Todo mundo sabe que para viver é preciso, em primeiro lugar, respirar; em segundo, beber e em terceiro comer.
A nutrição de uma criança é uma coisa; a alimentação de um adulto é outra; e o sustento de uma pessoa idosa é muito outra!
Uma pessoa idosa precisa se alimentar para reparar os desgastes orgânicos que são inevitáveis.
Como uma pessoa idosa, em geral, não tem grandes atividades, a reparação dessas energias não é tão dispendiosa como no caso de um adulto.
Assim, adeque sua alimentação à sua idade!
PARA CONTROLAR O ÁCIDO ÚRICO |
O ácido úrico se forma em nosso organismo como resultado do metabolismo das purinas, que são tipos de proteínas encontradas em diversos alimentos. Parte desse ácido é eliminada pelos rins através da urina e outra parte permanece circulando no sangue. Porém, há muitos fatores que podem fazer com que os níveis de ácido úrico se elevem o que é prejudicial para a saúde, tais como a capacidade dos rins de eliminar a produção extra do fígado, excesso de proteínas, entre outros. O excesso de ácido úrico é caracterizado por inchaço, inflamação, dor e sensibilidade nas juntas. Pode afetar as articulações dos pés, base dos dedos, joelhos, tornozelos, pulsos e dedos das mãos. A análise do ácido úrico pode ser feita através do exame do sangue ou de urina. O exame de ácido úrico, normalmente, é pedido pelo médico quando o paciente apresenta dor nas articulações ou quando existem suspeitas de doenças mais graves, como lesão renal ou leucemia. |
Grupo -1 | Alimentos não recomendados |
Nenhuma carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins), alimentos ricos em açúcar refinado, como bolos, doces, refrigerantes e sucos industrializados | |
Grupo – 2 | Alimentos de uso moderado |
Leguminosos | Feijão, sopa, grão de bico, ervilha, lentilha |
Verduras | Aspargo, cogumelo, couve-flor, espinafre |
Cereais integrais | Todos, a exemplo de arroz integral, trigo em grão, centeio |
Oleaginosos | Coco, nozes, amendoim, castanha de Pará, castanha de Caju |
Grupo – 3 | Alimentos recomendados |
Gerais | Leite, chá, café, chocolate, queijo branco, manteiga |
Cereais | Pão, macarrão, sagu, fubá, tapioca, araruta, arroz, milho |
Vegetais | Legumes e verduras, exceto as incluídas no Grupo 2. |
Doces | Açúcar e doces com açúcar mascavo ou mel |
Frutas | Todas, inclusive sucos naturais. |
Outras recomendações. | |
Recomenda-se a ingestão de líquidos em grande quantidade. O sal pode ser utilizado, porém com moderação. | |
As bebidas alcoólicas devem ser retiradas por completo. | |
A redução de peso é útil. | |
Evitar o stress físico e psíquico. | |
Siga corretamente as instruções de seu médico. |
Algumas dicas gerais e importantíssimas para a sua saúde física:
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Os assuntos sobre alimentação e saúde tem tão grande importância em nossa evolução que nunca relegamos a plano secundário tais assuntos tão correlatos. Perceba que até propomos algumas receitas vegetarianas, no intuito de colaborar com os Estudantes Rosacruzes, por certo, sequiosos de ampliar seu receituário naturista.
Assim, vejamos mais detalhes sobre a importância da alimentação em nosso esforço para bem evoluir, especialmente quando estamos aqui renascidos. O Estudante Rosacruz deve encarar esse problema com muita seriedade. Afinal, um trabalho de Treinamento Esotérico depende também da manutenção das boas condições do nosso Corpo Denso. Esse esforço repercute na sensibilização dos nossos outros veículos: Corpo Vital, Corpo de Desejos, Mente, Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino, pois como aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes: um trabalho sobre um determinado veículo repercute (para melhorar ou piorar) todos os outros veículos!
A sabedoria popular afirma que “o ser humano morre pela boca”. E é verdade. Constituições físicas vigorosas, às vezes, são debilitadas por dietas inadequadas e empíricas constituídas de substâncias tóxicas e/ou desprovidas de elementos nutrientes.
O vegetarianismo ainda é novidade para muita gente, por incrível que pareça. Muitas pessoas até vão a restaurantes vegetarianos simplesmente para “ver como é que é”. Para alguns o vegetarianismo é até sinônimo de exotismo. Felizmente, muitos se surpreendem quando dão uma olhada no cardápio: encontram uma gama imensa de pratos deliciosos (com os mais diversos ingredientes que vão de verduras, legumes, sementes, cereais, ovo, leite, mel, frutas, raízes, pranks e afins. Até empolgam-se com a variedade de quitutes à base de soja e outros cereais! Muitos ignoram o emprego tão diversificado desse saudável alimento vegetal ou produto do trabalho amoroso dos nossos irmãos menores, os animais (ovos, leite, mel). Ficam surpresos ao verem tantas verduras, legumes e frutas que nem sabem bem o nome, pois, para muitos, ainda rege a piada sem graça: “mas o que vocês comem? Capim?”.
Graças à Deus, atualmente, estamos ouvindo relatos de grata surpresa partindo de pessoas habituadas à uma dieta à base de carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins), desvinculadas de qualquer movimento espiritualista. Isso deve nos deixar muito satisfeitos.
Lembremo-nos Sempre que surgir uma oportunidade podemos fazer a apologia da dieta vegetariana, porém, de uma forma discreta e simpática. Por certo, não contaremos com a adesão de todo mundo. Mas alguém ouvirá com interesse e talvez se disponha a fazer uma experiência. Vale a pena lançar uma sementezinha.
(Publicada na ‘Revista Rosacruz’ em fevereiro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)
Dentro de cada um de nós há um impulso para a liberdade. Pode se manifestar, às vezes, como um convite alegre a “subir mais acima” para alcançar mais ansiosamente a liberdade que pode tomar e fazer nossa. Esse impulso interno tem sido chamado “o descontentamento divino”, que nos incita a seguir adiante, para cima e para sempre. Esse impulso é também responsável pelo nosso progresso no caminho espiral desse Esquema de Evolução.
Ainda que esse impulso possa estar inteiramente latente, ou talvez embotado pela inércia mental e por forças das circunstâncias, não obstante, está presente, e destinado a se vivificar e se converter na nossa força motriz. Provavelmente não há maneira melhor de determinar até onde chegamos trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, do que considerando o grau da nossa aspiração à liberdade, indicado pelo zelo com que nos esforçamos em nossa vida diária a fim de alcançarmos tal liberdade.
Mas aqui necessitamos decidir exatamente o que queremos dizer com a palavra “liberdade”. Liberdade de que ou para quê? É uma interrogação lógica. Existem dois pontos de vista principais que podemos usar para obter uma perspectiva satisfatória desse polêmico tema.
Em primeiro lugar está o conceito comumente aceito de liberdade: liberação de fatores externos, tais como um governo ditatorial, uma igreja dominante ou condições sociais escravizantes, de tal modo que possamos viver em liberdade de adorar como lhe aprouver, de falar e de escrever livremente sem temor de intimidação e perseguição, de trabalhar em local de nossa escolha, sob condições convenientes ao nosso próprio respeito e a nossa boa saúde; de votar e ser votado para participar num governo “do povo, pelo povo e para o povo”. A luta da Humanidade em prol dessas liberdades tem chamado a atenção de pensadores avançados e escrito páginas da história durante os séculos passados e ainda prossegue nos dias de hoje.
Podemos encontrar frases sobre isso, como: “Quando a liberdade desaparece, a vida torna-se insípida e perde seu sabor”. E outra como: “A liberdade, como o dia, amanhece na alma, e como um relâmpago do céu incendeia todas as faculdades com alegria gloriosa”.
Essa “alegria gloriosa”, uma vez provada, não é fácil de ser esquecida. Na perseguição dela, entramos na vida ativa, a vida na qual somos incentivados a demonstrar o que sabemos, a pôr em uso cada uma das faculdades que possuímos, a recusar a tranquilidade física e mental, mediante a qual podemos ser reduzidos à escravidão. Aqueles que aceitaram esse desafio no passado são os que hoje estão na vanguarda da civilização, porque é óbvio que a causa da liberdade se identifica com a causa do progresso do Espírito humano. Na Fraternidade Rosacruz são os Adeptos, até certo ponto, e os Irmãos Maiores, que já alcançaram a plenitude nesse quesito.
Podemos ler a respeito de alguma tentativa de se alcançar “pedaços” do que se conceitua como liberdade em praticamente todas as fontes de informações noticiosas publicadas na atualidade: as dificuldades raciais na África, na Ásia e em outras partes do mundo; a tendência para o nacionalismo em países que até o momento estavam subjugados; os esforços para a alfabetização entre milhões de analfabetos vergonhosamente escravos da ignorância e da pobreza; as controvérsias concernentes ao pensamento regimentado em outras partes do mundo; as revoluções agrícolas e econômicas que têm lugar em vários países, quando as pessoas tratam de aprender a prover-se de alimento suficiente e de melhores lugares; as cruzadas contra o crime, contra os narcóticos, contra o uso das bebidas alcoólicas, contra o consumo de carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e usos de partes de corpos animais como vestimenta, decoração, etc..
Efetivamente, na atualidade, a maioria dos seres humanos se intensificam na perseguição em prol da liberdade. Todos nós estamos sujeitos à pressão que sempre vem no final de uma Era. Afinal, estamos agora no final da Dispensação Pisciana – Era de Peixes – e já na Órbita de Influência da Era de Aquário. Uma melhor ordem de coisas se perfila no horizonte e a Fraternidade Universal há de ser a característica dominante nessa nova ordem, da Era de Aquário, desde que estejamos prontos para vivenciá-las, ou seja, desde que tenhamos um Corpo-Alma o suficientemente desenvolvido para funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico.
Mas há um segundo ponto de vista ao se considerar a liberdade: um ponto de vista interno, ligado à nossa liberação das ataduras do nosso próprio “eu inferior” – a Personalidade – que construímos a cada vida aqui e que é constituída do nosso Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos, com a Mente “concreta” escrava do Corpo de Desejos. É completamente desejável, nesse momento em que estamos no final de uma Era e já com a outra nos influenciando, que cheguemos a ser livres da dominação externa, mas é também essencial que usemos essa liberdade no interesse de todos. Portanto, é necessário que dominemos o maior de todos os inimigos: a Personalidade, ou seja, o nosso “eu inferior”. Para isso, se requer, em primeiro lugar, autoanálise e muita disciplina.
A tarefa da autoanálise é uma tarefa sutil. Sendo essencialmente egoísta, a nossa Personalidade está destinada a obter e possuir coisas materiais, poder e fama mundanos. A nossa Personalidade sugere toda classe de desculpas para se autojustificar, e lança mão de toda classe de recursos ao adotar uma atitude de falsa inocência, quando é acusada de ser responsável por condutas indesejáveis. Conduz-nos a lançar a culpa a outros por qualquer coisa que seja má em nossa própria vida e em nosso próprio mundo (sempre a “culpa é do outro”, seja esse “outro” quer for). Impulsiona-nos à vingança e à revanche contra aqueles a quem culpamos por nossas dificuldades individuais e coletivas. Estimula sentimentos cancerosos, tais como os ciúmes, a cobiça, a inveja, o rancor, o desejo de vingança, o ódio, a raiva, o ressentimento e uma infinidade de outros mais, todos compostos por materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo.
Para nos ajudar a vencer esses nocivos dominadores de pensamentos, de emoções, de desejos e de sentimentos, foi-nos dado o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Os Ensinamentos Rosacruzes nos ensinaram como fazê-lo, todas a noites antes de dormir, corretamente, revisando os acontecimentos do dia e examinando nossos pensamentos, sentimentos, desejos, nossas emoções, palavras, obras, ações e nossos atos louvando-nos ou culpando-nos onde for necessário. A principal característica desse maravilhoso e poderoso Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é que ele não é um exercício de memória (!), mas sim de “coração”: os acontecimentos (na ordem inversa no tempo, efeito-causa) vão se apresentando a nós conforme o grau de intensidade que foi impregnado em nós quando ele ocorreu. Ou seja: não necessariamente todos os acontecimentos do dia serão objetos da Retrospecção! Aos poucos, com o autocontrole, mais e mais acontecimentos serão objetos desse Exercício.
Complementando àquele – pois se não o fizer bem, dificilmente fará esse – também nos foi ensinado o Exercício Esotérico matutino de Concentração para que possamos controlar nossa Mente, e não deixar que seja levada daqui para lá pelas incessantes ondas de pensamento, desejo emoção e de sentimento que nos envolvem.
Todo aquele que colocou conscientemente seus pés no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, que conduz à perfeição de si próprio e à liberação das garras do materialismo sabe que isso não é fácil. A vida disciplinada, a vida autodisciplinada, requer constante atenção e esforço. É a tarefa demasiado difícil? Não, compreendemos que não é, porque o exemplo foi dado por nosso Grande Indicador do Caminho, Cristo Jesus. Nos quatro Evangelhos, contidos na Bíblia, Ele nos deixou as fórmulas para a Iniciação, os sublimes conceitos e preceitos espirituais que nos conduzem para diante, para cima e para sempre.
Quando compreendermos o verdadeiro propósito da vida, que é o de adquirir experiência (e não “buscar a felicidade”), considerando-a como um desafio e nos dermos conta de que, como chispas da Chama Divina, temos um ilimitado poder de desenvolvimento dentro de nós, um poder pronto para ser demonstrado e exercitado, poderemos considerar a tarefa da autodisciplina com regozijo e determinação. Nós, a Individualidade – um Ego da Onda de Vida humana manifestado aqui – sempre buscamos o nosso direito de nascimento no Reino de Deus (ainda que, em muitos, inconscientemente). Vira e mexe, estamos dando impulsos para levarmos uma vida de retidão, uma vida na qual a consciência de vigília se identifica com o que realmente somos, um Ego; uma vida que não é apenas “construtivamente” criadora, mas que segundo os preceitos de Cristo Jesus é como “uma coisa formosa”, e é verdadeiramente um “regozijo eterno”.
No capítulo 8º do Evangelho Segundo S. João, Cristo Jesus usa duas frases que enfatizam a mesma ideia. No versículo 31, fala de “Discípulos verdadeiros”, e logo no versículo 36, de “verdadeiramente livres”.
O Discipulado – no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, o próximo grau depois do Probacionismo – significa uma vida disciplinada, mas não é necessária uma vida limitada por restrições e limitações enfadonhas e irritantes. Existe uma profunda corrente submarina de felicidade e de liberdade sem empecilhos, em uma vida vivida de acordo com os mais sublimes preceitos. Para tanto, Cristo Jesus disse que o propósito de Seu ensinamento era que “a vontade de Deus seja sempre cumprida.” (Jo 16:24).
Um verdadeiro Cristão, que todo Estudante Rosacruz deve ser, nunca pode se contentar com esforços periódicos ou esporádicos por viver segundo os ensinamentos de Cristo Jesus. Deve haver uma disciplina diária, um esforço constante por “amar a vossos inimigos, bendizer aos que os maldizem, fazer o bem aos que os aborrecem e orar pelos que os usam malignamente”.
Para ser verdadeiramente livres devemos ser capazes de seguir; devemos servir de boa vontade e amorosamente onde quer que apareça a oportunidade; devemos ser capazes de nos esquecermos de nós mesmos e pensarmos, antes de tudo, em nossos próximos. Devemos chegar ao ponto em que nos arrependamos, nos restituamos e nos reformemos, com alegria e boa vontade em nossos corações. Essa é a vida de autoconquista, a vida que nos desafia, como peregrinos sobre a Terra, a viver em constante vigilância para responder unicamente aos impulsos superiores.
Afinal, somos Espíritos Virginais manifestados aqui com um Ego da Onda de Vida humana e sendo assim nosso verdadeiro lugar está nos Mundos celestes, e tão logo aprendamos as lições desta escola da vida, levaremos à realidade um mundo pacífico no qual a Fraternidade Universal será um fato e mais rápido nos livraremos da cruz de nossos Corpos.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho de 1973 e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz” – julho-agosto/ 88-Fraternidade Rosacruz-SP)
A maior parte das pessoas pensam que uma refeição sem carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins) está incompleta, pois, desde tempos imemoráveis, considera-se axiomático ser a carne animal o alimento mais revigorante que possuímos. Todos os outros alimentos são considerados como simples acessórios de um ou mais pratos de carne animal no cardápio. Nada é mais errado, porque a ciência demonstrou experimentalmente, que a nutrição obtida dos vegetais tem maior poder alimentício, e a razão não é difícil de ver quando observamos o assunto do ponto de vista oculto.
A Lei da Assimilação nos ensina que que nenhuma partícula do alimento pode vir a formar parte do nosso Corpo Denso, a menos que suas forças tenham sido absorvidas por nós, o Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui -, porque devemos ser o regente absoluto e incontestável do nosso Corpo Denso, dominando a vida das células, como um perfeito autocrata, pois, do contrário, cada uma delas seria independente, como ocorre quando abandonamos o nosso Corpo Denso por ocasião da nossa morte aqui.
É evidente que quanto mais próximo do nível de inconsciência seja a consciência de uma célula, tanto mais fácil é se sobrepor a ela e tanto mais tempo permanecerá sujeita. Os diferentes Reinos de Vida (Mineral, Vegetal e Animal) têm distintos veículos e, por conseguinte, níveis de consciências diferente[1]. O Reino Mineral só tem o Corpo Denso e sua consciência é semelhante à do transe profundo. Por isso é mais fácil assimilar os alimentos do Reino Mineral, porque suas células permaneceriam no nosso Corpo Denso por mais tempo, evitando a necessidade de comer frequentemente. Mas, infelizmente, o nosso organismo humano vibra com uma intensidade tão superior que não pode assimilar diretamente as inertes substâncias minerais. O sal e outras substâncias semelhantes saem logo do nosso organismo sem ser assimilados. O ar está cheio de nitrogênio de que necessitamos para reparar os desgastes e o aspiramos continuamente no nosso organismo, mas não podemos assimilá-lo, nem a nenhum outro mineral, enquanto não for primeiramente transmutado no laboratório da Natureza por intermédio dos vegetais. Os vegetais (ou as plantas) têm um Corpo Denso e um Corpo Vital, o que lhes permite realizar este trabalho, sendo sua consciência como sono profundo, sem sonhos. Desta maneira é fácil para nós absorver as células vegetais e conservá-las por longo tempo; daí o grande poder alimentício dos vegetais!
Nos alimentos baseados em carnes animais (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins), as células se individualizaram mais e como o animal tem, além do Corpo Denso e do Corpo Vital, um Corpo de Desejos o que lhe fornece uma natureza passional, é fácil compreender que, comendo carne animal é muito mais difícil vencer essas células, cuja consciência animal é idêntica à do sono com sonhos e, além disso, essas partículas não permanecerão muito tempo em sujeição. Por esse motivo a dieta carnívora exige maior quantidade de comida e refeições mais frequentes do que a dieta vegetal. Se déssemos um passo a mais e comêssemos a carne dos animais carnívoros, estaríamos continuamente famintos, porque nesses animais as células alcançaram um alto grau de individualização e tratariam de obter sua liberdade muito mais depressa. Que isto é verdade, o demonstra bem o caso do lobo, do abutre e do canibal, cuja fome é proverbial, e como o fígado humano é pequeno até para cuidar adequadamente das comidas advindas da carne animal usuais, é evidente que se o canibal vivesse somente de carne humana em vez de usá-la como ocasional “guloseima”, logo sucumbiria, porque embora o excesso de carboidratos, açúcares, amido e gorduras causem pouco dano ao organismo, sendo exalados pelos pulmões sob a forma de gás carbônico, ou saindo em forma líquida pelos rins e pela pele, um excesso de carne animal também é queimado, porém deixa o venenoso ácido úrico. Portanto, já se reconhece que quanto menos carne animal comer tanto melhor para o nosso bem-estar.
É natural que desejemos o melhor como alimento, mas todos os animais têm em si os venenos da putrefação. O sangue venoso está cheio de substâncias venenosas que ele vai adquirindo no seu caminho através de todo o organismo e que, normalmente, deveriam ser expelidas através da urina e da transpiração. Estas substâncias repugnantes se encontram em todas as partes da carne animal, e quando comemos esses alimentos enchemos nosso Corpo Denso com essas toxinas venenosas. Muitas doenças e enfermidades são devidas ao emprego da carne animal como alimento.
Existem provas abundantes de que a dieta carnívora estimula ferocidade. Podemos mencionar a conhecida ferocidade das bestas-feras e a crueldade de muitos povos, que comem muito mais carne animal do que outros alimentos, como exemplos típicos. Por outro lado, a força e a docilidade prodigiosa do boi, do elefante e do cavalo, mostram os efeitos da alimentação herbívora nos animais. As nações vegetarianas do Oriente são um argumento incontestável contra os que defendem a dieta carnívora.
Tão logo adotemos a dieta vegetariana, escapamos a uma das mais sérias ameaças à saúde, isto é, a putrefação das partículas de carne animal incrustadas entre os dentes. Este não é dos menores argumentos para adotar a dieta vegetariana. As frutas, os cereais e demais vegetais, assim como os ovos, o mel, o leite e seus derivados, são de decomposição lenta e cada partícula contém uma enorme quantidade de Éter que a mantém viva e fresca durante longo tempo, ao passo que o Éter que interpenetra a carne animal e compõe o Corpo Vital de um animal, desaparece conjuntamente com o Espírito que o animava, ao se produzir a morte. Logo, o perigo de infecção pelos alimentos vegetais é pequeno, sendo muitos deles antissépticos em alto grau, em vez de venenosos. Isto se aplica particularmente às frutas cítricas: laranjas, limões, toronjas, etc., para não falar do rei dos antissépticos, o abacaxi, que tem sido empregado frequentemente para curar uma das enfermidades mais mortais, a difteria, que não é senão outro nome para qualificar a dor de garganta séptica. Assim, pois em vez de envenenar o sistema digestivo com elementos putrefatos das carnes animais, as frutas limpam e purificam o organismo e o abacaxi é um dos melhores digestivos que conhecemos. É muito superior à pepsina e não há necessidade de se empregar nenhuma crueldade para obtê-lo.
Existem doze sais no nosso organismo que são vitais e representam os doze Signos do Zodíaco[2]. Esses sais são indispensáveis para a formação do nosso Corpo Denso. Não são minerais como geralmente se supõe, mas vegetais. Não é possível assimilar diretamente os minerais, porque esses não possuem o Corpo Vital e este Corpo é indispensável para que uma substância possa ser incorporada ao nosso organismo. Assim sendo, só poderemos obter os sais minerais através do Reino vegetal que os contém.
Há médicos que mandam fazer isto, mas não percebem que o fogo que utilizamos no preparo dos alimentos expulsa e destrói o Corpo Vital das plantas, da mesma maneira que a cremação deixa, somente, as cinzas ou parte mineral dos nossos Corpos Densos. Portanto, se quisermos renovar o suprimento de qualquer sal em nosso Corpo Denso, é necessário que o obtenhamos das plantas ou vegetais crus. Assim é que deveriam ser administrados aos enfermos ou doentes.
Não devemos, todavia, chegar à conclusão de que cada um de nós teria que deixar de comer carne animal e se dedicar a comer vegetais crus. Em nosso estado atual de evolução são muito poucos os que podem fazê-lo (!). Temos que cuidar de não elevar muito rapidamente as vibrações dos nossos Corpos Densos, porque para continuarmos nosso trabalho nas condições atuais, precisamos ter um Corpo Denso apropriado para as tarefas que devemos realizar. É necessário conservarmos sempre presente este pensamento. O passar para uma dieta vegetariana é um processo e não um ato repentino. E esse processo é individual!
No crânio, na base do cérebro, existe uma chama. Arde continuamente na medula oblongada no extremo da medula espinhal e, como o fogo do Altar dos Sacrifícios[3], é de origem divina. Este fogo emite um som como o zumbido de uma abelha e constitui a nota-chave do Corpo Denso. É o Arquétipo[4] que o faz soar. É o construtor e unificador das massas de células que conhecemos como “nosso corpo”.
Esse fogo arde com chama alta ou baixa, clara ou opaca, conforme o alimentemos. O fogo existe em toda a natureza, com exceção do Reino Mineral. O mineral não tem Corpo Vital e carece, portanto, do condutor para o ingresso do Espírito de Vida, o fogo. Renovamos continuamente esse fogo sagrado parcialmente com as forças do Sol que penetram no Corpo Vital através da contraparte etérea do baço, passando daí ao plexo celíaco[5] onde toma cor de rosa pálido, dirigindo-se logo para cima pelo sangue. Também alimentamos esse fogo com o fogo vivente que absorvemos dos alimentos crus que comemos e assimilamos.
Observando o assunto do carnivorismo do ponto de vista ético, vemos que o fato de matar para comer carne animal é contra os nossos mais elevados sentimentos, como um verdadeiro Estudante Rosacruz que somos. Nos tempos antigos íamos caçar como qualquer animal de presa, insensível e rude. Atualmente os que comem carne animal, continuam “caçando”, mas “realiza” a sua caça no açougue, onde não tem que suportar as cenas repulsivas do matadouro. Se tivesse que ir a esses lugares sangrentos, onde todos os dias se cometem horrores para poder satisfazer os costumes anormais e daninhos, que causam muito mais vítimas que a sede de álcool; se tivesse que manejar o cutelo impiedoso e mergulhá-lo nas carnes palpitantes de suas vítimas, quanta carne animal comeria? Muito pouca! Mas para fugir desse trabalho repugnante, obriga-se nossos semelhantes a trabalhar nos sangrentos matadouros, matando milhares de animais dia após dia. Eles ficam tão brutalizados que a Lei – a da justiça humana – não permitem que tomem parte como jurados em casos sujeitos e pena capital, porque perderam todo sentimento a respeito da vida.
Os animais que matamos também elevam seu grito de protesto contra esse assassinato e forma-se uma nuvem de horror e de ódio sobre as grandes cidades onde existem matadouros. A lei protege os cães e os gatos contra as crueldades. Todos nos alegramos quando os pequenos esquilos, galinhas, galos, pacas, tatus, capivaras, coelhos, patos, gansos, marrecos e outros pequenos animais estão soltos nos parques das cidades, alguns até se aproximam de nós; mas desde que haja possibilidade de ganhar dinheiro com a carne animal ou com a pele de um animal, muitos de nós perdem todo o respeito pela vida desses animais e se convertem nos seres mais perigosos da Terra, alimentando-os e criando-os para ganhar dinheiro, impondo sofrimentos e tormentos a um ser com direito à vida, para amontoar recursos financeiros. Temos que pagar uma pesada dívida para com as criaturas inferiores das quais deveríamos ser mentores, mas ao contrário, nos convertemos em seus assassinos e a Lei Divina, que sempre age para corrigir os abusos, a seu devido tempo relegará o hábito de comer carne de animais mortos, como já relegou o canibalismo às práticas obsoletas.
É natural nos animais de presa comer qualquer outro animal que atravesse o seu caminho. Seus órgãos estão constituídos de tal forma que necessitam dessa espécie de alimento para sobreviver, mas tudo está em desenvolvimento, sempre mudando para algo superior. Nós, em nossas primeiras etapas de desenvolvimento, éramos também como os animais de presa, em muitos sentidos. Porém, devemos nos converter em um deus e, portanto, devemos deixar de destruir, em tempo oportuno, para começar a criar.
A alimentação carnívora estimulou o nosso engenho humano de ordem bem inferior no passado e, portanto, já serviu ao seu propósito na evolução; mas agora estamos no umbral de uma nova etapa evolutiva na qual, o serviço abnegado e o sacrifício de si mesmo produzirão o crescimento espiritual de cada um de nós. A evolução da Mente proporcionará uma sabedoria muito superior as nossas mais grandiosas concepções atuais, mas antes que nos seja conferida essa sabedoria, temos que nos tornar tão “inofensivos como as pombas”, pois, do contrário, existiria o perigo de que a utilizássemos com fins egoístas e destrutivos, o que seria grave ameaça para nossos semelhantes. Para evitar tal contingência, é necessário adotar uma dieta vegetariana.
Não existe outra vida no Universo além da vida de Deus; e “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”[6]. Sua Vida anima tudo que existe e por isso é fácil de compreender que quando tiramos uma vida estamos destruindo uma forma de vida que foi criada por Deus para Sua manifestação. Os animais inferiores são Espíritos em evolução (é a Onda de Vida dos animais) e têm sensibilidade. O desejo de experiência de cada um deles é que os faz construir suas várias formas; e quando as destruímos, privámo-los da oportunidade de obter essa experiência. Retardamos sua evolução, em vez de ajudá-lo, e chegará o dia em que sentiremos profunda repugnância ante o pensamento de converter nossos estômagos em cemitério de cadáveres dos animais assassinados. Todos os verdadeiros Cristãos se absterão de comer carne animal por pura compaixão e compreenderão que toda vida é a Vida de Deus e que é errado causar sofrimento a qualquer ser sensível.
Em muitos lugares da Bíblia fala-se da “carne”, mas é evidente que não faz referência à carne como alimento. No capítulo do Gênesis onde se determina pela primeira vez o alimento para o ser humano, é dito que comerá de toda árvore e de toda erva que tenha semente, “e será para ti como se fosse carne”. As pessoas mais evoluídas de todos os tempos se abstiveram de comer carne animal. Vemos, por exemplo, Daniel, que era um santo e um sábio, pedir para não ser forçado a comer carne animal solicitando que dessem legumes, a ele e a seus companheiros. Também se fala dos filhos de Israel no deserto, dizendo que sentiam falta de comer carne animal, e que seu Deus se irritou contra eles por esse motivo.
Há um significado esotérico no que seja alimentar a multidão com peixe; mas se nos limitamos ao ponto de vista estritamente material, podemos resumir tudo que dissemos reiterando que chegará o tempo em que nos será impossível comer carne animal, da mesma maneira que já passamos da etapa do canibalismo.
Sejam quais forem às tolerâncias que se tenham permitido no bárbaro passado, todas elas desaparecerão no futuro altruísta, quando uma sensibilidade mais refinada despertará em nós um sentido mais profundo dos horrores que implicam na gratificação dos nossos gostos carnívoros.
(“Extraído do livro: Princípios Ocultos de Saúde e Cura” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.R.: Veja mais detalhes aqui: https://fraternidaderosacruz.com/diagrama-4-a-consciencia-dos-quatro-reinos/
[2] N.R.: Veja mais detalhes aqui: https://fraternidaderosacruz.com/os-sais-celulares-por-um-estudante/
[3] N.R.: que havia no Tabernáculo no Deserto. Veja mais aqui: https://fraternidaderosacruz.com/glossary/altar-dos-sacrificios/
[4] N.R.: Veja mais aqui: https://fraternidaderosacruz.com/arquetipos/
[5] N.R.: Também conhecido como Plexo Solar, um local popularmente conhecido como “boca do estômago”, onde há uma concentração de nervos que irradiam para várias partes do nosso Corpo Denso, daí a comparação com os raios do Sol e o nome de “Plexo Solar”.
[6] N.R. At 17:28
Podemos dizer que as mudanças de temperatura, o frio e a umidade, bem assim os excessos de trabalho corporal, não são as verdadeiras causas do reumatismo. Ele é adquirido por taras hereditárias e por deficiências orgânicas derivadas de um mau ou antinatural regime alimentar. A real origem dessa enfermidade está no sangue impuro, nas toxinas que não foram eliminadas e na deficiente função dos diversos órgãos. Portanto, a cura do reumatismo é obtida pela purificação do organismo em geral, fortalecendo-o para resistir ao frio, à umidade, de modo que a pele e a circulação sanguínea reajam devidamente ante as bruscas mudanças de temperatura.
Geralmente, para evitar os movimentos que lhe causem dores, o enfermo adota posições anormais que, com o tempo, chegam a ser permanentes, conduzindo a verdadeiras deformações, seja por inclinar o corpo para frente, ou para um dos lados. É necessário combater com energia e a tempo tais atitudes que dificultam a cura e se tornam crônicas.
O frio e a umidade favorecem o reumatismo. Por isso, convém evitá-los, principalmente quando o paciente não está totalmente curado. Todavia, vale notar que não é propriamente isso que o prejudica, senão a deficiente capacidade do corpo para produzir calor e controlar a temperatura. Para essas pessoas, é importante evitar habitações úmidas. O Dr. Jarvis, famoso médico americano, que se tornou querido pelo esforço de ir ao encontro das necessidades do povo escrevendo livros de medicina popular (estado de Vermont), afirma que as enfermidades como artrite, reumatismo, gota, bursite, etc., têm a mesma origem: acúmulo excessivo de cálcio no corpo. Em suas observações e experiências, durante longos anos, chegou a conclusões seguras e revolucionárias.
Começou observando que as chaleiras em que se fervem água, formam, com o tempo, dura camada no fundo. E, que essa crosta, sob efeito de vinagre de maçã, se dissolve, deixando a chaleira como nova. Igualmente, comprovou que, mergulhando cascas de ovos em líquido de vinagre de maçã, elas dissolvem-se lentamente. Verificou, ademais, nessa localidade (Vermont, EUA), que as pessoas que usavam vinagre de maçã em suas refeições eram muito mais saudáveis que as demais, e pareciam imunes às enfermidades. Inteirou-se também de que os camponeses de Vermont costumavam dar às vacas o vinagre de maçã misturado na água, fato que o levou a efetuar estudo e investigação, chegando a conclusões maravilhosas e surpreendentes: vacas envelhecidas prematuramente, tomando porções de vinagre de maçã, rejuvenesciam. Outras, de dez anos e que já não davam leite, voltaram a produzi-lo, depois de três meses de tratamento.
Entre outras coisas, observou igualmente que os animais levados ao corte, e que estavam recebendo tratamento idêntico, demonstraram uma perfeita consistência óssea e apresentavam a medula dotada de uma bela cor vermelha, indício de abundância de glóbulos vermelhos, fato significativo, que mostra quão errônea é a crendice popular, segundo a qual o vinagre afeta o sangue desfavoravelmente.
Desse modo, e por outras vias, o Dr. Jarvis chegou à conclusão de que fenômeno idêntico sucede com o corpo humano quando a pessoa toma o vinagre de maçã com água e mel, já que ele possui essa faculdade de dissolver o cálcio excedente, acumulado no organismo, permitindo, por outro lado, que ao absorvê-lo, os ossos se tornem mais fortes, menos expostos às fraturas e, sobretudo, em condições de ajudar na formação de tecidos mais elásticos, flexíveis, em favor do rejuvenescimento.
Portanto, o mencionado médico fundamentou sua teoria no seguinte: nosso sangue pode ser de formação ácida ou alcalina. Isso depende, em grande parte, da alimentação que habitualmente ingerimos. Agrega, ele, outros motivos: diz, por exemplo, que o clima frio favorece o aumento de alcalinidade do sangue; que as preocupações, o medo, a ira, bem como toda atitude e comportamento emocional negativo, tendem a aumentar a dose de alcalinidade sanguínea. Diz que é favorável a que o sangue seja ligeiramente ácido, para que se torne mais fluídico e regue todo o organismo, sem dificuldade alguma.
O consumo abundante de farinha de trigo refinada, açúcar refinado, carnes animais (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e afins), cremes, etc., é prejudicial à saúde porque contribui para o aumento da alcalinidade; torna o sangue mais espesso e dificulta-lhe a circulação pelo sistema, aumentando a pressão arterial das veias e vasos, os quais, com o tempo, vão se obstruindo e endurecendo, uma vez que a alcalinidade favorece o depósito de cálcio.
É por isso que o coração se vê obrigado a trabalhar mais. Nas doenças como a artrite, o cálcio se forma ao redor das juntas, produzindo dor e deformação.
É de conhecimento geral que a calcificação é o maior inimigo do ser humano ao envelhecer. Por isso, se o vinagre de maçã é benéfico em todas as idades, como elemento preventivo de acúmulo excessivo de cálcio, aos que têm Aspectos adversos de Saturno em seu tema natal, mais útil ainda é para os que, em todas as circunstâncias, já se aproximam ou se encontram na velhice. E qual a dose necessária nesses casos? Vejamos:
Diariamente, às refeições, ou entre elas, bater bem 1 colher de chá de vinagre de maçã, com uma colher de chá de mel de abelha e 1 copo de água, tomando em seguida. Afirma o Dr. Jarvis que, após um ou dois meses desse tratamento, o sangue volta a adquirir a natural acidez, dissolvendo o cálcio excedente aderido nas articulações e desobstruindo as artérias e vasos sanguíneos. Paralelamente, a pessoa experimenta uma sensação de bem-estar; a digestão é favorecida e produz um sono reparador. Desaparecem os gases intestinais, o amargor da boca e restabelece-se a energia vital em todo o organismo. Ademais, verifica-se um vigoroso crescimento dos cabelos, a vista melhora consideravelmente devido ao processo purificador do sangue. As pessoas sujeitas a frequentes dores de cabeça (cefaleia) veem cessar esse incômodo, tomando duas vezes ao dia, três colheres de vinagre de maçã com água e mel, de cada vez. Nas afecções reumáticas, recomenda-se compressas quentes de vinagre de maçã, pois assegura magníficos resultados. A quem deseja experimentar, explicamos:
Aquecer duas xícaras de chá de vinagre de maçã, usando um pano grosso, preferivelmente lã, para que se conserve o calor. Fazer a aplicação local, três vezes ao dia, se possível, a intervalos.
Para os que sofrem de artrite nos dedos, submergi-los no vinagre quente, durante dez minutos. Com esse tratamento, depois de certo tempo, desaparecem a dor e a deformação.
Finalmente, atendendo aos leitores que, a esta altura, já estão indagando ansiosamente, damos a seguir o modo de se fazer o vinagre de maçã.
Podem usar a maçã brasileira, aquela pequena, vermelhinha, que se encontra em feiras livres. Além de mais barata, presta-se mais a esse propósito.
VINAGRE DE MAÇÃ
Pesar 1 quilo de maçãs. Parti-las e tirar as sementes (o miolo duro). Lavá-las e, com as cascas, batê-las no liquidificador, reduzindo a uma pasta, com a ajuda de água suficiente. Em seguida, pôr a massa em um recipiente de vidro ou louça, que tenha tampa, juntando 5 litros de água e 1 quilo de açúcar cristal, ou de rapadura raspada. Deixar a massa fermentar durante quarenta dias, tendo o cuidado de:
Findo esse tempo, coar a massa em uma peneira de seda ou guardanapo bem limpo, engarrafando para uso.
Recomenda-se ficar sete dias sem tratamento, após terminar a dose mencionada.
Querendo continuar, é recomendável ir preparando nova dose na metade do primeiro período (lá pelo 20º dia), a fim de que, após o repouso, já tenha outra quantidade em mãos.
INGREDIENTES.
1 quilo e meio de maçãzinhas nacionais (encontradas nas feiras livres). A razão de incluir mais meio quilo (a receita é de um quilo), é devida à redução. No fim, chega-se à proporção correta, recomendada; 1 quilo de açúcar. Usar, de preferência, o açúcar moreno ou rapadura raspada, ou então, o açúcar cristal. 5 litros de água.
MODO DE FAZER:
MODO DE USAR:
Em copo pequeno, coloque uma colher (das de sopa) de vinagre de maçã e uma colher (das de sopa) de mel de abelha. Bata bem, até misturar. Junte água filtrada, até o meio do copo e tome antes das refeições principais.
(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)
Se, começando pelo veículo denso – o nosso Corpo Denso -, examinarmos os meios físicos para melhorá-lo e convertê-lo no nosso melhor instrumento e, depois, estudarmos os meios espirituais conducentes ao mesmo fim, os demais veículos ficarão incluídos nesse estudo. Esse é o método que a Fraternidade Rosacruz preconiza: tudo que fazemos de bom em um dos nossos veículos reflete, simultaneamente e automaticamente e todos os outros; assim como tudo que não fazemos de bom em um dos nossos veículos reflete, simultaneamente e automaticamente e todos os outros. A escolha é nossa, mas as consequências também são.
Aprenda aqui cuidados básicos e simples no Corpo mais fácil em se fazer, o Corpo Denso: Cuidados básicos do nosso Corpo Denso que, muitas vezes, relaxamos
Corte-se, em pequenos pedaços, alface, cenoura crua, alho ou cebola e rábano; acrescente-se azeitonas, azeite e água; deixe repousar por uns quinze minutos e… pronto, teremos concluída a salada!
Salada! Eis uma coisa de aparência insignificante e quase amalucada! “E o que virá agora este senhor nos dizer sobre a salada, que não nos faça bocejar e ainda tenha algum interesse?”, perguntará muita gente; o que equivale a dizer: “Se falasse do ovo ou do presunto, das conservas ou do queijo, do lombo ou chouriço, ou mesmo do leite, ainda aceitaríamos, porque tudo isso encerra o seu interesse dietético, é ‘alimento’, mas da salada…”.
Essa atitude mental, que pode ser a de algum leitor, na realidade não tem algo de raro, porque até há bem pouco tempo o que mais preocupava toda a gente era encher o estômago: quanto mais melhor… Basta lembrar as barbaridades alimentícias que, para citar dois casos vulgares, cometiam os tuberculosos e as gestantes.
E tudo isso por quê? Porque, segundo a crença popular, o que nutre são os alimentos “fortes”. O restante, como saladas, hortaliças, legumes etc., considera-se mero adorno da mesa ou então — é o caso das frutas — um vulgar refrigerante ou guloseima sem a menor importância nutritiva. Mesmo assim, ainda há muita gente que, por ignorância ou errôneos hábitos alimentares desde a infância, só os comem nos últimos anos da vida.
“Claro é que tudo isso acontecia dantes”, dirão. Hoje se conhece o valor higiênico-dietético dos alimentos crus. Sim, isso é o que se diz (e é dito muito menos do que o necessário). Mas, deixemos de estatísticas, progresso em conserva e contos chineses, porque a realidade tangível com que cada pessoa tropeça em qualquer parte, o caso vivo desse indivíduo que se senta várias vezes por dia diante da mesa, é muito diferente. Busquemos saber quantos se preocupam com o valor da saúde, a de cada um e não a da pessoa abstrata — isso de comer esclarecidamente e não segundo o paladar, a rotina, o que é vulgar!
Finalmente, não se trata de fazer aqui alarde de erudição nem bonitas demonstrações teóricas. Estamos fartos de saber que a verdade, além de logicamente concebida, deve ser intensamente sentida, se queremos que ela sirva para alguma coisa. E por isso o que interessa a cada pessoa é saber que existe uma iniludível necessidade orgânica de comer alimentos crus — diariamente, não uma ou outra vez! — e que essa necessidade é uma exigência vital e não um sermão de higienista de ofício. Vejamos as razões.
Fala-se e escreve-se impunemente sobre as vitaminas. Inclusive, cita-se em plena rua como a coisa mais natural do mundo. Mas, na hora da verdade, quando mais interessa, exatamente no momento em que se leva à boca a comida, que é de tanto palavreado? Nada ou quase nada se fala do assunto. Isso porque, para a maioria das pessoas, as vitaminas não são outra coisa senão gotas, comprimidos ou injeções. Do mais importante — que é saber onde elas estão e quais as que o corpo necessita — ou seja, alimentar-se racionalmente e não às cegas, disso — que nos tornamos até aborrecidos — não sabemos sequer aquele mínimo considerado indispensável.
Por causa da desnaturalização alimentar (pão branco, açúcar refinado, conservas, etc.), do abuso dos condimentos químicos, dos excitantes tóxicos (bebidas alcoólicas, tabaco e drogas lícitas ou ilícitas) e ainda da desconexão com o ar, a luz, o Sol e a água (eternas fontes de vitalidade), do pouco apreço em que se têm os vegetais crus, esses são cada vez mais indispensáveis para proporcionar as vitaminas diárias de que o organismo imperiosamente necessita. E vitaminas, que é o importante, sem manipulações, na sua própria salada, tal como a fabrica o maravilhoso laboratório da Natureza. Dois pratos diários de salada crua e frutas: eis a melhor receita de saúde e vigor.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1977-Fraternidade Rosacruz-SP)
Max Heindel
A venda de carne de cavalo para alimentação será permitida em Nova York após 1º de janeiro, anunciou hoje o Conselho de Saúde.
Comentando sobre a revogação da seção do código sanitário que proibia o consumo de carne de cavalo, o comissário Emerson disse que, embora o Departamento de Saúde tecnicamente não a recomende, nenhum dano pode ser visto em seu uso. “O cavalo nunca tem tuberculose e quase nunca transmite doença maligna aos seres humanos”, disse ele. “De agora em diante, cavalos velhos, em vez de serem vendidos por seus ossos, que valem pouco ou nada, serão engordados e destinados à carne”.
O Dr. Emerson anunciou que serão tomadas precauções especiais para evitar a venda de carne de cavalo disfarçada de vitela ou bife, e até poderá a carne de cavalo ter o mesmo tratamento que se tem a carne de avestruz — Associated Press.
Notamos, na notícia sobre os avestruzes, que os cadáveres estão no gelo para os tornar macios; provavelmente não será necessário tratar assim as carcaças dos cavalos, pois os espancamentos diários de seus condutores, administrados sem restrição e durante vários anos, provavelmente os tornaram tão macios quanto os pobres têm o direito de esperar.
Mas, a propósito, como explicar a afirmação de que os avestruzes estão no gelo “para se tornar macios”? Se isso vai converter o cadáver de um avestruz em um petisco tenro para agradar o paladar de um epicurista, por que os agentes funerários e oficiais de saúde insistem em afirmar, como fazem em alguns lugares, que um cadáver humano “apodrece” tão rapidamente que é insalubre guardá-lo durante os três dias e meio após a morte, exigidos pelo espírito para assimilar o panorama da vida que acabou? O cadáver de um animal assassinado é imune ao processo de decomposição? Existe alguma lei na natureza que melhora a carcaça de um animal e outra que faz com que os restos humanos apodreçam? Ou será que “terrível” e “apodrecer” são sinônimos? A carne “macia” do petisco epicurista está na mesma condição de decomposição que a carne “apodrecida” do cadáver humano, da qual fugimos às pressas para escapar do fedor nauseante?
Essa é uma pergunta sobre a qual os comedores de carne fariam bem em ponderar. Não obstante o uso liberal de condimentos e até mesmo banhar o pássaro abatido em suco de laranja, não se pode disfarçar o fato de que quem a come faz do seu estômago um cemitério para o cadáver em decomposição de um animal assassinado. Portanto, o respeito próprio, se não sentimentos bondosos pelas criaturas inferiores, em termos de evolução espiritual, ou mesmo a consideração pela própria saúde, devem fazer com que as pessoas pensantes se abstenham da prática poluente de comer carne.
Pois é poluente, venenoso e totalmente desnecessário para quem está suficientemente interessado nas coisas mais elevadas ler um texto como esse. Há outros que ainda precisam tanto de carne animal quanto de vinho, pois esses serviram e ainda servem a um importante propósito no processo de evolução, conforme explicado no Conceito Rosacruz do Cosmos; mas, um número crescente de pessoas está acima desse estágio.
Um exemplo de como a dieta limpa afeta o corpo, podemos mencionar a experiência deste escritor. Quando criança, teve a infelicidade de ferir o tornozelo esquerdo, com o resultado de que ficou confinado à sua cama por dezesseis meses. Durante esse tempo, os cirurgiões tiraram várias lascas do osso, perfuraram o tornozelo e vários tubos foram inseridos na carne para drenar a enorme quantidade de pus que se formou no interior. Finalmente, ele foi autorizado a se levantar e andar de muletas por seis meses; então, durante anos a perna foi sustentada por uma bota especialmente feita e uma atadura de aço, até que finalmente ficou suficientemente forte para ficar sem apoio. Mas, as feridas não cicatrizaram em um lado da perna; havia uma ferida aberta de cerca de vinte centímetros de comprimento e uma de 2,5 centímetros de largura, da qual o pus fluía continuamente por trinta anos. Durante esse tempo era necessário enfaixar a perna noite e dia; mais dor ou menos era sentida o tempo todo. Mas, cerca de seis meses depois que uma estrita dieta vegetariana foi adotada, a dor cessou, a ferida se fechou e, nos treze anos que se passaram desde então, ela permaneceu saudável.
No entanto, o benefício de uma dieta limpa também é evidente de outras maneiras, como o seguinte incidente mostrará. Certa manhã, cerca de três anos após a adoção desse modo de vida, o escritor teve a infelicidade de cortar uma unha perto da raiz. Se isso tivesse acontecido em seus dias pré-vegetarianos, teria resultado uma enorme perda de sangue, pois então seu sangue não coagularia e o menor arranhão sangrava profusamente por muito tempo. Mas, na hora desse acidente apenas algumas gotas de sangue apareceram, coagularam e apenas um pequeno pedaço de pano foi usado para cobrir o ferimento; esse foi removido à tarde para facilitar a operação da máquina de escrever. Normalmente, a supuração se instala quando uma unha é arrancada, mas não há o menor sinal dessa natureza. A pele cicatrizou em poucos dias e, durante os seis meses necessários para crescer uma nova unha, o dedo foi usado sem desconforto, exceto nas primeiras horas após o acidente.
Relatos do cenário de guerra também atestam esse fato, pois entre os milhões que estão engajados nessa luta titânica, há muitas pessoas que vivem de uma dieta totalmente sem carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e percebe-se que essas pessoas se recuperam muito mais rapidamente de suas feridas e são capazes de sobreviver a lacerações que seriam fatais nos casos de comedores de carne animal. Um correspondente de jornal diz: “os soldados turcos se satisfazem facilmente com um pedaço de pão seco e um pouco de água, por isso não acumulam resíduos que envenenam o sangue”. Muitos anos atrás, médicos ingleses que estavam na Índia ficaram surpresos com a rápida recuperação de feridas, constatada entre soldados, lesões essas que teriam sido fatais para homens que comem carne animal, e todos sabemos que na guerra entre o Japão e a Rússia as tropas japonesas mostram um histórico semelhante de rápida recuperação. O que é verdade na guerra é verdade na paz. Os que não comem carne animal não só têm uma resistência notável, mas também se recuperam muito mais rapidamente de lesões.
Também pode-se dizer que eles vivem até uma idade muito mais avançada. Experimentos com muitos indivíduos mostraram que o coração dos carnívoros bate cerca de setenta a setenta e duas vezes por minuto, enquanto os dos vegetarianos bate apenas cerca de sessenta. Isso significa seiscentos batimentos cardíacos a menos por hora, ou cerca de quinze mil batimentos cardíacos a menos por dia; assim, o coração do vegetariano é consideravelmente menos tenso do que o dos comedores de carne animal e, consequentemente, ele pode suportar mais tempo em todos os sentidos. Há, no entanto, também outra razão para a rápida recuperação dos povos orientais, como os indianos e os japoneses: seu sistema nervoso não é tão altamente organizado quanto o dos povos ocidentais, portanto, eles não sentem o choque tão profundamente. É por essa razão que nossos próprios ameríndios e indígenas se recuperam de feridas das mais horríveis naturezas sem nenhuma assistência médica; finalmente, seus Corpos Vitais são compostos muito mais Éter Químico e, sobretudo, de Éter de Luz (ou Éter Luminoso) e tal fato por si só explica sua maior resistência.
A dieta vegetariana não é uma panaceia para todos os males dos quais a carne animal é herdeira; assim, quem pensa que a mera abstinência de carne de mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins trará saúde está apto a encontrar exatamente o contrário. Certos elementos são necessários para a nutrição do corpo; esses são fornecidos principalmente pela dieta mista e comum; os amidos encontrados em batatas, pão branco, bolos e pudins, deixados sobre a mesa quando a carne animal é dispensada, são difíceis de digerir e insuficientes em nutrientes; portanto, tentar viver deles é cortejar a doença.
A dieta vegetariana e equilibrada em que ervilhas, feijões e outras leguminosas fornecem a proteína necessária, que inclui pão integral, possivelmente com adição de ovos, mel e leite, para sustentar ainda mais o Corpo Denso, também pode incluir frutas, nozes, sementes e uma variedade de vegetais que são fontes de importantes sais minerais; tal dieta fará mais para produzir saúde e uma felicidade duradoura do que todos os cavalos e avestruzes do mundo, mesmo que fossem colocados no gelo até ficarem tão “macios” que derretessem na boca ou fossem embebidos em suco de laranja até que a fragrância da fruta fosse elevada à enésima potência.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de março/1916 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Resposta: É da natureza de um animal carnívoro comer qualquer animal que cruze em seu caminho, e seus órgãos são constituídos de tal forma que ele deve ter esse tipo de dieta para sobreviver, mas tudo se encontra em um estágio de transformação – está sempre mudando para algo superior. O ser humano, nos seus estágios mais antigos de desenvolvimento, também era parecido, em certos aspectos, como os animais carnívoros; no entanto, ele deve se tornar semelhante a Deus e, portanto, em algum momento, deve parar de destruir para que possa começar a criar. Os judeus ainda estavam em uma situação na qual a sua natureza animal era tão forte, que eles nutriam pouquíssimas ideias de altruísmo. Eles se apegaram firmemente à lei: “Olho por olho, dente por dente”, e não eram nada misericordiosos em nenhum aspecto. Avançamos um pouco mais no Caminho da Evolução, e o altruísmo está cada vez mais e mais se evidenciando na nossa vida.
Fomos ensinados que não há outra vida no universo senão a vida de Deus; que “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”; que Sua vida anima tudo o que é e, portanto, naturalmente compreendemos que assim que tiramos uma vida estamos destruindo a forma construída por Deus para Sua manifestação. Os animais inferiores são Espíritos em evolução e têm sensibilidades. Seu desejo de experiências é que faz com que eles construam suas várias formas, e quando tiramos essas formas deles, os privamos de sua oportunidade de ganhar experiência. Impedimos sua evolução em vez de ajudá-los. Isso é desculpável no canibal, que não tem noção disso quando ele come seus semelhantes. Atualmente, encaramos o canibalismo com horror e, também, chegará o dia em que sentiremos uma aversão semelhante ao pensar que nossos estômagos se converteram em cemitério das carcaças de animais mortos.
É natural que desejemos o melhor dos alimentos, mas cada corpo animal contém os venenos de decomposição. O sangue venoso é repleto de dióxido de carbono e outros produtos nocivos que são conduzidos aos rins ou aos poros da pele, do corpo da pessoa que come carne animal, para serem expelidos como urina ou transpiração. Essas substâncias repugnantes se encontram em todas as partes da carne animal e, quando comemos tal alimento, estamos preenchendo nossos próprios corpos com venenos tóxicos. Muitas doenças são causadas pelo uso da carne animal.
Quando clamamos a Bíblia como uma autoridade para comer carne, devemos também estar dispostos a seguir seus preceitos e parar de comer carne de porco, por exemplo, que é o alimento mais nocivo de todos. E é fato notável que os judeus ortodoxos que se abstêm dos alimentos proibidos na Bíblia tem muita baixa propensão a tuberculose e ao câncer.
Em muitas passagens da Bíblia em que se trata da “carne”, é evidente que não se trata do alimento carnívoro. O capítulo do Livro do Gênesis, o primeiro alimento que é atribuído ao ser humano diz que deverá comer de toda árvore e erva que produza semente, “e para você será para carne”. As pessoas mais evoluídas em todos os tempos se abstiveram de alimentos carnívoros. Vemos, por exemplo, Daniel, que era um homem santo e sábio, implorar para que ele não fosse forçado a comer carne, mas que ele e seus companheiros recebessem legumes. Os filhos de Israel quando estavam no deserto são mencionados como “desejando carne”, e em consequência, o seu Deus ficou irritado com eles.
Há um significado esotérico no ato de alimentar a multidão utilizando o peixe como alimento, mas considerando o aspecto puramente material, podemos resumir os pontos levantados em nossa resposta reiterando que, em algum momento, deixaremos o consumo de carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) à medida que nos elevamos espiritualmente. Qualquer permissão que tenha sido dada no passado bárbaro, desaparecerá no futuro altruísta, quando sensibilidades mais refinadas terão despertado uma percepção mais plena aos horrores envolvidos na gratificação de um paladar carnívoro.
Para uma elucidação mais completa sobre a questão: “A Bíblia justifica o consumo de carne?”, remetemos o leitor a um pequeno panfleto (texto abaixo) com esse título publicado pela Unity Society de Kansas City, Missouri, que apresenta os prós e os contras com grande imparcialidade, e mostra que foi apenas por uma concessão, ao já anteriormente mencionado desejo pela carne, que a prática foi tolerada1.
(Pergunta nº 107 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
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1 A Bíblia justifica o consumo de carne?
É uma suposição comum que a Bíblia justifique o consumo de carne, e a afirmação de que ela o faz é geralmente aceita, pois poucos investigam por si mesmos, mas permitem que suas ideias herdadas e as ideias de outros, que assimilam por associação, governem eles.
Essa considerável convicção é dada à afirmação de que a Bíblia defende o consumo de carne quando certas passagens são consideradas independentemente de passagens correlatas. Os significados literais dos escritos da Bíblia são aparentemente contraditórios e ambíguos, e lidando apenas com a letra, encontramos muitas declarações que não estão de acordo com nossa crença de certo e errado, e por isso deve ser deixado à opinião individual sobre o que é trigo e palha. “Prove todas as coisas; apegue-se ao que é bom.” (1Tess 5:21).
Lemos que “No princípio, Deus criou o céu e a terra.” (Gn 1:1), e sobre a terra, ervas (Gn 1:12 e 2:5), e ao homem que Ele criou (Gn 1:27 e 2:7). “Deus disse: “Eu vos dou todas as ervas que dão semente, que estão sobre toda a superfície da terra, e todas as árvores que dão frutos que dão semente: isso será vosso alimento.” (Gn 1:29). E para as aves, animais, répteis, etc., (Gn 1:20,21, 24,25 e 2:19), Ele disse, “’A todas as feras, a todas as aves do céu, a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou como alimento toda a verdura das plantas’ e assim se fez.” (Gn 1:30). “Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom.” (Gn 1:31). Temos aqui a vontade de Deus expressa por ordem direta: “Para você (ervas e frutos de árvores) isso será vosso alimento.” Devemos obedecer a esse mandamento “ou procurar outro”? É claramente aparente aqui que a vontade de Deus era que o ser humano vivesse de ervas e frutos de árvores; e não apenas o ser humano, mas todos os outros organismos cobertos de carne. Evidentemente, então, “no princípio”[1] o ser humano e os outros animais não se devoravam uns aos outros. “Ninguém” não “fará o mal nem destruição nenhuma em todo o meu santo monte,” (Is 11:9). Isaías parece ter acreditado que o mundo voltará a seguir os mandamentos de Deus como declarados nesse, o primeiro capítulo da Bíblia, e ele expressou lindamente essa crença em Isaías 11.
“Iahweh Deus fez crescer do solo toda espécie de árvores formosas de ver e boas de comer.” (Gn 2:9) “E Iahweh Deus deu ao homem este mandamento: “Podes comer de todas as árvores do jardim.” (Gn 2:16). “e comerás a erva dos campos.” (Gn 3:18). “Com o suor de teu rosto comerás teu pão.” (Gn 3:19). No Livro do Gênesis 4:4-5 ocorre o primeiro relato de oferta, mas nenhuma menção é feita de animais sendo mortos[2].
Em Gênesis 8:20 temos a primeira menção de uma oferta em holocausto, pelo fogo[3], e em Gênesis 15:9-10[4], 17[5], é descrito um sacrifício de animais por ordem de Deus. Encontramos sacrifícios semelhantes em Gênesis 22:13; Êxodo 12; Êxodo 13:13; Êxodo 20:24; Êxodo 24:5,6; Êxodo 29; Êxodo 34:20; Levítico 1; Levítico 3; Levítico 4; Levítico 5; Levítico 6; Levítico 7; Levítico 8; Levítico 9; Levítico 10:14-19; Levítico 12:6, 7,8; Levítico 14; Levítico 15:14, 15; 29, 30; Levítico 16; Levítico 17; Levítico 23; Números 6:10-11; 14-17; Números 7; Números 8:12; Números 15; Números 18; Números 19:3; Números 23; Números 28; Números 29; Deuteronômio 15:19, 20; Deuteronômio 21:4; Juízes 6:19-21; 25-28; Juízes 13:19; I Samuel 1:25; I Samuel 3:13-16; I Samuel 6:14; I Samuel 7:9; II Samuel 6:13; II Samuel 24:22; I Reis 8:63, 64; I Reis 18:23-26; I Cron. 15:26; I Cron. 21:23: I Cron. 29:21; II Cron. 7:5; II Cron. 15:11; II Cron. 29:2-2, 23; 32,33, 34; II Cron. 30:15, 17; II Cron. 35:6-11; Esdras 6:9, 17; Esdras 8:35; Esdras 10:19; Jó 42:8; Ezequiel 43:18-27; Ezequiel 44:11, 15; Ezequiel 45:22-25; Ezequiel 46:4-15; Lucas 2:24, 39.
De acordo com a Epístola de São Paulo aos Hebreus, nos Capítulos 9 e 10, todos os sacrifícios terminaram com o sacrifício de Cristo, e embora muitos mandamentos tenham sido dados ao sacrifício, ainda assim as leis relativas a eles foram cumpridas na crucificação, e depois disso essas leis foram e são nulas e sem efeito.
Que essas leis não tinham muita força é demonstrado pelas muitas passagens do Antigo Testamento que falam depreciativamente de sacrifícios. “não vou tomar um novilho de tua casa, nem um cabrito dos teus apriscos; pois são minhas todas as feras da selva, e os animais nas montanhas, aos milhares; conheço as aves todas do céu, e o rebanho dos campos me pertence. Se eu tivesse fome não o diria a ti, pois o mundo é meu, e o que nele existe. Acaso comeria eu carne de touros, e beberia sangue de cabritos? Oferece a Deus um sacrifício de confissão e cumpre teus votos ao Altíssimo” (Sl 50:9-14).
Evidentemente, devemos oferecer a Deus ações de graças e não animais mortos. “Sacrifício a Deus é um espírito contrito.” (Sl 51:19). Mas nesse Salmo 51, o versículo 16[6] parece estar em desacordo com o versículo 19. O Profeta de Cristo diz: “Que me importam os vossos inúmeros sacrifícios?, diz Iahweh. Estou farto de holocaustos de carneiros e da gordura de bezerros cevados; no sangue de touros, de cordeiros e de bodes não tenho prazer.” (Is 1:11). E em Isaías 29:1, o sacrifício é desprezado. Sob algumas condições, o sacrifício parece ter sido muito pecaminoso (Is 65:3-4)[7]. Jeremias evidentemente não gostava de sacrificar e comer carne (7:19-21)[8]. Oséias fala de sacrifícios que não são aceitos (8:13[9] e 13:2-3[10]). “Porque, se me ofereceis holocaustos…, não me agradam as vossas oferendas e não olho para o sacrifício de vossos animais cevados.” (Am 5:22). Deus não se agrada de milhares de sacrifícios, mas que os seres humanos pratiquem a justiça e amem a misericórdia, e andem mansamente com Ele (Mq 6:7-8[11]). Assim, as leis do sacrifício são cumpridas, e o grande sacrifício — Cristo Jesus — o trouxe para um fim adequado.
“Tudo o que se move e possui a vida vos servirá de alimento, tudo isso eu vos dou, como vos dei a verdura das plantas. Mas não comereis a carne com sua alma, isto é, o sangue. Pedirei contas, porém, do sangue de cada um de vós. Pedirei contas a todos os animais e ao homem, aos homens entre si, eu pedirei contas da alma do homem.” (Gn 9:3-5). Obviamente, há algo errado com essa passagem, pois é sem sentido, ambígua e conflita com muitas outras passagens da Bíblia, como, por exemplo, Deuteronômio 14 e Levítico 11, Gênesis 1:29 nunca pode ser reconciliado com isso. Gênesis 9:3, e como parece evidente que Gênesis 1 e 9 foram escritos por um mesmo autor, então sem dúvida há um erro nessa passagem. Se todo o Pentateuco é de um autor, então claramente Gênesis 9:3 é incorretamente proferido, pois é tão conflitante com Levítico 11 e Deuteronômio 14, e outras passagens. Nenhuma nação jamais comeu “toda coisa que se move e vive’”, e como algo poderia ser exigido da mão de cada animal? É dito por eruditos hebreus: “Entre Gênesis 9:3 e Levítico 11 (ou como repetido em Deuteronômio 14) parece haver um conflito de declaração. A explicação usual é que as proibições das últimas passagens repousavam sobre os judeus. Gênesis 9:3 é anterior ao primeiro judeu (Abraão) e pretende ser a regra de vida apenas entre os gentios”. Essa explicação certamente não esclarece o conflito, pois Gênesis 1:29 é anterior a Gênesis 9:3. Também a Bíblia tem muitos mandamentos gerais para não comer animais impuros. Se isso é um conflito entre os escritos Elohísticos[12] e os escritos Jeovísticos[13], parece estranho que o compilador, seja Esdras ou não, não o tenha removido. No entanto, é improvável que qualquer explicação seja satisfatória.
Gênesis 18:7-8[14] fornece o primeiro relato de comer carne, e o que é mais singular, pelos mensageiros de Deus. Devemos lembrar que se esses fossem verdadeiramente mensageiros de Deus, eles não poderiam participar de coisas carnais – não tendo corpo carnal, corpo físico – então eles simplesmente passaram pela forma de comer[15], para agradar a Abraão que havia preparado para eles. Mostra um ponto muito importante, porém, que Abraão estava acostumado a comer carne. Mas o código de moral de Abraão envergonharia um selvagem; veja Gênesis 12 e 20. Descobrimos que Isaac seguiu seu pai e comeu carne (Gn 25:27-28)[16]. Isaac parece ter sido um bom discípulo de seu pai em outros assuntos também (Gn 26:7-10)[17].
Lemos em Gênesis 43:16 que José, um dos personagens mais nobres e puros cuja vida é retratada pelo Antigo Testamento, deu a ordem de matar para um banquete; e, no entanto, na refeição, apenas o pão é mencionado como sendo comido (Gn 43:25-32)[18].
No Livro do Êxodo, capítulo 16, encontramos que os hebreus estavam acostumados a comer carne[19] no Egito, e que eles não comiam carne, mas a desejavam, e Deus prometeu carne a eles[20] e codornizes foram enviadas[21]. Mas os eventos desse capítulo (Êxodo 16) são apresentados de forma mais completa em Números 11, e é melhor considerar lá.
No Livro do Êxodo 20:13 e no Livro do Deuteronômio 5:17 dá a ordem: “Não matarás”. Não diz: “Não matarás o máximo”. Uma lei muito singular é dada no Livro do Êxodo 21:28-29[22], que claramente coloca o boi no mesmo plano de consciência que o ser humano, dando ao boi o poder de discernir o certo e o errado, e a capacidade de premeditação do crime. E o castigo deve ser dado ao boi pelos pecados cometidos como se fosse um ser humano. O fato de que o boi pecador deve ser apedrejado até a morte e a carne não comida prova conclusivamente isso. Isaías lançou mais luz sobre este assunto quando disse: “Aquele que mata um boi é como se tivesse matado um homem.” (66:3). A vida de um boi é aqui considerada tão importante quanto a vida de um ser humano, dando assim ao boi plena fraternidade com o ser humano. Uma consideração misericordiosa pela vida e conforto dos animais é mostrada em no Livro do Êxodo 23:12: “Durante seis dias farás os teus trabalhos e no sétimo descansarás, para que descanse o teu boi e o teu jumento, e tome alento o filho da tua serva e o estrangeiro.”.
Também no Livro do Deuteronômio 25:4, “Não amordaçarás o boi que debulha o grão”. E novamente no Livro dos Provérbios 12:10: “O justo conhece as necessidades do seu gado, mas as entranhas dos ímpios são cruéis.”. No Livro de Eclesiastes, capítulo 3 diz: “Quanto aos homens penso assim: Deus os põe à prova para mostrar-lhes que são animais. Pois a sorte do homem e a do animal é idêntica: como morre um, assim morre o outro, e ambos têm o mesmo alento; o homem não leva vantagem sobre o animal, porque tudo é vaidade.”. Assim, os animais e o homem são manifestamente um e o mesmo, ou irmãos. E se é assim, e ninguém que investigue honestamente provavelmente duvidará disso, não pode haver diferença entre comer um homem ou um boi, e o canibalismo é simplesmente uma questão de gosto, e não um grau de pecado. Nessas circunstâncias, matar um boi é um crime tão grande quanto matar um homem, pois homem e boi são irmãos. (Isaías 66:3 e Eclesiastes 3:18,19). Se todas as criaturas vivas são irmãos, e é assim, com um Pai comum (Criador), aos olhos desse Pai, ou Deus, é um grande crime assassinar um organismo como outro. O homem ou a mulher que paga dinheiro ao negociante da carne dos seres criados por Deus é igualmente culpado com aquele que os mata. Eles também são culpados com o torturador que mutila os animais jovens, os cauteriza com ferros em brasa, arranca seus chifres, os marca com arame farpado, os coloca em carros lotados meio alimentados e meio regados, os envia em um frio amargo e calor intenso, amedronta-os e os leva para currais de abate, pendura-os pelos pés, enfia uma faca em suas gargantas. Em contraste com isso, que belo quadro é desenhado por Isaías em 11:6-10[23]. A inteligência total e o raciocínio puro dos animais são concedidos a eles em: Gênesis 3:1; Gênesis 9:10-12; Números 22; IIPedro 2:16; IReis 17:4-6; Jó 6:5; Jó 12:7, 8; Salmos 58:4, 5; Provérbios 6:6-8; Provérbios 30:18, 19; 24-28; Isaías 1:3; Isaías 43:20; Jeremias 8:7; Jonas 2:10; Mateus 10:16; Jó 12:10, onde ensina que todo ser vivo tem uma alma.
No Livro do Êxodo 22:1-31 mostra que era costume matar e devorar certos animais, mas que esse costume era acompanhado de alguma consciência de culpa é mostrado por Êxodo 23:19[24], Êxodo 34:26[25] e Deuteronômio 14:21[26].
Nos Livros de Levítico, capítulo 11, e do Deuteronômio, capítulo 14, é fornecida uma lista de animais e aves, etc. que podem ser comidos, e uma lista que não deve ser comido. Os comedores de carne dão grande ênfase a esses capítulos e afirmam que eles não apenas permitem o consumo de carne, mas também o ordenam. Uma leitura cuidadosa do Livro do Deuteronômio, capítulos 12 e 14, mostra que se as pessoas têm uma avassaladora luxúria para carne, eles podem comer certos animais sob restrições e condições que tendem a tornar o consumo de carne extremamente árduo.
“Todo homem da casa de Israel que, no acampamento ou fora dele, imolar novilho, cordeiro ou cabra, sem o trazer à entrada da Tenda da Reunião, para fazer dele uma oferenda a Iahweh, diante do seu tabernáculo, tal homem responderá pelo sangue derramado e será eliminado do meio do seu povo.” (Lv 17:3-4) e “e diante de Iahweh teu Deus, no lugar que ele houver escolhido para aí fazer habitar o seu nome, comerás o dízimo do teu trigo, do teu vinho novo e do teu óleo, como também os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas, para que aprendas continuamente a temer a Iahweh teu Deus. Caso o caminho seja longo demais para ti, e não possas levar o dízimo — porque o lugar que Iahweh teu Deus escolheu para aí colocar o seu nome fica muito longe de ti, quando Iahweh teu Deus te houver abençoado, — vende-o então por dinheiro, toma o dinheiro em tua mão e vai para o lugar que Iahweh teu Deus houver escolhido.6Lá trocarás o dinheiro por tudo o que desejares: vacas, ovelhas, vinho, bebida embriagante, tudo enfim que te apetecer. Comerás lá, diante de Iahweh teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua família.” (Dt 14:23-26).
““Eu queria comer carne!”., caso desejes comer carne, podes comer carne o quanto queiras.” (Dt 12:20).
“É no lugar que Iahweh vosso Deus houver escolhido para aí fazer habitar o seu nome que trareis tudo o que eu vos ordenei: vossos holocaustos, vossos sacrifícios, vossos dízimos, os dons das vossas mãos e todas as oferendas escolhidas que tiverdes prometido como voto a Iahweh.” Dt (12:11)
“Tu os comerás diante de Iahweh teu Deus, somente no lugar que Iahweh teu Deus houver escolhido, tu, teu filho e tua filha, teu servo e tua serva, e o levita que habita contigo. E te alegrarás diante de Iahweh teu Deus de todo o empreendimento da tua mão.” (Dt 12:18)
“Se o lugar escolhido por Iahweh teu Deus para aí colocar o seu nome estiver muito longe de ti, poderás então imolar das vacas e ovelhas que Iahweh teu Deus te houver dado, conforme te ordenei. Poderás comer nas tuas cidades o quanto desejares.” (Dt 18:21). Um exame cuidadoso da lista de animais permitidos para serem comidos nos Livros de Deuteronômio, capítulo 14, e Levítico, capítulo 11, mostra que os antigos hebreus exibiam uma inteligência que, vista do ponto de vista científico material, está muito à frente daquela dos Cristãos carnívoros do civilização atual. A discriminação relativa aos mamíferos é tão quase perfeita quanto parece possível para o ser humano carnívoro fazê-lo, e quanto aos pássaros, a mesma inteligência maravilhosa é mostrada. Os peixes proscritos e os animais aquáticos são aqueles que são claramente impróprios para alimentação; especialmente é esse de espécies de água doce. Mas esse excelente grau de sabedoria não é mostrado quanto aos insetos e répteis permitidos e rejeitados, a intenção sendo vaga e incerta e a discriminação não é boa, pois nenhuma tentativa é feita para separar o limpo do impuro. Das coisas móveis que vivem sobre a face da Terra, uma, os porcos, é primordial quanto ao consumo de alimentos imundos; e os hábitos dos porcos são tão imundos quanto os alimentos que consomem. E, no entanto, as mesmas pessoas que recorrem a Levítico, capítulo 11 e Deuteronômio, capítulo 14, para justificá-los no consumo de carne ignorarão deliberadamente as passagens mais fortes desses capítulos, abordando a devoração de carne suína. Como qualquer povo civilizado ou semicivilizado pode cair em um costume tão abominável como comer carne de porco, está além de qualquer compreensão.
Um intelecto mais depravado, governado por uma luxúria incontrolável, deve ter primeiro concebido a ideia dessa prática repugnante. “tereis como impuro o porco porque, apesar de ter o casco fendido, partido em duas unhas, não rumina.” (Lv 11:7). “Não comereis da carne deles nem tocareis o seu cadáver, e vós os tereis como impuros” (Lv 11:8). “Quanto ao porco, que tem o casco fendido, mas não rumina, vós o considerareis impuro. Não comereis de sua carne e nem tocareis em seus cadáveres.” (Dt 14:8). O Profeta de Cristo diz: “Um povo que continuamente me provoca à ira, … que come carne de porco… meu nariz, um fogo que queima o dia todo” (Is 65:3-5). O Livro de Isaías, 65:1-5, foi referido por São Paulo, apóstolo dos gentios, em sua Epístola aos Romanos 10:20-21[27]. E Cristo destruiu um rebanho de suínos (Mt 8:31-32), mas Ele não veio para destruir (Mt 5:17).
Então, para resumir os Livros de Deuteronômio, capítulo 14, e Levítico, capítulo 11, parece que se a concupiscência do ser humano carnal não pode ser vencida, ela pode ser ratificada comendo certos animais limpos, sob condições muito restritas. “e diante de Iahweh teu Deus, no lugar que ele houver escolhido para aí fazer habitar o seu nome, comerás o dízimo do teu trigo, do teu vinho novo e do teu óleo, como também os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas, para que aprendas continuamente a temer a Iahweh teu Deus. Caso o caminho seja longo demais para ti, e não possas levar o dízimo — porque o lugar que Iahweh teu Deus escolheu para aí colocar o seu nome fica muito longe de ti, quando Iahweh teu Deus te houver abençoado, — vende-o então por dinheiro, toma o dinheiro em tua mão e vai para o lugar que Iahweh teu Deus houver escolhido. Lá trocarás o dinheiro por tudo o que desejares: vacas, ovelhas, vinho, bebida embriagante, tudo enfim que te apetecer. Comerás lá, diante de Iahweh teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua família.” (Dt 14:23-26). Certamente, comer carne não era uma prática comum nessas condições. Não há mais razão para os Cristãos tentarem seguir as partes desses capítulos que podem agradar suas concupiscências do que haveria na tentativa de seguir a ordem em Levítico 26:29: “Comereis a carne dos vossos filhos e comereis a carne das vossas filhas.”.
Um Cristão segue a lei estabelecida no Livro do Deuteronômio, capítulo 14, versículo 21?
O Livro de Amós diz que comedores de carne devem entrar em cativeiro. (6:4:7)[28].
“…tirarei o seu sangue de sua boca e as suas abominações dentre os seus dentes. Ele, também, será um resto para o nosso Deus, será como uma família em Judá, e Acaron como um jebuseu.” (Zc 9:7).
Que São João Batista comeu gafanhotos (Mt 3:4[29] e Mc 1:6[30]) é certo, mas São João deve ter tido muitas falhas. (Mt 11:11). Ainda assim, comer gafanhotos não é tão errado quanto comer vertebrados.
Cristo Jesus deu à multidão peixe para comer (Mt 14:17,19,20; Mt 15:36,37; Mc 6:41; Mc 8:7,8; Lc 9:16,17 e Jo 6:11), mas não há registro de que ele mesmo os comeu, e de acordo com São João (Jo 6:9[31]) nem Cristo Jesus nem seus Discípulos tinham o peixe original. Embora Cristo Jesus possa não ter aprovado comer carne, ainda no caso de peixe, pelo menos, ele tolerou. Mas não há nada no Novo Testamento tocando nessa questão que seja de alguma consequência. O mais sério é no Evangelho Segundo São Lucas, em 24:42:43[32]. Aqui Cristo Jesus aparentemente comeu peixe, mas essas passagens não são absolutamente claras. Como isso aconteceu após a crucificação, Cristo Jesus deve ter estado em estado espiritual onde o corpo carnal não exigia sustento; portanto, se Cristo Jesus comeu peixe, ele estava apenas passando pela forma de comer para convencer Seus Discípulos de que Ele era um “homem de carne e sangue” (?). Ainda assim, como São Lucas recebeu sua informação em segunda mão, e não escreveu o registro por, provavelmente, meio século depois, é muito provável que ele tenha cometido um erro aqui, pois São João, que estava presente nesta cena, não diz nada sobre Cristo Jesus comer peixe nessa ocasião, mas São João diz: “Jesus aproxima-se, toma o pão e o distribui entre eles; e faz o mesmo com o peixe.” (Jo 21:13). “Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e foi quem as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.” (Jo 21:24).
Os judeus comiam peixes e outros animais, e que Cristo Jesus reconheceu esse fato é demonstrado no Evangelho Segundo São Mateus 22:4[33]; Evangelho Segundo São Lucas 11:11[34] e em 15:23-29,30[35], mas não há insinuação de que Ele o sancionou.
No Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 10, é retratada uma visão de São Pedro, que às vezes é usada como justificativa para comer carne, mas esse capítulo e o seguinte explicam tão claramente que a visão se aplica a pessoas e não a alimentos, que não é digna de consideração.
São Paulo pensava que homens, pássaros, peixes e animais tinham, cada um, um tipo diferente de carne (ICor 15:39[36]), e que nenhuma ordem deveria ser dada “exigirão a abstinência de certos alimentos, quando Deus os criou para serem recebidos, com ação de graças, pelos que têm fé e conhecem a verdade. Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada é desprezível, se tomado com ação de graças,” (ITim 4:3-4). São Paulo parece sancionar o consumo de carne aqui e no capítulo 10 da Primeira Epístola aos Coríntios, embora seja muito vago. Ainda assim, São Paulo ensinou algumas coisas que nenhuma igreja Cristã aceita.
O Espírito Santo desceu sobre Cristo Jesus em forma corpórea como uma pomba (Lc 3:22[37]). É difícil conceber o Espírito Santo assumindo a forma de um animal destinado a ser devorado pelo homem para satisfazer um apetite carnal. Cristo Jesus era frequentemente mencionado como um Cordeiro, e Cristo Jesus chamou seus Discípulos de cordeiros e ovelhas (Jo 21:15-17[38] e Jo 10:3,7,8[39]). Parece singular que Cristo Jesus e seus Ciscípulos sejam chamados pelo nome de um animal que deveria ser devorado. |
“Sede misericordiosos” (Lc 6:36) aplica-se igualmente bem a todos os seres criados por Deus. E da mesma forma, o comando: “Não mate.” (Lc 18:20).
Os Apóstolos ensinaram a abstenção de sangue. (At 15:20-29[40] e 21:25[41]).
Na Epístola de São Paulo aos Romanos, no capítulo 14, nos ensina que comer carne é um assunto que deve ser deixado ao julgamento do indivíduo.
“Eis porque, se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, para sempre deixarei de comer carne, a fim de não causar a queda de meu irmão.” (ICor 8:13).
Aqueles “cujo Deus é seu ventre” são inimigos de Cristo (Fp 3:18,19). “O alimento sólido” é mencionada em na Epístola de São Paulo aos Hebreus em 5:14, mas não tem relação com o assunto de comer carne. A última ordem de Cristo Jesus foi: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Lc 16:15; Cl 1:23).
Considerando todos os escritos da Bíblia, descobrimos que a preponderância de evidências dignas de crédito é esmagadoramente oposta ao consumo de carne. Não há absolutamente nada que justifique isso, e a única desculpa que se pode oferecer para devorar as carcaças dos seres criados de Deus é a luxúria do ser humano carnal.
Se matarmos e ensinarmos outros a matar, construiremos na consciência pensamentos de morte e falta de vida. “Não vos iludais; de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso colherá.” (Gl 6:7). Se participamos de animais mortos, estamos participando da morte e, assim, atraindo a morte para nós. Se desejamos ver o Reino de Cristo, tão belamente descrito no Capítulo 2 do Livro de Isaias, estabelecido na Terra, teremos que fazer nossa parte na preparação para ele, e devemos construir e não destruir, enquanto aguentarmos a imagem de morte e destruição diante de nossos vizinhos e de nós mesmos, por tanto tempo estamos retardando a chegada deste tempo de perfeição pacífica tão graficamente retratado pelo irônico profeta de Cristo.
“Um ramo sairá do tronco de Jessé, um rebento brotará das suas raízes.Sobre ele repousará o espírito de Iahweh, espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento e de temor de Iahweh: no temor de Iahweh estará a sua inspiração. Ele não julgará segundo a aparência. Ele não dará sentença apenas por ouvir dizer. Antes, julgará os fracos com justiça, com equidade pronunciará uma sentença em favor dos pobres da terra. Ele ferirá a terra com o bastão da sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. A justiça será o cinto dos seus lombos e a fidelidade, o cinto dos seus rins. Então o lobo morará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito. O bezerro, o leãozinho e o gordo novilho andarão juntos e um menino pequeno os guiará. A vaca e o urso pastarão juntos, juntas se deitarão as suas crias. O leão se alimentará de forragem como o boi. A criança de peito poderá brincar junto à cova da áspide, a criança pequena porá a mão na cova da víbora. Ninguém fará o mal nem destruição nenhuma em todo o meu santo monte, porque a terra ficará cheia do conhecimento de Iahweh, como as águas enchem o mar. Naquele dia, a raiz de Jessé, que se ergue com um sinal para os povos, será procurada pelas nações, e a sua morada se cobrirá de glória.” (Is 11:1-10.).
“O lobo e o cordeiro pastarão juntos e o leão comerá feno como o boi. Quanto à serpente, o pó será o seu alimento. Não se fará mal nem violência em todo o meu monte santo, diz Iahweh Deus.” (Is 65:25).
“Farei em favor deles, naquele dia, um pacto com os animais do campo, com as aves do céu e com os répteis da terra. Exterminarei da face da terra o arco, a espada e a guerra; fá-los-ei repousar em segurança.” (Os 2:20). E quando nos prepararmos e prepararmos o mundo para receber nosso Rei – quando deixarmos de lado o “homem carnal” – quando não ferirmos, nem destruirmos, nem devorarmos – quando nos elevarmos acima do pecado, da doença, tristeza e morte, e entrarmos em Seu “descanso glorioso”, e aprendermos que o amor é a lei suprema – então, e não até então, haverá a “vinda do Filho do homem”, e todos poderemos dizer: “Bendito o que vem em nome do Senhor.”.
Se quisermos ver a segunda vinda de Cristo realmente ocorrer, como foi prometido, devemos preparar a nós mesmos e ao mundo para recebê-lo.
Não podemos descansar na esperança, mas devemos fazer nossa parte do trabalho. Não podemos realizar nada esperando com calma. Devemos estar trabalhando na construção do Reino, e o fundamento mais seguro que podemos construir está na Regra de Ouro. Devemos “viver e deixai viver”. Devemos nos levantar, e “como o relâmpago sai do leste e brilha até o oeste”, assim devemos “enviar a boa “palavra” e ensinar todos os seres criados a preparar o caminho” diante d’Ele.
Então veremos um “novo Céu e uma nova Terra”, pois o velho terá “passado”, e “veremos o Filho do homem vindo nas nuvens do céu, com poder e grande glória” e O verão entronizado e governando através do poder do amor, e então “não farão mal nem destruirão em todo o meu santo monte”. E não haverá mais morte, nem pesar, nem pranto e nem dor”.
FIM
(Publicado na revista Unity[42] Tract Society, Kansas City, MO. nas edições de novembro, dezembro de 1904 e janeiro e fevereiro de 1905 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
[1] N.T.: Em todas as linhas de investigação, chegamos ao “princípio” com um ser humano vegetariano. No poema mais antigo conhecido, o épico acádico (da cidade de Acad) de Isdubar de Erech (Gn 10:10) ocorrem estas linhas: “Com as gazelas à noite ele comeu sua comida. Durante o dia com feras do campo ele vivia. Seu coração se alegrou quando viu coisas VIVAS.”. E em vislumbres obscuros e sombrios do Egito primitivo, vemos o ser humano comendo grãos, frutas e vegetais. Darwin diz sobre o ser humano primitivo: “Ele provavelmente habitava um país quente; uma circunstância favorável para a dieta frugífera, na qual, a julgar por analogia, ele subsistiu”.
[2] N.T.: Abel, por sua vez, também ofereceu as primícias e a gordura de seu rebanho. Ora, Iahweh agradou-se de Abel e de sua oferenda. Mas não se agradou de Caim e de sua oferenda, e Caim ficou muito irritado e com o rosto abatido.
[3] N.T.: Noé construiu um altar a Iahweh e, tomando de animais puros e de todas as aves puras, ofereceu holocaustos sobre o altar.
[4] N.T.: Ele lhe disse: “Procura-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um cordeiro de três anos, uma rola e um pombinho”. Ele lhe trouxe todos esses animais, partiu-os pelo meio e colocou cada metade em face da outra; entretanto, não partiu as aves.
[5] N.T.: Quando o sol se pôs e estenderam-se as trevas, eis que uma fogueira fumegante e uma tocha de fogo passaram entre os animais divididos.
[6] N.T.: Livra-me do sangue, ó Deus, meu Deus salvador, e minha língua aclamará tua justiça.
[7] N.T.: “a um povo que me provoca de frente sem cessar, sacrificando nos jardins, queimando incensos sobre as lajes…comendo carne de porco, pondo nos seus pratos postas impuras”.
[8] N.T.: “Mas será a mim que eles ofendem?, oráculo de Iahweh. Não será a eles mesmos, para a sua própria vergonha? Por isso, assim disse o Senhor Iahweh: Eis que minha ira ardente se derramará sobre este lugar, sobre os homens, sobre os animais, sobre as árvores do campo e sobre os frutos da leira. Ela arderá e não se extinguirá. Assim disse Iahweh dos Exércitos, Deus de Israel: Acrescentai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios e comei a carne!”.
[9] N.T.: “Eles oferecem os sacrifícios que amam, comem a carne, mas Iahweh não os aceitará. Agora ele se lembrará de suas faltas e castigará os seus pecados: eles voltarão ao Egito.”
[10] N.T.: “Eles dizem: “Oferecei-lhes sacrifícios”. Homens beijam bezerros. 3Por isso, serão como a nuvem da manhã, como o orvalho que cedo desaparece, como a palha que voa fora da eira e como a fumaça que sai pela janela.”.
[11] N.T.: “Terá Iahweh prazer nos milhares de carneiros ou nas libações de torrentes de óleo? Darei eu o meu primogênito pelo meu crime, o fruto de minhas entranhas pelo meu pecado?”. — “Foi-te anunciado, ó homem, o que é bom, e o que Iahweh exige de ti: nada mais do que praticar o direito, gostar do amor e caminhar humildemente como teu Deus.”
[12] N.T.: relativo à Elohim, não necessariamente de Jeová.
[13] N.T.: Relacionado à Jeová (Iahweh Deus).
[14] N.T.: “Depois correu Abraão ao rebanho e tomou um vitelo tenro e bom; deu-o ao servo que se apressou em prepará-lo. Tomou também coalhada, leite e o vitelo que preparara e colocou tudo diante deles; permaneceu de pé, junto deles, sob a árvore, e eles comeram.”
[15] N.T.: Josephus (foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis) disse: “Eles fizeram um demonstração de comida”.
[16] N.T.: 7Os meninos cresceram: Esaú tornou-se um hábil caçador, correndo a estepe; Jacó era um homem tranquilo, morando sob tendas.8Isaac preferia Esaú, porque apreciava a caça, mas Rebeca preferia Jacó.”
[17] N.T.: “Os homens do lugar interrogaram-no sobre sua mulher e ele respondeu: “É minha irmã”. Ele teve medo de dizer: “Minha mulher,” pensando: “Os homens do lugar me matarão por causa de Rebeca, pois ela é bonita”. Ele estava lá há muito tempo quando Abimelec, rei dos filisteus, olhando uma vez pela janela, viu que Isaac acariciava Rebeca, sua mulher. Abimelec chamou Isaac e disse: “É evidente que é tua mulher! Como pudeste dizer: ‘É minha irmã’?”. Isaac lhe respondeu: “Pensei comigo: corro o risco de morrer por causa dela”. Retomou Abimelec: “Que nos fizeste? Por pouco alguém do povo dormia com tua mulher e tu nos atrairias uma falta!””.
[18] N.T.: “Eles prepararam o presente, esperando que José viesse ao meio-dia, porque souberam que ali fariam refeição. Quando José entrou na casa, ofereceram-lhe o presente que tinham consigo e se prostraram por terra. Mas ele os saudou amigavelmente e perguntou: “Como está vosso velho pai, de quem me falastes: ele ainda vive?”. Responderam: “Teu servo, nosso pai, está bem, ele ainda vive,” e se ajoelharam e se prostraram. Erguendo os olhos, José viu seu irmão Benjamim, o filho de sua mãe, e perguntou: “É este o vosso irmão mais novo, de que me falastes?”. E dirigindo-se a ele: “Que Deus te conceda graça, meu filho”. E José apressou-se em sair, porque suas entranhas se comoveram por seu irmão e as lágrimas lhe vinham aos olhos: entrou em seu quarto e ali chorou. Tendo lavado o rosto, voltou e, contendo-se, ordenou: “Servi a refeição”. Serviram-no à parte, eles à parte e à parte, também, os egípcios que comiam com ele, porque os egípcios não podem tomar suas refeições com os hebreus: têm horror disso.”
[19] N.T.: Ex 16:3: “Os filhos de Israel disseram-lhes: “Antes fôssemos mortos pela mão de Iahweh na terra do Egito, quando estávamos sentados junto à panela de carne e comíamos pão com fartura! Certamente nos trouxestes a este deserto para fazer toda esta multidão morrer de fome”.”
[20] N.T.: Ex 16:8: “E Moisés disse: “Iahweh vos dará esta tarde carne para comer, pela manhã pão com fartura, pois ouviu a vossa murmuração contra ele. Porque nós, o que somos? Não são contra nós as vossas murmurações, e sim contra Iahweh”.” Ex 16:12: ““Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel; dize-lhes: Ao crepúsculo comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão; e sabereis que eu sou Iahweh vosso Deus”.”
[21] N.T.: Ex 16:13: “À tarde subiram codornizes e cobriram o acampamento; e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do acampamento.”
[22] N.T.: “Se algum boi chifrar homem ou mulher e causar sua morte, o boi será apedrejado e não comerão a sua carne; mas o dono do boi será absolvido. Se o boi, porém, já antes marrava e o dono foi avisado, e não o guardou, o boi será apedrejado e o seu dono será morto.”
[23] N.T.: “Então o lobo morará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito. O bezerro, o leãozinho e o gordo novilho andarão juntos e um menino pequeno os guiará. A vaca e o urso pastarão juntos, juntas se deitarão as suas crias. O leão se alimentará de forragem como o boi. A criança de peito poderá brincar junto à cova da áspide, a criança pequena porá a mão na cova da víbora. Ninguém fará o mal nem destruição nenhuma em todo o meu santo monte, porque a terra ficará cheia do conhecimento de Iahweh, como as águas enchem o mar. Naquele dia, a raiz de Jessé, que se ergue com um sinal para os povos, será procurada pelas nações, e a sua morada se cobrirá de glória.”
[24] N.T.: “Trarás as primícias dos frutos da tua terra à casa de Iahweh teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.”
[25] N.T.: “Trarás o melhor das primícias para a Casa de Iahweh teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite da sua própria mãe.”
[26] N.T.: “Não podereis comer de nenhum animal que tenha morrido por si. Tu o darás ao forasteiro que vive em tua cidade para que ele o coma, ou vendê-lo-ás a um estrangeiro. Porque tu és um povo consagrado a Iahweh teu Deus. Não cozerás um cabritinho no leite de sua mãe.”
[27] N.T.: “E Isaías ousa até dizer: Fui encontrado por aqueles que não me procuram; tornei-me visível aos que não perguntam por mim. E a Israel diz: O dia todo estendi as mãos a um povo desobediente e rebelde.”
[28] N.T.: “Eles estão deitados em leitos de marfim, estendidos em seus divãs, comem cordeiros do rebanho e novilhos do curral,improvisam ao som da harpa, como Davi, inventam para si instrumentos de música, bebem crateras de vinho e se ungem com o melhor dos óleos, mas não se preocupam com a ruína de José. Por isso, agora, eles serão exilados à frente dos deportados, e terminará a orgia daqueles que estão estendidos.”
[29] N.T.: “Seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre.”
[30] N.T.: “e se alimentava de gafanhoto e mel silvestre.”
[31] N.T.: “’Há aqui um menino, que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantas pessoas?’”
[32] N.T.: “Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o, então, e comeu-o diante deles.”
[33] N.T.: “Tornou a enviar outros servos, recomendando: ‘Dizei aos convidados: eis que preparei meu banquete, meus touros e cevados já foram degolados e tudo está pronto. Vinde às núpcias’”.
[34] N.T.: “Quem de vós, sendo pai, se o filho lhe pedir um peixe, em vez do peixe lhe dará uma serpente?”.
[35] N.T.: “Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois, este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar. Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’”.
[36] N.T.: “Nenhuma carne é igual às outras, mas uma é a carne dos homens, outra a carne dos quadrúpedes, outra a dos pássaros, outra a dos peixes.”.
[37] N.T.: “e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corporal, como pomba. E do céu veio uma voz: ‘Tu és o meu Filho; eu, hoje, te gerei!”.
[38] N.T.: “Depois de comerem, Jesus disse a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes”? Ele lhe respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta os meus cordeiros”. Uma segunda vez lhe disse: “Simão, filho de João, tu me amas?”. — “Sim, Senhor”, disse ele, “tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pela terceira vez disse-lhe: “Simão, filho de João, tu me amas?”. Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara “Tu me amas?”. e lhe disse: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes quente amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas.”.
[39] N.T.: Jo 10:3: “A este o porteiro abre: as ovelhas ouvem a sua voz e ele chama as suas ovelhas uma por uma e as conduz para fora.”. Jo 10:7-8: “7Disse-lhes novamente Jesus: “Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes; mas as ovelhas não os ouviram.”.
[40] N.T.: “Mas se lhes escreva que se abstenham do que está contaminado pelos ídolos, das uniões ilegítimas, das carnes sufocadas e do sangue. Com efeito, desde antigas gerações tem Moisés em cada cidade os seus pregadores, que o leem nas sinagogas todos os sábados”. Então pareceu bem aos apóstolos e anciãos, de acordo com toda a Igreja, escolher alguns dentre os seus e enviá-los a Antioquia, junto com Paulo e Barnabé. Foram Judas, cognominado Bársabas, e Silas, homens considerados entre os irmãos. Por seu intermédio, assim escreveram: “Os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, aos irmãos dentre os gentios que moram em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saudações! Tendo sabido que alguns dos nossos, sem mandato de nossa parte, saindo até vós, perturbaram-vos, transtornando vossas almas com suas palavras, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, escolher alguns representantes e enviá-los a vós junto com nossos diletos Barnabé e Paulo,homens que expuseram suas vidas pelo nome de nosso Senhor, Jesus Cristo. Nós vos enviamos, pois, Judas e Silas, eles também transmitindo, de viva voz, estas mesmas coisas. De fato, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor nenhum outro peso além destas coisas necessárias: que vos abstenhais das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas, e das uniões ilegítimas. Fareis bem preservando-vos destas coisas. Passai bem.””.
[41] N.T.: “Quanto aos gentios que abraçaram a fé, já lhes escrevemos sobre nossas decisões: que se abstenham das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das uniões ilegítimas””.
[42] N.T.: UNITY é um manual de Cristianismo Prático e Cura Cristã. Ele apresenta a pura doutrina de Jesus Cristo diretamente da fonte, “O Espírito Santo, que vos conduzirá a toda a Verdade”. Não é o órgão de nenhuma seita, mas permanece independente como um expoente do Cristianismo prático, ensinando a aplicação prática em todos os assuntos da vida da doutrina de Jesus Cristo; explicando a ação da Mente e como ela é o elo de ligação entre Deus e o ser humano; como a ação da Mente afeta o corpo, produzindo discórdia ou harmonia, doença ou saúde, e traz o ser humano para a compreensão da Lei Divina, harmonia, saúde e paz, aqui e agora.
A maioria das pessoas acham que uma refeição sem carne do reino animal (de mamíferos, répteis, anfíbios, insetos, aves, peixes, frutos do mar e afins) é incompleta. Desde tempos imemoriais que tem sido considerado um axioma que a carne do reino animal é o alimento mais fortalecedor que temos.
Todos os outros alimentos são vistos como meros acessórios de um ou mais tipos de carne em qualquer cardápio.
Nada poderia ser mais incorreto; a ciência comprovou, por meio de experimentos e experiências, que o alimento obtido de vegetais, invariavelmente, tem um maior poder de sustância, e fica mais fácil de percebermos, se olharmos para o assunto sobre o ponto de vista ocultista.
A Lei de Assimilação
A Lei da Assimilação declara que: “nenhuma partícula de alimento pode ser inserida na construção de um Corpo, até que as forças nele vigentes sejam superadas pelo Espírito que construiu e é residente nesse Corpo”.
O Ego (o Espírito Virginal manifestado e que utiliza os Corpos) deve ser o regente absoluto e incontestado no corpo, governando as células como um autocrata, ou elas seguirão cada uma o seu próprio caminho, como acontece na morte, por exemplo, quando o Ego se retira definitivamente do Corpo, o descartando.
O nível da consciência da célula determina o seu poder como uma unidade. Quanto menor for essa consciência, mais fácil será para o Ego atuar como regente máximo das funções corporais. As células que entram no corpo, via alimentação, também têm suas consciências individuais e coletivas. Portanto, o nível dos alcances espirituais dessas células é um fator a ser considerado, quando se pretende que determinado alimento seja utilizado pelo organismo do corpo.
Os diferentes quatro Reinos de Vida têm diferentes veículos e, consequentemente, diferenças de consciência. O mineral tem apenas o Corpo Denso e uma consciência semelhante à do transe mais profundo. Por isso, seria mais fácil sujeitar alimentos provindos diretamente do Reino mineral. O alimento mineral se manteria conosco um maior tempo, eliminando a necessidade de comer tão frequentemente; no entanto, sabemos que o organismo humano vibra tão rapidamente que é incapaz de absorver o mineral inerte diretamente. O sal e as outras substâncias similares são expulsos do sistema imediatamente, sem terem sido assimilados totalmente.
O ar está cheio de nitrogênio que necessitamos para a síntese de proteínas e, portanto, para o funcionamento do metabolismo, crescimento de músculos e do crescimento celular; nós o inspiramos no processo de respiração para dentro do nosso corpo e não o conseguimos assimilar, tal como qualquer outro mineral, até que tenha sido transmutado no laboratório da Natureza e incorporado pelas plantas. As plantas, o Reino vegetal (plantas: verduras, legumes, tubérculos, frutas, grãos, sementes), têm um Corpo Denso e um Corpo Vital, que as capacita a fazerem aquele trabalho. A consciência delas é tão profunda como a de um sono sem sonhos. Assim, é fácil para o Ego dominar as células vegetais e mantê-las subjugadas por um longo período de tempo, e daí o grande poder de sustância dos vegetais.
O Alimento Animal
No alimento animal (oriundo dos seres da Onda de Vida Animal) as células já se tornaram mais individualizadas, e como o animal tem um Corpo de Desejos, que lhe proporciona uma natureza passional, é facilmente entendido que quando comemos a carne, é mais difícil sujeitar essas células animais, que têm uma consciência animal semelhante ao estado de um sono com sonhos e, também, que tais células não se deixarão se subjugar por muito tempo. Assim, uma dieta baseada na carne animal requer maiores quantidades e refeições mais frequentes que a dieta baseada em vegetais. Se avançarmos um degrau a mais e comermos carne de animais carnívoros, nos sentiremos famintos a toda a hora, pois tais células se tornaram muito mais individualizadas e procurarão, por isso, alcançar a sua liberdade e o mais rápido possível. Um excesso de carne que é consumido libera no corpo o venenoso ácido úrico, estando cada vez mais reconhecido que quanto menos carne comemos, melhor para o nosso bem-estar.
É natural que devamos desejar o melhor dos alimentos, mas todo corpo animal tem em si os venenos da degradação. O sangue venoso está cheio de dióxido de carbono e outros produtos nocivos que vai sendo levado para os rins ou para os poros da pele a fim de serem expelidos pela urina ou transpiração. Estas substâncias repulsivas estão em cada porção da carne e, quando comemos tal alimento estamos enchendo o nosso corpo de venenos tóxicos. Muitas doenças e enfermidades são devidas ao nosso uso de alimentos baseados na carne animal.
Há inúmeras provas que uma dieta carnívora estimula a ferocidade. Nós podemos mencionar a ferocidade famosa dos animais de caça, contraposta à força prodigiosa e a natureza dócil do boi, elefante e cavalo, demonstrando o efeito da dieta herbívora nos animais.
Alimentos Saudáveis
Assim que adotamos a dieta vegetariana (vegetais, leite, ovos e mel), escapamos a uma das mais sérias ameaças à saúde: a putrefacção dos restos da carne animal que ficam entre os nossos dentes. Frutos, cereais e vegetais em geral são, devido a sua natureza própria, lentos para apodrecer; cada partícula contém uma enorme quantidade de Éter que o mantem vivo e doce por muito tempo, enquanto que o Éter que interpenetrava a carne animal e pertencia ao Corpo Vital do animal se retira com o Espírito desse, no momento em que ele foi morto. Assim, o perigo de infecção por meio dos vegetais é muito pequeno, e muitos deles são, na verdade, antissépticos em um grau muito elevado. Isso se aplica, particularmente, aos frutos cítricos: laranjas, limões, toranjas, etc., para não falar do rei de todos os antissépticos, o abacaxi. Em vez do envenenamento de todo o trato digestivo com elementos putrefativos, como resulta com a carne animal, os frutos limpam completamente e purificam todos os sistemas do corpo, e o abacaxi é uma das melhores ajudas conhecidas para a digestão do ser humano. É bem superior à pepsina e para o obter não se usa nenhuma crueldade com a vida senciente, como a é dos animais. Alguns nutricionistas modernos avisam que para se beneficiar totalmente dos seus nutrientes, as frutas cítricas não devem ser misturadas com outros alimentos.
Sais Celulares
Há doze sais no corpo conhecidos como sais celulares; eles são vitais e representam os doze Signos do Zodíaco. Esses sais são necessários para construção do corpo. Não são sais minerais, como geralmente se supõe, mas sim vegetais. O mineral não tem Corpo Vital e é apenas por meio do Corpo Vital que a assimilação é conseguida. Por isso temos que obter esses sais por meio do Reino vegetal.
Cru ou Cozido?
O calor destrói o Corpo Vital da planta e sobra apenas a parte mineral. Portanto, se desejamos renovar o suprimento desses sais no nosso corpo, devemos obtê-los de vegetais não cozidos. Como cozinhar destrói os valiosos sais celulares, a nossa dieta deveria conter uma grande porcentagem de alimentos crus. Chás de ervas, que devem ser infusões sem ebulição, são também muito ricos em tais sais.
Contudo, não devemos, precipitadamente, chegar a conclusão que todos devem parar de comer carne animal e viver unicamente de alimento vegetal cru. No presente estado de evolução há muito poucos que o podem fazer. Devemos ter o cuidado de não elevar as vibrações do nosso corpo tão rapidamente; afinal, para continuarmos o nosso trabalho nas condições presentes temos que ter corpos adaptados ao trabalho.
Os ocultistas sabem que há uma chama na base do crânio, na base do cérebro. Ela arde continuamente na medula oblonga no topo da medula espinal, e é de origem divina. Esse fogo emite um som cantante, parecido ao zumbido de uma abelha, e é a nota-chave do Corpo Denso (o físico). Ela constrói e cimenta o conjunto dessa massa de células conhecida como “o nosso corpo”.
Inofensivos como as Pombas
O chama arde muito ou pouco, clara ou intensamente, conforme a alimentamos. Há fogo em tudo na Natureza, exceto no Reino mineral. Esse não tem Corpo Vital e como tal não tem via para o ingresso do Espírito de Vida, o fogo. Nós alimentamos esse fogo sagrado, parcialmente, por meio das forças do Sol entrando no Corpo Vital através da contraparte etérica do baço e daí para o Plexo Celíaco onde é colorido e, então, levado para cima, por meio do sangue. Nós, também, alimentamos esse fogo do fogo vivo que absorvemos dos alimentos crus, que comemos e assim assimilamos.
Olhando para o assunto “comer carne animal”, do ponto de vista ético, também é contra a mais alta concepção de matar para comer. Nós temos uma dívida pesada para pagar às criaturas inferiores, cujos mentores deveríamos ser, mas de que somos assassinos; a boa Lei que trabalha sempre para corrigir os abusos relegará, em tempo, o hábito de comer animais assassinados para a lixeira das práticas obsoletas.
O ser humano, nos primeiros estágios do seu despertar na Evolução, era como os animais de caça, em certos aspectos. No entanto, ele está se tornando um Deus e, como tal, deve parar de destruir para começar a criar. O alimento de carne animal estimulou a ingenuidade humana de uma ordem inferior no passado; serviu um propósito na nossa evolução; mas agora estamos no advento de uma Nova Era, quando o autossacrifício e serviço trarão crescimento espiritual a humanidade. A evolução da Mente trará uma sabedoria muito além da nossa maior concepção, mas antes de ser seguro nos confiar essa sabedoria, devemos nos tornar “inofensivos como as pombas”. De outro modo poderíamos nos tornar tão egoístas e de propósitos tão destrutivos que seríamos uma ameaça inconcebível aos nossos semelhantes seres humanos. Para evitar isto, deve ser adotada a dieta vegetariana.
Considerações Práticas
Também do ponto de vista puramente prático a dieta vegetariana é vantajosa. O cada vez mais proibitivo preço da carne animal está sempre levando as donas-de-casa a se virarem para achar os substitutos e, gradualmente, as pessoas estão sendo ensinadas que os alimentos da dádiva-de-Deus, os vegetais, o leite, os ovos e o mel, são os mais deliciosos e saudáveis. Muitas pessoas que começaram a comer mais frutas e vegetais, acrescendo o leite, os ovoso e o mel estão percebendo que estão obtendo mais saúde e, em muitos casos, que a melhoria física é acompanhada por melhorias mentais e morais. Afirma-se que são necessários 48.562 metros quadrados de pastagens para criar animais para produzir a carne suficiente para alimentar um ser humano. Se esses 48.562 metros quadrados de terra fossem usados em horticultura e fruticultura, produziriam comida suficiente para alimentar várias famílias de tamanho médio. Com a população crescendo em todo o mundo, em breve será necessário parar a criação de gado e devotar os campos ao cultivo de cereais e vegetais.
Nesses tempos de mudança, quando mais Egos avançados estão nascendo, naturalmente muitos deles são vegetarianos; um novo tipo de humanidade, tendo uma mais alta consciência, está se formando. A Era vindoura será vegetariana, e todos os que forem progressivos se alinharão e se tornarão vegetarianos – os outros ficarão para trás e classificados entre os atrasados da Onda de Vida Humana.
(da The Rosicrucian Fellowship: Healing, Health and Nutrition, The Wisdow of the Vegetarian Diet – traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)