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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Sobriedade no que Comer, quanto Comer e do que se Alimentar

A gula é o flagelo do Corpo Denso. Tudo o que agrada demasiado ao paladar e que excita as reações nervosas em demasia prejudica o jogo da razão, incita à cólera e impele à luxúria. A intemperança produz a doença, a loucura ou o crime. A superalimentação envenena o sangue, esgota as vísceras e destrói a saúde. A gordura embota o Corpo Denso e embrutece o temperamento da pessoa. A imensa maioria das doenças humanas são criadas pelos erros e excessos de alimentação. A saúde duradoura não é o apanágio, senão daqueles que põem em prática certas renúncias alimentares. Assim, convém não só renunciarmos ao abuso de alimentação, mas abstermo-nos de produtos vulnerantes (exemplos: bebidas alcoólicas, fumo, tabaco, drogas, pimentas em excesso, vinagre em excesso, molhos picantes em excesso).

Por outro lado, se queremos nos libertar do sofrimento, não devemos viver do sofrimento e do assassínio infligidos a outros animais (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis, frutos do mar e afins), nem incorporarmos em nós as impurezas e os baixos instintos de que estão cheios os tecidos cadavéricos deles. A anatomia comparada nos ensina que possuímos a estrutura orgânica de um frugívoro. A experiência diária estabelece que os doentes têm uma melhoria na saúde abstendo-se de alimentos impuros e que muitas pessoas vivem perfeitamente sem consumir carne animal. É, pois, evidente que, pelo menos, uma grande restrição de carne animal seja uma medida salutar. Não é mau lembrar, a tal propósito, muitas pessoas praticam a abstinência de carne animal e que, em nossos dias, numerosas são as razões que seguem as mesmas regras de saúde não permitindo entrar como alimento no Corpo Denso senão o que é puro e necessário.

Não fazem mais do que conformar-se com a lei, inscrita no Gênesis, que regula com uma precisão admiravelmente instrutiva o gênero de alimentação destinada ao ser humano pelo Criador: “E disse Deus: ‘Eis que tenho dado toda erva que dá semente e está sobre a face de toda a terra; e toda árvore em que há fruto que dá semente; ser-vos-á para alimento’” (Gn 1:29).

Quanto à força e à sabedoria que se obtém seguindo a abstinência de carne animal (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis, frutos do mar e afins) e bebidas alcoólicas, as Escrituras traçaram-nos o seguinte quadro: “E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel da linhagem real e dos nobres, mancebos em quem não houvesse defeito algum, formosos de parecer e instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência e entendidos no conhecimento, que tivessem habilidade para viver no palácio do rei a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus. E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que, no fim deles, pudessem estar diante do rei. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes; a saber, a Daniel pôs o de Beltessazar; a Ananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; a Azarias, o de Abednego”.

E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar. Ora, deu Deus a Daniel graça e misericórdia diante dos chefes dos eunucos. E disse o chefe dos eunucos a Daniel: ‘Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida, por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos mancebos que são vossos iguais? Assim, arriscareis a minha cabeça para com o rei’. Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Ananias, Misael e Azarias: ‘Experimenta, peço-te, os teus servos, dez dias, fazendo que se nos deem legumes a comer e água a beber. Então se veja diante de ti o nosso parecer e o parecer dos mancebos que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, hajas com os teus servos. E ele conveio nisto e os experimentou dez dias. E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores; eles estavam mais gordos do que todos os mancebos que comiam a porção do manjar do rei. Desse jeito, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam beber, e lhes dava legumes”.

“Ora, a estes quatro mancebos Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e a sabedoria; mas, a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. E ao fim dos dias em que o rei tinha dito que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Ananias, Misael e Azarias, por isso permaneceram diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e inteligência, sobre o que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino.” (Dn 1:3-20).

Para melhor fazermos compreender a que flagelo conduz o desprezo pela alimentação adequada e a avidez pela alimentação cárnea, reportemo-nos ainda a este trecho da Escritura:

E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo: pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: ‘Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça… Coisa nenhuma há, senão este maná como ente de coentro e a sua cor de lio’. Espalhava-se o povo e o colhia, e em moinhos o moía ou em um gral o pisava e em panelas o cozia e dele fazia bolos: e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco… E disse Moisés ao Senhor. ‘Por que fizeste mal a teu servo? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto contra mim choram dizendo: ‘Dá-nos carne para comer’’… E disse o Senhor a Moisés: ‘Santificai-vos para o amanhã e comereis carne: porquanto chorastes aos ouvidos do Senhor, dizendo: ‘Quem nos dará carne a comer, pois bem nos ia no Egito?’. Pelo que o Senhor vos dará carne e comereis. Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias: mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela’… Então soprou um vento do Senhor que trouxe codornizes do mar e as espalhou pelo arraial. Então o povo se levantou todo e colheu as codornizes”.

Quando a carne estava entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, acendeu-se a ira do Senhor contra o povo e feriu o Senhor ao povo com uma praga muito grande. Pelo que o nome daquele lugar se chamou Kibouth-Hattaava (que significa sepulcros da concupiscência), porquanto ali enterraram o povo que teve o desejo de comer carne.” (Nm 11:4-35).

No que diz respeito ao uso de bebidas alcoólicas, que depressa degenera em perigo, é bom lembrar estes conselhos da Bíblia.

Para quem são os ‘ais’? Para quem são os pesares? Para quem as disputas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? Para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho; para os que buscam bebidas misturadas. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e escoa suavemente, no seu fim morderá como a cobra e como o basilisco picará.” (Pb 23:29-32).

Por outro lado, as virtudes purificadoras, preservadoras e curadoras do jejum são bem conhecidas em medicina. Quanto aos poderes espirituais que ele pode conferir, o próprio Cristo os ensinou a seus apóstolos, depois do revés que eles tiveram contra um possesso do demônio: “Depois que Jesus entrou em casa, perguntaram-lhe seus discípulos particularmente: ‘Por que não o pudemos nós expulsar?’. E disse-lhes: ‘Esta casta de demônios não se pode fazer sair senão à força de oração e de jejum.” (Mc 9:28-29).

Como os seres humanos encontrariam, pois, grandes benefícios corporais e melhor desenvolvimento espiritual, ao renunciarem aos alimentos impuros ou superexcitantes e se aplicarem, com clarividência, às regras de sobriedade e abstinência que preconiza a doutrina médica do verdadeiro naturismo hipocrático!

Está ainda escrito no Evangelho: “Velai, pois, sobre vós para que não suceda que os vossos corações se sobrecarreguem com o excesso do comer e do beber, e com os cuidados desta vida, e para que aquele dia vos não apanhe de repente… Vigiai, pois, orando em todo o tempo, a fim de que vos façais dignos de evitar todos esses males, que têm de suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do Homem.” (Lc 21:34-36).

E lê-se nas Epístolas: “Sede sóbrios e vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda ao redor de vós como um leão que ruge, buscando a quem possa tragar.” (IPd 5:8).

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1965-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Caso de Possessão

Em vários artigos recentemente publicados sobre possessão, mencionei duas classes: a demoníaca e a elemental. Essa última é uma possessão ou a posse das faculdades do paciente, em maior ou menor grau, por uma entidade invisível (espiritual). Pode haver ou não intervalos lúcidos, mas no caso registrado abaixo eles foram numerosos. No ocultismo, não pretendo ser alguém que se aproxime da mestria, mas há muitas coisas sobre as quais posso dar conhecimento em primeira mão.

Não é da competência deste breve artigo descrever os motivos e a origem de entidades como elementais e Espíritos da Natureza, nem entraremos em algum dos planos superiores para descrever a forma ou constituição química dos elementais. O elemental é a mais simples de todas as influências externas que possuem e é a primeira influência externa, viva e real, ou ser real, com o qual o diagnosticador astromédico entrará em contato.

A verdadeira composição material do elemental é um elemento, daí o seu nome. É bom para o leitor lembrar que estamos falando aqui das vibrações que são mais elevadas do que as do plano físico e cotidiano, e que uma descrição completa do elemental nos levaria a uma dissertação prolongada sobre as forças que atuam ao longo da parte negativa e positiva dos polos ou os quatro Éteres. Basta dizer aqui que o elemental tem forma real e possui vida, principalmente a que é obtida da sua pobre vítima humana. O casuísta pode exigir prova dessa afirmação antes de prosseguir. Eu respondo que é auto demonstrável e que o caminho para a verdade e o aprendizado está aberto a qualquer um que esteja disposto a pagar o preço. Esse preço, no entanto, não é dinheiro e se o pesquisador for absolutamente materialista, ele fará bem em ler o Caibalion[1] ou literatura semelhante, antes de fazer mais pesquisas médicas.

É bom lembrar que o que há de mais fundamental, por exemplo, em uma planta é invisível aos olhos físicos. O conhecimento suprassensível é acessível a todos aqueles que buscam com diligência e persistência.

Ao relatar este caso, vamos nos ater tanto ao lado físico quanto for compatível com o assunto e descreveremos este como um caso típico e real de possessão elementar. Visite qualquer instituição para pessoas com alguma debilidade mental na Terra e muitos casos semelhantes poderão ser encontrados. Você pode argumentar como quiser e zombar o quanto quiser, mas a verdade não será mudada para se adequar a uma de nossas opiniões preconcebidas.

Sra. H., 26 anos, esposa de um mecânico honesto; mãe de três filhos; loira com algumas características marcantes de beleza feminina; tamanho médio, razoavelmente bem constituída; veio de uma família em que muitos são inteligentes, mas também neuróticos; seu pai morreu em uma instituição para débeis mentais; pulmões e coração em bom estado, sem história específica de problemas. Ela era organizada, trabalhadora e naturalmente de temperamento alegre. Durante o último parto, o trabalho de parto foi concluído em menos de uma hora sob a competente gestão do Dr. Muir, que a atendeu muitas vezes durante as sete semanas seguintes.

Na primeira semana do período de internação, ela foi esplêndida. Aproximadamente depois do nono dia, ela começou a ter peculiares ataques nervosos de vaga apreensão de perigo para seu bem-estar. Não houve febre em momento algum. O Dr. Muir, de maneira sutil, encaminhou o caso para mim no início da oitava semana. Fui chamado pela primeira vez em 19 de janeiro, às cinco horas da tarde, e a encontrei sentada na cama segurando uma bolsa de água quente sobre o seio esquerdo; seus cabelos estavam desgrenhados e o rosto exibia uma expressão maníaca; nenhum piscar de olhos; olhos afundados em suas órbitas; pupilas dilatadas; mãos e pés frios, mostrando circulação perturbada, embora o quarto estivesse confortavelmente quente; os batimentos cardíacos eram lentos e fracos, mas regulares. Ambas as pupilas estavam dilatadas e se recusavam persistentemente a contrair mesmo sob a influência de luz, hiosciamina, estricnina ou brometos.

Sua conversa era não racional e ela estava apreensiva, com medo de morrer imediatamente e fazia repetidamente a mesma pergunta aos atendentes sobre sua morte próxima. Independentemente das garantias em contrário, ela perguntava cem vezes ou mais por dia se seu coração iria parar ou se algum dia ela se recuperaria. Ela estava rapidamente ficando acamada e qualquer tribunal de insanidade teria julgado sem hesitação que ela fosse um caso adequado para uma instituição do Estado para pessoas insanas. Seu coração reagiu a uma injeção hipodérmica de estricnina; mas, as pupilas, as janelas da alma (do Ego), não se contraiam por meio de estimulante algum que eu aplicasse.

Havia várias sensações nervosas e metastáticas, simulando um tipo travesso de histeria. O atendente médico pode sentir uma sensação ou atmosfera mais calorosa quando está na presença do caso comum de histeria, seja na variedade travessa ou simiesca.

Seus intervalos lúcidos eram levemente perceptíveis. Os pentabrometos produziram um sono razoavelmente bom, embora um pouco perturbado por sonhos importantes para qualquer psicanalista.

Além de uma administração hipodérmica e da dosagem noturna de pentabrometos, prescrevi um tônico amargo para ser tomado após as refeições. Resolvi fazer tudo o que estava ao meu alcance como médico para salvá-la de ser internada em uma instituição para débeis mentais; mas, quanto mais eu fazia, mais graves se tornavam os sintomas, até o terceiro dia, quando decidi que o diagnóstico poderia ser modificado de prostração nervosa para um caso simples de possessão elementar que tinha seus sintomas psiconeuróticos produzidos por um fator além do ambiente físico e visível. As pupilas e a atitude eram patognemônicas.

Nesse extremo, iniciou-se um tratamento suprafísico para despojá-la da entidade obsessora. Não é conveniente informar o público sobre essa parte do tratamento neste momento. Quase imediatamente a pupila começou a alterar de tamanho, por assim dizer, a reagir em pontos, os intervalos lúcidos tornaram-se mais longos e, em dez dias, toda a pupila assumiu um aspecto normal. Dentro de 36 horas do início do tratamento modificado, uma confissão veio da paciente. Ela afirmou que desde os cinco anos de idade praticou a masturbação e continuou essa perversão sexual em intervalos ao longo da vida; também havia praticado duas vezes desde o último parto.

Os sintomas eram a manifestação direta desse elemental que atuava no plano etérico. Como um vampiro invisível, ele cresceu muito e estava roubando dessa bela mãe o seu próprio princípio de vida. Sem ajuda, ela era impotente para se livrar desse elemental.

Não há necessidade de falar sobre o tratamento, se houver viés no julgamento diagnóstico do leitor. Ao fazer um diagnóstico, é bom agir com calma em todos os casos neuróticos, pois devemos primeiro nos certificar de que os sintomas não têm origem física; além disso, não pode haver obsessão sem dilatação pupilar. É fácil perceber que não cometer erros no diagnóstico nesses casos é de muita importância para a reputação do diagnosticador e de grande importância para o pobre paciente. Na realidade, os nomes “histeria”, “neurastenia” e “psiconeurose” são vãos subterfúgios usados para acobertar as multidões da nossa ignorância.

Em poucas palavras, a paciente tinha uma predisposição neurótica, um ambiente hostil, o estresse da maternidade e uma prática maligna enfraqueceu ainda mais a sua autonomia física e mental, proporcionando, assim, uma condição ideal, um convite à influência externa. Muito cedo o elemental obteve dela uma área de consciência; como seus atos eram uma rendição de vida ao elemental, ele cresceu muito, alimentando-se do Éter de Vida e foi capaz de obter posse de mais áreas da sua consciência. Pouco a pouco o elemental se tornou a maior coisa dentro do templo, destronando o Ego humano do seu trono de razão.

Observação. — Embora a paciente possa realizar os seus afazeres domésticos, continua sob observação médica.

(Por um médico Probacionista, publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro de 1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: O Caibalion (Kybalion), publicado em 1908 pela Yogi Publication Society sob o pseudônimo de “os Três Iniciados”, afirma conter a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto, tal como ensinado nas escolas herméticas do Antigo Egito e da Antiga Grécia. Seu material tornou-se um dos pilares do Movimento Novo Pensamento da década de 1910. Muitas das ideias apresentadas nesse livro anteciparam conceitos popularizados no século XXI, como por exemplo, a Lei da Atração.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Possessão Demoníaca

Então trouxeram-lhe um endemoninhado cego e mudo. E ele o curou, de modo que o mudo podia falar e ver. Toda a multidão ficou espantada e pôs-se a dizer: “Não será este o Filho de Davi?”. Mas os fariseus, ouvindo isso, disseram: “Ele não expulsa demônios, senão por Beelzebu, príncipe dos demônios”. Conhecendo os seus pensamentos, Cristo Jesus lhes disse: “Todo reino dividido contra si mesmo acaba em ruína e nenhuma cidade ou casa dividida contra si mesma poderá subsistir. Ora, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, poderá subsistir seu reinado? Se eu expulso os demônios por Beelzebu, por quem os expulsam os vossos adeptos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós. Ou como pode alguém entrar na casa de um homem forte e roubar os seus pertences, se primeiro não o amarrar? Só então poderá roubar a sua casa. Quem não está a meu favor, está contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa.” (Mt 12:22-30).

Aqueles engajados no trabalho de cura — os profissionais da saúde, bem como o curador mental e espiritual — estão se tornando cada vez mais conscientes da realidade da “possessão”. Eles estão percebendo que uma entidade desencarnada pode tomar posse parcial ou total do corpo de alguém que vive no plano terrestre. A medicina tem vários nomes para tal condição: neurose, psicose, esquizofrenia… E usa vários tipos de tratamentos para efetuar a cura. Em alguns casos, a entidade que causou obsessão parcial pode ser desalojada por meios físicos, mas o curador espiritual tem a verdadeira chave para a dificuldade.

Cristo Jesus, Mestre expoente do Amor Divino, naturalmente tinha o poder de afastar os “demônios” ou “diabos” de sua vítima, como está registrado, muitas vezes, nos Evangelhos. Seu nome pode ser usado ainda hoje para comandar esses seres rebeldes, por aqueles qualificados a fazê-lo. Tais casos devem servir como advertências impressionantes para “aqueles que têm ouvidos para ouvir” — advertências contra a vida negativa que torna a pessoa suscetível à obsessão parcial ou completa. Não há perda mais terrível do que a do Corpo Denso para outra entidade e isso só pode acontecer pela transgressão séria das Leis de Deus.

No incidente relatado acima encontramos, novamente, os fariseus reacionários, aqueles opositores astutos do novo regime de Cristo, buscando alguma razão para acusar o novo Mestre de transgredir a lei sacerdotal, para que O afastassem do povo. Entre si, eles inventaram a acusação de que Ele usou o poder de “Beelzebu, príncipe dos demônios”, para efetuar Seus resultados.

Mas, Cristo Jesus conhecia seus pensamentos, o que deve ter espantado seus acusadores nesse e em muitos outros casos semelhantes, e começou a usar Sua lógica soberba para responder à acusação deles (Podemos notar, de passagem, que esse poder do Mestre de ler pensamentos era uma indicação de uma faculdade que eventualmente será possuída por todas as pessoas. Observamos uma percepção crescente desse poder em nosso mundo moderno, mesmo entre os cientistas materialistas). Ele ensinou a doutrina indiscutível de que “Se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não poderá subsistir.” (Mc 3:25). Muitas vezes ouvimos nessa afirmação a necessidade de unidade no plano material, mas o significado mais vital é de natureza espiritual: “Aquele que não está comigo está contra mim” significa que deve haver uma dedicação completa à vida espiritual, para que o verdadeiro progresso possa ser efetuado no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1978 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

(*) A pintura é de Gustave Doré

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Obsessão

A obsessão é um estado na qual um Espírito desencarnado toma possessão permanente do Corpo Denso e Vital de uma pessoa, depois de haver expulsado seu dono. Porém, algumas vezes ocorre que um indivíduo que tem algum vício, como o de embriagar-se, apresenta como desculpa que estampa obsidiado. Quando isso acontece, quase sempre se pode ter a certeza de que não é mais que um pretexto. Um ladrão que rouba algo aqui no Mundo Físico não vai divulgar seu furto; nem uma entidade obsessora vai proclamar esse feito. A essas entidades não importa absolutamente o que se pense da pessoa, cujo corpo tenham roubado, nem têm motivos para divulgar sua condição e arriscar um exorcismo.

Existe uma maneira infalível para determinar se uma pessoa está possessa por meio do diagnóstico do olho. “Os olhos são as janelas da alma[1]. Somente o dono verdadeiro é capaz de contrair e dilatar a íris do olho. Se um indivíduo realmente está possesso, a íris dos seus olhos não se dilatará quando entrar num quarto escuro ou quando se fixar em um objeto distante. Também não se contrairá quando sair ao sol ou quando se fixar em letras pequenas. Em resumo, a íris dos seus olhos não responde nem à luz nem à distância, quando e pessoa está possessa. Não obstante, existe uma enfermidade chamada “ataxia locomotriz” na qual a íris não responde à distância, porém responde à luz. Os Espíritos apegados à Terra sentem atração pelas Regiões inferiores do Mundo do Desejo, a qual interpenetra os Éteres do Mundo Físico. Esses Espíritos estão em estreito contato com as pessoas terrestres que se encontram em melhores condições para a execução de seus projetos infames. Normalmente, permanecem nesse estado apegados à Terra por cinquenta, sessenta ou setenta e cinco anos, porém, sabe-se de casos muitos raros em que tais espíritos permaneceram assim por séculos. As investigações de Max Heindel indicam que não há limite às suas ações ou ao tempo em que podem ficar apegados à Terra. Porém, durante esse período estão acumulando muitos pecados, sofrimento pelo qual não podem escapar, porque seu Corpo Vital imprime em seu Corpo de Desejos um arquivo das suas más ações. Quando se desprendem da Terra e entram na existência purgatorial – no Purgatório que se localiza especificamente nas três Regiões inferiores –, enfrentam-se com a justa recompensa que bem merecem. Naturalmente esse sofrimento aumenta conforme o tempo que permaneceram em suas práticas nefandas depois da morte do Corpo Denso, que é outra prova de que “mesmo que os moinhos de Deus moam muito lentamente, o fazem com precisão”.

Quando o Espírito, por fim, abandona o Corpo de Pecado e sobe ao Segundo Céu, este Corpo de Pecado não se desintegra tão rápido como o faz normalmente o cascão de pessoas normais.

Isto acontece porque o elo dos Corpos Vital e de Desejos dão ao Corpo de Pecado uma consciência que é notável. O cascão não pode raciocinar, porém tem uma astúcia tal que dá a impressão de estar animado por um Espírito, por um Ego, e isso o capacita a levar uma vida individual por muitos séculos. O Espírito liberto entra no Segundo Céu, mas por não ter feito nada na Terra para merecer uma longa permanência ali ou no Terceiro Céu, fica somente o tempo suficiente para criar um novo ambiente para si, e logo volta a renascer muito mais breve do que o normal, a fim de satisfazer suas ânsias pela vida material que tanto o atrai.

Quando este Ego retorna à Terra é natural que o cascão da sua vida anterior se adira a ele e permaneça assim durante a vida inteira como um demônio. As investigações a esse respeito provaram que esta classe de entidades sem alma era muito comum nos tempos bíblicos. Foi a eles a que se referiu nosso Salvador quando falou dos demônios, que eram a causa das possessões e enfermidades descritas na Bíblia. A palavra grega “daimon” os descreve com precisão.

No Conceito Rosacruz do Cosmos vemos que o Ego, o ser humano verdadeiro, é um Tríplice Espírito que funciona em um Tríplice Corpo, contando com a Mente como o elo, e que somente um, o Corpo Denso, pode-se ver com os olhos físicos. São Paulo cita no ICor 15:40: “... e há corpos celestiais e corpos terrestres…”. E no capítulo 15:44, “Há corpo animal e há corpo espiritual“. Os Ensinamentos Rosacruzes reconhecem os corpos natural e espiritual, mencionados por São Paulo, mas também afirmam que estes dois corpos são interpenetrados por um corpo invisível chamado de Corpo Vital, o qual mantém a saúde do Corpo Denso, restaurando e recompondo o que ser humano destrói com seus desejos durante o dia. Além disso, coloca que cada corpo do ser humano corresponde a certo Mundo invisível que o rodeia e que o Mundo e o corpo correspondente estão compostos do mesmo tipo de matéria. Os diferentes planos de existência – o químico, o etérico e o de desejos – são de diferentes densidades e se interpenetram. Por exemplo, no Mundo do Desejo a densidade da matéria a faz atuar de uma forma similar ao fumo; o mais pesado se adere às regiões baixas da Terra, enquanto que o mais puro e rápido ascende ao ar.

Durante a vida física, o ser humano desenvolve seus corpos invisíveis constantemente por seus pensamentos, sentimentos, desejos e emoções. Caso seus desejos se fundem numa vida de sensações, se passa seu tempo com prazeres inúteis, para sua própria satisfação, se não aspira a outra coisa que não seja o dinheiro, então seu Corpo de Desejos pode ser comparado ao fumo negro e pesado. Depois de passar à vida de além-túmulo, será atraído para uma região chamada Purgatório, a mais próxima do Mundo Físico. Neste lugar tem que purgar-se de todos os seus desejos impuros; tem que limpar o Corpo de Desejos antes de poder subir à região superior chamada Primeiro Céu.

Se conduzíssemos um ser humano culto e sensível, que tenha levado uma vida pura e decente, para os guetos de uma cidade e o obrigássemos a viver em tal ambiente, sofreria, adoeceria e voltaria com seus afins na primeira oportunidade. Igualmente, se a um ser humano inferior e degradado que sempre viveu num ambiente de imundície, entre pessoas desonestas, o obrigássemos a viver num palácio entre pessoas cultas, ficaria deslocado e voltaria à sua antiga guarida, tão logo quanto possível.

As condições são semelhantes no Mundo do Desejo. O ser humano que levou uma vida pura e espiritual, ao morrer, fica nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo (onde se localiza o Purgatório) por muito pouco tempo. Tão rápido como se desprende de seu Corpo Denso, sobre à matéria mais sútil desse Mundo. Porém, aquele que não conheceu a pureza, que não pensou no mais além, é como o vapor negro e pesado: se adere ao plano físico. Prefere frequentar os antigos lugares, principalmente se guardou rancor contra alguém e quer se vingar. Ficará apegado à Terra até que consiga seu intento, frequentará o mesmo lugar onde vive seu inimigo, ou onde houver reuniões que se evoca os Espíritos desencarnados (e, muitas vezes, até por desconhecimento, os Elementais[2]), até conseguir influenciar alguma pessoa débil e negativa e levar a termo seu plano de vingança. Muitas vezes se lê no relato de um ladrão a alegação, ante o juiz, de que lhe sobreveio uma sensação repentina e não pode mais evitar o delito, alguma força o obrigou a fazê-lo. Os Espíritos desencarnados, frequentemente, incitam um alcoólatra a beber porque, dessa forma, os degenerados do Mundo do Desejo recebem certa satisfação.

É um fato interessante que os espíritos Elementais, sub-humanos, às vezes se apegam a certos indivíduos, à uma família, ou mesmo a uma sociedade religiosa. Não obstante, os veículos desses Elementais não consistem de um Corpo de Pecado composto com um Corpo Vital e Corpo de Desejos entrelaçados, senão do Éter obtido de um médium de natureza moral inferior, uma vez que o Éter assim obtido está em decomposição e, por lhes ser difícil conservar seu veículo, obrigam a quem servem que os alimente com comidas e incenso. Como esses Elementais não podem assimilar os alimentos físicos, vivem das emanações e odores que estas pessoas emitem através do fumo e do incenso. Isto é uma prova de que um ideal nobre não nos protege quando violamos as Leis de Deus, assim como não podemos evitar uma queimadura se colocarmos as mãos numa estufa quente, seja qual for o nosso motivo. Mas quando um médium está movido por desejos nobres e por uma devoção religiosa intensa, é difícil que as entidades malévolas se apoderem do seu Corpo Vital por muito tempo; se cansam rapidamente do esforço e buscam outra vítima que seja mais de conformidade com sua natureza.

Na infância, o sangue costuma subir de temperatura até um nível anormal. Nos anos seguintes, durante o período de crescimento, frequentemente acontece o contrário, porém, durante a desenfreada e impetuosa adolescência, as paixões e a cólera quase sempre expulsam o Ego, devido ao superaquecimento do sangue. Com efeito, dizemos que ebulição da cólera faz a pessoa “perder a cabeça”, ou seja, incapacita-a para o raciocínio. Isto é precisamente o que acontece quando a paixão, a raiva ou a cólera esquentam o sangue, assim expulsando o Ego de seus corpos. É com acerto que se costuma dizer que um indivíduo em tal estado tenha “perdido o controle de si mesmo”. O Ego se encontra fora de seus veículos e eles estão privados da influência direta de seu pensamento, cuja função consiste, em parte, em frear os impulsos. O grande perigo de tais arranques é que algum Espírito desencarnado poderá tomar posse do corpo antes que seu dono volte a entrar nele. A isto se chama possessão. Somente o ser humano que é equânime e que não permite que seu sangue se aqueça, pode pensar corretamente.

Quando alguém morre durante uma briga, com ira ou desejos de vingança, seguirá apegado a seu inimigo por certo tempo. Às vezes, ocorre que um Espírito desencarnado incita uma pessoa negativa do Mundo Físico a executar a vingança que deseja realizar, levando-a a cometer o crime planejado por aquele Espírito.

Nos anos vindouros, quando a humanidade estiver mais iluminada e os juízes, advogados e jurados possuírem mais conhecimentos em relação ao estado post-mortem, não condenarão o criminoso à morte, pois compreenderão que um assassino que passa ao além sem a necessária retrospecção e a quem se joga ao Mundo do Desejo sem preparação, é na verdade, um perigo maior para a sociedade do que o seria em carne e osso. Sem o Corpo Denso, o criminoso se assemelha a um animal selvagem fora de sua jaula. Tem um maior campo de atuação para levar sua vida de crimes, mesmo porque não poderão vê-lo os que “tem olhos de ver, mas não veem”. Se em vez de abrirem a jaula, as autoridades tentassem amansar o animal selvagem, o resultado seria muito melhor. Deveriam colocar o delituoso onde se pudesse lhe ensinar uma vida melhor, pois desse modo salvariam muitas pessoas dos crimes que poderiam cometer sob a influência deste tipo de espíritos invisíveis, ainda apegados à Terra e cheios de ódios e desejos.

É também por isso que a pena de morte, ao invés de servir de freio, na realidade fomenta ainda mais o crime.

A humanidade está escandalizada pela onda de crimes que percorre o mundo todo. Nenhum país está livre de sua influência, especialmente as cidades grandes.

Muitas vezes se pergunta: qual é a origem desta degeneração? O ocultista conhece as razões. Ele conhece as condições do Mundo do Desejo.

Sabe que as Regiões inferiores do Mundo do Desejo estão repletas de Espíritos apegados à Terra, em estreito contato com o Mundo Físico. Estes Espíritos nutriam ódio e desejos muito fortes quando foram arrojados a uma nova vida. Tais Espíritos guardam seus desejos inferiores e buscam sua satisfação.

No Mundo do Desejo existem também muitos Espíritos nobres que compreendem estas condições e permanecem nas Regiões inferiores com o objetivo de auxiliar aos débeis, ensinando-os e levando-os por vias mais retas. Porém, da mesma forma que os assistentes sociais das grandes cidades do Mundo Físico, esses auxiliares podem somente alcançar um número limitado. Há pessoas na Terra que são nobres e altruístas, e quando estão fora do Corpo Denso, enquanto dormem, prestam auxílio amoroso a estes, como Auxiliares Invisíveis. Nesse campo, estão muito ativos os Probacionistas da Fraternidade Rosacruz. Eles também fazem trabalho social na região purgatorial.

Caso um Espírito malévolo obtenha satisfação de seus baixos desejos, influenciando a uma pessoa débil ou a um médium de quem possa alimentar sua natureza inferior, então será necessário a este Espírito muito mais tempo para superar seus desejos e ficaria apegado à Terra até que estivesse totalmente purgado. Se um indivíduo morre antes de superar sua natureza inferior, vive com gente parecida por algum tempo com o fim de satisfazer suas ânsias, seja pelo tabaco, licor ou o sangue, mesmo o luxurioso pode obter algum prazer influenciando outros a que executem atos sensuais, para que possa gozar da satisfação experimentada por eles. Assim como o Espírito abandona seu Corpo Denso ao morrer, da mesma forma descarta seu Corpo de Desejos quando termina suas experiências no Mundo do Desejo. Depois, passa ao Segundo Céu.

O cascão de desejos descartado pelo assassino requer muito mais tempo para desintegrar-se que o de uma alma avançada. O cascão, ou seja, o Corpo de Desejos descartado, o qual possui uma certa consciência individual, é atraído para junto daqueles a quem o Ego tinha formado laços, ou seja, com quem esteve em relação na vida terrestre. Estes cascões podem ser usados por Elementais, os quais por sua vez se apegam a algum médium e se fazem passar por Lincoln, Wagner ou outro personagem famoso que, sem dúvida, já passaram ao Segundo Céu há muito tempo.

O suicida, aquela alma que por desalento destrói o Corpo Denso, é um dos mais desgraçados dos Espíritos apegados à Terra. Ele destrói o templo que é a morada do Deus vivente. O ser humano durante sua vida terrestre prepara o material com o qual constrói a matriz, ou seja, o arquétipo do corpo que irá usar em sua próxima vida. Cada órgão está fortificado ou debilitado segundo seus aspectos na presente vida. Ignora que seus excessos ou abusos produzirão reações e o deixarão com um corpo debilitado em uma vida futura. Uma vida casta e singela constrói um corpo são. “Aquilo que o homem plantar, isto mesmo ele colherá[3]. Vemos que o ser humano não se transforma pela morte; um pecador não se converte em santo pelo fato de trocar de roupa. Aquilo que o indivíduo semeou em sua vida, deve colher algum dia, em algum lugar, mas tem a oportunidade de arrepender-se e purgar-se de seus pecados enquanto se encontra nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo.

Também, pode optar por estacionar nesta região depois da morte, vampirizando os demais e frequentando os lugares que o atraíram durante a vida terrestre. Pode roubar o corpo de alguma alma débil, para continuar com sua vida libertina e satisfazer seus desejos inferiores. No entanto, algum dia terá que pagar pelas faltas cometidas, cedo ou tarde, por sofrimentos ou tristezas, terá que limpar-se de todos seus pecados e aproximar-se de Deus em corpo purificado e espiritualizado.

Ninguém que mantenha uma atitude mental positiva pode chegar a ser possuído por um Espírito desencarnado ou por um Elemental, porque enquanto se faz valer sua Individualidade, isto é suficiente para impedir que venha algum intruso. Mas sempre há grande perigo onde houver reuniões que se evoca os Espíritos desencarnados (e, muitas vezes, até por desconhecimento, os Elementais), onde os assistentes se colocam em estado negativo. A melhor maneira para evitar a possessão é a de sempre manter uma atitude positiva. Alguém que tenha inclinações negativas não deveria jamais assistir a àquelas reuniões, servir-se de bolas de cristal e outros instrumentos que sempre aparecem com nomes “modernos”, mas que tem a mesma intenção: evocar os Espíritos desencarnados. Isso é prejudicial em todos os casos, pois os que passaram ao além possuem trabalho a fazer e não se deveria fazê-los voltar para cá.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – maio/1986-Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.T.: Lc 11:34

[2] N.R.: Além das Hierarquias Divinas e das quatro Ondas de Vida de Espíritos Virginais que se acham evolucionando agora no Mundo Físico por meio dos Reinos Mineral, Vegetal, Animal e Humano, existem ainda outras Ondas de Vida que se manifestam nos Mundos invisíveis. Entre elas existem certas classes de espíritos sub-humanos que são chamados Elementais. Ocorre algumas vezes de um desses Elementais tomarem posse de um Corpo de Pecado ou de algum outro e deste modo confere uma inteligência extra a tal ser.

[3] N.R.: Gl 6:7

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