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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: As bombas atômicas e de hidrogênio causam devastações no plano físico. Acarretam também danos correspondentes às substâncias mais sutis que compõem o conjunto de veículos da Terra? Qual a sua opinião sobre o assunto?

Resposta: Os Éteres, particularmente os dois inferiores (Éter Químico e Éter de Vida), são compostos de matéria física. Aparentemente seriam afetados peta destruição causada pelas bombas.

Max Heindel, referindo-se aos efeitos perigosos que os estampidos das grandes armas de fogo representam para nós, nos assevera que: “O Éter é matéria física e enquanto os que morreram por armas menores em combates de menor importância podem, algumas vezes, serem vistos perambulando, aturdidos, mas conscientes, as aterradoras detonações dos grandes canhões, tão extensamente usados, têm o efeito de transformar inteiramente os átomos etéricos prismáticos e destroçar (não esparramar) o invólucro áurico do Éter de Luz e do Éter Refletor, que são a base do sentido da percepção e da memória, respectivamente. Até que isto seja explicado dentro da sua relatividade original, o ser humano permanece aturdido, numa condição comatosa que perdura, muitas vezes, por semanas” (do livro A Teia do Destino – Os Efeitos Ocultos das Emoções – Parte III – Efeitos da guerra sobre o Corpo de Desejos – o Corpo Vital afetado pelas detonações dos grandes canhões).

É difícil determinar, exatamente, a extensão dos danos causados ao veículo etérico da Terra pelas explosões das grandes bombas. De qualquer maneira, nos sentimos suficientemente seguros para afirmar que os danos são bem consideráveis, com possibilidades mesmo de provocar fendas no envoltório etérico do nosso Planeta. Quanto tempo levaria para os átomos etéricos serem completamente destruídos ou para retomarem sua posição original, certamente não podemos afirmar. Basta dizer, apenas, que nossa Terra e seus habitantes viveriam bem melhor sem essas explosões.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz janeiro/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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O Cordão Prateado e a Associação com os Átomos-sementes

É o Cordão Prateado que une os veículos superiores e inferiores. Durante os primeiros vinte dias do período de gestação, o sangue do feto é nucleado pela vida da mãe e ela regula o processo de construção do Corpo Denso. Então o Ego, de fora, inicia o trabalho no feto, da mesma forma que um Espírito-Grupo trabalha com os seres da espécie que está sob a tutela dele. Nesse momento, alguns corpúsculos são nucleados e a vida celular é dominante em certa medida. O Ego está no útero, mas ainda não permeou seus veículos. Então a parte inferior do Cordão Prateado começa a crescer a partir do Átomo-semente do Corpo Denso no coração e se eleva enquanto a parte superior inicia seu crescimento a partir do vórtice central do Corpo de Desejos, no qual o Ego está revestido.

À medida que o Espírito, na 4ª Época, a Época Atlante, começou a atrair seus veículos e, gradualmente, os interpenetrou e se tornou dinamicamente ativo, o Espírito individual começou a permear o feto no quarto mês e progressivamente tomou posse do organismo em formação. Quando as partes inferior e superior do Cordão Prateado se unem, começa, então, a vida senciente e temos o período de aceleração. Assim como o Átomo-semente do Corpo Denso está na posição referencial do ápice do ventrículo esquerdo do coração, o Átomo-semente do Corpo de Desejos está na posição referencial do grande lóbulo no fígado.

O Átomo-semente do Corpo Vital durante o dia está localizado no ponto vulnerável chamado plexo celíaco. Esse Átomo-semente é formado pelos dois Éteres inferiores (Químico e de Vida) e é a raiz daquela parte do Corpo Vital em que se dá a morte a cada renascimento. É por meio do Átomo-semente do Corpo Vital, com seu dois Éteres inferiores, que forma ao redor a matriz do novo Corpo Vital, quando o Ego desce para o nascimento. Não há Átomo-semente dos dois Éteres superiores, pois eles são a parte imortal ou a parte capaz de se tornar imortal.

Os Éteres são, por assim dizer, os eflúvios do nosso sangue após a oxidação. Assimilamos fisicamente as partículas físicas do sangue, mas assimilamos etericamente as partes etéricas. Essa mudança está constantemente ocorrendo, e as vibrações do Átomo-semente do Corpo Denso constituem a nota-chave. Os vampiros se alimentam dos eflúvios do sangue que irradiam do Corpo. Esses eflúvios são conhecidos como “magnetismo animal”. Nos matadouros, os elementais repugnantes pairam sobre as poças de sangue, banqueteando-se com os eflúvios daquele sangue.

Os eflúvios mais sutis, representando nossas boas ações e experiências, pairam e formam uma aura turva e dourada, talvez, com um profundo tom azulado próximo ao Corpo. As partes azul e dourada estão aproximadamente nas mesmas proporções e na mesma relação entre si que a parte azul e amarela de uma chama de gás, com a qual tudo se mescla. O fogo que arde na medula espinhal, nos ventrículos do cérebro e no topo da cabeça forma uma chama ardente que possui uma aparência belíssima; é a Luz.

À medida que o sangue corre pelo coração, o Éter é extraído e flui ao longo do Cordão Prateado até o plexo celíaco, onde está localizado o Átomo-semente do Corpo Vital. Esse Átomo-semente parece ter sobre o Éter o mesmo efeito que um prisma tem sobre a luz, pois a corrente de prata é refratada por ele nas três cores primárias, vermelho, amarelo e azul, embora a proporção dessas cores não seja a mesma, como na chama externa que queima acima da cabeça. Nas pessoas que se dedicam a uma vida puramente material, o vermelho é esmagadoramente predominante, mas à medida que nos elevamos espiritualmente, o amarelo se torna perceptível e, mais tarde, o azul. A corrente vermelha se aglutina com a corrente incolor do Éter solar que corre constantemente através do baço, e é o agente que transforma esse Éter incolor em um rosa pálido e fornece a todo o Corpo Vital seu tom delicado parecida com a da flor de pessegueiro recém-aberta.

Os raios amarelos e azuis são refratados na medula espinhal oca e ali está a fonte de luz. À medida que crescemos espiritualmente, a agregação cumulativa desses raios transborda e envolve a cabeça e mais tarde todo o Corpo. É o chamado soma psuchicon[1] no qual podemos viajar (nos planos invisíveis) quando o tivermos liberado do veículo denso; é um metal básico transformado pela alquimia em ouro espiritual, que é a Pedra Filosofal.

E, para finalizar, o Átomo-semente da Mente está entre os dois sinus frontais na testa e o segmento do Cordão Prateado que chega até ele parte do Átomo-semente do Corpo de Desejos.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross – Janeiro/1928 – Este artigo provém de anotações a lápis até então inéditas deixadas por Max Heindel – traduzidos pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: Como estudamos no Capítulo 15 da 1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios, em que S. Paulo ensina a doutrina do Renascimento por meio dos Átomos-sementes, tão claramente quanto a dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental de hoje.

Na versão inglesa, o versículo 44 diz: “Existe um corpo natural e um corpo espiritual”; mas o Novo Testamento não foi escrito em inglês e, como os tradutores nada sabiam dos Ensinamentos ocultos não tinham ideia de como traduzir a palavra grega que para eles parecia sem sentido; por isso, a traduziram como a compreenderam. A palavra que é usada e traduzida como “corpo natural” é soma psuchicon. Soma é uma palavra grega que, todos concordam, é Corpo – não há dúvidas quanto a isto. Mas psuchicon – psuche – (psyche) – a alma – um Corpo-Alma do qual nunca ouviram falar; provavelmente pareceu-lhes tolice, de maneira que traduziram a palavra como “corpo natural”. É verdade que S. Paulo diz na 1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:23, que somos “Espírito, Alma e Corpo”, mas, provavelmente, eles interpretaram Alma e Espírito como sinônimos. Existe, porém, uma grande diferença, como é explicado nos Mistérios Rosacruzes: “Este Corpo-Alma é o veículo a que S. Paulo se refere e no qual encontraremos Cristo. É composto de Éter e, portanto, capaz de levitação e de passar por paredes, uma vez que toda matéria densa é permeada com Éter. Os Auxiliares Invisíveis o usam hoje, como Cristo o fez, na Sua primeira vinda aqui”.

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Pergunta: Como se inicia a formação de um veículo capaz de manifestar nos Mundos invisíveis?

Resposta: O Corpo-Alma, como é chamado na Filosofia Rosacruz (também chamado de Traje Dourado de Bodas, Vestimenta do Casamento Místico entre o “Eu Superior” e o “Eu inferior”), é um dos nossos veículos. É composto dos dois Éteres superiores do Corpo Vital: o Éter de Luz – ou Éter Luminoso – e o Éter Refletor. Sua formação depende da prática cotidiana do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) focado na divina essência oculta ao irmão ou à irmã no seu entorno. Ainda que muitas oportunidades não sejam oferecidas em nosso meio ambiente – como, por exemplo, ajudando e visitando um parente ou amigo enfermo – elas surgirão em um campo mais extenso, na medida em que aproveitamos aquelas que surgem, na dedicação aos estudos dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental (até para conhecer o que precisamos) e trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Uma dedicação dessa natureza não somente atrai e elabora em uma larga proporção os dois Éteres superiores, como também provoca uma divisão entre eles e os dois Éteres inferiores (Éter Químico e Éter de Vida). Realizada essa divisão, o Corpo-Alma permanece separado e distinto desses dois Éteres inferiores, tornando-se útil como veículo individualizado para ser utilizado em voos anímicos.

É citado no Novo Testamento, em que S. Paulo pregou no décimo quinto Capítulo da Primeira Carta aos Coríntios, começando no trigésimo quinto versículo, quando diz que além do “corpo de carne e sangue” temos um Corpo-Alma, que ele chamou de soma psuchicon (mal traduzido para corpo “natural”). Constitui o dourado e azul de nossa aura, podendo ser percebido por meio da visão etérica. Diferencia o santo do indivíduo comum. Cristo nos ajuda a construí-lo através de Suas Correntes Espirituais que percorrem nosso Planeta, do centro para a superfície, criando condições reais para a nossa evolução.

É melhor não pensarmos em termos de “projeção astral” como alguns a chamam, pois os voos d’alma conscientes são realizados quando o Ego estiver convenientemente preparado. É perigoso, no princípio, tentar percorrer os Mundos invisíveis sem a ajuda de quem já trilhou o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Toda preparação requer uma proteção e orientação. Afinal só possuir o Corpo-Alma não é suficiente; exige-se treinamento esotérico para ser eficaz no seu uso.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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Segunda Época, a Hiperbórea, do Período Terrestre

Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra e a Lua faziam parte do Sol, as forças solares-lunares permeavam cada um de nós em proporção igual, de maneira que todos nós éramos capazes de perpetuar nossa espécie por meio de brotos e esporos, como fazem certas plantas atuais. Tínhamos uma consciência semelhante à do sono sem sonhos. Onde ainda a Terra continuava em fusão e a atmosfera era parecida com a do Período Solar, pois a 2ª Época foi uma recapitulação, em um nível mais elevado, do trabalho feito no 2º Período, chamado Período Solar.

Dado a nossa densidade dentro do Sol (que ia aumentando em cristalização) fomos nos deslocando, a partir do que seria o “polo” do Sol até ficarmos entre esse polo e o Equador.

Nessa Época, o Corpo Denso era permeado pelo Corpo Vital, mas até então o nosso Corpo Denso não tinha a constituição de hoje, com sólidos, líquidos e gases e, muito menos a densidade e solidez atuais. Nessa Época o Corpo Vital se tornou ativo, constituído de Éter, especialmente de Éter Químico e Éter de Vida e parcelas mínimas de Éter Luminoso e Éter Refletor. Éramos estacionários como uma planta, não fazíamos nenhum esforço, nem nos empenhávamos nisso. Por isso que se diz que passamos pelo “estado vegetal”. Não éramos exatamente uma planta, mas éramos semelhantes a ela.

Na Época Hiperbórea, nosso Corpo Denso era um enorme saco gasoso, flutuando sobre a porção que hoje é a Terra ignescente, e emitíamos esporos semelhantes aos dos vegetais, que cresciam e eram utilizados por outros seres humanos nascentes. Nessa Época éramos bissexuais, hermafroditas.

Ao final da Época Hiperbórea, a cristalização tinha aumentado tanto que se converteu num verdadeiro obstáculo ao progresso de alguns dos mais elevados seres solares. Por outro lado, o estado incandescente era um obstáculo à evolução de algumas criaturas de grau inferior, tais como nós. Nesse estado, precisávamos de um Campo de Evolução mais denso para o nosso futuro desenvolvimento. Por isso, a parte do Sol, que agora é a Terra, foi arrojada ao terminar a Época Hiperbórea e começou a girar em torno do Sol, seguindo uma órbita um tanto diferente da atual.  Fenômeno semelhante, provocado por idêntica razão foi acontecendo com os outros Planetas que hoje formam o nosso Sistema Solar. Dentro da Terra ainda estava a nossa Lua. Nesse período a visão panorâmica Solar passa por uma mudança decisiva. Pois, a nossa visão não era mais a partir do Sol e sim, a partir, da Terra que estava começando a incrustar-se. Como a Terra havia se separado do Sol, então o grande calor dela começou a desaparecer. A Terra se esfriou e a vegetação começou a aparecer sobre a sua superfície quente e cheia de vapor.

Sabemos que sempre fomos guiados por Seres Divinos, e quando fomos arrojados do Sol, no final da Época Hiperbórea, não tínhamos a menor ideia do que fazer, mesmo porque éramos guiados de fora em tudo. Foi por isso que precisávamos das Hierarquias Criadoras para seguir em nossa caminhada. E a ajuda veio destes Seres maravilhosos: os Senhores da Sabedoria, os Senhores da Individualidade, os Senhores da Forma, os Senhores da Mente, os Arcanjos e os Anjos.

E após a separação da Terra do Sol, nos alimentávamos dos frutos da terra.

Por esse motivo é que Caim, o símbolo do ser humano dessa Época, é descrito como um agricultor. Sua dieta provinha apenas dos vegetais, pois as plantas contêm uma quantidade de Éter superior a qualquer outro alimento.

A Época Hiperbórea é descrita na Bíblia, como trabalho efetuado no quarto Dia da Criação.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz

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Audiobook – A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Prefácio
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte I – 1 – A Natureza da Visão Etérica
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte I – 2 – O Éter Químico no Corpo Humano
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte I – 3 – Átomos e Moléculas
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte II – 4 – O Éter de Vida e a Genética
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte II – 5 – A Espiral da Vida
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte II – 6 – O Magnetismo Orgânico versus o Inorgânico
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte II – 7 – O Éter de Vida e o Fogo Cósmico
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte II – 7 – Resumo
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte II – 8 – Estrela e Espiral
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte III – 9 – O Éter de Luz e o Sol
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte III – 10 – A Visão do Ocultista sobre o Éter de Luz
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte III – 11 – Os Três Éteres
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte IV – 12 – Entre os Dois Céus
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte IV – 13 – O que o Éter Refletor reflete
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte IV – 14 – O Éter Refletor e o Registro dos Renascimentos Anteriores
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte IV – 15 – O Éter Refletor e a sua Relação com a Matéria
A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz – Parte IV – 16 – O Éter Refletor e as Forças Arquetípicas

FIM

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Um Caso de Possessão

Em vários artigos recentemente publicados sobre possessão, mencionei duas classes: a demoníaca e a elemental. Essa última é uma possessão ou a posse das faculdades do paciente, em maior ou menor grau, por uma entidade invisível (espiritual). Pode haver ou não intervalos lúcidos, mas no caso registrado abaixo eles foram numerosos. No ocultismo, não pretendo ser alguém que se aproxime da mestria, mas há muitas coisas sobre as quais posso dar conhecimento em primeira mão.

Não é da competência deste breve artigo descrever os motivos e a origem de entidades como elementais e Espíritos da Natureza, nem entraremos em algum dos planos superiores para descrever a forma ou constituição química dos elementais. O elemental é a mais simples de todas as influências externas que possuem e é a primeira influência externa, viva e real, ou ser real, com o qual o diagnosticador astromédico entrará em contato.

A verdadeira composição material do elemental é um elemento, daí o seu nome. É bom para o leitor lembrar que estamos falando aqui das vibrações que são mais elevadas do que as do plano físico e cotidiano, e que uma descrição completa do elemental nos levaria a uma dissertação prolongada sobre as forças que atuam ao longo da parte negativa e positiva dos polos ou os quatro Éteres. Basta dizer aqui que o elemental tem forma real e possui vida, principalmente a que é obtida da sua pobre vítima humana. O casuísta pode exigir prova dessa afirmação antes de prosseguir. Eu respondo que é auto demonstrável e que o caminho para a verdade e o aprendizado está aberto a qualquer um que esteja disposto a pagar o preço. Esse preço, no entanto, não é dinheiro e se o pesquisador for absolutamente materialista, ele fará bem em ler o Caibalion[1] ou literatura semelhante, antes de fazer mais pesquisas médicas.

É bom lembrar que o que há de mais fundamental, por exemplo, em uma planta é invisível aos olhos físicos. O conhecimento suprassensível é acessível a todos aqueles que buscam com diligência e persistência.

Ao relatar este caso, vamos nos ater tanto ao lado físico quanto for compatível com o assunto e descreveremos este como um caso típico e real de possessão elementar. Visite qualquer instituição para pessoas com alguma debilidade mental na Terra e muitos casos semelhantes poderão ser encontrados. Você pode argumentar como quiser e zombar o quanto quiser, mas a verdade não será mudada para se adequar a uma de nossas opiniões preconcebidas.

Sra. H., 26 anos, esposa de um mecânico honesto; mãe de três filhos; loira com algumas características marcantes de beleza feminina; tamanho médio, razoavelmente bem constituída; veio de uma família em que muitos são inteligentes, mas também neuróticos; seu pai morreu em uma instituição para débeis mentais; pulmões e coração em bom estado, sem história específica de problemas. Ela era organizada, trabalhadora e naturalmente de temperamento alegre. Durante o último parto, o trabalho de parto foi concluído em menos de uma hora sob a competente gestão do Dr. Muir, que a atendeu muitas vezes durante as sete semanas seguintes.

Na primeira semana do período de internação, ela foi esplêndida. Aproximadamente depois do nono dia, ela começou a ter peculiares ataques nervosos de vaga apreensão de perigo para seu bem-estar. Não houve febre em momento algum. O Dr. Muir, de maneira sutil, encaminhou o caso para mim no início da oitava semana. Fui chamado pela primeira vez em 19 de janeiro, às cinco horas da tarde, e a encontrei sentada na cama segurando uma bolsa de água quente sobre o seio esquerdo; seus cabelos estavam desgrenhados e o rosto exibia uma expressão maníaca; nenhum piscar de olhos; olhos afundados em suas órbitas; pupilas dilatadas; mãos e pés frios, mostrando circulação perturbada, embora o quarto estivesse confortavelmente quente; os batimentos cardíacos eram lentos e fracos, mas regulares. Ambas as pupilas estavam dilatadas e se recusavam persistentemente a contrair mesmo sob a influência de luz, hiosciamina, estricnina ou brometos.

Sua conversa era não racional e ela estava apreensiva, com medo de morrer imediatamente e fazia repetidamente a mesma pergunta aos atendentes sobre sua morte próxima. Independentemente das garantias em contrário, ela perguntava cem vezes ou mais por dia se seu coração iria parar ou se algum dia ela se recuperaria. Ela estava rapidamente ficando acamada e qualquer tribunal de insanidade teria julgado sem hesitação que ela fosse um caso adequado para uma instituição do Estado para pessoas insanas. Seu coração reagiu a uma injeção hipodérmica de estricnina; mas, as pupilas, as janelas da alma (do Ego), não se contraiam por meio de estimulante algum que eu aplicasse.

Havia várias sensações nervosas e metastáticas, simulando um tipo travesso de histeria. O atendente médico pode sentir uma sensação ou atmosfera mais calorosa quando está na presença do caso comum de histeria, seja na variedade travessa ou simiesca.

Seus intervalos lúcidos eram levemente perceptíveis. Os pentabrometos produziram um sono razoavelmente bom, embora um pouco perturbado por sonhos importantes para qualquer psicanalista.

Além de uma administração hipodérmica e da dosagem noturna de pentabrometos, prescrevi um tônico amargo para ser tomado após as refeições. Resolvi fazer tudo o que estava ao meu alcance como médico para salvá-la de ser internada em uma instituição para débeis mentais; mas, quanto mais eu fazia, mais graves se tornavam os sintomas, até o terceiro dia, quando decidi que o diagnóstico poderia ser modificado de prostração nervosa para um caso simples de possessão elementar que tinha seus sintomas psiconeuróticos produzidos por um fator além do ambiente físico e visível. As pupilas e a atitude eram patognemônicas.

Nesse extremo, iniciou-se um tratamento suprafísico para despojá-la da entidade obsessora. Não é conveniente informar o público sobre essa parte do tratamento neste momento. Quase imediatamente a pupila começou a alterar de tamanho, por assim dizer, a reagir em pontos, os intervalos lúcidos tornaram-se mais longos e, em dez dias, toda a pupila assumiu um aspecto normal. Dentro de 36 horas do início do tratamento modificado, uma confissão veio da paciente. Ela afirmou que desde os cinco anos de idade praticou a masturbação e continuou essa perversão sexual em intervalos ao longo da vida; também havia praticado duas vezes desde o último parto.

Os sintomas eram a manifestação direta desse elemental que atuava no plano etérico. Como um vampiro invisível, ele cresceu muito e estava roubando dessa bela mãe o seu próprio princípio de vida. Sem ajuda, ela era impotente para se livrar desse elemental.

Não há necessidade de falar sobre o tratamento, se houver viés no julgamento diagnóstico do leitor. Ao fazer um diagnóstico, é bom agir com calma em todos os casos neuróticos, pois devemos primeiro nos certificar de que os sintomas não têm origem física; além disso, não pode haver obsessão sem dilatação pupilar. É fácil perceber que não cometer erros no diagnóstico nesses casos é de muita importância para a reputação do diagnosticador e de grande importância para o pobre paciente. Na realidade, os nomes “histeria”, “neurastenia” e “psiconeurose” são vãos subterfúgios usados para acobertar as multidões da nossa ignorância.

Em poucas palavras, a paciente tinha uma predisposição neurótica, um ambiente hostil, o estresse da maternidade e uma prática maligna enfraqueceu ainda mais a sua autonomia física e mental, proporcionando, assim, uma condição ideal, um convite à influência externa. Muito cedo o elemental obteve dela uma área de consciência; como seus atos eram uma rendição de vida ao elemental, ele cresceu muito, alimentando-se do Éter de Vida e foi capaz de obter posse de mais áreas da sua consciência. Pouco a pouco o elemental se tornou a maior coisa dentro do templo, destronando o Ego humano do seu trono de razão.

Observação. — Embora a paciente possa realizar os seus afazeres domésticos, continua sob observação médica.

(Por um médico Probacionista, publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro de 1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: O Caibalion (Kybalion), publicado em 1908 pela Yogi Publication Society sob o pseudônimo de “os Três Iniciados”, afirma conter a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto, tal como ensinado nas escolas herméticas do Antigo Egito e da Antiga Grécia. Seu material tornou-se um dos pilares do Movimento Novo Pensamento da década de 1910. Muitas das ideias apresentadas nesse livro anteciparam conceitos popularizados no século XXI, como por exemplo, a Lei da Atração.

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Exercícios para Adquirir Conhecimento Direto – Concentração

Podemos investigar por nós próprios tudo o que aprendemos nos ensinamentos rosacruzes. Todos nós podemos analisar os domínios suprafísicos sem depender da veracidade de outrem. Sem dúvida, há um método para adquirir essa faculdade de valor inestimável. Para isso, temos que receber todas as informações que desejamos, a fim de que o coração possa falar quando a cabeça esteja satisfeita.

Assim, chegamos ao propósito dos Ensinamentos Rosacruzes: “satisfazer o Aspirante à vida superior a lhe provar que no universo tudo é razoável, para que triunfe sobre o rebelde intelecto”.

No entanto, há necessidade de sermos humildes e pacientes. Devemos deixar de criticar, passando a aceitar provisoriamente, como verdade provável, afirmações que, de imediato, não podemos constatar. Afinal, a incapacidade é nossa, e é função nossa desenvolvermos as faculdades superiores, pelo Treinamento Esotérico.

Deixando de ser um simples ser humano de fé, passaremos ao conhecimento direto. O primeiro passo desse método é adquirirmos as ferramentas necessárias. Tais ferramentas não são nada mais do que nossos veículos, nossos instrumentos.

Depois, com boas ferramentas para se trabalhar, podemos atentar para o segundo passo: como organizar tais instrumentos, a fim de que nossas necessidades nos mundos suprafísicos sejam satisfeitas, tal como o Corpo Denso nos é útil no Mundo Físico.

Com esses requisitos adquiridos, estaremos aptos para o próximo passo: as práticas nos mundos internos, ou seja, o treinamento que objetiva o domínio desses instrumentos para suas novas funções – a manifestação de nossa consciência nos Mundos suprafísicos.

Tudo isso depende somente de nós, de nossa aplicação, do nosso desenvolvimento e do modo pelo qual lidamos com nosso destino pendente.

Vamos ver como preencheremos os três passos acima: obtenção de veículos apropriados, organização desses veículos e práticas a executar.

Os veículos que temos para funcionar nos planos internos:

(1) Corpo Denso – formado de sólidos, líquidos e gases;

(2) Corpo Vital – formado de quatro Éteres: Químico, de Vida, Luminoso e Refletor;

(3) Corpo de Desejos – dividido em inferior e superior; e

(3) o veículo Mente – também dividido em superior e inferior.

Como organizar os veículos aqui, enquanto renascido, é o que constitui o maior desafio. Nossos instrumentos devem ser purificados e afinados. Estabelecidas essas condições, podemos começar a trabalhar para realizar nosso propósito. À medida que esses maravilhosos instrumentos são usados no trabalho, eles mesmos melhoram com o uso apropriado, e tornam-se mais e mais eficientes na obra em que nos ajudam.

O treinamento dos nossos diferentes veículos faz-se sincronicamente. Não pode um corpo ser influenciado sem que os outros sejam afetados, porém, o trabalho principal ou definido pode fazer-se em qualquer deles.

O Corpo Denso é predominantemente afetado quando se presta estrita atenção à higiene, dieta e emprego de exercícios adequadamente. Esse trabalho sobre o Corpo Denso, ao mesmo tempo, produzirá um efeito sobre o Corpo Vital e o de Desejos. Os mais puros e melhores alimentos têm suas partículas envolvidas por éter planetário e matéria de desejos mais pura.

Se forem empregados na construção do Corpo Denso, purificam e melhoram todos aqueles Corpos. Só que o alimento é uma coisa tão individual que não é possível estabelecer regras fixas. A única regra fixa que se pode estabelecer é o mal que faz comer carne. A dificuldade do nosso Corpo Denso de assimilar as partículas da carne produz desgaste e destruição do nosso Corpo o que nos torna menos ativos e menos pacientes. Além, é claro, da demonstração da nossa falta de consciência e de compaixão para com os nossos irmãos menores do Reino Animal. Quanto mais nos aproximarmos do Reino vegetal tanto mais energia obteremos do nosso alimento.

Quando o cuidado é dirigido unicamente à higiene e ao alimento, os Corpos Vital e de Desejos poderão permanecer tão impuros como antes. Contudo, tal cuidado facilita um pouco o contato com o bem, mais do que o uso de alimentos grosseiros.

O mesmo ocorre com o cultivo de um temperamento equânime e bom gosto literário e artístico para o Corpo Vital e o cultivo de sentimentos e emoções elevadas para o Corpo de Desejos, sem que cuidemos do Corpo Denso. Isso significa que apesar dos cultivos elevados, o Corpo Denso pode ser mantido impuro e mau cuidado. Em longo prazo, isso implicaria em morte prematura e frustração do plano de vida traçado previamente pelo Ego.

Outra ajuda importante para a organização dos nossos veículos vem da oração, principalmente através da oração do Pai Nosso, que possui todos os componentes para satisfazer integralmente as necessidades dos nossos três Corpos, da Mente e do nosso Tríplice Espírito, auxiliando-nos a organizar e funcionar em harmonia com eles. Façamos tal Oração muitas vezes ao dia, o que nos ajuda no domínio próprio. Domínio esse que se estende por todos os itens da nossa vida cotidiana. Tanto nas nossas necessidades da vida superior, como na necessidade de dominar a nossa força criadora sexual como cultivar uma disposição serena e tranquila. Então, produziremos menos perturbações nos nossos veículos durante as nossas horas de vigília, durante o dia e, portanto, durante o sono, gastaremos muito menos tempo para reparar os desgastes no nosso Corpo Denso. O resultado disso: mais tempo para nos dedicarmos às práticas espirituais.

Antes de entrarmos nelas, vejamos qual o veículo que utilizaremos. O Corpo Denso é claro que não. Pertence à Região Química do Mundo Físico. Já temos total consciência e domínio nesse Mundo, utilizando tal Corpo. O Corpo de Desejos e a Mente não estão organizados para isso. O Corpo de Desejos apesar de estar mais estruturado do que a Mente, não possui organização suficiente que capacite o Ego a funcionar nos mundos internos. Ele é passível de separação (Inferior e Superior). A Superior é composta de materiais das Regiões superiores do Mundo do Desejo (Vida Anímica, Luz Anímica e Poder Anímico) e muito pode nos ajudar na obtenção do conhecimento direto. Mas, não funcionará sozinho, como veículo principal. Aliás, na maioria dos nossos irmãos, os vórtices do Corpo de Desejos estão quase que paralisados, só se movem através do látego da necessidade ou por manifestações negativas.

Já a Mente, nosso veículo mais novo, ainda é uma nuvem pairando pela nossa cabeça física, descendo até a região do pescoço. Portanto, o que nos sobra é o Corpo Vital. Dividimo-lo em duas partes: (1) Éter Químico e de Vida; (2) Éter Luminoso e Éter Refletor. A primeira parte tem como única finalidade efetuar o processo restaurador do nosso Corpo Denso, por isso, é inútil para ser utilizada para investigação do Ego nos Mundos internos. Assim, essa parte permanece com o Corpo Denso para realização de seu propósito. A segunda parte do Corpo Vital serve para a investigação espiritual, pois o Éter Luminoso é a sede dos sentidos e o Éter Refletor, a sede da memória. Assim, essa parte é o único modo possível para entrarmos nos Mundos suprafísicos, e é empregada durante o sono ou em qualquer outra oportunidade.

Aqui entra o treinamento esotérico: como separar adequadamente o Corpo Vital. A parte do Corpo Vital que sai está muito bem-organizada. A parte superior do Corpo de Desejos e a Mente, não estão organizadas, mas são úteis porque estão conectadas com o altamente organizado Corpo Denso.

Existe mais uma necessidade: a fim de podermos trabalhar no Mundo do Desejo, precisamos despertar os centros sensoriais do nosso Corpo de Desejos. Isso se faz alcançando o seguinte estágio: permanecermos dentro dos nossos corpos com todas as nossas forças dirigidas também para dentro.

Estamos com todos os nossos sentidos fechados para o mundo externo, mas plenamente conscientes.

Nesse estado, temos pleno controle de nossas faculdades e, assim, podemos atuar internamente e sensibilizar todos os nossos veículos. Isso é a Concentração. É através dela que conseguimos despertar todos os centros sensoriais do nosso Corpo de Desejos e conectá-los com os outros Corpos. Todos nós devemos cultivar a faculdade de se absorver em qualquer assunto que estamos tratando.

Somente assim é que entendemos o conceito da palavra concentração: “convergir para um centro”; permanecer dentro dos nossos corpos com todas as nossas forças dirigidas também para dentro; permanecer com todos os nossos sentidos fechados para o mundo externo, mas plenamente conscientes.

Com isso executamos duas coisas ao mesmo tempo:

  • nos dedicamos uma vez para cada tarefa – maior probabilidade de sucesso;
  • exercitamos o fechamento dos sentidos para o Mundo externo, a concentração do pensamento sobre os diferentes centros sensoriais do nosso Corpo de Desejos.

E assim, tais centros sensoriais começam a girar, lenta mais persistentemente vão se preparando para serem conectados como pontos de contato nos nossos Corpos Denso e Vital.

Meios para acelerar a eficácia na prática do Exercício Esotérico de Concentração:

  1. Exercício matutino, tão logo nos despertamos (utilizando assuntos superiores, como os primeiros cinco versículos do Evangelho segundo São João, a imagem de um Cristo vivo, atuante, uma rosa branca e seu significado como símbolo de pureza);
  2. Praticá-la quando se estiver em uma fila de espera, aguardando uma condução e em casa.

                                                                             Que as Rosas Floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Lei do Renascimento para você se perguntar: é lhe dado tarefas fáceis ou difíceis?

Dentre vários ensinamentos que lemos nas Epístolas de São Paulo há um muito interessante para entendermos a questão do título: “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6:7). Estas palavras foram escritas pelo Iniciado o Apóstolo São Paulo em uma Epístola aos Gálatas, que eram um grupo de pessoas que habitava uma província da Ásia Menor. São Paulo leva a Religião Cristã aquela gente, a quem amou de maneira muito especial, congregando-os em uma Igreja. Estando deles ausente, apareceram certos “mestres”; dentre eles três judeus e trataram de persuadir aquela gente a desprezar a Religião Cristã, que lhes tinha sido ensinada por São Paulo, e voltaram à antiga forma de adoração.

São Paulo viu claramente que para os Gálatas o retroceder depois de terem visto a luz significava atraso, em lugar de progresso, e que suas consequências seriam o incorrer em uma pesada dívida com o destino, que requeria eternidades para eles a liquidarem.

Sendo São Paulo um Iniciado, conhecia perfeitamente as Leis do Renascimento e as de Causa e Efeito e, por isso, sabia muito bem que se este povo contraísse uma tal dívida, teria de pagá-la alguma vez e em alguma parte, ao preço de grande dor e de profunda angústia. Por esta razão, São Paulo proclamou a Lei de Causa e Efeito a essa gente, dando-lhe o conhecimento dela em termos inequívocos: “Não vos enganeis: Deus não pode ser iludido; tudo o que o homem semear, isso também colherá“.

Se o Renascimento não fosse um fato, numerosas afirmações da Bíblia, semelhantes à que acabamos de citar, seriam difíceis de aceitar. De fato, seria absolutamente impossível para um homem ou uma mulher inteligente aceitar muitos fatos da vida, nem sequer em mínima parte. Por todas as partes vemos no mundo pessoas semeando sem cessar, sementes de maldade, discórdia, ódio, desonestidade, decepções, etc. e, contudo, ostentam-se prósperos e florescentes, como o verde loureiro proverbial. Aqueles cujas vidas são piores, acham-se com frequência, ocupando os mais altos cargos; entretanto vemos oprimidos, homens e mulheres de vida santa e Cristã.

E qual a resposta a esses diversos e complexos problemas que, constantemente, a vida nos está apresentando? Não têm eles respostas alguma? E a morte? Ainda os resultados da morte são incertos. Aniquila a morte a consciência?

Como resposta a tais perguntas, a maioria das pessoas dirá: “Creio nisto ou naquilo, mas nada sei”.

Há uma resposta para cada problema que a vida nos apresenta; os precursores da grande escola da vida, que avançaram e progrediram, puderam nos dar estas respostas. Eles não dizem: “creio” ou “penso”, mas dizem: “sei” -“Eu sei”. E como sabem? Porque adquiriram conhecimento de primeira mão. E de que maneira o adquiriram? Por meio da perseverança, devoção, observação e discernimento.

Antes que um homem ou uma mulher possa entender a vida, há de achar-se disposto ou disposta a aceitar como uma hipótese eficaz a de que o Renascimento é um fato e que toda a manifestação se explica pela Lei de Causa e Efeito. Uma vez que uma pessoa permita que entrem na sua consciência estes dois grandes fatos, tem já um ponto de apoio ou de partida para seus raciocínios.

Se o Renascimento é um fato, então todos nós temos vivido várias vidas anteriores à atual, e temos passado por numerosas provas. Temos sido arrogantes, cruéis, opressores, tiranos, injustos? Tem havido ocasiões em que temos sido bondosos, tolerantes, sensíveis, serviçais etc.? Pois bem, na atualidade somos a soma de nossas experiências anteriores, ou melhor, a soma de nossas reações à todas as nossas experiências passadas.

Cada criatura humana de nossa Onda de Vida tem-se iniciado na grande escola da vida, na Grande Escola de Deus, com iguais oportunidades. Durante cada vida foram-nos dadas certas lições. Quando as tivermos aprendido perfeitamente, teremos ganho em conhecimento e inteligência e teremos avançado.

Quando recusamos fazer nosso trabalho, e dissipamos nosso tempo vivendo preguiçosa ou licenciosa e desordenadamente, não só debilitamos, então, nossa estrutura moral, deixando para o lado o trabalho, senão que ao deixar para mais tarde o que devíamos ter feito hoje mesmo, deixamos para o dia seguinte uma tarefa mais dura e mais difícil de executar; e já não estaremos tão preparados para ela como estávamos ao ser-nos dada a primeira lição.

Mas esse trabalho há de ser executado alguma vez, em alguma vida, porque estamos desenvolvendo nossos próprios deuses, que absoluta e necessariamente hão de alcançar seu desenvolvimento, mercê de nossos próprios esforços.

O desenvolvimento das potencialidades latentes, dentro de cada indivíduo, não pode comprar-se, não pode achar-se ou receber-se como se fosse um gracioso donativo.

Depende de nossos próprios esforços perseverantes e resolutos, o que este crescimento progressivo encerra, e só nós estamos em possibilidade de apressá-lo ou retardá-lo. O indivíduo que diz: “Não tive nunca uma oportunidade na minha vida”, está-se enganando. Cada incidente que ocorre, e sucedem-se dezenas deles diariamente, nos subministra a oportunidade de desenvolver em alguma extensão algum poder potencial latente, em nosso interior, e as provas que sofremos, vem precisamente com esse objetivo. Não são meros acidentes com que tropeçamos, mas oportunidades dadas por Deus mesmo, para nosso crescimento, às quais devemos estudar bem e aproveitar tudo o que pudermos. Uma vez que nos dermos conta disso, cada dia de nossa vida se converte em uma grande e gloriosa aventura. Os mais humildes acontecimentos tornam-se grandes e maravilhosas experiências. O gorjeio de uma ave fere nossos ouvidos, estimula nosso sentido da audição e desenvolve nossa apreciação da verdadeira harmonia expressa em sons. Um humilde gusano, uma humilde minhoca, arrasta-se pelo solo aos nossos pés; o sentido da vista entra em ação; a cor daquela criatura se nos revela; a sua forma, a sua maneira de locomoção. Nosso poder de observação se vigoriza; o nosso interesse se estimula; a nossa Mente entra em atividade.

Começamos a estudar a vida, a verificar a nossa mentalidade e acabamos por aprender que tudo aquilo que existe é uma parte de Deus, que lenta, mas seguramente desenvolve dentro de si próprio, a Divindade.

A vida não nos aparece já como um confuso labirinto. É uma escola onde toda a criatura vivente recebe um ensino alegre e intenso. Nada há nela de opaco ou privado de interesse. São a Lei e a Ordem, trabalhando unidos, harmoniosamente. É o Amor em manifestação; é a atividade que nos revela em miríades de demonstrações.

Por que vemos ocupar altos postos aqueles que, segundo todas as aparências, carecem de algum mérito? Suas lições por um dia na Escola da Vida exigirão esse ambiente particular? Mas ai daquele que abuse de seus altos privilégios! Esse está criando uma tremenda dívida de destino, que não lhe será fácil pagar. Por que vemos sofrer opressão a uma pessoa digna? É com o objetivo de que possa aprender valiosas lições que hão de ser usadas em proveito de seus semelhantes, em vidas futuras, nas quais ocupará postos de grande influência e poderio. Tal pessoa não cometerá nunca o erro que seu irmão ou sua irmã menos adiantado ou adiantada poderia cometer ao achar-se numa posição semelhante.

O homem ou mulher que semeia sementes de discórdia, ódio, desonestidade, engano, etc. não pode ter a esperança de escapar ao castigo da Lei.

Qualquer coisa que um homem semear, isso mesmo colherá“, seja durante sua vida atual, seja durante alguma outra vindoura, a não ser que se arrependa do seu mau comportamento.

Reformem-se enquanto puderem, reparem o mal que tenham cometido. A razão de que não vemos o malfeitor pagar suas dívidas é porque não estamos capacitados, no atual estado do nosso desenvolvimento, para segui-lo vida após vida e saber quando se vencem essas dívidas.

Algumas vezes pagam-se durante a vida em que se contraíram; outras vezes levam-se através de um ou mais Renascimentos, mas nunca ficam por saldar.

A Lei de Causa e Efeito, é ensinada pela Bíblia, ainda que expressa com diferente terminologia: “Qualquer coisa que um homem semear isso também colherá“. Nem esta Lei nem a Lei do Renascimento são realmente novas, como poderia comprovar qualquer estudante da Bíblia, cuidadoso e dotado de espírito analítico. Na atualidade, contudo, está lhe dando uma importância muito particular, por parte das escolas avançadas de preparação espiritual, devido a que um número considerável de seres humanos completou já as lições ensinadas por meio da Religião Cristã ortodoxa, e se encontram já prontos para uma etapa mais adiantada na senda do progresso. Essa etapa mais avançada lhes abrirá os Mundos invisíveis onde reside o Espírito, ou verdadeiro “EU”, durante os intervalos entre a morte e o novo renascimento, e os capacitará para seguirem as pisadas do Espírito, ainda que esse faça suas diversas viagens, da morte ao nascimento e vice-versa.

Antes que um indivíduo possa chegar a essa etapa adiantada, há de construir um veículo que lhe permita funcionar nos Mundos invisíveis. Esse veículo se constrói determinando uma separação entre os dois Éteres inferiores (o Químico e o de Vida) dos Éteres superiores (Luminoso e Refletor), que são os veículos da percepção dos sentidos e da memória; podem então usar-se como tal, o veículo a que se chama o Corpo-Alma.

Em consequência, a “Senda da Preparação” precede a capacidade de adquirir conhecimento de primeira mão, o conhecimento direto.

O amoroso e abnegado serviço aos outros, a perseverança, a devoção, a observação e o discernimento são os meios de alcançá-lo. O serviço amoroso e abnegado aos outros atrai automaticamente ao indivíduo os dois Éteres superiores, a saber; o Luminoso e o Refletor, com os quais se constrói o “Corpo-Alma”.

O Éter Químico e o Éter de Vida são capazes de se encarregar das funções vitais do Corpo Denso, durante o sono. Mais tarde tem lugar uma separação entre estes dois Éteres inferiores e os dois Éteres superiores. Quando esses dois últimos Éteres que compõem o “Corpo-Alma” já se espiritualizaram o suficiente, por meio da observação, do discernimento e do serviço, uma simples fórmula, dada por um Mestre espiritual, capacita o Aspirante à vida superior a levar consigo o “Corpo-Alma” à vontade, junto com o seu Corpo de Desejos e a sua Mente. Fica assim equipado com seus veículos de percepção sensorial e de memória.

Qualquer conhecimento que possua no Mundo Físico está, então, à sua disposição para usá-lo nos Mundos invisíveis, e quando de novo entra em seu Corpo Denso, traz consigo, ao cérebro físico, memórias de suas experiências adquiridas durante seu funcionamento longe do próprio corpo e naqueles altos lugares.

Quando o indivíduo tenha construído esse veículo no qual funciona, pode visitar os Mundos invisíveis e fica com liberdade para explorá-los a seu gosto, e aprender neles as causas que produzem todos os efeitos que se manifestam no plano físico.

Pode, então, acompanhar uma criança, da morte ao renascimento e comprovar assim que a reencarnação é um fato.

Pode então compreender a vida e seu objetivo, e trabalhar em harmonia com todas as Leis da Natureza; e dessa maneira tem já em suas mãos não só o método de acelerar sua própria evolução, senão também o de ajudar os outros a fazerem outro tanto.

Todo o nosso progresso depende de que aprendamos as lições que se nos apresentam em nossa vida diária, sem ter em conta que sejam fáceis ou difíceis. Devemos agradecer cada lição e pôr-nos prontamente a aprendê-la. E devemos agradecer especialmente às difíceis e desagradáveis, pois indicam que fizemos consideráveis progressos no passado e que, por consequência, estamos já capacitados para aprendê-las. Às almas jovens e pouco experimentadas não são dadas tarefas difíceis para executar.

Cada dia está cheio de oportunidades que, nos tornam os donos delas e se as aproveitarmos tanto quanto possível, nos permitirão avançar rapidamente pelo caminho do verdadeiro desenvolvimento.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – setembro/1979 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook: O Corpo Vital – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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O Corpo Vital – Max Heindel – Prefácio – Introdução
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo I – Durante Períodos e Revoluções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo II – Durante as Épocas
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo II – Na Saúde e na Doença
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo III – No sono e nos sonhos
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo IV – Na Morte e nos Mundos invisíveis
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo V – A Caminho do Renascimento
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo VI – As Crianças
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte III – O CORPO VITAL DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo I – Um Fator Importante
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo II – O Efeito das Orações, dos Rituais e Exercícios
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Grande Aventura

Na data de 16-7-69, às 10h32 (hora de Brasília), a cosmonave Apolo 11 subiu do Cabo Kennedy com destino à Lua, levando os astronautas americanos na mais perigosa conquista já tentada pelo ser humano. Após dar uma volta em torno da Terra, a Apolo 11 arrancará em direção à Lua a uma velocidade de 40.000 km/h que à libertará do campo de atração terrestre. O trem espacial entrará em órbita lunar na madrugada do dia 20, domingo. O pouso na Lua está previsto para as 17h21. O local será o “Mar da Tranquilidade”. Dia 21, Armstrong e Aldrin despressurizam a cabina do módulo e abrem a porta. Armstrong sai da nave e começa a descer a escada. Puxa um anel do exterior do módulo abrindo uma escotilha de onde uma câmera de televisão filma a superfície da Lua e os últimos degrau da escada. Armstrong pisa na superfície lunar. Aldrin começa, também, a descer a escada. Os dois recolhem material da superfície lunar. Colocam aparelhos científicos na superfície. Retornam. Às 14h55 ligam o motor de subida do módulo. As 15h02 entram em órbita lunar. As 22h25 abandonam a órbita lunar. Dia 24, às 13h37, entram na atmosfera terrestre sobre o Pacífico Sul. As 13h51 descem, submetendo-se os astronautas ao período de quarentena que terminará em 12 de agosto.

Como veem, tudo matematicamente previsto. A resenha acima não mostra todos os pormenores do programa. Admirável realização da ciência moderna. Tudo isso havia sido previsto por Max Heindel, segundo se pode ver por seus livros, escritos nos inícios deste século.

É o impulso de Aquário, o Signo de Ar, onde estamos sob a Órbita de Influência, por meio do movimento de Precessão dos Equinócios. Embora o pleno desenvolvimento ocorra quando, de fato, o Sol entrar em Aquário por Precessão dos Equinócios, a influência aquariana já se iniciou com os inventos relacionados com o ar (telégrafo, telégrafo sem fios, rádio, televisão, aviação, radar, utilização do vapor e dos raios solares, naves espaciais, etc.), num ritmo galopante e mostrando o desencadeamento de uma nova era para a qual devemos estar preparados.

Tudo muito bem no lado material. Mas a matéria é consequência. Matéria é espírito cristalizado. A causa está nos planos espirituais. A influência de Aquário tem sua maior importância nos planos mais sutis, conforme nos mostram os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental.

Urano rege o Éter que, embora de natureza física mais refinada, não foi conquistado pela ciência material, que não pode confiná-lo, em seus atuais aparelhos, para estudo. Sabe apenas que ele é responsável como transmissor de vibrações. Mas, a Filosofia Rosacruz, mercê das capacidades supra-humanas do Iniciado Max Heindel (seu fundador e expositor) revela pormenores e funções, cujo conhecimento e influência em nossa vida merecem de todos um estudo interessado. Realmente, nesse conhecimento e sua aplicação fundamentam-se as condições futuras que hoje devemos edificar, sob risco de sofrermos as consequências psíquicas dos desafios que se anunciam. O Éter não é, como ainda supõe a ciência, uniforme, ele pode ser estudado em quatro densidades vibratórias diversas. Cada uma delas recebeu denominação especial, consoante suas funções. Do mais denso ao mais refinado, são: Éter Químico, Éter de Vida, Éter Luminoso e Éter Refletor.

O impulso evolutivo promovido por Cristo, do interior de nosso globo terrestre, realiza-se pelo plano etérico, pois somos constituídos corporalmente à semelhança da Terra (“como é em cima é em baixo”). Pelo Corpo Vital é que se realiza a tarefa de transubstanciação e regeneração do ser humano, transformando-o, no dizer de São Paulo apóstolo, “de homem velho em novo, de corruptível em incorruptível”. Seu detido estudo constitui, portanto, assunto dos mais atuais e importantes à nossa evolução. Ele é a chave da filosofia Cristã mais avançada, a que Max Heindel chamou “Cristianismo Esotérico”, a Religião do futuro.

Mercê do exposto, a conquista espacial, de caráter meramente material, sem subestima da admiração que nos merece, representa uma pequena amostra do que virá. Se realizamos apenas o aspecto material, sofreremos os desequilíbrios resultantes dos aspectos internos, mais importantes, atrofiados, por desleixo e descrença. As neuroses, as psicoses e desequilíbrios, com suas mil e uma formas de manifestação mórbidas, estão a reclamar, a cada dia que passa, mais hospitais. O cientista materialista não se apercebendo de seu erro milenar, investiga, estuda, classifica, os astros longínquos, e desconhece o solo que pisa; a geologia é matéria muito nova. Pouco sabe o ser humano da camada sólida que pisa. Quanto mais dos outros Estratos da Terra, progressivamente mais sutis. Há uma correspondência, o ser humano parte para a conquista da Lua sem haver conquistado nem conhecido a si mesmo. Os desequilíbrios e as enfermidades decorrentes estão a desafiá-lo, sem solução próxima.

O Cristão Ocultista sabe que no conhecimento e cultivo de sua natureza etérica está todo um programa, cuja realização lhe reverte em paz interna, em iluminação e em saúde, numa só palavra, na real felicidade humana.

O Corpo Vital é um veículo de hábitos. Sua chave, pois, é a repetição. Pela repetição se gravam e automatizam os impulsos bons e maus. Mas o seu conhecimento, aliado à disciplina e à vontade, possibilitam-nos a reforma de hábitos e, com isso, à regeneração em todos os sentidos, pois é indiscutível, à luz da ciência oculta, como da acadêmica que a saúde global abrange os aspectos mental, emocional, psíquico e físico.

A psicologia profunda progrediu muito em direção às realidades ocultas, de há muito enunciadas. Mas, ainda ignora muita coisa. Por exemplo: a Memória ou Mente inconsciente, mais conhecida como Subconsciente, é formada automaticamente pelo Éter do ar aspirado. Estamos continuamente gravando internamente, em nosso Corpo Vital, as impressões do que se passa a nosso redor, com a mesma fidelidade de uma máquina fotográfica em relação à cena focalizada, quer o fotógrafo observe quer não, seus pormenores. Eis a explicação de uma criança de alguns dias gravar impressões mentais, emocionais, psíquicas e físicas do meio ambiente imediato, que mais tarde, muitas vezes, lhe provocam complexos e desajustes. Esse conhecimento alerta os ocultistas para viverem mais atentamente, observando e discernindo com toda consciência possível os fatos da vida diária, a fim de que os registros de sua memória consciente coincidam com os da subconsciente. Está provado que os desajustes, discordâncias entre as gravações consciente e subconsciente, geram mal-estar, insatisfações, angústias e muitas outras manifestações do gênero. Ao contrário, uma vida atenta, conscienciosa, gera, paz e equilíbrio. Quando o ocultista sente haver agido mal, sua sensibilidade logo o acusa. E no exercício de Retrospecção noturno ele o purga pelo sincero arrependimento e propósito de não reincidir. Esse o real sentido psicológico de “orar e vigiar”. Voltando à natureza dos Éteres e suas funções, lembramos:

1 – ÉTER QUÍMICO: Responde pelo metabolismo. Pelo polo positivo, assegura a assimilação. Pelo negativo, a excreção.

2 – ÉTER DE VIDA: Procriação. Pelo polo positivo capacita o sexo feminino a gerar e formar um novo ser. Pelo negativo, capacita o sexo masculino a fecundar.

3 – ÉTER LUMINOSO: Sensação, circulação, vibração. Pelo polo positivo assegura calor sanguíneo e circulação do sangue, das correntes nervosas e vitais. Pelo polo negativo constrói e sustenta os órgãos dos sentidos e deposita as cores da natureza.

4 – ÉTER REFLETOR: Todo acontecimento deixa, depois de si, sua imagem indelével nesse Éter. Também o meio pelo qual o pensamento impressiona o cérebro humano.

Um regime alimentar sadio, racional, equilibrado, à base de cereais integrais, frutas, legumes, harmonia e prece à mesa, mastigação perfeita, higiene, repouso, seriam, em resumo, as normas de disciplina do Éter Químico.

A disciplina da imaginação, o domínio próprio, a seleção das recreações, o preenchimento do tempo com leituras elevadas, preces, meditações, música pura, esportes, seriam os meios de uma vida mais casta, para conservação da força sexual criadora.

O primeiro Éter, o Químico, reflete sobre o terceiro, o Luminoso. Sua disciplina, pois, favoreceria uma capacidade maior dos sentidos, das circulações sanguínea, vital e nervosa, o calor do corpo, sua resistência etc. Aliando-se a isso o hábito de observar atentamente tudo, de buscar discernir claramente as coisas, não se contentando em comodamente as deixar nebulosas, de evitar as curiosidades e novidades tolas, seriam os meios de refinamento e eficiência do Éter Luminoso e de suas funções.

O segundo Éter, o de Vida, reflete sobre o quarto, o Refletor. Isso quer dizer que a disciplina sexual, a pureza de pensamento e de emoção, seriam hábitos benéficos para tornar nossa memória robusta. E como o conhecimento, sem memória, é inútil, podemos ver as vantagens que teríamos, quer na vida material, quer nas atividades suprafísicas, com essa conquista. Além disso, a memória se fortalece pelo exercício. Muita gente pensa que não convém cansar a memória. Não devemos, isto sim, é manter atitude nervosa, tensão interior. Mas o exercício equilibrado da memória, sem preocupação, é um meio de robustecê-la. Lembremos, a propósito, que os grandes pensadores tinham muito fósforo e os idiotas muito pouco. Os ocultistas sabem que o fósforo é especialmente usado pelo cérebro. Porém, sua assimilação depende de nossa condição anímica. Quanto mais elevados somos, tanto mais necessidade criamos para o Ego, o Pensador, assimilar mais fósforo e utilizá-lo no exercício criador do pensamento e da laringe.

Essas, em resumo, as linhas dos hábitos que devemos formar, para nossa racional e rápida regeneração, segundo os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Os detalhes desse importante programa estão nas obras de Max Heindel, principalmente a básica: “Conceito Rosacruz do Cosmos”.

E o que foi exposto, precioso como é, não teria valor nenhum, sem o fundamento Cristão: “Amor fraternal e serviço amoroso e desinteressado aos demais”. Espíritos que somos feitos à imagem e semelhança de Deus, não O amaríamos se negássemos servi-Lo através de sua Essência, oculta em cada semelhante. O amor fraternal é o fogo que funde, consolida e assimila, todos os esforços de regeneração, convertendo-os em força anímica. O amor é que nos capacita, perante os Mestres, a transpor as limitações do corpo e servir em mais amplas esferas, ele é que nos credencia à confiança das Forças de Luz, para um emprego justo dos poderes que a Vida Espiritual implica.

Amadurecidos pela disciplina e amor provado na prática, teremos não só a sensibilidade como tornaremos mais frouxa, mais tênue, a ligação entre os dois Éteres inferiores (Químico e de Vida), dos dois superiores (Luminoso e Refletor). Então atraímos, com o brilho de nossa aura, a atenção do Mestre. E Ele nos ensina como separar os Éteres de uma maneira segura, perfeita para o que será utilizado e de acordo com o Cristianismo Esotérico: os dois Éteres inferiores ficam atendendo às funções biológicas do corpo adormecido; e os Éteres superiores se desprendem daqueles e acompanham os veículos superiores nos voos fora do corpo, servindo como veículos de percepção (Éter Luminoso) e de memória (Éter Refletor), para que possamos trazer, de volta ao corpo, a recordação e a vivência das experiências anímicas. Eis o Corpo-Alma! Estaremos, então, em condições superiores às dos astronautas. Poderemos viajar livremente, sem perigos, com a velocidade do pensamento, em tarefa bem mais elevada, a de servir a humanidade.

Daí por diante se desdobram horizontes cada vez mais amplos ao iniciado, na medida da expansão de sua consciência e do serviço prestado. E ele irá penetrando simultaneamente os arcanos de sua natureza interna e de nosso Globo e mais além ainda, rumo ao infinito Cosmos, consoante as promessas bíblicas: “Sois deuses tudo o que faço, vós os fareis e obras maiores ainda”.

Afinal: “A maior aventura é aquela que o homem de boa vontade empreende, paciente e perseverantemente, no domínio e aprimoramento de si mesmo, ela é bem mais difícil, porém mais apreciada por Deus do que um grande e eventual ato de heroísmo. Tais homens são, a meu ver, os verdadeiros heróis, anônimos para o mundo, coroados por Deus”, como nos ensina Max Heindel.

(publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro/1969 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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