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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A importância do Estudante Rosacruz conhecer, apreciar e estudar a boa música para desenvolver a sua Mente Abstrata

A música desempenha e desempenhou um papel, desde o início, no desenvolvimento do grande Esquema de Evolução, e que continuará a desempenhar até que o som final seja emitido e a perfeição realizada.

Max Heindel afirmou que Pitágoras não estava romanceando quando falava da música das esferas, pois cada uma das órbitas celestes tem seu tom definido e, juntas entoam uma sinfonia celestial. Ele confirma as declarações de Pitágoras, isto é, que cada Astro tem sua própria nota chave e viaja ao redor do Sol em tão variados índices de velocidade, que sua posição não pode ser repetida a não ser depois de aproximadamente vinte e sete mil anos. A harmonia celeste muda a cada momento, e, à medida que ela muda também as pessoas no mundo alteram suas ideias e ideais. O movimento circular dos Planetas ao redor do Sol no tom da sinfonia celestial, criada por eles, marca o progresso do ser humano ao longo do caminho da evolução.

Os ecos dessa música celestial chegam até nós no Mundo Físico. São nossas propriedades mais preciosas, muito embora sejam tão fugazes quanto uma quimera e não possam ser permanentemente criados. No Primeiro Céu esses ecos são, naturalmente, muito mais belos e permanentes. No Mundo do Pensamento, onde o Segundo e Terceiro Céus estão localizados, encontra-se a esfera do som.

Em nossa vida terrena, estamos tão imersos nos pequenos ruídos e sons de nosso limitado meio ambiente, que somos incapazes de ouvir a música produzida pelas esferas em marcha. O verdadeiro músico, seja consciente ou inconscientemente, sintoniza se com a Região do Pensamento Concreto, onde ele pode ouvir uma sonata ou uma sinfonia inteira como um único acorde resplandecente que, mais tarde, transpõe para uma composição musical de sublime harmonia, graça e beleza. O ser humano tem sido comparado a um monocórdio instrumento musical de uma única corda – que se estende da Terra aos confins longínquos do Zodíaco.

A vontade do ser humano teve sua origem na vontade de Deus. O músico, por meio de sua própria força de vontade, ouve esse poder da vontade de Deus expressa em sons e tons permeando o Sistema Solar. E, através de sua própria habilidade criadora nascida da vontade e da imaginação, ele é capaz de reproduzir em sons e tons, tanto os tons do poder vontade de Deus que criou o Sistema Solar, quanto Suas ideias tonais por meio das quais Ele materializou o Sistema Solar.

A música produz expressões de tom que procedem do poder mais elevado de Deus e do ser humano, isto é, da vontade. Portanto, podemos ver que terrível consequência o ser humano está construindo para si, ao profanar a música, ao introduzir nela todos os tipos de dissonâncias, ruídos estridentes e penetrantes, gemidos e desarmonias que afetam os nervos. Um conhecido filósofo expressou bem uma grande verdade cósmica quando disse: “Deixem me escrever música para uma nação e não me preocuparei com quem faça suas leis”. O termo músico aqui usado não se aplica ao cantor ou ao executante musical comum, mas a mestres criadores de música, tais como Beethoven, Mozart, Wagner, Liszt, Chopin, Bach e outros da mesma classe.

A arquitetura pode ser comparada à música congelada; a escultura à música aprisionada; a pintura à música lutando para se libertar; a música à livre e flutuante manifestação do som.

A música é composta de três elementos primários: melodia, harmonia e ritmo.

A melodia é composta de uma sucessão de sons harmoniosos sentidos pelos nervos auditivos que estão conectados ao cérebro – um órgão físico que contata a Mente. Portanto, é através do corpo mental que o Espírito é capaz de sentir a melodia produzida no plano físico. Um idiota ou uma pessoa insana não respondem à melodia.

A harmonia consiste em uma agradável mistura de sons e está relacionada aos sentimentos ou emoções. Sentimentos ou emoções são expressões do Corpo de Desejos, em consequência, a harmonia pode ter um efeito tanto sobre o ser humano como sobre os animais, uma vez que ambos possuem corpos de desejos.

O ritmo é um movimento medido e equilibrado, e é expresso pela força de vida que aciona gestos e outros movimentos físicos. O Corpo Vital absorve uma superabundância de força vital (energia solar) que passa para o Corpo Denso para mantê-lo vivo e em funcionamento. Daí o ritmo estar correlacionado ao Corpo Vital. As plantas têm um Corpo Vital e são sensíveis ao ritmo.

O ser humano tem dentro de seu cérebro sete cavidades que durante a vida são comumente consideradas vazias. Na realidade, estas cavidades estão cheias de uma essência do espírito, sendo que cada cavidade tem seu próprio tom e cor. Os tons produzidos por estas cavidades estão correlacionados àqueles dos Sete Espíritos diante do Trono: Urano, Saturno, Júpiter, Marte, Terra, Vênus e Mercúrio.

As cavidades ou ventrículos, começando pela frente do cérebro, são:

(1) ventrículo olfativo,

(2) ventrículo lateral,

(3) terceiro ventrículo,

(4) quarto ventrículo,

(5) Corpo Pituitário,

(6) Glândula Pineal.

A sétima cavidade é o crânio, que reúne todos os elementos em um grande todo.

O Sistema Solar é um vasto instrumento musical. Assim como existem doze semitons na escala cromática, temos no céu doze Signos do Zodíaco. Assim como temos as sete teclas brancas ou tons no teclado do piano, temos os sete Planetas. Os Signos do Zodíaco podem ser considerados como a caixa de ressonância da harpa cósmica, e os sete Planetas são as cordas influenciando a humanidade de diversas maneiras.

Na Bíblia notamos como a lira de sete cordas de Davi representa, astrologicamente, as notas chaves da corrente planetária sétupla. A nota chave de cada Planeta é composta da quintessência de seus sons reunidos. Uma amalgamação das tristezas e alegrias de nossa Terra, os sons de seus ventos e mares, o ritmo de todas as suas forças viventes combinadas, formam seu tom ou nota-chave. Da mesma maneira, e em escala sempre ascendente, soam as notas de toda a corrente planetária, sendo que sua união constitui a sublime Música das Esferas “… Não existe a menor orbe que observes que, em seu movimento, não cante como um Anjo”, assim escreveu o grande poeta iniciado, Shakespeare.

Esta música celestial é o produto daquele Verbo ao qual S. João se referia quando escreveu: “No início era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… e nada do que foi feito, foi feito sem Ele.” (Jo 1:1-3).

 (Trecho do Livro “A Escala Musical e o Esquema de Evolução” – Art Taylor – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Abril de 2025

Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.

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1.Para acessar a Edição digital (com a formatação e as figuras em melhor qualidade)

clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Abril de 2025

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:

A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel.

Exercitando nosso papel de Estudantes Rosacruzes, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: ECOS.

SUMÁRIO

Informação.. 4

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Abril/2025: Reuniões de Estudos e Publicações. 5

Maio – Sol transitando pelo Signo de Touro (Abril/Maio). 6

6/04 – 17 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo São Matheus Capítulo 6, Versículos: 22 a 34.. 8

Sentido da visão: um dos mais importantes que temos. 9

Servir a dois Senhores: Deus ou Mamom.. 10

O que é o Reino de Deus?. 11

O que é “buscar o Reino de Deus”. 13

Quando “todas as coisas nos são dadas por acréscimo”?. 14

__________________________________________________________________________________________. 15

06/04 – 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – Limitação da Bíblia – Antigo e Novo Testamento.. 16

Termos Rosacruzes: Antigo Testamento, Torah e Talmud. 16

Termos Rosacruzes: Novo Testamento – Jesus – Cristo – Cristo Jesus – O Grande Sacrifício. 17

13/04 – 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio: Livro do Gênesis – Os Iniciados. 21

Termo Rosacruz: O Livro do Gênesis. 21

Termo Rosacruz: o que são Iniciados para os Ensinamentos Rosacruzes. 25

27/04– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio: Os Iniciados (Parte 2). 29

Termo Rosacruz: o que são Iniciados para os Ensinamentos Rosacruzes (conclusão) 29

Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Abril: 43

A Fraternidade Rosacruz não é uma Obra de mestres terrenos. 43

É domingo de Páscoa!! É o “domingo de Ressurreição”. É só alegria! 45

Cristo foi crucificado no meio de dois ladrões. 46

A Cruz é um símbolo sublime que possui poderes e virtudes misteriosos. 48

Quer ver mais postagens diárias de lindos e práticos textos nas nossas Redes Sociais?. 50

Fraternidade Rosacruz – As Cinco Perguntas selecionadas do mês que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudante Rosacruzes. 50

1. Pergunta: O que podemos fazer para pedirmos ajuda aos Irmãos Maiores? Gostaria de suas influências para que eu tenha, todos os dias, motivação para servir à Grande Obra, deixando de ser egoísta, sendo mais paciente, respeitador e tolerante, para que um dia eu ame verdadeiramente a todos os seres?. 50

2.Pergunta: Antes de reencarnar aqui a gente que escolhe o que vai passar?. 51

3.Pergunta: Entendo que é importante começar na juventude em uma Escola como a Fraternidade Rosacruz, pois dependendo da idade se morre antes de concluir os estudos e avançar no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz (embora a morte ceife vida de jovens também). Estou certo?. 52

4.Pergunta: Venho ao longo do curso assistindo alguns vídeos e percebi que a Igreja Católica é muito citada como referência. Gostaria de saber se para pertencer a F.R.C. se faz necessário ser católico ou pertencer a alguma Igreja Cristã?. 52

5.Pergunta: Na minha humilde opinião, o mundo tende a piorar cada vez mais. Vejo pessoas cada vez mais materialistas e egoístas. O coração esfriou. As pessoas não são humildes. O que é simples, porém de coração, não é valorizado. O que reluz riqueza, é valorizado. Recém comecei meus estudos na Rosacruz, mas eu não vejo saída para Humanidade. Estou me iludindo?. 53

O CÍRCULO DE CURA ROSACRUZ.. 54

Se você está doente e entende que precisa de ajuda. 57

Informação

As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP – Brasil, aos domingos às 16 h e/ou às 17 h. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.

Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com

É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Abril/2025: Reuniões de Estudos e Publicações

-Dia 6/04 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo S. Mateus – Cap. 6 – Olho por Olho – Dois Senhores: Deus ou Mamon – O que é o Reino de Deus

17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – Limitações da Bíblia: Antigo Testamento – Novo Testamento

-Dia 13/04 – 16 h – Estudos de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada

17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio: Livro do Gênesis – Os Iniciados

-Dia 20/04 – Recesso da Páscoa

-Dia 27/04 – 16 h – Reunião do Probacionista – Reunião Reservada

          17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio: Os Iniciados – P.2

Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/

-Publicações de textos no nosso Site (www.fraternidaderosacruz.com) e nas nossas Redes Sociais:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz

https://www.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

-Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) dos Estudantes Rosacruzes que fazem tais Cursos por esse Centro Rosacruz

-Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)

-Oficiação dos Rituais do Serviço Devocional (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)

-Continuação dos tratamentos de saúde para os irmãos e as irmãs inscritas no Departamento de Cura desse Centro Rosacruz

Maio – Sol transitando pelo Signo de Touro (Abril/Maio)

Aproveitemos o mês e unamos os Ensinamentos Rosacruzes: Filosofia, Bíblia e Astrologia Rosacruz para  praticarmos durante TODOS OS DIAS DE MAIO. Esse mês solar de MAIO, que vai de de 21 de Abril a 22 de Maio, corresponde à Hierarquia Zodiacal de Touro.

Quando o Sol passa pelo Signo de Touro no mês de maio a força de Cristo ascende mais e mais até a aura espiritual da Terra.

Essa é a Hierarquia que preside o reino dos Arquétipos cósmicos e o modelo que projeta sobre a Terra é o das formas perfeitas. O amor e a harmonia são as forças que continuamente derrama sobre o nosso Planeta.

De acordo com todos os calendários Áries apresenta o Novo Ano Solar. Por isso, se chama o “Signo da Consciência Ressuscitada”. Quem alcançou esse grau de consciência vê somente a divindade em todas as pessoas, coisas, circunstâncias, condições e em todos os eventos. O motivo da dedicação durante o período de Áries é ver o lado Divino.

O centro físico correlacionado com Touro é a garganta. Nos Corpos da Nova Era, a garganta será um centro luminoso do qual emanará a Divina Palavra Criadora.

Dentre os 12 Apóstolos, o correlacionado com Touro é S. André. A característica distintiva dele é a humildade. Esse é um dos atributos mais importantes que deveria ser cultivado por todos os Aspirantes. Quando se a desenvolve, até um certo grau, ela se converte em um extraordinário poder anímico.

O pensamento-núcleo bíblico a meditação durante o segundo dos Doze Dias Santos e seu mês correspondente é: “…quem vive em amor, está em Deus.” (IJo 4:16). Sugerimos fortemente que os Estudantes meditem sobre os significados ocultos dessa passagem, enquanto os ritmos vibratórios de Touro permeiam a esfera terrestre.

6/04 – 17 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo São Matheus Capítulo 6, Versículos: 22 a 34      

A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.

Comecemos desvendando algumas significâncias esotéricas desse trecho:

“A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se o teu olho estiver são, todo o teu corpo ficará iluminado; mas se o teu olho estiver doente, todo o teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas!”

O Estudante Rosacruz quando trilha Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, naturalmente, vai desenvolvendo seus poderes espirituais.

E sabemos que cada órgão do nosso Corpo Denso é uma réplica de uma concepção mental e é a projeção dessa concepção dentro de uma manifestação física.

Por exemplo, os nossos olhos representam a consciência do nosso, o Ego, saber e para isso devemos discernir, devemos enxergar (e não só ver), ou seja: perceber e interpretar o que se vê e, logicamente para sim, ter um elevado desenvolvimento de Observação.

Enfim, para praticar tais poderes, que temos que fazer vivendo aqui e agora – que é o baluarte da evolução – utilizamos muito os nossos sentidos físicos.

Sentido da visão: um dos mais importantes que temos

E o sentido da visão, onde utilizamos os nossos olhos físicos, é um dos mais importantes e, também, um dos mais desafiantes para nós.

Pois é praticando o sentido da visão que colhemos muita coisa do mundo ao nosso redor, boa e não boa.

Se nos esforçamos para “enxergar”, ou seja: perceber e interpretar o que se vê – e para isso começamos voltando os nossos olhos para o que queremos “enxergar” – o bem em cada pessoa e em tudo a nossa volta, então o nosso olho está são, e todo o nosso corpo fica iluminado.

Mas se praticarmos o ver o mal nas pessoas ou nos eventos ao nosso redor, nos fecharmos em nós no famoso “Eu me basto”, lançar raios de inveja, cobiça, ciúmes, raiva, ódio, antipatia, de arrogância, de esnobe e tantos outros afins, então “o olho cai na tentação, adoece, e todo o Corpo ficará escuro. Pois se a luz que há nele se tornam trevas, e quão grandes serão as trevas!”.

Servir a dois Senhores: Deus ou Mamom

Desvendemos, agora, algumas significâncias esotéricas desse trecho:

Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e a Mamom”.

Mamom representa o ouro e as riquezas do mundo.

Aqui alguns exemplos de Representação de Mamom. Sempre passa a impressão de que o “ouro e as riquezas do mundo” são ruins, perniciosas e que não devemos tê-las. E isso não é correto.

Uma pessoa pode se manter-se em seus negócios aqui, desde que cuide deles pelo bem de todos, não por seu próprio interesse ou ganância, mas fazendo o possível para ajudar os outros.

Assim, não está servindo a “Mamom”, não importa quanta riqueza esteja administrando.

Se continuando focando, vida terrestre após vida terrestre, na parte material então, pouca coisa tenho para fazer na vida celestial, entre 2 vidas terrestres.

Agindo assim aqui estou priorizando alimentar meu Corpo de Desejos com desejos, emoções e sentimentos inferiores. E isso: reduz a saúde do meu Corpo Denso e cristaliza meu Corpo Vital, facilitando o alimento ao Corpo do Pecado.

Como resultado, continuarei aprisionado nessa terra de tristeza e sofrimento, ficarei à mercê de dores, doenças e angústias, sendo regido pelo rigor da Lei, necessária para refrear o Corpo de Desejos.

E assim concluímos que: sirvo a Mamom.

Agora, se vida terrestre após vida terrestre eu focar na parte espiritual então, muita coisa tenho para fazer na vida celestial, entre 2 vidas terrestres.

Agindo assim aqui estou priorizando o aumento da eficácia dos Éteres do meu Corpo Vital com necessidade de menor quantidade de Éteres inferiores, sobrando espaço para uma maior quantidade de Éteres superiores. Isso sutiliza meu Corpo Vital (facilita alimento ao Corpo-Alma).

E isso facilita o meu autodomínio sobre alimentar meu Corpo de Desejos somente com desejos, emoções e sentimentos superiores. Ativo meus poderes espirituais para aplicá-los nessa vida terrestre.

Então, começo a ser regido pela Lei do Amor Crístico, ensinamento básico de Cristo.

E assim concluímos que: sirvo a Deus!

O que é o Reino de Deus?

Vamos detalhar algumas significâncias esotéricas desse trecho:

Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”.

Primeiro de tudo, definamos o conceito de “Reino de Deus”, segundo os Ensinamentos Rosacruzes.

E este nada mais é do que nosso Sistema Solar (Planetas, suas Luas, o Sol e todos os corpos celestes até o limite do Sistema Solar) e os Mundos envolvidos.

E, logicamente, envolve todas as grandes Inteligências Espirituais designadas Espíritos Planetários, que guiam essas evoluções, que são também chamadas “os Sete Espíritos diante do Trono” que são os Ministros de Deus, cada qual presidindo um determinado departamento. E tudo isso no 7º Plano Cósmico, onde está o Deus do nosso Sistema Solar e todos nós evoluindo atualmente.

Para entendermos o que Cristo quis nos ensinar sobre essa passagem, temos que compreender quais os Mundos envolvidos aqui.

Comecemos com os Mundos envolvidos em cada um dos Planetas e usemos o nosso Planeta Terra, e a sua Lua, como exemplo.

•Aqui está a Região Química do Mundo Físico e até onde ela vai no espaço e no tempo.

•Aqui está a Região Etérica do Mundo Físico, que interpenetra a Região Química do Mundo Físico e até onde ela vai no espaço e no tempo.

•Aqui está o Mundo do Desejo, que interpenetra o Mundo Físico e até onde ele se estende (e aqui não está limitado ao espaço e ao tempo, mas a quantidade e qualidade de material do Mundo do Desejo que conseguimos ou necessitamos obter).

•Aqui está o Mundo do Pensamento, que interpenetra o Mundo Físico e o Mundo do Desejo e até onde ele se estende (e, também, aqui não está limitado ao espaço e ao tempo, mas a quantidade e qualidade de material do Mundo do Pensamento que conseguimos ou necessitamos obter).

E, também, para compreendermos o que o Cristo quis dizer com essa passagem, temos que compreender que Mundo que envolve e interpenetra dois Planetas no nosso Sistema Solar.

•Aqui está o Planeta Terra com seus Mundos.

•Aqui está o Planeta Vênus com seus Mundos.

E o Mundo que envolve e interpenetra os dois e todos os outros Planetas do nosso Sistema Solar é o Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo de baixo para cima onde cessa toda a separatividade, onde reina a Fraternidade, onde o Arcanjo Cristo vive cotidianamente, como o mais elevado Iniciado do Período Solar.

O que é “buscar o Reino de Deus

Assim, quando ouvimos o ensinamento: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus”, significa claramente que não fiquemos aqui, somente evoluindo conscientemente somente na Região Química do Mundo Físico (já a conquistamos, mas muitos não querem nem saber em sair dele e quando saem volta, por lições não aprendidas, por meio do aprisionado Ciclo de Vidas e Renascimentos aqui).

Essas condições prevalecentes nesse agora não são permanentes, como não o eram as dos Períodos anteriores, desde o início desse Esquema de Evolução e não o serão até o final desse Esquema de Evolução.

Todo o processo de condensação, depois de nevoeiros, umidade densa, liquefação da água, desde a Lemúrica, Atlante e até a Ária e ainda mais para frente com a nossa atmosfera e condição fisiológica mudando, assinala claramente que a aurora de um novo dia virá ou acontecerá em breve.

Se insistirmos em permanecer focado aqui na Região Química do Mundo Físico, cristalizaremos e perdemos até esse Esquema de Evolução.

Eis porque S. Paulo nos alertou: “a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus” (ICor 15:50). Ou seja, o próximo passo para conhecermos, conscientemente, mais um pedacinho do Reino de Deus, só é possível por meio do desenvolvimento do Corpo-Alma, para conhecermos, conscientemente, a Região Etérica do Mundo Físico.

Ou seja, partamos com toda a nossa vontade, disciplina, foco, persistência, fé e dedicação para nos equipar e viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico.

E não paremos aqui! O Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, se trilharmos com deveríamos trilhar, nos leva a se desenvolver para viver conscientemente: no Mundo do Desejo, no Mundo do Pensamento e no Mundo do Espírito de Vida. Assim é que conhecemos e funcionando no Reino de Deus!

E ao conhecer o Reino de Deus e sua justiça, fica claro que o que está se colocando aqui é a justiça divina, que é aplicada somente sobre o mérito, o dever cumprido, a obediência divina e é perfeita. Bem diferente da “justiça dos homens” que é baseada na astúcia, na corrupção, no prazer e imperfeita.

Quando “todas as coisas nos são dadas por acréscimo”?

E quanto a “e todas essas coisas vos serão acrescentadas”?

Isso quer dizer: que seja em que Mundo estivermos, como por exemplo, agora em que muitos ainda estão enredados na Região Química do Mundo Físico e preso as ilusórias necessidades que sempre acha que tem e cuja satisfação não tem fim, não se ocupe (e perca tempo e evolução) com isso.

E, para nós Estudantes Rosacruzes, está claro – ou já deveria estar! – que as invocações usadas para pedir coisas temporais são magia negra; pois temos a promessa de: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”.

Cristo nos indicou o limite a que podíamos aspirar no Pai Nosso, quando ensinou Seus discípulos a dizer: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Tanto no que diz respeito a nós mesmos como aos demais, devemos nos resguardar de ultrapassar esse limite na invocação dessa Oração científica que é a Oração do Senhor.

Mesmo quando rezamos pelos outros é prejudicial pedir qualquer coisa material ou mundana; é permitido pedir saúde, mas não prosperidade econômica. “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça” é o mandamento. Quando cumprimos esse mandamento, podemos ter a certeza de que “todas essas coisas” também nos serão dadas.

Isso também não é teoria. Milhares de pessoas, já descobriram e aplicam o conhecimento de que o “Pai nosso que estais no Céus” cuidará de nossas necessidades materiais, quando nos esforçarmos para viver a vida espiritual.

Com seriedade, persistência e disciplina, todos nós conseguimos. Sem isso, nem adianta tentar!

Para saber mais, assista a 19ª Reunião de Estudos Bíblicos Rosacruzes da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em: 19ª – Reunião de Estudos Bíblicos Rosacruzes da Fraternidade Rosacruz em Campinas –SP – Brasil – Domingo 6abr2025 – 6º Capítulo do Evangelho Segundo S. Mateus-P.4

06/04 – 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – Limitação da Bíblia – Antigo e Novo Testamento

Termos Rosacruzes: Antigo Testamento, Torah e Talmud

Considera-se que a Bíblia tem 40 autores, inicia-se com Moisés e conclui-se na ilha de Patmos.

Cristo disse: “Eu não vim para mudar a lei, mas aplicá-la com misericórdia”. Portanto, a Lei e consequentes valores de nossa vida Cristã vêm desde Moisés.

Cristo era judeu, assim como seus pais José e Maria, seus avós Ana e Joaquim, também S. João Batista, os Essênios, mais os apóstolos que foram os primeiros Cristãos, os quais difundiram os ensinamentos Cristãos para o mundo.

Também do grande Sto. Agostinho: “O Novo Testamento está escondido no Antigo Testamento, e esse se torna mais claro no novo”.

S. Paulo dizia: “No Antigo Tabernáculo já se via a sombra das coisas boas que viriam”.

A Bíblia Hebraica – 24 Livros (Bíblia de Jerusalém) – Dividida em Três Partes:

Dois termos importantes usados na Bíblia:

Torah: É diretamente direcionada a Lei nos 5 Livros (Pentateuco)

Talmud: é a coletânea dos livros sagrados dos judeus; um registro das discussões rabínicas que pertenceriam não só a Lei, como a ética, costumes e história do judaísmo.

Para nós, Estudantes Rosacruzes, é ensinado que pela vontade de Deus, toda a Onda de Vida humana será salva, e ao seu devido tempo, todos deverão aceitar o Cristo. Consideremos que entre todas as Religiões não Cristãs, os judeus estão bem mais próximos desse objetivo, pois já trilharam conosco, boa parte do caminho.

Termos Rosacruzes: Novo Testamento – Jesus – Cristo – Cristo Jesus – O Grande Sacrifício

Pergunta: Por que foi necessária a vinda de Cristo

•Na Época Atlante, recebemos o germe da Mente, para nossa manifestação como indivíduos e o controle pelo nosso Tríplice Espírito.

•No Nadir da Materialidade, o nosso livre arbítrio foi nos levando a um mergulho no Eu pessoal,

•Na Era de Gêmeos, iniciam-se os conflitos.

•Nossa vontade fortalecida pelo Corpo de Desejos, foi quem permitiu o esquecimento de nossa origem divina.

•A astúcia reinava entre nós.

•Estávamos nos cristalizando a tal ponto que sem a intervenção de Cristo perderíamos nossa evolução em nosso Esquema Divino de Evolução.

•Na Era de Touro, e Jeová vem em nosso auxílio, com as Religiões de Raça, cada uma com um Espírito de Raça, dando a cada uma, suas Leis. Começamos então a distorcer estas leis, e o resultado foi que através destas distorções, continuaram as cristalizações.

•Na Época de Áries surge o Plano de Salvação, com Cristo, nosso Redentor.

Jesus de Nazaré e Cristo Jesus:

Jesus é um Espírito Virginal da Onda de Vida humana, tendo percorrido o caminho da santidade por muitas vidas.

•Foi educado pelos Essênios.

Mente: pura e muito superior a grande maioria da nossa presente Humanidade. Tinha um Corpo Mental.

•Seus Corpos Denso, Vital e de Desejos eram bem próximos da perfeição.

Nenhum outro ser humano tinha Corpos em tal condições.

•Sabemos que Jesus, em algum renascimento anterior, foi Salomão.

•Tendo passado por várias Iniciações, o Corpo Vital de Jesus já se harmonizava com as altas vibrações do Espírito de Vida, sua oitava superior.

Cristo Jesus:

Cristo não era humano, mas um Arcanjo, o Iniciado mais elevado do Período Solar. (O Filho). O veículo inferior dos Arcanjos é o Corpo de Desejos, mas Cristo, o mais elevado, tinha como veículo inferior o Corpo Espírito de Vida.

Assim, Cristo usou todos os próprios veículos, tomando de Jesus apenas os Corpos Denso e   Vital. Cristo possui os 12 veículos que formam uma interrupta cadeia desde o Mundo Físico até o Trono de Deus. Ele é o início de todos os Seres dos 7 Mundos que os possui.

Jesus de Nazaré chega à Região Química do Mundo Físico:

O Anjo Gabriel (Anjo da Maternidade) anuncia a Maria a chegada de Jesus; José alto Iniciado que era, funcionava perfeitamente no Éter, e, portanto, tinha também acesso aos Anjos. Na noite mais escura do ano, chega o menino Jesus a Região Química do Mundo Físico.

Segundo o Conceito, Jesus cresceu e cuidou de seus Corpos Denso e Vital, consciente de que no devido tempo os transferiria ao Cristo, para que este cumprisse sua missão; e Jesus cumpriu seu trabalho com grande alegria.

Cristo chega a Região Química do mundo Físico:

Não há como falar da chegada de Cristo no Mundo Físico, sem nos reportarmos ao Batismo de Jesus. São João Batista veio com a missão de despertar aqueles que estavam preparados para receber o Cristianismo.

A voz que clama no deserto. Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas” (Profeta Isaias).

S. João Batista esclarecia que batizava com água, mas aquele que viria, batizaria com o fogo do Espírito Santo.

Quando no Batismo feito por S. João Batista, Jesus levanta a cabeça das águas, visualiza a Santíssima Trindade:

•A voz do Pai: “Este é meu filho amado, em quem me regozijo.”

•O Filho: O Cristo a partir de então.

•O Espírito Santo (Jeová) com a forma de uma pomba.

A partir daí, Cristo chega a Região Química do Mundo Físico, usando o Corpo Denso de Jesus.

E desse momento Cristo inicia sua missão.

•Atrai para si os Apóstolos (alguns preparados por S. João Batista). Vive junto a todos eles durante 3 anos, ensinando, curando, e sempre ao lado do povo.

•Ao povo simples e ignorante, explicava a Lei através de lindas estórias, que se assemelhavam a vida comum deles, facilitando assim, a compreensão da essência (o leite).

•Aos Apóstolos, no entanto, transmitia a verdade da Lei esotericamente, preparando-os para suas caminhadas na dispersão do Cristianismo para o mundo… e assim se fez.

O Grande Sacrifício:

As Religiões populares (exotéricas) definem o grande sacrifício de Cristo, em função do seu sacrifício físico, na crucificação, tortura, humilhação e morte, mas para os Ocultistas, como na nossa Escola, isto foi apenas o começo.

No momento de sua morte, o sangue derramado impregnou a Terra, e é aí que se fez o milagre do Cristo Cósmico, tornando-o o Redentor do Planeta Terra.

A cada ano, o Cristo vitaliza a massa morta da Terra (cristalizada).

Nos meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro, Ele sofre esperando a libertação, enquanto com a força do seu amor, rompe as nossas cristalizações (especialmente as dos nossos corpos Denso e de Desejos, e as do planeta Terra).

Cristo começa sua descida anual, em torno de 21 de Junho (Solstício de Junho) chegando ao centro da Terra no Solstício de Dezembro, ficando lá por mais 3 dias. Essa volta se completa no Equinócio de Março.

No próximo ano, voltará para trazer nova vida a todos nós.

Quando Cristo será libertado?

Quando a Humanidade possuir um número suficiente de homens e mulheres evoluindo o suficiente para manter, por nós mesmos, flutuando no Universo, o nosso lindo Planeta Azul.

Para saber mais, assista a 219ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em: 219ª ReuniãoDominical-FRC_Campinas_6abr25-Cap.14-Análise Oculta do Gênesis – Antigo Testamento e Novo Testamento

13/04 – 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio: Livro do Gênesis – Os Iniciados      

Termo Rosacruz: O Livro do Gênesis

Sabemos que é o nome dado pela “Septuaginta” ao primeiro livro que temos na Bíblia. A Septuaginta é mais antiga tradução da Bíblia hebraica para o grego (entre o século III a.C. e século I a.C.).

Tradicionalmente, ele é definido como o primeiro livro do Pentateuco mosaico, que é o nome dado aos cinco primeiros livros da Bíblia. Pentateuco é uma palavra grega que significa “5 rolos”.

Assim, os 5 primeiros livros do Antigo Testamento, são:

Gênesis (fala da origem)

– Êxodo: (fala do Egito)

– Levíticos (fala dos Levitas e Sacerdotes)

– Números (fala do recenseamento dos Hebreus e

– Deuteronômio (fala da 2ª Lei)

O Pentateuco é para os Cristãos a totalidade dos 5 primeiros livros da Bíblia.

O que significa a palavra “Gênesis”.

Vem do grego e significa: origem – nascimento – criação – princípio. A tradição judaico-cristã atribui a autoria do texto a Moisés. O Livro do Gênesis da Bíblia é conhecido como o “Livro das Origens”.

A composição do “Livro do Gênesis”:

No primeiro versículo do primeiro Capítulo do Livro do GÊNESIS temos a definição de como tudo começou e que chamamos de Criação do Universo.

E a análise oculta do Gênesis já nos mostra dois modos de compreendermos que:

No princípio criou Deus os céus e a terra” e “Tomando da sempre existente essência (do Espaço) a dupla energia formou o duplo céu”.

Na análise dessas duas frases nos mostra certa fase da verdade e que se complementam e nos proporcionam uma visão mais completa do “princípio” desse Esquema de Evolução, onde estamos inseridos.

Ou seja, no Livro do Gênesis temos a descrição suficiente e necessária sobre o Esquema, o Caminho e a Obra de Evolução. E o texto desse Livro do Gênesis se harmoniza perfeitamente com as informações ocultistas relativas aos Períodos, os Globos, às Revoluções que estudamos com detalhes no Conceito Rosacruz do Cosmos.

O resumo que se encontra no Livro do Gênesis é, necessariamente, condensado e brevíssimo, mencionando-se um Período inteiro numas poucas palavras.

Resumo:

•Do Período de Saturno até a metade do Globo D do Período Terrestre, trata-se da nossa Evolução passada, ou seja, da nossa criação em remotíssimo passado – o “Livro do Gênesis”.

•Da segunda metade do Período Terrestre até o Período de Vulcano, trata-se da nossa Evolução futura – Livro do Apocalipse ou Livro da Revelação.

•Depois é relatado os fatos principais sobre a criação da Humanidade e de todas as Ondas de Vida que começaram a sua evolução nesse Esquema de Evolução, ou seja: a nossa, Onda de Vida a animal, a vegetal e a mineral.

•E em seguida relata a “Queda do Homem” original e suas consequências, e a perversidade crescente, castigada pelo dilúvio, a narrativa dos Patriarcas (Abraão, Jacó, Isaque e José), bem como o primeiro plano de redenção da Humanidade, a primeira aliança.

Vejamos que o Livro do Gênesis é dividido em duas partes bem claras: dos Capítulos 01 ao 11 e 12 a 50

Dos Capítulos 01 ao 11 relata o que chamamos:

•da história das origens,

•do começo de tudo,

•da atuação dos Elohim,

•da criação da Humanidade e de todas as Ondas de Vida que começaram a sua evolução nesse Esquema de Evolução, ou seja: a nossa, Onda de Vida a animal, a vegetal e a mineral.

•como ocorreu a Queda do Homem, a origem do pecado por nós, as consequências e as tentativas de salvação

 Uma observação muito importante aqui: no primeiro Capítulo do Gênesis vemos como se produziram as Formas não a Vida. Aliás, não criamos Vida; criamos Formas para serem utilizadas aqui no Mundo Físico.

Dos capítulos 12 ao 50 relata:

•A história dos Patriarcas que, necessariamente não se refere a uma pessoa, pois Patriarca simboliza seres humanos avançados que por mérito se tornaram mensageiros entre Deus e os outros seres humanos.

•É vista com riqueza de detalhes como estávamos sob as Religiões de Raça, ou as Religiões do Deus de Raça, Jeová e como era o relacionamento entre nós e Ele, ou seja, o relato da Primeira e Segunda Dispensações demonstrando o que tínhamos que fazer para evoluir e o que se tinha que fazer para dar um próximo passo à frente.

Termo Rosacruz: o que são Iniciados para os Ensinamentos Rosacruzes

Para isso é indispensável que compreendamos muito bem os níveis do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz que é trilhado por um Estudante Rosacruz ATIVO.

Entendendo que, como o nome já nos indica: há uma parte que significa Preparação, onde nos capacitamos, nos aparelhamos e nos desenvolvemos, e uma parte própria de Iniciações, onde vamos alcançando uma a uma.

O primeiro passo é ser um Estudante Preliminar.

Um Estudante Preliminar se torna associado a um Centro Rosacruz Local.

E como ele inicia esse Caminho?

Por meio de uma inscrição em um Centro Rosacruz local que tem a autorização da The Rosicrucian Fellowship para ministrar esse Curso, como é o caso da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil.

Ao terminar esse Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz composto de 12 lições com o básico do básico dos Ensinamentos Rosacruzes, se o desejo do Estudante Rosacruz é continuar a trilhar o Caminho, ele é inscrito naThe Rosicrucian Fellowship, onde está Mount Ecclesia, a Sede Mundial da Fraternidade Rosacruz e que tem contato com a Ordem Rosacruz (que está na Região Etérica do Mundo Físico).

O segundo passo é ser um Estudante Regular.

O Estudante Rosacruz passa a ser um associado à The Rosicrucian Fellowship.

E como ele alcança esse degrau chamado de Estudante Regular?

O Centro Rosacruz local que o acompanhou até o final da 12ª Lição do Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, solicita a inscrição dele à The Rosicrucian Fellowship, agora como um Estudante Regular Rosacruz.

Assim, ele começa a fazer o Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz em qualquer um dos Centros Rosacruzes que tenha a autorização da The Rosicrucian Fellowship para ministrar esse Curso, como é o caso da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil.

Note: em qualquer Centro Rosacruz local em qualquer lugar do mundo, não necessariamente naquele que ele fez o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.

E como ele alcança o próximo degrau chamado de Probacionista?

Ao terminar esse Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz composto de 40 lições com uma parte mais profunda dos Ensinamentos Rosacruzes, se o desejo do Estudante Rosacruz é continuar a trilhar o Caminho, ele solicita – de próprio punho – à The Rosicrucian Fellowship o seu ingresso ao Probacionismo.

O terceiro passo é ser um Probacionista.

A TRF pode aceitar ou não. Aceitando, o Aspirante está associado somente à The Rosicrucian Fellowship.

Pode – e deve – ajudar as atividades de um Centro Rosacruz Local a sua escolha. Note: em qualquer Centro Rosacruz local em qualquer lugar do mundo, não necessariamente naquele que ele fez o Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz.

Tudo o que ele precisa de material para continuar avançando no Caminho lhe é fornecido pela The Rosicrucian Fellowship.

Os Centros Rosacruzes locais, que são compostos por Estudantes Preliminares, Regulares, Probacionistas e Discípulos, atuam como facilitadores, promotores de materiais que ajudam o Estudante a aprender mais e mais dos Ensinamentos Rosacruzes e promovem oportunidades para o Estudante praticar tais Ensinamentos (que é objetivo maior de toda a aprendizagem: praticar, praticar e praticar).

Depois disso, como ele alcança o próximo degrau chamado de Discípulo?

O quarto passo é ser um Discípulo.

Ao passar, no mínimo, 5 anos de Probacionismo, se o desejo do Estudante Rosacruz é continuar a trilhar o Caminho, ele solicita – de próprio punho – à The Rosicrucian Fellowship o seu ingresso ao Discipulado.

O Aspirante à vida superior, agora um Probacionista ou uma Probacionista, é submetido a uma prova pelo Irmão Maior da Ordem Rosacruz.

Se passar, ingressa no Discipulado.

Se não, continua no Probacionismo até solicitar novamente, normalmente, a cada fim de ano. Até passar pela prova dada pelo Irmão Maior da Ordem Rosacruz.

Depois disso, como ele alcança o próximo degrau chamado de Irmão Leigo ou Irmã Leiga?

O quinto passo é ser um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga.

Quando o Estudante Rosacruz, então um Discípulo, alcança a 1ª Iniciação Menor ele ingressa na Ordem Rosacruz e se torna um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga. O agora Iniciado, o Estudante Rosacruz que é um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga continua trabalhando aqui, na Fraternidade Rosacruz, com os seus veículos renascido aqui.

Para saber mais, assista a 220ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em: 220ª ReuniãoDominical-FRC_Campinas_13abr25-Cap.14-Análise Oculta do Gênesis – O Livro do Gênesis – Os Iniciados

27/04– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio: Os Iniciados (Parte 2)

Termo Rosacruz: o que são Iniciados para os Ensinamentos Rosacruzes (conclusão)

Vamos recapitular os níveis ou degraus que estudamos na nossa Reunião de Estudos passada, a 220ª de 13 de abril de 2025.

Inicialmente, lembremos que os Centros Rosacruzes locais, que são compostos por Estudantes Preliminares, Regulares, Probacionistas e Discípulos, atuam como facilitadores, promotores de materiais que ajudam o Estudante a aprender mais e mais dos Ensinamentos Rosacruzes e promovem oportunidades para o Estudante praticar tais Ensinamentos (que é objetivo maior de toda a aprendizagem: praticar, praticar e praticar).

Sempre é justo e necessário rever para bem compreender os níveis do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz que é trilhado por um Estudante Rosacruz ATIVO. Pois só assim o Estudante Rosacruz Ativo sabe onde está, para onde vai e o que é necessário para ir para frente e para cima.

O primeiro passo é ser um Estudante Preliminar.

O segundo passo é ser um Estudante Regular.

O terceiro passo é ser um Probacionista.

O quarto passo é ser um Discípulo.

O quinto passo é ser um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga.

O sexto passo é ser um Adepto.

O sétimo ou último passo desse caminho é ser um Irmão Maior.

Na última Reunião detalhamos até o nível Irmão Leigo ou Irmã Leiga.

Vamos revisar até aí:

O primeiro nível ou degrau é ser um Estudante Preliminar, onde se torna associado a um Centro Rosacruz Local e alcança fazendo o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.

Se, e somente se, deseja continuar a trilhar o Caminho, ele é inscrito na The Rosicrucian Fellowship.

Assim, o Estudante Rosacruz passa a ser um associado à The Rosicrucian Fellowship.

O Centro Rosacruz local que o acompanhou até o final da 12ª Lição do Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, solicita a inscrição dele à The Rosicrucian Fellowship, agora como um Estudante Regular Rosacruz.

E o Estudante Rosacruz deve começar a fazer o Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz em qualquer um dos Centros Rosacruzes que tenha a autorização da The Rosicrucian Fellowship para ministrar esse Curso, como é o caso da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil.

Ao terminar esse Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz composto de 40 lições com uma parte mais profunda dos Ensinamentos Rosacruzes, se, e somente se, deseja continuar a trilhar o Caminho, ele solicita – de próprio punho – à The Rosicrucian Fellowship o seu ingresso ao Probacionismo.

Se TRF o aceitar, ele está associado somente à The Rosicrucian Fellowship.

No entanto, a fim de ajudar a quem está também chegando, ele participa das de um Centro Rosacruz Local a sua escolha.

Ao passar, no mínimo, 5 anos de Probacionismo, se, e somente se, ele deseja continuar a trilhar o Caminho, ele solicita – de próprio punho – à The Rosicrucian Fellowship o seu ingresso ao Discipulado.

Ele é submetido a uma prova pelo Irmão Maior da Ordem Rosacruz.

Se passar, ingressa no Discipulado. Se não, pode tentar anualmente, até conseguir.

Quando o Estudante Rosacruz, então um Discípulo, alcança a 1ª Iniciação Menor ele ingressa na Ordem Rosacruz e se torna um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga.

O agora Iniciado, o Estudante Rosacruz que é um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga continua trabalhando aqui, na Fraternidade Rosacruz, com os seus veículos renascido aqui.

Max Heindel exemplifica a vida de um Irmão Leigo perfeitamente, pois ele era um Irmão Leigo.

Ninguém sabe que ele é Iniciado, pois fez o voto de silêncio.

Ele também participa das atividades na Ordem Rosacruz, onde vai aprendendo as lições específicas de cada Iniciação Menor e vai galgando tais Iniciações Menores, até alcançar a 9ª Iniciação Menor.

Reparem bem, pois muita gente faz confusão aqui:

Até o Discipulado, o Estudante Rosacruz está associado à Fraternidade Rosacruz e está trilhando a parte de Preparação do Caminho.

De Irmão Leigo ou Irmã Leiga até Irmão Maior, o Estudante Rosacruz está associado à Ordem Rosacruz e está trilhando a parte de Iniciação do Caminho.

Agora, vamos continuar a fim de compreender como o Estudante Rosacruz alcança o próximo degrau chamado de Adepto.

Quando o Estudante Rosacruz, então um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga, alcança a 1ª Iniciação Maior ele ingressa em uma das 4 Escolas de Iniciações Maiores ou Iniciações Cristãs e se torna um Adepto.

O agora Iniciado nas 9 Iniciações Menores e, pelo menos na 1ª Iniciação Maior – trabalha em qualquer parte do mundo.

Reveste-se a qualquer momento de um Corpo Denso para se manifestar aqui na Região Química do Mundo Físico o tempo que for necessário

Continua participando das atividades na Ordem Rosacruz e, também, das atividades da Escola de Mistérios Maiores que escolheu.

E, assim, vai galgando as Iniciações Maiores, até alcançar a 4ª Iniciação Maior ou 4ª Iniciação Cristã.

Depois disso, como ele alcança o próximo degrau chamado de Irmão Maior?

Quando o Estudante Rosacruz, então um Adepto, termina a 4ª Iniciação Maior na Escola de Mistérios Maiores que ele escolheu e alcança o da Iniciação chamada de Libertador e, com isso ele se torna um Irmão Maior.

E agora, e somente agora, ele pode ser chamado de Rosacruz.

O agora Iniciado nas 9 Iniciações Menores e nas 4 Iniciações Maiores pode escolher em 3 linhas de ação:

– ou trabalhar aqui no Mundo material, renascido em qualquer parte do Mundo que necessita a sua ação.

– ou trabalhar nesse Planeta, mas nos Mundos internos, direto no Templo da Ordem Rosacruz que fica na Região Etérica do Mundo Físico.

– ou trabalhar em uma das Luas de Júpiter preparando o ambiente para o Período de Júpiter.

Aqui já podemos compreender o que é um Iniciado para os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, ou seja: é qualquer homem ou mulher que alcançou, pelo menos, a primeira Iniciação Menor.

Reparem: TODAS as Iniciações são alcançadas nos Mundos invisíveis.

Por quê? Porque todos nós já somos Iniciados aqui, na Região Química do Mundo Físico, por meio desse Corpo Denso! Assim, não existe nenhum processo verdadeiro de Iniciação aqui por meio desse Corpo Denso!

As Iniciações são alcançadas por meio da vivência conscientes em Corpos invisíveis aos nossos olhos físicos!

Eis o motivo de todas as Iniciações serem processos internos, não visíveis aos olhos físicos.

Outra observação importantíssima: um candidato ou uma candidata à Iniciação, frequentemente, não sabe que é um candidato ou uma candidata.

Geralmente a pessoa está vivendo a vida espiritual de serviço amoroso, desinteressado e totalmente anônimo – focado em servir a divina essência oculta em cada irmão ou irmã, que é a base da Fraternidade – aos irmãos e as irmãs que estão no seu entorno, porque essa é a única vida que interessa e é atraente a essa pessoa candidata!

Está sendo testada e colocada à prova o tempo todo, inconscientemente, sem que saiba; isso faz parte do processo.

As provas ocorrem na vida diária e normalmente nas pequenas coisas, que aparentemente são destituídas de importância, mas que têm, na realidade, um significado fundamental.

Lembrando: “Se uma pessoa não pode ou não consegue ser fiel nas pequenas coisas, como esperar que seja fiel nas grandes coisas”?

Nesse tempo de provas, o candidato (ou candidata) normalmente, pela vida que leva, vai tecendo o seu “Corpo-Alma”, o verdadeiro Manto Nupcial, o qual S. Paulo chamou de “Soma Psuchicon”, que irá prepará-lo ou prepará-la para entrar nos Mundos invisíveis.

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Aproveitemos o momento para uma pergunta pertinente, apesar de ser simples:

PERGUNTA: Um Iniciado tem Corpo-Alma?

RESPOSTA: Com toda certeza! Se a pessoa chegou à Iniciação, é porque já vinha sendo observada para tal e como tal já estava vivendo como Auxiliar Invisível e para isso já tinha construído seu Corpo-Alma.

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Aproveitando o ensejo, uma pergunta a todos:

Quando um Aspirante à vida superior começa a estudar oficialmente, iniciando o Caminho Rosacruz, na Fraternidade Rosacruz?

RESPOSTA: quando ele se torna um Estudante Preliminar

Quando um Estudante Rosacruz começa a estudar na Ordem Rosacruz?

RESPOSTA: quando ele se torna um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga.

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Percebam que na Ordem Rosacruz temos:

– 9 Iniciações Menores (enumeradas desde a Primeira Iniciação Menor até a Nona Iniciação Menor) e

– 4 Iniciações Maiores (também chamadas de Iniciações Cristãs, pois só se tornou possível para nós, com a primeira vinda de Cristo) e que são enumeradas desde a Primeira Iniciação Maior até a Quarta Iniciação Maior).

Às vezes também se diz: Mistérios Menores, referindo-se as Iniciações Menores e Mistérios Maiores, referindo-se as Iniciações Maiores. Ou seja: é a mesma coisa.

Por exemplo, Christian Rosenkreuz alcançou até a 4ª Iniciação Maior e depois a Iniciação do Libertador.

Todos os Irmãos Maiores já alcançaram até a 4ª Iniciação Maior e depois a Iniciação do Libertador.

Um Adepto alcançou, pelo menos, a 1ª Iniciação Maior.

Um Irmão Leigo ou uma Irmã Leiga alcançou, pelo menos, a 1ª Iniciação Menor.

Lembrando aqui que Max Heindel, um Irmão Leigo, alcançou a 5ª Iniciação Menor, pouco antes de falecer.

Vamos ver, agora, como as 9 Iniciações ou Mistérios Menores levam o neófito, o Irmão Leigo ou a Irmã Leiga, conscientemente, através de tudo que se relaciona com a evolução passada dele, ou seja, através de todas as atividades da existência involuntária dele, de modo que ele é capaz de compreender os meios e o significado da obra que efetuou, inconscientemente.

ou seja: o que o Iniciado aprende em cada uma das 9 Iniciações Menores.

Na 1ª Iniciação Menor lhe é mostrado tudo que aconteceu na 1ª Revolução do Período Terrestre, a Revolução de Saturno e na Época Polar, que estudamos nas Reuniões anteriores

E, também, o que é e como funciona o 1º dos 9 Estratos que o nosso Planeta Terra contém.

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Aproveitando o ensejo, uma pergunta a todos:

Do 1º ao 9º Estrato da Terra, até que Estrato a ciência material já conseguiu chegar?

RESPOSTA: até ao 1º Estrato. Oficialmente, o maior buraco já perfurado pelo ser humano tem uma profundidade de 12,2 km (a Ciência estima que o que ela chama de crosta terrestre tenha 40 km de espessura)

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Continuemos, então: Na 2ª Iniciação Menor lhe é mostrado tudo que aconteceu na 2ª Revolução do Período Terrestre, a Revolução Solar e na Época Hiperbórea, que estudamos nas Reuniões anteriores

E, também, o que é e como funciona o 2º Estrato da Terra

Na 3ª Iniciação Menor lhe é mostrado tudo que aconteceu na 3ª Revolução do Período Terrestre, a Revolução Lunar e na Época Lemúrica, que estudamos nas Reuniões anteriores

E, também, o que é e como funciona o 3º Estrato da Terra

Na 4ª Iniciação Menor vê os progressos feitos na metade da quarta Revolução, metade acabada de passar, e a primeira metade da Época Atlante, que, também, estudamos nas Reuniões anteriores

E, também, o que é e como funciona o 4º Estrato da Terra

Na 5ª Iniciação Menor vê o acontecerá no final do Período Terrestre – ou seja: leva o candidato ao final do Período Terrestre -, mostrando as três e meia Revoluções restantes do Período Terrestre que, também, estudamos nas Reuniões anteriores.

E, também, o que é e como funciona o 5º Estrato da Terra

Na 6ª Iniciação Menor é visto os detalhes das ações nas três e meia Revoluções restantes do Período Terrestre que, também, estudamos, ainda que genericamente, nas Reuniões anteriores.

E, também, o que é e como funciona o 6º Estrato da Terra

Na 7ª Iniciação Menor continua sendo visto os detalhes das ações nas três e meia Revoluções restantes do Período Terrestre.

E, também, o que é e como funciona o 7º Estrato da Terra

Na 8ª Iniciação Menor continua sendo visto os detalhes das ações nas três e meia Revoluções restantes do Período Terrestre.

E, também, o que é e como funciona o 8º Estrato da Terra.

Na 9ª Iniciação Menor continua sendo visto os detalhes das ações nas três e meia Revoluções restantes do Período Terrestre.

E, também, o que é e como funciona o 9º Estrato da Terra

Só para relembrarmos, vendo diretamente tudo o que aconteceu e acontecerá nesse Período Terrestre, o Irmão Leigo ou a Irmã Leiga, galgando Iniciação Menor por Iniciação Menor, ele ou ela veem diretamente na Memória da Natureza:

-como a constituição em nove partes (o Tríplice Corpo, a Tríplice Alma e o Tríplice Espírito) foi construída;

-como as grandes Hierarquias Criadoras trabalharam sobre nós, o Espírito Virginal, despertando em nós o Ego e nos ajudando a formar o nosso Corpo;

-o trabalho que nós mesmos efetuamos e estamos efetuando para, do Tríplice Corpo, extrair tanto da Tríplice Alma, como a que atualmente possuímos.

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Aproveitando o ensejo, mais uma pergunta a todos:

As Iniciações Menores estão relacionadas com qual dos 7 Períodos desse Grande Dia de Manifestação?

RESPOSTA: somente com o Período Terrestre

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Vamos ver, agora o que o Iniciado aprende em cada uma das 4 Iniciações Maiores ou Cristãs

Quando estamos prontos para a 1ª Iniciação Maior, nossa Mente já está desenvolvida a um grau que todos os seres humanos alcançarão no final do Período Terrestre. Já é um Corpo, o Corpo Mental.

Na 1ª Iniciação Maior é fornecida para o Iniciado a chave do próximo estágio, e todo o trabalho que depois disso ele efetua, será o mesmo que a Humanidade em geral efetuará no Período de Júpiter. Isto não nos diz respeito atualmente. E, também, o acesso ao Centro do Ser do Espírito Planetário Terrestre.

Como vimos, depois de nossa primeira Grande Iniciação, nós alcançamos o grau de Adepto.

A 2ª Iniciação Maior pertence a estágios de desenvolvimento que a humanidade comum alcançará no Período de Júpiter.

A 3ª Iniciação Maior pertence a estágios de desenvolvimento que a humanidade comum alcançará no Período de Vênus.

A 4ª Iniciação Maior pertence a estágios de desenvolvimento que a humanidade comum alcançará no Período de Vulcano.

Essas 13 Iniciações são representadas, simbolicamente, por Cristo e seus doze Apóstolos.

Judas Iscariotes representa as traidoras tendências da nossa “natureza inferior”.

O amado S. João é a Iniciação de Vênus, e Cristo, em Si mesmo, simboliza o Divino Iniciado do Período de Vulcano.

Para saber mais, assista a 221ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em: 221ª ReuniãoDominical-FRC_Campinas_27abr25-Cap.14-Análise Oculta do Gênesis – Análise Oculta do Gênesis – Os Iniciados (conclusão)

Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Abril:

A Fraternidade Rosacruz não é uma Obra de mestres terrenos

A Fraternidade Rosacruz é uma Escola Filosófica Cristã (Preparatória para as Iniciações), ou seja, tem o Cristo como seu único Ideal a ser seguido, portanto é séria, todos os Ensinamentos, Cursos, Palestras, Reuniões de Estudos, vídeos são gratuitos, pois aqui praticamos a máxima Cristã: “𝑫𝒂𝒊 𝒅𝒆 𝒈𝒓𝒂ç𝒂 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒅𝒆 𝒈𝒓𝒂ç𝒂 𝒓𝒆𝒄𝒆𝒃𝒆𝒔𝒕𝒆𝒔”.

Ela não é obra de mestres terrenos, literaturas rendadas, com promessas fantasiosas e de Iniciações; aliás estas Iniciações não são nem de perto realizadas aqui no plano físico, mas na Região Etérica do Mundo Físico, após muito estudo e esforço do Estudante Rosacruz, ativo e sincero.

A Fraternidade Rosacruz idealizada e promovida pelos 𝗜𝗿𝗺ã𝗼𝘀 𝗠𝗮𝗶𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗱𝗮 𝗢𝗿𝗱𝗲𝗺 𝗥𝗼𝘀𝗮𝗰𝗿𝘂𝘇, que são seres humanos que alcançaram as 𝒏𝒐𝒗𝒆 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂çõ𝒆𝒔 𝑴𝒆𝒏𝒐𝒓𝒆𝒔 e as 𝒒𝒖𝒂𝒕𝒓𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂çõ𝒆𝒔 𝑴𝒂𝒊𝒐𝒓𝒆𝒔 (𝒐𝒖 𝑪𝒓𝒊𝒔𝒕ã𝒔) e são reconhecidos por seus ricos frutos.

Ela é simples e profunda, reúne o que há de mais atual (apesar de tantos anos de sua fundação), conveniente às necessidades atuais dos Espíritos Virginais da Onda de Vida humana, hoje manifestados aqui no Mundo Físico.

Ela destina-se a todos os que buscam um crescimento espiritual seguro, sem mestres, gurus, instrutores, guias, governadores ou quaisquer outras denominações que crie hierarquias e/ou poder de mano (claro ou dissimulado), pois o método de realização Rosacruz difere dos outros sistemas por um pormenor especial: procura desde o princípio 𝒆𝒎𝒂𝒏𝒄𝒊𝒑𝒂𝒓 𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒖𝒅𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑹𝒐𝒔𝒂𝒄𝒓𝒖𝒛 𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒅𝒂 𝒅𝒆𝒑𝒆𝒏𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐𝒔 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒐𝒔, tornando-o autoconfiante no mais alto grau, de maneira a poder permanecer só em todas as circunstâncias e enfrentar todas as condições. Somente aquele que for tão bem equilibrado pode ajudar ao débil!

Aos que vivem pulando de Escola em Escola, sempre buscando novos Cursos, lendo livros e livros de diversos autores, que vivem em busca de conferências, atrás de oradores ilustres, enquanto se manter nesse ritmo não será um Estudante Rosacruz (mesmo que se ache um).

Se veio aqui em busca de fama, de ser um grande orador, quer ter poder, quer ganhar dinheiro com os Ensinamentos Rosacruzes veio ao lugar errado. Muitos tentam, outros acham que conseguem, mas o fim se mostra como fracassado ou fracassada.

A Fraternidade Rosacruz tem como tônica o “serviço” aos seus semelhantes, não vive de ilusões e artificialismo, ela tem princípios e não se desvia deles.

A Fraternidade Rosacruz segue fielmente os Ensinamentos Rosacruzes, fielmente como foi nos fornecidos pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz.

É uma “Escola Ocidental de Mistérios”, prepara seus Estudantes para a próxima Era, a de Aquário, e para a nova Época, a Nova Galileia, com a certeza de que seus Ensinamentos constituirão a futura Religião, que sabemos, será o Cristianismo Esotérico.

Aqui se ensina a tomar o Reino dos Céus por assalto, por seu próprio esforço.

O verdadeiro Estudante Rosacruz, Aspirante à vida superior, é autêntico, simples, humilde, Cristão sincero e verdadeiro, busca servir os seus irmãos e irmãs sem distinção, jamais busca estar no topo e ser servido, pois obedece fielmente a máxima Cristã: “aquele que quiser ser o maior entre vós seja o servo de todos.

É domingo de Páscoa!! É o “domingo de Ressurreição”. É só alegria!

É uma das principais celebrações do Cristianismo.

Comemora-se a Ressurreição de Cristo, o Filho de Deus, a festa que marca a vitória sobre a morte. O Grande Espírito Solar, o Cristo, se retira da Terra.

É o amanhecer de um alegre dia, de festividade, em que a Humanidade e o Cristo se libertarão permanentemente das limitações da materialidade, e se acenderão em colunas do Templo de Deus.

Um súbito silêncio e uma quietude momentânea invadem a Natureza.

É celebrada no primeiro domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre no início da primavera no Hemisfério Norte e no outono no Hemisfério Sul.

É um grande momento de renovação, esperança e reflexão espiritual.

Se você é suficientemente sensitivo (a), pode sentir por um instante, o grande coração da Terra estremecer, um palpitar de alegria e júbilo.

Se você é Cristão, verdadeiro, de coração puro, cuida bem da parte espiritual, trilha o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, com certeza neste dia está em êxtase, está em harmonia com este grande evento Cósmico.

Este dia, mesmo no outono aqui para o Hemisfério Sul, podemos sentir o surgir de uma nova Vida, um aumento de energia, de força em todos os seres vivos.

Esta força infunde nova esperança, nova ambição, nova vitalidade, impele-nos a novas atividades pelas quais aprendemos novas lições aqui na Escola da Vida, onde é o baluarte da evolução (basta estarmos atentos).

O Espírito Solar, Cristo, permaneceu na Terra desde o Natal, irradiando Vida, Luz e Amor a todos os seres vivos.

Agora na Páscoa, volta o Sol do repouso e absorção para nova Vida, que Ele amorosamente nos trará no próximo ano, como faz todos os anos, é um grande sacrifício que Ele faz por todo o Planeta Terra. Isso sim é Amor.

Usemos os dons que o Senhor nos propicia nesta época, para desenvolver nossas possibilidades espirituais, crescermos espiritualmente, e formar corações mais nobres, mais puros, e Corpos sãos.

Vamos nos alegrar, ter mais iniciativa, mais força de vontade, servir e ajudar nossos irmãos e irmãs, amorosa, desinteressadamente e bem anônimos.

Cristo foi crucificado no meio de dois ladrões

Nos Estudos Bíblicos Rosacruzes aprendemos sobre a significância esotérica sobre o evento em que Cristo foi crucificado no meio de dois ladrões.

Sabemos que a “cruz” representa nossas limitações, o que precisamos realmente fazer, o que precisamos carregar e o que aguentamos carregar.

Temos então à esquerda do Cristo no Calvário, o “mau ladrão”; este representa o estado de consciência da pessoa humanamente má, aquela que está sempre respondendo ao seu “Eu inferior”, que vive sob o aguilhão constante da Lei de Causa e Efeito, ou Lei de Consequência. Vive e desenvolve seu Corpo de Pecado.

Este “mau ladrão” foi o que na cruz xingou Cristo e ironizou dizendo: “se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós” (Lc 23:39).

Um ser desse nível, ali representado, é um ignorante das Leis de Deus. A Lei de Consequência age nele mais fortemente, precisa acordá-lo pela dor e pelo sofrimento, reconduzindo-o ao que seja justo e correto. Normalmente essa pessoa atribui seus problemas aos outros.

À direita do Cristo temos o “bom ladrão”; o ser humanamente bom. Conhece as Leis de Deus e as segue, mas erra, assume a cruz de suas limitações espontaneamente, compreendendo que ele mesmo as gera e, portanto, ele pode se transformar gradativamente em uma pessoa melhor.

Conquistou por mérito uma “boa vida”, de conforto e harmonia relativos, e a conserva zelosamente como um fim. Aí é que ele rouba também: as boas coisas não representam um fim, mas um meio; “A quem muito é dado, muito será exigido”. Essa pessoa precisa muito ter essa compreensão.

Usa essa boa vida em vez de se empenhar mais no serviço do “Eu superior”, já que tem mais para dar. Essa pessoa deve entender que “nada lhe pertence”, e que deve se dedicar ao serviço aos seus irmãos e as suas irmãs, amorosa e desinteressadamente, focando na divina essência oculta em cada um de nós.

Já o Cristo, na cruz do meio, nos mostra aquele nível em que trabalhamos para o “levantamento da Humanidade”, e que hoje, voluntariamente ajudamos o Cristo a carregar Sua pesada missão. Devemos nos esforçar cada vez mais para isso. Esforçando-nos a desenvolver o Cristo interno, o Corpo-Alma.

Ele que se sacrificou por nós, vindo à Terra, nos ajudando, pois, estávamos num nível tal de cristalização, que muitos de nós formariam uma nova Lua, mais um Campo de Desintegração.

Lembrando que Cristo é o maior Iniciado do Período Solar, o maior Arcanjo, é Deus filho, Regente do Planeta Terra.

A Cruz é um símbolo sublime que possui poderes e virtudes misteriosos

Nos Estudos da Filosofia Rosacruz, vemos que a Cruz é um símbolo sublime que possui poderes e virtudes misteriosos. Sem dúvida, é um símbolo que ao mesmo tempo nos transmite o desejo de devoção e a necessidade de sacrifício (um “sacro-ofício”, ou seja, a necessidade de realizarmos nosso desenvolvimento espiritual com grande dedicação e significado, transcendendo a mera necessidade, pois é algo sagrado).

Note que o símbolo da Cruz está desenhado na face estrelada dos céus. Ela é formada pelos quatro Signos Cardinais do Zodíaco: Câncer ao norte e Capricórnio ao sul formam a barra vertical; Áries ao leste e Libra ao oeste formam os braços horizontais. Esses quatro Signos compreendem os trinta graus do Zodíaco mais próximos dos Solstícios (norte e sul) e dos Equinócios (leste e oeste). Assim, essa grande cruz dos céus orienta o nosso Campo de Evolução atual, o nosso Planeta Terra.

Outro detalhe importante é que a terceira Dispensação (de um total de quatro) que passamos, ocorreu na Era de Áries (quando o Sol, pelo movimento da Precessão dos Equinócios, transitava pelo Signo de Áries e, como sempre, tendo o Signo oposto, Libra, nos fornecendo as lições que tínhamos que aprender para podermos usufruir do próximo grau de desenvolvimento que é a Era de Peixes, que estamos agora) e proclamou a primeira vinda de Cristo, nosso Salvador e Redentor (Áries-Libra). Se assim é, podemos inferir que há uma possibilidade da segunda vinda de Cristo ocorrer durante a Era de Capricórnio (com Câncer nos oferecendo as lições a aprender para podermos usufruir o próximo grau de desenvolvimento, a Era de Sagitário) – Câncer-Capricórnio.

Vemos que durante a Era que estamos, a de Peixes, a cruz muitas vezes é apresentada com uma figura humana pregada nela (simbolizando a crucifixão de Cristo-Jesus). E isso faz sentido se lembrarmos que a Era de Peixes, nos proporciona as lições do Signo de Peixes por meio da dor e do sofrimento, e a agonia sangrenta do ser humano crucificado passou a ser o símbolo de Cristo-Jesus, para muitos. Representa o caráter especial das experiências pelas quais muitos de nós ainda está passando, incluindo aqui o medo da morte. Já na Era de Aquário, que enfatizará a vida imortal, a cruz não terá nenhuma figura humana pregado nela. Ao invés disso estará o Cristo ressuscitado, majestoso, sobre a formosamente simbólica “Rosa Cruz”, o símbolo da consecução espiritual da Nova Era, a de Aquário.

No Símbolo Rosacruz a cruz branca, com as sete rosas vermelho-sangue, está colocada sobre um fundo azul celeste. Esse fundo indica infinitude, enquanto as Rosas sobre a cruz denotam as ilimitadas possibilidades oferecidas pelo Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Cada um dos quatro extremos da cruz termina em três semicírculos, ou seja, é uma Cruz Trilobada. Esses doze semicírculos simbolizam as doze Hierarquias Criadoras que rodeiam o universo do qual o Planeta Terra é parte. Os seres celestiais que compreendem essas Hierarquias se dão a si mesmo no serviço amoroso para ajudar a todos nós em nosso desenvolvimento rumo a nossa “Cristificação”.

A rosa branca aberta no centro do Símbolo Rosacruz representa a elevada pureza do coração do Auxiliar Invisível Consciente, um ser humano no qual o Corpo Denso já não é mais uma prisão; ele é livre para ir e vir, a vontade, com disposições de amor e graça e, por isso dedica-se exclusivamente a servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um, o irmão e a irmã que necessitam a cura, seja de doenças ou enfermidades físicas, sejam mentais.

A formosa saudação Rosacruz: “que as rosas floresçam em vossa cruz” é a oração mais amada pelo Aspirante à vida superior, o verdadeiro Estudante Rosacruz, para que todos conheçam a glória dessa realização.

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Fraternidade Rosacruz – As Cinco Perguntas selecionadas do mês que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudante Rosacruzes

1. Pergunta: O que podemos fazer para pedirmos ajuda aos Irmãos Maiores? Gostaria de suas influências para que eu tenha, todos os dias, motivação para servir à Grande Obra, deixando de ser egoísta, sendo mais paciente, respeitador e tolerante, para que um dia eu ame verdadeiramente a todos os seres?

Resposta:  Os 12 Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz são seres humanos, como nós, que já alcançaram as 9 Iniciações Menores e as 4 Iniciações Maiores. Com essa capacidade desenvolvida eles trabalham com as questões mais importantes para o desenvolvimento de toda a Humanidade. Assim, fica impossível eles se “dedicarem” a ajudar o desenvolvimento exclusivo de uma pessoa, não é? Agora, como aprendemos na Fraternidade Rosacruz e repetimos todos os dias quando oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo “levemos a firme resolução de expressar, em nossas vidas diárias, os elevados ideais de espiritualidade que aqui recebemos, para que dia a dia nos tornemos melhores homens e mulheres e mais dignos de sermos utilizados como colaboradores conscientes na obra benfeitora dos Irmãos Maiores, a serviço da Humanidade.” Ou seja: temos que nos capacitar para tal objetivo e, com isso, por mérito ter a oportunidade de trabalharmos com eles. O que temos que fazer? Desenvolver o nosso Corpo-Alma ao ponto de podermos funcionar conscientemente nos Mundos invisíveis. E com isso, vamos alcançando as Iniciações Menores de modo que quando chegamos ao grau de Irmão Leigo teremos a graça de participar de reuniões nos Mundos espirituais onde há a preparação da Panaceia espiritual e onde a presença deles é constante (veja no Conceito Rosacruz do Cosmos, no capítulo: Iniciação mais detalhes). Difícil? Pode até ser, mas não impossível! Está longe? Quem lhe garante? Falasse isso para S. Paulo quando ele era ainda chefe dos centuriões romanos. Falasse isso para Max Heindel, quando ainda ele trabalhava na área marítima. O importante, então, seguirmos fielmente o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Oficiemos os Rituais dos Serviços Devocionais todos os dias – pois são verdadeiros e eficazes Exercícios Esotéricos para o nosso Corpo Vital (repetição) -, façamos fielmente TODOS os Exercícios Esotéricos Rosacruzes enquanto estamos na Consciência de vigília (e em especial o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção e o Exercício Esotérico matutino de Concentração) e coloquemos na vida a prática dos Ensinamentos Rosacruzes (pois eles foram feitos para serem práticos e fáceis de serem colocados na vida do dia a dia; se há dificuldades é porque o Estudante Rosacruz não está estudando, não está compreendendo ou, ainda, está focando somente na aquisição intelectual e/ou misturando com leituras e estudos de outras obras que não são da escola Fraternidade Rosacruz). Por fim, se somos Estudantes Preliminares, nos esforçarmos ao máximo para chegar a ser Estudantes Regulares. Se somos Estudantes Regulares, nos esforçarmos ao máximo para chegar a ser Probacionistas. Se somos Probacionistas, nos esforçarmos ao máximo para chegar a ser Discípulos. E se somos Discípulos já estamos às portas da Ordem Rosacruz e o esforço para chegar a ser Irmão Leigo ou Irmã Leiga será muito mais gratificante (afinal: “a messe é grande e os operários são poucos”). Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz.

2.Pergunta: Antes de reencarnar aqui a gente que escolhe o que vai passar?

Resposta: Como aprendemos estudando o livro Conceito Rosacruz do Cosmos, quando estamos no processo de Preparação para um novo Renascimento aqui (no Terceiro Céu, com a consciência no grau mais expandido que podemos alcançar nesse Ciclo de Nascimentos e Mortes) temos a prerrogativa de escolher dentre alguns Panoramas de Vida nos fornecido, da maneira sábia e sem nenhum tipo de erro, pelos Anjos do Destino (ou Senhores do Destino ou Anjos Relatores) onde presenciamos os PRINCIPAIS EVENTOS da vida que estamos nos preparando para viver aqui. E para aprendermos as lições indicadas por esses principais eventos buscando construir as “ferramentas” (Corpos e veículos) mais apropriados que facilitem a nossa aprendizagem. Isso vale para um Corpo saudável como para um Corpo com alguns “defeitos” (como chamamos aqui quando vemos um).

3.Pergunta: Entendo que é importante começar na juventude em uma Escola como a Fraternidade Rosacruz, pois dependendo da idade se morre antes de concluir os estudos e avançar no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz (embora a morte ceife vida de jovens também). Estou certo?

Resposta: Imagina se, por exemplo, Max Heindel, Goethe, Shakespeare, Comenius e até S. Paulo pensassem desse modo: “começar jovem”. Não tinham alcançado o desenvolvimento espiritual que alcançaram, não é? E hoje ainda temos detalhado o Exercício Esotérico noturno Rosacruz de Retrospecção que é, como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos, “o mais valioso do que qualquer outro método para adiantar o Aspirante” no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. “Seu efeito é tão profundo que capacita a quem o pratica a aprender presentemente, não apenas as lições desta vida, mas também lições que normalmente estar-lhe-iam reservadas para vidas futuras.”.

4.Pergunta: Venho ao longo do curso assistindo alguns vídeos e percebi que a Igreja Católica é muito citada como referência. Gostaria de saber se para pertencer a F.R.C. se faz necessário ser católico ou pertencer a alguma Igreja Cristã?

Resposta: Não é “necessário ser católico ou pertencer a alguma igreja cristã” para ser Estudante Rosacruz.

A questão de se estudar o Cristianismo Exotérico (preconizado pelas igrejas cristãs) é uma sugestão, por dois motivos:

1) para facilitar o nosso desenvolvimento de Cristão Místico, já que a tendência do Estudante Rosacruz, nos seus primeiros níveis ao trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, é tender para o lado intelectual e se não observarmos e nos vigiarmos, se apegamos tanto a esse lado que: ou desistimos – por questionamentos intelectuais e sem base de conhecimento – ou nos cristalizamos por se esquecer do lado Místico (que se alcança somente pela devoção). Sobre essa “sugestão”, leia essa Carta aos Estudantes escrita pelo próprio Max Heindel: https://fraternidaderosacruz.com/cartas-de-max-heindel-um-apelo-pela-igreja/  

2) para justamente praticarmos a devoção, o misticismo e compreender que o caminho de um Cristão Místico também é um caminho possível para se alcançar os mesmos níveis de espiritualidade que alcançamos pelo método do Cristão Ocultista. (Leia nesse Livro: Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz na PARTE 2, que você acessa aqui: https://fraternidaderosacruz.com/livro-iniciacao-antiga-e-moderna/ )

5.Pergunta: Na minha humilde opinião, o mundo tende a piorar cada vez mais. Vejo pessoas cada vez mais materialistas e egoístas. O coração esfriou. As pessoas não são humildes. O que é simples, porém de coração, não é valorizado. O que reluz riqueza, é valorizado. Recém comecei meus estudos na Rosacruz, mas eu não vejo saída para Humanidade. Estou me iludindo?

Resposta: Ao contrário: o “mundo tende a melhorar”. Como nós, da Fraternidade Rosacruz, temos certeza absoluta disso? Porque, como aprendemos na Fraternidade Rosacruz, todo fim de Era ocorre exatamente o que está ocorrendo agora. Estamos no entorno de 7 graus da Era de Peixes (conta-se regressivamente devido à Precessão dos Equinócios, ou seja, hoje 7 graus, daqui a 72 anos em torno dos 6 e assim até o 0). Quando atingirmos o “0” grau entraremos na próxima Era, a Era de Aquário. E todas as vezes que entramos nos 8 graus de uma Era, entramos na “Órbita de Influência” da próxima Era. Hoje: estamos sob a Órbita de Influência da Era de Aquário. E isso é muito bom…para quem conhece e sabe aproveitar os benefícios disso. Um exemplo? A facilidade que se tem em trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz para um Estudante Rosacruz ATIVO. Para você ter uma noção da causa desse “aparente estar-piorando tudo” é só você estudar na História (hoje com a internet fica fácil o acesso) – e, também, lendo na Bíblia o final do Antigo Testamento e os Evangelhos – o que acontecia naquela época. Por quê? Porque naquele momento (desde os preparativos até a primeira vinda de Cristo, como Cristo-Jesus), estávamos passando pelos últimos graus da Era de Áries, já na Órbita de Influência da Era de Peixes. Analise a situação das pessoas, a violência, o baixíssimo valor de quando você renascia sob o sexo feminino – estupro era algo “normal” -, a violência descarada quando se era criança – aqui também o estupro era algo “normal” -, a escravidão descarada frutos de guerras sem fim, os massacres, os genocídios, a corrupção, as traições, a morte como um “direito” e com uma lista enorme de justificativas para não ser punido, o sacrifício humano em muitas seitas e “religiões” e muitas outras coisas que achamos, hoje, inadmissíveis como ser humano. E por que sempre ocorre assim? Porque nesse momento de “transição” é onde muitos irmãos e muitas irmãs “atrasados pelo excesso de ‘Destino Maduro’ que geraram ao longo de muitos renascimentos” tem a oportunidade de “aprender pela dor o que insistiu em aprender pelo amor”. E aproveitam para renascer e ser tentados para ver se aprenderam as lições faltantes…muitos caem…muitos aprendem. E para os que “se dizem firmes na fé em Cristo, como Cristãos” e dispostos a “amar como Cristo mandou um Cristão amar”, provem para eles mesmos que chegaram a “esse nível de Cristianismo”, ou seja: estão prontos a colocar em prática o Cristianismo Esotérico (ensinado por Cristo) e ser, de fato, um arauto da Era de Aquário. Graças à Deus, já há muitos irmãos e muitas irmãs nesse ponto e, também, muitos que não se cansam de tentar pela persistência, disciplina e confiando na graça de Deus. E aqui, para quem sinceramente trilha o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, no meio de toda essa aparente “tudo está piorando” não cansa de repetir o mesmo que S. Paulo repetia, quando uma pessoa chegava até ele com notícias como “estão jogando os Cristãos aos leões”…ou “crucificaram fulano”…ou “mataram ciclano à espada”…ou “assassinaram beltrano à pedradas”…ou “estupraram centenas de mulheres Cristãs e depois a degolaram”, “Nada dessas coisas me comovem, pois Deus mora em meu Coração”. A Fraternidade Rosacruz fornece TUDO que se precisa para aproveitar esse momento maravilhoso que temos a bençãos de Deus de estarmos aqui renascidos: temos materiais da Era de Peixes e da Era de Aquário disponíveis para avançarmos para frente e para cima, com tudo que precisamos para “tomar os Céus por assalto”. Só falta a nossa força de vontade trabalhar nessa direção.

O CÍRCULO DE CURA ROSACRUZ

As Reuniões de “Cura Rosacruz” são realizadas na Pro-Ecclesia (Chapel) da The Rosicrucian Fellowship quando a Lua está em torno dos 15 graus de um dos quatro Signos Cardeais ou Cardinais do Zodíaco.

O horário é 18h30, horário local.

Por que fazer as Reuniões de Cura Rosacruz, com o ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura quando a Lua transita pelos Signos Cardeais ou Cardinais?

Porque a virtude dos Signos Cardeais ou Cardinais (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio) é a energia dinâmica que eles infundem em cada coisa ou empreendimento iniciado sob sua influência e, portanto, os pensamentos de cura dos Auxiliares Visíveis e Invisíveis em todo o mundo, são dotados de poder adicional quando lançados em suas missões de misericórdia sob essa influência cardinal.

Se você gostaria de participar deste trabalho, nas Datas de Cura  (veja na figura abaixo as Datas para esse mês), sente-se em silêncio quando o relógio em seu local de residência apontar para a hora local indicada: 18h30 ou em qualquer horário que melhor seja, desde que seja todos os dias o mesmo horário (pois a “coleta” é feita 24 horas por dia em todos os lugares do mundo – pois a todo momento sempre é 18h30 em algum lugar da Terra), oficie o 𝗥𝗶𝘁𝘂𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗦𝗲𝗿𝘃𝗶ç𝗼 𝗗𝗲𝘃𝗼𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗖𝘂𝗿𝗮.

Esse Ritual é dividido em três partes bem distintas:

1ª – 𝑷𝒓𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂çã𝒐 – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);

2ª – 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂çã𝒐 – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade na Cura, como é feita pela Fraternidade Rosacruz: o Poder Curador de Deus Pai – abundante e sempre presente, pois n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser; o Curador – um ser humano, selecionado utilizando as Leis Divinas de Semelhança e da Receptividade Sistemática, que será o ponto focal de transmissão do excesso do seu fluído vital, à noite, para o paciente; e o Paciente (que NÃO tem ser nominado em hipótese alguma, pois a Cura será feita por quem deve ser curado, por quem já aprendeu a lição que a doença e o sofrimento está apontando), colaborativo, participativo, que tenha muita fé e que também está disposto a ajudar aos outros que também estão sofrendo tanto quanto ou até mais que ele;

3ª – 𝑺𝒂í𝒅𝒂 – composto de música e admoestação de saída que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: a sua participação no processo de Cura Rosacruz.

“Se podes?”, disse Cristo Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”. Mc 9:23

Se você está doente e entende que precisa de ajuda

…recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/

**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la, comece por oficiar o Ritual do Serviço Devocional de Cura nas Datas de Cura. As instruções detalhadas se encontram aqui:

https://fraternidaderosacruz.com/category/treinamento-esoterico/rituais-diario-e-semanal/ritual-de-cura

FIM

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Tentação como Fator na Vida Superior

No “Prolog in Heaven”, que precede Fausto, Goethe mostra o propósito interior da tentação. Quando Lúcifer pede permissão para tentar Fausto, Deus responde:

“… O homem é muito propenso a fugir,

Imperturbável, em repouso ele viveria,

Portanto, este companheiro propositalmente eu dou,

Quem agita, excita e deve como o diabo trabalha”.

No livro de Jó, Deus também sanciona a tentação de um “homem bom”[1]. Quando comparamos a história da Bíblia em que Jeová levou Davi a fazer o recenseamento as pessoas (2Sm 24:1)[2] com ICro 21:1[3], que diz que Satanás provocou Davi a contar as pessoas, não podemos escapar da confusão de achar que Jeová e Satanás são idênticos e, do ponto de vista comum, veja que parece extremamente injusto que tal punição severa seja aplicada a Davi, por esse ato que foi movido a fazê-lo. Mas, olhando pelo ponto de vista esotérico, todas as dificuldades desaparecem.

Jeová era o líder divino dos Semitas Originais, os antepassados ​​da Raça Ária, que estavam destinados a evoluir pela razão, a faculdade pela qual “provamos todas as coisas”, para que possamos “manter firme o que é bom[4]. Disseram a Davi que confiasse em Jeová, que lutou por Israel quando outras pessoas obedeceram às suas ordens. Só há uma maneira provocar uma tentação se ele ou qualquer outra pessoa se apegará ao bem que é: lhes dando a chance de se desapegar; e é dever, dos que são responsáveis em auxiliar nessa Escola da Vida verificar se por meio da tentação aprendemos nossas lições, do mesmo modo que é dever dos professores das escolas que estudamos para a nossa educação, durante esse renascimento aqui, examinar seus alunos. Cada método traz à tona pontos fracos do aluno para que o professor possa extrair uma base verdadeira para futuros esforços educacionais. Portanto, Davi foi movido por Jeová a fazer o recenseamento de Israel, para que fosse mostrado a ele se confiava na força de combate do número de homens ou no invisível Jeová, que lutou pelo Seu povo escolhido. Com esse ato, Jeová se tornou, momentaneamente, o adversário, o tentador (Satanás) de Davi.

Independentemente, se esse tentador aparece em forma corporal ou como uma voz interior, o motivo pelo qual Davi deveria ter lhe dito é que o poderoso braço de Jeová contava com mais de milhões de homens, e ele deveria ter dito a si mesmo ou a seu tentador externo: “Qual é a utilidade de contar Israel? Jeová é o nosso escudo!”. Em vez disso, ele enviou homens para contar Israel, conforme sugerido; ele estava, sem dúvida, inflado com uma sensação de poder; talvez ele tenha se sentido suficientemente capaz de dispensar Jeová e seguir seus próprios ditames.

Portanto, tornou-se necessário para o Líder divino provar que ele estava enganado diante de todas as pessoas e, como eram pertencentes a uma Raça teimosa, propensa a discordar, a lição teve que ser salutar para impedir que imitassem o exemplo de seu líder. A pestilência diminuiu seu número em poucos dias a tal ponto que ficou evidente, para todos, que Jeová é mais forte do que qualquer número de homens. Assim, a fé e a obediência, sem as quais nenhum líder divino pode promover novas faculdades sob suas acusações, foram fortalecidas, e Israel havia dado um passo distinto no Caminho de Evolução.

Todo mundo que já renasceu aqui em um Corpo Denso foi tentado; nem mesmo Cristo escapou, e quanto mais evoluídos formos, mais sutis serão as tentações colocadas em nosso caminho. Além disso, essas tentações, frequentemente, surgem por alguém em quem confiamos plenamente, para que possamos aprender a diferenciar quanto ao mérito intrínseco de qualquer sugestão, independentemente de nossa simpatia ou antipatia, seja quem for que a sugere.

(Publicado na: Rays From The Rose Cross – jan. /1916 – Traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

(*) Gravura: The torments of Job under a swirling sky dominated by God. Engraving by M. van Heemskerck, 1563


[1] N.T.: Lembrando que o nome de Deus no Antigo Testamento é Jeová, Javé ou Iahweh, o Deus-Espírito Santo, o Deus de Raça. Em (Jo 2:3-10): 3Iahweh disse a Satanás: “Reparaste no meu servo Jó? Na terra não há outro igual: é um homem íntegro e reto, que teme a Deus e se afasta do mal. Ele persevera em sua integridade, e foi por nada que me instigaste contra ele para aniquilá-lo”. 4Satanás respondeu a Iahweh e disse: “Pele após pele! Para salvar a vida, o homem dá tudo o que possui. 5Mas estende a mão sobre ti e, fere-o na carne e nos ossos; eu te garanto que te lançará maldições em rosto”. 6 “Seja!”., disse Iahweh a Satanás, “faze o que quiseres com ele, mas poupa-lhe a vida”. 7E Satanás saiu da presença de Iahweh. Ele feriu Jó com chagas malignas desde a planta dos pés até o cume da cabeça. 8Então Jó apanhou um caco de cerâmica para se coçar e sentou-se no meio da cinza. 9Sua mulher disse-lhe: “Persistes ainda em tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre duma vez!”. 10Ele respondeu: “Falas como uma idiota: se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males?”. Apesar de tudo isso, Jó não cometeu pecado com seus lábios.

[2] N.T.: A ira de Iahweh se acendeu contra Israel e incitou Davi contra eles: “Vai”, disse ele, “e faze o recenseamento de Israel e de Judá”.

[3] N.T.: Satã levantou-se contra Israel e induziu Davi a fazer o recenseamento de Israel. Davi disse a Joab e aos chefes do povo: “Ide e recenseai Israel, de Bersabéia a Dã, e na volta fazei-me conhecer seu número”.

[4] N.T.: ITes 5:21

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Folha com Aspectos Astrológicos Rosacruz – MAIO de 2025

Com a Folha Astrológica Rosacruz o Estudante Rosacruz o Estudante tem uma importante ferramenta:

1) Ajuda-o a aproveitar as influências astrais oferecidas pelos Aspectos benéficos (Sextil, Trígono e Conjunções benéficas) e a se precaver para não cair nas tentações oferecidas pelas influências astrais adversas, ou seja, pelos Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e Conjunções adversas), no seu dia a dia.

2) Compreende quais as influências são mais fortes e quais são as mais fracas.

3) Obtém o conhecimento de quais são os melhores períodos e dias para tratamentos da sua saúde quando da necessidade de se trabalhar em alguma parte do seu Corpo Denso.

4) Tem acesso aos dias em que oficia Rituais dos Serviços Devocionais especiais.

5) Se está fazendo os Cursos de Astrologia Rosacruz, o uso se torna mais eficaz e muito mais abrangente.
Ajuda, inclusive, ao Estudante Rosacruz que está fazendo os Cursos de Astrologia Rosacruz a compreender a dinâmica da Astrologia e a influência dos Astros durante todos os dias.

Para imprimir em formato A4 é só clicar : Folha com Aspectos Astrológicos Rosacruz – MAIO de 2025 – A4


Quer saber como lê-la? É só clicar aqui: Descrição das Colunas e dos Dados da Folha com Aspectos Astrológicos Rosacruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Calendário – As Atividades de Estudos e Ofícios de Rituais da Fraternidade Rosacruz em Campinas/SP/Brasil – 2025 – Maio

>> Informações importantes para usar nos seus Exercícios Esotéricos Rosacruzes são as Atividades do Cristo no seu Trabalho como Nosso Salvador:

-> Para saber qual é o Trabalho Cósmico do Cristo nesse quadrimestre: O Trabalho do Cristo na Terra: de Março à Junho de cada ano

-> Para esse Mês Solar tome como material para os seus Exercícios Esotéricos tal assunto: Ascensão do Senhor Cristo

>> Para você usar no processo de Cura Rosacruz:

-> Para saber que Signo a Lua está em cada dia desse mês, e daí saber as Partes do Corpo que Não Se Deve Mexer – Maio de 2025

-> Para obter mais detalhes sobre os Melhores e Adversos Períodos e Dias para Tratamentos e Cirurgias – Maio de 2025

*** Para você ter uma cópia é só clicar aqui:

As Atividades de Estudos e Ofícios de Rituais da Fraternidade Rosacruz em Campinas/SP/Brasil – 2025 – Maio

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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: Nossa Responsabilidade em Divulgar a Verdade

Maio de 1914

Em relação à Carta do mês passado[1], um dos Estudantes escreve: “Na sua Carta parecia estar pressupondo que não há segredo ou critério por parte do indivíduo que conhece as coisas ocultas, para ser praticada e divulgá-la aos demais, não incorrendo com isso em nenhuma responsabilidade pessoal; pelo menos, para mim, sua explicação não pareceu clara”.

É claro que é impossível abordar um assunto dessa magnitude em uma ou em várias Cartas. No entanto, a questão sobre a responsabilidade de divulgar a verdade, realmente, nos preocupa na medida em que o perigo do seu uso indevido acontece. O Estudante que escreveu também diz que: “há certas seitas nesse país que possuem alguns poderes e os empregam com fins egoístas e gananciosos”, e pergunta se seria errado negar os poderes ocultos de tais pessoas. Certamente que não. Contudo, os Irmãos Maiores cuidam disso, pois são os verdadeiros guardiões de tudo que for altamente perigoso. O hipnotismo, claro, é perigoso, mas não tanto como os poderes ocultos que o nosso Estudante indaga.

Durante a antiga Dispensação dos Israelitas[2], as trevas reinaram no Santo dos Santos e somente era permitido que alguns poucos Sacerdotes e Levitas entrassem no Templo[3]. Apenas o Sumo Sacerdote podia entrar no Santo dos Santos[4] e uma vez por ano. Contudo, na Crucificação “o véu do Templo foi rasgado” e o Templo foi inundado de luz e, desde então, nenhum segredo prevaleceu na Iniciação. Entretanto, num certo sentido, ela é tão secreta como sempre o foi, pois como eu disse na Carta do mês passado, a Iniciação não consiste em nenhum tipo de cerimônia. É uma experiência interna, e nós devemos ter o poder dentro de nós mesmos para viver tal experiência, antes que a Iniciação possa chegar até nós. É segredo no mesmo sentido que, por exemplo, os mistérios da raiz quadrada o são para uma criança. Nenhum recurso financeiro (preço, taxa, doação e afins) para a Iniciação poderá transmitir a compreensão à uma Mente infantil sobre os mistérios da raiz quadrada; ela deve viver a quantidade de anos suficientes e amadurecer, gradualmente, até que seja possível esclarecê-la. Quando esse ponto for alcançado, não haverá dificuldade alguma para alcançar a iluminação. Ela compreenderá e verá a verdade facilmente.

É exatamente essa verdade de que eu estava me referindo na Carta do mês passado. O Discípulo deve passar por um período de treinamento e, por meio dessa preparação, se torna maduro e mais suave para viver a verdade dentro de si. Então, quando chegar a hora, será muito fácil para o Iniciador lhe mostrar, pela primeira vez, como aplicar a verdade que ele encontrou, usar o poder que ele acumulou, e então, ele será um Iniciado. Contudo, essa experiência não pode ser comunicada a ninguém. É absolutamente inútil tentar transmiti-la. Não é por meio de uma cerimônia ou qualquer outra demonstração externa que a Iniciação é alcançada pelo ser humano, mas é uma consequência real das suas próprias ações passadas. Portanto, o Iniciado pode aplicar sua verdade em sua vida diária, embora, outros possam ser absolutamente incapazes de chegar até ela, tanto quanto a criança é incapaz de entender o que está acontecendo como um exercício de raiz quadrada está sendo feito diante de seus olhos. Portanto, as verdades reais e vitais estão guardadas de todos, até que a chave do mérito abra a caixa do tesouro.

(Pergunta nº 42 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: A Carta do mês passado: Um Método para Discernir a Verdade da sua Imitação

Abril de 1914

Na carta do mês de fevereiro[a], nós tratamos da seguinte questão: “Onde devemos procurar a verdade e como devemos reconhecê-la?”. Mas não há utilidade em buscar a verdade ou conhecê-la, quando a encontramos, a menos que a coloquemos em prática em nossa vida – e isso não significa que faremos isso, meramente, porque a encontramos. Há pessoas, e relativamente são muitas, que vasculham o mundo civilizado a procura de tesouros raros, de antiguidades, sejam quadros ou moedas. Há muitas pessoas que fabricam imitações de objetos genuínos, assim o buscador dessas coisas corre o risco de ser enganado por trapaceiros espertos, a menos que tenha meios de distinguir o genuíno do falso.

A esse respeito, tal buscador dessas coisas é assolado pelo mesmo perigo que o buscador da verdade, pois há muitos pseudo-ocultos e invenções astutas que podem nos confundir ou enganar. O colecionador, frequentemente, guarda o seu achado com muita dificuldade em um lugar mofado e, na sua solidão, o admira se gabando; e certamente com o passar dos anos, ou talvez quando ele morre, irão descobrir que algumas das coisas que ele guardava com tamanho zelo e estima eram, na verdade, imitações sem nenhum valor. Similarmente, aquele que encontra o que acredita ser verdade, pode “enterrar seu tesouro” em seu próprio peito, ou “colocar sua luz debaixo do alqueire” (Mt 5:15) para descobrir, talvez depois de muitos anos, que ele foi enganado por uma imitação. Assim, há necessidade de uma prova final infalível, que elimine todas as possibilidades de fraude, e a questão é como descobri-la e aplicá-la.

A resposta é tão simples quanto o método é eficiente. Quando perguntamos como os colecionadores descobrem se um determinado artigo, que eles apreciam, é uma imitação ou não, descobrimos que geralmente é mostrando-o a alguém que viu o original. Podemos enganar todas as pessoas durante algum tempo, e uma parte das pessoas todo o tempo, mas é impossível enganar todas as pessoas o tempo todo; e se o colecionador tivesse mostrado sua descoberta publicamente, em vez de guardá-la em segredo, teria logo sabido, pelo conhecimento de outros especialistas de todo o mundo, se sua descoberta era genuína ou não.

Agora, observe isso, pois é muito importante: assim como o sigilo geral dos colecionadores ajuda, incentiva e fomenta a fraude por parte dos negociantes de raridades, assim também o desejo de ter e possuir para si mesmo grandes segredos desconhecidos pela “multidão” fomentam os negócios daqueles que comercializam “iniciações ocultas”, com cerimoniais elaboradas para enganar as vítimas e fazê-las gastar o dinheiro delas.

Como podemos testar o valor de um machado senão usando-o e, assim, descobrindo se ele manterá o seu fio de corte após um trabalho de desgaste real? Nós o compraríamos se o vendedor nos exigisse que o colocássemos em um canto escuro onde ninguém pudesse vê-lo e nos proibisse de utilizá-lo? Certamente que não! Nós gostaríamos de usá-lo em nosso trabalho, e constatar a qualidade de sua “têmpera”. Se comprovássemos que era de “aço verdadeiro”, nós o valorizaríamos; caso contrário, diríamos ao vendedor para que ficasse com sua ferramenta inútil.

Seguindo o mesmo princípio, qual é o sentido de “comprar” as mercadorias de pessoas que negociam coisas sigilosas? Se suas mercadorias fossem de “aço verdadeiro”, não haveria necessidade de tal sigilo e, a menos que possamos usá-las em nossas vidas diárias, elas não têm valor algum. Nenhum um bom machado tem valor para nós, a menos que o usemos; ele enferruja e perde a sua afiação. Portanto, é dever de cada um que encontra a verdade usá-la no trabalho do mundo, tanto como uma salvaguarda para si mesmo, como para se certificar de que a verdade resistirá à grande prova, dando aos outros uma oportunidade para compartilhar o tesouro que ele próprio considera útil para si mesmo. Portanto, é muito importante que sigamos o mandamento de Cristo: “Deixe a vossa luz brilhar” (Mt 5:16).

[a] N.T.: Onde devemos procurar a verdade e como devemos reconhecê-la – Fevereiro de 1914

No final da lição do mês passado vimos que Siegfried, o que procura a verdade, chegou ao fim de sua busca. Ele tinha achado a verdade. Meditando sob o assunto me ocorreu que seria conveniente me servir dessa carta para uma franca e direta resposta sobre a questão: “Onde devemos procurar a verdade e como a reconhecermos, quando a encontrarmos?”

É de vital importância estarmos absolutamente seguros dessa questão. Muitos que, acidentalmente, encontram o caminho do Mundo do Desejo, como os médiuns, por exemplo, estão emaranhados na ilusão e na alucinação, devido à incapacidade deles de reconhecer a verdade. Além disso, os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz fornecem aos Probacionistas um ensinamento científico definitivo sobre esse ponto e, com o objetivo de preservá-los do perigo acima mencionado, preparam uma prova real antes de admiti-los ao Discipulado. Todos devem alcançar um certo padrão nesse assunto. Logicamente, pode surpreender você o fato de não reservarmos essa discussão só para os Probacionistas ou Discípulos, mas a Fraternidade Rosacruz não acredita em segredos ou mistérios. Todo aquele que quiser pode se qualificar para qualquer grau, e essa qualificação não é uma questão de forma, mas de viver a vida.

A respeito da primeira parte da pergunta “Onde devemos procurar a verdade?”, há somente uma resposta: dentro de nós mesmos. Isso se refere absolutamente ao desenvolvimento moral, e a promessa de Cristo de que se vivermos a vida, nós saberemos que a doutrina é verdadeira no sentido mais literal. Você nunca encontrará a verdade estudando seja os livros de minha autoria ou de qualquer outro. Enquanto você correr atrás de mestres externos – eu próprio ou qualquer outro – estará simplesmente desperdiçando energia. Os livros e os mestres podem despertar o seu interesse e impeli-lo a viver a vida, mas somente na medida em que você fizer de seus preceitos uma parte do seu “eu interior”, você realmente buscará na direção certa. O Irmão Maior – a quem eu, talvez equivocadamente, chamo de Mestre – nunca me ensinou diretamente, desde o curto período em que me foi transmitido o que está contido no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”. E no ano passado eu aprendi a não fazer perguntas, pois percebi que sempre que eu as fazia, ele simplesmente me sugeria de como eu mesmo poderia obter as informações desejadas. Agora, em vez de fazer perguntas, peço a orientação sobre como solucionar o problema. Assim, você vê que é pelo uso de nossas próprias faculdades, que podem ser comparadas aos talentos mencionados por Cristo, que alcançaremos as informações que tenham maior valor para nós mesmos.

A segunda parte da pergunta: “Como podemos reconhecer a verdade?” é melhor respondida se referindo ao Exercício noturno Esotérico recomendado na Conferência nº 11, “A Visão e a Percepção Espirituais”[b]. Esse exercício pode ser realizado por qualquer pessoa, independentemente de ser ou não Probacionista da Fraternidade Rosacruz. O Mestre disse, no momento de dá-lo, que se fosse possível conseguir que a pessoa mais depravada do mundo realizasse esse Exercício Esotérico fielmente durante seis meses, ela se reformaria para sempre, e aqueles o que fiéis em fazer tal Exercício Esotérico descobriram que ele aguça todas as faculdades mentais, particularmente a memória. Além disso, por meio desse julgamento imparcial de si mesmo, noite após noite, se aprende a discernir a verdade do erro em um grau que não pode ser alcançado de nenhuma outra maneira. Nem todos os nossos Estudantes Rosacruzes estão inclinados a assumir o Probacionismo, e nunca apressamos ninguém a fazer, seja o que for, na Escola da Sabedoria Ocidental. Mas, se você realmente quer conhecer a verdade, eu posso, honestamente, recomendar este método. Esse Exercício Esotérico desenvolve uma faculdade interior e não importa qual afirmação seja feita a você, uma vez que você a tenha desenvolvida, você saberá imediatamente se soa verdadeiro ou não.

(Carta nº 39 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

[b] N.T.: CONFERÊNCIA Nº 11 – VISÃO E PERCEPÇÃO ESPIRITUAL

Quando nós falamos de visão espiritual, não estamos falando simbolicamente, ou de uma maneira vaga, como um sentimento de êxtase ou algo semelhante, mas de uma faculdade definida tão real como a visão física, e tão necessária à percepção dos mundos espirituais e à verdadeira habilidade para compreender as qualidades internas das condições suprafísicas, como a visão física é indispensável para uma ampla cobertura de todos os pontos importantes das coisas materiais.

A visão espiritual de que falamos não é para ser confundida com a Clarividência desenvolvida em alguns nos meios espiritualistas. Essa última depende de um estado negativo da Mente onde os Mundos internos são refletidos na consciência do receptor, da mesma forma que uma paisagem é refletida em um espelho. Tal método produz uma visão, mas não há a ampla cobertura indispensável e necessária de todos os pontos importantes do que está sendo visto no Clarividente involuntário, do mesmo modo que não há no espelho. Ele está em uma posição similar àquela de um homem preso a um cavalo sem rédeas nem freios, podendo assim ser levado de um lado para outro, dependendo da vontade do cavalo. Tal faculdade é uma maldição. O clarividente devidamente desenvolvido não está preso: pode ver ou deixar de ver à vontade; maneja as rédeas do seu cavalo; é dono de sua faculdade, enquanto o outro é tão somente escravo dela.

Certas fases negativas de Clarividência são também desenvolvidas através de drogas, bola de cristal, etc. Em todos esses casos, a faculdade torna-se perigosa e prejudicial, uma vez que não se acha sob o controle do espírito. As drogas têm efeito terrivelmente destruidor sobre os diferentes veículos do ser humano. Porém, o mais perigoso de todos os métodos de desenvolvimento é a prática de exercícios respiratórios aplicada de modo indiscriminado. Muitos indivíduos acham-se hoje em manicômios ou até morreram tuberculosos por haverem praticado tais exercícios em aulas de desenvolvimento dirigidas por pessoas tão ignorantes quanto eles mesmos. Exercícios respiratórios, quando necessários, jamais devem ser feitos em conjunto, uma vez que cada discípulo tem constituição diferente dos demais. Assim, cada um requer exercícios individuais, particulares, bem como diferentes exercícios mentais para acompanhar aqueles.

Somente através de instruções individuais dadas por um instrutor competente, pode-se desenvolver com segurança a visão e a compreensão espirituais. Estas advertências referem-se exclusivamente aos exercícios respiratórios como método de desenvolvimento oculto, e nunca aos exercícios físicos que são excelentes quando praticados com moderação.

Surge daí a pergunta: Como achar um instrutor autêntico e como distingui-lo de um impostor? É uma pergunta muito importante, porque quando o aspirante encontra tal mestre, pode considerar-se em perfeita segurança e protegido contra a grande maioria dos perigos que cercam aqueles que, por ignorância ou egoísmo, traçam seus próprios rumos e buscam poderes espirituais, mas sem qualquer esforço para desenvolver fibra moral.

É uma verdade axiomática que os seres humanos são conhecidos “por seus frutos” e, como o mestre esotérico exige de seu pupilo desinteresse nas motivações, infere-se justamente que o instrutor deve possuir esse atributo em grau ainda maior. Portanto, se alguém se arvora em ser instrutor e oferece seus conhecimentos em troca de dinheiro, a tanto por aula, mostra assim que está abaixo do padrão que exige de seus discípulos. Alegar que precisa de dinheiro para viver, ou apresentar outros motivos semelhantes para cobrar pelo ensino, tudo não passa de sofismas. As leis cósmicas cuidam de todo aquele que trabalha com elas. Qualquer ensino oferecido em bases comerciais não é ensino superior, porque este jamais é vendido ou envolve considerações materiais, pois, em todos os casos, chega ao recebedor como um direito em função do mérito. Assim, mesmo que o verdadeiro instrutor tentasse negar o ensino a determinada pessoa que o merecesse, pela Lei de Consequência, seria um dia compelido a ministrar-lhe o mesmo.

No entanto, tal atitude seria inconcebível porque os Irmãos Maiores sentem uma grande e indizível alegria toda vez que alguém começa a palmilhar a senda da vida eterna. Por outro lado, embora ansiosos por tal, eles a ninguém podem revelar seus segredos antes que cada um tenha dado provas de sua constância e altruísmo, pois só assim poderá alguém ser um firme guardião dos imensos poderes resultantes, que tanto podem servir ao bem como podem ser usados para o mal. Se permitimos que nossas paixões se imponham descontroladamente, e se a avareza ou a vaidade são as molas de nossas ações, apenas sustamos o progresso de nosso semelhante ao invés de ajudá-lo. E, até que aprendamos a usar apropriadamente os poderes que possuímos, não estaremos em condições de realizar o trabalho ainda maior exigido daqueles que têm sido ajudados pelos Irmãos Maiores a desenvolverem sua visão espiritual latente, e a conseguirem compreensão espiritual, que é o que torna valiosa aquela faculdade como fator de evolução.

Portanto, a “Senda da Preparação” antecede o “Caminho da Iniciação”. A perseverança, a devoção, a observação e o discernimento são os meios de alcançá-lo, porque tais qualidades sensibilizam o Corpo Vital. Através da perseverança e da devoção, os Éteres Químico e de Vida capacitam-se a cuidar das funções vitais do Corpo Denso durante o sono. E uma separação entre estes dois Éteres e os dois superiores – Éter de luz e Éter refletor – acontece. Quando os dois últimos se espiritualizam suficientemente mediante a observação e o discernimento, uma simples fórmula dada pelo Irmão Maior capacita o Discípulo a separá-los e a levá-los consigo, à vontade, juntamente com seus veículos superiores. Deste modo, ele fica equipado com um veículo de percepção sensorial e memória. Qualquer conhecimento que possua no mundo material pode, então, ser utilizado nos Reinos espirituais, como também pode trazer ao cérebro físico recordações das experiências por que passou enquanto esteve fora de seu Corpo Denso. Isto nos é necessário para funcionarmos separados do Corpo Denso, plenamente conscientes tanto do Mundo Físico quanto do Mundo do Desejo, pois o Corpo de Desejos ainda não está organizado e, se o Corpo Vital não transferisse suas impressões no momento da morte, não poderíamos ter consciência no Mundo do Desejo durante a existência post-mortem.

Os exercícios respiratórios indiscriminados não produzem a divisão acima descrita, mas apenas tendem a separar o Corpo Vital do Corpo Denso. Por isso, as ligações entre os centros etéricos dos sentidos e as células cerebrais rompem-se ou deformam-se em certos casos, resultando ao final em vários tipos de insanidade mental, como a loucura. Em outros casos, o rompimento ocorre entre o Éter de Vida e o Éter Químico e, como o primeiro responde pela assimilação orgânica dos alimentos e é a avenida particular para a especialização da energia solar, essa ruptura resulta em tuberculose. Somente através de exercícios apropriados pode-se efetuar a separação correta. Quando a pureza de vida permite que a força sexual, que é criadora, gerada no Éter de Vida eleve-se até o coração, essa força encarrega-se de manter a quantidade de circulação necessária ao estado de sono. Deste modo, as funções físicas e o desenvolvimento espiritual correm paralelamente ao longo de linhas harmoniosas.

Temos, pois, aí a razão para o voto de celibato feito por aqueles que se dedicam inteiramente à vida superior. Não é necessário que o principiante se torne um asceta. A castidade absoluta por enquanto é só para poucos, especificamente, para aqueles que já alcançaram as Iniciações Maiores. Atualmente, o ato sexual é o método normal de procriação. Não existe outro meio de prover-se Corpos Denso aos Egos que precisam renascer – pois a fila é enorme! –, e é dever de todo aquele que é mental, moral e fisicamente sadio proporcionar veículo e ambiente apropriado a Espíritos, irmãos e irmãs, que desejam e precisam renascer aqui, isto de acordo com seus meios e oportunidades. Deveríamos encarar o ato da procriação como um Sacramento, não um ato para simples gratificação dos sentidos, mas para ser realizado com espírito de oração. A força sexual é exigida para geração apenas umas poucas vezes na vida de qualquer pessoa, de modo que o excedente pode ser legitimamente aproveitável ao autodesenvolvimento, já que ela é criadora.

Discernimento é a faculdade – e um importante Exercício Esotérico, como nos ensinado no livro Conceito Rosacruz do Cosmos – que nos permite distinguir aquilo que é essencial daquilo que não tem importância, separando a realidade da ilusão, e o que é duradouro daquilo que é efêmero. Na vida comum, acostumamo-nos a pensar que somos só corpo. O discernimento ensina-nos que somos Espíritos e que nossos corpos e veículos nada mais são que moradas provisórias, instrumentos para nosso uso. O carpinteiro usa martelo e serra que são importantes instrumentos. Contudo, nunca lhe ocorre que ele próprio seja essas ferramentas. Jamais devemos identificar-nos com o nosso Corpo Denso ou Corpo Vital ou ainda Corpo de Desejos, mas sim aprender, pelo discernimento, a considerá-lo um servidor, valioso tão somente enquanto obedeça a nossas ordens. Quando o considerarmos assim, descobriremos que somos capazes de fazer com facilidade muitas coisas que até então julgávamos impossível realizar. O discernimento gera a Alma Intelectual e imprime em nós o primeiro impulso em direção à vida superior.

A observação – além de ser mais um importante Exercício Esotérico, como nos ensinado no livro Conceito Rosacruz do Cosmos – é o uso dos sentidos como meio de obter-se informações a respeito dos fenômenos que ocorrem ao nosso redor. A observação e a ação geram a Alma Consciente. É de máxima importância para o nosso desenvolvimento que observemos minuciosamente tudo o que se passa em torno de nós; caso contrário, as imagens da nossa Memória Consciente deixam de coincidir com aquelas de nossa Memória Subconsciente ou automática. O ritmo e a harmonia do Corpo Denso são perturbados em proporção à superficialidade de nossa observação durante o dia. Nossas atividades durante o sono restauram parcialmente a harmonia, mas o entrechoque de vibrações dia após dia e ano após ano é uma das causas que, gradualmente, endurecem e destroem nosso organismo até torná-lo impróprio para o uso do Espírito que, então, precisa abandoná-lo e buscar nova oportunidade de desenvolvimento em um corpo novo e melhor. Na mesma proporção em que aprendemos a observar atentamente, ganharemos em saúde e longevidade e precisaremos de menos repouso e sono. Este último é um ponto muito importante, como veremos.

Devoção – além de ser mais um importante Exercício Esotérico, como nos ensinado no livro Conceito Rosacruz do Cosmos – aos elevados ideais restringe os instintos animais, gera e desenvolve a Alma Emocional. O cultivo, pois, dessa faculdade é essencial. Para algumas pessoas, essa é a linha de menor resistência; eis porque são aptos a se converterem em místicos sonhadores. As energias do Corpo de Desejos expressam-se então na forma de entusiasmo e êxtase religioso. Outros há que desenvolvem anormalmente a faculdade de discernimento que os leva ao longo das frias linhas intelectuais da especulação metafísica. Em ambos os casos há desequilíbrio e existe perigo. O sonhador místico pode tornar-se joguete de toda sorte de ilusões por estar dominado pela emoção. Ao intelectual ocultista isso nunca pode acontecer, mas pode terminar na magia negra se perseguir a senda do conhecimento só por desejo de conhecimento e não para poder servir. O único meio seguro é desenvolver simultaneamente a “Cabeça e o Coração”.

O Ocultista desenvolve-se ao longo de linhas intelectuais; procura a verdade pela observação e pelo discernimento, observa e raciocina sobre tudo o que vê. Assim, ele alcança o conhecimento, mas, como diz o apóstolo São Paulo: “O conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica.”[1]. Portanto, antes que seu conhecimento possa ser útil ao próprio desenvolvimento espiritual, precisará aprender a senti-lo, pois, de outro modo, não poderá vivê-lo. Quando tiver feito isto, será tanto Ocultista quanto Místico.

O Místico desenvolve especialmente a faculdade de devoção. Ele sente a verdade sem precisar raciocinar. Sabe, mas não tem meios para explicar a razão de sua fé, de modo ajudar os outros. Deve, pois, desenvolver o lado intelectual de sua natureza, a fim de ser o mais útil possível na elevação da humanidade. Assim, o intelecto pode agir como um freio sobre as emoções, e a devoção pode guiar o intelecto com segurança. Se seguirmos unicamente uma das linhas, teremos mais tarde que seguir a outra, caso queiramos ter um desenvolvimento completo e harmonioso. Por isso, é melhor tentar desenvolver agora a faculdade que nos falta, pois assim progrediremos mais rapidamente em direção à meta final e em perfeita segurança.

A clareza e a nitidez de uma fotografia dependem do modo do fotógrafo focalizar as lentes. Uma vez ajustada a objetiva, o foco se conserva. Todavia, se a máquina tivesse vida e vontade próprias, se pudesse modificar sua direção e focalização, as imagens captadas apareceriam sem nitidez. A Mente encontra-se em situação análoga: vagueia sem objetivo como se estivesse literalmente com “dança de São Vito”[1] e resistindo tenazmente a qualquer restrição. Mas ela pode e deve ser subjugada, e a perseverança é o meio de conseguir. Na proporção em que a Mente é aquietada, o Espírito pode refletir-se no Tríplice Corpo, segundo o princípio de que os raios do Sol não se podem refletir num mar encapelado, mas somente em águas tranquilas.

O Corpo Vital é como um espelho, ou melhor, como uma película cinematográfica em movimento: filma o mundo mesmo que esteja em desacordo com a nossa faculdade e observação e com as ideias que brotam do Espírito interno, conforme a clareza e o treinamento mentais. A devoção e o discernimento, ou em outras palavras, a emoção e o intelecto, decidem nossa atitude face a essas imagens, e o equilíbrio entre as ações de ambos conduz a um desenvolvimento perfeito. Alcançado certo grau de aperfeiçoamento, elas realizam inevitavelmente o processo de purificação. O ser humano precisa compreender que, para alcançar a meta, deve pôr de lado tudo o que possa entravar a roda do progresso. O bom mecânico prefere sempre as melhores ferramentas e esmera-se em conservá-las perfeitas, porque sabe quão importantes são para realizar um bom trabalho. Nossos Corpos são as ferramentas de nós, o Espírito, de modo que, na medida em que elas se encontrem obstruídas, estorvam a nossa manifestação. O discernimento aponta-nos o que obstrui. A devoção à vida superior ajuda-nos a eliminar maus hábitos e traços de caráter indesejáveis, suplantando o simples desejo.

A carne animal (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis, frutos do mar e afins) obtida à custa da vida e sofrimento de outros seres e, que além de estar impregnada dos desejos e paixões do animal encontra-se já em estado de decomposição, não é um alimento puro. Nenhum sincero Aspirante à vida superior e aos poderes superiores deve escolher este tipo de alimento. Deve estudar, sim, para aprender como atender às necessidades do seu organismo com alimentos puros. Deve também se dar conta da importância de manter seu cérebro lúcido para que sua consciência possa abrir-se completamente à influência espiritual, concluindo-se daí que abandonará o uso do fumo (seja de qualquer espécie e das bebidas alcoólicas que estimulam e entorpecem o cérebro. Moderação é um termo impróprio com relação à bebida alcoólica. O uso do álcool, em qualquer escala, é desastroso ao desenvolvimento espiritual.

Perder a serenidade é prejudicial ao crescimento interno, além de dissipar, em grande escala, utilíssima energia que poderia ser utilizada beneficamente; a raiva envenena o organismo, inutiliza-o e retarda enormemente o progresso espiritual.

Da mesma forma, pensamentos de crítica nos prejudicam, por isso deve o Aspirante à vida superior evitá-los tanto quanto possível. O discernimento ensina-nos, de modo impessoal, o que é bom e o que é mau, mas não imprime em nós nenhum sentimento sobre isso, e isto é um ponto muito importante. O exame de um fato, de uma ideia ou objeto, seguido de uma decisão relativa ao seu valor, é necessário e não deve ser evitado. Porém, os pensamentos não caridosos devem ser evitados, uma vez que geram pensamentos em forma de flecha que, conforme se exteriorizam, atingem e bloqueiam o fluxo de bons pensamentos emanados constantemente dos Irmãos Maiores e atraídos por todos os seres humanos bons.

Dois exercícios específicos são dados ao Aspirante à vida superior que inicia a jornada preparatória. Ambos conduzem ao desenvolvimento da visão e da compreensão espirituais. Um eles levam ao caminho reto e apela mais para o Ocultista, que trabalha mais com o intelecto, mas é de grande valor para o Místico porque desenvolve nele a qualidade que mais lhe falta — a razão. Esse exercício é chamado de Exercício Esotérico matutino de Concentração e produz “poder mental”. O outro produz resultado semelhante de maneira indireta. Agrada mais ao Místico, mas é extremamente necessário ao intelectual Ocultista porque proporciona-lhe o senso da verdade, que está além da razão. Tal exercício é o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção, que desenvolve o “poder da devoção”. Ambos são necessários para garantir um desenvolvimento completo e harmonioso.

A filosofia da conquista da visão e compreensão espirituais resume-se em obrigar o Corpo de Desejos a efetuar, dentro do Corpo Denso e em completo estado de vigília, — ou seja, positivo e consciente — o mesmo trabalho que realiza quando se encontra fora durante o sono, ou no estado post-mortem.

Existem certas correntes no Corpo de Desejos de todos. São fortes, bem definidas, e formam sete grandes vórtices nos clarividentes, mas são fracas, descontínuas e destituídas de vórtices no ser humano comum, naquele que não pode “ver”. O desenvolvimento dessas correntes e vórtices conduzem à visão espiritual. Durante o dia, enquanto somos absorvidos pelos nossos interesses materiais, essas correntes fluem muito vagarosamente. Mas, tão logo nos retiramos do Corpo Denso ao dormir, iniciamos o trabalho de restauração, conforme descrito na Conferência IV do Livro Cristianismo Rosacruz, as correntes reativam-se e os vórtices também, fulgurando como se fossem incandescentes, porque então o Corpo de Desejos se encontra no seu elemento de origem, livre do peso embaraçante do Corpo Denso.

O tempo de que o Corpo de Desejos precisa para restaurar o ritmo do Corpo Vital e do Corpo Denso depende do modo que usamos esse último durante o dia. Se o extenuamos nesse período, as desarmonias criadas serão naturalmente maiores, e isso exigirá a maior parte da noite para o Corpo de Desejos poder restaurar a harmonia e o ritmo. Assim, vive o ser humano preso ao seu Corpo Denso, dia e noite. Mas quando ele aprende a controlar a ação, a controlar gastos de energia nas atividades diárias, cessando de malbaratá-las em palavras e atos vãos, quando começa a dominar seus impulsos e a impedir novas desarmonias resultantes de uma observação imperfeita, então o Corpo de Desejos não precisa trabalhar o período inteiro do sono noturno para restaurar o Corpo Denso. Uma parte da noite pode ser empregada para se trabalhar fora. Se os centros sensoriais do Corpo de Desejos estão suficientemente desenvolvidos — como regra geral estão na maioria dos indivíduos inteligentes — o ser humano pode então desatar o cabo e elevar-se ao Mundo do Desejo. Lá ele tem uma visão do que se passa nesse plano, embora geralmente não consiga recordar depois de nada do que viu, até que consiga efetuar a separação entre as partes superior e inferior do Corpo Vital, conforme já explicado.

Vemos, pois, a grande importância da observação correta, da devoção aos elevados ideais, da pureza de alimentação, etc., tudo isso tendendo a harmonizar as vibrações internas com as vibrações externas. Na mesma proporção em que progredimos nessa direção, o tempo empregado na restauração dos veículos é abreviado, sobrando-nos, portanto, uma margem para trabalharmos no Mundo do Desejo.

EXERCÍCIO NOTURNO

O Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é o mais eficiente dos métodos existentes para fazer o Aspirante à vida superior avançar na senda da realização espiritual. Seu efeito tem tal alcance que permite ao indivíduo aprender agora não apenas as lições dessa vida, mas também lições que normalmente lhe estariam reservadas para existências futuras.

Após deitar-se à noite, o Aspirante à vida superior relaxa o Corpo Denso e começa a recordar os acontecimentos do dia na ordem inversa, partindo dos da noite, em seguida os da tarde, e depois os da manhã. Deve esforçar-se para “rever” cada cena com a máxima fidelidade e procurar reproduzir ante seus olhos mentais tudo o que aconteceu em cada uma delas, a fim de poder julgar seus atos e certificar-se de que suas palavras transmitiram o sentido desejado ou deram uma impressão falsa, como também se exagerou ou foi omisso ao relatar experiências a outrem. Deve examinar sua atitude moral relativa a cada cena. E quanto aos alimentos, verificar se “comeu para viver” ou “viveu para comer”, para gratificar o paladar. Durante todo o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção, o Aspirante à vida superior vai julgando a si mesmo, censurando-se onde couber reprovação e elogiando-se onde couber o louvor.

Os Probacionistas acham, às vezes, difícil permanecer acordados até o fim do Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Em tais casos, é permitido que se sentem na cama, até que lhes seja possível seguir o método comum.

O valor do Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é imenso. Vai muito além de nossa imaginação. Em primeiro lugar, realizamos o trabalho de restauração da harmonia conscientemente e em tempo muito mais curto do que o Corpo de Desejos pode fazê-lo durante o sono, sobrando assim uma maior porção da noite para trabalhos fora do corpo. Em segundo lugar, vivemos nosso Purgatório e Primeiro Céu cada noite, incorporando a nós, o Espírito, o senso de retidão como essência das experiências do dia. Escapamos, assim, do Purgatório depois da morte, economizando também o tempo que despenderíamos no Primeiro Céu.

Por último, e não menos importante, tendo dia após dia extraído a essência das experiências que produzem o crescimento anímico, e havendo incorporado essa essência em nós, o Espírito, passamos a vivenciar realmente uma nova atitude mental e a nos desenvolver por linhas que normalmente estariam reservadas a vidas futuras.

Executando fielmente esse Exercício Esotérico noturno de Retrospecção, dia após dia, apagamos de nossa Memória Subconsciente o registro de fatos desagradáveis e eliminamos os nossos pecados, nossas auras começam a reluzir com o ouro espiritual extraído das experiências diárias pela Retrospecção, e aí começamos a atrair a atenção do Irmão Maior.

“Os puros verão a Deus.”, disse Cristo, e o Irmão Maior abrirá nossos olhos quando estivermos prontos para entrar no “Templo do Saber” — o Mundo do Desejo — onde obtemos nossas primeiras experiências de vida consciente fora do Corpo Denso.

EXERCÍCIO MATUTINO

O Exercício Esotérico matutino de Concentração, o segundo exercício, é executado pela manhã, tão logo o Aspirante à vida superior desperta. Ele não precisa levantar-se para abrir as janelas ou fazer qualquer coisa desnecessária. Sentindo o Corpo Denso confortável, deve relaxar e começar imediatamente a se concentrar. Esse momento é muito importante porque nós, o Espírito, acabamos de regressar do Mundo do Desejo, podendo termos contato consciente com esse Mundo, bem mais facilmente do que em qualquer outra hora do dia.

Se o Corpo Denso está em desconforto, o Aspirante à vida superior deve se mexer com o objetivo de acomodá-lo melhor antes de iniciar a Concentração, mas muito da eficácia do exercício é perdida em razão de se iniciá-lo com atraso.

Vimos na Conferência IV do Livro Cristianismo Rosacruz que, durante o sono, as correntes do Corpo de Desejos fluem e seus vórtices movem-se e giram com enorme rapidez. Porém, tão logo ele interpenetra o Corpo Denso, suas correntes e vórtices são quase paralisados pela matéria densa e pelas correntes nervosas do Corpo Vital que levam e trazem mensagens ao cérebro. A finalidade deste exercício é levar o Corpo Denso ao mesmo grau de inércia e insensibilidade do estado de sono, embora com o Espírito dentro dele e conservando-se totalmente acordado, alerta, consciente. Deste modo, cria-se uma condição em que os centros sensoriais do Corpo de Desejos podem começar a girar no interior do Corpo Denso.

Concentração é uma palavra enigmática para muitos, por isso tentaremos esclarecer seu significado. O dicionário dá-nos diversas definições, todas aplicáveis à nossa ideia. Uma é “convergir para um centro”, enquanto outra, uma definição química, é “reduzir à extrema pureza e potencialidade pela eliminação de constituintes inúteis”. Aplicada ao nosso problema, uma das definições faz-nos ver que, se convergimos nossos pensamentos para um centro, para um ponto, podemos aumentar sua força, segundo o princípio que estabelece que a força dos raios solares é multiplicada quando focalizada num ponto através de uma lente de aumento. Eliminando-se de nossa Mente todos os demais assuntos, todo o nosso poder mental pode ser completamente aproveitado na consecução de um objetivo ou solução do problema em que nos concentramos. Podemo-nos absorver em nosso assunto a tal ponto que, mesmo um canhão sendo disparado, não o ouviremos. Há pessoas que podem concentrar-se numa leitura de tal maneira que são capazes de esquecer tudo mais. O Aspirante à vida superior deve, igualmente, ser capaz de abstrair-se numa ideia, objeto de concentração, a ponto de fechar por completo sua consciência ao mundo dos sentidos e atentar exclusivamente para os Mundos espirituais.

Quando aprender a fazer isso, ele verá o lado espiritual de um objeto, ou ideia, iluminado por uma luz espiritual e, assim, ele alcançará o conhecimento da natureza interna de coisas nem sequer sonhadas pelo ser humano mundano.

Quando se chega a esse ponto de abstração, os centros sensoriais do Corpo de Desejos começam a girar lentamente no interior do Corpo Denso e a se acomodarem por si mesmos. Com o tempo, esses centros tornam-se cada vez mais definidos e passam gradativamente a exigir menos esforço para pô-los em movimento.

O tema da concentração pode ser um ideal elevado e sublime, mas preferivelmente que seja de uma natureza tal que consiga situar o Aspirante à vida superior acima do tempo e do espaço, afastando-o das sensações ordinárias do Mundo material. Para isto, não há melhor fórmula do que os cinco primeiros versículos do primeiro Capítulo do Evangelho Segundo São João. Tomando-os como base, sentença por sentença, manhã após manhã, com o tempo, o Aspirante à vida superior terá adquirido uma admirável compreensão do princípio do nosso universo e do método da criação — compreensão que está muito longe de ser alcançada em livros.

Depois de algum tempo, quando o Aspirante à vida superior já tenha aprendido a manter sem oscilações, ininterruptamente por uns cinco minutos, a ideia na qual venha se concentrando, pode, um dia, tentar lançar fora repentinamente essa ideia, deixando a Mente “em branco”. Em nada deve pensar então, mas simplesmente esperar que algo venha preencher aquele vazio mental. Com o tempo, as visões e cenas do Mundo do Desejo deverão ocupar essa lacuna. Após ter-se acostumado a essa prática, o Aspirante à vida superior pode desejar que algo se apresente ante seus olhos mentais. A coisa virá e então ele poderá investigá-la à vontade.

Mas o ponto principal é que, seguindo as instruções acima, o Aspirante à vida superior vai purificando a si mesmo. Sua aura começa a brilhar e isso atrairá infalivelmente a atenção do Irmão Maior, que designará alguém para ajudá-lo, quando necessário, a dar o passo seguinte.

Mesmo que passem meses ou anos sem resultados visíveis, estejamos certos de que não nos esforçamos em vão; os Irmãos Maiores veem e apreciam nossos esforços, e vivem eles tão ansiosos por nossa colaboração quanto nós por trabalhar. Os Irmãos Maiores podem ver razões que nos impeçam de empreender o trabalho pela humanidade no momento presente ou mesmo por toda esta vida. Mas, tão logo essas razões desapareçam, poderemos ser admitidos à luz, onde seremos capazes de ver por nós mesmos.

Uma antiga lenda diz que escavações em busca de tesouros devem ser feitas somente na calada da noite e no mais absoluto silêncio; falar uma só palavra antes de os descobrir fará com que desapareçam inevitavelmente. Trata-se de uma parábola mística relativa à busca da iluminação espiritual. Se tagarelarmos ou contarmos a outrem as experiências de nossos momentos de concentração, poderemos perdê-las. Antes de extrairmos delas, pela meditação, pleno conhecimento das leis cósmicas subjacentes, tais experiências podem reduzir-se a nada, uma vez que esta classe de experiências não pode suportar a transmissão oral. A experiência em si, portanto, não conta muito, pois, afinal, não é mais do que uma casca envolvendo e ocultando saboroso fruto. A lei tem valor universal, como vai ficar evidente, porque ela explica os fatos da vida, ensina-nos como tirar vantagem de certas condições e o modo de evitar outras. Em benefício da humanidade, ela pode ser livremente revelada, à vontade de seu descobridor. Então, a experiência que a revelou parecerá, em sua verdadeira luz, apenas uma coisa passageira que dispensa maiores considerações. Por conseguinte, tudo o que aconteça durante o Exercício Esotérico matutino de Concentração deve ser considerado sagrado e guardado no mais absoluto sigilo pelo aspirante.

Finalmente, evitemos considerar os Exercícios Esotéricos Rosacruzes como tarefas desagradáveis. Estimemo-los em seu verdadeiro valor, pois eles são nossos mais altos privilégios. Somente quando assim os considerarmos, poderemos fazer-lhes justiça e colher todo o benefício de sua prática.

*****

Na Fraternidade Rosacruz, os Irmãos Maiores distinguem três classes:

1) Estudantes Preliminares e, depois Estudantes Regulares, aqueles que simplesmente estudam a Filosofia. Pessoas das mais variadas denominações entram em instituições de ensino tais como as Universidades de Harvard ou Yale e ali estudam mitologia, psicologia e Religião comparada sem prejuízo de suas filiações religiosas. Nestas mesmas bases, os candidatos a estudos podem inscrever-se na Fraternidade Rosacruz. Qualquer um pode candidatar-se, se não for hipnotizador ou não esteja profissionalmente comprometido como médium, quiromante ou astrólogo.

2) Probacionistas, que são Estudantes Rosacruzes que aspiram o conhecimento direto a fim de se capacitarem para o serviço. Ao fim de dois anos na condição de Estudante Regular Rosacruz, e caso tenha já se convencido da veracidade dos Ensinamentos Rosacruzes e esteja decidido a cortar toda ligação que eventualmente ainda tenha com qualquer outra entidade esotérica ou ordem religiosa — exceto as igrejas e irmandades Cristãs — o Aspirante à vida superior pode assumir o Compromisso que o fará ser admitido no grau de Probacionista. A estes, a Sede Mundial fornece um formulário mediante o qual o Aspirante à vida superior promete a si mesmo praticar fielmente os dois Exercícios Esotéricos Rosacruzes (noturno de Retrospecção e matutino de Concentração), e registrá-los todos os dias em outro formulário especial que deve ser devolvido mensalmente à Sede. As provas duram no mínimo cinco anos e seu propósito é testar a dedicação e a persistência do Aspirante à vida superior, dando-lhe a oportunidade de purificar-se a si próprio antes de passar aos métodos de treinamento mais diretos pertinentes ao Discipulado. Esse registro diário destina-se também a ajudar o Aspirante à vida superior a fazer os Exercícios Esotéricos Rosacruzes. É próprio da natureza humana tentar fazer o melhor sempre que tenha de mostrá-lo, portanto, sabendo-se observado, o Aspirante à vida superior procura esmerar-se nesses Exercícios Esotéricos Rosacruzes.

Longe estamos de insinuar que as demais escolas de ocultismo não devam ser consideradas. Muitos são os caminhos que levam a Roma, mas lá chegaremos com menos esforço se seguirmos por um só deles ao invés de ziguezaguear de um a outro.

Em primeiro lugar, nosso tempo e energia são limitados e são reduzidos ainda mais pelos deveres sociais e familiares, que não devem ser negligenciados em favor do autodesenvolvimento. Portanto, só com o propósito de economizarmos essa limitada energia — a qual podemos usar de modo mais legítimo — e evitar o desperdício do reduzido tempo à nossa disposição, é que os Irmãos Maiores insistem para renunciarmos a todas as outras ordens.

O mundo é um agregado de oportunidades, mas para aproveitá-las é necessário possuirmos eficiência em certa linha de esforços. O desenvolvimento dos poderes espirituais pode nos capacitar a ajudar ou prejudicar aos nossos irmãos mais fracos. E esses poderes só se justificam quando o objetivo é Servir à Humanidade.

O método de realização Rosacruz difere dos outros sistemas por um pormenor especial: procura desde o princípio emancipar o Discípulo de toda dependência dos outros, tornando-o autoconfiante no mais alto grau, de maneira a poder permanecer só em todas as circunstâncias e enfrentar todas as condições. Somente aquele que for tão bem equilibrado pode ajudar ao débil.

Quando certo número de pessoas se reúne em classe ou círculo objetivando o autodesenvolvimento, mas por meio de métodos negativos, geralmente os resultados são conseguidos em pouco tempo, seguindo o princípio de que é mais fácil deixar-se levar pela corrente, do que lutar contra ela. O médium, contudo, não é senhor dos seus atos, mas escravo do espírito que o domina. Por isso tais reuniões devem ser evitadas pelos Probacionistas.

Mesmo as reuniões em que se mantenha uma atitude mental positiva não são aconselhadas pelos Irmãos Maiores, porque os poderes latentes de todos os membros são amalgamados. Então as visões dos Mundos internos obtidas por quaisquer deles apenas resultam parcialmente da influência das faculdades dos demais. O calor de um carvão no centro de uma fogueira fica aumentado pelo dos carvões que o rodeiam. O Clarividente originado num círculo, mesmo que esse seja positivo, é como uma planta na estufa – demasiado dependente para que se lhe possa confiar os cuidados dos demais.

Portanto, todo Probacionista da Fraternidade Rosacruz efetua seus exercícios sozinho, no isolamento do seu lar. Seguindo esse método, obtêm-se resultados mais lentamente. Porém, quando tais resultados aparecerem, manifestar-se-ão como poderes cultivados por ele mesmo, e poderão ser empregados independentemente dos demais. Além disso, os métodos Rosacruzes constroem o caráter, ao mesmo tempo em que desenvolvem as faculdades espirituais, resguardando assim o Discípulo da tentação de perverter seus poderes divinos em busca de prestígio mundano.

Do que foi dito acima, não se conclua que o candidato deva empregar todo o seu tempo em esforços espirituais. Se não podemos dispor de muito tempo, cinco minutos pela manhã e quinze minutos à noite é quanto basta. De fato, dedicar ao desenvolvimento de faculdades espirituais um tempo que precisaria ser legitimamente usado em responsabilidades materiais é decididamente um erro. Antes de nos entregarmos ao serviço nos mundos espirituais, precisamos cumprir todos os nossos deveres no mundo material. Não se pode esperar fidelidade no trabalho espiritual de quem é infiel aos seus deveres terrenos.

Após a remessa de sessenta relatórios consecutivos, o candidato pode solicitar instruções individuais, as quais, se possível, lhes serão dadas.

3) Discípulos, composta de pessoas que, havendo completado a fase de Probacionista, são consideradas aptas para receberem instruções individuais dos Irmãos Maiores. O ensino é gratuito.

A Filosofia Rosacruz tem conquistado adeptos por toda parte, os quais se mantêm em estreito contato com o movimento e que trabalham para difundir as profundas verdades concernentes à Vida e ao Ser que os estão ajudando.

(Pergunta nº 41 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

[2] N.T.: 1ª e 2ª Dispensações.

[3] N.T.: Na Sala Leste do Tabernáculo do Deserto, o santuário de Deus, antigo Templo de Mistério (Iniciação) Atlante – providenciado a nós para que pudéssemos encontrar o Senhor (no momento em que o Caminho da Evolução mudou de direção de “para frente e para baixo” para “para frente e para cima”), quando nos qualificássemos pelo serviço e pela subjugação da nossa natureza inferior pelo “Eu superior”. Projetado por Jeová, era a personificação das grandes verdades cósmicas ocultas por um véu de simbolismo, o qual falava ao “Eu interno” ou “Eu superior”.

[4] N.T.: Atrás do segundo véu, havia uma segunda sala: o Santo dos Santos, e nenhum mortal poderia passar a não ser o Sumo Sacerdote e, mesmo assim, era permitido a ele entrar somente uma vez por ano, e somente após a mais solene preparação e com o maior reverente cuidado.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Torre de Babel e o Pentecostes

Nós lemos na Bíblia que os primeiros habitantes da Terra construíram uma torre, a Torre de Babel[1], com a intenção de se elevarem até ao céu. Jeová olhando para isso com olhar reprovador, decidiu colocar um fim a esse negócio e mergulhou a Humanidade em confusão, fazendo-a falar em línguas diferentes.

Essa história da Torre de Babel deve ser entendida em um aspecto totalmente simbólico.

Quando fomos expulsos do Jardim do Éden, por haver utilizado mal a força sexual criadora, rapidamente, percebemos a inconveniência da existência física em um corpo que tínhamos cristalizados indevidamente, e que começamos a conhecer o sofrimento, a doença e a morte. Essa é a causa que desejamos voltar à condição anterior de felicidade.

Para evitar de ser disperso por toda a Terra, construímos “uma cidade e dentro dessa cidade construiu uma torre, a fim de poder voltar para o céu (ou o Jardim do Éden)”. Mas isso não era mais possível, porque devemos, atualmente, aprender a dominar o nosso Corpo de Desejos que usávamos somente para satisfazer nossas paixões, desejos, emoções e sentimentos inferiores, despertados pelos Espíritos Lucíferos e a controlar as condições da Região Química do Mundo Físico.

Para alcançar esse resultado, Jeová nos dividiu em diferentes povos, cada um com a sua própria língua, e colocou cada um deles sob a direção de um grande Arcanjo, como se fosse um “Deus” particular deste povo: o Espírito de Raça.

Os diferentes povos e a diversidade de línguas são, consequentemente, obras de Jeová, o Espírito Santo. Mas nós sabemos que Cristo veio para abolir essas divisões (necessárias no passado), e reunir todas as nações em uma só e grande Fraternidade.

No Pentecostes[2] Ele fez descer sobre Seus Apóstolos o poder do Espírito Santo, sob a forma de línguas de fogo, e eles começaram a falar todas as línguas. Em seguida, é dito que as pessoas estrangeiras ficavam surpresas em ser compreendidas nas suas línguas nativas.

Aprendemos nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo, que constituem o Purgatório, as diferentes línguas são utilizadas. Mas, nas Regiões superiores, onde está o Primeiro Céu, existe somente uma língua universal e todos se entendem. Nós falaremos essa língua no futuro.

(Traduzido do Flash  La Tour de Babel, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: (Gn 11:1-9) 1Todo o mundo se servia de uma mesma língua e das mesmas palavras. 2Como os homens emigrassem para o oriente, encontraram um vale na terra de Senaar e aí se estabeleceram. 3Disseram um ao outro: “Vinde! Façamos tijolos e cozamo-los ao fogo!”. O tijolo lhes serviu de pedra e o betume de argamassa. 4Disseram: “Vinde! Construamos uma cidade e uma torre cujo ápice penetre nos céus! Façamo-nos um nome e não sejamos dispersos sobre toda a terra!”. 5Ora, Iahweh desceu para ver a cidade e a torre que os homens tinham construído. 6E Iahweh disse: “Eis que todos constituem um só povo e falam uma só língua. Isso é o começo de suas iniciativas! Agora, nenhum desígnio será irrealizável para eles. 7Vinde! Desçamos! Confundamos a sua linguagem para que não mais se entendam uns aos outros”. 8Iahweh os dispersou dali por toda a face da terra, e eles cessaram de construir a cidade. 9Deu-se-lhe por isso o nome de Babel, pois foi lá que Iahweh confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra e foi lá que ele os dispersou sobre toda a face da terra.

[2] N.T.: (At 2:1-13) 1Tendo-se completado o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um ruído como o agitar-se de um vendaval impetuoso, que encheu toda a casa onde se encontravam. 3Apareceram-lhes, então, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. 4E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se exprimissem. 5Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos vindos de todas as nações que há debaixo do céu. 6Com o ruído que se produziu a multidão acorreu e ficou perplexa, pois cada qual os ouvia falar em seu próprio idioma. 7Estupefatos e surpresos, diziam: “Não são, acaso, galileus todos esses que estão falando? 8Como é, pois, que os ouvimos falar, cada um de nós, no próprio idioma em que nascemos? 9Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frigia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia próximas de Cirene; romanos que aqui residem; 11tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, nós os ouvimos apregoar em nossas próprias línguas as maravilhas de Deus!”. 12Estavam todos estupefatos. E, atônitos, perguntavam uns aos outros: “Que vem a ser isto?”. 13Outros, porém, zombavam: “Estão cheios de vinho doce!”.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Tabernáculo no Deserto, o que foi e para que serve hoje: um resumo

Muitas vezes somos ensinados por meio da linguagem simbólica que, ao mesmo tempo, encobre e revela as verdades espirituais que devemos aprender e aplicar durante esse Esquema de Evolução.

Por exemplo, o Tabernáculo no Deserto – a primeira igreja que foi construída com o objetivo de começarmos a “nossa volta para Deus”, pois “d’Ele viemos para Deus voltaremos” – foi nos fornecido para que pudéssemos encontrar Deus, quando nos qualificássemos pelo serviço praticado e tivéssemos subjugado a nossa natureza inferior pelo “Eu superior”.

O “caminho de volta para Deus” tinha que ser começado a ser trilhado por nós, pois estávamos terminando a fase de Involução e começamos a fase de Evolução, o que indicou uma mudança de direção de: para frente e para baixo (rumo à conquista, consciente, da Região Química do Mundo Físico), para: para frente e para cima (rumo à conquista, consciente, da Região Etérica do Mundo Físico).

A localização do Tabernáculo no Deserto estava relacionada aos pontos cardeais, e foi colocado na direção leste para oeste (o Caminho da Evolução espiritual): leste a sua entrada (o portal do Átrio) e oeste onde estava o lugar mais sagrado do Tabernáculo: a Sala Oeste.

O Tabernáculo no Deserto foi construído e funcionou durante o início da Época Ária até os “tempos de Salomão”. A descrição dele está mostrada em detalhes no Antigo Testamento na Bíblia[1].

A natureza ambulante do Tabernáculo no Deserto (ele não permanecia somente em um lugar) é a representação simbólica da nossa natureza migratória, já que somos um eterno peregrino passando sempre do limite do tempo para a eternidade para voltar novamente (Ciclo de Nascimentos e Mortes).

Sob a aparência material e terrena, estava esquematizada uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções a todos os candidatos à Iniciação daquela época.

Antes que o símbolo do Tabernáculo no Deserto possa, hoje, realmente nos ajudar, devemos transferi-lo do espaço do deserto para o lar em nosso coração. Assim teremos alcançado o verdadeiro significado da espiritualidade. E aqui já vemos que não há nada exterior a nós que nos salva dessa condição que nos colocamos, mas sim no nosso interior, ou seja: não é o Cristo externo que nos salva, mas o Cristo Interno.

Vamos a um resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto:

Vamos detalhar algumas peças e mobiliários do Tabernáculo no Deserto:

  • O Candelabro de Sete Braços ou o Candelabro de Ouro: ao sacerdote era exigido não permitir nunca que nenhuma lamparina se apagasse do candelabro. Todos os dias o sacerdote examinava uma a uma as lamparinas, limpava-as e as abastecia com azeite (Ex 25:31-40). Os três primeiros semicírculos do Candelabro representam os já passados Períodos de Saturno, Solar e Lunar. A haste central simboliza o atual Período Terrestre e a luz que precedia do Candelabro simbolizava o que devemos desenvolver dentro de nós (o Dourado Manto Nupcial, o nosso Corpo-Alma).
  • Os Pães da Proposição: duas pilhas de pães, cada uma com seis pães. Representavam as oportunidades para crescimento da alma, através dos doze Departamentos da vida, simbolizados pelas doze Casas do horóscopo, sob soberania das sagradas doze Hierarquias Divinas do Zodíaco.
  • O Altar de Incenso: o incenso queimado (doce aroma ao Senhor) representa as ações virtuosas de nossas vidas; o serviço amoroso e desinteressado para com os outros. Este Altar de Incenso era feito de Acácia (Ex 30:1-6), não podendo ser estranho ao recomendado e nem mesmo ser utilizado para outros propósitos (Ex 30:7-10).
  • A Arca da Aliança, que continha em seu interior: o Pote de ouro do maná (Maná = Ego; Pote de ouro = Aura dourada do Corpo-Alma); a Vara de Arão = Divina força criadora; as Tábuas da Lei = a emancipação de toda a influência externa.

Tendo percorrido os dois primeiros passos no caminho do Tabernáculo no Deserto, o Aspirante tinha acesso à Sala Leste, em cuja entrada pendia um Véu ou cortina nas cores azul (cor do Pai), vermelho (cor do Espírito Santo), púrpura (resultado do azul + vermelho) e o branco (que contém todas as cores). O amarelo (cor de Cristo) não estava presente de forma manifestada, mas oculto na composição da cor branca, mostrando-nos, assim, a realidade espiritual da Humanidade da época.

Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, nitidamente perceberemos a sombra da cruz. Começando pelo Portão Oriental, havia o Altar dos Sacrifícios; um pouco além, em direção ao Tabernáculo mesmo, encontramos o Lavabo de Bronze, no qual os sacerdotes se lavavam logo depois de entrarem na Sala Leste do Tabernáculo no Deserto.

Encontramos no extremo esquerdo o Candelabro de Sete Braços; e no extremo direito a Mesa dos Pães da Proposição, os dois formando uma cruz no caminho que estamos seguindo ao longo e dentro do Tabernáculo. No centro, em frente ao segundo véu, encontramos o Altar de Incenso que forma o centro da cruz, enquanto a Arca da Aliança, colocada na parte mais ocidental (o Sanctum Sanctorum), representa a parte superior da cruz.

Desse modo, o símbolo do desenvolvimento espiritual, que é o nosso mais elevado ideal nos dias de hoje, já estava delineado no antigo templo de Mistérios.

S. Paulo em sua Epístola aos Hebreus (8:5), nos fala do tabernáculo como “… uma sombra das coisas celestiais …

Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, perceberemos nitidamente a sombra da cruz.”

Quer ter mais detalhes do simbolismo do Tabernáculo no Deserto? Acesse o Livro Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz.

Que as rosas floresçam em vossa cruz


[1] Livro do Êxodo: Capítulos de 25 a 40

25 — 1Iahweh falou a Moisés, dizendo: 2 “Dize aos filhos de Israel que me tragam uma contribuição Tomareis a contribuição de todo homem cujo coração o mover a isso. 3Eis a contribuição que recebereis deles: ouro, prata e bronze; 4púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino e pêlos de cabra; 5peles de carneiro tingidas de vermelho, couro fino, e madeira de acácia; 6azeite para a lâmpada, aromas para o óleo de unção e para o incenso aromático; 7pedras de ônix, e pedras de engaste, para o efod e para o peitoral. 8Faze-me um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. 9Farás tudo conforme o modelo da Habitação e o modelo da sua mobília que irei te mostrar.

A Tenda e sua mobília. A Arca — 10 “Farás uma arca de madeira de acácia com dois côvados e meio de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e meio de altura. 11Tu a cobrirás de ouro puro por dentro e por fora, e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor. 12Fundirás para ela quatro argolas de ouro, que porás nos quatro cantos inferiores da arca: 13Farás também varais de madeira de acácia, e os cobrirás de ouro. 14E enfiarás os varais nas argolas aos lados da arca, para ser carregada por meio deles. 15Os varais ficarão nas argolas da arca, não serão tirados dela. 16E colocarás na arca o Testemunho que te darei. 17Farás também um propiciatório de ouro puro, com dois côvados e meio de comprimento e um côvado e meio de largura. 18Farás dois querubins de ouro, de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; 19faze-me um dos querubins numa extremidade e o outro na outra farás os querubins formando um só corpo com o propiciatório, nas duas extremidades. 20Os querubins terão as asas estendidas para cima e protegerão o propiciatório com suas asas, um voltado para o outro. As faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. 21Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro dela porás o Testemunho que te darei. 22Ali virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.

A Mesa dos Pães da Proposição — 23 “Farás uma mesa de madeira de acácia, com dois côvados de comprimento, um côvado de largura e um côvado e meio de altura. 24De ouro puro a cobrirás, e lhe farás uma moldura de ouro no redor. 25Far-lhe-ás ao redor um enquadramento com um palmo de largura, e ao redor do enquadramento uma moldura de ouro. 26Far-lhe-ás também quatro argolas de ouro, e as porás nos quatro cantos formados pelos quatro pés. 27Perto das molduras estarão as argolas, por onde passarão os varais para se carregar a mesa. 28Farás, pois, os varais de madeira de acácia, e os cobrirás de ouro; por meio deles se carregará a mesa. 29Farás os seus pratos, as suas taças, as suas galhetas e os seus recipientes para as libações; de ouro puro os farás. 30E colocarás para sempre sobre a mesa, diante de mim, os pães da oblação.

O Candelabro de Ouro — 31 “Farás um candelabro de ouro puro; o candelabro, o seu pedestal e a sua haste serão em relevo; os seus cálices, os seus botões e flores formarão com ele uma só peça. 32Seis braços sairão dos seus lados: três braços do candelabro de um lado e três braços do candelabro do outro lado. 33Num braço haverá três cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com formato de flor de amêndoa no outro braço, com botão e flor; assim serão os seis braços saindo do candelabro. 34Mas o candelabro mesmo terá quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: 35um botão sob os dois primeiros braços que saem do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes e um botão sob os dois últimos braços — assim se fará com estes seis braços que saem do candelabro. 36Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro e tudo se fará com um bloco de ouro batido. 37Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele.38As suas espevitadeiras e os seus aparadores serão de ouro puro. 39Com um talento de ouro puro tu o farás e todos os seus acessórios. 40Vê, pois, e faze tudo conforme o modelo que te foi mostrado sobre a montanha.

26 A Habitação. As cortinas e os estofos

 — 1 “Farás a Habitação com dez cortinas de linho fino retorcido, púrpura violeta, púrpura escarlate e carmesim; tu as farás com querubins bordados. 2O comprimento de cada cortina será de vinte e oito côvados e a largura de quatro côvados, e todas as cortinas terão o mesmo tamanho. 3Cinco das cortinas estarão unidas uma com a outra; e as outras cinco cortinas também estarão unidas uma com a outra. 4Farás laços de púrpura violeta na franja da primeira cortina que está na extremidade do conjunto; e farás o mesmo na franja da cortina que está na extremidade do segundo conjunto. 5Farás cinquenta laçadas na primeira cortina, e cinquenta laçadas na extremidade da cor tina que está no segundo conjunto. As laçadas se corresponderão mutuamente. 6Farás também cinquenta colchetes de ouro e unirás as cortinas uma com a outra por meio de colchetes, de modo que a Habitação venha a ser um todo. 7Farás cortinas de pêlo de cabra como tenda que esteja sobre a Habitação; farás onze delas. 😯 comprimento de cada cortina será de trinta côvados, e sua largura de quatro côvados; as onze cortinas terão a mesma medida. 9Unirás cinco cortinas em uma peça e seis cortinas em outra, e dobrarás a sexta cortina sobre a parte anterior da tenda. 10Farás cinquenta laçadas na franja da primeira cortina, na extremidade do primeiro conjunto, e outras cinquenta laçadas na franja da cortina do segundo conjunto. 11Farás assim também, cinquenta colchetes de bronze e introduzirás os colchetes nas laçadas, para unir a tenda que assim formará um todo. 12A parte que restar das cortinas da tenda, a metade da cortina que sobrar, penderá na parte posterior da habitação. 13O côvado que sobrar de um lado e o côvado que sobrar do outro lado, ao longo das cortinas da tenda, penderá dos dois lados da Habitação, de cá e de lá, para cobri-la. 14Farás para a tenda uma cobertura de peles de carneiro tingidas de vermelho, e uma cobertura de couro fino por cima.

A armação — 15 “Farás também para a Habitação tábuas de madeira de acácia, que serão colocadas verticalmente. 16Cada tábua terá dez côvados de comprimento e um côvado e meio de largura. 17Cada tábua terá dois encaixes, travados um com o outro; assim farás com todas as tábuas da Habitação. 18Disporás as tábuas para a Habitação: vinte tábuas para o lado do Negueb, para o sul. 19Farás quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas: duas bases debaixo de uma tábua, para os seus dois encaixes, e duas bases debaixo de outra tábua, para os seus dois encaixes. 20No outro lado da Habitação, do lado do norte, haverá vinte tábuas 21e as suas quarenta bases de prata, duas bases debaixo de uma tábua e duas bases debaixo de outra tábua. 22Para o fundo da Habitação, do lado do mar, farás seis tábuas, 23e farás outras duas tábuas para os cantos do fundo da Habitação. 24Estarão unidas pela parte debaixo, e ficarão unidas até a parte de cima, na altura da primeira argola: assim se fará com as duas tábuas, serão duas para cada um dos dois cantos. 25Serão, pois, oito tábuas com nas bases de prata, dezesseis bases: duas bases debaixo de uma tábua e luas debaixo de outra tábua. 26Farás travessas de madeira de acácia: cinco para as tábuas de um lado da Habitação, 27cinco para as tábuas do outro lado da Habitação, e igualmente cinco travessas para as tábuas do lado posterior da Habitação, do lado do mar. 28A travessa central esteja na metade das tábuas, atravessando-as de um extremo ao outro. 29Cobrirás de ouro as tábuas, e de ouro farás as suas argolas, pelas quais hão de passar as travessas; e cobrirás também de ouro as travessas. 30Levantarás a Habitação segundo o modelo que te foi mostrado na montanha.

O véu — 31 “Farás também um véu de púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido; farás nele um bordado com figuras de querubins. 32Tu o colocarás sobre quatro colunas de acácia recobertas de ouro, munidas de ganchos de ouro, assentadas sobre quatro bases de prata. 33Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e trarás para lá, para dentro do véu, a arca do Testemunho. O véu vos servirá de separação entre o Santo e o Santo dos Santos. 34Porás o propiciatório sobre a arca do Testemunho, no Santo dos Santos. 35A mesa, porém, a porás fora do véu, e o candelabro frente a ela, no lado sul da Habitação; a mesa, ao contrário, a porás no lado norte. 36Farás também, para a entrada da tenda, uma cortina de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido, obra de bordador. 37Para esta cortina farás cinco colunas de acácia, que recobrirás de ouro, com os seus ganchos também de ouro, e fundirás para elas cinco bases de bronze.

27 O Altar dos Sacrifícios ou o Altar dos Holocaustos

 — 1 “Farás o altar de madeira de acácia; com cinco côvados de comprimento e cinco côvados de largura, o altar será quadrado; a sua altura será de três côvados. 2Dos quatro lados farás levantar chifres, que formarão uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze. 3Far-lhe-ás, também recipientes para recolher a gordura incinerada; e pás, bacias para a aspersão, garfos e braseiros; farás todos esses acessórios de bronze. 4Far-lhe-ás também uma grelha de bronze, em forma de rede, e farás quatro argolas de bronze nos quatro cantos da grelha, 5e as porás sob o rebordo do altar, embaixo, de maneira que ela chegue até o meio do altar. 6Farás também varais para o altar, varais de madeira de acácia, e os cobrirás de bronze. 7Os varais se enfiarão nas argolas, de modo que os varais estejam dos dois lados do altar, quando for transportado. 8Oco e de tábuas o farás; como te foi mostrado na montanha, assim o farás.

O átrio — 9 “Farás também o átrio da Habitação. Para o lado do Negueb, do lado do sul, o átrio terá cortinas de linho fino retorcido; o comprimento delas será de cem côvados (para o primeiro lado). 10As suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os ganchos das colunas e suas vergas serão de prata. 11Do mesmo modo para o lado norte, as cortinas terão cem côvados de comprimento; as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze. Os ganchos das colunas e as suas vergas serão de prata. 12A largura do átrio, do lado do mar, será de cinquenta côvados de cortinas, com as suas dez colunas e com as suas dez bases. 13A largura do átrio, do seu lado leste, a oriente, será de cinquenta côvados, 14quinze côvados de cortinas para um lado da entrada, com as suas três colunas e as suas três bases, 15e quinze côvados de cortinas para o outro lado da entrada, com as suas três colunas e as suas três bases. 16Na entrada do átrio haverá um véu adamascado de vinte côvados, de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido; as suas colunas serão quatro e as suas bases, quatro. 17Todas as colunas em torno do átrio estarão unidas com vergas de prata, os seus ganchos serão de prata, e as suas bases de bronze. 18O comprimento do átrio será de cem côvados, sua largura de cinquenta côvados e a sua altura de cinco côvados. Todas as cortinas serão de linho fino retorcido, e as suas bases, de bronze. 19Todos os acessórios para o serviço geral da Habitação, todas as suas estacas e todas as estacas do átrio serão de bronze.

O azeite para o candelabro — 20 “Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de olivas amassadas para o candelabro, para que haja uma lâmpada continuamente acesa. 21Aarão e os seus filhos colocarão esta lâmpada na Tenda da Reunião, fora do véu que está diante do Testemunho, para que ela queime desde a tarde até a manhã perante Iahweh. É um decreto perpétuo para as gerações dos filhos de Israel.

28 As vestimentas dos sacerdotes

 — 1 “Farás aproximar de ti, dentre os filhos de Israel, Aarão teu irmão e os seus filhos com ele, para que sejam meus sacerdotes: Aarão, Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar, filhos de Aarão. 2Farás para Aarão, teu irmão, vestimentas sagradas para esplendor e ornamento. 3Dirás a todas as pessoas hábeis, a quem enchi de espírito de sabedoria, que façam vestimentas para Aarão, para consagrá-lo ao exercício do meu sacerdócio. 4Eis as vestimentas que farão: um peitoral, um efod, um manto, uma túnica bordada, um turbante e um cinto. Farão vestimentas sagradas para o teu irmão Aarão e para os seus filhos, a fim de que exerçam o meu sacerdócio. 5Empregarão ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino.

O efod — 6 “Farão o efod bordado de ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 7Duas ombreiras nele serão fixadas; ele aí será fixado por suas duas extremidades. 😯 cinto que está por cima dele para sustentá-lo, formando uma só peça com ele, será do mesmo trabalho: ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 9Tomarás duas pedras de ônix e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel. 10Seis nomes em uma e os outros seis na outra, por ordem de nascimento. 11Como faz quem trabalha a pedra para a incisão de um selo, gravarás nas duas pedras os nomes dos filhos de Israel, engastadas com ouro ao redor as farás. 12Porás as duas pedras nas ombreiras do efod, como memorial para os filhos de Israel; e Aarão levará os seus nomes sobre os ombros à presença de Iahweh, para memória. 13Farás também engastes de ouro 14e duas correntes de ouro puro, trançadas como um cordão, e fixarás as correntes assim trançadas nos engastes.

O peitoral — 15 “Farás o peitoral do julgamento; tu o farás bordado como o efod, de ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 16Será quadrado e duplo, com um palmo de comprimento e um palmo de largura. 17Colocarás nele engastes de pedras dispostas em quatro filas: uma sardônica, um topázio e uma esmeralda na primeira fileira; 18na segunda: um carbúnculo, uma safira e um diamante; 19a terceira fileira será de jacinto, ágata e ametista; 20na quarta fileira: berilo, ônix e jaspe; elas serão guarnecidas de ouro nos seus engastes. 21 As pedras corresponderão aos nomes dos filhos de Israel: doze, como os seus nomes; estarão gravadas como os selos, cada uma com o seu nome segundo as doze tribos. 22Farás para o peitoral correntes trançadas como um cordão, de ouro puro, 23e farás para o peitoral duas argolas de ouro, e as porás nas extremidades do peitoral. 24Passarás as duas correntes de ouro pelas duas argolas, nas extremidades do peitoral. 25Fixarás as duas pontas das correntes nos dois engastes, e as porás nas ombreiras do efod, na sua parte dianteira. 26Farás duas argolas de ouro e as porás nas duas pontas do peitoral, na sua orla interior, junto ao efod. 27Farás igualmente duas argolas de ouro, e as porás nas duas ombreiras do efod, na sua parte inferior dianteira, perto de sua juntura sobre o cinto do efod. 28Prender-se-á o peitoral, através de suas argolas, às argolas do efod, com um cordão de púrpura violeta, para que ele fique por cima do cinto do efod e não possa desprender-se do efod. 29Assim Aarão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do julgamento, sobre o coração, quando entrar no santuário, para memória diante de Iahweh, continuamente. 30Porás também no peitoral do julgamento o Urim e o Tummim, para que estejam sobre o coração de Aarão quando entrar na presença de Iahweh, e Aarão levará sobre seu coração o julgamento dos filhos de Israel diante de Iahweh, continuamente.

O manto — 31 “Farás o manto do efod todo de púrpura violeta. 32No meio dele haverá uma abertura para a cabeça; essa abertura será debruada como a abertura de um colete, para que não se rompa. 33Ao redor da sua orla inferior porás romãs de púrpura violeta, púrpura escarlate e carmesim, e linho fino retorcido, e entre elas, em todo o redor, campainhas de ouro. 34Haverá em toda a orla do manto uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã. 35Aarão o vestirá para oficiai para que se ouça o seu sonido quando entrar no santuário diante de Iahweh, ou quando sair, e assim não morra.

O sinal da consagração — 36 “Farás uma flor de ouro puro, na qual gravarás, como se gravam os selos: ‘Consagrado a Iahweh.’ 37Atá-la-ás com um cordão de púrpura violeta, de maneira que esteja sobre o turbante: deverá estar na sua parte dianteira. 38Ela estará sobre a fronte de Aarão, e Aarão carregará a iniquidade concernente às coisas santas, que os filhos de Israel consagrarão em todas as suas santas oferendas. Estará continua mente sobre a sua fronte, para obter para eles favor diante de Iahweh. 39Tecerás uma túnica de linho fino, farás um turbante de linho fino e um cinto com trabalho de bordador.

Vestimentas dos sacerdotes — 40 “Para os filhos de Aarão farás túnicas e cintos. Far-lhes-ás também barretes para esplendor e ornamento. 41E com isso vestirás a Aarão, teu irmão, bem como a seus filhos. Depois os ungirás, dar-lhes-ás a investidura e os consagrarás para que exerçam o meu sacerdócio. 42Faze-lhes também calções de linho para cobrir a sua nudez: irão da cintura às coxas. 43Aarão e seus filhos os vestirão quando entrarem na Tenda da Reunião, ou quando se aproximarem do altar para ministrar no santuário, a fim de não incorrerem em pecado e não morrerem. Isto será um decreto perpétuo para Aarão e para a sua posteridade depois dele.

29 Consagração de Aarão e de seus filhos. Preparação

 — 1 “Eis o que farás com eles para consagrá-los ao meu sacerdócio. Tomarás um bezerro e dois carneiros sem mancha, 2pães ázimos, bolos ázimos, amassados com azeite, obréias ázimas untadas com azeite. Com flor de farinha de trigo os farás, 3e os porás num cesto e nos cestos os trarás; trarás também o bezerro e os dois carneiros.

Purificação, investidura e unção — 4 “Farás Aarão e os seus filhos se aproximarem da entrada da Tenda da Reunião e os lavarás com água. 5Tomarás as vestimentas e porás em Aarão a túnica, o manto, o efod e o peitoral, e o cingirás com o cinto do efod. 6Pôr-lhe-ás o turbante na cabeça, e sobre o turbante o sinal da santa consagração. 7Tomarás do óleo da unção e, derramando-o sobre a cabeça dele, o ungirás. 8Do mesmo modo, farás se aproximarem os seus filhos e os revestirás túnicas, 9e os cingirás com o cinto e lhes porás os barretes. O sacerdócio lhes pertencerá então por um decreto perpétuo. Assim farás a investidura de Aarão e de seus filhos.

Oferendas — 10 “Farás o bezerro chegar diante da Tenda da Reunião, e Aarão e seus filhos porão a mão sobre a cabeça do bezerro. 11Imolarás o bezerro diante de Iahweh, na entrada da Tenda da Reunião. 12Tomarás parir do sangue do bezerro e com o dedo o porás sobre os chifres do altar, derramando o resto do sangue ao pé do altar. 13Tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado, os dois rins com a gordura que os envolve e farás subir o seu suave odor sobre o altar. 14Mas, queimarás fora do acampamento a carne do bezerro, juntamente com o pêlo o excremento. É um sacrifício pelo pecado. 15Tomarás depois um dos carneiros, e Aarão com seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. 16Imolarás o carneiro, tomarás o seu sangue e o jogarás sobre o altar, todo ao redor. 17Partirás o carneiro em pedaços e, lavadas as entranhas e as pernas, tu as porás sobre os pedaços e sobre a cabeça. 18Assim, queimarás todo o carneiro, fazendo subir a sua fumava sobre o altar. É um holocausto para Iahweh. É um perfume de suave odor, uma oferta queimada para Iahweh. 19Tomarás depois o segundo carneiro, e Aarão com seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. 20Imolarás o carneiro, tomarás um pouco de seu sangue e o porás sobre a ponta da orelha direita de Aarão e sobre a ponta da orelha direita dos seus filhos, sobre o polegar das suas mãos direitas, como também sobre o polegar dos seus pés direitos; o restante do sangue, tu o jogarás sobre o altar, todo ao redor. 21 “Tomarás então do sangue que está sobre o altar, e do óleo da unção, e os espargirás sobre Aarão e suas vestimentas, e sobre seus filhos e as vestimentas dos seus filhos; assim eles serão consagrados; ele e as suas vestimentas, assim como os seus filhos e as suas vestimentas.

A investidura dos sacerdotes — 22 “Depois tomarás, do carneiro, a gordura, a cauda, a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado, os dois rins e a gordura que está nele, e a coxa direita, porque é o carneiro da investidura. 23Tomarás também um pão, um bolo untado no azeite e uma obréia do cesto dos pães ázimos que está diante de Iahweh. 24Porás tudo isso nas palmas das mãos de Aarão e dos seus filhos, e farás o gesto de apresentação diante de Iahweh. 25Em seguida, os tomarás de suas mãos e os farás subir em fumaça sobre o altar, sobre o holocausto, em suave odor diante de Iahweh. É uma oferta queimada para Iahweh. 26Tomarás o peito do carneiro da investidura de Aarão e farás com ele o gesto de apresentação diante de Iahweh. E essa será a tua porção. 27Consagrarás o peito que foi apresentado, e a coxa da porção que foi tirada, o que se tirou do carneiro da investidura, que é de Aarão e de seus filhos. 28Isto será, segundo um decreto perpétuo, o que Aarão e seus filhos receberão dos filhos de Israel, porque é uma apresentação: a apresentação a Iahweh, feita pelos filhos de Israel sobre os seus sacrifícios de comunhão É uma apresentação para Iahweh. 29As vestimentas sagradas de Aarão passarão depois dele para os seus filhos, que as vestirão quando da sua unção e da sua investidura. 30Durante sete dias ele as vestirá, aquele dentre os filhos de Aarão que for sacerdote depois dele e que entrar na Tenda da Reunião para servir no santuário.

Refeição sagrada — 31 “Tomarás depois o carneiro da investidura e farás cozinhar a sua carne num lugar sagrado. 32Aarão e os seus filhos comerão da carne do carneiro e do pão que está no cesto, à entrada da Tenda da Reunião. 33Comerão do que serviu para fazer a expiação por eles, quando da sua investidura e consagração. Nenhum profano comerá disso, porque são coisas sagradas. 34Se ficar para o dia seguinte parte da carne do sacrifício de investidura ou dos pães, a queimarás ao fogo; não se comerá, porque é coisa sagrada. 35Assim, pois, farás a Aarão e a seus filhos, conforme tudo o que te ordenei. Sete dias durará o rito da investidura deles.

A consagração do altar dos holocaustos — 36 “Cada dia oferecerás também um bezerro em sacrifício pelo pecado, em expiação. Oferecerás pelo altar um sacrifício pelo pecado, quando fizeres por ele a expiação, e o ungirás para consagrá-lo. 37Durante sete dias farás a expiação pelo altar, e o consagrarás; assim, o altar será santíssimo, e tudo o que o tocar será santificado.

Holocausto cotidiano — 38 “Eis o que oferecerás sobre o altar: dois cordeiros machos de um ano, cada dia, e de modo perpétuo. 39Oferecerás um desses cordeiros pela manhã e o outro ao crepúsculo. 40Com o primeiro cordeiro oferecerás a décima parte de um efá de flor de farinha amassada com a quarta parte de um him de azeite de olivas amassadas, e para libação a quarta parte de um him de vinho. 41Oferecerás o segundo cordeiro ao crepúsculo; tu o oferecerás com uma oblação e uma libação semelhante à da manhã: em suave odor, em oferenda queimada para Iahweh. 42Este será o holocausto perpétuo por todas as vossas gerações, à entrada da Tenda da Reunião, diante de Iahweh, onde me comunicarei convosco, para falar contigo. 43Ali virei me encontrar com os filhos de Israel, e o lugar ficará santificado por minha glória. 44Santificarei a Tenda da Reunião e o altar. Consagrarei também Aarão e os seus filhos para que exerçam o meu sacerdócio. 45Habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus. 46E eles conhecerão que eu sou Iahweh, o seu Deus, que os fez sair do país do Egito para habitar no meio deles, eu, Iahweh, o seu Deus.

30 O Altar do Incenso

 — 1 “Farás também um altar para queimares nele o incenso, de madeira de acácia o farás. 2Terá um côvado de comprimento e um de largura, será quadrado, e terá a altura de dois côvados e meio; os chifres formarão uma só peça com ele. 3Cobrirás de ouro puro a sua parte superior, as paredes ao redor e os chifres; e lhe farás uma moldura de ouro ao redor. 4Far-lhe-ás duas argolas de ouro debaixo da moldura, de ambos os lados as farás; nelas se enfiarão os varais para se levar o altar. 5Farás os varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro. 6Porás o altar defronte do véu que está diante da arca do Testemunho — diante do propiciatório que está sobre o Testemunho — onde me encontrarei contigo. 7Aarão fará fumegar sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as lâmpadas, ele o fará fumegar. 8Quando Aarão acender as lâmpadas, ao crepúsculo, o fará fumegar. Será um incenso perpétuo diante de Iahweh, pelas vossas gerações. 9Não oferecereis sobre ele incenso profano, nem holocausto, nem oblação, nem derramareis sobre ele nenhuma libação. 10Uma vez no ano Aarão realizará sobre os chifres do altar o rito da expiação: com o sangue do sacrifício pelo pecado, no dia da Expiação, uma vez por ano, ele fará a expiação por si, pelas vossas gerastes. Está consagrado de modo especial a Iahweh”.

O tributo para o culto — 11Iahweh falou a Moisés, dizendo: 12 “Quando o fizeres o recenseamento dos filhos de Israel, cada um pagará a Iahweh um resgate por sua pessoa, para que não haja entre eles nenhuma praga, quando os recenseares. 13Todo o que estiver submetido ao recenseamento dará meio siclo, na base do siclo do santuário: vinte geras por siclo. Esse meio siclo é o seu tributo a Iahweh. 14Todo o que estiver sujeito ao recenseamento, de vinte anos para cima, dará o tributo a Iahweh. 15O rico não dará mais e o pobre não dará menos do que meio siclo, ao pagar o tributo a Iahweh em resgate por vossas pessoas. 16Tomarás o dinheiro do resgate dos filhos de Israel e o entregarás para o serviço da Tenda da Reunião; ele será para os filhos de Israel um memorial diante de Iahweh, para o resgate de vossas pessoas”.

A bacia ou o Lavabo de Bronze — 17Iahweh falou a Moisés, dizendo: 18 “Farás uma bacia de bronze, com a base, também, de bronze, para as abluções. Colocá-la-ás entre a Tenda da Reunião e o altar, e a encherás de água, 19com a qual Aarão e os seus filhos lavarão as mãos e os pés. 20Quando entrarem na Tenda da Reunião, lavar-se-ão com água, para que não morram, e, também, quando se aproximarem do altar para oficiar, para fazer fumegar uma oferenda queimada para Iahweh. 21Lavarão as mãos e os pés, e não morrerão. Isto será um decreto perpétuo para ele e para a sua descendência, de geração em geração”.

O óleo da unção — 22Iahweh falou a Moisés, dizendo: 23 “Quanto a ti, procura bálsamo de primeira qualidade: quinhentos siclos de mirra virgem; a metade, ou seja, duzentos e cinquenta, de cinamono balsâmico, e outro duzentos e cinquenta de cálamo balsâmico; 24quinhentos siclos de cássia, segundo o peso do siclo do santuário, e um him de azeite de oliveira. 25Com tudo isso farás um óleo para a unção sagrada, um perfume aromático, trabalho de perfumista. Será o óleo para a unção sagrada. 26Com ele, ungirás a Tenda da Reunião e a arca do Testemunho, 27a mesa com todos os seus acessórios, o candelabro com todos os seus acessórios, o altar dos perfumes, 28o altar dos holocaustos com todos os seus acessórios, e a bacia com a sua base. 29Consagrarás essas coisas e serão muito santas; quem as tocai ficará santificado. 30Ungirás também a Aarão e a seus filhos e os consagrarás para que exerçam o sacerdócio em minha honra. 31E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Isto será para vós e para as vossas gerações um óleo de unção sagrada. 32Não será derramado sobre o corpo de nenhum homem e, quanto à sua composição, não fareis outro semelhante a ele. Isto é coisa sagrada, coisa sagrada para vós. 33Quem fizer um outro parecido e colocá-lo sobre um profano, será retirado do seu povo”.

O perfume — 34Iahweh disse a Moisés: “Procura aromas: estoraque, craveiro e gálbano, aromas e incenso puro: cada um em quantidade igual. 35Com eles, farás um perfume, uma composição aromática, obra de perfumista, misturando com sal puro e santo. 36Pulverizarás uma parte dele e a colocarás diante do Testemunho, na Tenda da Reunião, onde me encontro contigo, e será para vós uma coisa muito santa. 37Não fareis para vós nenhum perfume de composição semelhante à que deves fazer. Será para vós coisa santa, consagrada a Iahweh. 38Quem fizer um como este, para o cheirar, será retirado do seu povo”.

31 Os operários do santuário

 — 1Iahweh falou a Moisés, dizendo:  2 “Eis que chamei pelo nome a Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. 3Eu o enchi com o espírito de Deus em sabedoria, entendimento e conhecimento para toda espécie de trabalho, 4para elaborar desenhos, para trabalhar em ouro, prata e bronze, 5para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, e para realizar toda espécie de trabalhos. 6Eis que lhe dou por companheiro Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã; coloquei a sabedoria no coração de todos os homens de coração sábio, para que façam tudo o que te ordenei: 7a Tenda da Reunião, a arca do Testemunho, o propiciatório que está sobre ela e toda a mobília da Tenda; 8a mesa com todos os seus acessórios, o candelabro de ouro puro com todos os seus acessórios, o altar do incenso, 9o altar do holocausto com todos os seus acessórios, a bacia com a sua base; 10as vestimentas litúrgicas, as vestimentas sagradas para o sacerdote Aarão e as vestimentas dos seus filhos para o exercício do sacerdócio; 11o óleo da unção e o incenso para o santuário. Farão tudo de acordo com o que te ordenei”.

Repouso sabático — 12Iahweh disse a Moisés: 13 “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Observareis de verdade os meus sábados, porque são um sinal entre mim e vós em vossas gerações, a fim de que saibais que eu sou Iahweh, o que vos santifica. 14Observareis, pois, o sábado, porque é uma coisa santa para vós. Quem o profanar será castigado com a morte. Todo o que realizar nele algum trabalho será retirado do meio do povo. 15Durante os dias poder-se-á trabalhar; no sétimo dia, porém, se fará repouso absoluto, em honra de Iahweh. Todo aquele que trabalhar no dia do sábado deverá ser morto. 16Os filhos de Israel observarão o sábado, celebrando-o de geração em geração, como uma aliança eterna. 17Será um sinal perpétuo entre mim e os filhos de Israel, porque em seis dias Iahweh fez os céus e a terra; no sétimo dia, porém, descansou e tomou alento”.

Entrega das tábuas da lei a Moisés — 18Quando ele terminou de falar com Moisés no monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra escritas pelo dedo de Deus.

5. O BEZERRO DE OURO E A RENOVAÇÃO DA ALIANÇA

32 O bezerro de ouro

 — 1Quando o povo viu que Moisés tardava em descer da montanha, congregou-se em torno de Aarão e lhe disse: “Vamos, faze-nos um deus que vá à nossa frente, porque a esse Moisés, a esse homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”. 2Aarão respondeu-lhes: “Tirai os brincos de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e filhas, e trazei-mos”. 3Então todo o povo tirou das orelhas os brincos e os trouxeram a Aarão. 4Este recebeu o ouro das suas mãos, o fez fundir em um molde e fabricou com ele uma estátua de bezerro. Então exclamaram: “Este é o teu Deus, ó Israel, o que te fez subir da terra do Egito”. 5Quando Aarão viu isso, edificou um aliar diante da estátua e fez esta proclamação: “Amanhã será festa para Iahweh”. 6No dia seguinte, levantaram-se cedo, ofereceram holocaustos e trouxeram sacrifícios de comunhão. O povo assentou-se para comer e para beber, depois se levantou para se divertir.

Iahweh avisa Moisés — 7Iahweh disse a Moisés: “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste subir da terra do Egito, perverteu-se. 8Depressa se desviaram do caminho que eu lhes havia ordenado. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, o adoraram, lhe ofereceram sacrifícios e disseram: Este é o teu Deus, ó Israel, que te fez subir do país do Egito”. 9Iahweh disse a Moisés: “Tenho visto a este povo: é um povo de cerviz dura. 10Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma; e farei de ti uma grande nação”.

Oração de Moisés — 11Moisés, porém, suplicou a Iahweh, seu Deus, e disse: “Por que, ó Iahweh, se acende a tua ira contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte? 12Por que os egípcios haveriam de dizer: ‘Ele os fez sair com engano, para matá-los nas montanhas e exterminá-los da face da terra’? Abranda o furor da tua ira e renuncia ao castigo que pretendias impor ao teu povo. 13Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaac e Israel, aos quais juraste por ti mesmo, dizendo: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas do céu, e toda a terra que vos prometi, dá-la-ei a vossos filhos para que a possuam para sempre”. 14Iahweh, então, desistiu do castigo com o qual havia ameaçado o povo,

Moisés quebra as tábuas da Lei — 15Moisés voltou-se e desceu da montanha com as duas tábuas do Testemunho nas mãos, tábuas escritas nos dois lados: estavam escritas em uma e outra superfície. 16As tábuas eram obra de Deus, e a escritura era obra de Deus, gravada nas tábuas. 17Josué ouviu o barulho do povo que dava gritos e disse a Moisés: “Há um grito de guerra no acampamento”. 18Respondeu ele: “Não são gritos de vitória, nem gritos de derrota: o que ouço são cantos alternados”. 19Quando se aproximou do acampamento e viu o bezerro e as danças, Moisés acendeu-se em ira; lançou das mãos as tábuas e quebrou-as no sopé da montanha. 20Pegou o bezerro que haviam feito, queimou-o e triturou-o até reduzi-lo a pó miúdo, que espalhou na água e fez os filhos de Israel beberem. 21Moisés disse a Aarão: “Que fez este povo para atrair sobre si um pecado tão grave?”. 22Aarão respondeu: “Que não se acenda a cólera do meu senhor; tu sabes quanto este povo é inclinado para o mal. 23Eles me disseram: ‘Faze-nos um deus que marche à nossa frente, porque a esse Moisés, o homem que nos fez subir do país do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.’ 24Eu disse: ‘Quem tiver ouro, tire-o.’ Eles mo deram; eu o lancei no fogo e saiu esse bezerro”.

O zelo dos Levitas — 25Moisés viu que o povo estava desenfreado, porque Aarão os havia abandonado à vergonha no meio dos seus inimigos. 26Moisés ficou de pé no meio do acampamento e exclamou: “Quem for de Iahweh venha até mim!”. Todos os filhos de Levi reuniram-se em torno dele. 27Ele lhes disse: “Assim fala Iahweh, o Deus de Israel: Cinja, cada um de vós, a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo acampamento, de porta em porta, e mate, cada qual, a seu irmão, a seu amigo, a seu parente”. 28Os filhos de Levi fizeram segundo a palavra de Moisés, e naquele dia morreram do povo uns três mil homens. 29Moisés então disse: “Hoje recebestes a investidura para Iahweh, cada qual contra o seu filho e o seu irmão, para que ele vos conceda hoje a bênção”.

Nova oração de Moisés — 30No dia seguinte, Moisés disse ao povo: “Vós cometestes um pecado grave. Todavia, vou subir a Iahweh para tratar de expiar o vosso pecado”. 31Voltou, pois, Moisés a Iahweh e disse: “Este povo cometeu um grave pecado ao fabricar um deus de ouro. 32Agora, pois se perdoasses o seu pecado… Se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste”.33Iahweh respondeu a Moisés: “Riscarei do meu livro todo aquele que pecou contra mim. 34Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde eu te disse. Eis que o meu Anjo irá adiante de ti. Mas, no dia da minha visita, eu punirei o pecado deles”. 35E Iahweh castigou o povo pelo que havia feito com o bezerro fabricado por Aarão.

33 A ordem para a partida

 — 1Iahweh disse a Moisés: “Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir do Egito, para a terra que prometi com juramento a Abraão, Isaac e Jacó, dizendo: Eu a darei à tua descendência. 2Enviarei adiante de ti um anjo e expulsarei os cananeus, os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 3Sobe para uma terra que mana leite e mel. Eu não subirei no meio de ti, porque és povo de cerviz dura, para não te exterminar no meio do caminho”. 4Quando o povo ouviu essas duras palavras, pôs-se a prantear, e nenhum deles pôs os seus enfeites. 5Iahweh disse a Moisés: “Dize aos filhos de Israel: sois um povo de cerviz dura; se por um momento subisse em vosso meio, eu vos exterminaria. Agora, pois, retirai os vossos enfeites, para saber o que devo fazer-vos”. 6Então, desde o monte Horeb os filhos de Israel deixaram os seus enfeites.

A Tenda — 7Moisés tomou a Tenda e a armou para ele, fora do acampamento, longe do acampamento. Haviam-lhe dado o nome de Tenda da Reunião. Quem quisesse interrogar a Iahweh ia até a Tenda da Reunião, que estava fora do acampamento. 8Quando Moisés se dirigia para a Tenda, todo o povo se levantava, cada um permanecia de pé, na entrada da na tenda, e seguia Moisés com o olhar, até que ele entrasse na Tenda. 9E acontecia que quando Moisés entrava na Tenda, baixava uma coluna de nuvem, parava à entrada da Tenda, e Ele falava com Moisés. 10Quando o povo via a coluna de nuvem parada à entrada da Tenda, todo o povo se levantava e cada um se prosternava à porta da própria tenda. 11Iahweh, então falava com Moisés face a face, como um homem fala com o outro. Depois ele voltava para o acampamento. Mas seu servidor Josué, filho de Nun, moço ainda, não se afastava do interior da Tenda.

Oração de Moisés — 12Moisés disse a Iahweh: “Tu me disseste: ‘Faze subir este povo’, mas não me revelaste quem mandarás comigo. Contudo disseste: ‘Conheço-te pelo nome, e encontraste graça aos meus olhos.’ 13Agora, pois, se encontrei graça aos teus olhos, mostra-me o teu caminho, e que eu te conheça e encontre graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo”. 14Iahweh disse: “Eu mesmo irei e te darei descanso”. 15Disse Moisés: “Se não vieres tu mesmo, não nos faças sair daqui. 16Como se poderá saber que encontramos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não será pelo fato de ires conosco? Assim seremos distintos, eu e o teu povo, de todos os povos da face da terra”. 17Iahweh disse a Moisés: “Farei ainda o que disseste porque encontraste graça aos meus olhos e conheço-te pelo nome”.

Moisés sobre a montanha — 18Moisés respondeu a Iahweh: “Rogo-te que me mostres a tua glória”. 19Ele replicou: “Farei passar diante de ti toda a minha beleza, e diante de ti pronunciarei o nome de Iahweh. Terei piedade de quem eu quiser ter piedade e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão”. 20E acrescentou: “Não poderás ver a minha face, porque o homem não pode ver-me e continuar vivendo”. 21E Iahweh disse ainda: “Eis aqui um lugar junto a mim; põe-te sobre a rocha. 22Quando passar a minha glória, colocar-te-ei na fenda da rocha e cobrir-te-ei com a palma da mão até que eu tenha passado. 23Depois tirarei a palma da mão e me verás pelas costas. Minha face, porém, não se pode ver”.

34 Renovação da Aliança. As tábuas da Lei

 — 1Iahweh disse a Moisés: “Lavra duas tábuas de pedra, como às primeiras, e eu escreverei sobre as tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste. 2Fica preparado de manhã; de madrugada subirás à montanha do Sinai e lá me esperarás, no cimo da montanha. 3Ninguém subirá contigo, e não se verá ninguém em toda a montanha. Nem as ovelhas ou bois pastarão diante da montanha”. 4Moisés lavrou duas tábuas de pedra como as primeiras, levantou-se de madrugada e subiu à montanha do Sinai, como Iahweh lhe havia ordenado, e levou nas mãos as duas tábuas de pedra. 5Iahweh desceu na nuvem e ali esteve junto dele.

A aparição de Deus — Ele invocou o nome de Iahweh. 6Iahweh passou diante dele, e ele exclamou: “Iahweh! Iahweh… Deus de compaixão e de piedade, lento para a cólera e cheio de amor e fidelidade; 7que guarda o seu amor a milhares, tolera a falta, a transgressão e o pecado, mas a ninguém deixa impune e castiga a falta dos pais nos filhos e nos filhos dos seus filhos, até a terceira e quarta geração”. 8Imediatamente Moisés caiu de joelhos por terra e adorou; 9depois ele disse: “Iahweh, se agora encontrei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco, mesmo que este povo seja de cerviz dura. Perdoa as nossas faltas e os nossos pecados, e toma-nos por tua herança”.

A Aliança — 10Então ele disse: “Eis que faço uma aliança. Farei diante de todo o teu povo maravilhas como não se fizeram em toda a terra, nem em nação alguma. Todo este povo, no meio do qual estás, verá a obra de Iahweh, porque coisa temível é o que vou fazer contigo. 11Fica atento paia observar o que hoje te ordeno: expulsarei de diante de ti os amorreus, os cananeus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 12Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que não te sejam uma cilada. 13Ao contrário, derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas e os seus postes sagrados:14Não adorarás outro deus. Pois Iahweh tem por nome Zeloso: é um Deus zeloso. 15Não faças aliança com os moradores da terra. Não suceda que, em se prostituindo com os deuses deles e lhes sacrificando, alguém te convide e comas dos seus sacrifícios, 16e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam com que, também, os teus filhos se prostituam com os seus deuses. 17Não farás para ti deuses de metal fundido. 18Guardarás a festa dos Ázimos. Durante sete dias comerás ázimo, como te ordenei, no tempo fixado no mês de Abib, porque foi no mês de Abib que saíste do Egito. 19Todo o que sair por primeiro do seio materno é meu: todo macho, todo primogênito das tuas ovelhas e do teu gado. 20O jumento, porém, que sair por primeiro do seio materno, tu o resgatarás com um cordeiro; se não o resgatares, quebrar-lhe-ás a nuca. Resgatarás todos os primogênitos dos teus filhos. Não comparecerás diante de mim de mãos vazias. 21Seis dias trabalharás; mas no sétimo descansarás, quer na aradura quer na colheita. 22Guardarás a festa das Semanas: as primícias da colheita do trigo e a festa da colheita na passagem de ano. 23Três vezes por ano todo o homem do teu meio aparecerá perante o Senhor Iahweh, Deus de Israel. 24Porque expulsarei as nações de diante de ti, e alargarei o teu território; ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para comparecer na presença de Iahweh teu Deus, três vezes por ano. 25Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado. Não ficará a vítima da festa da Páscoa da noite para a manhã. 26Trarás o melhor das primícias para a Casa de Iahweh teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite da sua própria mãe”. 27Disse ainda Iahweh a Moisés: “Escreve estas palavras; porque segundo o teor destas palavras fiz aliança contigo e com Israel”. 28Moisés esteve ali com Iahweh quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. Ele escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.

Moisés desce da montanha — 29Quando Moisés desceu da montanha do Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu da montanha, não sabia que a pele de seu rosto resplandecia porque havia falado com ele. 30Olhando Aarão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele de seu rosto resplandecia; e tinham medo de aproximar-se dele. 31Moisés, porém, os chamou; Aarão e os chefes da comunidade foram até ele, e Moisés lhes falou. 32Depois aproximaram-se todos os filhos de Israel, e ordenou-lhes tudo o que Iahweh havia dito sobre a montanha do Sinai. 33Quando Moisés terminou de lhes falar, colocou um véu sobre a face. 34Quando Moisés entrava diante de Iahweh para falar com ele, retirava o véu, até o momento de sair. Ao sair, dizia aos filhos de Israel o que lhe havia sido ordenado, 35e os filhos de Israel viam resplandecer o rosto de Moisés. Depois Moisés colocava o véu sobre a face, até que entrasse para falar com ele.

6 CONSTRUÇÃO E EREÇÃO DO SANTUÁRIO

35 A lei do repouso sabático

 — 1Moisés reuniu toda a comunidade dos filhos de Israel e lhes disse: “Eis o que Iahweh ordenou que se cumprisse: 2Durante seis dias far-se-á o trabalho, mas o sétimo dia será para vós um dia santo, um dia de repouso completo consagrado a Iahweh. Todo aquele que trabalhar nesse dia será punido com a morte. 3No dia de sábado não acendereis fogo em nenhuma de vossas casas”.

Coleta dos materiais — 4Moisés disse a toda a comunidade dos filhos de Israel: “Eis que Iahweh ordenou: 5Fazei entre vós uma coleta para Iahweh. Todo aquele que tiver um coração generoso leve a Iahweh como oferta: ouro, prata, bronze, 6púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino, pêlo de cabra, 7peles de carneiro tingidas de vermelho e couro fino, madeira de acácia, 8azeite para a lâmpada, aromas para o óleo de unção e o perfume aromático, ‘pedras de ônix e pedras de engaste para o efod e o peitoral. 10Todos os que forem habilidosos entre vós venham executar o que Iahweh ordenou: 11a Habitação, a sua tenda e a sua cobertura, os seus ganchos, as suas tábuas, as suas vergas, as suas colunas e as suas bases; 12a arca e os seus varais, o propiciatório e a cortina do véu; 13a mesa, os seus varais e todos os seus acessórios e os pães da proposição; 14o candelabro da iluminação, os seus acessórios, as suas lâmpadas e o azeite para a iluminação; 15o altar dos perfumes e os seus varais, o óleo da unção, o perfume aromático e a cortina de ingresso, para a entrada da Habitação; 16o altar dos holocaustos e a sua grelha de bronze, os seus varais e todos os seus acessórios, a bacia e a sua base; 17as cortinas do átrio, as suas colunas e as suas bases, a cortina da porta do átrio; 18as estacas da Habitação e as estacas do átrio, com as suas cordas; 19as vestimentas litúrgicas para oficiar no santuário: as vestimentas sagradas para o sacerdote Aarão e as vestimentas dos seus filhos, para o exercício do sacerdócio. 20Então, toda a comunidade dos filhos de Israel retirou-se da presença de Moisés. 21Depois vieram todos aqueles aos quais movia o coração e todos aqueles cujo espírito os fazia sentirem-se generosos, e trouxeram a sua oferenda para Iahweh, para a obra da Tenda da Reunião, para todo o seu serviço e para as vestimentas sagradas. 22Vieram os homens junto com as mulheres. Todos os generosos de coração trouxeram fivelas, pingentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; — todos os que haviam oferecido ouro a Iahweh. 23Todos aqueles em cujo poder havia púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim, linho fino, pêlo de cabra, peles de carneiro tingidas de vermelho e couro fino, os traziam. 24Todo aquele que fazia oferta de prata e de bronze a Iahweh a trazia, e todo aquele em cujo poder havia madeira de acácia para toda a obra do serviço, a trazia. 25As mulheres habilidosas traziam o que por suas próprias mãos tinham fiado: púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino. 26As mulheres às quais o coração movia a trabalhar com habilidade fiavam os pêlos de cabra. 27Os chefes trouxeram pedras de ônix e pedras de engaste para o efod e o peitoral, 28os aromas e o azeite para a iluminação, para o óleo da unção e para o perfume aromático. 29Os filhos de Israel trouxeram oferta voluntária a Iahweh, a saber, todo homem e mulher, cujo coração os movia a trazerem uma oferta para toda a obra que Iahweh, por intermédio de Moisés, tinha ordenado que se fizesse.

Os operários do santuário — 30Moisés disse aos filhos de Israel: “Vede, Iahweh chamou a Beseleel por seu nome, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 31e o encheu com o espírito de Deus, de sabedoria, entendi mento e conhecimento para toda espécie de trabalhos; 32para elaborai desenhos, para trabalhar o ouro, a prata e o bronze, 33para lapidar pedras de engaste, para trabalhar a madeira e para realizar toda espécie de trabalho artístico. 34Também lhe dispôs o coração, a ele e a Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã, para ensinar aos outros. 35Encheu-lhes o coração de sabedoria para executar toda espécie de trabalho, para entalhar, para desenhar, para recamar a púrpura violeta e escarlate, o carmesim o linho fino, e para tecer; hábeis em toda espécie de trabalhos e desenhistas de projetos.

36 1Beseleel, Ooliab e todos os homens de coração sábio, nos quais Iahweh havia depositado sabedoria e entendimento para executar com perícia toda espécie de trabalhos para o culto do santuário, farão tudo de acordo com o que Iahweh ordenou”.

A entrega da coleta — 2Moisés chamou, pois, a Beseleel e Ooliab e todos os homens hábeis aos quais Iahweh havia dado sabedoria, a todos cujo coração os impelia a entregar-se à realização de algum trabalho. 3Eles receberam, na presença de Moisés, todas as oferendas que os filhos de Israel haviam trazido para a realização das obras do culto do santuário. Contudo, os filhos de Israel continuavam trazendo espontaneamente suas ofertas todas as manhãs. 4Todos os peritos que realizavam os trabalhos do santuário, interrompendo cada um a tarefa que estava fazendo, vieram 5e disseram a Moisés: “O povo traz muito mais que o necessário para realizar a obra que Iahweh ordenou que se fizesse”. 6Então ordenou Moisés, e a sua ordem foi proclamada no acampamento, dizendo: “Nenhum homem ou mulher faça mais obra alguma para a oferta do santuário”. Assim o povo foi proibido de trazer mais. 7Pois já havia material suficiente para realizar todas as obras e ainda sobrava.

A Habitação — 8Os artistas mais habilidosos, dentre todos os que trabalhavam na obra, fizeram a Habitação. Ele fez uma obra de arte com dez cortinas de linho fino retorcido, púrpura violeta, púrpura escarlate e carmesim, com figuras de querubins. 9O comprimento de cada cortina era de vinte e oito côvados, e a largura de quatro côvados; uma única medida para todas. 10Cinco cortinas eram ligadas uma à outra; e as outras cinco eram também ligadas uma à outra. 11Fez laçadas de púrpura violeta na franja da primeira cortina, que estava na extremidade do conjunto. Fez o mesmo na franja da cortina que terminava o segundo conjunto. 12Fez cinquenta laçadas na primeira cortina e cinquenta laçadas na extremidade da cortina do segundo conjunto, correspondendo as laçadas entre si. 13Fez também cinquenta colchetes de ouro, com os quais prendeu as cortinas uma à outra, de modo que a Habitação formava um todo. 14Fez cortinas de pêlo de cabra, à maneira de tenda sobre a Habitação, em número de onze. 15 O comprimento de cada cortina era de trinta côvados, e a largura de quatro côvados; as onze cortinas eram de igual medida. 16Ajuntou à parte cinco cortinas entre si, e de igual modo as seis restantes. 17E fez cinquenta laçadas na franja da cortina que terminava o primeiro conjunto, e cinquenta na franja do segundo conjunto. 18Fez também cinquenta colchetes de bronze para ajuntar a tenda, para que formasse um todo. 19Fez também, para a tenda, uma cobertura de peles de carneiro tingidas de vermelho, e outra de couro fino.

A armação — 20Fez para a Habitação tábuas de madeira de acácia, para colocá-las em posição vertical. 21Cada tábua tinha dez côvados de comprimento, e um côvado e meio de largura. 22Cada tábua tinha dois encaixes travados um com o outro. Assim fez com as tábuas da Habitação. 23Ele fez as tábuas para a Habitação: vinte tábuas para o lado do Negueb, para o sul. 24Fez também quarenta bases de prata para as vinte tábuas: duas bases debaixo de uma tábua, para os seus dois encaixes, e duas bases debaixo da outra tábua, para os seus dois encaixes. 25Fez, para o segundo lado da Habitação, para o norte, vinte tábuas e quarenta bases de prata: 26duas bases debaixo de uma tábua e duas bases debaixo da outra tábua. 27Para o fundo da Habitação, para o oeste, fez seis tábuas. 28Fez também duas tábuas para os cantos do fundo da Habitação. 29Eram geminadas na parte inferior e assim permaneciam até o cimo, à altura da primeira argola. Assim se fez com as duas tábuas nos dois cantos. 30Havia oito tábuas com as suas dezesseis bases de prata, duas bases para cada tábua. 31Fez também travessas de madeira de acácia, 32cinco para as tábuas do primeiro lado da Habitação, cinco para as tábuas do segundo lado da Habitação e cinco para as tábuas do fundo da Habitação, do lado do mar. 33Fez a travessa do meio para ajuntar as tábuas à meia altura, de uma extremidade à outra. 34Cobriu de ouro as tábuas, e de ouro fez as suas argolas, pelas quais passavam as travessas; e cobriu de ouro também as travessas.

A cortina — 35Fez a cortina de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. Fê-la bordada com figuras de querubins. 36Fez para ela quatro colunas de acácia, que cobriu de ouro; os seus colchetes eram de ouro, e fundiu para elas quatro bases de prata. 37Fez também para a entrada da Tenda um véu bordado de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido, 38com as suas cinco colunas e respectivos colchetes; e cobriu de ouro os seus capitéis e as suas molduras. As suas cinco bases eram de bronze.

37 A Arca da Aliança

 — 1Beseleel fez a arca de madeira de acácia. De dois côvados e meio era o seu comprimento, de um côvado e meio a largura, e de um côvado e meio a altura. 2Cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora; e fez ao redor uma moldura de ouro. 3Fundiu para ela quatro argolas de ouro sobre os seus quatro pés; duas argolas de um lado e duas do outro. 4Fez varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro; 5e os enfiou nas argolas dos lados da arca, para poder transportá-la. 6Fez o propiciatório de ouro puro: dois côvados e meio de comprimento, e um e meio de largura. 7Fez também dois querubins de ouro. De ouro batido os fez nas duas extremidades do propiciatório: 8um querubim numa extremidade e o outro na extremidade oposta. Ele os fez formando um só conjunto com o propiciatório em ambos os lados dele. 9Os querubins tinham as asas estendidas para cima e cobriam com suas asas o propiciatório. Estavam com as faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório.

A mesa dos pães da oblação — 10Fez também a mesa de madeira de acácia. Tinha o comprimento de dois côvados, a largura de um côvado e a altura de um côvado e meio. 11De ouro puro a cobriu, e lhe fez uma moldura de ouro ao redor. 12Também lhe fez um enquadramento ao redor, com um palmo de largura, e fez uma moldura de ouro ao redor da moldura. 13Fundiu para ela quatro argolas de ouro, e colocou-as nos quatro cantos formados pelos quatro pés. 14As argolas estavam colocadas perto do enquadramento, como lugares para os varais, para se levar a mesa. 15Fez os varais de madeira de acácia e os cobriu de ouro, para se levar a mesa. 16Fez também os acessórios que deviam estar sobre a mesa: os seus pratos, os seus recipientes para o incenso, as suas galhetas e as suas taças para as libações: todos de ouro puro.

O candelabro — 17De ouro puro fez o candelabro. De ouro batido o fabricou. O seu pedestal, a sua haste, os seus cálices, as suas maçanetas e flores formavam uma só peça com ele. 18Seis braços saíam dos seus lados: três de um lado e três de outro. 19Três cálices em forma de flor de amêndoas em um braço, um botão e uma flor; e três cálices em forma de flor de amêndoas no outro braço, com o botão e a flor. Assim para os seis braços que saíam do candelabro. 20No candelabro havia quatro cálices em forma de flor de amêndoas, com os seus botões e flores: 21um botão debaixo dos dois primeiros braços que saíam do candelabro, outro debaixo dos outros dois e outro debaixo dos dois últimos que, também, saíam do candelabro. Assim para os seis braços que saíam do candelabro. 22Os botões e os braços formavam uma só peça com ele: um único bloco de ouro puro batido. 23Fez também as suas lâmpadas, em número de sete. As suas espevitadeiras e os seus aparadores eram de ouro puro. 24Com um talento de ouro puro fez o candelabro e todos os seus acessórios.

O altar dos perfumes. O óleo da unção e o perfume — 25Fez o altar dos perfumes de madeira de acácia: um côvado de comprimento, um côvado de largura — era quadrado — e dois côvados de altura. Os seus chifres formavam uma só peça com ele. 26De ouro puro o cobriu: a sua mesa, os seus lados em todo o redor e os seus chifres. E lhe fez uma moldura de ouro ao redor. 27Debaixo dessa moldura lhe fez duas argolas de ouro em cada um dos lados, em ambos os lados, para receber os varais destinados a transportá-lo. 28Fez os varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro. 29Preparou o óleo santo da unção e o perfume aromático — como um perfumista.

38 O altar dos holocaustos

 — 1Fez o altar dos holocaustos de madeira de acácia: cinco côvados de comprimento, cinco côvados de largura — era quadrado — e três côvados de altura. 2Nos quatro ângulos, fez levantar chifres, formando uma só peça com ele, e o cobriu de bronze. 3Fez também todos os acessórios do altar: recipientes para recolher suas cinzas, pás, bacias, garfos e braseiros. Fez todos os seus acessórios de bronze. 4Fez para o altar uma grelha de bronze, em forma de rede, sob o rebordo do altar, embaixo, desde a parte inferior até a metade do altar. 5Fundiu quatro argolas nas quatro pontas da grelha de bronze, para que servissem de receptáculo aos varais. 6De madeira de acácia fez os varais e os cobriu de bronze. 7Enfiou os varais nas argolas, de um e do outro lado do altar, para transportá-lo com eles. Ele o fez oco e de tábuas.

A bacia — 8Fez uma bacia de bronze e a sua base de bronze com os espelhos das mulheres que serviam à entrada da Tenda da Reunião.

Construção do átrio — 9Construiu também o átrio. Para o lado do Negueb, que olha para o sul, as cortinas do átrio eram de linho fino retorcido, com cem côvados. 10As suas vinte colunas e as suas bases eram de bronze. Os ganchos das colunas e as suas vergas eram de prata. 11Para o lado do norte, cem côvados. As suas vinte colunas e as suas bases eram de bronze. Os ganchos das colunas e as suas vergas eram de prata. 12Para o lado do mar, cortinas numa extensão de cinquenta côvados, com suas dez colunas e suas dez bases. Os ganchos das colunas e as suas vergas eram de prata. 13Para a parte oriental, que olha para o nascente, cinquenta côvados: 14cortinas numa extensão de quinze côvados em um dos lados, com as suas três colunas e as suas três bases; 15e do outro lado, em ambos os lados da porta do átrio, cortinas numa extensão de quinze côvados, com as suas três colunas e as suas três bases. 16Todas as cortinas ao redor do átrio eram de linho fino retorcido. 17As bases das colunas eram de bronze, e os ganchos das colunas e os seus varais, de prata. O revestimento dos seus capitéis era de prata, e todas as colunas do átrio tinham vergas de prata. 18A cortina da porta do átrio era bordada, de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido: vinte côvados de comprimento e cinco de altura e de largura, como as cortinas do átrio. 19As suas quatro colunas e as suas quatro bases eram de bronze, e os seus ganchos, de prata; e o revestimento dos seus capitéis e vergas, de prata. 20Todas as estacas da Habitação e do recinto do átrio eram de bronze.

Enumeração dos metais — 21Eis as contas da Habitação — a Habitação do Testemunho — estabelecidas por ordem de Moisés, trabalho dos levitas, por intermédio de Itamar, filho de Aarão, o sacerdote. 22Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, fez tudo o que Iahweh havia ordenado a Moisés. 23Com ele estava Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã, hábil nos entalhes, desenhista, bordador em púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino. 24O total do ouro empregado na obra, entre todos os trabalhos do santuário, ouro que provinha das ofertas, foi de vinte e nove talentos e setecentos e trinta siclos, segundo o valor do siclo do santuário. 25A prata do recenseamento da comunidade: cem talentos e mil e setecentos e setenta e cinco siclos, segundo o valor do siclo do santuário: 26um beca por pessoa, meio siclo, segundo o valor do siclo do santuário, por todos os que foram recenseados, de vinte anos para cima, que foram seiscentos e três mil, quinhentos e cinquenta. 27Empregaram-se cem talentos de prata para fundir as bases do santuário e as bases do véu; para as cem bases cem talentos: um talento para cada base. 28Com os mil setecentos e setenta e cinco siclos fabricou os ganchos para as colunas, recobriu os seus capitéis e lhes pôs as vergas. 29O bronze das ofertas: setenta talentos e dois mil e quatrocentos siclos. 30Com ele fez as bases da entrada da Tenda da Reunião, o altar de bronze e a sua grelha de bronze e todos os acessórios do altar, 31as bases do átrio ao redor, as bases da porta do átrio e todas as estacas do recinto do átrio.

39 A vestimenta do sumo sacerdote

 — 1Com a púrpura violeta e escarlate, o carmesim e o linho fino fizeram as vestimentas rituais para oficiar no santuário. Fizeram também as vestimentas sagradas para o sacerdote Aarão, como Iahweh havia ordenado a Moisés.

O efod — 2Fizeram o efod com ouro, púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 3Bateram o ouro em lâminas delgadas e cortaram-nas em tiras para trançá-las, num artístico trabalho de trançado. 4Tinha duas ombreiras que se juntavam às suas duas extremidades, e assim se uniam. 5O cinto que estava em cima, para apertá-lo, formava uma só peça com ele e era da mesma feitura: ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. Tal como Iahweh havia ordenado a Moisés. 6Prepararam as pedras de ônix, engastadas em ouro, gravadas à semelhança da incisão de um selo, com os nomes dos filhos de Israel. 7Colocaram-nas sobre as ombreiras do efod, à maneira de pedras destinadas a recordar aos filhos de Israel, como Iahweh havia ordenado a Moisés.

O peitoral — 8Fizeram o peitoral, trabalho artístico trançado, da mesma feitura do efod: ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 9Era quadrado, e o fizeram dobrado em dois, com um palmo de comprimento e um de largura. 10Colocaram nele engastes de pedras dispostas em quatro filas: uma sardónica, um topázio e uma esmeralda para a primeira. 11A segunda fileira era de carbúnculo, safira e diamante. 12A terceira, uma ágata, um jacinto e uma ametista. 13A quarta era um berilo, um ônix e um jaspe. Estavam engastadas com engastes de ouro em suas guarnições. 14As pedras correspondiam aos nomes dos filhos de Israel: doze, como os seus nomes. Estavam gravadas como um selo, cada qual com o seu nome, segundo as doze tribos. 15Fizeram sobre o peitoral correntes trançadas como um cordão de ouro puro. 16Fizeram também dois engastes de ouro e duas argolas de ouro, e fixaram ambas as argolas nas duas extremidades do peitoral. 17Passaram os dois cordões de ouro pelas argolas dos extremos do peitoral. 18Fixaram as duas pontas dos cordões nos engastes, e os prenderam nas duas ombreiras do efod em sua parte dianteira. 19Fizeram duas argolas de ouro que puseram nas duas pontas do peitoral, na sua orla, que atravessava o efod por sua parte inferior. 20Fizeram também outras duas argolas de ouro, que fixaram nas duas ombreiras do efod em sua parte inferior dianteira, perto da juntura, por cima do cinto do efod.21 Juntaram o peitoral por suas argolas às argolas do efod com um cordão de púrpura violeta, para que ficasse fixo por cima do cinto do efod não pudesse o peitoral desprender-se do efod. Tudo como Iahweh havia ordenado a Moisés.

O manto — 22Depois fizeram o manto do efod. Todo ele era tecido com púrpura violeta. 23A abertura no meio do manto era como a abertura de um colete de malhas. A abertura trazia em toda a sua volta uma dobra que não se rasgava. 24Fizeram, na parte inferior do manto, romãs de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e de linho fino retorcido. 25Também fizeram campainhas de ouro puro e colocaram as campainhas entre as romãs. 26Era uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã em toda a volta da parte inferior do manto que se usava para o serviço religioso, como Iahweh havia ordenado a Moisés.

Vestimentas sacerdotais — 27Fizeram também, para Aarão e seus filhos, as túnicas tecidas de linho fino; 28o turbante de linho fino, os barretes de linho fino, os calções de linho fino retorcido 29e o cinto de linho fino retorcido de púrpura violeta e escarlate de carmesim, como Iahweh havia ordenado a Moisés.

O sinal de consagração — 30Depois fizeram a flor — o sinal da santa consagração, de ouro puro — e nela gravaram como num selo: “Consagrado a Iahweh”. 31Colocaram por cima um cordão de púrpura violeta, para pô-lo sobre o turbante, em cima, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 32Assim se concluiu todo o trabalho da Habitação, da Tenda da Reunião. E os filhos de Israel fizeram tudo o que Iahweh havia ordenado a Moisés.

Entrega das obras realizadas a Moisés — 33Levaram a Moisés a Habitação, a Tenda e todos os seus acessórios, suas argolas, suas tábuas, suas travessas, suas colunas e suas bases; 34a cobertura de peles de carneiro tingidas de vermelho, a cobertura de couro fino e o véu protetor; 35a arca do Testemunho com os seus varais e o propiciatório; 36a mesa, todos os seus acessórios e os pães da oblação; 37o candelabro de ouro puro, as suas lâmpadas — uma fileira de lâmpadas — e todos os seus acessórios, e o óleo para o candelabro; 38o altar de ouro, o óleo da unção, o incenso aromático e o véu para a entrada da Tenda; 39o altar de bronze e a sua grelha de bronze, os seus varais e todos os seus acessórios; a bacia e a sua base; 40as cortinas do átrio, as suas colunas, as suas bases e o véu para a porta do átrio, as suas cordas, as suas estacas e todos os acessórios para o serviço da Habitação, para a Tenda da Reunião; 41as vestimentas litúrgicas para oficiar no santuário — as vestimentas sagradas para Aarão, o sacerdote, e as vestimentas dos seus filhos para exercer o sacerdócio. 42Os filhos de Israel fizeram todos os trabalhos como Iahweh havia ordenado a Moisés. 43Moisés viu toda a obra. Tinham feito como Iahweh havia ordenado. E Moisés os abençoou.

40 Ereção e consagração do santuário

 — 1Iahweh falou a Moisés, dizendo: 2 “No primeiro dia do primeiro mês, levantarás a Habitação, a Tenda da Reunião. 3Colocarás nela a arca do Testemunho e cobrirás a arca com o véu. 4Trarás a mesa e arrumarás tudo. Trarás o candelabro e montarás as lâmpadas. 5Colocarás o altar de ouro diante da arca do Testemunho e colocarás o véu na entrada da Habitação. 6Colocarás o altar dos holocaustos diante da entrada da Habitação, da Tenda da Reunião. 7Porás a bacia entre a Tenda da Reunião e o altar, e nela colocarás água. 8Colocarás o átrio ao redor e porás o véu na porta do átrio. 9Tomarás do óleo da unção e ungirás a Habitação e tudo o que está dentro dela; tu a consagrarás com todos os seus acessórios, e ela será muito santa. 10Ungirás o altar dos holocaustos com os seus acessórios, consagrarás o altar, e o altar será eminentemente santo. 11Ungirás a bacia e a sua base e as consagrarás. 12Depois farás Aarão e seus filhos se aproximarem da entrada da Tenda da Reunião; tu os lavarás com água 13e revestirás Aarão com as vestimentas sagradas; tu o ungirás e o consagrarás para que exerça o meu sacerdócio. 14Os seus filhos, tu os farás se aproximar e os revestirás com as túnicas. 15Tu os ungirás como ungiste o pai deles, para que exerçam o meu sacerdócio. Isto se fará para que a unção deles lhes confira um sacerdócio perpétuo, em suas gerações”.

Realização das ordens divinas — 16Moisés o fez. Fez tudo como Iahweh havia ordenado. 17No primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, levantaram a Habitação. 18Moisés levantou a Habitação. Colocou as travessas e ergueu as colunas. 19Estendeu a tenda para a Habitação e colocou por cima a cobertura da Tenda, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 20Tomou o Testemunho, colocou-o na arca, colocou os varais na arca e pôs o propiciatório sobre a arca. 21Introduziu a arca na Habitação e colocou a cortina do véu. Velou assim a arca do Testemunho, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 22Colocou a mesa na Tenda da Reunião, ao lado da Habitação, ao norte, na extremidade do véu, 23e dispôs em ordem o pão diante de Iahweh, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 24Colocou o candelabro na Tenda da Reunião, diante da mesa, ao lado da Habitação, ao sul, 25e dispôs as lâmpadas diante de Iahweh, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 26CoIocou o altar de ouro na Tenda da Reunião, diante do véu, 27e em cima dele queimou o incenso aromático, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 28Depois colocou o véu na entrada da Habitação. 29Colocou o altar dos holocaustos na entrada da Habitação, da Tenda da Reunião, e nele ofereceu holocaustos e a oblação, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 30Colocou a bacia entre a Tenda da Reunião e o altar, e pôs nela água para as abluções, 31com a qual Moisés, Aarão e os seus filhos lavavam as mãos e os pés. 32Quando entravam na Tenda da Reunião ou se aproximavam do altar, lavavam-se, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 33Levantou o átrio ao redor da Habitação e do altar, e colocou o véu na porta do átrio. Assim Moisés terminou os trabalhos.

Iahweh toma posse do santuário — 34A nuvem cobriu a Tenda da Reunião, e a glória de Iahweh encheu a Habitação. 35Moisés não pôde entrar na Tenda da Reunião porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória de Iahweh enchia a Habitação.

A nuvem guia os filhos de Israel — 36Em todas as etapas, quando a nuvem se levantava por cima da Habitação, os filhos de Israel punham-se em marcha. 37Mas se a nuvem não se levantava, também eles não marchavam até que ela se levantasse. 38Pois, de dia, a nuvem de Iahweh ficava sobre a Habitação, e de noite havia dentro dela um fogo, aos olhos de toda a casa de Israel, durante todas as suas etapas.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Pensamento sobre Pensamentos

No último verso do belo poema de Max Heindel, Credo ou Cristo[1], lemos sobre a compaixão e o amor como as chaves que destrancam os portões dos Céus e asseguram a vida eterna. O único requisito para o progresso espiritual é o Amor. Nós lemos:

“Só uma coisa o Mundo necessita conhecer:

apenas um bálsamo existe para curar toda a humana dor;

apenas um caminho há que conduz, acima, aos céus:

Este caminho é: a COMPAIXÃO e o AMOR.”

Não é suficiente saber sobre a consciência ininterrupta ou possuir uma compreensão completa das Leis de Deus; nem mesmo um entendimento abrangente sobre a nossa jornada após a morte constitui os requisitos para a entrada na existência celeste. O conhecimento é uma vantagem, uma pérola de grande valor, mas antes e por último o vínculo da compaixão humana deve despertar nos corações de todos nós a percepção de que “o Guardião do Nosso Irmão e da Nossa Irmã”[2] é um fato e um mandamento.

Sem a compaixão humana, como pode o vasto conhecimento encontrar um meio de expressão? Negado um meio de expressão, um meio para a conversão de riquezas acumuladas em conhecimento, como pode haver benefício? Não é ensinado que possuir talento, ou entendimento, gera a administração que deve ser contabilizada e somente em igual medida o prêmio é compatível com a ação? Aquele que recebeu cinco talentos na Parábola[3] teve sucesso no bom uso da habilidade, acumulou mais cinco e foi premiado com a administração em muitas coisas, “sendo fiel sobre algumas”. Aquele que recebeu dois talentos também teve êxito em dobrar a quantia, merecendo assim o justo elogio. O operário que recebeu um talento ficou com medo e o escondeu para mantê-lo seguro, mas até mesmo o cuidado tomado para reter o que recebeu foi condenado, pois a preguiça não merece aprovação e somente o crescimento e o desenvolvimento daquilo que é dado recebe o “Muito bem, servo bom e fiel” (Mt 25:21).

Ter muito conhecimento gera grande responsabilidade e mesmo um pequeno conhecimento requer uso correto e justo. Usar nossos talentos para promover o bem-estar de nossos semelhantes, independentemente de interesses próprios, é o meio mais seguro de adquirir essa compaixão e amor, a chave para o desenvolvimento espiritual. O amor pelos ideais espirituais não é suficiente, pois assim como o mais elevado encontra reflexo no mais baixo, o amor divino cresce e brilha através do humano e do ato de bondade; é pelo ato de misericórdia e pela missão de administração útil que o amor de Deus é refletido. À medida que elevamos os outros, elevamos a nós mesmos; é através do amor e da compaixão humanos que crescemos em direção à manifestação mais elevada.

A compaixão e o amor humanos são promovidos por meio de apenas um canal: o do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focado na Divina Essência oculta em cada um de nós, para com o nosso irmão e a nossa irmã que estão ao nosso redor. O serviço é divulgado abertamente, é bradado para todos os lados e o próprio ar parece vibrante com a sua entoação. Por quê? Porque por meio do serviço é adquirido o amor de fazer aos outros pelo simples fazer e não porque, por trás de cada ato, esteja o pensamento “Eu cresço espiritualmente fazendo isso”. Mas todo crescimento espiritual é esquecido e todos os exercícios e métodos são secundários, uma vez que se começou realmente a servir como se deve. Ao realizar ações gentis para os outros, esquecemos tudo, exceto a necessidade daquele que estamos ajudando; é nisso que está o segredo do crescimento da alma.

Obter os melhores resultados do nosso trabalho para que o bem-estar do outro possa ser promovido e porque nos sentimos motivados a dar o nosso melhor, em espírito de amor para desempenhar os deveres que atendem à nossa vocação, é o tipo de serviço que devemos prestar! Nós nos esquecemos de nós mesmos e tornamos atentos ao bem-estar do outro; nesse esquecimento está um grande progresso. É exigido de todos que se doem em todos os momentos e a melhor maneira de fazer isso é esquecer os interesses próprios, usando nossos talentos para o bem-estar daqueles com quem entramos em contato. Ao esquecer de si mesmo, começamos a nos aproximar de nossos semelhantes e a sentir mais os seus esforços; surge assim uma resposta a suas lutas e encontramos oportunidades para aliviar sua vida; assim, é estabelecido o vínculo da compaixão humana. A compaixão é semelhante ao amor; na verdade, ela é a mais alta expressão do amor, está no amor: é amor.

É o esquecimento de si no cuidado do bebê em seus braços que desperta emoções internas de tal forma que cada mágoa, cada choro ou necessidade da criança é sentida pela mãe. Seu interesse é centrado no bem-estar da criança, independentemente de interesses próprios; tal é a sua compaixão e o seu amor que todas as crianças trazem um sorriso gentil em seu rosto, uma demonstração de amor e cuidado.

Servir significa fazer o que está mais próximo da melhor maneira possível, com espírito altruísta. É verdade que não podemos ser, todos nós, professores, médicos, enfermeiros, profissionais de saúde ou ter uma profissão que dê oportunidade constante de ajudar os outros; mas, sejamos balconistas em uma loja ou engenheiros em qualquer indústria ou empresa ou até profissionais liberais, somos servos na medida em que nossos irmãos ou irmãs que estão ao nosso lado dependem de nós. É o espírito com que servimos que determina nosso crescimento. Se o (ou a) balconista atua de maneira cortês e faz todos os esforços para atender às necessidades do seu cliente, não por causa da recompensa material, mas porque o cliente depende do seu julgamento e justiça para receber o melhor que pode ser obtido, então esse (ou essa) balconista serve a Deus e ao seu irmão ou sua irmã ao redor. Por menor que seja o ato, a obra ou ação, ele é muito agradável aos olhos de Deus, caso o Ego que inicia a ação seja altruísta.

Para o Aspirante à vida superior, que busca desenvolver suas potencialidades latentes, a necessidade de servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível), focado na Divina Essência oculta em cada um de nós, para com o irmão e a irmã que estão ao redor dele é intensamente sentida e ele se esforça fielmente para se esquecer de si mesmo e ser o servo de todos. Há uma força que pode ser usada por todos para servir aos outros[4] e nela está o desdobramento de todos os poderes latentes; além disso, é pelo uso dessa força que nossos semelhantes são beneficiados. Refiro-me à força do pensamento!

Aprendemos estudando o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz que os pensamentos-forma estão dentro e sendo continuamente projetados sobre o Corpo de Desejos em um esforço para despertar um dos dois Sentimentos, Interesse ou Indiferença, que levarão à ação ou não e que a razão deva governar a natureza inferior (ou “eu inferior) e deixar o escopo do “Eu superior” para a expressão de suas propensões divinas. Também sabemos que o pensamento habitual tem o poder de moldar a matéria física, pois a natureza do sensualista é claramente discernível em suas feições, que são grosseiras e toscas, assim como as feições do espiritualista são delicadas e finas.

O poder do pensamento é ainda maior em sua potência de moldar os Corpos mais sutis. Pensamentos de medo e preocupação congelam o Corpo de Desejos de quem se entrega a eles e é igualmente certo que, cultivando um estado de espírito feliz e otimista em todas as circunstâncias, podemos sintonizar nossos Corpos de Desejos com qualquer tom que desejarmos; depois de um tempo, isso se tornará um hábito, embora devamos confessar que seja muito mais difícil manter o Corpo de Desejos em linhas definidas, mas isso pode ser realizado e a tentativa deve ser feita por todos que querem avanço espiritual.

Pelo exposto será percebido que os pensamentos têm poder e conhecendo isso nos tornamos administradores dessa força à medida que as usamos para o bem ou para o mal, para nós mesmos ou para os outros, merecemos uma recompensa correspondente. À medida que semeamos, colhemos e o pensamento-forma enviado retorna à sua fonte, trazendo o registro da jornada, seu sucesso ou fracasso, e é impresso nos átomos negativos do Éter Refletor do Corpo Vital do seu criador, onde molda aquela parte do registro da vida e ação do pensador que, às vezes, chamamos de Mente Subconsciente. Também notamos que o poder do pensamento está na repetição; pensamentos habituais têm poder suficiente para modificar até mesmo a matéria física.

Possuímos uma força que precisa apenas de controle e intensidade suficientes para se tornar dinâmica; isso torna evidente que sejamos obrigados a lidar com o modo como a usamos. Ou o desenvolvimento da força do pensamento está adormecido ou crescente, tornando-se bom ou mau de acordo com nossa vontade. Desdobrar as potencialidades dinâmicas requer esforço constante e, assim como a força do pensamento, que é uma potencialidade, o esforço constante, intensidade e propósito são necessários para reunir forças dispersas de pensamento e moldar uma forma vibrante e potente com energia dinâmica que seja capaz de cumprir a vontade do seu criador.

Ao enviar pensamentos de esperança e alegria aos outros não somente os cercamos com sugestões de boa vontade como, por meio da repetição, somos capazes de estabelecer um vínculo pelo qual nossos pensamentos são recebidos e postos em prática. O Poder de Cura por meio do pensamento fornece uma vasta oportunidade de serviço por meio do envio de pensamentos-formas vibrantes que tenham o Poder Divino de Cura. A força do pensamento deve ser concentrada e controlada. É preciso haver intensidade e grande poder fundamentando o pensamento-forma que é projetado.

Pensamentos amorosos, constantemente saindo de nós em missões de serviço a Deus no tempo certo, se tornarão dinâmicos e estarão sob nosso comando para serem usados em prol dos outros. O retorno dessas formas aumentará tanto o brilho das nossas auras que o Estudante Rosacruz ativo atrai a atenção dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz; com esse poder seremos canais para o grande trabalho deles e, ao usar nossas forças de pensamento para elevar os outros, ajudamos a nós mesmos, pois através do amor e da compaixão irradiamos a luz de Deus e nossa própria presença se torna um testemunho vivo do Nosso Pai.

“Não desperdicemos nosso tempo ardentemente desejando

Feitos brilhantes, mas impossíveis.

Não fiquemos indolentemente esperando

O nascimento de asas angelicais visíveis.

Não desprezemos as pequenas luzes brilhando,

Pois nem todos podem ser uma estrela reluzente;

Mas, vamos realizar nossa missão, iluminando

O lugar onde estamos presentemente.

As velas pequenas são tão indispensáveis

Como o é no céu o Sol fulgente.

E as ações mais nobres são realizáveis

Quando as fazemos dignamente.

Talvez agora não consigamos, caminhando,

Alumiar a escuridão das distantes regiões, claramente.

Mas, vamos realizar nossa missão, iluminando

O lugar onde estamos presentemente.”[5]

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: do livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

[2] N.T.: É uma expressão que enfatiza a responsabilidade compartilhada e a interconexão dentro de uma comunidade ou sociedade. Sugere que temos a obrigação moral de cuidar, proteger e apoiar uns aos outros. Na Bíblia vemos essa pergunta: “Acaso sou guardião de meu irmão?” (Gn 4:9).

[3] N.T.: A Parábola do Talentos descrita na Bíblia: 14Pois será como um homem que, viajando para o estrangeiro, chamou os seus próprios servos e entregou-lhes os seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro dois, a outro um. A cada um de acordo com a sua capacidade. E partiu. Imediatamente, 16o que recebera cinco talentos saiu a trabalhar com eles e ganhou outros cinco. 17Da mesma maneira, o que recebera dois ganhou outros dois. 18Mas aquele que recebera um só o tomou e foi abrir uma cova no chão. E enterrou o dinheiro do seu senhor. 19Depois de muito tempo, o senhor daqueles servos voltou e pôs-se a ajustar contas com eles. 20Chegando aquele que recebera cinco talentos, entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me confiaste cinco talentos. Aqui estão outros cinco que ganhei’. 21Disse-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu senhor!’” 22Chegando também o dos dois talentos, disse: ‘Senhor, tu me confiaste dois talentos. Aqui estão outros dois talentos que ganhei’. 23Disse-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu senhor!’ 24Por fim, chegando o que recebera um talento, disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste. 25Assim, amedrontado, fui enterrar o teu talento no chão. Aqui tens o que é teu’. 26A isso respondeu-lhe o senhor: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que eu colho onde não semeei e que ajunto onde não espalhei? 27Pois então devias ter depositado o meu dinheiro com os banqueiros e, ao voltar, eu receberia com juros o que é meu. 28Tirai-lhe o talento que tem e dai-o àquele que tem dez, 29porque a todo aquele que tem será dado e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem será tirado. 30Quanto ao servo inútil, lançai-o fora nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!’ (Mt 25:14-30)

[4] N.T.: Mc 9:35

[5] N.T.: do poema: “Shining Just Where We Are” – de Autor Desconhecido

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que foi necessário que o Cristo entrasse no Corpo Denso e Vital de Jesus e fosse tentado para sentir compaixão por nós? Um grande Ser como Ele não poderia sentir compaixão sem passar por isso?

Resposta: Evidentemente que não. Para que a tentação se torne tentação é preciso que a pessoa tentada veja algo desejável naquilo que a tenta. Faltando essa condição, não pode haver tentação. A carne animal não é motivo de tentação para esse autor, pois até o pensamento de comê-la lhe causa náuseas. Portanto, não há virtude em se abster dela. Ele não precisa dominar ou superar o desejo pela carne animal, mas teria que o seu desgosto ou repugnância para comê-la. O grande Espírito Solar, o Cristo, por Sua própria natureza, não poderia ter sentido nenhuma tentação de transformar pedras em pães para aplacar a fome. Ele não teria sentido como um sacrifício o recusar lealdade a um poder que o colocaria como soberano sobre a nossa pequena Terra; contudo, assim como nós, quando olhamos através de um vidro colorido vemos tudo matizado por essas cores, assim também, quando a consciência do Cristo estava focalizada no Corpo de Jesus, Ele percebia as coisas desse Mundo através dos olhos de Jesus, um ser humano. Do ponto de vista de um ser humano, o pão parecia algo extremamente desejável, quando se sentia fome. Portanto, isso constituía uma tentação.

O poder também parece desejável para a maioria da Humanidade. Consequentemente, o conhecimento de que pelo poder dentro de Si mesmo, Ele poderia satisfazer esse desejo constituiria uma tentação. Somente pela perspectiva humana de Jesus, o Getsemani poderia ter parecido tão terrível a ponto d’Ele querer evitar a provação que o aguardava. Podemos jugar, com base non princípio de que “cada um é que sabe onde os calos lhe apertam”, que o Espírito de Cristo aprendeu, por meio das limitações corporais de Jesus, a ter compaixão por nossas fraquezas e fragilidades de um modo que não poderia ser igualada pela simples observação externa. Tendo uma vez usado um Corpo e sentido a fraqueza ou fragilidade da carne, Ele sabe melhor do que ninguém como nos ajudar e, portanto, é o Mediador Supremo entre Deus e o ser humano.

(Pergunta número 91 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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