série de influências extraordinárias para explicar o milagre que ocorreu na recuperação da paciente.

A seguir, é apresentada a história do caso, contada pelo nosso amigo da Inglaterra.

Há muitos que se recusam a acreditar que exista algo como um “milagre”. Eles provavelmente estejam certos: o milagre não é sobrenatural; é apenas, geralmente, uma atividade de forças suprafísicas que ainda não são compreendidas pelo mundo em geral. Tais “milagres” ocorrem constantemente em conexão com os pacientes da F. R., provavelmente todos os dias, se a verdade for conhecida. Porém dos muitos acontecimentos extraordinários que se lançaram sobre este mundo cético nos últimos anos, provavelmente nenhum esteja tão bem autenticado ou tenha recebido tanta atenção dos cientistas quanto o conhecido, neste lado do “lago de arenque”, como “o caso milagroso de Kerin”. No domingo, 18 de fevereiro de 1912, a senhorita Dorothy Kerin, que havia ficado de cama por alguns anos, sofrendo de tuberculose avançada, doença renal e, por último, cegueira e perda de fala, com uma temperatura, às vezes, subindo para 40,5 °C, aproximadamente, foi repentina e completamente curada por uma visita angelical.

As seguintes informações foram dadas por sua mãe: “Um fato estranho na recuperação é que alguns dias antes Kerin parecia ter piorado rapidamente como nunca nos últimos cinco anos da doença: ela havia perdido a audição e a visão. Não achamos que ela pudesse viver o dia todo. Meu marido e eu, com alguns amigos e parentes, estávamos reunidos em volta da cama por volta das oito da noite, no domingo, esperando que ali fosse seu leito de morte. De repente, ela deu um grande suspiro e pensamos que tivesse morrido. No entanto, com um sorriso maravilhoso que nenhum de nós pode esquecer, ela levantou os braços e os estendeu por alguns momentos. Então ficou imóvel por um tempo. Seus lábios se moveram, ela estendeu os braços novamente e depois passou as mãos sobre os olhos, sempre sorrindo daquela maneira maravilhosa e sobrenatural. Sua terrível fraqueza, devido à tuberculose e ao diabetes, tornara-a quase um esqueleto. Então vimos um milagre diante de nossos olhos. Ela olhou para nós, apertando os olhos que depois se tornaram bastante naturais em expressão. Eu lhe perguntei: ‘Minha linda, você me conhece?’; ‘Claro que sim, mamãe’. Todos ficamos surpresos. Ela então se sentou e gritou: ‘Eu devo me levantar!’. Ela parecia estar sob alguma influência misteriosa. ‘Você não pode se levantar, minha querida’, eu disse, ‘você está muito fraca’. Contudo, quando trouxemos um roupão, ela balançou as pernas sobre a cama e caminhou. Estava bem mais calma do que nós. Um homem presente era ateu declarado. Ele caiu de joelhos e soluçou em voz alta”.

A senhorita Dorothy Kerin, entrevistada na presença de sua mãe, falou a respeito da visão que teve durante a cura: “Parecia uma grande chama dourada acima de mim, com as duas mãos esticadas, mãos quentes, e uma voz que falou: ‘Dorothy, seus sofrimentos acabaram; levante-se, você pode andar’. Então eu pude ver, andar e estou bem. Tenho certeza de que seja um milagre”. O médico dela não acreditou quando foi informado, mas teve que admitir, ao examiná-la no dia seguinte, que estivesse totalmente livre de doenças orgânicas!

O caso é tão bem autenticado que é absolutamente indiscutível. A condição patológica da senhorita Kerin foi confirmada não apenas por seu médico assistente e regular, Dr. Norman, mas também pelo Hospital St. Bartholomew, Hospital St. Peter para Incuráveis, em Kilburn, e outras instituições; ela foi enviada para Casa durante dois anos, como um caso sem esperança. Muitos médicos já a viram e seu caso é bem conhecido na medicina. Seu irmão disse que durante os estágios mais avançados da doença dela, quando suas faculdades normais declinaram, Dorothy desenvolveu faculdades sobrenaturais e podia, por exemplo, saber o que acontecia ao irmão, mesmo estando ela longe de casa. Era preciso ter cuidado ao falar sobre ela em outros quartos, porque conseguia ouvir, embora estivesse surda para quem conversasse com ela ao lado da cama.

Uma declaração independente do caso, para aqueles que estejam mais interessados, pode ser encontrada em “Faith and Suggestion” (veja o original aqui), do Dr. E. L. Ash. A senhorita Kerin, segundo o conhecimento desse escritor, está aparentemente muito bem e forte, hoje. Ela falou em uma grande conferência religiosa no norte da Inglaterra recentemente e no mês passado proferiu uma palestra perante a Sociedade de Ocultismo de Londres: “O que eu sei do efeito da oração como fator de cura. Como eu fui curada”. Mas, é preciso acrescentar que a senhorita Kerin tenha uma disposição muito religiosa e, mesmo durante sua doença, era bastante paciente, gentil, sofria com prazer e rapidamente agradava a todos com quem entrasse em contato. A senhorita Kerin recebeu quantias muito grandes para aparecer no palco de auditórios; porém, considerando isso uma prostituição da evidência da graça divina, recusou.

(Publicado na Revista “Rays from the Rose Cross de outubro/1910” e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Geração de Meio-surdos?

Um operário que trabalhou durante dois anos esburacando os calçamentos com um martelo pneumático acabou perdendo metade de sua audição, e teria perdido mais se não tivesse usado protetores nos ouvidos. Numa noite de São João, um jovem soltou uma bombinha que explodiu junto ao ouvido do colega. Ao fim de algum tempo, os pais notaram diminuição da audição daquele lado e os especialistas concluíram que houve perda parcial da sensibilidade auditiva e que a lesão era irreversível. Sirenes de ambulâncias, as terríveis e exasperantes motocas, buzinas estridentes, alto-falantes em portas de lojas, etc., têm causado enorme desgaste e contribuído para aumentar a surdez em milhares de pessoas, especialmente na idade madura.

O assalto aos nossos ouvidos está crescendo em tal proporção que a poluição sonora se tornou problema mais grave do que a atmosférica, isso porque não temos consciência dela e os efeitos só se fazem sentir lentamente. Um brado de alerta deve ser dirigido especialmente aos jovens. Estamos criando uma geração de meio-surdos com as ruidosas e insuportáveis orquestras de aparelhos elétricos ligados no tom mais alto e ensurdecedor possível. A medida do som é feita em decibel, em homenagem a Graham Bell. Um decibel significa a quantidade de som mais baixa que uma pessoa pode ouvir. O ruído num escritório, com máquinas de escrever, geralmente chega a 50 decibéis; o do movimento de carros numa rua sem buzinas e escapamentos abertos vai a 80 decibéis; e o metrô produz 90 a 100 decibéis, o que já é bastante barulho. Enquanto um avião a jato levantando voo, a uma distância de 700 metros, produz cerca de 120 decibéis, capazes já de causar lesão nos ouvidos, um conjunto de estéreo elétrico em recinto fechado chega a 140 e até 150 decibéis, carga mortífera para as sensíveis terminações nervosas.

Ao contrário do que se pensa, não é a membrana do tímpano a principal vítima, mas os próprios nervos auditivos, assim como um foco de luz muito intenso lesa definitivamente a retina. Ruídos altos de 80 a 90 decibéis, se prolongados e repetidos, podem ser igualmente lesivos e levar aos poucos ao endurecimento da audição.

Geralmente, são pessoas da família as primeiras a notarem a baixa na audição. Por exemplo, dificuldade em acompanhar conversação conduzida em tom ordinário, estar sempre a aumentar um pouco mais o som da televisão quando todos estão ouvindo normalmente ou começar a dar resposta sem sentido às perguntas são sinais significativos.

Se medidas protetoras não forem tomadas imediatamente, essa diminuição se acentuará progressivamente.

Não se acanhe de tapar os ouvidos ou usar algodão ou protetor de borracha quando tiver de permanecer em ambiente sujeito a sons altos e estridentes; ou próximo ao disparo de um tiro, ou em campo de aviação, boates, discotecas etc. Procure dar descanso aos ouvidos; não se deve sair de um ambiente barulhento de trabalho e, em casa, ligar televisão ou rádio em alto volume. Dê a seus ouvidos momentos de silêncio, de quietude, para que as células nervosas possam repousar. Mais ainda, se você percebe que está ouvindo menos, é natural que queira esconder ou insistir que nada há de errado com seus ouvidos. Mas, procure um especialista, faça-se examinar, ele lhe dirá qual a percentagem de perda, se há recuperação e o que deve ser feito.

Jamais use aparelhos sem consulta médica. Um aparelho auditivo é como um óculos pessoal, só serve para aquele caso, e não para outro. Embora aparentemente os óculos e o aparelho auditivo de outra pessoa possam permitir a você ver e ouvir melhor, não significa que sejam bons. Causarão distorções, forçarão nervos. Defenda seus ouvidos para tê-los por toda a vida.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – novembro/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ajuda para a Surdez Musical

Ajuda para a Surdez Musical

A surdez musical ou agnosia auditiva é uma variedade de agnosia para música, na qual a pessoa não distingue a variação de tonalidade musical ou não reconhece melodia, por exemplo.

Pergunta: Podem os surdos-musicais aprender a identificar os vários sons e tonalidades e apreciar música como fazem as pessoas que não possuem essa deficiência?

Podem os surdos-musicais aprender a reter uma melodia e cantá-la?

Resposta: Um Estudante Rosacruz, um músico profissional, que dedicou muitos anos de estudo e pesquisa nesse setor e trabalhou com os assim chamados “monótonos”, deu-nos a seguinte resposta:

Sim, é possível aperfeiçoar:
1 – a percepção auditiva de tons musicais.
2 – a capacidade de combinar os tons, com a voz que canta.

As razões que tornariam isso impossível seriam se o conduto auditivo externo, o ouvido médio ou interno, ou as próprias cordas vocais estivessem fisicamente molestadas e incapazes. Contudo, de fato, isso nunca aconteceu.

Uma pessoa surda-musical deve enfrentar e satisfazer três condições básicas, antes de pretender ouvir e cantar tons harmoniosos e perfeitos:

  1. Ela deve estar consciente que há em si carência de tais habilidades.
  2. Ela deve desejar, ardentemente, aperfeiçoar-se.
  3. Ela deve persistir na repetição de todas as técnicas que aperfeiçoarão seu poder de percepção auditiva e de reação dos tons vocais, até que os neurônios de conexão no cérebro e as cordas vocais possam funcionar automaticamente (processo conhecido como plasticidade cerebral), o que o conduzirá a uma reeducação auditiva.

É conhecido cientificamente que muitos surdos podem ouvir, ao menos, um som.

Um surdo-musical ouve sons, mas não o pode diferenciá-los e é incapaz de reproduzi-los com a voz. Em consequência, será ouvida uma canção de um só tom (monótono) de acordo com o único tom que seu sentido auditivo tiver captado.

A seguinte teoria sobre a evolução do sentido musical é baseada na pesquisa e na experiência pessoal: o passado evolutivo do sentido musical é repetido sumariamente em cada nascimento. Tal como o ser humano primitivo ouvia um único som, a criança ouve, também um único som. Os outros sons estão ao seu redor, mas o ouvido e o sistema nervoso central não estão ainda desenvolvidos para distingui-los. Desde que os olhos do ser humano primitivo o informaram que diferentes formas produzem sons diferentes e variados, houve um desejo intenso de ouvir mais, ainda que confusamente, os sons que estavam sendo criados. Max Heindel nos diz que os órgãos físicos são desenvolvidos à medida que se intensifique o desejo para isso. Os neurônios do sistema nervoso central e periférico, onde estão presentemente localizados, eram antigamente, simples correntes de desejo. Em consequência, o desejo do ser humano trouxe à tona a primeira diferenciação tonal, isto é, a percepção dos sons mais altos e mais baixos.

Experiências pessoais mostraram que diferenciações tonais sucessivas, as quais dão ao ser humano uma maior expansão e sensibilidade auditiva, seguem um modelo, uma lei da Natureza conhecida na física como acústica. Seguindo esta lei da Natureza, é possível ajudar a evolução musical num indivíduo.

Ao redor dos 6 anos de idade, muitas crianças desenvolvem um bom senso musical a ponto de poderem cantar uma melodia numa determinada escala e alcance tonal. Algumas crianças são capazes de harmonizar em tons mais altos ou mais baixos.
Um ambiente de música ajuda e favorece o desenvolvimento, mais cedo, de uma melhor sensibilidade musical.

(Traduzida da Revista RAYS from the Rose Cross e publicada na Revista: Serviço Rosacruz – 03/78 – Fraternidade Rosacruz – SP)

Idiomas