Resposta: Segundo a Astrologia Rosacruz, o motivo espiritual da órbita de influência: além do corpo visível, percebido por nossos sentidos, o ser humano também possui veículos invisíveis chamados por São Paulo de corpos espirituais, visto que o ser humano em si é espírito. Quando houvermos desenvolvido a visão espiritual, faculdade latente em todos, poderemos ver esses Corpos mais sutis sobressaindo do Corpo Denso e esse situando-se no centro dessa “aura”, do mesmo modo que a gema se situa no centro do ovo, rodeada de clara por todos os lados. Antes que dois seres humanos entrem em contato físico, suas auras se interpenetram. É a razão porque “sentimos a presença do outro”, às vezes, antes de o percebermos por meio de nossos sentidos comuns. Como é em cima, assim é embaixo. O ser humano é feito à imagem de Deus e de Seus Ministros: os Astros. Todo Astro tem um Corpo invisível que sobressai no espaço, além da esfera densa visível e perceptível pelo olho humano. Quando essas auras astrais entram em Aspecto, uma influência é sentida, mesmo que ainda faltem alguns graus para os Astros visíveis formarem Aspecto, ou mesmo que já tenham ultrapassado esses graus do Aspecto.
Também, segundo a Astrologia Rosacruz, o Sol e a Lua possuem uma órbita de influência de 8 graus em virtude da excentricidade da órbita do Sol “em torno” da Terra (lembrando que na Astrologia utilizamos o sistema geocêntrico), e da Lua em torno da Terra. Tal excentricidade é menor do que as órbitas dos outros Planetas, o que cria uma órbita de influência maior. Soma-se a isso a questão da proximidade desses dois Luminares em relação à Terra: são bem mais próximos do que os outros Astros. Faça um teste: coloque uma linha no chão e ponha um farolete a 1 metro de altura, com o foco de luz sobre a linha divisória, você terá uma ideia aproximada do que ocorre. A Luz irradia para os dois lados da linha divisória, e você nunca mais vai esquecer disso. Quanto mais próxima da linha divisória, maior a “órbita de influência”. Cálculos astronômicos, demonstram, 8 graus e 6 graus, respectivamente, para cada lado.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
No Capítulo 10 do Evangelho Segundo São Lucas lemos: “E aconteceu que, indo Ele a caminho, entrou numa aldeia, e uma mulher por nome Marta o recebeu em sua casa. E tinha uma irmã chamada Maria, esta assenta aos pés de Jesus, ouvia sua palavra. Marta, absorvida pelas preocupações, aproximou-se: Senhor, não te incomoda que minha irmã me deixe servir sozinha? Diz-lhe que me ajude. Em resposta Jesus, disse: Marta, estás ansiosa e fatigada com muitas coisas. Mas, uma só é necessária, Maria escolheu a melhor parte, e não lhe será tirada”.
Na Carta aos Estudantes de maio de 1916 com o título “Exercícios diários para o cultivo da alma” Max Heindel situa o caso de Aspirantes à vida superior que, a exemplo de Marta e Maria, assumem atitudes opostas em relação à vida espiritual.
Marta estava muito mais preocupada com suas comodidades materiais do que em atentar aos assuntos espirituais. Ela se dedicava a muitas coisas de menor importância em vez da única necessária como fazia sua irmã Maria. Sem dúvida, devemos considerar reprovável alguém negligenciar o cumprimento dos seus deveres e compromissos da vida cotidiana. Porém, muitos cometem o grande equívoco de priorizar suas tarefas materiais, imaginando que o desenvolvimento espiritual pode aguardar uma época mais oportuna em que não tenham outra coisa para fazer.
Um número cada vez maior de pessoas admite que deveria dar mais atenção a assuntos espirituais, mas encontram sempre uma desculpa para protelar essa consagração. Alegam problemas familiares, profissionais, viagens etc. Sem dúvida, em muitos casos essas desculpas são legítimas e quem as apresenta está, de fato, sacrificando-se por alguma outra pessoa ou assumindo uma outra responsabilidade. Entretanto, por cansativos e absorventes que sejam os negócios de cada um, é sempre possível dedicar algum tempo à vida espiritual. Porém, nossa vida material não pode ser uma coisa e a espiritual outra.
É inconcebível o Aspirante viver uma vida de ambiguidades. Nossa vida deve ser uma só. Pois não podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo.
O Estudante Rosacruz, um Aspirante à vida superior, não negligência o lado material da vida, mas valoriza-o pelas experiências e expansão de consciência que possa oferecer.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)
Resposta: Sim, as festas anuais têm a mais profunda significância oculta. Do ponto de vista material, os Astros não passam de massas de matéria circulando em suas órbitas em obediência às chamadas “leis cegas”, mas para os ocultistas eles aparecem como Grandes Espíritos, movendo-se no espaço como nos movemos no mundo.
Quando uma pessoa é vista gesticulando, atribuímos certo significado aos seus gestos. Se ela balança a cabeça, sabemos que está negando uma determinada proposição, mas se ela acena a cabeça, inferimos que ela concorda. Se ela acena, com as palmas das mãos voltadas para ela, sabemos que está sinalizando para alguém vir até ela, mas se ela virar as palmas para fora, entendemos que está alertando alguém para se afastar. No caso do universo, geralmente não pensamos que haja qualquer significado para a posição alterada dos Astros, mas para o ocultista há o significado mais profundo em todos os fenômenos variados do céu. Eles correspondem aos gestos da pessoa nesse exemplo.
Krisma, palavra do grego antigo, significa ungido, e qualquer pessoa que tivesse uma missão especial a cumprir era ungida nos tempos antigos. Quando, nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, o Sol está mais próximo da Terra – atingindo o Trópico de Capricórnio – os impulsos espirituais são os maiores em todo o Planeta. Porém, para nosso bem-estar material é necessário que o Sol se afaste mais da Terra e, assim falamos da época em que o Sol começa se afastar mais da Terra a partir do dia 25 de dezembro, o aniversário do Salvador, ungido para nos salvar da fome e do frio que adviriam se o Sol permanecesse sempre no ponto mais perto da Terra.
À medida que o Sol segue em direção ao Equador, passando pelo Signo de Aquário, o “Homem com um cântaro vertendo água”, a Terra é inundada de chuva, simbolizando o batismo do Salvador. Em seguida, vem a passagem do Sol pelo Signo de Peixes, os peixes, no mês de março. No passado, as reservas do ano passado foram todas consumidas e a comida do ser humano era escassa, por isso temos o longo jejum da Quaresma, em que o “comer peixe” simbolizava essa característica da jornada solar. Em seguida, vem a Páscoa, quando o Sol passou pelo Equador. Essa é a época da Páscoa, quando o Sol está em seu nó oriental, e essa travessia do Equador é simbolizada pela crucificação ou crucifixão, assim chamada, do Salvador; o Sol então passa pelo Signo de Áries, o Carneiro, e se torna o Cordeiro de Deus, que é dado para a salvação do mundo quando as plantas começam a brotar. No entanto, para que o sacrifício possa ser benéfico ao ser humano, Ele (o Sol) deve ascender aos céus onde Seus raios terão o poder de amadurecer a uva e o milho, e assim temos a festa da Ascensão do Salvador ao Trono do Pai, que ocorre no Solstício de Junho – quando o Sol atinge o Trópico de Câncer. Lá o Sol permanece por três dias, quando se diz “De lá ele retornará”, entra em vigor quando o Sol começa sua passagem em direção ao nó ocidental. No momento em que entra no Signo de Virgem, a Virgem, temos a Festa da Assunção e, depois, quando sai do Signo de Virgem, o nascimento da Virgem que parece, por assim dizer, nascer do Sol.
A festa judaica dos Tabernáculos ocorria na época em que o Sol cruzava o Equador em sua passagem para os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, e essa festa era acompanhada pela “pesagem do milho e a colheita do vinho”, que eram as dádivas do Deus Solar aos seus devotos humanos.
Assim, todas as festas do ano estão ligadas aos movimentos das estrelas no espaço.
(Pergunta nº 89 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. Os Anjos explicam que essa é a casa daqueles que estão esperando para retomar suas vidas terrenas, e que quando o Anjo da Vida os chamar, eles devem ir, cada um para o seu lar. Afinal a morte é apenas uma passagem de um sonho para a realidade – a realidade que está por trás do sonho. Leia aqui: A Catedral da Noite
Não é possível para nós, por mais desenvolvido que estejamos no caminho da realização espiritual, expressarmos com palavras o que sentimos quando meditamos sobre o poder de expressão do Cristo. Esse estudo devotado nos colocará em contato direto com elevados conceitos que poderá nos abrir horizontes inimagináveis. Além disso, o contato com esses conceitos enriquece nosso próprio repertório de expressão que deve, cada vez mais, tornar-se puro, belo e verdadeiro.
No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, de Max Heindel, lemos: “Cristo-Jesus possui os doze veículos que formam uma ininterrupta cadeia desde o Mundo Físico até o próprio Trono de Deus. Portanto, Ele é o único Ser do Universo que está em contato, ao mesmo tempo, com Deus e com o ser humano. É capaz desta mediação porque experimentou, pessoal e individualmente, todas as condições e conhece todas as limitações incidentais à existência física”.
Muitas Religiões exotéricas (que preconizam o Cristianismo popular) ensinam que Jesus Cristo é Deus. E de fato Ele É, pois possui estatura espiritual criadora tamanha que ganhou o privilégio de assumir o segundo aspecto do Deus Trino (o aspecto que conhecemos por Filho), correspondente ao segundo aspecto, o Verbo ou o Unigênito, do Ser Supremo que deu origem a todos os Sete Planos Cósmicos (veja mais detalhes no Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos de Max Heindel, Diagrama 6). Assim, Cristo é também Deus, assim como o Pai e o Espírito Santo (Jeová) são também Deus.
Pelo estudo dos Períodos que deram origem a nossa manifestação é possível verificar que a Onda de Vida da qual Cristo faz parte é conhecida, entre os Estudantes Rosacruzes, como Arcangélica, ou seja, dos Arcanjos. Estes seres têm o Corpo de Desejos como seu veículo inferior no qual funcionam conscientemente (assim como nós temos o Corpo Denso como nosso veículo inferior pelo qual funcionamos conscientemente). Seu veículo mais sutil se encontra no Mundo dos Espíritos Virginais. Se observarmos o poder de expressão consciente dos Senhores da Mente, a Onda de Vida do Período de Saturno, verificaremos que estes possuem seu corpo mais denso no Mundo do Pensamento Concreto em que funcionam conscientemente, um Corpo Mental. Estes seres também possuem seus veículos mais sutis no Mundo dos Espíritos Virginais, mas em regiões mais superiores do que a dos Arcanjos.
Independente das regiões de expressão, todos os seres ordinários de uma Onda de Vida possuem sete veículos de expressão. No entanto, esse padrão de sete veículos parece não ocorrer entre os Iniciados de um Período. Estes se esforçaram ao ponto de desenvolverem corpos além daqueles que seus irmãos de mesma Onda de Vida normalmente empregam para se expressar. Cada novo corpo superior se robusteceu ao ponto de poder ser utilizado como nova expressão consciente.
Vamos utilizar o exemplo do ser humano que despertou seu interesse pela vida espiritual. Com o tempo, percebe que o objetivo de sua vida é criar um novo corpo de expressão consciente, que é o Corpo-Alma. O ser humano que atualmente já desenvolveu esse Corpo, pode conscientemente funcionar no Corpo Denso (como todos) e, também, funcionar na Região Etérica do Mundo Físico. Conforme ele se desenvolve no Caminho da Iniciação, poderá funcionar conscientemente em outros corpos mais elevados do que o Corpo-Alma. Um Irmão Maior, por exemplo, que é um ser humano que antecipou todas as lições da evolução, é capaz de funcionar conscientemente em seu veículo mental – pois já criou o Corpo Mental, e não somente o veículo Mente – sendo seu funcionamento equiparado a de um Senhor da Mente (superior aos Anjos e Arcanjos). No entanto, seria um erro dizer que este ser humano elevado seja equivalente a um Senhor da Mente. Este último é um Ser muito mais antigo e com outra concepção de evolução, bastante diferente do modelo de evolução humano. Do mesmo modo, seria um erro até mesmo compará-lo aos Arcanjos e Anjos.
Quando verificamos o poder de expressão do Cristo, verificamos que, por Ele ser um Arcanjo, também possui capacidade de funcionar conscientemente em um Corpo de Desejos. Mas conforme foi galgando Iniciações durante o Período Solar foi conquistando corpos e consciência mais elevados do que seus irmãos Arcanjos comuns. Em outras palavras, conquistou maiores poderes de expressão. Chegou ao ponto de possuir o Corpo mais inferior de funcionamento consciente no Mundo do Espírito de Vida, assim como os Senhores da Individualidade (a Hierarquia Criadora de Libra).
Quando alguém ganha a capacidade de funcionar conscientemente em um corpo mais sutil, significa que dominou totalmente o funcionamento do corpo anterior. Assim, quando conquistou a capacidade de funcionar conscientemente no Corpo Mental, significa que Cristo dominou seu Corpo de Desejos em sua plenitude, ou seja, não mais necessitava funcionar nesse Mundo com o objetivo de evoluir, pois tinha aprendido todas as lições. Se necessitasse utilizar esse Corpo para alguma ocasião específica, o faria com os materiais mais puros existentes neste Mundo. Quando ganhou a funcionalidade consciente no Espírito Humano, a mesma regra se aplicou em relação ao Corpo Mental. Ou seja, Cristo tem um Corpo Mental tão robusto que é capaz de focalizar e extrair conhecimento diretamente dos Arquétipos e com eficácia e capacidade jamais sonhada por qualquer ser humano (com exceção dos Irmãos Maiores que podem funcionar nesse Corpo Mental, mas que constitui sua máxima de expressão). Quem tem essa capacidade mental é capaz de extrair, imediatamente e com o poder da vontade, toda a vida de um conceito ou pensamento-forma, pois sabemos que os arquétipos entoam informações, o tempo todo, sobre sua origem e sobre o que de fato são. Quando Cristo ganhou a estatura de funcionar conscientemente no Corpo Espírito de Vida, significa que já possuía Corpo Espírito Humano perfeito, que é um corpo composto de materiais das ideias. Com o Seu corpo inferior no Mundo do Espírito de Vida, Mundo que possui a verdadeira Memória da Natureza, Cristo tem acesso imediato a toda história desse Sistema Solar criado por Deus. É o acesso direto à memória consciente de Deus. Quando Cristo ganhou a estatura de funcionar conscientemente no Corpo Espírito Divino, significa que já possuía Corpo Espírito de Vida perfeito, que é um corpo composto de materiais do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo de baixo para cima onde cessa toda separatividade, onde a Fraternidade Universal é o cotidiano.
Como é possível notar, Cristo não possui apenas três corpos, que são as contrapartes de sua expressão Trina enquanto Ego. Em verdade, enquanto cada ser ordinário de uma Onda de Vida pode funcionar conscientemente em apenas um corpo (exemplo: ser humano ordinário só pode funcionar no Corpo Denso conscientemente), Ele, por sua vez, pode funcionar conscientemente em cinco diferentes corpos (Corpo de Desejos, Corpo Mental, Corpo Espírito Humano, Corpo Espírito de Vida e Corpo Espírito Divino). Finalmente tem seu Ego no Mundo de Deus.
No momento do Batismo do Jordão, o Espírito de Cristo “desceu dos Céus” até o Mundo do Desejo, Corpo que pode construir e se expressar conscientemente. No entanto, como Ele não é de uma Onda de Vida que funcione em Corpos inferiores aos do Mundo do Desejo, não possui o conhecimento de construção dos mesmos. Foi aí que Jesus, que é um ser humano muito elevado, cedeu para Cristo o seu Corpos Vital e o seu Corpo Denso. Com essa posse, Cristo teve capacidade de funcionar conscientemente em sete Corpos (Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos, Corpo Mental, Corpo Espírito Humano, Corpo Espírito de Vida e Corpo Espírito Divino). Um amplo leque de materiais e de expressões que é inconcebível para nós que podemos expressar apenas ações, palavras, desejos e pensamentos.
Aqui a aplicação do axioma hermético “como é em cima, assim também é embaixo” se faz necessário para entendermos a relação de Cristo para conosco e entendermos o Corpo que devemos utilizar para iniciarmos nossa caminhada rumo a realização espiritual. O Grande Ser Supremo se expressa de modo Trino (Poder, Verbo e Movimento). Deus nosso Pai, criador do nosso Sistema Solar, se expressa também de modo Trino (Pai, Filho e Espírito Santo). E isso não poderia ser de outro modo. Conforme já mencionado, Cristo ganhou a estatura que lhe permite assumir o Segundo aspecto de nosso Deus (o aspecto Filho). O ser humano, por ser imagem e semelhança de Deus, também se manifesta de modo trino (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano). O segundo aspecto do ser humano é exatamente o Espírito de Vida, que tem seu material de expressão no Mundo do Espírito de Vida, o mesmo Mundo pelo qual Cristo (também segundo Aspecto de Deus) pode funcionar conscientemente. Verdadeiramente, aquilo que é material de expressão do Ego para o ser humano é material de expressão consciente para o Cristo. Os veículos mais sutis de Cristo (seu Ego) estão em comunhão com o Mundo de Deus. Por isso o “Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
A contraparte ou oitava inferior do Mundo do Espírito de Vida é exatamente a Região Etérica do Mundo Físico. Como Cristo é “o caminho, a verdade e a vida”, devemos nos esforçarmos para termos um corpo que é uma oitava inferior ao Seu Corpo de Espírito de Vida. Assim, mesmo dentro de nossa pequenez e limitação, podemos construir um Corpo que vibra no mesmo tom do Corpo Espírito de Vida de Cristo, mas uma oitava inferior. Esse é o nosso Corpo-Alma que é o mais suscetível a responder as influências deste segundo aspecto de nós, o Ego. Note que o Corpo-Alma é composto do mesmo material do Corpo de Cristo. Por isso se diz que todo desenvolvimento esotérico começa no Corpo Vital.
A mais profunda devoção e meditação de todo o Poder de Expressão do Cristo, que se sacrifica anualmente para nos salvar, pode nos ajudar a entrar em contato mais íntimo com Ele. Deste modo, poderemos responder mais intensamente as Suas vibrações, que são anualmente derramadas. Essa meditação constitui material importantíssimo que nos ajudará a quebrar paradigmas e a ampliar nossa compreensão sobre o amplo leque de materiais que um Ser pode possuir.
Que nesta época santa do ano possamos meditar, profundamente, sobre a constituição de Cristo, sua Religião universal (a Religião Cristã) que é o caminho, a verdade e a vida. Com isso, poderemos corresponder com uma vida mais intensa de serviço amoroso e desinteressado para com nossos irmãos e nossas irmãs!
Que as rosas floresçam em vossa cruz
No ciclo dos grandes acontecimentos cósmicos a que chamamos de Solstícios e Equinócios, mas que esotericamente sabemos se tratar de planos de ação e fases do grande trabalho de Cristo para a redenção da humanidade, chega novamente o NATAL.
É certo que, em cada dia do ano, buscamos nos animar com um propósito altruísta e amoroso. Mas, nesta época sentimos, sob o contagiante influxo do Salvador, um desejo quase irreprimível de infundir nosso entusiasmo, idealismo e fé no futuro da humanidade.
Como Estudantes Rosacruzes sabemos que devemos desejar a cada irmão e irmã com que convivemos que a presença viva e real do Salvador possa figurar em uma cadeira vazia de sua ceia, exortando, por vibração, a uma integração ativa e consciente na grande família do futuro, intuindo a suprema verdade de que todos precisamos de todos; isto é, de que a Fraternidade Rosacruz, não importa onde cada um de nós esteja, é alimentada e fortificada, em cada momento e dia do ano, pelas nossas boas ações, nobres sentimentos, pensamentos edificantes e esforço contínuo e persistente em aprender e aplicar os Ensinamentos Rosacruzes no nosso dia a dia.
Como Estudantes Rosacruzes sabemos que devemos desejar a cada irmão e irmã com que convivemos que o anúncio dos Anjos, no eco da ação Crística que se renova, aceite em cada um de nossos corações e entendimentos, o sentido atual que reclama: “Eis que vos trago novas de grande alegria. É-nos nascido o Salvador. Ide e adorai-O. Glória a Deus nas maiores alturas; e na Terra, paz e boa vontade entre os homens”.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro de 1968 da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)
Durante os últimos 2000 anos o Mundo Ocidental vem celebrando o nascimento do “Cristo Menino”, o nascimento do Menino Jesus. Anualmente, inúmeros seres humanos relembram esse maravilhoso acontecimento que marcou a aurora de uma nova era, o fim de uma velha ordem de coisas, o começo de um novo regime.
Desde o início, observada à luz da sabedoria material, essa nova Religião foi vítima de perseguições. Nem o próprio nascimento pôde ter um lugar num ambiente humano normal. Esse espírito brilhante; essa joia da coroa da humanidade ao entrar no cenário de sua provação e agonia, não teve sequer os menores confortos de um modesto lar camponês.
O perigo rondou sua vida infantil. Herodes tentou matá-lo. Mas, apesar de todos os obstáculos, esse Ego escolhido levou avante, resolutamente, o trabalho que devia executar.
A atenção de todos os que respondem aos Raios do Cristo tem sido concentrada sobre os incidentes da infância de Jesus. E particularmente pelo Natal, tais incidentes tornam-se profunda realidade na consciência do Mundo Ocidental. Tal consciência é retrospectiva. É uma realização, por meio do estudo da vida do nosso grande Irmão Maior Jesus e de Cristo-Jesus da distante mudança que deverá ter lugar antes de que qualquer progresso real possa ser feito durante Seu regime. Mais ainda, por esse estudo temos um vislumbre do que vem sendo feito por Jesus atualmente para auxiliar-nos, de Sua atividade nos negócios da complicada vida e evolução humanas.
Poucos Egos existem no Plano Terrestre que estão além da massa humana. Esses poucos desenvolveram poderes e faculdades além da compreensão da maioria não desenvolvida. À frente desse grupo de pioneiros está nosso Irmão Maior Jesus. O exemplo da nossa Onda de Vida. E esses pioneiros, com seus poderes e faculdades adquiridos pela aplicação ao serviço, podem atingir os planos nos quais Jesus age. Devido a esse contato, eles conhecem o trabalho levado a efeito e, obedientemente, transmitem seus conhecimentos aos Estudantes Rosacruzes sinceros e fiéis aos Ensinamentos Rosacruzes que trilham o Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz.
Desde o sacrifício do Gólgota, Jesus tem continuado o ministério de curar os doentes e de ensinar a humanidade pecadora. Seu auxílio nunca foi negado.
Muitas pessoas conhecem o quadro intitulado “O Companheiro Branco”. Descreve um campo de combate de Flandres durante a guerra de 1914 pejado de cadáveres. Um soldado ajuda um companheiro ferido. A seu lado está Jesus, com vestes brancas e glorioso, olhando com sublime compaixão para a vítima do ódio humano. Realmente o artista mostrou conhecer algo do serviço realizado por nosso Irmão Maior.
Jesus visita os hospitais e irradia amor e compaixão a todas as almas que sofrem. Ele sente a dor que as abate, pois estão pagando as dívidas que contraíram pela violação das Leis de Deus, e Seu compassivo coração pulsa forte ao testemunhar tanta agonia. Na verdade, está onde a necessidade é maior. Mas passa sem ser visto.
O Natal é a ocasião especial para Jesus entrar em contato com Seus fiéis seguidores. Como a Noite Santa veste-se de paz e os seres humanos e Anjos cantam “Paz na Terra e boa vontade entre os homens” lá, no ambiente do primeiro aniversário do Cristianismo abre-se aos nossos olhos uma visão gloriosa se realmente pudermos “ver”.
Ele é uma forma radiante que ultrapassa qualquer descrição terrestre; Sua voz soa com o tom da música das esferas e ressoa nos Éteres do espaço, e o grupo de almas enlevadas em adoração experimenta viva alegria e harmonia.
Aos corações ansiosos, Ele envia uma mensagem:
“Bem-aventurados vós que trilhais os caminhos das penas e misérias terrenas; vós que estais engajados na batalha entre o bem e o mal; vós que tendes combatido na luta aparentemente desigual, por vezes permanecendo eretos, e outras vezes caídos no pó da humilhação e do fracasso, mas que levantais de novo e travais o combate interminável pelo vosso objetivo. O caminho que agora trilhais, Eu o percorri há muitos anos. Conheço vossas tristezas e sofro convosco.”
“Vossa paciência foi provada ao máximo, mas permanecestes firmes, firmes até a morte. Mas, agora, o tempo de provações passou. A vitória das Hostes de Deus desponta no horizonte. Coragem e paciência são as palavras de passe. Os Poderes da Luz juntam-se para a destruição final daquilo que impede a vinda do Reino de Cristo. Sede calmos e equilibrados para que as sutilezas do inimigo não vos confundam. Esperai em prontidão para quando vier o chamado estejais prontos para responder. “
“As infalíveis leis de retidão e de justiça dirigirão o curso de todos os acontecimentos, e desta escuridão, desta tristeza surgirá a aurora de um NOVO DIA.”
Que as bênçãos de Deus e a paz do Natal possam renovar em vós a força para ganhardes a batalha.
(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross e publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro de 1969 e de 1971 – da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)
Resposta: Após a Ressurreição, Cristo apareceu certa vez entre Seus Discípulos enquanto eles estavam em uma sala segura. Eles não O reconheceram de imediato e não acreditaram que o Seu corpo fosse um Corpo Denso. Mas, o veículo em que Ele apareceu foi o Corpo Vital de Jesus, e isso foi possível a Ele, como o é para qualquer outra pessoa capaz de funcionar nesse veículo, atrair matéria da Região Química existente ao redor de Si e construir, por algum tempo, um Corpo Denso perfeitamente tangível. Para convencê-los de que Ele era o mesmo de antes, pediu algo para comer e recebeu um pedaço de um favo de mel e alguns peixes. Afirma-se que ele comeu, mas não comeu peixe, pois, alguém que tivesse sido criado entre vegetarianos rigorosos, como os Essênios, não teria comido o peixe, da mesma forma não teria comido carne, se tivesse sido colocada diante dele.
Conta-se, também, um relato que Buda morreu após ter-se fartado de comer carne de javali, o que é altamente divertido para qualquer pessoa que tenha conhecimento do fato de que ele ensinou a seus discípulos uma vida simples e inofensiva – a sustentar o corpo com os alimentos mais puros e de melhor qualidade como aqueles que vieram diretamente do solo – e foi movido por uma enorme piedade diante da visão do sofrimento que envolvia tanto o ser humano como o animal. O Aspirante esotérico compreende que antigamente o javali era um símbolo do conhecimento esotérico. Uma pessoa pode transmitir seu conhecimento; pois, quanto mais damos, mais recebemos – mas, pelo menos a mesma quantidade de conhecimento sempre permanecerá. Essa verdade foi ensinada em um símbolo da Mitologia nórdica: no Valhalla, os guerreiros que haviam lutado o bom combate se sentavam ao redor de mesas banqueteando-se com a carne de um javali, que era constituída de maneira que, sempre que cortavam uma parte de sua carne, essa crescia outra vez, de modo que sempre havia o suficiente, não importando o quanto fosse cortada ou consumida. O Buda, durante a sua vida terrena, fartou-se desse conhecimento sagrado e, quando morreu, estava repleto dele.
No entanto, o investigador tem uma ideia errada. Os Rosacruzes não ensinam que todos devem ser vegetarianos imediatamente. Na verdade, eles ensinam que a alimentação vegetariana gera uma abundante energia, muito mais do que alimentos carnívoros. Essa energia não é apenas física, mas espiritual, de forma que, se o ser humano levar uma vida sedentária e tem uma predisposição voltada ao material, comprometido, talvez, em transações comerciais sórdidas ou em outras ocupações de esforço estritamente material, essa energia espiritual não encontra ventilação e será capaz de causar distúrbios sistêmicos. Somente aqueles que levam uma vida ativa ao ar livre, onde a abundante energia gerada pela alimentação vegetariana pode se exteriorizar, ou que transmutam essa energia em esforços espirituais, podem prosperar numa dieta vegetariana. Além disso, reconhecemos que a hereditariedade de muitas gerações tornou o ser humano parcialmente carnívoro, de modo que, para a maioria das pessoas, a mudança de uma dieta mista para uma dieta vegetariana deverá ser gradual. A dieta adequada para uma pessoa não é a mesma indicada para outra pessoa; vide o velho provérbio de que “o que é alimento para um pode ser veneno para outro”, e não podem ser estabelecidas regras rígidas, que se aplicarão igualmente a todas as pessoas. Portanto, tudo o que comemos, e tudo o mais que se relacione à nossa Personalidade deveria ser determinado por nós mesmos, individualmente.
A Bíblia diz verdadeiramente que não é o que entra pela boca que nos contamina. Se desejamos nos sustentar com alimentos repugnantes, é o intenso, urgente e anormal desejo que é o pecado, e não o alimento em si. Se uma pessoa está em um lugar onde não pode obter os alimentos puros que deseja e anseia, ela deve ingerir o alimento que pode ser obtido, mesmo que seja a carne, sem repugnância, com a mesma gratidão, com que ele fosse ingerir um alimento puro. Não será contaminado, devido à sua atitude mental.
(Pergunta nº 106 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
(*) Advertências muito importantes:
A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (de 10º até 20º)
Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela.
Astros nas Casas:
Em tais casos o Estudante Rosacruz dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.
(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)
O irreprimível fogo vibrante da vida (Áries) saiu do caos quando o desejo ardente de viver, de movimentar-se e a consciência divina recém-desperta, penetraram nas centelhas dinâmicas de Deus, que hoje representam a onda da vida humana.
A harmonia criativa do amor (Touro) respondeu ao apelo para a vida. Força sobre força (Gêmeos, Câncer e Leão) foi acrescentado à consciência do ser humano à medida que os canais cósmicos estimulavam os Espíritos que estavam sendo bem-vindos nessa onda de manifestação.
Compreendemos, muito superficialmente, a magnitude desta força unificada que constantemente atende às necessidades de um esquema em evolução.
No tempo devido, a constante atenção dessas Hierarquias Criadoras foi retirada para permitir ao Espírito jovem um desenvolvimento maior, mais consciente e abrangente. Enquanto o Espírito permanecia na casa do Pai, o progresso e a força da alma, gerados da experiência, eram desconhecidos. Portanto, as Hierarquias que se sucediam aumentaram a visão material da consciência do ser humano e forças maiores foram utilizadas para o esclarecimento consciente da divindade. Virgem, Libra e Escorpião formam canais de criações sensíveis à visão e à amplitude das forças celestes. Sagitário está ligado à Terra, enquanto aspira o Céu (reunião com a Fonte).
Capricórnio, porém, a décima Hierarquia Criadora, é o grande construtor de templos, o criador de formas, que constrói para que o Espírito possa ser contido e estar seguro. Dentro dos templos de Capricórnio estão a escuridão e o silêncio. Aqueles que entram nesses templos precisam trazer sua própria luz. A Divina Virgem castiga suavemente o Espírito quando alerta: “O caminho é curvar-se em reverência. A humildade é minha doce virtude”. Libra pesa e equilibra os atributos do Espírito antes de jogar as balanças da vida nas profundidades de Escorpião. Uma vez que o aspirante atravesse a ponte (Libra) da vida e entra na passagem escura (Escorpião) à procura de regeneração e liberdade, encontra uma passagem larga, depois mais estreita e, então, tão reta quanto uma flecha.
O Espírito desperto vai voar com sua escuridão e silêncio, nesta atmosfera sombria. É aqui que se encontra o desafio de Capricórnio. Ele precisa iluminar os caminhos da noite escura. A presença Todo-poderosa acena e clama: “Procure aquele ‘que faz as Plêiades e Orion e transforma a sombra da noite em manhã. Procure aquele que pega as águas do mar e as despeja sobre a face da Terra’: o Senhor (Saturno) é seu nome” (Amós 5:8). Há uma grande semelhança nas crianças de Capricórnio, ou melhor: semelhança com todos os impulsos do Espírito que estão ligados, temporariamente, a forma. Cada um de nós temos alguns templos similares (o corpo é o templo vital) e todos os templos (corpos) são construídos do mesmo material, mas a luz que brilha no seu interior varia com a capacidade de radiação de cada indivíduo. Vemos, assim, que Capricórnio está, na verdade, imbuído de luz, embora algumas vezes se apresente fraca e escura, mas sempre aumentando de intensidade em sua ascensão para os céus.
Capricórnio é forma. Está presente em todas as construções da Natureza que representem adoração como nas grandes árvores, colunas, monumentos, mausoléus, cavernas, tanto no cimo das montanhas quanto no fundo dos mares. Capricórnio é de dois mundos e pode viver em ambos. É normalmente representado com duas pernas e um rabo, mas pode subir picos rochosos assim como nadar nas profundezas submarinas.
Capricórnio gosta de cores, quando a humanidade se dirige pelos caminhos da Vida, Luz e do Amor. Imaginem onde estaríamos hoje se o amor sincero se manifestasse nos corações dos seres humanos!
Capricórnio induz todos a virem para seu templo e orar em silêncio, escuridão e solidão. De sua pedra fria recebemos calor, vida e sabedoria, nascidas da Luz Divina. Saturno é bondoso, reverente, dedicado e se parece, às vezes, inflexível, talvez nos ame mais do que sabemos. Nossa vida sob seus cuidados nos trará uma visão mais ampla com propósitos profundos e elevados. Capricórnio, sombra do destino, regente da sorte, não procura só no alto a sua medida de Luz, mas busca o refúgio e a paz tanto no alto quanto em baixo, para todos os seres humanos.
Esta Hierarquia Criadora estimula seres humanos de força. No seu interior está o poder da criação. Devemos aceitar sua justiça e seu amor, pois seu toque é a mão do Senhor tanto para o rico quanto para o pobre; para ele são todos iguais. Ele compreende exatamente aquilo que merece ser compreendido. Não dá mais do que aquilo a que se fez jus. Até que cheguemos muito próximo, sua Luz está encoberta com o manto da noite. A Luz e a Escuridão são muito semelhantes: ambos contêm forças derradeiras, embora expressas através de polos opostos. Aqueles que chegam a um grau de desenvolvimento avançado ou equilibrado, muitas vezes, possuem uma força maior para ação, do que aqueles que não estão seguindo caminhos superiores em busca da Verdade.
Capricórnio é o da ambição e esta pessoa está inclinada a mostrar um desejo pelo poder que, frequentemente, pode gerar antagonismos. Estas pessoas são dominadoras e ativas (Capricórnio é um ativo) e não admitem obstáculos em seus caminhos, uma vez que tenham se proposto a alcançar algum objetivo.
Quando Capricórnio alcança uma posição de força pessoal e notoriedade, quer tenha lutado por ela ou não, precisa reconhecer suas tendências dominadoras e fazer seu trabalho, sem aceitar maiores recompensas do que aquelas a que tem direito. Esta é uma das grandes lições a aprender. Embora Capricórnio tenha um forte sentimento de respeito e liberdade (ou domínio), não reconhece a glória que é dada aos outros. Capricórnio deve aprender a reconhecer a satisfação inerente em cada realização dos outros, e apreciar as aspirações que devem ser alcançadas por todos os Espíritos em evolução.
Capricórnio reconhece a consciência de Deus e a força inata que cada ser possui e sabe enfatizar as oportunidades oferecidas ao aspirante. Um sentimento de exibição é importante para Capricórnio. Agindo inconsciente ou deliberadamente sobre a premissa de que muitos indivíduos não reagem, a menos que sejam atraídos por algo que os faça sair da sua casca, Capricórnio é capaz de exercer um excelente e bem-sucedido apelo magnético.
Religião ou – como alguns a encarem – compreensão dos objetivos da vida, não é apenas uma teoria para ser aceita; é uma vida para ser vivida. A pessoa religiosa procura conhecimentos mais elevados, de modo que possa viver uma vida mais útil.
Quando nos esforçamos para seguir os princípios superiores, estamos, naturalmente, sendo testados de todas as maneiras. Para Capricórnio, o primeiro desafio é, muitas vezes, a disputa com o desejo do poder, e é necessário que ele supere todos os traços de egoísmo pessoal, antes que seja merecedor da atenção daqueles capazes de proporcionar-lhe ajuda material e/ou espiritual, assim como o sucesso num determinado caminho. Frequentemente tidos como egoístas e interesseiros, estas pessoas são, na realidade, doadores – embora sua maneira de dar possa não ser prontamente aceita pelos outros. Os capricornianos não querem parecer exigentes ou antagônicos, mas dão esta impressão. Têm um interesse profundo pela humanidade e dominarão suas provas e tentações, mas, muito frequentemente, exibem um desnecessário complexo de mártir.
Independência pessoal e liberdade são as notas chaves de suas vidas. Quando atingem uma compreensão mística (místico refere-se àquele que procura a verdade de acordo com o coração através do caminho da fé) combinada com um conhecimento oculto (poder do intelecto dirigido para o uso científico da lei cósmica na vida cotidiana) os Capricornianos apreciam e conhecem as realidades das coisas visíveis e invisíveis.
A evolução deste é fundamentada em três linhas de esforços. Capricórnio expressa suas fases no escravo, no condutor de escravos e no redentor. Falando tudo que lhe vem à mente, é honesto. As pessoas de Capricórnio não hesitam em admitir que nas suas experiências passadas possam existir atividades inconvenientes. Mas, uma vez que Capricórnio entre em sintonia com a tecla da pureza regeneradora, o aspirante caminha do desespero para a luz (a viagem de Virgem através de Sagitário). A escuridão procura envolver o Espírito no ser humano à medida que Capricórnio bloqueia o caminho para a liberdade. O espírito está sujeito à escravidão (escravo), daí a habilidade que é acrescentada à forma e as capacidades executivas (condutor de escravos) aumentam, até que a desenvoltura do Espírito se manifeste na religiosidade (redentor) essencial para o domínio de si mesmo. Aí, então, Capricórnio está pronto para andar pela Terra como o Filho de Deus: Redentor e Salvador.
Capricórnio deve lutar pela regeneração espiritual para poder dar uma consciência viva e abençoada a todos que se aproximam de sua esfera de influência. A tolerância, nascida da experiência, garante a harmonia necessária para alimentar potencialidades latentes para o fogo dinâmico da expressão Criadora. Enquanto Capricórnio, muitas vezes, pode se irritar diante da falta de resultados, todo pensamento consciente e seriamente dirigido para a ajuda ao próximo, tende a levar estes indivíduos a maiores aspirações.
Frequentemente pessoas são postas juntas com o objetivo de liquidar débitos do destino. Tais pessoas, sendo rebeldes e antagônicas entre si, serão colocadas juntas, muitas e muitas vezes, até que seu relacionamento se transforme em amor e fique liberto da amargura e do ódio. Amor é a única força que cicatriza as feridas do passado.
Capricórnio é um elo entre o velho (Saturno) e o novo (Urano); e a perseverança produzirá a harmonia tão essencial para o crescimento e desenvolvimento comunitário. Capricórnio possui uma visão interior e do caos virá a Vida, a Luz e o Amor. Dos espaços sem limite nasceram as formas. Aqui estão representados o começo e o fim da manifestação. Capricórnio exibe os justos direitos dos seres humanos; Saturno é seu mestre. Cada Espírito que aspire independência e liberdade precisa, em primeiro lugar, pagar inteiramente seus débitos.
Amanhã festejaremos com os Deuses, mas hoje servimos e fazemos penitência por todos os dias passados. O caminho de Capricórnio é seguro. Se parecer obscuro, o amor é a luz que ilumina o caminho e sua radiação interior glorifica Deus no Céu. A sempre vigilante presença de Deus acena para você. Estas coisas e outras maiores Ele deverá mostrar-lhe, à medida que você corresponder ao chamado do amor de Saturno, guardião divino da noite.
A intenção básica de Saturno é dar as boas-vindas a você nos braços da Vida, da Luz e do Amor – o porto do repouso eterno de Capricórnio.
(de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em janeiro de 1982)
SIGNO: Capricórnio, “cabra aquática”
QUALIDADE: Cardinal; ou vigorosa consciência dirigida ativa e dinamicamente para o interesse em objetivos específicos. Mas, a realimentação constante é necessária para manter a energia fluindo.
ELEMENTO: Terra; ou Corpo.
NATUREZA ESSENCIAL: Posição
ANALOGIA FÍSICA: rochas, pedras, cristais.
ASTRO REGENTE: Saturno
CASA CORRESPONDENTE: a 10ª Casa
ANATOMIA ESOTÉRICA: representa o Corpo Denso.
ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: joelhos, vesícula biliar e medula das glândulas suprarrenais. Geral: pele; ossos, esqueleto, tecido conectivo, tecido epitelial, cabelo, dentes, baço, minerais carregados no sangue e todos os minerais depositados no corpo, ligamentos, tendões, cartilagens, juntas e articulações.
FISIOLOGIA: Saturno governa todos os processos no corpo que tem a haver com a cristalização, endurecimento, decaimento e decomposição. Rege os processos de catabolismo, formação da bile e formação da ureia. Fornece os minerais necessários para a formação dos ossos e do esqueleto e também fornece a estrutura do corpo. Saturno tem influência considerável no sistema nervoso parassimpático, especialmente no nervo vago (pneumogástrico).
TABERNÁCULO NO DESERTO: simboliza a Arca da Aliança, contendo o Pote de Ouro do Maná, a Vara de Aarão e as Tábuas da Lei. Isso, por sua vez, é o símbolo de um Corpo Denso perfeito.
MITOLOGIA GREGA: Saturno é, inicialmente, simbolizado por Chronus e Caos. Caos foi o primeiro deus, sendo criado antes de todos os outros deuses. Isso é o símbolo do Período de Saturno, a primeira manifestação de vida em substância após sua emersão da precedente Noite Cósmica. Chronus é o “Pai Tempo”, uma manifestação primária no Mundo Físico. A estória de Chronus comendo suas crianças é um símbolo de como uma atitude materialista pode sufocar as inclinações espirituais. Entretanto, o triunfo de Zeus sobre Chronus mostra o triunfo do espírito sobre a matéria.
CRISTIANIDADE CÓSMICA: Cristo nasce novamente na véspera de Natal, quando o Sol está em Capricórnio. A passagem do Sol através de Capricórnio marca um tempo de provas. Enquanto o ano novo começa nós somos testados para ver se nós aplicaremos os princípios espirituais, dados no tempo do Natal, no nosso dia a dia. Ao mesmo tempo, nós devemos nos esforçar para sobrepujar as tentações do mundo material, transformando o mal em bem. Nós devemos aprender a “tentar todas as coisas e reter somente o que é bom”.
(traduzido da Revista: Rays from the Rose Cross – janeiro/1976 e janeiro/1978 – Traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)