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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Fevereiro de 2025

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.

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1.Para acessar a Edição digital (com a formatação e as figuras em melhor qualidade)

clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Fevereiro de 2025

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:

A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel.

Exercitando nosso papel de Estudantes Rosacruzes, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: ECOS.

SUMÁRIO

Informação. 4

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Fevereiro/2024: Reuniões de Estudos e Publicações. 5

Março – Sol transitando pelo Signo de Peixes (fevereiro/março) 6

02/02– 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruz – Evangelho Segundo S. Mateus – Cap. 5 – Versículos 16 a 21. 8

02/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Época Ária – Raças Árias. 15

Termo Rosacruz: Raças Árias. 15

09/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Sexta Época (Nova Galileia) e Trono de Deus. 18

Termo Rosacruz: Sexta Época. 18

Termo Rosacruz: Trono de Deus. 20

16/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Os Dezesseis Caminhos para a Destruição. 20

Termo Rosacruz: 16 Raças como os dezesseis Caminhos para a Destruição. 20

Termo Rosacruz: Grande Unificador da Sexta Época. 26

Termo Rosacruz: Caminho da Realização. 27

23/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIII – Cap. XIII – Retorno à Bíblia: astúcia – povo escolhido – terra prometida – Nova Galileia. 28

Termo Rosacruz: Astúcia. 28

Termo Rosacruz: Povo Escolhido. 29

Termo Rosacruz: Terra Prometida. 30

Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Janeiro: 32

Ajuntando Tesouros nos Céus. 32

Deus “é”, ou seja, Ele “não existe”. 34

Quem é esse “Deus”?. 36

Nossa inclinação para o mal hoje em dia está sendo muito grande?. 38

Encurtando o Caminho que temos que percorrer?. 40

Fraternidade Rosacruz – As Cinco Perguntas selecionadas do mês que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudante Rosacruzes. 42

1. Pergunta: Como vocês entendem o termo “Libertação”, que os indianos usam para descrever uma pessoa que se fundiu com o glorioso Ser Supremo ou Eu Real?. 42

2.Pergunta: Gostaria de tirar uma dúvida se possível. Sempre estou chateada com a vida e algumas pessoas me dizem que nós que escolhemos o que vamos passar antes de nascer. Uma até disse que nós queremos muito reencarnar e tem uma fila de almas na nossa frente. Escolhemos quem serão nossos pais, familiares e eu disse que depende do “karma” e não de nossa vontade. Afinal escolhemos mesmo antes ou tudo é fruto de nossas ações passadas?. 43

3.Pergunta: Li em alguns materiais que poderia levar vidas no caso de alcoólatras, como acontece esse processo de limpeza?. 44

4.Pergunta: Quando Lúcifer conversou com Eva e a convenceu a comer o fruto da Árvore do Conhecimento, isto é, a fazer sexo com Adão, ela estava no Jardim do Éden e era semelhante a uma planta, não tendo Mente nem órgão sexual. Como Lúcifer conversou com ela, se ela era como uma planta? Como ela conheceu Adão, se não tinha órgão sexual?. 44

5.Pergunta: Max Heindel diz que Jesus viveu até os 30 anos e depois entregou seus corpos ao Cristo. Mas muitos historiadores afirmam que Jesus nasceu aproximadamente no ano 6 D.C. e morreu por volta do ano 30, o que significa que ele viveu 24 anos. Como devemos entender essa divergência?. 45

O CÍRCULO DE CURA ROSACRUZ. 45

Se você está doente e entende que precisa de ajuda. 48

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Informação

As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP – Brasil, aos domingos às 16 h e/ou às 17 h. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.

Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com

É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Fevereiro/2024: Reuniões de Estudos e Publicações

-Dia 2/02 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo S. Mateus-Cap. 6: Farisaico – Tesouros nos Céus

17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – A Época Ária: as Raças Árias

-Dia 9/02 – 16 h – Estudos de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada

17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – A Época Ária: a Nova Época – o Trono de Deus

-Dia 16/02 – 16 h – Reunião do Estudante Regular – Reunião Reservada

17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – 16 Caminhos da Destruição: 16 Raças, Grande Líder

-Dia 23/02 – 16 h – Reunião de Probacionistas – Reunião Reservada

17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIII – Retorno à Bíblia: astúcia – povo escolhido – Terra Prometida – Nova Galileia

Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/

-Publicações de textos no nosso Site (www.fraternidaderosacruz.com) e nas nossas Redes Sociais:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz

https://www.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

-Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) dos Estudantes Rosacruzes que fazem tais Cursos por esse Centro Rosacruz

-Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)

-Oficiação dos Rituais do Serviço Devocional (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)

-Continuação dos tratamentos de saúde para os irmãos e as irmãs inscritas no Departamento de Cura desse Centro Rosacruz

Março – Sol transitando pelo Signo de Peixes (fevereiro/março)

Aproveitemos o mês e unamos os Ensinamentos Rosacruzes: Filosofia, Bíblia e Astrologia Rosacruz para  praticarmos durante TODOS OS DIAS DE MARÇO. Esse mês solar de março, que vai de 19 de fevereiro a 20 de março, corresponde à Hierarquia Zodiacal de Peixes ou Hierarquia Criadora dos Espíritos Virginais. Peixes é o verdadeiro lar dos Espíritos Virginais, da qual nós fazemos parte, estando atualmente no nosso estágio “Humanidade”.

O padrão cósmico que a Hierarquia Criadora de Peixes trabalha para trazer em manifestação o princípio de unificação em toda a criação. O modelo cósmico que prevalece sobre a Terra por essa Hierarquia é o do ser humano perfeito, criado à imagem e semelhança de Deus e manifestando a divindade de seu interior. O ser humano feito a Semelhança de Deus é a nota chave de Peixes. De fato, o aperfeiçoamento do ser humano é e tem sido o divino trabalho de todas as Doze Hierarquias Criadoras desde o começo da evolução humana.

O centro físico correlacionado com Peixes são os pés e na Onda de Vida humana esse centro tem de ser despertado.

Dentre os 12 Apóstolos, o correlacionado com Peixes é S. Pedro. Esse Apóstolo, o instável, o homem “onda” quem, depois de haver despertado o princípio do Cristo Interno por meio da fé, se converteu na Pedra da Iniciação. Um dos mais avançados entre os Discípulos. Um magnífico exemplo de humildade pode ser encontrado em S. Pedro, o pisciano dos Discípulos. S. Pedro considerava sua maior honra em seguir a Cristo e a servir Sua causa. Quando chegou a hora em que S. Pedro devia segui-Lo na crucifixão, manifestou sua própria indignidade para ser colocado na cruz de pé, como foi Cristo e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo. E isso para um homem cujas emanações espirituais se dizia que eram tão potentes, e que quando a sua sombra passava pelos enfermos, esses eram curados instantaneamente.

Peixes é um Signo de Água e água está correlacionada com a natureza emocional. Quando alguém obtém o domínio sobre as suas emoções, é porque obteve o controle do elemento Água. Essa é a lição que Cristo ensinava a S. Pedro quando lhe ordenou que caminhasse sobre as águas. Naquele momento, no entanto, S. Pedro ainda não tinha dominado suas emoções. Se Cristo não o salvasse, ele afundaria. Mais tarde, quando já era regente de suas paixões, S. Pedro caminhou sem medo para se reunir com Cristo. Isso é conhecido no esoterismo como Iniciação pela Água. Depois dessa experiência, S. Pedro experimentou a mais transcendente beatitude de sua vida.

Procure utilizar a seguinte frase ao fazer os Exercícios Esotéricos de Concentração durante o dia e o da Meditação: “Deus criou o homem a sua imagem e semelhança” (Gn 1:27). Faça isso em cada um dos dias em que Peixes enfoca seu ritmo sobre a Terra, e os significados ocultos dessa passagem lhe aclarará a Mente e o Coração sobre sua significância esotérica.

02/02– 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruz – Evangelho Segundo S. Mateus – Cap. 5 – Versículos 16 a 21

A Bíblia contém os ensinamentos de que necessitam, especialmente, os povos ocidentais, nós.

A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia”, como lemos TODAS AS VEZES que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo da Fraternidade Rosacruz.

Os versículos 16 a 21 referem-se ao seguinte texto:

Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram seu rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge tua cabeça e lava teu rosto, para que os homens não percebam que estás jejuando, mas apenas o teu Pai, que está lá no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará. Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.

Notemos que para compreendermos esses Ensinamentos nesses versículos é indispensável que compreendamos o que é a nossa Personalidade e a nossa Individualidade, segundo os Ensinamentos Rosacruzes.

Na questão de tratamento da nossa Individualidade é que conseguiremos sair da situação de risco de cristalização, de ignorância e de dificuldades em caminhar para frente e para cima rumo a conquistar a Região Etérica do Mundo Físico, que é o nosso próximo objetivo nesse Esquema de Evolução.

Ao que chamamos de Individualidade é o Tríplice Espírito ou “Eu superior” onde nós somos um Ego ou um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui da seguinte forma:

-Por meio de um veículo chamado Espírito Divino

-Um outro chamado Espírito de Vida

-E um outro chamado Espírito Humano

A nossa Individualidade é sempre a mesma a cada renascimento aqui.

Ao que chamamos de Personalidade é o Tríplice Corpo ou “Eu inferior”, onde para evoluirmos em cada Mundo, temos um veículo para cada um que é composto da seguinte forma:

-Um Corpo Denso para conquistar a Região Química do Mundo Físico

-Um Corpo Vital para conquistar a Região Etérica do Mundo Físico

-Um Corpo de Desejos para conquistar o Mundo do Desejo

E finalmente, temos um veículo que possibilita a nós, o “Eu superior”, a trabalhar com esse Tríplice Corpo que é a nossa Mente

-Por meio dela é que podemos trabalhar usando o nosso veículo Espírito Divino no Corpo Denso, construindo a Alma Consciente

-Trabalhando com nosso veículo Espírito de Vida no Corpo Vital, construindo a Alma Intelectual

-E trabalhando com nosso veículo Espírito Humano no Corpo de Desejos, construindo a Alma Emocional

A cada novo renascimento aqui, nós construímos a nossa Personalidade que é composta das nossas qualidades conquistadas em vidas passadas, bem como nossos defeitos, maus hábitos, nossas dificuldades, nossas lições a aprender.

E é por isso que ela é a raiz de todo nosso sofrimento, nossa dor e tristeza, justamente devido ao nosso modo ignorante de conduzir as nossas faculdades quando estamos renascidos aqui.

“Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram seu rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens.”

Nesta passagem fica claro que Cristo está nos ensinando que “querer ser percebido pelos homens” é um exemplo da nossa Personalidade que está nos condicionando a se satisfazer pela ilusão mundana que é a busca pelo prestígio, a se motivar sempre pelo elogio e buscá-lo sempre a de parecer uma “boa pessoa”, claro que, escondendo os seus defeitos o máximo que pode e jamais resolvê-los (mesmo porque isso corre o risco de você “perder todo o sucesso”).

Se agimos assim hoje é porque trazemos reminiscências de momentos evolutivos ocorridos a muito tempo, dado a muitos renascimentos anteriores em que não aprendemos as lições que deveríamos aprender lá.

Neste nosso Esquema de Evolução, hoje estamos no Período Terrestre, no Globo D, na metade da 4ª Revolução do Período Terrestre, em torno do Nadir da Materialidade. E dado a este momento de máxima cristalização, o Esquema de Evolução é dividido em Épocas.

Já passamos, há milhões de anos atrás, pelas Épocas Polar, Hiperbórea, Lemúrica e Atlante e estamos hoje na Época Ária.

E foi na Época Atlante que mais mergulhamos na Região Química do Mundo Físico, por isso foi necessário neste ponto do Esquema de Evolução dividir as Épocas em Eras, cujas características são oferecidas a nós pelo movimento chamando Precessão dos Equinócios.

Na Época Atlante, passamos pela Era de Câncer, de Gêmeos e de Touro.

-Até a Era de Touro o objetivo era acumular bens materiais, demonstrando para todos que conseguíamos ter destaque nessa Região Química do Mundo Físico, depois passamos pela Era de Áries e hoje já estamos no final da Era de Peixes, já na “Órbita de Influência” da Era de Aquário.

-Desde a Era de Áries (onde inclusive, no seu final, veio o Cristo) o objetivo nesse Esquema de Evolução mudou, pois, uma vez conquistado a Região Química do Mundo Físico, devemos partir de volta à Deus, começando a acumular bens espirituais, e para isso precisamos funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, usando a administração dos bens materiais como meios para acumular os bens espirituais, e amalgamar a quinta essência dos bens materiais como valores espirituais.

Hoje estamos na Era de Peixes onde renascemos com o objetivo de eliminar todas as “reminiscências” que trazemos, ou seja, ter a chance de aprender todas as lições que deveríamos aprender em momentos passados. Neste final da Era de Peixes, se aprendermos as lições, não caindo nas tentações e nos emendando, no próximo renascimento nasceremos com o veículo ativo e pronto, apropriado para a próxima Era de Aquário, no caso o Corpo-Alma. Agora se não aprendemos, caindo nas tentações e não nos emendando, no próximo renascimento corremos um enorme risco de não nasceremos com o veículo ativo e pronto apropriado para a próxima Era, no caso o Corpo-Alma.

Resumindo, a “Era de Aquário” acontecendo por todo lado e os seres humanos que se atrasaram viverão na “Era de Peixes, ou de Áries ou de Touro, ou ainda de Gêmeos”.

A Fraternidade Rosacruz proporciona todas as soluções que precisamos para isso e podemos resumir em:

-Tomar consciência desse nosso comportamento ilusório e que não interessa mais para esse momento do Esquema de Evolução. Reforçando: agir assim, hoje, é se cristalizar e se atrasar na Evolução.

-Praticar o Exercício Esotérico Rosacruz da Observação imparcial de nós mesmos, negando a querer ser visto, buscar a fama mundana, a se satisfazer com consolações humanas (a única que vale a pena é a consolação divina).

-Não se justificar (que é a astúcia que praticávamos na Época Atlante, disfarçada), não se julgar (se o evento marcou você, com certeza, aparecerá como efeito/causa no Exercício Esotérico Rosacruz de Retrospecção, que o Estudante Rosacruz faz todas as noites) …apenas observar “de fora” sendo sincero com você mesmo.

Se quisermos viver realmente na Era de Peixes e nos preparando para a Era de Aquário, aproveitando esse momento em que temos o dobro de material para utilizarmos (as nos fornecidas por Peixes e por Aquário) devemos focar nossa vida aqui:

“Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.”

“Tesouros na Terra” todos sabemos o que é, não sabemos? Mas, e “tesouros nos céus”? Sabemos, achamos que sabemos, tentamos “enganar” nos enganando, ou…pior, quando descobrirmos o que era, já é tarde?

Durante a nossa vida aqui, fazemos muitas coisas (a maioria movida pela necessidade ou pelo prazer e muitas poucas pelo dever). Todas as vezes:

 – Em que sirvo alguém, amorosa e desinteressadamente, focando na divina essência oculta dele, promovendo a base da Fraternidade, por meio de atos, obras e ações, cresço a minha Alma Consciente e alimento o meu veículo Espírito Divino.

– Que crio desejos, emoções ou sentimentos usando material das 3 Regiões superiores do Mundo do Desejo, cresço a minha Alma Emocional e alimento o meu veículo Espírito Humano.

– Que uso a memória daqueles atos, obras ou ações, desejos, emoções e sentimentos, cresço a minha Alma Intelectual e alimento o meu veículo Espírito de Vida.

Então, quando morremos mais uma vez aqui, ajuntamos os “Tesouros nos céus”. Assim, quando passamos a nossa estada pelo Primeiro Céu temos o que assimilar e transformar como: bons hábitos e/ou virtudes para a próxima vida; quando passamos a nossa estada pelo Segundo Céu temos a capacidade e o conteúdo para trabalhar e contribuir na construção da fauna, flora, meio ambiente, novos Corpos e tudo mais para a próxima vida, nossa e de todos que precisarem.

Por isso que, enquanto você vive aqui: onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.

Para saber mais, assista a 18ª Reunião Dominical de Estudos Bíblicos Rosacruzes-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em:

18ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas-SP-2FEV25–C.6-Evangelho Segundo S.Mateus-P.3

02/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Época Ária – Raças Árias

Termo Rosacruz: Raças Árias

Estamos aqui atualmente, na quarta Revolução do Globo D, da Quinta Época – Época Ária do Período Terrestre. Aqui começa de fato, o trabalho do ser humano nesse Período.

O Espírito Humano está concêntrico com o Corpo nos dando total consciência de vigília. Começamos a nos aperfeiçoar, por meio do Pensamento e da Razão, como resultado do nosso trabalho sobre a Mente – desatrelando a Mente ao Corpo de Desejos, desenvolvendo a “Mente abstrata” seguindo assim o objetivo da evolução. O objetivo é trabalhar na transmutação do nosso poder do pensamento.

Vejamos agora um pouco sobre as Raças Árias:

Noé: Surge no período antediluviano (antes do Dilúvio), bem no início da história bíblica. Noé, simboliza os remanescentes da Época Atlante. A multidão, guiada por Noé, na história do dilúvio:

– Formaram o núcleo da quinta Raça, a Raça Ária: nossos progenitores

– Sobreviveram à destruição do Continente chamado de Atlântida, que era onde todos nós habitávamos durante a Época Atlante.

– Também simboliza a transição da Época Atlante para a Época Ária.

Para os Ensinamentos Rosacruzes a “Arca de Noé” simboliza os mais adiantados que puderam passar para a atual Época Ária, tendo desenvolvido os pulmões e construído as costelas, apoiadas no osso externo. Porém, uma parte das pessoas guiadas por Noé, em dado momento, foram novamente atraídas ao passado, casando-se com Raças inferiores e voltando à adoração do Touro. São essas, as pessoas que se conduzem pela ambição e astúcia. Elas ainda conservam traços Atlantes.

Mais a frente da Época Aria, aparece a figura de Moisés, representando a Era de Áries. Moises é visto como um grande Instrutor espiritual que trouxe as Leis Divinas (os Dez Mandamentos), para guiar a Humanidade no uso ético e moral dessa nova consciência. Por isso Moisés representa um avanço no desenvolvimento espiritual. Moisés conduziu o povo prometido através do Mar Vermelho (Áries) para fora do Egito. Mar Vermelho simboliza um processo interno e espiritual pelo qual a Alma humana passa em sua jornada evolutiva.

A purificação dos desejos inferiores ligados ao Mundo material e às paixões humanas que prendem a Alma ao Ego e ao plano terreno. Assim, a passagem pelo Mar Vermelho provocou uma purificação em massa. Mas, os remanescentes atlantes que não quiseram adiantar-se e permaneceram na adoração do Touro, contrariando os projetos evolutivos das Hierarquias Criadoras, foram “engolidos” pelo Mar Vermelho. Simbolicamente falando, estes remanescentes, mesmo estando na Época Ária, foram aqueles que ainda não tinham pulmões e por isso, não conseguiram sobreviver e ficaram atrasados, conseguindo construir os pulmões muito tempo depois. Já os seres humanos que conseguiram construir os pulmões para respirar na nova atmosfera, foram os pioneiros da Época Ária.

As Raças Árias serão um total de sete Raças ao todo e descenderam da quinta Raça Atlante, os Semitas Originais, que depois foram dirigidas para a Ásia Central, que foi o berço destas Raças Árias, que aperfeiçoou a Mente e a razão, e à qual pertencemos. A distribuição delas foram:

-1ª Raça – Ariana – dirigiu-se para o sul da Índia.

-2ª Raça – Babilônica-Assíria-Caldaica – ocupou a posição relativa à Mesopotâmia.

-3ª Raça – Persa-Greco-Latina – Os Persas tiveram origem também na Mesopotâmia (no atual Irã), próximo ao Golfo Pérsico e Mar Cáspio. Os Gregos habitavam a Península do Peloponeso. Os Latinos habitavam a Península Itálica e o sul do atual continente europeu.

-4ª Raça – Céltica – habitavam o centro-norte do atual continente europeu.

-5ª Raça – Teuto-Anglo-Saxônica – habitavam todo o norte do atual continente europeu.

As duas últimas Raças se desenvolverão na nossa Época atual.

-6ª Raça – Eslava – mas não virá do povo eslavo que há atualmente.

-7ª Raça – Será originada a partir das pessoas que compõem a 6ª Raça, que alcançarão um grau de desenvolvimento espiritual que os levará muito além das condições a 6ª Raça.

Para saber mais, assista a 212ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em:

212ª ReuniãoDominical-FRC_Campinas_2fev25-Cap.12-A Evolução da Terra-Época Ária: As Raças Árias

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09/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Sexta Época (Nova Galileia) e Trono de Deus

Termo Rosacruz: Sexta Época

Não devemos confundir a Era de Aquário com a Nova Galileia.

Hoje estamos na Era de Peixes. Ainda teremos que passar pela Era de Aquário, que acontecerá ainda na 5ª Época do Período Terrestre, a Época Ária. A Era de Aquário representa um período evolutivo de transformação espiritual e social. Esse período é caracterizado pelo despertar da consciência superior e pelo desenvolvimento de uma Fraternidade Universal. Nessa Era, a humanidade será guiada pela energia de Aquário, que é associada à inovação, liberdade, altruísmo e cooperação. Essa nova fase promove uma maior integração entre ciência e espiritualidade, bem como a dissolução de barreiras de egoísmo, preconceito e separação.

O conhecimento oculto, antes reservado a poucos, será gradualmente acessível a todos os que buscarem a verdade, levando à realização do ideal Rosacruz de uma Humanidade unida no amor e no serviço mútuo, em harmonia com as Leis Divinas.

Teremos uma nova fase religiosa, onde serão revelados ideais mais altos e mais nobres que nosso conceito atual da Religião Cristã. Manifestaremos todas as nossas potencialidades espirituais e intelectuais que estão simbolizadas pelo Signo de Aquário. A ciência imperará durante a Era de Aquário – teremos, para usar, uma Ciência religiosa e uma Religião científica, e a nova fé será baseada na razão, e será capaz de resolver o enigma da vida e da morte, de um modo que satisfaça tanto à Mente quanto o Coração.

Já na Época Nova Galileia, uma Época futura, o Reino de Cristo (Estado de Consciência Espiritual) estará plenamente manifestado na Terra. Representa a transformação concreta, em que a Terra e a Humanidade (a parte que terá a capacidade de viver conscientemente em um Corpo-Alma) vibrarão em perfeita harmonia com os princípios espirituais de Cristo. No início da Sexta Época (nova Galileia) ocorrerá a mescla das diferentes nações e dessa mistura sairá o próximo “povo escolhido”, virá a “semente” para a última Raça – a Raça Dourada.

Na Nova Galileia teremos um Corpo mais eterizado do que o que temos agora. Viveremos na Região Etérica do Mundo Físico. Viveremos no que hoje chamamos de “ar”, numa Terra feita de Éter. A Terra, comparada com a que é hoje, será transparente. Viveremos em Corpos luminosos, muito mais sensíveis aos impactos espirituais da intuição, que nunca se cansará; porque não haverá dia e nem noite! Para trabalharmos conscientemente nessa Época – precisaremos ter desenvolvido e treinado a vestimenta chamada Corpo-Alma, o Dourado Manto Nupcial (veste luminosa). O Corpo-Alma só é construído pelo serviço amoroso e desinteressado, focando na divina essência oculta em cada um deles, e realizado o mais anonimamente que possamos. Refreando as tendências da nossa natureza inferior, especialmente o gasto da nossa força sexual criadora. Essa vestimenta será comum a todos os habitantes da Nova Galileia, o Reino do Cristo. É através do Corpo-Alma que exercitamos cada vez mais o equilíbrio “Cabeça-Coração”.

Termo Rosacruz: Trono de Deus

É onde reside a mais alta expressão do Divino – Deus. É a “Casa do Pai”. É de onde emana o Poder Divino que sustenta e guia toda a criação do nosso Sistema Solar. Ele representa a presença ativa de Deus como uma força criadora, organizadora e mantenedora do Universo. Cada um dos sete Espíritos Planetários que procedem de Deus e têm a seu cargo a evolução da vida em um dos sete Planetas.

São também conhecidos como os 7 Espíritos diante do Trono. Também estão em evolução nesse Esquema de Evolução criado por Deus. São tão elevados (em relação a nós) que são chamados de “Ministros de Deus”.

Para saber mais, assista a 213ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em:

213ª ReuniãoDominical-FRC_Campinas_9fev25-Cap.12-A Evolução da Terra- Época Nova Galileia-Trono de Deus

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16/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Os Dezesseis Caminhos para a Destruição

Termo Rosacruz: 16 Raças como os dezesseis Caminhos para a Destruição

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz esse importantíssimo conceito!

Para tal vamos fazer uma breve recapitulação de alguns momentos nesse Esquema de Evolução.

Desde o princípio no Período de Saturno até a metade do Período em que estamos, o Terrestre, viemos evoluindo numa parte que chamamos de Involução inconsciente, ou seja, orientados e dirigidos diretamente por Hierarquias Criadoras.

Foi assim que foram despertados em nós o nosso Tríplice Espírito e adquirimos o Tríplice Corpo e a Mente. Quando chegamos ao Período Terrestre, chegamos ao Campo de Evolução atual, ou seja: Atividades evolutivas desde a Região Concreta do Mundo do Pensamento até a Região Química do Mundo Físico, a Região mais densa desse Esquema de Evolução que Deus nos permitiu habitar, aprender, conquistar e nos tornarmos especialistas nessa matéria.

Hoje estamos peregrinando na metade da 4ª Revolução do Globo D desse Período Terrestre. Ou seja: já passamos 3 Revolução e meia desse Período pelos 7 Globos que o compõe. Se olharmos com mais detalhes veremos que um Globo é um elemento de 3 dimensões – como o vemos a partir da Região Química do Mundo Físico (diferente de uma circunferência que é um elemento de 2 dimensões.

E quando distribuímos as Revoluções (que podemos desenhar como linhas) por entre esse Globo, temos diferenças importantes entre cada uma delas.

Isso fica claro aqui: Notem bem que nesse Globo D a 1ª e a 7ª Revoluções nós passamos por matérias da Região Química do Mundo Físico (ou seja: Sólidos, Líquidos e Gases) as mais sutis de todas as outras Revoluções.

Já na 2ª e 6ª Revoluções nós passamos por matérias da Região Química do Mundo Físico (ou seja: Sólidos, Líquidos e Gases) as segundas mais sutis de todas as outras Revoluções.

Já na 3ª e 5ª Revoluções nós passamos por matérias da Região Química do Mundo Físico (ou seja: Sólidos, Líquidos e Gases) as terceiras mais sutis de todas as outras Revoluções.

Agora, na 4ª Revolução, nós estamos passando por matérias da Região Química do Mundo Físico (ou seja: Sólidos, Líquidos e Gases) mais densas de todas as outras Revoluções.

E aqui não somente do Globo D, mas de todos os Globos desse Esquema de Evolução. E isso torna esse momento evolutivo para nós uma parte importantíssima desse Esquema de Evolução, tanto como para cumprir a nossa missão como Onda de Vida (a humana), ou seja, nós tornarmos especialistas em funcionar na Região Química do Mundo Físico, como para nos perdermos, nos cristalizando e perdendo a oportunidade de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução.

Estamos passando (e muitos JÁ passaram) por um ponto chamado Nadir da Materialidade.

E esse ponto sempre representa dificuldades:

1ª em conseguir aprender TUDO que precisamos

2ª em nos cristalizar o suficiente para nos atrasar evolutivamente de tantas maneiras e níveis, que se pode chegar até a perder a oportunidade de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução

E, assim, as sábias e inteligentíssimas Hierarquias Criadoras trabalham e dividem esse momento em Épocas, de modo que em cada uma vamos descendo na densidade material e depois subindo na sutilidade material.

Assim, vamos descendo por meio da: 1ª Época, a Polar; depois, a 2ª Época, a Hiperbórea; depois, a 3ª Época, a Lemúrica, até chegar a Época mais densa em material da Região Química do Mundo Físico, a 4ª Época, a Atlante, onde tivemos contato com os mais Sólidos, os mais Líquidos e os mais Gasosos de todos os materiais daquela Região, e com toda a nossa capacidade material, conquistamos essa Região e alcançamos o ápice de eficácia na utilização desses materiais.

Entretanto, ao chegarmos nesse ponto, tão importante, mas, também perigosíssimo, a fim de conseguirmos ao mesmo tempo aprender a conquistar totalmente essa Região e termos tudo que precisamos, se quisermos, para não nos cristalizarmos o suficiente para nos atrasar evolutivamente de tantas maneiras e níveis que se pode chegar até a perder a oportunidade de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução, mais uma vez, as sábias e inteligentíssimas Hierarquias Criadoras trabalham e dividem esse momento nas Épocas Atlante e Ária, principalmente, em Eras mais bem definidas em o que deveríamos aprender e o que fazer para passarmos para a próxima Era, de modo que em cada uma pudéssemos descer na densidade material e depois subir na sutilidade material.

Já que estávamos, como estamos, marcando o ritmo evolutivo no tempo e no espaço, que são dimensões extremamente definidas quando se está focando na Região Química do Mundo Físico, Elas utilizaram o compasso fornecido pelo movimento da Terra conhecido como Precessão dos Equinócios.

E, assim, na Época Atlante, nosso Campo de Evolução foi envolvido pelos preceitos da Hierarquia Criadora de Câncer, e que, nesse caso aqui, chamamos de Era de Câncer.

Depois, passamos para outro lugar no nosso Campo de Evolução envolvido pelos preceitos da Hierarquia Criadora de Gêmeos, e que, nesse caso aqui, chamamos de Era de Gêmeos.

E aqui atingimos a máxima densidade em que nós, a Onda de Vida humana, foi permitida na Região Química do Mundo Físico.

Aliás de todas as Ondas de Vida com as quais temos contato direto nesse Esquema de Evolução, somente nós, Espíritos Virginais da Onda de Vida humana é que foi permitido chegar nesse ponto de máxima densidade material. E esse é o ápice do Nadir da Materialidade, o ponto mais importante, mas o mais perigoso para todos nós!

Depois começamos a nos sutilizar em relação ao material que deveríamos utilizar nessa Região Química do Mundo Físico, e nesse sentido passamos para outro lugar no nosso Campo de Evolução envolvido pelos preceitos da Hierarquia Criadora de Touro, e que, nesse caso aqui, chamamos de Era de Touro.

E assim, fechamos a Época Atlante. Quem se desenvolveu o suficiente e adquiriu, por mérito, tudo que precisava, adentrou-se à próxima Época, a Época Ária.

E aqui, para continuar tendo a ajuda que tanto precisamos, passamos para outro lugar no nosso Campo de Evolução envolvido pelos preceitos da Hierarquia Criadora de Áries, e que, nesse caso aqui, chamamos de Era de Áries.

Depois, já com o Plano de Salvação de Cristo inaugurado, e a disposição de quem quiser, a fim de sair do perigoso ponto de cristalização (onde muitos ainda acham que só existe a Região Química do Mundo Físico, OU que é aqui onde buscamos a felicidade e a realização da vida), passamos para outro lugar no nosso Campo de Evolução envolvido pelos preceitos da Hierarquia Criadora de Peixes, e que, nesse caso aqui, chamamos de Era de Peixes.

E já estamos na “Órbita de Influência” da próxima Era, a Era de Aquário!

Terminada a Época Ária, para quem se capacitar, teremos a Época Nova Galileia e depois a Época Reino de Deus.

Perceba que a metade da Era de Gêmeos divide todo esse Esquema de Evolução em duas partes extremamente distintas, e se compreendermos isso mudaremos os nossos valores e princípios nessa vida terrestre aqui, obviamente, sempre se quisermos.

Do Período de Saturno até antes da metade da Era de Gêmeos, que chamamos de Involução, o que tínhamos que fazer na Peregrinação por entre Períodos, Globos, Revoluções, Épocas e Eras:Involuir em nossos 3 veículos Espirituais despertados, e evoluir as formas que ganhamos em nossos 3 Corpos. Para isso: ganhamos o Tríplice Corpo e foi despertado em nós o Tríplice Espírito. A culminação disso se deu justamente durante a Época Atlante quando foi despertada em nós a Consciência individual, ou seja, quando nos descobrimos como um “eu separado”, um Indivíduo.Com isso conseguimos imergir na Matéria, cristalizando o nosso Tríplice Corpo a fim de chegarmos ao Nadir da Materialidade.

Uma vez alcançado esse ponto, dominado totalmente a Região Química do Mundo Físico, partir para a segunda parte desse Esquema de Evolução, que chamamos de Evolução.

O que temos que fazer nessa parte?

O oposto da parte anterior e um avanço espiritual por conta e risco de cada um de nós.

Assim:Involuir em nossos 3 Corpos e evoluir o nosso Tríplice Espírito. Para isso: aprender a dominar os Corpos, convertendo-os em Alma, a quintessência de cada um. Expandir a Consciência individual, que temos na Região Química do Mundo Físico, para todos os outros Mundos desse Esquema de Evolução.

Para isso devemos nos libertar da matéria de cada um dos Mundos, a começar dessa Região e, com isso, conseguirmos espiritualizar cada Corpo, inclusive a Mente.

Agora, como já havia entre nós atrasados, e como as sábias e inteligentíssimas Hierarquias Criadoras já compreendiam que haveria muitos atrasados, mas também muitos adiantados e até muitos pioneiros, para aproveitarmos o Campo de Evolução proporcionado por cada Época, nos foram oferecidos a composição por Raças.

Lembrando sempre que Raça aqui é somente o conjunto de Corpos com características específicas e semelhantes de um grupo de pessoas, e que conseguem retirar o máximo das lições de uma Época.

Assim, na Época Lemúrica todos nós fomos divididos em uma única Raça.

Já Época Atlante, tivemos que ser divididos em 7 Raças, dada a diversidade que já nos apresentávamos em aproveitar ou não as lições que deveríamos aprender. E dessas 7 Raças, uma foi a semente para a construção das próximas Raças.

Na Época Ária, novamente, tivemos que ser divididos em 7 Raças, a partir da semente da Raça escolhida na Época Atlante.

E na Época Nova Galileia, para quem estiver apto, funcionará em uma única Raça.

Depois disso nada mais haverá que possamos denominar propriamente de Raça.

As dezesseis Raças são chamadas os “dezesseis caminhos para a destruição” devido:

– ao perigo de aderirmos tanto às características de cada uma das Raças, a ponto de nos tornarmos incapazes de sobrepassar a ideia de Raça e paralisar e até perder totalmente o nosso progresso.

– e ao perigo nos cristalizarmos tanto na Raça, até que nos aprisionarmos como chamamos de Corpos de Raça, mesmos que esses Corpos vão se degenerando a cada renascimento nosso aqui. Ou seja, a cada renascimento buscando renascer na mesma Raça, ainda que ela nem já exista como tal!

Termo Rosacruz: Grande Unificador da Sexta Época

Para todos que se esforçarem e trabalharem afincamente para evoluir se capacitando para chegar na Época Nova Galileia, e trabalhar conscientemente no Campo de Evolução que lá teremos, terá o mérito de viver com o Grande Unificador da Sexta Época, o Cristo.

E para isso, desde a Sua primeira vinda, no final da Era de Áries, já na “Órbita de Influência” da Era de Peixes, Ele já nos ensinou o que precisamos fazer para caminharmos para a Época Nova Galileia.

Basicamente, são dois objetivos que devemos alcançar, individualmente:

1- Elevarmo-nos acima de laços familiares, tribo, grupo, país. Se raciocinarmos como devemos, esses laços são relacionados com os Corpos e jamais com o Ego, o Espírito, aquele irmão e aquela irmã a quem deveríamos amar e, por isso, não há laço nenhum!

2- Reconhecermos definitivamente que somos Egos, não “Corpos”. E aqui está o grande problema: quando focamos a nossa vida aqui, nos benefícios da vida terrestre, nos identificamos como “Corpos” (atenção total a forma do Corpo Denso, especialmente a externa; manter nosso Corpo Vital com a máxima quantidade dos 2 Éteres inferiores, e fazemos isso com maestria; deixar nosso Corpo de Desejos satisfeitos com fama, poder e fortuna de valores materiais, e como tentamos disfarçar bem isso; manter a nossa Mente contaminada pelos desejos, especialmente os inferiores, e como somos especialistas nisso).

Termo Rosacruz: Caminho da Realização

Para conseguirmos caminhar do ponto em que estamos (seja qual for) rumo a direção segura à Época Nova Galileia, temos o Caminho da Realização que é fornecido pela Ordem Rosacruz, e conhecemos como o Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz.

Única coisa que precisamos: força de vontade, disciplina, compromisso com a gente mesmo e persistência. E mais nada!

Para saber mais, assista a 214ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em:

214ª ReuniãoDominical-FRC_Campinas_16fev25-Cap.12-A Evolução da Terra- 16 Caminhos para a Destruição – Grande Unificador – Caminho da Realização

 

23/02– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIII – Cap. XIII – Retorno à Bíblia: astúcia – povo escolhido – terra prometida – Nova Galileia

Termo Rosacruz: Astúcia

Desde o Período de Saturno, nós como Espíritos Virginais da Onda de Vida humana (Egos) fomos guiados por Seres Superiores, sem que pudéssemos fazer a menor escolha. Isso porque, nesses tempos, éramos incapazes de dirigir-nos, não tínhamos ainda desenvolvido Mente própria.

Na segunda metade da Época Atlante recebemos dos Senhores da Mente, o germe da Mente e, também, estava a cargo destes Seres, as partes superiores do Corpo de Desejos.

E como não conseguíamos ter um foco preciso das nossas atuações no Mundo Físico, isto de fato nos tornava extremamente débeis no domínio dos nossos Corpos. Pois, não tínhamos freio sobre o nosso Corpo de Desejos; a natureza passional era extremamente forte.

E quando unimos a nossa Mente (concreta) nascente ao Corpo de Desejos, formando assim, uma espécie de ‘alma animal’. E o resultado disso foi que utilizamos somente a Mente inferior, originando a astúcia.

A astúcia nada mais é do que o produto da Mente não controlada pelo Espírito (Ego), e esta foi a causa de todas as debilidades e maldades em meados do último terço da Época Atlante.

E como a nossa Mente estava limitada pelo desejo em sua natureza inferior, egoísta ou escrava do desejo, ficamos concentrados na nossa Personalidade, e isto fez com que começássemos a utilizar a astúcia e, também, suas companheiras na caminhada evolutiva como a mentira, inveja, falsidade, ciúmes, egoísmo, cinismo, opressão, esperteza, etc.

Os Semitas Originais, mostravam astúcia e malícia através das quais visavam atingir seus objetivos egoístas, mesmo tendo desenvolvido um pouco de controle dos desejos inferiores. Mas era um povo muito truculento, que utilizava da força bruta.

A Mente é um freio sobre os impulsos do desejo que dá propósito à ação, mas o problema é que não sabemos como usar a nossa Mente com eficiência ou eficazmente. Somente quando aprendermos a controlar essa natureza inferior é que poderemos encontrar a harmonia com as Leis de Deus.

A Personalidade, não iluminada, aplica todos os seus poderes para a satisfação de desejos egoístas e para a conquista de valores materiais. Assim, a Mente deve ceder cada vez mais sob a orientação do Eu Superior. O nosso pensamento deve se divorciar da influência do desejo pessoal. Devemos trabalhar mais e mais com a nossa Mente Abstrata.

Termo Rosacruz: Povo Escolhido

Os Semitas Originais (a quinta Raça) constituíram um “povo escolhido” ou “povo eleito”, destinado a levar essa faculdade germinal a tal ponto de maturação que impregnasse completamente seus descendentes, para se converterem na semente mais apurada para a Nova Raça. E tornaram assim um povo astuto, a ponto de procurar escapar das limitações impostas pelos Seres superiores das inúmeras medidas que foram tomadas para manter-nos no caminho reto.

Mas dentre todos os Semitas escolhidos como ‘semente’ da nova Raça, somente poucos permaneceram fiéis. A maioria de nós se rebelou, frustrando assim o propósito de Jeová e seus Líderes ao se casarem com membros de outras tribos ou povos.

O que na Bíblia se narra sobre este povo ‘perdido’ é que são os filhos de Deus que se casaram com as filhas dos homens, os compatriotas de grau inferior da Atlântida. Porque frustraram os desígnios de Jeová, foram expulsos, e o fruto de tais cruzamentos inúteis como semente de nova Raça.

Este povo que permaneceu fiel, passou pelo processo de condensação que transformou a nevoa ígnea da Lemúrica na atmosfera densa e úmida da Atlântida e, mais tarde, a atmosfera clareou e o “povo escolhido” foi salvo.

Este povo foi conduzido à Terra Prometida.

Termo Rosacruz: Terra Prometida

Podemos observar desde outrora que o ser humano está sempre sendo impelido de um lugar para outro, de um ambiente para outro, de uma condição para outra. Não é uma jornada sem objetivo, pois a nossa meta é a Terra Prometida, a Nova Jerusalém, lugar onde haverá paz. E enquanto estivermos nesta jornada desértica, devemos estar cientes de que não haverá descanso e nem paz.

Por que se chamou “Terra Prometida”?

Porque, não existindo naquele tempo uma Terra apropriada para ser ocupada por nós (no final da Época Atlante), então, nós como ‘povo eleito’, fomos direcionados em nossa peregrinação para o Deserto de Gobi na Ásia Central. Lembrando que parte da Terra, neste momento, estava submersa pelas inundações e outras partes deslocadas e modificadas pelas erupções vulcânicas, foi necessário esperar um período de tempo até que um novo Campo de Evolução nesta nova Terra estivesse em condições de converter-se em um lugar apropriado para a Raça Ária.

E até que enfim alcançamos a Terra Prometida, que é o nosso atual Campo de Evolução, exatamente onde estamos vivendo agora. Foram habitadas pelas Raças Árias, nas quais a razão está se desenvolvendo rumo a perfeição.

Nova Galileia – O Período Terrestre marca o fim da Involução com o Nadir da Materialidade e o início da Evolução com as 7 Raças Árias. No final deste Período, das 5 primeiras Raças da Época Ária, virá a “semente” para a última Raça, no início da Sexta Época, a Época Nova Galileia – O “povo escolhido ou povo eleito”, se chamará de “Raça Dourada”, que sairá de todo esse processo de miscigenação. Será a última Raça que passaremos aqui, na 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre.

Na Nova Galileia teremos um Corpo mais eterizado do que agora; viveremos no que hoje chamamos de ar em Corpos luminosos, pois já teremos desenvolvido a vestimenta chamada Corpo-Alma, numa Terra feita de Éter. Pois viveremos na Região Etérica do Mundo Físico. Como resultado, esses Corpos serão muito mais sensíveis aos impactos espirituais da intuição. Lá o nosso Corpo não terá cansaço, porque não haverá dia e nem noite.

Na Nova Galileia o veículo que utilizaremos será o Corpo-Alma, também chamado de: Vestes de Bodas; Vestidos de Bodas, Veste Nupcial, Traje Nupcial, Dourado Manto Nupcial, que São Paulo chama de Soma Psuchicon (ICor 15; 44). Os dois Éteres Superiores (Éter Luminoso e Éter Refletor) do Corpo Vital formam o Corpo-Alma.

É através do Corpo-Alma que exercitamos cada vez mais o equilíbrio “Cabeça-Coração”.

A Nova Galileia será um lugar de paz (Jerusalém), onde a Fraternidade Universal unirá todos os seres da Terra por meio do Amor. Não haverá morte porque a Árvore da Vida, que é a faculdade de gerar a força vital, se tornará possível por meio do órgão etérico que existirá na cabeça daqueles que tiverem se desenvolvido, os quais serão os pioneiros da Humanidade daquela Época.

Marcará a vinda do Cristo pela segunda vez. Ele se apresentará e aparecerá somente em Corpo Vital. Será o Grande Unificador da Sexta Época e reinará como Melquisedeque (Rei e Sacerdote).

Para saber mais, assista a 215ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em:

215ª ReuniãoDominical-FRC_Campinas_23fev25-Cap.13-Retorno à Bíblia- Astúcia – Povo Escolhido – Terra Prometida

Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Fevereiro:

Ajuntando Tesouros nos Céus

Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental nos instruem que como Egos, Espíritos Virginais da Onda de Vida humana, manifestados aqui no Mundo Físico, temos um Corpo Denso, um Corpo Vital, um Corpo de Desejos, ou seja, um Tríplice Corpo, a que chamamos de Personalidade, ou “eu inferior”.

Temos também um veículo Mente que liga a nós, o Ego, aos nossos três Corpos.

Tudo isso nos faz nos manifestar aqui em uma constituição décupla!

No entanto, devido a termos criado problemas na atuação da nossa Mente, onde, a contaminamos com o Corpo de Desejos, a nossa Personalidade, o “eu inferior”, está sempre nos puxando para baixo, para a cristalização, para o atraso na nossa Evolução, e para a ignorância.

A Personalidade é a raiz, é a causa de todo nosso sofrimento, nossas dores, tristezas, doenças, enquanto estamos aqui renascidos no Mundo Físico.

Nós, Egos, construímos uma nova Personalidade a cada Renascimento aqui, e é composta das nossas qualidades conquistadas em vidas passadas, bem como os nossos defeitos, os maus hábitos, nossas dificuldades e lições a aprender.

Muitas pessoas escondem seus defeitos, se mostrando “uma boa pessoa”, são boazinhas, queridinhas no seu meio, prestativas, e não querem resolver esse problema grave, com medo de perderem a fama e o sucesso mundanos.

E por que muitas pessoas agem assim? Porque trazem reminiscências de momentos evolutivos muito antigos, acumulados via muitos renascimentos anteriores, em que não aprenderam as lições de lá – e olhe que já passamos por muitas Épocas: Polar, Hiperbórea, Lemúrica e Atlante e hoje estamos na Época Ária!

Estamos na “Órbita de Influência” de Aquário, a próxima Era, e as pessoas ainda buscam consolações mundanas, “ajuntando tesouros na Terra, onde as traças corroem e os ladrões roubam”, deveriam estar “ajuntando tesouros nos Céus”.

Precisamos partir de “volta à Deus”, como nos ensina a Fraternidade Rosacruz: estamos no momento de um Esquema de Evolução cuja direção é para cima e para frente; onde devemos utilizar os nossos Corpos e veículos, não para acumular coisas materiais, mas acumular bens espirituais, funcionando conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, administrando bem os bens materiais, usando-os para servir, ensinar e demonstrar os talentos, algo muito importante: amalgamar a quintessência dos bens materiais como valores espirituais. Só assim cresceremos espiritualmente, em direção ao Período de Vulcano.

Se não aprendemos o que precisamos para trabalhar conscientemente em cada Mundo, se ainda caímos nas tentações de ficar focado na Região Química do Mundo Físico, se não nos emendamos, se gostamos de viver nesse “materialismo”, buscando prazeres mundanos, no próximo renascimento corremos um enorme risco de não renascermos com o veículo ativo e pronto, apropriado para a próxima Era, no caso o Corpo-Alma.

Pratiquemos o Exercício Esotérico Rosacruz da Observação imparcial de nós mesmos, negando a querer ser visto (a), a buscar a fama mundana, a se satisfazer com consolações humanas (a única que vale aqui é a consolação divina). Não usemos a astúcia, não fiquemos nos justificando. Sejamos o mais sincero possível ajuntando “tesouros nos Céus”.

Deus “é”, ou seja, Ele “não existe”

Normalmente as pessoas “fantasiam”, imaginam, pintam e desenham Deus. Algumas pessoas até imaginam que Ele seja um homem, um ser masculino, barbudo, superpoderoso, que realiza prodígios, que concede tudo o que se pede, que vence e tem o poder de vencer todos os males do mundo.

Poder realizar, conceder, vencer, sim, Ele pode, mas Ele respeita o nosso livre arbítrio (pois foi Ele que nos criou com essa qualidade!), e precisamos sempre colher aquilo que plantarmos, pois, a Lei de Consequência ou de Causa e Efeito é uma das Leis de Deus!

 Existem pessoas que não têm noção de quem é Deus, onde está Deus, ainda não pensaram nesse assunto.

Outras dizem que é um Ser da Santíssima Trindade; Ele é Deus Pai, tem o Deus Filho e Deus Espírito Santo. Chegaram mais próximo!

Para Cristãos, de fé, que não precisam de provas, sabem de onde vieram, o porquê estão aqui e para onde vão, fica mais fácil acreditarem em Deus.

Deus criou tudo, inclusive nós, Egos, Espíritos Virginais da Onda de Vida humana, e também as Ondas de Vida animal, vegetal e mineral.

Deus é Onipotente (pode fazer tudo), é Onisciente (sabe tudo) e Onipresente (está em tudo e em todos). Pois “Deus é”, ou seja, Ele “não existe”!

Deus realmente está em tudo, olhemos para a Natureza (é o Deus visível), maravilhosa, completa, faz tudo no seu tempo, na sua hora.

Podemos ver a manifestação de Deus em tudo, olhemos ao nosso redor.

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que podemos dizer que o Sistema Solar (o Reino de Deus) deve ser visto como o Corpo do Grande Espírito a quem chamamos Deus!

Até mesmo na doença, no sofrimento, na dor, na tristeza, Deus ali está; sim, a doença ou enfermidade, principalmente, bem o sabemos, “é um fogo, o invisível fogo que é o Pai (Deus) tentando dissolver as cristalizações que acumulamos em nossos Corpos, ao transgredir as Leis da Natureza”.

Se somos humildes, se realmente acreditamos no Poder de Deus, somos capazes de sentir a presença de Deus e a força de Seu amor (Ele que é todo Amor), se manifestando sempre, em qualquer situação.

Deus é Luz e se andamos na Luz como Ele na Luz está”, então somos pessoas fraternais, amáveis, que colocamos o Serviço para com os nossos irmãos e as nossas irmãs, em primeiro lugar, e sempre desinteressado e anônimo, se possível.

A graça de sentir Deus, de sentir Sua presença é dada a todos, porém pessoas materialistas, egoístas, invejosas, maldosas, mentirosas, que buscam por fama, dinheiro e poder, essas com toda a certeza, jamais buscarão a Deus, jamais acreditarão em Deus, ou até falarão Dele para se darem bem.

Imaginem: “Deus sem nós, continua Deus, e nós sem Deus?”.

 Quem é esse “Deus”?

A cruz é um símbolo muito interessante; é interpretada e usada em diversas ocasiões, diversos eventos. Além de nos lembrar de Cristo Jesus pregado numa cruz, e morrendo nela por nós.

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que a cruz negra, os galhos verdes da planta que a entrelaçam, os espinhos e as rosas vermelho-sangue, ocultam a solução do Mistério do Mundo: a evolução passada do ser humano, a sua constituição presente e, particularmente, o segredo do seu futuro desenvolvimento.

No Símbolo Rosacruz, a rosa branca se situa no centro, entre os quatro braços da cruz branca trilobada. O madeiro mais comprido representa o Corpo; os dois horizontais, os dois braços; e o madeiro curto superior representa a cabeça. A rosa está colocada no lugar da laringe.

Esse segredo se oculta do profano, mas é revelado ao Iniciado tanto mais claramente quanto mais esse se esforce, dia a dia, em construir para si mesmo a mais valiosa de todas as gemas, um metal básico transformado pela alquimia em ouro espiritual, que é a Pedra Filosofal; o chamado Soma Psuchicon, o Corpo-Alma, no qual podemos viajar nos planos invisíveis.

Hoje, a cruz é o nosso específico ideal, o símbolo do gradual desenvolvimento ou revelação espiritual: a plenitude da lei dentro de nós como estava dentro da Arca é a única que deve interessar atualmente a todos nós. Afinal, só quando atingimos esse estado, em que percebemos a luz espiritual que nos acena, somente quando permanecemos à sombra da cruz, podemos conhecer o significado, o objetivo e a meta da vida!

Na Fraternidade Rosacruz, também aprendemos mais sobre a significância esotérica da cruz:

O madeiro vertical superior da cruz nos representa, ou seja, o ser humano, que recebe a energia solar verticalmente, e a Força Crística do interior da Terra.

O madeiro horizontal configura o corpo animal, por cuja espinha dorsal perpassam as correntes circulantes pelo nosso Planeta.

O madeiro vertical inferior simboliza o Reino vegetal.

É muito comum ouvirmos falar de sofrimentos, dores, tristezas, doenças, perdas, alguma limitação física, ou quando se passa por uma dura experiência, que “é uma cruz que se está carregando”.

Em certo sentido, não está errado comparar a cruz dessa forma.

Recebemos nossa cruz (os nossos deveres, os afazeres, o que se tem que passar (nem sempre tão bom) aqui no Mundo Físico), em proporção às nossas forças. Já ouvimos a frase: ” Deus não dá um fardo maior do que aquele que podemos carregar”. Essa é uma grande verdade, Deus é Pai e nos conhece.

Vemos então aqui o fardo como sendo a nossa cruz.

O próprio Cristo falou: “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, pegue a sua cruz e siga-me.” (Lc 9:23). Simbólico e muito bonito!

Ora, Cristo ali já mostrou que seguí-Lo não seria uma vida fácil, tranquila.

A cruz que tomamos após Sua Vinda, é a vida terrestre que Lhe dedicamos quando decidimos ajudar nossos irmãos e irmãs, de maneira totalmente desinteressada, amorosa, e se possível, sempre anônima, focando na divina essência oculta nesses irmãos e irmãs e, também, em nós, pois tudo isso é a base da Fraternidade.

Se estivermos dispostos a servir, a ajudar, a trabalhar na “Vinha do Senhor”, com certeza a vida não será fácil, nem o trabalho será leve, mas gratificante.

Mesmo uma doença ou enfermidade pode nos deixar preocupados, porém, estas constituem uma parte de nossa cruz, faz parte do nosso aprendizado, das nossas experiências aqui no Mundo Físico.

Nestes dias tão conturbados, perguntamos: quem serão aqueles que estarão firmes na fé, Cristãos verdadeiros, que tomarão a sua cruz, e de fato, de coração aberto, sincero, puro, seguirão o único Mestre amado, o Cristo?

Nossa inclinação para o mal hoje em dia está sendo muito grande?

Muito se tem dito que a nossa inclinação para o mal hoje em dia está sendo muito grande; há muita crueldade, muita maldade, muita violência.

Infelizmente muitos irmãos e muitas irmãs estão caindo na tentação; estão cada vez mais partindo para a violência, sempre desnecessária.

Hoje a impaciência, a falta de empatia, de amor ao próximo está clara.

Aumentou também o gosto por tudo que sugere violência, o espancar, o sangrar, o bater, o machucar e coisas afins (que até ficaríamos espantados se elencássemos!), aliados à falta de fé e, obviamente, a falta de Deus, apesar de saber que até muitas pessoas ditas religiosas são adeptas àqueles gostos deploráveis.

As pessoas são violentas porque querem parecer fisicamente ou psicologicamente fortes o tempo todo.

A certeza que se tem é que tais irmãos e irmãs, infelizmente, estão longe de Deus; não conhecem e nem se interessam pelos Ensinamentos do Cristo, não têm fé, não são Cristãs, não têm amor nem por elas mesmas. São dignas de compaixão.

E hoje com acesso fácil às bebidas alcoólicas e a todos os tipos de drogas (ditas lícitas e ilícitas) cada vez mais fortes, piorou ainda mais; afinal tudo isso é alimento para elementais e espíritos obsessores (irmãos e irmãs que partiram daqui, mas permanecem apegados à Terra) obsidiar ou obsediar àqueles irmãos e àquelas irmãs.

Mas não podemos desanimar; há também muitas pessoas em busca da Religião Cristã, dos Ensinamentos de Escolas Filosóficas Cristãs sérias, como a Fraternidade Rosacruz, que levarão a se encontrar, a mudar hábitos, buscando os princípios espirituais, buscando “conhecer a verdade”, se realizando verdadeiramente como um Filho ou Filha de Deus nessa vida aqui. Não é um caminho fácil, porém edificante, de libertação, de paz, pois foi feito para chegar!

Há uma Luz Divina e eterna dentro de cada um de nós, só precisamos buscá-la, acendê-la e nos manter firmes no nosso propósito, mirando nosso sonhado crescimento espiritual, e na construção do nosso Corpo-Alma.

Não podemos jamais seguir a massa, nadar a favor da correnteza, isso não é crescer, é acomodar-se. Devemos olhar para frente e para cima.

O Caminho de Realização espiritual não é fácil, todos já percebemos, todos sabemos, mas com toda a certeza, vale muito a pena.

Temos uma grande ajuda anual do Cristo, com Sua descida à Terra.

Ao segui-Lo, ao seguir Seus ricos Ensinamentos, mudamos nosso interior, o nosso entorno, como também nosso meio ambiente.

Não nos acomodemos jamais, vamos dar o nosso melhor sempre.

A cada um será dado segundo seu mérito individual (o crescimento espiritual é individual), e para frente e para cima, sempre.

Encurtando o Caminho que temos que percorrer?

A Fraternidade Rosacruz, fundada por Max Heindel, sob a orientação dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz (Ordem essa que se encontra na Região Etérica do Mundo Físico), possui como obra básica de seus Ensinamentos, o livro: “Conceito Rosacruz do Cosmos”.

Neste livro, entre tantos e grandes Ensinamentos, nos mostra que a Escola, Fraternidade Rosacruz, prepara os (as) Estudantes, Aspirantes à vida superior, para um grande e seguro Caminho que os levará às Iniciações na Ordem Rosacruz.

A Fraternidade Rosacruz nos apresenta um Método, o qual difere de outras Escolas, ou seja, ela procura desde o início, já nos primeiros passos dos (as) Estudantes, emancipá-los (las), gradativamente, de toda e qualquer dependência de outras pessoas (mestres, gurus, líderes, professores, instrutores e afins), até que atinjam o mais alto grau de confiança em si mesmo (a), que lhe possibilitará permanecer só, não importa as circunstâncias e as condições que precisam para lutar. Com certeza, se entusiasmam cada vez mais.

O (A) Estudante aqui adquire total segurança em si, é tranquilo (a) e firme como uma rocha. Entende que seu único líder e Mestre é o Cristo.

Com certeza, se libertou de vozes enganosas e de pessoas mentirosas.

Aqui a pessoa só chegará à Iniciação por mérito. Nada se paga para isso. Tudo é gratuito! Há que subir degraus, devagar, seriamente, após muito estudo, fazer os Cursos de formação, praticar os Exercícios Esotéricos Espirituais (também todos ensinados no Conceito Rosacruz do Cosmos) e oficiar diariamente os Rituais de Serviços e Devocionais. E o mais importante: colocar na sua vida o que aprendeu nos Ensinamentos Rosacruzes.

Esse é o único Caminho que existe, devagar e com muita persistência.

É uma conquista sublime, desdobra-se vitória sobre vitória, e aos poucos vão se descortinando horizontes. Sente não só a grandiosidade de Deus, mas sente especialmente a Sua Presença, em tudo o que há na Natureza.

Tudo o que foi dito acima está em detalhes no citado livro (Conceito Rosacruz do Cosmos), que é um livro de estudos (muito estudo!) e não apenas de leitura.

Estudantes que seguem fielmente nos estudos, que são Cristãos e Cristãs, que acreditam nas verdades ensinadas na Fraternidade Rosacruz, encurtam, de maneira extraordinária, o Caminho a percorrer.

Aqui está tudo às claras, de maneira fácil, gratuita, no site, nas Reuniões de Estudos dominicais, nas redes sociais e no e-mail disponível para tirarem suas dúvidas.

Por estar tudo disponível, com clareza, muitos não acreditam; procuram outros movimentos que cobram pelos ensinamentos, pelos materiais. E com toda a certeza, perdem tempo. Muitos ficam de escola em escola, rodam e rodam sem saírem do lugar! Que pena!

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Fraternidade Rosacruz – As Cinco Perguntas selecionadas do mês que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudante Rosacruzes

1. Pergunta: Como vocês entendem o termo “Libertação”, que os indianos usam para descrever uma pessoa que se fundiu com o glorioso Ser Supremo ou Eu Real?

Resposta:  Nós “não entendemos nada”! Quem nos orienta nessa questão são os Ensinamentos Rosacruzes, fornecidos pelos Irmãos Maiores. Os nossos irmãos e irmãs indianos estão ainda na parte desse Esquema de Evolução que a Fraternidade Rosacruz conceitua como Involução (no livro Conceito Rosacruz do Cosmos isso está bem detalhado e fácil de compreender, se for bem estudado). Isso quer dizer que eles estão atrasados nesse Esquema de Evolução e, por isso, não atingiram o Nadir da Materialidade (como já atingiu, há muito, os irmãos e irmãs que nascem e renascem no lado ocidental desse Campo de Evolução que chamamos Planeta Terra). Ou seja, por mais que muitos de lá insistam em se “espiritualizar”, “alcançar a libertação da roda de nascimentos e mortes”, “se fundir com o Ser Supremo”, “fazer a união entre os dois ‘eus’”, o fato é que eles ainda terão que “se materializar” até alcançarem o domínio da Região Química do Mundo Físico. Hoje estamos na 4ª Revolução do Período Terrestre e eles tem até a 5ª Revolução para alcançarem esse estágio e daí começarem a porção Evolução desse Esquema. Claramente estamos vendo que, graças à Deus, muitos já estão conseguindo e já estão alcançando os pioneiros nesse Esquema de Evolução, mas tem que renascer aqui no Ocidente ou se mudar para cá.

2.Pergunta: Gostaria de tirar uma dúvida se possível. Sempre estou chateada com a vida e algumas pessoas me dizem que nós que escolhemos o que vamos passar antes de nascer. Uma até disse que nós queremos muito reencarnar e tem uma fila de almas na nossa frente. Escolhemos quem serão nossos pais, familiares e eu disse que depende do “karma” e não de nossa vontade. Afinal escolhemos mesmo antes ou tudo é fruto de nossas ações passadas?

Resposta: Nós sim temos nosso poder de escolha, mas devido a quantidade de dívidas de destinos que acumulamos em vidas passadas (a insistência em não aprender o que devemos aprender e, pior ainda, atrapalhar as pessoas em nosso entorno não as deixando evoluir como se deve), e a necessidade de se ter também renascidos aqui as pessoas com quem não terminamos nosso relacionamento com amor (que significa que não temos nenhuma pendência com aquela pessoa), a quantidade de panoramas com as lições a aprender são limitados e mostrados à nós pelos Anjos do Destino quando estamos no Terceiro Céu no momento que estamos prontos para renascer. Dentre os panoramas apresentados (que tem os nossos futuros pais, amigos, inimigos, pessoas que conheceremos de relance e os PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS – só os principais), escolhemos aquele que mais nos assemelha (não por emoção ou atração, mas sim pela nossa vontade e disposição em reparar os nossos erros e aprender as lições). Não tem essa de fila, não. Você nasce no momento exato e certo para renascer (afinal, “nem uma só folha cai no chão sem que Deus permita“; se isso acontece com uma simples folha, imagina conosco que somos “feitos à imagem e semelhança“, de nosso Deus, nosso Pai e criador). Agora, jamais se esqueça: nossa situação atual de vida é resultado sim das nossas ações passadas (boas e más), mas as nossas vidas futuras dependem exclusivamente do que estamos fazendo aqui com essa vida que escolhemos lá no Terceiro Céu e que, muitas vezes, tentamos “cortar volta”, procrastinar e não cumprir o que prometemos a nós mesmos lá, na última vida celeste.

3.Pergunta: Li em alguns materiais que poderia levar vidas no caso de alcoólatras, como acontece esse processo de limpeza?

Resposta: E é verdade! Para um irmão ou uma irmã que não é Estudante Rosacruz e passa mais de 80% da sua vida ingerindo bebidas alcoólicas (nem precisa ser conceituado como alcoólatra), o seu Corpo Denso não consegue eliminar e, ao contrário, movido pelo Corpo de Desejos, sempre há de querer ingerir mais e mais, e sempre com novidades: novos tipos, novos drinques, novos motivos.

4.Pergunta: Quando Lúcifer conversou com Eva e a convenceu a comer o fruto da Árvore do Conhecimento, isto é, a fazer sexo com Adão, ela estava no Jardim do Éden e era semelhante a uma planta, não tendo Mente nem órgão sexual. Como Lúcifer conversou com ela, se ela era como uma planta? Como ela conheceu Adão, se não tinha órgão sexual?

Resposta: Acho que há um engano aqui: o evento a “Queda do Homem” a que se refere do comer do fruto da Árvore do Conhecimento, ocorreu conosco quando já estávamos no fim da Época Lemúrica e se estendeu até o início da Época Atlante nesse Período Terrestre. Já nesse tempo tínhamos um Corpo Denso formado de materiais da Região Química do Mundo Físico, nos movíamos, ainda que o nosso Corpo Denso fosse bem rudimentar, se comparado com o temos agora. Quando se fala do “Jardim do Éden” quer dizer que a nossa consciência estava focada na Região Etérica do Mundo Físico, por isso é que estávamos inconscientes da propagação, do nascimento e morte nessa Região Química do Mundo Físico. Nesse tempo, antes da “Queda”, os Anjos trabalhavam no Corpo Vital (o meio de propagação), regulavam a função procriadora e juntavam os sexos em certas ocasiões do ano, empregando as forças solares e lunares, nos momentos e condições mais propícias para a fecundação. A união dos participantes, ao princípio, era inconsciente, porém, mais tarde, produziu-se um conhecimento físico momentâneo. A gestação decorria sem incômodo algum e o parto realizava-se sem dor. Estando os pais submersos em sono profundo, o nascimento e a morte não implicavam solução de continuidade da consciência, isto é, não existiam para os Lemurianos.

5.Pergunta: Max Heindel diz que Jesus viveu até os 30 anos e depois entregou seus corpos ao Cristo. Mas muitos historiadores afirmam que Jesus nasceu aproximadamente no ano 6 D.C. e morreu por volta do ano 30, o que significa que ele viveu 24 anos. Como devemos entender essa divergência?

Resposta: Bom, o Conceito Rosacruz do Cosmos é um livro ditado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, que leram na Memória da Natureza (situado no Mundo do Espírito de Vida) para relatar os fatos que lá estão. Historiadores há muitos que têm suas hipóteses, baseadas em pesquisas e mais pesquisas arqueológicas e traduções que nem sempre foram eles que fizeram. Até para o Sudário há muitas controvérsias sobre a sua datação. Lembrando que o próprio Christian Rosenkreuz, líder da Ordem Rosacruz, estava renascido no tempo de Jesus de Nazaré, ele era o Lázaro. Assim, se Jesus não tinha vivido até os 30 anos, com certeza, isso estaria bem escrito e destacado no Conceito Rosacruz do Cosmos, não?

O CÍRCULO DE CURA ROSACRUZ

As Reuniões de “Cura Rosacruz” são realizadas na Pro-Ecclesia (Chapel) da The Rosicrucian Fellowship quando a Lua está em torno dos 15 graus de um dos quatro Signos Cardeais ou Cardinais do Zodíaco.

O horário é 18h30, horário local.

A virtude dos Signos Cardeais ou Cardinais (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio) é a energia dinâmica que eles infundem em cada coisa ou empreendimento iniciado sob sua influência e, portanto, os pensamentos de cura dos Auxiliares Visíveis e Invisíveis em todo o mundo, são dotados de poder adicional quando lançados em suas missões de misericórdia sob essa influência cardinal.

Se você gostaria de participar deste trabalho, nas Datas de Cura  (veja na figura abaixo as Datas para esse mês), sente-se em silêncio quando o relógio em seu local de residência apontar para a hora local indicada: 18h30 ou em qualquer horário que melhor seja, desde que seja todos os dias o mesmo horário (pois a “coleta” é feita 24 horas por dia em todos os lugares do mundo – pois a todo momento sempre é 18h30 em algum lugar da Terra), oficie o 𝗥𝗶𝘁𝘂𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗦𝗲𝗿𝘃𝗶ç𝗼 𝗗𝗲𝘃𝗼𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗖𝘂𝗿𝗮.

Esse Ritual é dividido em três partes bem distintas:

1ª – 𝑷𝒓𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂çã𝒐 – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);

2ª – 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂çã𝒐 – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade na Cura, como é feita pela Fraternidade Rosacruz: o Poder Curador de Deus Pai – abundante e sempre presente, pois n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser; o Curador – um ser humano, selecionado utilizando as Leis Divinas de Semelhança e da Receptividade Sistemática, que será o ponto focal de transmissão do excesso do seu fluído vital, à noite, para o paciente; e o Paciente (que NÃO tem ser nominado em hipótese alguma, pois a Cura será feita por quem deve ser curado, por quem já aprendeu a lição que a doença e o sofrimento está apontando), colaborativo, participativo, que tenha muita fé e que também está disposto a ajudar aos outros que também estão sofrendo tanto quanto ou até mais que ele;

3ª – 𝑺𝒂í𝒅𝒂 – composto de música e admoestação de saída que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: a sua participação no processo de Cura Rosacruz.

“Se podes?”, disse Cristo Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”. Mc 9:23

Se você está doente e entende que precisa de ajuda

…recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/

**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la, comece por oficiar o Ritual do Serviço Devocional de Cura nas Datas de Cura. As instruções detalhadas se encontram aqui:

https://fraternidaderosacruz.com/category/treinamento-esoterico/rituais-diario-e-semanal/ritual-de-cura

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Sacramentos Cristãos: Exercícios reais espirituais ou disciplinas de grande poder

Nas Sagradas Escrituras encontramos a expressão “Jornada Através do Deserto”. Esta se supõe que se refere a presente fase de nossa evolução, a nossa permanência aqui no plano físico. Porque aqui vivemos na condição de relativa obscuridade espiritual e até que, de novo voltemos ao “Jardim do Éden” (a Região Etérica do Mundo Físico), teremos que viver grandemente pela fé.

Para nos confortar e estimular uma crença em nosso triunfo final, as Hierarquias Criadoras nos têm prestado uma maravilhosa ajuda, chamada Religião. Assim sendo, todas as Religiões do mundo são de origem divina, e as várias formas de adoração dadas à Humanidade, de quando em quando, foram todas designadas para atender as necessidades de uma Raça ou grupo em determinada época e determinado lugar.

Cada subsequente Religião tem dado ao mundo mais luz espiritual que a anterior e assim, em geral, a última Religião recebida por uma Raça ou nação, se verá que é a de maior utilidade. Muitas pessoas não se dão conta da expressão dual das doutrinas religiosas. Sem dúvida, em toda Religião podemos encontrar um ensinamento Esotérico ou interno. Assim como também o ensinamento Exotérico ou externo que se dá ao público. Nas Sagradas Escrituras é dito que S. Paulo deu “leite” à multidão e “carne” (ICor 3:2) aos mais avançados. A história antiga faz muitas referências às “Escolas de Mistérios” do passado. O historiador grego Heródoto, fala de sua Iniciação nos Mistérios Egípcios, mas das maravilhas e conhecimento secreto que lhe foi revelado. diz: “… é ilícito relatá-lo”. As Escolas de Mistérios foram chamadas segundo seu fundador ou a cidade onde se encontravam, e quase todas elas são bem conhecidas, quando menos, aos estudantes de história.

As várias Religiões exotéricas do passado diferem consideravelmente em aparência, mas os ensinamentos esotéricos são extraordinariamente similares e só diferem, principalmente, em que cada uma, a sua vez, revela mais detalhes do Plano Cósmico Divino do que a que a precede.

Por exemplo, os Mistérios Rosacruzes (Cristianismo Esotérico) a última é a mais compreensível de todas as Escolas de Mistérios. Foi plenamente anunciada no Antigo Templo de Mistérios Atlante. Esse “Tabernáculo no Deserto”, a primeira das Escolas de Mistérios foi, na verdade, “a sombra de melhores coisas por vir” (Col 2:17), pois em seu desenho se vê claramente os rasgos da Cruz Trilobada, o símbolo da Escola de Mistérios Rosacruzes.

A mais excepcional oportunidade para progredir se oferece assim a todos aqueles privilegiados para encontrar essa maravilhosa fonte de sabedoria. A maior parte dos Estudantes Rosacruzes está consciente disso, mas não muitos parecem que compreendem que as Sagradas Escrituras (Cristianismo Exotérico) podem também ser de grande auxílio ao Estudante Rosacruz. Sem dúvida, realmente, tanto o Antigo como o Novo Testamento da Bíblia contêm gemas de sabedoria e um estudo atento revelará que eles unem totalmente o vazio entre a Religião exotérica e esotérica. A Bíblia é mais que um simples livro. Tem sido descrito como um “vórtice espiritual” e serve como ponto de concentração por verter a energia espiritual por meio de todos aqueles que prestam sua atenção a esse livro de livros. Unicamente essa propriedade das Sagradas Escrituras tem sido observada igualmente pelo clero e pelos leigos, e é a base para a prática comum da leitura de alguns versículos da Bíblia todos os dias. Sabemos que “a Bíblia foi dada a cada um e a todos pelos Anjos do Destino, que estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento”. Esses grandes seres espirituais são responsáveis pelo efeito dela sobre a Humanidade e permanecem sempre dispostos para auxiliar aqueles que buscam sua orientação por meio da Bíblia. Pois a Bíblia é, na verdade, o elo dos Anjos com a Humanidade, e seu verdadeiro valor para nós pode não ser compreendido inteiramente, durante muitos ainda, muitos anos por vir.

Em geral, a Religião nos assegura uma salvação verdadeira (um retorno seguro) e não devemos descuidar dos muitos benefícios que dela podemos obter.

Vamos ver um resumo do valor e propósito verdadeiro dos Sacramentos Cristãos. A Graça tem sido definida como o “Cimento” do Cristianismo e os Sacramentos são sua “Estrutura”; e poucos Estudantes Rosacruzes parecem compreender o verdadeiro propósito dessas partes básicas estruturais da Religião Cristã. Certamente, o Cristianismo perderia muito de sua beleza e poder sem os Sacramentos.

Como a Bíblia, os Sacramentos Cristãos não são dádivas ou ministérios dados de uma vez por todas. Verdade é que são simbolizados por rituais externos de curta duração, e sem dúvida, seu propósito, como a Bíblia, é o de nos prover de uma contínua ajuda no exercício para o crescimento espiritual. Os Sacramentos, então, não são meras cerimônias, mas Exercícios reais espirituais ou disciplinas de grande poder.

Os Sete Sacramentos Cristãos foram fornecidos aos Apóstolos pelo Cristo, e justamente como invocamos aos Anjos todas as vezes que lemos a Bíblia, assim atraímos o Raio de Cristo quando quer que observemos os Sacramentos Cristãos. A maior parte das Religiões Protestantes, que preconiza o Cristianismo Popular, observa só dois dos Sacramentos; a Religião Católica – que também preconiza o Cristianismo Popular –, por sua vez, observa todos os Sacramentos Cristãos. Fornecemos os nomes deles como os conhecemos: Batismo, Confirmação, Sagrada Comunhão (Eucaristia), Matrimônio, Penitência, Ordem Sacerdotal e Extrema-unção ou Últimos Ritos.

Vamos a uma explicação parcial o suficiente para sugerir ao Estudante Rosacruz a maravilhosa eficácia dessas disciplinas religiosas dadas por Deus.

Por exemplo, o Sacramento da Sagrada Comunhão, simbolizado pela Última Ceia, pode ser um fator vital em nossas vidas quando se lhe entende devidamente. Referindo-se ao pão e ao vinho, Cristo disse: “Este é meu corpo, e este é meu sangue” (Mt 26:26-28). Essa declaração não é uma mera figura de oratória, pois nossas plantas, grãos e frutas, com seus sucos, são cristalizações verdadeiras do Corpo Vital da Terra, o etérico Princípio-Crístico que absoluta e literalmente é o Corpo de Cristo. De tal modo, “quantas vezes participamos do pão e do vinho”, teremos comunhão com o Cristo, quando assim o fazemos “em Sua Memória” (Lc 22:19). E essa recoroação da origem verdadeira de nosso alimento o que constitui a base da Comunhão e é por meio da observação deste Sacramento – “quantas vezes partimos pão” – que podemos mais rapidamente despertar o Cristo interno. A beleza e poder desse exercício espiritual estão absolutamente além de nosso poder de compreensão na atualidade, mas os resultados são fáceis de discernir quando observamos esse Sacramento compreensivamente. No Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” se nos recorda que o alimento e a Religião foram os auxílios divinos que recebemos para nos sustentar em nossa “Jornada através do deserto“, o que sugere o hábito descuidado de que nossos alimentos possam ser tão importantes como a Religião em nossa evolução espiritual. Como uma medida prática, sugerimos que a graça ou gratidão que expressamos ao nos alimentarmos, deveriam incluir um esforço para compreender a verdadeira santidade do alimento quando participamos de cada um e todos os bocados.

Vamos a mais um exemplo: o Sacramento da Penitência é parecido com nosso Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Consiste em uma confissão ao Pai (Eu Superior) cada noite, de todos os eventos do dia, arrependendo-se sinceramente por todos os pecados cometidos e descuidos, junto com a firme resolução de reformar-se tanto como seja possível. Os efeitos de grande alcance do Exercício Esotérico noturno de Retrospecção estão relevados no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz“, onde se declara que: “A prática vespertina Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é o exercício espiritual mais poderoso que tem sido fornecido ao ser humano”.

Vamos a outro exemplo: o Sacramento do Matrimônio tem um propósito que ordinariamente não se reconhece. O Ego está destinado a evoluir os elementos negativos e positivos de sua natureza. Essa mescla dos aspectos masculinos e femininos é facilitada grandemente por meio da íntima relação do estado marital, e não é possível que essa união dos extemos possa se efetuar de outra maneira, atualmente. A função sexual, também, é um fator nesse processo, pois como muitos Estudantes Rosacruzes supõem, serve a um processo que não é o da procriação. Sem dúvida, não se dá informação pública relacionada com esse assunto; pois os segredos do sexo estão guardados com segurança dentro do mais interno Estrato da Terra, e se revela totalmente apenas aos Iniciados que podem penetrar nesse Santuário interno. No presente, nosso interesse principal deveria ser transmutar, tanto como sejam possíveis, nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores em poder criador mental, que é bem melhor que buscar desculpas para a própria indulgência, já que a força sexual criadora é a mesma utilizada para manifestar o pensamento por meio do cérebro e da laringe e para praticar a relação sexual. O Sacramento do Matrimônio é um dos passos no caminho, um necessário preliminar até níveis maiores de realização. Por meio desse Sacramento aprendemos que no “Sagrado Laço do Matrimônio” cada fase da relação pessoal deve ser enfrentada com espírito de pureza e santidade. O Estudante Rosacruz aprende mais rapidamente a sublimar as paixões ígneas quando não estão insufladas por sentimentos lascivos ou licenciosos.

O desejo veemente ajuda realmente ao Estudante Rosacruz para que dedique todas as energias à vida superior. Por exemplo, aqui, o Sacramento da Ordem Sacerdotal (que nada tem a ver com a formação de pastor, ministro, padre, monge, freira e afins) por meio de suas meditações e disciplinas auxilia ao Estudante Rosacruz a se elevar acima de qualquer necessidade para a expressão inferior das energias criadoras, ou seja, da força sexual criadora. Afinal, esse Sacramento não está reservado apenas ao clero de uma Religião do Cristianismo popular, senão é mais uma instrução ou conduta que todo Aspirante à vide superior no caminho da realização espiritual Cristã terá que observar algum dia.

Vemos agora a evidência da profunda sabedoria no desígnio dos sete Sacramentos Cristãos. E um estudo mais profundo revela mais claramente a Luz Divina que brilha através de todas as Sagradas Escrituras. Max Heindel nos recorda que a Bíblia é o mais profundo e consagrado de todos os livros de ocultismo. Entretanto, com frequência descuidamos desta afirmação, e continuamos nossa procura de maiores segredos e documentos mais minuciosos. Tais esforços devem, supostamente, resultar em um fracasso completo, pois os Ensinamentos Cristãos são os mais compreensíveis que se tem dado ao mundo.

A Filosofia Rosacruz é uma parte do Cristianismo Esotérico e pelo seu estudo, aprenderemos realmente a abrir, um, por um, os “sete selos” que envolvem o Livro de Livros, a dádiva dos Anjos do Destino à Humanidade.

(Texto de Elsa M. Glover da The Rosicrucian Fellowship, traduzido e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – agosto/1984 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Livro: O Testamento de São João Batista – F PH Preuss

Cristo Jesus bem o disse: “Meu Reino não é deste mundo”.

E esse anúncio do Novo Reino foi perfeitamente compreendido por São João Batista, último Profeta em Israel, que servia de arauto da Nova Era, preparando e endireitando as veredas do Senhor dos Exércitos Espirituais. Pela sua boca falava o Espírito Santo, assim como sucedeu a todos os profetas surgidos até então.

Em São João Batista cerravam-se as portas do passado, do “Velho Homem”, tendo início a alvorada do “Novo Homem”. Estes acontecimentos estão bem representados pelas figuras de São João Batista e de Jesus. João, como preparador das veredas para o Novo Homem, pregava no deserto, batizando para o arrependimento com as seguintes palavras: “Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.

1. Para fazer download ou imprimir:

O Testamento de São João BatistaFrancisco Phelipp Preuss – Fraternidade Rosacruz

2. Para estudar no próprio site:

O TESTAMENTO DE SÃO JOÃO BATISTA

Por

F. PH. PREUSS

Fraternidade Rosacruz

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Revisado de acordo com:

1ª Edição em Português, editada pela Fraternidade Rosacruz de Santo André – SP – 1974

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

Sumário

INTRODUÇÃO.. 4

DIFERENÇAS ENTRE O BASTIMO DE ÁGUA E O BATISMO DE FOGO.. 5

A VERDADE COMO CONSTANTE CRIAÇÃO DE NOVAS PERSPECTIVAS. 17

ESCLARECIMENTOS À PARTE.. 19

INTRODUÇÃO

Conheço tua conduta: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, nem frio nem quente, estou para te vomitar de minha boca.” (Ap 3:15-16).

O autor deseja, inicialmente, dirigir algumas palavras ao prezado leitor, a respeito da severidade com que são feitas certas afirmações no decorrer deste artigo. Elas não se destinam a nenhuma organização religiosa, e sim a todos aqueles que sinceramente desejam seguir a Ordem de Melquisedeque, isto é, a Ordem Sublime do Cristo Espiritual.

DIFERENÇAS ENTRE O BASTIMO DE ÁGUA E O BATISMO DE FOGO

A separação dos Mundos Espirituais e Material acentua-se cada vez mais. Soa, pois, a hora da decisão final, contra ou a favor de Cristo que neste final dos tempos encaminha suas ovelhas a pastos Espirituais, isto é, a um outro Reino, que não é deste mundo. Jesus bem o disse: “Meu Reino não é deste mundo[1]. E esse anúncio do Novo Reino foi perfeitamente compreendido por São João Batista, último Profeta em Israel, que servia de arauto da Nova Era[2], preparando e endireitando as veredas do Senhor dos Exércitos Espirituais. Pela sua boca falava o Espírito Santo, assim como sucedeu a todos os profetas surgidos até então. Em São João Batista cerravam-se as portas do passado, do “Velho Homem”, tendo início a alvorada do “Novo Homem”. Esses acontecimentos estão bem representados pelas figuras de São João Batista e de Jesus. São João Batista, como preparador das veredas para o “Novo Homem”, pregava no deserto, batizando para o arrependimento com as seguintes palavras: “Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”[3].

As páginas que se seguem, portanto, têm como finalidade trazer, a visão interna do leitor, a diferença entre estes dois Batismos a que São João Batista se refere. Essa diferença deve, portanto, ser esclarecida, trazida à luz da razão e da lógica. Assim, se surgirem, durante os esclarecimentos que desejamos fazer a respeito deste acontecimento, já tão discutido pela massa, palavras um tanto severas, isto não significa que seja, mas, sim, que existe em nós o desejo de cooperar para um melhor entendimento da missão de Cristo em sua atividade libertadora, bem como do trabalho de São João Batista, que veio para preparar os caminhos do Senhor da Terra. Da missão transcendental de São João Batista, Cristo Jesus dá testemunho chamando-o de muito mais que profeta (Mt 11:9). Portanto, ser “muito mais que profeta” é estar acima da humanidade e, também, daqueles que anteriormente foram chamados para suas respectivas missões como profetas. Convém frisar que aquele que dá testemunho de São João Batista é o próprio Senhor Cristo, em quem depositamos inteira confiança. Os anais místico-esotéricos revelam que São João Batista é o próprio Elias renascido e, portanto, um Ser de grande evolução espiritual no círculo cósmico. Elias, segundo o Velho Testamento, cerca de 800 anos antes de Cristo, subiu aos céus num redemoinho de fogo[4], ante os olhos estupefatos de seus Discípulos. E esse mesmo Elias foi de novo enviado para preparar o caminho do Senhor, que viria para batizar com Fogo e Espírito. Se retornarmos ao Evangelho Segundo Lucas cap. 12 vers. 49 podemos complementar esse fato, com as seguintes palavras de Cristo: “Eu vim trazer fogo à terra, e como desejaria que já estivesse aceso!”. E nos versículos 50 e 51 lemos: “Devo receber um Batismo, e como me angustio até que esteja consumado! Pensais que vim para estabelecer a paz sobre a terra? Não, eu vos digo, mas a divisão.”.

Se imaginarmos a profundidade do momento em que foram pronunciadas tais palavras, que inspiram força e domínio espirituais sem par, e procurarmos senti-las ecoando em nosso íntimo, em nosso próprio Espírito – ou seja: em nós que somos de fato –, poderemos compreender perfeitamente esse instante supremo da mudança dos tempos, da substituição do velho Batismo pelo novo Batismo de Fogo e do Espírito, ocorrido logo após o singular Batismo pelo qual o Senhor, antes, haveria de passar: o Batismo de Sacrifício no Gólgota. Somente após esse Sacrifício tornou-se possível o Batismo prometido por Cristo, quando o fogo de seu espírito jorrou sobre o universo. Eis aí então, o lançamento sobre a Terra de Seu Fogo Espiritual, que vem para separar o joio do trigo ou, segundo outras palavras do evangelho, “os bodes das ovelhas[5]. Todo estudioso do ocultismo sabe perfeitamente, que somente através do sacrifício de sangue é possível a salvação, a libertação da matéria. Assim, Cristo Jesus, o Senhor, projetou sobre a humanidade, o Fogo do Espírito, sendo o primeiro ressurreto de sangue. Portanto, todo aquele que passa pelo Batismo de Fogo e Espírito, é estigmatizado, recebe os sinais do sacrifício de sangue. Muitos se admirarão de nossas palavras e julgá-las-ão obscuras. Nós, porém, dizemos: os tempos são chegados.

Muito do que estava em oculto será revelado; Cristo rasgou o Véu do Santo dos Santos, abrindo o caminho para todo aquele que queira vir e herdar a Sabedoria dos Tempos.

As Religiões de hoje em dia perdem cada vez mais sua força e valor efetivos, assim como sucedeu as Religiões do passado. Isto aconteceu devido ao avanço e a evolução das várias filosofias e ciências conquistadas, pela humanidade, até o presente. Conceitos rígidos e dogmáticos foram despejados de bordo do navio evolutivo por serem um lastro inútil que vinha pesando sobre a força mais lúcida em avanço. A espiral da sabedoria cada vez mais toca alturas fecundas no que se refere aos conhecimentos gerais, e mais se aproxima de verdades maiores, deixando de admitir conceitos obsoletos e ultrapassados. Os conceitos rígidos e dogmáticos estão sendo repelidos pela marcha inexorável da evolução. O Cristianismo, desde o seu início, vem sofrendo os impactos destruidores da inteligência humana, em detrimento da elevada posição espiritual oferecida a toda humanidade desde o advento do Novo Batismo. O intelecto humano, com suas mil e uma acrobacias, conseguiu arrastar em seus trilhos a quase totalidade dos seres humanos, numa direção totalmente antidivina, corrupta. O que revelaremos mais adiante, nesse humilde trabalho, vem propor aos seres humanos uma mudança completa no conceito do Batismo. Uma mudança que venha mostrar, positivamente, que é possível arrancar a humanidade desse beco sem saída onde se embrenhou. E para tanto, afirmamos, não falta auxílio das Hierarquias Criadoras, presidida por Cristo desde o Seu sacrifício, de modo a inverter a marcha degenerescente para um sentido regenerador.

Infelizmente, como bem atestam os fatos históricos, após o supremo sacrifício de Cristo, teve início a divisão da Cristandade. O Ensinamento Universal foi dividido por uma Igreja que se denomina Cristã Oriental e outra Ocidental. A cisma protestante, por sua vez trouxe a divisão da Igreja Ocidental em inúmeras outras igrejas que em nome de Cristo se digladiaram em sangrentas guerras religiosas, desde o século XV e XVII. E assim o Filho de Deus teve o seu ensinamento esfacelado, desvirtuado de seu verdadeiro sentido libertador. Dogmas, os mais diversos, dos quais Cristo jamais falou ou ensinou, foram inventados. Foi introduzido, no conceito religioso, o paganismo e a astúcia dos seres humanos, que malevolamente desejavam a todo custo dominar as massas, pretendendo fechar as portas dos Céus a todos àqueles que insistissem em seguir os puros ensinamentos do Cristo, em troca de um céu imaginário por eles inventado.

Nós, particularmente, afirmamos que é chegado o tempo de abolir o Batismo de Água, já na época de Cristo julgado insuficiente e transitório conforme atestam as próprias palavras de São João Batista: “Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Mt 3:11). Tornou-se necessário passar pelo Batismo do Novo Ser Humano (Fogo e Espírito), porquanto as velhas coisas encontravam-se no princípio do fim.

Os doutores da lei mosaica, convertidos apenas superficialmente ao Cristianismo, reintroduziram o Batismo de Água, aplicado pelos Israelitas no Mar Morto (Essênios).

Da mesma forma operou-se a introdução do paganismo no seio das igrejas, sinal inequívoco de regressão a idolatrias já condenadas pelo Antigo Testamento! O “Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra[6] e, depois pelo Novo Testamento: “Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade[7]. Cristo não ensinou a aplicação de saliva ao adulto ou recém-nascido durante o batismal, levado a efeito entre os pagãos de Roma, pelas sacerdotisas conhecidas como Sibilas (Adivinhas da Mitologia Greco-Romana). Nos tempos atuais, quando se prega o ecumenismo atuais fariseus e escribas, interessados na separação por ideias e atitudes personalistas, demonstram cabalmente que, o que realmente buscam não é o único e verdadeiro Deus. Eis aí o grande mal de todos aqueles que desejam dominar a humanidade. Devemos lembrar-nos que no tempo de Cristo Jesus, um único Sumo-Pontífice dirigia o Sinédrio como todo-poderoso dos Judeus. E hoje, quantos pseudo-pontífices existem nesta variedade de Sinédrios, intitulados Cristãos?

Se dizemos tudo isso aqui, o fazemos com profunda dor e anelo intenso de ver acabarem-se por completo os erros e as intrigas entre os que se chamam Cristãos. Cristo trouxe, pelo Batismo de Fogo, novas condições atmosféricas e espirituais, a fim de limpar todo rebento da velha árvore, para que dê novos frutos. Portanto, insistimos em considerar apenas válido o Batismo de Fogo, preconizado por São João Batista e consumado em Cristo. Esse Batismo foi experimentado por Paulo de Tarso no caminho de Damasco quando, consoante o relato no Livro Atos dos Apóstolos[8], ele foi ofuscado até a cegueira completa durante dias, pela Luz de Cristo.

No Pentecostes[9] deu-se a mesma coisa. A mesma Luz que brilhou sobre São Paulo envolveu os Apóstolos em seus corações, ensinando-lhes a presença de Deus em seu interior.

No acima exposto não desejamos, absolutamente, condenar aqueles que se deixam batizar na Santa Trindade de Deus, e nem tampouco aqueles que conferem esse Batismo utilizando, em seus processos mágicos, a água. Todas as Religiões têm pleno direito de fazer uso de seus poderes mágico-ritualísticos em favor da fé que confessam. Assim, o Batismo nas igrejas Cristãs, mesmo com alguma modificação ritualística tem o seu valor como base de salvação e santificação. O Batismo apenas representa um valor a ser adquirido pelo batizando, isto é, a sua introdução na igreja Santa e Una, a “Igreja Invisível”, tão bem conhecida pela massa como Corpus Christi, a Santa Comunhão dos Eleitos. Daí poder-se falar de uma vida verdadeiramente Cristã.

Na realidade, as diferentes Igrejas pretendem, cada qual a seu modo, possuir as chaves de um reino de bem-aventurança, em perfeita união com Deus. Um leigo simples e inteligente ao ouvir tais declarações lança a seguinte pergunta: “Sendo assim, deve-se considerar totalmente impossível uma comunhão com o Criador sem a interferência da Igreja?”. Será necessário, para tanto, a intervenção episcopal?

Isto nos leva novamente ao tema do Batismo, o qual é considerado como o bálsamo supremo para aliviar o ser humano de suas penas e salvá-lo de suas maldades, ou melhor, da maldade cometida por seus primeiros pais, Adão e Eva, no Jardim do Éden. A existência cerimonial do Batismo explica-se por aquilo que se denomina “exorcismo do diabo”, o qual, a partir da “Queda do Homem”, passou a dominar o mundo.

Já dissemos anteriormente que as Escrituras apresentam dois diferentes Batismos: o primeiro pode ser definido como Arrependimento, segundo as próprias palavras de São João, o Batista. (Mt 3:11)[10]. Assim como São João Batista, os Israelitas Essênios no Mar Morto batizavam com água para o arrependimento dos pecados.

Logo em seguida vemos Jesus sendo batizado por São João Batista aos 30 anos de idade, tornando-se, a partir daí o Cristo Jesus, Aquele que não mais batizaria com água e sim com Fogo e Espírito, de acordo com o testemunho do próprio São João Batista.

Assim o Fogo do Espírito Santo foi aplicado a toda a Humanidade para salvação, e não mais para arrependimento. Essa é a grande diferença entre o Batismo de Água e o Batismo de Fogo e Espírito. Podemos dizer que o Batismo de Água provoca o conhecimento dos Mundos espirituais por sufocação, enquanto o Batismo de Fogo e Espírito Santo leva a uma comunhão direta com o Fogo do Cosmos do Espírito Universal. Esperamos que o amado leitor nos tenha acompanhado atentamente até aqui, não em espírito de aceitação ou negação daquilo que vimos expondo, mas, investigando juntamente conosco, desbravando corajosamente, sem quaisquer prejuízos, este grande emaranhado de erros e superstições em torno do Evangelho. Isto equivale a uma libertação de todo elemento estranho à verdade, venha ele de onde vier.

No Evangelho Segundo São Mateus, Cap. 3, versículo 11 encontra-se escrito, como já mencionamos: “Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”. Esse pronunciamento vem de São João Batista; eis que, de maneira alguma poderá ser modificado ou torcido, tão positivo ele é. Dizemos: água é água e fogo é fogo! Alguns dos leitores bem poderiam inquirir a respeito da idoneidade de São João Batista. O Profeta Isaías, 748 anos antes de Cristo, fala no Capítulo 40, versículo 3, as mesmíssimas e célebres palavras de São João Batista, isto é, proclama a vinda de um precursor: “Uma voz clama: “No deserto, abri um caminho para Iahweh; na estepe, aplainai uma vereda para o nosso Deus.’”.

Completam-se estas mesmas palavras, após quase 750 anos, no Evangelho Segundo São Mateus, Capítulo 3, versículos 1, 2 e 3 com o seguinte: “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: ‘Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo’. Pois foi dele que falou o profeta Isaías, ao dizer: ‘Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas.’”.

Dessa maneira bem podemos compreender que, assim como chegava o Reino dos Céus com a vinda do Senhor, haveria, naturalmente, uma mudança dos tempos, o que de fato se deu. Como prova disto, passamos novamente à palavra do Santo Livro, a Bíblia, que no Evangelho de São Mateus, Capítulo 3 e versículos de 13 a 17, diz o seguinte: “Nesse tempo, veio Jesus da Galileia ao Jordão até João, a fim de ser batizado por ele. Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?”. Jesus, porém, respondeu-lhe: “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. E João consentiu. Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele. Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem Me comprazo”.

Pelo diálogo acima, entre São João Batista e Jesus, damo-nos conta de que ambos tinham conhecimento do Batismo vindo das Alturas. Logo já sabia, antes, do Batismo de Fogo que sucederia ao Batismo de Água. Por isso testemunhou visualmente esse Batismo, quando viu abrirem-se os Céus e o Espírito Santo (Fogo) desceu como pomba, com o propósito de tocar o Mestre. Logo, impõe-se historiarmos as duas formas de Batismos, isto é, o de Água e o de Fogo, pois se trata de dois mundos ou estados de consciência diferentes. O Cristianismo popular até agora falou apenas da necessidade da água, tendo-a sempre utilizado em seus ritos.

O exposto nos suscita a seguinte pergunta: qual a razão do Batismo de Água, desde que já se havia anunciado o advento daquele que batizaria com Espírito? Em verdade, trata-se de dar ao candidato dos Mistérios[11] o conhecimento de seu estado espiritual. Os israelitas Essênios, que formavam uma comunidade à parte a qual pertencia São João Batista – filho de Isabel e Zacarias –, sabiam que quando se submerge alguém na água, os seus corpos sutis, por falta de condições biológicas de respiração de ar, abandonavam, em parte, o Corpo Denso (corpo físico), da mesma forma como acontece num afogamento. Antes de o indivíduo se afogar completamente, o Espírito se encontra consciente dentro de seu nível interno, conhecendo-se a si mesmo como um ser espiritual entre outros seres semelhantes, que se encontram em seu nível, estando só parcialmente ligado ao seu Corpo Denso. Acontece, porém, que esse quase afogamento, sem dúvida, era uma operação um tanto brutal, causando algum sofrimento. Os Essênios conheciam perfeitamente o ponto exato em que o candidato aos Mistérios podia ser novamente levado para fora da água, enriquecido com os conhecimentos obtido nos planos superiores. Dessa forma, o candidato tinha plena certeza da existência de uma vida espiritual, o que o levava a morrer para tudo quanto é material. Ele era um morto para o Mundo material, e nascido para os Céus. Esclarecido isso, pudemos agora dizer algo a respeito do Batismo de Fogo e Espírito, ao qual São João Batista se refere. Saibamos, outrossim, que não somente o iluminado São João Batista falava pelo Espírito Santo, como também todos os profetas do Antigo Testamento.

Vimos que na ocasião do Batismo do Senhor Jesus os Céus se abriram, e o Espírito Santo desceu como pomba sobre Ele. Aquilatamos esse acontecimento com uma maior compreensão espiritual: São João Batista tinha visão espiritual, tendo visto, portanto, a descida do “Fogo Espiritual do espaço universal” como pomba, o que esotericamente compreendido significa: paz, Reino dos Céus. Nesse mesmo instante foi conferido o Verbo a Jesus, e esse mesmo Verbo diz: “Este é o meu Filho amado, em quem Me comprazo”.

Cientificamo-nos da grande importância da manifestação pela luz, conforme relata o primeiro Capítulo do Evangelho Segundo São João. O Verbo-Deus manifestando-se como Luz ao mandato: fiat lux (Faça-se a Luz), pronunciado pela essência do Fogo-Luz, o Verbo Absoluto. Marquemos profundamente em nossas Mentes essa abstração, pois é a chave para muitos mistérios.

Sabemos perfeitamente que Jesus, em existências anteriores, vivera na Personalidade de Salomão, na Judeia, e como Krishina, na Índia, sendo ali conhecido como um Salvador. Nessas duas Personalidades habitava a Fogo do Espírito Santo, não havendo, porém, a manifestação mais abundante, plena, do Espírito do Verbo, o que se deu na Personalidade de Jesus de Nazaré, que se transformou, por isso, em Salvador do Mundo. Cristo, o Princípio da Criação, desde esse instante, passou a guiar a Humanidade por força da essência do Fogo (Luz), do qual era portador puríssimo o sangue de Jesus, que posteriormente foi derramado e infuso no globo terrestre. Ele é a Luz e o Amor do Pai, para que, auxiliados por essa Luz e Amor infinitos, os seres humanos de boa vontade dessem início ao seu trabalho de construção do novo Templo da Humanidade, tendo Cristo como Pedra Angular. A presença do Cristo Solar garantia, dessa maneira, a Terra e a Humanidade, o regresso ao Sol, a sua origem. Essa atuação irradiante da Luz Cósmica era decisiva, peremptória, não havendo, portanto, outra via, pois, o Céu se havia movido a favor da Salvação da Humanidade. O Mundo não haveria de perecer, mas seria salvo, e desse modo a essência do fogo, o Verbo, conferia a Jesus o Raio de sua excelsa atuação, a fim de que todos aqueles que cressem em Jesus, o Cristo, pudessem receber o Batismo de Fogo, com a finalidade da regeneração espiritual. Assim, todos morriam em Jesus, o Senhor, para renascer pelo Fogo do Espírito Santo em Cristo. Todo, pois, que aceita o sacrifício da Luz Universal, o Verbo por meio do Sangue de Jesus, traz em si, devido a esse derramamento de Sangue-Espírito, o sinal do Batismo de Fogo. Aquele que não traz esse sinal se encontra ainda preso às águas do Mar Morto do Antigo Testamento, tal como ainda hoje se encontram as Sinagogas e Igrejas, que se dizem orientadas pelo Espírito Santo (Jeová) e para simbolizá-lo mantêm sempre acesas luzes vermelhas em seus Altares. Cristo, porém, não mais se manifesta por meio de luz externa alguma; Ele está presente nas almas de todos os seres humanos como Luz Salvador-Interna, atuando verdadeiramente em todos aqueles que vivem consoante a Lei de Deus, o Senhor do Verbo.

Segundo as palavras do próprio São João Batista, o Batismo de Água vigorou até a vinda do Messias (Salvador). Ele havia sido empregado, cerimonialmente, para o arrependimento, desde a passagem dos israelitas no Mar Morto, até às águas do Jordão, como já mencionamos. Tudo não passava apenas de um Ritual, de uma confirmação do pacto feito entre Deus e o povo de Israel (ICo10:1-4)[12]. As palavras de São João Batista no Batismo de Jesus são totalmente radicais em sua oposição ao Batismo de Água, pois, como foi dito, Cristo liberta os seres humanos por um processo exclusivamente interno, coabitando, como Espírito Universal, como Energia Cósmica irradiante, com toda a Humanidade. Desde o seu advento, alimenta-se a Humanidade, então, pelo constante Batismo de Luz e Fogo, que desce em ondas rítmicas, como pomba (Paz) nas almas dos seres humanos, à semelhança do que se deu no Jordão, quando um Raio da Luz de Deus penetrou a alma do homem Jesus.

A partir daí, teve início o grande Plano de Redenção. Na Santa Ceia evidencia-se a vitória desse plano iniciado e em pleno andamento, a vitória da transformação, quando os doze Apóstolos recebem Pão e Suco da Videira (repare: não havia vinho, mas apenas pão, um produto vegetal, e o fruto da videira, outro vegetal. O suco recém-extraído da uva não contém um espírito proveniente da fermentação e decomposição, mas é um alimento vegetal puro e nutritivo), à semelhança do Corpo e Sangue de Deus. É de se lamentar, no entanto, que a maior parte dos que se dizem batizados não tenham sentido ainda essa grande verdade, continuando, portanto, presos às águas do Mar Morto. Ressaltamos bem o fato, como já foi uma vez explicado, que o Espírito Universal modificou, abruptamente, as condições cósmicas. O Céu se deu num amplo amplexo à Terra obscura. A continuidade do Batismo de Água somente poderia trazer, como efeito, da extremada subordinação à Lei e à letra, a separação da Cristandade em várias seitas.

Dessa forma a Humanidade se perdeu por caminhos ilusórios. Ao invés de preparar em si mesma, em sua alma, os caminhos do Senhor, continuou a crer mais na água morta que na espiritualização da Mente e da Alma. O Monte da Transfiguração tinha que ser alcançado na alma dos seres humanos, assim como aconteceu com Cristo, pois a iluminação interna provém d’Ele para todos. Chame-se essa Luz como quiser, dê-se-lhe o nome que se queira dar. Não importa. É a mesma Luz da Sabedoria de Deus, o “Filho Bem-amado”. Deus deseja residir na alma do ser humano, internamente e para tanto, não precisa cerimonial externo algum. A Humanidade deve se assemelhar a Deus. E Deus é Amor! Dessa forma, reconhecemo-nos uns aos outros na Luz e no Amor de Deus, para sermos reconhecidos no espírito que é de Deus. Todo aquele que confesse ter vindo Jesus-Cristo a sua carne, a sua alma, faz-se divino e nasce em Deus, e todo aquele que nega ter vindo Jesus-Cristo em sua carne e não libertado, o princípio espiritual divino, adormecido em seu interior, não é de Deus. Em verdade não há sinal externo que possa demonstrar a presença de Deus. Contudo acumulamos forças sobrenaturais facilmente reconhecíveis, se realmente pretendemos acompanhar a Deus em seus caminhos, em nossa alma, com aquela simples, quase infantil, compreensão de que Deus é Amor, e quem vive em amor, está em Deus e Deus nele. (IJo 4:16).

Esse amor sempre nos acompanha, onde quer que estejamos. “Ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei, pois estás junto a mim” (Sl 23), mais próximo do que nossas mãos e nossos pés. À noite adormecemos com Ele, sonhamos com Ele, despertamo-nos com Ele, falamos cada palavra junto d’Ele. Em todos os nossos serviços, fazemo-Lo acompanhar-nos, numa constante transmissão de Amor, em inalterável serenidade e paz. Em tudo isso, reconhecemos a Sua presença. E se nos amamos uns aos outros, conforme o Seu mandamento, não tenhamos dúvida: Ele estará em nós, conferindo-nos o seu Batismo de Fogo e Espírito. A Água Viva brota de nosso interno Santuário, em transbordante amor para com tudo e com todos, trazendo-nos um vivo sentimento de união com todas as criaturas. Nessa universalidade divina, não há mais tempo, nem espaço, nem criatura, nem criador, nem razão, mas apenas Unidade, o Eterno “Eu Sou”, existência absoluta no Absoluto. Participamos deste elevado estado como Filhos de Deus, e como novas Criaturas. Trazemos em nossas testas o Sinal do “Filho do Homem”, isto é, o Triângulo ígneo representativo do Pai, Filho e Espírito Santo, que se manifesta como Amor.

Percebe-se em volta de todo aquele que se confessa a esse Amor Crístico, algo como que auréola, plena das mais santas vibrações transmitidas em forma de grande compaixão e amor-sacrifício por onde caminhem a dor, a miséria e o sofrimento. Lembremo-nos dos Profetas, Apóstolos e dos verdadeiros benfeitores da humanidade: Platão, Sócrates, Hipócrates, São Francisco de Assis, Santo Agostinho, Jacob Boehme, Max Heindel e tantos outros grandes idealistas, que através de seus ensinamentos fizeram ecoar nas fibras dos mais empedernidos corações o eterno hino do Amor. Através de todos eles circulava o Fogo do Espírito de Deus, pois do contrário não poderiam, com tanta energia, proclamar a presença Divina. Os escribas, pelo contrário, jamais puderam fazer vibrar os corações, pois não falava neles a Divina Luz, e sim a inteligência fundamentada apenas na lógica humana.

A VERDADE COMO CONSTANTE CRIAÇÃO DE NOVAS PERSPECTIVAS

Nunca houve possibilidade de determinar o que é a Verdade. Pode-se apenas dizer que ela é uma constante criação de novas perspectivas pelo Grande Todo. Portanto, impossível de ser conhecida apenas pelo raciocínio humano. Por isso, mesmo Cristo não respondeu a Pilatos quando este o interrogou: “Que é a Verdade?[13]. Nesse instante defrontam-se o tempo e a eternidade, o brilho da dialética do mundo e o eterno fulgor de outro mundo, pois não disse Cristo Jesus: “O meu reino não é deste mundo”? (Jo 18:36). E depois, o que adiantaria falar-lhe (a Pilatos) a respeito da Verdade se não estava interiormente amadurecido para reconhecê-la? E nos tempos atuais, de que nos adiantaria especularmos a respeito da Verdade ou de Deus, se O reconhecemos em nós mesmos? A ingratidão, o mal e a miséria cravaram tão fortemente suas espadas nos corações dos seres humanos, que esses não mais podem sentir a pulsação constante do Amor Infinito, que desce em ilimitada compaixão até nós, desde os planos do Ser Universal.

Para total infelicidade do gênero humano, esse Amor Divino encontra sempre a oposição do “amor” humano, egoísta e autoconservador. E assim a Humanidade se assemelha a um rebanho de cegos conduzido por um guia cego. Originalmente, a Humanidade foi criada como moradora do Jardim do Éden. Cintilava sua veste como pedras preciosas. Era ungida como Querubim, parecendo como pedra afogueada entre as estrelas do firmamento, palavras estas pronunciadas pelo Profeta Ezequiel (28:13 e 14)[14]. Devem ser lidas muitas vezes essas dramáticas acusações! Originalmente, a Humanidade foi criada para andar pelas mãos de Deus, numa perfeita ligação de amor. Nesta santa intimidade não é possível conhecer-se o mal, a separação e a dor, mas constantemente o sentimento da felicidade e a paz. Não se trata aqui, absolutamente de uma exaltação ou de arroubos místicos. Esse encontro com Deus é permanente. É Deus reconhecendo-se a Si mesmo em Sua criatura, e essa se encontrando a si própria no seu Criador. “Lumine de lumine, lumine de lumine…!”. Essa sensação de intimidade entre Deus e o ser humano não pode ser explicada, pois ela se realiza no mais recôndito, onde a percepção se torna sublime, transcendental e imaterial. Não é possível reconhecer a presença de Deus por meio de palavras, nem formular regras para conhecê-lo em nosso Espírito, pois o cálice transborda de alegria. Qual o Santo ou a Santa que alguma vez se expôs a uma sabatina de tal espécie? Isto seria blasfêmia. Conhecer a Deus somente é possível àquele que prova em si a Sua presença.

No entanto, saibamo-Lo ou não, Ele nos envolve em Sua Eterna Luz, à espera de nossa manifestação em sentido de orientador superior, a fim de que a Sua Plenitude e o Seu Espírito possam penetrar em nossa aura, em nossa Individualidade, em nossa inteligência. Este e o Seu eterno anseio. E quando a criatura conhece a dor, o sofrimento, estes não são causados por um afastamento de Deus, e sim pela própria criatura. Muitas vezes ouve-se alguém dizer: “Por que Deus permite isto ou aquilo?”. Então encontramos a única resposta: “Os seres humanos cerraram a passagem à Luz que tem como único objetivo alimentar as suas almas, a fim de que não mereçam, mas tenham a Vida Eterna”. Afirmamos veementemente: a criatura que se volta novamente a Deus, o Fogo do Amor Divino não tardará com o Seu Batismo. Assim, o Batismo de Fogo é sempre renovado, até que o derradeiro se cumpra, culminando no total renascimento da criatura para o Reino dos Céus. O Fogo trazido a Terra por Cristo está ardendo e toda criação geme como em dores do parto à esperada manifestação do Filho de Deus.

ESCLARECIMENTOS À PARTE

No 4º Capítulo, nos versículos 1 e 2 do Evangelho Segundo São João (o Discípulo que Jesus amava) lemos o seguinte: “Quando Jesus soube que os fariseus tinham ouvido dizer que ele fazia mais discípulos e batizava mais que João — ainda que, de fato, Jesus mesmo não batizasse, mas os seus discípulos”, e no versículo 9 o diálogo entre a mulher samaritana e Jesus dizendo-lhe: “Diz-lhe, então, a samaritana: “Como, sendo judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana?”. (Os judeus, com efeito, não se dão com os samaritanos.)”. E logo o versículo 10, diz: “Jesus lhe respondeu: ‘Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu é que lhe pedirias e ele te daria água viva!’”. (Nesse caso “Água Viva” não se deve compreender como um rio em movimento).

Nos versículos 13, 14 (Jesus lhe respondeu: “Aquele que bebe desta água terá sede novamente; mas quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhe der tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna”), Cristo ensina Sua eterna vida. E nos versículos 20, 21 e 22 (Nossos pais adoraram sobre esta montanha, mas vós dizeis: é em Jerusalém que está o lugar onde é preciso adorar”. Jesus lhe disse: “Crê, mulher, vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus). Ele nos ensina sobre os Iniciados em espírito que trazem em si a Paz do Espírito do Pai, que reinará com Seus filhos na cidade luminosa de Jerusalém, com Cristo sendo o Sumo Pontífice, o “Rei de Salém”. Entende-se o termo judeu e israelita no sentido de “o iluminado pela água da vida para toda eternidade”. Falava Cristo, à mulher de Samaria, de uma água morta a qual jamais poderia matar a sede, referindo-se ao mesmo tempo a água que Ele oferecia, isto é, o Espírito da Vida que eliminava a sede para toda eternidade. Esta água não teria nada a ver com aquela de que os seres humanos e animais bebem, e sim com a Água corrente do Fogo do Espírito Santo com que o Salvador batizava, atuante no Corpo de Cristo. Sabemos destarte, que essa água é a portadora da Vida Eterna, transmitida por Cristo. Assim, tendo bem compreendido o que foi dito acima, torna-nos lógico que Cristo não necessitava de Batismo algum, pois, bem diz o Evangelho Segundo São Mateus, no Capítulo 3, versículos 14 e 15, ao se aproximar Jesus para ser batizado por São João Batista: “‘Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?’. Jesus, porém, respondeu-lhe: ‘Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça’”.

Evidentemente não necessitava do Batismo, pois era o Senhor do Mundo! Em verdade, sempre houve entre os sumo-sacerdotes, desde a existência do Tabernáculo no Deserto, o Lavabo de Bronze (pia batismal) no qual se purificavam, antes de entrar na Sala Oeste onde brilhava a Glória da Shekinah, a luz vermelha, representativa do Espírito Santo, com quem entrava em contato. Note-se que se tratava aí de Comunhão com o Senhor Deus, quando eram recebidas as ordens para o povo. Nesse momento, havia entre aquele que se havia purificado (batizado) e Deus uma estreita relação, mesmo que o Pontífice não conhecesse a face do Espírito Santo. Como havia passado pela água do Lavabo de Bronze, exposta às forças cósmicas durante as lunações em que Jeová dominava, resultara a purificação do Corpo Denso, do Corpo Vital e do Corpo de Desejos do sumo-sacerdote, estabelecendo-se a comunhão entre Jeová e o sumo-sacerdote e, assim o Verbo que saía da boca do Senhor não era desvirtuado.

Nesse ponto convidamos o leitor a se deixar levar pela própria intuição, a fim de apreciar maiores conhecimentos espirituais que se seguem.

O ponto máximo dessa purificação pela água deu-se com o povo israelita, quando da travessia do Mar Vermelho. Ali, como um grande e único grupo humano, passando pelas Águas, foram guiados por uma coluna de fogo, provocando uma purificação em massa. Este acontecimento, bem o explica São Paulo, na sua Primeira Epístola aos Coríntios, Capítulo 10, versículos de 1 a 4, com as seguintes palavras: “Não quero que ignoreis, irmãos, que os nossos pais estiveram todos sob a nuvem, todos atravessaram o mar e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés. Todos comeram o mesmo alimento espiritual, e todos beberam a mesma bebida espiritual, pois bebiam de uma rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo.”.

Estas palavras fundamentais de São Paulo mostram e explicam bem que a unidade deveria ser mantida pela relação existente entre a comunhão israelita e a posterior consagrada à crucifixão de Jesus-Cristo. Tanto antigamente como na atualidade, os candidatos à purificação recebem o “Pão e Suco da Videira”, símbolos da presença do alimento Divino para salvação. A essa altura relembramos que tanto as sinagogas como as igrejas ostentam em seus altares a mesma luz vermelha, símbolo da presença do Espírito Santo. Bem diz São Paulo que o Cristo se achava na nuvem, na coluna fogosa na passagem dos israelitas pelo Mar Vermelho. Isto nos mostra cabalmente a perfeita unidade de Deus, mesmo quando se fala em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O Espírito Universal é “UM”, e não três nem cinco nem dez! Visto dessa forma o assunto torna-se claro. O Batismo de Água valorizava os preceitos e ensinamentos dados por Moisés por meio do Espírito Santo. E logo depois, quando o Cristo passou com o povo escolhido através do Mar, impôs-lhe o conhecimento do espiritual Fogo Invisível. O espiritualista, em seus Corpos purificados, reconhece a mesmíssima coluna fogosa em sua própria coluna espinhal, o Fogo Sagrado do Espírito Santo.

Notemos que, em tempos remotos, tudo se manifestava externamente, de forma inconsciente, devido ao estado involutivo da criatura humana. Essa, com o passar dos tempos, paulatinamente foi tomando consciência de uma vida externa – do Mundo material ao seu redor. E assim sendo, a vida espiritual se encontrava em quase completa escuridão, sendo desvendada por alguns poucos vanguardeiros que iam desenvolvendo órgãos de percepção espiritual. Semelhantemente, hoje em dia, esse reconhecimento interior de Deus se encontra velado para a maioria dos seres humanos, por não possuírem ainda órgãos aperfeiçoados necessários para tal finalidade. Deus fala hoje como antigamente as Almas dos seres humanos. Mas, a virtude de Deus não alcança aquele que não aceita, que não a cultiva em si mesmo. Falta-lhe a devida fé; falta-lhe o devido amor incondicional; falta-lhe a devida força para uma entrega total de si mesmo a esse Amor maior, sem a qual não se pode viver e nem se consegue a divina ascensão do próprio ser.

Nessa prospecção lembramo-nos de ter falado a respeito da atuação externa de Cristo, quando da passagem do povo judeu pelas águas do Mar Vermelho, o que equivaleu a um Batismo externo. Após muito vagar pelo deserto, surgiu o amadurecimento tão esperado, que lhe permitiu receber o Batismo interno ministrado por Cristo. A fim de atingir este amadurecimento, foram necessários longos anos de penúrias e de sofrimentos constantes, de contendas e perseguições, de reedificações do Tabernáculo no Deserto e do Templo de Jerusalém. Os Macabeus[15], organização militar da Judeia, já não mais resistindo aos exércitos bem mais fortes, inclusive os de Roma, não encontravam outra solução senão evadir-se pelo suicídio nas montanhas da Palestina. Estas tremendas provas porque passaram somente podia levá-los a uma seleção, a uma depuração, a uma preparação para o advento de Jesus, posteriormente Jesus-Cristo, que os conduziria a libertação por meio de um Batismo mais extraordinário. E essa libertação, ou seja, Salvação, somente podia ser lograda dentro do sangue da Humanidade, por meio do sacrifício de Jesus. Vejamos, porém, mais de perto esse importante acontecimento. O purificado sangue de Jesus era algo preciosíssimo, pois era cheio da força do Espírito Santo, e deste modo, o Espírito Universal podia penetrar, perfeitamente, em todas os Estratos da Terra[16], purificando-a. Assim, Jesus trazia às almas humanas o Batismo da Salvação, o Batismo do Sangue, sangue de Jesus no sangue do ser humano. As forças divinas puderam penetrar até o âmago da natureza humana, e Cristo fez-se um de nós! A partir de então, tornou-se possível receber as vibrações do Sol diretamente, pois o sangue de Jesus servira de veículo entre a Humanidade e as forças solares. Verdadeiramente a Luz não mais seria recebida por intermédio do Regente da Lua, ou seja, Jehovah (ou Jeová, Javé, Iahweh, Yaweh, YHWH), e sim do Arcanjo Solar, o Cristo que, manifestando-se pelo Corpo Denso e Corpo Vital de Jesus, na Terra, sofreu o derramamento de sangue no Gólgota; e através do sangue penetrou nosso Globo e se tornou Espírito Planetário da Terra.

Na Santa Ceia, esse mesmo Espírito testemunha pelos lábios de Cristo Jesus: “Tomai, comei; isto é o meu corpo.”[17]. Note-se que Ele não disse: “isto representa o meu corpo”, e sim: “Tomai, comei; isto é o meu corpo.”.

Da mesma forma tomando o cálice e dando graças deu-o aos Discípulos, dizendo: “Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados.[18].

Desse momento em diante, a fase final da história da Salvação precipitava-se. O símbolo da Eucaristia é um dos mais belos e mais santos dentro dos Mistérios. O pão que Cristo tomara, e que apontara como sendo o Seu corpo, e o cálice da Nova Aliança representam, nesse sublime rito, a Terra e tudo que ela contém (nesse caso o pão feito de trigo, e o suco da videira). Eles receberiam, no ato final do grande Sacrifício Cósmico de Cristo, a vitalidade e a Luz do Mundo do Espírito de Vida, não somente do exterior como do interior da Terra. Deste modo o globo terrestre vem passando por uma alquimização constante, efetuada pela Luz de Cristo. Assim como Cristo penetrou nos corpos dos Discípulos por meio do “pão e do suco da videira”, tem penetrado também em todos aqueles que chegaram a compreender e aplicar a ciência da transmutação em seus corpos – a transmutação por meio do Amor espiritual, ou seja, impessoal).

Tal alquimia não admite fermento estranho na massa, pois, a própria vida-luz que o Discípulo traz interiormente é suficiente para o seu crescimento. Na Antiga Dispensação[19] os israelitas tinham de entregar o “pão ázimo”, isto é, não fermentado. Esse ensinamento significa que em tudo quanto há fermentação, existe o signo da morte. Da mesma forma, Cristo entregou (como os judeus na Páscoa) o pão não fermentado. Nisso entendemos que, aquele que toma o “pão e suco da videira” não fermentado – o Corpo de Cristo – jamais perecerá. A pureza do corpo espiritual jamais poderá fermentar. Entendemos assim, que Cristo, não somente na ocasião da Páscoa, fez a entrega do pão ázimo (Seu Corpo), mas o faz constantemente, até que o Espírito se faça presente em toda plenitude num corpo não fermentado.

As águas da morte haviam passado, e a pura espiritualização pelo fogo tomou o lugar de tudo aquilo que fermentava. O Fogo da Ressurreição nasceria em tudo o que continha a podridão do fermento. Na crucifixão foi entregue o Fogo do Espírito Triuno, para que a pureza pudesse ser extraída da impureza; e o ouro puro, da escória. Verificamos, assim, a constante presença de Deus, quando diariamente partimos o pão em memória d’Ele. Em cada partícula que tocamos com nossas mãos e ingerimos com devoção a Ele, recebemos o Batismo de Fogo, em virtude de seu Sangue Purificador. Unimo-nos a Ele todos os dias, a todo instante, pois o Espírito não fermenta e, assim, temos a Vida Eterna como ele nos prometeu.

Afirma-se daí, que a criatura jamais deveria pensar em si mesma como sendo apenas um ser feito de carne e osso e sim, participante do Espírito, jamais exposto à fermentação ou deterioração. Depende apenas de si o deixar-se fermentar ou não, o viver na luz da Vida Eterna ou nas trevas da corrupção, quer física, quer etérica ou emocional e intelectualmente. Os nossos Corpos superiores recebem sempre poderes de qualidades divinas por força da Ordem Divina, reinante em todo o Cosmos. Na parábola da videira encontramos referência sobre esta afirmação (Evangelho Segundo São João 15:1-5[20]).

Daí se infere que vivemos sob constante influxo de Forças Divinas que nos envolvem e interpenetram. Asseveramos, portanto, que a única condição para permanecermos nessas Forças Divinas (no Cristo) é o desejo, o anelo sempre contínuo de sermos tais como ramos de uma árvore alimentados por Sua vida. Assim como o Pai preserva a videira, com toda a certeza preservará os ramos que nela permanecem.

Por essa verdade absoluta tão bem explicada por Cristo ao transmitir o conceito da Eternidade do ser humano em Deus, existindo na Eterna Unidade, ou no Verbo Infinito, deve o candidato saber, e por fim sentir, o plano espiritual em seu Ego como Batismo de Fogo e Espírito, de maneira concisa e exata, para não mais desviar-se da profunda base existente na videira, no Fogo do Pai, do Filho e da constante criação do Espírito Santo em seu próprio Ego, Cristo no ser humano. Saibamos que o Fogo do Espírito Universal jamais conhecia limitações em qualquer extensão material, intelectual ou mesmo em si, como elemento do Absoluto. O ser humano, que é incluído em todas as partes divinas por causa de sua divina descendência, reconhece, assim como Deus mesmo, a sua ilimitação. Ressaltamos, porém, que existem limitações apenas para quem não consegue, em sua meditação espiritual ou em sua alma, conviver com a sua ilimitação. Essa frustração resulta de sua Mente não acessível ao ambiente em sua extensão iluminada, ainda não suficientemente aplicada ou aplicável em atividades puras. Todo espiritualista sabe, perfeitamente, que cada pensamento representa uma onda de “luz”, movimento luminoso que é qualidade da divina onipotência.

Essa linguagem encontramos em todos os livros sagrados, na música, literatura e na escultura, em que o Espírito de Deus é fator cooperante. É de suma importância a criatividade na obra artística, pois se percebe quanta força divina tem atravessado, ou tinha possibilidade de se manifestar na alma do artista e, com poder interno, podia expressar-se na pauta musical, na tela, ou na pedra de mármore.

Adicionemos ainda algumas palavras ao mesmo assunto, pois se trata do “Espírito Santo” em nossa Individualidade. Se pertencemos, como Egos, à substância de Deus, mesmo afastados da Luz Central existimos em qualidade espiritual nos Corpos divinos do Sistema Solar, como participantes de todos os sistemas e de suas qualidades, desde o mais sutil-abstrato, “Onisciência de Deus”, até o material mais grosseiro do mundo Planetário-Estelar.

Com essas reflexões entendemos pertencer ao princípio das coisas, a Deus, ao Caos, em exata harmonia com as leis coordenadoras d’Ele, embora sejam imensuravelmente elevadas à nossa compreensão mental. Porém, pelo pensamento abstrato, podemos compreender muito bem onde o nosso ser interior tem a sua função sublime e absoluta.

A esta altura esperamos que o prezado leitor haja alcançado o sentido do “Batismo de Fogo e Espírito” por meio dessas explicações. Atentemos, a seguir, as palavras de Cristo quando nos ensina: “Antes que Abraão fosse, Eu era[21]. A palavra de Cristo é verdade que conduz à totalidade da criação. Portanto, pertencemos a qualidade dos poderes de Cristo. Facilmente vislumbramos nessas palavras a nossa origem, coincidindo com Aquele a quem Ele pertencia, ou seja, Criador do Universo e, em particular, a evolução do Sistema Solar ao qual pertence o nosso globo terreno.

Devemos ainda exigir esclarecimento para retificar um erro grave que os dogmas cometem quando dizem que, após a crucificação, Cristo desceu ao inferno ou, a “mansão dos mortos”, ressuscitando no terceiro dia. Compreendamos que isto jamais aconteceu, pois Cristo incorporava em Si qualidades celestiais, mercê das quais jamais precisaria descer a um inferno ou “mansão dos mortos”! Ele era o Senhor da vida! A, palavra inferno tem o sentido etimológico de “o mais inferior”, designativo de um estado vibratório lento, que deve ser acelerado no processo de espiritualização dos veículos. Eis o que deve acontecer aos seres humanos, pois a Terra e a sua Humanidade deverão ser salvas.

O Batismo pelo Fogo e Espírito deveria realizar-se para que não sucedesse ao nosso Globo e Corpos a extrema condensação que a Luz sofreu. Entendamos que o Fogo deveria permear e sutilizar a Terra que perigava devido a sua vibração demasiado lenta. A Terra e seus habitantes foram salvos da destruição devido a poderosa atividade Solar incorporada no próprio Cristo. Analogamente devemos também acreditar na constante reaparição do globo terrestre, pois ele renasce ciclicamente, tal como nós, Espírito, renascemos com nossos Corpos aqui. Não é possível imaginarmos quantas vezes e em quantos Sistemas Solares o globo que habitamos já pode ter existido, pois se trata de uma constante evolução. As Galáxias estão a nossa disposição. Devemos lembrar-nos, de uma vez para sempre, que a Luz Divina (Deus é Luz) representa uma constante circulação, como se fosse o Sangue do Espírito do Todo Uno, indestrutível, eterno e de total potência. Existe sim, uma constante ação criadora da qual nos beneficiamos e que podemos chamar: a consciência do Batismo de Fogo e Espírito.

F I M


[1] N.R.: Jo 18:36

[2] N.R.: A Era de Peixes que se avizinhava

[3] N.R.: Mt 3:11

[4] N.R.: IIRs 2

[5] N.R.: Mt 25:32

[6] N.R.: Ex 20:4

[7] N.R.: Jo 4:24

[8] N.R.: Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote. Foi pedir-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de poder trazer para Jerusalém, presos, os que lá encontrasse pertencendo ao Caminho, quer homens, quer mulheres. Estando ele em viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente uma luz vinda do céu o envolveu de claridade. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saul, Saul, por que me persegues?”. Ele perguntou: “Quem és, Senhor?”. E a resposta: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. Mas levanta-te, entra na cidade, e te dirão o que deves fazer”. Os homens que com ele viajavam detiveram-se, emudecidos de espanto, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. Saulo ergueu-se do chão. Mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Conduzindo-o, então, pela mão, fizeram-no entrar em Damasco. Esteve três dias sem ver, e nada comeu nem bebeu. Ora, vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor lhe disse em visão: “Ananias!”. Ele respondeu: “Estou aqui, Senhor!”. E o Senhor prosseguiu: “Levanta-te, vai pela rua chamada Direita e procura, na casa de Judas, por alguém de nome Saulo, de Tarso. Ele está orando e acaba de ver um homem chamado Ananias entrar e lhe impor as mãos, para que recobre a vista”. Ananias respondeu: “Senhor, ouvi de muitos, a respeito deste homem, quantos males fez a teus santos em Jerusalém. E aqui está com autorização dos chefes dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome”. Mas o Senhor insistiu: “Vai, porque este homem é para mim um instrumento de escol para levar o meu nome diante das nações pagãs, dos reis, e dos filhos de Israel. Eu mesmo lhe mostrarei quanto lhe é preciso sofrer em favor do meu nome”. Ananias partiu. Entrou na casa, impôs sobre ele as mãos e disse: “Saul, meu irmão, o Senhor me enviou, Jesus, o mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. É para que recuperes a vista e fiques repleto do Espírito Santo”. Logo caíram-lhe dos olhos umas como escamas, e recobrou a vista. Recebeu, então, o batismo e, tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado. (At 9:1-19)

[9] N.R.: Tendo-se completado o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como o agitar-se de um vendaval impetuoso, que encheu toda a casa onde se encontravam. Apareceram-lhes, então, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se exprimissem. Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos vindos de todas as nações que há debaixo do céu. Com o ruído que se produziu a multidão acorreu e ficou perplexa, pois cada qual os ouvia falar em seu próprio idioma. (At 2:1:6)

[10] N.R.: Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

[11] N.R.: Iniciações

[12] N.R.: Não quero que ignoreis, irmãos, que os nossos pais estiveram todos sob a nuvem, todos atravessaram o mar e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés. Todos comeram o mesmo alimento espiritual, e todos beberam a mesma bebida espiritual, pois bebiam de uma rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo.

[13] N.R.: Jo 18:38

[14] N.R.: “Estavas no Éden, jardim de Deus. Engalanavas-te com toda sorte de pedras preciosas: rubi, topázio, diamante, Crisólito, cornalina, jaspe, lazulita, turquesa, berilo; de ouro eram feitos os teus pingentes e as tuas lantejoulas. Todas essas coisas foram preparadas nos dias em que foste criado. Fiz de ti o querubim protetor de asas abertas; estavas no monte santo de Deus e movias-te por entre pedras de fogo.”

[15] N.T.: Foram os integrantes de um exército rebelde judeu que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então um estado-cliente do Império Selêucida. Os Macabeus fundaram a dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a Religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística. Seu membro mais conhecido foi Judas Macabeu, assim apelidado devido à sua força e determinação. Os Macabeus durante anos lideraram o movimento que levou à independência da Judeia, e que reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos gregos. Após a independência, os hasmoneus deram origem à linhagem real que governou Israel até sua subjugação pelo domínio romano em 37 a.C.

[16] N.R.: Ante a visão do Clarividente treinado, do Iniciado nos vários graus dos Mistérios, a Terra apresenta-se composta de camadas, à semelhança de uma cebola, cada camada ou Estrato cobrindo outra. Há nove Estratos e um núcleo central, dez no total. Tais estratos são revelados ao Iniciado gradualmente, um estrato em cada Iniciação, de modo que, ao final das nove Iniciações Menores domina todas as camadas, mas ainda não tem acesso aos segredos do núcleo central. Que é o assento da consciência do Espírito da Terra. Os Estratos não têm espessuras iguais; em realidade uns são muito mais delgados do que outros. Começando pelo mais externo, aparecem na seguinte ordem:

-Terra Mineral: é a crosta pétrea da Terra, com que lida a Geologia no tanto que lhe tem sido possível penetrá-la.

-Estrato Fluídico: a matéria desse Estrato é mais fluídica que a da crosta exterior, mas não é líquida e sim parecida a uma pasta espessa.

-Estrato Vaporoso: no primeiro e no segundo Estratos não há realmente vida consciente. Já nesse existe uma corrente de vida que flui e pulsa continuamente.

-Estrato Aquoso: estão as possibilidades germinais de tudo quanto existe na superfície da Terra.

-Estrato Germinal: existe a fonte primordial da vida, da qual brotou o impulso que construiu todas as formas da Terra.

-Estrato Ígneo: por estranho que pareça esse Estrato possui sensações. O prazer e a dor, a simpatia e a antipatia produzem aqui seu efeito sobre a Terra. Daqui até a superfície da Terra há certo número de orifícios em diferentes lugares. Seus terminais na superfície são chamados “crateras vulcânicas”.

-Estrato Refletor: nele todas as forças que conhecemos como “Leis da Natureza” existem como forças morais, ou melhor, imorais.

-Estrato Atômico: tem a propriedade de multiplicar as coisas que nele estão, porém, isto se aplica somente às coisas já formadas definitivamente.

-Expressão Material do Espírito Terrestre: aqui existem correntes em forma lemniscata, intimamente relacionadas com o cérebro, o coração e os órgãos sexuais da Onda de Vida humana.

-Centro do Ser do Espírito Terrestre: nada mais pode ser dito presentemente a respeito, salvo que é a semente primeira e última de tudo quanto existe tanto dentro como sobre a Terra.

[17] N.R.: Mt 26:26

[18] N.R.: Mt 26: 27-28

[19] N.R.: Primeira e Segunda Dispensação de um total de quatro.

[20] N.R.: Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo em mim que não produz fruto ele o corta, e tudo o que produz fruto ele o poda, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais puros, por causa da palavra que vos fiz ouvir. Permanecei em mim, como eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanece na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer.

[21] N.R. Jo 8:58

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Por que Morremos? Como Podemos Alcançar a Vida Eterna?

Como Chispas Divinas criadas por Deus, devemos percorrer o caminho de desenvolvimento que parte da impotência até a onipotência. Este caminho iniciou no Período de Saturno quando, pelo emprego da inerente força criadora que possuímos, começamos a construção e integração de nossos corpos. Isso ocorreu sob a orientação das Hierarquias Divinas ou Hierarquias Criadoras (veja mais informações no artigo “Arco Descendente: de onde viemos?” disponível no endereço eletrônico: https://www.fraternidaderosacruz.com/estudos-de-filosofia/arco-descendente-da-evolucao-de-onde-viemos).

O mecanismo da nossa evolução humana, que nos permitirá nos tornarmos um Deus, funciona do seguinte modo:

(1) todo o trabalho que realizamos com nosso Corpo Denso se converte em uma experiência (quintessência) ou Poder Anímico, que conhecemos como Alma Consciente e que deverá se amalgamar ao Espírito Divino ou a primeira faceta, ou o primeiro aspecto, do Ego;

(2) todo o trabalho que realizamos com o Corpo Vital se converte em uma experiência (quintessência) que conhecemos como Alma Intelectual. Essa se amalgamará ao Espírito de Vida ou segunda faceta, ou segundo aspecto, do Ego, e finalmente;

(3) todo o trabalho realizado com o Corpo de Desejos se converte em Alma Emocional que se amalgamará ao Espírito Humano ou segunda faceta, ou terceiro aspecto, do Ego.

O germe da Mente foi nos fornecido mais tarde e o trabalho feito com ela não será amalgamado de modo específico a algum aspecto de nós, o Ego humano, mas como um todo, afinal, sua função é servir como um elo ou meio pelo qual nós podemos transmitir nossos comandos para todos os nossos três Corpos. Façamos a importante observação de que o objetivo da evolução não é desenvolver corpos, mas experiências que promovem poder de expressão a nós, o Ego. O aperfeiçoamento dos Corpos é uma mera consequência da necessidade de novas experiências mais profundas que geram Alma ou Poder Anímico para nós, o Ego. Essa noção pode nos auxiliar na percepção da nossa real natureza, considerando o forte apego que possuímos para com o nosso Corpo Denso que naturalmente morrerá, pois chegamos ao ponto de confundir nossa identidade com o próprio Corpo Denso. Conclui-se, então, que a vida deve se resumir na busca por experiências que se convertem em Poderes Anímicos para nós, o Ego. O resto é pura ilusão.

No entanto, alguém pode se perguntar: este plano parece não justiçar as condições de misérias físicas que muitos de nós vivemos atualmente. Por que temos doenças, por que sofremos e por que morremos? Vamos tentar responder essas questões:

A doença, o sofrimento e a morte deram origem exatamente quando decidimos tomar as rédeas da nossa própria evolução, no episódio conhecido como a “Queda do Homem”. Antes da Queda, estávamos vivendo no Jardim do Éden, que é a Região Etérica do Mundo Físico. Lá, funcionávamos em um Corpo Vital que não morria bem diferente do Corpo Denso. Nessa época, éramos ingênuos e não possuíamos qualquer percepção do Mundo Físico e do Corpo Denso. Contávamos com a ajuda de Hierarquias Criadoras que neutralizavam nossos Corpos de Desejos e nos colocavam em condições difíceis de gerar dor. Mas essa dor não possuía a mesma natureza da dor que conhecemos atualmente, provocada pela desarmonia da Lei de Causa e Efeito. Aquela dor era positiva e estimulante, e tinha o objetivo de despertar a vontade, quando lá renascíamos como homens, e a imaginação, quando lá renascíamos como mulher. Ambos os métodos objetivavam fazer o despertar da consciência material (veja mais detalhes no Livro O Conceito Rosacruz do Cosmos, Capítulo XII – Época Lemúrica). Mas tal processo era demasiadamente lento.

Nós poderíamos adiantar este processo se desejássemos, bastava respondermos ao incentivo dado pelos Espíritos Lucíferos (“serpente”) que sugeriu a Eva que comesse da fruta do conhecimento e disse: “Certamente não morrereis” (Gn 3:4) se comerdes do fruto da árvore proibida. “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos (para o Mundo Físico), e sereis como Deus (Objetivo da Evolução), sabendo o bem e o mal” (Gn 3:5). “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus (virão seus Corpos Densos). No suor do teu rosto comerás o teu pão (isto é, deverão seguir independentes e produzir poder anímico por conta), até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3:19).

A decisão de tomar as rédeas da evolução significou abrir mão de toda ajuda divina, inclusive à ajuda que neutralizava nossos Corpos de Desejos e que evitava que tivéssemos desejos desenfreados. Perdemos a instrução de procriar apenas nas épocas propícias e o ensino dado pelas Hierarquias Criadoras, que tinham por objetivo nos ajudar a focarmos a consciência no Mundo Físico. “Adão conheceu Eva”, em verdade, começamos a estabelecer relacionamentos sexuais de modo independente e demasiadamente, conhecendo o sexo oposto. Deste contato físico, fomos percebendo que muitas outras coisas físicas também ocorriam além da percepção do outro corpo pelo qual nos relacionávamos (foram abertos os olhos de ambos). Assim, adiantamos todo o processo.

O problema é que a força gasta com o sexo é exatamente a mesma força que nos faz desenvolver ações efetivas para produzir o nosso alimento (Almas ou poder anímico). Tínhamos três problemas:

(1) um Corpo de Desejos desneutralizado e com materiais das regiões inferiores;

(2) pouca força de vontade ou poder anímico desenvolvido;

(3) uma Mente totalmente nova (que foi nos dada no Período Terrestre), que pouco conseguia refrear os impulsos do Corpo de Desejos.

Deste modo, a natureza corpórea (ou Personalidade) ganhou a cena e fez com que “sua vontade desenfreada” ficasse mais proeminente do que a nossa vontade pouco desenvolvida (nós, Ego): “Todo o bem que quero fazer não faço, e todo mal que não quero fazer, esse sim, faço” (Rm 7:15). Apesar da condição corajosa de assumirmos as rédeas da evolução, estávamos sem qualquer preparo para tal, e a forte tendência de gastarmos indiscriminadamente a força criadora nos fez gerar desequilíbrios importantes na natureza. As consequências sempre geraram dor, e pela dor fomos, gradativamente, perdendo nossa percepção espiritual e ganhando consciência na Região Química do Mundo Físico, onde a separatividade e o egoísmo reinam. Conhecemos a fome, o frio e a morte (fatores desta Região). Mas não apenas os fatores inerentes desta região de morte, mas também os desequilíbrios gerados fizeram com que houvesse doenças e corpos de morte. A perda da percepção etérica (do jardim do Éden) nos fez acreditar que somos apenas um Corpo Denso e não há vida após a morte.

Depois de focar totalmente nossa consciência aqui, conquistamos a Região Química do Mundo Físico (ainda na Época Atlante). Deveríamos, portanto, abandoná-la e partir de volta ao Jardim do Éden (agora conhecida como Nova Jerusalém) com toda a experiência produzida ali. Infelizmente, muitos de nós, ainda permanecem com o resquício enraizado e direcionam todos seus esforços para gratificar suas paixões sensualistas. Se não forem direcionados ao sexo, são direcionados aos negócios do mundo ou para o ser no mundo (como carreiras, cargos ou posição social). Chegamos ao ponto de necessitarmos de doenças e enfermidades para que haja o despertar de nossa consciência de volta a vida (para as coisas espirituais). Insistimos em agir como se não tivéssemos conquistado as experiências deste mundo. Por isso, continuamos a morrer, sofrer e “a comer o pão com nosso suor”.

Se aspiramos em ser arautos da Nova Jerusalém, nós, como aspirantes a vida superior, devemos compreender que nossos esforços criadores devem, agora, ser direcionados para um “corpo de vida”, onde não há morte, fome e sofrimento. O modo pelo qual podemos deixar a Região Química do Mundo Físico, interromper a morte e iniciar o processo de vida eterna se dá pelo caminho que permite tecermos o Dourado Manto Nupcial ou Corpo-Alma. Este é o “corpo de vida” que não conhece a morte. Este caminho foi ensinado por ninguém menos que Cristo Jesus, em seus três anos de Ministério na Terra, na Sua primeira vinda.

Devemos compreender que o maior mandamento Cristão consiste em “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15:12-17); que devemos deixar os resquícios de separatividade do passado e buscar o amor universal, afinal “Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos” (Mc 3:33-34); compreende que o foco atual não é conquistar coisas da Terra, pois: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem (afinal, está região é a região da morte e tudo é passageiro), e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração (foco de sua consciência e propósito de vida)”. (Mt 6:19-21).

Qualquer pessoa sabe que não mais devemos fazer uso de bebidas alcoólicas que nos faz focar, ainda mais, a consciência no Mundo Físico, e isto é ensinado aqui: “Pois vos digo que desde agora não beberei o fruto da videira até que venha o Reino de Deus” (Lc 22:16), aqui: “Mas digo-vos que desta hora em diante não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber de novo convosco no reino do meu Pai” (Mt 26:29), e aqui “Em verdade vos digo que nunca mais beberei do fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber de novo no Reino de Deus” (Mc 16:25).

Qualquer um compreende que devemos deixar o adultério e o gasto da força criadora sexual desenfreada, sendo puros já em nossos veículos internos: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura; no coração já cometeu adultério com ela.” (Mt 5:28), e que o serviço amoroso e desinteressado é o caminho mais curto, mais seguro e maia agradável que nos conduz a Deus: “Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mt 25:35-40); “Aquele que quiser o maior entre vós, seja o servo de todos.” (Lc 22:26).

Todas estas práticas são diferentes daquelas que estamos habituados com o propósito de crescermos materialmente, de acumularmos fortuna e subirmos de posição social. Muitas das práticas que nos levam a Nova Jerusalém, onde não há doenças, sofrimentos e morte, parecem ser irracionais do ponto de vista material, e são impossíveis de serem colocadas em prática. No entanto, não podemos reproduzir o erro que já executamos no passado, “pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento (foco na Região Química do Mundo Físico já naquela época), até ao dia em que Noé entrou na arca (final da Época Atlante), e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt24:36-39). “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (ITss 5:1-3).

Um novo dilúvio está por vir, não pela condensação da atmosfera gasosa em água, como ocorreu no passado, mas pela eterificação do ar que respiramos. A Nova Jerusalém está próxima e se não estivermos preparados para entrar e viver lá, o “dilúvio” nos consumirá novamente. Possamos mudar nossos hábitos materiais de morte, que produzem mais e mais sofrimento no mundo, para objetivos espirituais conforme ensinados pelo Cristo. Somente assim estaremos:

(1)   aprimorando cada um dos corpos que possuímos;

(2)   produzindo mais e mais poder anímico para o Ego;

(3)   não mais nos perdendo com afazeres inúteis que atrasam nossa evolução; e

(4)   finalmente livres da doença, sofrimento e da morte.

 Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Dádiva da Graça

Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo — pela graça fostes salvos! — e com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, em Cristo Jesus, a fim de mostrar nos tempos vindouros a extraordinária riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco, em Cristo Jesus. Pela graça fostes salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus: não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho. Pois somos criaturas dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras que Deus já antes tinha preparado para que nelas andássemos.” (Ef 2:4-10).

A beleza e o poder transcendentes da Religião Cristã baseiam-se no fato de dar a seus seguidores uma oportunidade para renunciar à vida comum, circunscrita pela lei e penetrar numa vida anímica, na qual há mais amor, misericórdia e graça. Esses atributos manifestam-se particularmente pela influência de Cristo, o segundo Aspecto do Deus Trino – nosso Criador.

O Cristianismo Esotérico nos ensina que no começo da nossa evolução setenária de manifestação, Deus diferenciou dentro de Si mesmo uma hoste de Espíritos Virginais, cada um possuindo potencialmente os poderes de seu Criador, a fim de que, pela evolução, esses poderes se convertessem em faculdades dinâmicas. Nesse plano original não existia previsão em relação ao pecado e à morte.

Durante a Época Lemúrica do nosso presente Período Terrestre, houve um tempo em que “um cérebro tornou-se necessário ao desenvolvimento do pensamento e da laringe para sua expressão verbal. Para isso, então, a metade da força criadora foi dirigida para cima, a fim de que o ser humano formasse esses órgãos”. Foi assim que o ser humano, até então hermafrodita, tornou-se unissexuado e forçado a procurar um ser do outro polo ou sexo, um complemento, necessário quando desejava criar um corpo, para gerar um novo instrumento que servisse a um espírito irmão para uma fase mais elevada de evolução.

Enquanto o ato criador era amorosamente realizado sob a sábia orientação dos Anjos, a existência do ser humano estava livre da tristeza, da pena e da morte. Mas, ao ficar sob a tutela dos Espíritos Lucíferos, depois de ter “comido o fruto da Árvore do Conhecimento”, passou a perpetuar a raça humana, sem levar em conta a influência das linhas de força astrológicas, transgredindo a Lei de Deus e seus corpos se cristalizaram cada vez mais até o ponto de tirar-lhe a percepção espiritual, sujeitando-o à morte de maneira muito mais notória do que então se processava. Dessa forma, foi forçado a criar corpos mais frequentemente, em proporção à diminuição do período de vida terrestre e, portanto, de experiências necessárias à evolução espiritual. Os guardiões celestiais levaram-no para fora do “jardim do amor” (do Éden), para o deserto do mundo. Então a humanidade se tornou responsável perante a Lei de Causa e Efeito, que governa o Universo, por suas ações.

Ao tempo da vinda de Cristo, a maioria da humanidade tinha se tornado tão cristalizada, que se encontrava a ponto de retrogradar. Uma ajuda teria que ser dada. Daí, Cristo, o mais elevado Iniciado do Período Solar, voluntariamente, veio à Terra; penetrou no nosso globo por meio do sangue de Jesus, vertido na crucifixão e, desde então, irradia do centro do nosso Planeta as tremendas vibrações do poder unificante de seu Amor-Sabedoria. O Mundo do Desejo e a Região Etérica do Mundo Físico da Terra foram, então, purificados, tornando-se mais utilizável para os Corpos de Desejos individuais dos seres humanos, formados ao voltarmos a cada renascimento aqui.

Esse grande sacrifício (ainda em desenvolvimento, pois Ele, o Cristo, “estará conosco até a consumação dos séculos” ou destes tempos de materialidade), tornou possível aos seres humanos impregnarem-se com o altruístico amor de Cristo e transcenderem a Lei ou temperar a Lei com o amor; a fim de penetrar na esfera de vida abençoada pelo tesouro adicional de “Sua Graça“.

Essa “dádiva benéfica de Deus” acena para todos aqueles que se dispõem a abraçar a vida de pureza, de serviço e alcançar a libertação das restrições da queda, ou seja, a salvação.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – outubro/1965 – Fraternidade Rosacruz – SP)

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Mistério de Melquisedec

Creio que um dos mais misteriosos personagens da Bíblia seja Melquisedeque:

  • Rei de Salém no tempo de Abraão. Quando este voltava de sua vitória contra os reis, saiu-lhe ao encontro o rei Melquisedeque que era também sacerdote e ofereceu um sacrifício de ação de graças e abençoou o patriarca.
  • Aquele ser que não teve pai, nem mãe, nem nenhum parente e que era ao mesmo tempo Sacerdote (aquele que zelava pelo bem-estar espiritual do povo) e Rei (chefe temporal do povo), como lemos na Epístola de São Paulo aos Hebreus, 7:3: “Sem pai, nem mãe, sem genealogia, seus dias não tem começo, sua vida não tem fim”.

Para entendermos tal mistério, seria muitíssimo interessante entender o plano evolutivo divino, o Plano da Evolução, no qual todos nós estamos inseridos, e do qual muita coisa já fez história.

Estamos num Período do nosso esquema evolutivo conhecido, na terminologia Rosacruz, por Período Terrestre. Nesse Período temos a divisão por Épocas. Essas Épocas são descritas na Bíblia, no Livro do Gênesis. Até agora passaram 4 Épocas: Polar, Hiperbórea, Lemúrica e Atlante.

Durante a Época Hiperbórea, nós, seres humanos, nos manifestávamos aqui, quando renascidos, como seres bissexuais (masculino e feminino). E com características de apatia e falta de aspiração, como hoje é a maioria das plantas, que fazem parte do Reino vegetal. Na Bíblia temos uma descrição detalhada quando vivíamos no Jardim do Éden. Éramos guiados em tudo pelas Hierarquias Divinas como um doce infante que começa uma longa jornada. A Bíblia trata as Hierarquias dessa Época como Reis de Edom, como pode ser verificado no Livro dos Números (20:14-21).

Na próxima Época, conhecida como Época Lemúrica, começamos a se manifestar, quando renascidos aqui, nos dois sexos que hoje conhecemos como masculino e feminino. O motivo foi a utilização de metade da força sexual criadora para a construção de órgãos que pudessem fazer-nos criar nessa Região Química do Mundo Físico, quais sejam: o cérebro e a laringe. Entretanto, apesar da separação dos sexos, não nos tornamos conscientes de imediato dessa separação. Isso porque estávamos muito mais voltados para os Mundos espirituais. Pouca consciência tínhamos do Mundo Físico, e, portanto, pouca atenção dávamos para tudo que nele se passava. Não conhecíamos nem o nascimento e nem a morte. Não tínhamos a consciência da geração de um novo corpo, da mesma forma que hoje não temos a consciência do ato da digestão. Outra distinção desta Época foi que todos nós formávamos uma única raça, a Raça Lemúrica. Éramos guiados pelas Hierarquias Divinas. Obedecíamos cegamente, pois tínhamos toda a confiança em sua sabedoria. Por estarmos enfocados nos Mundos espirituais sabíamos que a sua orientação era a mais correta.

Toda orientação espiritual que precisávamos era provida por essas Hierarquias. Nelas estavam todos os ensinamentos espirituais do qual necessitávamos e tínhamos confiança nisso. Eram os nossos confiáveis Sacerdotes, que nos guiavam espiritualmente. Toda orientação de como devíamos nos conduzir nesse novo Mundo Físico, até então muito obscuro para nós, era provida também por essas Hierarquias.

Nelas estavam todos os ensinamentos temporais do qual necessitávamos e tínhamos confiança nisso. Eles eram os nossos sábios Reis, que nos guiavam temporalmente.

Melquisedeque, então, era o nome simbólico dessas divinas Hierarquias que desempenhavam o duplo ofício de Sacerdote e Rei. O nome Melquisedeque, Rei de Salém, significa Paz e naquele tempo tudo reinava sobre um perfeito clima de Paz e de Fraternidade Universal.

Perceba que os papéis de Líder Espiritual e Líder Temporal estavam concentrados em uma única pessoa, as Hierarquias Divinas. Entretanto, o tempo foi passando e nós procuramos nos tornar mais e mais conscientes do Mundo Físico. Afinal esse é o Mundo onde devemos nos desenvolver, conhecer e aprender; em outras palavras: aqui é o baluarte da nossa evolução.

Por meio da inestimável ajuda dos Espíritos Lucíferos, os Anjos atrasados vindos do guerreiro Planeta Marte, nós tivemos a sensação da existência desse Corpo Físico durante o ato gerador. Encontramos esse maravilhoso momento de descoberta na Bíblia, quando lemos que: “Adão conheceu a Eva” ou quando lemos que comemos da “árvore do conhecimento” a partir de onde conhecemos a morte, a dor e o sofrimento nessa Região Química do Mundo Físico.

Com esse passo importante dado, fomos, aos poucos, conhecendo esse Mundo Físico, ao mesmo tempo em que fomos perdendo a consciência dos Mundos espirituais e, consequentemente, perdendo o contato consciente com as Hierarquias Divinas, até então, nosso líder seguríssimo nessa evolução.

Somente alguns de nós conservamos tal visão espiritual que nos conferia um perfeito relacionamento com tais Hierarquias. Estes poucos foram os profetas que lemos na Bíblia e que, por um bom tempo, atuaram como mensageiros entre aqueles Líderes Divinos e nós.

Nesse momento, já estávamos próximos da nova Época de nosso esquema evolutivo, a chamada Época Atlante. Fomos, então, diferenciando-nos devido à facilidade que uns tinham de assimilar o conhecimento desse Mundo Físico em relação aos outros. A diferenciação começou a ficar tão grande que houve a necessidade de nos dividirmos em Raças.

Com isso, tornou-se mais fácil cada Raça ter as lições específicas que necessitariam aprender. Contudo, com isso, também, nós começamos a sentir falta de governantes no Mundo Físico, onde todos nós pudéssemos vê-los, pois nem todos nós tínhamos a segurança da orientação das Hierarquias Divinas, das quais já não podíamos ver. E começamos a desejar que pudéssemos escolher nossos próprios guias e exigimos reis visíveis. Veja na Bíblia em I Samuel 7:15-17, 9:5 e 10:1, a exigência de se ter Saul como rei, enquanto Samuel era o sacerdote. Foi então que surgiram os Reis e os Sacerdotes. Veja, Moisés, um guia temporal e regente do povo judeu, e Aarão, sacerdote que cuidava do bem-estar espiritual, no mesmo momento.

Ao sacerdote cabia oferecer cada dia vítimas (animais), primeiro por seus próprios pecados e depois pelos pecados do povo. Perceba que o duplo papel de Sacerdote e Rei que as Hierarquias Divinas desempenharam no passado e que trazia coesão entre essas duas funções de evolução proporcionando toda a paz para o desenvolvimento, foi, então, dividido para 2 seres humanos.

Isso ocorreu porque não se encontrou ser humano suficientemente versado nos negócios do Mundo Físico para exercer o ofício de Rei e, que, ao mesmo tempo, tivesse o conhecimento dos negócios espirituais para desempenhar o ofício de Sacerdote.

Também não se encontrou um ser humano suficientemente capaz de guiar espiritualmente o povo, como Sacerdote e, que, ao mesmo tempo, tivesse o conhecimento para dirigir os interesses materiais de um governo temporal, como um Rei.

Daí originou-se a classe sacerdotal, por exemplo, dos Levitas entre os Judeus, dos Brâmanes entre os hindus. Concentravam os poderes eclesiásticos. Eram batizados pela água, onde se consideravam Iniciados no ofício de Sacerdote.

Daí originou-se os Reis, que no princípio eram Iniciados, Filhos da Luz. Concentravam os poderes temporais.

Eram batizados pelo fogo, onde se consideravam Iniciados no ofício de Rei.

Com a separação dessas duas funções, uma orientando para o desenvolvimento material e outra para o desenvolvimento espiritual, criou-se uma área de atrito.

Senão vejamos: o Rei tinha a seu cargo o desenvolvimento material do povo. No seu mais alto conceito, procurava governar o povo atendendo tão somente a prosperidade material. Já o Sacerdote tinha a seu cargo o desenvolvimento espiritual do povo. No seu mais alto conceito, aspirava, tão somente, o progresso espiritual do povo.

Forçoso, então, que tal separação de governos criasse conflitos, mesmo que Reis e Sacerdotes trabalhassem com intenções as mais elevadas e nobres possíveis. E é o que sempre estamos até hoje vendo: com a separação do poder espiritual da Igreja (Sacerdote) e do poder temporal do Estado (Rei) produzimos guerras, lutas, opressão, escravidão e derramamentos de sangue, porque se trata de duas funções que aparentam ter interesses diametralmente opostos.

Porque cada um desses poderes luta para ter supremacia: o Estado abraça a causa da Paternidade e do homem, mantendo o alto ideal das Artes, Ofícios, Indústrias, construtores no Mundo Físico, tendo como ideal masculino Hiram Abiff, depois renascido como Lázaro – no tempo de Cristo Jesus – depois Christian Rosenkreuz, da linhagem de Caim e disposto a servir ao Cristo.

A Igreja abraça a causa da Maternidade e da mulher, mantendo o alto ideal do amor e do lar, tendo como ideal feminino a Virgem Maria, também Salomão, depois renascido como Jesus, da linhagem de Seth e disposta a servir ao Cristo.

Já não há aquela paz que havia na época de Melquisedeque, o Rei de Salém, onde só havia paz. Todo esse sofrimento ocorre porque nós não entendemos que nenhum que não seja tão espiritual como um Sacerdote está preparado para governar como Rei e, ninguém que não tenha a sabedoria e a justiça de um Rei pode estar preparado para ser o guia espiritual de humanidade, como Sacerdote.

Agora, já estamos na Época Ária, a 5° Época. Vivemos tal divisão de poderes e muitos são testemunhas de quanto sofrimento isso nos tem causado. Contudo, é importante termos uma ideia de quanto aprendemos com tudo isso. Desenvolvemo-nos até o máximo grau possível nessa Região Química do Mundo Físico, transformando-o num paraíso para o nosso desenvolvimento e para o desenvolvimento de muitas outras ondas de vida. Todas as formas de criação que já imaginamos fazem parte da história do nosso Planeta Terra, sim, o baluarte da nossa evolução.

A parte espiritual alternou em ocasiões de obscuridade e de iluminação. Caminhamos muito pelo dogmatismo, pela fé ingênua, pelo medo do desconhecido, pela iluminação, e agora, pela consciência divina da certeza para onde vamos, pela religião esotérica, pelo desvendamento dos mistérios ocultos.

Entretanto, todo esse sofrimento causado pela separação dessas duas funções só terá fim quando essas qualidades se combinarem num só ser novamente, então o reino da paz e da fraternidade universal voltará.

Por causa dessa necessidade de aparecer tal ser, é muito significativo que o relato bíblico comece, no primeiro capítulo do Gêneses, no Jardim do Éden, onde a humanidade se manifestava bissexual, quando aqui renascida, e inocente, além de inconsciente desse Mundo Físico. Depois, no segundo capítulo, lemos sobre o processo da separação dos sexos, da desobediência ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento e do consequente castigo ao “parir seus filhos com dor e ao estar sujeito à morte”, ou seja, a consciência da existência do seu Corpo Denso, o físico, e do Mundo Físico que o cerca. A partir daí o Antigo Testamento nos relata as guerras e as lutas e, no seu último capítulo profetiza a aparição de um Sol de justiça com a solução para todo esse sofrimento.

Já, no Novo Testamento, começa com o relato do nascimento de Cristo, que proclamou o futuro estabelecimento do Reino dos Céus. Como lemos na Epístola de São Paulo aos Hebreus 1:1-2:

Muitas vezes e de modos diversos, falou Deus outrora a nossos pais pelos profetas. Nos últimos dias nos falou pelo Filho, que constituiu herdeiro de tudo, por quem criou também o mundo”.

Naquele tempo todos os Sacerdotes do povo judeu vinham de uma ordem chamada Tribo de Levi. Entretanto, era uma ordem fundada na descendência carnal de “homens mortais”, sob a Lei que os fazia sacerdotes pecadores.

Jesus nasceu da Tribo de Judá que não tinha tradição de sacerdócio. Como lemos em Hebreus 7:13-14:

Pois bem: aquele a quem se aplicam estas palavras é de outra tribo, da qual ninguém se consagrou ao serviço do altar. Pois é notório que Nosso Senhor nasceu de Judá, a cuja tribo Moisés nada disse a respeito do sacerdócio”.

Ainda assim, Jesus Cristo foi tido como “Sumo Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque” como lemos em Hebreus 6:20. Essa ordem de sacerdócio é superior à de Levi, como lemos em Hebreus 7:1-10. O anúncio dessa ordem foi necessário porque a ordem de Levi fora incapaz de levar à perfeição.

A ordem de Melquisedeque se baseia na vida imortal de Cristo glorioso, como lemos também em Hebreus 7:15-17: “Isto se torna ainda mais evidente, se à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote, instituído não segundo a norma de uma lei que baseia na carne, mas segundo a força de vida indestrutível”.

Sendo a ordem de Melquisedeque mais perfeita, o que era imperfeita e provisória fica abolida como lemos em Hebreus 7:18-19: “Com isso está abolida a antiga legislação devido à sua ineficácia e inutilidade”.

Esse novo sacerdócio substitui o grande número de sacerdotes por um único e eterno sacerdote: Cristo. E ele é o Sacerdote que nos faltava, pois em Hebreus 7:26-28, lemos: “Tal é o efeito o Sumo Sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mácula, separado dos pecadores e mais alto do que os céus. Pois não necessita, como o sumo sacerdote, oferecer cada dia vítimas, primeiro por seus próprios pecados e depois pelos pecados do povo. Ele o fez uma única vez, oferecendo-se a si mesmo. É porque a Lei fez sumos sacerdotes homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que sucedeu à Lei, constituiu o Filho eternamente perfeito.”

Assim as qualidades de Rei e de Sacerdote se combinam no Cristo, num só Ser novamente, então é ele que nos traz o reino da paz e da fraternidade universal.

Na sua primeira vinda ele inaugurou essa nova fase de busca a esse Reino da Paz e da Fraternidade Universal, limpando os Pecados do Mundo e nos dando a Doutrina Cristã. Somente o Cristo é capaz de unir a Igreja e o Estado como Rei e Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, Rei de Salém.

Na sua segunda vinda inaugurará a idade de paz e alegria em que a simbólica “Nova Jer-u-salém” (onde mora a Paz) reinará sobre as nações, novamente unidas numa única raça, em uma Fraternidade Universal.

Estaremos na 6° Época, a próxima, conhecida como a da Nova Galileia. Estaremos, novamente, sob o comando de um Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque, só que, então:

  • Não mais inocentes e nem ingênuos, mas conscientes do Mundo Físico;
  • Não mais passivos, mas criadores dinâmicos nesse Esquema de Evolução;
  • Não mais auxiliares inconscientes, mas auxiliares conscientes de Deus no seu plano divino;
  • Não mais somente consumidores da forma física dos outros reinos de vida, mas colaboradores assíduos para a evolução de todos os reinos de vida que nos competir ajudar;
  • Não mais egoístas preocupados somente com a nossa própria evolução, mas altruístas preocupados principalmente com a evolução dos nossos irmãos.

                                                 Que As Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sobre o Trabalho de Cura Rosacruz

Segundo as Santas Escrituras, a Bíblia, o ser humano foi criado, enquanto Forma, no Jardim do Éden, no sexto dia da criação, correspondente ao Período Terrestre.

Sabemos que somos Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana manifestados como Egos nesse Esquema de Evolução e, assim estamos nos desenvolvendo fisicamente e mentalmente, até nos encontrarmos, agora, dotados de um Corpo Denso maravilhoso e uma Mente admiravelmente sensível. Temos vindo como crianças, vivendo, crescendo aqui, morrendo aqui e renascendo inúmeras vezes. Tal como a noite precede o dia, assim sucedem-se, alternativamente, nascimento e morte aqui. Quando ocorre a morte aqui, nós retornamos ao nosso lar celeste para nos renovarmos e podermos regressar aqui, no Mundo terrestre, a grande escola experimental da vida. Mas, sempre revestido de nova Personalidade, recordando-se raríssimas vezes de nossa anterior existência aqui.

E como ocorre comumente em toda escola, sempre há estudantes cujo aproveitamento é maior do que o dos demais. Alcançam, então um grau de desenvolvimento espiritual, a ponto de não precisar regressar aqui no Mundo material para aprender as lições que precisam (já aprenderam todas!). Encontram-se prontos a prosseguir sua jornada em esferas mais elevadas ou celestiais. Entre eles, alguns optam por deter-se em sua caminhada, com o objetivo de ajudar a humanidade menos evoluída. São chamados de “Irmãos Maiores”, um dos quais exerce especial influência em nosso Serviço de Cura, no Templo da Ordem Rosacruz.

Já os Auxiliares Invisíveis são Probacionistas e Discípulos da Fraternidade Rosacruz. Cada noite, enquanto seus Corpos Densos descansam adormecidos, eles atendem aos enfermos sob o cuidado e orientação dos Irmãos Maiores. Vale acrescentar que podem fazê-lo somente quando se tornam merecedores de tal privilégio por terem vivido durante o dia conforme as Leis Divinas.

Solicita-se ao paciente do Departamento de Cura de um Centro Rosacruz assinar a chamada “carta semanal” com tinta nanquim (a de caneta tinteiro), porque dessa forma o eflúvio de seu Corpo Vital impregna o papel, proporcionando aos Auxiliares Invisíveis indicações precisas sobre seu estado de saúde, além de renovar a permissão para os Auxiliares Invisíveis continuar trabalhando no Corpo Vital dele durante o sono. Recomenda-se fazê-lo cada semana, nas datas indicadas como sendo de cura (as “Datas de Cura”), porque essa é a chave que eles podem utilizar para trabalhar sobre o Corpo Vital do paciente. Por conseguinte, o ato da assinatura constitui uma verdadeira solicitação de ajuda, dirigida diretamente aos Auxiliares Invisíveis. Portanto, se o paciente compreender isso, jamais o fará mecanicamente, nem esquecerá de fazê-lo nas datas indicadas. Esse deve ser um ato sincero, simples, pleno de fé e profunda devoção, tanto com o desejo intenso de ser ajudado, como de ajudar a quem mais precisa do que ele.

Para encerrar, esclarecemos que não adoramos aos Irmãos Maiores, nem aos Auxiliares Invisíveis, pois eles são seres humanos. Só a Deus devemos reverenciar e dirigir nossas preces, invocando sempre o nome de Cristo-Jesus, nosso Senhor, nosso Salvador, nosso Redentor.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Vara de Aarão e a sua Significância Oculta dentro da Arca da Aliança do Tabernáculo no Deserto e a sua Significância Oculta

Para entendermos o significado da Vara de Aarão (também conhecido como o Bastão que floriu) que floresceu, vamos rever o Esquema de Evolução em que estamos inseridos: esse esquema é efetuado através dos 5 Mundos (Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico) em 7 grandes Períodos de Manifestação. Estamos, atualmente no quarto desses Períodos, conhecido como Período Terrestre. Nesse Período estamos restritos a trabalhar em 3 Mundos: Pensamento, do Desejo e Físico. Cada Período é composto de 7 Globos: A, B, C, D, E, F e G. Estes Globos são renascimentos sucessivos da nossa Terra. Atualmente estamos no Globo mais denso, o D, nossa Terra atual.

Nesse Período Terrestre, uma parte da evolução se realiza no Globo A, situado na Região do Pensamento Concreto.

Gradualmente, a vida evolucionante é transferida ao Globo B, que se situa no Mundo do Desejo, algo mais denso, onde ela passa por outro estágio evolutivo. No devido tempo a vida evolucionante está pronta para entrar na arena do Globo C, composto da substância ainda mais densa da Região Etérica do Mundo Físico, onde está situado. Depois de aprender as lições correspondentes a esse estado de existência, a Onda de Vida segue até o Globo D, formado da substância da Região Química do Mundo Físico, onde também está situado. Este é o grau mais denso de matéria alcançado pela Onda de Vida durante esse Período. Esse é o estágio involucionário de modo que a substância dos mundos se faz cada vez mais densa. Ao longo do tempo tudo tende a fazer-se cada vez mais denso e mais sólido. Mas como o caminho evolutivo é uma espiral, é claro que, ainda que se passe pelos mesmos pontos, nunca mais se apresentam as mesmas condições, mas outras em plano superior e mais avançado. No estágio evolucionário (do Globo D para o G), os Mundos se tornam menos densos.

Desse ponto a Onda de Vida é levada para cima novamente, ao Globo E, situado na Região Etérica do Mundo Físico, tal como o Globo C, embora as condições não sejam as mesmas. Completado o trabalho no Globo E, efetua-se o passo seguinte para o Globo F, situado no Mundo do Desejo como o Globo B, dali subindo ao Globo G. Quando se efetuou esse trabalho, a Onda de Vida deu uma volta em torno dos 7 Globos; uma vez para baixo e outra para cima, através dos 3 mundos, respectivamente. Esta jornada da Onda de Vida denomina-se uma Revolução, e 7 Revoluções formam um Período. Durante um Período a Onda de Vida dá 7 voltas descendo e subindo através dos 3 mundos. Já demos 3 voltas e estamos na metade da 4° volta.

Nesse ponto, já construímos nossos 3 Corpos, temos a Mente, o elo que nos liga aos nossos Corpos e estamos agindo e nos expressando no Mundo Físico com a total consciência de vigília. Aqui, no ponto de maior materialidade, também estamos no ponto de maior separatividade ilusória. Assim, foi necessário evoluirmos em Épocas. A primeira que vivemos foi a Época Polar, depois a Hiperbórea, Lemúrica, Atlante e estamos na Ária. O nosso estudo se insere entre o final da Época Atlante e início da Ária.

Continuando a nossa revisão sobre o Esquema de Evolução, vemos que desde a separação dos sexos até a primeira parte da Época Atlante éramos guiados em tudo pelos Anjos e por outras Hierarquias Criadoras.

Nesse sentido, em particular, os Anjos eram os responsáveis pela nossa procriação, enquanto encarnados aqui na Região Química do Mundo Físico.

Isso porque até na primeira metade da Época Atlante nossa consciência não estava enfocada no Mundo Físico, estávamos inconscientes da propagação, do nascimento e da morte.

Os Anjos trabalhavam no Corpo Vital (o meio de propagação), regulavam a função procriadora e juntavam os sexos em certas ocasiões do ano.

Empregavam as forças solares e lunares, nos momentos e condições mais propícias para a fecundação.

A gestação decorria sem incômodo algum e o parto realizava-se sem dor.

As condições propícias para a fecundação significa que, além dos pais terem configurações estelares favoráveis (combinações favoráveis estelares benéficas na quinta e/ou décima primeira casa, signos férteis ou duplos na cúspide da quinta e/ou décima primeira casa), essas configurações deveriam ser mutuamente benéficas entre o homem e a mulher e nos momentos mais propícios, marcados nas progressões (lunações) – que ativavam essas configurações mútuas. Além disso, ainda, para se ter as mais perfeitas condições, o casal teria que estar na longitude ideal. Daí serem levados para determinados lugares. As viagens de lua de mel é uma reminiscência daquele impulso migratório relacionado com o acasalamento.

Os Anjos são os Espíritos Grupos das Plantas, a onda de vida vegetal. A planta é inconsciente de toda paixão, desejo, e inocente do mal. Desconhece a paixão, e realiza a fecundação da maneira mais pura e casta, isto é, ela projeta seus órgãos geradores, a flor, para o Sol, um espetáculo de rara beleza. Portanto, ela gera e perpetua sua espécie de modo tão puro, tão casto, que propriamente compreendida é um exemplo para a decaída e luxuriosa humanidade, a qual deveria venerá-la como um ideal.

Como vimos, a geração efetuava-se sob a direção dos Anjos que, em certas épocas do ano, nos agrupavam, homens e mulheres, em grandes templos onde se realizava o ato criador, mas nós não tínhamos a consciência de vigília disso. Nossos olhos ainda não tinham sido abertos, embora fosse necessária a colaboração de um ser que tivesse o outro polo, ou metade da força criadora necessária para a geração.

A princípio um homem não conhecia uma mulher e vice-versa.

Na vida comum estávamos encerrados dentro de nós mesmo, pelo menos no que dizia respeito ao Mundo Físico.

Nesse tempo vivíamos em um lugar simbolicamente conhecido como Jardim do Éden (reino etérico das forças espirituais).

A Bíblia fala-nos desse lugar, onde vivíamos em contato direto com Deus, puros e inocentes como as crianças. Obedecíamos, incondicionalmente, qualquer ordem que nos fosse dada pelos nossos guias divinos, como uma criança em seus primeiros anos faz o que seus pais desejam, porque ela não tem consciência de si. Faltava-nos individualidade.

Simbolicamente, havia 2 árvores: a do Conhecimento e a da Vida. Não devíamos comer o fruto de nenhuma das duas.

Entretanto, sob a custódia dos Espíritos Lucíferos, nós comemos da árvore do Conhecimento e começamos a perpetuar a nossa raça sem levar em conta as linhas de força interplanetárias. Transgredimos a lei, e os nossos corpos assim formados cristalizaram-se impropriamente e tornamo-nos sujeitos à morte, de maneira muito mais perceptível do que haviam estado até então. Por isso, fomos forçados a criar novos corpos com mais frequência à medida que o nosso período de vida se encurtava.

Os guardiães celestiais (conhecidos na terminologia Rosacruz como Querubins) da força criadora (simbolicamente, a Árvore da Vida) nos expulsaram do jardim do amor (o Jardim do Éden) para o deserto do mundo, e nos tornamos responsáveis por nossas ações sob a lei cósmica que governa o universo.

Desde então, e através das eras, estamos lutando para conseguir nossa própria salvação, e a Terra, em consequência, cristalizou-se cada vez mais.

Assim, tudo começou a mudar quando o ser humano foi posto em íntimo contato com outro ser, como no ato gerador, então, por um momento, o espírito rasgou o véu da carne e “Adão conheceu Eva”. Essa é a natureza daquela “Árvore”.

Deixando conhecer-se a si mesmo, perdeu, correspondentemente, sua percepção interna, quando a consciência cada vez mais se concentrou no mundo externo, a Região Química do Mundo Físico.

Não comer da Árvore da Vida foi realmente uma bênção.

Se tivemos comido, teríamos a capacidade de tornar imortal o nosso Corpo Denso.

Afinal quem de nós possui um Corpo Denso totalmente saudável e perfeito, segundo o nosso próprio julgamento, para poder viver nele para sempre?

Por isso, a morte é um benefício e uma benção, tanto quanto nos possa capacitar a regressar aos reinos espirituais periodicamente, para aí construirmos melhores corpos para cada retorno à vida terrestre.

Vimos, até aqui, que a Árvore da Vida significava como adquirir a imortalidade na Região Química do Mundo Físico e a aplicação da força criadora aqui nessa Região.

Uma vez feita essa revisão onde recordamos os conceitos das palavras utilizadas na terminologia Rosacruz para descrever o Esquema de Evolução que estamos inseridos, vamos ver qual foi a aplicação da Vara de Aarão naqueles tempos em que ela foi fornecida à Aarão, o irmão mais velho de Moisés (Ex 6:20), e um profeta do Deus de Israel servindo como o primeiro sumo sacerdote dos hebreus, e muito bem descrita na Bíblia:

Javé disse a Moisés e Aarão: ‘Se o Faraó pedir que vocês façam algum prodígio, você dirá a Aarão que pegue a vara de você e a jogue diante do Faraó; e ela se transformará em cobra’. Moisés e Aarão se apresentaram diante do Faraó e fizeram o que Javé lhes havia mandado. Aarão jogou a vara diante do Faraó e seus ministros, e ela se transformou em cobra. O Faraó, porém, mandou chamar os sábios e os encantadores de cobras e, também, eles, os magos do Egito, fizeram o mesmo com suas ciências ocultas: cada um jogou a sua vara e elas se transformaram em cobras. No entanto, a vara de Aarão devorou as varas deles. Javé disse a Moisés: ‘Diga a Aarão: ‘Estenda a vara e toque o pó do chão, e ele se transformará em mosquitos por todo o território egípcio’. Aarão estendeu a mão com a vara e tocou o pó do chão, que se transformou em mosquitos, que atacavam homens e animais. E todo o pó do chão se transformou em mosquitos por todo o país do Egito. Os magos do Egito tentaram fazer o mesmo, usando suas ciências ocultas para produzir mosquitos, mas não conseguiram. Os mosquitos atacavam homens e animais. Então os magos disseram ao Faraó: ‘Isso é o dedo de Deus’. (…) Javé disse a Moisés: ‘Diga a Aarão: ‘Tome a vara e estenda a mão sobre as águas do Egito, sobre os rios, canais, lagoas e sobre todos os reservatórios, para que se convertam em sangue. Haverá sangue em toda a terra do Egito, até nas vasilhas de madeira e de pedra’. Moisés e Aarão fizeram como Javé tinha mandado. Aarão ergueu a vara, tocou a água do rio diante do Faraó e de sua corte; e toda a água do Nilo se transformou em sangue. Os peixes do rio morreram, o rio ficou poluído, e os egípcios não podiam beber a água do rio. E houve sangue por todo o país do Egito. Os magos do Egito, porém, fizeram o mesmo com suas ciências ocultas.” (Ex 7:8-15 e 19-22).

Javé disse a Moisés: “Diga a Aarão: ‘Estenda a mão com a vara sobre os rios, canais e lagoas, e faça subir rãs sobre todo o território egípcio’. Aarão estendeu a mão sobre as águas do Egito, e fez subir rãs que infestaram todo o território egípcio. Os magos do Egito, porém, usaram suas ciências ocultas e fizeram o mesmo: fizeram subir rãs por todo o território egípcio.” (Ex 8:1-3).

Javé falou a Moisés: ‘Diga aos filhos de Israel que tragam varas, uma para cada chefe de família, no total de doze, e cada um escreva nela o próprio nome. Na vara de Levi, você deverá escrever o nome de Aarão, pois haverá uma vara para cada chefe de tribo. Coloque as varas na tenda da reunião, diante do documento da aliança que eu fiz com eles. A vara daquele que eu escolher, florescerá. Desse modo eu acabarei com os protestos dos filhos de Israel contra vocês’.  Moisés pediu que os filhos de Israel lhe trouxessem doze varas, uma para cada chefe de tribo, e entre elas a vara de Aarão. Moisés colocou as varas diante de Javé, na tenda da aliança. No dia seguinte, Moisés entrou na tenda da aliança, e viu que havia florescido a vara de Aarão, representante da tribo de Levi: estava cheia de brotos, tinha dado flores e produzido amêndoas. Moisés tirou as varas da presença de Javé e as levou aos filhos de Israel. Eles verificaram o fato e cada um recolheu a sua vara.” (Nm 17:17-24).

Uma antiga lenda relata que quando Adão foi expulso do Jardim do Éden, levou consigo três mudas da Árvore da Vida, que foram plantadas por Seth. Seth, o segundo filho de Adão, é de acordo com lenda Maçônica pai da hierarquia espiritual dos clérigos que trabalham com a humanidade através do Catolicismo, enquanto os filhos de Caim são os Artesões do mundo. Esses últimos estão ativos na Maçonaria, promovendo o progresso material e industrial, como deveriam ser os construtores do Templo de Salomão, o universo. As três mudas plantadas por Seth tiveram importantes missões no desenvolvimento espiritual da humanidade, e uma delas é a Vara de Aarão. No início da existência concreta, a geração era realizada sob a sábia direção dos Anjos, que assistiam para que o ato criador fosse realizado nos momentos em que os raios de força interplanetários eram propícios, e o ser humano também foi proibido de comer da Árvore do Conhecimento. A natureza dessa árvore foi prontamente determinada a partir de sentenças como “Adão conheceu sua esposa e ela deu à luz Caim”; “Adão conheceu sua esposa, e ela deu à luz Seth”. “Como posso dar à luz a uma criança visto que não conheço um homem?”, como foi dito por Maria ao Anjo Gabriel.

À luz dessa interpretação, a afirmação do Anjo (não foi uma maldição), quando descobriu que seus preceitos foram desobedecidos, “morrendo morrerás”, também é compreensível, pois os corpos gerados independentemente das influências cósmicas não esperariam que persistisse.

Por isso, o ser humano foi exilado dos reinos etéricos da força espiritual (Éden), onde cresce a árvore do poder vital; exilado para a existência concreta em Corpos físicos Densos que ele gerou para si. Certamente foi uma bênção, pois quem de nós possui um corpo totalmente saudável e perfeito, segundo a nossa opinião e quem gostaria de viver nele para sempre?

Por isso, a morte é uma dádiva e uma bênção, na medida em que nos permite retornar aos reinos espirituais periodicamente e, assim, construirmos melhores veículos para cada retorno à vida terrena. Como disse Oliver Wendell Holmes[1]:

“Constrói alma minha, as mais belas mansões

Enquanto as estações se sucedem!

Deixa teu humilde passado!

Que cada novo templo, mais nobre que o anterior,

Te separe do céu com um domo mais amplo,

Até que, por fim, possas ficar livre,

Abandonando tua pequena concha no revolto mar da vida!”

No decorrer do tempo, quando aprendemos a evitar o orgulho da vida e a luxúria da carne, o ato gerador deixará de minar nossa vitalidade. Então, a energia vital será usada para a regeneração, e os poderes espirituais, simbolizados pela Vara de Aarão, serão desenvolvidos.      

A varinha do mágico, a lança sagrada de Parsifal, o Rei do Graal, e a Vara de Aarão que floresceu são símbolos (ou emblemas) dessa força criadora divina, que faz maravilhas as quais chamamos de milagres.

Contudo, que fique bem claro que ninguém que chegue a tal ponto na evolução, simbolizado pela Arca da Aliança na Sala Oeste do Tabernáculo, jamais usará esse poder para fins egoístas. Quando Parsifal, nome dado ao herói do mito da alma, tendo testemunhado a tentação de Kundry e provado estar emancipado do maior de todos os pecados, os da luxúria e a falta de castidade, ele recuperou a lança sagrada roubada pelo mago negro Klingsor, do rei do Graal caído e impuro, Amfortas. Então, viajou por muitos anos pelo mundo procurando novamente o Castelo do Graal, e disse: “Muitas vezes eu fui atormentado por inimigos e tentado a usar a lança em defesa própria, mas sabia que a lança sagrada nunca deveria ser usada para ferir, e tão somente para curar”.

E essa é a atitude de todo aquele que desenvolve, dentro de si, o florescimento da Vara de Aarão. Embora ele possa transformar essa faculdade espiritual em condições de prover pão para uma multidão, ele nunca pensaria em transformar uma pedra em pão para si mesmo, para aplacar a própria fome. Mesmo que ele tenha sido pregado à cruz para morrer, não se libertaria dela com o poder espiritual que havia exercido prontamente, para salvar os outros da sepultura. Apesar de ter sido insultado todos os dias de sua vida como impostor e charlatão, nunca utilizaria indevidamente seu poder espiritual para revelar qualquer sinal pelo qual o mundo pudesse conhecer, sem sombra de dúvida, que ele era regenerado ou nascido no céu. Essa foi a atitude de Cristo-Jesus, que tem sido e é imitada por todo aquele que é um Cristo em formação.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz


[1] N.T.: (1809-1894) – médico americano, professor, palestrante e autor

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Sala Oeste do Templo do Tabernáculo no Deserto

Para entrar na Sala Oeste propriamente dito também há um véu que pende. Essa Sala Oeste do Santuário,também é chamada de Santos dos Santos (Sanctum-Sanctorum).

Vimos, anteriormente, que o véu na entrada do pátio exterior e o véu em frente à Sala Leste do Tabernáculo eram confeccionados em quatro cores – azul, vermelho, púrpura e branca. Porém, o segundo véu, que dividia a Sala Leste do Tabernáculo da Sala Oeste, diferia em relação à caracterização dos outros dois. Foi forjado com as figuras dos Querubins. Só que agora os Querubins não segurava mais em suas mãos a espada flamejante (como era quando fomos expulsos do Jardim do Éden); em lugar dela, segurava uma flor, um símbolo pleno de significado místico. Vamos a ele:

Se compararmos o ser humano com a flor perceberemos, então, a grande importância e significado desse emblema: A flor, contém o órgão gerador da planta. Seu verde pedúnculo leva a seiva, o sangue vegetal, incolor e sem paixão. Realiza a fecundação da maneira mais pura e casta. Seus órgãos reprodutores são projetados para cima, para o Sol. É um espetáculo de rara beleza ! Já, nós, os seres humanos revestimos nosso amor de paixão e temos os nossos órgãos sexuais, utilizados na geração, voltados para a terra, escondendo-os com vergonha devido a essa mácula de nossa paixão. Nós nos alimentamos pela boca e na direção de cima para baixo. A planta recebe alimento pelas raízes, forçando-o para cima. Por fim, nós exalamos o mortífero dióxido de carbono (CO2), enquanto a planta inala esse veneno, transmuta-o e devolve o puro, doce e perfumado oxigênio (O2).

Lembrando, então que no Livro do Gênesis encontramos a descrição da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden por eles terem comido do fruto proibido da Árvore do Conhecimento do bem e do mal. Em conseqüência de seu pecado, os Querubins montam guarda diante do portão, brandindo uma espada flamejante para impedir que o ser humano, por meio do acesso à Árvore da Vida, possa adquirir os segredos do Corpo Vital e aprender, desse modo, a imortalizar sua imperfeita forma física. Agora, no segundo Véu (aquele que dá acesso à Sala Oeste), os Querubins não seguram mais em suas mãos a espada flamejante. Em lugar dela, segura uma flor, um símbolo pleno de significado místico, como vimos. Isso retrata a conquista de um Iniciado, cujo corpo está misticamente descrito como um jardim florido. Nesse jardim, os dois principais centros de flores são o coração, a estrela diurna do corpo, e a glândula pituitária, o mais elevado dos dois centros espiritualizados da cabeça. E para chegarmos a isso temos que praticar a pureza nos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos. E como iniciamos isso? Parando de gerar destino ruim. Praticando os exercícios descritos na última parte do Conceito. Persistência, persistência e persistência. Eis a chave para a nossa conquista!

Examinemos o segundo recinto do Tabernáculo, a sala ocidental, chamado de Santíssimo ou Santo dos Santos (Sanctum Sanctorum). Atrás do segundo véu, nessa segunda sala, nenhum mortal poderia passar a não ser o Sumo Sacerdote e, mesmo assim, era permitido a ele entrar somente uma vez por ano, a saber, no Yom Kippur, no Dia da Expiação, e somente após a mais solene preparação e com o maior reverente cuidado. O Santo dos Santos era revestido com a solenidade de outro mundo; estava repleto de uma grandeza sobrenatural. O Tabernáculo inteiro era o santuário de Deus, mas, aqui nesse local estava a certeza absoluta da Sua presença, a morada especial da Glória Shekinah, e qualquer ser mortal tremia ao se apresentar dentro desses recintos sagrados, como deveria acontecer com o Sumo Sacerdote, no Dia da Expiação.

A Sala Ocidental do Tabernáculo era tão escura como os céus quando o luminar menor, a Lua, está no lado ocidental dos céus, ao entardecer, junto com o Sol; isto é, na Lua Nova, que inicia um novo ciclo em um novo Signo do Zodíaco.

A Sala Oeste é o umbral da Libertação. Através dele, seremos conduzidos a reinos mais elevados, onde um maior desenvolvimento anímico poderá ser conseguido alcançar.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é a conexão existente entre o Jardim do Éden do Gênesis e a Nova Jerusalém do Apocalipse?

Resposta: Na realidade, há uma conexão muito íntima, porque ambos são um e o mesmo fato. Jamais existiu o Jardim do Éden localizado no plano físico. As condições edênicas existiram somente nos reinos Etéricos. A humanidade que habitava o Jardim do Éden não tinha ainda um Corpo Denso (com os componentes sólidos, líquidos e gases) como temos hoje e, portanto, não poderia viver em um Corpo Denso nem habitar uma Região Química do Mundo Físico. E mesmo quando já tinha um Corpo Denso até a metade da Época Atlante, nossa consciência não era de vigília, ou seja, não tinha a consciência da existência desse Corpo Denso em seu meio na Região Química do Mundo Físico. Somente após a Queda, o ser humano “desceu” à existência física e tomou “roupagens de pele”, como nos conta a Bíblia, ou seja, passamos a habitar a Região Química do Mundo Físico.

Quando o ser humano se elevar deste plano da geração ao de sua completa regeneração, ele ascenderá aos reinos edênicos citados no Livro do Apocalipse como a Nova Jerusalém. Aí então, o ser humano não se alimentará mais do fruto da Árvore do Bem e do Mal (a Árvore do Conhecimento), mas sim da Árvore da Vida. Doenças, pobreza, velhice e morte terão acabado, uma vez que ele alcançará a sua divina herança: a imortalidade consciente.

Esse glorioso estado será alcançado não só por um povo ou por seguidores dessa ou daquela Religião, mas por toda a humanidade. Ou, nas palavras do Apocalipse, “as folhas da Árvore foram utilizadas para a saúde das nações”. Real e verdadeiramente, um exaltado destino espera por toda a Onda de Vida Humana.

(Do livro “Questions and Answers on the Bible” – Corinne Heline)

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