Carta de Max Heindel: A Razão de Tantos Cultos Diferentes

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Carta de Max Heindel: A Razão de Tantos Cultos Diferentes

A Razão de Tantos Cultos Diferentes

O pensamento fundamental da lição passada, e o que devemos ponderar devidamente, é a razão da existência de tantos cultos diferentes, cada um com seu credo próprio, defendendo a ideia de somente ele conter a verdade. A causa disto, como se constata nesta lição, baseia-se no fato de que o ego se limitou a si mesmo ao penetrar em um veículo que o separa de todos. Devido a essa limitação torna-se incapaz de apreciar a absoluta e universal verdade. Por conseguinte, as religiões ensinam uma verdade apenas parcial.

A luta engendrada no mundo pelas influências segregacionistas dos credos não constitui nenhum benefício, pois se todos tivéssemos a mesma opinião acerca da grande questão – Que é a verdade? – não haveria empenho em buscar a luz ou conhecimento, e a verdade não produziria em nós a forte impressão deixada pela luta travada pelo que acreditamos. Por outro lado, o conflito entre as Igrejas mostra àqueles que, como os da vanguarda, estão aceitando um campo de visão mais amplo, reconhecendo que ninguém possui mais que um raio da verdade.

Sabendo existir uma razão cósmica para os credos, não devemos forçar nossas ideias àqueles ainda limitados pelo espírito do convencionalismo, não imitando o espírito missionário das igrejas. Como afirma a Bíblia, devemos dar as pérolas do nosso conhecimento somente àqueles que, não se alimentando de restos, anseiam pelo verdadeiro pão da vida.

Discorrer sobre assuntos relacionados com um conhecimento superior pode ajudar aqueles despertados de sua letargia espiritual, desgraçadamente tão comum em nossos dias. A argumentação, contudo, não ensejará proveito algum, pois quem se encontra disposto a criticar, não se convence facilmente do que lhe possam dizer. A concepção da verdade é suficientemente poderosa, por si só, para derrubar as barreiras da limitação que engendra os credos. Isto, porém, deve partir de dentro e não de fora.

Devemos manter-nos dispostos a responder às perguntas formuladas por aqueles que desejam saber alguma coisa, explicando-lhes as razões de nossas crenças. Mas, devemos também permanecer dentro de certos limites, não procurando impor nossas convicções aos demais. Se os libertamos de determinados grilhões, não os atemos a outros, porquanto a liberdade é a herança mais apreciada da alma. Daí os Irmãos Maiores não aceitarem nenhum discípulo que não esteja livre de outros compromissos. E eles zelam para que o aspirante não se lhes apegue.

Esta é a única forma pela qual pode dissolver-se o Anel dos Nibelungos. Possamos viver a vida de um ideal de liberdade absoluta, e concomitantemente, cuidar de não abalar o direito e o livre arbítrio de nossos semelhantes.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 37)

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