Em 23 de julho de 1865, nascia na fria Aarhus a capital da Dinamarca, em um nobre solar, o menino Carl Louis Fredrick Grasshoff.
Quarenta e quatro anos mais tarde, já longe da sua pátria e com o simples nome de Max Heindel, essa predestinada criatura recebia uma sublime missão: ser o mensageiro dos Irmãos Maiores, o transmissor dos ensinamentos rosacruzes para o mundo ocidental.
Qual foi o merecimento de tão elevado encargo? Sem dúvida alguma o seu indescritível impulso interno de encontrar a verdade, o seu virtuoso caráter e constância, o seu amor para com os seus semelhantes. Mesmo em contato com a mais profunda verdade, não ficou satisfeito enquanto não transmitiu (mesmo sob tremendos sacrifícios) os luminosos ensinamentos ao mundo. Foi levada a público a maravilhosa Filosofia Rosacruz, explicando com clareza os mistérios da vida, dando-nos fé, consolo e esperança em uma vida futura.
Que valioso privilégio nos concederam os Irmãos Maiores através de Max Heindel. Ele plantou uma fecunda semente — a Fraternidade Rosacruz —, que germinou, cresceu, tornou-se uma frondosa árvore, floresceu e frutificou. Sob ela nos abrigamos. Suas flores perfumam as nossas vidas e seus saborosos frutos alimentam a nossa alma.
Bem sabemos e avaliamos a responsabilidade que nos cabe, pois “a quem muito foi dado, muito lhe será pedido”. Embora ainda sejamos imperfeitos, podemos nos converter em Auxiliares dos Irmãos Maiores, “pregando o Evangelho e curando os enfermos”. A que missão mais sublime poderemos aspirar do que ajudar as criaturas de Deus e a evolução espiritual do mundo?
Riquezas materiais, honras e glórias são artigos temporais e efêmeros; porém os valores espirituais que acumulamos são o tesouro da alma (que a traça não rói e a ferrugem não destrói) e jamais os perderemos.
O Conceito Rosacruz do Cosmos e a Bíblia nos ensinam que Cristo abriu o “CAMINHO” para todos. Suas irradiações espirituais procuram tocar o coração, despertando o Espírito e o impulsionando à ação. Esforcemo-nos, pois, até ao limite de nossas capacidades para nos tornarmos receptivos a essas elevadas vibrações. Harmonizemo-nos com os princípios da nova Era, como Cristo nos ensinou.
No transcurso do centésimo quinquagésimo novo natalício de Max Heindel, elevemos nossos profundos sentimentos de gratidão ao Pai Celestial e aos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz pelas bênçãos que recebemos através desse iluminado amigo.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Junho de 1913
Um dos pontos de maior importância nessa lição mensal, e sobre o qual existe um mal-entendido generalizado, tem a ver com a vinda de Cristo e ao veículo que Ele usará. A Bíblia fornece esse ensinamento muito claramente e os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental dos Rosacruzes estão em total acordo com ela; daí difere radicalmente da concepção atual e comum sobre esse assunto, tanto a da maioria dos Cristãos como entre aqueles que, involuntariamente ou por outras razões, apresentam falsos Cristos para enganar os incautos. É, portanto, de vital importância que os Estudantes da Escola Ocidental devem compreender este assunto completa e inteiramente, por isso, nós reiteraremos, resumidamente, os pontos de fundamental importância dos Ensinamentos Rosacruzes contidos no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” e em alguns outros livros da Fraternidade Rosacruz.
Cristo é o mais elevado Iniciado do Período Solar; a Terra era, então, formada de matéria de desejos e o Corpo mais denso do Arcanjo Cristo era formado deste material.
Ninguém pode formar um veículo de material que ele não tenha aprendido a moldar; por isso, o Espírito Cristo trabalhou com a nossa Humanidade de fora da Terra, da mesma forma que os Espíritos-Grupo guiam os animais, até que Jesus, voluntariamente, cedeu o seu Corpo Denso e seu Corpo Vital no Batismo. O Espírito Cristo, então, desceu e entrou nesses dois veículos e, usando esses dois Corpos para viver no Mundo Físico, forneceu o Seu ministério aos seres humanos, até que o Corpo Denso foi destruído no Gólgota, quando Ele se tornou o Espírito Interno e permanentemente presente da Terra. O Corpo Vital de Jesus foi guardado para o uso especial, para esperar o segundo advento de Cristo.
Cristo nos advertiu contra os imitadores, e surge a questão: “Como podemos distinguir o falso do verdadeiro?”. S. Paulo nos fornece informações bem definidas que, se prestarmos bem atenção nelas, estaremos salvos totalmente de enganos.
S. Paulo nos ensina (ICor 15:50): “Digo-vos, irmãos: a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus”. Ele insiste que esse Corpo será mudado à imagem do próprio veículo de Cristo (Fp 3:21[1]), e em (IJo 3:2[2]) encontramos o mesmo testemunho.
Assim, é evidente que qualquer pessoa que venha em Corpo Denso, se proclamando que é Cristo, é ou um demente, e digno de compaixão, ou um impostor, que merece desprezo e reprovação. Nem ficamos incertos quanto à natureza do veículo no qual encontraremos Cristo e seremos semelhantes a Ele. Na Primeira Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses (4:17[3]) é-nos dito que encontraremos o Senhor no ar. Portanto, necessariamente devemos ter um veículo de textura mais delicada do que a do nosso Corpo Denso atual. A transformação exigirá séculos, no que diz respeito à maioria das pessoas.
Na Primeira Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses (5:23[4]), São Paulo diz que o ser completo humano consiste de Espírito, Alma e Corpo. Quando finalmente abandonarmos o Corpo Denso, como Cristo o fez, nós funcionaremos num corpo chamado soma psuchicon (Corpo-Alma), como dito na Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios 15:44[5]. Em nossa literatura, esse é o Corpo Vital, um veículo feito de Éter, capaz de levitação e da mesma natureza do Corpo usado por Cristo depois da Crucificação. Esse veículo não está sujeito à morte, como o nosso Corpo Denso e é, finalmente, transmutado em Espírito, como aprendemos em nossa literatura e é confirmado na Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios, no Capítulo 15.
Por conseguinte, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental estão em perfeita concordância com a Bíblia quando afirmam, mais enfaticamente, que Cristo nunca voltará “na carne” (isto seria um retrocesso para Ele). Da mesma maneira que a larva rompe o seu casulo que a aprisiona e se transforma em uma borboleta que voa entre as flores – processo deslumbrante de animada beleza – assim algum dia nós nos livraremos desse invólucro mortal que nos prende à Terra e ascenderemos ao céu como almas viventes, radiantes de glória, ansiosas por encontrar o nosso Salvador na “terra das almas”, o Novo Céu e a Nova Terra. Este é um dos pontos principais da doutrina da Escola Rosacruz, e nós confiamos que nossos Estudantes se esforçarão por assimilar totalmente este assunto, para que possam “dar uma razão” à fé deles.
(Cartas aos Estudantes – nº 31 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: “…que transfigurará o nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso, pela força que lhe dá poder de submeter a si todas as coisas”.
[2] N.T.: “Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas o que nós seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.”
[3] N.T.: “em seguida nós, os vivos que estivermos lá, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro com o Senhor, nos ares.”
[4] N.T.: “O Deus da paz vos conceda santidade perfeita; e que o vosso ser inteiro, o espírito, a alma e o corpo sejam guardados de modo irrepreensível para o dia da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”
[5] N.T.: “…semeado corpo psíquico, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo psíquico, há também um corpo espiritual.”. Na versão inglesa, o versículo 44 diz: “Existe um Corpo natural e um Corpo espiritual”; mas o Novo Testamento não foi escrito em inglês e, como os tradutores nada sabiam dos ensinamentos internos, não tinham ideia de como traduzir a palavra grega que para eles parecia sem sentido, por isso, a traduziram como a compreenderam. A palavra que é usada e traduzida como “corpo natural” é soma psuchicon. Soma é uma palavra grega que, todos concordam, é Corpo – não há dúvidas quanto a isto. Mas Psuchicon – psuche – (psyche) – a alma – um Corpo-Alma do qual nunca ouviram falar; provavelmente pareceu-lhes tolice, de maneira que traduziram a palavra como “Corpo natural”. É verdade que S. Paulo diz na 1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:23, que o ser de todo ser humano é Espírito, Alma e Corpo, mas, provavelmente, eles interpretaram Alma e Espírito como sinônimos. Existe, porém, uma grande diferença, como é explicado nos Mistérios Rosacruzes: este Corpo-Alma é o veículo a que S. Paulo se refere e no qual encontraremos Cristo. É composto de Éter e, portanto, capaz de levitação e de passar por paredes, uma vez que toda matéria densa é permeada com Éter. Os Auxiliares Invisíveis o usam hoje, como Cristo o fez.
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital (com a formatação e as figuras em melhor qualidade)
clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Abril de 2024
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:
Maio – Sol transitando pelo Signo de Gêmeos (maio/junho) 4
7/04 Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo VIII – A Obra da Evolução: Recapitulação. 7
21/04 Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo VIII – A Obra da Evolução: O Período Lunar 12
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Abril: 17
É tempo de adotarmos uma postura altruísta. 17
A Morte e a Teoria do Renascimento. 19
Os Ensinamentos Rosacruzes na nossa Evolução. 20
Deixando de lado o que impede nosso crescimento espiritual 22
3.Pergunta: Por que existem animais carnívoros?. 24
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA.. 26
Datas de Cura: Maio: 05, 11, 19, 26. 26
As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP – Brasil, aos domingos às 16 h e/ou às 17 h. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.
Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com
É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!
-Dia 07/04 – 16 h – Estudo Bíblico Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo São Mateus 5,17-19
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VIII – A Obra da Evolução: Recapitulação
-Dia 14/04 – 16 h – Estudo de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VII – O Caminho da Evolução: Revoluções e Noites Cósmicas
-Dia 21/04 – 16 h – Reunião do Estudante Regular – Reunião reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VIII – A Obra da Evolução: O Período Lunar
-Dia 28/04 – 16 h – Reunião do Probacionista – Reunião reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VIII – A Obra da Evolução: O Período Solar – P.1
Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/
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A Hierarquia Criadora de Gêmeos projeta um modelo cósmico para o nosso Planeta Terra de uma grande paz, uma paz que sobre passa toda a compreensão e que será a herança da vindoura Humanidade Crística.
Esse conceito de paz – que ainda não compreendemos em sua plenitude – pode ser um pouco quando vemos que é a mesma paz e o mesmo equilíbrio que se refere S. Paulo e que lhe permitiram dizer: “Nenhuma dessas coisas (do mundo externo) me comovem, pois Deus mora em meu coração”.
E quando o Sol transita pelo Signo de Gêmeos, a constelação imprime no Corpo-templo humano uma dupla influência. Governa todas as dualidades do Corpo: Pulmões, ombros, baços e mãos, em particular. Contém, também, o arquétipo cósmico do perfeito andrógino, onde as potencialidades masculinas e femininas estão em equilíbrio. Essa é a consecução dos Iniciados nos Grandes Mistérios de Cristo. Essa aquisição produz a imunidade ante a enfermidade e a passagem do tempo. E como sua consciência não se interrompe, esteja ou não na carne, nunca experimentam a morte, tal como nós a concebemos, já que sua consciência está centrada na imortalidade ininterruptamente!
“Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento”
-1ª Dispensação (Jeovística) – Ensinamentos para adorarmos a Deus por meio do medo, a Quem começamos a pressentir.
–O que fazemos: sacrifícios físicos – inclusive humanos, para agradá-lo; fetichismo.
-2ª Dispensação (Jeovística) – Ensinamentos para olharmos a Deus como doador de todas as coisas; esperar d’Ele benefícios materiais.
–O que fazemos: sacrifício do nosso melhor bem material, por avareza: esperamos que Deus nos dê cem por um. E para nos livrar do castigo imediato: pragas, guerras, etc. Ex.: peço um carro novo e prometo acender uma vela de 5 metros.
-3ª Dispensação (Cristã/ Cristianismo Popular) – Ensinamentos para adorarmos a Deus com orações e a vivermos em boa vida.
–O que fazemos: cultivamos a fé num Céu onde obteremos recompensar no futuro; abstemos do mal, para que possamos nos livrar do castigo futuro do inferno ou “coisa parecida”.
-4ª Dispensação (Cristã/ Cristianismo Esotérico) – Ensinamentos para agirmos bem sem pensar na recompensa ou no castigo: simplesmente porque “é justo agir retamente”.
–O que fazemos: amamos o bem por ser o bem. Procuramos ordenar nossa conduta de acordo com esse princípio. Não temos em conta o benefício ou desgraça presente.
“… porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só “i”, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado”.
-Quando o céu e a Terra passarão?
Quando nós nos emanciparmos totalmente através do conceito Uraniano de Amor. O Amor de Urano, é o amor ágape, amor incondicional, amor de Cristo. Representa o amor superior, demonstrado através do altruísmo. O amor sem egoísmo pela humanidade e para com o próximo.
Portanto, quando nos emanciparmos completamente pelo Amor, nos elevaremos além da Lei e nos converteremos a nós mesmos numa Lei.
E quando conseguiremos nos emancipar através do amor, e nos convertemos, a nós mesmos em Lei?
Quando estivermos vivendo na Era de Aquário, e para isso precisaremos construir o Corpo Alma. Aí expressaremos o amor Uraniano (Amor Crístico, Ágape).
Ou pelo Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz, tivermos atingido o nível de
Adepto. Nesse momento, o estudante Rosacruz já libertou da roda de nascimentos e mortes, portanto ele já se tornou a lei em si.
“… será chamado o menor no Reino dos Céus (…) será chamado grande no Reino dos Céus”
–Reino dos Homens: é um conjunto de leis e procedimentos que nós criamos. Inclusive nós achamos que temos o direito de julgar os outros baseados nessas leis e procedimentos. É o reino que nós construímos.
-Reino de Deus: é o nosso Sistema Solar (Planetas, suas Luas, o Sol e todos os corpos celestes até o limite do Sistema Solar).
É a negação do Reino dos homens. É um conjunto das Leis da Natureza, Leis divinas e Leis de Deus. Temos as Leis de Deus que são dadas nos 10 mandamentos, no Sermão da Montanha. Temos todas as Leis de Deus para vivermos no Reino de Deus. Temos que ter todas essas leis internalizadas para vivermos no Reino de Deus.
-Reino dos Céus: é todo o Esquema, a Obra e Caminho de Evolução no qual estamos inseridos.
-Menor no Reino dos Céus: aqueles que violarem um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo:
–Lutam tenazmente para adquirir conhecimento
–Não hesitam em usar qualquer meio, inclusive violar tal conhecimento
–Juntam e recolhem para si mesmo vasto repertório intelectual
-Maior no Reino dos Céus: aqueles que praticarem os ensinamentos e ensinarem os outros a fazerem o mesmo:
–Compreenderam a responsabilidade de viver os Ensinamentos Cristãos
–Levam esses Ensinamentos aos outros por meio do exemplo nas suas vidas
–Compreendem e vivenciam diligentemente as oportunidades
Para saber mais, assista a 10ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas no nosso Canal no YouTube aqui:
10-Reunião de Estudos Bíblicos Rosaruzes-7mabr24-5to Capítulo do Evangelho Segundo São Mateus P.5
-É a atividade que é feita, nessa Obra de Evolução, antes que uma próxima atividade se inicie. Devido a “espirais dentro de espirais” a Recapitulação ocorre:
–Entre um Globo e o próximo,
–Entre uma Revolução e a próxima,
–Entre uma Época e a próxima,
–No nosso desenvolvimento intrauterino, etc.
-É quando extraímos o que é essencial de alguma atividade feita anteriormente num determinado período ou tempo.
-Essas atividades dentro dos Períodos se processa, cada vez, em um grau superior daquele estado de progresso que se recapitula.
2.Efeito das Espirais
-Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que Evolução é “a história do progresso do Espírito no Tempo”.
Por toda a parte, podemos observar os variados fenômenos do Universo, vemos que o Caminho de Evolução é uma espiral.
-Cada volta da espiral é um ciclo. Cada ciclo funde-se com o seguinte e, como as espirais são contínuas, cada ciclo é o produto melhorado do precedente e o criador de estados sucessivos de maior desenvolvimento.
–Quando observamos este Caminho de Evolução do ponto de vista físico, vemos uma espiral. Mas, quando observamos pelo caminho da Lemniscata conseguimos ver tanto no lado físico como no espiritual (diagrama do Caduceu de Mercúrio).
É importante ter em mente que a evolução se move numa espiral, mas, nunca se repete na mesma condição e segue sempre um aperfeiçoamento progressivo.
–Qual o efeito das espirais em nossas vidas?
São as oportunidades dadas pela Sabedoria Divina, mostrando que não devemos desanimar se cairmos pelas provas que nos são apresentadas, pois elas retornarão até que tenhamos aprendido a lição, ou seja, o ensino somente será suspenso, quando a lição for aprendida.
As espirais nos permitem repetir o mesmo acontecimento, mas em patamares diferentes, e se não aprendemos com ele, perdemos as oportunidades de crescimento e, podemos retroceder com sofrimento e dor.
Mas por outro lado, se erramos e nos corrigimos, elaboramos os passos seguintes com mais força, mais determinação e evoluímos e, podemos seguir em passos largos de crescimento, mas sempre, para frente e para cima.
O importante que precisamos saber é que: essas provas retornam cada vez mais difíceis quando insistimos em procrastinar ou postergar a aprendizagem das lições que nós mesmos escolhemos lá no Terceiro Céu.
Ressaltamos a importância dos exercícios de Retrospecção a noite e o de Concentração matutina que nos ajudam a tomarmos consciência das nossas quedas e tentarmos acertar na próxima vez dentro da próxima espiral que virá com certeza.
–Como entender o efeito de uma espiral?
O efeito de uma espiral é apenas mais uma etapa preparatória para alcançarmos outro degrau na espiral evolutiva.
Sempre devemos ter em mente que novos modelos de desenvolvimento estão em processo de gestação e a evolução não estaciona. Não existe inércia no processo evolutivo.
Nós como seres humanos que só conseguimos funcionar com uma Consciência de vigília na Região Química do Mundo Físico, estamos atrasados neste Esquema de Evolução, mas, à medida que procuremos estar atentos com redobrado cuidado no aproveitamento das nossas oportunidades que surgem, e assim, aprendermos as lições de cada dia e extrair delas a experiências que nelas contêm, certamente, irão aparecer mais e mais.
3.Atividade Própria de Cada Período
-Sabemos que cada Período trás na sua caminhada evolutiva um desenvolvimento peculiar. Para que possamos entender as atividades ou o trabalho de cada Período, se faz necessário dizermos que qualquer atividade própria de um Período específico, só começa quando termina o trabalho de Recapitulação das respectivas Revoluções como já vimos anteriormente.
É uma volta completa pelos 7 Globos ou a passagem pela onda de vida que está evoluindo (a nossa, por exemplo), UMA VEZ passado por todos os 7 Globos, em 3 Mundos ou Regiões desses Mundos de diferentes densidades.
Detalhamos aqui as atividades da Onda de Vida humana nos Períodos:
–Primeira Revolução de qualquer Período é conhecida como “Revolução de Saturno” e o trabalho é sempre efetuado no Corpo Denso.
–Segunda Revolução, conhecida como “Revolução Solar” e o trabalho é efetuado no Corpo Vital.
–Terceira Revolução, conhecida como “Revolução Lunar” e o trabalho será efetuado no Corpo de Desejos.
–Quarta Revolução, conhecida como “Revolução Terrestre” será na quarta Revolução do Período de Júpiter e o trabalho será efetuado na Mente.
–Quinta Revolução de qualquer Período como “Revolução de Júpiter” que acontecerá na quinta Revolução do Período de Vênus e o trabalho será no nosso Espírito Humano.
–Sexta Revolução de qualquer Período será a “Revolução de Vênus” que acontecerá somente no Período de Vulcano na sexta Revolução, e o trabalho a ser modificado será no nosso Espírito de Vida.
–Sétima Revolução, ou “Revolução de Vulcano”, desenvolve especialmente alguma atividade relacionada com o Espírito Divino, porque o seu desenvolvimento iniciou-se numa sétima Revolução.
Para saber mais, assista a 177ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- em:
O Caminho de Evolução é o modo como percorremos o Esquema de Evolução. Espirais dentro de espirais é um conceito aplicado aqui importantíssimo.
O esquema evolutivo é efetuado através destes cinco Mundos em sete grandes Períodos de Manifestação, durante os quais o Espírito Virginal ou vida que está evoluindo, se converte primeiramente em ser humano, depois em Deus.
Começamos no início da primeira Revolução do Período de Saturno, passando pelos sete Globos que a compõe, depois de completar essa primeira Revolução vamos para uma Recapitulação dessa Revolução e depois vamos para a segunda Revolução do Período de Saturno, passando pelos sete Globos que a compõe. E assim o fazemos até a sétima Revolução do Período de Saturno.
Ao terminar esse Período, mergulhamos nos cinco Globos da Noite Cósmica. Depois de passar pelo quinto Globo, começamos na primeira Revolução do Período Solar, passando pelos sete Globos que a compõe, depois de completar essa primeira Revolução vamos para uma Recapitulação dessa Revolução e depois vamos para a segunda Revolução do Período Solar, passando pelos sete Globos que a compõe. E assim o fazemos até a sétima Revolução do Período Solar. Ao terminar esse Período mergulhamos nos cinco Globos da Noite Cósmica. E assim vamos trilhando o Caminho da Evolução até o final da sétima Revolução do Período de Vulcano.
2.Revoluções:
Revolução: É uma volta completa pelos 7 Globos ou a passagem pela Onda de Vida que está evoluindo (a nossa, por exemplo) UMA VEZ por todos os 7 Globos, em 3 Mundos ou Regiões desses Mundos de diferentes densidades.
Revolução, passando pelos sete Globos que a compõe, depois de completar essa primeira Revolução vamos para uma Recapitulação dessa Revolução e depois vamos para a segunda Revolução, passando pelos sete Globos que a compõe.
É um momento nesse Esquema de Evolução que tem lugar tanto entre as Revoluções como entre os Períodos, onde é um momento de repouso e assimilação. Reafirmamos que uma Noite Cósmica não deve ser considerada um período de inatividade. Não é uma existência inerte
Quando a onda da vida completou suas sete voltas ao redor dos sete Globos, ou sete Revoluções, o primeiro Dia da Criação termina, e então segue uma Noite Cósmica, de descanso e assimilação, após a qual o novo Período amanhece.
Quando falamos entre Períodos há seis Noites Cósmicas. Em cada Noite Cósmica entre Períodos há cinco Globos obscuros nos quais nós habitamos.
Nos 2 primeiros Globos obscuros de uma Noite Cósmica, as Ondas de Vida que estão evoluindo vão se transformando em uma massa homogênea, se liberando da “forma”. Mantém-se a Individualidade, mas todos se tornam “um”, como Deus o é.
No terceiro Globo obscuro de uma Noite Cósmica todos os indivíduos das Ondas de Vida que estão evoluindo, têm a oportunidade de obterem todo o conhecimento que deveria ter obtido no Período precedente. É a parte mais importante de uma Noite Cósmica.
Nos dois últimos Globos obscuros, todos os indivíduos das Ondas de Vida que estão evoluindo começam a preparação para mergulharem no próximo Período desse Esquema de Evolução.
É durante uma Noite Cósmica que os Globos são novamente transferidos a um grau mais abaixo (quando estamos evoluindo entre o Período de Saturno até o Período Terrestre) e a um grau mais acima (quando estamos evoluindo entre o Período Terrestre até o Período de Vulcano).
Quando chega a Noite Cósmica, todas as coisas manifestadas transformam-se numa massa homogênea, o Cosmos converte-se novamente em Caos, semelhante à noite de sono entre dois dias de vida humana, e o intervalo de descanso entre duas vidas terrestres. Esta Noite Cósmica de descanso não é um intervalo de descanso passivo, mas o tempo de preparação para a atividade que deve ser desenvolvida no próximo Período em que o ser humano deve mergulhar mais fundo na matéria.
Esse retorno periódico da matéria à substância primordial habilita o Espírito a evoluir. Se o processo cristalizante de manifestação ativa continuasse indefinidamente, ofereceria um insuperável obstáculo ao progresso do Espírito. Quando a matéria se cristaliza a ponto de se tornar demasiada pesada e dura, o Espírito, nela não podendo agir, se retira para recuperar a energia já exaurida. É como uma broca que vai furando metais duros: deve parar e ser guardada durante algum tempo para recuperar-se. As forças químicas na matéria, livres da energia cristalizante do Espírito em evolução, convertem o Cosmos em Caos, isto é, devolvem a matéria ao seu estado primordial, para que os Espíritos Virginais regenerados possam recomeçar o seu trabalho na aurora de um novo Dia de Manifestação.
As experiências obtidas nos Períodos e Revoluções capacitam o Espírito a reconstruir, com relativa rapidez, até o ponto ultimamente alcançado. Além disso, facilitam o progresso ulterior promovendo as alterações que as experiências acumuladas lhe ditam.
Para saber mais, assista a 174ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- em
1.O Período Lunar
Refere-se ao 3º Período entre os 7 que compõem todo este Esquema de Evolução.
Nós, os Espíritos Virginais da Onda de Vida humana, iniciamos nosso processo de Evolução no Período de Saturno, e a cada Período, viemos caminhando em busca de adquirir nossos 3 Corpos, além de despertar nosso Tríplice Espírito, o que aconteceu até o fim do Período Lunar.
-O elemento que define o Período Lunar: A grande característica do Período Lunar era a “umidade”.
Um núcleo ardente, ao entrar em contato com o espaço exterior, gerava uma umidade densa; esta umidade, que transformada em vapor quente esfriava na periferia e voltava ao núcleo.
Era, na verdade, uma névoa ígnea, e os ocultistas chamam este cenário de “Água”.
-O Trabalho que o define: Neste Esquema de Evolução no Período Lunar, eram essencialmente dois os objetivos:
–Adquirir o germe do Corpo de Desejos,
–Iniciar a atividade germinal do 3°aspecto do Tríplice Espírito: O Espírito Humano.
-Ondas de Vidas evoluindo no Período Lunar: Onda de vida humana, animal e vegetal. Os vegetais iniciaram sua jornada evolutiva nesse Período, recebendo do germe do Corpo Denso.
No final do Período Lunar, antes de acessarmos o Período Terrestre, já tínhamos neste projeto evolutivo, 3 Reinos evoluindo juntos:
–Onda de Vida Humana com os Corpos: Denso, Vital e de Desejos; o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano.
–Onda de Vida Animal com os Corpos: Denso e Vital.
–Onda de Vida Vegetal com apenas o Corpo Denso.
-As 7 Revoluções
–A 1ª Revolução do Período Lunar: refere-se ao Período de Saturno (sempre em todos os Períodos) e, consequentemente, ao Corpo Denso. Esse Corpo veio evoluindo deste a sua aquisição.
Nesta Revolução, os Senhores da Sabedoria cooperando com os Senhores da Individualidade, reconstruíram o germe do Corpo Denso, que havia desenvolvido os órgãos sensoriais, digestivos, as glândulas etc. (todos em estado embrionário).
A reconstrução do Corpo Denso foi necessária para que ele pudesse ser interpenetrado por um Corpo de Desejos e que também pudesse desenvolver-se nele, um sistema nervoso, músculos, cartilagens e um esqueleto rudimentar.
–2ª Revolução do Período Lunar: refere-se ao Período Solar.Nessa revolução o Corpo Vital foi modificado, para que pudesse ser interpenetrado por um Corpo de Desejos e, também, para acomodá-lo ao sistema nervoso, músculos, esqueleto etc.
Os Senhores da Sabedoria, ajudaram também os Senhores da Individualidade neste trabalho.
–As 3ª e 4ª Revoluções do Período Lunar: Apenas a partir da 3ª Revolução é que começa o trabalho específico do Período lunar.
Os Senhores da Individualidade, irradiaram a substância que ajudou a Humanidade (inconsciente) a construir e adaptar-se a um Corpo de Desejos germinal.
Também a auxiliaram a incorporar este Corpo de Desejos germinal, ao conjunto Corpo Vital, mais o Corpo Denso (que já possuía).
–A Quinta Revolução do Período Lunar: Os Senhores da Individualidade, eram superiores a Humanidade, e para completarem sua evolução, trabalharam com o veículo inferior (Corpo de Desejos), mas não tinham condições de fazê-lo com o veículo superior, e assim, aqui surgem voluntariamente os Serafins para despertar o germe do 3°Aspecto do Espírito: o Espírito Humano.
—A Sexta Revolução do Período Lunar: Da mesma maneira que os Senhores da Individualidade foram ajudados pelos Serafins a despertar o germe do Espírito Humano, já na 6ª Revolução, os Querubins os auxiliaram a vincular o germe do Espírito humano ao Espírito de vida.
–A Sétima Revolução do Período Lunar: o Espírito Humano foi vinculado ao Espírito Divino, e desta vez, os Senhores da Individualidade contaram novamente os Senhores da Chama.
Assim, o Ego separado, (Tríplice Espírito) passou a existir.
Para saber mais, assista a 179ª Reunião Dominical-FRC – Campinas-SP em:
1.O Período Solar:
-Os Globos do Período Solar:
-Todas as Ondas de Vida evolutivas continuavam na massa ígnea central, da qual se formaram os Planetas do nosso atual sistema, inclusive a Terra;
-A massa ígnea central alcançou o estado de fogo brilhante e luminoso: assim, não havia necessidade de iluminação externa, a luz estava dentro;
-“Ar” é a que mais se aproxima da verdadeira ideia sobre as condições prevalecentes;
–Portanto, o segundo Elemento da Natureza que nos foi oferecido para o nosso desenvolvimento foi: AR;
–Assim: no Período Solar já contávamos com 2 elementos da natureza para evoluirmos: o FOGO e o AR.
–Os Globos do Período Solar, eram como esferas luminosas, brilhantes e de consistência análoga à dos gases atuais
–Com propriedade de absorver e utilizar qualquer imagem ou som que se projetasse sobre sua superfície
–Sensibilidade muito maior do que o nosso Planeta Terra atual: a sensibilidade não estava atenuada pelas condições duras e densas da Região Química do Mundo Físico atual
–A crosta do “Planeta” era formada pela Onda de Vida animal junto com os Atrasados da Nossa Onda de Vida, a humana
–Planeta Terra descrito aqui como: um nevoeiro incandescente de brilhante luminosidade
–O Período Solar se refere ao segundo dia da criação.
-As 7 Revoluções
–Primeira Revolução ou Revolução Saturno do Período Solar:
–Nós, Espíritos Virginais (divididos em 2 grupos):
2.“Adiantados”: Possuíam: Corpo Denso e Espírito Divino despertado
Estado de inconsciência análogo a de sono sem sonhos
Consciência semelhante ao do Vegetal
3.“Atrasados”: Devido a cristalização, possuíam somente Corpo Denso
Estado de inconsciência análogo ao de transe mais profundo
Consciência semelhante à do Mineral
–Senhores da Chama junto com os Senhores da Sabedoria:
Alteraram o nosso Corpo Denso para:
Permitir a sua interpenetração por um Corpo Vital;
Fornecer a capacidade do Corpo Denso desenvolver as glândulas e o tubo digestivo.
–Uma nova Onda de Vida começou sua atividade:
Atualmente conhecido como Animais, nossos Irmãos Menores;
Estado de inconsciência análogo ao dos médiuns no transe mais profundo;
Consciência semelhante à do Mineral
–Arcanjos: Trabalharam com os Animais da mesma forma que nós, atualmente, trabalhamos com a onda de vida Mineral
Para saber mais, assista a 178ª Reunião Dominical-FRC – Campinas-SP em:
178ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- 28abr24-Termos Rosacruzes no Texto_C8_Período Solar-P.1
Hoje com a proximidade da Era de Aquário ainda nos deparamos com duas realidades aqui no Mundo Físico, infelizmente.
Por um lado, vemos pessoas deixando de lado aquele individualismo egocêntrico, alimentador da Personalidade, para assumirem uma postura mais altruísta diante dos problemas que afligem a sociedade.
Está se estabelecendo um consenso em torno da ideia nesta frase: “numa sociedade, o que não beneficia a todos, efetivamente não beneficia a ninguém”.
(*) Pintura: Bansky
Isso é muito claro nos Ensinamentos do Cristo, pois mais importante que fazer orações e adoração nas sinagogas, igrejas e templos, é amar ao próximo, é servir, é ajudar.
Esse hábito dava prestígio na sociedade judaica, era motivo de apreciação, porém a renúncia aos bens materiais, prestígio, autoridade, poder, fama, em benefício de outrem, constituía um penoso sacrifício. Mas isso ficou para trás.
Voltando aos nossos dias, verificamos como muitos fatores ainda tendem a impedir pessoas de fazerem coisas sagradas, fazerem o bem, se desprenderem de suas posses materiais (como se fossem “suas” e não bens a administrar), do poder, da fama, do materialismo.
Muitas pessoas, por mais sensíveis que pareçam ser diante do sofrimento alheio, muitas vezes cai na tentação de não sacrificar seus interesses pessoais, sua comodidade, para prestarem ajuda a alguém. Isso é muito triste.
A renúncia ainda é um pesado fardo para muita gente.
Muitas pessoas não querem renunciar a pontos de vista, suportar idiossincrasias de seus companheiros, ser humilde, bondoso, altruísta.
Enquanto houver Cristãos verdadeiros, fiéis ao Cristo nos Seus Ensinamentos, há esperança de materialistas, egocentristas, vencerem o egoísmo, dispondo-se a trabalharem em grupo pelo bem comum.
Hoje as máscaras estão caindo e cada vez mais mostra-se o caráter do ser humano, as coisas estão vindo à tona, mostrando a verdade.
Quem não quiser ver, quem não quiser ouvir, ajudar, servir, “pagará para ver” no Purgatório, com certeza. E com muita tristeza!
Fazer o bem é aqui, é agora!
A Verdade dentro de nós
A maioria das pessoas no mundo não conhece a verdade sobre as coisas espirituais, e acham difícil quebrar as crenças e ações convencionais.
Se queremos achar a Verdade, precisamos quebrar as crenças comuns e procurar a Verdade dentro de cada um de nós.
A maioria não quer negar a si mesmo, pegar sua cruz e seguir o Cristo.
As dificuldades são necessárias, afinal escolhemos no Terceiro Céu, com a ajuda dos Anjos do Destino, os Anjos Relatores. Eles dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento, então não há erro.
Quando procuramos a verdade e trilhamos o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, encontramos forças das quais não devemos fugir para que possamos nos fortalecer e encarar as batalhas, sozinhos, mas confiantes.
Encontrar oposição e críticas é importante também; nos obriga a nos julgar e aprender, se temos a certeza do bem, do correto, críticas não devem nos preocupar, devemos ser firmes e seguir em frente.
Cristo enviou Seus Discípulos e os preveniu: “Eis que vos envio como ovelhas no meio de lobos; portanto sedes prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” (Mt 10:16).
Assim devemos fazer também, seguir os passos de Cristo e favorecer o que é verdadeiro, belo, bom e justo, e crescendo espiritualmente.
Somos confortados nas realizações e nas provas; Deus está conosco!
Permanecendo em qualquer circunstância por tudo o que é correto e verdadeiro, desenvolvemos forças internas que muito nos capacitarão.
Precisamos desenvolver a Luz dentro de nós, fazer crescer o Cristo interno!
Para os nossos irmãos e as nossas irmãs materialistas, a morte é o fim de tudo. Para os nossos irmãos e as nossas irmãs que vivenciam o Cristianismo popular é um passo no caminho que leva ao céu ou ao inferno, ao Purgatório ou ao limbo. Para alguns de nossos irmãos e nossas irmãs a morte é “apenas a passagem para outro tipo de vida, outra dimensão, outro ‘universo paralelo’”.
Há os que afirmam que viemos do além, vivemos aqui alguns anos, passamos pelo portal da morte e voltamos para esse além, permanecendo então lá para sempre; que nossa felicidade ou desgraça é ali determinada para toda a eternidade, pelas ações que tenhamos praticados aqui, no curto espaço de tempo da vida terrestre.
Na Fraternidade Rosacruz estudamos a Teoria do Renascimento – onde vimos que cada um de nós é uma parte integrante de Deus, contendo em nós todas as potencialidades divinas, do mesmo modo que a semente contém a planta; que por meio de repetidas existências em Corpos terrestres de qualidade gradualmente melhor, as possibilidades latentes se convertem lentamente em poderes dinâmicos; que ninguém se perde nesse processo, mas que todos nós alcançaremos, por fim, a meta da perfeição e a união, novamente, com Deus, nosso Criador. Há, portanto, a necessidade de repetidos renascimentos aqui para que possamos aprender a trabalhar conscientemente no Mundo Físico (Região Química e Etérica) e dominar totalmente os materiais da Região Química do Mundo Físico, a fim de nos tornarmos especialistas em Matéria Química (como os Anjos são especialistas em Matéria Etérica, os Arcanjos em Matéria de Desejos e os Senhores da Mente em Matéria Mental).
Nada na Natureza foi criado para se perder. Deus criou tudo e viu que era bom.
Na Bíblia vemos todo o processo da criação (no Livro do Gênesis).
Deus é Onisciente e, portanto, desenvolveu um plano perfeito para todas as Ondas de Vida.
Olhando a Natureza ao nosso redor, vemos por toda a parte o esforço lento e perseverante para atingir a perfeição.
Não vemos nenhum processo súbito de criação ou mesmo de destruição.
O que vemos sempre é Evolução.
Temos, como Egos, Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana, um Tríplice Corpo, um Tríplice Espírito e um veículo Mente, todos muito bem-organizados e suficientes, sempre evoluindo.
A vida aqui é espiral dentro de espiral e sempre para frente e para cima.
Tudo ao nosso redor é movimento, é vida!
Todas as atividades visam produzir vida nova por toda a parte.
Todas as coisas se movem em ciclos progressivos para que possam aproveitar plenamente todas as oportunidades de progresso oferecidas pelo Universo.
Cada vez aqui renascidos, evoluímos em conjunto, trazemos nossos defeitos para corrigirmos e nossas virtudes para ajudar. Estamos sempre a evoluir.
A mesma lei que desperta a vida na planta para que cresça outra vez, traz o ser humano de volta para adquirir novas experiências e avançar ainda mais para a meta da perfeição.
A Teoria do Renascimento que ensina a necessidade de repetidas incorporações em veículos de crescente perfeição, está em perfeito acordo com a evolução e com os fenômenos da Natureza, bem diferente do que explanam os materialistas, os teólogos, os cientistas, os religiosos que vivem o Cristianismo popular.
O que somos, o que temos e todas as boas qualidades são o resultado das nossas próprias ações passadas. O que agora nos falta física, moral ou mentalmente, pode ser nosso no futuro.
A Lei de Deus é para todos os Reinos, para todas as Ondas de Vida.
Vejamos os ciclos alternantes, nas modestas plantinhas, nas sequoias gigantes, na abóbada celeste, nas nebulosas ígneas, nos Sistemas Solares. O Sol que se levanta a cada manhã, mas a cada dia progride em sua jornada anual, tudo é movimento, tudo caminha, tudo é progresso, nada se perde!
Deus é Pai, é criador, jamais criaria qualquer coisa ou seres para se perder no Caminho da Evolução.
A nossa vida é feita de etapas como também mudamos nos períodos setenários, muito importantes para nossa evolução.
Aqui na Fraternidade Rosacruz, para quem é assíduo, persistente nos estudos, nos Cursos de formação, nos Exercícios Esotéricos Espirituais, essas etapas são visíveis.
A primeira etapa é com o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, composto de 12 lições, que deverá ser muito bem-feito, pois é a base para os outros (Curso de Ensinamentos Bíblicos, Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz e de Astrologia Rosacruz). Muitos Estudantes acham que é um Curso simples, querem fazer rapidamente, mas não é assim.
Há que se ter muita dedicação, hoje com as redes sociais temos muitas e rápidas informações (no site, no YouTube, Facebook, Instagram, Pinterest).
Devemos em paralelo, estudar (não é só ler) o livro: “O Conceito Rosacruz do Cosmos” que é a obra básica dos Ensinamentos Rosacruzes, observar os Termos Rosacruzes (bem diferente de palavras com o mesmo conceito). Não é nada simples!
O Estudante Rosacruz, que é um Aspirante à vida superior, deve também ir investigando o que estuda, deve ir se aprofundando cada vez mais, pois nossa caminhada deve ser paralela à nossa aplicação na vida diária. Ninguém deve ficar somente na teoria.
O Mundo é uma grande Escola. Devemos ter entusiasmo, desejo de saber, curiosidade em aplicar os Ensinamentos Rosacruzes e ter paciência com nossos irmãos e nossas irmãs, nossos familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho.
Estamos nos aproximando da Era de Aquário e devemos, portanto, transformar o “homem velho”, no “homem novo”, de que falava S. Paulo.
A transformação pode ser lenta, mas deve ocorrer, como na mudança de hábitos, persistente e insistentemente.
Há que se fazer os Exercícios Esotéricos Rosacruzes, pois eles constroem a musculatura espiritual necessária para o Estudante.
A oficiação dos Rituais dos Serviços Devocionais ajuda na formação dos hábitos de concentração, oração e foco no objetivo.
Há que ter muita persistência e muita força de vontade.
Nesses períodos setenários, devemos ir fazendo uma revisão nas nossas vidas, ver as mudanças já ocorridas (com o nosso Corpo Denso (o corpo físico), nossas atitudes, nossa paciência, como estamos servindo e tratando os nossos semelhantes, os degraus que já subimos).
Uma pessoa dotada de senso moral, com hábitos sadios, despida de todo egoísmo, todo materialismo, sensualidade, desejo de fama, poder, posses, caminhará a passos largos no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Muitas pessoas já trazem uma bagagem espiritual de outras vidas, o que as ajudará num crescimento rápido, e até chegarem à Iniciação.
Para os que acham o processo lento, lembrem-se: “Os moinhos de Deus moem devagar, mas moem muito fino”.
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que nada nos pode revelar a natureza de Deus tão claramente como esse símbolo: “Deus é Luz”, uma linda inspiração divina de incomensurável valor nos ensinada por S. João Evangelista.
Todo local reverenciado pela prece, amor, pensamentos de Cura, paz, adoração, em que se oficia os Rituais do Serviço Devocional da Fraternidade Rosacruz é um local sagrado, e a elevamos com certeza para “procurar a Luz”.
Se tomarmos essas três palavras como tema de meditação, com certeza, encontraremos uma rica recompensa, ali nos banhamos numa fonte espiritual de inesgotável profundidade, e nos aproximamos do nosso Pai Celestial. Podemos perguntar: “De onde vem a luz?”. No primeiro capítulo do Gênesis vemos: “O Espírito de Deus movia-se sobre as águas. E Deus disse: Faça-se a Luz, e a Luz se fez. Deus viu a Luz e que era boa. Deus chamou à luz dia, e a escuridão, noite”.
Também ao buscarmos a Luz na Escola de Sabedoria Ocidental, sabemos que Amor e Serviço devem ser o nosso lema, pois foi isso que nos deixou o Cristo.
Amando e servindo aos nossos semelhantes, atraímos mais Éteres superiores (mais elevados), o de Luz e o Refletor, substâncias imprescindíveis para construirmos o Corpo-Alma, o radiante traje de Luz, que usamos para viver conscientemente nos Mundos espirituais.
Todos sabemos o que pode fazer em nossas vidas o poder da luz espiritual e o amor sincero, puro, real e verdadeiro.
Amar e servir erradica de nossas Mentes todos os pensamentos de medo, egoísmo, cobiça, poder, ódio, vingança, pois só vemos e vivemos na luz, afinal “se andarmos na Luz como Deus está na Luz, seremos fraternais uns com os outros”!! Essa sentença faz parte do Ritual do Serviço Devocional – O Serviço do Templo, realizado diariamente por todos os Estudantes Rosacruzes.
Se usarmos a nossa força de vontade repetidas vezes, em buscar a Luz, em viver na Luz, uma modificação alquímica se realizará em nós.
Sempre repita para si: “Deus é Luz”. E em quaisquer circunstâncias, procure vislumbrar a Luz, pois “se andamos na luz, como Ele na luz está, seremos fraternais uns com os outros. Aquele que ama a seu Irmão está na luz, mas aquele que odeia a seu irmão está em trevas e não sabe por onde caminha, porque as trevas lhe cegaram os olhos!
Cristo nos recomendou “Orar sem cessar”. Isso não significa que vamos nos ater a fazer somente isso, nos recolhendo, nos ausentando. Não, não é isso.
Cristo nos ensinou que o nosso modo de viver, de pensar, os nossos hábitos, nossas palavras e ações devem ser sempre puras, cheias de bondade, que devemos ser fraternos, amigos para todas as horas e ocasiões.
Nosso viver deve ser a expressão verdadeira de uma Oração bem-feita.
Devemos eliminar de nós tudo o que não nos convém; crenças equivocadas, emoções negativas, pensamentos impuros, hábitos perniciosos.
Entremos dentro de nós, periodicamente, façamos uma bela faxina, nos livremos de medos, eliminemos justificativas desnecessárias (deixando, portanto, de servir, de ajudar), fazer-se de humilde (ser falso), usar a timidez como desculpa para não fazer o que tem que ser feito ou falado.
Precisamos deixar sair tudo o que impede nosso crescimento espiritual.
Procuremos colocar nesse lugar, agora limpo, somente o que for bom, belo, verdadeiro, altruísta, elevado e que ajudará qualquer irmão ou irmã.
Vamos nos fechar para tudo o que for negativo, impuro, imoral, sensual, tanto no nosso modo de falar, de pensar e de agir.
A partir dessa limpeza no nosso interior, no nosso cérebro, no nosso coração, virão bons hábitos, seremos sempre corretos, verdadeiros, veremos o bem em tudo e em todos, aí faremos aos nossos semelhantes somente o que gostaríamos que também nos fizessem.
Parece uma tarefa difícil, mas não é. Basta querermos, e é importante.
Lembrem-se que temos as Hierarquias Criadoras ou Hierarquias Zodiacais nos ajudando o tempo todo, nos encorajando, nos fortalecendo no Caminho do bem.
Usemos toda nossa força de vontade possível nessa tarefa, afinal, Deus, nosso Pai e criador, está a nos observar e a nos ajudar, sempre!
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1.Pergunta: A apologia à pobreza não seria contrária a abundância que o Universo pode nos proporcionar sendo a prosperidade um dom de Deus??
Resposta: O irmão e a irmã que se desenvolvem espiritualmente nunca serão pobres, pois sempre terão o que precisam para bem-viver enquanto estão renascidos aqui. Exercem as suas funções no Mundo aqui, e sempre serão remunerados com o que precisam, nem mais, nem menos, afinal “o operário é digno do seu salário’. A prosperidade que Deus nos dá é e sempre será a espiritual; jamais a material. A material deixou de ser a milhões de anos atrás quando acabou a Época Atlante e começou a Época Ária, a que aqui estamos. É só estudar com atenção o que o Cristo ensinou. Cristo pregou a riqueza material? E justamente não pregou porque ele sabe que essa fase já passou. Para conquistamos a Região Etérica do Mundo Físico é necessário prosperidade espiritual, abundância em qualidades espirituais desenvolvidas por cada um de nós.
2.Pergunta: Por que a obtenção das experiências que Max Heindel se refere precisam estar associadas ao sofrimento físico e material?
Resposta: Não deveria, mas nós, em nossos renascimentos anteriores, criamos tantas dívidas com o destino – se negando a aprender o que deveríamos, atrapalhando a evolução de muitos irmãos e irmãs, procrastinando lições que nós mesmos escolhemos lá no Terceiro Céu e, depois, aqui fizemos de tudo para não as aprender – que para a grande maioria de nós só restou aprender essas lições por meio do sofrimento. Ele é físico e material, porque é por meio desses “efeitos”, aqui na Região Química do Mundo Físico, que enxergamos as “causas” que são espirituais – e sempre são! Exemplo: se hoje tenho dificuldades financeiras é porque em alguma das minhas vidas anteriores “usei e abusei e mal usei” os recursos financeiros que eu tinha facilidade em obter. Gerei uma dívida, pois há outra máxima Cristã que nos ensina: “a quem muito é dado, muito é exigido”. Então, nessa vida, quando estou escolhendo o panorama dela no Terceiro Céu, se tenho a chance, escolho as condições que me ajuda a ter as dificuldades financeiras a fim de que pelo “sofrimento material” eu consiga aprender a lição de que a “vida do transgressor é dura” e gere a consciência suficiente e necessária que aprenderei em como ser eficaz e utilizar os recursos financeiros somente para servir amorosa e desinteressadamente o irmão e a irmã que estão no nosso entorno. Infinitos exemplos como esses podem ser dados. Reflita!
3.Pergunta: Por que existem animais carnívoros?
Resposta: Os nossos irmãos menores que chamamos de “animais” são Espíritos Virginais também, só que da Onda de Vida animal. Existem animais carnívoros pela mesma razão que nós, seres humanos, até a Época Atlante também tínhamos que ser carnívoros. E o objetivo deles serem carnívoros, também é o mesmo objetivo de ter sido necessário nós, seres humanos, até a Época Atlante também termos sido carnívoros: a conquista da Região Química do Mundo Físico, ou seja, aprender todas as lições que são próprias dessa Região, utilizando o melhor Corpo Denso que se pode para tal.
4.Pergunta: Todos os humanos atuais pertencem à Raça Ária, menos os remanescentes de outras Raças?
Resposta: Todos os seres humanos atualmente têm a capacidade de construir um Corpo Denso com as características descritas pelo Conceito Rosacruz do Cosmos, do que chamamos “Raças Árias”, que teve como berço a Ásia Central (todas elas são derivadas da Raça Semitas Originais, a quinta e mais importante das 7 Raças Atlantes). Mas também são capazes de construir um Corpo Denso com as características descritas pelo conceito do que chamamos Raça Babilônio-Assírio-Caldaica, Persa-Greco-Latina, Céltica e Teuto-Anglo-Saxônica e, graças à vinda do Cristo que promoveu – e promove – a miscigenação das Raças, pode construir um Corpo Denso com traços de quaisquer uma dessas Raças, bem como de reminiscências das Raças Atlantes e da Raça Lemúrica.
5.Pergunta: Vocês conseguem ler a Memória da Natureza? Vocês têm acesso direto ao conhecimento dos Mundos Sutis e acreditam por experiência própria ou, como eu, acreditam apenas de forma indireta e teórica no que os livros de Max Heindel afirmam?
Resposta: Como podemos ler ainda no Conceito Rosacruz do Cosmos o primeiro voto do Iniciado é o silêncio. Assim, “quem fala, não é Iniciado; é um charlatão”. Além disso, veja o que Max Heindel nos orienta, também no Conceito: “Diz uma antiga lenda que a procura de um tesouro deve ser feita no sossego da noite e em perfeito silêncio. Pronunciar uma só palavra enquanto o tesouro não estiver completamente escavado causaria, inevitavelmente, o seu desaparecimento. É uma parábola mística que se refere à procura da iluminação espiritual. Se bisbilhotarmos ou contarmos aos outros as experiências de nossas horas de concentração perdê-las-emos. Elas não podem suportar a transmissão oral, por isso dissolver-se-ão em nada. Precisamos, pela meditação, extrair delas o pleno conhecimento das leis cósmicas ocultas. Portanto, a experiência própria não deve ser comentada, haja vista que ela é apenas o invólucro que esconde a semente que contém. A lei é de valor universal, como vai ficar evidente, porque pode explicar os fatos e ensinar-nos como aproveitar oportunidades de determinadas condições e a evitar outras. A critério do seu descobridor, e para benefício da humanidade, ela pode ser revelada livremente. A experiência que revelou a lei aparece, então, em sua verdadeira luz como sendo apenas de interesse passageiro, não mais digna de nota. Por isso o Estudante Rosacruz precisa considerar tudo o que acontece como sagrado, e deve conservá-lo rigorosamente para si”.
A partir do Grau: Discípulo – ainda na Fraternidade Rosacruz -, somente quem é, sabe se o outro também é um Discípulo, mas não sabe quem é Irmão Leigo, Irmã Leiga, Adepto ou Irmão Maior. O mesmo ocorre entre os Irmãos Leigos ou Irmãs Leigas (que sabem que são os Irmãos Leigos ou as irmãs leigas e os Discípulos, mas não sabem quem é um Adepto ou Irmão Maior). E, também, o mesmo ocorre entre os Adeptos (que sabem que são os Adeptos, Irmãos Leigos ou Irmãs leigas e os Discípulos, mas não sabem quem é Irmão Maior). Por isso que você pode viver a vida inteira tendo ao lado alguém que já esteja a partir do Discipulado e nunca saberá que ele é um, a não ser que você alcance o Grau que ele está.
No Caminho Rosacruz, conforme você vai avançando e seja um Estudante Rosacruz praticante (pasme, mas muito não o são!), é natural você ter acesso a informações que quem não está no Caminho não tem. E esse acesso vai aumentando conforme o Grau que você vai, por mérito, aumentando. Assim, um Discípulo tem muito mais acesso que um Probacionista que, por sua vez, tem muito que o Estudante Regular, sendo o Estudante Preliminar reservado somente o acesso pelo meio escrito. Isso porque, conforme você vai aceitando as “verdades prováveis” fornecidos pelos Ensinamentos Rosacruzes e as colocam em prática no seu dia a dia (aqui está o segredo que muitos não fazem, ou fazem tentando barganhar ou adquirir “coisas materiais” ou, ainda, fazem um certo tempo depois desistem ou caem em um mesmismo cristalizante), tais “verdades” começam a ser provadas pelo Estudante Rosacruz atuante e começa um círculo virtuoso para frente e para cima que dura o tempo que o Estudante Rosacruz se mantém atuante.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, às 18h30, os Estudante Rosacruzes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura: Maio: 05, 11, 19, 26
“Iahweh o guarda, dá-lhe vida e felicidade na terra, e não o entrega à vontade dos seus inimigos! Iahweh o sustenta no seu leito de dor, tu afofas a cama em que ele definha.” (Sl 42:3-4))
*Se você está doente e entende que precisa de ajuda, recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/
**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la começa por oficiar o Ritual Devocional do Serviço de Cura nas Datas de Cura.
As instruções detalhadas se encontram aqui:
Maio de 1913
Na lição do mês passado, vimos o valor da dissonância na música; também, o papel correspondente do mal no mundo, isto é, enfatizamos por contraste a beleza e a harmonia do bem. Assim, à primeira vista, pode parecer que o mal aparente foi concebido por Deus, o Autor e Arquiteto do nosso sistema – como se Ele fosse responsável por toda a dor, todo sofrimento, toda tristeza e angústia sob os quais o mundo todo geme. No entanto, esse não é o caso. A Bíblia diz claramente que os Elohim, que são os agentes de Deus, “viram que isso era bom” quando o trabalho foi concluído. O nosso livro Conceito Rosacruz do Cosmos[1] e [2] e as Conferências 13[3] e 14[4] do livro Cristianismo Rosacruz explicam detalhadamente o relato da Bíblia de como o aparente mal entrou através dos Espíritos de Lúcifer; e que quando o mal entrou, as forças que trabalham para o bem o utilizaram para servir a um propósito benéfico e para alcançar um bem maior do que seria possível sem esse fator.
Na última parte da Época Lemúrica e nos primeiros tempos da Época Atlante, nós éramos puros e inocentes – o dócil protegido dos Anjos guardiães que guiaram todos cada passo o nosso caminho do desenvolvimento.
Nós não possuíamos a razão; essa era desnecessária quando só havia um caminho a seguir, pois nesse estado não havia escolha. Os Senhores de Vênus foram enviados para promover a bondade, o amor e a devoção. Se nenhum fator perturbador tivesse entrado, essa Terra teria permanecido um paraíso, e nós teríamos permanecido nela como uma bela flor. A dor, o sofrimento, a tristeza, a angústia e as doenças seriam desconhecidas. Sob o regime dos Anjos lunares e dos Senhores de Vênus, automaticamente, nós teríamos nos tornados sábios, porque não teria tido outra alternativa. Quando os Espíritos de Lúcifer abriram os nossos olhos para outra direção e os Senhores de Mercúrio promoveram a razão para nos guiar, tornamo-nos potencialmente maior que ambos, como exigido àqueles que seguem o caminho espiral da evolução.
Assim, equipado com as faculdades de escolha e da razão, é nossa prerrogativa gloriosa se elevar até o pináculo da maior perfeição possível nesse Esquema de Evolução. Por isso, Cristo disse: “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço; e obras maiores que estes farão.”[5].
Aprendamos, do mito de Fausto[6], a seguir os passos dos nossos preceptores, usando o aparente mal para alcançar um bem maior; aprendamos a não ser vencidos pelo mal, mas a vencê-lo e transmutá-lo em bem. Há um ditado que diz que “o que quer que seja, é o melhor”[7]. Se isso fosse verdade, não haveria incentivo para lutar por algo mais elevado, melhor ou maior. As palavras do Salvador nos impelem a avançar e as lendas, como a do mito de Fausto, nos ensinam como utilizar as forças aparentemente destrutivas e subversivas.
A quem muito é dado, muito lhe será exigido. Os Estudantes da Fraternidade Rosacruz, que recebem os avançados Ensinamentos avançados da Sabedoria Ocidental, são particularmente compromissados a fazer os maiores esforços. Que nos esforcemos com todas as nossas forças para viver à altura do nosso grande privilégio.
P.S. Muitos novos Estudantes foram adicionados a nossa lista desde que pedimos suas orações diárias para os trabalhadores em Mount Ecclesia. Assim, sentimos que servirá a um bom propósito reiterar o pedido de que nos incluam em suas devoções para que a Sede Mundial da Fraternidade Rosacruz possa se tornar um Centro Espiritual mais eficiente. Como sabem pelos prospectos enviados, estamos prestes a abrir a Escola de Cura e, neste passo importante, sentimos como nunca a necessidade da Graça Divina. Ajudem-nos, por favor, para que possamos ser bem-sucedidos.
(Cartas aos Estudantes – nº 30 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Os Espíritos Lucíferos
Esses espíritos eram uma classe de atrasados da Onda de Vida dos Anjos. No Período Lunar estavam muito além da grande massa que atualmente constitui os mais avançados da nossa Humanidade. Não progrediram tanto como os Anjos, que eram a Humanidade pioneira do Período Lunar, entretanto, estavam tão avançados do que a nossa Humanidade atual que era impossível para eles tomar um Corpo Denso como nós fizemos; ainda mais, eles não poderiam obter conhecimento sem o uso de um órgão interno, um cérebro físico. Estavam a meio caminho entre o ser humano, que tem cérebro, e os Anjos que não necessitam dele – em uma palavra, eram semideuses.
Eles estavam, assim, em uma situação muito séria. O único caminho que puderam encontrar para se expressarem e adquirir conhecimento foi usar o cérebro físico do ser humano. Através dele podiam se fazer compreender por um ser físico dotado de cérebro, o que os Anjos não podiam fazer.
Como dissemos, o ser humano, na última parte da Época Lemúrica, não podia ver o Mundo Físico, tal como nós o vemos atualmente, pois estava inconsciente do Mundo exterior. O Mundo do Desejo lhe era muito mais real. Tinha a consciência do sono com sonhos do Período Lunar, uma consciência pictórica interna. Os Lucíferos não encontraram dificuldade alguma em se manifestarem a essa consciência interna e lhe chamar a atenção para a forma exterior, que antes o ser humano não tinha percebido. Ensinaram-lhe como podia deixar de ser simplesmente o escravo dos poderes exteriores e como poderia se converter em seu próprio dono e senhor, se parecendo aos deuses, “conhecendo o bem e o mal”.
Outrossim, fizeram compreender que não devia ter apreensão quanto à morte do Corpo; que possuía em si a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos. Todas essas coisas os Lucíferos disseram com o único propósito de que o ser humano dirigisse sua consciência ao exterior, para que eles aproveitassem e adquirissem conhecimentos conforme o ser humano os fosse obtendo.
Estas experiências resultaram em dor e sofrimento, o que, antes, o ser humano não conhecia, mas deram também a inestimável bênção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução de seus poderes espirituais. Essa evolução, um dia, permitir-lhe-á construir por si próprio, com tanta sabedoria como os Anjos e os outros Seres que o guiaram antes de exercitar sua vontade.
Antes dos seres humanos serem iluminados pelos Espíritos Lucíferos não conheciam enfermidades, nem dor, nem morte. Essas coisas foram o resultado do emprego ignorante da faculdade propagadora e de seu abuso na gratificação dos sentidos. Os animais em estado selvagem são livres de enfermidades e dores, porque se propagam sob o cuidado e direção dos sábios Espíritos-grupo, nas épocas do ano propícias a tal objetivo. A função sexual tem por única finalidade a perpetuação das espécies e não a gratificação dos desejos sensuais, seja qual for o prisma pelo qual se examine a questão.
Se o ser humano continuasse sendo um autômato guiado por Deus, não teria conhecido, até hoje, nem a enfermidade, nem a dor, nem a morte, mas também não teria obtido a consciência cerebral e a independência resultante da iluminação proporcionada pelos Espíritos Lucíferos, os “dadores da luz”. Eles abriram o entendimento e ensinaram a empregar a obscura visão para obter conhecimento do Mundo Físico, o qual estavam destinados a conquistar.
Desde esse tempo, duas forças agem no ser humano. Uma, a dos Anjos, se dirige para baixo, para a propagação e, por meio do Amor, forma novos seres na matriz. Os Anjos são, portanto, os perpetuadores da Raça. A outra força é a dos Espíritos Lucíferos, os investigadores de todas as atividades mentais. Dirige para cima, para o trabalho cerebral, a outra parte da força sexual.
Os Lucíferos são também chamados “serpentes”. Diversas mitologias assim os representam. Diremos mais sobre eles quando chegarmos à análise do Gênese. No momento já dissemos o bastante para encaminhar a investigação para o progresso evolutivo que trouxe o ser humano desde os tempos remotos, através das Épocas Atlante e Ária, até nossos dias.
O que temos dito acerca da iluminação dos lemurianos se aplica somente à minoria daqueles que viveram na última parte daquela Época, e foram a semente das sete Raças atlantes. A maior parte dos lemurianos era análoga aos animais, e as formas ocupadas por eles degeneraram para as dos selvagens e antropoides atuais.
Recomendamos ao Estudante gravar cuidadosamente que as formas é que degeneram. Devemos sempre recordar que há uma distinção importantíssima entre os Corpos (ou formas) de uma Raça, e os Egos (ou vidas) renascentes nesses Corpos de Raça.
Quando nasce uma Raça, as formas, animadas por certo grupo de espíritos têm a inerente capacidade de evoluir somente até certo grau. Na Natureza nada pode parar. Quando uma Raça atinge o limite de sua evolução, os Corpos ou formas dessa Raça começam a degenerar, caindo de forma para forma até a Raça extinguir-se.
A razão disso não se encontra longe. Novos Corpos de Raça aparecem flexíveis e plásticos, que proporcionam, aos Egos neles renascentes, grande margem de condições para melhorar esses veículos e, por consequência, eles mesmos progredirem. Os Egos mais avançados nascem nesses Corpos e melhoram-nos o mais que podem. Contudo, sendo esses Egos unicamente aprendizes, não podem evitar que esses veículos se cristalizem lentamente, até chegar ao limite mínimo de eficiência que esse Corpo seja capaz de proporcionar. Então, novas formas são criadas para proporcionar aos Egos de uma nova Raça maior margem de experiência e desenvolvimento. Os Corpos descartados se convertem em habitações de Egos menos avançados, que os aproveitam como degraus do largo caminho do progresso. Desta sorte, os antigos Corpos de uma Raça vão sendo empregados por Egos de crescente inferioridade, e degeneram gradualmente, até que já não haja Egos suficientemente inferiores que possam obter algum proveito do renascimento em tais Corpos. As mulheres se tornam estéreis e os Corpos da Raça morrem.
Podemos facilmente mostrar esse processo por meio de certos exemplos. A Raça teutônica-anglo-saxônica (especialmente o ramo americano) tem um Corpo mais brando e flexível e um Sistema Nervoso mais sensível do que qualquer outra Raça dos tempos atuais. Os indianos e os negros, por terem Corpos muito mais endurecidos e Sistema Nervoso mais rude, são muito menos sensíveis aos ferimentos. Um indiano continua lutando depois de receber ferimentos, cujo choque bastaria para derrubar ou matar um branco, enquanto o indiano se restabelece imediatamente. Os aborígines australianos (Bushmen) são um exemplo palpável da morte de uma Raça, devido à esterilidade, apesar de todos os esforços que o governo britânico vem fazendo para perpetuá-los.
Diz-se que onde entra a Raça branca as outras Raças desaparecem. Os brancos têm sido acusados de terríveis opressões sobre as outras Raças, tendo massacrado multidões de nativos indefesos e desprevenidos, como prova a conduta dos espanhóis com os antigos peruanos e mexicanos, se temos que apontar um entre tantos exemplos. As obrigações resultantes de tais abusos de confiança, de inteligência e de poder serão pagas até o último centavo, por aqueles que neles incorreram. Todavia, ainda que os brancos não tivessem massacrado, escravizado, martirizado e maltratado as antigas Raças, elas desapareceriam, sem bem que mais lentamente. Tal é a Lei da Evolução, a ordem da Natureza. No futuro, quando os Corpos das Raças brancas forem habitados por Egos que atualmente ocupam Corpos das Raças vermelha, negra, amarela ou parda, terão degenerado tanto que também desaparecerão, para serem substituídos por outros e melhores veículos.
A Ciência fala unicamente de evolução. Porém, não considera as linhas de degeneração que, lenta, mas seguramente, estão destruindo os Corpos, levando-os a tal extremo de cristalização que já não podem ser utilizados.
[2] N.T.: A “Queda do Homem”
Ainda sobre a análise do Gênesis, podemos juntar mais algumas palavras sobre “a Queda”, à base do Cristianismo popular. Se não tivesse havido queda não haveria necessidade de “plano de salvação”.
Quando em meados da Época Lemúrica se efetuou a separação dos sexos (na qual trabalharam Jeová e seus Anjos), o Ego começou a agir ligeiramente em seu Corpo Denso, criando órgãos internos. Naquele tempo, o ser humano não tinha plena consciência de vigília, tal como possui hoje, mas com metade da força sexual, construiu o cérebro para expressão de pensamento, na forma já indicada. Estava mais desperto no Mundo Espiritual do que no Físico, mal podia ver seu Corpo e era inconsciente do ato de propagação. A afirmação da Bíblia de que Jeová adormeceu o ser humano, nesse ato é correta. Não havia nem dor nem perturbação alguma relacionada com o parto. Sua obscura consciência do ambiente não o inteirava, ao morrer, da perda do Corpo nem, ao renascer, da entrada noutro Corpo Denso.
Recorde-se: os Espíritos Lucíferos eram uma parte da Humanidade do Período Lunar, os atrasados da Onda de Vida dos Anjos. Eram demasiado avançados para tomarem um Corpo Denso físico, mas necessitando de um “órgão interno” para aquisição de conhecimento podiam trabalhar por meio deum cérebro físico, coisa fora do poder dos Anjos ou de Jeová.
Esses espíritos entraram na coluna espinhal e no cérebro e falaram à mulher, cuja imaginação, conforme já se explicou, tinha sido despertada pelas práticas da Raça Lemúrica. Sendo a consciência predominantemente interna, pictórica, e porque tinham entrado em seu cérebro por meio da medula espinhal serpentina, a mulher viu aqueles espíritos como serpentes.
No preparo da mulher estava incluído assistir e observar as perigosas lutas e feitos dos seres humanos que se exercitavam no desenvolvimento da vontade. Muito frequentemente os Corpos morriam nas lutas.
A mulher se surpreendia ao ver essas coisas tão raras e tinha obscura consciência de que algo estranho acontecia. Embora consciente dos espíritos que perdiam seus Corpos, a imperfeita percepção do Mundo Físico não lhe dava poder para revelar aos amigos que seus Corpos físicos tinham sido destruídos.
Os Espíritos Lucíferos resolveram o problema “abrindo-lhe os olhos”. Fizeram-na ciente dos Corpos, o seu e o do homem, e ensinaram-na como podiam conquistar a morte, criando Corpos novos. A morte não poderia mais dominá-los porque, como Jeová, teriam o poder de criar à vontade.
Assim, Lúcifer abriu os olhos da mulher, e ela, vendo, ajudou o homem a abrir o seu. Desta maneira, de forma real, se bem que obscura, começaram a “conhecer” ou a se perceberem uns aos outros e, também, ao Mundo Físico. Fizeram-se conscientes da morte e da dor, aprendendo a diferenciar o ser humano interno da roupagem que usava e renovava cada vez que era preciso dar um novo passo na evolução. O ser humano deixou de ser um autômato. se converteu num ser que podia pensar livremente, à custa de sua imunidade à dor, às enfermidades e à morte.
Interpretar o comer do fruto como um símbolo do ato gerador não é uma ideia absurda, como demonstra a declaração de Jeová (que não é um capricho, mas a declaração formal das consequências que adviriam do ato): morreriam e a mulher teria seus filhos com dor e sofrimento. Jeová sabia que o ser humano, agora com a atenção fixada em sua roupagem física, perceberia a morte, e que, não tendo ainda sabedoria para refrear as paixões e regular a relação sexual pelas posições dos Astros, o abuso da função produziria o parto com dor.
Para comentadores da Bíblia sempre tem sido um enigma relacionar o comer de uma fruta com o nascimento de uma criança. A solução é bem fácil quando se compreende que o comer a fruta simboliza o ato gerador, ato pelo qual o ser humano se converte em algo “semelhante a Deus”, conhece sua espécie e se capacita para gerar novos seres.
Na última parte da Época Lemúrica, quando o ser humano se arrogou o direito de praticar sem peias o ato gerador, foi sua poderosa vontade que lhe permitiu realizá-lo. “Comendo da árvore do conhecimento” quando quisesse, se capacitou para, livremente, criar um Corpo novo ao perder o antigo veículo.
Geralmente, a morte é considerada algo temível. Se o ser humano também tivesse “comido da árvore da Vida” teria aprendido o segredo de vitalizar perpetuamente seu Corpo, o que teria sido ainda pior. Nossos Corpos atuais não são perfeitos, mas os desses tempos antiquíssimos eram excessivamente primitivos. Por isso, foi bem fundada a medida quando as Hierarquias Criadoras impediram o ser humano de “comer da árvore da vida”, impedindo de renovar o Corpo Vital. Se o tivesse conseguido ter-se-ia feito imortal, mas não poderia mais progredir. A evolução do Ego depende da evolução dos seus veículos. Se não pudesse obter novos e mais perfeitos veículos por meio de sucessivas mortes e renascimentos, ter-se-ia estagnado. É máxima oculta: quanto mais frequentemente morremos, melhor poderemos viver. Cada nascimento proporciona uma nova oportunidade.
Como vimos, o ser humano obteve o conhecimento por via cerebral, com o concomitante egoísmo, à custa do poder de criar sozinho, e a vontade livre à custa da dor e da morte. Quando aprender a empregar a inteligência para o bem da Humanidade, adquirirá poder espiritual sobre a vida, e se guiar-se-á por um conhecimento inato muito superior à atual consciência manifestada por via cerebral, tão superior a esta como a sua consciência de hoje é superior à consciência animal.
A queda na geração foi necessária à construção do cérebro, que é um meio indireto de adquirir conhecimento. Será sucedido pelo contato direto com a Sabedoria da Natureza. Então, sem cooperação alguma, o ser humano poderá utilizar esta Sabedoria na geração de novos Corpos. A laringe falará novamente a “Palavra perdida”, ou “Fiat Criador”, outrora empregada pelos antigos lemurianos sob a direção dos grandes instrutores, para criar vegetais e animais.
Será um criador de verdade e não na forma relativa e convencional do presente. Empregando a palavra apropriada ou a fórmula mágica poderá criar um Corpo novo.
[3] N.T.: CONFERÊNCIA Nº 13 – OS ANJOS COMO FATORES DA EVOLUÇÃO
Quando falamos de evolução, a ideia disso no ocidente é, principalmente, focada no materialismo. Acostumamo-nos a olhar a matéria pelo ponto de vista puramente científico: que o nosso Sistema Solar procede daquilo que, uma vez, foi uma incandescente nebulosa, cujas correntes foram geradas e postas em um movimento a partir de um movimento espontâneo. Essa nebulosa assumiu a forma esférica e lançou de si anéis conforme se contraía. Esses anéis se romperam e formaram, assim, os Planetas que se esfriaram e se solidificaram. Pelo menos um Planeta – nossa Terra – espontaneamente gerou organismos simples que mais tarde, pelo processo evolutivo, se tornaram cada vez mais complexos, elevando-se na escala através dos Radiados (ouriços, estrelas do mar, etc.), depois pelos Moluscos (ostras, mexilhões, etc.) e daí pelos Articulados (caranguejos, lagostas, etc.) até as espécies vertebradas. Após percorrer as quatro classes de vertebrados – Peixes, Répteis, Aves e Mamíferos – esse impulso evolutivo espontâneo alcançou o seu mais elevado estágio no ser humano, que é considerado a fina flor da evolução – a mais elevada inteligência do Cosmos.
O cientista materialista expressará desprezo ou impaciência com tudo aquilo que sugere a existência de um Deus, ou mesmo de qualquer outro agente externo, como totalmente desnecessária para explicar o universo. Em apoio a essa sua posição, ele pega uma vasilha com água e despeja nela um pouco de óleo. A água representa o espaço, e o óleo a nebulosa incandescente. A seguir, ele começa a mexer o óleo, girando-o na vasilha até formar uma “bola” no centro, e essa vai engrossando mais nas bordas, formando um anel, até se desprender desse anel. Isto formará uma esfera menor e revolve sobre a massa central como um Astro em volta do Sol. Então, o cientista pode, triunfalmente, se voltar e indagar com um sorriso compassivo: “Agora, você viu quão natural é isso, como é supérfluo o seu Deus?”
Na verdade, é de causar pasmo a constatação de quão obtusas podem ser as mais brilhantes inteligências quando influenciadas por noções preconcebidas. É de pasmar também que alguém, capaz de idealizar essa excelente demonstração, seja ao mesmo tempo incapaz de ver que ele próprio representa, em sua experiência, o Autor do nosso sistema a quem chamamos Deus, porque a experiência jamais teria sido imaginada, nem o óleo jamais teria sido posto a girar sobre a água, formando algo semelhante a um sistema planetário, não fora o pensamento e a ação atuarem sobre a matéria. Por isso, ao invés de provar a “superficialidade” da existência de Deus, sua demonstração da teoria nebular prova, no sentido mais amplo, a absoluta necessidade de uma Causa Primeira – seja ela chamada Deus ou tenha qualquer outro nome. Percebendo isto foi que Herbert Spencer, o grande pensador do século XIX, rejeitou esta teoria. Contudo, foi por sua vez incapaz de explicar satisfatoriamente a origem do sistema solar independentemente da mesma, que considerou falha. A ciência, pois, embora não queira reconhecê-lo, também apoia a teoria da origem do mundo que requer a ação inteligente de um ser ou seres estranhos à matéria do universo: um Criador ou Criadores.
Propriamente compreendida, essa teoria está em perfeita harmonia com a Bíblia que nos fala de um certo número de diferentes Seres que tomam parte ativa na evolução da Terra e das criaturas que nela vivem. Ouvimos falar de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Tronos, Principados, Poder das Trevas, Poder dos Ares, etc., de modo que a Mente indagadora não pode deixar de perguntar: “Quem são todos eles? que papel desempenharam no passado? e qual o seu trabalho no presente?” Porque a Mente indagadora não pode acreditar que os Anjos sejam seres humanos transformados pela morte em entidades espirituais cujo único prazer e única tarefa consiste em soprar uma trombeta e dedilhar uma harpa, quando na vida terrena eram incapazes até de distinguir uma nota de outra. Tal suposição contraria a razão e está em desacordo com todos os métodos da Natureza, que exige que nos esforcemos para desenvolver nossas faculdades.
Os ensinamentos ocultos – em harmonia com a Bíblia e com as modernas teorias científicas – e que se encontram no Capítulo “Análise Oculta do Gênesis” de “O Conceito Rosacruz do Cosmos” dizem que o corpo que agora é a Terra nem sempre foi tão denso e sólido como no presente, mas que já passou por três Períodos de desenvolvimento antes de chegar ao atual Período Terrestre, e que, “após este, haverá ainda mais outros três antes de completar-se nossa evolução”.
Durante os três Períodos precedentes à nossa atual condição, isto que agora é a Terra, juntamente com o ser humano sobre ela, foram ambos gradativamente solidificados a partir de um sutil estado etéreo até outro de densidade muito maior do que é presentemente. Enquanto a “Involução” – o processo de consolidação – prosseguia, o Espírito que agora é o Ego humano construía um corpo ou um veículo para cada grau de densidade. Trabalhava inconscientemente, mas nisso era ajudado por diferentes Hierarquias espirituais, tais como os Tronos, os Querubins e os Serafins.
Quando o máximo de densidade foi alcançado, o Espírito teve a consciência despertada para si mesmo como um Ego separado no mundo material. Este foi o ponto decisivo para o retorno, pois, uma vez consciente, o Espírito não pode continuar submergindo-se na matéria. Assim, à medida que sua consciência espiritual paulatinamente desponta, ele também aos poucos espiritualiza seus corpos, deles extraindo a alma que é a essência do poder de cada um.
Deste modo, ele se elevará gradativamente das regiões materiais mais densas, juntamente com a Terra, durante o resto do Período Terrestre e nos três Períodos subsequentes.
Nos primórdios da evolução, o tríplice “Espírito Virginal” estava “desnudo” e era inexperiente. Sua Involução implicava na construção de corpos, o que ele conseguiu inconscientemente com a ajuda de poderes superiores. Quando seus corpos foram concluídos e o Espírito tornou-se consciente, então a Evolução teve início. Mas esta exige crescimento anímico, que só pode ser alcançado mediante os esforços individuais do espírito no ser humano, o Ego, que ao final desta fase possuirá poder anímico como fruto de sua peregrinação através da matéria. E será daí uma Inteligência Criadora.
Os Rosacruzes deram aos sete Períodos de desenvolvimento os nomes dos Astros que regem os dias da semana porque, usando o termo em seu sentido mais amplo, tais Períodos são os Sete Dias da Criação. Significam também metamorfoses da Terra, nada tendo a ver com os Astros no céu, exceto que as condições que eles representam aproximam-se das dos Astros de mesmo nome, como segue: 1) Período de Saturno; 2) Período Solar; 3) Período Lunar; 4) Período Terrestre (cuja primeira metade é chamada “Marciana” e a segunda “Mercurial”, segundo o exposto no “Conceito Rosacruz do Cosmos”); 5) Período de Júpiter; 6) Período de Vênus; 7) Período de Vulcano.
Nossa evolução começou na Terra como ela era no quente e escuro Período de Saturno, em que a matéria era constituída de uma substância gasosa extraída da Região do Pensamento Concreto. Ali, o Espírito Divino (que é o mais elevado aspecto do tríplice “Espírito Virginal”, feito à semelhança de Deus) foi despertado pelos Senhores da Chama, também chamados Tronos no esoterismo Cristão, os quais irradiaram de si próprios o germe do pensamento-forma como contraparte material do Espírito Divino. Este pensamento-forma foi mais tarde aperfeiçoado e consolidado na forma do Corpo Denso do ser humano, pelo que o seu mais elevado Espírito e o mais inferior dos seus corpos são frutos do Período de Saturno.
No Período Solar, a Terra alcançou a densidade do Mundo do Desejo, convertendo-se em algo assim como um nevoeiro incandescente de brilhante luminosidade. Então, os Querubins despertaram o segundo aspecto do Espírito Virginal tríplice: o Espírito de Vida. Sua contraparte – o Corpo Vital – nasceu aí como pensamento-forma e foi feito para interpenetrar o Corpo Denso germinal que se tinha consolidado e alcançado a mesma densidade da Terra. Foi, portanto, formado de matéria de desejos.
Ao fim das condições a que chamamos Período Solar, o ser humano possuía um duplo espírito e um duplo corpo.
No Período Lunar, a densidade da Terra aumentou a tal ponto que alcançou o estado de matéria que constitui a chamada Região Etérica. Era então um núcleo ígneo envolto em vapor e recoberto por uma atmosfera de nevoeiro quente ou de gás também vaporoso e quente. Quando a água esquentava pela proximidade com o núcleo ígneo, dele se afastava evaporando-se para o exterior; e quando resfriada pelo contato com o espaço externo, o vapor tornava a descer em direção ao núcleo ígneo.
Dessa substância úmida é que se formou o corpo mais denso dos “homens aquáticos”. O pensamento-forma do Corpo Denso havia se consolidado em um gás úmido; o pensamento-forma do nosso atual Corpo Vital havia descido até o Mundo do Desejo, pois da matéria desse Mundo foi formado, conforme vimos anteriormente. O pensamento-forma do nosso atual Corpo de Desejos foi acrescentado a esse duplo corpo no Período Lunar, tendo sido os Serafins que despertaram aí o terceiro aspecto do Espírito Virginal: o Espírito Humano. Foi então que o Espírito Virginal se tornou um “Ego”, de modo que, ao fim do Período Lunar, o ser humano nascente possuía um Tríplice Espírito e um Tríplice Corpo, a saber:
1) o Espírito Divino e sua contraparte – o Corpo Denso;
2) o Espírito de Vida e sua contraparte – o Corpo Vital;
3) o Espírito Humano e sua contraparte – o Corpo de Desejos.
O Tríplice Corpo é a “sombra” do Tríplice Espírito, lançada na Região do Pensamento Concreto nos três Períodos que precederam o atual Período Terrestre. Desde ali, todos esses pensamentos-forma condensaram-se: 1 grau o Corpo de Desejos, 2 graus o Corpo Vital e 3 graus o Corpo Denso, antes de alcançarem sua presente densidade.
Os Senhores da Chama (Tronos), os Querubins e os Serafins trabalharam para o ser humano voluntariamente e por puro Amor. De uma evolução como a nossa, eles nada podiam aprender. Agora que já se retiraram no atual Período Terrestre, os “Poderes” (Exusiai) do Cristianismo Esotérico – chamados Senhores da Forma pelos Rosacruzes – assumiram um encargo especial, porque este é um Período eminentemente da “Forma” e foi esta Hierarquia espiritual quem deu a todas as coisas suas atuais, definidas e nítidas formas concretas, as quais eram incipientes e indistintas nos Períodos anteriores.
Além das Hierarquias espirituais mencionadas, houve outros que ajudaram, mas vamos ater-nos somente aos seres que alcançaram no desenvolvimento a condição de humanos nos três Períodos precedentes. Esses seres avançaram naturalmente, de modo que os homens do Período de Saturno estão agora três passos à frente dos humanos atuais, sendo conhecidos como “Senhores da Mente”. A humanidade do Período Solar encontra-se dois passos adiante de nós e são chamados “Arcanjos”. E a humanidade do Período Lunar acha-se apenas um passo à nossa frente: são os “Anjos”.
Os Períodos são dias da Criação e, entre cada dois Períodos, há um intervalo de repouso ou atividade subjetiva – uma Noite Cósmica, análoga à noite de sono restaurador que desfrutamos entre um dia e outro de nossa vida terrena. Quando a vida evoluinte emerge do “Caos” na aurora de um novo Período, efetua-se em primeiro lugar uma recapitulação um grau à frente do trabalho realizado nos Períodos anteriores, antes de iniciar-se a obra do novo Período. Assim é alcançado o apogeu da perfeição capaz de ser atingida.
Portanto, a evolução do ser humano sobre a Terra, tal como se acha agora constituída, divide-se em “Épocas”, nas quais ele primeiro recapitula o seu passado, indo depois em frente às condições que prefiguram desenvolvimento e que só alcançarão expressão plena em Períodos futuros.
Na primeira – ou Época Polar – “Adão” ou humanidade – foi formado de “terra”. Atravessava ele aquela fase puramente mineral do Período de Saturno em que possuía somente o Corpo Denso, modelado por ele próprio sob a orientação dos Senhores da Forma. Estava submerso no então escuro e gasoso Astro que acabava de emergir do caos, “sem forma e vazio”, como diz a Bíblia. Pois, do mesmo modo que as framboesas são formadas de pequenas bagas, assim foi a nossa “mãe Terra” formada da multidão de corpos densos parecidos com minerais de todos os reinos, e as correntes de vida que se expressavam como minerais, animais e homens, trabalhavam para libertá-los.
Na segunda – ou Época Hiperbórea – disse Deus: “Haja luz”, e o calor transformou-se em uma nuvem incandescente idêntica àquela do Período Solar. Nessa Época, foi o Corpo Denso do ser humano interpenetrado por um Corpo Vital, ficando a flutuar de um lado para outro sobre a Terra ígnea como uma enorme coisa em forma de saco. O ser humano era então como as plantas porque dispunha dos mesmos veículos que estas possuem agora, enquanto os Anjos o auxiliavam a organizar seu Corpo Vital, conforme continuam fazendo até o presente.
Isso pode parecer uma anomalia, já que os Anjos são a humanidade do Período Lunar, no qual o ser humano obteve seu Corpo de Desejos. Mas não é, porque somente no Período Lunar a Terra evoluinte condensou-se em Éter, tal como o que agora forma a substância de nosso Corpo Vital. A humanidade de então (os atuais Anjos) aprenderam ali a construir seus corpos mais densos de matéria etérea, assim como aprendemos a construir os nossos com matéria sólida, líquida e gasosa da Região Química. E nisso os Anjos tornaram-se peritos, conforme seremos também na construção de nossos corpos densos ao fim do Período Terrestre.
Eles estão, portanto, especialmente preparados para ajudar as outras ondas de vida em funções que digam respeito às importantes expressões do Corpo Vital. Ajudam assim na formação e manutenção das plantas, dos animais e do ser humano, relacionando-se muito de perto com a assimilação, crescimento e propagação desses reinos. Os Anjos anunciaram o nascimento de Isaac ao fiel Abraão, mas foram também os arautos da destruição de Sodoma por abusar-se ali das funções criadoras. O Anjo Gabriel (não Arcanjo, de acordo com a Bíblia) predisse os nascimentos de Jesus e João. Outros Anjos já haviam anunciado os nascimentos de Samuel e Sansão.
Os Anjos atuam particularmente nos corpos vitais dos vegetais porque a corrente de vida que anima esse reino iniciou sua evolução no Período Lunar, quando os Anjos eram humanos e trabalhavam com os vegetais do mesmo modo que agora trabalhamos com os minerais. Há, portanto, uma afinidade especial entre o Anjo e o Espírito-Grupo das plantas. Pode-se assim explicar a enorme assimilação, crescimento e fecundidade das plantas. O ser humano também alcançou enorme estatura na segunda Época – ou Época Hiperbórea – que estava principalmente a cargo dos Anjos. A mesma coisa se dá com a criança em sua segunda Época setenária de vida, porque então os Anjos podem trabalhar mais amplamente sobre ela de maneira que, ao fim dessa Época, aos quatorze anos, a criança alcança a puberdade e torna-se apta a reproduzir sua espécie – também com a ajuda dos Anjos.
A terceira – ou Época Lemúrica – apresentava condições análogas ao Período Lunar, embora mais densas. O núcleo ígneo da Terra ficava ao centro. Envolvendo-o, havia uma fervilhante camada de água em ebulição que, por sua vez, era envolvida na parte mais externa por uma atmosfera vaporosa de “neblina ardente”, pois assim “havia Deus dividido a terra das águas”, segundo o Gênese. Com a umidade mais densa do vapor, podia o ser humano viver em ilhas com crostas sólidas em formação espalhadas num mar de águas ferventes. Sua forma era então completamente firme e sólida, possuía tronco e membros e a cabeça começava a formar-se. O Corpo de Desejos foi acrescentado e aí o ser humano passou ao encargo dos Arcanjos.
Temos aqui outra vez o que se parece com uma anomalia, pois os Arcanjos foram a humanidade do Período Solar, Período em que nasceu o Corpo Vital, quando o ser humano não possuía ainda Corpo de Desejos. A dificuldade, porém, se desvanece quando recordamos que cada veículo nosso é a sombra de um dos aspectos do Espírito, conforme dissemos anteriormente, e que tais veículos não foram dados por essas Hierarquias. Estas simplesmente ajudam o ser humano no aperfeiçoamento de determinado veículo, dada a sua especial aptidão para trabalhar com a matéria dele. Os Arcanjos são educadores do nosso Corpo de Desejos, pois se fizeram peritos na construção e uso de tal veículo quando eram humanos no Período Solar. Neste Período, eles construíram o seu corpo mais denso com “matéria de Desejos”, da mesma forma que agora construímos nosso corpo mais denso com matéria química mineral.
Os Arcanjos são também o principal apoio do Espírito-Grupo animal, porque os atuais animais começaram como minerais no Período Solar. Na Época Lemúrica, o ser humano encontrava-se em idêntica situação à daqueles na Época atual: o Espírito estava fora do corpo que tinha de dirigir, ainda que os corpos de todos já estivessem sido impregnados com o germe da personalidade individual, conforme esclareceremos a seguir. Deste modo, os homens não eram tão fáceis de guiar como os animais do presente, pois o espírito separado de cada um destes ainda está inconsciente. O desejo então predominava, necessitando por isso de uma forte sujeição. Isto foi feito em alguns dos mais dóceis entre a nascente humanidade da Época Lemúrica, sendo que estes, no devido tempo, vieram a ser instrutores dos demais. A grande maioria, contudo, não recebeu tal vantagem.
Na quarta – ou Época Atlante – teve início o verdadeiro trabalho do Período Terrestre. O Tríplice Espírito estava destinado a entrar no Tríplice Corpo e converter-se num Espírito interno para alcançar pleno domínio sobre seus veículos, mas faltava ainda o elo da Mente. Tal elo, nós o devemos aos Senhores da Mente que haviam antes impregnado os corpos com a sensação de personalidade separada. Esta preponderou sobre a primitiva sensação de unidade com o todo, possibilitando a cada um colher experiências individuais de condições semelhantes.
Os Senhores da Mente alcançaram o estado humano no Período de Saturno. Não eram “deuses” vindos de uma evolução anterior como os Querubins e os Serafins. Daí a tradição oriental de os chamar de “A-suras” – “Não-deuses” – e a Bíblia os denominar “Poderes das Trevas”, em parte porque procederam do escuro Período de Saturno e em parte porque os considera como o mal. São Paulo apóstolo fala do nosso dever de lutar contra eles.
São Paulo estava certo, mas é bom compreendermos que não existe nada absolutamente de mal, e que no passado eles foram os benfeitores do gênero humano. O mal não é outra coisa senão o bem mal colocado ou não desenvolvido. Por exemplo: suponhamos um especialista em fabricação de órgãos que construa um, todo especial – sua obra-prima. Neste caso, ele é uma encarnação do bem. Mas se ele leva o órgão até a igreja e, mesmo não sendo músico, insiste em tocá-lo substituindo o organista, então ele representa o mal.
Quando os Senhores da Mente eram humanos no Período de Saturno e a Terra era constituída de substância da Região do Pensamento Concreto, aí começamos nossa evolução como minerais. Então, os Senhores da Mente aprenderam a construir seus corpos mais densos com esses minerais, do mesmo modo que agora construímos nossos corpos dos presentes minerais. Assim, especializaram-se no uso dessa “matéria mental”, estabelecendo também, portanto, uma relação extraordinariamente íntima conosco.
Chegado o tempo em que o Tríplice Corpo estava pronto para que o Espírito nele habitasse, o ser humano precisou da Mente para servir como elo entre o Espírito e o corpo. Mas isto os deuses não lhe podiam dar. Era demasiado para eles. Os Arcanjos e os Anjos ainda não podiam criar, mas os Senhores da Mente já haviam alcançado o terceiro Período além daquele em que tinham sido humanos, tornando-se, pois, Inteligências Criadoras. Assim, puderam naturalmente preencher a lacuna irradiando de si a substância de que está formada a nossa Mente.
Procedendo de tal forma, nossa Mente tinha de ser, como é de fato, naturalmente separatista e inclinada a ressentir-se da autoridade. Devia ser o instrumento do infante Espírito no governo do Tríplice Corpo e um freio ao desejo imoderado. Contudo, ela veio acrescentar ao desejo a poderosa astúcia, depois paixão e malvadez, sendo por si mesma mais difícil de domar que um potro selvagem. À Mente, agrada mais dominar o inferior do que obedecer ao superior. Por conseguinte, a paixão e a perversidade predominaram na Época Atlante. A raça degenerou e então tornou-se imperiosa a criação de outra e sob diferentes condições.
Entretanto, a atmosfera quente e vaporosa da Lemúria havia-se esfriado e condensado, convertendo-se em espesso nevoeiro na Época Atlante. Ali viveram os “niebelungen” (“filhos da névoa”) das velhas lendas, que foram os atlantes. Então, Deus ordenou que “as águas se juntassem em um lugar e que aparecesse a terra seca”. A névoa condensou-se gradualmente, caindo em torrentes e inundando os vales da Atlântida. A raça perversa pereceu, com exceção de uns poucos, conhecidos depois como “o povo eleito”, e escolhidos para serem o núcleo da atual raça ariana e herdarem a terra prometida: a Terra como é agora constituída. Estes poucos foram salvos conforme relatado diversamente nas histórias de Noé e Moisés, este tirando o povo de Deus do Egito (Atlântida) e guiando-o através do Mar Vermelho (o dilúvio ou inundação atlântica), onde o Faraó (o malvado rei atlante) pereceu com todos os seus seguidores.
As Hierarquias espirituais têm sido seriamente embaraçadas em seus esforços para ajudar o ser humano desde a Época em que este recebeu a luz da razão e se lhe abriu o entendimento, porque então tinha de lidar com assuntos dos quais não possuía o menor conhecimento, como por exemplo a propagação da espécie. Por ignorar as Leis Cósmicas que a regiam, o parto tornou-se doloroso e a morte converteu-se na experiência mais frequente e desagradável. Severas medidas impuseram-se, portanto, para controlar a natureza inferior. Isto foi feito por Jeová, o mais alto Iniciado do Período Lunar e regente dos Anjos, auxiliado nessa tarefa pelos Arcanjos, que são os Espíritos de Raça (Dn 12:1).
Jeová ajudou o ser humano a controlar a Mente e a dominar o Corpo de Desejos impondo leis e decretando castigos para as transgressões. O temor de Deus opôs-se então aos desejos da carne, e assim foi o pecado manifestado ao mundo.
Os Arcanjos, como Espíritos de Raça, lutavam a favor ou contra uma nação por intermédio de outra para castigar aquela em que houvesse pecado (Dn 10:20).
Eram os Anjos que faziam vicejar ou secar os trigais e vinhedos; os que aumentavam ou diminuíam os rebanhos; os que multiplicavam ou reduziam a família, conforme fosse necessário recompensar ou punir o ser humano por sua obediência ou transgressão às leis do Chefe dos Espíritos de Raça – Jeová. Sob o reinado deste, todas as religiões de raça – Confucionismo, Taoísmo, Budismo, Judaísmo, etc. – floresceram e atuaram no Corpo de Desejos como Religiões do Espírito Santo. Jeová ajudou o ser humano a dominar o Corpo de Desejos porque este foi obtido no Período Lunar.
Mas a Lei conduz ao pecado, pois é separatista. Além disso, o ser humano deve aprender a agir bem independentemente do medo. Portanto, Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar, veio para ensinar a Religião do Filho, que atua sobre o Corpo Vital, obtido no Período Solar. Ele ensinou que o Amor é superior à Lei. O amor perfeito lança fora o temor e liberta a humanidade do racismo, da casta e do nacionalismo, conduzindo-o à Fraternidade Universal, que será um fato quando o cristianismo for vivenciado.
Quando o cristianismo haja espiritualizado plenamente o Corpo Vital, um passo ainda mais elevado será dado com a Religião do Pai, o qual, como o mais alto Iniciado do Período de Saturno, ajudará o ser humano a espiritualizar o corpo que obteve nesse Período: o Corpo Denso. Então, até a Fraternidade Universal será superada. Não haverá mais eu ou tu, porque todos serão conscientemente “Um” em Deus, e o ser humano terá sido emancipado da tutela dos Anjos, dos Arcanjos e dos Poderes ainda maiores.
[4] N.T: Lúcifer: Tentador ou Benfeitor
Ao olharmos o mundo ao nosso redor, constatamos que não há fato mais evidente do que aquele expresso pelo poeta hebreu: “Poucos são os dias do homem, e plenos de desgraça”. E perguntamo-nos, naturalmente: “Por que deve ser assim?”
O teólogo afirma que Deus decretou que sofrêssemos porque nossos primeiros pais pecaram ao serem tentados pelo diabo. E procura justificar Deus nesta frase burlesca: “Na queda de Adão, todos pecamos.” Mas por que o comer-se uma maçã, como causa, deve merecer o castigo do parto doloroso como efeito? Isto tem sido sempre um enigma difícil para os comentaristas da Bíblia. E como poderia um Deus sábio e amoroso decretar tanta miséria sobre toda a raça humana só pela tão irrelevante falta de um casal? Isto é tão difícil de entender que justifica até certo ponto a Robert Ingersoll quando exclamou: “Um Deus honesto é a obra mais nobre do homem!”
Semelhante anomalia nasce naturalmente da falta de conhecimentos ocultos e da consequente interpretação materialista dessa mina de informação esotérica que é a Bíblia.
Para conseguirmos um esclarecimento verdadeiro no que tange à dor e à tristeza, devemos, de início, basear-nos na informação puramente oculta, procurando ver então que luz lança a Bíblia sobre a mesma.
Recordemos que quatro grandes Épocas ou Idades precederam a nossa presente Época Ária: a Polar, a Hiperbórea, a Lemúrica e a Atlante.
Na Época Polar, o homem dispunha apenas de um Corpo Denso precariamente organizado. Daí que estivesse inconsciente e imóvel como os minerais que agora são assim constituídos. Na Época Hiperbórea, seu Corpo Denso foi envolvido por um Corpo Vital, ficando o Espírito “flutuando” fora. Os efeitos de tal natureza podem ser constatados pelo exame dos vegetais que, no presente, são analogamente constituídos.
Neles, podemos ver a repetição permanente, a formação de talos e folhas em sucessão alternada que prolongar-se-iam infinitamente caso não houvesse outra influência. Mas, como a planta não tem um Corpo de Desejos separado, o Corpo de Desejos da Terra, o Mundo do Desejo, endurece o vegetal e impede em determinado ponto o seu excessivo crescimento para cima. A força criadora, impedida de expressar-se no fazer a planta crescer mais ainda, busca outra saída: forma as flores nessa planta e encaixa-se na semente, de forma que possa crescer de novo em outra planta.
Na Época Hiperbórea, em que o homem se encontrava em condições idênticas, seu Corpo Vital fazia-o crescer a gigantescos tamanhos. Agindo sobre ele, o Mundo do Desejo levava-o a expelir sementes parecidas com esporos, das quais outro Ego humano apoderava-se ou eram utilizados pelos Espíritos da Natureza na construção de corpos para os animais que começavam a emergir do Caos (a onda de vida mais avançada começa primeiro, no início de um período, e retorna por último ao Caos: as ondas de vida que se seguem – animal, vegetal e mineral – começam mais tarde e retornam mais cedo).
Portanto, na Época Hiperbórea, quando o homem era constituído identicamente aos vegetais, seu Corpo Vital formou vértebra sobre vértebra e teria continuado a formá-las caso um Corpo de Desejos individual não houvesse sido dado na Época Lemúrica. Este corpo começou a endurecer a estrutura e a restringir a tendência a um maior crescimento. Como resultado, o crânio, a flor que se encontra na ponta do caule (da coluna vertebral), estava incipientemente formado.
Contrariada em seus esforços para construir uma forma maior, tornou-se necessária à força criadora no Corpo Vital buscar uma nova saída pela qual pudesse continuar a crescer em outro ser humano. O homem então tornou-se hermafrodita, capaz de gerar sozinho um novo corpo.
A planta não tem Corpo de Desejos individual, daí não sentir paixão. Apenas estende seu órgão criador – a flor – casta e inocentemente em direção ao Sol, uma das coisas mais belas e encantadoras que existem.
No ser humano, o Corpo de Desejos individual deve necessariamente produzir a paixão e o desejo, a menos que seja subjugado de algum modo. Por conseguinte, o ser humano, tanto figurada quanto literalmente, é o inverso da casta planta, pois é apaixonado, tem órgãos criadores voltados para a Terra e deles se envergonha. A planta toma seu alimento por baixo, pela raiz; o ser humano se alimenta por cima, pela cabeça. O ser humano inala o vivificante oxigênio e exala o deletério dióxido de carbono. Este é absorvido pela planta que lhe extrai o veneno e devolve ao ser humano o princípio vitalizante.
Com a finalidade de controlar a paixão e prevenir o abuso da função criadora, diversas medidas foram tomadas pelos Líderes encarregados da Evolução.
Esta criatura semianimal de meados da Época Lemúrica, embora horrenda em seu aspecto, era, no entanto, um diamante bruto, destinada a tornar-se mais tarde o instrumento perfeito e o formoso templo de um Espírito interno. Para isto, era preciso um mecanismo de controle, um cérebro, e um segundo sistema nervoso, capazes ambos de serem comandados pela Vontade, que era a força do morador em perspectiva, o Ego.
O total da força criadora podia ter sido usado com esse propósito, mas, como o uso de qualquer ferramenta causa o seu desgaste, um plano para substituir o instrumento gasto quando abandonado pelo Espírito, na morte, foi também idealizado, e assim a força criadora em cada ser humano foi dividida: metade continuou fluindo para cima, como antes, para construir um cérebro e uma laringe, através dos quais o Espírito pode controlar seus instrumentos e expressar-se em pensamentos e palavras; e a outra metade foi impelida para baixo, aos órgãos criadores, para reprodução.
Este arranjo valeu mais para prevenir os abusos, já que tornou mais difícil a geração. Antes da separação dos sexos, cada um podia gerar sem ajuda. Depois da divisão, fez-se necessário a cada um procurar a cooperação de outrem que possuísse a metade oposta da força sexual necessária à reprodução.
A mudança de voz dos rapazes na puberdade mostra a relação que existe entre os órgãos criadores e a laringe. Uma vez que metade da força sexual constrói o cérebro, aquele que se super-excede no uso do sexo converte-se em idiota. Por outro lado, o pensador profundo, particularmente o espiritualista, sente pouca ou nenhuma inclinação para o coito, já que emprega a maior parte de sua energia criadora no cérebro.
Apenas os Anjos trabalharam com o homem na Época Hiperbórea, quando este dispunha somente do Corpo Denso e do Corpo Vital, mas, na Época Lemúrica, – quando o Corpo de Desejos lhe foi acrescentado – os Arcanjos também começaram a participar do trabalho, ajudando o infante Espírito humano a controlar seus futuros veículos. Assim, pois, neutralizaram eles o Corpo de Desejos de tal modo que o mesmo só se tornava sexualmente ativo em determinadas épocas do ano. Na última parte da Época Lemúrica e princípio da Época Atlante, o cérebro e o sistema cérebro-espinhal haviam evoluído o suficiente para permitir que o elo da Mente fosse estabelecido. Então, o Ego começou a penetrar aos poucos em seus corpos, tornando-se assim um espírito interno em meados da Época Atlante, plenamente consciente de seu ambiente externo. Antes que a entrada nos corpos fosse completada – especialmente na última parte da Época Lemúrica – a consciência do homem estava voltada para dentro, sendo ele mais consciente do mundo espiritual. Nascimento e morte eram, portanto, inexistentes para, do mesmo modo que o brotar, secar e cair de uma folha não existe para a planta. Sua consciência permanecia continuamente nos mundos internos quer tivesse ou não um corpo, pois era inconsciente deste, embora utilizando-o por completo, à semelhança do que ocorre no uso de nosso estômago e pulmões, isto é, utilizamo-los inconscientemente.
Nas aludidas épocas do ano, os Arcanjos suspendiam sua influência restritiva sobre os Corpos de Desejos. Então, os Anjos conduziam os seres humanos a grandes templos, onde o ato gerador era realizado nos momentos estelares mais propícios. As viagens de lua-de-mel de nossos dias são reminiscências atávicas daquelas migrações com propósitos geradores e mostram a relação que tinham com os corpos celestiais pela denominação “lua-de-mel”.
Quando a propagação havia sido efetuada, o Corpo de Desejos era novamente neutralizado. Em consequência, o parto era totalmente indolor, conforme se dá atualmente com os animais, que se encontram em idênticas condições.
Esse era um estado livre de cuidados, mas o homem era extremamente limitado em sua consciência, sendo guiado e controlado independentemente de sua vontade por agentes externos. Se tais condições houvessem prevalecido, o homem continuaria sendo um autômato guiado por Deus. Nunca poderia tornar-se uma Inteligência Criadora autoconsciente – conforme está destinado a ser – até que afastasse toda sujeição e atuasse em sua própria salvação.
Por conseguinte, exaltados Guias de uma evolução mais avançada foram enviados para instruir o homem e despertá-lo para conhecer o mundo externo ou material. Drásticas medidas impuseram-se, então, naturalmente, e por seguidas eras. Os meninos eram exercitados no desenvolvimento da Vontade, que era a contraparte espiritual de sua força criadora positiva. Faziam-nos carregar pesados fardos, ensinando-os a fortalecerem os braços pela vontade. Os rapazes eram obrigados a se enfrentarem em lutais brutais; seus membros eram estropiados; seus corpos eram queimados ou empalados, etc., num esforço para despertar o Ego à consciência do Corpo Denso e do mundo externo.
As mulheres eram conduzidas às imensas florestas em formação que vicejavam luxuriantes no solo úmido e quente. Eram expostas à fúria das tempestades e furacões que assolavam a Terra na Época Lemúrica e levadas a contemplar as erupções vulcânicas, o que produzia imagens ante sua visão interna. Faziam-nas presenciar também lutas ferozes entre os homens com o objetivo de despertar-lhes a Imaginação.
Imaginação é o polo espiritual negativo da força criadora, que reflete na consciência interna as cenas do mundo externo como se fossem sonhos. Deste modo, as mulheres foram as primeiras a dar-se conta da existência do Mundo Físico e do Corpo Denso, pelo que começaram a pregar o evangelho do corpo do homem, a quem falaram daquela obscura percepção inicial da existência física.
Em nossos dias, aqueles que começaram a sentir a alma e por isso tentam pregar o evangelho do mundo espiritual onde o Espírito vive, geralmente encontram a barreira da incredulidade e do ridículo, tal como aconteceu às mulheres lemúricas quando tentaram convencer seus contemporâneos de que tinham um Corpo Denso.
Entre as observações feitas por essas videntes, estava o fato de que às vezes o homem perdia o seu corpo, o qual se desintegrava. Elas podiam continuar a vê-lo no mundo espiritual conforme o viam antes, mas como ele se havia ido da existência material, isso as deixava confusas.
Dos Anjos, nenhuma informação elas podiam obter, pois, ainda que estes atuassem sobre o Corpo Denso, não o faziam diretamente, mas usavam o Corpo Vital como transmissor, não se podendo fazer entender por um ser que raciocinasse cerebralmente. Os Anjos conseguiram o conhecimento sem precisar utilizar o raciocínio, pois externaram todo o seu amor em seu trabalho, recebendo em troca torrentes de Sabedoria Cósmica. O ser humano também cria pelo amor, embora seu amor seja egoísta. Ele ama porque deseja. A cooperação na propagação é um exemplo, porque nisso ela participa somente com a metade da força criadora. A outra metade é conservada egoisticamente para manter seu próprio órgão pensante – o cérebro – e utiliza-se dessa metade também egoisticamente para pensar, porque deseja conhecimento. Daí, ele precisar esforçar-se e raciocinar para obter sabedoria. No devido tempo, porém, ele alcançará um estado muito superior ao dos Anjos e Arcanjos. Então, haverá ultrapassado a necessidade dos órgãos criadores inferiores: criará por meio da laringe, podendo “fazer do verbo carne”.
Naquela fase, a mulher também não podia raciocinar, pois, tendo sido a Mente dada pelos Poderes das Trevas, era naturalmente obscura. De forma que, antes de poder ser utilizada para correlacionar fatos, precisava ser iluminada. Somente depois de ter isso acontecido, pôde o homem lançar a “Luz da Razão” sobre os seus problemas.
É aqui que pela primeira vez ouvimos falar de “Lúcifer” – o “Portador de Luz” – que falou à mulher e ajudou-a a solucionar o enigma, indicando-lhe como, com a cooperação do homem, poderia ela exercer a função criadora independentemente dos Anjos, de modo a prover de novo corpos àqueles que os tivessem perdido, escapando dessa maneira à morte.
Ele pergunta se Deus os havia proibido de comer os frutos das árvores. É-lhe dito, então, que haviam sido proibidos de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal sob pena de morrerem.
Que a árvore do conhecimento é uma expressão simbólica da função geradora, torna-se evidente quando recordamos quão limitada era a consciência humana naquela época. O homem não conhecia ou não se dava conta de nada fora de si mesmo; seus olhos ainda não haviam sido abertos; sua consciência era interna, como a consciência pictórica dos nossos sonhos, exceto em que não era confusa. Mas achava-se tão alheio ao mundo e aos seres externos, como em nossos dias estamos do mundo espiritual, salvo nas ocasiões em que era conduzido aos templos e posto em íntimo contato sexual com outro ser humano. Então, por um momento, o Espírito rompia o véu da carne e homem e mulher se conheciam um ao outro em Corpo Denso. Para o Iniciado, a Bíblia registra isso de maneira maravilhosamente iluminadora quando usa a mesma expressão em muitas passagens, tais como: “Adão conheceu sua mulher”, e na pergunta de Maria: “Como poderei conceber, visto que não conheço homem? As dores do parto são, pela lógica, mais uma penalidade pela violação de uma regra de relação sexual do que um castigo por se haver comido uma maçã.
A serpente disse à mulher: “É certo que não morrereis, porque Deus sabe que no dia em que dela comerdes abrir-se-vos-ão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal “. Este último era ainda desconhecido para o homem.
Seguindo o conselho, a mulher obteve a cooperação do homem e, mediante a força de vontade, libertaram seus corpos de desejos. Esta faculdade era então muito mais poderosa que agora, porque é lei que toda nova faculdade sempre é adquirida à custa do enfraquecimento de outro poder anterior, como quando se adquiriu a faculdade de pensar ao preço da metade da força criadora. A força de vontade do homem era tal que a preocupação de Deus “receando que o homem comesse também da árvore da vida e se tornasse imortal” estava plenamente justificada, pois, tivesse ele se apoderado do segredo para renovar o Corpo Vital e o denso, teria sido capaz de criar um corpo e vitalizá-lo para sempre. Então, a morte não teria verdadeiramente existido, mas tampouco teria havido qualquer evolução. E, como o homem então não sabia – e não sabe até agora – construir um corpo perfeito, a posse daquele segredo teria sido, com efeito, a maior de todas as calamidades. A morte não é uma desgraça, mas um amigo, quando chega naturalmente, porque liberta-nos de um ambiente cujo proveito já haurimos e de um corpo que já nos tolhe. Isto para que possamos ter outra oportunidade de aprender novas lições em novo e melhor corpo.
O uso desenfreado da função sexual resultou em fazer o homem cada vez mais consciente do seu corpo. “Seus olhos foram abertos” e sua atenção focalizou-se mais e mais no Mundo Físico até que, gradativamente, todos se esqueceram dos mundos superiores, chegando muitos a descrer de que o homem habita um espírito imortal. A morte do corpo converteu-se para eles em uma coisa terrível, uma tremenda calamidade, a despeito de todas as afirmações em contrário, pois acreditavam na aniquilação total. Assim, ainda que a palavra de Lúcifer fosse verdadeira quanto à criação de um novo corpo, a palavra do Anjo o fora ainda mais, porque de fato a morte não existiu até o homem haver perdido sua consciência dos mundos superiores.
Quanto ao anátema: “Em dores darás à luz teus filhos”, não se trata absolutamente de uma maldição. A frase bíblica é apenas o enunciado dos efeitos que inevitavelmente resultariam do abuso ou uso ignorante da função criadora.
Enquanto essa se realizava sob a sábia orientação dos Anjos, em certas épocas do ano em que as forças cósmicas entre os planetas eram mais favoráveis, o parto efetuava-se sem dor, mas, como o homem era e é ignorante desses fatores, a transgressão às suas regras resultou em dor.
Por conseguinte, o cérebro e o órgão vocal foram adquiridos ao custo da metade da força criadora. A emancipação da guia dos Anjos, o poder de iniciativa na ação para a escolha do bem ou do mal, e a consciência do mundo material, isso tudo é nosso ao preço da tristeza, da dor e da morte.
Mas todas as coisas no mundo trabalham para o bem no reino de Deus. Mesmo aquilo que é mal transmuta-se, por meio de sutilíssima alquimia espiritual, em trampolim para um bem maior.
Tendo sido exilado do Jardim do Éden – a Região Etérea – por ter aprendido a conhecer o mundo material mediante repetidos abusos sexuais que focalizaram sua atenção aqui, o homem começou a ter seu Corpo Denso endurecido por esse crescente uso do Corpo de Desejos. Então, precisou de alimento e abrigo. Deste modo, impunha-se a habilidade física, a destreza, para que seu corpo fosse sustentado. A fome e o frio, portanto, foram os látegos do mal que despertaram essa habilidade, pois forçaram o homem a pensar e agir no sentido de prover suas próprias necessidades. E assim, gradativamente, ele aprendeu a ser prudente. Aprendeu a acumular para essas contingências antes mesmo que elas surgissem, porque os tormentos da fome e do frio já o haviam ensinado a prevenir-se. Assim é que a sabedoria é sofrimento cristalizado. Quando podemos serenamente contemplar os sofrimentos nossos que ficaram para trás, extraindo deles as lições que trouxeram, então eles se convertem em fontes de sabedoria e de futuros regozijos, porque através deles é que aprendemos o conhecimento aplicado, a única salvação. Isto pode parecer uma asserção indelicada e duvidosa, mas, se experimentarmos meditar sobre o assunto, concluiremos que ela é tão absolutamente verdadeira e possível de demonstrar como dois e dois são quatro.
Sobre a pergunta: “Quem são esses Lucíferes?” (pois, embora a Bíblia pareça referir-se a uma pessoa apenas, é um erro considerarmos essa singularidade; o mesmo se dá com referência a Deus no singular, no primeiro capítulo do Gênese), esta classe de Seres pertence a uma onda de vida que alcançou um estado evolutivo muito superior ao de nossa humanidade no Período Lunar, mas que ficou um pouco aquém do desenvolvimento alcançado pelos Anjos. Os Lucíferes são semideuses, mas não puderam possuir um Corpo Denso como o homem, nem puderam adquirir experiências, conforme acontece com os Anjos. Precisavam para isso de um cérebro e de uma medula espinhal. Portanto, quando o homem havia construído tais instrumentos, foi para proveito deles que o instigaram a usá-los sem demora.
Naquela época, a incipiente consciência do homem estava voltada para dentro. Por isso, ele via seus órgãos internos e os construía com a mesma força que agora se exterioriza para construir casas, navios, etc., e os músculos externos de seu corpo. Deste modo, a mulher, que estava mais avançada em tal direção em virtude de ter exercitado sua Imaginação, viu a inteligência encarnada em sua medula espinhal serpentina, de maneira que, num estado posterior, quando o homem recordou essa experiência, a serpente pareceu-lhe a semelhança mais próxima daquilo que desejava exprimir a respeito.
Esta ideia transparece por toda a Bíblia. No Capítulo XIV do livro do profeta Isaías, ele é chamado Lúcifer (a “estrela da manhã”), rei de Babel-On (a “porta do Sol”), cidade situada sobre sete colinas, com domínio sobre o Mundo.
A humanidade deixou então de agir uniformemente, dividindo-se em diversas nações guerreiras. Isto foi a geratriz de todos os males imagináveis, e que a Revelação denomina “Rameira” ao descrever sua queda.
Como suprema antítese, ouvimos falar de uma outra “Luz do Mundo”, de outra “luminosa estrela da manhã”, de uma luz verdadeira (Cristo) que se erguerá após a queda da Babilônia e reinará para sempre na cidade da paz – Jer-u-salem – também chamada “Noiva”. Esta descerá dos céus e terá doze portais que nunca se fecharão, embora a preciosa árvore da vida esteja lá dentro. Iluminação externa não existe, pois nela toda a luz está dentro, e a noite não existe.
Essa cidade é verdadeiramente maravilhosa, e a maior antítese da outra, jamais imaginável. Mas o que significam essas duas cidades, já que uma interpretação literal para ambas está fora de cogitação? Admitindo-se que a Babilônia tenha existido, tal cidade não era literalmente conforme a descreveram. Por outro lado, a futura “Nova Jerusalém” é contrária a todas as leis conhecidas da natureza. Estas duas cidades devem, portanto, ser apenas simbólicas.
A fim de decifrarmos seu significado, consideremos as duas cidades situadas no alto de sete colinas ou montes, posição que oferece uma especial vantagem à observação. Moisés foi à “montanha” e “viu” e “ouviu”, o mesmo acontecendo àqueles que subiram ao “monte” da transfiguração. Daniel compara a Babilônia à cabeça da estátua que Nabucodonosor viu em sonhos. E na cabeça humana existem sete pontos de observação: dois olhos, dois ouvidos, dois orifícios nasais e uma boca. Sobre estes, situa-se o cérebro, de onde o “dador de Luz” – a razão – governa o pequeno mundo, o microcosmo, assim como o Grande dador de Luz – Deus – governa o macrocosmo.
A razão é produto do egoísmo, pois é gerada pela Mente dada pelos “Poderes das Trevas” em um cérebro construído pela metade da força sexual egoisticamente acumulada, e que foi estimulada pelos egoístas Lucíferes. Por conseguinte, ela é a “semente da serpente” e, embora possa ser convertida em sabedoria mediante a dor e a tristeza, deve, contudo, dar lugar a algo superior: a intuição, que significa “ensino que provém de dentro”. Sendo uma faculdade espiritual, a intuição faz-se presente de modo equitativo em todos os Espíritos – quer estejam estes funcionando num corpo masculino, quer num corpo feminino – muito embora manifeste-se mais enfaticamente nos Egos encarnados em organismos femininos, pois nestes a contraparte do Espírito de Vida (o Corpo Vital) é masculina ou positiva. Sendo, pois, uma faculdade do Espírito de Vida, a intuição pode apropriadamente ser chamada “semente da mulher”, de onde emanam todas as tendências altruísticas e, mediante as quais, todas as nações do mundo, lenta, mas seguramente, agrupar-se-ão até formarem uma Fraternidade Universal de amor sem preconceito de raça, sexo ou cor.
Nosso cérebro, entretanto, não é um todo homogêneo. Divide-se em duas metades, e, de acordo com os fisiologistas, a grande maioria das pessoas utiliza-se principalmente de apenas um desses hemisférios cerebrais: o esquerdo. O outro hemisfério, o direito, é ativo só parcialmente. O coração também se situa no lado esquerdo do nosso corpo, mas começa a dirigir-se para o lado “direito”. O cérebro “direito” tornar-se-á cada vez mais ativo de modo que, em consequência destas duas alterações fisiológicas, o caráter do homem será completamente modificado. O lado esquerdo está sob o domínio dos Lucíferes e entregue ao egoísmo, mas o Ego terá, por sua vez, crescente domínio sobre ele à medida que o lado direito do cérebro vá conquistando o poder de atuar sobre o corpo inteiro como “critério reto”.
Que esteja havendo uma mudança no coração que faz dele uma anomalia, um enigma, não é novidade para os fisiologistas. Temos duas grandes classes de músculos. Uma delas está sob o controle da vontade, como por exemplo os músculos dos braços e das mãos. Estes são estriados em dois sentidos: longitudinal e transversal. Os músculos involuntários que respondem pelas funções que estão fora do alcance da vontade e que não podem ser acionados pelo desejo são estriados apenas no sentido longitudinal. Mas, destes, o coração é a única exceção. Ele não está sob o domínio do desejo, contudo começa a mostrar estrias transversais como um músculo voluntário.
No devido tempo, essas estrias transversais ter-se-ão desenvolvido plenamente, e o coração estará sob o nosso controle. Então seremos capazes de dirigir a corrente sanguínea para onde queiramos fazê-lo. Poderemos ainda limitar o suprimento normal do sangue para o hemisfério cerebral esquerdo, provocando, desta maneira, a queda de Babilônia, a cidade de Lúcifer.
Quando o sangue puder ser enviado para o hemisfério cerebral direito, estaremos construindo a Nova Jerusalém. Por enquanto, preparamo-nos para aquela era, construindo as estrias transversais no coração por meio de ideais altruísticos ou, no caso do discípulo, enviando para lá as correntes sexuais através do caminho da direita do coração.
Recordemos que os Querubins despertaram o Espírito de Vida – a fonte do amor divino – cuja contraparte é o Corpo Vital, o meio de propagação, e que, quando o homem foi expulso da Região Etérea com suas quatro camadas de éter, o Jardim do Éden, por ter usado indevidamente a força sexual, um Querubim postou-se à sua entrada empunhando uma espada flamejante. O uso apropriado da força sexual constrói um órgão que dará ao homem a chave dos Mundos internos e o ajudará a criar por meio do pensamento. Então, a tristeza e a dor não mais existirão e ele terá entrado na senda que conduz à Cidade da Paz – Jer-u-salem.
A Lemúrica sucumbiu pelo fogo, em meio a terríveis cataclismas vulcânicos, surgindo em seu lugar a Atlântida. No devido tempo, esta foi sepultada sob as águas, dando lugar à Ariana – a Terra como a vemos na atual Época Ária – e que logo passará. As Salamandras começam a avivar o fogo na forja, a fim de que se façam “um novo Céu e uma nova Terra” a que as Escolas de Mistério do Ocidente chamam de “Nova Galileia”.
Nas duas primeiras épocas, o homem desenvolveu um Corpo e o vitalizou; na Época Lemúrica, desenvolveu o Desejo; a época Atlante produziu a Habilidade; e o fruto da Época Ária é a Razão.
Na Nova Galileia, a humanidade terá um corpo muito mais delicado e etéreo que agora, a Terra também será transparente e, como resultado, esses corpos responderão mais facilmente aos impactos espirituais da Intuição. Tais corpos não conhecerão o cansaço, daí não precisarem das noites para repouso, as quais também não existirão. Os doze nervos cranianos, que são os portais para o trono da consciência, nunca estarão fechados. Além disso, a Nova Galileia será formada de éter luminoso e transmitirá luz solar. Essa será uma terra de paz (Jer-u-salem), pois a Fraternidade Universal unirá todos os seres de toda a Terra no Amor. A morte não poderá existir porque a árvore da vida – a faculdade de gerar energia vital – será possibilitada através do já referido órgão etéreo da cabeça, o qual estará aperfeiçoado naqueles que desde agora estão sendo escolhidos para serem os precursores da humanidade nessa Era vindoura.
Fala-se dessa raça futura como sendo a “Raça de Cristo”. Entenda-se, porém, que tal denominação não se deve ao Cristo externo, mas sim porque a humanidade de então terá desenvolvido o princípio Crístico dentro de si, agindo somente pelos ditames do espírito através da Intuição, de modo que tudo o que fizer será feito por Amor. Somente por tal progresso individual pode a salvação da Raça ser efetuada, pois, conforme Angelus Silesius:
“Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
Em vão olharás a Cruz do Gólgota
A menos que dentro de ti Ela seja novamente erguida.”
[5] N.T.: Jo 14:12
[6] N.T.: Ao mencionar o nome de Fausto, a maioria da gente culta pensa na adaptação teatral desta ópera, feita por Gounod. Alguns admiram a música, mas o argumento não parece impressionar ninguém, de modo particular. Tal como se apresenta nesta ópera, a história parece ser demasiadamente comum: um homem sensual atraiçoa uma donzela ingênua e abandona-a, depois, para que expie sua loucura e sofra o resultado do seu excesso de confiança. A magia e bruxaria de algumas cenas da obra são consideradas, pela maioria das pessoas, como fantasias de um autor, aí introduzidas para dar às ações sórdidas mais vigor e interesse. Quando Fausto é levado por Mefistófeles aos infernos e Margarida sobe ao céu nas asas angelicais, no final, as pessoas imaginam que esta é a moral que convém para concluir dignamente a obra. Todavia, pouca gente sabe que a ópera de Gounod está baseada no drama de Goethe (um poema trágico do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, dividido em duas partes. Está redigido como uma peça de teatro com diálogos rimados, pensado mais para ser lido que para ser encenado. É considerado uma das grandes obras-primas da literatura alemã.). Os que estudaram esse drama, forma dele uma ideia muito diferente da que o argumento da ópera sugere. Somente os poucos místicos iluminados veem na obra de Goethe a mão inequívoca de um companheiro Iniciado e iluminado e reconhecem, perfeitamente, a grande significação cósmica da obra. É preciso compreender, claramente, que a história de Fausto é um mito, tão antigo como a Humanidade. Goethe apresentou-o numa forma mística apropriada, esclarecendo um dos mais antigos problemas da atualidade: a relação e a luta entre a Maçonaria e o Catolicismo, já examinada, sob outro ponto de vista, num livro anteriormente publicado “A Maçonaria e o Catolicismo-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz”.
[7] N.T.: do livro: “Whatever is, is best: A collection of poems” de Ella Wheeler Wilcox, cuja frase: “Não, o que quer que seja, é o melhor”, foi dita por Theophilus Lindsey, teólogo e clérigo unitário inglês (3 de novembro de 1808), a um amigo que sugeriu que Lindsey foi fortalecido pelo ditado: “Tudo o que é, está certo”.
Algumas Religiões julgam que a Bíblia condena a Astrologia, mas isso, além de um engano, é uma interpretação incorreta. O que a Bíblia realmente condena é o mau uso da Astrologia e o culto das estrelas e dos Astros. Os povos que viveram no tempo do Antigo Testamento adoravam ídolos de madeira e de pedra, e, muitos deles, veneravam as estrelas e os Astros. Adoração por alguém ou por alguma coisa que não seja o Criador é idolatria e, por isso, corretamente condenado.
As estrelas e os Astros foram colocados nas suas posições de acordo com o desejo e o propósito de Deus, assim como seguem e estão seguros em seus cursos por Seu Poder. Podemos calcular e saber onde esses Astros estarão daqui a muitos anos, porque eles não se desviam de seus cursos. No livro do Eclesiastes 3:2 lemos: “Um tempo para nascer, um tempo para morrer, um tempo para plantar, um tempo para colher”. Isso parece-nos suficientemente claro, indicando que um indivíduo nasce no momento certo, num lugar certo, por uma determinação e um propósito, e não por acaso.
O horóscopo mostra-nos esse propósito, assim como a indicação geral das prováveis circunstâncias que surgirão no decorrer de uma vida. O propósito da Astrologia Rosacruz é fornecer orientação para nos ajudar a aprender as lições que escolhemos, no Terceiro Céu, aprender aqui de modo que nascendo no tempo, no lugar e entre pessoas que nos fornecerão as oportunidades para as nossas experiências, que precisamos para o nosso desenvolvimento, sem ativar as doenças e enfermidades que também escolhemos para, uma vez que não queremos aprender pelo amor, sigamos o caminho da dor e do sofrimento, que advém das doenças físicas, emocionais e mentais.
E, nesse sentido, o estudo da Bíblia é fundamental para nos orientar no caminho e na finalidade da nossa existência. Fomos criados à imagem de Deus, somos uma parte integrante d’Ele e temos em nós todas as potências divinas. Descemos na matéria para desenvolvermos todos os nossos poderes através de contínuas experiências até alcançarmos e, então, desfrutar do nosso destino glorioso. No entanto, fomos tentados (pelos Espíritos Lucíferos) a desenvolver as Leis de Deus (pecado) e, em consequência, tivemos que sofrer a doença e a morte.
Do começo ao fim da Bíblia, há dois temas constantes: a constatação do pecado e como podemos nos redimir dele. É pena que a maior parte de nós julgue o pecado como alguma coisa de aparência só externa, como o homicídio, o roubo, o adultério. Na realidade, a manifestação de uma desobediência à Lei de Deus é resultado de uma desarmonia interior e é necessário, nesse caso, uma análise muito mais profunda.
Essa desarmonia interna é consequência de atitudes como o egoísmo, ressentimento, ódio, ciúme, luxúria e desejos, sentimentos e emoções afins. Se o pecado é incompatível com Deus e Suas leis, é incompatível com o nosso semelhante. Essas desarmonias, muitas vezes, causam sentimentos profundos de culpa que agem através do subconsciente até o Corpo Denso, causando posteriores doenças e enfermidades. As palavras-chave do lado adverso dos Astros no nosso Sistema Solar mostram essas coisas. Vamos a alguns exemplos.
Plutão tem entre suas palavras-chave: pecado, culpa, a Mente subconsciente, o submundo mental, forças no plano interno e oculto que ainda não foram redimidas, crimes etc. Por isso, quando nós reprimimos ou interiorizamos nossos sentimentos de culpa, sérios conflitos e tensões podem surgir. No seu lado positivo, Plutão representa a necessidade de renovação, transformação, regeneração espiritual, purificação e liberação. As forças plutonianas mostram que há um caminho para libertar os complexos de pecado-culpa. Isso é possível mediante a experiência, a vivência espiritual e o resultado dessas será a conquista da paz interna.
O papel de Saturno no plano da vida é mostrar onde nos desviamos e nos disciplinar nas áreas onde precisamos ter força e firmeza e conduzirmo-nos da desobediência para o arrependimento e, em consequência, para a obediência.
Ambos, Saturno e Plutão, pode dizer-se, são Planetas do destino; através deles somos forçados a aprender nossas lições pela disciplina e sofrimento. Somos forçados a colher o que semeamos. Se não fosse por sofrimentos ou circunstâncias adversas (usualmente mostrados por Plutão e Saturno), nós continuaríamos no nosso caminho, cometendo sempre e novamente os mesmos erros, não parando para pensar; do contrário estaríamos indo pelo caminho errado.
Netuno é outro Planeta ligado com o subconsciente e regiões ocultas de nossas vidas. Conflitos internos e complexos psicológicos estão muitas vezes ligados a profundos sentimentos de culpa e, como Netuno rege a Glândula Pineal, culpas recalcadas podem causar um desequilíbrio nas funções dessa Glândula, resultando distúrbios psíquicos. Da mesma forma, Netuno está ligado ao progresso espiritual, sensibilidade para forças e revelações espirituais. Isso tudo mostra como a culpa pode ser erradicada e os problemas psicológicos desaparecerem.
Urano desempenha um papel importante trazendo, por vezes, crises de natureza espiritual, quando está com Aspectos adversos (Conjunção, Quadratura e Oposição) com Netuno e Plutão. Sob Aspectos benéficos (Sextil e Trígono) é possível acontecerem revelações espirituais que mudarão ou transformarão, para melhor, a vida de uma pessoa. Urano rege a intuição, o altruísmo e as descobertas, e pode ser um fator importantíssimo ao proporcionar uma transformação espiritual quando a pessoa está consciente dos problemas que terá de enfrentar no caminho do progresso.
O horóscopo mostra as imperfeições individuais, faltas, os pontos fracos de saúde, assim como a parte agradável e forte do caráter. O andamento dos Astros no Zodíaco indica períodos em que a pessoa “nada de acordo com a corrente”, e faz progresso ou “enfrenta a corrente”, e progride ainda mais.
Vamos detalhar o horóscopo de uma pessoa que quando fez 15 anos, o Sol progredido atingiu um Sextil com Netuno natal. A tendência era a pessoa ter uma experiência de uma conversão espiritual.
Mas, ela ficou muito perturbada, porque foi ensinada sobre a “doutrina dos tormentos e do fogo eterno” para aqueles menos afortunados que não fizessem o bastante para obter a “salvação”. Por outro lado, achou impossível conciliar a “doutrina do castigo externo” com o Deus de amor e justiça, e isso a levou a se perguntar por que uma pessoa deveria ser relegada a esse tormento eterno, depois de ter vivido uma média de somente 70 anos. Mesmo as pessoas mais insensíveis acharão essa punição muito injusta.
Nesse horóscopo Saturno estava com Aspectos adversos no Signo de Peixes, e isso proporcionava a essa pessoa medos, ansiedades, preocupações e conflitos de inferioridade e autocondenação. E esses sentimentos estavam enfatizados pelo fato de que Saturno, Regente da 12ª Casa onde estão as coisas ocultas e o subconsciente. Júpiter, governando a Religião, estava em Quadratura em trânsito com Saturno e Netuno e exatamente no meio, entre os dois, a Religião representava para essa pessoa uma fonte de tensões e conflitos, e isso a levou a ter medo da morte e do que aconteceria do outro lado, além da sepultura. Marte estava em Quadratura com Saturno, o que causava a essa pessoa sentimentos de mágoa e ressentimentos contra as adversidades da vida, de tal forma que ela achava impossível conciliar injustiças, sofrimentos e maldades que presenciava no mundo, com o tipo de Plano Divino para os seres humanos na Terra. E tudo isso a levou a não ter um propósito nem um sentido no viver. Essa pessoa ainda não tinha se decidido a respeito da Lei do Renascimento, mesmo que essa posição pudesse responder a ela muitas perguntas. Ou seja, tudo isso a levava a ter dificuldades para acalmar os sentimentos fortes de revolta contra as aparentes injustiças da vida. Urano regia o Ascendente dela, que estava num Signo Fixo, em Quadratura com a Lua que também estava num Signo Fixo.
Com Saturno em Peixes, que regia 12ª Casa, com Aspectos adversos proporcionava a ela muitos dos conflitos internos que causaram males sobre o Corpo Denso. Repare o estranho paradoxo que, enquanto a pessoa sentia que as coisas não estavam bem dentro dela e o horóscopo dela mostrava exatamente isso, ela não conseguia se decidir a admitir esses mesmos problemas. Ela escolhia só ter consciência dos sentimentos negativos dela, os quais afloravam de tempos em tempos a este mesmo nível de consciência, juntamente com a necessidade e carência de paz interior.
Uma manhã, em torno das 4 horas da madrugada, a pessoa estava totalmente acordada e ouviu uma voz interior que lhe falava distinta e claramente dos ressentimentos que ela abrigava há tantos anos dentro dela como a principal razão da incapacidade dela de alcançar uma paz interior. Ouvindo isso ela compreendeu que esses sentimentos só poderiam ser dominados de uma maneira espiritual e que ela, sozinha, não poderia nunca os retirar dela mesma. Conseguiu entender que o pecado tem raízes mais profundas internamente e não se localiza só nas aparências. Quando finalmente admitiu e sentiu que essas coisas eram verdades, um imenso sentimento de amor e ternura a envolveu. Mediante muita oração e confissões a Deus, conseguiu se livrar dos sentimentos negativos e, em consequência, alcançou a almejada paz interior e, também, um grande entendimento. Entendeu que quando se vive uma grande experiência de amor com Deus, como ela teve, se livrou de todos os complexos psicológicos, de todos os conflitos íntimos.
Tomou conhecimento da conexão bem-marcada com o Signo de Libra, regido por Vênus, o Planeta do amor, da harmonia, do equilíbrio e da paz. Libra simboliza a paz celestial, quando experimentada, o relacionamento pleno com Deus; e, também, e em consequência traz harmonia e um bom relacionamento com outra pessoa (7ª Casa regida por Libra, oposta a Áries, regente de si mesmo). Descobriu que todos os ressentimentos que tinha contra os outros desapareceram com essa experiência.
Três semanas mais tarde, ao amanhecer, teve outra experiência. Estava rezando, com os olhos fechados, quando uma luz brilhante a envolveu e um sentimento maravilhoso de amor se apossou dela e fluiu através dela. Sentiu um sentimento indescritível, mas nos dias que se seguiram ela permanecia nessa alegria extática, que fluía continuamente nela.
Uma terceira experiência ocorreu com ela numa manhã, um mês após. Parecia que ela estava andando por uma estrada e se aproximando de uma bifurcação; resolveu entrar pelo caminho que não era a estrada principal. Andou até ao fim dessa estrada e então caiu num buraco muito fundo. Tentou sair do buraco, escalando pelas paredes, mas elas eram íngremes e escarpadas, e a pessoa escorregava. Sentia, então, na consciência dela, que o buraco, o precipício representava a escravidão do pecado, que a puxava para baixo e que sozinha não podia se salvar. Ajoelhou-se, rezou profundamente e implorou a Deus pela salvação dela.
Uma voz veio do alto até ela: “Melhora, progride! Segura forte o que vou jogar e só então eu vou tirar-te daí”. Uma grande cruz desceu até ela e enquanto ela a segurava, abraçado na parte inferior da cruz, alguma coisa desceu também sobre ela. Sentia-se limpa, assim como limpo ficou também todo o ambiente que a cercava.
A cruz foi içada e a pessoa seguiu agarrada a ela, e então foi colocada na estrada certa. Ela olhava ao redor e via um caminho glorioso que levava para diante e para cima até a Cidade Santa, a Nova Jerusalém. Então entendeu que o futuro seria pleno de alegria e glória.
A quarta experiência aconteceu com ela duas semanas mais tarde. Acordou pela manhã com uma sensação maravilhosa do amor de Deus e uma voz interior lhe falou: “Você pode se entregar confiantemente a Cristo”.
Ela sabia que precisava se entregar completamente a Ele e, então, resolveu fazê-lo, na entrega total de si mesmo. Uma luz brilhante a rodeou e se surpreendeu dirigindo palavras de amor e louvor a Deus.
Era como se uma fonte de amor estivesse jorrando dentro dela. A brilhante luz branca, pura como um cristal branco, se tornou cada vez mais brilhante, foi crescendo em brilho e ela sentiu a mais profunda paz, sentimento esse que jamais havia experimentado em toda a vida dela. Ondas e ondas de amor fluíam sobre, dentro e através dela. Era como uma imersão, de todo o seu ser, no amor.
A única palavra que podia usar para descrever essa sensação era ÊXTASE.
É significativo constatar que, durante os meses que a pessoa teve essas experiências espirituais, todos os Astros espirituais estavam fortemente com Aspectos no horóscopo dela. O mais notável Aspecto durante o trânsito era o de Plutão na 8ª Casa, em Paralelo exato com Urano natal. Plutão significa: regeneração espiritual, redenção de pecado, liberação e purificação; e Urano é o Planeta das crises. Outro trânsito importante era Júpiter sobre o Ascendente, Saturno em Quadratura com Netuno e depois em Oposição a Júpiter; mais tarde Netuno estava na 10ª Casa exatamente em Trígono com a Lua Natal e Urano estava Paralelo com Netuno natal (Saturno é uma influência tipo Netuno, desde que é nativo em Peixes e regendo a 12ª Casa). A forte ênfase de Netuno indica experiências espirituais de natureza estática, envolvendo grande poder espiritual.
O horóscopo fornece a indicação geral das circunstâncias da vida, no entanto, Aspectos envolvendo Astros espirituais não significam que um indivíduo vá ser beneficiado – cada um tem a liberdade de escolha.
Se uma pessoa responde de uma maneira negativa, ele ou ela estarão em pior situação do que antes, porque rejeitaram verdades espirituais. Se responderem positivamente, construtivamente, muito progresso espiritual chegará a eles. As Escrituras – a Bíblia – nos dizem que Deus vela por todos os filhos d’Ele, igualmente, mas que a todos são dadas oportunidades, e em todos os momentos da vida, de responder ao amor e à misericórdia de Deus, nosso Criador.
Para aqueles que sabiamente respondem a Ele haverá a recompensa de grande paz e alegria, assim como o enriquecimento da Personalidade e do caráter, até alcançarem e se integrarem na perfeita “imagem de Deus”.
(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross – publicado na Revista Serviço Rosacruz – novembro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)
Repetimos, todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional Templo, que: “A Bíblia foi dada ao Mundo Ocidental pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, encontrá-la-emos na Bíblia.”.
Raramente um livro leva o nome de mais de um ou dois autores. A Bíblia, porém, foi escrita por cerca de 40 deles, durante um período de aproximadamente 1.600 anos. Moisés começou-a no deserto da Arábia e S. João Evangelista a completou na ilha de Patmos. Era, sem dúvida, impossível ter qualquer ideia do propósito do livro todo, ou saber qual parte dele deveriam escrever.
Os autores foram poetas e filósofos, sábios e cantores, príncipes e reis, pescadores e estadistas. Alguns deles eram versados em todas as artes dos egípcios. Outros sentaram-se aos pés dos maiores mestres daqueles dias. Ainda outros eram seres humanos iletrados e incultos.
Escrever em tais circunstâncias um livro que mostrasse unidades de pensamento, seria impossível! Todavia, temos o livro. Um livro impossível dos seres humanos escreverem e que, no entanto, foi escrito. Só existe uma explicação: o Livro foi escrito por um autor que usou muitos escritores (Leia IIPd 1:21; Mc 13:31).
Não é tudo isso prova de não ter sido escrito meramente por seres humanos? Nunca houve uma catedral construída, com um ser humano levantando uma parede, outro uma janela, outro um arco, uma porta, e ainda outro a torre, e assim por diante, através do sem número de partes da estrutura, sem que houvesse um plano comum ou um arquiteto para dirigir? O que diria a quem lhe dissesse ter acontecido isso com o Palácio da Alvorada ou com a Abadia de Westminster? Se não podemos admitir tal coisa quanto a um monumento de cimento e pedra, que dizer, então, dessa maior catedral da Verdade, erigida através de um mais longo período de tempo? Poderia a sua unidade ser obra do mero acaso?
Embora poucos escritores da Bíblia possuíssem bastante cultura para escrever uma obra, cada um deles escreveu um livro que se ajusta perfeitamente aos outros só da Bíblia. Por que é isso verdade? “Porque, nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.” (IIPd 1:21). Desde que a Bíblia foi terminada, nada de novo foi descoberto através dos séculos, que precisa ser incluído na palavra, ou que a ela traga descredito. Somente da Bíblia – o Livro de Deus – pode ser dito, e o próprio Deus o diz: “Nada acrescentareis a palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando.” (Dt 4:2).
A palavra “Bíblia” vem do vocábulo grego “biblios” que quer dizer “Livro”. Cristo chamou-a “As Escrituras” (Jo 5:39; Mt 22:29).
S. Paulo designou-a “Palavra de Deus” ou “Sagradas Escrituras” (Rm 1:2).
É também chamada “A Lei e os Profetas” (Lc 16:16).
O termo “Testamento” significa “aliança”. No Antigo Testamento temos a aliança que Deus fez conosco a respeito da nossa salvação, antes de Cristo ter vindo. No Novo Testamento temos o pacto da graça, que é o acordo feito por Deus conosco, acerca da nossa salvação, depois de Cristo ter vindo.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – fevereiro/1982 – Fraternidade Rosacruz – SP)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital (com a formatação e as figuras em melhor qualidade)
clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Março de 2024
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:
Abril – Sol transitando pelo Signo de Touro (abril/maio) 4
3/03 Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo VI – O Esquema da Evolução: Os Mundos. 7
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Março: 17
“Deus tudo criou e viu que era bom”. 18
“Vejamos o bem em todas as coisas, mesmo onde não pareça ele existir”. 20
Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz. 20
Como perceber a Luz Divina. 23
3. Pergunta: As vítimas de racismo escolheram sofrer dessa forma?. 26
Datas de Cura: Abril: 01, 08, 14, 21, 29. 27
As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP, aos domingos as 17hs. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.
Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com
É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!
-Dia 03/03 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo São Mateus 5, Versículos de 13-16
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VI – O Esquema da Evolução: Os Mundos
-Dia 10/03 – 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VI – O Esquema da Evolução: Os Sete Períodos
-Dia 17/03 – 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VIII – A Obra da Evolução: O Fio de Ariadne
-Dia 24/03 – 16 h – Reunião de Estudante Regular – Reunião reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. VIII – A Obra da Evolução: O Período de Saturno
-Dia 31/03 – 16 h – Recesso Páscoa
Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/
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-Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
-Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
-Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)
Quando o Sol passa pelo Signo de Touro no mês de maio a força de Cristo ascende mais e mais até a aura espiritual da Terra. O Discípulo que está caminhando pela Trilha da Santidade segue a estrela da luz ascendente de Cristo e penetra em uma esfera na qual se encontra interiormente harmonizado e fortalecido pelo poder criador da música. Os seres celestiais que habitam esse plano falam uma linguagem musical. Cada um dos seus gestos produz música. Elas modelam e vestem toda classe de formas por meio dos tons musicais. Nesse plano todas as coisas que crescem, amadurecem por meio do poder da música, e as cores variadas das flores são produzidas a partir
das variações do tom. A música é certamente o supremo poder criador nesse elevado Mundo.
A Hierarquia Criadora de Touro é tão exaltada que seu nome faz tempo que se perdeu na memória humana! Ela preside o reino dos Arquétipos cósmicos e o modelo que projeta sobre a Terra é o das formas perfeitas. O amor e a harmonia são as forças que continuamente derrama sobre o nosso Planeta.
(Clique na figura e tenha mais informações)
•Sal da Terra:
• Sal: Importante conservante alimentar
• Da terra: enquanto se está renascido aqui na Terra
• Sal da Terra: Devemos reconhecer o papel que exercemos aqui no Mundo Físico. A luz incomoda os das trevas, porque esses não se chegam para a luz, temendo que, por suas más obras, sejam arguidos.
Sal, se faltar tudo mundo reclama. Para ser o sal da terra, precisamos dos nossos veículos funcionando bem aqui no Mundo Físico e dedicação exclusiva em promulgar e vivenciar o Cristianismo. Assim como se não estiver prestando serviço, de nada serve para a dinâmica e evolução nesse mundo. Conjunto de veículos que quando você está trabalhando e presente, ninguém nota. Deve trabalhar de forma anônima.
Precisamos do:
• Corpo Denso: saudável, portanto, é importante uma boa alimentação e cuidados com esse corpo.
• Corpo Vital: mais puro e próximo do perfeito que se pode construir, ou seja, esse Corpo precisa ter uma menor parte de Éter Químico e de Vida e maior parte de Éter Luminoso e Refletor.
• Corpo de Desejos: mais puro e próximo de perfeito que se pode construir, ou seja, ter um Corpo de Desejos se estendendo além do Corpo Denso, mais de 40 cm e com vórtices como fontes de energia irradiante vivificando cada átomo do Corpo Denso. Devemos trabalhar (treinamento esotérico) para que esses vórtices girem intensamente na mesma direção dos ponteiros de um relógio, despertando assim a clarividência voluntária e sendo possível trabalhar conscientemente no Mundo do Desejo. Devemos ainda ter total controle das suas emoções, seus sentimentos e desejos.
• Mente: Devemos ter a Mente abstrata sendo utilizada mais do que a Mente concreta. Além de torná-la singularmente pura, ou seja, totalmente emancipada da escravidão do desejo. De maneira que possamos acessar à Mente (ou memória):
• Consciente: com uma perfeita e real percepção dos sentidos.
• Subconsciente: que tem gravado tudo o que está à nossa volta, nos mínimos detalhes: pensamentos, sentimentos, palavras e atos.
• Superconsciente: onde se tem gravado tudo o que se aprendeu (faculdades e conhecimentos) das vidas anteriores.
•Luz do Mundo:
• Significa, saber usar os veículos e ferramentas que temos, além de
• Despertar o nosso Cristo Interno: Que é o Ego que se faz consciente no Mundo Físico por meio da Mente. É despertar o “Eu” Superior, ou o Espírito interno, que é o único tribunal da verdade. Se nós, consciente e persistentemente, levarmos nossos problemas ante este tribunal, desenvolveremos, com o tempo, tal senso superior da verdade que, instintivamente, onde ouvirmos uma ideia avançada, saberemos se ela é ou não correta e legítima.
• Nas pessoas que vivem unicamente para a vida material, o Cristo interno está adormecido, em letargia. Mas quando uma pessoa começa a trilhar o Caminho espiritual e se esforçar por viver uma vida pura, limpa, reta e de acordo com o que escolheu nessa Vida atual, o Cristo Interno desperta.
À medida que você vai se alimentando espiritualmente, você vai desenvolvendo os poderes latentes de cada Corpo; vai desenvolvendo os 2 Éteres Superiores (formando o Corpo-Alma, o radiante Vestido de Boas); vai se convertendo em cidadão de 2 Mundos (conscientemente funciona no Mundo Físico e do Desejo) e vai se libertando da escravidão dos Aspectos Adversos, onde as Quadraturas, Oposições e algumas Conjunções passam a ser exercidas com prazer e não mais como sacrifício.
Para saber mais, assista a 9ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas em:
9-Reunião de Estudos Bíblicos Rosaruzes-3mar24-5to Capítulo do Evangelho Segundo São Mateus P.4 CG
1.Espírito Universal: É o Ser Supremo, o Espírito Universal. É o Grande Arquiteto do Universo, emanado do Absoluto. Seu Mundo é o primeiro Plano Cósmico, Ele é o primeiro Plano Cósmico.
Ele é Uno e Indivisível. Ele contém dentro do seu Ser tudo o que é, como a luz branca inclui todas as cores.
O Ser Supremo expressa: o Poder, o Verbo e o Movimento
No poema “Credo ou Cristo” de Max Heindel temos:
“Eis que o Espírito universal” veio a todas as igrejas; não a uma apenas; no dia do Pentecostes, uma língua de chama, como um halo, brilhou sobre todos os Apóstolos”.
2.Substância Raiz Cósmica
É a expressão do polo negativo do Absoluto – Deus é uma expressão do polo positivo do Absoluto. Tudo que vemos manifestado como formas minerais, vegetais, animais e humanas, é espaço cristalizado, emanados do polo negativo do Absoluto. É o material que Deus atrai e que externa a Sua esfera imediata.
Quando Deus deseja criar, escolhe um lugar apropriado do espaço, e o preenche com Sua aura, permeando cada átomo da Substância-Raiz-Cósmica dessa porção particular do espaço em Sua Vida, despertando, desse modo, as atividades latentes em cada átomo não diferenciado. Desse modo, a substância compreendida pelo nascente Cosmos se torna mais densa do que a do espaço Universal, entre os Sistemas Solares.
3.Mundos:
-São lugares que se diferenciam um do outro pela taxa de vibração (ou frequência) e, também, pela sua densidade.
-São estados de consciência que vamos alcançando à medida que evoluímos. Nenhum Mundo está em nenhum momento separado um do outro, mas se compenetram.
-Deus é o criador dos 7 Mundos que compõe nosso Sistema Solar: Mundo de Deus, Mundo dos Espíritos Virginais, Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico.
O Mundo Físico é o mais denso de todos. Ele é cercado e compenetrado por todos os outros Mundos, mais sutis. Nossos desenvolvimentos atuais ocorrem nos três Mundos: o Mundo Físico, o Mundo do Desejo e o Mundo do Pensamento. Lembrando que para funcionar em qualquer Mundo e expressar as qualidades que são peculiares, é necessário possuir um veículo formado de matéria desse Mundo.
Para saber mais, assista a 172ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- em
172ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- 03mar24-Termos Rosacruzes no Texto_C6_Esquema de Evolução
-É uma das 12 Hierarquias Criadoras; é a Hierarquia Zodiacal de Peixes.
-São chispas de uma Chama da mesma natureza, capazes de se expandirem até se converterem, eles também, em Chamas. Diferenciados em Deus (não de Deus). Por isso é que, potencialmente, são Deus.
-Tem um Mundo: o Mundo dos Espíritos Virginais, pois começaram a sua evolução nesse Grande Dia de Manifestação.
-Como Deus é infinito, também são infinitos os Reinos de vida que existem, no entanto, presentemente, somente os 4 Reinos de vida nos interessam. Que são justamente os Reinos que evoluem diretamente conosco nesse atual Esquema de Evolução.
-Os Espíritos Virginais se expressam aqui no Planeta Terra nas Ondas de Vida como humanos, animais, vegetais e minerais, ou melhor, os Reinos de vida: Reino mineral, Reino vegetal, Reino animal e Reino humano, que somos nós.
–A Onda de Vida humana começou sua atividade no princípio do Período de Saturno, como minerais, e está no seu estágio “Humanidade”. Possuem os Corpos Denso, Vital e de Desejos e a Mente.
–A Onda de Vida animal começou sua atividade no princípio do Período Solar, como minerais, e chegará ao estágio “Humanidade” no Período de Júpiter. Possuem os Corpos Denso, Vital e de Desejos.
–A Onda de Vida vegetal começou sua atividade no princípio do Período Lunar, como minerais, e chegará ao estágio “Humanidade” no Período de Vênus. Possuem os Corpos Denso e Vital.
–A Onda de Vida mineral começou sua atividade no princípio do Período Terrestre, como minerais, e chegará ao estágio “Humanidade” no Período de Vulcano. Possuem somente o Corpo Denso.
2.Seres Superiores
-Seres superiores também são conhecidos como “Compassivos Seres” ou Hierarquias Criadoras, que têm guiado a Humanidade no Caminho da Evolução desde o começo da nossa jornada, no início do Período de Saturno e, ainda estão ativos e trabalhando conosco para que sejamos capazes de alcançar uma realização individual de glória, honra e imortalidade. E a maneira mais eficiente de colaborarmos é servindo à Humanidade.
-No início desse Esquema de Evolução duas Hierarquias Criadoras fizeram um trabalho tão maravilhoso e que não conseguimos descrever, mas que foi a base desse Esquema: a Hierarquia Criadora de Áries e a de Touro.
-Até o início do Período Terrestre tínhamos uma classe de 12 Hierarquias Criadoras nos ajudando (ver diagrama ao lado).
-No Período Terrestre, mais exatamente no Globo D na metade da quarta Revolução, que é o ponto em que nos encontramos no atual Esquema de Evolução, temos as seguintes Hierarquias Criadoras:
a.Hierarquia Criadora Senhores da Sabedoria – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Virgem – São encarregados de nos ajudar no desenvolvimento do nosso veículo Espírito Divino. O Espírito Divino é a contraparte superior do nosso Corpo Denso;
b.Hierarquia Criadora Senhores da Individualidade – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Libra – São encarregados de nos ajudar no desenvolvimento do nosso veículo Espírito de Vida. O Espírito de Vida é a contraparte superior do nosso Corpo Vital;
c.Hierarquia Criadora Senhores da Forma – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Escorpião – São encarregados de nos ajudar no desenvolvimento do nosso veículo Espírito Humano. O Espírito Humano é a contraparte superior do nosso Corpo de Desejos;
d.Hierarquia Criadora Senhores da Mente – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Sagitário – Deram a cada um de nós o germe da Mente. Nos ajudam a desenvolver o veículo Mente, que hoje é apenas uma nuvem sobre nossas cabeças;
f.Hierarquia Criadora dos Arcanjos – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Capricórnio – São especialistas em trabalhar com materiais do Mundo do Desejo. Neste Período Terrestre exercem várias funções, dentre as mais destacadas: Espírito-Grupo dos animais (quando são responsáveis pela evolução de cada ser animal existente), Espírito de Raça, em que a função desses grandes Arcanjos é auxiliar Jeová na sua missão de orientar a Humanidade. E outra função dos Arcanjos é nos ajudar a controlar o nosso Corpo de Desejos;
g.Hierarquia Criadora dos Anjos – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Aquário. Neste Período Terrestre exercem várias funções, dentre as mais destacadas temos: Espírito-Grupo dos vegetais (em que são responsáveis pela evolução de cada ser vegetal existente), Anjos do Destino – também chamados de Senhores do Destino ou Anjos Relatores – em que uma das funções é nos ajudar na escolha de nosso ambiente do próximo nascimento e dedicando para que a cada vida, o destino produza os necessários efeitos. E a ajuda prestada a nós no manuseio do material etérico.
h.Hierarquia Criadora dos Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana – o ser humano -, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Peixes. Dentre os irmãos desta Onda de Vida que nos ajudam em nossa evolução, podemos citar os Irmãos Maiores que escolheram ficar aqui para ajudar a Humanidade.
3.Período
-Nosso Esquema de Evolução se manifesta em Períodos em que há alternação de atividade e repouso. Podemos dizer que são renascimentos sucessivos do nosso Campo de Evolução que chamamos de Terra.
-Um Grande Dia de Manifestação compreende 7 Períodos. Estamos agora no quarto Período, o chamado Período Terrestre. Viajamos até a metade desse Grande Dia de Manifestação e fomos da inconsciência para a autoconsciência. No final desse Dia de Manifestação vamos atingir a consciência espiritual suprema. Nós possuiremos o “Poder da Alma” e um “intelecto criador”.
-Estes Períodos são renascimentos sucessivos da nossa Terra.
Para saber mais, assista a 173ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- em
173ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- 10mar24-Termos Rosacruzes no Texto_C6_Os 7 Períodos
-É o fio condutor que nos guia através desse labirinto de Globos, Mundos, Revoluções e Períodos, até a Evolução, onde estaremos completamente conscientes e capazes de dominar a matéria de todos os Mundos.
-Significa ter a consciência do caminho.
-O fio nos foi dado pelas Hierarquias Criadoras.
-Fio: é a essência da razão.
-Esse termo, “Fio de Ariadne”, foi retirado da Mitologia Grega, na história do Minotauro.
Podemos dizer que:
-Somos Teseu – Humanidade no Caminho de Evolução,
-Caminhando pelo Labirinto do autoconhecimento – enfrentando os obstáculos e as provas, para matar o Minotauro… Nossa natureza inferior, o lado negativo do apego ao material e egoísmo,
-Com a ajuda de Ariadne… Amor e Pureza, nosso lado feminino e intuitivo,
-Guiado por seu Fio – intuição espiritual – é a essência da razão e com a ajuda das Hierarquias Criadoras ter a consciência do caminho,
-Até conseguirmos matar o Minotauro – se libertando assim do ciclo de vida e morte.
2.Mundo do Espírito
-Estamos falando aqui do Mundo dos Espíritos Virginais, ou Mundo do Espírito Divino (o primeiro que habitamos quando saímos do nosso Mundo, o dos Espíritos Virginais), ou seja, de onde partimos para peregrinar por esse Esquema de Evolução.
-É o nosso verdadeiro lar! “De onde viemos e para onde voltaremos”.
-Como todos os outros Mundos, é dividido em sete Regiões de densidades diferentes.
-O Espírito é capaz de ultrapassar o tempo e o espaço, e viajar por esses Mundos, porque é superior a essas condições físicas interdependentes.
-Mas para isso ele necessita de treinamento para aprender a funcionar nesses Mundos, pois precisa aprender a funcionar em seus veículos superiores.
3.Pensamento Abstrato
-Estamos falando aqui do Mundo do Pensamento, Região do Pensamento Abstrato, de onde trabalhamos nas Regiões e Mundos abaixo. Vamos entender como isso ocorre:
Para saber mais, assista a 176ª Reunião Dominical-FRC – Campinas-SP em:
176ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- 17mar24-Termos Rosacruzes no Texto_C8_O Fio de Ariadne
-Local que apresenta um ambiente completo e condições perfeitas para a Evolução de inúmeras Ondas de Vida.
Temos como exemplos: Planetas, Satélites naturais, Estrelas e muitos outros, como Globos.
-No atual Dia de Manifestação, percorremos 7 Globos de diferentes densidades de matéria, ou seja: 7 campos de Evolução diferentes, que denominamos como Globo A, B, C, D, E, F e G.
-Cada Globo ou cada Campo de Evolução com diferentes e perfeitas condições para que possamos Aprender, Assimilar, Incorporar e Praticar o que precisamos para funcionar conscientemente em cada Mundo nesse Esquema de Evolução.
-Hierarquia Criadora ou Divina dos Senhores da Chama. Essa Hierarquia é uma das Hierarquias que nos ajudam na nossa caminhada pelo Esquema de Evolução.
-Foi a principal Hierarquia que nos ajudou no Período de Saturno, apesar de lá estrarem presentes muitas outras Hierarquias evoluindo.
-Também conhecida como a Hierarquia Zodiacal de Leão, que guia a Dispensação Cristã que temos hoje.
São 2 os motivos por serem conhecidos por esse nome:
1.Porque seus Corpos possuem uma brilhante luminosidade
2.Porque possuem imensos poderes espirituais
-Na Bíblia são chamados de Tronos.
-Os Senhores da Chama nos ajudaram por sua livre vontade, pois não precisavam aprender mais nada do que estava sendo oferecido como lições para evoluírem. São tão elevados, que conseguem trabalhar no material mais denso e no material mais sutil desse Esquema de Evolução, ou seja: no nosso veículo mais denso e no nosso veículo mais sutil.
Para compreendermos o que é o Período de Saturno, vamos estudar o conceito de algumas palavras:
-Revolução: uma volta completa pelos 7 Globos em 3 Mundos ou nas Regiões desses Mundos de diferentes densidades, sempre começando pelo Globo A e sempre terminando no Globo G.
-Período: É o percurso feito em 7 Revoluções, pelos 7 Globos e em 3 Mundos (Espírito Divino, Espírito de Vida e Do Pensamento), ou Regiões desses Mundos, de diferentes densidades.
Nós sempre entramos no Período no início da 1ª Revolução no Globo A e depois de percorrer os 7 Globos por meio das 7 Revoluções, nós saímos do Período no final da 7ª Revolução no Globo G.
-1º Período desse grande Dia de Manifestação.
-Entramos nele vindo do nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais e mergulhamos a partir do Mundo do Espírito Divino até a Região Concreta do Mundo do Pensamento. Essa Região foi a mais densa na qual trabalhamos no Período de Saturno.
-Após 7 Revoluções saímos no final da 7ª, no Globo G, para a Noite Cósmica que existiu entre esse Período e o próximo, o Período Solar.
-Principais eventos para os espíritos virginais, em cada Revolução:
1ª Revolução: Os Senhores da Chama nos deram o germe do Corpo Denso
2ª Revolução: Fomos aprendendo a responder às imagens projetadas dos Senhores da Chama, como um eco
3ª Revolução: Fomos expandindo o germe do nosso Corpo Denso
4ª Revolução: Começamos a responder à necessidade de perceber o som
5ª Revolução: Começamos a desenvolver o nosso primeiro sentido físico, a audição, e a construir algo como um órgão para usar tal sentido, um tipo de ouvido
6ª Revolução: Continuamos o desenvolvimento da audição e de tal órgão
7ª Revolução: Os Senhores da Chama voltaram à atividade e DESPERTARAM em nós o veículo Espírito Divino
Algumas características macro do Período de Saturno:
-Todos que estavam evoluindo nesse Esquema de Evolução estavam dentro do Sol. Não existiam ainda os Planetas que temos hoje.
-Todos os Globos tinham como características: o calor ou o elemento fogo incipiente e a escuridão.
-A Hierarquia Criadora Senhores da Mente estava passando pelo estágio “Humanidade”, ou seja, estava na Região mais densa que deveria chegar nesse Esquema de Evolução, ou seja: a Região Concreta do Mundo do Pensamento. Para isso habitava um Corpo formado desse material, um Corpo Mental.
-A Hierarquia Criadora Arcanjo estava passando pelo estágio “Animal”: veículos, Corpos e Estado de Consciência semelhantes aos animais atualmente.
-A Hierarquia Criadora Anjos estava passando pelo estágio “Vegetal”: veículos, Corpos e Estado de Consciência semelhantes aos vegetais atualmente.
-Nós, a Hierarquia Criadora Espíritos Virginais da Onda de Vida humana estava passando pelo estágio “mineral”: veículos, Corpos e Estado de Consciência semelhantes aos minerais atualmente, pois estávamos iniciando a nossa evolução nesse Esquema de Evolução. Compúnhamos a base dos Globos, éramos incorporados aos Globos, como o mineral atualmente.
Para saber mais, assista a 175ª Reunião Dominical-FRC – Campinas-SP em:
175ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP- 24mar24-Termos Rosacruzes no Texto_C8_Período de Saturno
A vida não tem expressão, não tem cor, não tem sentido, se vivermos para nós mesmos, achando que nos bastamos.
A vida não se resume em comer, beber, se divertir, trabalhar, dormir.
A vida não tem razão de ser quando usufruída egocêntrica e egoisticamente – eu, meu, só eu, só meu.
Fomos criados para viver em sociedade, conviver, se relacionar, criar e educar os filhos (nossos ou dos outros), alegrar a casa, ajudar os vizinhos, servir a desconhecidos que necessitem de ajuda, colaborar com a harmonia no meio ambiente, revigorar o relacionamento com os amigos, exteriorizar-se, viver mais para os outros do que para si mesmo.
Para crescer espiritualmente, lembremos sempre da lei dada pelo Grande Espírito Solar, Cristo: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Só assim progrediremos na senda evolutiva.
Quem não vive em harmonia na família, no trabalho, na sociedade, está fora dos planos da Criação, acha-se excluído da harmonia universal.
Quem não colabora com o mundo, está alienado dele.
Ninguém se iluda; no Universo só cresce, só se desenvolve, quem ajuda, quem colabora, quem serve aos demais, amorosa e desinteressadamente.
Tudo colabora para o bem; os Planetas ajudam-se mutuamente, cada um ajuda o Sol, uma estrela ajuda outra estrela, um Sistema Planetário ajuda outro Sistema Planetário, uma Galáxia ajuda outra Galáxia.
Tudo dentro da mais perfeita harmonia universal da Unidade Indivisível, como se fosse um só Corpo, inteligente e amoroso.
Uma Onda de Vida ajuda outra Onda de Vida, os Seres mais Avançados são os que mais ajudaram e ainda ajudam. Exemplo? Os Irmãos Maiores na Onda de Vida Humana, os animais domésticos, na Onda de Vida Animal, as árvores frutíferas e plantas medicinais e ornamentais, na Onda de Vida Vegetal, os metais nobres e pedras preciosas, na Onda de Vida Mineral.
Da mesma forma fomos ajudados pelas Hierarquias Criadoras, pelos Arcanjos, pelos Anjos, tudo com muito amor e desinteresse. Tenhamos, portanto, nossas Mentes impregnadas pelas inspiradoras palavras de nosso Mensageiro Max Heindel: “O serviço amoroso, altruísta e desinteressado, é o Caminho mais curto, mais alegre e o mais agradável que nos conduz a Deus”.
Já vimos para nosso avanço, estímulo bastante para mudarmos e servirmos, entrando então na “onda” da colaboração. Vamos, portanto, viver e conviver da melhor forma possível, vendo sempre o bem em tudo e em todos!
“Deus criou tudo e viu que tudo era bom”! Porém hoje muita coisa mudou.
Era esperado uma mudança, claro, com tanta tecnologia, mas não como estamos presenciando nos dias atuais.
A Natureza (a “manifestação visível de Deus invisível”) parece viver duas realidades.
A partir da nossa consolidação como indivíduo (ainda na Época Atlante, onde nos tornamos conscientes de nós, a Individualidade, o Ego), como uma lei em si mesmo, e com o advento da faculdade de manifestar o pensar aqui, adquirimos a consciência da prerrogativa de livre-arbítrio, ou seja, nos tornamos senhor dos nossos atos, obtendo uma certa liberdade em relação à influência das Hierarquias Criadoras.
Infelizmente, muito dessa liberdade foi utilizada para implantar inúmeras tentativas de desordem na Natureza. A ganância, o egoísmo, a cobiça, o desejo de posse a qualquer custo e, portanto, a ignorância, fez com que viesse uma grande agressão ao que chamamos de meio-ambiente, entendo isso como parte do nosso Campo de Evolução atual.
Consciente ou inconscientemente, por omissão ou comissão, muitos de nós insistem em tentar acabar com nascentes de água doce, exterminar árvores de toda espécie, exterminar inúmeras espécies dos reinos vegetal e animal, produzir detritos industriais e descartá-los nos rios e em lugares que não se deve, e insiste em nem querer saber se o que está fazendo está de acordo com a Lei de Deus ou não.
É preciso a modernização, sim, mas com cuidado e respeito à Natureza.
Vemos que se esqueceu da interação existente entre nós e a natureza; que dela somos parte, com ela formamos uma unidade. Os quatro Reinos em evolução aqui na Terra formam um conjunto que, logicamente deveria ser harmonioso, porém não é o que vemos.
Muitas das ações de muita gente sobre a Natureza são quase diabólicas! Muitos estão alienando a vida natural (esgotos à céu aberto, descarte de lixo irregular, atmosfera irrespirável, ruídos ensurdecedores e quantas outras coisas), ao invés de se valorizar a Natureza e sua beleza, tudo se faz em nome do “dinheiro”.
Muitos só enxergam a Natureza como uma grande fonte de matéria prima a ser explorada, destruindo e destruindo.
Muitas pessoas com poucos recursos ocupam alguns espaços para fazerem hortas, outros plantam árvores para amainar o calor, outros plantam árvores frutíferas, flores, e outros brigam para não destruírem nascentes de água.
É dever de todo Aspirante à vida espiritual, sincero, verdadeiro e Cristão, ser consciente e colaborar no sentido de manter o equilíbrio na comunidade em que vive. Negligenciar uma obrigação de tal relevância, é não ter amor a si mesmo, aos seus irmãos e à Natureza que tanto dá sem cobrar nada.
Não sejamos como “Pilatos” diante de certas circunstâncias, nem sejamos omissos, incoerentemente acomodados diante de situações que possam trazer grandes prejuízos à natureza.
Lembremo-nos: “Deus tudo criou e viu que era bom”!
Na Filosofia Rosacruz aprendemos: “vejamos o bem em todas as coisas, mesmo onde não pareça ele existir”. Se não somos capazes de vê-lo, ainda estamos “cegos”.
As maiores trevas são projetadas pelas mais fortes luzes!!
Daí a Fraternidade Rosacruz, nos seus magníficos Ensinamentos, preconiza o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção para despertar a memória, o senso de observação e discernimento, em que o Estudante Rosacruz separa, todos os dias, o joio do trigo e busca incorporar à sua consciência anímica o bem, e queima, pelo arrependimento sincero e reforma íntima, o erro, o joio.
É um acerto cotidiano, uma atualização constante de quem, serenamente, está preparado sempre para dar o pulo ao “além”, com segurança.
Esse Exercício Esotérico noturno é a base do nosso desenvolvimento interno e da regeneração; é a voz interna que nos mostra onde erramos.
É um grande processo depurativo, que aos poucos, e quanto mais limpos estivermos, brotará em nosso coração, cada vez mais, um conhecimento chamado de ter a intuição e como usá-la eficazmente. É o fluir do nosso Cristo Interno onde cada vez mais, e mais rápido, teremos respostas extraordinariamente mais elevadas.
Pela fiel execução deste Exercício Esotérico, expurgaremos diariamente as ocorrências indesejáveis da nossa Memória Subconsciente, de modo que os nossos pecados serão apagados do Átomo-semente do Corpo Denso e nossas auras começarão a brilhar.
Além de adiantarmos aqui a estada, enquanto renascidos, no Purgatório e Primeiro Céu.
É um trabalho totalmente individual.
Vemos que é uma maneira também de estarmos preparados para estarmos sós, e em qualquer circunstância, estarmos emancipados de toda influência externa, tendo os meios corretos e seguros de nos tornarmos verdadeiros Auxiliares Visíveis e Invisíveis da Humanidade.
Este Exercício é de maior valor do que qualquer outro método para o adiantamento do Aspirante à vida superior, ao seu crescimento espiritual. Experimente praticá-lo para tirar a prova!!
Muitos Estudantes (há exceções, como sempre) do Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz cometem alguns erros, ou enganos, vamos dizer assim.
É fácil perceber que há pressa em fazer um Curso que intelectualmente é fácil, lendo e respondendo rapidamente. No entanto, tal Curso foi desenhado para ser muito mais do que intelectual. Foi elaborado por Max Heindel e Augusta Foss Heindel para ser o primeiro Curso de formação da Filosofia Rosacruz. Ou seja: tem como objetivo o Estudante compreender, gravar, “saber de cor” as definições dos Conceitos Básicos da Filosofia Rosacruz. E para isso é necessário estudar, de fato, e não só “copiar as respostas”. Fácil perceber tal comportamento quando as respostas são longas, longe de serem concisas e focadas naquilo que se perguntou. Há de entender que desde a primeira lição o Estudante estará sendo testado nas suas condições de interpretação de texto, capacidade de síntese e objetividade.
A maioria, infelizmente, deseja fazer rápido o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz na ânsia de correr para fazer o Curso de Astrologia! Ou seja: não entendem que a Fraternidade Rosacruz é uma Escola Filosófica Cristã e que o Estudante deve ter o objetivo de trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, buscando galgar os degraus, desde Estudante Preliminar até Discípulo aqui na Fraternidade Rosacruz e, com isso se preparar para se iniciar na Ordem Rosacruz.
Se ele se der a chance de compreender isso, entenderá que “Astrologia Rosacruz” sem uma base sólida de Filosofia Rosacruz e Ensinamentos Bíblicos Rosacruzes jamais o levará a ser um Astrólogo Rosacruz e, pior, se perderá no meio do caminho. A experiência de se assistir milhares de casos comprova essa asserção!
Assim, caro irmão e cara irmã Estudante, se esforce para fazer um Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz de modo a lhe formar uma primeira base de conhecimento Rosacruz. Depois inicie o Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz a fim de lhe garantir o acesso a um segundo nível de conhecimento Rosacruz, inclusive com material específico fornecido ao Estudante Regular. Par e passo com isso, aí sim, iniciem-se no Curso de Astrologia Rosacruz. Verá o efeito maravilhoso que resultará na sua vida Cristã Rosacruz!
Aqui você tem acesso às informações para começar a trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz por meio da inscrição no Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.
Lembremo-nos sempre: tudo gratuito.
A cruz é o símbolo oculto da vida humana em sua relação com as correntes vitais. Sabemos também que ela tem vários outros significados.
Na Fraternidade Rosacruz vemos que o madeiro vertical superior nos representa, os seres humanos, que recebemos a energia solar verticalmente e a força Crística do interior da Terra.
O madeiro horizontal configura o Reino animal.
O madeiro vertical simboliza o Reino vegetal, com suas raízes mergulhadas no solo mineral.
Para os Cristãos, a cruz representa o momento em que Cristo-Jesus sofreu sua crucificação. Ele entrega Sua vida em nome de Seu amor pela Humanidade, e ainda diz ao Pai: “Perdoa-os porque não sabem o que fazem”.
É comum entre as pessoas falar de sofrimentos, de alguma limitação física ou alguma dura experiência, como “uma cruz” que se carrega. Estão certas.
Sabemos que carregar nossa cruz é passar por diversas provas (lições que temos que aprender para evoluir), cumprir com o Destino Maduro (o tipo que geramos por erros recorrentes em vidas passadas ou pelo abuso da força sexual criadora e que, por isso não pode ser expiado pela doutrina do Perdão dos Pecados).
Mas “Deus não dá maior fardo do que aquele que podemos carregar”, ou seja, os Anjos do Destino já nos ajudaram quando juntos lá no Terceiro Céu, escolhemos nossa vida aqui no Mundo Físico.
Cada um de nós tem a sua “cruz” a carregar em proporção às lições que tem que aprender nesse renascimento aqui (nem um pouquinho mais, nem um pouquinho menos).
Cristo, o Regente do Planeta Terra, o Regente do Sol, nosso único e fiel Ideal, quando esteve aqui na Sua primeira vinda, como Cristo Jesus, também carregou a Sua cruz e nela morreu pregado.
Ele, o Cristo, também não disse: “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”?
Como Aspirantes à vida superior, não é o que temos que fazer?
Não é o Cristo nosso único Ideal?
Não é só a Ele que devemos seguir os Ensinamentos?
Tomemos, portanto, nossa cruz com entendimento, sem reclamar.
A enfermidade, a dor, o sofrimento, pode nos deixar preocupados, porém, se constitui uma parte de nossa cruz, chega a converter-se em bênção, até a saúde da Alma refletir-se no Corpo. É só termos fé e cumprirmos com o que escolhemos lá no Terceiro Céu!
Os mais potentes telescópios, que alcançam milhões de quilômetros no espaço, não encontram os limites da luz.
Sabemos, não fossem os olhos físicos com os quais vemos a luz – nas frequências visíveis à essa visão -, e os ouvidos físicos que registram as vibrações do som – nas frequências audíveis à essa audição -, andaríamos aqui na Terra em eterna escuridão e silêncio. Imaginem que triste, sem esses dois órgãos maravilhosos?
Assim, para perceber a Luz Divina, a única que pode iluminar a nossa obscuridade espiritual, e ouvir a voz do silêncio, a única que pode guiar, devemos cultivar nossos “olhos” e “ouvidos” espirituais.
A Oração, a verdadeira Oração científica, é um dos métodos mais poderosos e eficazes que nos levam a encontrar Graça diante do nosso Deus-Pai e receber a imersão na Luz Espiritual que, alquimicamente transforma o pecador em santo e o envolve com o Manto Dourado Nupcial: o Luminoso Corpo-Alma.
Todavia, não nos enganemos. A oração, sozinha, não pode fazer isso, a menos que nossa vida inteira, todos os dias, tanto despertos, como no sono (após uma boa e bem-feita Retrospecção), seja uma oração para a iluminação e a santificação, nossas preces nunca alcançarão a Divina Presença.
O que precisamos então? “Orar e laborar”, sempre!
Orando sinceramente, de coração puro e trabalhando em prol dos nossos semelhantes, cumprindo o mandamento oculto a que nos propusemos, já que somos Aspirantes à vida superior, só assim nos adiantamos no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Devemos voltar sempre nossos pensamentos para Deus, não deixando, claro, de cumprir fiel e grandemente com nossos afazeres diários.
Cada oração feita em silêncio, falada, cantada ou em meditação, cada canção de louvor, cada leitura das passagens das Escrituras, executadas com o coração, com o pensamento em Deus, em Cristo que nos deixou maravilhosos Ensinamentos, derrama sobre os fiéis, e sobre o lugar, a Graça do Espírito.
Deste modo, constrói-se com o tempo, uma igreja invisível, uma egrégora maravilhosa, que ilumina a todos, transcendendo todo o imaginável.
Isso sim é uma coisa invisível, mas vivente e vibrante com uma força Divina e maravilhosa de sentir.
Isso é bom para quem executa como também ajuda no seu ambiente, no seu entorno, e ajusta as caóticas vibrações do mundo.
Ora e labora!! Ore e trabalhe sempre!!
Já ouvimos a frase: “Cuidemos bem das crianças e teremos adultos fantásticos”. Isso está corretíssimo, e lindo de se acompanhar.
Quando uma criança surge à luz deste mundo, traz uma preparação intrauterina e tem que passar por períodos setenários de desenvolvimento, para alcançar a maioridade e, dali por diante, por um consciente cultivo das faculdades latentes.
Vejam então a responsabilidade dos pais ou responsáveis em cuidarem muito bem das crianças, principalmente dos 0 aos 7 anos, dos 7 aos 14 anos e dos adolescentes dos 14 aos 21 anos. Isso é muito sério!
A criança é muito impressionável, é “toda olhos e ouvidos”. Durante seus primeiros anos de vida, elas podem “ver” os Mundos superiores e, com grande frequência, falam daquilo que veem, mesmo os adultos sendo incrédulos e até muitos deles dizendo que são bobagens.
Até os 7 anos, elas são especialmente imitadoras e ensináveis. Elas confiam demais nos pais ou responsáveis, elas os admiram. Essas são as palavras de ordem: Exemplo (para os pais) e Imitação (para as crianças).
Dos 7 aos 14 anos o Corpo Denso já fica sob seu controle, em torno dos 14 anos há o nascimento do Corpo de Desejos, marcando o início da puberdade, período também de atenção ao comportamento delas. Essas são as palavras de ordem: Autoridade (para os pais) e Aprendizado (para as crianças).
Dos 14 aos 21 anos é outro período delicado pois não são crianças e nem adultos, sendo um período também confuso para elas. Os pais ou responsáveis devem estar sempre por perto, conversarem muito, ouvirem muito. Essas são as palavras de ordem: Tolerância e Diálogo (para os pais) e Investigação e Fluidez nas opiniões formadas (para as crianças adolescentes).
E em torno dos 21 anos há o nascimento da Mente.
Próximo aos 21 anos de idade o Ego toma posse completa dos seus veículos. Isso efetua-se pela produção de sangue individual e por meio do calor do mesmo sangue, dependentes do pleno desenvolvimento do Éter de Luz (que dá calor ao sangue).
Os pais ou responsáveis pelas crianças deviam atentar para todos os períodos citados acima. As crianças precisam de atenção, de carinho, brincar em parquinhos, se relacionar com outras crianças, pisar na grama, andar descalças, se sujarem, ouvirem histórias, serem ouvidas com atenção.
Os adolescentes precisam ser acompanhados de perto pelos pais ou responsáveis; eles gostam de experimentar o “novo”, serem diferentes, mostrarem que conhecem e sabem tudo. Um ledo engano! Aí mora o perigo.
As crianças e adolescentes precisam ser bem direcionadas.
Todos precisam de muito amor, muito carinho e atenção.
Crianças e adolescentes “largadas”, sem cuidados, com celulares, tablets, laptops à vontade (sem controle), correm grande perigo, são alvos fáceis de aproveitadores.
O fato dos pais ou responsáveis trabalharem fora não lhes dá o direito de terceirizarem todo amor, carinho e cuidados com seus filhos!
Cuidemos bem das crianças e adolescentes e teremos sim, adultos fantásticos.
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Resposta: Se você acha isso do Conceito (“Não estariam alguns dos conceitos acima presos no passado e influenciados pela visão de mundo do autor em sua época”), então que dirá da Bíblia, que nos foi “dada pelos Anjos do Destino que estão acima de todo o erro e dão, a cada um e a todos, exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento”? O Conceito Rosacruz do Cosmos não foi escrito por Max Heindel; foi ditado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, seres humanos que já alcançaram as 9 Iniciações Menores e as 4 Iniciações Maiores (ou Cristãs). Esses têm a capacidade, – obtida por mérito e por ter trilhado esse caminho, que você está começando, a base de muito sofrimento, muita persistência, muita fé e muito amor – de ler diretamente na Memória da Natureza (que se encontra no Mundo do Espírito de Vida) e extrair dali esses Ensinamentos, cunhados como Ensinamentos da Sabedoria Ocidental ou Ensinamentos Rosacruzes. O que acontece sempre é a nossa incompetência em ver “por trás do véu”, nas entrelinhas, nos conceitos envolvidos. Daí a importância do Treinamento ou Educação Esotérica como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos. Se persistir no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz terá a oportunidade de “ver muitas ‘verdades prováveis’ se tornarem ‘verdades provadas’ para você”.
Resposta: Sem dúvida alguma! Se escolhermos uma quantidade de dívidas (lições não aprendidas) que temos que pagar (aprender) e se para melhor pagá-las (aprendê-las) houver a necessidade de renascermos em um Corpo Denso cuja cor é “classificada” aqui como negra, amarela, vermelha, parda ou outra cor, com certeza o faremos, pois lá no Terceiro Céu temos a exata medida do que temos que fazer aqui.
Resposta: Estamos atravessando um momento nesse Esquema da Evolução que se chama “os dezesseis caminhos da destruição” onde o conceito de “raça” ainda nos impede de alcançarmos a Fraternidade, como preconizada por Cristo. As “vítimas do racismo” foram os que em renascimentos passados vitimizaram os que hoje são os “racistas”. Enquanto esse relacionamento não terminar com amor, esse processo não findará, pois “o ensino só é suspenso, quando a lição é aprendida”!
Resposta: Depende do seu conceito de “usufruir”; se for “vamos comer e beber à vontade, porque amanhã morreremos mesmo” aí sim, não seria “opressivo e egoísta”, mas sim gerador de Destino maduro – pecado não pode ser expiado utilizando a doutrina do Perdão dos Pecados, mas pago pelo sofrimento. Agora se “usufruir” é utilizar a sua prosperidade como um meio para servir amorosa e desinteressadamente o irmão e a irmã que estão no nosso entorno, aí, ao contrário de ser “opressivo e egoísta” seria “fraterno e altruísta” e traria para quem o faz a realização espiritual que a própria pessoa escolheu obter lá no Terceiro Céu. Ou seja: lição aprendida, ensino suspenso. E que venha, então, a próxima lição!
Resposta: O Espírito Planetário fica no centro da Terra e se encontra com Ele depois da 4ª Iniciação Maior ou Cristã. Cristo é o Espírito Planetário da Terra porque somos incompetentes de sê-lo. Graças ao seu Plano de Salvação muitos de nós estão trabalhando arduamente para se tornar competentes. Quando houver um número suficiente Ele será libertado desse fardo cristalizante que hoje Ele carrega para nós.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, às 18h30, os Estudante Rosacruzes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
“Sobre o madeiro, levou os nossos pecados em Seu próprio corpo, a fim de que, mortos para os nossos pecados, vivêssemos para a justiça. Por Suas feridas fostes curados.” (IPe 2:24)
*Se você está doente e entende que precisa de ajuda, recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/
**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la começa por oficiar o Ritual Devocional do Serviço de Cura nas Datas de Cura. As instruções detalhadas se encontram aqui:
Nas Sagradas Escrituras encontramos a expressão “Jornada Através do Deserto”. Esta se supõe que se refere a presente fase de nossa evolução, a nossa permanência aqui no plano físico. Porque aqui vivemos na condição de relativa obscuridade espiritual e até que, de novo voltemos ao “Jardim do Éden” (a Região Etérica do Mundo Físico), teremos que viver grandemente pela fé.
Para nos confortar e estimular uma crença em nosso triunfo final, as Hierarquias Criadoras nos têm prestado uma maravilhosa ajuda, chamada Religião. Assim sendo, todas as Religiões do mundo são de origem divina, e as várias formas de adoração dadas à Humanidade, de quando em quando, foram todas designadas para atender as necessidades de uma Raça ou grupo em determinada época e determinado lugar.
Cada subsequente Religião tem dado ao mundo mais luz espiritual que a anterior e assim, em geral, a última Religião recebida por uma Raça ou nação, se verá que é a de maior utilidade. Muitas pessoas não se dão conta da expressão dual das doutrinas religiosas. Sem dúvida, em toda Religião podemos encontrar um ensinamento Esotérico ou interno. Assim como também o ensinamento Exotérico ou externo que se dá ao público. Nas Sagradas Escrituras é dito que S. Paulo deu “leite” à multidão e “carne” (ICor 3:2) aos mais avançados. A história antiga faz muitas referências às “Escolas de Mistérios” do passado. O historiador grego Heródoto, fala de sua Iniciação nos Mistérios Egípcios, mas das maravilhas e conhecimento secreto que lhe foi revelado. diz: “… é ilícito relatá-lo”. As Escolas de Mistérios foram chamadas segundo seu fundador ou a cidade onde se encontravam, e quase todas elas são bem conhecidas, quando menos, aos estudantes de história.
As várias Religiões exotéricas do passado diferem consideravelmente em aparência, mas os ensinamentos esotéricos são extraordinariamente similares e só diferem, principalmente, em que cada uma, a sua vez, revela mais detalhes do Plano Cósmico Divino do que a que a precede.
Por exemplo, os Mistérios Rosacruzes (Cristianismo Esotérico) a última é a mais compreensível de todas as Escolas de Mistérios. Foi plenamente anunciada no Antigo Templo de Mistérios Atlante. Esse “Tabernáculo no Deserto”, a primeira das Escolas de Mistérios foi, na verdade, “a sombra de melhores coisas por vir” (Col 2:17), pois em seu desenho se vê claramente os rasgos da Cruz Trilobada, o símbolo da Escola de Mistérios Rosacruzes.
A mais excepcional oportunidade para progredir se oferece assim a todos aqueles privilegiados para encontrar essa maravilhosa fonte de sabedoria. A maior parte dos Estudantes Rosacruzes está consciente disso, mas não muitos parecem que compreendem que as Sagradas Escrituras (Cristianismo Exotérico) podem também ser de grande auxílio ao Estudante Rosacruz. Sem dúvida, realmente, tanto o Antigo como o Novo Testamento da Bíblia contêm gemas de sabedoria e um estudo atento revelará que eles unem totalmente o vazio entre a Religião exotérica e esotérica. A Bíblia é mais que um simples livro. Tem sido descrito como um “vórtice espiritual” e serve como ponto de concentração por verter a energia espiritual por meio de todos aqueles que prestam sua atenção a esse livro de livros. Unicamente essa propriedade das Sagradas Escrituras tem sido observada igualmente pelo clero e pelos leigos, e é a base para a prática comum da leitura de alguns versículos da Bíblia todos os dias. Sabemos que “a Bíblia foi dada a cada um e a todos pelos Anjos do Destino, que estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento”. Esses grandes seres espirituais são responsáveis pelo efeito dela sobre a Humanidade e permanecem sempre dispostos para auxiliar aqueles que buscam sua orientação por meio da Bíblia. Pois a Bíblia é, na verdade, o elo dos Anjos com a Humanidade, e seu verdadeiro valor para nós pode não ser compreendido inteiramente, durante muitos ainda, muitos anos por vir.
Em geral, a Religião nos assegura uma salvação verdadeira (um retorno seguro) e não devemos descuidar dos muitos benefícios que dela podemos obter.
Vamos ver um resumo do valor e propósito verdadeiro dos Sacramentos Cristãos. A Graça tem sido definida como o “Cimento” do Cristianismo e os Sacramentos são sua “Estrutura”; e poucos Estudantes Rosacruzes parecem compreender o verdadeiro propósito dessas partes básicas estruturais da Religião Cristã. Certamente, o Cristianismo perderia muito de sua beleza e poder sem os Sacramentos.
Como a Bíblia, os Sacramentos Cristãos não são dádivas ou ministérios dados de uma vez por todas. Verdade é que são simbolizados por rituais externos de curta duração, e sem dúvida, seu propósito, como a Bíblia, é o de nos prover de uma contínua ajuda no exercício para o crescimento espiritual. Os Sacramentos, então, não são meras cerimônias, mas Exercícios reais espirituais ou disciplinas de grande poder.
Os Sete Sacramentos Cristãos foram fornecidos aos Apóstolos pelo Cristo, e justamente como invocamos aos Anjos todas as vezes que lemos a Bíblia, assim atraímos o Raio de Cristo quando quer que observemos os Sacramentos Cristãos. A maior parte das Religiões Protestantes, que preconiza o Cristianismo Popular, observa só dois dos Sacramentos; a Religião Católica – que também preconiza o Cristianismo Popular –, por sua vez, observa todos os Sacramentos Cristãos. Fornecemos os nomes deles como os conhecemos: Batismo, Confirmação, Sagrada Comunhão (Eucaristia), Matrimônio, Penitência, Ordem Sacerdotal e Extrema-unção ou Últimos Ritos.
Vamos a uma explicação parcial o suficiente para sugerir ao Estudante Rosacruz a maravilhosa eficácia dessas disciplinas religiosas dadas por Deus.
Por exemplo, o Sacramento da Sagrada Comunhão, simbolizado pela Última Ceia, pode ser um fator vital em nossas vidas quando se lhe entende devidamente. Referindo-se ao pão e ao vinho, Cristo disse: “Este é meu corpo, e este é meu sangue” (Mt 26:26-28). Essa declaração não é uma mera figura de oratória, pois nossas plantas, grãos e frutas, com seus sucos, são cristalizações verdadeiras do Corpo Vital da Terra, o etérico Princípio-Crístico que absoluta e literalmente é o Corpo de Cristo. De tal modo, “quantas vezes participamos do pão e do vinho”, teremos comunhão com o Cristo, quando assim o fazemos “em Sua Memória” (Lc 22:19). E essa recoroação da origem verdadeira de nosso alimento o que constitui a base da Comunhão e é por meio da observação deste Sacramento – “quantas vezes partimos pão” – que podemos mais rapidamente despertar o Cristo interno. A beleza e poder desse exercício espiritual estão absolutamente além de nosso poder de compreensão na atualidade, mas os resultados são fáceis de discernir quando observamos esse Sacramento compreensivamente. No Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” se nos recorda que o alimento e a Religião foram os auxílios divinos que recebemos para nos sustentar em nossa “Jornada através do deserto“, o que sugere o hábito descuidado de que nossos alimentos possam ser tão importantes como a Religião em nossa evolução espiritual. Como uma medida prática, sugerimos que a graça ou gratidão que expressamos ao nos alimentarmos, deveriam incluir um esforço para compreender a verdadeira santidade do alimento quando participamos de cada um e todos os bocados.
Vamos a mais um exemplo: o Sacramento da Penitência é parecido com nosso Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Consiste em uma confissão ao Pai (Eu Superior) cada noite, de todos os eventos do dia, arrependendo-se sinceramente por todos os pecados cometidos e descuidos, junto com a firme resolução de reformar-se tanto como seja possível. Os efeitos de grande alcance do Exercício Esotérico noturno de Retrospecção estão relevados no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz“, onde se declara que: “A prática vespertina Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é o exercício espiritual mais poderoso que tem sido fornecido ao ser humano”.
Vamos a outro exemplo: o Sacramento do Matrimônio tem um propósito que ordinariamente não se reconhece. O Ego está destinado a evoluir os elementos negativos e positivos de sua natureza. Essa mescla dos aspectos masculinos e femininos é facilitada grandemente por meio da íntima relação do estado marital, e não é possível que essa união dos extemos possa se efetuar de outra maneira, atualmente. A função sexual, também, é um fator nesse processo, pois como muitos Estudantes Rosacruzes supõem, serve a um processo que não é o da procriação. Sem dúvida, não se dá informação pública relacionada com esse assunto; pois os segredos do sexo estão guardados com segurança dentro do mais interno Estrato da Terra, e se revela totalmente apenas aos Iniciados que podem penetrar nesse Santuário interno. No presente, nosso interesse principal deveria ser transmutar, tanto como sejam possíveis, nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores em poder criador mental, que é bem melhor que buscar desculpas para a própria indulgência, já que a força sexual criadora é a mesma utilizada para manifestar o pensamento por meio do cérebro e da laringe e para praticar a relação sexual. O Sacramento do Matrimônio é um dos passos no caminho, um necessário preliminar até níveis maiores de realização. Por meio desse Sacramento aprendemos que no “Sagrado Laço do Matrimônio” cada fase da relação pessoal deve ser enfrentada com espírito de pureza e santidade. O Estudante Rosacruz aprende mais rapidamente a sublimar as paixões ígneas quando não estão insufladas por sentimentos lascivos ou licenciosos.
O desejo veemente ajuda realmente ao Estudante Rosacruz para que dedique todas as energias à vida superior. Por exemplo, aqui, o Sacramento da Ordem Sacerdotal (que nada tem a ver com a formação de pastor, ministro, padre, monge, freira e afins) por meio de suas meditações e disciplinas auxilia ao Estudante Rosacruz a se elevar acima de qualquer necessidade para a expressão inferior das energias criadoras, ou seja, da força sexual criadora. Afinal, esse Sacramento não está reservado apenas ao clero de uma Religião do Cristianismo popular, senão é mais uma instrução ou conduta que todo Aspirante à vide superior no caminho da realização espiritual Cristã terá que observar algum dia.
Vemos agora a evidência da profunda sabedoria no desígnio dos sete Sacramentos Cristãos. E um estudo mais profundo revela mais claramente a Luz Divina que brilha através de todas as Sagradas Escrituras. Max Heindel nos recorda que a Bíblia é o mais profundo e consagrado de todos os livros de ocultismo. Entretanto, com frequência descuidamos desta afirmação, e continuamos nossa procura de maiores segredos e documentos mais minuciosos. Tais esforços devem, supostamente, resultar em um fracasso completo, pois os Ensinamentos Cristãos são os mais compreensíveis que se tem dado ao mundo.
A Filosofia Rosacruz é uma parte do Cristianismo Esotérico e pelo seu estudo, aprenderemos realmente a abrir, um, por um, os “sete selos” que envolvem o Livro de Livros, a dádiva dos Anjos do Destino à Humanidade.
(Texto de Elsa M. Glover da The Rosicrucian Fellowship, traduzido e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – agosto/1984 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Quando a pergunta “Por que você estuda a Filosofia Rosacruz?” é feita, nove Estudantes Rosacruzes em cada dez responderão, de modo fundamental: “Porque ela resolve problemas para mim cuja solução nunca encontrei em outro lugar”. As perguntas são aquelas eternas questões que, mais cedo ou mais tarde, colocam-se a todos nós: De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? Como pode um Deus de amor permitir que os seus filhos sofram de doença, pobreza e pecado, quando é onipotente e onisciente? Quem pode descrever a paz que entra na vida quando essas perguntas são respondidas de uma forma que satisfaz tanto a cabeça quanto o coração? Ou a alegria de saber, apesar da confusão e da aparente contradição superficial, que verdadeiramente “Deus está no Seu Céu e tudo está bem no mundo”?
Às vezes, porém, a satisfação completa da lógica e da razão tende a endurecer o coração e a represar as fontes de compaixão e simpatia que naturalmente se dirigiriam ao nosso irmão ou a nossa irmã em dificuldade. Quando aprendemos que a Lei de Causa e Efeito opera literalmente na vida de uma pessoa e em seu ambiente ou quando entendemos que a doença da qual ela sofre é parte da sua própria obra e, na verdade, é sua colheita tão verdadeiramente quanto a espiga de milho que ela colhe em seu milharal, temos a propensão de raciocinar assim: tudo isso é culpa dela mesma devido à sua própria ignorância, e sua salvação depende do seu próprio domínio da lição. Por que razão devo interferir no seu desenvolvimento, carregando o seu fardo? Por que tentar aliviá-la daquilo que foi provocado pela sua própria ignorância? Não permitirei assim que essa ignorância continue e, portanto, atrasarei o seu desenvolvimento, em vez de ajudar?
Esse raciocínio é friamente lógico e tem o sabor do pensamento deste mundo, mas não o da sabedoria divina. Devemos nos lembrar de que, embora a lógica e a razão tenham direito às considerações adequadas, elas não podem servir como único guia para o desenvolvimento espiritual. Devemos nos esforçar para obter um desenvolvimento global e elevar o nosso raciocínio mundano ao plano da sabedoria divina. Nesse desenvolvimento, tanto a simpatia de um coração amoroso deve ser satisfeita quanto a justiça exigida pela razão e pela lógica.
Os Anjos do Destino deram a todos os povos, em todos os tempos, uma luz adequada e suficiente para guiá-los em sua evolução e a nós ofereceram a Bíblia. Nela nos é dito claramente, em tom inequívoco: “carregai os fardos uns dos outros e assim cumprireis a Lei de Cristo. Pois cada um carregará o seu próprio fardo”[1]. Quando o Cristo nasce em nós, torna-se não apenas o nosso dever, mas também o nosso prazer, aprender a Sua Lei e aplicá-la a cada pensamento ou ato para que possamos crescer “até a estatura e a plenitude do Cristo”[2]. Como podemos então saber se estamos ou não interferindo no desenvolvimento do nosso irmão ou da nossa irmã e retardando o seu crescimento, quando carregamos com ele ou com ela, e por ele ou por ela, o seu fardo?
A “ovelha perdida”[3] que o Cristo veio procurar e salvar não é o indivíduo isolado que pode recorrer ao Crucificado para a salvação da alma dele. O sacrifício de Cristo foi pela Humanidade para salvá-la das suas trevas e da sua ignorância, e a ignorância e os pecados dos vários são a ignorância e os pecados de todos. Eu sou o guardião do meu irmão e da minha irmã porque a minha ignorância, tal como a dele ou a dela, é a causa da queda dele ou dela e eu também sou ignorante e pecador. Além disso, a salvação só se encontra em Cristo, que não veio para me salvar individualmente, mas a mim porque faço parte da Humanidade que estava e está perdida. A minha salvação não pode ser desfrutada na sua plenitude enquanto o que está perdido não for redimido. A minha vida está tecida e entrelaçada com a vida do meu irmão ou da minha irmã e, se a Luz raiou sobre mim, satisfazendo tanto o coração como a mente e me restituindo um Deus de amor e justiça, essa Luz revela também o fato de que o fardo do meu irmão ou da minha irmã não é mais individual do que a sua redenção.
Mas, o que significa a última parte do nosso texto: “Porque cada um deve carregar o seu fardo”? Não é isso uma contradição? Por que devo me preocupar com o problema do meu irmão ou da minha irmã, se no fim não posso carregá-lo? A resposta é que a única parte do fardo que podemos ajudar a carregar é o seu aspeto exterior — o alívio material. Apenas alguns de nós aprenderam a oferecer qualquer tipo de alívio a partir de um plano superior. Como somos propensos a engrandecer o material! Quando damos uma moeda para o mendigo ou lhe aliviamos a fome, pensamos que o ajudamos a suportar o seu fardo.
Quando nos compadecemos do nosso amigo ou da nossa amiga e ele ou ela segue o seu caminho com o coração mais leve e as forças renovadas, quanto vocês pensam que, na realidade, suportamos do seu fardo? Quando aliviamos o seu sofrimento, não estamos lidando em grande parte com o efeito, em vez da causa? Com que frequência procuramos cuidadosamente e em espírito de oração a causa do seu problema? Podemos, ou não, com mansidão e amor, mostrar para ele a Luz de tal forma que ele a possa compreender sem ser sobrecarregado pela nossa sabedoria superior ou oprimido pelo remorso?
Se tivermos feito tudo isso com humildade, não precisaremos que nos digam que “cada um deve carregar o seu fardo”. Há muito tempo enfrentamos nossas limitações e sentimos a nossa impotência. A origem de todo pecado é a ignorância e o seu único remédio é a sabedoria. A aquisição da sabedoria é um crescimento e o crescimento é um processo lento, puramente individual. Podemos ajudar nosso irmão ou nossa irmã a atravessar um caminho pedregoso, podemos firmar seus passos vacilantes e atar os pés que sangram, mas não podemos percorrer o caminho por ele. Cada um deve carregar o seu próprio fardo.
Não precisamos temer a interferência no desenvolvimento do nosso irmão ou da nossa irmã, quando lhe prestamos o nosso melhor serviço na sua hora de necessidade. Ao contrário, tenhamos medo é de negligenciar o serviço e retardar o nosso próprio crescimento. Nosso destino está entrelaçado com o dele ou com o dela; quando partilhamos o nosso pouco com ele ou com ela na sua hora de necessidade, aprendemos a tão necessária lição da confiança em Deus e não nos bens materiais ou no ambiente. Aprendemos, então, que o serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) é o caminho mais curto e mais seguro que nos conduz a Deus e que “aquele que quiser ser o maior entre vós, que seja o servo de todos”[4].
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross outubro/1920 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
[1] N.T.: Gl 6:2-5
[2] N.T.: Ef 4:13-16
[3] N.T.: Mt 18:10-14 e Lc 15:1-7
[4] N.T.: Mc 10:43 e Mt 20:26
Além do sistema de Iniciação Rosacruz, apropriado para aqueles que querem seguir o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz pela luz da razão, há outro Caminho para aqueles que querem trilhar pela fé e, do mesmo modo que há grandes vantagens no processo de conhecimento e de consciência deliberada da Iniciação Rosacruz, a Iniciação Cristã Mística é tocante e formosa. Somente aqueles que estão livres da dominação do intelecto, que pode se abster de fazer perguntas e consegue obter tudo que precisa de modo simples, por meio de uma fé “infantil” pode trilhar esse Caminho.
A Bíblia toda é um livro que contém diferentes sistemas de Iniciação e Iluminação para diferentes fases de desenvolvimento. Não há nenhuma dúvida que Cristo-Jesus viveu e passou pelas experiências narradas nos quatro Evangelhos, mas também é verdade que esses Evangelhos são fórmulas de Iniciação, e que Cristão Místico segue Cristo-Jesus por aquele Caminho, embora ele esteja sempre inconsciente que passa por um desenvolvimento oculto.
A base estabelecida em vidas passadas o atrai, em um renascimento aqui, a pais de natureza pura; assim, o corpo dele é imaculadamente concebido.
Quando a Humanidade emergiu das águas da Atlântida, ela perdeu o espírito de Amor e de Fraternidade e se tornou interesseira e caracterizada pelo egotismo (ou seja: sempre mostrando um senso exagerado de auto-importância, sempre querendo ser o centro de tudo). O espírito de Amor e Fraternidade Universal são trazidos, novamente, por meio do Cristão Místico quando ele vai sob água do Batismo e sente o pulsar do Grande Coração de Deus batendo no peito dele.
O egotismo e o egoísmo construíram um véu entre Deus e o ser humano, e quando descontruídos, o amor ilumina o Caminho para os lugares secretos. No Monte da Transfiguração o Cristão Místico vê a continuidade da vida pelo renascimento em diferentes Corpos. Moisés, Elias e João Batista são expressões do mesmo Espírito (do mesmo Ego) imortal.
As formas são utilizadas como trampolins para a vida em evolução. As formas do mineral são adequadas para nutrir as plantas, portanto: as plantas têm uma dívida de gratidão para com o mineral. As formas das plantas são destruídas para alimentar o animal e o ser humano; portanto: nós temos uma dívida para com as plantas. Assim, o inferior serve ao superior, portanto, há de haver um retorno, em troca; para restaurar o equilíbrio, os seres superiores devem servir os seres inferiores, como líderes, instrutores, guardiães e, para inculcar a lição de que os seres inferiores – então aprendizes – têm uma reivindicação de ser servido, o Cristão Místico lava os pés dos seres inferiores que estão sob a tutela dele. Para ele nada é serviço de baixo ou nenhum valor; se uma tarefa desagradável deve ser realizada, ele a faz com avidez, para salvar os outros.
Mas, embora ele sirva aos outros com o maior prazer, ele deve aprender a suportar seu fardo sozinho. Quando ele passa pelo Getsemani, mesmo aqueles que estão mais próximos dele dormem. Quando ele está condenado ao ostracismo e pelo mundo, eles também o negam; assim, ele é ensinado a não olhar para ninguém, mas a confiar apenas no Espírito (no Deus interno).
Ele, então, percebe que Ele é um Espírito e que o Corpo é uma cruz que ele deve suportar pacientemente. Os vórtices desenvolvidos por seus atos e prática dos Exercícios Esotéricos lenta, mas seguramente despregam o Corpo Vital do Corpo Denso e o crucificado sobe nas esferas mais elevadas, com tamanho regozijo que o faz clamar, com um grito regozijante: “Consummatum est” (está consumado). Ele é, então, um cidadão dos Mundos visível e invisíveis, do mesmo modo que o Aspirante à vida superior que busca o Caminho de Preparação pela Iniciação Rosacruz, pois ambas as escolas se encontram na “Cruz”.
(Por Max Heindel – Publicado no Echoes from Mount Ecclesia de Agosto de 1913 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)