Mais uma vez é atingido o ponto culminante do ano, o maior de todos os eventos cósmicos: o Natal, a renovação do impulso Crístico na Terra.
Na Noite Santa, o solene tanger dos sinos invoca a presença dos fiéis para reverenciar a magna data. É a colimação cíclica de um processo irresistível e irreversível.
Novamente, o acendrado amor de Cristo por cada um de nós se faz sentir por meio da manifestação da Sua energia, sensibilizando os nossos corações para as esferas superiores da vida. É a observação fiel de um compromisso, cujo término se condiciona ao nosso próprio livre arbítrio, perdurando até que uma boa parte de nós desenvolva o Corpo-Alma, o “soma psuchicon”, identificando-se então com o próprio Cristo, por isso que é chamado, também, de Cristo interno.
Hoje, tal promessa é tão viva, tão real, tão sonora como o foi há mais de dois mil anos! Sentimos a presença do Cristo em cada ato de benevolência. Ouvimos a voz d’Ele nas palavras consoladores, nas pregações sinceras, nas músicas sublimes. Observamos os milagres d’Ele na ação pura dos idealistas. Cada novo Cristão é um Lázaro que ressurge. Cada novo Cristão é um participante da multidão alimentada com o “pão da vida”.
Mais de vinte séculos são decorridos e as vitórias do Cristianismo se sucedem. Forjado com o sangue dos mártires imolados em Roma e na Ásia Menor, resistiu a todas as procelas: aos tenazes perseguidores, às incompreensões e divergências internas, ao materialismo dos nossos tempos.
Força irresistível! Sobreviveu a todas as tentativas de destruição que lhe fizeram.
Estamos atravessando um momento crítico nesse Esquema de Evolução. Nunca carecemos tanto da presença de Cristo como agora, e nunca Ele esteve tão próximo, empenhando-se em nos despertar a nossa verdadeira vocação espiritual.
Somos uma massa heterogênea. Formamos um conglomerado de virtudes e defeitos, de injustos, justos e injustiçados, de crentes e indiferentes, de altruístas e egoístas, de explorados e exploradores. A cada Natal, a força Crística reinicia o processo de transmutação dessa massa, sensibilizando as nossas faculdades espirituais. É essa energia dinâmica na verdadeira acepção da palavra que procura romper a barreira das nossas limitações. É ela que nos inspira no aprimoramento do nosso caráter. Ela nos enleva ante uma estátua esculpida na algidez de uma pedra. Ali não deparamos meramente com a figura estática, mas sentimo-la vivente, palpitante.
Essa energia nos deixa extasiados ao examinarmos um quadro, em que os contornos e as cores sugerem sentimentos. Ela nos eleva e aquieta ao som de uma Sinfonia de Beethoven, de uma composição de Bach ou Haendel.
Nessas contemplações transcendemos a forma, penetramos no âmago, no espírito das coisas.
A esse propósito, queridos irmãos e irmãs, almejemos cada vez mais penetrar no Espírito do Natal, identificando-nos com ele. O verdadeiro Natal é interno. Consiste no nascimento do Cristo em nosso mundo interior.
Convertamos nossos corações em humildes manjedouras para receber Aquele que salva. E quais Reis Magos, depositemos aos Seus pés nossas oferendas: o ouro, o incenso e a mirra, traduzidos simbolicamente no Corpo, na Alma e no Espírito. Reverentes e gratos, entreguemos nossas dádivas Àquele que em si mesmo é a dádiva perpétua, a oferta perfeita, o Cristo que salva, que redime, que consola, que eleva, que encontra uma réplica microcósmica em cada ser humano, e que, ano após ano, generosamente, oferece-nos sua ajuda no sentido de ampliarmos Sua imagem em nós, até que todas formem uma só aura, uma só força, um só poder, no grande dia das Bodas Místicas.
Que este Natal nos encontre unidos em torno do nosso ideal, o ideal do Cristo!
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – dezembro/1973–Fraternidade Rosacruz–SP)
Estava um lindo dia e às onze horas todos nós nos reunimos em frente ao novo refeitório prontos para içar a bandeira da Fraternidade Rosacruz; Max Heindel então tomou a palavra:
“Embora numericamente sejamos poucos, os olhos que estão sobre este lugar nesta manhã são muitos e um evento que marcará época está prestes a acontecer. Seiscentos anos antes do início da era Cristã, uma onda de esforço espiritual foi iniciada nas costas orientais da Ásia; o Confucionismo começou então a lançar sua luz sobre os problemas das pessoas que viviam lá naquela época. Tornou-se para elas um trampolim para maiores realizações, pois era adequado àquela raça e de lá, em outra forma, foi para o oeste através do Índia e da Pérsia, até a Galileia, onde assumiu a atual roupagem da Religião Cristã e, como tal, foi promulgada em todo o mundo ocidental.”
“Mas, sempre houve um lado oculto em todas as Religiões: ‘leite para os bebês e carne para os fortes’ sempre foi a regra em todos os lugares, tanto nos tempos antigos como nos modernos, e os símbolos místicos que deram esse ensinamento mais profundo moveram-se junto à onda em seu caminho para o oeste. Seiscentos anos atrás, o avançado posto de mistérios ocidentais foi fixado na Alemanha e a Ordem Rosacruz começou a ensinar os poucos que estavam, então, prontos. Hoje, aquele posto quase completou seu trabalho, tanto quanto é possível naquele lugar. Está agora enviando outro posto avançado para as costas do Oceano Pacífico; aqui, na extremidade ocidental do nosso continente, a Fraternidade Rosacruz foi estabelecida como um centro Esotérico para preparar o caminho para a Ordem Rosacruz e algum dia, nós não sabemos quando, mas provavelmente na época em que o Sol entrar em Aquário, a própria Fraternidade Rosacruz surgirá e estará localizada em algum lugar nesta vizinhança.”
“Esta, então, é a última mudança nos continentes atuais e quaisquer futuros movimentos espirituais que possam surgir terão seu início em um novo ciclo em outros continentes, a ser elevado ao oeste e ao sul desta localização; portanto, estamos agora no final de um ciclo e no início de um novo. Estamos prestes a hastear a bandeira da Fraternidade Rosacruz, que é o símbolo espiritual mais elevado da Terra: a bela cruz branca com suas rosas vermelhas, a sua estrela dourada e um fundo azul-celeste. As cores primárias, em sua relação única e significando o Pai, o Filho e o Espírito Santo, flutuarão sobre este lugar doravante até que a sua missão esteja cumprida, possibilitando a criação de veículos mais elevados. Queira Deus que uma multidão possa se unirem torno desta bandeira para guerrear contra a natureza inferior, para exaltar a vida superior, para trazer luz e cura ao mundo que agora geme de dor e sofrimento.”
A bandeira foi então hasteada e o Max Heindel continuou:
“Mas, enquanto tivermos fé, no devido tempo as trevas, a tristeza e o sofrimento cessarão e o glorioso Milênio, o Reino de Cristo mencionado na Bíblia, vai se tornar uma realidade; a ‘fé sem obras é morta’ e cabe a todos os verdadeiros construtores de Templos fazer o seu trabalho para que possamos tornar realidade esses ideais que esperamos. Portanto, nos reunimos hoje com o importante propósito de colocar a pedra fundamental, o primeiro bloco de concreto para o último Templo material a ser erguido no continente agora habitado por seres humanos. Notem, eu digo ‘o último Templo material’, pois é necessário para a nossa presente condição subdesenvolvida ter o edifício de concreto, antes de podermos construir sobre ele o verdadeiro Templo feito de corações humanos, do qual já falamos tantas vezes.”
“Em algum momento, como foi afirmado anteriormente, numa data futura, provavelmente quando o Sol entrar em Aquário, a Ordem Rosacruz se manifestará em toda a sua plenitude. Seus membros também construirão um Templo aqui, um Templo de potência muito maior do que jamais poderemos esperar para o nosso Templo ‘de concreto’; e nele será continuado o trabalho agora realizado no Templo da Ordem Rosacruz que hoje se encontra na Região Etérica do Mundo Físico, na posição referencial onde hoje está a Alemanha; talvez esse Templo possa inclusive ser transferido de lá. O autor não sabe ao certo, mas essa estrutura é inteiramente etérica. Nós, que somos incapazes de ver o Templo tal como ele aparece à visão espiritual, somos, naturalmente, obrigados a primeiro construir uma estrutura física como um tipo de esqueleto de um edifício verdadeiramente espiritual, que então se torna uma força no mundo. E se tornarmos este edifício material concreto bonito e inspirador, a inspiração que obtemos deste edifício visível se refletirá no nosso Templo espiritual invisível. Assim, a estrutura concreta é a ‘serva’ do trabalho espiritual.”
“Se compreendêssemos as linhas da força Cósmica, se pudéssemos ver como os Irmãos Maiores são, não teríamos a necessidade de construir assim uma estrutura de ‘concreto’, também não teríamos a necessidade de esperar muito tempo até que os materiais fossem colocados em suas devidas posições, mas nós poderíamos começar o trabalho de construção imediatamente; seríamos de uma vez por toda uma força para um grande bem no mundo, para a rápida libertação de Cristo; agora, porém, que não somos, devemos fazer o melhor que pudermos, isto é, criar uma estrutura material, incorporando linhas e princípios cósmicos, para que todos que entrarem em seus portais possam ser inspirados, e assim poderemos ajudar a todos para construir o Templo vivo invisível, que é a verdadeira assembleia de Cristãos, ligada pelos mesmos laços de doutrina de fé e sob a liderança de Cristo.”
“Esta manhã nos reunimos com o propósito de colocar a primeira pedra, a pedra que conterá todas as cartas e todos os documentos, juntamente com os escritos e a literatura tal como os temos atualmente na Fraternidade Rosacruz; isto proporcionará as idades futuras a razão sobre o motivo da construção desta estrutura e porque ela perdurou. Que Deus conceda que esta primeira pedra possa ser rapidamente seguida por outras pedras e que em breve possamos iniciar o trabalho e estar prontos para estabelecer a verdadeira Sede em Mount Ecclesia.”
“A Bíblia relata a visita dos Reis Magos no nascimento do nosso Salvador e a lenda completa a história contando-nos que Gaspar, Melchior e Baltazar, que eram os nomes destes sábios, pertenciam às três Raças na Terra, naquela época. É muito peculiar, para dizer o mínimo, que nesta importante ocasião também estejam presentes em Mount Ecclesia os representantes das Raças da Época Lemúrica, da Época Atlante e da Época Ária. Para uma Mente aberta, a presença de representantes das diferentes Raças no nascimento de Cristo esclarece o fato de que a Religião que Ele veio estabelecer é universal. Da mesma forma, a presença presente, inesperada e até o momento despercebida, de representantes das três grandes Raças em Mount Ecclesia parece um augúrio de que este grande movimento irá, também, se tornar um veículo universal de boas novas, de compreensão mais profunda e de um verdadeiro sentimento de companheirismo para todos os que vivem na Terra.”
Os presentes se dirigiram, então, para o local onde haviam sido empilhados areia e cimento e cada um, senhoras e senhores, participou da mistura do cimento, do transporte até a sala de espera decorada com folhas de palmeira e da confecção da pedra que formará o canto da Ecclesia, quando esta for iniciada.
(Publicado na Revista Rays from the Rosecross de dezembro de 1914 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Há 2 meios de você acessar esses Estudos Bíblicos Rosacruzes:
1.Em formato PDF (para download):
2.Para ler no próprio site:
Introdução
O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, ocultista-místico Cristão.
Afinal, já sabemos que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios e, nesse sentido, em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
S. Paulo mesmo em suas Epístolas, nos adverte que até o dia de hoje, na leitura do “Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado; contudo, até hoje, sempre que leem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se “converter” ao Senhor, o véu lhe é tirado.” (IICor 3:14-16).
E isso porque somos “ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica” (IICor 3:16). Assim, mostremos, pois, nessas aparentes contradições, o sentido oculto nas entrelinhas, “o espírito da letra”.
Sabemos, por meio dos nossos estudos dos Ensinamentos Rosacruzes que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Antes de tudo, reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia. O motivo principal é porque “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”
Um segundo motivo é porque o estudo bíblico é fundamental para o Estudante Rosacruz. É por meio dele que o Estudante Rosacruz tem a maior ajuda para equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico. Pois, como todos sabem, a imensa maioria das pessoas que se tornam Estudantes Rosacruzes tem a tendência a ficar mais para o lado da Mente, da “cabeça”, da razão e, com isso, sofre a tentação de ser perder na intelectualidade.
E isso, como nos diz Max Heindel, é um fator de desestimulo e até de risco à perda de oportunidades para evoluir nessa vida aqui.
Vamos compreender a necessidade da antecipação da primeira vinda de Cristo e de todo o Seu ensinamento a partir do estar entre nós, de ter acesso a todo conhecimento de vidas e vidas de um ser humano (com o objetivo de compreender como não conseguimos avançar no Esquema de Evolução e como chegamos a uma situação perigosíssima de perder a oportunidade de evoluir nesse Esquema, gerando uma segunda Lua terrestre) e de fornecer um ensinamento que, a partir do interior de cada um de nós e se quisermos, é perfeito para avançarmos nesse Esquema de Evolução: o Cristianismo.
Afinal, um Arcanjo ter que se submeter a experimentar a vida a partir de Corpos que somente seres humanos eram para funcionar, além de um enorme sacrifício, foi uma medida extremamente complexa e difícil de ser executada. Se houvesse outra solução, com certeza, teria sido executada.
Portanto, para entendermos a causa dessa necessidade de Cristo se pronunciar assim, ensinando que deveríamos alterar o nosso comportamento, deixando de pensar, desejar, falar e agir de um modo bem diferente do que estávamos acostumados a fazer, temos que compreender como e porque chegamos a essa situação, que evidenciou o risco de muitos de nós perder a oportunidade de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução.
Esse conhecimento facilitará, e muito, o nosso entendimento sobre os Estudos Bíblicos Rosacruzes, quando fomos ler e estudar a Bíblia, tanto os Evangelhos, todo o Novo Testamento, bem como o Antigo Testamento.
Utilizemos o conhecimento adquirido por meio da Filosofia Rosacruz para detalharmos os principais pontos.
Nesse Período Terrestre, quando alcançamos o Globo D, na 4ª Revolução – quando começou de fato o trabalho original do Período Terrestre, após às devidas recapitulações –, também alcançamos o ponto mais denso que nós, Espíritos Virginais da Onda de Vida humana manifestados aqui, deveríamos conquistar já na Região Química do Mundo Físico, onde até hoje vivemos quando estamos renascidos no nosso Corpo Denso aqui. Esse ponto chama-se Nadir da Materialidade.
Se detalharmos um pouco mais as Revoluções no Globo D, vemos que essa figura abaixo deixa mais clara que a 4ª Revolução, é a parte da Região Química do Mundo Físico onde vivemos a parte mais densa em matéria de todo esse Esquema de Evolução. Por isso o meio da 4ª Revolução é conhecido como o Nadir da Materialidade.
Esse fato é, ao mesmo tempo, o ideal da conquista de toda a Região Química do Mundo Físico que devemos alcançar (note a única Onda de Vida a fazer isso), mas é o maior risco que enfrentamos.
E como ocorre em todos os Esquemas de Evolução, nesse momento, esse Esquema de Evolução é dividido em partes menores um pouco antes de se alcançar Nadir da Materialidade e um pouco depois de alcançá-lo.
Os motivos para esse cuidado das Hierarquias Criadoras que dirigem o Esquema de Evolução são dois:
As divisões, nesse momento e nesse Esquema de Evolução foram em Épocas e Eras. E isso foi possível devido a um dos movimentos do nosso Planeta chamado de Precessão dos Equinócios, bem conhecido pela Astronomia.
Bem resumido, ocorre porque vendo daqui da Terra (ou seja, tendo como referência estarmos em um ponto qualquer da Terra) todos os anos, no Equinócio de Março, o Sol cruza o Equador do hemisfério sul para o hemisfério norte.
Nesse momento se olharmos por trás do Sol há um Signo, ou seja: o Sol está transitando por um Signo. Atualmente o Signo é Peixes.
E devido ao movimento Precessão dos Equinócios (como o nome já sugere), todo ano o Sol cruza em ponto anterior ao ponto anterior (Exemplo: se cruzou no grau 10 de um Signo, cruzará em algum ponto menor que o grau 10; na verdade alguns minutos menores do que o do ano anterior).
Assim, houve momentos no passado em que no Equinócio de Março, o Sol cruzava quando estava no Signo de Áries e em momentos mais anteriores, o Sol cruzava quando estava no Signo de Touro no Equinócio de Março.
Assim, considerando as lições a serem aprendidas, o processo, o método empregado e todo o ambiente que tínhamos, as Hierarquias Criadoras deram o nome de Era a cada Signo que o Sol transitava pelo movimento da Precessão dos Equinócios. Na Filosofia Rosacruz estudamos com mais detalhes cada Era.
Assim, enquanto o Sol transitava pelo Signo de Touro, tivemos a Era de Touro. Depois, em um momento mais à frente enquanto o Sol transitava pelo Signo de Áries, tivemos a Era de Áries. Depois, em um momento mais à frente enquanto o Sol transita pelo Signo de Peixes, temos a Era de Peixes.
E a cada 3 Eras temos uma Época que compreende um conjunto maior de alterações em nós e no nosso Campo de Evolução, necessários para evoluirmos e aprendermos as lições nesse Esquema de Evolução. Exemplo: em uma Época nosso Corpo Denso era mais parecido como um embrião humano atual. Hoje é essa forma que temos, muito mais desenvolvido.
Na figura abaixo vemos as Eras e a cada 3 Eras, a Época. E, alguns exemplos das principais modificações que ocorrem na nossa composição (Corpos e Veículo), na nossa alimentação e no nosso comportamento.
Note que na figura fica claro que alcançamos o Nadir da Materialidade exatamente na Era de Gêmeos da Época Atlante.
Já há muito tempo nesse Esquema de Evolução, já que estamos atualmente na Era de Peixes, já na Época Ária!
Note que próximo ao Nadir da Materialidade, que ocorreu na Época Atlante, de um lado tivemos a Era de Câncer, depois a mais densa de todas a Era de Gêmeos e do outro lado a não tão densa Era de Touro, fechando a Época Atlante. Depois entramos na Época Ária que se iniciou com a Era de Áries, depois a menos densa das 3 anteriores, a Era de Peixes (a que estamos agora) e estamos já na Órbita de Influência da Era de Aquário.
Para que pudéssemos alcançar o objetivo de nos manifestar como indivíduos completos e expressar o total controle do nosso Tríplice Corpo em cada um dos Mundos que atuamos, os Senhores da Mente nos deram o germe da Mente nessa Época Atlante (durante as 3 Eras, dependendo do grau de evolução de cada um de nós).
Também nesse Esquema de Evolução, para alcançarmos o Nadir da Materialidade fomos nos concentrando cada vez mais no nosso Corpo Denso e na Personalidade, de modo que a ilusão do “eu pessoal”, imediatamente surgiu a ideia do “eu” e “tu”, do “meu” e “teu”, e os interesses individuais começaram a entrar em conflito com os dos outros, que começou na Era de Gêmeos.
Estudamos esses eventos na Bíblia, figurativamente nos contado como a tragédia entre Caim e Abel e a existência de Nimrod, poderoso caçador, com derramamento de sangue.
Com isso e por vontade própria fomos robustecendo o nosso modo de agir por meio do Corpo de Desejos, procurando satisfazer todos os nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores em busca da conquista da Região Química do Mundo Físico e esquecendo totalmente da nossa parte divina. O livre arbítrio nos garantiu essa escolha. Como o Corpo de Desejos ditava a nossa conduta e focado em gerarmos desejos, emoções e sentimentos inferiores (egoísmo, ódio, raiva, vingança, ciúmes, inveja e afins), colocamos, por livre vontade, a Mente à serviço do Corpo de Desejos e começamos a utilizar a Mente para manifestar a astúcia e justificar os nossos desejos inferiores.
Resultado: cristalização dos nossos veículos e risco de perder todas as possibilidades de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução (que é o que já aconteceu com vários dos nossos irmãos e das nossas irmãs que hoje aguardam no cone sombrio da Lua um próximo Dia de Manifestação do nosso Criador, Deus).
Já entre o final da Era de Gêmeos e iniciando a Era de Touro, com o objetivo de nos ajudar a controlar o nosso Corpo de Desejos, Jeová (o terceiro Aspecto de Deus, o Espírito Santo) nos forneceu as Religiões de Raça nos separando em nações, cada uma com um Espírito de Raça, de modo que pudesse ficar mais fácil os povos das nações dominarem os seus Corpos de Desejos entre os membros das nações. E para que isso ficasse claro deu a cada nação Leis – um exemplo são os 10 Mandamentos – que deveriam ser obedecidas e que, se analisarmos cada uma, veremos claramente que tem o objetivo de controlar os nossos Corpos de Desejos na escolha e manipulação de materiais das 3 Regiões inferiores do Mundo do Desejo.
Como havia muitos irmãos e muitas irmãs já avançados, esses foram escalados como Profetas, mediadores entre o Divino e a Humanidade, que contavam como os povos das nações deveriam se comportar, onde estavam errando e o que fazer para se corrigirem.
O que aconteceu? Nós começamos a “distorcer” as Leis de Raça, a fim de tentar acomodar a prática dos nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores (e muitos de nós até hoje assim o fazem).
Um exemplo? A da “lei do talião” de onde veio essa de “olho por olho, dente por dente”. Isso não está nos 10 Mandamentos, não é? E como essa “lei”, há muitas outras pelo mundo afora que podemos consultar, se quisermos.
Percebam na figura que já na Era de Touro éramos para começar os preparativos para irmos em direção a uma menor densidade de matéria química e começar um caminho para a matéria etérica, na Região Etérica.
Só que continuávamos o foco na Região Química, o apego ao “Eu inferior” e nos alimentando de material de desejos, sentimentos e emoções inferiores, ou seja, nos cristalizando por irmos contra as Leis de Deus.
Quando entramos na Época Ária, por meio da Era de Áries, novas condições foram apresentadas para nos ajudar a mudar essa direção. Muitos conseguiram, mas outro tanto não. Foi então que surgiu o Plano de Salvação liderado por Cristo, nosso Redentor e único Ideal a ser seguido.
Toda uma preparação foi nos fornecida para ensinar que devíamos deixar as Religiões de Raça – a Religião do Espírito Santo – e adotar a Religião Cristã que Cristo estava nos apresentando – depois de anúncios e mais anúncios e exemplos e mais exemplos, desde muitos séculos ainda da vinda do Cristo, do que seria a Religião Cristã, a Religião do Filho, dados pelos profetas, como temos inumeráveis no Antigo Testamento.
De modo que quando foi atingindo o entorno de 8 graus de Precessão dos Equinócios do Sol cruzando o Equador por Áries (veja: já na Órbita de Influência da Era de Peixes), Cristo veio entre nós para nos mostrar como devemos fazer para progredir nesse Esquema de Evolução, por meio do Cristianismo. E para facilitar o acesso a quem quiser sobre esses ensinamentos temos a Bíblia, um livro onde está o básico, mas que exige uma preparação espiritual esotérica Cristã para compreender e aplicar o que lá está colocado (caso contrário, ficará apenas na superficialidade, na astúcia, no desânimo e, fatalmente, na desistência).
O momento cósmico estava apropriado para a implantação dessa ajuda extra e indispensável para que pudéssemos, se quiséssemos retomar o Esquema de Evolução e avançar em direção a Era de Aquário, onde Cristo nos receberá, quando já tivermos nosso Corpo-Alma suficientemente desenvolvido, como Ele mesmo nos ensinou.
Por fim, nunca nos esqueçamos: desde o Seu sacrifício no Gólgota, quando o Corpo Denso de Jesus foi destruído, ao mesmo tempo em que se manifestavam certos fenômenos relatados na Bíblia, o Espírito de Cristo penetrou na Terra. O Cristo se tornou o Espírito Interno da Terra. Agora, Ele guia nosso Planeta em sua órbita. Ele continua o Seu sacrifício de nos ajudar e está sempre conosco, esperando que aprendamos e apliquemos o que Ele já nos ensinou.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – P.8.
Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 25:
“1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: 2Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos, 3Judá gerou Farés e Zara, de Tamar, Farés gerou Esrom, Esrom gerou Aram, 4Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon, 5Salmon gerou Booz, de Raab, Booz gerou Jobed, de Rute, Jobed gerou Jessé, 6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que foi mulher de Urias, 7Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa, 8Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jorão, Jorão gerou Ozias, 9Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias, 10Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias, 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia. 12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel, 13Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor, 14Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud, 15Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matã, Matã gerou Jacó, 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo. 17Portanto, o total das gerações é: de Abraão até Davi, quatorze gerações; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze gerações; e do exílio na Babilônia até Cristo, quatorze gerações. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. 19José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. 20Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou- se a ele em sonho, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: ‘Deus está conosco’. 24José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher. 25Mas não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus.”
Genealogia de Jesus, segundo S. Mateus
Antes de falarmos da genealogia de Jesus, como nos foi dado por S. Mateus, lembremos que Jesus pertence à nossa Humanidade, ou seja é um ser humano, ou um Espírito Virginal da Onda de Vida humana, exatamente como um de nós. Assim, estudando o ser humano Jesus na Memória da Natureza podemos segui-lo em suas vidas anteriores, renascido aqui inúmeras vezes: durante um certo tempo na sua evolução, de 1000 em 1000 anos (com a manifestação de sexo aqui alternado: uma vez homem, outra vez mulher) e depois, evoluindo espiritualmente, não mais de 1000 em 1000 anos e nem mais alternadamente homem e mulher.
Já quando renasceu como Jesus não era um indivíduo comum. Tinha desenvolvimento uma Mente singularmente pura, muito superior à grande maioria da nossa presente Humanidade. Um Corpo Denso mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo Denso construído por qualquer outro ser humano. E, obviamente, um Corpo Vital mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo Vital construído por qualquer outro ser humano. E, com certeza absoluta, um Corpo de Desejos mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo de Desejos construído por qualquer outro ser humano. Além de um Corpo Mental, ao invés de um veículo Mente, como temos. Pois esteve percorrendo o Caminho da Santidade através de muitos renascimentos aqui, preparando-se para a maior honra que poderia ter recebido um ser humano.
Vamos enumerar a genealogia de Jesus, conforme nos fornecido por S. Mateus:
Nesse Capítulo S. Mateus mostra 41 gerações sendo que na última ele considera a geração vinda de Maria, totalizando 42 gerações. Obviamente não se quis mostrar aqui todos os renascimentos de Jesus aqui (com certeza houve muito mais!) e muito menos que todas essas pessoas foram renascimentos anteriores de Jesus. O único que é nos revelado como um renascimento anterior de Jesus foi Salomão. E só nos foi revelado porque há coisas importantes para compreendermos com essa revelação, como já estudamos na Filosofia Rosacruz.
Há que se tomar muito cuidado em interpretações usando o significado dos nomes aqui expostos: devido a dificuldades de grafia, a chance de “fantasiar” é enorme. Sugerimos não perder tempo, nem em tentar, nem em ler. Dentre várias coisas que S. Mateus quis ensinar aqui, da parte esotérica, podemos ver alguns exemplos (muitos outros podemos ter, mas vamos nos ater ao tempo limitado):
A Revelação à José
Vamos ver agora a questão da revelação à José sobre o nascimento de Jesus (vers. 18 a 25). Para isso, lembremos que Maria, a mãe de Jesus, a Virgem Maria, possuía a mais elevada pureza humana, por isso foi escolhida para ser a mãe de Jesus. Já era uma elevada Iniciada. O pai, José, também era um elevado Iniciado, capaz de realizar o ato de fecundação como um sacramento, sem nenhum desejo ou paixão pessoal.
Em consequência, o formoso, puro e amoroso espírito conhecido pelo nome de Jesus de Nazaré veio ao mundo num Corpo puro e sem paixões. Como falamos antes, esse Corpo era o melhor, o mais próximo à perfeição que se podia produzir na Terra. A tarefa de Jesus, nesse renascimento, era cuidar e desenvolver o seu Corpo até o maior grau de eficiência possível para o grande propósito a que devia servir. Jesus surgiu do povo comum, não foi um levita, classe para quem era uma herança o sacerdócio. Ainda que não surgisse de uma classe de instrutores, seus ensinamentos foram superiores aos de Moisés.
Quando fazemos o Curso Bíblico Rosacruz, aprendemos que “conhecer alguém” no contexto colocado significa ter que se relacionar sexualmente para, por meio de um sentimento de paixão e posse, egoisticamente, criar condições de fornecer um Corpo Denso a um Ego com um único interesse: garantir que em renascimentos futuros, também se tenha a condição de receber um Corpo Denso.
José e Maria, como dissemos, como elevados Iniciados não precisavam disso. Iniciados quando precisam fazer o sacrifício de terem relações sexuais a fim de garantir um Corpo Denso a um ser até mais elevado do que os dois, o faz sem “conhecer”, ou seja, sem paixão ou sentimento algum inferior. Por isso é feito como sacrifício, ou seja, um SACRO-OFÍCIO. Depois desse sacrifício, nunca mais tiveram relações sexuais. Por quê? Porque não precisaram mais fazer o sacrifício para fornecer um Corpo Denso a algum ser elevado.
Imagine o regozijo de Maria e de José quando descobriram que tal SACRO-OFÍCIO redundou na fecundação e em todo um período de gravidez (em uma época que a taxa de natimorto era enorme!) que terminou bem-sucedido com o nascimento de um ser humano tão elevado que seria o que cederia os Corpos Denso e Vital para o Arcanjo Cristo!
Outros Pontos de Significância Esotérica
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 1 – versículo de 1 a 25.
Vamos ao texto do Capítulo 2, que vai do versículo 1 ao 23:
“A visita dos magos — 1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos” a sua estrela no céu surgir e viemos homenageá-lo”. 3Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. 4E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. 5Eles responderam: “Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo”. 7Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. 8E, enviando-os a Belém, disse-lhes: “Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que, também, eu vá homenageá-lo”. 9A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no céu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino. 10Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. 11Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região.
Fuga para o Egito e massacre dos inocentes — 13Após sua partida, eis que o Anjo do Senhor se manifestou em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”. 14Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que dissera o Senhor por meio do profeta: Do Egito chamei o meu filho.16Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e em todo seu território, todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que havia se certificado com os magos. 17Então cumpriu-se o que fora dito pelo profeta Jeremias: 18Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem.
Retorno do Egito e estabelecimento em Nazaré — 19Quando Herodes morreu, eis que o Anjo do Senhor se manifestou em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, pois os que buscavam tirar a vida ao menino já morreram”. 21Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel. 22Mas, ouvindo que Arquelau era rei da Judéia em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Tendo recebido um aviso em sonho, partiu para a região da Galileia 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareu.”
A visita dos magos
Reparem que S. Mateus já inicia com a “visita dos Magos”. E aqui é para mostrar que a “vinda de Cristo” já era sabida por muitos e há muito tempo se prepararam para esse momento.
Quando o Sol passava, por Precessão dos Equinócios, no Signo de Libra, aproximadamente há dez mil anos atrás, começaram os preparativos para a vinda de Cristo.
Foram enviados mestres Iniciados às mais diferentes partes do mundo, todos com uma mensagem similar: formar um círculo próximo de Discípulos para esse glorioso acontecimento que é a vinda da Luz do Sol, que haveria de se converter na Luz do Mundo.
À medida que o tempo passava a preparação foi se tornando mais definida.
Na China apareceu Lao Tsé e a adoração de Kwan Yin, que representa a Divindade Feminina. No Egito, a adoração se centrou em Osíris e Isis; na Babilônia, em Izdubar e Isthar; na Grécia, em Apolo e Atena; na Índia, Buda e sua mãe Maia; na Pérsia, Zoroastro (ou Zaratrusta) e Ainyahita (ou Anahita); e, finalmente, na Palestina, Jesus e a Virgem Maria.
Assim, ao longo de todos os tempos esses Discípulos que eram conscientes da “encarnação por vir” estiveram preparando-a. E é aqui que cabem também os três Magos do Oriente.
Há vários significados esotéricos da “Visita dos Magos”. Citemos alguns:
Os três homens sábios representam o Corpo, a Alma e o Espírito; e os seus presentes, a suprema dedicação ao Mestre.
A mirra é o símbolo da Alma e significa a amargura da dor e da pena, antes de que a natureza inferior do Aspirante tenha sido transformada; o incenso é o símbolo do Corpo Denso, o caminho da transmutação, eterizando o nosso Corpo; o ouro, nós, o Espírito, que refina a natureza inferior e, finalmente, a submete.
Outro significado: as Raças branca, amarela e negra que, antes de Cristo, éramos separados proeminentemente em raças, devido às Religiões de Raça existentes. Um dos resultados da vinda de Cristo é a miscigenação das raças, ou seja, o lento desaparecimento delas, como ainda a conhecemos atualmente.
Vamos, agora, detalhar um pouco a significância da Estrela de Belém, aquela que os Magos disseram que viram e estava seguindo. Sob a “antiga dispensação” (a 1ª e 2ª Dispensações, ou Jeovísticas) o Caminho da Iniciação não estava aberto senão para poucos escolhidos. Alguns podiam procurar o caminho, mas só os guiados ao Templo pelos Hierofantes podiam encontrar a entrada.
Antes da vinda de Cristo, não havia convite algum semelhante ao atual que foi feito por ele: “Todo aquele que queira, pode vir”. Aos escolhidos era ensinado nos Templos de Mistérios ou de Iniciações que há uma força ou energia física no Sol que é o princípio fecundante na Natureza e que sustenta os 3 Reinos de vida, mas que há uma força espiritual, emanada do Sol Espiritual que se tornava visível na noite de 24 de dezembro, considerada a noite mais santa do ano.
Na Noite Santa – três noites após o Solstício de Dezembro – diz-se que o Sol está diretamente abaixo da Terra e as influências espirituais são fortíssimas. Então, a Terra se tornava transparente à visão espiritual e os escolhidos para a Iniciação viam o Sol da meia-noite, e que era a Estrela. Atentem: não era o Sol físico, mas o Espírito do Sol, o Cristo, o nosso Salvador.
Sabemos que os eventos na vida de Cristo representam etapas sucessivas no Caminho da Iniciação para os Cristãos que estão trilhando esse caminho. Então, a Fuga para o Egito, que lemos nesse trecho do texto, também é uma dessas etapas.
E, assim, durante as primeiras etapas do desenvolvimento espiritual, nós, Aspirantes à vida superior, experimentaremos, frequentemente, “fugas para o Egito”, ou deslizamentos para as trevas, um evento que simboliza a nossa ascensão temporária e material sobre a natureza divina.
Há dificuldades em se entender essa passagem, mas se lembrarmos: que ainda se trata do ser humano Jesus; que ainda havia necessidade de Jesus experimentar essa subjugação dos sentidos e da escuridão da Mente mortal (simbolizado pelo lugar Egito – não o país atual!), até para mostrar para cada um de nós que não é porque “caímos” que não podemos retomar de onde paramos, então, o entendimento será mais clarificado.
Veja: a inciativa partiu de José, que simboliza a força masculina, a Vontade, a Razão em se afastar do caminho espiritual (não foi da força feminina, da Imaginação, o Coração).
E veja a simbologia de Herodes, como o Mundo material, que encanta, ilude e se justifica por si só!
E veja a simbologia de Egito representando a subjugação dos sentidos e da escuridão da Mente mortal. E é lá no Egito que sentimos a solidão e o abandono; o obscurecimento da nossa Vida interior e o embaraçamento por viver na ilusão material, que separa, que divide e que engana (sentimos “as coisas que vão montadas e cavalgam sobre nós”). Aqui é difícil sentir que somos escravos de tudo aquilo que, por inconsciente ironia, chamamos de “minhas posses” quando, em realidade, são elas que nos possuem!
Assim, a Fuga para o Egito representa a terra da escuridão e o materialismo reflete na nossa vida a luta, em nossos primeiros passos, no desenvolvimento para a Iniciação Cristã.
Retorno do Egito e estabelecimento em Nazaré
Notem nas passagens que até agora estudamos, os nomes dos lugares envolvidos e o seu significado no curso da vida de qualquer Aspirante à Vida Superior que busca o seu desenvolvimento através de uma Escola de Mistérios Cristã:
Tudo começa em Nazaré, que é o lugar onde o tempo é utilizado para a vida pessoal – dia a dia, cotidiana.
Depois devemos deixar Nazaré, e entrar no caminho que conduz a Belém, em preparação para o Sagrado Nascimento (a consciência da existência do nosso Cristo Interno, o Corpo-Alma).
Devemos, então, voltar a Nazaré, pois aqui é o baluarte da nossa evolução.
De vez em quando, caímos e experimentamos o gosto amargo da ascensão temporária e material em nós (o “Eu inferior” que tanto tempo nutrimos com os nossos pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, obras, ações e atos inferiores) sobre a nossa divina natureza (eu inferior sobre o eu superior): a Fuga para o Egito (o lugar da escuridão espiritual).
Então, nos lembramos que “o único fracasso é deixar de lutar” e, se fizermos uma breve reflexão vamos encontrar que as lições mais valiosas que aprendemos foram nos momentos mais sombrios de nossa vida e não nos mais radiantes. É e com essas forças que retornamos a Nazaré para continuar nosso caminho para frente e para cima.
Aí o retorno a Nazaré se torna uma coisa empolgante, o serviço amoroso e desinteressado se torna o mote da nossa vida. A sensação de caminhar a passos largos na evolução e de se tornar cada vez mais útil como colaborador no Plano de Deus nos empolga dia a dia e nos empurra para cima e para frente.
Vamos ver alguns pontos de esclarecimento esotérico
Dentre os sinais do Antigo Testamento que foram fornecidos – e há muitos! – para que quem quisesse soubesse que o Cristo viria, podemos citar:
“E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo.” (Mq 5:1-3)
“Do Egito chamei o meu filho.” (Os 11:1)
“Ele será chamado Nazareu.” (Is 1:11)
De novo vemos a citação: “Anjo do Senhor” que é o Anjo Gabriel, sendo outro exemplo de que José funciona conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, ou seja: convive com todos os seres que lá vivem (como nós convivemos aqui)!
Lembrando sempre: muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 2 – versículo de 1 a 23.
Introdução
O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, ocultista-místico Cristão.
Afinal, já sabemos que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios e, nesse sentido, em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: ‘A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.’. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia.
S. Paulo mesmo em suas Epístolas, nos adverte que até o dia de hoje, na leitura do “Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado; contudo, até hoje, sempre que leem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se “converter” ao Senhor, o véu lhe é tirado.” (IICor 3:14-16).
E isso porque somos “ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica” (IICor 3:16). Assim, mostremos, pois, nessas aparentes contradições, o sentido oculto nas entrelinhas, “o espírito da letra”.
Sabemos, por meio dos nossos estudos dos Ensinamentos Rosacruzes que os quatro Evangelhos S. fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que S. as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Texto do Capítulo 3
Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 17: “1Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia 2e dizendo: “Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo”. 3Pois foi dele que falou o profeta Isaías, ao dizer: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas. 4João usava uma roupa de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins. Seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre. 5Então vieram até ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a região vizinha ao Jordão. 6E eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 7Como visse muitos fariseus e saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? 8Produzi, então, fruto digno de arrependimento 9e não penseis que basta dizer: ‘Temos por pai a Abraão’. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10O machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo. 11Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12A pá está na sua mão: vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro: mas, quanto à palha, vai queimá-la num fogo inextinguível”.
13Nesse tempo, veio Jesus da Galileia ao Jordão até João, a fim de ser batizado por ele. 14Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?”. 15Jesus, porém, respondeu-lhe: “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. E João consentiu. 16Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele. 17Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem Me comprazo”.”
Alguns Pontos de S. João Batista
João Batista pertencia a uma ordem chamada os Essênios, que foi constituída para preparar a vinda de Cristo. Como sabemos muitas pessoas envolvidas na preparação e na vida de Cristo Jesus pertenciam a essa ordem.
Particularmente, coube a S. João Batista treinar os Discípulos para receber os ensinamentos esotéricos (com “S”) profundos que Cristo ensinaria. Assim muitos dos Discípulos de Cristo, foram Discípulos de S. João Batista.
Nesse versículo já vemos uma dessas necessidades de preparação: “Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo.”.
Não confundamos Reino dos Céus com Reino de Deus. Reino dos Céus se refere a todo o Esquema, a Obra, o Caminho de Evolução no qual estamos inseridos. E o que quer dizer aqui? Simplesmente que a partir da primeira vinda de Cristo estava aberto o acesso a quem quisesse para conhecer DIRETAMENTE (sem nenhum intermediário) tudo o que envolve a Peregrinação do ser humano desde quando começou nesse Esquema de Evolução, lá no longínquo Período de Saturno, até quando chegar ao final, no Período de Vulcano.
E, com isso, qualquer um pode alcançar o desenvolvimento espiritual que quiser, adiantando-se nesse Esquema de Evolução e ajudando com o máximo de eficácia todos os seus irmãos e suas irmãs de caminhada além do próprio Plano de Cristo para a “Salvação da Humanidade”.
Notemos que S. João Batista pregou o seu evangelho da preparação sem palavras ambíguas. Vamos a alguns exemplos e o motivo de tal pregação. Sua advertência era voltada a todos, como aqui: “O machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo”.
Que significa uma necessidade urgente e imediata de alterar toda a estrutura social que havia e que, infelizmente, ainda há e nos enreda nessa ilusão de realização e felicidade falsas, focada em falsos valores materiais e de poder, fama, fortuna e foco somente nessa vida material!
E aqui: “Produzi, então, fruto digno de arrependimento.”
Que significa Que passou da hora de preparar a nossa Personalidade para receber quem nos tirará desse atraso que nos impusemos nós mesmos em persistir no doloroso caminho do transgressor das Leis de Deus.
E ainda aqui, dirigindo-se a todo ser humano que insiste em se voltar para o materialismo (uns descarados, outros dissimulados e muitos achando que não são materialistas) e a todo ser humano que insiste em achar que tem todo conhecimento que precisa e não necessita do Cristianismo (ou insiste em intelectualizar o Cristianismo) ou que vira e mexe coloca em ação a sua hipocrisia, astúcia, vaidade, orgulho e tantas outras características muito bem definidas nas duas classes sociais existentes naquela época: fariseus e saduceus, quando diz: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir”.
Essas classes sociais não existem mais, pois estão presentes nas Personalidades de muitas pessoas, em nós quando insistimos em viver assim, ainda que em alguns momentos da nossa vida.
Se não fazemos o Exercício Esotérico de Retrospecção como se deve, então, periga achar que JAMAIS somos assim!
Notem como somos chamados por S. João Batista: “raça de víboras”.
Resumindo: S. João Batista não busca agradar a ninguém. Vive totalmente a política do “sim, sim…não, não” sem meias palavras e focado totalmente no Cristianismo que estava por vir. Como um verdadeiro precursor da Era de Peixes – a Era que estamos atualmente – age sempre acima de qualquer conveniência humana. Não tem essa de ser sociável, de cultivar relacionamentos com quem não está voltado para o Cristo, de ser dissimulado (um tipo de vida em um lugar e outro tipo, oposto, em outro).
E deixa clara a Sua missão e até onde devia ir: despertar aqueles que estavam preparados para receber o Cristianismo.
E nós, como Estudantes Rosacruzes, vivemos assim também? Ou temos vergonha, orgulho que significa falta de fé nos Ensinamentos Rosacruzes que é o Cristianismo Esotérico?
Batismo da Água ou o Batismo de Água ou, ainda, o Batismo com Água
Aqui nesse versículo “Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” vemos a declaração do método de Batismo que era aplicado por S. João Batista e por todos os Essênios responsável por tal Sacramento: o Batismo da Água ou o Batismo de Água ou, ainda, o Batismo com Água.
Repare: o Batismo, aqui descrito, não tem nada a ver com o batismo físico que estamos acostumados a ver!
O Batismo aqui descrito é um dos nove degraus definidos na Iniciação Cristã Mística. Era o simbólico de “conduzir à visão”. Era conhecido como Batismo por meio do arrependimento dos pecados, como está claro nesses versículos: “Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. Produzi, então, fruto digno de arrependimento e Eu vos batizo com água para o arrependimento.”
Nesse tipo de Batismo, era aberto ao candidato à Iniciação o conhecimento dos Mundos espirituais, pela primeira vez, pela sufocação. Os Iniciadores, como S. João Batista, sabiam que, quando se submerge alguém na água, os seus corpos sutis, por falta de condições biológicas de respiração de ar abandonavam, em parte, o Corpo Denso (corpo físico), da mesma forma como acontece num afogamento. Antes de o indivíduo afogar-se completamente, o espírito encontra-se consciente dentro de seu nível interno, conhecendo-se a si mesmo como um ser espiritual entre outros seres semelhantes, que se encontram em seu nível, estando só parcialmente ligado ao seu corpo.
Os Essênios conheciam perfeitamente o ponto exato em que o candidato aos mistérios podia ser novamente levado para fora da água, enriquecido com os conhecimentos obtido nos planos superiores.
Dessa forma, o candidato tinha plena certeza da existência de uma vida espiritual, o que o levava a morrer para tudo quanto é material. Ele era “um morto para o mundo, e nascido para os Céus”.
Batismo de Fogo ou Batismo do Fogo ou, ainda, o Batismo com Fogo
S. João Batista também anuncia que aquele que está chegando, batizará de uma outra forma, o chamado Batismo de Fogo ou Batismo do Fogo ou, ainda, o Batismo com Fogo. O Fogo aqui é o fogo do Espírito Santo que Resulta em uma iluminação interna do candidato à Iniciação e leva a uma comunhão direta com o Fogo do Cosmos do Espírito Universal. É um processo de dentro para fora, portanto, sem nenhuma necessidade de alterar a condição da consciência externa do candidato à Iniciação.
Vejamos 2 exemplos que estudaremos com mais profundidade à frente: o primeiro se refere ao Batismo experimentado por Saulo de Tarso (depois S. Paulo) no caminho de Damasco quando, consoante o relato nos Atos, ele foi ofuscado até a cegueira completa durante dias, pela Luz de Cristo. E o segundo exemplo se refere ao Pentecostes. A mesma Luz que brilhou sobre Paulo envolveu os Apóstolos em seus corações, ensinando-lhes a presença de Deus em seu interior.
Já no evento do Batismo de Jesus veja a presença clara da Santíssima Trindade: Deus Pai proclamando: “Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo”. Deus Filho, o Cristo, na presença própria iniciando a Sua missão, tomando os Corpos Denso e Vital de Jesus. A partir de então sendo Cristo Jesus ou Jesus Cristo. E a do Deus Espírito Santo (Jeová) como a forma de uma pomba (não “como uma pomba”).
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 3 – versículo de 1 a 17.
Introdução
A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.”
E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia.
Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Texto do Capítulo 3
Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 17: “1Então Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto, para ser tentado pelo diabo. 2Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome. 3Então, aproximando-se o tentador, disse-lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”. 4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.”. 5Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do Templo 6e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra.”. 7Respondeu-lhe Jesus: “Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus”. 8Tornou o diabo a levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor 9e disse-lhe: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”. 10Aí Jesus lhe disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto.”. 11Com isso, o diabo o deixou. E os anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo.”
Conceito da palavra “tentação”
A palavra “tentação” que vem do grego, peirasmon ou eirasmon que podemos traduzir por “teste”, “tentativa”, “provação”, “teste da fidelidade do homem”, “teste da virtude”, “tentação, despertada dos desejos ou das circunstâncias externas”, “estado mental pelo qual somos provocados para pecar”, “tentação interna para pecar”, dentre outros.
É importante definir essa palavra cuidadosamente, pois a mesma palavra pode ter significados diferentes, dependendo do contexto.
Por exemplo, a palavra nem sempre é usada num sentido negativo (isto é, como uma atração ao pecar).
Algumas vezes o termo significa uma prova, uma tribulação, um teste, um provar de algo ou mesmo uma experiência.
A palavra poderia ser usada no contexto de testar a qualidade do ouro, ou a força de um arco. Assim, ela pode ter uma conotação positiva: em Gênesis 22:1, diz-se que Deus testou Abraão. Jeová testou ou provou a fé de Abraão, ao ordenar que ele sacrificasse Isaac, seu único filho. Em II Crônicas 32:31 diz que Deus testou Ezequias. Jeová queria saber se o rei estava cheio de orgulho ou não.
Já, do latim, temos: TENTATIO, ONIS (pode ser grafada TEMPTATIO) originalmente significava “ataque, acesso de febre” ou “prova, tentativa, teste, ensaio”, ou ainda TEMPTARE que podemos traduzir: “sentir, testar, tentar influenciar” e daqui gerou o verbo “tentar”.
O Tipo de Tentação das Três Tentações de Cristo-Jesus
Um dos dois tipos de tentadores que temos é aquele que nos incita a agir, mas agir para o mal; a manter uma compreensão errada pela Mente; a viver na ignorância.
Nesse sentido Cristo-Jesus foi tentado três vezes pelo demônio no deserto. As tentações visavam tocar no ponto mais fraco, com isso o tentador poderia justificar a sua queda alegando que: ou se fazia assim ou morreria. Entretanto, sempre é preferível morrer a trabalhar para o mal!
Para ilustrar vamos utilizar o quadro do famoso pintor renascentista italiano Sando Botticelli, de 1480-1482, intitulado: As Tentações de Cristo. Atentemos, na pintura, somente a parte que se refere às 3 Tentações.
Vemos nesse quatro os 3 tipos de tentação sofrida por Cristo.
A Primeira Tentação
A primeira tentação lemos nos versículos 2 a 4 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Após Cristo-Jesus ter jejuado 40 dias e 40 noites ‘o tentador aproximou dele e lhe disse: ‘se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pão’. Cristo-Jesus respondeu: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’.”.
Note que essa resposta está em Deuteronômio 8:3, que nos esclarece – e nos orienta na hora que essa tentação nos acomete – que a alimentação espiritual também sacia a “fome material”.
Sempre veremos no Novo Testamento muitas confirmações dos Profetas que manifestaram suas profecias no Antigo Testamento.
Isso serve para demonstrar que a vinda do Cristo já fora planejada a muitos anos atrás para que muitos tivessem a oportunidade de se preparar para vinda d’Ele e outros que pudessem se emendar e rever a conduta errada de viver.
Notem que por meio do Seu poder espiritual, Cristo-Jesus poderia matar Sua fome, mas é uma Lei Cósmica que não se pode usar o próprio poder para tirar algum proveito material para si mesmo. Se Ele o fizesse estaria praticando magia negra! E o tentador sabia disso!
Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um dos incentivos que temos atualmente para a ação: Poder, que é um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de poder é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de que possamos obter experiência e aprender os conceitos de autoridade, dignidade, generosidade, lealdade e nobreza.
Mas, o que fazemos? Usamos o conceito de Poder para expressar a nossa arrogância, o nosso despotismo, a nossa dissimulação, a nossa ostentação, a nossa tirania. Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando o poder como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior: Ou seja: “o Poder que se deve desejar é o que atua melhorando a Humanidade” e é assim que devemos utilizá-lo, afinal: “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.
A Segunda Tentação
Vamos à segunda tentação, lemos nos versículos 5 a 7 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: ‘Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus Anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra’. Respondeu-lhe Cristo-Jesus: ‘Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus’”.
Note que o demônio percebeu que Cristo se apoiava nas Sagradas Escrituras e, também, se apoiou nela para fundamentar a sua sugestão, quando cita o Sl 91:11-12. Novamente, veja que essa resposta está em Deuteronômio 6:16, no Antigo Testamento.
Essa passagem nos esclarece – e nos orienta na hora que essa tentação nos acomete – que não devemos ceder à vaidade de demonstrações farisaicas, posando de “bom moço ou de boa moça”, de filantrópico de ocasião, onde não haja necessidade delas e, ainda, confiando em proteções “superiores”!
Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um outro dos incentivos que temos atualmente para a ação: Fama, que é um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de fama é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de possamos obter experiência e aprender os conceitos de exemplo em viver a vida, “seta no caminho”, verdadeiro amigo (a), servidor amoroso e justo.
Mas, o que fazemos? Usamos o conceito de Fama para expressar e tentar sempre ser bem-sucedido (a), muitas vezes, a qualquer custo da pessoa ou de quem quer que seja, o ser popular, seja por qualquer motivo que se apresente e, também, por qualquer custo, inclusive da própria vida, a nossa vaidade, a nossa ostentação, a nossa tirania.
Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando a fama como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior, ou seja: “a Fama a que se deve aspirar é a que possa aumentar nossa capacidade de transmitir a boa nova, a fim de os sofredores poderem encontrar o descanso para a dor do seu coração.”
A Terceira Tentação
Vamos à terceira tentação, lemos nos versículos 8 a 11 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Tornou o diabo a levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor e disse-lhe: ‘Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares’. Aí Cristo-Jesus lhe disse: ‘Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto.’. Com isso, o diabo o deixou. E os Anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo”.
Novamente, veja que essa resposta está em Deuteronômio 6:13, no Antigo Testamento.
Essa passagem nos esclarece que Deus está acima de tudo e só a Ele podemos e devemos adorar, reverenciar e obedecer não devendo utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais nem para grupos, família, nação ou qualquer segmento em que nos identificamos como fazendo parte.
Perceba que aqui, se Cristo cedesse (como nós muitas vezes cedemos) logo descobria que “teria ganhado o mundo inteiro, mas perdido não só a sua própria alma, mas, no caso d’Ele a alma do mundo inteiro, que tinha esperança de salvar”!
Além do que a Reino de Deus não é deste mundo; não é o Reino dos homens; o Reino de Deus é celeste.
Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um outro dos incentivos que temos atualmente para a ação: Fortuna, que é, também, um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de fortuna é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de que possamos obter experiência e aprender os conceitos de oportunidades para servir, conhecimento a aplicar, experiências vividas, justiça.
Mas, o que fazemos? Usamos o conceito de Fortuna para acumular recursos financeiros, muitas vezes, a qualquer custo, inclusive da saúde própria ou dos outros, da própria vida por meio de exploração, para não falar de roubo e outros métodos “criativos” pelo ser humano. Para acumular posses materiais, também, a qualquer custo e sem limites. Evidenciando, aqui, forte reminiscência da segunda parte da Época Atlante, momento evolutivo em que estávamos nos dirigindo para baixo em direção ao Nadir da materialidade, onde o nosso mérito foi conquistar a Região Química do Mundo Físico.
Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando a fortuna como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior, ou seja: “a Fortuna pela qual se deve lutar é somente a abundância de oportunidades para servir os semelhantes”.
Os Três Tipos de Provas
Esses três tipos de provas, de tentações, são as três mais difíceis pelas quais estamos, constantemente, passando: interesse pessoal, poder pessoal e fama pessoal. No início do nosso caminho Espiritual essas provas nos apresentam como simples e clara de serem refutadas, mas conforme progredimos, torna-se menos óbvio e mais sutil.
A tentação tornou-se parte fundamental da nossa vida. É ela que nos traz:
– a paciência, quando tentamos e não conseguimos fazer o certo;
– a humildade, quando erramos e nos humilhamos;
– a esperança, quando, após muito sofrimento estamos prestes a desistir;
– a fé, quando se sentindo perdido apoiamo-nos na graça e na consolação divina;
– o ânimo, quando nos sentimos fortalecidos ante uma tentação superada e;
– principalmente, a consciência que, através da sua voz e quando aconteçam circunstâncias em que antigas tentações nos apresentam, ela nos orienta como agir não nos deixando nelas cair.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – versículo de 1 a 11.
Lembremo-nos sempre que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.” E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia!
Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação.
O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
O texto que estudaremos é do Evangelho Segundo S. Mateus, no seu Capítulo 4 e versículos de 12 a 25: “12Ao ouvir que João tinha sido preso, ele voltou para a Galileia 13e, deixando Nazara, foi morar em Cafarnaum, à beira-mar, nos confins de Zabulon e Neftali, 14para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: 15Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galileia das nações! 16O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; aos que jaziam na região sombria da morte, surgiu uma luz. 17A partir desse momento, começou Jesus a pregar e a dizer: ‘Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus’. 18Estando ele a caminhar junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Disse-lhes: ‘Segui-me e eu vos farei pescadores de homens’. 20Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram. 21Continuando a caminhar, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou. 22Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram. 23Jesus percorria toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. 24A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava. 25Seguiam-no multidões numerosas vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região além do Jordão.”
No texto que se refere ao “Retorno à Galileia”, temos importantes ensinamentos que faz parte do nosso Caminho espiritual. Aqui, especial atenção devemos dar aos nomes dos lugares envolvidos e o seu significado no curso da vida de qualquer Aspirante à Vida Superior que busca o seu desenvolvimento através de uma Escola de Mistérios Cristã.
Recapitulando o que vimos no 2º Capítulo do Evangelho segundo S. Mateus, tudo começa em Nazaré, que é o lugar onde o tempo é utilizado para a vida pessoal – dia a dia, o cotidiano.
Depois devemos deixar Nazaré, e entrar no caminho que conduz a Belém, em preparação para o Sagrado Nascimento (a consciência da existência do nosso Cristo Interno, o Corpo-Alma)
Devemos, então, voltar a Nazaré, pois aqui é o baluarte da nossa evolução.
De vez em quando, caímos e experimentamos o gosto amargo da ascensão temporária e material em nós (o “Eu inferior” que tanto tempo nutrimos com os nossos pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, obras, ações e atos inferiores) sobre a nossa divina natureza (“eu inferior” sobre o “Eu superior”): a Fuga para o Egito (o lugar da escuridão espiritual).
Então, nos lembramos que “o único fracasso é deixar de lutar” e, se fizermos uma breve reflexão vamos encontrar que as lições mais valiosas que aprendemos foram nos momentos mais sombrios de nossa vida e não nos mais radiantes. É e com essas forças que retornamos a Nazaré para continuar nosso caminho para frente e para cima.
Aí o retorno a Nazaré se torna uma coisa empolgante, o serviço amoroso e desinteressado se torna o mote da nossa vida. A sensação de caminhar a passos largos na evolução e de se tornar cada vez mais útil como colaborador no Plano de Deus nos empolga dia a dia e nos empurra para cima e para frente.
E aqui surge mais um lugar que tem grande significância esotérica: a cidade de Cafarnaum, onde Cristo-Jesus, saindo de Nazaré, foi morar. Passados os eventos do “Batismo” e da “Tentação no deserto” partimos para Cafarnaum: com a certeza nascida da fé, testado e provado: serve amorosamente, cura e consola a todos que sofrem, que procuram e que necessitam…para servirmos, amorosa e desinteressadamente, consolando a todos que necessitam, afinal temos a certeza nascida da fé!
Agora vamos estudar o que quer dizer, esotericamente, o ensinamento de Cristo-Jesus nessa frase: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus.”.
Para começar, temos que entender que nós, a Humanidade, acabamos criando um “Reino dos homens”, quando atingimos o pináculo da materialidade e por vontade própria criamos um Reino a partir do qual queremos explicar absolutamente tudo a partir da Região Química do Mundo Físico. A tal ponto de alguns de nós negar a existência de outra coisa que não seja “Sólidos, Líquidos e Gases”.
E, nesse Esquema de Evolução, quando começamos, de fato, a desenvolver o “Reino dos homens”? Exatamente na Era de Áries, quando começamos a ter a consciência da Lei dos Ciclos Alternantes, na primeira parte da Época Ária.
Junto com essa nossa “invenção”, veio a cristalização, o risco de se apegar tanto à matéria química a ponto de perdermos a capacidade em evoluir nesse Esquema de Evolução.
E em um momento em que começamos a fase da Evolução, ou seja: uma vez conquistada a Região Química do Mundo Físico, iniciarmos o caminho de volta e partirmos para conquistar a Região Etérica do Mundo Físico. E daí, aprendermos a viver conscientemente nessa Região Etérica e nos outros Mundos suprafísicos ou Mundos Espirituais, ou seja, no Reino dos Céus, por meio desse Esquema, Caminho e Obra da Evolução.
Para isso temos uma necessidade urgente atual: ter, construir, desenvolver um Corpo-Alma, desenvolvido o suficiente para usarmos conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico. E começamos esse processo por meio do “arrependimento e reforma íntima” do mal que cometemos até então para conseguir de qualquer forma o sucesso somente aqui na Região Química e, muitas vezes, esquecendo até dos Mundos espirituais (ou até utilizando-os como material para magia negra, ou cinza).
E essa prática de “nos arrepender” é utilizada: na separação correta dos Éteres do Corpo Vital: os 2 Éteres superiores para a construção do Corpo-Alma, um dos resultados das práticas dos Exercícios Esotéricos Rosacruzes (especialmente: noturno de Retrospecção e matutino de Concentração) e na alimentação constante do Corpo-Alma construído: pela repetição, durante as horas de vigília, (até chegar a hábito e se esforçando para se tornar uma virtude) do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e à irmã que está ao seu lado, focando na divina essência oculta em cada um deles – que é a base da Fraternidade – e, assim, esquecendo todos os defeitos deles.
Agora, vamos estudar a escolha dos 4 primeiros Discípulos: André e seu irmão Pedro, Tiago e seu irmão João.
Vamos lembrar que a “rede do pescador”, na simbologia esotérica, se refere à sabedoria extraída das experiências do cotidiano. O “pescador” é aquele que se despertou espiritualmente para o significado e propósito da existência física. Para efeito de ilustração utilizaremos as pinturas feitas por El Greco, pintadas entre 1610-1614.
Como lemos nesse trecho do Capítulo 4, André, filho de Jonas e irmão de Simão Pedro, foi o primeiro Discípulo a ser escolhido. É o Apóstolo que representa a humildade e a auto-abnegação. Apesar de ter sido o primeiro a ser escolhido, mesmo assim, jamais se tornou um dos mais íntimos do círculo espiritual dos Apóstolos. Contentou-se sempre em brilhar a glória refletida de seu irmão mais novo, S. Pedro. Sonhos e anseios pelas coisas do espírito o elevaram, cedo, a ser um dos seguidores de São João Batista. Deste modo, ele se preparou para um serviço mais elevado e profundo que era servir ao Mestre Supremo. A Bíblia misticamente descreve sua preparação quando cita que ele estava lançando redes quando Cristo-Jesus chegou.
O segundo a ser escolhido foi Pedro, irmão de André. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. O instável, o homem-onda, oscilando entre o juramento de fidelidade e a negação. Um dos dois que uma vez que pela fé se lhe despertou internamente o princípio Crístico, tornou-se a rocha da Iniciação sobre a qual se fundou a Igreja. Por meio do arrependimento e da purificação do coração, elevou sua consciência tão alto que o permitiu estar logo preparado e recebeu auxílio para a elevada Iniciação que lhe esperava no intervalo entre a Ressurreição e a Ascensão. Considerava sua maior honra em seguir a Cristo e a servir Sua causa. Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial que teve e tem o privilégio de preparar o caminho para qualquer um que, em qualquer tempo futuro, desejasse seguir os passos de Cristo.
O próximo a ser escolhido foi Tiago, irmão de João. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. “Filhos do Trovão” (Boanerges) foi como o Mestre chamou também S. João. Representa a suprema qualidade da esperança que “nasce eternamente no peito do ser humano”. Um dos 3 que simbolizam as qualidades do amor, da fé e da esperança (pois elas se tornam manifestadas como trabalhos realizados dentro da consciência do Aspirante moderno, então, eles, também se tornarão capazes de acompanhar Cristo nas Suas obras mais elevadas e maravilhosas). Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial.
O próximo a ser escolhido foi João, irmão de Tiago. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. “Filhos do Trovão” foi como o Mestre chamou também S. João. Seu avanço espiritual foi tamanho que lhe permitiu ser aquele que mais se aproximou do Espírito de Cristo. Dos doze foi o mais próximo a se aproximar do coração do Mestre, Cristo. Por meio do seu amor, foi capaz de ver a glória daquelas mansões que o Mestre preparou para aqueles que O ama, e fazem de si merecedores de lá habitar. O Apóstolo que nunca conheceu a morte, pois progrediu tanto na divina ciência da transmutação da matéria em Espírito que nunca conheceu a morte. Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial.
E, por último, vamos estudar a passagem: … “pregando o Evangelho do Reino e curando os enfermos”.
Aprendemos por meio dos Ensinamentos Rosacruzes que para termos a Cura permanente de uma doença ou enfermidade é necessário tanto ao curador como ao paciente: “pregar o Evangelho” (que é estudar e promulgar os Ensinamentos Cristãos por meio do exemplo na vida do curador e do paciente e se for necessário – e só se for necessário – falar sobre eles) e promover a cura dos irmãos e das irmãs que estão doentes ou enfermas. E por que isso?
Porque por meio da pregação do Evangelho alcançamos a compreensão interna das Leis de Deus (ou seja, das Leis da Vida e do Ser). E por meio da aplicação e da retribuição a esse esforço e alcance buscamos nos capacitar e praticar a cura dos irmãos e das irmãs doentes ou enfermas. Ou seja: o curador também é um promulgador dos Ensinamentos Cristãos!
Exatamente como fazemos na prática da Cura Rosacruz que seguem fielmente e rigidamente o método de Cura ensinado por Cristo. É por isso que ao longo desse mais de um século ela tem obtido sucesso na Cura de milhões e milhões de irmãos e irmãs doentes e enfermos.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – versículo de 12 a 25.
Que as Rosas floresçam em vossa cruz
Introdução
O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico.
O Estudante Rosacruz sabe que nos tempos atuais tem havido muita polêmica sobre a autenticidade da Bíblia. Ensina-se nas Escolas a Ciência material, o que desperta na Mente de muitos investigadores o desejo de encontrar alguma correlação entre os Ensinamentos Bíblicos e as descobertas da Ciência material. O observador ocasional pode não encontrar uma harmonia satisfatória, mas, para o Estudante Rosacruz mais profundo é possível haver uma correlação lógica entre as descobertas científicas e as Sagradas Escrituras, pois ele sabe que “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.”
Trecho do Texto do Capítulo 5
O texto que estudaremos é do Evangelho Segundo S. Mateus, no seu Capítulo 5 e versículos de 1 a 5:
“1Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. 2E pôs- se a falar e os ensinava, dizendo: 3 “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. 5Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.”
As Bem-aventuranças como um Resumo do Espírito Cristão
Vamos estudar as Bem-aventuranças, em sua primeira parte, também conhecidas como Sermão da Montanha ou As Beatitudes, enfatizando a sua significância esotérica.
É fato que atualmente estamos muito longe do desenvolvimento previsto para nós no Plano Divino.
Éramos para estarmos vivendo conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, como muitos Auxiliares Invisíveis já estão (muitos ainda parcialmente) e Irmãos Leigos e Irmãs Leigas, Adeptos e Irmãos Maiores já estão totalmente conscientes (funcionam lá e aqui quando precisam).
No entanto, a maioria de nós ainda vive conscientemente somente na Região Química do Mundo Físico, desde quando a atingimos pela primeira vez na segunda metade da longínqua Época Atlante (hoje estamos na Época Ária).
A coisa é tão cristalizada que muitos de nós acham que não existe outro lugar no universo, senão essa Região e tenta explicar tudo usando os materiais sólidos, líquidos e gases!
E mais ainda: poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos e, por isso, ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-aventuranças.
Já na Era de Aquário, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, a vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos e nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as Bem-aventuranças.
Conforme veremos, segundo S. Mateus, as Bem-aventuranças se constituem de nove passos.
Lembrando que o número “nove” é o número raiz do nosso presente estágio de evolução. Em nosso sistema tem um significado que nenhum outro número possui. É o número da Humanidade, nós. Vemos o número 9 presente em muitos eventos e criações a nossa volta. Assim, aqui também, as nove Bem-aventuranças são uma síntese para a nossa libertação.
É um desafio para nós, porque para praticá-las temos que nos despojar desse nosso sentido vicioso que cultivamos por muitos renascimentos aqui por meio das nossas Personalidades, que criamos a cada vida aqui.
As Bem-aventuranças são um resumo do espírito Cristão – o Cristão completo e autêntico. E não é meramente o resumo de comportamentos ou bons hábitos. Elas são uma sinopse espiritual do verdadeiro Cristianismo e não uma sinopse meramente literária. Em outras palavras: as Bem-aventuranças constituem um conjunto completo de condições interdependentes. Ou seja: a realização de uma depende da realização de outra.
Exemplo: para matarmos a nossa sede de justiça temos que “ser mansos”, “pobres em espírito” e assim por diante. Conforme vamos compreendendo esotericamente as Bem-aventuranças, vamos concluindo que: não basta interpretar, nas ações humanas, as poderosas influências do nosso subconsciente; também não basta procurar reeducar o nosso subconsciente; obviamente, não basta a mera apreciação intelectual das falhas e o ajustamento da pessoa aos padrões sociais, que estão longe de ser um modelo de vida; e muito menos é suficiente definir as causas subconscientes de nossos erros atuais e indicar soluções.
Agora, se de fato conhecermos e aplicarmos os conhecimentos esotéricos das Bem-aventuranças, com certeza seria justo e necessário para alcançarmos o êxito espiritual que tanto procuramos.
Pois com isso: vivemos, realizamos a “nova criatura em Cristo” (como S. Paulo nos ensinou); transformamos as verdades intelectuais em caráter; iluminamos o nosso subconsciente e convergimos todos os hábitos na decidida e persistente regeneração do ser, de nós, a Individualidade, o Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui.
Já nesses dois primeiros versículos: “Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E pôs- se a falar e os ensinava…” há simbologias muito importantes que se repetem na Bíblia. Vamos à algumas: algo já chama a atenção aqui: “subiu à montanha”. Sempre a palavra “montanha”, quando mencionada nos Evangelhos, significará algum lugar acima da Região Química do Mundo Físico, como aprendemos no livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Que “lugares” podem ser esses? Assim, na frase: “Vendo Ele as multidões, subiu à montanha.”. Vemos que significa que Cristo Jesus saiu da Região Química do Mundo Físico e foi para outra Região mais elevada.
Assim, na frase: “… aproximaram-se d’Ele os seus discípulos.”, vemos que significa que: todos tinham condição de funcionar conscientemente nesse “lugar”.
Considerando o grau de desenvolvimento espiritual diferente de Discípulo para Discípulo naquele momento, o mais provável é que seja a Região Etérica do Mundo Físico, onde todos já tinham um Corpo-Alma o suficientemente desenvolvido para funcionar lá conscientemente.
A Significância Esotérica da primeira Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da primeira Bem-aventurança: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.”
Estamos bem cientes de que uma leitura superficial da Bíblia pode proporcionar justificativas para ideias não lógicas, mas se aplicarmos o bom senso, mesmo não considerando a Bíblia, é evidente que a pobreza não pode ser considerada uma virtude em si. E nem a riqueza pode ser classificada como um defeito. Nesse relato de S. Mateus, fica claro que pobres em espírito quer dizer “verdadeiramente humildes”.
Nesse Esquema de Evolução, até a segunda metade da Época Atlante, era nosso objetivo, como Onda de Vida humana, cultivar tudo no Planeta Terra, torná-lo fértil e ter domínio sobre todas as coisas existentes na Região Química do Mundo Físico. Ou seja: “para frente e para baixo”. Em outras palavras, devíamos trabalhar e, naturalmente, os frutos de seu trabalho deveriam advir daí. À medida que o tempo passou, os bens acumularam-se e, também, o nosso desejo pelas posses. Alcançamos já o Nadir da Materialidade, ou seja: já conquistamos a Região Química do Mundo Físico (apesar de muitos não admitir, ou “não achar”). Estamos, agora, na busca por conquistar a Região Etérica do Mundo Físico, e como vimos, já bem atrasados!
E esse ponto de retorno ocorre a partir da terceira metade da Época Atlante e que, depois, com a primeira vinda de Cristo houve uma aceleração nesse nosso objetivo e mais do que nunca passou a ser: “para frente e para cima”.
Mas muitos de nós, em lugar de termos domínio sobre o mundo e as coisas ali existentes, acontece como disse Emerson: “Coisas estão sobre a sela e cavalgam a Humanidade”. Muitos de nós pensam possuir uma loja, um negócio ou uma fábrica, mas se meditassem um pouco para analisar real e imparcialmente a verdadeira situação, descobririam que a fábrica e o negócio é que os possuem. Tal situação é bem comum, sendo assim, a riqueza se torna certamente uma maldição.
Essa pessoa que assim se comporta não é “pobre em espírito”. Outra pessoa pode possuir legalmente uma fábrica, dando emprego a um grande número de pessoas, e pode se sentir como um agente de Deus ao assumir uma parcela do trabalho a ser feito no mundo. Como não se considera proprietária pessoal das coisas que a cercam, é realmente “pobre em espírito”, embora possa ser rica num sentido legal. Além disso, se ele for coerente e conservar essa “disposição de espírito” até a hora da sua morte, ele terá certamente acumulado muitos tesouros no céu.
A Bíblia não seria tão ilógica para sustentar que a pobreza é uma virtude em si, porque poderíamos todos ser estimulados a levar uma vida de ociosidade, atitude infelizmente por demais comum entre pessoas que alegam seguir a “vida superior espiritual” e, assim, se iludem. Na realidade, muitas pessoas pobres poderão ter que prestar contas a respeito de sua pobreza.
As oportunidades apresentam-se a cada um de nós, e se falhamos em aproveitá-las, se desperdiçamos o tempo e os pequenos recursos materiais evitando conseguir mais recursos que nos permitam fazer o bem, teremos certamente de prestar contas pelos nossos atos.
Por outro lado, a pessoa rica que usou convenientemente as suas riquezas, será elogiada pelo modo com que conduziu os negócios do seu Pai, nosso Deus.
A Significância Esotérica da segunda Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da segunda Bem-aventurança: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.”. Vamos analisar a palavra-chave: “manso”, aqui.
O vocábulo “manso” pode sugerir, a um leitor contemporâneo, uma pessoa “mole”, “morna”, que se omite ou não se arrisca a contraditar ninguém; uma pessoa com falta de coragem e de dignidade, servil e até hipócrita, empenhada em cultivar um relacionamento sem conflito, ainda que isso exija a bajulação, mentiras “brandas”, “boazinha”, “de bem com todo mundo”. Alguns agem assim, buscando não se chocar com ninguém, julgando ser um esforço virtuoso. Em verdade é uma sutil manobra: “parecer bonzinho”.
Não! Jamais poderíamos atribuir ao Cristo essa deformação. O verdadeiro significado da palavra “manso” vem de uma atitude mental de “não resistência”.
De fato, a agressividade é sinal de complexo, de recalque. E é mesmo. Só é manso quem se baseia no “Eu superior” – aquele que se mantém num estado de receptividade, de Mente aberta, de canal consciente, numa amorosa atitude de entrega; no desejo de que o Divino interno se lhe manifeste; intuindo-o em tudo.
Se o seu íntimo é manso, é doce, é receptivo à sabedoria interna – a causa –, com certeza seus atos, suas ações e obras – que são os efeitos –, logicamente, serão acertadas e conducentes a um infalível êxito.
Ser manso é viver em amor, estabelecendo harmonia conosco mesmos e daí com os demais e o Universo. Damos inofensividade e recebemo-la de volta, como um eco, de todos os reinos de vida desde o Mineral até os mais elevados existentes.
Tal era a linguagem de Francisco de Assis, que os pássaros entendiam, que os peixes escutavam; é a ação do que dá mansidão e a recebe, numa posse autêntica e efetiva.
Vamos ver aqui o conceito da palavra: “Terra”. Significa a esfera material, o exterior, a manifestação, a consequência, a Região Química do Mundo Físico. Afinal é nosso objetivo se tornar a Onda de Vida especialista em materiais dessa Região. Como aprendemos: “estar no mundo, mas não ser do mundo” como S. João no seu Evangelho 15:19.
Note, já na oração do “Pai Nosso”, a frase: “Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como nos céus” indica que a vontade do Cristo interno deve ser expressa nos assuntos externos da Personalidade em palavras, ações, atos e obras. Se confiássemos que, ao seguir os ditames do Espírito poderíamos “herdar a Terra”, ou seja, alcançar êxito autêntico em todas as circunstâncias, por certo procuraríamos com mais afinco, alcançar essa “mansidão”.
A Significância Esotérica da terceira Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da terceira Bem-aventurança: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.”
Vamos ver aqui o conceito da palavra “aflitos” ou “se afligir”. Isso não se refere às aflições superficiais e astutas, como para fazer chantagem, para dizer que está preocupado, que está sofrendo e outras aflições bem conhecidas, com seu fundo vicioso: tais como: para não enfrentar um desafio necessário; para atrair atenção e consolo; para diluir resistências. A aflição aqui se refere sim àquela marcada pela consciência que reconhecemos e aceitamos nossos erros; àquela que dissolve a crosta da relutância egoísta e nos abre para uma nova e melhor etapa na vida em busca da realização espiritual; àquela que amolece a carapaça do nosso egoísmo para que a semente do amor possa germinar e produzir o crescimento anímico na pessoa e nos que estão no seu entorno.
A Significância Esotérica da quarta Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da quarta Bem-aventurança: “Bem-aventurados têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.”
Para começarmos temos que entender o que significa o conceito da palavra “justiça” aqui. Atualmente para muitos de nós a palavra justiça sugere somente o sentido jurídico. Não é o caso aqui!
Afinal, a justiça divina – a infalível, a perfeita, a que nunca falha – está bem acima de qualquer bem-aventurança, não é?
Aqui tem a haver com o sentido da palavra que quer dizer “ajustamento”. Assim podemos escrever: “fome e sede de ajustamento”. Agora, ajustar-se à que? Logicamente, às Leis Divinas, à vontade divina em nós.
Afinal, para todo Estudante Rosacruz, ele sabe que justiça não é meramente uma conduta reta, mas, sobretudo, uma intenção sincera e honesta reta, em cada assunto e aspecto da vida.
Afinal, reiterando o que Cristo nos ensinou: o que interessa é a causa, o pensamento, a intenção. Se esta é reta, os efeitos (impulsos sentimentais, palavras e atos) também o serão. Pois, “Assim como pensamos em nosso coração (íntimo) assim realmente somos.” (Pb 23:7).
E é aqui que chegamos à significância esotérica dessa Bem-aventurança: assegurada aos que têm fome e sede (forte aspiração, sincero propósito) de verdade, os que têm essa fome e sede da experiência de Deus; um forte e sincero propósito de cumprir Sua vontade na vida de todos os dias.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 1 a 6.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 7 a 12
Introdução
Primeiramente vamos rever Algumas Advertências importantes quando estudamos a Bíblia por meio dos Ensinamentos Rosacruzes:
A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento”. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia. Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Trecho do Texto do Capítulo 5
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.
As Bem-aventuranças como uma síntese do espírito Cristão
As Bem-aventuranças também conhecidas como Sermão da Montanha ou Sermão da Planície é um dos mais importantes trechos da mensagem Cristã; um código universal de conduta, cabível a qualquer Religião ou credo. Cabe a cada um de nós, segundo o nível de compreensão, extrair desses princípios gerais as consequências práticas. Elas são uma síntese do espírito Cristão e não meramente da letra. É uma sinopse espiritual e não literária. Uma súmula geral que sintetizavam os ensinamentos religiosos e filosóficos.
É fato que poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos, e ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-Aventuranças.
Já na Era de Aquário, a próxima Era após essa que nós estamos, a Era de Peixes, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, a vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as bem-aventuranças.
A Significância Esotérica da quinta Bem-aventurança
Vamos à quinta Bem-aventurança: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.”
Antes de tudo vamos ver qual é o conceito expresso pela palavra: “Misericórdia”. A palavra “misericórdia” tem origem latina, é formada pela junção de “miserere” (ter compaixão) e “cordis” (coração). “O coração que se debruça sobre a miséria” significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas.
Já compaixão é uma compreensão da situação real do irmão ou da irmã. Não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente se combina com um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento do outro, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem.
A verdadeira compaixão resulta em uma ação, obra ou um ato que ajuda, que serve amorosa e desinteressadamente. Para quem estuda Astrologia Rosacruz ou já é um Astrólogo Rosacruz, de fato, um modo lógico de compreender o que eu “misericórdia” é: “será que se eu tivesse o horóscopo desse meu irmão ou dessa minha irmã, eu conseguiria fazer isso que estou dizendo que deveria ser feito? Ou pensar do modo que eu estou pensando?”. Certamente não!
Ser misericordioso é aquele ser humano que consegue esquecer os defeitos (as falhas, os erros por comissão ou por ignorância) do irmão ou da irmã que está ao seu lado e servir a divina essência oculta nele ou nela – que é a base da fraternidade – de um modo verdadeiramente amoroso e desinteressado. Não cogita merecimentos; não cogita prêmios: fama, poder…Não se baseia na ignorância ou na infantilidade do irmão ou da irmã. Está aqui mais um resultado alavancador da nossa parte espiritual proporcionada pela prática cotidiana do Exercício Esotérico noturno da Retrospecção!
A Significância Esotérica da sexta Bem-aventurança
Vamos à sexta Bem-aventurança: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.”
Já começamos deixando bem claro que “puros” aqui não tem nada a haver com castidade, sem contato sexual, como muitos acham. Tem a ver com a pureza dos nossos pensamentos, sentimentos, desejos, das nossas emoções, palavras, obras, ações e dos nossos atos.
Como obtemos isso? Praticando os Ensinamentos Cristãos na nossa vida e fazendo os Exercícios Esotéricos noturno de Retrospecção e matutino de Concentração o mais preciso que pudermos, persistentemente. Um dos objetivos do Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é “limpar” o Átomo-semente do Corpo Denso que está no coração.
O sentido do que é ser puro podemos ver no símbolo do Querubim, com a flor aberta colocada sobre a porta do Templo de Salomão, que transmitia a mensagem para o Aspirante à vida superior de que a pureza é a chave com a qual, por si só, ele pode ter a esperança em abrir a porta que conduz a Deus.
Os seres humanos que atenderam o evento a “Queda do Homem” – que já estudamos aqui e para quem não lembra indicamos esse capítulo no livro Conceito Rosacruz do Cosmos -Max Heindel-Fraternidade Rosacruz – e que, consequentemente experimentam a dor e o sofrimento não conseguem hoje ser um “puro de coração” (daí um motivo da necessidade de uma Escola de Preparação como a Fraternidade Rosacruz).
Pois isso aqui é um estado temporário, durante o qual vemos as coisas como através de um vidro embaciado. Já os irmãos e as irmãs que não atenderam a esse evento “Queda do Homem” já são os puros de coração e percebem Deus dentro e fora de si. Dentre esses seres humanos estão os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz.
A Significância Esotérica da sétima Bem-aventurança
Vamos à sétima Bem-aventurança: “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.
É comum interpretarem exotericamente essa bem-aventurança. Muitos a citam para exaltar os que se esforçam por estabelecer a paz e concórdia nos relacionamentos pessoais, dentro da família, nos relacionamentos no trabalho, em uma pendência jurídica e até estender a influência dessa Bem-aventurança à Nação e ao Mundo. E é aqui que somos induzidos a pensar que a paz é um estado passivo.
Na verdade, quando estudamos esotericamente, vemos que a paz é um processo ativo e dinâmico, muito mais bem compreendido em “exercer a paz”, manifestar a paz, “estabelecer a paz”. Notem: verbos de ação!
Só que para isso, a paz dinâmica e ativa deve vir de dentro de cada um, de acordo com o princípio esotérico: “Tudo vem de dentro para fora”.
Por isso que aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que devemos ir da causa para o efeito. Afinal, como pode alguém dar o que não tem? Só consegue comunicar o que é e como obter a paz aquele que estabeleceu essa mesma paz primeiramente dentro de si.
A paz aqui é a “Paz de Cristo”, quando desenvolvendo o Corpo-Alma, começamos a trabalhar conscientemente nos Mundos das causas, nos Mundos espirituais.
E daqui já concluímos que o inverso é verdadeiro: todo conflito exterior nasce dos conflitos interiores. Afinal, como aprendemos quando estudamos no Evangelho Segundo S. Mateus, Cap. 12, Vers. 34 que “a boca fala do que está cheio o coração”.
Sejam os conflitos individuais, sejam os familiares, os dentro do ambiente de trabalho, os da justiça dos homens, nacionais como os mundiais, todos eles são resultados de conflitos internos não pacificados.
Os acordos externos, assinados pela Personalidade falsa, são instáveis como ela. São meros armistícios (repouso de armas), tréguas maiores ou menores entre duas guerras.
O que significa “filho de Deus” aqui? Não é ter sido criado por Deus, porque senão todos nós já estaríamos promovendo a paz, que não é o caso, não é? Pois bem, “filho de Deus” aqui é o ser humano que já alcançou o nível de ser “coroado com glória, honra e imortalidade, livre do poder do pecado, da doença e do sofrimento, que agora encurtam as nossas existências terrenas por causa da nossa ignorância e da inconformidade às Leis de Deus.”. Ao alcançarmos esse grau obteremos a Consciência cósmica.
E como se alcança esse grau? Sabemos que o propósito de Deus exige que alcancemos essa emancipação, mas essa emancipação pode ser alcançada por dois caminhos a nossa escolha: por meio do longo e tedioso processo da Evolução ou pelo caminho muitíssimo mais curto e rápido da Iniciação,
Só depende da nossa vontade em cooperar, muito bem simbolizado pelo Caduceu de Mercúrio!
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 7 a 12.
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em março, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS nº 72 – Maio de 2022
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de abril/2022:
https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/
https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/
https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e
https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas
O arquétipo do andrógino perfeito foi projetado pela Hierarquia de Gêmeos a seu Signo oposto, Sagitário. Quando um iluminado segue a Trilha da Santidade que conduz a essa exaltada esfera, é-lhe permitido estudar as maravilhas do Corpo andrógino, a forma que o Corpo humano adotará em uma etapa futura de seu desenvolvimento. Como foi dito, a Hierarquia de Gêmeos, ou sejam, os Serafins, projeta sobre a Terra esse glorioso arquétipo cósmico. E, quando a humanidade estiver preparada para recebê-lo, suas forças descerão, transportadas até o ser humano pela Hierarquia de Sagitário. Quando o ser humano conhece as maravilhas desse arquétipo cósmico e os milagres do Corpo de Sagitário, construído inteiramente de matéria mental, começa a compreender algo do destino exaltado que lhe espera. Com profunda reverência e grande humildade entoa, em seu interior, a nota-chave bíblica de Gêmeos: “Esteja tranquilo e saiba que Eu sou Deus.” (Sl 46:10).
O que é ser um Tekton?
A palavra grega “tekton” deve ser traduzida por “construtor”. Na Maçonaria Mística, Deus é chamado O Grande Arquiteto. É o Grande Mestre Construtor, o qual moldou o mundo com a matéria primordial preparando um campo evolutivo para vários graus de seres.
Ele usa no Seu universo muitos tektons ou construtores de vários graus.
Qualquer um que siga a Senda do desenvolvimento espiritual, esforçando-se por trabalhar construtivamente com as leis da natureza – como um servo da humanidade – é um tekton ou construtor, no sentido que se acha qualificado para ajudar e dar nascimento a uma grande alma. É por isso que se diz que Jesus era um carpinteiro e filho de um carpinteiro, e entendemos que ambos eram tektons ou construtores numa linhagem cósmica
Quem é o Guia da Maternidade?
Gabriel é o Anjo que guarda e guia o Espírito da Maternidade no mundo inteiro. Ele foi o professor e iniciador de Maria.
Ele envia Anjos ministros para abençoar toda a mãe em perspectiva. Esses mensageiros angélicos cuidam e dirigem um espírito para a mãe e o lar onde ele vai encontrar corporificação.
Em qual Solstício nasceu Jesus
No de Dezembro.
Os Solstícios de Junho e Dezembro, juntamente com os Equinócios de Março e Setembro, constituem os momentos decisivos na vida do Grande Espírito da Terra, assim como a concepção assinala o começo da descida do espírito humano ao Corpo físico, resultando no nascimento, o qual inaugura o período de crescimento até que a maturidade seja alcançada.
No Solstício de Dezembro, o Sol se encontra mais próximo da Terra, fazendo, portanto, com que a Terra seja permeada mais fortemente pela aura do Sol espiritual.
Quem eram os Essênios?
Adeptos de uma seita judaica que existiu na Palestina, no Oriente Médio, entre os séculos 2 a.C. e 1 d.C. Uma vida plena de Oração e devoção afastava os essênios de um convívio maior com o povo. Eles viviam afastados da sociedade, no deserto. Não se ostentavam publicamente.
A Ordem Essênica procurava o sentido mais profundo das coisas. Tinham como principal objetivo na vida, alcançar o aperfeiçoamento de seus membros em toda a justiça para que pudessem ser dignos de Deus e trazer ao mundo o Grande Messias.
Eram piedosos, estudiosos e contemplativos. Sua bondade natural, sua pureza de costumes e outras virtudes, atraiam os sofredores, os desamparados e os sequiosos de alívio.
De acordo com os registros, tanto esotéricos e exotéricos, Jesus nasceu dentro dessa Ordem e foi treinado por eles durante os “anos ocultos da sua vida”, em seus vários ramos e centros; finalmente, depois foi enviado “para efetuar uma revolução moral e religiosa”.
João Batista, Zacarias, Maria, José e alguns dos Apóstolos eram Essênios. Jesus de Nazaré cresceu e fortificou-se nesse ambiente elevado.
Em qual Evento deu-se o encontro de Maria com Jesus no Templo com os doutores?
Maria e José foram a Jerusalém para a festa da Páscoa, como era costume naqueles dias. Quando voltaram para casa perceberam que Jesus não estava entre eles, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. Procuraram-no durante três dias até que o encontraram no Templo entre os sábios e doutores. Todas as mães sabem o que se sente na busca de um Filho perdido.
Maria, conhecendo a missão que Jesus trazia, estava desconcertada com seu desaparecimento. Quando o encontrou lhe perguntou por que havia se comportado daquela maneira para com seus pais, e vejamos a resposta dele, como se indica no evangelho de São Lucas, 2:49: “Por que me procuráveis? Não sabeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”. Isto não indica que Jesus, ainda sendo um rapazola, pois tinha então 12 anos, estava plenamente inteirado da parte que lhe correspondia representar, e que tinha que permitir que o Cristo utilizasse seu corpo durante os três anos de seu ministério?
Qual a tarefa de João Batista na Missão de Cristo?
João Batista, veio para preparar os caminhos do Senhor da Terra.
João Batista, pertencia aos essênios, e era o último Profeta em Israel, que servia de arauto da Nova Era. Ele mesmo dá testemunho chamando-o de muito mais que profeta (Mt 11:9). Portanto, ser muito mais que profeta, é estar acima da humanidade e, também, daqueles que anteriormente foram chamados para suas respectivas missões como profetas.
Pela sua boca falava o Espírito Santo, assim como sucedeu a todos os profetas surgidos até então.
João é o próprio Elias reencarnado, e, portanto, um Ser de grande evolução espiritual no círculo cósmico. Esse mesmo Elias foi de novo enviado para preparar o caminho do Senhor, que viria para batizar com Fogo e Espírito.
“Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.
“Batismo de fogo”, é o mesmo que Iniciação. Ao morrer na cruz Cristo Jesus abre o caminho da Iniciação para todos aqueles que se dispusessem a trilhá-lo, acumulando para tanto o necessário mérito.
Quais as 2 grandes Metas de Cristo?
Nos trazer as bases do Cristianismo – amor e altruísmo. O Cristianismo é a Religião Universal do futuro; é a maior e divina medida tomada para salvação da humanidade.
Possibilitar a todos os seres humanos o direito de buscar as Iniciações; abriu o caminho da Iniciação para todos os que quisessem alcançá-lo.
O que possibilitou ao Cristo, libertar-se dos veículos de Jesus, compenetrando seus próprios veículos, difundindo seu Corpo de Desejos pelo Planeta?
O Seu Sangue Purificado
Por que devemos orar, pedir, buscar, bater à Deus, se ele é onisciente?
“Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede, recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá”. (Mt 7:7-8)
A Oração é um meio de produzir pensamentos delicados e puros que agem sobre o Corpo Vital. Ela é um dos melhores métodos para realizar a espiritualização dos nossos Corpos. Muito superior à fria concentração: devoção pura e impessoal, dirigida a altos ideais.
A mais completa de todas as orações, é a Oração do Senhor: a Oração do Pai-Nosso.
Temos ainda outras orações da Fraternidade Rosacruz inspiradas nessa oração: Oração Rosacruz, Oração do Estudante Rosacruz, Oração para as refeições, Oração de cura.
Quem ainda precisa das Religiões de Raça?
Os que ainda possuem resquícios e reminiscências do tempo em que caminhava sob a Religião de Raça.
Nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução “de fora para dentro”, ou seja: fomos sugeridos, orientados, conduzidos e dirigidos por meios de Leis (resumidas nos Dez Mandamentos), geradoras de sofrimento e punição, se as desobedecessem e de alegria se as obedecessem.
Jeová – o Espírito Santo, o Deus de Raça – veio com seus Arcanjos e fez a primeira grande divisão em Raças, tornando influente em cada grupo, como guia, um Espírito de Raça, um Arcanjo, criando as Religiões de Raça (Taoísmo, Budismo, Hinduísmo, Judaísmo, etc.) e suas subsequentes Espírito de Tribo e de Família.
Lembramos que os Anjos do Destino, dão a cada nação a religião mais apropriada às suas necessidades.
Quem são as Hierarquias que trabalham ou trabalhavam conosco, através do sangue comum entre os membros de uma raça, de uma nação ou tribo?
Os Arcanjos, que tem a função de Espíritos de Raça ou de tribo.
Quantos Solstícios e quantos Equinócios existem no Planeta Terra?
Todos os anos, o Cristo abandona seu Lar Celestial, que é o Mundo do Espírito de Vida e inicia sua jornada em direção à Terra.
Os Solstícios (que são 2) indicam o tempo em que Cristo está ou na Casa Celeste do Pai ou no seu amoroso ato de auto sacrifício, quando derrama sobre a Terra e seus habitantes Sua própria vida e amor universal.
Solstícios de Junho: Momento em que Cristo alcança o Mundo do Espírito Divino, em retorno ao Trono do Pai.
Solstício de Dezembro: Momento que Cristo, no seu retorno anual à Terra, chega ao centro da Terra, por volta do dia 21 de dezembro
Os Equinócios (que são 2) marcam o tempo em que o Espírito do Sol, Cristo, vem para a Terra e dela se retira, anualmente.
Equinócios de Março: Momento em que Cristo passa através das regiões superiores em direção ao Trono do Pai.
Equinócio de Setembro Momento em que Cristo toca a superfície da nossa Terra.
Atualmente, que exemplos de doenças são provocadas pela nosso apego às coisas materiais, normalmente?
Câncer, tuberculose, pneumonia e outras que cristalizam ou endurecem partes do Corpo que deveriam ser tênues.
O que é o Tabernáculo no Deserto?
Uma representação simbólica do caminho de Deus.
“a sombra das boas coisas que estão por vir” como São Paulo falou em Hb 8:5
A Escola de Mistérios Atlante.
Uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções aos candidatos à Iniciação.
Um Templo Solar: sua entrada ficava no lado Leste – como o caminho espiritual do mundo
A incorporação de grandes verdades cósmicas, ocultas pelo véu do simbolismo
Como chama a Era nesse Esquema de Evolução, na qual estamos atualmente?
Era de Peixes.
Qual o dia da semana, considerado como o “Dia de Descanso”: Sábado ou Domingo?
Sob o regime de Jeová, tínhamos as Leis, obediência, “olho por olho, dente por dente” e sob o regime de Cristo, temos o amor, a regeneração, o Perdão dos Pecados. Percebemos aqui a redução da ascendência de Saturno e o aumento da ascendência do Sol. 1ª parte da Época Ária: tinha a influência de Saturno e a 2ª parte da Época Ária: temos a influência do Sol
Domingo é o dia do Sol, o dia do nosso Senhor Cristo. Por essa razão, adotamos o Domingo, como o dia de descanso dos nossos afazeres terrestres e dedicação ao serviço do Senhor.
Como podemos melhorar nossa Mente e emancipá-la das influências dos desejos?
Através do estudo da Religião Cristã, a Religião do Filho, a Religião do Ocidente
A lei que age como um freio para a nossa natureza de desejos
Mas é com arte da religião que espiritualizamos o nosso Corpo Vital, nossa maior necessidade atual
A partir de que idade a questão de “Fugir para o Egito” na nossa vida pode resultar em prejuízos extremamente maiores (e até irreversíveis) no nosso desenvolvimento espiritual aqui e por quê?
Antes de responder à pergunta, é importante entendermos o que significa a “A Fuga para o Egito”
Ela representa a terra da escuridão e materialismo. Reflete na nossa vida a luta, em nossos primeiros passos, no desenvolvimento para a Iniciação Cristã. Simbologia da Fuga para o Egito:
Frequentes deslizes em direção à escuridão: a vida espiritual ficará relegada para depois. Sentimos solidão e abandono. Nossa vida interior temporariamente obscurecida e nos embaraçamos vivendo na ilusão material.
Portanto, a partir dos 28 anos, estamos totalmente prontos para iniciarmos a luta, os nossos primeiros passos, em direção ao desenvolvimento para a Iniciação Cristã. Porque é partir dessa idade que estamos com todos os nossos Corpos e com a Mente totalmente ativos e prontos para “fazermos a diferença”, espiritualmente falando, nessa vida que escolhemos lá no Terceiro Céu.
Qual é a solução para o problema das guerras e para estabelecermos as condições pacíficas em todo o mundo?
A solução é viver de acordo com as Leis imutáveis de Causa e Efeito e Renascimento, que trazem a cada pessoa exatamente o que ela mereceu.
Em que Época apareceu os primeiros Templos de Mistérios?
Época Lemúrica – no continente Lemuriano
Antes da vinda do Cristo, como uma pessoa escolhida era Iniciada?
Em estado de transe profundo.
Em relação à Iniciação, que diferença vital causou a vinda do Cristo?
Ela foi aberta a todos aqueles que de coração queira iniciar-se. Desde então não mais foi necessário o transe.
Todos os Templos terrenos foram fechados e os verdadeiros Templos de Mistérios estão, agora, situados na Região Etérica do Mundo Físico. Por isso, cada Aspirante há de tecer, antes, seu próprio “traje de bodas” – o Corpo-Alma – para poder entrar, já que em seu Corpo Denso não é mais possível entrar lá.
Quantos e quais são os graus para Iniciação Cristã Mística ?
Há nove degraus definidos na Iniciação Mística Cristã :
Transfiguração
Última Ceia e o Lava pés
Getsemani.
Estigmata ou os Estigmas
Crucificação
Ressurreição
Ascensão
Quem é o Corpo Denso do Sol Visível?
É o Cristo Cósmico
Quais foram os meios que os três Reis Magos utilizaram para ir até Jesus recém-nascido?
Guiados através da astrologia, vendo com a visão etérica.
Explique a simbologia dos Magos e suas oferendas?
Magos: Seres Sábios – que estavam acima da humanidade comum. Na Noite Santa do Natal era costume dos Seres Sábios levarem ao Templo aqueles que estavam se tornando sábios e, portanto, com direito a serem Iniciados.
Presentes:
Ouro – simboliza o Espírito puro
Mirra – representa a essência da alma, extraída da experiência realizada enquanto se vive em Corpos Densos.
Incenso – simbolizando o Corpo Denso.
Esta é a chave dos três presentes oferecidos pelos Magos, ou seja: o Espírito, a Alma e o Corpo.
Os três Magos, segundo diz a lenda, eram: um amarelo, outro negro e outro branco. Representavam as três raças existentes sobre a Terra: amarela; a negra; e a branca. A lenda demonstra que seu tempo todas as raças se unirão na benéfica Religião do Cristo.
Gaspar era bem idoso, Melquior era de meia idade e Baltazar era bem novo. A idade simboliza esotericamente a conquista já realizada na evolução. As almas velhas são consideradas as mais evoluídas e as mais jovens os que ainda tem um caminho evolutivo mais longo à sua frente.
O que significa a Epifania do Senhor?
A festa da Epifania é a culminação dos Doze Dias Santos. Observa-se o último dia, 6 de janeiro, e comemora a chegada dos três sábios para depositar os presentes aos pés do Cristo Menino.
Epifania é uma palavra grega que significa “manifestação”, “proclamação”. A festa da Epifania é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico.
Essa festa comemora a chegada dos três Homens Sábios com seus ricos presentes para o Menino no presépio. No Caminho do Discipulado, a Festa da Epifania significa a tríplice dedicação do Discípulo de seu espírito, sua alma e seu corpo, acompanhados de presentes de amor, vida e serviço, ao Cristo Menino.
A festa da Epifania é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico. Ela possui uma tamanha potência espiritual que sua influência se estende por um período de quatro semanas.
Primeira Semana: Oração e Meditação
Segunda Semana: Pureza e Transmutação
Terceira Semana: Despertar e Espiritualizar a Mente
Quarta Semana: Sublimação e Unificação
Para saber mais: estudar o Livro: Os Mistérios dos Cristos – por Corinne Heline https://fraternidaderosacruz.com/tag/epifania/#_Toc37328261
Considerando de um lado o Coração e do outro a Razão:
O coração pede sempre benevolência e amor
E a razão pede beligerância e medidas punitivas, se não como vingança, pelo menos como meio de prevenir uma repetição de hostilidades
O que significa a palavra “anomalia”?
Temos no dicionário: – Irregularidade / Anormalidade (algo fora do normal)
O coração é composto de músculos involuntários (ou lisos), ou seja, que têm suas fibras em sentido longitudinal, e são relacionados com as funções que estão fora do domínio da vontade.
Mas o ocultista viu, na memória da natureza, que os músculos do coração, está se tornando estriado longitudinalmente, tal como os músculo voluntários (ou estriados), que são dominados pela vontade, por meio do Sistema Nervoso voluntário.
Isso está acontecendo, porque à medida que o Ego foi adquirindo domínio sobre o coração, foram-se desenvolvendo gradualmente as fibras transversais. Não são nem tão numerosas nem tão definidas como as dos músculos que estão debaixo do pleno domínio do Corpo de Desejos,
Mas, conforme os princípios altruísticos do amor e da fraternidade se vigorizem e gradualmente ultrapassem a razão, baseada no desejo, essas estrias transversais serão mais numerosas e estruturadas.
O Ego deverá, então, no futuro, dominar esse músculo involuntário, que está relacionado com o Sistema Nervoso voluntário, que é o coração.
Qual é o maior risco que corre um irmão ou irmã, que renascimento por renascimento, busca somente se desenvolver pelo lado material?
Perder os 4 Átomos-sementes dos Corpos e da Mente e será conduzido para o cone sombrio da Lua onde permanecerá até o início de um novo Grande Dia de Manifestação, quando começará o Caminho da Evolução do “zero”.
Quantos veículos o Cristo possui atualmente?
Cristo é um Arcanjo. Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar emprega geralmente o Espírito de Vida como veículo inferior. Possui 12 veículos
Veja quais são esses Veículos:
Dois veículos no Mundo de Deus, como Deus Filho
Três veículos no Mundo do Espírito Virginal
Corpo Mental;
O que significa a expressão “o sangue purificador de Cristo Jesus”?
Significa que o sangue que fluiu no Calvário está ligado ao Grande Espírito Solar, Cristo.
Por esse meio, assegurou Sua admissão na própria Terra e, desde aquele momento, é seu Regente.
Difundiu seu próprio Corpo de Desejos por todo o Planeta, purificando-o de todas as baixas influências desenvolvidas sob o regime do Espírito de Raça.
Porque os Irmãos Maiores denominam as 16 Raças de “os 16 caminhos para a destruição”?
Porque há o grande perigo de que o Espírito possa enredar-se de tal maneira nos corpos de qualquer Raça, que não consiga seguir as outras, ao longo do Caminho da Evolução.
Dentro das Raças as almas correm o perigo de envolverem-se tanto em suas características, que acabam se cristalizando com elas.
Raças duram pouco, e o apego a elas faz com que muitos Egos se degenerem em seus corpos, e com isto estes serão deixados para trás nesse Esquema de Evolução.
Onde está a necessidade de redenção ou de salvação?
Ao percorrer os “dezesseis caminhos para a destruição” estamos em grave perigo de atrasar-nos, muito mais do que em qualquer outro momento da jornada evolutiva.
Certo número de pessoas pode ficar tão atrasadas que tenham de ser abandonadas. E prosseguirá sua evolução em outro plano evolutivo.
Mas esse, não é o plano original para nossa evolução e, portanto, as Inteligências encarregadas da nossa evolução empregam todos os meios possíveis para nos conduzir até a perfeição com sucesso.
Não seria mais nobre cada um sofrer as consequências dos próprios atos do que Cristo ter que nos salvar?
Na evolução natural, as leis do Renascimento e de Consequência são perfeitamente adequadas para conduzir à perfeição a maior parte da onda de vida.
Mas não são suficientes para os atrasados das várias Raças que têm ficado para trás.
No pináculo da separatividade, toda a humanidade necessita de ajuda extra, e os atrasados necessitam ainda de um auxílio especial.
Deus deseja a salvação de todos, pois não criou nada para ser destruído.
Qual era a Missão de Cristo?
Tirar-nos do separatismo – as Religiões separatistas do Espírito Santo devem dar lugar à unificante Religião do Filho, a Religião Cristã, que inaugurou a doutrina do Perdão dos Pecados.
Alterar a direção da nossa aprendizagem que era de fora para dentro (Lei Jeovística) para, de dentro para fora (Lei do amor e do serviço à quintessência do ser humano); A lei deve ceder lugar ao Amor, e as Raças e nações separadas devem unir-se numa Fraternidade Universal.
Possibilitar a todos os seres humanos o direito de buscar as Iniciações; abriu o caminho da Iniciação para todos os que quisessem alcançá-lo.
Fornecer aos seres humanos as 4 Iniciações Maiores (além das 9 Iniciações Menores que já eram possíveis) ou Iniciações Cristãs.
Ensinar como curar um ser humano de qualquer tipo de doença ou enfermidade, em qualquer grau de severidade.
Purificar o Corpo de Desejos do Planeta (o Mundo do Desejo) a fim de que pudéssemos, como já ocorre atualmente, ter material mais abundante das Regiões Superiores do Mundo do Desejo.
Se a necessidade de redenção ou de salvação existe, como pode a morte de um indivíduo ajudar os outros?
Porque para Cristo adentrar nosso Planeta, até o Centro e, de lá, purificar esse Globo conspurcado pelas nossas paixões acumuladas, foi necessário que jorrasse muito sangue do Corpo Denso de Jesus, a ponto de penetrar até o centro da Terra.
Quando esse sangue atingiu o centro de nosso Planeta, entrou em ligação com o Espírito Planetário, e serviu de veículo ao Cristo, no grande ato redentor da humanidade.
O sangue é a mais alta expressão do Corpo Vital e é através dele que nós nos manifestamos, pois somos um Espírito.
O que o sangue redentor de Jesus Cristo tinha de diferente?
Jesus, nascido da Virgem Maria – um elevado Iniciado –, passou por todas as Iniciações no seu preparo de 30 anos. É o ser humano mais evoluído entre nossa humanidade.
Significa que o sangue que fluiu no Calvário está ligado ao Grande Espírito Solar, Cristo. Por esse meio, assegurou Sua admissão na própria Terra e, desde aquele momento, é seu Regente. Difundiu seu próprio Corpo de Desejos por todo o Planeta, purificando-o de todas as baixas influências desenvolvidas sob o regime do Espírito de Raça.
O que significa ser orientado de “fora para dentro” e de “dentro para fora?
Nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução, foi “de fora para dentro” – ou seja, fomos sugeridos, orientados, conduzidos e dirigidos por meios de Leis (resumidas nos Dez Mandamentos), geradoras de sofrimento e punição se as desobedecessem e, de alegria se as obedecessem.
Depois começou a ser disponibilizados para nós a direção “de dentro para fora”, ou seja: sublimar as Leis e as utilizar para emancipar o intelecto do desejo e a conquistar o autocontrole.
Então, veio o Cristo e inaugurou o Cristianismo – veja as Bem-aventuranças – a Religião do Filho. E por meio dela que alcançaremos a maior eficiência no nosso desenvolvimento espiritual “de dentro para fora”.
Jeová preparou a Terra e a humanidade para a admissão direta de Cristo. O que significa “Preparou a Terra”?
Significa que toda evolução num Planeta é acompanhada pela evolução do próprio Planeta.
Se algum observador, localizado em alguma estrela distante e dotado de visão espiritual, tivesse contemplado a evolução da Terra, teria notado uma mudança gradual em seu Corpo de Desejos.
Quando Cristo veio à Terra, ele negou as leis de Moisés e os profetas?
Cristo Jesus não negou Moisés, nem a Lei, nem os profetas.
Pelo contrário, confirmando-os, demonstrou ao povo que eles, ao indicarem Aquele que deveria vir, foram seus predecessores.
Disse ao povo que tais coisas já tinham servido aos seus propósitos e que, para o futuro, o Amor deveria suceder à lei.
O que significa Crucificação Cósmica?
É a denominação do sacrifício anual feito por Cristo
A isso, São Paulo se refere na Epístola aos Romanos 8:22: “Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente”.
Essa estação é um tempo para o discípulo renovar sua dedicação para percorrer no caminho do Senhor a despeito de quaisquer vicissitudes e obstáculos que podem afetar seu caminhar.
Nossos corações, nessa época, devem voltar-se para Ele, o Cristo; em gratidão, pelo sacrifício que faz por nós durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro quando começa a penetrar nesse Planeta com Sua Vida, Seu Amor e Sua Luz.
Qual é então, o Mistério do Gólgota?
Purificar o sangue do egoísmo. O processo começou quando o sangue de Jesus foi derramado e continuou através das guerras entre nações cristãs todas as vezes que o ser humano lutou por um ideal, e prosseguirá até que o contraste entre os horrores da guerra e a beleza da fraternidade tenham impressionado suficientemente a espécie humana.
São Filipe era o Discípulo de Betsaida, que em Hebreu, significa a casa das redes. Esotericamente, isso significa o despertar ou infundir-se com espiritualidade. A história de vida de Filipe contém o processo ou fórmula para espiritualização da Mente. Este é um longo e árduo processo de aceitação da divindade do Senhor. Muitas vezes, durante este processo de despertar espiritual, a Mente grita e protesta: “Mostra-nos o Pai e isso bastará”. Difícil é o ensinamento que nos faz compreender a resposta do Mestre: “Não crês que eu estou no Pai e o Pai em Mim?”.
Filipe era filho de um pai Hebreu e uma mãe Grega. Tornou-se o primeiro evangelista para o mundo Grego. Ele foi a mão que abriu a porta para o Cristianismo na Europa; e foi nomeado o Hermes de Cristo.
A maior influência em sua vida, com exceção do Mestre, foi a amizade de São Natanael. Eles constituem um inseparável dois – o Davi e o Jônatas (1Sam 20:16) do Novo Testamento.
Eram inseparáveis na vida e juntos, enfrentaram o martírio. São Filipe trouxe São Natanael para Cristo e São Natanael viu a passagem do espírito luminoso de São Filipe, em seu martírio, ao encontro do Mestre
São Filipe viajou pela Terra, compartilhando a luz dos novos ensinamentos do Messias que ele tão ardentemente defendia, e por causa da multidão de seus seguidores e das muitas curas maravilhosas que realizava, ele foi crucificado em frente ao Templo. Fortalecido por uma visão do Cristo glorioso e pela presença terrena de seu amado São Natanael, o espírito radiante de São Filipe deixou seu corpo na Terra, voando a caminho ascendente da alegria daqueles que permaneceram fiéis até a morte.
Entre os Ensinamentos de Cristo-Jesus está, sem dúvida alguma, em posição de destaque o que diz respeito à Fraternidade.
Como é belo vermos, por exemplo, o Sol nascer e brilhar para todos, indistintamente.
Semelhantemente brilham os seres humanos que trabalham na vinha do Cristo, que seguem e colocam em prática os Seus Ensinamentos.
São bons e irradiam de si, constantemente, e em todas as direções, simpatia e amor.
Fazem sempre de maneira espontânea e simples, sem estardalhaços, não pensam em glória, nem fama e nem palavreados bombásticos.
Suas palavras e gestos para com os outros são sinceras, revestidas de pureza de sentimentos e sempre agem com naturalidade, pois têm algo do Verbo.
Cada Ego humano (um Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado) é um pequeno Sol que se destacou do Sol Central, e à medida que com este se afina, vai crescendo automaticamente o seu brilho, e em maior proporção, passa a fazer o bem aos demais, imbuído do mais elevado desprendimento.
Faz o bem porque é bom e correto fazer o bem
Viver fraternalmente é ser bom, é ser puro de coração, saber perdoar as falhas alheias, ser rigoroso quando for o caso, mas também ser brando quando necessário. Sabe ter discernimento, sabe ter compaixão.
Procedendo assim dará provas seguras, através do seu viver, de estar integrado aos Ensinamentos do Cristo e dos Seus Apóstolos.
Seja fraterno já!!
Hoje, mesmo num país tropical, com um solo maravilhoso, um sol radiante, que temos aqui no Brasil, ainda vemos uma quantidade muito grande de pessoas consumindo refrigerantes, sucos industrializados, etc.
Temos frutas brasileiras, deliciosas, onde parece que Deus as criou para que nós, seres humanos, as consumissem se deleitando com o seu gosto, seu sabor diferenciado, e delicioso.
Entre elas destacamos a laranja, o caju, abacaxi, toranja, tangerina, melancia, melão, maracujá, pitanga, murici, tamarindo, taperebá, cajá-manga, goiabas, mangas, pêssegos, uvas (ricas em tiamina e riboflavina), limões entre tantas outras., que dão sucos deliciosos e ricos em vitaminas e sais minerais.
Além do abacate, mamão, banana, maçã, coco, que podem ser consumidas isoladas, em vitaminas, sorvetes, etc.
Muitas frutas têm alto conteúdo líquido equilibrando as perdas de água no organismo.
Algumas frutas aproveitadas com cascas fazem muitas vezes, verdadeiras faxinas no intestino, além de nos incentivar a mastigação.
Aqui no Brasil ainda contamos com o delicioso caldo de cana, o mate gelado, a água de coco.
Cuidemos bem desse nosso “templo”, desse Corpo Denso tão maravilhoso!!
Entre os sistemas de se organizar para o trabalho, aprendemos na Fraternidade Rosacruz, que o mais recomendável é aquele que se constitui de uma equipe, também chamado de um grupo de pessoas ou até um time. E aqui estão algumas características e qualidades que devem ser observadas, dentro do âmbito do Cristianismo Esotérico, preconizado pela Fraternidade Rosacruz: Começa por congregar, por meio da sua constituição, de seres humanos que estejam acima do personalismo. Já superaram em apreciável nível, a vaidade pessoal.
Assim, colocam o bem da coletividade muito além do pessoal. Reúnem-se para que o conjunto produza melhor do que qualquer um deles, isoladamente.
Nas reuniões, debates e demais atividades, entendem-se perfeitamente, pois todos compreendem que deve, sempre, prevalecer o que for melhor para todos.
Jamais, portanto, perdem tempo em pensar qual deles seria mais ou menos importante. Sabem que todos são importantes, todos têm o seu valor e que, cada um espontaneamente, dá de coração o que estiver ao seu alcance. Não pensam de maneira alguma nessa ou naquela recompensa, por mais tentadora que pareça.
Trabalham harmoniosamente, tendo em vista um único objetivo: o prazer de servir.
É oportuno recordarmos aqui a extraordinária “equipe” constituída por Cristo-Jesus e os Seus Apóstolos.
Nada mais justo e acertado do que tomarmos essa maravilhosa “equipe” como modelo ou arquétipo.
O “trabalho de equipe” nos faz lembrar, também, de algo fraterno, concretamente falando.
Encerra, por si mesmo, vivência Aquariana.
E, dita vivência representa, seguramente, união a qual como se diz corretamente: “faz a força”.
Por fim, diríamos, assim procedendo, viveremos o maior mandamento do Cristo: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. (*) Se você quiser saber que passos seguir e ter um detalhamento para que uma “equipe”, ou “grupo” ou um “time” deve ser montado com essas características, acesse aqui um artigo que pormenoriza com detalhes práticos: https://fraternidaderosacruz.com/a-libertacao-atraves-do…/
Hoje quando as pessoas se cumprimentam, desejam: “saúde, paz e alegria”.
O problema é que quando alguém não tem saúde, não busca entender o porquê, onde errou, que Lei de Deus ela infligiu. Se faz de coitada, se aborrece.
Quando busca “paz” se esquece que Cristo disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”, mas Ele disse da Sua paz e não a paz que procuram no mundo.
Todos desejam a paz, mas nem todos procuram o que conduz à verdadeira paz, a paz de espírito, que deixa o coração leve.
Cristo disse que a paz está com os humildes e os mansos de coração! E que a paz consiste em que se tenha muita paciência. Paciência é o que não vemos hoje em dia; pelo contrário, vemos sim, brigas por nada, discussões, críticas destrutivas, intrigas, fofocas, conversas maldosas, xingamentos, as pessoas sempre querendo levar vantagem em tudo e sobre todos, sempre querendo aniquilar o outro. Lembre-
se, porém, que o que você faz, assim você é em seu coração. O seu comportamento mostra quem você realmente é.
Se ouvissem a voz do Cristo, com certeza, gozariam de muita paz.
“Sim, Senhor, amar-vos-ei sempre, bendirei vosso nome em todo tempo; vós mesmo sois nossa paz e nesta paz acharei descanso e dormirei” (Sl e Ef 2:14).
Quando se busca alegria, mas vem adversidades, tristeza e dor, as pessoas se revoltam, infelizmente só são fortes quando não há tribulações no caminho.
Saibamos, irmãos e irmãs, passar pelas provas, pelas tribulações, vamos nos reprimir e não permitir que saia das nossas bocas palavras desordenadas, palavras que machucam o outro.
Procuremos sempre, em todas as situações, acalmar nossos corações, buscar o conforto somente em Cristo, pois somente Ele pode nos trazer o remédio que satisfaça todas as nossas necessidades. Somente Ele é capaz de compreender a nossa situação e as nossas carências. Ele é o único caminho que leva à Deus Pai.
Um dos mais lindos ensinamentos que aprendemos na Fraternidade Rosacruz e que o Estudante Rosacruz se esforça para colocar sempre em prática é: “O que não beneficia a todos não beneficia a ninguém”. E um outro, que complementa e é completado pelo anterior é: “Nenhuma lição é de real valor como princípio de vida, se a sua verdade for aprendida superficialmente”. Por que isso?
Porque infelizmente há um “divórcio” ainda entre o nosso Coração e a nossa “cabeça” – o intelecto, a razão –, onde impede o crescimento do verdadeiro sentimento de Fraternidade Universal, e a adoção dos Ensinamentos de Cristo, que é o Senhor do Amor, no cotidiano da nossa vida, como Ele nos ensinou na Sua primeira vinda, vivendo entre nós.
De um lado o nosso Coração pede benevolência e amor, mas do outro vem a nossa Razão pedindo beligerância e medidas punitivas com o próximo, querendo que nos vinguemos a qualquer custo, que façamos intrigas, fofocas, que tenhamos conversas maldosas, quer xingamentos, rupturas, quer que se aniquile o outro, não importa se temos razão ou não. A Razão (a “cabeça”) pede que não levemos desaforos para casa, que escolhamos com quem conviver e por aí afora.
É triste vermos isso porque o Coração, esotericamente falando, está ligado ao nosso lado místico, devocional, altruísta; é todo amor; ele pede que sejamos bons, que façamos o bem, que procuremos responder o mal com o bem, que façamos aos outros aquilo que gostaríamos que os outros nos fizessem, que espalhemos amor, que vejamos o bem em tudo e em todos.
O nosso Coração além da função física, ele tem também a função espiritual, que ultrapassa em muito as funções do coração físico!
A função espiritual do nosso Coração pede que amemos incondicionalmente, com um amor verdadeiro, intenso, puro, profundo, que não impõe nenhum tipo de retorno, que supera tudo, que perdoa tudo, que ame apesar, dos erros do irmão ou da irmã (filho ou filha de Deus, como nós), que não espera nada em troca.
Esse amor espiritual do nosso coração é o Amor verdadeiro, ensinado a nós por Cristo.
Temos como um exemplo desse amor lindo, o amor de mãe, que é toda ternura, dedicada, amorosa, afetuosa, que ama 24 horas por dia, dia e noite, incondicionalmente. Ela exerce o amor que vem do coração.
Outro exemplo é o amor de Deus por nós, Seus filhos e Suas filhas, que nos perdoa sempre, que está sempre pronto a nos ouvir, a nos ajudar, basta apenas que O busquemos, e que nos mandou Seu Filho, o Cristo, para esse Mundo Físico, para interceder por nós, para nossa salvação.
Outro exemplo é o amor de Cristo que deixou o Seu verdadeiro lar, o Mundo do Espírito de Vida, e veio até aqui no Mundo Físico para nos salvar, nos ajudar, que mostrou o que é amar de todo coração, aquele amor absoluto, altruísta. Cristo veio nos mostrar o que é e como servir a divina essência que há em cada irmão, em cada irmã.
Cristo é o maior dos Arcanjos, o mais elevado Iniciado do Período Solar, é o Regente do Planeta Terra, é o único caminho que nos leva a Deus Pai; somente Ele é capaz de compreender a nossa situação e as nossas carências; somente Ele pode trazer o remédio que satisfaça todas as necessidades; Ele é o Senhor do Amor. Ele tem um veículo formado de material do Mundo de Deus, e por isso alcançou o mérito de ter o atributo de Deus-Filho. É o único Ser no Universo que está em contato, simultaneamente com Deus e conosco. Diante disso queridos irmãos e irmãs, busquemos a Cristo, tenhamos nesse Ser o nosso ideal de vida, amemos e busquemos Deus Pai, procuremos fazer a união entre “cabeça” e “coração”, só assim seremos seres humanos plenos, altruístas, e saberemos o que é Fraternidade Universal!
Antes de renascer, nós escolhemos no Terceiro Céu a Raça à qual vamos pertencer?
Resposta: A questão clássica de “raça” acabou com a vinda do Cristo, por meio da sua obra de miscigenação das raças. Ou seja: temos todas as possibilidades de não nascermos atrelados a uma raça ou a outra. Sim, temos a possibilidade de sermos mestiços. E assim é para muitos irmãos e irmãs. E essa é a tendência até a próxima Época, a Nova Galileia. No entanto, se você é um Ego que ainda tem lições a aprender em um Corpo que ainda está atrelado a uma determinada raça (a negra no centro da África, a amarela no centro da China, a vermelha nos indígenas que vivem isolados, a marrom no aborígene que vive isolado e até os nossos irmãos e irmãs árabes fanáticos), você escolhe no 3º Céu esse ambiente para melhor aprender a lição que tanto necessita. Lembremo-nos sempre: o nosso Planeta, campo de evolução, tem ambientes, possibilidades, configurações e condições para TODOS os níveis de evolução para cada um dos bilhões de Egos humanos. Isso é garantido por uma Hierarquia Criadora chamada Senhores da Forma. A escolha é nossa, e a fazemos sem nenhum medo, apego, discriminação ou quaisquer outras limitações; mas só considerando a vontade de aprender a lição necessária, de pagar as dívidas que fizemos e de evoluir para frente e para cima. Por isso que a escolha é feita no Terceiro Céu.
Os desejos dos menores de 14 anos são oriundos do Corpo de Desejos da Terra. Então é o nosso Planeta que deseja através dessas pessoas, usando-as como instrumentos da sua vontade? Assim, quando uma criança pratica o mal, o que infelizmente não é incomum, é a Terra quem deseja agir errado?
Resposta: Não é bem assim. O Ego utiliza o Corpo de Desejos para obter material do Mundo do Desejo e, assim, ter os seus desejos, emoções e sentimentos. O Corpo de Desejos de uma criança até por volta dos 14 anos já estão construídos (ele o faz na descida vindo do 3º Céu quando estagia no Mundo do Desejo, atraindo materiais afins). Ele só ainda não “nasceu” aqui. Assim, não consegue utilizá-lo para ter os seus desejos, emoções e sentimentos. Assim, o faz por intermédio do Corpo de Desejos do Planeta, que não é nada mais, nada menos do que o próprio Mundo do Desejo com todas as suas 7 Regiões: inferiores e superiores (!). A qualidade do desejo, da emoção ou do sentimento do Ego é dele, pois ele só poderá obter o material que lhe é afim. Logicamente, dado a maravilhosa qualidade do Corpo de Desejos do Planeta, é muito mais fácil e menos trabalhoso esse Ego ter desejos, emoções e sentimentos elevados do que inferiores. No entanto, como o livre arbítrio é sempre respeitado, o Ego pode – e faz – um esforço sobremaneira para ter esses desejos, emoções ou sentimentos inferiores e é isso que vemos em muitos irmãos e irmãs até por volta dos 14 anos. Como consequência, o estrago do Corpo Denso é muito maior do que depois dos 14 anos.
As habilidades que nos destacam e separam da população geral são qualidades escolhidas no Terceiro Céu para a vida atual ou são “dons” obtidos em vidas anteriores pela experiência contínua em determinada área? Exemplificando, o professor de matemática desta vida será, nas próximas, excelente nesta matéria desde a infância?
Resposta: Todo relacionamento que temos com outras pessoas tem que terminar em amor. Se não terminar, o relacionamento não terminou e renasceremos tendo contato com elas. Ora bem próximos, ora um pouco distantes. Mas todos com oportunidades para completar o relacionamento com amor. Importante: o SEU lado tem que terminar em amor. Se o lado da pessoa não terminar, o problema é dela. Aí está a força do perdão e da reforma íntima do seu lado. Se o relacionamento entre duas pessoas é cheio de discussões, brigas, intrigas, inveja, ciúmes e outros sentimentos, desejos e emoções inferiores e se isso se arrasta por toda uma vida, certo será que os dois voltarão nas próximas vidas até o relacionamento terminar com amor. Agora, se o relacionamento entre duas pessoas é cheio de simpatia, amizade, carinho, respeito, admiração e outros sentimentos, desejos e emoções superiores é sinal de que em vidas passadas esse relacionamento já foi completado em toda a sua plenitude em amor, e voltam a se relacionar nessa vida para um ajudar o outro. Não existe dom, existe mérito; fruto de trabalho duro, persistente e sempre focado no serviço amoroso e desinteressado, o máximo que a pessoa conseguir, aliado a uma dedicação sobremaneira à parte espiritual, com a certeza de que “busque o Reino de Deus e sua justiça e o mais vos será dado por acréscimo”.
O nosso livre-arbítrio se resume ao modo como reagimos às ações ou situações pelas quais, no Terceiro Céu, escolhemos passar ou vai além e nos permite fazer o que quiser e quando quiser, sendo inclusive causa não-programada de prejuízo ou auxílio a outras pessoas?
Resposta: Somos seres limitados e isso é facilmente demonstrado no horóscopo. Assim, nem sempre e nem ilimitadamente podemos “fazer o que quiser e quando quiser, sendo inclusive causa não-programada de prejuízo ou auxílio a outras pessoas”. Lembrando que o panorama que escolhemos no Terceiro Céu se resume somente aos eventos principais de lições que temos que aprender e cuja teia do destino garante o encontro com as pessoas pelas quais precisamos findar um relacionamento com amor. Muitos outros eventos cabem a nós escolher o caminho. E aqui podemos gerar uma causa não programada para o bem ou para o mal. Muitas delas é via nossa Epigênese. Agora, com certeza, colheremos os efeitos dessas causas, nessa vida ou em vidas futuras.
Se bons pensamentos e a prática de ações amorosas produzem Mente sã e corpo saudável, por que tantas pessoas inegavelmente altruístas sofrem com doenças, enquanto muitas que são egoístas têm boa saúde? O próprio Max Heindel tinha problemas cardíacos!
Resposta: quanto mais evoluído é um ser humano – que ainda está ligado à roda de nascimentos e mortes – mas ele vai querer escolher um panorama no Terceiro Céu que acelere o pagamento de dívidas de destino contraídas em vidas passadas e mais a sua vida aqui na Terra (o baluarte da evolução) terá essas condições externas que, olhando de fora, é uma vida de dores e sofrimentos e de muitas dificuldades. E essas pessoas passam essa vida com alegria, paciência, compreensão, gratidão e outros sentimentos que, para quem não entende o processo de redenção de um ser humano, não consegue compreender. O “ter boa saúde” sempre estará ligado a que tipo de dívidas foi escolhido lá no Terceiro Céu pela pessoa. Agora…para um ser humano evoluído que NÃO está mais ligado à roda de nascimentos e mortes sua saúde é perfeita, sem dores, sofrimentos, doenças ou enfermidades. Exemplo recente? Conde de Saint Germain, um dos últimos renascimentos de Christian Rosenkreuz. Sempre lembrando aqui, que mesmo um ser humano que NÃO está mais ligado à roda de nascimentos e mortes se precisar prestar um serviço aqui e que precise vir doente, com saúde frágil ou até em doença terminal, ele virá e, pode ter certeza, nesse caso nada sofrerá!
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura
Datas de Cura:
Junho: 01, 09, 15, 21, 29
“Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, pois tu és aquele a quem eu louvo”
Jeremias 17:14
Resposta: A Bíblia nos diz que eram ouro, mirra e incenso. O ouro sempre foi considerado o símbolo do Espírito nas antigas lendas e na simbologia. Na história do Anel dos Niebelungos, dramatizada por Wagner, nós observamos como as donzelas do Reno brincavam com o elemento aquoso no fundo do rio Reno. A água era iluminada pela chama do ouro. Essa lenda nos reporta ao tempo em que esses filhos da névoa viviam nas maravilhosas condições da primitiva Atlântida, onde formavam uma vasta fraternidade, inocentes e infantis, e o Espírito Universal ainda não havia interpenetrado nos corpos separados.
O ouro que jazia sobre a rocha, no fundo da água, era o símbolo do Espírito Universal iluminando toda a Humanidade. Mais tarde, ele é roubado e fundido num anel por Alberico, o Niebelungo, que renega o amor para possuir esse ouro. Então, se torna o símbolo do Ego separado na presente Era sem amor e de egoísmo. O ser humano que se tornou sábio e percebe os males do egoísmo oferece ouro ao Cristo, como um símbolo de seu desejo de retornar ao Espírito Universal do Amor.
O segundo presente, a mirra, é uma planta aromática muito rara e escassa que cresce na Arábia. É o símbolo da Alma. Dizem as lendas dos santos que ao se santificarem eles exalavam um aroma. Isso é considerada uma fábula piedosa, mas é um fato real que um indivíduo pode se tornar tão santo que passe a exalar um aroma delicioso.
O terceiro presente, o incenso, é um símbolo do Corpo Denso, que foi eterizado por uma vida santa, pois o incenso é um vapor físico. O ministro do interior da Sérvia, um dos conspiradores que planejou o regicídio nesse país há menos de uma década, escreveu suas memórias. Parecia, segundo ele, que quando queimavam incenso no momento em que convidavam as pessoas para se juntar em sua conspiração, invariavelmente conseguiam convencê-los. Ele não sabia o porquê, simplesmente mencionou isso como uma curiosa coincidência. Mas, para o ocultista o assunto está claro.
Nenhum espírito pode trabalhar num determinado Mundo sem um veículo feito do material desse Mundo. Para funcionar no Mundo Físico, para ir e vir, necessitamos ter um Corpo Denso e um Corpo Vital; ambos feitos dos vários graus de matéria física – sólidos, líquidos, gás e Éter. Podemos obter tais veículos pelo método comum, passando pelo útero até o nascimento, ou podemos extrair o Éter do Corpo Vital de um médium e usá-lo temporariamente para se materializar, ou ainda usar a fumaça do incenso.
Assim, constatamos que os presentes dos Reis Magos são o Espírito, a Alma e o Corpo, dedicados ao serviço da Humanidade. Dar-se é imitar Cristo, e seguir Seus passos.
(Pergunta nº 95 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
As Profecias do Velho Testamento acerca de Cristo
Vamos ver, agora, as profecias do Velho Testamento sobre Cristo: o Velho Testamento nos ensina verdades espirituais muito profundas, e Cristo confirmou-o, citando dele 20 personagens e fazendo referência a 19 livros.
No Evangelho segundo São Mateus (22: 29), Cristo adverte os saduceus severamente por não conhecerem o Velho Testamento. No Evangelho segundo São Lucas (4:16), vai à sinagoga em Nazaré, lê o livro de Isaías (61:1-2), que profetiza a vinda do Messias. Terminando de ler, disse algo importantíssimo que (Lc 4:21) seria oportuno tomarmos conhecimento.
Quando Cristo foi ao deserto para se submeter às três tentações, citou, em cada uma delas, trechos do Livro de Deuteronômio (6:13) (6:16) e (8:33). Abaixo citaremos algumas passagens do Velho Testamento que profetizaram a vinda do Messias, e a época em que elas foram feitas.
Sugerimos que localizem na Bíblia as passagens citadas:
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Os Três Reis Magos
Por que este número três?
Seria por causa de São Mateus que só menciona três presentes: ouro, incenso e mirra – atribuindo-se, assim, simplesmente um presente para cada Rei?
O texto evangélico não diz mais, além do que os “Magos vieram do Oriente à Jerusalém” onde perguntaram a todos pelo recém-nascido – “Onde está o Rei dos Judeus? Porque vimos a Sua Estrela no Oriente e viemos para adorá-lo“.
Segundo São Mateus, os Magos encontraram o Menino Jesus e Maria em “Belém da Judeia”. Quem seriam esses Magos? Max Heindel dá-nos uma resposta rica em detalhes de conhecimento oculto: “Nos tempos antigos antes da vinda de Cristo, somente uns poucos escolhidos podiam seguir o caminho da Iniciação”. Era um privilégio ao alcance de uma minoria, tais como os sacerdotes e os Levitas. Estes eram levados aos templos, onde lá permaneciam. Casavam-se em condições determinadas. Alguns se preparavam para fins definidos, como por exemplo, desenvolver um apropriado afrouxamento entre os Corpos Vital e Denso, cuja separação é necessária para a Iniciação. Tem de haver esta separação para que se possam desprender os dois Éteres superiores e deixar os outros dois Inferiores. Isso não se podia fazer com a humanidade ordinária. Estava, ainda, muito aferrada ao Corpo de Desejos. Devia aguardar até mais tarde, quando as suas condições evolutivas fossem melhores.
Até àqueles que se encontravam reunidos nos templos era perigoso o trabalho de libertá-los fora de certas épocas; e a mais longa noite do ano, a noite de Natal, era uma das mais apropriadas para a Iniciação.
Quando o maior impulso espiritual estava presente, havia melhor oportunidade para estabelecer contato com Ele, do que em qualquer outra parte do ano. Na Noite Santa do Natal era costume dos Seres Sábios – os Magos –que estavam acima da humanidade comum, levar ao Templo aqueles que se estavam tornando sábios e, portanto, com direito a serem Iniciados. Realizavam-se determinadas cerimonias e os candidatos eram mergulhados numa espécie de transe. Naquele tempo não se lhes podia conceder a Iniciação em estado de completa vigília. Quando despertada a sua percepção espiritual, podiam ver através da Terra, que para a sua visão espiritual tornava-se transparente, por assim dizer, e viam a Estrela da Meia-Noite, o Sol espiritual do outro lado do globo.
Porém, essa estrela não brilhava somente nessa época. É mais fácil vê-la agora, porque Cristo alterou as vibrações da Terra e desde então o seu aperfeiçoamento se efetiva. Ele rasgou o véu do templo, e fez o Santo dos Santos – o lugar da Iniciação – accessível a todo aquele quede coração queira iniciar-se. Desde então não mais foi necessário o transe ou estados subjetivos. Há uma chamada consciente dentro do Templo para todo aquele que deseja entrar.
Temos de considerar outra coisa: as oferendas dos Magos, postas aos pés do Salvador recém-nascido. Segundo a lenda um trouxe OURO, outro MIRRA e o terceiro INCENSO.
Sempre temos ouvido falar do ouro, como símbolo do Espírito. O Espírito é simbolizado deste modo no Anel dos Nibelungos. Na primeira cena vemos o ouro do Reno. O rio é tornado como emblema da água e ali se vê o ouro brilhando sobre a rocha simbolizando o Espírito Universal em perfeita pureza. Mais tarde roubam-no e CONVERTEM-NO EM ANEL. Isto o fez Alberico, simbolizando a humanidade na parte média da Atlântida em cuja época o Espírito penetrou nos veículos humanos. Depois o ouro foi adulterado, perdeu-se e foi à causa de toda a tristeza sobre a Terra. Os Alquimistas dizem ser possível transmutar os metais baixos ou vis em ouro puro; este é o modo espiritual de dizer que eles queriam purificar o Corpo Denso, refiná-lo e extrair dele a essência espiritual, pela sublimação dos instintos, e não pela sua supressão ou pelo recalcamento.
Portanto, o presente de um dos reis Magos, o ouro, simboliza o Espírito puro.
A Mirra é extraída duma planta aromática, cultivada na Arábia. Por esse motivo simboliza aquilo que o ser humano extrai de si mesmo quando se purifica, libertando o seu sangue da paixão que o consome. Deste modo se converte em algo semelhante às plantas, na sua castidade e pureza. Então, o seu corpo torna-se uma essência aromática. É certo que existem homens e mulheres tão santos que emitem de si um aroma agradável, e daí dizer-se que morreram em odor de santidade. A mirra representa a essência da alma, extraída da experiência realizada enquanto se vive em Corpos Densos.
O incenso é uma substância física de um caráter muito sutil e usada muito amiúde, nos serviços religiosos, onde serve de veículo físico para as forças invisíveis, simbolizando assim o Corpo Denso.
Esta é a chave dos três presentes oferecidos pelos Magos, ou seja: o Espírito, a Alma e o Corpo.
Cristo afirmou: “Se queres ser perfeito, vai vender tudo o que tens” (Mt 19:21). Não deves ficar com coisa alguma. Tens que dar o Corpo, a Alma e o Espírito, tudo, pela Vida Superior para Cristo, não para um Cristo exterior, mas para o Cristo Interno, o Cristo que está dentro de ti mesmo. Os três Magos, segundo diz a lenda, eram: um amarelo, outro negro e outro branco. Representavam as três raças existentes sobre a Terra: a Mongólia – amarela; da África – a negra; e do Cáucaso – a branca. A lenda demonstra que seu tempo todas as raças unir-se-ão na benéfica Religião do Cristo, porque “diante d’Ele todo o joelho se dobrará” (Rm 14:11). E cada um, a seu tempo, será guiado pela Estrela de Belém.
(Revista: Serviço Rosacruz – 12/68 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Os Verdadeiros Presentes de Natal, Seus Símbolos e o maior Presente de todos
Os verdadeiros presentes de Natal são mais profundos que aqueles que os seres humanos comuns dão, por ensejo tradicional. O caminho da iluminação começa em dar de si. Não se trata de dar presentes, mas dar de si mesmo, nas menores coisas e manifestações (pelos pensar, sentir, falar e agir). Tal é o caminho mais curto, o mais seguro e mais agradável que conduz à religação consciente com o “Eu superior”. O Natal é o símbolo da culminância de um estado de transição, do humano para o Espírito. Para chegar a esse portal e ser admitido como “novo nascido” é mister aprender a lição do serviço amoroso e altruísta, em cada minuto do ano.
Cristo é o divino presente a que todos devemos almejar: é o coração e o sapato que colocamos para recebê-lo; é a consciência despojada de valores negativos que pode conceber o Messias interno. Devemos preparar-nos, “Somos Cristos em formação”. Que Deus fortaleça nossas aspirações!
Vamos falar do símbolo que há no pinheirinho de Natal. O pinheirinho é árvore de folhas perenes. No auge do inverno, quando a neve se vai acumulando, pesando e crestando suas folhas, ele permanece firme, à espera do hálito quente da primavera que vem reanimá-lo. Daí haver sido tomado como símbolo da vida eterna, que transita pelas estações do ano, inalterável aos desafios dos renascimentos, ereto, olhando para o céu e levantando os braços em oração.
A silhueta do pinheiro é triangular. O triângulo com a ponta para cima é o símbolo da Trindade Divina, em que reside a vida eterna. Seu verde constante é o símbolo da esperança que não se abate nas vicissitudes.
Assim, não importa que aqui no hemisfério Sul não haja neve. Pense no símbolo e ponha uns flocos de algodão sobre as folhas de seu pinheirinho. E as lampadazinhas lembrarão o significada da vida, que por si só ele exprime.
Agora, vamos falar sobre a simbologia que há nas velas natalinas. As velas que se acendem ou que figuram nos adornos natalinos, representam a luz do Aspirante Cristão. Nosso estado atual de consciência ainda não pode libertar a luz total do Espírito interno. É apenas uma fresta, uma pequenina luz. No entanto, todas as trevas do mundo não podem esconder a luz de uma pequenina vela. Ao contrário, quanto mais profunda as trevas, mais ressalta a luz, por pequena que seja. Se não podemos ser uma estrela, sejamos uma lâmpada que alumia a todos e a nós mesmos. Se não podemos ser uma lâmpada, sejamos, pelo menos uma pequena vela. Dizendo melhor, não é que humanamente possamos ser alguma coisa. Em verdade depende de compreendermos que o Divino, em nós, é quem faz. “Deus é luz”. Somos feitos à Sua imagem e semelhança. Basta, pois, que deixemos a luz interna brilhar, na medida em que removemos os condicionamentos da personalidade egoísta, como as nuvens desfeitas revelam o Sol. Acenda as velas de Natal e pense nisso.
Será que o verdadeiro Papai Noel – não esse que temos nos comerciais – também é um símbolo natalino? Vejamos! A figura simpática, sempre esperada, de Papai Noel ou São Nicolau (conforme a tradição) está ligada a Júpiter, governante de Sagitário: alto, forte, rosado, risonho, dadivoso – as características físicas e internas de Júpiter, governante de Sagitário, que precede e anuncia o Natal.
E por falar em presentes, não podíamos deixar de citar os três Reis Magos e seus presentes. Vamos ver a simbologia que aqui há: a narrativa da visita dos Reis Magos está no Evangelho segundo São Mateus. Nesse trecho se fala indeterminadamente de alguns magos que vieram do oriente. A tradição designou três representantes das raças: branca, amarela e negra. Beda, um escritor inglês (673-735) foi quem os batizou de Gaspar, Melchior e Baltazar. A palavra “mago” vem do hebraico “magh”, em sânscrito “mahat”, que significa “grande”.
A simbologia é clara: a realização do verdadeiro Cristianismo há de abraçar a humanidade inteira e dissolver todo o conceito de raças na unidade espiritual. Mas, isso acontecerá quando cada ser humano se tornar um “mago”, isto é, grande (por dentro), um rei (que governa a si mesmo), ao alcançar a união com o “Eu verdadeiro” – o “Eu superior” – e servir à divina essência em todos os seus irmãos e irmãs, acima de todos os preconceitos que são as divisórias atuais.
Os presentes que deram, de ouro, incenso e mirra, são alegorias do Espírito, Corpo e Alma. O Ego que está evoluindo, quando iluminado pela consciência é o ouro depositado das escórias. A mirra é uma erva amarga (resina de Balemodendron) procedente da Arábia e alude às dores e dificuldades com que o Espírito que evolui acumula suas experiências através dos Renascimentos. O incenso é utilizado nos ofícios religiosos para incorporação de elementais que trabalham, sob as ordens dos Anjos, pela respectiva comunidade. A Fraternidade Rosacruz desaconselha o seu uso e prefere meios internos, já que é um recurso de incorporação. Daí estar ligado com o “corpo”.
Conjuntamente, os presentes dos magos representam a dedicação integral do Aspirante a seu Cristo Interno, quando Ele nasce. É claro que o “Eu verdadeiro” sempre esteve em nós, mas somente quando a consciência desperta para Ele se diz que lhe nasceu.
O Cristo definiu essa dedicação integral como o maior mandamento Cristão: “Amar a Deus (o Divino em si, nos semelhantes e no Universo) de todo o coração, de todo o entendimento, com todas as forças, de toda alma“.
Agora, vamos ver o símbolo que há oculto no presépio natalino. Segundo a história, o presépio foi instituído por São Francisco de Assis, para representar a cena da manjedoura, descrita pelo Evangelho místico de São Lucas. Seria ideal que nossos filhos aprendessem a modelar as figurinhas de massinha, para representar essa cena. Uma caixa de areia, com o auxílio de uns pedaços de plástico para imitar os rios, pontilhões de papelão, manjedoura com palhinha e pauzinhos, detritos de madeira serrada e pintados de verde, para imitar a grama etc. fixam vivamente, no íntimo da criança, o cenário natalino, de tão formosos símbolos. O presépio enseja-nos ocasião de explicar às crianças, com palavras simples, “aquilo que Cristo pede a cada um de nós”. José e Maria não encontram lugar para Jesus nascer e tiveram que se ajeitar em uma manjedoura (lugar anexo à casa onde pernoitam e se alimentam os animais, principalmente no inverno). Pergunta: Você tem um lugarzinho em seu coração, para nascer Jesus?
A cidade se chamava Belém, que significa “casa do pão”. Essa casa de pão é o coração humano, quando aprendemos a viver bem, isto é, quando aproveitamos as oportunidades de cada dia, como grãozinhos de trigo, e vamos moendo, cozendo, com bons pensamentos, palavras verdadeiras e amorosas, atos bons, o pão vivo, a hóstia sagrada.
Belém ficava na região da Galileia, que significa “Jardim fechado”; quer dizer o nosso íntimo, o lugar secreto do Altíssimo mencionado no Salmo 91. Ali é que tem que nascer nosso Cristo, como nasceu o Outro, o externo. O Outro nos ensina que deve haver um Natal interno. Um poeta ensinou isso: “Ainda que o Cristo nascesse mil vezes em Belém, se não nascer dentro de ti, tua alma continuará extraviada… Olharás em vão a cruz do Gólgota, a menos que ela seja erguida em teu próprio coração”. (Angelus Silésius).
José conduziu Maria grávida, para lá. Também nós devemos estar cheios de luz, de bem, de amor, de entendimento da verdade espiritual, para que nasça o Cristo Interno. A gestação é de tempo variável: depende do nosso preparo. Podemos abreviá-lo ou retardá-lo. Os incômodos da gravidez são altamente compensados pela alegria do nascimento.
O menino se chamou Jesus. Jesus significa “aquele que é salvo por Deus”. Salvo de quê? De quem? De você mesmo, de sua falsa persona, egoísta, que é o anticristo. Só a graça de Deus pode conseguir isso, bem como disse o salmista: “A batalha não é vossa, mas de Deus”. Então você poderá se chamar também Jesus-aquele que é salvo por Deus.
A mesma Trindade (pai, mãe e filho, aqui representada por José, Maria e Jesus) aparece igualmente na tradição filosófica de outros países. Sempre um iluminado ser nascia de uma “virgem” e esses Iniciados estavam relacionados com o Sol. Entre os persas foi Mitras; entre caldeus foi Tamuz; entre os egípcios foi Horus, filho de Osíris e Isis. Os antigos deuses do norte previam a aproximação da “luz-dos-Deuses” como a chegada de Surt, o brilhante Sol-Espiritual desses deuses e inaugurar harmonia em “”Gimie”, a terra regenerada.
Só o Cristianismo fala de Alguém que veio e que voltará.
No ponto de vista externo, exotérico, essas crenças criaram a adoração do Sol, como fonte de espiritualidade, de luz e de vida. Em todas as partes se construíram os Templos com as portas em direção ao Leste, onde “nasce o Sol”.
Do ponto de vista interno, esotérico, o “místico Sol da meia-noite” há de brilhar na escuridão da inconsciência humana atual, com o irromper da Luz interna, do Cristo Interno, que vem estabelecer definitiva harmonia em nosso ser, quando estejamos preparados, em condição de uma “terra regenerada”, isto é, uma personalidade transformada para servir de canal ao “Eu superior”. Isso pressupõe uma personalidade humilde (a manjedoura) e a parte instintiva, animal, domesticada (o boi e o burrico) que São Francisco de Assis colocou ali inspirado pelo livro de Habacuque.
De um prisma cósmico, mais amplo, Cristo veio efetivamente do Sol, pois é o mais alto Iniciado entre os Arcanjos. O que possibilitou sua vinda foi o preparo de Jesus, que lhe cedeu os veículos Corpo Denso e Corpo Vital, para que se manifestasse entre nós como um homem. “Como é em cima é em baixo” e, assim, para manifestação do Cristo Interno é necessário que a personalidade se regenere. Então, se cumpre a profecia da vinda do Messias o “Himmanu-El”, “o Deus convosco” – Aquele que nascerá no íntimo de cada criatura transformada e libertada.
O nascimento de Jesus foi narrado por São Mateus e São Lucas. Cada um deles fez a narrativa de forma diversa, porque os Evangelhos são métodos de Iniciação. São Mateus é o método masculino, positivo, do fator vontade. Sua narrativa é marcada de aventuras e perigos. José é avisado pelo Anjo para receber Maria, que concebeu do Espírito Santo, o que mostra que da vontade humana não pode vir a realização espiritual, mas de uma fonte mais alta, pois é o Pai em mim quem faz as obras; eu, de mim mesmo, nada posso. Receber a visita dos Reis Magos seus presentes (dedicação consciente ao Cristo interno. Prevalece o fator masculino). José é avisado novamente para deixar Belém, antes do ataque de Herodes (o egoísmo, natureza inferior enciumada), refugiando-se no Egito, a Terra do Silêncio (o preparo interno e silencioso). Já em São Lucas é o método místico na cena da manjedoura, em humildade e recolhimento, mostrando que o processo de preparo é interno, reservado. É sempre Maria (o fator feminino, coração) que é avisada pelo Anjo. Ela deve ser virgem (ser humano despojado de impurezas internas, em sua imaginação, o lado feminino), desposada com José, um viúvo, segundo a tradição, ou seja, a vontade humana a serviço do justo, desligada da esposa, do mundo, do vício.
Na Fraternidade Rosacruz aprendemos que os dois lados são necessários: o ocultista (intelecto) e o místico (coração, a devoção). Por isso, ela adota os emblemas de uma lâmpada (a razão) e de um coração (a devoção), que são os dois polos do Ser. Quando esses dois polos se aperfeiçoam, de seu encontro nasce a luz, a sabedoria interna, decorrente da união do amor e do conhecimento, para tornar a Mente amorosa e o Coração sábio.
O fato histórico existiu e persiste como tradição, porque esotericamente a vida de Jesus-Cristo é um convite à realização interna. À nossa maneira, todos devemos realizar, individualmente, as fases daquele que nos serviu de modelo.
Agora, vamos ver como é o verdadeiro presente natalino que todos, pobres e ricos, bons e maus, crianças e idosos, homens e mulheres e quaisquer outras “duplas” que podemos segmentar recebem na época do Natal. Do ponto de vista cósmico é o que anuncia o presente do céu: o Cristo do Ano Novo – a vida que vem dar novo alento à Terra, na noite mais longa e escura do Ano – física, em uma boa parte da Terra e espiritual em toda à Terra –; o Cristo é a promessa da nova vida, com a beleza de cores e perfumes, com as sementes que se converterão em alimento físico e espiritual, para que a humanidade não pereça.
Do ponto de vista coletivo, Cristo é o presente celeste, confortando pelo novo impulso de altruísmo e luz que dá ao globo terrestre, para nos assegurar a evolução e nos livrar da “queda do homem”. É um eterno presente, já que Ele voluntariamente se encadeou a cruz do mundo, até que sejamos salvos: “Estarei convosco até a consumação dos séculos”.
Do ponto de vista individual, é a promessa do fruto espiritual, já que todos somos “Cristos em formação” e Ele é o modelo, o exemplo que todos devemos imitar, a nosso modo, internamente. É o convite de um Natal interno, pela religação consciente com o “Eu verdadeiro” ou o “Eu superior”.
Assim, de modo geral, os presentes natalinos e o coração generoso que os oferece, representam as dádivas divinas, em todos os sentidos, já que “Deus é Amor”. É o Espírito de Natal expresso em todos os minutos do ano, mas que assumiu sua mais significativa expressão pela vinda do Cristo, o excelso presente.
Oxalá que esta orientação do Cristianismo Esotérico da Filosofia Rosacruz lhe traga uma nova abertura e um firme propósito para alcançar essa meta sublime.
(Publicado na Revista O Encontro Rosacruz de dezembro/1982 – Fraternidade Rosacruz de Santo André-SP)