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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual a relação existente entre a Alma e a Mente? Estão as forças de ambas permanentemente ligadas ao Espírito? Qual o corpo que será usado nos estágios posteriores de desenvolvimento, a Mente ou o Corpo-Alma?

Resposta: Como explicação nos reportaremos ao livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Lá encontraremos um Diagrama mostrando o esquema completo da Involução e da Evolução. Não é, contudo, um Diagrama muito complexo, e todo Estudante Rosacruz que deseja dominar o mistério da existência deve memorizar esse Diagrama:

Lendo no lado esquerdo, ficamos sabendo que, durante a fase de Involução inconsciente, o Espírito desenvolveu um Tríplice Corpo e nele se cristalizou. Esse Tríplice Corpo era constituído pelo Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos. No Período Terrestre foi fornecido o foco da Mente que se tornou o fulcro sobre o qual a Involução terminou e começou a Evolução. Começa então um estágio triplo de evolução consciente durante o qual há o crescimento de uma Tríplice Alma, espiritualizando os três Corpos em Alma. Verificamos que durante o restante do Período Terrestre extrairemos do Corpo Denso a Alma Consciente; no Período de Júpiter a Alma Intelectual será extraída do Corpo Vital; e no Período de Vulcano nos tornaremos inteligências criadoras ao amalgamarmos a Tríplice Alma com a Mente.

A fim de melhor esclarecer o assunto vamos ao livro Conceito Rosacruz do Cosmos onde encontraremos um Capítulo sobre Alquimia e Crescimento da Alma. Lemos o seguinte: “O Corpo Denso começou a se desenvolver no Período de Saturno; passou através de várias transformações no Período Solar e Lunar e alcançará seu maior grau de desenvolvimento no Período Terrestre”.

“O Corpo Vital germinou na segunda Revolução do Período Solar; foi reconstruído nos Períodos Lunar e Terrestre e alcançará a perfeição no Período de Júpiter, o seu quarto grau, assim como o Período Terrestre é o quarto estado para o Corpo Denso”.

“ O Corpo de Desejos teve início no Período Lunar; foi reconstruído no Período Terrestre; será novamente modificado no Período de Júpiter e alcançará a perfeição no Período de Vênus “.

“ A Mente nasceu no Período Terrestre; será modificada nos Período de Júpiter e Vênus e alcançará a perfeição no Período de Vulcano “.

“ Examinando-se o Diagrama 8, vê-se que o Globo inferior do Período de Júpiter está situado na Região Etérica. Seria impossível empregar um veículo denso-físico ali, porque o Corpo Vital pode ser usado na Região Etérica. No entanto, não se imagine que, transcorrido tanto tempo para completar e aperfeiçoar o Corpo Denso, desde o começo do Período de Saturno até o final do Período Terrestre, o ser humano abandone completamente esse veículo para funcionar em veículo ‘mais elevado’”.

“A Natureza nada desperdiça. No Período de Júpiter, as forças do Corpo Denso, por adição, completarão as do Corpo Vital. Esse veículo possuirá, além das próprias faculdades, os poderes do Corpo Denso. Será um instrumento muito mais útil para expressão do Tríplice Espírito do que limitado somente às próprias forças do veículo”.

“O Globo D do Período de Vênus está situado no Mundo do Desejo (veja o Diagrama 8). Lá, nem o Corpo Vital nem o Denso podem ser empregados como instrumentos de consciência. As essências dos Corpo Vital e Denso aperfeiçoados serão incorporados e completarão o Corpo de Desejos, o que o converterá num veículo de qualidades transcendentais, maravilhosamente adaptado, sensibilíssimo ao menor impulso do espírito interno, tão superior às nossas presentes limitações que escapa à nossa mais elevada concepção.”

“Todavia, a eficiência desse esplêndido veículo será transcendida no Período de Vulcano, quando a essência do Corpo de Desejos aperfeiçoada e a dos veículos Vital e Denso se agregarem ao Corpo Mental. Esse se converterá na mais elevada expressão dos veículos humanos, contendo em si a quintessência do melhor que neles havia. Se o veículo do Período de Vênus está tão além da nossa compreensão atual, quanto mais estará o veículo posto ao serviço dos divinos seres do Período de Vulcano!”

“Durante a Involução, as Hierarquias Criadoras ajudaram o ser humano a despertar à atividade o Tríplice Espírito, o Ego, para construir o Tríplice Corpo e adquirir a ligação da Mente. No sétimo dia, empregando a linguagem da Bíblia, Deus descansa. Agora, o ser humano deve trabalhar por sua própria salvação. O Tríplice Espírito deve completar a obra do plano iniciado pelos Deuses.”

“O Espírito-Humano, despertado durante a Involução no Período Lunar, será o mais proeminente dos três aspectos do espírito na evolução do Período de Júpiter, o Período correspondente ao Lunar no arco ascendente da espiral. O Espírito de Vida, cuja atividade começou no Período Solar, manifestará sua atividade principalmente no correspondente Período de Vênus. As influências particulares do Espírito Divino serão as mais fortes no Período de Vulcano, porque foi vivificado no correspondente Período de Saturno”.

“ Os três aspectos do Espírito estão em atividade durante a evolução, mas a atividade principal de cada aspecto será desenvolvida nesses períodos particulares. A obra que ali executarão será seu trabalho especial.”

“Quando o Tríplice Espírito tenha desenvolvido o Tríplice Corpo e obtenha o domínio deles por meio do foco mental, começa a desenvolver a Tríplice Alma, trabalhando dentro. A maior ou menor Alma que o ser humano tenha depende da quantidade de trabalho feito pelo espírito em seus Corpos. Isto foi explicado no capítulo que descreve a experiência pós-morte.”

“A parte do Corpo de Desejos trabalhada pelo Ego fica transmutada em Alma Emocional e, por fim, é assimilada pelo Espírito Humano, cujo veículo especial é o Corpo de Desejos.”

“A parte do Corpo Vital trabalhada pelo Espírito de Vida converte-se em Alma Intelectual que edifica o Espírito de Vida, porque esse aspecto do Tríplice Espírito tem sua contraparte no Corpo Vital.”

“A parte do Corpo Denso que tenha sido trabalhada pelo Espírito Divino chama-se Alma Consciente e, por fim, submerge-se no Espírito Divino, porque o Corpo Denso é a sua emanação material.”

“A Alma Consciente cresce pela ação, pelos impactos externos e pela experiência.”

“A Alma Emocional cresce pelos sentimentos e emoções gerados pelas ações e pela experiência.”

“A Alma Intelectual é um mediador entre as outras duas e cresce pelo exercício da memória, que liga as experiências passadas às experiências presentes e os sentimentos por elas engendrados. Origina a simpatia e a antipatia, que não têm existência independente da memória. Sentimentos que resultassem somente das experiências seriam evanescentes.”

“Durante a Involução o espírito progrediu através da formação e aperfeiçoamento dos Corpos, mas a Evolução depende do crescimento da Alma, isto é, da transformação dos Corpos em Alma. A Alma é, por assim dizer, a quintessência, o poder ou força dos Corpos. Quando um Corpo foi completamente construído e alcançou a perfeição através dos diversos estados e Períodos, na forma já descrita, a Alma é extraída dele e absorvida pelo aspecto do Espírito que gerou o Corpo. Assim:

A Alma Consciente será absorvida pelo Espírito Divino na sétima Revolução do Período de Júpiter.

A Alma Intelectual será absorvida pelo Espírito de Vida na sexta Revolução do Período de Vênus.

A Alma Emocional será absorvida pelo Espírito Humano na quinta Revolução do Período de Vulcano”.

E isso é tudo no que concerne à evolução da Alma. Voltemo-nos agora para a Mente e vejamos os vários estágios que a conduzem à perfeição.

Lemos no livro Conceito Rosacruz do Cosmos, na seção intitulada A Palavra Criadora (Capítulo XVI): “Atualmente, a Mente não está enfocada de maneira a dar uma imagem certa e clara daquilo que o Espírito imagina. Está mesmo desfocada, o que produz quadros confusos e imprecisos. Daí a necessidade da experimentação, que demonstra os defeitos da primeira concepção e produz novas imaginações e ideias, até que a imagem produzida pelo Espírito em substância mental seja reproduzida em substância física”.

“Atualmente só podemos formar imagens mentais que tenham relação com a Forma, porque a Mente humana começou seu desenvolvimento nesse Período Terrestre, e está no estado ou forma “mineral”. Por esse motivo, nossos labores estão limitados às formas, aos minerais. Podemos imaginar maneiras ou meios de trabalhar com as formas minerais dos três Reinos inferiores, mas nada, ou muito pouco, podemos fazer com os Corpos viventes. Somos capazes de enxertar um ramo numa árvore, ou uma parte viva de um animal ou ser humano em outras partes vivas, mas isto não é trabalhar com a vida; é com a forma. Modificaremos as condições da forma, mas a vida que a habita permanece. Criar vida está além do poder do ser humano. Esta impossibilidade será mantida até que a Mente se torne uma coisa viva”.

No Período de Júpiter, a Mente será até certo ponto vivificada. O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas.

No Período de Vênus, quando a Mente tenha adquirido “Sentimento”, poderá criar coisas com vida, sensíveis e com capacidade de crescer.

Quando alcance a perfeição, ao final do Período de Vulcano, poderá imaginar a criação de seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão. A evolução da Onda de Vida que atualmente forma a humanidade começou no Período de Saturno. Os Senhores da Mente eram, então, humanos. Trabalharam sobre o ser humano que, nesse Período, era mineral. Agora, nada tem a fazer com os Reinos inferiores, estão relacionados somente com o desenvolvimento humano.

A existência mineral dos animais atuais começou no Período Solar. Nesse tempo, os Arcanjos eram humanos. Agora, os Arcanjos são os dirigentes e guias da evolução animal. Não têm nada a fazer com os minerais nem com as plantas.

A existência dos atuais vegetais começou no Período Lunar. Os Anjos eram humanos, pelo que no presente, estão relacionados especialmente com a vida que ocupa o Reino Vegetal. Guiam-na para atingir o estado humano, mas não têm jurisdição alguma sobre os minerais.

A humanidade atual terá a seu cargo a evolução da Onda de Vida que começou no Período Terrestre e que, agora, anima os minerais. Atualmente estamos trabalhando com eles por meio da imaginação, dando-lhes formas, fazendo com eles barcos, pontes, trilhos, máquinas, casas, etc.

No Período de Júpiter guiaremos a evolução do Reino Vegetal. O que atualmente é mineral terá, então, uma existência análoga à das plantas. Deveremos trabalhar neles assim como, no presente, os Anjos estão fazendo com as plantas. Nossa faculdade imaginativa estará tão desenvolvida que, por seu intermédio, teremos a capacidade não só de criar formas como também de insuflar-lhes vitalidade.

A atual Onda de Vida mineral alcançará, no Período de Vênus, um novo grau. Dirigiremos os animais desse Período, como fazem atualmente os Arcanjos com os presentes animais, dando-lhes vitalidade e formas sensíveis; por último, no Período de Vulcano, será nosso privilégio dar-lhes uma Mente germinal, como os Senhores da Mente fizeram conosco. Os minerais de hoje serão a humanidade do Período de Vulcano, e o ser humano terá passado através de estados análogos aos percorridos pelos Anjos e Arcanjos. Será alcançado um ponto evolutivo um pouco superior ao dos atuais Senhores da Mente. Recorde-se, que em nenhuma parte se repete uma condição igual. Na espiral evolutiva há sempre aperfeiçoamento progressivo.

O Espírito Divino absorverá o Espírito Humano ao finalizar o Período de Júpiter e o Espírito de Vida, ao finalizar o Período de Vênus. A Mente aperfeiçoada, encerrando tudo quanto foi adquirido nos sete Períodos, será absorvida pelo Espírito Divino ao finalizar o Período de Vulcano.”

Das linhas precedentes conclui-se claramente que há uma evolução distinta da Alma e uma outra igualmente distinta da Mente. Elas não são, contudo, inteiramente independentes uma da outra, mas operam em uníssono como por exemplo o coração e os pulmões trabalham juntos para manter o ritmo do corpo. Não será, pois, nem a Mente nem o Corpo-Alma que usaremos em estágios posteriores de desenvolvimento, mas um veículo composto contendo de maneira crescente a essência de todos os nossos corpos, que será então um vestuário composto para o Espírito, tão maravilhoso e glorioso que fica além da mais arrojada concepção atual.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Poderes Mentais

O mundo encontra-se, atualmente, inundado de livros e revistas sobre o poder mental. Nunca registrou-se tamanha ânsia de desvendar os segredos da Mente como agora. Se alguém ainda duvida disso, basta dar uma olhada nas livrarias.

É surpreendente e, ao mesmo tempo, admirável. Seria, por demais, injusto pretender-se negar legitimidade a essa busca. Queremos crer que seja o primeiro passo para a aquisição de um conhecimento de natureza mais espiritualizada.

Mas, ao mesmo tempo, é importante afirmar-se que nem todas as obras abordando o assunto são meios capazes de promover a colimação de um objetivo mais elevado. Não se pode, pura e simplesmente, estimular o desenvolvimento de poderes mentais, dissociando-os das responsabilidades morais que encerram.

É uma questão muito séria e, por isso mesmo, preocupante, dado que pessoas sem o necessário amadurecimento estão utilizando indiscriminadamente esses poderes. Algumas, diabolicamente, sabem o que estão fazendo. Outras, inconscientemente, às vezes até movidas por boa fé, não se dão conta do mal que podem fazer aos outros e a si próprias, caso utilizem tais conhecimentos sem respaldá-los em princípios éticos.

A televisão e outros meios de comunicação estão sendo utilizados a serviço de uma sociedade hedonista e competitiva, onde o ser humano vale mais pelos bens de que é possuidor, pela sua conta bancária ou pelo prestígio social, do que pela sua formação moral. A tentação é muito grande, não sendo difícil a maioria deixar-se seduzir por apelos publicitários. Abre-se, assim, a feérica, mas falsa, via da ilusão, com os seres humanos atirando-se ávida e desesperadamente à busca de riquezas e posições. Não raro, valem-se de meios torpes para atingir seus propósitos.

Aí reside o perigo da utilização ignorante ou egoísta dos poderes mentais. Se todos fossem capazes de imaginar quão doloroso é o destino gerado pelo emprego interesseiro de seus divinos dons, nem de leve pensariam em cometer tamanho destino.

Há, contudo, considerável número de indivíduos bem intencionados estudando e procurando desenvolver os poderes mentais. No entanto, as tentativas feitas pelas pessoas de boa índole no sentido de endireitar o mundo através do uso desses poderes, não vêm obtendo êxito.

Por quê? Afinal, não é um esforço correto? É lógico que sim! Porém falta alguma coisa, essencial, diga-se de passagem. Essa boa intenção deve harmonizar-se com a Vontade Divina. Todos os propósitos devem submeter-se ao crivo do “tribunal interno da verdade”, como tão sabiamente Max Heindel recomendou. Esse tribunal é uma expressão do Deus Interno, e suas decisões, somente suas decisões devem orientar o emprego de nossas faculdades. Ele esclarece se o “bem” que desejamos fazer representa um “bem real” ou um pretenso benefício.

Buscai, primeiramente, o Reino de Deus e Sua Justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo”, afirmou o Cristo. Aplique-se esse ensinamento ao tema aqui abordado e o resultado será altamente positivo. Vivendo em harmonia com as Leis Cósmicas, irradiando paz e amor ao nosso redor, servindo ao próximo, nossos veículos se sensibilizarão. Tornar-se-ão canais por onde fluirão dons divinos, aumentando nossa sintonia com o infinito. Nossos poderes, portanto, manifestar-se-ão naturalmente.

Compreendamos esta verdade: uma “limpeza” e iluminação interior devem anteceder o florescimento de qualquer poder. Se tal não acontecer, ele correrá, inevitavelmente, o risco de ser conspurcado.

Os Estudantes Rosacruzes sabem que os pensamentos são coisas. Que o seu alcance é muito mais amplo e profundo do que se pode imaginar. Portanto, todo cuidado é pouco.

O pensamento compreende duas escadas: uma, elevando-se da terra aos céus; outra, da terra aos infernos. Cabe-nos a escolha: galgar uma ou descer pela outra. Tudo depende de nossa formação espiritual.

(de Gilberto A V Silos – Publicado no Editorial da Revista Serviço Rosacruz de setembro/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Nove Sinfonias de Beethoven – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Primeira Sinfonia

Por Corinne Heline

BEETHOVEN – O HOMEM

O que segue é a descrição de Beethoven por um amigo do grande compositor, transcrito por Ernest Newman em seu livro intitulado “O Inconsciente Beethoven”[1]:

“Um grupo de amigos estava em um restaurante quando Beethoven entrou. Era um homem de média estatura com cabeça típica do Signo de Leão, cabeleira comprida e grisalha e olhos brilhantes e penetrantes. Ele se moveu como num sonho e sentou-se com olhar atordoado. Ao falarem com ele, levantou suas pálpebras como uma águia que acorda assustada e esboçou um sorriso triste. De vez em quando, tirava um livro de seu casaco e começava a escrever. Um dia, alguém perguntou o que ele estava escrevendo: ‘Ele está compondo, mas escreve palavras e não notas musicais. A arte se tornou uma ciência com ele e ele sabe o que pode fazer. Sua imaginação obedece à sua insondável reflexão.’”.

“Para um amigo íntimo, Beethoven uma vez descreveu seu método de trabalho: ‘Eu carrego minhas ideias comigo por longo tempo antes de escrevê-las. Minha memória é tão precisa que tenho a certeza de não esquecer um tema que me vem à mente mesmo no decorrer de vários dias. Eu o altero muitas vezes até ficar satisfeito e, então, começa o trabalho em minha cabeça. Como já  estou consciente do que quero, a ideia fundamental nunca me abandona, ela sobe, ela cresce. Eu vejo diante de minha Mente a imagem em toda a sua extensão, como se estivesse numa simples projeção e nada deixa de ser feito a não ser o trabalho de escrever. Isso caminha de acordo com o tempo que tenho para escrevê-la, pois, às vezes, tenho vários trabalhos para fazer ao mesmo tempo, mas nunca confundo um com outro’. (…) Beethoven foi mais do que um simples músico. Foi um super-homem… Sua riqueza de ideias o coloca ao lado de Shakespeare e de Michelangelo, na história do espírito humano… Suas sinfonias[2] são para ele o que o Sermão da Montanha é para a vida de Cristo Jesus; suas sonatas são a luta interna de Cristo Jesus no Jardim de Getsemani.

(…) Beethoven foi o Titã[3] do mundo musical. Outros músicos famosos podem ser comparados uns com os outros, mas Beethoven não tem comparação. Ele está sozinho. Ele foi o Prometheus[4] que foi erguido para trazer para nós a música espiritual do céu – música que cativa e encantará a humanidade enquanto o mundo existir. Este foi Beethoven.” [5]

PRÓLOGO

“Diante da Sinfonia de Beethoven, nós estamos frente a um marco de um novo período na história da arte universal, pois, através dela, apareceu um fenômeno raríssimo no mundo da arte musical de todos os tempos.”[6]

Ludwig Van Beethoven nasceu em Bonn, Alemanha, em 16 de dezembro de 1770. Ele veio à Terra com uma missão definida. Citando as palavras de Johan Herder[7] em seus estudos filosóficos da História da Humanidade: “Deus age sobre a Terra por intermédio de seres humanos superiores escolhidos.”

Beethoven não nasceu para uma vida de facilidade e felicidade. Como a maioria das almas avançadas, desde a juventude, ele foi “um homem cheio de tristeza e familiarizado com a desgraça”, pois geralmente estava em pobreza desesperadora, cercado de pessoas incompatíveis e ambiente desarmônico. Ele disse para si mesmo: “Eu não tenho amigos, tenho que viver só; mas sei que em meu coração Deus está mais perto de mim do que de outros. Eu me aproximo d’Ele sem medo e sempre O conheci. Também não estou preocupado com minha música, que possa ser levada por um destino adverso, pois ela libertará aquele que a compreenda da miséria que aflige outros”.

O gênio musical de Beethoven tornou-se evidente muito cedo. Ainda bem jovem, ele foi mandado para Viena onde estudou por algum tempo. Fez sua primeira apresentação naquela cidade em 1795, tocando seu concerto para piano em si bemol maior.

“Na meia idade”, escreve Charles O’Connell[8] no livro Victor Book of the Symphony, “numa época em que o republicanismo era uma traição, ele ousou ser republicano, mesmo quando recebia o apoio de cortesãos e príncipes. Quando ser liberal era ser herege, ele viveu uma grande religião de humanista sem desrespeitar a ortodoxia estabelecida. Quando aristocratas perfumados olhavam de esguelha sua figura atarracada, de maneiras grotescas, traje ridículo, ele reagia rispidamente à mesquinhez. Grande demais para ser ignorado, pobre demais para ser respeitado, excêntrico demais para ser amado, ele viveu, uma das mais estranhas figuras em toda a história.”

“A tragédia o seguiu como um cão. Ficou surdo e seus últimos anos foram vividos num vazio de silêncio. Silêncio! De onde tirava os sons que o mundo todo adorou ouvir e ele deve ter ouvido antes de todos!”.

No início da civilização, as Iniciações foram instituídas com o propósito de nos ensinar sobre nossas faculdades e poderes latentes, de modo a nos capacitar para investigar a vida e o trabalho dos Mundos superiores, sobre os nossos veículos mental e espiritual e sobre a Terra.

Muitos clássicos literários contêm informação relativa às Iniciações, por exemplo, a Divina Comédia[9] de Dante[10] e o Paraíso Perdido e Recuperado[11] de Milton[12]. Beethoven os descreveu musicalmente em suas Nove Sinfonias.

O caminho da Iniciação conduz a uma investigação das maravilhas e glórias que pertencem aos planos internos deste Planeta. Nós somos muito mais do que um Corpo como é visto pelos olhos físicos. Somos compostos de outros veículos sutis que se interpenetram e, também, se estendem além da periferia do Corpo Denso. Assim, também a Terra está composta de mais que um globo físico. Ela tem veículos que a interpenetram e que se estendem para o espaço adentro. Por meio da Iniciação, nos tornamos ciente dos nossos corpos e veículos mais sutis e das funções deles e adquirimos conhecimento dos vários veículos da Terra e das funções deles.

Durante o século XIX, Egos humanos evoluídos renasceram para trazer à compreensão vários conceitos de verdade espiritual relativos à Iniciação – conceitos que foram deixados de lado e esquecidos durante os séculos do materialismo que envolveu o mundo. Essas verdades eram para ser revividas por aqueles que as aceitassem, de modo que pudessem ser fortalecidas e preparadas para os árduos e trágicos dias do século XX.

Richard Wagner, outro grande músico Iniciado, entendeu e apreciou a grande missão de Beethoven no mundo. Ele percebeu o sublime significado interno e o êxtase da alma na Nona Sinfonia. Ele a considerou a suprema dádiva musical para a humanidade. Quando construiu seu lindo santuário da música em Bayreuth, ele a inaugurou com as cordas imortais da celestial Nona de Beethoven.

Berlioz[13] escreveu sobre a Nona Sinfonia: “Qualquer coisa que se possa dizer desta Sinfonia, o fundamental é que, quando terminou seu trabalho e contemplou a grandiosidade do monumento que tinha acabado de erguer, Beethoven deve ter dito a si mesmo: ‘Deixe a morte vir agora, minha tarefa está cumprida’.”

A culminância do trabalho de Beethoven foi alcançada nas suas nove Sinfonias. Ele começou a primeira quando o mundo estava no limiar do século XIX. A Primeira Sinfonia foi escrita em 1802. A Nona e última foi completada e dada ao mundo em 1824. Com essa sublime composição, sua missão terrestre se aproximava de sua conclusão gloriosa. Seu chamado veio em 1827.

No seu mais elevado aspecto, as Nove Sinfonias de Beethoven são uma interpretação musical dos passos iniciatórios conhecidos como as Nove Iniciações Menores. A Primeira, a Terceira, a Quinta e a Sétima Sinfonias são poderosas, vigorosas e imponentes, tipificando as características masculinas centradas na cabeça ou no intelecto. A Segunda, a Quarta, a Sexta e a Oitava Sinfonias são gentis, graciosas, ternas e belas, tipificando as características femininas centradas no coração ou na intuição. Quando um Aspirante à vida superior passa através de vários passos nas Iniciações, ele aprende a equilibrar as forças “da cabeça e do coração”. Sua união é conhecida como o Matrimônio Místico. É esse lindo rito que Beethoven descreve na sublime música da Nona Sinfonia.

Cada Iniciação é acompanhada por música celestial – música que Beethoven trouxe para a Terra e traduziu para nós nas Nove Sinfonias. Quando o ser alcança o exaltado lugar da nona Iniciação, ele chega à mais elevada fase das Iniciações. Está pronto para se tornar um Adepto. Então, ele é capaz de chegar à presença do Senhor Cristo e receber Sua suprema bênção.

CAPÍTULO I – PRIMEIRA SINFONIA – DO MAIOR – OPUS 21

É reconhecido, sem sombra de dúvida que, em Beethoven, a maior e mais poderosa forma de música instrumental encontrou seu maior e mais poderoso expoente.

E. Markham Lee[14] em The Story of Symphonies

A primeira das Nove Sinfonias teve sua pré-estreia em Viena sob a direção do próprio Beethoven em 2 de abril de 1800. Essa foi a primeira da grandiosa e imortal série que é o monumento colossal da música deste tempo. O ano em que foi produzida sugere que foi o “canto do cisne” instrumental do século XVIII.

A missão de Beethoven foi a de servir como mensageiro da música cósmica. Era seu destino alcançar além da superfície deste plano e trazer para a humanidade a gloriosa música do espaço, e essa missão foi cumprida em suas Nove Sinfonias. Nessas composições, Beethoven, nas palavras do Sr. Lee, “reserva algumas de suas maiores e mais graves declarações. A perspectiva”, ele continua, “é invariavelmente grande, todo o método de concepção é de uma grandiosidade e de uma força titânica. Ele enfoca o assunto com seriedade e o resultado é grandioso e sereno.”

A nota-chave espiritual da Primeira Sinfonia é Poder. O número “um” – “1” – é indicado por uma coluna vertical, o primeiro símbolo da Divindade, como foi adorada pelo ser humano primitivo do início da civilização. O número “um” também significa o Ego, a Individualidade, cujo propósito de jornada através da evolução é manifestar sua divindade inata.

Fiel à forma sinfônica, essa Sinfonia está dividida em quatro movimentos[15]. Um Allegro[16], que é precedido por um Adágio[17] introdutório expressando poder, fornece as notas-chaves da composição. O segundo movimento, um Andante[18], e o terceiro, um Minueto[19] que é mais um Scherzo[20], sustentam uma convicção de uma fidelidade a esse poder que tudo permeia, mas que está latente. O Finale[21], num espírito de exaltação, chega a um clímax nas cordas triunfantes: “E Deus criou o Céu e a Terra e tudo o que está nela; Ele viu que Seu trabalho era bom”.

A Primeira Sinfonia é uma precursora das belezas e glórias dos Nove Graus de Iniciação pelos quais o ser humano se torna um “super-homem” e um “homem-deus”. Nela, Beethoven sobe às alturas e desce às profundezas de um modo que poucos no seu tempo puderam prever ou compreender. Aquele que consegue perceber os valores incorporados na estrutura interna dessa Sinfonia irá colocá-la entre as melhores inspirações desse magnífico gênio musical.

As composições de Beethoven seguem modelos pré-concebidos. Esse grande músico não fez nada sem um objetivo claro. Assim, por exemplo, não se pode considerar como acidental que a introdução da Primeira Sinfonia seja formada por doze compassos[22], cada um dos quais pode ser considerado como abrindo a porta a cada um dos doze Signos zodiacais, cujas forças desempenham seu papel na música verdadeiramente cósmica em sua expansão e natureza. Os doze compassos estão divididos em três grupos de quatro, cada grupo dos quais anuncia a melodia que se seguirá. Os quatro formam uma amalgamação das forças que fluem através dos quatro elementos da natureza: Fogo, Ar, Terra e Água.

O Adágio introdutório consiste em doze compassos, iniciando em Fá Maior e continuando em Dó Maior, tonalidades que têm rico poder tonal. Em contraste, o segundo tema expressa os atributos femininos de gentileza e

O Minueto, arauto do Scherzo, é um tempo rápido. Um crítico musical escreveu: “Ele se move livremente sobre extravagâncias divinas de modulação de um modo que perturbava os ortodoxos de 1800”.

O Finale é introduzido por três compassos nos quais os primeiros violinos revelam a escala ascendente do tema pouco a pouco. As progressões tonais e as passagens rápidas pressagiam o término da Idade Antiga e a busca para o começo da Nova.

No terceiro movimento, a música recapitula o trabalho dos dois movimentos anteriores num andamento acelerado que representa o júbilo do alcance espiritual. Esse movimento contém 353 compassos cujo valor numérico é 11, o número da perfeita polaridade. Tanto o Minueto como o Trio estão em Dó.

No Finale, que é descrito por um rondó[23], a métrica[24] numérica é oito, o número da sabedoria. “O primeiro motivo cadencia na dominante dentro de oito compassos e é seguido por um motivo acompanhado de mais oito compassos que levam ao completo final”.

Esse movimento se centraliza em um diálogo entre os sopros de madeira[25] e as cordas[26], tipificando os sentidos purificados, a Mente espiritualizada. Trompetes[27] e tímpanos[28] acrescentam forças amalgamadas do ser humano completo. Aqui, o três-oito-sete, que soma dezoito ou nove, indica as bases da Grande Obra.

O fraseado do Allegro é composto de quatro compassos e é dividido em dois-mais-dois que acentua o princípio fundamental da polaridade sobre a qual toda a criação está baseada e que forma a pedra angular de todos os ensinamentos da Iniciação. Beethoven aqui projeta princípios cósmicos ou fornece uma cópia do universo como é ensinado nas Escolas de Iniciação Musical que, como todos os antigos Templos de Mistérios, incluindo os da antiga Maçonaria, incluíam em seus currículos matemática e astronomia, além da música. O Allegro consiste em 288 compassos que soma o valor numérico nove, que é o “número do homem” e o “número da Iniciação”.

O segundo movimento compõe-se de 250 compassos, o valor numérico do sete, um número fundamental na evolução humana. Ele define o movimento que é introduzido por sete compassos não usuais. Mais adiante, há o retorno dos quatro compassos, após o qual é empregado um simples compasso para confirmar o começo da individualização.

Beethoven introduz nesse movimento um solo dos tímpanos independente. Ele está nos dizendo que o ser humano deve aprender a refletir o Espírito na ação. Esse fato é produzido pelo tema principal, sendo primeiramente dividido entre as cordas agudas e as graves, tipificando o caminho entre as naturezas inferior e superior. Mais adiante, o tema principal é outra vez repetido entre as cordas e as madeiras, assim definindo o caminho musical da transmutação pela qual o desejo é transmutado em Espírito.

A PRIMEIRA INICIAÇÃO

A Iniciação nos Mistérios capacita a pessoa, quando envolvida por seus melhores e mais sutis corpos, a entrar e estudar as verdades maravilhosas que estão escondidas nas mais elevadas e sutis camadas da Terra.

Na Primeira Iniciação o candidato penetra nos planos internos da Terra. As forças e as atividades que se manifestam nesses planos, que são nove Estratos, correlacionam-se com cada uma das Nove Iniciações. Em cada uma dessas Nove Iniciações o candidato é ensinado a estudar essas várias atividades e a trabalhar com essas poderosas forças dos planos internos.

Quando a humanidade se tornar suficientemente clarividente para ser capaz de investigar esses planos, um admirável mundo novo será revelado a ela e a geologia será uma das mais fascinantes ciências materiais. Essa última expressão é um falso nome, pois, na realidade, não há uma ciência material, pois quando o coração de qualquer ciência é totalmente revelado, ela se torna verdadeiramente espiritual em sua natureza essencial. Assim, ela revela o amor e o cuidado de Deus por seu Planeta Terra e todas as Ondas de Vida em evolução que vivem nela. A música das Nove Sinfonias, quando musicalmente interpretada, abre novas visões de idealismo e compreensão até agora não sonhadas.

A Primeira Iniciação está relacionada com a Terra física. Na Memória da Natureza estão escondidos os maravilhosos segredos relativos ao longo período evolucionário deste Planeta. Na Primeira Iniciação, aquele que se tornou capaz é ensinado a ler nos registros da Região Etérica do Mundo Físico e a aprender algo das maravilhas da história passada da Terra. Nesses registros, ele é capaz de ver as enormes florestas verdes e os gigantescos animais da Época Lemúrica. As majestosas florestas vermelhas da Califórnia são vestígios da antiga Época Lemuriana.

Essa Época foi seguida pelo cinzento e enevoado continente Atlante – Atlântida –, na Época Atlante. As formas dos animais se tornaram menores e a flora mais variada e delicada em sua textura e cor. Depois da Atlântida, a presente Época do arco-íris nasceu, uma Época em que o Sol brilha claro numa atmosfera oxigenada e a presente humanidade, a Quinta Raça Atlante – Raça Ária –, surgiu.

A majestade da Primeira Sinfonia é a descrição da tremenda transformação da Terra. Em seus quatro movimentos é como se o compositor estivesse colocando em música o fiat criador de Deus. A música cresce cada vez mais, culminando no voo do Finale que traduz em imortal som o pronunciamento do final dos seis dias da Criação registrado no Livro do Gênesis de que tudo o que foi feito era bom[29], “era muito bom”.


[1] N.T.: da obra The Unconscious Beethoven (de 1927) de Ernest Newman (1868-1959) que foi um crítico musical e musicólogo inglês.

[2] N.T.: Composição musical para orquestra, em forma de sonata, dividida em três ou quatro partes (alegro, andante, scherzo ou minueto e final ou rondó).

[3] N.T.: Os titãs (masculino), na mitologia grega, estão entre as entidades que enfrentaram Zeus e os demais deuses olímpicos na sua ascensão ao poder.

[4] N.T.: ou Prometeu (em grego: “antevisão”), na mitologia grega, filho de Jápeto (filho de Urano; um incesto entre Urano e Gaia) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio. Algumas fontes citam sua mãe como sendo Tétis, enquanto outras, como Pseudo-Apolodoro, apontam para Ásia oriental, também chamada de Clímene, filha de Oceano. Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Héstia e dá-lo aos mortais.

[5] N.T.: da obra Ludwig Van Beethoven de Edmond Bordeaux Szekely (1905-1979) que foi um filólogo/linguista húngaro, filósofo, psicólogo e entusiasta da vida natural.

[6] N.T.: da obra Beethoven de Wilhelm Richard Wagner (1813—1883) que foi um maestro, compositor, diretor de teatro e ensaísta alemão, primeiramente conhecido por suas óperas (ou “dramas musicais”, como ele posteriormente chamou).

[7] N.T.: Johann Gottfried von Herder (1744–1803) foi um filósofo, teólogo, poeta e crítico literário alemão.

[8] N.T.: Maestro e escritor americano (1900-1962)

[9] N.T.: A Divina Comédia (em italiano: La Divina Commedia, originalmente Comedìa e, mais tarde, denominada Divina Comédia por Giovanni Boccaccio) é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. A Divina Comédia propõe que a Terra está no meio de uma sucessão de círculos concêntricos que formam a Esfera armilar e o meridiano onde é Jerusalém hoje, seria o lugar atingido por Lúcifer ao cair das esferas mais superiores e que fez da Terra Santa o Portal do Inferno. Portanto o Inferno, responderia pela depressão do Mar Morto, onde todas as águas convergem, e o Paraíso e o Purgatório seriam os segmentos dos círculos concêntricos que juntos respondem pela mecânica celeste e os cenários comentados por Dante, num poema envolvendo todos os personagens bíblicos do Antigo ao Novo Testamento, que são costumeiramente encontrados nas entranhas do Inferno sendo que os personagens principais da Divina Comédia são o próprio autor, Dante Alighieri, que realiza uma jornada espiritual pelos três reinos do além-túmulo, e seu guia e mentor nessa empreitada, Virgílio – o próprio autor da Eneida.

[10] N.T.: Dante Alighieri (1265-1321) foi um escritor, poeta e político florentino, nascido na atual Itália. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana.

[11] N.T.: Paraíso Recuperado (em inglês: Paradise Regained) é um livro do século XVII do poeta inglês John Milton, publicado em 1671. É, por assim dizer, uma continuação de seu anterior livro “Paraíso Perdido”. O poema foi composto na casa de Milton em Chalfont St Giles em Buckinghamshire, e foi baseado no Evangelho de Lucas.

[12] N.T.: John Milton (1608-1674) foi um poeta, polemista, intelectual e funcionário público inglês, servindo como Secretário de Línguas Estrangeiras da Comunidade da Inglaterra sob Oliver Cromwell. Escreveu em um momento de fluxo religioso e agitação política, e é mais conhecido por seu poema épico Paraíso Perdido. Paraíso Perdido (em inglês: Paradise Lost) é um poema épico do século XVII, escrito por John Milton, originalmente publicado em 1667 em dez cantos. Uma segunda edição foi publicada em 1674 em doze cantos, com pequenas revisões do autor. O poema narra as penas dos Anjos caídos após a rebelião no paraíso, o ardil de Satanás para fazer Adão e Eva comerem o fruto proibido da Árvore do Conhecimento, e a subsequente Queda do homem. Após uma invocação à Musa, o poeta descreve brevemente a rebelião dos Anjos liderados por Lúcifer, a qual, fracassada, lhes custou o paraíso. Despertando no inferno depois de nove dias de confusão, estes deliberam sobre o que fazer, e Lúcifer, daí por diante chamado Satanás (do hebraico Satan: adversário), faz saber de um novo mundo e uma nova criatura – o homem – que seriam criados por Deus. Os demônios decidem corromper esse novo ser e desviá-lo do Criador, seu inimigo. Entrementes, no paraíso, Deus segreda a seu Filho a iminente transgressão do homem e todo o sofrimento que se lhe seguirá, e o Filho se oferece a si mesmo em sacrifício pela redenção da humanidade. Para assegurar que o homem seja responsável por seus atos, Deus envia um Anjo para notificar Adão e Eva do perigo; no entanto, a despeito da advertência, Eva é seduzida por Satanás, então no corpo de uma serpente, e come o fruto proibido, fazendo-o comer também a Adão. Os pais da humanidade são expulsos do Jardim do Éden e tomam conhecimento, como toda a sua descendência, do pecado e da morte; mas uma revelação do futuro consola o primeiro homem, que testemunha o nascimento e a morte do Cristo e a remissão dos nossos pecados.

[13] N.T.: Louis-Hector Berlioz (1803-1869) foi um compositor e maestro romântico francês.

[14] N.T.: Ernest Markham Lee (1874-1976) foi compositor, autor, conferencista, pianista e organista inglês.

[15] N.T.: Um movimento é uma parte independente de uma composição ou forma musical. Enquanto movimentos individuais ou selecionados de uma composição são realizados às vezes separadamente, uma execução do trabalho completo exige que todos os movimentos sejam executados em sucessão. Um movimento é uma seção, “uma grande unidade estrutural percebida como resultado da coincidência de um número relativamente grande de fenômenos estruturais”.

[16] N.T.: Allegro (“alegre” em italiano) – (120-128 BPM – batidas por minuto) – é um andamento musical leve e ligeiro, mais rápido que o allegretto (112-120 BPM – batidas por minuto) e mais lento que o presto (168-200 BPM – batidas por minuto, muito rápido). Costuma ser de maior dificuldade técnica que andante (176-108 BPM – batidas por minuto, ritmo de caminhada) ou adagio (66-76 BPM – batidas por minuto, devagar) por ter caráter mais contínuo e rápido que esses citados. É muitas vezes o movimento mais lembrado de Sinfonias e de concertos por ter uma movimentação musical mais engajadora e uma construção mais focada no desenvolvimento da invenzio apresentada do que em outros tempos mais melódicos (como adagio e andante).

[17] N.T.: Adágio é um andamento musical lento, por consequência composições musicais com esse tempo são conhecidas como adágios. O termo deriva de “ad agio” (comodamente). Costuma situar-se entre 66 e 76 batidas por minuto em um metrônomo tradicional, sendo, portanto, mais rápido que o lento e mais lento que o adagietto (72-76 BPM – batidas por minuto, bastante devagar, ligeiramente mais rápido que o adagio)e o andante. São comumente adágios o segundo mine e o segundo ou terceiro movimento de uma Sinfonia.

[18] N.T.: Denomina-se Andante o tempo depois de ter um andamento que se forma um trecho musical. É o andamento que vai determinar com precisão a duração do som ou do silêncio representado pelas figuras musicais.

[19] N.T.: Minueto ou minuet é uma dança em compasso de 3/4, de origem francesa ou uma composição musical que integra suítes e Sinfonias.

[20] N.T.: O scherzo (no plural scherzi, pronunciados isquêrtso, isquêrtsi) é um gênero musical de nome dado a certas obras ou a alguns movimentos de uma composição que possui maior duração, como uma sonata ou uma Sinfonia. Significa “piada” em italiano. Frequentemente se refere a um movimento que substitui o minueto como o terceiro movimento em um trabalho de quatro movimentos, como uma Sinfonia, sonata, ou quarteto de cordas.

[21] N.T.: Um finale é o último movimento de uma sonata, Sinfonia ou concerto; o final de uma peça de música clássica não vocal que tem vários movimentos.

[22] N.T.: Na notação musical, um compasso é uma forma de dividir quantitativamente em grupos os sons de uma composição musical, com base em batidas e pausas.

[23] N.T.: O rondó é uma forma musical instrumental, que começou a ser mais claramente estabelecida em meados do Barroco Musical (2. med. séc. XVII), mas foi solidificada durante a transição entre Barroco e Classicismo Musical (1. med. séc. XVIII). No plano estrutural genérico, essa forma envolve a presença de diversas seções musicais (indicadas por letras maiúsculas) com variedade em número e conteúdo, começando e terminando com uma seção principal (A), que é normalmente reiterada durante peça, mas alternando com uma ou mais seções secundárias (B, C, D, etc.).

[24] N.T.: Métrica, em música, é a divisão de uma linha musical em compassos marcados por tempos fortes e fracos, representada na notação musical ocidental por um símbolo chamado de fórmula de compasso.

[25] N.T.: também chamado de naipe das madeiras em uma orquestra, é formado basicamente por instrumentos de sopro, como flauta, flautim, oboés, corne inglês, clarinetes, fagotes e contrafagotes. As flautas doces, por exemplo, são de metal, assim como o saxofone. E para quem estranha o saxofone estar nessa família, explicamos: apesar de feito de metal, suas características de funcionamento se assemelham às dos instrumentos do naipe de madeira. Já a flauta, até pouco tempo atrás, era de madeira, então mesmo quando surgiram as versões metálicas elas permaneceram nesta família. Com isso, podemos concluir que os instrumentos não são definidos pela matéria prima e sim pelo funcionamento, principalmente pelas palhetas e pelo sistema de chaves. Na orquestra, a família das madeiras fica no centro, em frente ao maestro e logo acima e atrás das cordas. Geralmente as flautas e oboés vem primeiro e os clarinetes e fagotes logo atrás, em frente aos metais. Esses instrumentos são responsáveis pela ligação entre as cordas e os metais e ajudam a manter a afinação da orquestra.

[26] N.T.: também conhecido como naipe de cordas. Diversos instrumentos utilizam as cordas para emitir música e eles são divididos em três categorias: a família das cordas friccionadas, a das cordas dedilhadas e a das cordas percutidas. Na primeira, o som resulta principalmente do atrito do arco com as cordas, a exemplo dos violinos, da viola, da rabeca, do armontino e do cello. Na segunda, é o dedilhar dos dedos ou das palhetas que extrai a música, como no violão, na guitarra, no alaúde, no baixo, no bandolim, no cavaquinho, na cítara, na harpa e no ukulelê. Por fim, na terceira categoria, o som é emitido quando as cordas são percutidas, como no piano, no cravo e no berimbau. Além dessa classificação, há uma enorme diferença no tamanho dos instrumentos. Isso ocorre porque quanto maior, mais grave é o som que emite (e vice-versa). Por isso, como o violino é o menor instrumento da sua família, é também o que produz o som mais agudo, seguido da viola, do violoncelo e do contrabaixo. Na orquestra, os violinos ainda são divididos em duas vozes, os primeiros e os segundos violinos, e localizam-se logo à esquerda do maestro. Já a viola fica à frente do regente, o cello à direita e o contrabaixo logo atrás do violoncelo.

[27] N.T.: que pertence ao naipe dos metais: é formado basicamente por instrumentos de sopro, como a corneta, a surdina, a trompa, o eufônio, o clarim, a vuvuzela, o berrante, o melofone, a bucina, entre outros. Mas os representantes mais conhecidos são o trompete, a trompa, a tuba e o trombone.

[28] N.T.: que pertence ao naipe da percussão: é dividido em dois grupos. O primeiro reúne instrumentos que emitem mais de uma nota musical, como marimba, tímpano, xilofone, glockenspiel, metalofone e carrilhão; e o segundo é formado pelos que produzem apenas uma nota, como pratos, triângulo, pandeiro e bombo.

[29] N.T.: Livro do Gênesis, Capítulo 1.

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Aqui a Primeira Sinfonia em MP3:

Beethoven- Symphony #1 In C, Op. 21 – 1. Adagio Molto, Allegro Con Brio
Beethoven- Symphony #1 In C, Op. 21 – 2. Andante Cantabile Con Moto
Beethoven- Symphony #1 In C, Op. 21 – 3. Menuetto- Allegro Molto E Vivace
Beethoven- Symphony #1 In C, Op. 21 – 4. Finale- Adagio, Allegro Molto E Vivace
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Coroa da Maternidade – O Lírio do Vale

Um dia, o grande Anjo Gabriel, que é o criador de todas as flores que estão sobre a Terra, reuniu seus Anjos, enchendo suas mãos e corações de doce paz celestial, e mandou-os espalhar essa paz celestial sobre as dores do mundo. Ele, também, os instruiu para lhe trazer, no fim do dia, a coisa mais bonita da terra, para transformá-la numa flor rara e perfeita, e para devolvê-la a Terra, a fim de servir de auxílio e inspiração para as crianças. Leia mais aqui: A Coroa da Maternidade – O Lírio do Vale

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. Assim como o indivíduo aprende a compreender e comemorar o mistério da mudança das estações, assim também os Anjos sabem e mantêm vigília sagrada nesses tempos sagrados. Entretanto, sempre devemos lembrar que a Onda de Vida Angélica atinge um plano muito mais elevado de consciência espiritual do que o ser humano. Consequentemente, os Anjos conhecem um significado mais profundo e recebem um influxo maior de êxtase espiritual na época dos quatro festivais solares sazonais.

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A Vara de Aarão e a sua Significância Oculta dentro da Arca da Aliança do Tabernáculo no Deserto e a sua Significância Oculta

Para entendermos o significado da Vara de Aarão (também conhecido como o Bastão que floriu) que floresceu, vamos rever o Esquema de Evolução em que estamos inseridos: esse esquema é efetuado através dos 5 Mundos (Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico) em 7 grandes Períodos de Manifestação. Estamos, atualmente no quarto desses Períodos, conhecido como Período Terrestre. Nesse Período estamos restritos a trabalhar em 3 Mundos: Pensamento, do Desejo e Físico. Cada Período é composto de 7 Globos: A, B, C, D, E, F e G. Estes Globos são renascimentos sucessivos da nossa Terra. Atualmente estamos no Globo mais denso, o D, nossa Terra atual.

Nesse Período Terrestre, uma parte da evolução se realiza no Globo A, situado na Região do Pensamento Concreto.

Gradualmente, a vida evolucionante é transferida ao Globo B, que se situa no Mundo do Desejo, algo mais denso, onde ela passa por outro estágio evolutivo. No devido tempo a vida evolucionante está pronta para entrar na arena do Globo C, composto da substância ainda mais densa da Região Etérica do Mundo Físico, onde está situado. Depois de aprender as lições correspondentes a esse estado de existência, a Onda de Vida segue até o Globo D, formado da substância da Região Química do Mundo Físico, onde também está situado. Este é o grau mais denso de matéria alcançado pela Onda de Vida durante esse Período. Esse é o estágio involucionário de modo que a substância dos mundos se faz cada vez mais densa. Ao longo do tempo tudo tende a fazer-se cada vez mais denso e mais sólido. Mas como o caminho evolutivo é uma espiral, é claro que, ainda que se passe pelos mesmos pontos, nunca mais se apresentam as mesmas condições, mas outras em plano superior e mais avançado. No estágio evolucionário (do Globo D para o G), os Mundos se tornam menos densos.

Desse ponto a Onda de Vida é levada para cima novamente, ao Globo E, situado na Região Etérica do Mundo Físico, tal como o Globo C, embora as condições não sejam as mesmas. Completado o trabalho no Globo E, efetua-se o passo seguinte para o Globo F, situado no Mundo do Desejo como o Globo B, dali subindo ao Globo G. Quando se efetuou esse trabalho, a Onda de Vida deu uma volta em torno dos 7 Globos; uma vez para baixo e outra para cima, através dos 3 mundos, respectivamente. Esta jornada da Onda de Vida denomina-se uma Revolução, e 7 Revoluções formam um Período. Durante um Período a Onda de Vida dá 7 voltas descendo e subindo através dos 3 mundos. Já demos 3 voltas e estamos na metade da 4° volta.

Nesse ponto, já construímos nossos 3 Corpos, temos a Mente, o elo que nos liga aos nossos Corpos e estamos agindo e nos expressando no Mundo Físico com a total consciência de vigília. Aqui, no ponto de maior materialidade, também estamos no ponto de maior separatividade ilusória. Assim, foi necessário evoluirmos em Épocas. A primeira que vivemos foi a Época Polar, depois a Hiperbórea, Lemúrica, Atlante e estamos na Ária. O nosso estudo se insere entre o final da Época Atlante e início da Ária.

Continuando a nossa revisão sobre o Esquema de Evolução, vemos que desde a separação dos sexos até a primeira parte da Época Atlante éramos guiados em tudo pelos Anjos e por outras Hierarquias Criadoras.

Nesse sentido, em particular, os Anjos eram os responsáveis pela nossa procriação, enquanto encarnados aqui na Região Química do Mundo Físico.

Isso porque até na primeira metade da Época Atlante nossa consciência não estava enfocada no Mundo Físico, estávamos inconscientes da propagação, do nascimento e da morte.

Os Anjos trabalhavam no Corpo Vital (o meio de propagação), regulavam a função procriadora e juntavam os sexos em certas ocasiões do ano.

Empregavam as forças solares e lunares, nos momentos e condições mais propícias para a fecundação.

A gestação decorria sem incômodo algum e o parto realizava-se sem dor.

As condições propícias para a fecundação significa que, além dos pais terem configurações estelares favoráveis (combinações favoráveis estelares benéficas na quinta e/ou décima primeira casa, signos férteis ou duplos na cúspide da quinta e/ou décima primeira casa), essas configurações deveriam ser mutuamente benéficas entre o homem e a mulher e nos momentos mais propícios, marcados nas progressões (lunações) – que ativavam essas configurações mútuas. Além disso, ainda, para se ter as mais perfeitas condições, o casal teria que estar na longitude ideal. Daí serem levados para determinados lugares. As viagens de lua de mel é uma reminiscência daquele impulso migratório relacionado com o acasalamento.

Os Anjos são os Espíritos Grupos das Plantas, a onda de vida vegetal. A planta é inconsciente de toda paixão, desejo, e inocente do mal. Desconhece a paixão, e realiza a fecundação da maneira mais pura e casta, isto é, ela projeta seus órgãos geradores, a flor, para o Sol, um espetáculo de rara beleza. Portanto, ela gera e perpetua sua espécie de modo tão puro, tão casto, que propriamente compreendida é um exemplo para a decaída e luxuriosa humanidade, a qual deveria venerá-la como um ideal.

Como vimos, a geração efetuava-se sob a direção dos Anjos que, em certas épocas do ano, nos agrupavam, homens e mulheres, em grandes templos onde se realizava o ato criador, mas nós não tínhamos a consciência de vigília disso. Nossos olhos ainda não tinham sido abertos, embora fosse necessária a colaboração de um ser que tivesse o outro polo, ou metade da força criadora necessária para a geração.

A princípio um homem não conhecia uma mulher e vice-versa.

Na vida comum estávamos encerrados dentro de nós mesmo, pelo menos no que dizia respeito ao Mundo Físico.

Nesse tempo vivíamos em um lugar simbolicamente conhecido como Jardim do Éden (reino etérico das forças espirituais).

A Bíblia fala-nos desse lugar, onde vivíamos em contato direto com Deus, puros e inocentes como as crianças. Obedecíamos, incondicionalmente, qualquer ordem que nos fosse dada pelos nossos guias divinos, como uma criança em seus primeiros anos faz o que seus pais desejam, porque ela não tem consciência de si. Faltava-nos individualidade.

Simbolicamente, havia 2 árvores: a do Conhecimento e a da Vida. Não devíamos comer o fruto de nenhuma das duas.

Entretanto, sob a custódia dos Espíritos Lucíferos, nós comemos da árvore do Conhecimento e começamos a perpetuar a nossa raça sem levar em conta as linhas de força interplanetárias. Transgredimos a lei, e os nossos corpos assim formados cristalizaram-se impropriamente e tornamo-nos sujeitos à morte, de maneira muito mais perceptível do que haviam estado até então. Por isso, fomos forçados a criar novos corpos com mais frequência à medida que o nosso período de vida se encurtava.

Os guardiães celestiais (conhecidos na terminologia Rosacruz como Querubins) da força criadora (simbolicamente, a Árvore da Vida) nos expulsaram do jardim do amor (o Jardim do Éden) para o deserto do mundo, e nos tornamos responsáveis por nossas ações sob a lei cósmica que governa o universo.

Desde então, e através das eras, estamos lutando para conseguir nossa própria salvação, e a Terra, em consequência, cristalizou-se cada vez mais.

Assim, tudo começou a mudar quando o ser humano foi posto em íntimo contato com outro ser, como no ato gerador, então, por um momento, o espírito rasgou o véu da carne e “Adão conheceu Eva”. Essa é a natureza daquela “Árvore”.

Deixando conhecer-se a si mesmo, perdeu, correspondentemente, sua percepção interna, quando a consciência cada vez mais se concentrou no mundo externo, a Região Química do Mundo Físico.

Não comer da Árvore da Vida foi realmente uma bênção.

Se tivemos comido, teríamos a capacidade de tornar imortal o nosso Corpo Denso.

Afinal quem de nós possui um Corpo Denso totalmente saudável e perfeito, segundo o nosso próprio julgamento, para poder viver nele para sempre?

Por isso, a morte é um benefício e uma benção, tanto quanto nos possa capacitar a regressar aos reinos espirituais periodicamente, para aí construirmos melhores corpos para cada retorno à vida terrestre.

Vimos, até aqui, que a Árvore da Vida significava como adquirir a imortalidade na Região Química do Mundo Físico e a aplicação da força criadora aqui nessa Região.

Uma vez feita essa revisão onde recordamos os conceitos das palavras utilizadas na terminologia Rosacruz para descrever o Esquema de Evolução que estamos inseridos, vamos ver qual foi a aplicação da Vara de Aarão naqueles tempos em que ela foi fornecida à Aarão, o irmão mais velho de Moisés (Ex 6:20), e um profeta do Deus de Israel servindo como o primeiro sumo sacerdote dos hebreus, e muito bem descrita na Bíblia:

Javé disse a Moisés e Aarão: ‘Se o Faraó pedir que vocês façam algum prodígio, você dirá a Aarão que pegue a vara de você e a jogue diante do Faraó; e ela se transformará em cobra’. Moisés e Aarão se apresentaram diante do Faraó e fizeram o que Javé lhes havia mandado. Aarão jogou a vara diante do Faraó e seus ministros, e ela se transformou em cobra. O Faraó, porém, mandou chamar os sábios e os encantadores de cobras e, também, eles, os magos do Egito, fizeram o mesmo com suas ciências ocultas: cada um jogou a sua vara e elas se transformaram em cobras. No entanto, a vara de Aarão devorou as varas deles. Javé disse a Moisés: ‘Diga a Aarão: ‘Estenda a vara e toque o pó do chão, e ele se transformará em mosquitos por todo o território egípcio’. Aarão estendeu a mão com a vara e tocou o pó do chão, que se transformou em mosquitos, que atacavam homens e animais. E todo o pó do chão se transformou em mosquitos por todo o país do Egito. Os magos do Egito tentaram fazer o mesmo, usando suas ciências ocultas para produzir mosquitos, mas não conseguiram. Os mosquitos atacavam homens e animais. Então os magos disseram ao Faraó: ‘Isso é o dedo de Deus’. (…) Javé disse a Moisés: ‘Diga a Aarão: ‘Tome a vara e estenda a mão sobre as águas do Egito, sobre os rios, canais, lagoas e sobre todos os reservatórios, para que se convertam em sangue. Haverá sangue em toda a terra do Egito, até nas vasilhas de madeira e de pedra’. Moisés e Aarão fizeram como Javé tinha mandado. Aarão ergueu a vara, tocou a água do rio diante do Faraó e de sua corte; e toda a água do Nilo se transformou em sangue. Os peixes do rio morreram, o rio ficou poluído, e os egípcios não podiam beber a água do rio. E houve sangue por todo o país do Egito. Os magos do Egito, porém, fizeram o mesmo com suas ciências ocultas.” (Ex 7:8-15 e 19-22).

Javé disse a Moisés: “Diga a Aarão: ‘Estenda a mão com a vara sobre os rios, canais e lagoas, e faça subir rãs sobre todo o território egípcio’. Aarão estendeu a mão sobre as águas do Egito, e fez subir rãs que infestaram todo o território egípcio. Os magos do Egito, porém, usaram suas ciências ocultas e fizeram o mesmo: fizeram subir rãs por todo o território egípcio.” (Ex 8:1-3).

Javé falou a Moisés: ‘Diga aos filhos de Israel que tragam varas, uma para cada chefe de família, no total de doze, e cada um escreva nela o próprio nome. Na vara de Levi, você deverá escrever o nome de Aarão, pois haverá uma vara para cada chefe de tribo. Coloque as varas na tenda da reunião, diante do documento da aliança que eu fiz com eles. A vara daquele que eu escolher, florescerá. Desse modo eu acabarei com os protestos dos filhos de Israel contra vocês’.  Moisés pediu que os filhos de Israel lhe trouxessem doze varas, uma para cada chefe de tribo, e entre elas a vara de Aarão. Moisés colocou as varas diante de Javé, na tenda da aliança. No dia seguinte, Moisés entrou na tenda da aliança, e viu que havia florescido a vara de Aarão, representante da tribo de Levi: estava cheia de brotos, tinha dado flores e produzido amêndoas. Moisés tirou as varas da presença de Javé e as levou aos filhos de Israel. Eles verificaram o fato e cada um recolheu a sua vara.” (Nm 17:17-24).

Uma antiga lenda relata que quando Adão foi expulso do Jardim do Éden, levou consigo três mudas da Árvore da Vida, que foram plantadas por Seth. Seth, o segundo filho de Adão, é de acordo com lenda Maçônica pai da hierarquia espiritual dos clérigos que trabalham com a humanidade através do Catolicismo, enquanto os filhos de Caim são os Artesões do mundo. Esses últimos estão ativos na Maçonaria, promovendo o progresso material e industrial, como deveriam ser os construtores do Templo de Salomão, o universo. As três mudas plantadas por Seth tiveram importantes missões no desenvolvimento espiritual da humanidade, e uma delas é a Vara de Aarão. No início da existência concreta, a geração era realizada sob a sábia direção dos Anjos, que assistiam para que o ato criador fosse realizado nos momentos em que os raios de força interplanetários eram propícios, e o ser humano também foi proibido de comer da Árvore do Conhecimento. A natureza dessa árvore foi prontamente determinada a partir de sentenças como “Adão conheceu sua esposa e ela deu à luz Caim”; “Adão conheceu sua esposa, e ela deu à luz Seth”. “Como posso dar à luz a uma criança visto que não conheço um homem?”, como foi dito por Maria ao Anjo Gabriel.

À luz dessa interpretação, a afirmação do Anjo (não foi uma maldição), quando descobriu que seus preceitos foram desobedecidos, “morrendo morrerás”, também é compreensível, pois os corpos gerados independentemente das influências cósmicas não esperariam que persistisse.

Por isso, o ser humano foi exilado dos reinos etéricos da força espiritual (Éden), onde cresce a árvore do poder vital; exilado para a existência concreta em Corpos físicos Densos que ele gerou para si. Certamente foi uma bênção, pois quem de nós possui um corpo totalmente saudável e perfeito, segundo a nossa opinião e quem gostaria de viver nele para sempre?

Por isso, a morte é uma dádiva e uma bênção, na medida em que nos permite retornar aos reinos espirituais periodicamente e, assim, construirmos melhores veículos para cada retorno à vida terrena. Como disse Oliver Wendell Holmes[1]:

“Constrói alma minha, as mais belas mansões

Enquanto as estações se sucedem!

Deixa teu humilde passado!

Que cada novo templo, mais nobre que o anterior,

Te separe do céu com um domo mais amplo,

Até que, por fim, possas ficar livre,

Abandonando tua pequena concha no revolto mar da vida!”

No decorrer do tempo, quando aprendemos a evitar o orgulho da vida e a luxúria da carne, o ato gerador deixará de minar nossa vitalidade. Então, a energia vital será usada para a regeneração, e os poderes espirituais, simbolizados pela Vara de Aarão, serão desenvolvidos.      

A varinha do mágico, a lança sagrada de Parsifal, o Rei do Graal, e a Vara de Aarão que floresceu são símbolos (ou emblemas) dessa força criadora divina, que faz maravilhas as quais chamamos de milagres.

Contudo, que fique bem claro que ninguém que chegue a tal ponto na evolução, simbolizado pela Arca da Aliança na Sala Oeste do Tabernáculo, jamais usará esse poder para fins egoístas. Quando Parsifal, nome dado ao herói do mito da alma, tendo testemunhado a tentação de Kundry e provado estar emancipado do maior de todos os pecados, os da luxúria e a falta de castidade, ele recuperou a lança sagrada roubada pelo mago negro Klingsor, do rei do Graal caído e impuro, Amfortas. Então, viajou por muitos anos pelo mundo procurando novamente o Castelo do Graal, e disse: “Muitas vezes eu fui atormentado por inimigos e tentado a usar a lança em defesa própria, mas sabia que a lança sagrada nunca deveria ser usada para ferir, e tão somente para curar”.

E essa é a atitude de todo aquele que desenvolve, dentro de si, o florescimento da Vara de Aarão. Embora ele possa transformar essa faculdade espiritual em condições de prover pão para uma multidão, ele nunca pensaria em transformar uma pedra em pão para si mesmo, para aplacar a própria fome. Mesmo que ele tenha sido pregado à cruz para morrer, não se libertaria dela com o poder espiritual que havia exercido prontamente, para salvar os outros da sepultura. Apesar de ter sido insultado todos os dias de sua vida como impostor e charlatão, nunca utilizaria indevidamente seu poder espiritual para revelar qualquer sinal pelo qual o mundo pudesse conhecer, sem sombra de dúvida, que ele era regenerado ou nascido no céu. Essa foi a atitude de Cristo-Jesus, que tem sido e é imitada por todo aquele que é um Cristo em formação.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz


[1] N.T.: (1809-1894) – médico americano, professor, palestrante e autor

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Não é estranho que poucas pessoas possuam uma fé real e viva em Deus? Mesmo entre os Cristãos assumidos há comparativamente poucos que tenham confiança real no Pai Celestial. não significa simplesmente a crença na existência de Deus; fé significa confiança — é nos colocar em Suas mãos. A fé, como todas as outras qualidades e virtudes, cresce apenas pelo exercício. Aprenda a confiar no Pai em tudo, nas menores e nas maiores coisas da sua vida.

Isso significa a libertação das preocupações, medos e inquietações das quais o mundo está tão cheio. Abra a Mente e o Coração para receber a verdade de qualquer fonte que ela venha, acreditando que o bom Deus o tenha sob Sua guarda. Pois quando colocamos nossa confiança em Deus, fazemos uso de uma Lei Divina que nos sustenta em todas as provações e problemas da vida. É como se tivéssemos agarrado a Mão Todo-poderosa que é capaz de fazer tudo e vencer todas as coisas por nós. Fazemos a conexão entre nossa fraqueza e Sua força, que é maior que todas.

A fé é fraca no início e, às vezes, é necessário estarmos em situações extremas antes de podermos buscar a ajuda de Deus; então, mesmo o menor grau de fé fará com que o Pai Celestial venha em nosso auxílio. “A nossa fraqueza é a oportunidade de Deus”. Ele é o sempre fiel. Lembre-se de que Ele diz: “Nunca te deixarei, nem te desampararei”.

A simplicidade dessa maneira de se confiar em Deus faz com que pareça fácil demais para a maioria dos das pessoas. Requer uma certa simplicidade da natureza, uma Mente infantil. Você se lembra que Cristo disse que devemos nos tornar como criancinhas? Mas a maioria de nós procura grandes dificuldades para superar, objetivando estabelecer uma conexão com o Pai Celestial. É em grande parte uma questão de relaxar, deixar ir, jogar fora da Mente e do Coração qualquer fardo ou problema que vier, olhando simplesmente para Ele e aceitando como vindo de Sua Mão tudo o que surgir. E não podemos fazer nada mais agradável a Ele, ou mais útil a nós mesmos, do que exercer confiança em todas as condições. E nossa capacidade de fé cresce com seu exercício. Quanto mais usamos, mais temos.

Chega um momento, em nosso crescimento, em que não tememos mais nada — neste Mundo visível ou em qualquer outro dos Mundos Invisíveis. Alcançamos um equilíbrio, uma paz de espírito e serenidade de alma, uma tranquilidade de Coração que deve ser uma antecipação da bem-aventurança celestial. Compreendemos a suprema sabedoria de deixar todas as coisas serem ordenadas pela Perfeita Sabedoria e Perfeito Amor e entendemos que nossas próprias vontades, devido ao nosso entendimento imperfeito, estão propensas a contrariar Sua Vontade, que é sempre para nossa perfeição e felicidade.

“O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que n’Ele confiam.”

“Eu, o Senhor, seguro-te pela mão direita e digo: ‘Não temas; Eu te ajudarei’.”

“Em todos os teus caminhos, reconheça-O e Ele endireitará os teus caminhos.”

“Quem assim confia no Senhor, feliz é ele.”

“Ainda que Ele me mate, ainda assim confiarei Nele.”

“Tu manterás em perfeita paz aquele cuja Mente está firme em Ti, porque ele confia em Ti.”

Há muitas, muitas passagens na Bíblia que nos suplicam a confiar n’Ele. Uma sugestão: leia o Salmo 23 e o Salmo 91. Acredite que tal confiança é o remédio soberano para todo problema ou perigo, oculto ou não, e que nos apegando a Ele somos mantidos seguros até o fim.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de julho-agosto/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Perto da Páscoa de 1996 aconteceu um fato muito curioso nos EUA: em várias Revistas apareceram a imagem de Jesus Cristo e discussões sobre Ressurreição. Qual foi o objetivo?

Resposta: Certamente parece que a mídia secular e nacional (a local um pouco menos) está se esforçando para marginalizar a “Religião”. Foi ainda mais surpreendente, portanto, que todos os três principais jornais semanais, em sua edição da Páscoa apresentassem uma imagem de Jesus Cristo em suas capas. A legenda da revista Time era “A busca por Jesus”; da revista U. S. News & World Reports foi “Em busca de Jesus”; a cobertura da revista Newsweek foi intitulada “Repensando a Ressurreição”.

De acordo com todas as três histórias de capa, a Ressurreição não é exatamente o que milhões de Cristãos, por mais de vinte séculos, assumiram. A Newsweek relatou: “Alguns estudiosos que não acreditam na Ressurreição… dizem que o corpo apodreceu em uma cova anônima; outros, que foi lançado aos cães selvagens”. A Time opinou: “A Ressurreição pode não ter ocorrido”; e: “Não mais de 20 por cento dos ditos e até menos dos atos atribuídos a Jesus são autênticos. Entre os refugos: “a Oração do Senhor, os ditos da cruz e quaisquer reivindicações de Jesus à divindade… e sua Ressurreição corporal”. E a U. S. News & World Report, jogando com sensacionalismo ultrajado, escreveu: “Ele foi talvez o primeiro comediante judeu de pé… Um Sócrates judeu — ou talvez um Lenny Bruce… Um animal político”.

Lamentavelmente, as três revistas não nos dizem em que base as conclusões dos estudiosos revisionistas foram alcançadas, além das observações cáusticas de que “eles aplicam as ferramentas críticas de hoje: corte de texto, especulação psicológica e agressão aos colegas. E então eles dão saltos de fé, muitas vezes sua própria criação.”, complementa a Newsweek.

Diz um ditado popular: “o diabo está nos detalhes”. Embora muitas vezes também seja real que as verdades duras também estejam nos detalhes. Portanto, vamos examinar alguns detalhes que os “revisionistas bíblicos modernos” parecem ter negligenciado:

1. Profecia do Antigo Testamento: O “Carpinteiro de Nazaré” afirmou ser o Messias há muito esperado (Joa 4:25-26). Foi profetizado séculos antes do Seu nascimento e que Ele nasceria em Belém e Ele nasceu (Miq 5:2; Mt 2:6; Lc 2:4-7). Suponha que César Augusto não tivesse emitido o decreto da tributação do mundo romano; mas, ele o fez e isso ajudou a cumprir a profecia. “Certamente a ira do homem te louvará.” (Sl 76:10).

2. Naturalmente, muitas crianças podem ter nascido em Belém. Mas aquele que seria o Messias tinha que nascer em um tempo específico: “Saiba, portanto, e entenda que desde o surgimento do mandamento para restaurar e edificar Jerusalém até o Messias, o Príncipe, serão sete semanas mais sessenta e duas semanas” (Dn 9:25). Na profecia bíblica, um dia representa um ano (Nm 14:34, Ez 4:6). Portanto, essas “sete semanas mais sessenta e duas semanas”, ou 69 semanas, traduzem-se em 483 anos.

O mandamento referido em Daniel 9:25 surgiu em 457 A.C. (Esd 7:11-28). Adicionando 483 anos a 457 A.C. nós temos 27 D.C. Como os “revisionistas bíblicos” mencionados acima admitem, Jesus nasceu em 4 A.C. Assim, em 27 D.C., quando Jesus foi batizado, iniciando Seu ministério messiânico (onde cedeu, por livre e espontânea vontade, os seus Corpos Denso e Vital ao Arcanjo, mais elevado Iniciado do Período Solar, o Filho, Cristo, tornando-se a partir de então Cristo Jesus), a data confirmada ganhou vida pelo fato de ser “o décimo quinto ano do reinado de Tibério César”, Ele “começou a ter cerca de trinta anos de idade”, e foi reconhecido pela lei judaica a se qualificar como adulto. Assim, o Messias apareceu a tempo (Lc 3:1-23). Seria tudo isso mera coincidência?

Há muitos que, embora neguem que Jesus seja o Messias, o Cristo, o Ungido e a Luz do Mundo (fazendo uma confusão entre Jesus, Cristo, o Filho, o Messias), aceitam-no voluntariamente como um bom homem e grande mestre. Mas, isso não pode ser feito. Pois se Ele não era realmente Quem afirmava ser, Ele não passava de um mentiroso, impostor e hipócrita, fazendo afirmações falsas e fantásticas. Devemos abraçá-Lo como o que Ele afirmou ser ou rejeitá-Lo inteiramente; não há outro caminho. Se alguém escolhe o último curso, há muito que precisa ser explicado. Por exemplo, como um “mero carpinteiro”, um membro do tão difamado povo judeu, foi capaz de alcançar tal fama e exercer tanta influência? Além disso, onde Ele obteve Seus maravilhosos ensinamentos? Por que, embora Ele nunca tenha escrito um único livro, Ele se tornou o assunto de mais livros do que qualquer outra pessoa na história do mundo? Por que foi Ele, e não outro, que dividiu o tempo e a história com as designações A.C. e D.C.?

3. O poder da Sua Ressurreição. Suponha, como afirmado por alguns e mencionado acima, que não houve Ressurreição e Seu corpo “apodreceu” ou “foi jogado aos cães selvagens” — como podemos explicar a tremenda mudança na vida de Seus seguidores, do medo abjeto à coragem surpreendente? Deve ter sido necessário algo extraordinário para que isso acontecesse. É fácil entender essa transformação, se também for aceito que Seus Discípulos perceberam que Ele realmente ressuscitou dos mortos, que Ele era de fato Quem afirmava ser. Se essa enorme mudança em suas vidas não foi operada pela Ressurreição, qual foi o fator energizante?

Há também isto: os três Evangelhos sinóticos — São Mateus, São Marcos, São Lucas — assim como as Epístolas de São Paulo, foram escritos durante a vida dos contemporâneos de Cristo Jesus, conforme reconhecido da edição de Páscoa de 1996 da Newsweek. Como seus autores ousaram escrever o que escreveram sobre a Ressurreição, enquanto alguns que poderiam ter refutado essa ocorrência ainda estavam vivos? E como explicar a dramática conversão do apóstolo São Paulo, de perseguidor persistente a pregador de poder, senão pelo fato de que Cristo ressuscitado realmente lhe apareceu no caminho de Damasco? (Veja os primeiros versículos do Livro Atos dos Apóstolos, Capítulo 9, na Bíblia).

Um argumento contra a Ressurreição, ouvido às vezes, é que os Discípulos, em uma espécie de conspiração, roubaram o corpo de Jesus, esconderam-no e depois alegaram que Ele ressuscitou. Mas, isso apresenta grandes problemas. O corpo foi guardado por soldados romanos; os Discípulos teriam arriscado suas vidas para tirar o corpo daqueles soldados, mesmo que todos estivessem dormindo profundamente. E nesse caso, os Discípulos sem dúvida os teriam despertado.

E mesmo se — milagre dos milagres! — os Discípulos pudessem, de alguma forma, conseguir o corpo sem despertar os soldados, eles teriam passado o resto de suas vidas pregando e enfrentando perigos em favor do que eles sabiam ser uma mentira? Os homens já arriscaram suas vidas voluntariamente pelo que sabiam ser uma falsidade? Raríssimo é o fato de pessoas morrerem pelo que sabem ser falso! O relato bíblico da Ressurreição não é nada menos do que autenticável por si mesmo?

Há um testemunho auxiliar e vivo, bem conhecido, de que a teoria de uma conspiração por parte dos Discípulos não se sustenta. Recorde-se que houve uma vez uma conspiração para encobrir o escândalo de Watergate, nos EUA. Mas nem todos os que estavam “engajados” ficaram de boca fechada; a verdade surgiu. Um dos homens envolvidos, que cumpriu pena na prisão e posteriormente aceitou a fé cristã, foi Charles Colson. É certo que, às vezes, acontece que as pessoas, ao serem pegas, “aceitam a religião” na esperança de receber uma sentença mais leve ou obter a boa opinião dos outros.  No entanto, Charles Colson, um ex-fuzileiro naval e ex-conselheiro do presidente Nixon, não se tornou Cristão não por alguma dessas razões. Ele percebeu por que a conspiração de Watergate falhou. Assim também era irrealista a teoria de uma conspiração dos Discípulos de Cristo; falsidades não inspiram as pessoas a “ser duras”. Requer fé aceitar a mensagem Cristã? Para alguns, talvez. Mas não tanto quanto para rejeitá-la!

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de maio-junho/1997 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Fevereiro de 2022

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de fevereiro
  • Calendário para o mês de março
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para março: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em fevereiro, com as seguintes sessões:

CLIQUE AQUI: ECOS nº 69 – Fevereiro de 2022

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de fevereiro/2022:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/,

https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/;

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)

MARÇO – Sol transitando pelo Signo de Peixes (fevereiro-março)

Quando o Sol está transitando por Peixes, durante o mês de março, a força dourada de Cristo volta a surgir, desde o centro da Terra, e alcança a superfície do Planeta em uma antecipação da Ressurreição pascal. Como é o Signo da dor e da renúncia, Peixes tipifica também a Crucifixão. Assim como o Cristo Cósmico experimenta a dor da renúncia e da Crucifixão ao penetrar na Terra, na época do Equinócio de Setembro, do mesmo modo experimenta o espírito da Terra certo vazio, quando o espírito de Cristo abandona o corpo planetário na época do Equinócio de Março.

Peixes é o último Signo antes do nascimento do novo ano, um período de recapitulação e de autoexame. Marca o pôr do sol de uma vida anterior e o amanhecer de uma nova vida.

A Quaresma culmina com o Sol em Peixes, quando os raios desse Signo da Água se derramam sobre a Terra. Peixes, trabalhando por meio do elemento Água, está ensinando a humanidade a Lei do Equilíbrio. Essa lei expressa o segredo do perfeito equilíbrio e, em sua integridade, só é conhecida na Terra pelos Mestres. Por não ter alcançado ainda o equilíbrio, os seres humanos, em geral, ainda que possam observar sua atuação na natureza, não são capazes de apreciar seus efeitos dentro de si mesmos. O melhor exemplo de equilíbrio pode se observar, perfeitamente, quem sabe, no fluxo e refluxo do mar. Quando o ser humano for capaz de manifestar em si mesmo uma polaridade completa, terá vencido a enfermidade, o tempo de vida aqui e a morte.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV – Análise Oculta do Gênesis – O Período Solar

Os Senhores da Chama – também chamados de Tronos na Bíblia e de Hierarquia Zodiacal de Leão pela Fraternidade Rosacruz.

Estávamos na massa central, hoje conhecida como SOL.  ainda não havia Planetas nem Lua.

Senhores da Chama, que anteriormente, nos tinham dado, o germe do Corpo Denso e na primeira metade da Revolução de Saturno do Período Solar se incumbiram de fazer, nele, alguns melhoramentos.

Senhores da Sabedoria, irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Vital, ajudaram a reconstruir o Corpo Denso e as glândulas e o canal alimentício começaram germinalmente. Querubins, despertaram em nós o veículo Espírito de Vida. A atual Onda de Vida animal iniciou a sua evolução e eram como hoje é a Onda de Vida Mineral.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta do Gênesis – O Período Lunar

  • No Gênesis 1, 1:7, vemos a descrição exata dos 3 primeiros Períodos do nosso Campo de Evolução:
  • No princípio, Deus criou o céu e a terra.
  • A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.

Referem-se ao Período de Saturno, o primeiro dia da criação.

  • Deus disse: “Faça-se a luz!”. E a luz foi feita.
  • Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.
  • Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. Sobreveio a tarde e depois a manhã

Referem-se ao Período Solar, o segundo dia da criação.

  • Deus disse: “Faça-se um firmamento (expansão) entre as águas, e separe ele umas das ou­tras”.
  • Deus fez o firmamento (expansão) e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas que estavam por cima.

Referem-se ao Período Lunar, o terceiro dia da criação.

  • O que é mesmo Noite Cósmica?

É um retorno periódico da matéria à Substância-Raiz-Cósmica. Ocorre na passagem de um Período para outro, ou seja, entre a 7ª revolução de um Período e a 1ª Revolução do Período seguinte. Quem entra na Noite Cósmica é o Ego (Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado com o seu Espírito Divino, de Vida e Humano).

A Noite Cósmica é composta por 5 Globos obscuros:

  1. 2 primeiros Globos: Recapitulação (retrospecção) do que fez ou deixou de fazer no período anterior.
    1. O do meio – Globo 3: É considerado o mais importante, pois nele temos o trabalho original – o trabalho de assimilação, ou uniformização do que deveria ser aprendido no Período anterior. É uma forma de garantir que todos fiquem nivelados em relação ao seu desenvolvimento. 
    2. Dois últimos Globos: Preparação para o próximo Período.
  • Como a Noite Cósmica se assemelha ao nosso trabalho noturno?
    • As 2 primeiras partes do nosso sono: Temos a Retrospecção do nosso dia e a restauração do Corpo Denso,
    • A 3ª parte: é o nosso trabalho como Auxiliar Invisível, mesmo que de forma inconsciente,
    • As 2 últimas partes: É a preparação para o próximo dia, que consiste em lembrar e executar o exercício de Concentração. Para que ele tenha eficácia é necessário que ocorra antes de acordar: estágio em que os vórtices do Corpo de Desejos estão girando muito próximo do Corpo Denso, mas ainda não estamos funcionando dentro do Corpo Denso.
  • Como explicar a frase “…que a água se separe da água”?

Seguem 2 explicações:

  1. Água (fórmula: H2O) é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos um de Hidrogênio e um de Oxigênio. As temperaturas do Planeta permitem a ocorrência da água em seus três estados físicos principais – sólido, líquido e gasoso. Nas regiões polares concentram-se as massas de gelo e vapor constitui parte da atmosfera terrestre.
    1. Havia uma circulação constante da água em suspensão e, também, uma expansão. Porque o vapor, arremessado do centro ígneo formava uma atmosfera de neblina ardente que se condensava ao pôr-se em contato com o espaço externo, volvendo novamente ao centro para tornar a esquentar-se e realizar outro ciclo. Assim, havia duas classes de água e uma divisão entre elas, como se descreve na Bíblia. A água mais densa estava mais próxima do centro incandescente; a água em expansão ou vapor estava fora.
  2.  No Período Lunar, tínhamos evoluído no mesmo Campo de Evolução, seres elevados que precisavam de intensas vibrações e nós, que precisávamos de vibrações menos intensa, pois não éramos capazes de suportar o elevado grau de vibração dos demais seres elevados. De acordo com a Lei Universal: “Quando parte de um Campo de Evolução (um Globo, por exemplo) é cristalizada pela atuação de certos seres, em detrimento de outros, essa parte é expulsa e passa a circular em torno da massa central”, portanto, no final do Período Lunar houve uma divisão no Globo, e a parte menor se tornou como um satélite, passando a ser nosso Campo de Evolução.

Como explicar isso, se nas lições anteriores, estudamos que até a metade do Período Terrestre (final da Época Hiperbórea) habitávamos o Sol?

Esse satélite natural, ainda não era a Terra. Era como uma lua girando em torno do seu Planeta-pai, da mesma forma que a Lua gira em torno da Terra. Nele havia correntes que circulavam em torno do mesmo como as correntes dos Espíritos-Grupo circulam em torno da Terra. Nós seguíamos essa corrente: nós nos movimentávamos indo do lado luminoso para o escuro e vice-versa. Como já tínhamos o Corpo de Desejos, “desgastávamos” o Corpo Denso; precisávamos reconstruí-lo. Certas épocas quando estávamos no lado luminoso, realizávamos uma espécie de propagação.

  • Ao final do Período Lunar houve de novo um intervalo de repouso, a Noite Cósmica. As partes divididas foram dissolvidas e submergidas no Caos geral que precedeu a reorganização do Globo para o Período Terrestre. O que aconteceu com esse pequeno satélite natural.

 Voltamos para a massa Ígnea

  • Estudando o Gênesis, como definiríamos “Os Sete Dias da Criação”?

1º Dia da Criação: O Período de Saturnoos Espíritos Virginais dão o primeiro passo na evolução da Consciência e da Forma. Começamos aqui nosso processo de Involução inconsciente – nos trazer à matéria pela cristalização em Corpos. A Onda de Vida Senhores da Mente passou o seu estágio “humanidade” nesse Período.

2º Dia da Criação: O Período SolarDemos o segundo passo na evolução da Consciência e da Forma. A Onda de Vida dos Arcanjos passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Mundo do Desejo.

3º Dia da Criação: O Período Lunar – Demos o terceiro passo na evolução da Consciência e da Forma. A Onda de Vida dos Anjos passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Região Etérica do Mundo Físico.

4º Dia da Criação: O Período Terrestre – Demos o quarto passo na evolução da Consciência e da Forma. No Período Terrestre os Senhores da Mente alcançaram o estado Criador. Nós estamos passando o nosso estágio “humanidade” – atingimos o ponto mais denso que deveríamos atingir nesse Esquema de Evolução. No Período Terrestre começamos a extrair a Alma Consciente do Corpo Denso.

5º Dia da Criação – O Período de JúpiterDaremos o primeiro passo ao aperfeiçoamento dos nossos diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência. Funcionaremos em Corpo Vital, como funcionamos agora em Corpo Denso. Seremos o que podemos dizer: “super-homens”:as imagens internas, como de sonho, estarão sujeitas à nossa vontade e não serão meras reproduções dos objetos exteriores. Os animais, serão “humanos”. Extrairemos a Alma Intelectual do Corpo Vital.

6º Dia da Criação – O Período de VênusDaremos o segundo passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência. Funcionaremos em Corpo de Desejos – que alcançará a sua perfeição –, como funcionamos agora em Corpo Denso. Seremos o que podemos dizer “semideuses”: uma consciência objetiva, consciente e criadora. O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas. Os vegetais serão “humanos” no Período de Vênus.

7º Dia da Criação – O Período de Vulcano – Daremos o último passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência. Funcionaremos na Mente – que alcançará a sua perfeição –, como funcionamos agora em Corpo Denso. seremos o que podemos dizer “homens-deuses”; alcançaremos a perfeição, ao final do Período de Vulcano, onde poderemos imaginar a criação de seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão. Amalgamaremos a Tríplice Alma com a Mente. Os minerais de hoje serão a “humanidade” do Período de Vulcano.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta do Gênesis – O Período Terrestre

A obtenção do germe do Corpo Denso e o despertar do nosso veículo Espírito Divino. Esse trabalho começou na 1ª Revolução.

  • Qual o trabalho específico do Período Solar? E em qual revolução ele começou?

A obtenção do germe do Corpo Vital e o despertar do nosso veículo Espírito de Vida. Esse trabalhou começou na 2ª Revolução.

  • Qual o trabalho específico do Período Lunar? E em qual revolução ele começou?

A obtenção do germe do Corpo de Desejos e o despertar do nosso veículo Espírito Humano. Trabalho iniciado 3ª Revolução.

A obtenção do germe da Mente. Esse trabalhou começou na 4ª Revolução do Período Terrestre e recebemos a ajuda dos Senhores da Mente.

  • Por que quem escreveu o Gênesis não menciona a cristalização da Terra depois que foi expelida da massa central?

Porque em um Corpo tão pequeno como a Terra, o tempo preciso para a cristalização foi comparativamente curto.

  • Por que quem escreveu o Gênesis não menciona o desmembramento que se produziu novamente quando a Lua foi expelida da Terra?

Porque aqui o Corpo é menor ainda, portanto, o tempo preciso para a cristalização foi comparativamente muito mais curto.

  • Em qual momento de nossa evolução a Terra foi arrojada do Sol?

No final da Época Hiperbórea.

  • Pergunta: Em qual momento houve a separação dos sexos?

Na Época Lemúrica.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise oculta do GênesisJeová e sua Missão

É o chefe da Onda de Vida dos Anjos. Ele apoiou o desenvolvimento da humanidade nascente e é o Deus do Velho Testamento. Além de seus Anjos, ele é assistido por um número de Arcanjos.

  • Qual é o Quádruplo mistério de Cristo?

Em algumas obras de Max Heindel e, também, de Corinne Heline encontramos uma explanação sobre o quádruplo mistério de Cristo, ou seja, Cristo em seus vários aspectos: Cósmico, Planetário, Histórico e Místico.

Cristo Cósmico: é o Verbo, o aspecto Filho ou feminino de DeusCristo é o Sol espiritual, de onde vem o impulso do Espírito do Cristo Cósmico. O Cristo Cósmico – o mais alto Iniciado do Período Solar – envia Seus raios emitidos. É o Senhor e o Orientador de todas as grandes Religiões da Terra.

Cristo veio e encarnou aqui na Terra; então um raio do Cristo Cósmico veio aqui e encarnou no Corpo do nosso Irmão Maior Jesus.

O Cristo Cósmico está sob a orientação do Senhor Deus (o Pai).

Cristo Planetário: É um glorioso Arcanjo, o supremo entre as hostes Arcangélicas. A Hierarquia de Capricórnio é o lar dos Arcanjos; mas durante o período de Sua missão nesse Planeta, Cristo e seus ministros Arcangélicos faz Seus lares no revestimento espiritual do Sol – pois cada corpo celestial tem um revestimento espiritual estendendo além do espaço da sua parte visível. Do mesmo modo, cada ser humano tem uma extensão espiritual, além do seu veículo físico.

O Cristo planetário encarnou na Terra no momento do Batismo de Jesus e que, no dia culminante do Seu sacrifício, se converteu em seu Espírito Planetário Interno. Está sob a direção do Filho, o Cristo Cósmico.

Cristo Histórico: Ele narra o começo da evolução humana, que foi relatada biblicamente na história de Adão e Eva, quando deixamos de viver na Região Etérica do Mundo Físico (conhecido como o Jardim do Éden), graças a influência dos Espíritos Lucíferos.

É o aspecto do Cristo que veio à terra para nos salvar, o Cristo que usou o corpo físico de Jesus. O Ego, a quem conhecemos como Jesus, veio viver na Terra, as forças espirituais que a acompanharam foram tão poderosas que, apesar do transcurso de milhares de anos, continua ressoando em seu eco, em comemoração daquele nascimento.

O sublime acontecimento denominado o Batismo marca o início da era de Cristo na Terra, momento em que Jesus, tendo construído o mais puro e perfeito corpo que se podia formar com matéria física, cedeu-o para o glorioso Arcanjo Cristo. No momento do Batismo, os céus se abriram e se escutou a voz de Deus.

Cristo Místico: É o Cristo que há de nascer dentro de cada ser humano. É a divindade que está latente em cada ser humano. O Cristo místico está sob a orientação do Espírito Santo.

Nenhum ser humano pode ser pioneiro do novo tipo de ser humano até que Cristo nasça dentro de si mesmo. A chamada feita pelo Espírito Santo a todos os que já estão preparados, e desejando escutá-la, é para a completa dedicação ao serviço do Senhor Cristo.

Para saber mais, acesse: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/corinne-heline/os-misterios-dos-cristos/#_Toc37328391

  • Qual a ajuda que a humanidade recebeu de Jeová?

Jeová dividiu a humanidade em diferentes povos e colocou cada um sob a direção de um grande Arcanjo; “Espírito de Raça” ou Deus deste povo. Como o Espírito dentro do ser humano ainda estava muito fraco e incapaz de controlar o seu Corpo de Desejos, os deuses estabeleceram regras imperativas de vida e que prescreve penas para quaisquer transgressões.

Jeová tem guiado a humanidade a partir do exterior, por meio da Lei. No entanto, tal regime não pode durar para sempre, e a Bíblia nos diz que a Lei foi dada a nós até Cristo. Não até a vinda de Cristo exterior, mas até que o amor de Cristo viva em nós e direcione nossas ações, tornando assim a Lei externa desnecessária.

Esta Lei repressiva estabelecida por Jeová é que nos permitiu tomar consciência do pecado, um ato contrário às Leis da Natureza. A Lei da Religião de Raça envolve o que ainda conhecemos hoje: “olho por olho”, “dente por dente”, e o sentimento afirma: “hei de me vingar”.

  • Qual a ajuda de Cristo à humanidade?

O “Filho” (Cristo) é o mais elevado Iniciado do Período Solar.

Cristo lançou as primeiras bases da Fraternidade Universal em sua primeira vinda. Tal Fraternidade será coisa verdadeiramente realizada quando Ele voltar.

A Lei deve ceder lugar ao Amor, e as raças e nações separadas devem unir-se numa Fraternidade Universal, tendo Cristo como Irmão Maior. Cristo é o Senhor do Amor; é o Regente do Planeta Terra e do Sol; é o grande Espírito Solar; é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Cristo-Jesus – o mais elevado de todos os Arcanjos que utilizou os Corpos Denso e Vital de um ser humano, que em um determinado renascimento foi chamado Jesus, para “aparecer como um homem entre os homens” e se sacrificar para salvar a Onda de Vida Humana (nós, os seres humanos).

  • Quantas Raças existirão durante todo esse Período de manifestação?

16 raças. São elas:

  1. Época Lemúrica: Raça Lemúrica – uma única Raça.
  2. Época Atlante (7 Raças): A Rmoahals; Os Tlavatlis; Os Toltecas; Os Turânios; Os Semitas; Os Acádios e Os Mongóis.
  3. Época Ária (7 Raças): Ária; Babilônio-Assíria-Caldeu; Persa-Greco-Latina; Céltica; Teuto-Anglo-Saxônica; Eslava e Descendentes da 6ª Raça.
  4. Sexta Época (1 Raça): da união das diversas nacionalidades vivendo nos E.U.A., surgirá então a última Raça.

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de fevereiro:

Sabemos que “a morte não existe”!
Não como muitas pessoas pensam: morreu aqui, acabou. Ou, morreu aqui vamos para um Céu, ou um Purgatório ou, ainda, para um inferno. Ou, pior ainda, “não sei e vou deixar para pensar quando estiver próximo dela” (!?)

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que ao desencarnarmos aqui, nascemos nos Mundos Invisíveis (também chamado de Mundos Celestiais), da mesma forma quando renascemos aqui, deixamos os Mundos Invisíveis.

Sim, a “morte não existe”. Existe sim uma continuidade da vida, aqui e lá, sempre!

Devemos nos emancipar do medo da morte.

Por acaso não ouvimos falar: “a única certeza que temos é a morte”?
Se ficarmos apegados ao luto, nos fecharmos para a vida que aqui continua, ficamos sempre tristes, atrapalhamos a vida de quem partiu.

Eles precisam, após a morte, tranquilidade, um ambiente de calma e silêncio para passar um dos mais importantes acontecimentos que ocorre na nossa vida: rever o panorama da vida que findou e seguir seu caminho; receberem sempre a ajuda e os cuidados que precisam, caso contrário, correm o risco de ficarem presos às Regiões mais densas dos Mundos Invisíveis.

Sentiremos saudades, sim, mas devemos respeitar os que partiram. Não devemos ficar em prantos, lamentações, tristes o tempo todo, se lamentando, afinal precisamos continuar nossa jornada, temos que cuidar bem do nosso Corpo Denso, seguir nossa vida.

Podemos ajudar fazendo preces para auxiliar quem partiu, mas sempre a terminando com a frase: “seja sempre feita a Sua vontade (a vontade de Deus) e não a minha”.

Procuremos compreender que a morte do Corpo Denso – o físico -, no momento devido (e sempre é e será no momento devido), é a maior bênção que a pessoa pode receber.

Nenhum de nós possui um Corpo tão perfeito que possa viver para sempre. Não comemos, ainda, do fruto da “Árvore da Vida”.

Em muitos casos, os anos marcam os pontos fracos dos nossos veículos em grau crescente, cristalizando e transformando-os cada dia mais, numa carga que abandonaremos com satisfação.

Temos o conhecimento de que ajudaremos a construir um novo Corpo Denso (bem como todos os outros Corpos e veículos que precisaremos) e um novo começo numa época futura, num novo Renascimento e, assim, poderemos aprender um número maior de lições (baseadas em experiências) nessa Escola da Vida.

Sim, voltaremos aqui!

Os Ensinamentos Rosacruzes nos ajudam muito a entender esse momento.

Procuremos estudar e veremos a morte de outra forma e com segurança, sem medo.

Afinal, “a morte não existe”!!!

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“A quem muito é dado, muito será exigido”

Já ouvimos a frase: “A quem muito é dado, muito será exigido”, não é?

Então, cabe a nós Estudantes, Probacionistas e Discípulos Rosacruzes sempre nos lembrarmos dessa frase.

Afinal, se recebemos, temos o dever de dar, ou seja, um ser extraordinário despendeu muitíssimo do seu tempo para nos passar ensinamentos valiosos, cabe, então, a nós fazermos a nossa parte, divulgando de maneira clara e correta tais ensinamentos.

No mínimo, para nos estimular lembremos do evento na vida de Cristo chamado de Lava-pés, e seu significado místico para o treinamento esotérico de um Estudante.

Com certeza ajudaremos a muitos.

Max Heindel, fundador da Fraternidade Rosacruz, recebeu a sublime missão de ser o Mensageiro dos Irmãos Maiores para transmitir os Ensinamentos Rosacruzes, e o fez de corpo, alma e muito amor. Totalmente desinteressado e sempre buscando servir a divina essência em cada irmão e irmã com quem se relacionou.

Mereceu tão elevado encargo, certamente, pelo seu indescritível impulso interno de encontrar a verdade, passar adiante, e, pelo seu caráter, constância e amor pelos seus semelhantes.

Levou a público a maravilhosa Filosofia Rosacruz, explicando com muita clareza os mistérios da vida, dando-nos fé, consolo e esperança em uma vida futura, bem entendida e bem vivida.

Max Heindel plantou uma fecunda semente – a Fraternidade Rosacruz – que germinou, cresceu, tornou-se frondosa árvore, floresceu e frutificou.

Sob ela nos abrigamos. Suas flores perfumam nossas vidas e seus saborosos frutos alimentam nossas almas.

Temos, então, em nossas mãos uma grande responsabilidade, embora sejamos imperfeitos, de nos convertermos em auxiliares dos Irmãos Maiores, pregando o Evangelho, curando os enfermos e divulgando esses maravilhosos ensinamentos.

Que missão mais sublime podemos aspirar do que ajudar as criaturas de Deus e a Evolução do Mundo?

“A quem muito é dado, muito será exigido”.

Riquezas materiais, honras e glórias, são bens temporais, transitórios e efêmeros; porém os valores espirituais que acumulamos são o tesouro da alma (“a traça não rói e a ferrugem não destrói”) e jamais os perderemos.

Depende só e exclusivamente de nós.

O Conceito Rosacruz do Cosmos e a Bíblia nos ensinam que CRISTO “abriu o caminho” para todos, sem exceção.

Suas irradiações espirituais procuram tocar o coração, despertando o Espírito, e impulsionando-o à ação.

Esforcemo-nos, pois, até o limite de nossas capacidades para nos tornarmos receptivos a essas elevadas vibrações.

Harmonizemo-nos com os princípios da Nova Era, como Cristo nos ensinou.

Elevemos nossos profundos sentimentos de gratidão ao Pai Celestial, aos Irmãos Maiores e a Max Heindel pelas bênçãos que recebemos dessa maravilhosa Escola Filosófica Cristã, que é a Fraternidade Rosacruz.

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CORAÇÃO PURO

Quando Cristo Jesus quis propor um modelo a Seus Discípulos, escolheu-o entre as pessoas sábias e poderosas? Não.

Cristo chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: “Em verdade vos digo, se não se converterem e se não vos fizerdes como uma criança, não entrareis no Reino dos Céus”. (Mt 18, 2-3).

Essa sentença se tornou uma máxima Cristã!

Todos os ocultistas reconhecem a imensa importância desse ensinamento de Cristo, e tratam de “vivê-lo” dia a dia.

O que vemos em uma criança? Dentre outras coisas, vemos a simplicidade e a pureza.

A criança crê, ama e age, sem pensar em si mesmo, atendendo ao impulso do coração; é isso que mais agrada a Deus!

Notemos e nos lembremos sempre que Deus não pede longas orações, nem eloquentes discursos, nem palestras bem elaboradas, nem demonstrações de intelectualidades, nem meditações profundas, mas uma vontade reta, uma intenção pura, um coração inocente; que não tenha outros desejos senão os Seus.

Um exemplo de comportamento e de modo de agir que Cristo Jesus nos ensinou, aprendemos aqui: “Bem-aventurados os que têm o CORAÇÃO PURO, porque eles verão a Deus” (Mt 5,8).

Note: Ele não nos ensinou dizendo que devemos ter uma intelectualidade imensa, uma facilidade em “repetir conhecimentos” e nem o carisma em fazer exposições.

Se formos bons e puros, interiormente, veremos e faremos tudo sem dificuldades, naturalmente, alinhados àquilo que escolhemos aprender nessa vida aqui, e compreenderemos que tudo faz parte de um aprendizado.

Com certeza, quem caminha pelas trilhas que Cristo Jesus nos ensinou (tão explícitas nos quatro Evangelhos), tudo na sua vida se torna leve, o que para outros parece tão pesado.

Um exemplo disso está na prática da humildade, pois a pessoa humilde, recebendo uma afronta e confusão, permanece em uma paz profunda e inabalável, pois confia em Deus e não nas coisas, prazeres e ilusões do mundo.

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A importância de uma atitude Otimista e Corajosa

Uma atitude otimista e corajosa é essencial à conservação da própria saúde, como também para poder auxiliar aqueles que se encontram enfermos ou doentes. A energia solar flui continuamente para dentro do nosso corpo através do baço, órgão especializado na função de atrair e especializar esse Éter universal.

No Plexo Celíaco este Éter transforma-se num fluido de cor rosa, atravessando todo o sistema nervoso. Por meio deles os músculos são movimentados e os órgãos executam as suas funções vitais. Quanto melhor se encontrar o nosso estado de saúde, tanto maior é a qualidade deste fluido solar, que somos capazes de absorver. Entretanto, da quantidade absorvida, somente uma parte é utilizada, e o excesso é irradiado do corpo seguindo direções retilíneas.

Devido a essas correntes invisíveis de força, os germes da enfermidade ou da doença não conseguem penetrar em nós, e os micro-organismos que os conseguem, associados aos nossos alimentos, são expelidos logo em seguida.

Não obstante a isto, ao emitirmos pensamentos de medo, aborrecimentos ou ira, o baço se fecha, cessando então de especializar o fluido em quantidade necessária.  Então as linhas de força se encurvam dando acesso fácil aos organismos nocivos à saúde, deteriorando os tecidos, órgãos e outras áreas do corpo originando assim a enfermidade ou a doença.

Sabemos os efeitos do medo, da ira, da cólera, etc., em nosso Corpo de Desejos. Realmente não são efeitos bons.

Esses pensamentos ao tomarem forma, com o decorrer do tempo, se cristalizam naquilo que conhecemos como bacilos.

De modo especial, os bacilos de enfermidades infecciosas são a incorporação do medo, da tristeza, do ódio, etc., que muito deveriam ser vencidos pela sua força oposta: a coragem, o amor e a alegria.

Quando nos aproximamos de uma pessoa contaminada, com uma enfermidade ou doença contagiosa, se estivermos com medo, trêmulos, com certeza iremos dirigir contra nós mesmos os micróbios venenosos. Infelizmente é o que dizemos de “deixar a porta aberta”.

Por outro lado, se da pessoa nos aproximarmos completamente livres de medo, com a intenção de ajudá-la, nem que seja com pensamentos positivos, orações, dizendo para nós mesmos: “que seja feita a vontade de Deus e não a minha”, escaparemos da infecção, principalmente se vermos a pessoa como um irmão, uma irmã, que está passando por um momento difícil, e para ela levarmos a nossa ajuda, o nosso amor.

O amor vence o medo!!! A nos eleva!!!

Sejamos corajosos sempre!!!

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Oração

A oração é como ligar um interruptor elétrico. Não cria a corrente; simplesmente fornece um canal através do qual a corrente elétrica pode fluir.

Da mesma maneira, a oração cria um canal através do qual a vida e a luz divinas podem se derramar em nós para nossa iluminação espiritual.

Se o interruptor fosse feito de madeira ou vidro, seria inútil; de fato, seria uma barreira pela qual a corrente elétrica não poderia passar, porque isso é contrário à sua natureza. Para ser eficaz, o interruptor deve ser feito de um metal condutor; então está em harmonia com as leis da manifestação elétrica.

Se nossas orações são egoístas, mundanas e eivadas (contaminadas) de desprezo pelo próximo, são como o interruptor de madeira; eles derrotam o próprio propósito a que se destinavam a servir, porque são contrários ao propósito de Deus.

Para ser útil, a oração deve estar em harmonia com a natureza de Deus, que é o Amor.

Perdão dos Pecados

Aprendemos e estudamos a fundo na Fraternidade Rosacruz a doutrina do Perdão dos Pecados, como nos ensinada por Cristo, na Sua primeira vinda.

Essa doutrina é desprezada por alguns filósofos muito avançados que têm a Lei de Consequência como suprema lei.

Na Fraternidade Rosacruz é nos demonstrado que ambas formam parte do esquema de melhoramento e aperfeiçoamento.

Essa doutrina de reconciliação fornece, às almas fervorosas, força necessária para lutar, apesar dos repetidos fracassos, e para conseguir a subjugação da natureza inferior.

Recordemos que muita gente não conhece as Leis de Renascimento e Consequência.

Tendo diante de si um ideal tão grande como o de Cristo, e crendo não ter mais do que curto número de anos de vida para realizar tão elevado grau de desenvolvimento, não teria sido a maior crueldade imaginável deixar todas as pessoas sem essa ajuda?

O grande sacrifício do Calvário, se bem que tenha servido para outros propósitos, converteu-se na Luz de Esperança para todas as almas fervorosas que estão se esforçando por realizar o impossível: efetuar numa única e curta vida a perfeição exigida pela Religião Cristã.

Afinal de contas, pensemos, houve um momento nesse Esquema de Evolução que para “perdoar os pecados de cada um, individualmente” era necessário e suficiente sacrificar os bens.

Só que esse momento terminou com a vinda do Cristo. A partir daí o que vale para “perdoar os pecados de cada um, individualmente” é que cada um se sacrificasse.

Não num único supremo sacrifício, como o de um mártir, o que teria sido comparativamente fácil, mas que, dia a dia, de manhã à noite, agisse misericordiosamente com todos.

Deve se desprender do egoísmo e amar o próximo, como tinha amado a si mesmo.

Também, não lhe era prometida nenhuma recompensa visível e imediata; devia ter fé numa felicidade futura.

Será de admirar que as pessoas achem difícil realizar este elevado ideal de agir bem continuamente?

Quer se aprofundar nesse assunto e compreender como funciona? Acesse o Capítulo XV do Conceito Rosacruz do Cosmos aqui: https://fraternidaderosacruz.com/…/livros…/o-conceito/

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

  1. Hitler tinha um “destino” a seguir?

Resposta: Sem dúvida. Como cada um de nós tem um destino a seguir. Agora, como seguir é nossa escolha. Ele fez a dele e muitos, por comodismo, astúcia, ignorância, ganância, poder, fama, dinheiro, e outros sentimentos, desejos e emoções inferiores “, engrossaram a fila”.

  • Ele foi “aproveitado” pelo Poder Maior para matar milhões de pessoas?

Resposta: Com certeza não! O “Poder Maior” nunca destrói o que foi criado por Deus. Mesmo porque nem Deus criou alguma coisa para ser destruída! O “matar milhões de pessoas” não foi a primeira nem será a última vez que o ser humano (um, dois, três, dez, vinte, cem…) provocará. Olhe em qualquer site de História e verá exemplos e mais exemplos de “hitleres” declarados ou camuflados. Exemplo? O que você me diz de um ser humano que estuda e fabrica armas cada vez mais potentes para matar cada vez mais um número de pessoas? “micro-hitler”? Lembre-se sempre nunca haverá um efeito sem uma causa nas vidas passadas. E em uma vida vem a tentação para o “tentado” provocar o efeito desastroso. Se provocou: “lição não aprendida, ensino não suspenso”.

  • Se sim, como separar o que ele fez porque foi “predeterminado” daquilo que fez por liberdade de escolha, para que ele seja educado no Purgatório de maneira imparcial? Se não, por que Deus permitiu que ele fizesse o que fez? Em outras palavras: por que é permitido que uma única pessoa cause tanto mal a muitas outras, e como essa é “escolhida” para fazer o trabalho sujo?

Resposta: A relação de causa-efeito não estava somente em Hitler e os milhões de irmãos e irmãs que morreram? Estava entre Hitler, fulano, ciclano, beltrano e muitos outros irmãos e irmãs que em vidas passadas foram torturados, feridos, estuprados, envenenados e mortos pelos irmãos e irmãs que na época de Hitler também foram torturados, feridos, estuprados, envenenados e mortos. Ou seja: em uma vida vieram como torturadores e assassinos e agora vieram como torturados e assassinados. Nem um lado, nem o outro lado aprendeu a lição do amor, do perdão, do “não cair em tentação”. Voltarão em vidas próximas, mais uma vez com papéis trocados para “experimentar”, para resolver o relacionamento com amor. Caro irmão, veja que interessante: pesquise na história da 2ª Guerra Mundial e veja quantos irmãos e irmãs tinham tudo para torturar e matar outros irmãos e irmãs e não o fizeram (há muitos exemplos!). Aprenderam a lição! E quantos outros irmãos e irmãs torturados e assassinados perdoaram os seus torturadores e assassinos. Aprenderam a lição!

  • Pergunta: No momento da Concentração do Ritual do Serviço Devocional do Templo se caso ninguém me peça auxílio espiritual, posso eu nesse momento de livre vontade pedir por pessoas que eu sei que precisam de ajuda? Ou somente por aqueles que solicitam?

Resposta: o momento de Concentração, tanto do Ritual do Serviço do Templo como no de Ritual de Cura não é o momento adequado para “pedir por pessoas”. Isso porque o objetivo do momento da Concentração no Ritual do Serviço do Templo é você conseguir criar pensamentos-formas (não influenciado pelo seu desejo, sua emoção ou seu sentimento) sobre o “servir amorosa e desinteressadamente o irmão e irmã que sofrem, que chora e que ri, focando exclusivamente na divina essência oculta deles, que é a base da fraternidade universal, preconizada pelo nosso único Mestre, o Cristo”. Quanto mais impessoal, quanto mais universal, quanto mais não focado em uma ou em outra pessoa, melhor será a sua geração desses pensamentos-formas que serão utilizados pelos Irmãos Maiores no seu trabalho todos os dias à meia-noite. Como formar esses pensamentos-formas? No princípio foque em exemplos de serviço: um olhar de aprovação, um sorriso de cumprimento, um gesto de carinho e atenção, um cumprimento para com uma pessoa desconhecida, um pedido de desculpas, um pedido de perdão, um pedido de ‘com licença’, uma expressão de gratidão, um gesto de amor ágape, um ‘pegar na mão’ para confortar…apoiar…fortalecer, uma atenção a quem só precisa ser ouvido, uma visita a quem está sempre sozinho, uma conversa agradável sobre um assunto fraternal, e assim por diante. É nisso que deve ser baseado os seus 5 minutos de concentração durante a oficiação do Ritual Devocional do Serviço do Templo.

  • Pergunta Os ocidentais estão à frente dos orientais, em termos de evolução espiritual?

Resposta: Todos deveriam estar. As condições do Campo de Evolução do lado de cá propiciam a isso. O irmão ou irmã ocidental que abraça o Cristianismo (popular ou esotérico) está à frente na evolução espiritual, do que o irmão ou irmã oriental que ainda foca no material e tem na religião fetichista a sua crença. Ou seja: não é só o fato de um irmão ou irmã escolher nascer no lado ocidental do Planeta que o torna mais evoluído espiritualmente que um irmão ou irmã oriental.

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura

Datas de Cura:

Março: 04, 12, 19, 25

Certamente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre Si levou as nossas doenças; contudo nós O consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas Suas feridas fomos curados.” (Isaías 53: 4-5)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: A Palavra-Chave dos Ensinamentos Rosacruzes

Maio de 1912

O tema central da lição do mês passado foi que é nosso dever transmitir os frutos do nosso estudo, em um esforço para beneficiar o mundo. Mas, geralmente, os místicos se mantêm afastados dos seus semelhantes e, por isso, o mundo duvida deles e de suas crenças. Isso não deveria ser assim, e a análise provará que os ensinamentos contestados são relativamente insignificantes, e que a parte mais vital dos ensinamentos encontrarão pronta aceitação e prepararão o caminho para futuras instruções.

O valor de qualquer ensinamento depende do seu poder em tornar as pessoas melhores aqui e agora; fazê-las amáveis, gentis, atenciosas e ponderadas em seus lares, meticulosas e cuidadosas nos negócios, leais com os amigos, dispostos e capazes de perdoar seus inimigos; e qualquer ensinamento assim que é facilmente aplicado e que conduzirá a semelhantes resultados, não precisará de maiores recomendações.

Onde devemos procurar por tal ensinamento? Temos uma monumental cosmogonia que descreve os Períodos do mundo, as Revoluções, as Épocas e as Raças. O estudo dela tornará as pessoas mais bondosas? Ou, se pudéssemos induzi-las a esquadrinhar os mistérios dos números e dos nomes contidos na Cabala, se tornarão mais conscienciosas? Certamente que não; portanto, tal conhecimento é de menor importância. As pessoas terão mais moralidade se nós as ensinássemos sobre a Involução e a Evolução, ou se lhes descrevêssemos a jornada cíclica da alma através do Purgatório e do Céu? Isto não necessariamente, pelo menos até tê-las convencidas de que sob Lei de Consequência estamos sujeitos ao Renascimento e a colher o que semeamos. Mesmo uma simples sugestão de tal crença poderia afastar de nós muitas pessoas.

Mas, você perguntará, então o que sobrou dos nossos ensinamentos? O maior ensinamento de todos e o mais prático. Aquele que não despertará antagonismos em nenhum devoto de qualquer Religião, nem sequer em um agnóstico, pois não é preciso rotulá-lo de ensinamento religioso. Produzirá resultados mais benéficos desde o dia em que for aplicado, e afetará também as vidas futuras sem ter em conta se a pessoa que a pratica ouviu ou não a palavra “Rosacruz”, ou aprendeu alguma coisa dos nossos ensinamentos.

Se realmente você quer trabalhar na “vinha do Senhor” – o mundo – não se isole. O estudo abstrato pode ocupar uma agradável parte do tempo, mas você deve sair para o mundo; deve ganhar a confiança das pessoas na igreja, no clube, no emprego, no serviço, no lazer. Se você der um bom exemplo, lhes perguntarão qual é o seu segredo, e você terá o privilégio de lhes fornecer o maior de todos os ensinamentos jamais conhecido, que é: O Segredo do Crescimento da Alma.

Você poderá falar com eles algo como o seguinte:

“Todas as noites, depois de me deitar, revejo os acontecimentos do dia, em sentido inverso. Eu tento me julgar imparcialmente. Eu me culpo onde a culpa é devida, me arrependo e tomo a decisão de me emendar, de me reformar. Eu me elogio, se o elogio é meritório, e decido ser melhor no dia seguinte. Com frequência, falho em meus bons propósitos, mas continuo com as minhas tentativas e, pouco a pouco, vou obtendo êxito nesse propósito.”

Essa é a propaganda diferenciada.

(Carta nº 18 – do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Fumaça e a Reflexão de Combater a Causa de um Problema

A primeira impressão que me chegou ao Espírito foi de mal-estar. Depois me apercebi: era a fumaça que subia de uma mesa vizinha, da ponta de um cigarro (também conhecido como bastonete cancerígeno), descrevendo graciosa curva e depois alongando adelgaçados fios em direção de meu nariz.

O primeiro impulso foi de impaciência contra o descuidado que, além de haver empestado o aposento com seu vício, deixara a ponta do cigarro acesa para prolongar sua ação envenenadora. Depois pensei na tolerância. Mas os meus pulmões protestaram, porque foram feitos para inalar oxigênio.

Resolvi agir: levantei-me, fui à mesa e eliminei a causa, esmagando a cabeça vermelha do rolinho fumegante.

Pronto! Incômodo demovido, se bem ainda persistisse por um pouco os restinhos de fumaça no ar.

Estive pensando, Senhor, quantas vezes eu teria podido, assim, evitar ou vencer circunstâncias danosas, buscando e removendo a causa, em vez de ficar reclamando e provocando atritos.

Lembrei-me, por oportuno, daquela breve, porém substanciosa prece deixada por um almirante inglês:

“Senhor, dá-me recursos para eliminar todas as coisas que podem e devem ser vencidas. Dá-me forças para aceitar e compreender tudo o que não pode ser evitado. Finalmente, Senhor, dá-me discernimento, para distinguir uma circunstância da outra”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1969 da Fraternidade Rosacruz-SP)

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