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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cristo, o Espírito da Terra

E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28:20)

Os Ensinamentos Rosacruzes estabelecem uma diferença entre Cristo, o grande Arcanjo e Espírito Solar e Jesus, o mais elevado espiritual ser humano. Nos Evangelhos nos é dito que na época do Batismo o “Espírito de Deus” desceu sobre Jesus.

Foi de fato naquele momento que Jesus entregou a Cristo seu Corpo Denso e seu Corpo Vital, de modo que o grande Espírito Solar pudesse se manifestar entre nós e realizar o supremo sacrifício do Gólgota. Um sacrifício que não consistia apenas em morrer numa cruz, mas que permitia que Cristo entrasse no interior da Terra e começasse a espiritualizá-la.

Esse é o grande sacrifício de Cristo, pois as baixas vibrações do nosso Mundo constituem, para ele, uma imensa dolorosa limitação.

Cristo permanece, no entanto, sendo o grande Espírito Solar, pois é apenas um dos seus raios (parte de sua consciência) que penetrou em nossa Terra quando o sangue de Jesus fluiu no Calvário.

Mantendo uma conexão com o nosso Planeta, ele se retira, todos os anos, na Páscoa e começa a penetrar, novamente, em setembro para fornecer à Terra (e a nós) uma nova vida durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

Essa força espiritual atinge sua intensidade máxima durante a noite de Natal, a noite mais sagrada do ano.

Muitas pessoas começam a sentir as vibrações Cristãs de paz, alegria e amor na época do Natal. E a prática de dar presentes é um primeiro passo para a Fraternidade Universal.

(Traduzido do: Le Christ, Esprit de la Terre, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix)

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Pergunta: Os Ensinamentos Rosacruzes ensinam que Cristo é o Espírito Solar e, por essa razão, parece perfeitamente lógico que consideremos o domingo (Sunday – dia do Sol) para venerá-Lo nas terras Cristãs. Não obstante, Jeová é o Regente da Lua. Por que então os Judeus não santificam e guardam a segunda-feira (Monday – dia da Lua), em lugar do dia de Saturno (Saturday – sábado), que é atualmente o seu Sabbath?

Resposta: Há uma conexão esotérica entre Saturno, o Sol e a Lua, que regem o sábado, o domingo e a segunda-feira, respectivamente. O Sol e Saturno são ministros da vida e da morte, e a Lua é, por assim dizer, a lançadeira com o qual a humanidade se vê constantemente impelida de um polo a outro enquanto a teia da experiência está sendo tecida. O nodo setentrional da Lua, que chamamos de Cabeça do Dragão, compartilha da natureza vivificante do Sol e conduz a humanidade ao período de atividade física. O nodo meridional leva-nos para o repouso da morte por meio das forças saturninas da Cauda do Dragão. Em outras palavras, tanto Saturno como a Lua são os portões de entrada e saída dos Mundos invisíveis ou Caos, a Lua em termos de capacidade astral e Saturno em sentido cósmico.

Quando desponta um grande Dia Criador de Manifestação, a época sempre começa com um Período de Saturno, então, as Ondas de Vida do Espírito, que passaram pela fase subjetiva da evolução durante a Noite Cósmica precedente, são postas em ativa manifestação, e isso ocorre durante a Revolução de Saturno de cada Período. Na pequena esfera terrestre da nossa vida atual, quando um Ego está pronto para o renascimento na vida terrestre, a Lua marca os momentos tanto da concepção quanto do nascimento, assumindo assim a função saturnina de introduzir Egos em evolução tirados da escura “Noite Cósmica” da morte para o universo solar de vida e luz. Há, contudo, alguns Egos que não evoluem; são os atrasados no Caminho da Evolução. Chega um momento em que são expulsos para a Lua e é-lhes negada a oportunidade e privilégio de renascer dentro da atual classe evolucionária. Em consequência, permanecem na Lua até que os veículos, cristalizados por eles por falta de ação, finalmente se dissolvem. Como não podem acompanhar a corrente evolutiva, só lhes resta um caminho livre, isto é, gravitar de volta através do portão de Saturno para dentro do Caos, ou Noite Cósmica, onde deverão aguardar outra oportunidade de manifestação numa corrente de vida posterior.

Jeová não é o Regente dos Judeus ao ponto de excluir todos os outros povos. Ele é o Legislador e o Senhor Cósmico da fecundação. Ele tem uma missão especial a cumprir em relação a todos os povos pioneiros de qualquer Época ou Período em que haja uma grande hoste de Espíritos que devam ser providos de veículos de um novo tipo. É Ele que multiplica abundantemente os povos pioneiros, fornece-lhes as leis apropriadas para a sua evolução e prepara-os para um novo período de desenvolvimento. Lembremo-nos sempre que a primeira parte de uma Época (desde a Época Hiperbórea até a Época Reino de Deus) é saturnina, e assim entenderemos que, embora os Semitas Originais fossem os ancestrais da Raça Ária e tivessem se multiplicado como as areias da praia, recebendo suas leis através de Jeová, eles também viviam no estágio saturnino da Época Ária, portanto, eram logicamente instruídos a guardar o dia de Saturno como dia de descanso.

A Bíblia diz que a lei era suprema até o advento do grande Espírito Solar. Cristo iniciou uma nova fase da evolução sob o princípio do amor e da regeneração. Isso encerrou o regime de Jeová e a ascendência de Saturno, não de uma forma abrupta, pois há sempre uma sobreposição que se procura entre um regime antigo e um novo. Mas, desde então, nós, o povo pioneiro Cristão, já entramos na segunda parte, ou seja, na parte Solar da Época Ária, e estamos substituindo agora o dia de Saturno pelo dia do Sol como dia de culto.

Referimo-nos a Lua e a Saturno como sendo os portões do Caos, e isso pode levar os Estudantes Rosacruzes a quererem saber o que acontece ao restante da humanidade. Sobre isso daremos uma explicação resumida dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental:

A humanidade comum que segue o Caminho da Evolução é guiada em direção ao Reino de Cristo, o Espírito Solar.

Os atrasados, que não conseguem manter o ritmo do curso evolutivo, retrocedem para o Reino de Jeová, o Espírito Lunar.

Os avançados da humanidade, os Iniciados que passaram as Iniciações Menores e Maiores e seguem diante do Libertador (o grande Ser encarregado da evolução na Terra), têm a opção de ficar aqui para ajudar seus irmãos nesse mundo, ou ir para um satélite natural de Júpiter e preparar as condições sob as quais a humanidade poderá evoluir no futuro Período de Júpiter.

As almas avançadas que malbarataram os seus poderes exercendo a magia negra retrocedem diretamente para Saturno e são forçadas a penetrar no Caos pela dissolução de seus veículos.

Saturno tem uma preponderância do quarto Éter, o Éter Refletor. Daí a sua pálida luminosidade, e os Egos que vão para lá deixam um registro de suas vidas e são em seguida lançados para fora em direção ao Caos através das luas de Saturno.

Júpiter tem uma preponderância do terceiro Éter, ou Éter Luminoso. Daí o seu brilho, e os Egos avançados que vão para Júpiter, vindos do lado externo, dirigem-se para o interior através das luas e começam, então, como já dito, um trabalho construtivo para o Período de Júpiter.

 (Pergunta nº 77 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Pergunta: Jesus fez uma parte do trabalho enquanto Cristo fez outra parte?

Pergunta: Aprendemos que Cristo, ao abandonar o Corpo Denso de Jesus, penetrou na Terra e difundiu ao mesmo tempo Seu Corpo de Desejos por sobre o Planeta, libertando-o das pesadas influências das paixões inferiores da humanidade. No Conceito Rosacruz do Cosmos lemos que: “Depois da destruição do Corpo Denso, Cristo apareceu entre os discípulos em Corpo Vital, no qual funcionou ainda durante algum tempo”.

O próprio Conceito nos ensina que Jesus instruiu os núcleos da Nova ; isto é, da Religião de Cristo e de todos os ramos esotéricos que lhe foram entregues. Não seria mais acertado crermos que foi Jesus quem, temporariamente, retomou seu Corpo Vital e deu as últimas instruções aos Discípulos de Cristo, pois Ele naturalmente conhecia o Plano, enquanto o Espírito Solar, o Cristo, cumpria, por Seu lado, a Sua parte? Aos místicos e grandes santos da Idade Média, não fora Jesus que lhes aparecera?

Resposta:  Certamente o perguntante não leu ainda toda a literatura de Max Heindel. Em outras obras se encontram sempre pontos complementares que preenchem os aparentes vazios e estabelecem laços de compreensão completa do assunto.

O Corpo Vital de Jesus, depois do acontecimento do Gólgota, tornou-se por demais importante. Através dele é que a Chispa Crística retorna todos os anos, ajudando-nos no esforço de regeneração; através dele é que o Cristo voltará pela segunda vez, “nos ares”, no Plano etérico. E com Ele nos encontraremos, os que tiverem construído o Corpo-Alma, formado também de Éter, dos dois Éteres superiores do Corpo Vital. Portanto, este Corpo Vital de Jesus, em que o Cristo funcionou, é conservado e protegido por Elevados iniciados “em um estrato da Terra”, dentro de um invólucro de cristal para ficar oculto à visão de magos negros.

Quanto a Jesus, após o sacrifício no Gólgota foi-lhe devolvido os Átomos-semente do seu Corpo Denso e do seu Corpo Vital. Como elevado Iniciado tinha a capacidade de se materializar usando esses Átomos-sementes pelos quais atraía a matéria necessária. E desde então nunca mais renasceu Jesus. Trabalha dos Planos etéricos com as Ordens Ocultas.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1969-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Por que foi necessário que o Cristo entrasse no corpo de Jesus e fosse tentado para sentir compaixão por nós? Um grande Ser como Ele não poderia sentir compaixão sem passar por isso?

Pergunta: Por que foi necessário que o Cristo entrasse no corpo de Jesus e fosse tentado para sentir compaixão por nós? Um grande Ser como Ele não poderia sentir compaixão sem passar por isso?

Resposta: Não, evidentemente. Para que a tentação se torne tentação é preciso que a pessoa tentada veja algo desejável naquilo que a tenta. Faltando essa condição, não pode haver tentação. A carne não é motivo de tentação para esse autor, pois até o pensamento de comê-la lhe causa náuseas. Portanto, não há virtude em abster-se dela. Ele não precisa dominar o desejo pela carne, mas terá de dominar a repugnância para comê-la. O grande Espírito Solar, o Cristo, por Sua própria natureza, não podia sentir-Se tentado em transformar pedra em pão para aplacar a fome. O ato de recusar obediência a um poder que O teria tornado soberano da nossa pequena Terra não seria para Ele um sacrifício; contudo, assim como quando olhamos através de uma lente colorida vemos tudo colorido, assim também quando a consciência do Cristo estava focalizada no corpo de Jesus, Ele percebia as coisas deste mundo através dos olhos de Jesus, um ser humano. Do ponto de vista desse último, o pão era algo extremamente desejável, quando sentia fome. Portanto, isso constituía uma tentação.

O poder é também almejado pela maioria da humanidade. Consequentemente, saber que pelo poder dentro de Si, Ele poderia satisfazer esse desejo constituía uma tentação. Somente pela perspectiva humana de Jesus, o Getsemani poderia parecer terrível o suficiente para que Ele desejasse evitar a provação que se aproximava. Podemos opinar, baseados no adágio “Cada um é que sabe onde os calos lhe apertam”, que o Espírito de Cristo aprendeu, através das limitações corporais de Jesus, a ter compaixão por nossas fraquezas de um modo que não teria sido possível pela simples observação externa. Tendo uma vez usado um corpo e sentido a fraqueza da carne, Ele sabe melhor como nos ajudar e é, portanto, o Supremo Mediador entre Deus e o ser humano.

(Pergunta nº 91 do Livro Filosofia Rosacruz por Perguntas e Respostas vol. II, de Max Heindel)

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Pergunta: Diz-se que quando o Novo Testamento menciona o “Filho do Homem” quer se referir ao Espírito Solar. Os adoradores do Sol foram considerados idólatras. Nós também seríamos considerados como tais?

Pergunta: Diz-se que quando o Novo Testamento menciona o “Filho do Homem” quer se referir ao Espírito Solar. Os adoradores do Sol foram considerados idólatras. Nós também seríamos considerados como tais?

Resposta: Todo aquele que não segue os padrões de seu tempo é um idólatra. Quando o Sol, por precessão, a deixou constelação de Touro e entrou em Áries foi emitida a ordem “Não adoreis o bezerro de ouro; isso é idolatria”. 

Posteriormente, quando chegou a era Cristã, houve uma nova aliança e não se devia mais praticar o Judaísmo com suas oferendas, pois Cristo chegara e houve um único sacrifício por todos. Tornou-se idolatria executar o antigo sacrifício. Não há nenhum outro nome dado sob o céu pelo qual nós devemos ser salvos, a não ser o nome de Jesus Cristo. Mais tarde, quando Cristo entregar tudo nas mãos do Pai, haverá um novo padrão e será idolatria voltar aos nossos ideais de hoje.

(Revista Serviço Rosacruz – 12/73 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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