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Audiobook: O Corpo de Desejos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Além do Corpo Denso, que é visível aos nossos olhos físicos, há outros veículos mais sutis que interpenetra esse Corpo Denso e que impulsiona e vitaliza as atividades daquele. Um deles é o Corpo Vital, outro é o Corpo de Desejos. Esse é composto de materiais do Mundo do Desejo (desde materiais das três Regiões inferiores, como das três superiores), ou seja: desejos, emoções e sentimentos. É por meio dele que expressamos os nossos desejos, emoções e sentimentos. Sem ele não tem como expressar isso. Controlar o Corpo de Desejos é uma das árduas tarefas do Estudante Rosacruz. A Fraternidade Rosacruz possuem técnicas para isso.

Se quiser saber mais, acesse aqui o audiobook que lhe ajudará a compreender o que é o Corpo de Desejos e como trabalhar com ele de forma construtiva e que nos ajude a trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, pois é por meio dele que, hoje, temos o impulso para a ação: Audiobook: O Corpo de Desejos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

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Arquétipos

Os Arquétipos são criados por forças arquetípicas que trabalham nas quatro Regiões inferiores do Mundo do Pensamento Concreto. Arquétipos vivem, movem-se e criam, como a qualquer coisa mecânica feita pelo ser humano – mas sem racionalidade. Quando o Arquétipo é construído e colocado em vibração, e enquanto a forma continuar vibrando, a vida é sustentada. Quando o Arquétipo cessa de vibrar, a forma se desintegra.

Se quiser saber mais sobre esse interessante assunto é só acessar aqui: Arquétipos

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Pergunta: Com que poder S. Pedro ressuscitou Dorcas dentre os mortos?

Resposta: S. Pedro não ressuscitou Dorcas dentre os mortos, nem o Cristo ressuscitou Lázaro ou qualquer outro, e nenhum deles afirmou isso. Cristo disse: “Nosso amigo Lázaro dorme, mas vou despertá-lo”[1]”.

Para que esse assunto seja bem compreendido, explicaremos o que ocorre na morte e em que ponto a morte é diferente do estado de transe, pois as pessoas mencionadas estavam em transe quando se sucederam os supostos milagres.

Durante o estado de vigília, quando o Ego está funcionando conscientemente no Mundo Físico, seus vários veículos estão concêntricos – eles ocupam o mesmo espaço – mas à noite, quando o Corpo Denso dorme, ocorre uma separação. O Ego, junto com a Mente e o Corpo de Desejos, liberta-se do Corpo Denso e do Corpo Vital, que são deixados sobre a cama ou outro lugar em que a pessoa esteja dormindo. Os veículos superiores pairam acima ou próximo ao Corpo Denso. Eles estão conectados aos veículos mais densos pelo Cordão Prateado, um fio tênue e reluzente que assume a forma de dois números seis, tendo uma extremidade ligada ao Átomo-semente no coração e a outra ao vórtice central do Corpo de Desejos[2].

No momento da morte, esse tênue fio se rompe no Átomo-semente do coração e as forças desse Átomo-semente passam ao longo do nervo pneumogástrico[3], através do terceiro ventrículo do cérebro e, daí para fora através da sutura parieto-occipital do crânio, ao longo do Cordão Prateado até aos veículos superiores. Simultaneamente a essa ruptura, o Corpo Vital também se desprende e junta-se aos veículos superiores que estão flutuando sobre o Corpo Denso sem vida. Permanece ali cerca de três dias e meio. Em seguida, os veículos superiores se desprendem do Corpo Vital que, nos casos comuns, se desintegra sincronicamente com o Corpo Denso.

No momento dessa última separação, o Cordão Prateado também se rompe ao meio, e o Ego está livre do contato com o Mundo material.

Durante o sono, o Ego também se retira do Corpo Denso, mas o Corpo Vital permanece com o Corpo Denso e o Cordão Prateado permanece intacto.

Algumas vezes acontece que o Ego não retorna ao Corpo Denso pela manhã para acordá-lo, como de costume, mas permanece fora por um tempo que varia de um a um número indefinido de dias. Então, dizemos que o Corpo Denso está em um estado de transe natural. Mas, o Cordão Prateado não se rompeu em nenhum dos dois pontos mencionados acima. Quando ocorrem essas rupturas, não há restauração possível. O Cristo e o Apóstolo eram clarividentes; eles viram que nenhuma ruptura ocorrera nos casos mencionados, por isso, disse: “Nosso amigo Lázaro dorme, mas vou despertá-lo”. Eles também possuíam o poder de forçar o Ego a retornar a seu Corpo Denso e restaurar a condição normal. Assim, os chamados milagres foram realizados por eles.

(Pergunta nº 113 do Livro “Filosofia Perguntas e Repostas – Volume I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Jo 11:11

[2] N.T.: onde está o Átomo-semente do Corpo de Desejos, na posição referencial do fígado físico.

[3] N.T.: também chamado de nervo vago.

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A Luz Além da Morte

Não importa que saibamos ser a morte uma benção e libertação, nem o quão preparados estamos, para nos alegrar pelo fato de aquele que se foi estar livre dos grilhões do Corpo Denso; isso tudo geralmente não ajuda, porém pode ser um recurso para nós quando uma pessoa querida passa para o além.

Sabemos que nosso amigo ou nossa amiga está bem e ficamos contentes com isso, mesmo que não possamos ajudá-lo ou ajudá-la e sentimos saudades dele ou dela. Deparamo-nos ouvindo os seus passos na escada ou a sua voz na porta e, como isso não se confirma, inevitável será que a nossa natureza egoísta vá se erguer até o ponto em que nos encontramos lutando contra a solidão. A menos que nos encontremos entre aqueles afortunados, os quais são relativamente poucos, que podem ver e se comunicar com os Egos do outro lado. Muitos de nós somos ainda humanos o suficiente para sentir saudade em certas circunstâncias, mesmo quando olhamos a morte de um ente querido com o positivismo implícito nos Ensinamentos Rosacruzes dados pelos Irmãos Maiores.

Então, é muito bom para cada um de nós saber como tudo isso funciona: vida aqui, morte lá; morte aqui, vida lá.

Quer entender mais sobre esse evento e o que acontece antes e depois, bem como sob circunstâncias particulares? É só acessar aqui: A Luz Além da Morte

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O Poder do Pensamento expresso nas Reuniões de Cura: exercite-o!

“Um só carvão não produz fogo, mas, quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode converter-se em chama, irradiando luz e calor”. Foi em obediência a essa mesma Lei da Natureza que nos reunimos aqui, esta noite, porque ao acumular nossas aspirações espirituais para curar e ajudar nossos companheiros sofredores, poderemos realizar nossa modesta parte no sentido de levantar o manto de tristeza que agora paira sobre a vida deles e apressar o dia do Reino vindouro, onde o sofrimento e a tristeza serão abolidos e mesmo a morte deixará de ter domínio sobre os seres humanos.

As “Reuniões de Cura” são realizadas nas noites em que a Lua esteja em um Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra, Capricórnio), porque nesse momento o máximo de energia cósmica é infundido no trabalho que iniciamos; assim, existem as melhores chances de um problema ser resolvido. Portanto, estamos aproveitando as forças do universo e o pensamento é o veículo que usamos para transmitir esse poder de cura.

No entanto, antes que a energia possa ser transmitida, ela deve ser gerada e, para fazer isso com eficiência, devemos entender com precisão qual é o método. Lemos na Bíblia que: “Como um homem pensa em seu coração, assim ele é” (Pb 23:7). Isso vai ao fundo do assunto, pois, embora possamos confessar com a boca acreditar em certas coisas e, logo, enganar os outros ou, sim, até nós mesmos, apenas aquilo em que realmente acreditamos em nosso interior, o que pensamos no fundo do coração, é válido. Se professamos com a boca que cremos em Deus, que vivemos a vida correta, que fazemos aos outros o que é certo, independentemente do que façam conosco, ou que sigamos outros altos padrões de conduta, ainda poderemos viver uma vida ambígua e sermos hipócritas. Contudo, se realmente aceitarmos isso em nosso cerne, não será necessário que façamos declarações. Cada um dos nossos atos proclamará exatamente o que pensamos em nosso íntimo e no que acreditamos. Rapidamente, as pessoas descobrirão justamente que tipo de pessoa somos, observando nossas ações, em vez de ouvir o que dizemos.

Devemos perceber que todo pensamento é uma centelha emitida pelo Ego, que quando nasce, atrai para si um determinado tipo de material apropriado à sua natureza. Esse pensamento-forma pode ser enviado a outras pessoas, visando ao seu bem ou mal; mas haverá uma reação sobre nós mesmos, boa ou má, dependendo do que foi canalizado aos outros. É um fato e não apenas mero provérbio poético afirmar que “pensamentos, como galinhas, sempre voltam para o poleiro”. Qualquer pessoa que tenha a visão espiritual despertada vê em cada um de nós uma atmosfera áurica sutil, colorida de acordo com nossa particular tendência de pensamento; embora, é claro, a cor básica seja determinada por características do povo e da nação.

Se depositarmos em nossos corações pensamentos de otimismo, bondade, benevolência, ajuda e serviço, então esses pensamentos gradualmente vão colorir nossa atmosfera de certa maneira que é muito expressiva de todas essas diferentes qualidades ou virtudes desejáveis. E, à medida que nossos corpos são construídos pela Mente em uma expressão de nossa atitude mental, isso reage em nosso Corpo Denso, trazendo para nós saúde e bem-estar. Por essa razão, os Ensinamentos Rosacruzes são verdadeiros, quando afirmam que dessa maneira a saúde e a prosperidade são alcançadas; ainda que ninguém com Mente espiritual realmente use tais meios para obter riqueza material. Mas, essa é apenas outra maneira de provar a verdade das palavras de Cristo: se procurarmos primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, todas as outras coisas nos serão acrescentadas[1].

O profeta de Israel também deu essa garantia, quando afirmou: “Fui jovem e já estou velho, mas nunca vi um justo abandonado, nem sua descendência mendigando pão[2]. É uma lei do universo que, se trabalharmos com Deus, Ele certamente cuidará de nós de maneira material. “Não se vendem dois pardais por um asse? E, no entanto, nenhum deles cai em terra sem o consentimento do vosso Pai![3]; porventura não valem mais do que muitos pardais? Por toda a palavra de Deus temos a promessa de que, se trabalharmos com fidelidade, honestidade e o melhor da nossa capacidade, lutando pelos interesses do Cristo, trabalhando em “Sua vinha”, Ele cuidará de nós.

Quando alguém cria sobre si mesmo uma atmosfera áurica de utilidade, bondade e serviço real — porque não basta desejarmos prestar o serviço, mas devemos nos esforçar dia após dia para servir ao máximo — deita toda noite cansado, na feliz consciência de ser um verdadeiro servo de Cristo. Contudo, quando tivermos feito isso, encontraremos um mundo mudado. Acharemos em outras pessoas as mesmas qualidades que possuímos, porque essa atmosfera áurica é como um vidro através do qual devemos olhar para todos. O mundo inteiro é colorido por nossa própria aura, como se estivéssemos em uma sala com janelas de vidro vermelho e o mundo lá fora, então, as árvores, casas e tudo o mais, parecesse vermelho.

Para mencionar um fato, vemos o mundo em que vivemos através dessa atmosfera áurica e, se ela for vibrante pela benevolência e bondade, encontraremos sobre nós pessoas que sejam benevolentes e gentis, pois atraímos delas as qualidades que nós mesmos expressamos, seguindo o mesmo princípio científico do diapasão: quando um é tocado, ele desperta as vibrações de outros diapasões de tom idêntico; assim, as pessoas que nos conhecem são sempre atraídas e respondem àquilo que temos em nós mesmos.

Portanto, um ser humano que é benevolente, como dito, sente a benevolência e a bondade de outras pessoas. Um que dispõe de pensamentos mesquinhos e preocupantes, que é pessimista ou habitualmente tem pensamentos de crueldade para com os outros, invocará sobre si próprio os mesmos traços de caráter que envia. Estamos todos vibrando em determinado tom e o Átomo-semente do coração é a base da existência física e das vibrações que saem de nós para o mundo físico.

É de imenso benefício conhecer essa evidência científica, já que podemos controlar nossos pensamentos e, através deles, todas as condições da vida. Cabe a nós, portanto e diariamente, cultivar o otimismo, a utilidade, a benevolência e a bondade para podermos ter maior valor no trabalho do mundo. A menos que tenhamos essas qualidades em algum grau, é impossível realizar a tarefa para a qual viemos aqui, hoje à noite: ou seja, ajudar outras pessoas e curar.

Milhares de Estudantes Rosacruzes em todo o mundo concentraram seus pensamentos aqui, durante este dia, como faz todos os dias, quando há uma “Reunião de Cura”, seja em um Centro Rosacruz, em um Grupo de Estudos ou mesmo em um lar. Essa agregação de pensamentos agora flutua sobre a Pro-Ecclesia, aqui na Sede Mundial, uma força poderosa. O Símbolo Rosacruz na parede oeste é o instrumento ou foco através do qual devemos enviar essa força poderosa ao mundo. Temos ali a estrela dourada de cinco pontas e a cruz trilobada de quatro pontas. Os números cinco e quatro formam o místico nove, que é o número de Adão, a Humanidade. A cruz é branca e pura, símbolo que indica que quem deseja se tornar um Auxiliar Invisível da Humanidade deve se purificar de todo o mal e, embora tentando fazer isso caiamos repetidas vezes, lembremos que não exista falha, exceto desistir da missão. As sete rosas que enfeitam este símbolo representam o sangue purificado.

Enquanto a Humanidade e os animais que têm sangue quente e vermelho estão cheios de paixão e desejo, a planta não tem paixão. A rosa vermelha, sendo o órgão gerador da planta, permanece como um símbolo da imaculada concepção que ocorre quando o Cristo nasce em nosso interior, purificando-nos dos pecados do passado e santificando-nos para a obra do futuro. Esse é o grande ideal ao qual aspiramos. Concentremos nosso pensamento na rosa branca do centro do Símbolo Rosacruz, que representa o coração puro do Auxiliar Invisível, que é tão desinteressado. Oramos para que nossos pensamentos sejam tão puros quanto aquela rosa, para que possamos gerar conceitos de pureza, força, utilidade e confiança em Deus, apesar de todos os desânimos.

Acima de tudo, depois que fizermos nossa parte, confiemos os resultados a Deus, eliminando nossa própria Personalidade. Somos fracos demais para lutar contra forças cósmicas; entretanto, Deus é onipotente. Não tentaríamos atravessar o oceano em um barco a remo que, muito provavelmente, afundasse; no entanto, se formos de avião, grande e bem construído, as chances serão muito favoráveis à sobrevivência contra qualquer vento forte que nos possa assolar. Essa metáfora também pode ser aplicada à viagem em direção ao nosso objetivo espiritual. Se nos esforçarmos para manter as próprias forças, estaremos muito aptos a cair; porém, se nos comprometermos com Deus e orarmos a Ele por orientação, descobriremos que as chances de sucesso aumentam bastante. E por oração não se entende apenas a dos lábios, mas a do coração.

Como Emerson ensina:

Embora seus joelhos nunca estejam dobrados,

Para o céu, de hora em hora, seus pedidos são enviados;

E sejam, para o bem ou para o mal, formados,

Ainda são respondidos e registrados.

(De Max Heindel, publicado na Revista “Rays from the Rose Cross”, de julho/1915 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Brasil)


[1] N.T.: Mt 6:33

[2] N.T.: Sl 37:25

[3] N.T. Mt 10:29

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Pergunta: O que ocorre quando a a nossa existência Purgatorial termina, ou seja, quando termina a nossa passagem pelo Purgatório?

Resposta: Nós ascendemos ao Primeiro Céu, que está localizado nas três Regiões Superiores do Mundo do Desejo. O resultado do sofrimento purgatorial é incorporado, como consciência, ao Átomo-semente do Corpo de Desejos, para que no futuro possamos ter internamente a percepção entre o bem e o mal, naqueles pontos que transgredimos na última vida vivida aqui.

O reto sentir é a conquista adquirida nesse processo, impulsionando-nos para o bem e advertindo-nos contra as mesmas tendências e tentações.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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A Formação do Ambiente e as Doenças e Enfermidades Físicas e Mentais

Estabelecendo-se uma comparação entre os Reinos animal e humano nota-se que enquanto os animais agem e reagem de maneira idêntica sob as mesmas circunstâncias, por serem guiados por um Espírito-Grupo, o ser humano se comporta diferentemente. Cada indivíduo é uma “lei em si mesmo”. Ninguém pode predizer as ações de cada ser humano, nem como agirá sob circunstâncias análogas. Pode agir distintamente, e provavelmente o fará, diante de condições idênticas e em ocasiões diferentes.

Por esta razão, é extremamente complexo tentar definir ou elucidar devidamente um assunto como o véu do destino, pois nossas Mentes ainda têm uma capacidade limitada. Para compreender totalmente esta matéria, seria necessária a sabedoria de grandes seres como os Anjos do Destino, por exemplo, que têm a seu cargo este intrincado aspecto da vida.

Cada ato de cada indivíduo produz uma determinada vibração no universo, reagindo sobre ele e sobre outros ao seu redor. A Mente humana não tem condições de vigiar e calcular os resultados dessas ações e reações que se produzem em meses, anos ou vidas.

Porém, temos visto, graças ao quadro geral impresso em nossa Mente, quando desenvolvíamos este tema, o modo de classificar as causas engendradas no passado, segundo se nos apresentam, com seus efeitos na vida atual. No decurso deste estudo investigaram-se várias centenas de pessoas. Em alguns casos, retrocedemos três, quatro e até mais vidas, com o objetivo de chegar à raiz da questão, determinando a forma em que as condições do passado reagem para criar as atuais. Porém, ainda que fazendo conscienciosamente esse trabalho de investigação, devemos advertir o leitor: não considere nosso juízo como um ensinamento conclusivo e definitivo sobre a matéria. Considere-a um passo inicial e contamos poder ajudá-lo a solucionar determinados problemas.

Com referência ao meio ambiente parece-nos que as pessoas dotadas de uma natureza toda peculiar, difíceis de se relacionar com outras de seu meio, têm diante de si uma vida pontilhada de provações. Nascem frequentemente entre estranhos, dos quais não receberão nenhum sentimento de afeto. Seus sofrimentos não despertarão entre seus familiares nenhuma impressão de simpatia ou apreciação. Ou bem se tornam órfãos, ou são separados dos pais, quando não se ausentam de sua terra natal em tenra idade. Quando é este o caso, essa alma, amiúde, anela a um afeto, a simpatia ou carinho, sentimentos que ela recusou a dar em vidas anteriores.

Também observamos casos de indivíduos responsáveis pelos maiores ultrajes, no passado, tendo levado a desonra e a vergonha a seus entes queridos, os quais sofreram horrores, justo pelo acendrado amor nutrido pelo desafeto. Na existência em que tal alma se dispõe a emendar-se, purgando seus erros pretéritos, se encontrarão em um ambiente totalmente hostil. Sofrerá fome de amor, pois negou-o anteriormente. Se tal criatura não aprender toda a lição numa só vida, diferentes renascimentos com experiências semelhantes, lhe ensinarão a ser agradecido aos que o amam, bem como a agir correta e honestamente.

Também observamos que, muitas vezes, uma alma errou em vidas passadas devido à falta de uma influência bondosa por parte de seus familiares, que deviam ter sido fiéis, amorosos e complacentes. A carência desse ambiente de simpatia não encontrou, como é lógico, justificativa para suas faltas ante a lei, vendo-se obrigada a expiá-las em vidas posteriores. Nestes casos, todavia, as condições foram contrárias. A família que, em vidas passadas, houvera sido indiferente, agora lhe será querida, tendendo a sentir extraordinariamente todo o sofrimento que ela tiver de suportar em consequência de seu passado. Deste modo, a família também expiará a parte que lhe corresponde, pela sua responsabilidade em haver recusado carinho e simpatia.

São casos extremos, diga-se de passagem. Naturalmente, porém, podemos extrair lições dos casos pouco claros, pois quanto mais brutais e chocantes forem os fatos postos à nossa consideração, tanto mais fácil será catalogá-los. A lei que convém aos casos extremos, também se ajusta aos de menor importância, com as modificações graduais necessárias, aplicadas nas diferenças de ambiente.

Os fatos relatados indicam claramente que nós somos os guardiões de nossos irmãos, sendo conveniente lhes exteriorizarmos toda simpatia e bondade, pertençam ou não à nossa família. Olhando as coisas desde a superfície, e sob o ponto de vista do nosso estado atual, talvez não transpareça nenhuma responsabilidade que nos cabe pelas ações de nossos infelizes familiares. Se pudéssemos ver por detrás do véu, provavelmente descobriríamos que nós mesmos fomos, em grande parte, culpados de suas desditas.

Ouve-se, frequentemente, a expressão: “fulano ou sicrano são o pesadelo de certas famílias”. Mas, podemos considerar essas pobres criaturas como seres estranhos entre gente estranha, devendo viver naquele meio devido a desajustes de vidas passadas. O “sangue é mais espesso que a água” diz um velho provérbio. O certo, porém, é que o laço sanguíneo não traz consequências, a menos que os espíritos de uma família estejam unidos entre si pelo amor ou pelo ódio do passado, fatores determinantes das relações da vida atual.

Uma alma pode se envolver com determinada família em laços carnais, sentar-se à sua mesa, usufruir o direito legítimo de herança, e ser, entretanto, tão estranha quanto um mendigo que bata à porta pedindo um prato de comida.

Recordemos as palavras de Cristo: “Pois estava faminto e me destes de comer, estava sedento e me destes de beber, era um estranho e me admitistes ao vosso lado[1]; e depois: “Tudo o que haveis feito em favor do menor de meus irmãos, a mim mesmo o haveis feito[2]. Quando encontrarmos uma pobre alma, dessas marcadas pela desgraça e pela solidão, devemos como Cristãos imitar o exemplo de Cristo. É mister contribuir para que essa infeliz criatura se veja rodeada do calor de um lar, sentindo-se em sua casa, entre os seus. É necessário, por difícil que possa parecer, cultivar sua amizade, por amor de Cristo, sem levar em consideração suas fraquezas e excentricidades.

A humanidade é afetada por doenças e enfermidades classificadas em mentais e físicas. À incapacidade mental, quando congênita, é o resultado do abuso da força sexual criadora, com uma exceção. Pode-se incluir no caso, as afecções dos órgãos vocais e isto é lógico e compreensível. O cérebro e a laringe foram construídos por meio da metade da força sexual criadora. Assim o ser humano que era bissexual antes da aquisição desses órgãos e capaz de gerar por si mesmo perdeu esta faculdade, dependendo, agora, da colaboração de alguém de sexo ou polaridade oposta para criar um novo veículo para um Ego (que se mostrará como irmão ou irmã aqui) que precisa renascer aqui.

Quando se usa a visão espiritual para observar um indivíduo na Memória da Natureza, durante a época em que ainda estava em formação percebe-se o seguinte: onde agora existe um nervo, havia anteriormente uma corrente de desejos; e que o próprio cérebro foi feito de substância de desejos, bem como a laringe.

Foi o desejo que, primeiramente, enviou um impulso por meio do cérebro e criou tais correntes nervosas, para o Corpo Denso se mover e conseguir, para o Ego, qualquer satisfação ou anelo. À linguagem, da mesma forma, é utilizada para atingir um objetivo. Por meio dessas faculdades o ser humano alcançou certo domínio sobre o mundo, e se pudesse voar de um corpo a outro, não teria fim o abuso de seu poder para satisfazer qualquer capricho ou desejo. Porém, sob a Lei da Consequência, carrega consigo, em cada novo corpo, as faculdades e órgãos semelhantes àqueles utilizados em veículos precedentes.

Quando as paixões arruínam um veículo, em uma vida, isto fica gravado no Átomo-semente do Corpo Denso. Na “descida” para o renascimento é impossível para esse Ego juntar material puro no sentido de organizar um cérebro de estrutura estável. Nesse caso, renasce, geralmente, sob um dos Signos astrológicos Comuns[3]. Nestas circunstâncias, os quatro Signos Comuns se encontram posicionados nos quatro ângulos[4] de seu horóscopo, porque, através deles (dos Signos) o desejo passional defronta sérias dificuldades para se manifestar. Em consequência, esse poderoso impulso que anteriormente regeu seu cérebro e que poderia ser usado agora com o propósito do rejuvenescimento, acha-se ausente e o indivíduo carece de incentivo na vida. Converte-se num inválido, uma tábua sobre o oceano da existência, frequentemente alguém com algum grau de insanidade mental.

O Ego, todavia, não é insano mentalmente. Vê, conhece e alimenta um desejo ardente de utilizar seu Corpo Denso, ainda que lhe seja impossível, pois, amiúde não pode enviar sequer um impulso adequado aos seus nervos. Os músculos do rosto e do corpo não estão sob o controle de sua vontade; há falta de coordenação.

Deste modo, o Ego aprende uma das mais duras lições da vida, porquanto é muito pior do que a morte, achar-se sujeito a um Corpo Denso e não poder se expressar através dele. Isto aconteceu porque a força de desejos necessária para pensar, falar e se mover exauriu-se em uma vida depravada, no passado, deixando o Ego sem energia para manipular seu atual veículo físico.

(Por Max Heindel – Publicado na Revista Rays from the Rose Cross e Publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1977)


[1] N.T.: Mt 25:35-45

[2] N.T.: Mt 25:40

[3] N.R.: Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes.

[4] N.R.: 1ª Casa, 4ª Casa, 7ª Casa e 10ª Casa

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Música: a Divina Essência Criadora

No princípio era o Verbo”. Assim o Cosmos começou a emergir do Caos e, assim também, surgiu o nosso Universo. Por meio do Verbo a palavra é dirigida as inumeráveis estrelas que pontilham o espaço celeste e mantêm-se em equilíbrio os Planetas que giram em torno do Sol.

Há muito tempo que Pitágoras referiu-se à “Música das Esferas”, afirmando tratar-se de um fato real, pois cada Planeta emite sua própria música, harmoniosa e sublime. Pitágoras atribuiu a cada Planeta uma nota particular e comparou a distância entre eles com os tons e semitons, produzindo em conjunto as sete notas da escala.

Toda a escala evolutiva de nosso Sistema Solar relaciona-se com as sete notas e um terço da oitava do teclado do piano, tendo esse terço da oitava uma importância vital.

O Arquétipo de cada ser humano é constituído mediante a sonoridade formosa dessas tonalidades celestiais. O Ego, quando principia o ciclo de uma nova existência, deixa o Terceiro Céu, entrando na Região do Pensamento Concreto, onde a música das esferas movimenta os Átomos-sementes dos seus futuros Veículos. Os tons dessa música formam linhas de força e vibração que, mais tarde, atraem e agrupam as substâncias do Mundo Físico em uma determinada forma, assemelhando-se às figuras geométricas formadas quando se passa um arco de violino pela borda de um prato de bronze ou de cristal onde se encontra espalhada uma pequena quantidade de pó fino (as famosas Figuras de Chladni).

Todos os Astros (Sol, Lua e Planetas) cooperam nessa obra de construir o arquétipo, porém, aquele que vibra de um modo particular, em sintonia com o Átomo-semente, converte-se no Regente da vida, e os tons de todos os demais Astros são controlados por ele. Durante os períodos de formação do Arquétipo, nem todos os tons emitidos pelos Astros, mediante os diferentes aspectos que formam, são utilizados pelo Átomo-semente; somente aqueles que o próprio Ego, mediante seu labor em vidas anteriores, colocou em vibração com o Arquétipo, donde concluímos que a nota-chave de cada ser humano é inteiramente individual.

Nesta exposição, embora resumida, mostramos o valor incalculável e maravilhoso que possui a música como terapêutica.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – abril/1967 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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Audiobook: O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – Introdução
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Falecimento
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Cordão Prateado
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Panorama da Vida
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Purgatório
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – A Missão no Purgatório – Retrospecção – O Valor do Arrependimento e da Reforma Íntima
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – Vida no Mundo do Desejo, depois da Morte Aqui
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Mundo do Desejo: a Região Limítrofe
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Primeiro Céu
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Mundo do Pensamento – O Segundo Céu na Região do Pensamento Concreto
O Falecimento e a Vida depois dele – Max Heindel – O Mundo do Pensamento – O Terceiro Céu na Região do Pensamento Abstrato
  • FIM
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O Corpo que Vitaliza o nosso Corpo Denso e que faz muito mais do que isso

Além do Corpo Denso, que é visível aos nossos olhos físicos, há outros veículos mais sutis que interpenetra esse Corpo Denso e que impulsiona e vitaliza as atividades daquele. Um deles é o Corpo Vital, composto de Éter, o qual tomou a seu cargo a construção do Corpo Denso, por meio dos alimentos que ingerimos em nosso organismo. Ele controla todas as funções vitais, tais como a respiração, a digestão, a assimilação, etc., trabalhando por meio do sistema nervoso simpático.

Ele é um dos Corpos mais importantes que temos na atualidade.

Aprenda a causa disso e todos os detalhes, além da história dele, aqui:

O Corpo que Vitaliza o nosso Corpo Denso e que faz muito mais do que isso

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