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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook – A Luz Além da Morte – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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Audiobook – A Luz Além da Morte – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook – A Luz além da Morte – Max Heindel -FRC em Campinas-SP-Brasil – Introdução
Audiobook – A Luz além da Morte – Max Heindel -FRC em Campinas-SP-Brasil – C.1 – Para Aqueles que Lamentam

Em Publicação…

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Regime Vegetariano desde o século XIX e desde lá os resultados

Nossa vida aqui é de curta duração (quiçá 70, 80 anos contra, em torno, de 1000 anos de vida celeste!). Deveríamos  perguntar-nos: Que uso posso fazer de minhas forças para delas tirar o melhor partido possível enquanto estou peregrinando nessa vida terrestre? Como posso contribuir mais para a glória de Deus e o bem-estar dos meus semelhantes aqui e agora? Pois é isso somente que dá valor à vida aqui!

Nosso desenvolvimento físico depende da nutrição de nosso organismo – do nosso Corpo Denso –, consequentemente, de nossa alimentação. É de admirar que muitos de nós, possuidor de poderosa inteligência, menosprezemos a influência da alimentação sobre a preservação da nossa própria saúde. Não temos o direito de prejudicar nenhuma das funções do nosso Corpo Denso, seja ela qual for. Se o fizermos, sofremos seguramente as consequências, pois a Lei de Causa e Efeito é inexorável, pois é uma das Leis de Deus.

Está nas mãos de cada um de nós ser o que devemos ser. As bênçãos da vida presente e as da vida futura nos são sempre acessíveis. Uma Personalidade de elite ou uma vida infeliz dependem do nosso procedimento. A alimentação tem influência decisiva na nossa formação física, emocional e mental.

Apesar de todas as evidências dessa verdade, muitos de nós comem e bebem desordenadamente, sem se preocupar com as consequências decorrentes da escolha dos alimentos. Como efeito disso, como consequência disso, os desejos, as emoções e os sentimentos inferiores (que é o que conseguimos coletar das três Regiões inferiores do Mundo do Desejo e expressar por meio do nosso Corpo de Desejos) dominam e as inclinações para a autodestruição destroem tais irmãos e irmãs.

Se caprichamos na escolha dos nossos alimentos (se precisar, gastando até mais do que roupas, divertimento, automóveis e outros bens materiais), temos como efeito disso, como consequência disso, os desejos, as emoções e os sentimentos superiores (que é o que conseguimos coletar das três Regiões superiores do Mundo do Desejo e expressar por meio do nosso Corpo de Desejos), o que se traduz em ideais nobres e elevadas aspirações. Como aprendemos quando nos dedicamos a assimilar os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, aqueles irmãos e aquelas irmãs que fazem uso de alimentos animais (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) nem sempre têm lúcido o cérebro nem bem ativa a inteligência, porque o uso da carne animal tende a tornar impuros os tecidos, em detrimento das faculdades intelectuais, predispondo, igualmente, para as doenças e enfermidades (muitas delas a própria Ciência material já chegou a essa conclusão, comprovando com testes e mais testes). A carne animal não é indispensável para a manutenção da força e saúde, como muitos ainda advogam. Um exemplo disso nos vem dos cocheiros noruegueses, que não conhecem o uso da carne animal, acompanham seus carros que transportam turistas, por estes guiados, correndo três ou quatro léguas ao lado deles.

Desde o século XIX, o vegetarismo vem sendo considerado, pelos investigadores insuspeitos e imparciais, como regime capaz de proporcionar saúde e força física, bem como acuidade mental e firmeza de caráter.

Apesar de que muitas pessoas praticavam o regime, foi Jean-Antoine Gleizes (1773-1843, um escritor francês e defensor do vegetarianismo, extremamente popular e influente na sua época, com estudos e argumentos muito interessantes no seu livro: Thalysie: ou La Nouvelle Existence, em 1840) o grande apóstolo do vegetarianismo daquele século. Estudando o assunto, do ponto de vista fisiológico e científico, em seu livro Thalysie, assentou as bases do vegetarianismo. Sob sua inspiração formaram-se sociedades vegetarianas na Inglaterra, onde os adeptos do novo regime se tornaram numerosos; editaram-se revistas, fizeram-se conferências e usaram-se outros meios de divulgação, tendo o Governo inglês publicado um livro de cozinha vegetariana, com o objetivo de proporcionar à população uma alimentação mais saudável e mais barata. O proselitismo alcançou a indústria. M. Hills, dirigente de vastas oficinas de construções navais em Blackwall, fundou a London Vegetariana Association. A grande maioria do pessoal dessas usinas, tanto operários como intelectuais, seguiram o regime vegetariano, abandonaram o uso do vinho, da cerveja, dos aperitivos, do uísque e afins, com grande aproveitamento para a saúde e a eficiência.

Hill montou uma fazenda com o objetivo de dar trabalho aos desempregados, em Wickford Essex, a cerca de vinte e cinco quilômetros de Londres. Muitos pobres aí chegaram em estado de grande miséria. Depois de três ou quatro dias, dormindo na fazenda e nutridos sob regime vegetariano, passaram a ganhar bom salário.

Em relatório ao Congresso Vegetariano, o secretário da Sociedade concluiu, nos seguintes termos: “Temos, portanto, em nossas fileiras, operários praticando os mais rudes trabalhos de forja, laminação, altos fornos, funcionários de escritório, homens velhos e enfraquecidos por privações que, graças ao nosso regime, chegam a recuperar sua atividade e a ganhar a vida facilmente no trabalho da fazenda e das oficinas”.

Muitas sociedades vegetarianas se fundaram em várias cidades inglesas. Um restaurante vegetariano fornecia uma refeição por preço duas e meia vezes menor que o preço de uma refeição que contivesse carne animal.

Logo, na Alemanha, surgiram sociedades para o estudo e divulgação do vegetarismo. Entre elas se destaca a Deutscher Vegetarier Band que afinal se tornou “pangermânica” e publicou um jornal — o Vegetarische Warte.

Na Áustria e na Hungria os restaurantes vegetarianos tiveram grande popularidade.

Nos Estados Unidos o vegetarismo se instalou, independentemente da influência de Jean-Antoine Gleizes.

Os adeptos do regime que preconizava o uso do pão integral e arroz integral foram denominados de “papa-farelo”, e ridicularizados. A Ciência, pouco tempo depois, sancionou a prática. Hoje, há em todo o mundo centenas de fábricas de alimentos não refinados, de base vegetarista, que proporcionam nutrimento saudável. Em todo o mundo milhões de pessoas doentes se recuperam com o uso da dieta vegetariana bem orientada. Com base na mesma orientação, há, no Brasil, hospitais, clínicas e sociedades que difundem esses conhecimentos e os praticam, visando ao aperfeiçoamento da Humanidade, tanto do ponto de vista pessoal como coletivo, buscando contribuir para a glória de Deus e o bem-estar de seus semelhantes.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1967-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Luz Mística: Maria a Mãe de Jesus – o Exemplo de um Alto Iniciado que veio como uma Pessoa do Sexo Feminino

Maria, a mãe de Jesus, foi o coração de compaixão e compreensão. Quantos de nós teria prestado suficiente atenção à vida e ao trabalho de Maria?

Ela veio cumprir uma missão especial, assim como José e Jesus. A missão dela não foi somente dar à luz ao homem Jesus, que mais tarde cedeu seu Corpo Denso e o seu Corpo Vital a Cristo, mas veio também elevar as condições de toda a Humanidade em virtude do fato de que foi a mãe de Jesus, o indivíduo humano mais importante que já nasceu em toda a história do mundo.

Quando estudamos as vidas de Jesus e de Maria, nos surpreendemos um tanto com a resposta que ela recebeu de Cristo-Jesus, que lemos no Evangelho Segundo S. João 2:4 em relação à conversão da água em vinho. Ele lhe respondeu de um modo admoestador: “Que tenho eu contigo, mulher? Ainda não é chegada a minha hora”.

Porém fixemos atenção na resposta dela, dirigida aos servos: “Fazei tudo que Ele vos disser”. Note-se quão cuidadosamente ela aplainava o caminho para que se consumasse seu primeiro milagre.

Maria e José foram a Jerusalém para a festa da Páscoa, como era costume naqueles dias. Quando voltaram para casa perceberam que Jesus não estava entre eles, voltaram a Jerusalém para achá-lo e o procuraram durante três dias até que o encontraram no Templo entre os sábios e doutores. Todas as mães sabem o que se sente na busca de um filho perdido.

Maria, conhecendo a missão que Jesus trazia, estava desconcertada com seu desaparecimento. Quando o encontrou lhe perguntou por que havia se comportado daquela maneira para com seus pais, e vejamos a resposta dele, como se indica no Evangelho Segundo S. Lucas, 2:49: “Por que me procuráveis? Não sabeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”. Isto não indica que Jesus, ainda sendo um rapazola, pois tinha então 12 anos, estava plenamente inteirado da parte que lhe correspondia representar, e que tinha que permitir que o Cristo utilizasse seu Corpo durante os três anos de seu ministério?

Maria em seu próprio nome nos traz à mente muitas coisas que nos sãos queridas. Vejamos a letra “M” quantas palavras começam com esta letra: Mãe, multidão, maná, matéria, metafísica, mar, e outras mais. Também temos outras Marias relacionadas com a vida de Jesus, e cada uma delas cumpriu sua missão.

De acordo com Max Heindel, sabemos que Maria e José foram grandes Iniciados. Estavam plenamente conscientes da missão que lhes cabia, assim como Jesus. Também sabemos que através de muitas vidas Maria, José e Jesus haviam renascidos juntos, principalmente Maria e Jesus. Assim como no caso dos grandes músicos, como é de notar nas vidas da célebre família dos Bach. Quando Cristo-Jesus falava com Maria e lhe dava aquelas respostas, era orientado por Cristo e não pelo homem Jesus.

Podemos entender melhor quando Cristo-Jesus, em seu último alento pôs Sua mãe aos cuidados de João, Seu Discípulo, segundo lemos no Evangelho Segundo S. João 19:26-27: “Vendo Jesus sua mãe, e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe“. Fica demonstrando assim o laço profundo entre a mãe e o filho, e que quase Seu último pensamento e ordem foram dela e para ela.

Nos tempos presentes, vemos a mulher tomando o lugar do homem, em alguns casos, e o homem tomando a lugar da mulher em outros casos. Natural e ótimo que isso está ocorrendo. No entanto, há coisas que só a mulher consegue fazer melhor que o homem e vice-versa. E não seria de outra forma, já que quando renascemos em um Corpo Denso feminino é porque escolhemos expressar com mais facilidade a Imaginação do que a Vontade. E quando renascemos em um Corpo Denso masculino é porque escolhemos expressar com mais facilidade a Vontade do que a Imaginação. Um desses lugares e afazeres vemos em um lar. A mulher tem muito mais facilidades, jeito e qualidades para transformar qualquer lugar em um lar e cuidar dele como nenhuma outra pessoa consegue fazer. Maria cumpriu seu trabalho familiar, em um lar, muito bem. Trabalhou com José, porém não encontramos nenhum indício de que ele tivesse ou exercera domínio sobre ela. Porém, encontramos muitos relatos do trabalho de Maria no lar. Sabemos que a veste de uma só peça que Jesus usava quando foi crucificado foi tecida por Maria.

A grande influência que as mulheres têm na vida dos homens está indicada pelo muito conhecido provérbio que diz: “A mão que embala o berço, governa o mundo”. O êxito do homem é, muitas vezes, devido a influência de sua esposa, mãe ou noiva. Temos muitos exemplos disto e todos os grandes homens dão muito crédito aos conselhos maternos. Abraham Lincoln (16º presidente norte-americano – 1861-1865) disse que tudo o que ele era e esperava ser se devia a sua mãe. Em todas a grandes crises encontramos a uma mulher por trás dos bastidores. Nem todas as mulheres com tais capacidades foram boas quando, então, provocaram muitos distúrbios no mundo, mas o fato é que sempre existe alguma mulher no fundo da questão.

De acordo com a Bíblia, José era muito mais velho do que geralmente se supõe. Quando lemos sobre sua participação no plano, notamos sobretudo, seu amoroso cuidado por Maria e Jesus, e sua devoção e completa obediência à vontade de Deus. Todos os seus pensamentos convergiam à ternura para com a mãe e o filho. José deu por cumprida sua missão quando Jesus estava pronto para ceder seu Corpo a Cristo. Somente Maria esteve com Cristo-Jesus com seu amor e devoção, até Cristo-Jesus libertou-se do Corpo Denso, na cruz.

Durante os trinta anos da vida de homem, Jesus obedeceu a todas as leis vigentes aqui. Porém quando o Cristo tomou posse do Corpo Denso e do Corpo Vital de Jesus, no batismo, começou a mudar as leis e dar novos ímpetos ao mundo. Tão logo Cristo-Jesus começou Seu ministério, as mudanças foram maiores e em três curtos anos consolidou a missão para a qual havia vindo, ou seja, a de Salvador do Mundo, inaugurando as condições Cristãs que temos hoje, para quem quiser abraça-las.

Não nos esqueçamos das outras Marias que tomaram parte nas vidas de Maria e de Jesus. Não é estranho que as três tivessem o nome de Maria? Cada uma delas ilumina alguma das fases da vida da mulher. A história de Maria e Marta é uma das quais estamos familiarizados. Por que Maria estava com Cristo-Jesus enquanto Marta trabalhava? Porque Maria Madalena limpou com azeite perfumado os pés do Nazareno? Por que elas tinham parte na missão de Cristo-Jesus? Maria Madalena é uma das Marias que mais nos intriga. Ela tomou parte na redenção. Ela trabalhou seu destino por meio da superação de sua Mente e de sua Alma. Todos sabemos que Maria Madalena havia quebrado muitas leis, porém com a ajuda de Cristo-Jesus, se redimiu, e começou uma nova vida.

Aproximava-se a hora em que Cristo-Jesus tinha que se apresentar aos Judeus como seu Rei e Messias prometido. Quantas alegrias sentiria o coração de Maria ao observar o seu filho fazendo os primeiros milagres de cura. Quanto teria sofrido ao saber que seu filho bem-amado teria que caminhar sozinho os anos restantes de Sua vida. Eis aqui uma grande lição para todas as mães. Quantas há que quando chegue a hora em que seus pequeninos tenham que provar suas próprias asas, e começar a viver suas próprias vidas, estão dispostas a lhes dar a liberdade de que necessitam?

Estudamos no Evangelho Segundo S. Mateus (12:46-50) que quando Cristo falava às multidões, Maria e Seus Irmãos vieram e desejavam falar-Lhe, e sua resposta foi: “Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos? Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Maria compreendeu isto porque sabia que já não tinha o mesmo laço familiar com o Cristo como o tinha com Jesus. Sabemos que durante os últimos dias e noites de prova, Maria falava com Deus e que teve que receber muitas bênçãos, porque valentemente continuou sua missão até o final.

Com a alegria que Maria teve com o menino entre os braços, também teve a dor de sustentar o corpo de Cristo-Jesus, enquanto José de Arimateia procurava o pano para envolver o corpo. Depois de Seu corpo ter sido levado, Maria foi com João Evangelista, pois já sabemos que esse a levou para sua casa e cuidou dela. Maria viveu o suficiente para saber que a missão para a qual ela e Jesus haviam vindo se havia cumprido, e que havia feito tudo de acordo com a vontade e guia Divina.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – setembro/1979 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por favor, comente sob a óptica (ou prisma) da Filosofia Rosacruz a natureza e finalidade do sangue, e a inconveniência das transfusões sanguíneas. Podem os atributos básicos, físicos e mentais, e as influências astrológicas inerentes a uma pessoa serem revelados em uma análise de seu sangue? Há relação entre os tipos básicos de sangue e os tipos de Personalidade?

Resposta: O Ego humano (Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui), nós temos nosso assento no sangue, funcionando e controlando nossos veículos através dele. Quando desejamos expressar o pensar, conduzimos o sangue, com o calor apropriado, até o cérebro. O calor sanguíneo mantém a vibração das células cerebrais, estimulando por esse meio à ação mental. Maior quantidade de sangue sempre é dirigida à parte do corpo onde naquele momento desejamos promover uma atividade particular.

Cada átomo do nosso Corpo Denso é posse única de nós, o Ego, que habitamos nesse Corpo Denso. A condição do veículo físico e de seus órgãos reflete a maneira pela qual vivemos nossas vidas anteriores na Terra e fomos capazes de construir o Arquétipo de nosso veículo físico durante o período pós-morte.

Por essa razão, certos tipos de sangue e algumas substâncias artificiais podem ser rejeitados por alguns de nós. Nenhum de nós aceitará inserções físicas em nosso Corpo Denso que estejam em desacordo com a nossa própria constituição singular. Devemos dominar as células de matéria estranha trazidas para o nosso Corpo Denso, por exemplo, sob a forma transfusão. Se não conseguimos dominar o assunto estranho, então ele será rejeitado.

Quando circula em regiões mais profundas e internas do organismo o sangue é um gás. A perda de calor na superfície do corpo produz-lhe uma condensação parcial. Nos capilares e pequenos vasos, próximos à superfície, o sangue é inteiramente líquido. O sangue pode ser um gás naquelas áreas do Corpo Denso onde os processos da digestão, assimilação e outros realizam-se, isto porque nós não trabalhamos através de sólidos ou líquidos, mas por intermédio do gás.

Nós acreditamos haver relação entre tipos básicos de sangue e tipos de Personalidade. Algumas das características de um Ego particular se ligam a uma outra Individualidade após uma transfusão, havendo até casos de “mudança de Personalidade” (aliás, também visto essa alteração em casos de transplantes de coração).

Quando se perde muito sangue, como consequência de acidentes, enfermidades ou cirurgias não podemos funcionar no nosso Corpo Denso, acarretando a chamada morte. Por esta razão, muitas vezes, são necessárias as transfusões.

Se o sangue de uma pessoa é inoculado nas veias de outra, cujo estágio evolutivo é semelhante, ou se possui características razoavelmente afins pode ocorrer algum dano de pequena monta. Se, contudo, um dos indivíduos for altamente evoluído e outro não, provavelmente, se manifestará uma desarmonia de ordem espiritual. Ao mesmo tempo, haverá uma incompatibilidade de natureza corporal e os resultados da transfusão não seriam aquilo que poderia se esperar.

Nestas conotações propostas, devemos recordar que no sangue de cada um de nós estão gravadas as cenas de todos os acontecimentos da nossa vida presente. Estas impressões, transferidas junto com o sangue no caso de uma transfusão, tenderiam a obscurecer as gravações pertencentes ao segundo Ego – àquele que recebe o sangue –, tornando-as pouco claras e, por conseguinte, de pouco valor para o seu possuidor.

A transfusão de sangue de uma entidade superior a uma forma de vida inferior produzirá, fatalmente, a destruição da segunda, pois o Espírito mais evoluído pode escapar às difíceis condições impostas pelo veículo menos desenvolvido.

Enfermidades ou debilidades são efeitos correspondentes a causas passadas. A cura definitiva depende de uma mudança de atitude mental, emocional e física. A transformação ou autorregenerarão deve principiar agora.

No entanto, nesse Esquema de Evolução, “chegará o dia em que haverá uma diferença ainda maior nos chamados ‘tipos de sangue’, pois da mesma forma que existe uma diferença nos cristais formados pelos diferentes tipos de Corpos Densos que construímos, existe também uma distinção nos cristais formados por cada um de nós, individualmente. Não há duas impressões digitais idênticas, e se descobrirá a tempo que o sangue de cada um de nós é diferente do sangue de qualquer outro indivíduo. Essa diferença já se tornou evidente para o investigador oculto, e é apenas uma questão de tempo para que a ciência material faça a descoberta, pois as características estão se tornando mais marcantes à medida que passamos a ficar cada vez menos dependente e mais autossuficiente.

Esta alteração no sangue é muito importante e, com o passar do tempo, se tornará mais enfático, pois, gerará consequências de grande importância. Diz-se que a Natureza geometriza. Ela é somente o símbolo visível do Deus invisível, e nós fomos criados a Sua imagem e semelhança. Tendo sido feitos a Sua semelhança, estamos também começando a geometrizar e estamos, naturalmente, iniciando com a substância sobre a qual nós, os Egos, temos o maior poder, isto é, no nosso sangue.

No momento, estamos justamente no princípio dessa individualização do nosso sangue. Atualmente, é possível fazer uma transfusão de sangue de um de nós para outro, mas está próximo o dia em que isto se tornará impossível. O sangue de um de nós matará todo aquele que for de um nível inferior, e o sangue de uma pessoa superior destruirá quem for menos evoluída. A criança atualmente recebe o suprimento de sangue dos pais, armazenado na Glândula Timo para os anos da infância. Chegará um momento nesse Esquema de Evolução em que estaremos tão individualizados que não poderemos atuar com um sangue que não seja gerado por nós próprios. O modo atual de procriação terá que ser substituído por outro, quando nós, o Ego, poderemos criar o nosso próprio veículo sem o auxílio dos pais”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz abril/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Raios Astrais Entrelaçados em nossos Exercícios Esotéricos

Com relação ao Exercício Esotérico de Concentração da manhã e ao Exercício Esotérico de Retrospecção à noite, surge frequentemente a seguinte pergunta: qual é o melhor método para se conservar na condição física adequada e desperto na Concentração, e para ter certeza que estamos avançando de maneira positiva no desenvolvimento interno?

Os Estudantes Rosacruzes não estão tão interessados no rápido progresso como no tipo de progresso que estão fazendo. Os resultados almejados determinarão a classe de Irmã Leiga ou de Irmão Leigo que o Estudante Rosacruz será no futuro. Um exemplo: se agora almejamos fazer um trabalho positivo e escolhemos o caminho mais fácil, como é que poderemos ser firmes, quando chegarem as nossas provas?

Recordemos que o Conceito Rosacruz do Cosmos nos ensina sobre duas correntes que rodeiam a Terra, a saber, uma horizontal e a outra vertical. A corrente horizontal é negativa e a vertical positiva, sendo que nosso pensamento se efetua mais facilmente na posição vertical.

O reino animal, desde a criatura mais inferior, está sob a influência da corrente horizontal (à exceção de poucos) e sob o controle dos Espíritos-Grupo. Sabemos que a posição horizontal de suas colunas nos mostra que assim é de fato. Quando nos deitamos sobre nossas colunas estamos também na posição horizontal e, portanto, nas correntes negativas podendo, assim, mais facilmente sairmos dos nossos Corpos Densos, sendo que nós, Estudantes Rosacruzes ativos, desejamos construir a ponte que conduz o conhecimento consciente quando fora do Corpo Denso.

E assim é que trabalhamos para o controle positivo da corrente negativa.

Nossa preparação fundamental é, assim, a prática dos Exercícios Esotéricos de: Concentração, Observação, Discernimento, Contemplação e Adoração.

Uma das primeiras obrigações em nossa Filosofia Rosacruz é assumir a responsabilidade por cada ato nosso. Devemos julgar a nós próprios. Não temos sacerdotes, portanto, de grande importância é para nós o Exercício Esotérico de Retrospecção.

Dividindo um problema em partes sua solução fica mais fácil. Tomando o método que usamos no Exercício Esotérico de Retrospecção e o aplicando em um horóscopo, vejamos como poderíamos dividi-lo. Os números místicos são, geralmente, mais atrativos para esse trabalho; assim, dividamos nosso problema no número doze, anotemos o número nove e, para completar tendo os números mais importantes, adicionemos quatro, ficando treze. Somemos quatro e dois para obter seis.

Sabemos que o Sol, a cada ano, caminha através dos doze Signos e a Terra se deixa influenciar por seus raios, mudando suas características de acordo com cada Signo. Os raios solares são dirigidos a doze setores de nossas vidas nos doze meses do ano e que a Lua, o minuteiro do relógio do tempo, passa através desses doze departamentos a cada mês.

Mensalmente ocorrem duas Lunações, muito importantes para o Estudante Rosacruz. Na Lua Cheia olha-se para trás, para o mês passado, e observa-se o progresso entre uma Lua Cheia e outra. Na Lua Nova olha-se para o futuro mês, e planeja-se o trabalho mais próximo em relação ao trabalho que já se realizou. Cada passo da Lua nos Signos Cardeais ou impulsivos (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio) é o período em que se realiza o melhor trabalho de cura (por isso é que quando a Lua atinge os quinze graus de um Signo Cardeal é que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional de Cura). Nessa época é muito importante meditar sobre a virtude do Signo no qual a Lua transita. Cada um de nós têm um ponto alto em nosso próprio horóscopo, denominado ângulo, que é cruzado pela Lua quatro vezes ao mês. Não importando como estejam aspectados, todos nós temos nove Astros a considerar em nossas vidas.

Agora vejamos o problema e associemos os números mencionados:

12 – Doze Signos

2 – Duas Lunações

4 – Quatro Pontos Cardeais

4 – Quatro Ângulos no horóscopo Individual

9 – Novo Astros em cada horóscopo

Somando tudo temos: 31

Existem trinta é um dias a considerar; assim temos o material suficiente para iniciarmos.

Todos os Estudantes Rosacruzes que estão se capacitando na Astrologia Rosacruz sabem que o dia em que ocorre um Aspecto é a ocasião mais propícia para a ação (veja no livro A Mensagem das Estrelas, no seu final). Assim, o dia em que a influência de Vênus estiver mais forte será, provavelmente, a data propícia para compraremos um traje novo, por exemplo. Se isso é certo, então o dia em que a Lua está em determinado Signo é o tempo para meditar sobre as qualidades desse Signo, não nos esquecendo de que a Lua leva dois dias e meio para passar através de um Signo. Vejamos alguns exemplos:

Vamos supor que a Lua esteja em Peixes. Qual é a natureza desse Signo? É um Signo místico, reservado e generoso; proporciona oportunidades para se concentrar, refletir e/ou meditar sobre as verdades subjetivas da vida, porque Peixes rege os pés, simbolizando o conhecimento do corpo e, num plano mais profundo, esclarece sobre as ações e reações do destino (Lei de Consequência). Consideremos agora o lugar do Peixes num horóscopo, e vejamos se a Casa é angular ou não. Em caso positivo, então, precisamos se concentrar, refletir e/ou meditar sobre nossa própria posição no assunto, ou seja, as qualidades do Signo. Perceberemos, então que muitos assuntos, que para nós poderiam ser de pouca importância, em tais ocasiões assumem grandes proporções, devido às influências dos ângulos existentes.

Perguntamos agora: como uso essas qualidades em minha vida?

Supondo-se que a Lua esteja passando por Libra, por exemplo, e considerando a palavra-chave de Libra, o Equilíbrio, nos concentremos, refletiremos e/ou meditaremos assim: equilibrei hoje minhas ações, quando os acontecimentos previstos na Lei de Consequência ocorreram?

Mais à frente, a Lua se translada para o agressivo Signo de Áries. As Luas Cheias, quando em Áries, são muito importantes. Devem ser assim consideradas porque iniciam um novo ciclo de Lua Cheia visto astrologicamente, pois Áries é o primeiro Signo do Zodíaco. Nessa fase, devemos considerar como tem sido o nosso mês, e também devemos nos analisar a respeito de que obra positiva temos iniciado.

Se a passagem da Lua pelos Signos Cardeais é muito importante, o quanto não será o da passagem do Sol, o dador da vida, pelos mesmos Signos? Assim, quando o Sol está transitando pelos Signos Cardeais é o tempo em que precisaríamos estar em sagrada comunhão com nossos “Eu Superior” para os próximos três meses, ou seja, desde o atual Signo Cardeal até o próximo.

Concentrações, reflexões e/ou meditações semelhantes também encontram campo quando o Sol transita pelo Signo do Equilíbrio (Libra), da Regeneração (Escorpião) e da Aspiração (Sagitário).

Esses períodos que citamos acima, do ingresso do Sol, deveriam ser observados unicamente em relação ao Exercício Esotérico de Retrospecção e à oração, pois o poder desses serviços é grande e está escrito que é por nosso próprio risco que tomamos “o pão e o vinho”: “Com efeito, eu mesmo recebi do Senhor o que vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Cristo Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova Aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim’. Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha. Eis porque todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação. Eis porque há entre vós tantos débeis e enfermos e muitos morreram.”  (ICor 11:23-30).

Nossa preparação espiritual para o trânsito do Sol em Capricórnio, no mês de Dezembro, deve ser feita de maneira cuidadosa e intensamente devocional, já que esse é usualmente o tempo em que geralmente se realiza o trabalho do Discípulo, não nos esquecendo, contudo, que a época mais propícia é no Solstício de Junho, pois no caso do Exercício Esotérico de Retrospecção será sempre mais produtivo para o Discípulo dar seus passos quando o Mundo externo está evocando as forças físicas em nós, ou seja, quando as forças espirituais estão como que estáticas no mundo e o Cristo está no “Trono do Pai”, no Mundo do Espírito Divino.

Passemos agora a considerar os Planetas. Vejamos alguns exemplos: alguns de nós temos o Planeta Urano em Libra: assim, de acordo com os Aspectos que tenha, podemos ler exatamente que tipo de provas podemos esperar, enquanto a Lua e o Sol transitam por esse Signo. Você sabe que um Astro que não tem Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e Conjunções adversas)se interpreta de um modo, e que o que tem Aspectos adversos de outro.

O original, altruísta e elétrico Urano nos proporciona oportunidades para operar com os Aspectos benéficos (Sextil, Trígono e Conjunções benéficas), sendo que, além disso, nós todos também temos em nossos horóscopos muitos outros Aspectos, dando um colorido às nossas ações. Agora, se temos algum Aspecto adverso que possa nos levar a tirar vantagem da porta que se nos abre pelo trânsito da Lua sobre um Urano com Aspectos benéficos, devemos então vigiar cuidadosamente nosso Exercício Esotérico de Retrospecção, procurando julgar com acerto. Acontece também, às vezes, que um Astro com Aspectos benéficos, digamos Júpiter, pode fazer com que expressemos alguma tendência negativa nossa, como por exemplo o egoísmo, devido ao poder de agregação desse Astro.

Lembremo-nos que somos nossos próprios sacerdotes, sendo o nosso Exercício Esotérico de Retrospecção o nosso confessionário; por isso, em ocasiões críticas devemos vigiar e analisar os acontecimentos tal como realmente ocorreram em nossas vidas. Nossas provas não costumam nos apresentar cartão de visitas, para que possamos identificá-las, mas pelo contrário, quando nos chegam, vêm revestidas com nossas inferioridades e são tão disfarçadas que permitimos que entrem e ainda lhes damos o melhor lugar na mesa, por assim dizer.

A Lua, em sua progressão ao redor de cada Astro que temos e os ativando, põe em ação os vários Aspectos e como que se nos estivesse fazendo as perguntas a respeito de como estamos fazendo uso das vibrações. Faz as mesmas perguntas a cada sete anos, e cada vez revestida de uma nova forma de fazê-la. Primeiramente, põe-se frente ao Aspecto, logo passa por ele e lhe sussurra quando faz a Conjunção, prossegue depois seu caminho e, olhando para trás, produz uma Oposição, de onde mira desde o ápice do problema. Em cada Aspecto faz a mesma pergunta e nos faculta crescer nos anos intermediários para que tenhamos assim, a cada vez que a pergunta for feita, uma resposta diferente.

O Exercício Esotérico do Discernimento é um dos Exercícios que mais devemos fazer, a fim de desenvolver essa qualidade, primeiro como bom hábito e depois como virtude, e não há melhor oportunidade de desenvolvê-lo do que quando vemos a pergunta que a Lua nos faz e formulamos a resposta. Mais à frente, aprenderemos a analisar as Quadraturas, e perceberemos que, no que diz a respeito às lições que estão sendo aprendidas, seu poder é muito maior do que qualquer outro Aspecto que tenhamos. Quando chegar o tempo e nossas aquisições se converterem num real saber, então sentiremos que temos algo a oferecer como serviço aos Irmãos Maiores. Então, quando chegarmos a esse ponto, necessitaremos fazer nosso inventário para averiguar tudo o que realmente precisamos para prestar o Serviço.

Vamos supor, agora, que iremos fazer esse pequeno exercício. Começaria de forma, mais ou menos, semelhante à esta:

  1. CONCENTRAÇÃO: Quanto posso fazer na Concentração? Fiz bem minha última tarefa, ou descuidei de algum detalhe, somente porque alguma pessoa interveio? O quanto conheço a respeito das Artes? Posso fazer um problema de álgebra? Conheço algo de química? Se fosse me dedicar a trabalhar em um Centro da Fraternidade Rosacruz, seria de algum valor para o serviço? Possuo melindres? Suporto a crítica? Gosto do estudo?
  2. MEDITAÇÃO: Quantos livros da Fraternidade Rosacruz li este ano? Leio e estudo a Bíblia todos os dias? Quantos tinham algo da biografia de alguns irmãos ou algumas irmãs que se destacaram na promoção dos Ensinamentos Rosacruzes? Quantos compreendi mais para o lado Oculto (razão) e quantos mais para o lado Místico (devoção)? Passei algum tempo sozinho? Que acho dos problemas? Gosto de ficar quieto? Gosto do silêncio?
  3. OBSERVAÇÃO: Posso entrar num quarto e depois recordar a posição dos móveis e das coisas? Quando caminho na rua, observo tudo a minha volta ou me perco nos meus pensamentos, no “meu mundo” ou em outros divertimentos que a tecnologia atual me disponibiliza? Estou atento para aproveitar quaisquer oportunidades para ajudar no meu entorno? Como seremos capazes de funcionar nos Mundos internos, se não conseguirmos realizar aqui esta pequena tarefa? Aqui, onde as coisas são mais ou menos permanentes?
  4. DISCERNIMENTO: Quantas vezes tiramos conclusões erradas das coisas e depois averiguamos que alguém mais estava certo? Quantas vezes fracasso na escolha entre um bem maior e um menor? Quantas vezes faço algo simplesmente para agradar alguém, em vez de fazer o que seria justo? Quantas vezes sou parcial para ser visto como “sociável” e não pratico o “sim, sim…não, não” como Cristo me ensinou?
  5. CONTEMPLAÇÃO: Sei ler os sinais dos tempos para compreender as profundas operações que estão por trás dos acontecimentos? Alguma vez pego um objeto e trato de ver nele a obra de Deus? Fico em casa, às vezes, e sozinho, ficando quieto e assim perceber o desenvolver-se do plano divino? Posso obter um sublime e belo êxtase ao ver abrir-se uma rosa?
  6. ADORAÇÃO: Tomo nossa adoração o antigo hábito de cair de joelhos para adorar o desconhecido, ou trato de penetrar nos mistérios para ter maior reverência perante Deus, de modo que consiga saber de coisas maiores que possa realizar em Seu Nome? Ou caio na tentação de praticar idolatria? Ou, ainda, só lembro de “adorá-Lo” quando “preciso de alguma coisa”? Ou, pior ainda, nem me lembro disso e saio com a desculpa de que é “muito elevado para mim”?

Sabemos que a luz branca contém toda a gama do espectro e, também, que Deus é Luz, e que “se andamos na Luz, como Ele na luz está, seremos fraternais uns com os outros.” (IJo 1:7).

Cada Astro possui uma cor distinta e cada um deles recebe um certo tipo de raio do Sol. Conforme cada um dos Astros recebe mais e mais desta luz, reflete algo da própria cor para mesclar tudo de novo nele mesmo. Somos algo parecidos a isso: quando recebemos um pouco desse maravilhoso conhecimento, crescemos e começamos a emitir “Um raio para o Mestre, que é quem verá esta radiação e, também, não importa onde estaremos, daremos o próximo passo em nosso progresso sempre e quando estejamos preparados para dá-lo. Muitas provas encontraremos em nosso caminho, e muitos fracassos teremos nesta grande preparação, mas o glorioso é poder dizer que estamos abrindo, ou teremos aberto, outra porta para nosso caminho no progresso, sabendo perfeitamente bem que a senda se faz mais estreita conforme passa o tempo e nossas responsabilidades se fazem maiores. Em verdade, se perdermos o senso comum, também se perde nossa utilidade. O grande dom é manter a habilidade de conservar nossos amigos, mesmo estando realizando esse trabalho. Muitos de nossos conhecidos penetraram o trabalho interno e se descuidaram de conservar os contatos sociais que são necessários para nos mantermos ativos e eficazes enquanto renascidos aqui na Região Química do Mundo Físico. Devemos vigiar essa tendência, porque nossa utilidade para o Mestre pode ser justamente a de que devemos ser capazes de atrair alguma outra pessoa, e não lhe teríamos acesso caso nos achássemos incultos, grosseiros ou, então, incapazes de um relacionamento em qualquer sala de recepção de pessoas. A sociedade é um produto já pronto dessa Era (a de Peixes) no aspecto material. Aqui é onde se reconhece a arte onde pode ser obtida cultura. Nossos governos estão necessitados de ideais tais como o que nós podemos lhes oferecer. Quem de nós se dispõe a deixar as distrações e adentrar àquelas salas levando seu conhecimento espiritual, o que muito contribuiria para o avanço espiritual da Terra? Venham, amigos que estejam preparados! Vamos dar uma nova arrancada para a frente!

(Publicado na Revista “Rays from the Rose Cross” e publicado na revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1986-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os animais, ao morrer, vão presumivelmente para uma “consciência de grupo”, assim eu entendo, embora a meu ver haja ambiguidade. Tive por um bom tempo um ratinho preto e branco. Ele certamente se tornou “individualizado” durante aquele tempo, com características próprias. Quando morreu, o que aconteceu? Reteve alguma individualidade própria? Continuaria a existir como entidade separada? Renascendo depois como ele mesmo ou simplesmente como outro ratinho? Serei eu capaz eventualmente de ver e reconhecer meu ratinho de novo?

Resposta: Quando seu ratinho de estimação morreu, ele – o Ego animal ou Espírito Virginal da Onda de Vida animal manifestado aqui – voltou para o Espírito-Grupo, do qual, por assim dizer, ele é uma célula. O amor e carinho que você lhe deu, naturalmente, adiantou-o em sua evolução, ajudando-o a alcançar um grau de consciência mais alto do que teria sido possível de outra forma e, também, adiantou a evolução espiritual do próprio Espírito-Grupo. O Ego animal ou Espírito Virginal da Onda de Vida animal manifestado aqui que habitava o corpinho do ratinho não era individualizado no sentido de como somos nós (um Ego humano ou Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui), e embora a consciência do ratinho tenha sido elevada, não continuará como entidade “separada”, a não ser de maneira semelhante a uma célula do nosso Corpo Denso. O crescimento dos Egos animais coincide com o do Espírito-Grupo. O mesmo Ego animal, sem dúvida, renascerá aqui no Corpo de um ratinho e se você morresse logo após a morte dele, “poderia” vê-lo. Não é impossível, embora não muito provável em conexão com um animal num ponto tão baixo da escala evolutiva. É também possível que o mesmo Ego animal venha a você após renascido em outro ratinho.

Seja como for, seu carinho e seus cuidados a qualquer animal traz recompensa em crescimento anímico para você e para o Ego animal, e cremos ser melhor nos abstermos do aspecto “pessoal” da questão. Todos os animais (cachorro, gato, peixes, ratinhos, vaca, boi, galinha, elefante, cavalo e todos os outros) são todas criaturas de Deus, e como tais merecem nossa ajuda, venham ou não a ser nossos “bichinhos de estimação”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/fevereiro de 1988 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é o ponto de vista da Fraternidade Rosacruz sobre o aborto?

Resposta: Os Ensinamentos Rosacruzes asseguram que a vida é sagrada e santa e que ninguém tem o direito de destruir a forma na qual o Espírito vive.

Se as pessoas entendessem o intrincado processo pré-natal, que tem lugar nos Mundos invisíveis, para trazer um Ego de volta a um Corpo Denso, e se conhecessem todas as causas e efeitos do passado que entram nesse acontecimento, certamente haveriam de ficar mais hesitantes para destruir uma forma nascente, mesmo que esta forma esteja em formação há pouco tempo. Do ponto de vista oculto, o aborto é sempre um crime.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ de dezembro/1971-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrodiagnose e Astroterapia: a Astrologia Médica

A história da Astrologia é a história do pensamento e das nossas aspirações. A ciência astrológica foi aperfeiçoada pelos magos filósofos da Época Atlante, estando, de um lado o surgimento do sacerdócio ariano e a profanação dos mistérios (ciências) e do outro o declínio dos últimos atlantes. Nesse momento começou a haver a separação: Astrologia e Medicina.

Os sacerdotes religiosos não mais exerceram o monopólio sobre as artes proféticas e médicas, separando-se da fundamental unidade entre as ciências físicas e espirituais. Surgiram novas categorias de: adivinhos e curadores, representantes do aprendizado da essência do conhecimento dividido e de fragmentos não cooperativos, assim como inúmeras partes discordantes: bruxaria, especialistas, comerciantes de horóscopos, experimentalistas, charlatães e supersticiosos.

Já na Idade Média, tivemos o nobre médico Paracelso dizendo: “Feliz o homem que não venha perecer pela mão de seu médico” e a Astrologia emitindo predições terríveis, com amuletos astrais, predizendo a sorte e superficialidades.

A despeito de tudo isso, grupos de seres humanos cultos e iluminados preservaram os segredos esotéricos da medicina e da astrologia, mantendo o conhecimento interpretado misticamente e os segredos espirituais: restaurados, ocultos do vulgo e dados somente àqueles que anelavam por coisas do espírito. Entre esses grupos de seres humanos estavam os Rosacruzes.

Agora, no Mundo moderno vemos educadores que ignoram os valores espirituais; vemos a ciência material tornar-se uma instituição orgulhosa, que ignoram a alma, fascinados pela matéria não deixando lugar para o misticismo. Como resultado, temos uma desilusão geral e um abatimento pela insignificância das coisas materiais: fuga, desespero e tristeza. Tudo isso, somado a proximidade da Era de Aquário, da qual já estamos sentindo as suas fraternas influências, presenciamos: a volta do misticismo – trazendo um novo padrão interpretativo; o interesse renovado pela Astrologia e Cura e um apego pela Teoria Microcósmica (conceito de ordem e relação universal).

Observem que os primitivos Rosacruzes se apegaram a Teoria Microcósmica – geralmente rejeitada pela ciência. Paracelso foi o expoente mais destacado deste conceito de ordem e relação universal: “Assim como existem estrelas nos céus, assim também há estrelas dentro do ser humano. Portanto, nada existe no universo que não tenha seu equivalente no microcosmo (o corpo humano)” e “O espírito do ser humano deriva das constelações (estrelas fixas); sua alma, dos estelares; e seu corpo, dos elementos”.

Vejam no Livro do Gênesis, na Bíblia onde lemos que “Deus fez o homem a Sua imagem e semelhança”. E ao definirmos o Macrocosmo como a difusão do cosmos infinita com as suas: ilhas, galáxias, nebulosas, estrelas, estelares, corpos celestes onde inumeráveis formas de vida estão sempre evoluindo e; o Microcosmo como as células do nosso corpo incontáveis como as estrelas do céu e inumeráveis categorias de coisas vivas, espécies, tipos, gêneros se desenvolvendo dentro: da carne, dos músculos, dos ossos, dos tendões, chegaremos à chave mestra para todos os mistérios: “Como é em cima, assim é embaixo”.

Aqui, então, podemos definir a Astrologia como a inter-relação das forças celestiais entre o Macrocosmo e o Microcosmo, entre o externo a nós e o nosso interior, além de ser uma instrumentadora para a realização da Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito:

  • Se “vivemos para comer ao invés de comermos para viver”, então, nessa ou nas próximas vidas colheremos complicações no aparelho digestivo
  • Se fomos excessivamente irritáveis, intolerantes, impacientes, impetuosos, então nessa ou nas próximas vidas colheremos desordens circulatórias e seus efeitos colaterais em todo o sistema: apoplexias, derrames, varizes, pressão sanguínea irregular, etc.
  • Se fomos por demais impulsivos e rancorosos, então, nessa ou nas próximas vidas colheremos úlceras, artritismo, disfunções glandulares, insuficiência cardíaca, pressão baixa, linfatismo, etc.
  • Se fomos muito ativos para o mal, então, nessa ou nas próximas vidas colheremos comportamentos maleficamente agressivos, violentos, vingativos e, obviamente, deveremos renascer: sem energia dinâmica e sem resistência a doenças; com membros defeituosos, acidentes com perdas deles; com articulações sujeitas a artrites; músculos com lumbago, bursistes, reumatismo; enxaquecas, etc.
  • Se abusamos do sexo, utilizando-o apenas para a gratificação do sensualismo, então, nessa ou nas próximas vidas colheremos, renasceremos sem vitalidade, carentes de vontade ou até com debilidades mentais
  • Se recusamos gerar ou aceitar o filho gerado para dar-lhe a luz, criá-lo e educá-lo, então, nessa ou nas próximas vidas colheremos, renasceremos com disfunções nos órgãos geradores, predispostos ao câncer de próstata ou laringe, útero, seios, estômago, etc.

Que ninguém se iluda: só colhemos aquilo que semeamos.

A grande maioria de nossas doenças e enfermidades origina-se no nosso comportamento negativo face às circunstâncias e, quase sempre, envolvendo o nosso semelhante. É a velha história ou velho e misterioso conselho dado por Cristo no Sermão da Montanha: “se qualquer membro do teu corpo te escandalizar (o mau uso) arranca-o e joga-o fora…”. E é o que fazemos literalmente antes de renascer!

Vejamos, agora, a questão do diagnóstico das nossas doenças ou enfermidades. Obviamente há dois tipos: através de efeitos ou através da causa.

Através dos efeitos baseia-se em sintomas externos ou reação dos medicamentos

Através da causa vai à origem da doença ou enfermidade. É esse o método preconizado pela Astrodiagnose e Astroterapia, preconizadas pela Astrologia Rosacruz, envolvendo: o conhecimento dos melhores métodos para efetuar a cura; o tratamento que melhor o paciente responderá e o caráter do doente ou enfermo (forte, débil, negativo, emocional).

Pois, enquanto os exames médicos mostram as condições do nosso Corpo Denso no momento, o horóscopo mostra as doenças ou enfermidades latentes de toda essa nossa vida terrestre. Deste modo temos tempo suficiente para: prevenir-nos, minimizar os efeitos e até não ter essa doença ou enfermidade, pois: “os Astros impelem, mas não obrigam”!

E isso é possível porque a Astrodiagnose e Astroterapia indica o dia em que as crises vão se manifestar e quando as influências adversas diminuirão. Com o conhecimento de que a recuperação ocorrerá, nós temos forças para suportar e oferecer ajuda e esperança.

Todos sabem que estamos sujeitos aos seguintes tipos de doenças e enfermidades: física, emocional e mental.

Nós construímos nosso Corpo Denso e o controlamos. Havendo doença ou enfermidade nele concluímos que nós não fizemos o nosso trabalho como deveria ser. E isso é expresso nas duas classes de doenças e enfermidades apontadas em um horóscopo:

  • Latente
    • São indicadas pelas aflições astrais no horóscopo quando nascemos
    • Podem permanecer latentes durante toda a nossa vida terrestre
    • Dependem do nosso modo de vida: se não respondemos às tendências apontadas pelas aflições astrais, elas não se manifestaram
    • Podemos atuar com nossa vontade até o ponto de anular as indicações do nosso horóscopo
  • Ativas
    • São indicadas pelas aflições astrais no horóscopo quando nascemos, mas nós respondemos a essas aflições, através: de pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, obras, ações ou atos negativos, inferiores e destrutíveis
    • As posições astrais progredidas nos dão os momentos de atuação
    • Consertando o nosso modo de vida: aliviaremos, suspenderemos ou seremos curados da doença ou enfermidade

Para aplicarmos no estudo dessa ciência e dessa arte de obter conhecimento científico das doenças e enfermidades, das suas causas, segundo indicações dos Astros, e dos meios de curar é necessário, pelo menos 7 ações cotidianas para toda a nossa vida:

  1. “Pregar o Evangelho e curar os enfermos”;
  2. Fazer os Exercícios Esotéricos de Retrospecção (noturno) e de Concentração (matutino) todos os dias;
  3. Dedicar ao conhecimento da fisiologia e anatomia do nosso Corpo Denso;
  4. Fazer todos os Cursos de Astrologia Rosacruz;
  5. Usar esse conhecimento altruisticamente para ajudar aos sofredores;
  6. Esquecer o próprio horóscopo e dedicar nosso conhecimento a ajudar os outros;
  7. Praticar mais a devoção e cultuar o lado místico, equilibrando o nosso lado ocultista, em nosso dia a dia.

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Período de Vênus

Pergunta: O Período de Vênus é o sexto Período deste Esquema de Evolução em que estamos vivendo atualmente. Então, como fica à disposição dos Globos no Período de Vênus?

Resposta: Os Globos estão dispostos nos mesmos Mundos e Regiões como se encontravam no Período Solar.

Pergunta: No Período em foco qual será o nosso Corpo mais denso?

Resposta: O Corpo de Desejos será o nosso veículo mais denso e atingirá a sua perfeição no final do Período.

Pergunta: Aqui não teremos mais Corpo Denso e nem Corpo Vital?

Resposta: Sim, pois, as quinta-essências do Corpo Denso e do Corpo Vital serão absorvidas pelo Corpo de Desejos nesse Período.

Pergunta: Como a Mente passou pelo estágio mineral no Período Terrestre e pelo estágio vegetal no Período de Júpiter, o que acontecerá com ela no Período de Vênus?

Resposta: A Mente adquirirá sentimento e poderemos criar formas vivas e sensíveis. Teremos uma consciência em que poderemos empregar a nossa própria força para dar vida às nossas imaginações e para exteriorizá-las no espaço, como objetos.

Pergunta: Podemos dizer que no Período de Vênus seremos algo parecido a “semideuses”?

Resposta: Sim, uma consciência objetiva, autoconsciente e criadora. Em que o ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas.

Pergunta: Com qual Onde de Vida nós trabalharemos no Período de Vênus?

Resposta: Trabalharemos com a Onda de Vida dos vegetais, pois a Onda de Vida vegetal passará pelo seu “estágio de humanidade” e a Onda de Vida mineral passará pelo seu “estágio de onda vida animal”.

Pergunta: Qual o tempo de duração desse Período?

Resposta: O Período de Vênus, apesar de estar ocupando as mesmas regiões do Período Solar, terá um tempo menor do que esse.

Pergunta: Como no Período de Vênus o nosso veículo mais denso será o Corpo de Desejos, então, podemos dizer que trabalharemos com nossos desejos, sentimentos e emoções mais elevadas para extrair qual Alma?

Resposta: No Período de Vênus extrairemos a Alma Emocional do Corpo de Desejos.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: Cristo e Sua Segunda Vinda

Junho de 1913

Um dos pontos de maior importância nessa lição mensal, e sobre o qual existe um mal-entendido generalizado, tem a ver com a vinda de Cristo e ao veículo que Ele usará. A Bíblia fornece esse ensinamento muito claramente e os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental dos Rosacruzes estão em total acordo com ela; daí difere radicalmente da concepção atual e comum sobre esse assunto, tanto a da maioria dos Cristãos como entre aqueles que, involuntariamente ou por outras razões, apresentam falsos Cristos para enganar os incautos. É, portanto, de vital importância que os Estudantes da Escola Ocidental devem compreender este assunto completa e inteiramente, por isso, nós reiteraremos, resumidamente, os pontos de fundamental importância dos Ensinamentos Rosacruzes contidos no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” e em alguns outros livros da Fraternidade Rosacruz.

Cristo é o mais elevado Iniciado do Período Solar; a Terra era, então, formada de matéria de desejos e o Corpo mais denso do Arcanjo Cristo era formado deste material.

Ninguém pode formar um veículo de material que ele não tenha aprendido a moldar; por isso, o Espírito Cristo trabalhou com a nossa Humanidade de fora da Terra, da mesma forma que os Espíritos-Grupo guiam os animais, até que Jesus, voluntariamente, cedeu o seu Corpo Denso e seu Corpo Vital no Batismo. O Espírito Cristo, então, desceu e entrou nesses dois veículos e, usando esses dois Corpos para viver no Mundo Físico, forneceu o Seu ministério aos seres humanos, até que o Corpo Denso foi destruído no Gólgota, quando Ele se tornou o Espírito Interno e permanentemente presente da Terra. O Corpo Vital de Jesus foi guardado para o uso especial, para esperar o segundo advento de Cristo.

Cristo nos advertiu contra os imitadores, e surge a questão: “Como podemos distinguir o falso do verdadeiro?”. S. Paulo nos fornece informações bem definidas que, se prestarmos bem atenção nelas, estaremos salvos totalmente de enganos.

S. Paulo nos ensina (ICor 15:50): “Digo-vos, irmãos: a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus”. Ele insiste que esse Corpo será mudado à imagem do próprio veículo de Cristo (Fp 3:21[1]), e em (IJo 3:2[2]) encontramos o mesmo testemunho.

Assim, é evidente que qualquer pessoa que venha em Corpo Denso, se proclamando que é Cristo, é ou um demente, e digno de compaixão, ou um impostor, que merece desprezo e reprovação. Nem ficamos incertos quanto à natureza do veículo no qual encontraremos Cristo e seremos semelhantes a Ele. Na Primeira Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses (4:17[3]) é-nos dito que encontraremos o Senhor no ar. Portanto, necessariamente devemos ter um veículo de textura mais delicada do que a do nosso Corpo Denso atual. A transformação exigirá séculos, no que diz respeito à maioria das pessoas.

Na Primeira Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses (5:23[4]), São Paulo diz que o ser completo humano consiste de Espírito, Alma e Corpo. Quando finalmente abandonarmos o Corpo Denso, como Cristo o fez, nós funcionaremos num corpo chamado soma psuchicon (Corpo-Alma), como dito na Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios 15:44[5]. Em nossa literatura, esse é o Corpo Vital, um veículo feito de Éter, capaz de levitação e da mesma natureza do Corpo usado por Cristo depois da Crucificação. Esse veículo não está sujeito à morte, como o nosso Corpo Denso e é, finalmente, transmutado em Espírito, como aprendemos em nossa literatura e é confirmado na Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios, no Capítulo 15.

Por conseguinte, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental estão em perfeita concordância com a Bíblia quando afirmam, mais enfaticamente, que Cristo nunca voltará “na carne” (isto seria um retrocesso para Ele). Da mesma maneira que a larva rompe o seu casulo que a aprisiona e se transforma em uma borboleta que voa entre as flores – processo deslumbrante de animada beleza – assim algum dia nós nos livraremos desse invólucro mortal que nos prende à Terra e ascenderemos ao céu como almas viventes, radiantes de glória, ansiosas por encontrar o nosso Salvador na “terra das almas”, o Novo Céu e a Nova Terra. Este é um dos pontos principais da doutrina da Escola Rosacruz, e nós confiamos que nossos Estudantes se esforçarão por assimilar totalmente este assunto, para que possam “dar uma razão” à fé deles.

(Cartas aos Estudantes – nº 31 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: “…que transfigurará o nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso, pela força que lhe dá poder de submeter a si todas as coisas”.

[2] N.T.: “Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas o que nós seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.

[3] N.T.: “em seguida nós, os vivos que estivermos lá, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro com o Senhor, nos ares.

[4] N.T.: “O Deus da paz vos conceda santidade perfeita; e que o vosso ser inteiro, o espírito, a alma e o corpo sejam guardados de modo irrepreensível para o dia da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”

[5] N.T.: “…semeado corpo psíquico, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo psíquico, há também um corpo espiritual.”. Na versão inglesa, o versículo 44 diz: “Existe um Corpo natural e um Corpo espiritual”; mas o Novo Testamento não foi escrito em inglês e, como os tradutores nada sabiam dos ensinamentos internos, não tinham ideia de como traduzir a palavra grega que para eles parecia sem sentido, por isso, a traduziram como a compreenderam. A palavra que é usada e traduzida como “corpo natural” é soma psuchicon. Soma é uma palavra grega que, todos concordam, é Corpo – não há dúvidas quanto a isto. Mas Psuchicon – psuche – (psyche) – a alma – um Corpo-Alma do qual nunca ouviram falar; provavelmente pareceu-lhes tolice, de maneira que traduziram a palavra como “Corpo natural”. É verdade que S. Paulo diz na 1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:23, que o ser de todo ser humano é Espírito, Alma e Corpo, mas, provavelmente, eles interpretaram Alma e Espírito como sinônimos. Existe, porém, uma grande diferença, como é explicado nos Mistérios Rosacruzes: este Corpo-Alma é o veículo a que S. Paulo se refere e no qual encontraremos Cristo. É composto de Éter e, portanto, capaz de levitação e de passar por paredes, uma vez que toda matéria densa é permeada com Éter. Os Auxiliares Invisíveis o usam hoje, como Cristo o fez.

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