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As Nove Sinfonias de Beethoven – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Quinta Sinfonia

AS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Quinta Sinfonia

Por Corinne Heline

CAPÍTULO V – QUINTA SINFONIA – DÓ MENOR – OPUS 67

“O espírito de Beethoven está encarnado em sua música e aquele que ouviu a Quinta Sinfonia, ouviu Beethoven.”

Sir Oliver Lodge[1]

A Quinta Sinfonia é uma canção dos quatro Elementos: Fogo, Ar, Terra e Água. É surpreendente em sua intensidade e poder. As pessoas sensitivas que viviam nos dias de Beethoven disseram ter sido lançadas em convulsões pelas grandes marés de verdadeiro fogo cósmico.

Assim é como Wagner descreve a “gigantesca energia” do primeiro movimento desta sinfonia: “Ele (Beethoven) rouba as ondas do mar e deixa vazio o fundo do oceano que para as nuvens em seu curso, dissipa o nevoeiro e revela o puro céu azul e a face ardente do Sol”.

Nas suas quatro partes, a sinfonia canta a canção de cada Elemento. Enquanto cada uma dessas partes está separada e distinta da outra, elas estão magicamente ligadas por uma linha dourada de harmonia. Os críticos frequentemente comentam sobre a concordância rítmica dos quatro Elementos.

O primeiro movimento (Allegro con brio[2]) é a chave do Elemento Fogo. O segundo (Andante con moto[3]) está relacionado com o Ar. É o mais irregular dos quatro movimentos. O terceiro (Allegro) está intimamente ligado ao primeiro, embora não se torne, de modo algum, uma repetição dele. Ele exprime um misterioso caráter tremeluzente e aquoso. Então, no Finale, é como o corpo todo da Terra que se estende em triunfo para receber, unido e integrado, esse cósmico poder dos quatro Elementos.

A Quinta Sinfonia foi composta no final do ano de 1807 ou no início de 1808. Tanto ela como a sua sucessora, a Sexta Sinfonia, foram apresentadas pela primeira vez em 22 de dezembro de 1808 em Viena.

A nota-chave espiritual da Quinta Sinfonia é liberdade.

Das nove grandes Sinfonias de Beethoven, esta é, provavelmente, a mais popular. Foi considerada “infalível na concepção e sem falhas na construção… um sublime e resistente monumento ao gênio incomparável e habilidade executiva de seu autor”. É música que se eleva acima do pessoal e transitório na vida; não contém nenhuma referência à cena externa e passageira, mas incorpora, dos níveis cósmicos, uma força moral designada para reforçar o ser interno de todos os que a ouvem. É música pura, refinada e abstrata com o objetivo de agitar a alma do ser humano dentro da lembrança de sua natureza divina e imortal, e aumentar seus poderes para dar um passo para cima. E isso ela realmente faz, haja reconhecimento consciente do fato ou não. Aqui está uma estrutura tonal erguida para uma “declaração cósmica”. Ela fala de modo redentor ao espírito interno do ser humano porque seus modelos sonoros são completamente harmoniosos com as atividades do “Grande Ser do Universo” e Sua reflexão no ser humano microcósmico da Terra.

Cada um dos quatro movimentos é, por si mesmo, uma brilhante criação. Considerados em conjunto, constituem um trabalho de imponente grandiosidade.

O primeiro movimento, Allegro con brio, inicia com quatro notas em uníssono que Beethoven uma vez explicou que soam como o Destino batendo à porta. O segundo movimento, Andante con moto, carrega uma nota de tristeza; no entanto, é maravilhosamente lindo e é realçado mais adiante por um daqueles temas marciais que só Beethoven pôde conceber.

Considerando o primeiro e o segundo movimento juntos, eles são uma verdadeira explosão de desafio da vontade que cresce mais veemente e intensa até que as forças de resistência são derrotadas. Como um comentarista expressou, os dois primeiros movimentos são a canção de um Ego de forte vontade, determinado a quebrar os laços do destino e se elevar acima de suas limitações.

Destino, deve ser acrescentado, é outro nome para a Lei de Causa e Efeito. Não é uma abstração fria e isolada. É um poder vivo e ativo entretecido numa fábrica de vida. Assim como um ser humano ou uma nação semeia, assim eles devem também colher. O ser humano, tanto individual como coletivamente, ressente-se dessa verdade antes de estar espiritualmente acordado. Ele se recusa a aceitar o fato de que seus sofrimentos e desgraças são o resultado de seus próprios erros e más ações. A raiva, a amargura, a indiferença e a contradição que a alma desperta enfrenta estão representadas nos dois primeiros movimentos da Quinta Sinfonia.

Com o terceiro movimento, uma grande transformação ocorre. Agora, a música se torna linda e cheia de um estranho misticismo que pressagia grandes baixos e impenetráveis altos, até agora não alcançados e inexplorados. Aqui, gradual, mas inevitavelmente, tão suaves e lindas como as pétalas de uma flor que se abre, o espírito é despertado mais profundamente para o verdadeiro propósito e mistério da vida. Uma nova e mais profunda realização nasce, mas quando as leis da vida são entendidas e harmoniosamente aplicadas, vemos que não são más e sim boas.

O terceiro movimento, ou Scherzo, tem algumas passagens básicas eloquentes e suas figuras rítmico-tonais são cheias de velado mistério e pesadas com presságios escuros. Ele se insinua dentro do “orgulhoso e ardente” Finale perto da Coda[4] que é de surpreendente brilho, finalizando com um Presto.

Não há nada mais etereamente lindo em toda a música do que a transição do Scherzo para o Finale, dentro do qual essa realização nasce completamente no âmago da alma que desperta ou se ilumina. É então, com uma canção de júbilo, que o espírito se liberta por toda a existência e eternidade, para não mais ficar atado à Lei de Causa e Efeito. A música gloriosa do Scherzo e do Finale soa como a canção triunfante de alguém que alcançou a espiritualidade. Essa sublime “música de liberdade” é a divina herança de toda alma que aprende a se emancipar, passando da condição finita da vida pessoal para a condição infinita do ser eterno.

Nas palavras de Charles O’Connell, “No sentido amplo, essa não é a expressão do pensamento ou sentimento de um homem. Essa é a declaração de uma humanidade confusa e sarcástica – e finalmente triunfante. Essa é a voz do povo, de um mundo sofredor e débil; embora contendo dentro de si os elementos da grandeza final … certamente, a Quinta Sinfonia tem um apelo à natureza humana mais poderoso, direto e universal do que qualquer outra grande música existente”.

O Finale é de tal magnitude e riqueza que, em comparação com ele, há poucas peças musicais que possam ser tocadas sem ser completamente esmagadas.

E. Markham Lee em “The Story of the Symphony” escreve sobre a Quinta Sinfonia: “Colossal em seu poder majestoso, romântica em sua essência e titânica em suas ideias inerentes, a Sinfonia em Dó Menor levanta-se como uma das mais nobres e mais características dos trabalhos de Beethoven. Vinda no meio das suas nove Sinfonias, não é como suas companheiras e, por sua nobreza e majestade, mantém sua cabeça orgulhosa com uma dignidade que é bem capaz de sustentar. Beethoven começou a compô-la logo após terminar a Eroica e a mesma seriedade é óbvia”.

Essa poderosa, magnífica e ao mesmo tempo maravilhosa música descreve a gloriosa liberdade que só o espírito pode conhecer quando quebra a cadeia que o prende à Personalidade e desperta para o êxtase do puro espírito. Essa Sinfonia é a sublime canção da emancipação. É a interpretação musical da luta épica do ser humano em níveis anímicos. É uma exultante canção de triunfo na qual o ser emancipado quebra os laços do finito e passa vitoriosamente para a gloriosa liberdade do infinito.

A QUINTA INICIAÇÃO

A Quinta Iniciação está conectada com a quinta camada ou Estrato Germinal da Terra, como é determinado na terminologia Rosacruz. Nessa camada da Terra está refletida a mais elevada Região do Mundo do Pensamento que é conhecida como Região do Pensamento Abstrato. É nesse nível ou plano que a Mente está ligada ao Ego.

É de conhecimento geral que a origem da vida se encontra na semente. No entanto, geralmente não é compreendido que a origem do pensamento se encontra também na semente. No Estrato Germinal ou quinta camada da Terra, estão armazenados os pensamentos gerados por toda a humanidade. Se uma pessoa pensa intensamente por um período numa ideia específica, um pensamento-forma dessa natureza ficará implantado nesse reino. Lá, irá germinar e dará nascimento a um fruto semelhante. Sendo esses os efeitos do poder criativo da Mente, não só a pessoa que pensou irá colher os resultados dele, mas outros também serão influenciados ou afetados em vários graus de acordo com sua afinidade. Então, por exemplo, quando um poderoso indivíduo como um Alexandre, o Grande, ou um Napoleão direciona sua Mente para conquistar o mundo, o resultado pode afetar outros de Mente semelhante por séculos, sendo multiplicado muitas vezes. Naturalmente, a lei opera de maneira semelhante em aqueles que possuem pensamentos elevados e nobres. Os bons pensamentos gerados por São Francisco de Assis, por exemplo, não pararam de dar frutos, e assim ele continua sendo semeado em nosso mundo por um santo moderno como Mahatma Gandhi.

Quando uma pessoa está para começar uma nova peregrinação na Terra, ela é trazida a essa quinta camada para começar a construção de seu novo veículo, pois, como a pessoa vive hoje, ela está construindo o amanhã. É na Quinta Iniciação que se ensina a ler o registro das vidas passadas na Terra, na Memória da Natureza, e a projetar a vida futura.

Há uma linha de demarcação que separa as cinco primeiras Iniciações Menores das quatro últimas. Através das cinco primeiras Iniciações, o Aspirante à vida superior recapitula e leva à perfeição o trabalho que é fornecido ao noviço. Isso envolve purificação e controle da natureza de desejo e uma espiritualização que entrega a Mente receptiva e obediente aos ditames do Ego mais do que sujeita às inclinações e impulsos da Personalidade.

Quando se passa através das cinco primeiras Iniciações Menores, o Cristo interno do ser humano é despertado e começa a governar suas ações. Quando ele passa pelas quatro Iniciações Menores finais e elevados graus, o Cristo interno floresce completamente. De agora em diante, ele é um “homem-deus” que participa dos ritos sagrados iniciatórios.

A Quinta Sinfonia é geralmente conhecida como a Sinfonia da Vitória. Essa designação é mais significativa em sua interpretação espiritual. Ela significa muito mais do que uma vitória do “homem sobre o homem” ou de uma nação sobre outra nação, pois se refere à conquista de si mesmo. O mais sábio de todos os sábios bíblicos sabia bem o significado dessa conquista de si mesmo quando disse: “Aquele que controla a si mesmo é maior do que o que conquista uma cidade[5].

A quinta Iniciação marca um período de transição na vida do Aspirante à vida superior. É aqui que os últimos grilhões da vida pessoal são quebrados, de modo que o Ego pode se elevar, livre, nas alturas. Esse período de transição marca a fusão do temporal com o atemporal e do finito com o infinito. São Paulo descreveu esta mudança como “livrar-se do velho homem e despertar o novo[6].

Em sua magnífica Quinta Sinfonia, Beethoven descreve esse período de transição no qual o apelo da carne é quebrado e o poder do Ego reina supremo. Nunca se pode compreender e apreciar totalmente a tremenda força e impacto da Quinta Sinfonia até que se esteja qualificado para interpretá-la espiritualmente. Então, é que o ser se levanta em Espírito sobre as praias de um vasto e encantado mar iluminado pela maravilha do mistério, sim, e com o terror, bem como a beleza, do novo e do inexplorado, enquanto acima, miríades de vozes celestiais são ouvidas cantando triunfalmente. O ser agora se levanta diante o limiar da vida eterna que o guia finalmente para uma união com o Abençoado que é a Luz do Mundo.


[1] N.T.: Oliver Joseph Lodge (1851-1940) foi um físico e escritor inglês.

[2] N.T.: Em um ritmo rápido e com espírito (literalmente “com brilho”) (87 a 174 BPM)

[3] N.T.: Andamento com movimento, confortável, relaxado, sem pressa (69 a 84 BPM)

[4] N.T.: (que traduzindo do idioma italiano para o português quer dizer cauda) é a seção com que se termina uma música. Nessa seção o compositor ou arranjador poderá ou não utilizar ideias musicais já apresentadas ao longo da composição

[5] N.T.: Pb 16:32

[6] N.T.: Ef 4:22-23

*****

Aqui a Quinta Sinfonia em MP3:

Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 1. Allegro Con Brio
Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 2. Andante Con Moto
Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 3. Scherzo- Allegro
Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 4. Allegro
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A Fumaça e a Reflexão de Combater a Causa de um Problema

A primeira impressão que me chegou ao Espírito foi de mal-estar. Depois me apercebi: era a fumaça que subia de uma mesa vizinha, da ponta de um cigarro (também conhecido como bastonete cancerígeno), descrevendo graciosa curva e depois alongando adelgaçados fios em direção de meu nariz.

O primeiro impulso foi de impaciência contra o descuidado que, além de haver empestado o aposento com seu vício, deixara a ponta do cigarro acesa para prolongar sua ação envenenadora. Depois pensei na tolerância. Mas os meus pulmões protestaram, porque foram feitos para inalar oxigênio.

Resolvi agir: levantei-me, fui à mesa e eliminei a causa, esmagando a cabeça vermelha do rolinho fumegante.

Pronto! Incômodo demovido, se bem ainda persistisse por um pouco os restinhos de fumaça no ar.

Estive pensando, Senhor, quantas vezes eu teria podido, assim, evitar ou vencer circunstâncias danosas, buscando e removendo a causa, em vez de ficar reclamando e provocando atritos.

Lembrei-me, por oportuno, daquela breve, porém substanciosa prece deixada por um almirante inglês:

“Senhor, dá-me recursos para eliminar todas as coisas que podem e devem ser vencidas. Dá-me forças para aceitar e compreender tudo o que não pode ser evitado. Finalmente, Senhor, dá-me discernimento, para distinguir uma circunstância da outra”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1969 da Fraternidade Rosacruz-SP)

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O que Mercúrio representa em um Horóscopo pela Astrologia Rosacruz

Mercúrio é o mais sensível de todas as vibrações dos Astros. Isto significa que ele é o mais afetado pelo Signo em que se encontra. Ambos os Signos de sua regência são comuns: Gêmeos e Virgem. Mercúrio como intelecto não é emocional. Pela regência do Signo ele é a raiz de padrões de relacionamentos fraternais, e a duplicidade de sua natureza aflora claramente na natureza de Urano, Regente do Signo da nona Casa de Gêmeos (quando Gêmeos está no Ascendente, então Aquário estará na nona Casa, cujo Regente é Urano), o qual é o símbolo da bipolaridade criadora.

O intelecto é também uma faculdade bipolar porque ambos os sexos devem exercitá-la em toda existência. Essa faculdade não é masculina e nem feminina, mas tão pouco é peculiar a um ou outro. Uma das evidências da fusão de polaridade é o desenvolvimento e exercício do intelecto por nós quando renascemos aqui como mulheres, assim como o cultivo da afabilidade e delicadeza no trato constitui um aprimoramento da nossa natureza quando renascemos aqui como homens. A Mente deve exercitar-se na coordenação e expressão dos poderes da emoção, do sentimento e do desejo em todas as oitavas evolutivas.

Mercúrio representa, como faculdade da razão, a consciência por meio da qual se aprende a Lei de Causa e Efeito. A Mente consciente observa o mundo material, de onde se desenvolve uma consciência da exteriorização de causas internas. Na mitologia o alípede Mercúrio era o mensageiro dos deuses para a humanidade. O termo “Os Deuses” é simplesmente uma fórmula simbólica de referir-se aos princípios de vida. Quando nós emergimos de uma pura reação de sentimentos, preparamos o caminho para retirar nossa consciência do mundo material e dos princípios que este expressa e por meio dos quais funciona.

Aprendemos sobre uma ação quando percebemos seu efeito; aprendemos acerca de nossa própria consciência como fonte de todas nossas ações e expressões. Se somos avessos à força da razão – se é que alguém pode sê-lo completamente –, então recusamos a descobrir a nossa consciência à voz de Mercúrio. Se assim procedemos não analisamos e não relacionamos as nossas ações com os efeitos produzidos. Não estudamos as coisas e as outras pessoas como manifestação da lei, não nos integramos, portanto, na forma. Permanecemos num torvelinho desenfocado de reações emocionais, sem controle e sem direção. As Quadraturas entre os Astros e Mercúrio representarão a potencialidade para sermos irrazoável.

Tenha isto em sua Mente quando analisar o seu tema astrológico utilizando a Astrologia Rosacruz. Mercúrio é o meio pelo qual aprendemos a desintegrar as obstruções e a concretizar ideais!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – julho/1975 – Fraternidade Rosacruz – SP)


(Revista Serviço Rosacruz – 07/75 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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O Altar dos Sacrifícios ou o Altar de Bronze do Tabernáculo no Deserto

O Altar de Bronze, Altar dos Sacrifícios ou Alta dos holocaustos do Tarbernáculo no Deserto estava localizado dentro do portão leste[1] e era utilizado para o sacrifício de animais durante o serviço no templo.

Os varais serão enfiados nas argolas, de modo que fiquem dos dois lados do altar, quando este for transportado. Faça o altar com tábuas e oco, conforme o modelo que foi mostrado a você na montanha.” (Ex 27; 3-8).

Eis o que você deverá oferecer sobre o altar: dois cordeiros machos de um ano, cada dia e perpetuamente. Ofereça um dos cordeiros pela manhã e outro pela tarde. Com o primeiro, ofereça quatro litros e meio de flor de farinha amassada, com um litro e meio de azeite de olivas amassadas, e uma libação de um litro e meio de vinho. Pela tarde, ofereça o segundo cordeiro, junto com uma oferta e uma libação, como aquelas da manhã, uma oferta de suave odor queimada para Iaweh. Esse é o holocausto perpétuo por todas as gerações, na presença de Iaweh, junto à entrada da tenda da reunião, onde me encontrarei com vocês para falar. Aí eu irei me encontrar com os filhos de Israel.  E o lugar ficará consagrado com a minha glória.” (Ex 29; 38-43).

A ideia de utilizar bois e bodes como sacrifícios parece bárbaro para a mentalidade moderna, e não podemos alcançar a compreensão de que isso pudesse resultar em algo eficaz como efeito ao sacrifício. De fato, a Bíblia relata sobre isso detalhadamente e fornece uma explicação sobre o assunto, quando nos diz, repetidamente, que Deus não deseja sacrifícios, mas um espírito aquebrantado e um coração contrito[2], e que Ele não quer sacrifícios de sangue[3]. À vista desse fato, parece estranho que os sacrifícios fossem uma vez sido ordenados. Contudo, devemos entender que nenhuma religião pode elevar aqueles a quem lhe foi concebido ajudar, se seus ensinamentos estiverem muito acima do seu nível intelectual ou moral. Para apelar a um bárbaro, a religião deve ter certos traços bárbaros. Uma religião de amor nunca poderia ter sido atraente para aquelas pessoas; por isso, a elas foram fornecidas uma lei que exigia “um olho por um olho e um dente por um dente[4]. Não há, no Velho Testamento, qualquer menção à imortalidade, porque essas pessoas não poderiam compreender um céu e nem a ele aspirar. Entretanto, elas amavam as posses materiais e, por isso, foram instruídas que, se procedessem corretamente, elas e sua descendência habitariam na Terra para sempre e, que seu gado seria multiplicado, etc.

Elas adoravam as posses materiais e sabiam que o aumento dos seus rebanhos ocorria pela disposição de Deus, e dado por Ele segundo o mérito. Assim, elas foram ensinadas a agir corretamente na esperança de uma recompensa nesse mundo atual. Também foram dissuadidas de praticar o mal, devido ao rápido castigo que sofreriam em consequência da retribuição por seus pecados. Isso era a única maneira que elas entendiam. Elas não podiam fazer o bem pelo simples prazer de fazer o bem, e muito menos podiam compreender o princípio de se tornarem elas próprias “sacrifícios viventes” e, provavelmente, sentiam tanto a perda de um animal quando cometiam o pecado, assim, como nós sentimos as dores agudas da consciência por nossas más ações.

O Altar era feito de bronze, um metal não encontrado na natureza, porém, fabricado pelo ser humano a partir de cobre e zinco. Assim, simbolicamente, é mostrado que o pecado não estava originalmente previsto em nosso Esquema de Evolução[5], e é uma anomalia na natureza, bem como suas consequências, isto é, a dor e morte, que são simbolizadas pelas vítimas sacrificadas. Contudo, enquanto o próprio Altar era feito de metais compostos artificialmente, o fogo que queimava incessantemente era de origem divina, e era mantido aceso ano após ano com o mais zeloso cuidado. Nenhum outro fogo jamais foi usado, e podemos notar um resultado declarado que, quando dois sacerdotes presunçosos e rebeldes ousaram desobedecer a esse mandamento e usar um fogo estranho, eles depararam, como retribuição, uma morte horrível e instantânea[6]. Quando, uma vez prestado um juramento de lealdade ao Mestre místico, o Eu Superior, é extremamente perigoso desconsiderar os preceitos então fornecidos.

Quando o candidato aparece no portão leste, se encontra “pobre, nu e cego”. Naquele momento, ele é digno de compaixão, precisando ser vestido e trazido à luz, mas, isso não pode ser feito imediatamente no Templo místico.

Durante o período do seu progresso, da condição de nudez até que ele tenha sido trajado com as vestes resplandecentes do sumo sacerdote, há um longo e difícil caminho a ser percorrido. A primeira lição que lhe é ensinada é que o ser humano progride somente por meio de sacrifícios e sozinho. Na Iniciação Cristã Mística , quando o Cristo lava os pés dos Seus Discípulos, a explicação fornecida é que a menos que seja oferecida a decomposição dos minerais como forma de alimento ao reino vegetal, não haveria vegetação; também, se os alimentos vegetais não fossem o sustento para os animais, esses últimos não conseguiram se expressar; e assim sucessivamente – o superior está sempre se alimentando do inferior. Portanto, o ser humano tem uma obrigação para com os animais, e assim o Mestre lava os pés dos Seus Discípulos, simbolizando nesse humilde serviço o reconhecimento do fato de que eles O serviram como bases de apoio para algo mais elevado.

Do mesmo modo, quando o candidato é trazido ao Altar de Bronze, aprende a lição de que o animal é sacrificado por sua causa, dando seu corpo como alimento e sua pele como vestuário. Além disso, ele vê a densa nuvem de fumaça flutuando sobre o Altar e percebe dentro dela uma luz, porém, essa luz é muito tênue e muito encoberta pela fumaça para servir como orientação permanente para ele. Seus olhos espirituais são frágeis, portanto, não faria sentido expô-los imediatamente à luz das verdades espirituais mais elevadas.

O Apóstolo São Paulo nos ensinou que o Tabernáculo no Deserto era uma sombra de grandes coisas que vêm. Por isso, pode ser interessante e proveitoso ao candidato que vem ao Templo em tempos atuais descobrir qual é o significado desse Altar de Bronze, com seus sacrifícios e a queima da carne. A fim de que possamos compreender esse mistério, primeiro de tudo, devemos assimilar a grande e absoluta ideia essencial que fundamenta todo verdadeiro misticismo; a saber, que essas coisas estão dentro e não fora de nós. Angelus Silesius diz sobre a Cruz:

“Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém,

Se não nascer dentro de ti, tua alma segue extraviada.

Olharás em vão a Cruz do Gólgota,

Enquanto ela não se erguer dentro de ti mesmo novamente.”

Essa ideia deve ser aplicada a todo símbolo e a toda fase da experiência mística.

Não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo interno. O Tabernáculo foi construído no passado; é claramente visto na Memória da Natureza quando a visão interior tenha sido suficientemente desenvolvida para tal; porém, ninguém deve esperar qualquer ajuda do símbolo externo. Devemos construir o Tabernáculo dentro dos nossos corações e da nossa consciência. Devemos vivenciar, como uma real experiência interna, o ritual completo do serviço lá demonstrado. Devemos ser, tanto o Altar dos Sacrifícios como o animal sacrificado repousado sobre ele. Devemos ser, igualmente, o sacerdote que imola o animal e o próprio animal imolado. Mais tarde, devemos aprender a nos identificar com o Lavabo místico e devemos aprender a nos lavar nele, em espírito. Em seguida, devemos adentrar pelo primeiro véu, servir na Sala Oriental, e prosseguir através de todo serviço do Templo até nos tornarmos o maior de todos esses antigos símbolos, a Glória de Shekinah,ou isso de nada nos beneficiará. Em resumo, antes que o símbolo do Tabernáculo possa, realmente, nos ajudar, devemos transferi-lo do deserto para um lar em nossos corações, para que quando nós nos tornarmos em tudo que aquele símbolo é, também tenhamos nos tornados naquilo que ele significa em espiritualidade.

Vamos começar, então, a construir dentro de nós o Altar dos Sacrifícios, primeiramente, para que nele possamos imolar nossas transgressões e depois expiá-las no crisol do remorso. Isso é realizado, no moderno sistema de preparação para o Discipulado, por um exercício que se executa à noite[7], e que foi cientificamente elaborado pelos Hierofantes da Escola de Mistérios Ocidental para crescimento do Aspirante no caminho que conduz ao Discipulado. Outras escolas ensinaram um exercício similar, mas esse difere de todos os métodos anteriores, em um ponto particular. Depois da explanação dos exercícios, daremos a razão dessa grande e fundamental diferença. Esse método especial tem um efeito de longo alcance, que possibilita que se aprenda agora, não somente as lições que se deveria aprender, normalmente, nessa vida, mas a alcançar um desenvolvimento que, de outro modo, não poderia ser alcançado senão somente em muitas vidas futuras.

À noite, quando nos retiramos para dormir, o corpo deve estar relaxado. Isso é muito importante, pois quando alguma parte do corpo está tensa, o sangue não circula livremente; tal parte está temporariamente aprisionada, sob pressão. Como todo desenvolvimento espiritual depende do sangue, o esforço máximo para alcançar o crescimento anímico não pode ser feito, enquanto qualquer parte do corpo está sob tensão.

Quando o relaxamento ideal é alcançado, o Aspirante à vida superior começa a rever as cenas do dia, porém, não deve começar com as ocorrências da manhã e encerrar com os acontecimentos da noite. Ele as revive em ordem inversa: primeiro as cenas da noite, então os acontecimentos da tarde e, por fim, as ocorrências da manhã. A razão para isso é que no instante do nascimento, quando a criança inala a sua primeira completa respiração, o ar inspirado pelos pulmões carrega com ele uma imagem do mundo exterior e, à medida que o sangue passa pelo ventrículo esquerdo do coração, cada cena da vida é retratada em um pequeno Átomo-semente ali localizado. Cada inspiração traz consigo novas imagens que ficam gravadas naquele pequeno Átomo-semente, um registro de cada cena e de cada ação praticada durante toda a nossa vida, desde a primeira respiração até o último suspiro. Após a morte, essas imagens formam a base da nossa existência no Purgatório. Sob as condições dos Mundos espirituais, sofremos dores cruciantes de consciência tão agudas, inacreditáveis, por cada má ação cometida e, assim, nos sentimos desencorajados em continuar no caminho do transgressor. A intensidade das alegrias que experimentamos devido as nossas boas ações praticadas atua como um estímulo para seguir o caminho da virtude nas vidas futuras. Porém, na existência post-mortem esse panorama da vida é revisto na ordem inversa, a fim de mostrar, primeiramente, os efeitos e depois as causas que os geraram, para que o espírito possa aprender como a Lei de Causa e Efeito funciona na vida. Por esse motivo, o Aspirante, que está sob a orientação científica dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, recebe ensinamentos para realizar seu exercício noturno também na ordem inversa, julgando-se diariamente e, assim, ele pode escapar do sofrimento no Purgatório após a morte. Contudo, devemos compreender que não haverá mérito algum se as cenas do dia forem feitas superficialmente. Não é suficiente quando revemos uma cena em que nós tenhamos prejudicado seriamente e causado a alguém muita dor e sofrimento e dizer simplesmente: “Bem, lamento muito pelo que fiz. Eu gostaria de nunca ter feito isso”. Nesse momento, somos o animal sacrificado repousado sobre o Altar dos Sacrifícios e, a menos que consigamos sentir em nossos corações o fogo divinamente inflamado do remorso queimando até o mais profundo do nosso ser, devido às nossas más ações praticadas durante o dia, de nada valerá.

Durante a antiga Dispensação[8], todas os sacrifícios eram esfregados com sal, antes de colocadas no Altar dos Sacrifícios. Todos sabemos como dói e queima quando, acidentalmente, esfregamos sal em um ferimento recente. Esse salgamento nos sacrifícios naquele Antigo Templos de Mistérios simbolizava a intensidade da dor que devemos sentir, quando nós, como sacrifícios vivos, nos colocamos sobre o Altar dos Sacrifícios. É o sentimento do remorso, o profundo e sincero arrependimento pelo que fizemos, que erradica a imagem do Átomo-semente, limpando-o e deixando-o sem manchas e, assim como na antiga Dispensação os transgressores eram justificados, quando traziam uma oferenda para ser queimada ali no Altar dos Sacrifícios, assim também nós, nos tempos atuais, ao realizar cientificamente o exercício noturno de Retrospecção, eliminamos o registro de nossos pecados. É uma conclusão precipitada que não poderemos continuar, noite após noite, a executar esse sacrifício vivo sem nos tornarmos consequentemente melhores e, deixando pouco a pouco de cometer os erros, pois do contrário seremos obrigados a nos responsabilizar quando nos recolhemos para fazer o exercício noturno. Assim, além de nos purificar de nossas falhas, esse exercício nos eleva a um nível mais elevado de espiritualidade que, de outra maneira, não poderíamos alcançar na vida atual.

Também vale ressaltar que quando um indivíduo cometia um grave delito e se refugiava no santuário, ele encontrava proteção à sombra do Altar dos Sacrifícios, pois, ali, somente o fogo divinamente inflamado podia executar o julgamento. Ele escapava das mãos dos seres humanos, mas se colocava sob as mãos de Deus. Também, de modo semelhante, o Aspirante que reconhece suas más ações todas as noites, se refugiando no altar do julgamento vivente, alcança o santuário da Lei de Causa e Efeito, e “mesmo que seus pecados sejam escarlates, ficarão tão brancos como a neve.”[9].


[1] N.T.: No Átrio do Tabernáculo

[2] N.T.: Sl 51:19

[3] N.T.: Sl 51:18

[4] N.T.: Ex 21:24

[5] N.T.: Nosso Esquema de Evolução começou no Período de Saturno e vai até o Período de Vulcano.

[6] N.T.: Lv 10:1

[7] N.T.: Esse exercício noturno é chamado de Exercício de Retrospecção.

[8] N.T.: Primeira e Segunda Dispensações, de um total de quatro.

[9] N.T.: Is 1:18

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Visão da Fraternidade Rosacruz em relação à Acidentes Coletivos

Vira e mexe nos deparamos com textos que contam as razões pelas quais várias pessoas tenham sobrevivido a acidentes coletivos, como por exemplo ao “atentado do 11 de setembro às torres gêmeas do WTC nos EUA”. Razões muito simples são alguns dos fatos citados que fizeram com que eles não estivessem no World Trade Center no momento exato do atentado. Segue o exemplo de um dos textos:

“Depois do atentado do 11 de setembro, uma empresa que tinha o seu escritório em um dos andares do World Trade Center, convidou os seus sócios e empregados que por alguma razão haviam sobrevivido ao ataque, para compartilhar as suas experiências.

Aquelas pessoas estavam vivas pelas razões mais simples da vida, eram pequenos detalhes como esses:

  • O diretor de uma pequena companhia chegou tarde porque foi participar de uma reunião na escola do seu filho;
  • Uma mulher se atrasou porque o seu despertador não alarmou a tempo;
  • Outro funcionário havia se atrasado porque pegou um caminho diferente afim de chegar mais rápido e acabou atolado em um engarrafamento pois havia acontecido um acidente na rodovia que havia pegado;
  • Outro funcionário perdeu o ônibus;
  • Uma funcionária foi atingida por cocô de pombo e precisou voltar para se trocar;
  • Um dos sócios teve problemas ao ligar o carro e precisou chamar um mecânico;
  • Outro funcionário teve que atender um telefone que acabou resultando em poucos minutos de atraso antes do atentado;
  • Uma secretaria entrou em trabalho de parto;
  • Um zelador não conseguiu um táxi;

Mas a história que mais me impressionou foi a de um senhor que ficou com uma bolha no calcanhar, devido ao seu sapato ser novo e antes de chegar ao trabalho ele decidiu parar em uma farmácia para comprar um curativo e por isso ele está́ vivo hoje.

Agora, quando eu fico preso no trânsito, quando perco um ônibus, quando preciso me atrasar porque tive que atender alguém e muitas outras coisas que me desesperariam, penso primeiro

“Este é o lugar exato no que devo estar, nesse exato e precioso momento”.

Na próxima vez que a tua manhã for uma loucura, que teus filhos demorem em se arrumar, ou que você não esteja conseguindo achar as chaves do carro, não fique chateado ou frustrado.

VOCÊ ESTÁ EXATAMENTE NO LUGAR QUE DEVERIA ESTAR, nesse grande quebra cabeça da vida. Aplique a gratidão agora e seja grato por como você está́ agora e pelas coisas que tem”.

Isso suscita a seguinte pergunta: Por que morreram tantas pessoas e outras se salvaram por um triz?

Acidentes coletivos são, na realidade, resgastes coletivos, ou seja, segundo a Lei de Consequência somos responsáveis por nossos atos nesse mundo e colhemos o justo resultado de nossas obras, boas ou más. Temos responsabilidades por nossas ações individuais e pelas coletivas, grupal ou nacional.

Por sermos membros de uma comunidade ou nação, algumas vezes, atuamos como um grupo gerando causas boas ou más e quando tais atos são maus, a dívida assim contraída é geralmente liquidada no curso dos chamados acidentes de grandes proporções, ou seja, os Egos participantes dessas ações são atraídos para colherem, em conjunto, o que em conjunto efetuaram. Importante enfatizar que por estarmos em uma teia de destino, não necessariamente as causas que colocamos em ação nessa vida gerarão efeitos nessa vida. O que acontece, muitas vezes e que nos dá essa sensação é que o efeito de uma causa já está latente no nosso horóscopo (e isso é até fácil de descobrir, difícil é a pessoa aceitar) e uma vez que ativamos a causa, o efeito acontece. Agora, para tais efeitos que nos levam a sermos retirados dessa vida terrena são causas que colocamos em ação em vidas passadas.

Os Anjos do Destino tomam todas as providências para que nada seja alterado por interferência humana, que impeça que alguém experimente os efeitos da causa gerada, ou seja, nesse caso, o destino será cumprido, pois é a melhor maneira que existe para aprendermos a lição que nos é apresentada.

Há um caso citado no “Conceito Rosacruz do Cosmos” de um senhor que foi alertado sobre um acidente que ele sofreria. Ele então se programou para não sair de casa naquele dia. Só que ele se enganou com a data e acabou sendo ferido numa colisão de trens. Entendemos que o sofrimento decorrente desse acidente lhe era destinado como uma expiação de determinados erros.

Contudo, o inverso também é verdadeiro, pois se está previsto a queda de um avião, onde várias pessoas resgatarão uma dívida, e nesse avião tem passageiros que não fizeram parte dessa geração de dívidas, tenha a certeza de que essas pessoas, por qualquer razão, não embarcarão nesse voo.

Resumindo, todas as Leis da Natureza, incluindo a Lei de Consequência estão sob a administração de grandes Seres de sublime espiritualidade e sabedoria. Essas Leis são feitas para que possamos evoluir, nunca para nos prejudicar ou como vingança. Tudo está sob a orientação de Deus – em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. Estamos sob Sua proteção amorosa em tudo, portanto, nada nos pode acontecer que não esteja em harmonia com o Seu grande plano divino.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Novembro de 2021

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de novembro
  • Calendário para o mês de dezembro
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para dezembro: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em novembro, com as seguintes sessões:

CLIQUE AQUI: ECOS nº 66 – Novembro de 2021

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Outubro/2021:

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Encerramento)

DEZEMBRO – Sol transitando pelo Signo de Sagitário (novembro-dezembro)

O Advento começa no último domingo de novembro e culmina na áurea glória do Solstício de Dezembro. Para o Cristão esotérico abarca as três etapas ou graus que alcançam seu máximo à meia-noite da Noite Santa. Este período de preparação e progresso se refere não somente às quatro semanas de Advento, mas também a determinados estágios de desenvolvimento espiritual relacionados com estas quatro semanas.

A época do Advento se estende ao longo do mês de dezembro e é conhecida como o Festival da Luz. Os impulsos espirituais da estação preparam a humanidade para o derramamento de forças celestiais que acompanham o renascimento anual do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Depois do Advento temos o Solstício de Dezembro, que ocorre entre 21 e 24, e que culmina no grande Festival de 25 de dezembro. O Natal há de seguir sendo uma observância externa para o Aspirante até que Cristo nasça em seu interior. E dependente do nível em que experimente esse despertar, será capaz de participar no elevado êxtase espiritual da mais sagrada das estações.

À meia-noite do dia 24 de dezembro, a Noite Santa, os coros dos Anjos se transportam a tonalidades maiores, quando entoam, cheios de regozijos, a nota-chave da Terra: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”.

Na Noite Santa do Nascimento, o Aspirante confirma sua consagração para amar e servir do modo mais completo, a todos os que encontre em sua vida diária, porque dessa maneira receberá, de uma forma cada vez mais crescente, a Luz do Cristo dentro de si mesmo. Até que esse nascimento não tenha ocorrido em seu interior, não poderá conhecer os profundos júbilos de um verdadeiro Nascimento espiritual.

A nota-chave musical desse Planeta é harmonizada com o conto dos Anjos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”. É a anunciação harmoniosa e rítmica dessa palavra planetária, ressoando, uma e outra vez, por toda a Terra, e produz o milagre da Noite Santa.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os Espíritos Lucíferes

Por que os Anjos não conseguiam se comunicar conosco via Corpo Denso?

Porque a Onda de Vida Angélica atingiu seu “nadir da materialidade” na Região Etérica do Mundo Físico. Ou seja: são peritos na construção de Corpos Vitais, mas não sabem construir Corpos Densos. Lembrando a máxima Rosacruz: um ser só pode habitar um Corpo que saiba construir.

E é aqui que entram os Espíritos Lucíferos que vendo uma oportunidade de nos ajudar e, assim evoluírem, aproveitou da nossa incipiente consciência que estava voltada para dentro, tornamo-nos cientes da existência do nossos Corpos Densos e, assim, fomos ensinados a conquistar a morte: criando Corpos Densos quando quiséssemos, e não somente quando os Anjos e os Arcanjos fizessem a sua parte na preparação para a procriação.

Ou seja: fizeram compreender que não devíamos ter apreensão quanto à morte do corpo; que possuíamos em nós a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos.

Quem eram os Espíritos Lucíferos?

Os Anjos Lucíferes (ou Lucíferos ou, ainda, Espíritos Lucíferos) pertencem à Onda de Vida Angélica, mas, em determinado ponto da evolução, eles se rebelaram contra Jeová – o Líder e Senhor dos Anjos, que culminou com a expulsão dos Anjos rebeldes que seguiram, sob a direção de Lúcifer, para seu exílio no recém-formado Planeta Marte.

Os Anjos Lucíferos estavam a meio caminho entre os seres humanos e os Anjos, muito mais avançados do que a nossa humanidade atual e atrasado em relação a onda de vida Angélica.

Como os Espíritos Lucíferos nos ajudaram?

  • Os Espíritos Lucíferos fizeram compreender que não devíamos ter apreensão quanto à morte do corpo; que possuíamos em nós a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos.
    • Começamos a “conhecer” os outros que estavam renascidos no momento que quiséssemos.
    • Fomos ensinados em como não ser escravos de poderes exteriores e convertendo-nos em nosso próprio dono e senhor, fomos conhecendo o bem e o mal.
    • Nos permitiram exercer o nosso livre arbítrio e desenvolver o nosso instinto criador.
    • Através da “Queda” tomamos as rédeas da nossa evolução. Conhecendo o bem e o mal, o certo e o errado e tendo a liberdade de agir, podemos cultivar a virtude e a sabedoria que nada mais é do que o conhecimento temperado com amor.
    • Todas essas coisas os Lucíferos nos ensinaram com o único propósito de que dirigíssemos a nossa consciência ao exterior, para que aproveitássemos e adquiríssemos conhecimentos. Estas experiências resultaram em dor e sofrimento, o que, antes, o ser humano não conhecia, mas deram também a inestimável bênção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução de seus poderes espirituais.

Se não tivesse havido a interferência dos Espíritos Lucíferos, quando nos ainda estávamos no Eden, como seria a humanidade hoje?

Estaríamos seguindo o plano original, com os Anjos nos auxiliando a conquistar a Região Etérica do Mundo Físico. A dificuldade que teríamos seria a profundidade em conhecer o bem e o mal por meio da experiência no nosso Corpo Denso. Ao atendermos a sugestão dos Espíritos Lucíferos “tomamos um atalho”, mas em deturpar a sugestão e usar e abusar da força sexual criadora geramos o nosso atraso, e experimentamos a dor e o sofrimento, o conhecer a morte na Região Química, considerando-a uma perda irreparável e todas as consequências que isso nos trouxe. Sabemos que alguns dos Espíritos Virginais da onda de vida humana atenderam a sugestão, mas nunca abusaram da força sexual criadora. São, hoje, irmãos que estão na vanguarda da humanidade.

Como os Espíritos Lucíferos tiveram liberdade de interferir na nossa evolução? Os anjos não estavam cientes dessa interferência?

Por respeito ao nosso livre arbítrio, exatamente como Deus, nosso criador, sempre o faz. Além disso, temos a Lei divina da Consequência que garante a colheita devido à escolha que fazemos (efeito da causa). Lembrando: os espíritos Lucíferos sugeriram, não obrigaram e nem “fizeram acontecer”. O uso da força sexual criadora, que é divina por ser do Espírito Santo, para construir algo (seja um novo Corpo para um irmão ou irmã que está necessitando renascer, seja uma ideia) é o único uso que é correto. Eles ensinaram como fazermos isso, por nós próprios. Se abusamos, não é culpa deles, não é?

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – A Época Atlante-

Por que a necessidade de sermos divididos em Raças?

Há uma distinção importantíssima entre os corpos (ou formas) de uma Raça, e os Ego (ou vidas) renascentes nesses corpos de Raça. A Raça pertence ao corpo e são simples degraus evolutivos pelos quais devemos passar; caso contrário não haveria progresso algum para os espíritos que nelas renascem.

Há um passo para cada um de nós, de uma Raça para a seguinte. Quando nasce uma Raça, as formas, animadas por certo grupo de espíritos têm a inerente capacidade de evoluir somente até certo grau e quando essa Raça atinge o limite de sua evolução os corpos ou formas começam a degenerar, caindo de forma para forma até a Raça extinguir-se.

Quantas Raças existirão durante todo esse Período de Manifestação?

O número total de Raças em nosso esquema evolutivo, passadas, presentes e futuras, é de dezesseis:

  • Época Lemúrica: uma única RaçaRaça Lemúrica
    • Época Atlante (7 Raças): 1. Rmoahals; 2. Tlavatlis; 3. Toltecas; 4. Turânios; 5. Semitas; 6. Acádios e 7. Mongóis
    • Época Ária (7 Raças): 1. Ária; 2. Babilônio-Assíria-Caldeu; 3. Persa-Greco-Latina; 4. Céltica; 5. Teuto-Anglo-Saxônica; 6. Eslava e 7. descendentes da 6ª Raça.
    • Sexta Época (1 Raça): nascerá da união das diversas nacionalidades vivendo nos E.U.A.

Quais cuidados são tomados para o nascimento de uma Raça?

Um Grande Guia da Humanidade:

  1. Seleciona os mais apropriados dentre a velha linhagem
  2. Controla suas relações conjugais
  3. Novos corpos de Raça aparecem flexíveis e plásticos
  4. Egos renascem neles e tem grande margem de condições para melhorar esses veículos – por consequência, eles mesmos progridem
  5. Os Egos mais avançados nascem nesses corpos e melhoram-nos o mais que podem

O Propósito desse processo é produzir o tipo adequado de corpo para a futura Raça.

Qual a maior lição da Época Atlante?

Fomos ensinados a raciocinar e compreender que o “caminho do transgressor é muito duro” e “que devíamos temer a Deus ou guia condutor.

Quais as mudanças pelo quais passou o nosso Campo de Evolução – o Planeta Terra?

  • Continente Lemúrico foi destruído por cataclismos vulcânicos
    • Com um esqueleto mais denso, músculos e sustentação, todos nós podermos construir um cérebro e uma laringe
    • Com um cérebro e uma laringe, podermos obter o Átomo-semente da Mente e utilizá-la como um veículo

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os dezesseis caminhos para a destruição

Por que chamamos “Caminhos da Destruição”?

Estamos falando das 16 Raças que se sucederam (e se sucedem) em nosso projeto evolutivo, desde o final da Época Lemúrica até a 6ª Época que virá.

Nelas as almas correm o perigo de envolverem-se tanto em suas características, que acabam se cristalizando com elas.

Raças duram pouco, e o apego a elas faz com que muitos Egos se degenerem em seus corpos, e com isto estes serão deixados para trás nesse Esquema de Evolução.

Ou seja: há o grande perigo de que o Espírito possa enredar-se de tal maneira nos corpos de qualquer Raça, que não consiga seguir as outras ao longo do caminho da evolução.

O que é Raça?

Raça tem origem no Italiano; “razza” referente a linhagem ou criação.

Designa qualquer agregado de pessoas como pertencentes a um grupo com os mesmos ancestrais, que compartilham as mesmas crenças, os mesmos valores, a mesma linguagem ou outro traço social ou cultural.

  1. O que estimulou a construção dos olhos do lemuriano, já que não os tinha?
  2. Quais os objetivos educacionais da Raça Lemúrica?
  1. Raça Lemúrica – uma única Raça
  2. A Rmoahals; Os Tlavatlis; Os Toltecas; Os Turânios; Os Semitas; Os Acádios e Os Mongóis
  3. Ária; Babilônio-Assíria-Caldeu; Persa-Greco-Latina; Céltica; Teuto-Anglo-Saxônica; Eslava e Descendentes da 6ª Raça.
  4. da união das diversas nacionalidades vivendo nos E.U.A., surgirá a última Raça.

Quais são as 16 Raças e quando elas aparecem?

  1. Época Lemúrica: Raça Lemúrica – uma única Raça
  2. Época Atlante (7 Raças): A Rmoahals; Os Tlavatlis; Os Toltecas; Os Turânios; Os Semitas; Os Acádios e Os Mongóis
  3. Época Ária (7 Raças): Ária; Babilônio-Assíria-Caldeu; Persa-Greco-Latina; Céltica; Teuto-Anglo-Saxônica; Eslava e Descendentes da 6ª Raça.
  4. Sexta Época (1 Raça): da união das diversas nacionalidades vivendo nos E.U.A., surgirá a última Raça.

O mago lemuriano era inocente; nunca abusou de seus poderes, por quê?

Porque o lemuriano ainda não tinha a mente misturada ao corpo de desejos, e consequentemente com a maldade. Ele vivia em espírito.

O que estimulou a construção dos olhos do lemuriano, já que não os tinha?

A própria luz. Nosso corpo é funcional, ao entrar em contato com a luz, desenvolveu os olhos e passou a ter a visão externa.

Quais os objetivos educacionais da Raça Lemúrica?

Desenvolver a imaginação para as meninas e a vontade para os meninos

Qual a faculdade que adquirimos quando obtivemos a Mente, tendo então uma forte força de Desejos?

A Faculdade de transmitir o que pensávamos. A astúcia é um material que usamos pelo corpo de desejos, que está hoje colado na nossa mente. Hoje o nosso pensamento está contaminado pelo desejo.

Como e por quem foi despertada nossa consciência do Mundo Físico?

Foi despertada pelos Senhores da Mente. Pegamos um atalho e escutamos a falsa luz, que eram os Espíritos Lucíferos

Explique a “Raiz do nariz” e o que fomos perdendo quando isto se definiu por completo?

Perdemos a visão dos mundos espirituais. A raiz do nariz fez com o corpo físico e vital se concentrizassem

O que significou a “Expulsão do Éden”?

Ganhamos a visão externa e perdemos a visão interna

Como as Raças entram em processo de Degeneração e o que realmente se degenera?

Degeneração: degenera o corpo físico, o Corpo Denso. Os mais evoluídos vão evoluindo seus corpos. Por isso as Raças se degeneram.

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Novembro:

Por que não Eu?

Diz-se que está em má situação quem tiver apenas e tão somente boas intenções.

Quem está no mundo deve trabalhar, trabalhar e trabalhar! A sem obras é morta.

De nada adianta chegar à indigestão mental, ler, ler e ler; e não sair para o mundo, ir ao encontro dos seus irmãos tão ávidos de uma pequena ajuda. As ações sim é que falam por si.

E não precisamos sair às ruas, ir às comunidades, igrejas, etc., procurando onde ajudar.

Observemos, estejamos sempre atentos aos acontecimentos. Não precisamos nos deslocar para outros países, ou irmos a lugares distantes para nos doarmos. Olhemos ao nosso redor.

Há muitos irmãos e irmãs necessitados de ajuda, e estes muitas vezes se encontram do nosso lado, bem próximos, aguardando por uma palavra, um abraço, uma oração, um consolo e que lhe mostremos a saída, a solução, o caminho.

Quantas vezes passamos por alguém e nem o notamos?

Quantas vezes um “bom dia” mudaria o dia de alguém?

Muitas vezes constatamos nos nossos lares, nos nossos trabalhos, nas ruas, em reuniões, certas coisas a serem feitas, e simplesmente ignoramos, deixamos para alguém fazer. Nossa atitude muitas vezes é de esquivar-se.

Às vezes vemos tarefas simples que estão por fazer e deixamos para que outro o faça, e ainda pensamos: “por que eu devo fazer? por que eu?”. Simplesmente ignoramos.

Quando acordaremos para o trabalho no mundo? Quando pensaremos no “Serviço amoroso e desinteressado para com os nossos semelhantes”? No sentido real de ajuda.

Todo trabalho é digno e se alguém tem que fazê-lo, diga a você mesmo: “Por que não eu?”.

Afinal, o que desejamos, o que pretendemos no mundo? Desejamos ser Auxiliares Invisíveis – trabalhando enquanto em estado de vigília como um Auxiliar Visível consciente e à noite, depois da restauração do nosso Corpo Denso, como um Auxiliar Invisível consciente? Se sim, comecemos então com as pequenas e simples obras. As maiores virão e serão notadas.

Enxerguemos o irmão, a irmã, o amigo, a amiga, o próximo.

Cultivemos a Fraternidade aqui e agora.

Não façamos as coisas visando o nosso próprio bem.

O que nos torna um exemplo vivo é o SERVIÇO que executamos e a sinceridade com que o praticamos.

Muitos de nós não se fartam de ler, de buscar, de correr de Escola em Escola, só que se não pensarmos em ajudar o próximo, com certeza, seremos apenas grandes intelectuais, com algum conhecimento que não servirá para um Esquema de Evolução que foca na ação, no ato, no serviço, no agir.

Cristo quer que sejamos um exemplo vivo de AMOR fraternal, amor desinteressado. Essa é a realização dos Seus Mandamentos.

Se desejamos criar laços com a Fraternidade Rosacruz, comecemos já, nem que seja com orações, enviando pensamentos de amor e de ajuda aos demais. Procuremos saber a causa, a angústia e o sofrimento que estão passando nossos irmãos, nossas irmãs, na família, com os amigos, vizinhos, colegas de trabalho. Enxerguemos o outro.

Lembremos que estamos sendo observados o tempo todo. As nossas atitudes mostram quem somos.

A Deus não agrada largas e dispersas orações, nem discursos eloquentes, nem meditações profundas, mas sim uma vontade reta, uma intenção pura e uma doação sincera. No Ritual do “Serviço do Templo”, da Fraternidade Rosacruz, nós lemos todos os dias que o oficiamos: “O serviço amoroso e desinteressado para com os outros, é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus. O reconhecimento da unidade fundamental de cada um de nós com todos, a Comunhão Espiritual, é a realização de Deus. Para atingirmos essa realização, esforcemo-nos por esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade”.

Tenhamos então um coração puro.

Sirvamos onde tivermos que servir, que é onde exatamente estamos. Ajudemos sem olhar a quem.

Façamos ao outro o que gostaríamos que nos fizessem. Eis a regra de ouro!

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A Força de Atração e o Renascimento

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que renascemos aqui onde renascemos devido a uma das forças do Mundo do Desejo – a Força de Atração.

E isso tanto porque procuramos a “semelhança que atrai a semelhança”, como porque queremos pagar as nossas “dívidas de destino” o mais completo e rápido possível (!).

Isso é possível devido a que no Terceiro Céu (onde estamos nos preparando para mais um novo nascimento aqui) temos uma consciência muito mais clara do propósito da vida aqui e de qual é objetivo desse Esquema de Evolução que estamos inseridos.

Afinal, o nosso Corpo é simplesmente um instrumento, cujo trabalho depende de nós, o Ego, o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado, que o guia, assim como a qualidade de uma melodia depende da habilidade do músico e do timbre do instrumento.

Um bom músico não pode se expressar plenamente num instrumento pobre, assim como nem todos os músicos podem tocar de modo igual o mesmo instrumento.

Que um Ego procure renascer como filho ou filha de um grande músico não significa necessariamente que venha a ser um gênio maior que o pai, o que forçosamente sucederia se o gênio fosse herança física e não uma qualidade anímica.

A “Lei de Atração” explica, de maneira completamente satisfatória, os fatos que atribuímos à hereditariedade.

Sabemos que as pessoas de gostos análogos se procuram.

Se sabemos que um amigo vive em certa cidade, mas ignoramos o seu endereço, a lei de associação ser-nos-á guia natural no esforço para encontrá-lo.

Se for músico estará provavelmente em lugares onde se reúnem os músicos; se é estudante, procuramo-lo pelas livrarias, bibliotecas ou salas de leitura; ou se ele é esportista, busquemo-lo no hipódromo, nos campos de polo ou nos estádios, etc.

Não é provável que o estudante ou o músico, habitualmente, frequentem os lugares mencionados em último lugar, podendo também afirmar-se que a procura do esportista teria pouco êxito se feita nas livrarias ou em salões de música.

De modo semelhante, o Ego gravita ordinariamente em torno das associações de caráter semelhante ao seu.

Pode-se objetar: havendo na mesma família pessoas de gostos completamente opostos, e até inimigas ferrenhas, é a Lei de Associação que as reúne ali?

A explicação disso é a seguinte: durante as vidas terrenas o Ego estabelece relações com várias pessoas.

Estas relações podem ter sido boas ou não, implicando de um lado em obrigações que não foram liquidadas na ocasião, e de outro em injúrias e ódio entre o agravado e seu desafeto.

Mas a Lei de Consequência exige um exato ajuste de contas.

A morte não “paga tudo”, assim como, mudar de cidade não liquida nossos débitos financeiros.

No caso de dois inimigos, um dia se encontrarão de novo: o antigo ódio reúne-se na mesma família, pois o propósito de Deus é que nos amemos uns aos outros, devendo o ódio se transformar em amor.

Assim, ainda que sejam talvez necessárias muitas vidas em contendas, chegará o momento em que os inimigos aprenderão a lição e se farão amigos e mútuos benfeitores, ao invés de inimigos.

Em tal caso o Interesse (um dos dois Sentimentos do Mundo do Desejo) de ambos põe em atividade a Força de Atração, que os juntam.

Se tivessem simplesmente permanecido indiferentes um ao outro não poderiam achar-se associados.

Como entre as Leis de Deus temos que “todo relacionamento tem que terminar em amor”, então, eles voltam associados para ver se “dessa vez vai”

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Mente Pura – Coração Nobre – Corpo São

Eis o Lema Rosacruz. Notem também que o segundo nome do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” é Cristianismo Místico sendo definido como um tratado elementar sobre a evolução passada do ser humano, sua constituição atual e seu futuro desenvolvimento.

Essa obra básica da Fraternidade Rosacruz, desde o seu lançamento, no início do século XX, fez brotar muita gratidão e admiração em todo o mundo. Apesar disso, o próprio Max Heindel começou a sentir um grande receio de que o livro perdesse o seu objetivo.

Afinal, o propósito desse livro é o de satisfazer a Mente mediante a explicação intelectual do mistério do mundo, de forma que o lado devocional da natureza do Estudante Rosacruz pudesse desenvolver-se por conceitos que seu intelecto aprovasse. A obra abriu caminho à esta chamada do intelecto, dando grande satisfação à Mente investigadora.

A preocupação de Max Heindel era que os Estudantes Rosacruzes pudessem pender e se interessar pela concepção intelectual, de um modo tão imenso que nenhum desejo – tão fervoroso como necessário – de transcender o caminho do conhecimento e prosseguisse pelo caminho da devoção fosse praticado pelos Estudantes.

Se isso ocorresse, o livro certamente seria um fracasso, nas palavras de Max Heindel, pois “o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica”, segundo disse São Paulo. E o conceito do verdadeiro amor e em toda a sua plenitude só se consegue por meio do lado devocional do ser humano!

Para Max Heindel era fundamental que os Estudantes Rosacruzes se esforçassem para obterem através do Conceito Rosacruz do Cosmos, o que ele teve por intuição e orientação direta dos Irmãos Maiores, a verdadeira concepção espiritual. Também, para ele, se tornara necessário que os Estudantes Rosacruzes observassem (com o coração) o verdadeiro propósito do “Conceito Rosacruz do Cosmos”, seu objetivo e sua finalidade.

Ele sugeriu e comunicou a todos que ele pode que escrevesse em letras maiúsculas – e que sempre relessem e praticassem –, para que se lembrassem sempre: “ainda que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine”, e que mantivessem essa frase como marcador do livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Este amor ele desejou que sempre fosse utilizado no serviço e auxílio aos nossos semelhantes.

Pudemos ver aí uma grande preocupação de Max Heindel em não se perderem na intelectualidade.

O Conceito Rosacruz do Cosmos tem tudo que o Estudante Rosacruz precisa para alcançar o equilíbrio “cabeça-coração”, “ocultista-místico”.

O primeiro capítulo do livro onde temos o “Credo ou Cristo” já chama a atenção do leitor, quando lemos já em alguns dos seus versos:

“Não ama a Deus quem ao semelhante odeia, lhe espezinha a alma e o coração.

Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, por Deus mandado para aliviar o que leva pesado fardo, e dar paz ao triste, ao pecador e ao que luta.

Apenas uma coisa o mundo necessita conhecer, apenas uma bálsamo cura toda a dor, apenas um caminho conduz acima, aos céus, este caminho é COMPAIXÃO e AMOR.”

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A vida de cada pessoa é como um jardim

Nesse afortunado e fértil terreno só existe um único jardineiro: você.

A cada nova relação você planta uma nova semente. Algumas morrem antes mesmo de brotar, outras resistem ao tempo, mas muitas viram árvores repletas de flores e frutos.

Nesse jardim, a colheita é sempre obrigatória, semeie você o bem ou o mal.

Ao semear a raiva ou regar suas plantas com o ódio, os frutos nascem amargos, repletos de espinhos. No seu

sagrado quintal, algumas sementes não vão vingar, por mais que você tente. E tudo bem!

Algumas plantas não eram para fazer parte da paisagem.

A beleza e o perfume do seu jardim vão ficar eternizados quando você partir. Por isso, lembre-se sempre de cuidar das suas plantas com total devoção, e nunca deixe de espalhar, por cada canto que passar, generosas sementes regadas com muito amor.

O amor é base de tudo!!!

Semeie amor, sempre!!!!

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Oração do Estudante Rosacruz

Esta Oração define o procedimento correto que o Estudante Rosacruz deve ter, cotidianamente.

Viver de conformidade com o espírito dessa Oração, é necessário, mais do que necessário, é imprescindível, visto que as ações revestidas de tal caráter, têm efeitos contagiantes e é agradável ao Senhor Cristo.

Pois, deve existir a fé e devem existir as obras, pois a fé sem obras é coisa morta, e as obras sem a fé são de pouco valor.

A fé no ser humano é a força que abre os canais que nos comunicam com Deus, e é mediante a fé que nós podemos pôr em contato com Sua vida e Seu Poder.

A oração e a meditação constituem bases absolutamente essenciais para o crescimento da Alma.

Porém, se dependermos só da oração que sejam apenas palavras, pouco crescimento espiritual alcançaremos.

Para se obter resultados verdadeiros, toda nossa vida deve ser uma oração, uma perene aspiração. 

Devemos nos dar conta de que não são as palavras que mencionamos durante a oração que contam, senão a própria vida que conduz à oração.

Só há uma maneira de provarmos nossa fé: é mediante as obras que realizamos dia após dia.

O fator determinante que sanciona corretamente se a classe de trabalho que fazemos é espiritual ou material, é a atitude que adotamos ao fazê-lo.

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

  1. Pergunta: Estou procurando por muito tempo explicação em uma coisa: em minha vigília minhas atitudes são coerentes com a maneira que penso. Durante o sono, fora do corpo, quando não lúcida, ajo completamente diferente. Chego a ter receio de mim mesma e vergonha, às vezes! Quando se mistura com a lucidez me pego sobrevoando em lugares escuros, como à noite! Não encontro ninguém. E quando lúcidos totalmente acontecem coisas maravilhosas e coerentes que o significado depois se perdem em mim quando acordo. O que me intriga é que me remonta a atitudes que não quero mais…. Estou lendo o livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” de Max Heindel e uma parte sobre Ego, Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso como o Ego sendo responsável por todos esses, pelo que compreendi. Poderia me esforçar “conversar com esse Ego e trazê-lo de alguma forma à lucidez desse outros corpos? Teria o indivíduo a capacidade de ter nas mãos esse controle, principalmente do Corpo de Desejos? Dá impressão clara de que o Corpo de Desejos é totalmente ignorante, de mente própria e faz o que quer e separado de mim. Não sei se fui clara nessas explicações, mas me deixa apreensiva e pequena, hipócrita que não condiz com os meus olhos abertos de dia! O que poderia, em sua experiência de vida, em sua opinião, eu fazer? Como agir para não ser mais assim, duas personalidades? que é o que parece! Quero combater isso e não sei como, não tenho esse domínio, de mim…. ainda.

Resposta: É um caso de descontrole, falta de domínio. E que, ao invés de lhe ajudar, está lhe atrapalhando, mesmo quando “acontecem coisas maravilhosas e coerentes”. Pois isso lhe está fazendo perder o tempo tão rico quando, depois de restaurar nosso Corpo Denso, estarmos prontos para trabalharmos como Auxiliares Invisíveis inconscientes!!! Você (o Ego, o Espírito Virginal manifestado) – que não é os seus Corpos, nem a sua Mente – está perambulando pelas regiões inferiores do Mundo do Desejo. Além de perda de tempo, é perigoso!

  • Pergunta: Por que muitas vezes há, na mesma família, muitos solteiros que morrem sem ter qualquer relacionamento? Eles devem ou precisam aprender com a solidão a valorizar um relacionamento que em vidas anteriores desrespeitaram?

Resposta: Quem disse que o objetivo de uma vida está em se casar? Se o irmão ou irmã tem plenas condições financeiras, emocionais, sociais, espirituais e de saúde deve fazer o sacrifício de ajudar a disponibilizar um Corpo para o irmão e a irmã que está na fila para renascer (e a fila é enorme!). No entanto, não há necessidade de se casar! Basta um relacionamento fraterno, de bem-querer, responsável e com amor ágape para a situação estar bem encaminhada! A amizade cultivada com as pessoas que estão a sua volta deve ser sempre fundamentada no mesmo amor entre um casal. Afinal somos todos irmãos e como tal é que devemos nos relacionar, e não se limitar em padrões externos: marido e esposa, pai e filho, mãe e filha, vizinho e vizinha, etc. Valorize a amizade e verá que maravilha!

Muitas vezes a solidão existe porque insistimos em querer nos relacionar com as pessoas que queremos e não as que estão a nossa volta! E pasme: fomos nós mesmos que escolhemos TODAS as pessoas a nossa volta!! Então, por que a rejeição agora? Semelhante sempre atrai semelhante!

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  • Pergunta: “Gostaria de ajuda para entender melhor os efeitos de um período de assimilação da vida, logo após a morte precário, interrompido, etc. É totalmente perdida a eficiência da retrospectiva da vida quando o corpo não recebe a paz necessária nos, em média, 3,5 dias?  O aprendizado será quase completamente perdido? Uma vida inteira de experiências seria quase que descartada? Se sim, como poderá ficar então a situação da humanidade desta época, em que em mínimas ocasiões não há interferências (uso de químicos no corpo do defunto, doação de órgãos, busca cada vez maior pela cremação às pressas, etc.) no tempo de “descanso” do corpo morto? Teríamos que recuperar em outra encarnação tudo o que foi perdido? Outra dúvida que me acomete: esta condição de assimilação interrompida está dentro das leis de causa e efeito, destino maduro, ou está fora dos planos dos Senhores do Destino?”

Resposta: Não necessariamente “tudo”. Depende do nível de perturbação. No entanto, sem dúvida, haverá perdas por falta de nitidez na gravação no Átomo-semente do Corpo de Desejos. No momento atual, sim, está havendo muita perda de muitas pessoas. Agora…tudo isso já estava previsto na vida dessas pessoas como uma “tendência”, uma “possibilidade”, sempre latente, que, ao escolherem determinados caminhos a despeito de outros, foi ativada pela própria pessoa. Será que houve realmente perdas significativas? Será que a pessoa estava obtendo as experiências que deveria obter, ou será que estava procrastinando? Será que com as possibilidades que temos hoje de nos desviarmos do que escolhemos para aprender (e, assim, adquirir experiências), desviamos tanto e tentamos tanto “deixar para depois” que, de fato, deixamos quando não houve a gravação suficiente nítida para ser parte fundamental da nossa vida post-mortem? Lembrando sempre que estamos sob a Lei de Causa e Efeito…colhemos o que semeamos…e nós é que sempre escolhemos.

Está surpresa pela quantidade de pessoas?

Então vejamos:

1ª Guerra Mundial: 20 milhões de mortos

2ª Guerra Mundial: 70 milhões

Mortos pelo Covid 19 (18/7): 598 mil

Reparem como sempre tivemos irmãos e irmãs “perdendo a eficiência da retrospectiva da vida quando o corpo não recebe a paz necessária nos, em média, 3,5 dias… O aprendizado será quase completamente perdido… Uma vida inteira de experiências seria quase que descartada”, pois nas guerras as situações são bem piores do que em uma pandemia e a gente nunca ficou alarmado???

Por que, então, só agora essa comoção? Corpo de Desejos nosso nos dominando e tentando nos envolver no medo, no temor e podendo nos levar à falta de fé?

Arrastando-nos para a descrença, o desespero e “a tomar remédios para depressão, ansiedade, pânico, etc.”!

Sem dúvida é importante nos fazer as perguntas sobre as possíveis causas (como explicamos acima), mas tenhamos a certeza de que Deus sabe o que faz com a sua criação, pois Ele é Amor e Luz!

E sempre agradecemos por estarmos aqui, muitos de nós meros expectadores e, se assim for, responsáveis por manter um ambiente de oração, de serviço, de amor e de muita fé.

À propósito, reparou com muitas pessoas não estão nem aí com ser Cristão, de fato e sem desculpas? E sendo Cristão, fazer a Retrospecção? Sim, porque esse exercício não é propriedade particular da Fraternidade Rosacruz. Com algumas pequenas diferenças também é ensinado nas verdadeiras Religiões Cristãs, desde os tempos de Cristo aqui.

Pois então: livre arbítrio, né?

Com o cumprimento da lei que se segue: Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito.

Qual, então, é o nosso papel como Estudantes Rosacruzes?

Orar…orar…orar.

Ficar vigilante, pois se tivermos alguma oportunidade explicar para o irmão e irmã a importância fundamental em fazer o Exercício de Retrospecção.

Afinal, como aprendemos, se formos constantes, firmes, persistentes e sempre executando esse Exercício, cada vez com uma qualidade melhor, quando morrermos não precisaremos de 3 dias e meio, quiçá nem de um 1 segundo, não é?

Por fim, tenhamos compaixões dos irmãos e irmãs que estão passando para o outro lado e perdendo boa parte das experiências que obteve enquanto aqui. E oremos para que aprendam no Purgatório que o “caminho do transgressor é duro” e não vale a pena continuar seguindo por ali.

  • Pergunta: Por que o Templo dos Irmãos Maiores fica na Alemanha?

Resposta: Na realidade não fica na Alemanha, nas terras da Alemanha, no espaço aéreo da Alemanha, mas sim na posição da Região Etérica do Mundo Físico onde atualmente está, em latitude e longitude o lugar que conhecemos como Alemanha. E a razão de estar nessa porção da Região Etérica do Mundo Físico é que essa porção é a que contém a maior quantidade de Éteres Luminoso e Refletor atualmente. Pode mudar? Sem dúvida. Basta outra porção da Região Etérica do Mundo Físico ter uma quantidade maior de Éteres Luminoso e Refletor. Todos que falaram até agora que o Templo mudou de lugar mentiram, pois quem “sabe não fala”, pois é Iniciado. E quem quer saber é curioso que utilizará essa informação para nada, a não ser para passar a ilusão “que tem informação privilegiada”, “ganhando” uma posição de destaque ilusório entre os seus.

Com certeza absoluta, se você tiver que saber onde ele se encontra, você saberá e a única razão para isso é porque você tem o mérito de poder participar de uma reunião que acontece na Região Etérica do Mundo Físico, estando ainda renascido aqui.

  • Pergunta: Se os negros são os remanescentes da Raça Lemúrica, não são eles inferiores, em evolução espiritual, aos remanescentes da Raça atlante e aos membros do Raça ariana, que são os brancos? Aliás, por que existem tais remanescentes? Por que Deus permitiu que a Raça branca se tornasse a mais poderosa?

Resposta: Primeiro de tudo: não existe esse negócio de “Deus permitiu que a Raça branca se tornasse a mais poderosa”. Inclusive a Raça branca não é a “mais poderosa”. Também está atrasada nesse Esquema de Evolução (!). A grande maioria ainda tem lições que deveria aprender na Época Lemúrica e na Época Atlante que ainda não aprenderam e, pior, insistem em não aprender. A questão é que os irmãos e irmãs que conseguem construir um Corpo Denso com uma pele mais branca do que os demais também não quer mais dizer que estão mais avançados. Com a primeira vinda do Cristo, foi introduzida a miscigenação das Raças (multirraciais ou mestiças são as pessoas que não são descendentes de uma única origem. Um exemplo pode ser alguém com ancestralidade europeia e africana, ou com ancestralidade europeia e indígena) e, atualmente, é algo raríssimo ter um irmão ou irmã que seja de uma “Raça pura”. Atualmente, a questão não é mais somente a cor da pele, mas sim, a constituição dos órgãos, sistemas e demais partes do corpo. Isso é que faz o irmão ou a irmã aptos a aprender algumas lições que só poderiam experimentar com esse tipo de Corpo Denso.

Quanto aos irmãos e irmãs que são negros e que habitam regiões centrais do continente africano. É fácil identificá-los pelo seu comportamento onde utilizam meios de vida que utilizamos na Época Lemúrica mais acentuadamente (não são só reminiscências, mas sim estilo de vida). Quando falamos que é uma “Raça inferior”, o conceito Rosacruz disso é para descrever irmãos e irmãs que ainda não querem (e aqui é o segredo: a vontade própria, o livre arbítrio) aprender as lições da Época Atlante e nem da Época Ária. Obviamente, o contato desses irmãos e irmãs com irmãos e irmãs que já estão aprendendo lições daquelas Épocas vai, aos poucos, os auxiliando a entender a necessidade de seguirem para frente e para cima. Os irmãos e irmãs que constroem um corpo onde a pele é escura (para marrom até negro) e que já vivem em países da África que são conceituados como “ocidentalizados” ou que já vivem nos continentes americanos ou europeus já abraçaram as lições da Época Ária, apesar da dificuldade que ainda tem de construir um arquétipo de Corpo Denso mais adaptáveis ao ambiente americano, por exemplo.

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.

Datas de Cura:

Dezembro: 06, 12, 20, 27

“Ele enviou a sua palavra e os curou, e os livrou da morte.” – Salmos 107:20 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Causas das Adversidades do Aspirante à Vida Superior

Vamos ver a razão das provas que afligem o Aspirante à vida superior. Perceba a necessidade de abordar esse assunto porquanto, frequentemente, muitos Estudantes Rosacruzes indagam as causas dos sofrimentos que passaram a atormentá-los a partir do momento em que deram os primeiros passos no caminho da espiritualidade.

Considere que as adversidades ocorrem para o bem da alma aspirante, que constituem um sinal de progresso, devendo ser motivo de regozijo. Elas possibilitam-lhe uma rápida liquidação das dívidas contraídas debaixo da Lei de Causa e Efeito. Aceleram o processo de libertação que, no caso do ser humano comum, prolonga-se por várias existências.

As provas não devem ser encaradas como um sofrimento imposto pelas Hierarquias Criadoras, mas sim como um forte medicamento de efeito rápido e eficaz, um aprendizado acima de tudo. Indicam as mudanças que devem acontecer no caráter do Estudante Rosacruz, se efetivamente ele deseja trilhar a senda espiritual.

A evolução ocorre basicamente na consciência da pessoa, elevando-lhe a natureza de seus pensamentos, sentimentos, palavras e atos.

Não basta ao Aspirante à vida superior ampliar seu cabedal de conhecimentos. Isso diz respeito apenas à intelectualidade. É mister vivenciar esses conhecimentos, sem o que os resultados serão nulos. O conhecimento em si mesmo nada produz sem uma efetiva reforma de caráter. A esse respeito, o Cristo proclamou com muita sabedoria: “Não se coloca vinho novo em odres velhos, nem remendo novo em tecido velho”.

As provações geram, também, outros benefícios. Elas, por exemplo, fortalecem o indivíduo, fazendo-o desenvolver recursos de sobrevivência e criatividade. Com o passar do tempo ensejam autoconfiança, qualidade indispensável para o desenvolvimento anímico.

A vida ensina que o crescimento do indivíduo depende da somatória das pequenas vitórias morais do dia a dia. Enquanto outros decidirem por ele, não aprenderá a caminhar com os próprios pés, nem a voar com as próprias asas.

O Aspirante à vida superior deve assumir a responsabilidade pelos seus atos, agindo por vontade própria. Ação é o que muda o rumo das coisas. Ele deve aprender as lições e harmonizar-se com as leis divinas, não aceitando o sofrimento como uma punição, mas considerando-o um estímulo ao seu crescimento.

(Publicado no ECOS novembro-dezembro/2003 da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Energia marciana e o Amor venusiano

A energia dinâmica de Marte é o poder que move o mundo em todos os campos (comercial, industrial, cultural, esportivo, etc.). Quando esse Planeta está com Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções que são adversas) infunde, na pessoa, um dinamismo desarmonioso, um propósito energético para o mal, uma destrutividade o que proporciona à pessoa uma forte tendência para ser perigosa, uma inimiga pública.

Por outro lado, quando o Planeta Vênus está com Aspectos adversos, a pessoa revela um sentido estético distorcido, mutilado, não amando nem compreendendo o belo, nem o harmonioso e nem a ordem. Proporciona a ela uma forte tendência a ser indolente, desorganizada, negligente, de hábitos desalinhados. É incapaz de nutrir um verdadeiro amor, pois tende a ser pervertida e licenciosa. São essas pessoas de quem se costuma dizer: “são inimigas de si mesmas e não o percebem”. Sim, porque não ofendem, deliberadamente, os outros, mas suscitam inúmeros desentendimentos e desgraças entre as pessoas que declaram amar.

Marte com Aspectos adversos propende a pessoa a se tornar perigosa para sociedade em que vive, porque não possui o raio harmonioso de amor de Vênus para canalizar, convenientemente, a energia de Marte.

Vênus com Aspectos adversos no horóscopo também é prejudicial porque proporciona, à pessoa, a desarmonia pessoal e de trato com os demais, a começar com os mais íntimos. A pessoa carece da energia dinâmica de Marte para a indispensável expressão em atos, de seus bons propósitos e planos.

Vemos ambas as classes pelo mundo e a consequente miséria que provocam a si mesmas e aos demais. O mau caráter da pessoa, regra geral, é estável e dificilmente se altera. Belicosamente, reclamam liberdade que não sabem usar e acaba por se entregarem às mãos da mestra “experiência”.

Porém, quando oferece o ensejo pela Astrologia Rosacruz de conhecermos pessoas assim, ainda como crianças, depende de nós educá-los inteligentemente e ajudá-los a crescer cultivando os aspectos de amor e de dinamismo. Quando o “espírito” falou às igrejas nas revelações encontrou defeitos em vários sentidos. Uma dessas igrejas recebeu forte repreensão: “quem dera fosses frio ou quente, mas porque és morno, nem frio nem quente estou para te vomitar de minha boca.” (Apo 3:15:16).

É preferível que a pessoa aja destrutivamente a ser indiferente e omisso. Ação gera reação. A Lei de Causa e Efeito infalível e sábia se incube de corrigir todos os atos revelando, à nossa consciência, a relação entre a causa e a consequência acabando por nos convencer que a “vida do transgressor é muito dura”.

Todavia, errando se aprende. Embora presentemente provoquemos males a nós mesmos e aos outros, tais inconvenientes acabam gerando os frutos do crescimento anímico. Todos devemos ter nossas motivações e interesses. E quando os traduzimos em atos com nosso livre arbítrio, deliberada ou impensadamente, lançamos as sementes de frutos futuros, não de Deus, não sobre a fatalidade, não do azar ou da sorte e tampouco do acaso, senão o fruto de nossas próprias ações do passado.

O que se costuma chamar de “uma pessoa problema”, estouvada, agressiva, independente e/ou rebelde não constitui em verdade um problema tão difícil. Esse vai aprender e vai crescer. Pior é o indiferente, sem metas, sem motivações, o bonachona, a inútil bondosa, que não desagrada, mas também não faz o despojo humano; esta é digna de compaixão. A “pessoa problema” deve ser educada com mansidão e bom senso. Mas a outra exige mais cuidado. Bem fará o pai ou a mãe que a vigiar, constantemente, apontando-lhe as pequenas negligências, omissões e comodismos. Ajudamos a primeira a amenizar seus impulsos, a fim de que, a pouco e pouco saiba discipliná-los a fins úteis. Será o equilíbrio, amor e a harmonia de Vênus a dosar a energia marciana, como o dínamo que utiliza e disciplina a queda d’água, convertendo-a em energia para iluminar o mundo. Assim devemos agir em relação às nossas potencialidades internas, em favor do próximo, o que não deixará de ser ao mesmo tempo o nosso próprio benefício.

Mas, é necessário firmeza e perseverança para lapidar o caráter desde criança, quando as arestas ainda não estão excessivamente duras de remover, pois quando cristalizado pelo hábito e pela teimosia, apenas o esmeril de Saturno, pela dor, poderá aplainá-la, muitas vezes deixando as cicatrizes dos recalques e insatisfações que delongam a meta do aperfeiçoamento.

Podemos dizer que esses dois fatores: Amor-Sabedoria e Atividade-Movimento – atributos em nós do Filho e do Espírito Santo, respectivamente – constituem os pratos da balança da ação do Espírito nesse mundo para que se expresse compreensiva e equilibradamente o Poder-Vontade que existe em todos nós, como herança de filhos feitos à imagem e semelhança do Criador.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro/1968 – Fraternidade Rosacruz – São Paulo – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Respeito à Mesa onde se alimenta e a Oração

É muito recomendável entre nós, Estudantes Rosacruzes, o hábito de orar às refeições. Compreendemos o simbolismo do “pão e do vinho” da sagrada ceia: tudo o que resulta como alimento sólido e líquido, do influxo de vida que Cristo deixa em cada ano de Seu sacrifício na Terra, é Seu sangue que bebemos e Seu corpo que comemos.

Daí a reverência por nós devidos à mesa, pois sabemos que dentro de um alimento, de propriedades químicas, há também a Vida que é o próprio Cristo.

A hóstia deriva dessa ideia e é feita de trigo, porque o trigo não é encontrado em estado nativo e teria sido trazido a Terra pelos Senhores de Vênus, representando bem o que é de origem superior. Por isso é usado na Bíblia repetida vezes, como “encher os celeiros de trigo”, ou seja, acumular o ser humano de bens; “separar o joio do trigo”, ou seja, separar o bem do mal; etc. A hóstia só é dada na comunhão com o Cristo, após nos havermos purificado para recebê-lo dignamente no tabernáculo do nosso corpo.

Eis porque devemos, em conjunto com nossa família, nos habituar a orar às refeições. E para completar o ambiente uma música suave e pura, enquanto todos comem em silêncio ou falando baixinho sobre coisas alegres ou elevadas.

São diversas vantagens ao mesmo tempo: calma ao comer, mastigar bem, reverência e gratidão pelo alimento, bom exemplo aos que nos visitam, formação religiosa dos filhos, etc.

Cada um fará como melhor achar. Podem-se colocar uma música suave e pura (não emocional) uns 5 minutos antes das refeições; recomenda-se aos filhos (uma vez mais, pois a repetição faz o hábito) para comer devagar, insalivando e mastigando bem, explicando a razão científica; depois em rodízio cada dia, um dos presentes lê a seguinte oração por nós ideada, pausadamente, acompanhada mentalmente pelos demais:

PRECE ÀS REFEIÇÕES

Nós Te agradecemos SENHOR, por esse alimento.

Por ele, em qualquer tempo e lugar, a Santa CEIA se repete novamente, pondo-nos em comunhão com TEU CORPO e TEU SANGUE.

Abençoa, pois, a nossa refeição e ajuda-nos a assimilar a vida que é a TUA VIDA compenetrando tudo, bem como a santificá-la, empregando-a no que seja realmente verdadeiro, belo e bom a serviço da humanidade.

Também TE pedimos SENHOR, por todos os que abusaram de TUAS dádivas e hoje, sob a Lei de Causa e Efeito, não tem o que comer.

Assim seja!!

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Fariseus e os Saduceus

Ao tempo de Cristo, os fariseus constituíam uma seita predominantemente antipatizada pelos demais, dado o seu rigor pela observância exterior da lei e pelo seu desprezo a todos aqueles que não participavam de suas ideias.

Daí a designação fariseu, que quer dizer: separado. Eram formalistas e hipócritas. Acreditavam na sobrevivência dos espíritos, na encarnação dos justos (segundo eles, os maus ficavam a sofrer os tormentos do fogo eterno) e no livre arbítrio limitado pelo destino. Tinham participação no Sinédrio.

Os saduceus eram um grupo pouco numeroso, mais político do que religioso, formado por pessoas importantes que organizavam um senado com autoridade sobre toda a nação (ano 200 A.C); mas tarde transformado no Sinédrio com a participação dos fariseus.

A sua forma religiosa era associada à lei (Torá). Eram severos na aplicação da lei de Talião, eram materialistas e não acreditavam na sobrevivência dos Espíritos, nem nos Anjos e desprezavam os rituais, o que levava os fariseus a detestá-los.

São João Batista apelidou-os de “geração de víboras” (… quem vos recomendou que fugísseis da ira vindoura?…) para referir que eles eram venenosos e astutos como as víboras.

As víboras previam as enchentes do Mar Morto e antecipadamente fugiam para se refugiarem nos galhos das árvores.

Tal fato é comparado com as atuações deles e sua condição, pois tinham muitos pecados e estavam procurando refugiar-se no Batismo de São João, antes que a Lei de Causa e Efeito lhes trouxesse as consequências.

Pelo simples fato de, por tradição, pertencerem ao “povo escolhido”, os judeus julgavam que já estavam automaticamente salvos. São João Batista esclarece que o laço de sangue nada influi; que o Corpo Denso é constituído por elementos químicos e, constantemente, os espíritos que renascem estão formando novos corpos materiais.

Assim acontecia com eles, filhos de Abraão. Ora, o corpo nada tem a ver com a salvação e tão pouco a descendência, porque a responsabilidade do espírito evoluinte é individual; cada um responde pelos seus atos. Daí que lhes dissesse ser necessário darem frutos dignos da reforma íntima, isto é, mostrarem por atos a sua regeneração interna.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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