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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual parte do Espírito Tríplice constitui o Eu Superior? Será o Espírito Divino? Afirma-se no “CONCEITO” que o Espírito Humano é o Ego. O Espírito de Vida não é uma parte do Ego? O Ego inteiro fica no plano físico durante a vida terrena, ou somente parte dele, conforme o ensinamento hindu?

Pergunta: Qual parte do Espírito Tríplice constitui o Eu Superior? Será o Espírito Divino? Afirma-se no “CONCEITO” que o Espírito Humano é o Ego. O Espírito de Vida não é uma parte do Ego? O Ego inteiro fica no plano físico durante a vida terrena, ou somente parte dele, conforme o ensinamento hindu?

Resposta: O Eu superior é o Espírito Tríplice: o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano, mas não se deve conceber esses três como separados um do outro. O Espírito é indivisível, como a luz branca que vem do Sol através do espaço interplanetário, mas da mesma forma que a luz pode ser refratada em três cores primárias – azul, amarelo e vermelho – ao atravessar a atmosfera mais densa da Terra, o Espírito Virginal também aparece como sendo tríplice durante a manifestação, devido a estar rodeado por envoltórios de matéria de densidade variável.

Quando envolto apenas na substância do Mundo do Espírito Divino, é o Espírito Divino; quando o Espírito Divino recebe em acréscimo um envoltório de material oriundo do Mundo do Espírito de Vida, torna-se o Espírito de Vida; e quando, finalmente, é revestido na matéria da Região do Pensamento Abstrato, torna-se o Espírito Humano – o Ego. É por isso que o Espírito Virginal, enredado nessas três camadas de matéria, está apartado de toda consciência de seu Pai Divino e, estando tão encoberto pela matéria que não consegue mais ver as coisas do ponto de vista cósmico ao atingir o exterior, ele volta sua consciência para dentro e vê-se separado e isolado de todos os outros. Por isso, ele é um Ego – um indivíduo. Nesse ponto nasce o egoísmo, e começa a busca individual.

Quando o Espírito Humano atrai ao redor de si, para uma melhor expressão, os veículos inferiores e mais concretos – a Mente, o Corpo de Desejos, o Corpo Vital submergindo neles e mesmo descendo até o Mundo Físico, ele adquire novamente a consciência das coisas externas. A partir daquele momento, tendo perdido o conhecimento do Mundo de Deus, de onde veio originalmente, ele começa a conquistar o mundo físico e a dominá-lo para atingir seus próprios fins.

Neste aspecto, ele difere radicalmente dos Espíritos dos outros três reinos – mineral, vegetal e animal. O Espírito-Grupo do reino mineral desceu apenas até a Região do Pensamento Abstrato. Por essa razão, a consciência do mineral assemelha-se ao estado mais profundo de transe. O Espírito-Grupo do reino vegetal desceu para a Região do Pensamento Concreto. Por isso, a consciência do reino vegetal assemelha-se à que possuímos no mais profundo sono sem sonhos. Os Espíritos-Grupo dos animais são encontrados no Mundo do Desejo, que está próximo ao mundo em que vivemos. Consequentemente, a consciência do animal é uma consciência interna pictórica, semelhante àquela que temos nos sonhos, sendo as imagens enviadas pelos Espíritos-Grupo aos animais para que se grave neles o que têm de fazer sob determinadas circunstâncias. Aquilo que chamamos de instinto é, portanto, a sabedoria dos Espíritos-Grupo que se imprime no animal para que este saiba agir. Somente o Espírito Humano, em todos os reinos de vida em evolução na Terra, é um Ego individualizado, e habita os veículos que estão reunidos no mundo físico durante as horas de vigília do dia. Desse modo, atingimos a consciência desperta, e assim tornamo-nos totalmente cientes e despertos para todas as coisas pertencentes ao mundo no qual, então, atuamos e onde somos capazes de usar a nossa própria razão, expressar os nossos desejos e emoções, e agir segundo as diretrizes do nosso Eu individual Superior – o Espírito Interno, o Ego.

(Perg. 153 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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