Para aqueles que concedem a divina ciência da Astrologia Rosacruz um estudo verdadeiro e um julgamento premeditado não existem dúvidas quanto a superioridade do diagnóstico pela Astrologia Rosacruz sobre todos os outros métodos de diagnosticar enfermidades e doenças. Contudo o reto uso deste método requer uma elevada capacidade de discernimento associada a certos princípios fundamentais.
Primeiramente, o mínimo possível do diagnóstico obtido diretamente do horóscopo pode ser dado ao paciente, pois, é preciso que se tenha sempre em lembrança que uma pessoa enferma é uma pessoa anormal em certo grau, inclinada a não compreender devidamente ou a interpretar erroneamente aquilo que se lhe diz.
Acontece, com muita frequência, que uma pessoa sabedora de certo aspecto adverso no seu mapa, ou de uma certa condição crônica no seu Corpo Denso, construa a imagem mental da anormalidade, podendo assim torná-la ainda mais severa. Uma tal fixação mental e emocional pode se tornar tão forte que venha a prevalecer um espírito de desesperança, e destarte a pessoa cria um invólucro em torno de si, dificultando muito qualquer auxilio que se lhe queira prestar
Vemos, assim, a necessidade de sempre se acentuar fortemente os Aspectos benéficos (Sextis, Trígnos e algumas Conjunções) e a possibilidade de usá-los, a fim de contrabalançar e superar os estados mentais e emocionais indesejáveis que resultam de uma enfermidade ou doença.
Otimismo e jovialidade são os fatores fundamentais em um bem estabelecido método de Cura Rosacruz.
Afora isso, o paciente deve saber que os Aspectos (Conjunção, Sextil, Quadratura, Trígono e Oposição) do seu mapa natal são obra exclusivamente sua e que eles o afetarão enquanto trilhar as linhas negativas de pensamento ou de sentimento lá indicadas. Deve-se evidenciar repetidamente a habilidade que possui o Ego em “governar as suas estrelas”, de modo a evitar qualquer grau de fatalismo.
Não há limites para o poder de um Espírito desperto! Não há limites para a nossa força de vontade!
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross, traduzido e publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)
No Evangelho Segundo São João 4:5-10 estudamos que Cristo-Jesus “chegou, então, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto da região que Jacó tinha dado a seu filho José” e onde se achava o poço (“Ali se achava a fonte de Jacó”) de onde se tirava a água que dessedentara Jacó, sua descendência e seu gado. No versículo 6 lemos que, “fatigado da caminhada, Jesus sentou-se junto à fonte”, quando “Uma mulher da Samaria chegou para tirar água. Cristo-Jesus viu essa samaritana chegar e disse-lhe então: “Mulher, dá-me de beber”. Essa, percebendo tratar-se de um judeu, respondeu: “Como, sendo judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana?”. Porque os judeus não se comunicam com os samaritanos. A isso respondeu Cristo-Jesus: “Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu é que lhe pedirias e ele te daria água viva!”.
Preste a atenção a alguns pontos de relevante importância a respeito de sua própria vida e de toda a humanidade.
Esse foi o primeiro passo dado por Cristo em Seu Ministério, para estender fora do povo escolhido, a toda a humanidade, sua doutrina unificadora e redentora. No entanto, até hoje a maioria da humanidade abrasa na sede da insatisfação íntima e de sofrimento de toda a ordem, cuja causa única é a falta de compreensão e, sobretudo, de vivência das grandes e sempre atuais verdades contidas nas entrelinhas dos Evangelhos.
Cristo-Jesus conhecia profundamente as carências humanas quando dizia: “tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis.” (Mc 8:18). A evolução do ser humano comum é lenta. Alguns há que entram e saem da aula da vida quase no mesmo estado. Mais de dois mil anos transcorreram e se Cristo hoje voltasse ao mundo teria de dizer as mesmas coisas. Por isso afirmou que não sabia quando voltaria. Depende somente de nós…
Cumprindo a finalidade da Fraternidade Rosacruz é que vimos juntar esta exortação: “não há nada mais essencial nesta vida do que o conhecimento de nossa própria natureza e a razão de nossa existência”. A Fraternidade Rosacruz pode esclarecer integralmente, dando uma real motivação à sua vida e ajudando-o a assentar as bases da verdadeira paz e felicidade.
Quando, em 1909, foi lançado a público a obra fundamental de Max Heindel, o livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, foi justamente para lançar nova luz à má compreendida Religião Cristã, dando a chave para um entendimento racional das verdades evangélicas e sua conciliação com a vida moderna. A Filosofia Rosacruz ilumina a parábola e o simbolismo permitindo-nos penetrar-lhe a essência figuradamente exposta pelo Mestre “para os que a vissem, não a enxergassem, e ouvindo-a, não a escutassem”, isso é, oculta dos que buscam a beleza exterior, o encanto da forma e não a alma, vislumbrada apenas por quem tem amadurecimento interior.
Falamos de uma cidade e de um poço, ao lado do qual se sentou Cristo-Jesus. Falamos também da água viva, referida pelo Mestre à mulher samaritana.
Que significa cidade? Ao pé da letra e num sentido histórico, quase nenhum proveito e sentido trás. Porém, considerando esotericamente o termo, veremos tratar-se de uma parte da nossa natureza, cujos elementos nós, o Ego, busca incorporar a seu Reino. Ali existia um poço, a beira do qual, como Egos cansados da jornada, paramos para repousar. Realmente, nós, o Ego, nos estafamos na luta pela conquista da nossa “natureza inferior”, que se alimenta ainda do poço de suas tradições, de seus hábitos e desconhece o sabor da água viva, que satisfaz permanentemente nossas necessidades reais, pois somos Egos e não há como fugir dos nossos próprios reclamos. Enquanto continuamos a beber da água do poço, teremos necessidade de renascer. Só a água viva da espiritualidade poderá redimir e transubstanciar o que há de humano, espiritualizar o que há de material, eternizar o que há de transitório, conforme nos explica o apóstolo São Paulo em sua Epístola aos Efésios. Realmente, não encontramos tempo para alimentar nossa alma com coisas superiores. Não buscamos uma pausa para uma prece sentida. A vida do ser humano comum decorre numa competição febril e nervosa, cheia de preocupações, angústias, temores, ódio, astúcias, ambições e seu preço logo se evidencia nas mais variadas formas de enfermidades ou doenças modernas, que devastam o Corpo Denso, até muito antes dos cinquenta anos de idade aqui (!). Quem disse que a vida espiritual não tem fundamento prático? Não nos referimos à Religião, tal como é hoje praticada pela maioria. Nem a criticamos. A culpa é daqueles seres que se acomodaram às suas conveniências. Cristo continua em Seu lugar e continua a esperar pelo nosso entendimento e pela prática dos princípios que nos levarão à posteridade. Não há outro Caminho, não há outra Verdade, não há outra vida real senão essa: a água viva que Ele oferece a todos.
Você sofre porque quer, teme porque quer. Está em seu livre arbítrio escolher a solução. Um bom ano novo não pode cair das nuvens ou esperar contar com a sorte. Precisa ser conquistado por cada um de nós.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1967 – Fraternidade Rosacruz – SP)
(*) Pintura: -Jesus asks the Samaritan woman for a draft from the well-Gusatve Dore 1866-1870
Resposta: Isso depende do que a pessoa que pergunta entende por ascetismo. Algumas pessoas no Oriente se jogam dentro de um barril de pregos e se mexem todo para mortificar a carne, ou se chicoteiam e se mutilam de várias maneiras para obter os poderes espirituais. Certamente, isso não está correto. Eles podem e, às vezes, se tornam clarividentes, mas esse percurso é tão repreensível e seus resultados tão transitórios quanto os efeitos obtidos pela bola de cristal, pelo hábito de drogas e por métodos similares.
Devemos compreender que esse Corpo Denso é o nosso instrumento mais valioso e, que é nosso dever lhe fornecer todos os devidos cuidados com esmero, para que, sob essas boas condições, possa ser conduzido à saúde e ao bem-estar. Nenhum poder obtido por maltratar nosso Corpo Denso será de natureza elevada e, portanto, não é duradouro e nem totalmente eficiente.
Porém, algumas pessoas entendem que ascetismo é “viver uma vida saudável e pura”. Desejam o poder espiritual sem sacrificar as tendências animais; eles desejam voar por entre as nuvens, livremente, embora outros chafurdem na lama para reivindicar a liberdade. Querem continuar ingerindo alimentos não saudáveis ou não se preocupar com o tipo de alimento que consomem, empanturrando-se de carne animal, de bebidas alcoólicas, de tabaco e até de drogas, satisfazendo suas paixões e desejos sensuais em todos os sentidos e, ao mesmo tempo, querem ter poderes espirituais.
Isso não pode ser possível. Nossos Corpos (Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos) e a Mente são nossas ferramentas. Um bom trabalhador aprecia o valor de boas ferramentas e as mantém nas melhores condições – afiadas e limpas. Quando nossos sentidos estão entorpecidos pelo consumo de bebidas alcoólicas e pelo tabaco e, às vezes, até de drogas, quando o nosso organismo é forçado a empregar toda a energia para digerir ou eliminar alimentos não saudáveis, dessa maneira, pode-se esperar que o ser humano seja um sensitivo? Não podemos servir a Deus e a Mamon; a escolha é nossa. Se queremos poderes espirituais, devemos pagar o preço levando uma vida realmente saudável; isto é, fornecer ao nosso corpo alimentos saudáveis e cumprir as regras vivendo de forma simples; nos abstendo de tudo que entorpece os sentidos — bebidas alcoólicas, tabaco e abusos similares. Se isso é chamado de “uma vida de ascetismo”, então o ascetismo é absolutamente necessário.
(Pergunta nº 138 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
O nosso Corpo Denso é, dentre todos os nossos veículos, o que está mais próximo de atingir a perfeição com ferramenta para nós, o Ego. Saber como cuidar melhor dele vai desde a alimentação até a interação dele com os outros veículos.
E é um dever do Estudante Rosacruz saber disso e aplicar esse conhecimento na sua vida, a fim de merecer aprender a construir – e ensinar – novos Corpos Densos, tanto na sua vida celestial, como aqui, renascido.
Quer entender mais sobre esse assunto? É só clicar aqui: Por um Estudante – Cuidando do Nosso Corpo Denso como se deve
Resposta: Absolutamente não; na verdade, nada justifica o dedicar toda a sua vida na tentativa árdua de conseguir avançar na espiritualidade, a menos que tenha primeiro cumprido com suas obrigações materiais em relação com o seu próximo, os que estão a sua volta. Os deveres para com a família são meios de nos tornarmos Auxiliares Visíveis, e o homem ou a mulher que negligencia seu dever aqui, certamente, não lhe pode ser confiado ou confiada os deveres de um Auxiliar Invisível a ser cumprido do outro lado.
Portanto, uma continuidade paciente no desempenho de todos os nossos deveres terrenos, utilizando o melhor de nossa capacidade, é a primeira e a mais essencial qualificação do Aspirante. Como uma qualificação complementar, podemos mencionar o autocontrole. Enquanto estamos vivendo e trabalhando em nossos Corpos Densos, o Corpo de Desejos é, até certo ponto, mantido sob controle pelo aprisionamento na matéria física densa. Se perdermos a nossa compostura aqui, o resultado pode ser perigoso para nós mesmos e para aqueles que estão à nossa volta, mas não pode ser comparado ao perigo que acompanha se perdermos a compostura no outro Mundo, pois nosso Corpo de Desejos, como sabemos, pode destruir ou prejudicar severamente o nosso Corpo Denso (físico) num ataque de raiva, de modo que podemos ficar doentes por semanas em razão do resultado de alguns minutos de perda de controle. Porém, quando fora do Corpo Denso, se essa força fosse direcionada contra qualquer outra pessoa, poderia matar instantaneamente um exército.
O conhecimento também é necessário para o Aspirante. A menos que tenhamos estudado as condições ‘post-mortem’ e estejamos familiarizados com o Esquema da Evolução e, tendo uma ideia abrangente da constituição do ser humano e assuntos similares, é impossível para nós instruirmos aqueles que estão menos informados e nos atribuir as tarefas de um Auxiliar Invisível e instrutor; seria análogo a enviar uma pessoa destituída de conhecimento para ensinar na escola.
Por último, mas não menos importante, o Auxiliar Invisível deve estar imbuído de um amor abrangente pela humanidade. Não podemos permanecer insensíveis ao sofrimento de nossos semelhantes aqui e, ao mesmo tempo, estarmos pleno de amor e desejosos em ajudar no outro Mundo, da mesma forma que uma pessoa sem a menor noção de uma nota musical na vida terrena poderá se tornar um músico competente pelo simples fato de ter desencarnado, ou adquirido tal paixão pela música e fica ansioso para passar a eternidade tocando uma clarineta ou tocando uma harpa. Por essa razão, reiteramos que para nos tornarmos um Auxiliar Invisível lá, devemos primeiro nos qualificarmos trabalhando aqui.
(Pergunta nº 136 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Resposta: Há, como sabemos, quatro Reinos diferentes sobre a Terra atualmente: o Reino Mineral, o Reino Vegetal (as plantas), o Reino Animal e o Reino Humano. Os Espíritos dessas quatro Ondas de Vida estão evoluindo sob a orientação e com o auxílio de outras Hierarquias Criadoras invisíveis aos nossos olhos físicos.
Os Senhores da Mente formam o Corpo deles mais denso com a matéria mental da Região do Pensamento Concreto. Eles são peritos em trabalhar com esse material e, portanto, influenciam a humanidade, que possui uma Mente.
Os Arcanjos formam o Corpo deles mais denso com a matéria de desejos. Eles são peritos na manipulação dessa substância e, portanto, estão especialmente aptos a ajudar seres menos evoluídos que possuam veículos feitos deste material. Por essa razão, eles trabalham com o Reino Animal e com o Reino Humano, que possuem Corpos de Desejos.
Os Anjos formam o Corpo mais denso deles de Éter, portanto, eles são peritos no manejo desse tipo de substância e estão, notavelmente, capacitados a ajudar aqueles que não sejam tão aptos. Por essa razão, eles exercem grande influência sobre o Reino Vegetal, o Reino Animal e o Reino Humano, os quais possuem Corpos Vitais feitos de Éter.
Os seres humanos – nós – criam o Corpo deles mais denso dos elementos químicos e minerais da Terra, e as eras de experiências acumuladas os tornaram aptos, até certo ponto, a trabalhar com seres que possuem corpos formados por elementos químicos e minerais da Terra, tais como o Reino Vegetal, o Reino Animal e o Reino Humano.
Todavia, deveríamos recordar que nossa evolução na Terra está apenas a meio caminho, e que ainda não atingimos cinquenta por cento da proficiência nesse trabalho e que será totalmente nosso quando essa parte da nossa evolução estiver concluída. Num passado bem remoto, antes que os nossos olhos fossem abertos, tínhamos a visão interior, com a energia criadora voltada para dentro, para a formação dos órgãos, da mesma forma que o nosso talento, agora, é usado externamente para a construção de aeronaves, pontes, casas, barcos, etc. Usamos os Corpos minerais dos animais mortos na produção de sapatos de couro, bolas de bilhar, alimentos e vestimentas, mas como só podemos trabalhar com esses elementos aparentemente mortos, nossa manipulação envolve um processo de destruição. Destruímos a integridade do mineral para extrair o ouro, a prata, o cobre ou qualquer outra parte que nos pareça valiosa. Destruímos as árvores nas florestas para construir portas, casas, etc. Matamos os animais para transformá-los em alimentos, roupas, cosméticos, brinquedos e muitas outras coisas.
O mesmo não acontece com os Anjos ou com as outras Hierarquias Criadoras. Eles lidam com a vida de uma maneira construtiva.
Os Arcanjos habitam o Sol, e os Anjos localizam-se nas Luas do Sistema Solar. É sabido que as plantas amam o Sol, pois estão no segundo Período de evolução delas, que começou no Período Solar. Devido a constituição atual delas, não suportam as intensas vibrações dos Arcanjos, que são vibrações áridas e abrasadoras, semelhantes aos Corpos de Desejos nos quais os Arcanjos vivem. As plantas necessitam, além da luz do Sol, da água, regida pela Lua, e são os raios brandos da Lua que proporcionam o agente fertilizante, fazendo crescer tudo que vive. Portanto, as sementes plantadas no período da Lua Nova à Lua Cheia, isto é, quando a Lua está aumentando sua luminosidade, desenvolvem-se mais para cima da Terra do que as sementes plantadas quando a Lua está escura ou diminuindo a luminosidade, isto é, da Lua Cheia para a Lua Nova. Ao contrário, as sementes plantadas no período em que o brilho da Lua vai diminuindo, crescerão mais debaixo da terra do que na superfície.
Há também certos Signos que são mais favoráveis que outros no crescimento das plantas, devido a terem certas afinidades com as vibrações lunares. Os Signos de Água – Câncer, Escorpião e Peixes – são frutíferos por essa razão, e as sementes plantadas enquanto a Lua, a rainha da água, passa por um desses Signos, produzirão melhores resultados do que quando a Lua estiver passando por um dos Signos de Fogo, Áries, Leão e Sagitário. Esses são Signos solares e podem consumir a centelha vital existente nas sementes. Muito mais poderia ser dito sobre este assunto, mas o que foi exposto, provavelmente, respondeu as informações requeridas.
(Pergunta nº 108 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Vamos ver o que podemos descobrir sobre a genialidade e como ela funciona na vida de algumas pessoas. Nos vários livros da Fraternidade Rosacruz, é-nos dito muito sobre o gênio e o porquê de algumas crianças mostrarem habilidades marcantes em algumas linhas desde tenra idade.
Todas as boas qualidades que possuímos agora, os lugares que ocupamos na sociedade e tudo o que temos são resultados de nossas próprias ações em vidas passadas. O que nos falta em termos físicos, morais ou mentais poderá ser obtido por nós no futuro, se fizermos o esforço necessário.
Todas as manhãs retomamos nossas vidas onde as deixamos na noite anterior. Nós criamos as condições atuais, sob as quais vivemos e trabalhamos, pelo trabalho que fizemos em vidas anteriores. No momento presente, estamos construindo as condições de nossas vidas futuras. Não devemos lamentar nossa falta de habilidade em várias linhas de empreendimento, mas devemos começar a trabalhar para adquirir as habilidades que desejamos ter.
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Já faz algum tempo que estou entre os doentes e muitos dos que me cercam estão gravemente aflitos. Nós os encontramos todos os dias falando sobre medicamentos, alimentos, climas e tratamentos diversos para uma doença ou mais das quais procuram a cura. Isso é natural; não parece razoável para um sofredor negligenciar o uso de meios físicos nos quais ele tenha fé. Existem medidas físicas que aliviarão as doenças e ajudarão a efetuar uma cura e, se não as empregarmos, seremos negligentes em nosso dever. Mas, é correto para um paciente colocar sua fé inteiramente em algo fora de si mesmo para uma cura? Não acreditamos que seja. Acreditamos que ele é responsável por sua condição e a cura deve vir principalmente como o resultado de seus próprios esforços, consciente ou inconscientemente.
Doença, de qualquer natureza, é evidência de discórdia — desarmonia. Mostra que violamos uma Lei da Natureza — pecamos. Muitas vezes não nos lembramos de uma violação compatível com a gravidade da nossa doença. A Astrologia Rosacruz nos dará luz. Sabemos que é possível traçar o horóscopo de uma criança assim que ela nasce e encontrar as partes fracas do seu Corpo Denso e suas tendências a certas doenças. A hereditariedade, por si só, não explica satisfatoriamente essas tendências. Não acreditamos que um Deus justo permita que qualquer alma nasça com predisposição para certas doenças, a menos que as mereça. A criança não pecou ou violou as Leis da Natureza nessa vida. Parece haver apenas uma resposta razoável para o que a faz nascer com essas tendências: ela pecou em alguma vida passada. Naquela vida anterior, manteve certas ideias falsas e distorcidas que construíram esse Corpo Denso, quando renasceu. Construímos nossos próprios Corpos e os construímos de acordo com nossos pensamentos e nossas ideias anteriores. Aprendemos a construir certo construindo errado. Só atraímos harmonia ou saúde na medida em que as manifestamos anteriormente.
Se pecar ou violar as Leis da Natureza é a causa da doença, o remédio se sugere: devemos mudar nossa vida. Devemos viver em harmonia com Deus — a boa Lei Universal. Devemos buscar, sinceramente, saber onde pecamos. Devemos nos esforçar para controlar as fraquezas que trouxeram discórdia ao nosso Corpo Denso. E, se crescemos até a maturidade, sabemos quais são essas fraquezas, pois elas já se manifestaram como tentações ou violações nesta vida.
Cristo ensinou a doutrina Cristã do Perdão dos Pecados. Ele nos ensinou que, se aprendêssemos nossas lições, a Lei não permitiria que violações anteriores, os pecados, reagissem sobre nós e nos causassem sofrimento. Ele poderia nos perdoar e “apagar a lição escrita na lousa”; isto é, se tivéssemos mudado nossa vida e houvesse pouca chance de cometermos a mesma ofensa novamente. Nesse ensinamento há uma grande esperança para nós.
Acreditamos que ao efetuar a cura de qualquer doença, o meio mais eficiente, além de usar todas as medidas físicas nas quais temos fé, é buscar fervorosamente e em oração as nossas fraquezas para erradicá-las. Para alguns de nós isso não é fácil, pois exige uma mudança de vida e requer tempo, paciência e perseverança. Mas, vivendo em harmonia com a Lei Universal, tornamos possível para nosso Pai, o Grande Médico, restaurar a harmonia em nossos corpos: tal cura é uma cura permanente. Buscamos e estamos manifestando “o Reino dos Céus e sua Justiça; e todas as coisas nos serão acrescentadas” — inclusive a saúde.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de julho/1917 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
“Revelação de Jesus Cristo: Deus lha concedeu para que mostrasse aos seus servos as coisas que devem acontecer muito em breve. Ele a manifestou com sinais por meio de seu Anjo, enviado ao seu servo João, o qual atesta tudo quanto viu como sendo a Palavra de Deus e o Testemunho de Jesus Cristo. Feliz o leitor e os ouvintes das palavras desta profecia, se observarem o que nela está escrito, pois o Tempo está próximo.” (Ap 1:1-3).
Na interpretação das Sagradas Escrituras e particularmente no Livro da Revelação ou Apocalipse, nós – antes de mais nada – devemos compreender que é indispensável investigar as verdades ocultas sob a “veste”, em que se escondem internamente, como Max Heindel nos adverte no livro Conceito Rosacruz do Cosmos:
“Deve-se também notar que os que originalmente escreveram a Bíblia não pretenderam dar a verdade de maneira a poder tê-la quem quisesse. Nada estava mais distante de sua Mente do que a ideia de escrever ‘um livro aberto de Deus’. Os grandes ocultistas que escreveram o Zohar (considerado como um dos trabalhos mais importantes da Cabalá, no misticismo judaico. E faz parte dos livros que seriam canônicos para os judeus) são muito categóricos nesse ponto. Os segredos do Thorah não podem ser compreendidos por todos, como provará a citação seguinte: ‘Ai do ser humano que vê no Thorah (Ou Torah, ou, ainda, Torá é o nome dado aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, o Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio e que constituem o texto central do judaísmo) – a lei – só um simples recitativo de palavras comuns! Porque, em verdade, se fosse só isso, poderíamos escrever, ainda hoje, um Thorah muito mais digno de admiração. Contudo, não é assim. Cada palavra do Thorah tem um elevado significado e um mistério sublime…. Os versos do Thorah são como as vestes do Thorah. Ai daquele que toma essas vestes do Thorah pelo próprio Thorah! Os simples só notam os ornamentos e os versos do Thorah. Nada mais percebem. Não veem o que está encerrado nessas vestiduras. O ser humano mais esclarecido não presta atenção alguma às vestes, mas sim ao Corpo que encerram’”.
A significância do Cristianismo tal como Cristo ensinou só foi fornecida para os “seres humanos mais instruídos” – como nos diz São Paulo em suas Epístolas, aos “homens espirituais” (“…não vos pude falar como a homens espirituais, mas tão-somente como a homens carnais, como a crianças em Cristo. Dei-vos a beber leite, não alimento sólido, pois não o podíeis suportar. Mas nem mesmo agora podeis, visto que ainda sois carnais.” (ICor 3:1-3)), isto é, para os Iniciados, nos seus ensinamentos relacionados com a origem, a evolução e futuro desenvolvimento do ser humano e do universo. Aí temos a chave dos segredos íntimos da Bíblia. São João foi um daqueles grandes Iniciados que tão zelosamente seguiram Aquele que disse: “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo 14:6), isto é, aqueles que estão aptos a lerem na Memória da Natureza (no Mundo do Pensamento e no Mundo do Espírito de Vida) e que adquiriram informações não existentes em nenhuma outra fonte. No livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” é enunciado que o bom amado São João simboliza a Iniciação de Vênus. Dessa forma a “Revelação” de São João ou a “visão” das imagens – símbolos – são para aqueles que têm olhos para ver o registro sublime do passado, do presente e do futuro da humanidade, o microcosmos, ou o Deus em formação, e o universo ou o macrocosmo. Essas condições englobam não somente as mudanças materiais nos Corpos visíveis (Corpos Densos) do ser humano e da Terra, como também as metamorfoses menos perceptíveis nos íntimos recessos do ser humano, à medida que ele progride desde a argila a Deus. “A vinda de Cristo como Espírito Planetário Interno de nossa Terra abriu, em toda a sua extensão, as portas da Iniciação para ‘todo aquele que quiser’ e para todo aquele que ouve o perene chamamento: ‘Venham a Mim’ estar entre aqueles ‘redimidos’ a respeito do qual São João profeticamente se refere.
Essa é apenas uma pequena parte da Revelação de São João. Seu total significado somente poderá ser conhecido (porque não pode ser transmitido) por aquele que se dispuser a viver uma vida Cristã-Rosacruz. Essas informações que damos aos irmãos e as irmãs são apenas informações, a direção para a consecução do grau de verdadeiro e real Cristão. Somente quando conhecermos o nosso Cristo Interno seremos realmente Cristãos.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1965 – Fraternidade Rosacruz – SP)