Quando alguém cresce, especialmente alguém que é robusto, com atributos físicos, um amigo pode observar: “Ele não conhece sua própria força”. Como o exercício é necessário para o desenvolvimento do músculo físico, o desenvolvimento da natureza moral é realizado por meio da tentação.
Em qualquer busca da verdade, mesmo as obras mais mandatórias, como os Livros da Bíblia Sagrada, contêm contradições desconcertantes. Portanto, embora se comece a entender os mistérios, o conhecimento incompleto pode levar o Ego a tirar conclusões contraditórias.
O Ego habita no Mundo do Pensamento; esse é o seu lar. Estudantes Rosacruzes que praticam exercícios mentais, incluindo oração concentrada, adquirem novos pontos fortes; poderes que, embora sejam sutis, podem surpreender o neófito com sua potência. Contudo, até que o Ego desenvolva intensa observação e discernimento (e isso tem a ver com a prática constante do Exercício Esotérico Rosacruz de Observação e do Exercício Esotérico Rosacruz de Discernimento), e cresça, por meio da experiência, da inocência à virtude, incertezas podem engolfá-lo, causando confusão e erro.
Os dois atributos que melhor nos ajudam a vencer as tentações de Lúcifer e que nos tiram do “deserto” são o Amor e o Dever.
A Oração do Estudante Rosacruz, embora muito breve, quando recitada com sinceridade, eleva o buscador espiritual ao reino protetor do Amor Divino e coloca o Ego sobre uma base firme de intenções nobres. Durante as apresentações, reuniões, seminários, oficinas, concertos, os Estudantes Rosacruzes e participantes costumam repetir essa oração em uníssono no início ou no final de cada encontro.
A sentença final é o versículo 14 do décimo nono Salmo da Bíblia.
Se você está fazendo a Oração do Estudante Rosacruz sozinho então, você deve proferi-la assim:
“Aumenta o meu amor por ti, Ó Deus
Para que eu possa servir-Te melhor a cada dia que passa
Faze que as palavras de meus lábios
E as meditações do meu coração
Sejam agradáveis a Tua presença
Ó Senhor, minha força e meu redentor.”
Se estiver com mais de uma pessoa, então a faça assim:
“Aumenta o nosso amor por ti, Ó Deus
Para que possamos servir-Te melhor a cada dia que passa
Faze que as palavras dos nossos lábios
E as meditações dos nossos corações
Sejam agradáveis a Tua presença
Ó Senhor, nossa força e nosso redentor.”
A oração é como ligar um interruptor elétrico: não cria a corrente; simplesmente fornece um canal através do qual a corrente elétrica pode fluir. Da mesma maneira, a oração cria um canal através do qual a Vida e a Luz Divinas podem se derramar em nós para nossa iluminação espiritual.
Se o interruptor fosse feito de madeira ou vidro, seria inútil; de fato, seria uma barreira pela qual a corrente elétrica não poderia passar, porque isso é contrário à sua natureza. Para ser eficaz, o interruptor deve ser feito de um metal condutor; então está em harmonia com as leis da manifestação elétrica.
Se nossas orações são egoístas, mundanas e eivadas de desprezo pelo próximo, são como o interruptor de madeira; eles derrotam o próprio propósito a que se destinavam a servir, porque são contrários ao propósito de Deus.
Para ser útil, a oração deve estar em harmonia com a natureza de Deus, que é o Amor Divino.
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz
Resposta: Por meio da oração tornamo-nos um libertador e um dirigente do poder espiritual. Além disso, inúmeras pessoas tonalizadas e olhando em conjunto, em uma unidade de mútua aspiração, constitui uma combinação para libertação do poder espiritual muito maior do que se orassem isoladamente. Maior poder liberta-se por meio de um grupo e, consequentemente, obtém-se maiores resultados. Esse poder não é criado pelo grupo, mas resulta de um fator necessário que é o da oração em grupo. É algo da partilha do esforço de cada um que permite ao grupo libertar, utilizar e dirigi-lo para finalidades dignas. Quando o espírito de poder superior sincero e consagrado de uma pessoa se adiciona à de outra e, ainda, a de uma outra o resultado, em aritmética espiritual, não é a adição, mas uma multiplicação satisfatória, generosa e maravilhosa, pronto para ser empregado na solução de qualquer problema presente.
Entretanto, o que realmente acontece na atividade de orar? Qual o princípio envolvido? Quais as pessoas que poderão formar esse grupo? Para o que deve esse grupo orar? Como conduzir tais grupos? Consideremos essas perguntas:
O que acontece?
Várias pessoas unidas, em consonância, atuam umas com as outras, fundindo suas energias numa consciência de grupo, daí tornando-se um instrumento para geração de um poder espiritual muito maior do que aquele que poderia ser obtido isoladamente. Por meio da profunda realização de cada um, a unidade de esforços põe em movimento dinâmico as energias espirituais invocadas. Conforme é dito no Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz: “Se alguém se absorve numa intensa súplica a um poder superior, sua aura parece afunilar-se em forma muito semelhante à parte inferior da tromba marinha. Essa forma eleva-se no espaço a grande distância, e sintonizando-se com as vibrações do Cristo, do Mundo Interplanetário do Espírito de Vida, atrai para si uma Força Divina que penetra na pessoa ou no grupo de pessoas, e vivifica o pensamento-forma que elas criaram. Desse modo, o fim pelo qual se reuniram será atingido”.
Qual o princípio evidente?
Qualquer grupo com um objeto espiritual comum pode orar efetivamente em conjunto, porém seus esforços combinados serão mais poderosos se os membros entre si se tonalizarem astrologicamente. Empresários, empresárias, maridos, esposas, donas de casa, fazendeiros, fazendeiras, estudantes, professores, professoras, pessoas jovens e idosas, quaisquer grupos em que os corações de seus membros sintam a necessidade de servir, podem lealmente unirem-se em oração. E mais: podemos dizer que essa congregação será espontânea, resultado do impulso interno de cada um em congregar-se com outros. Métodos promocionais para organizarem-se não são aconselháveis, pois muitas vezes uma família pode formar uma pequena unidade, o essencial é que todos tenham um sincero desejo de atingir o objetivo comum.
Quais são as qualificações?
Já que o objetivo principal da oração é – ou deverá ser – estabelecer uma íntima comunhão com Deus, a fim de que a Vida e a Luz Divinas possam fluir e iluminar, permitindo que se cresça à imagem e semelhança de Deus, a pessoa que ora deve antes de qualquer coisa, possuir uma fé verdadeira, unida a um sincero desejo de servir amorosa e desinteressadamente ao irmão e à irmã focando na divina essência oculta em cada um deles, tornando-se um canal para a manifestação de Deus-Poder. Quanto mais possam concentrar-se, acompanhando esse esforço por um intenso sentimento de amor e devoção, mais eficiente será a oração. Além disso, cada membro do grupo deve, de boa vontade, subordinar seus interesses e cuidados pessoais as necessidades do grupo. Isso demonstra o grau de altruísmo necessário para as realizações do grupo.
Por que orar?
A Filosofia Rosacruz nos ensina que o objetivo das nossas orações deve ser de louvor e adoração a Deus. Isto tem a sua razão de ser, pois nossos Corpos de Desejos são formados do material das sete Regiões do Mundo do Desejo em proporção as condições determinadas pela natureza dos nossos pensamentos. Cada pensamento envolve-se em matéria de desejos afim à sua natureza. Tal fato aplica-se aos pensamentos formados e expressos na oração. Se egoístas, eles atraem e envolvem-se nas substâncias das Regiões inferiores do Mundo do Desejo, mas se forem nobres, altruístas na tonalidade das Regiões da Luz Anímica, da Vida Anímica e do Poder Anímico – as Regiões superiores do Mundo do Desejo – da nossa natureza espiritual. “Buscai o Reino de Deus e Sua justiça e resto vos será dado por acréscimo“, eis um ensinamento de Cristo muito aplicável aqui. Quando anuímos com esse ensinamento Cristão, poderemos descansar certos de que todas essas coisas serão alcançadas. Portanto, quando orarmos por alguém, ponhamos todo o nosso coração na súplica a fim de que ele possa permanentemente trilhar o Caminho, encontrando a Verdade e a Vida, para que encontrando-o – “o maior de todos os tesouros” – nenhuma necessidade possa afligi-lo.
Como poderá o grupo ser conduzido?
A oração é íntima e sagrada, necessitando paz e inspiração para torná-la efetiva. Muitos grupos – grandes ou pequenos – beneficiam-se iniciando seus trabalhos por uma curta exposição introdutória ou por uma conversa cuidadosamente dirigida ao longo de linhas espirituais. Assim o “fogo da inspiração” poderá ser melhor aceso efetivamente, e a intensidade de sentimentos poderá ser lograda sendo, dessa forma, atingido o objetivo desejado. A tonalidade geral dessas reuniões deve fundamentar-se sempre nestas palavras: “Onde dois ou três reunirem-se em Meu Nome Eu estarei no meio deles.”
É, naturalmente, desejável que muitos façam esse trabalho espiritual prático. Portanto, poderá haver tantas unidades quanto sejam possíveis. Uma pequena unidade quase sempre trabalha em maior harmonia do que uma grande, pois quanto maior for a unidade de sentimentos, mais poderosa será a energia gerada. Qualquer igreja ou outra organização religiosa onde muitos desejam participar de grupos de oração é bom planejar para um determinado dia, numa semana ou mês, reunirem-se com a duração de uma hora ou mais. No início, a pessoa que está liderando o grupo poderá proferir uma exposição inspiradora para todos, podendo, também, divulgar notícias de grupo menores, aumentando o sentimento de unidade e de desejos para atingirem o objetivo comum. Então, cada pequeno grupo de três ou mais pessoas, que tenham deliberado a trabalhar em conjunto, poderá esgotar o tempo, dedicando-o à sua própria reunião. Ou poderá acontecer o contrário, isto é, deixar a reunião geral por último.
Essa é uma maravilhosa cooperação espiritual. Edifica uma profunda consciência de grupo de valor inegável, e amplia o poder individual, permitindo tocar-se em recursos ocultos jamais percebidos. A participação nessa consciência de grupo pode ser obtida por todos aqueles que estejam dispostos a pôr de lado seus próprios desejos especiais por uns poucos minutos, diariamente, para juntarem-se com outros também desejosos de atingirem o mesmo fim. Representa um alto privilégio para servir, dessa forma, a Cristo.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz março/1975 – Fraternidade Rosacruz-SP)
“Aumenta o nosso amor por Ti, ó Deus
Para que possamos servir-Te melhor a cada dia que passa
Faze com que as palavras dos nossos lábios
E as meditações dos nossos corações
Sejam sempre agradáveis à Tua presença.
Ó Senhor, nossa força e nosso redentor.”
Esta oração define o procedimento correto que o Estudante Rosacruz deve ter, cotidianamente. É necessário viver em conformidade com o espírito dessa oração; mais do que necessário, é imprescindível, visto que as ações revestidas de tal caráter têm efeitos contagiantes e são “agradáveis ao Senhor”.
Afinal, deve existir a fé e devem existir as obras, pois a “fé sem obras é morta”, e as obras sem a fé são de pouco valor. A fé, em nós, é a força que abre os canais que nos comunicam com Deus e é mediante a fé, que podemos nos pôr em contato com Sua vida e Seu poder.
A oração e a meditação constituem bases absolutamente essenciais para o Crescimento da Alma.
Porém, se dependermos somente da oração que sejam apenas palavras, pouco crescimento espiritual alcançaremos. Para obter resultados verdadeiros toda nossa vida deve ser uma oração, uma perene aspiração.
Devemos nos dar conta de que não são as palavras que mencionamos durante a oração que contam, senão a própria vida que conduz à oração. Só há uma maneira de provarmos nossa fé: é mediante as obras que realizamos dia a dia.
O fator determinante que sanciona corretamente se a classe de trabalho que fazemos é espiritual ou material é a atitude que adotamos ao fazê-lo. Lembremo-nos sempre disso!
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1968-Fraternidade Rosacruz-SP)
A Oração do Estudante Rosacruz define o procedimento correto que o Estudante Rosacruz deve ter, cotidianamente. É necessário viver em conformidade com o Ego dessa oração; mais do que necessário, é imprescindível, visto que as ações revestidas de tal caráter têm efeitos contagiantes e são agradáveis ao Senhor. Ei-la:
“Aumenta o meu amor por Ti, ó Deus
Para que eu possa servir-Te melhor a cada dia que passa
Faze com que as palavras dos meus lábios
E as meditações do meu coração
Sejam sempre agradáveis à Tua presença.
Ó Senhor, minha força e meu redentor”.
Sempre deve existir a fé e devem existir as obras, pois a “fé sem obras é morta”, e as obras sem a fé são de pouco valor. A fé, em nós, é a força que abre os canais que nos comunicam com Deus e é mediante a fé, que podemos nos pôr em contato com a Sua vida e o Seu poder.
A oração constitui uma das bases absolutamente essencial para o Crescimento da Alma, o crescimento anímico.
Porém, se dependermos somente da oração que sejam apenas palavras, pouco crescimento espiritual alcançaremos. Para obter resultados verdadeiros toda nossa vida deve ser uma oração, uma perene aspiração.
Devemos nos dar conta de que não são as palavras que mencionamos durante a oração que contam, senão a própria vida que conduz à oração. Só há uma maneira de provarmos nossa fé: é mediante as obras, os atos, as ações que realizamos dia a dia.
O fator determinante que sanciona corretamente se a classe de trabalho que fazemos é espiritual ou material é a atitude que adotamos ao fazê-lo.
(Revista Serviço Rosacruz – maio/1968-Fraternidade Rosacruz-SP)
Há vários graus de visão espiritual. Um deles nos habilita a ver o Éter, normalmente invisível aos olhos físicos, com as miríades de seres que habitam esse reino. Outros e mais elevados graus nos proporcionam a faculdade de ver o Mundo do Desejo e até o Mundo do Pensamento, permanecendo, não obstante, no nosso Corpo Denso.
Entretanto, essas faculdades, ainda que valiosas quando se exercem sob o controle da nossa vontade, não são suficientes para se ler na “Memória da Natureza” com absoluta exatidão.
Para que isto seja possível e, também, para que possamos efetuar investigações necessárias com o objetivo de compreender como se tece e destece a teia do nosso destino é necessário possuirmos a faculdade de sair, por livre e espontânea vontade própria, do nosso Corpo Denso e funcionar fora dele, no Corpo-Alma, o qual é formado pelos dois Éteres superiores, estando também revestido pelo Corpo de Desejos e pela Mente.
Para saber mais de como se faz isso e o que se deve aplicar para alcançar esse objetivo, acesse esse material aqui:
A Teia do Destino: como Tece e Destece, o Efeito Oculto das Nossas Emoções, a Oração – uma Invocação Mágica e os Métodos Práticos de se Alcançar o Sucesso
Nossos pensamentos e nossas emoções, nossos sentimentos e desejos influem enormemente na saúde do nosso Corpo Denso.
Portanto, é preciso que nossos pensamentos sejam limpos, puros e que as nossas emoções, nossos sentimentos e desejos sejam controlados.
A oração é um meio eficaz de superar as dificuldades físicas porque, quando elevamos nossa alma a um plano superior, fazemo-nos receptivos ao Poder Curativo Divino – o Poder Curador do Pai –, que é tão potente hoje, como o foi nos dias de Cristo Jesus. Esse poder nos rodeia, pois Deus é Onipresente, e podemos aproveitá-lo pondo-nos em contato direto com as Leis de Deus, a Lei Divina. Esse poder é abundante em todo o lugar e é da vontade de Deus que nós tenhamos saúde perfeita. Depende só de nós obedecermos ou não às leis naturais que são necessárias para a saúde: ar puro, alimentação pura, pensamentos puros e vida reta.
O poder milagroso de Deus já foi experimentado por tantas pessoas, que a maioria já não põe isso em dúvida. É aceito o fato de que não existe nada que seja impossível para o Poder Curador do Grande Médico. Porém, nós devemos cumprir a nossa parte. A fé é indispensável, mas é igualmente importante é o desejo de corrigir os maus hábitos que nos impedem de alcançar os resultados que buscamos e, no fundo do nosso ser, bem sabemos quais são esses hábitos.
Que contraditória é a natureza humana! Todo paciente deveria buscar a cura, fazendo o possível para cooperar com o trabalho amoroso do Pai Celestial. Porém, os mesmos desejos, sentimentos impuros e as mesmas emoções impuras que provocaram nossas dificuldades, desde o princípio, continuam conosco e impedem nossa colaboração total com Deus.
Todos nós presenciamos as manifestações do Amor do Pai e, em nosso interior, podemos sentir a Sua Presença.
Que essa Divina Presença seja nosso guia na vida diária, para que possamos trabalhar com Ele e, assim, conseguirmos “milagres” em todas as esferas e momentos da vida.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – julho/1986-Fraternidade Rosacruz-SP)
“5E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 6Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará. 7Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. 8Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes.” (Mt 6:5-8)
No “Sermão da Montanha”, Cristo fez essa importante preparação, para depois ensinar a “Oração do Senhor”, vulgarmente conhecida como o “Pai Nosso”.
Vejamos o sentido das frases-chave desse trecho:
Gostar de ser visto pelos homens — Eis uma regra básica que o Cristo deu, para sabermos quando é que a Personalidade falsa está nos condicionando: ela gosta de prestígio, de elogios, de parecer boa. Se levarmos à criteriosa análise essa regra, poderemos perceber essa intenção de “ser visto pelos homens” nas maneiras mais sutis, até mesmo em coisas aparentemente inocentes e sem gravidade. É preciso isenção de ânimo para tomar consciência disso em nós. Se estamos envolvidos na Personalidade, impossível constatá-lo. É preciso estar como “de fora”, num estado de observação imparcial de nós mesmos, sem julgamento nem objeção; sem resistência ao maligno (em nós) para não dar a perceber à Personalidade que ela está sob consciente observação e vigilância.
É preciso situar-nos como um Eu espiritual a testemunhar a ação da Personalidade, sem objetar nem julgar. Só observar. Essa simples constatação, sem identificação emocional e mental, permite-nos receber, da Mente (ou Memória) Supraconsciente, a voz da intuição. O conhecimento interior, se assenhoreará da verdade e essa dissolverá a magia da Personalidade. Eis uma excelente maneira de cultivar-se uma percepção certa da verdade libertadora. Como disse Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Isso depende unicamente de exercício, de repetição paciente, até que, no dizer de São Paulo, possamos “orar sem cessar”, ou seja: manter-nos no aqui e agora, conscientes de nossas intenções (sem recriminações!), na consciência de que o “Eu” verdadeiro e superior é quem faz as obras.
Em verdade já receberam sua recompensa — Receberam sua recompensa de quem? Do mundo. Assim, nada têm a reclamar dos céus ou do íntimo, como Alma, como crescimento evolutivo. É uma forma de dizer, pois não há recompensas. Não se pode dizer que os frutos sejam a recompensa à árvore. Simplesmente são um corolário, uma consequência natural de sua ação, na ordem evolutiva.
Mas, a Personalidade ignorante, que vive sob a ilusão de separatividade do Espírito, busca atrair os méritos da ação, reclamando paga e retribuição. Quando buscamos satisfação e realce da Personalidade, “engordamo-la”; assemelhamo-nos a árvores folhudas, de bela ramagem, de majestoso tronco, porém, estéril: toda a energia vital, toda a seiva que ela recebe, converge na apresentação de si própria, na promoção e projeção de si. Não sobra energia para os frutos. A alma fica desnutrida porque sua ação não alcança o íntimo. Não é natural, providencial, que a lei de Causa e Efeito precise de fazer-nos umas “podas” pedagógicas, para que sobre energia aos frutos e cumpramos o objetivo essencial de nossa vida, que é a evolução?
Quanto às pessoas que oram de pé ou nas esquinas, pode ser que sejam sinceras. Os israelitas e os muçulmanos têm horas prefixadas de oração e, onde estiverem, devem fazê-la. Mas como o orar numa esquina podia trazer fama de piedoso, com vantagens sociais, com o tempo se amiudaram as “coincidências”. O importante é a intenção e, como Deus não se acha num templo determinado, mas está em toda a parte, principalmente “dentro de nós”, a oração sincera deve ser discreta, evitando os meios sutis de chamar a atenção sobre si, inconscientemente.
Fecha-te no teu quarto — Segundo o original grego dos Evangelhos (do primeiro século), esse quarto era o “quarto de guardados” (“eis tò tameiõn”), onde as pessoas estranhas não podiam entrar. E justamente para mostrar-nos o sentido de “intimidade”. Refere-se a um recolhimento individual, pois a pessoa devia trancar a porta após entrar. Notem que nessa frase (verso 6) o tratamento é “tu” e não vós: é individual.
Ninguém pode penetrar o íntimo humano. Mesmo os Iniciados, que podem desvelar-nos o íntimo até certo ponto, não o fazem, porque o livre arbítrio é o mais sagrado direito. E, também, respeitam as “prisões sem grade” dos condicionamentos e restrições internos, porque sabem que o processo de libertação vem de dentro para fora e deve ser presidido pela própria pessoa interessada, se bem possa ela ser orientada e assistida “de fora”. Gandhi já dizia: “ainda que me prendam na mais profunda masmorra, serei um homem livre”. Ele se referia a essa liberdade interior que só o indivíduo pode roubar a si mesmo, por ignorância.
Nesse “lugar secreto do Altíssimo” (Salmo 91) do íntimo, é que a Personalidade humilde, consciente de sua função, como canal do Espírito, deve orar.
As palavras são desnecessárias e até podem prejudicar a abertura e receptividade interna, à manifestação da Presença, como uma taça erguida, de boca para cima, à espera de preenchimento da “água viva”. Podemos estar no banco de um ônibus, viajando quietamente num carro (não na direção), numa sala de espera ou numa fila — e orar internamente, sem demonstrações evidentes, como fechar olhos, mãos postas, cara de anjo, mover lábios. Mas será melhor, certamente, no silêncio de um quarto: um cantinho escolhido onde habitualmente nos recolhemos (se possível às mesmas horas). A prática vai formando no local e em torno dele um santuário invisível, um templo “não feito com mãos”, uma capela etérica, visível ao Clarividente como algo lindíssimo, de formas e cores próprias, que deve ser alimentado pela repetição fiel. Depois de certo tempo de prática notar-se-á ali uma vibração agradabilíssima. Não convém que outra pessoa esteja a entrar ali.
Esse mesmo princípio explica o porquê nos sentimos bem numa certa poltrona em que nos sentamos sempre, seja em casa ou numa fraternidade: ela fica impregnada por nossa vibração particular, quase sempre boa, porque naqueles momentos vibramos mental e emocionalmente em assuntos elevados.
Ora a teu Pai que está no secreto — Veja que uma boa definição de prece pode ser a silenciosa busca do “Eu interno”. Orar é escutar Cristo em nós, no silêncio e vazio da Personalidade. Quando Ele, de algum modo, “responde”, aí já é inspiração.
Essa orientação está claramente exposta nos Evangelhos: “Deus é Espírito e Verdade; importa que O adoremos em Espírito e Verdade”. “O Reino de Deus está dentro de vós.” O corpo é o templo do Altíssimo.
Passemos a orar corretamente, ainda que os resultados pressuponham longa prática, sincera e perseverante. Vale a pena. Estejamos prevenidos contra a tendência imediatista, de alcançar resultados a curto prazo. A impaciência contra as restrições é um sério entrave ao desenvolvimento espiritual. Não imponhamos prazos. As realizações internas dependem de um natural amadurecimento. Dependem do que tenhamos conquistado anteriormente, se bem que o método correto pode abreviar, agora, o acesso à Graça.
Pratiquemos fervorosa e pacientemente a oração mística, sem olhos voltados para os frutos da colheita. Lembremos a estória de um menino que plantou uma semente e todos os dias a desenterrava para ver em que ponto estava: arruinou-a! Igualmente, na realização espiritual é preciso fazer o que nos incumbe. Deus jamais falha em cumprir Sua parte. Cumpre-nos adubar, plantar, regar (prática regular e amorosa), confiando que a Terra faz sua parte, até que um raminho verde-esperança assome à superfície da consciência e nos mostre os primeiros resultados.
Max Heindel exprime de modo poético e profundo: “Busquemos o Cristo interno com renovada ânsia, como uma pessoa repleta de um amor verdadeiro e sincero, vigilante às horas dos encontros, embora não receba declaração alguma de amor”. Se O buscarmos, estejamos certos de que Ele vem ao nosso encontro. Embora não O possamos sentir (por causa de nosso grau vibratório) há inequívoca manifestação de paz. Devemos permanecer quietos, à parte da Personalidade, num vazio expectante, até que Ele nos encha o vácuo de luz. Estejamos sempre como ao telefone, dizendo: “Pai, fala que teu servo escuta”, até que a “pequenina e silenciosa voz” nos penetre a consciência, como uma réstia de luz coada pelos intervalos das folhas de uma árvore, iluminando o chão. Então, sentimos uma harmonia inenarrável: a paz que ultrapassa todo o humano entendimento.
Mas não devemos contar aos outros tais experiências. Nunca! Essa profanação é provocada pela Personalidade que deseja “ser vista” como superior. Essa profanação custa caro: podemos perder temporariamente o “contato”. Logo, é secreto mesmo. A instrução é clara: sacralidade!
Teu Pai que vê no secreto, te retribuirá — Quando aprendemos a orar corretamente, os resultados internos surgem com toda a segurança. Cristo esclareceu: “Pedis e não recebeis porque pedis mal”. Quando se fala, quando se pede, o pedido deve ser “do pão espiritual”, do amor, da sabedoria, porque “tudo o mais vem de acréscimo”. Isso é o que nos ensina o “Pai Nosso”. Salomão pediu bem (a Sabedoria) e recebeu tudo o mais que não havia pedido. O crescimento de consciência é inevitável, na medida em que Deus se nos vai manifestando. O que está no íntimo se vai extravasando inevitavelmente: eis a chamada “recompensa” deste passo. Não é que um Almoxarife celeste nos abra a torneira de graças quando fazemos uma oração jeitosa. É simplesmente a consequência lógica de uma transformação interior, de uma transferência, de apoio ao “Eu” verdadeiro e superior, que se vai expressando em nossa vida com sua natureza própria, que é paz, harmonia, sabedoria, amor etc. Não precisamos de criar essas coisas. Elas já existem dentro de nós (como ensina a “Oração Rosacruz”). Basta libertá-las. Por isso é que a Bíblia nos ensina: “Somos herdeiros de Deus e coerdeiros com o Cristo”. “Filho, tudo o que é meu é teu.”
Quando orais, não useis de vãs repetições, como os gentios que pensam que pelas muitas palavras serão ouvidos. – Hoje, podemos considerar como “gentios” as pessoas ignorantes da verdade espiritual, que evoluem por penosos meios e não sabem aplicar os recursos esotéricos para uma evolução mais rápida e fácil. Incluímos os religiosos comuns que atribuem valor demasiado às ladainhas, às longas repetições de preces mecânicas. Arrolamos igualmente os orientais que, na fase elementar, de repetição de “mantrans” e “japam” julgam ser transformados pelo “som”, sem um trabalho interno transformador. Nenhuma palavra, por mais sagrada que seja sua vibração, pode, por si mesma, levar-nos à santidade. A “palavra perdida” só pode exercer poder quando pronunciada por uma pessoa de consciência despertada. Isso é o que ensina a estória de “Aladim e a lâmpada maravilhosa”: só quem encontra a lâmpada (símbolo da sabedoria espiritual) pode pronunciar a palavra de poder (que suscita o gigante), esfregando-a (produzindo vibração).
A repetição de preces mecânicas e “mantrans” é um exercício para concentrar o íntimo em algo elevado; é um método para silenciar a Mente palradora e predispor o candidato à meditação. Preferimos ir mais diretamente à meta, exercitando o silêncio e a busca da Presença.
A repetição sem um objetivo elevado tem um perigo: tornar-se mecânica e fria. É preciso estar atento para renová-la com sentimento e intenção a cada prática.
Nenhum fator externo tem o poder de nos iniciar ou produzir uma abertura de consciência. Há muitas pessoas desejosas de rápida Iniciação e não hesitariam em pagar bem para consegui-lo de um “mestre”. O verdadeiro Mestre ensina que o processo vem “de dentro para fora” e tentar remover o caroço de um pêssego verde seria perder a fruta. A ajuda externa é como um fole: assopra para acender o fogo naquele que tem, no íntimo, os carvões já acesos.
A oração não é, pois, ensejo para darmos ordens ao Espírito, a fim de que Ele faça aquilo que nossa Personalidade acha melhor. Ele sabe melhor do que nós o que nos convém, antes mesmo de o pedirmos. Orar é não atrapalhar; é ser um canal vazio e fiel do fluxo divino, quando a união se efetiva. E dizer: meu alimento é fazer a vontade de meu “Eu” verdadeiro e superior! Daí a necessidade de aprendermos a orar corretamente.
Nessa ordem de ideias, mais vale um momento de sentida prece do que uma hora de ladainha. Uma fervorosa súplica, bem consciente, com a direção do pensamento e com a força do amor, forma duas asas que voam ao trono de Deus interno e trazem de volta uma resposta.
Não desconhecemos os efeitos da repetição sobre o Corpo Vital. As repetições formam os hábitos e os hábitos fazem a segunda natureza da Individualidade, de nós, o Ego. Por meio da repetição consciente de melhores hábitos é que promovemos nossa regeneração. Sabemos disso e o praticamos também, tornando nossa repetição um “orar sem cessar”, porque buscamos estar presentes no aqui e agora, vivendo muitas vezes ao dia a prática da Presença, o intento de servi-La como canal fiel. Ainda mais: levantamo-nos com o pensamento: “Meu Cristo. Este dia é teu. Estabelece tua unidade comigo, cada vez mais, até que sejamos UM. Pensa através de minha Mente; ama através do meu coração; fala por minha boca; age por meu inteiro Ser. Faze de mim um instrumento de tua vontade!”. E, ao deitar-nos, como último pensamento, antes do exercício de Retrospecção noturna, consagramo-nos: “Meu Cristo. Ensina-me esta noite. Permita que eu possa servir como Auxiliar Invisível”.
Não nos apoiemos meramente em palavras, senão em sincero propósito de elevação. As palavras, por si mesmas, são algo externo. Atribuir-lhes valor é materialismo. Como vestimenta, elas valem apenas quando revestem a verdade e o amor.
Vosso Pai sabe o que vos é necessário antes que o peçais – A obra de Deus é perfeita. Nossa vida é prevista em suas linhas gerais. Deus, como Inteligência universal ou como Centelha individualizada como “Eu” e como “Tu”, é o único suprimento e JÁ está constantemente à nossa disposição. Cada qual recebe segundo sua necessidade interna. Lançamos ao exterior as expressões do nosso estado de consciência e recebemos o eco, a resposta, diretamente correspondente. Max Heindel o afirmou categoricamente: “Os Anjos do Destino dão, a cada um e a todos, exatamente o de que necessitam para o seu desenvolvimento”. Portanto, se estamos carentes de dinheiro, não peçamos dinheiro; se estamos enfermos, não peçamos saúde; se estamos infelizes, não peçamos felicidade. Não peçamos nada. Oração é pedir Deus. Só Deus. Sua mera Presença em nossa vida é reajustamento; é a expressão cabal de todas as mais justas necessidades. Como disse o Cristo: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus (elevação ao íntimo) e vosso ajustamento a Ele (viver de acordo com as Leis divinas) e tudo o mais vos será dado de acréscimo”.
“9Portanto, orai desta maneira: ‘Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, 10venha nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade, assim na terra, como no céu. 11O pão nosso de cada dia nos dai hoje. 12Perdoai as nossas dívidas como nós perdoamos aos nossos devedores. 13E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. 14Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai celeste vos perdoará; 15mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos.” (MT 6:9-15)
“25E quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhes, para que, também, o vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas”. 26Mas se não perdoardes, também vosso Pai que está nos céus não vos perdoará vossas ofensas.” (Mc 11:25-26)
“1Estando num certo lugar, orando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou a seus discípulos’. 2Respondeu-lhes: ‘Quando orardes, dizei: Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso Nome; venha a nós o Vosso Reino; seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu; 3o pão nosso de cada dia nos dai hoje; 4perdoai-nos as nossas dívidas, como nós perdoamos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal’.” (Lc 11:1-4)
Essa foi a única oração deixada por Cristo. Foram criadas muitas preces e formas de adoração, inclusive no Cristianismo, mas o “Pai Nosso” constitui uma síntese acabada e completa para atender a todas as necessidades do ser humano. Realmente, em seu conteúdo esotérico, tal como o constataram os Iniciados, é uma fórmula abstrata para satisfazer às necessidades dos sete princípios humanos. Ele nos dá a compreensão de como melhorar e purificar o Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente, de cuja atuação possamos extrair o pão da Tríplice Alma, para alimentar o Tríplice Espírito.
Tal é o propósito evolutivo: a dinamização das potencialidades divinas em cada ser, para aumentar a consciência Espiritual e ampliar sua expressão.
A Oração do Senhor se compõe de sete frases fundamentais, além de uma invocação inicial (Pai nosso que estás nos céus) e um fecho que não foi dado por Cristo, mas que termina de maneira apropriada a prece, (pois vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, amém).
Notem os números cabalísticos: sete frases básicas (série completa) mais a invocação e encerramento, dá-nos o número NOVE, representativo da humanidade (ADM ou 1+4+40=9).
No “Pai Nosso” se estabelece relação entre o Espírito individual (o ser humano real) com o Criador (a Trindade Universal).
A Trindade Universal é representada pelos nomes: Pai, Filho e Espírito Santo. É o UNO que se expressa como TRIUNO (tal como o branco se refrata nas três cores primárias: azul, amarelo e vermelho; ou como a tonalidade se exprime no acorde fundamental (dominante, mediante e tônica)).
O verdadeiro ser humano é feito à imagem e semelhança de Deus. Herdou-Lhe as mesmas características espirituais, das quais uma pequena parte já foi dinamizada (Alma, consciência) e uma parte infinita espera o despertar, para que sejamos perfeitos como o Pai celestial. Na nomenclatura da Fraternidade Rosacruz, os três aspectos da Trindade individual se chamam: Espírito Divino (emanação do Pai); Espírito de Vida (emanação do Filho) e Espírito Humano (emanação do Espírito Santo).
Os corpos que utilizamos, como Espíritos individualizados, foram sendo formados e aperfeiçoados com ajuda das Hierarquias Criadoras. Essa cadeia completa de veículos, cujos germes ou sementes nos foram dados pelas Hierarquias, tem ligação direta com os três aspectos da Trindade Individual: o Corpo Denso, químico, emanou do Espírito Divino; o Corpo Vital, etérico, emanou do Espírito de Vida; o Corpo de Desejos, emocional, emanou do Espírito Humano. A Mente é o elo ou foco, através da qual a Trindade Individual se exprime ao Tríplice Corpo, até que o consiga controlar completamente. Através desses três Corpos o Tríplice Espírito vai acumulando experiências ou Alma, nos correspondentes Átomos-semente.
Damos, a seguir, um diagrama para facilitar a compreensão do que expusemos. Nele se mostra a relação dos três Corpos com os três aspectos da Trindade Individual e dessa com a Trindade Universal.
O triângulo com a ponta para cima é símbolo da Trindade. O de cima representa a Trindade Universal, o de baixo (do meio) figura a Trindade Individual.
O triângulo com a ponta para baixo representa a Trindade manifestada como Personalidade, com seus três Corpos. Entre a Personalidade (em baixo) e o Espírito individualizado, a Individualidade (triângulo do meio), o foco da Mente está representado por uma linha horizontal, um elo entre a Personalidade e a Individualidade (o Espírito).
As linhas pontilhadas, verticais, mostram a relação de cada Corpo com o aspecto espiritual que o emanou e, através deste, com o Aspecto correspondente da Trindade Universal.
O Corpo Denso (o mais inferior) se liga ao mais elevado aspecto espiritual da Trindade Individual (Espírito Divino) e da Trindade Universal (Pai).
O Corpo Vital se liga ao segundo aspecto da Trindade Individual (Espírito de Vida) e da Trindade Universal (Filho).
O Corpo de Desejos se liga ao terceiro aspecto da Trindade Individual (Espírito Humano) e da Trindade Universal (Espírito Santo).
Esse esquema mostra a relação cósmica entre o Espírito individualizado e o seu Criador. Acompanhando as relações indicadas, vejamos, a seguir, sua aplicação ao “Pai Nosso”.
A invocação é um reconhecimento da Onipresença do Criador que, embora se exprima puramente no Mundo de Deus, compenetra cada partícula de Sua Criação. Ao mesmo tempo mostra o entendimento de que somos Espíritos e não corpos (nem Personalidade), e nessa qualidade nos dirigimos a nosso Pai Universal.
1. As frases de adoração partem da Trindade individual para a Trindade Universal, cada aspecto por vez, e a Sua contraparte.
2. O Espírito Humano adora sua contraparte, o Espírito Santo, dizendo: “Santificado seja o vosso nome”.
3. O Espírito de Vida prostra-se ante sua contraparte, o Filho, e diz: “Venha a nós o vosso reino”.
4. O Espírito Divino ajoelha-se ante sua contraparte, o Pai, e diz: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”.
As frases de dedicação ensinam como formular os justos pedidos numa prece: o Espírito individual pede à Trindade Universal para atender às necessidades de seus veículos (conforme a Vontade e Sabedoria de Deus).
5. O Espírito Divino pede pelo Corpo Denso, ao Pai: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”.
6. O Espírito de Vida pede por sua contraparte, o Corpo Vital, ao Filho: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores”.
7. O Espírito Humano pede pelo Corpo de Desejos, ao Espírito Santo: “E não nos deixeis cair em tentação”.
8. Por último, os três Aspectos do Espírito individual juntam-se e formulam, em uníssono, um pedido pela Mente, à Trindade universal: “Mas livrai-nos do mal”.
9. E encerram a prece, exprimindo o reconhecimento de que Deus é a única Fonte, Presença e Poder eternos, infalíveis.
A frase 5 mostra que o ser humano encarnado é mantido e globalmente atendido pelo “pão” ou “pão da vida”, que se expressa em todas as múltiplas e legítimas necessidades humanas.
Esse “pão da vida” é a causa de nossas ações mentais, emocionais e físicas, para transformarmos as experiências em Alma.
A frase 6 revela que o Corpo Vital é o que grava, através do ar, no sangue, na Memória Subconsciente, os fatos da vida. Nesse Corpo é que, portanto, as transgressões e ódios devem ser dissolvidos.
A frase 7 ensina que o Corpo de Desejos é que nos impulsiona à ação, através da motivação emocional. O desejo é o grande tentador da humanidade e, ao mesmo tempo, o grande incentivo para a ação. É bom quando cumpre os propósitos do Espírito, mas quando se inclina para algo degradante, rebaixa-nos a natureza. A tentação do desejo existe sempre, mas não devemos nela cair.
A Mente é a ligação entre o lado superior (Espírito, Individualidade) e inferior (Personalidade). Nela é que nascem os conceitos de bem e de mal. Na maioria dos seres humanos (exceção dos Iniciados que transcenderam a quinta Iniciação Menor) a Mente está ligada ao Corpo de Desejos e comprometida por ele, criando enganos que geram ações errôneas e, por sua vez, suscitam dolorosas consequências da Lei de Causa e Efeito. Por isso, a oração pela Mente traduz a aspiração de nos libertarmos dos condicionamentos da “falsa luz”, transcendendo o intelecto limitador pela “metanoia” e alcançando a ligação permanente com o Espírito. É o anseio de, conscientemente, nos libertarmos das experiências resultantes da aliança com a natureza de desejos e de tudo quanto tal aliança origina.
Nos tópicos seguintes abordaremos os nove versos do “Pai Nosso”, um por vez, com mais clareza, a fim de que esta síntese se torne, para todos, um método claro e eficaz de realização interior.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro e março/1977- Fraternidade Rosacruz-SP)
Resposta: É a busca e contato com Deus em nosso interior. É o suprimento de nossas necessidades internas, pelo influxo de Seus atributos e virtudes em nossa parte humana, temporariamente separada, pelos véus dos veículos, de Sua permanente presença. É uma condição interna.
Pergunta: Quais os erros mais frequentes cometidos pelos que buscam orar?
Resposta: a) Considerar a prece uma mera fórmula, de mecânica repetição sem sentimentos. “Não é aquele que diz: senhor, senhor, que recebe o Reino dos Céus.” (Mt 7:21). “Quando orar, não use, como os gentios, de vãs repetições.” (Mt 6:7) “Antes que o peçais, o Senhor já sabe do que precisais.” (Mt 6:8). A parábola do homem que batia insistentemente à porta do rico, para dele pedir pão, não significa que devamos insistir para quebrar a relutância de Deus. Na verdade, a resistência que devemos quebrar, para alcançar o contato com Deus, é o de nossa Personalidade. Orar é sinceramente dar um passo de nossas limitações em direção ao Pai que sempre nos espera.
b) Ostentação. “Quando orardes, não façais como os hipócritas que se comprazem em fazer nas esquinas das ruas, para serem vistos dos homens. Aquele que busca recompensa na terra, <poder, fama, fortuna> já está pago pela terra, e nada mais tem a receber dos Céus, <acréscimo anímico, da alma>” (Mt 6:5-8). “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será dado de acréscimo.” (Mt 6:33). “Não acumuleis tesouros terrestres que o ladrão rouba, que a traça rói e a ferrugem destrói, buscai antes os tesouros celestes.” (Mt 6:19).
c) As mágoas, os ressentimentos, as invejas etc. “E se vieres apresentar tua oferta, mas tiveres algo contra o teu irmão, vai primeiro reconciliar-te com ele e depois volta.” (Mt 5:23-24). “Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” (Mt 6:12).
Pergunta: Por que muitas vezes as orações não são atendidas?
Resposta: “E tudo o que pedirdes em Meu nome <em nome do Espírito, não da Personalidade, a parte humana>, crendo-o, recebê-lo-eis.” (Mt 21:22). “Mas se pedis e não recebeis, é porque não sabeis o que pedis.” (Tg 4:3).
Ou não procuramos primeiro o Reino de Deus e sua justiça, na confiança de que tudo o mais nos venha por acréscimo, sem com isso nos preocuparmos, ou porque pedimos mal.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1969-Fraternidade Rosacruz-SP)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em janeiro, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS nº 68 – Janeiro de 2022
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
Informação
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de janeiro/2022:
https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/,
https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/;
https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e
https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas
FEVEREIRO – Sol transitando pelo Signo de Aquário (janeiro-fevereiro)
Quando o Sol está transitando por Aquário, o Senhor Cristo, em Sua passagem anual pela Terra, centra Suas atividades na Região Etérica do Mundo Físico. Derrama Seu amor e Suas bênçãos, tanto sobre os Anjos como sobre as almas dos desencarnados da humanidade terrestre que estão vivendo e trabalhando nesses planos.
São esses também o lar das crianças, os Egos dos que morreram na infância e os Anjos os instruem e os acompanham. Um Discípulo qualificado, que aprendeu a seguir a Cristo ao longo da trilha da santidade por meio de Aquário, é capaz, em tal estágio de desenvolvimento, de entrar conscientemente nos planos etéricos. Ali pode observar os variadíssimos e formosos serviços prestados pelos Anjos no benefício da humanidade e de todas as formas de vida existentes no Planeta. Assim, pois, o Discípulo se encontra em um mundo encantado, um mundo tênue onde está a origem das notícias sobre as Fadas; porque as regiões dos Éteres superiores é, verdadeiramente, um mundo das Fadas. Das atividades observadas nesses planos é onde muitos buscadores iluminados e místicos tecem seus mais formosos escritos, relativos às verdades espirituais. Durante o mês em que o Sol transita por Aquário, os Éteres superiores se tornam mais dourados e luminosos, porque a força de Cristo está sendo dirigida sobre a superfície da Terra para preparar Sua triunfante libertação pascal.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio
Vontade (Deus Pai), Sabedoria (Deus Filho) e Atividade (Deus Espírito Santo)
“Diz-se que sendo uma explicação verdadeira todas as demais têm de ser falsas. Evidentemente, não é esse o caminho para chegar à verdade. Tendo muitos e múltiplos aspectos, cada verdade oculta requer exame de mui diferentes pontos de vista; cada um deles apresenta certa fase da verdade, e todos eles são necessários para chegar-se a uma concepção completa e definida daquilo que se está considerando.”
A Verdade não é o que vemos com nossos olhos físicos. O Mundo Físico é o mundo dos fenômenos, doa efeitos. O que temos aqui são os efeitos da Verdade que se expressa como causas nos Mundos superiores (Mundo do Pensamento).
À medida que deixemos de lado todas as nossas aspirações para aquisições materiais, buscando amontoar tesouros no céu, quanto mais servirmos amorosa e desinteressadamente tanto mais rapidamente conheceremos a Verdade e, então mesmo vivendo neste Mundo dos fenômenos, poderemos falar como um Iniciado: “Vivo neste Mundo, mas não sou deste Mundo”.
É o coração aspirando por esclarecimentos profundos. “O coração tem razões que a própria razão desconhece”
Todo ato motivado por uma intuição é puro e raramente deixa de produzir um resultado positivo.
É também conhecida como intuição.
Para entendermos o que seja a intuição, precisamos entender os nossos três tipos de Memória todas relacionadas com a nossa Mente, que nos conduz à Região Abstrata do Mundo do Pensamento, onde começa a realidade, e, portanto, o vislumbre da Verdade.
A Memória Supraconsciente: É o que entendemos como Verdade. Verdade segundo o nosso ponto de vista. Essas faculdades e conhecimentos são gravados no nosso veículo Espírito de Vida.
O nosso Espírito de Vida está permanentemente em estreito contato com o nosso coração. Espírito de Vida é um dos nossos três veículos espirituais e que retrata o amor e a unidade. Por isso o coração é o foco do amor altruísta. Assim, quando estamos com algum problema, podemos utilizar nosso veículo Espírito de Vida para buscar a solução, a verdadeira solução.
Essa solução é enviada através do Éter Refletor até o nosso coração, como orientação e iniciativa. Tão logo a recebe, o nosso coração a retransmite ao nosso cérebro através do Nervo Pneumogástrico.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta do Gênesis – A Teoria Nebular
Sim
A ciência oculta ensina que Deus foi a origem do processo de formação e, constantemente, guia o Sistema Solar por um caminho perfeitamente definido. Já a ciência moderna tenta demonstrar que Deus não é necessário.
se Deus deixar de exercer a “Atividade” e parar de vibrar e manter o movimento, o Universo se dissolver-se-ia imediatamente em “sutilíssimo espaço”
É uma expressão do polo negativo do Absoluto – Deus é uma expressão do polo positivo do Absoluto (veja Diagrama 6 do Conceito Rosacruz do Cosmos). Tudo que vemos manifestado como formas minerais, vegetais, animais e humanas é espaço cristalizado, emanados do polo negativo do Absoluto. É o material que Deus atrai e que externa a Sua esfera imediata, quando Deus deseja criar, escolhendo um lugar apropriado do espaço e preenchendo-o com Sua aura, permeando cada átomo da Substância-Raiz-Cósmica dessa porção particular do espaço com Sua Vida, despertando, desse modo, as atividades latentes em cada átomo não diferenciado. Desse modo, a substância compreendida pelo nascente Cosmos se torna mais densa do que a do espaço Universal, entre os Sistemas Solares.
Cada Planeta é um organismo vivo e possui alma inteligente (criadora ou geradora da forma), guiando-a em todos os seus movimentos, do mesmo jeito que o ser humano é uma alma viva que originou seu corpo e controla suas atividades.
Teologia Cósmica: os Planetas são constituídos por uma Hierarquia de divindades subordinadas, cada uma com seu próprio Espírito inerente, e o Sol é o Pai Divino de todos.
Todos os organismos vivos que habitam os Planetas, cada um dos quais sendo uma imagem microscópica ou semelhança do Todo, o que é especialmente verdadeiro para a humanidade.
Todo o sistema, visto como unidade, é a Deidade (divindade) em sua totalidade, no sentido cósmico, chamado macrocosmo ou ordem cósmica e universal, o todo-abrangente; e o ser humano, uma miniatura do todo, é um microcosmo.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta do Gênesis – As Hierarquias Criadoras
Nome dado, no primeiro capítulo do Gênesis, às Hierarquias Criadoras. Esse nome significa uma hoste de seres bissexuais. A primeira parte do nome é “Eloh”, um nome feminino, em que a letra “h” indica o gênero. Se se tivesse pretendido indicar um ser feminino ter-se-ia empregado a palavra “Eloh”. O feminino do plural é formado com o sufixo “oth”. Portanto, se houvesse intenção de indicar certo número de Deuses femininos, a palavra correta teria sido “Elooth”. Todavia, em vez de qualquer destas duas formas, encontramos o plural masculino terminado em “im”, acrescentado ao nome feminino “Eloh”, o que designa uma hoste de seres bissexuais, masculino-femininos, expressões na energia criadora dual, positiva-negativa.
Quando atingimos o grau de Adepto – pessoa que se graduou, pelo menos, na primeira Iniciação Maior, o que significa que ela experimentou, internamente, com sucesso as nove Iniciações Menores e está prosseguindo em direção às quatro Iniciações Maiores (ou Iniciações Cristãs). A partir desse momento, elas se libertam da roda de nascimento e morte.
Devido as 3 ordens emitidas pelo Rei Jaime: “Proibido perturbar as ideias já existentes; a paz a qualquer preço; evitar toda a controvérsia”. E assim, para evitar confusões de entendimento, se determinou, que a palavra seria traduzida como Deus.
Nos ensinamentos Rosacruz, encontraremos o conceito Elohim nas palavras: Jeová, Hierarquias Criadoras, Hierarquias Divinas, Hierarquias Zodiacais, Jerarquias Divinas. Todas essas palavras, indicam Seres Criadores, bissexuais, com poderes diferenciados.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise oculta da Gênesis – O Período de Saturno
A Terra não era desabitada, pois nossa onda de vida iniciava nosso período de evolução. Tínhamos nesse momento a forma análoga a dos minerais, por essa razão não éramos vistos, pois nós formávamos a crosta da terra. Éramos como framboesas, em estado de transe profundo.
Quem escreveu Gênesis foi Moises. Moises, era um ser humano altamente desenvolvimento. Moises, Elias e João Batista, é o mesmo Ego, o mesmo espírito virginal. São expressões do mesmo espírito imortal. Para escrever o Gênesis, Moisés leu os fatos, na memória da natureza.
O primeiro Período desse Esquema de Evolução em que estamos vivendo atualmente. Os sete Globos desse Período eram obscuros e quentes. A Bíblia também menciona esse estado obscuro. Havia somente um elemento: calor ou fogo incipiente. Nós passamos pela nossa existência “parecida com a onda de vida mineral atual” e tínhamos a consciência que hoje nomeamos de transe profundo. Nesse Período os Senhores da Chama (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Denso e despertaram em nós o veículo Espírito Divino. Os Senhores da Mente (outra das 12 Hierarquias) passaram pelo seu estágio “humanidade” e trabalharam conosco nesse Período de Saturno, exatamente como nós trabalhamos com a onda de vida mineral, no atual Período Terrestre.
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de janeiro:
Entre os bons hábitos, e para alguns já consolidada como virtude, que asseguram nosso bem-estar físico e espiritual, destaca-se o sentimento sincero e honesto da GRATIDÃO, a capacidade sentimental de avaliar, de ver e sentir todas as bênçãos e manifestar seu reconhecimento pela generosidade de DEUS.
A porta que conduz à abundância das bênçãos divinas, quer materiais, quer espirituais, abre-se amplamente ao coração humilde e agradecido. Só este poderá avaliar a realidade e riqueza das dádivas divinas.
A saúde física, a iluminação espiritual e o sustento material acompanham o despertar daqueles que “entram” por esse portal com ação de graças com louvor.
Logo pela manhã ao abrirmos os olhos, ao despertar, devemos agradecer a Deus, afinal teremos mais um dia para viver nesta grande escola da vida.
Este sentimento pavimentará o caminho do dia que se inicia com alegria, paz, ajuda e crescimento interno.
A atitude de gratidão estabelece uma vibração que automaticamente nos atrai a atenção e assistência de elevados Seres que fulguram nos planos internos, os quais são, realmente, os Mensageiros de Deus.
O coração grato, com certeza, está espiritualmente sintonizado com a onda divina e mantém, desse modo, todos os seus Corpos e todos os assuntos na harmonia cósmica, em perfeita normalidade.
Ainda que tenha estado física, mental ou psicologicamente enfermo, o novo hábito de vislumbrar o bem em todas as coisas, de avaliar e admirar os dons de Deus à disposição de todos, o sentir o amor divino o tempo todo, também o levará a agradecer por tudo.
Nessa atitude positiva, amorosa e humilde irá reconstruindo o seu equilíbrio.
A força infinita de Deus em nós está sempre ao nosso alcance, desde que estejamos vibrando numa vibração silenciosa de louvor e ação de graças. Afinal, “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”.
A coragem, o equilíbrio interno, o entusiasmo e tudo o mais, são a colheita daqueles que vivem semeando em atos, em sentimentos e modo de pensar, o reconhecimento da bondade e amor de Deus.
Sejamos sempre gratos, reconheçamos que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e momentos de crise, eles fazem parte do que escolhemos passar aqui no Mundo Físico,
Agradeçamos a Deus a cada dia pelo milagre da Vida.
“A vida de Deus está nas mãos de Deus, é Ele quem mantém as pessoas com vida “(Jó 12:10).
O que é a Oração?
É a busca do contato com Deus em nosso interior.
É o suprimento das nossas necessidades internas, para influxo de Seus atributos e Virtudes em nossa parte humana, temporariamente separada, pelos véus dos nossos corpos e veículos, de Sua permanente presença.
Quando orarmos não devemos considerar a prece como uma mera fórmula, de mecânica e insentida repetição.
Não devemos fazer pedidos ao Pai; Ele já sabe tudo o que precisamos, apenas “Adorar e Louvar”.
Quer um exemplo de uma oração perfeita? A Oração do Senhor, o Pai-Nosso.
E quer um exemplo do limite de uma prece para as coisas materiais necessárias para a nossa sobrevivência enquanto estamos vivendo aqui? “O pão nosso de cada dia nos dai HOJE”.
Orar é dar um passo sincero das nossas limitações em direção ao Pai, que sempre nos ouve e nos espera, pacientemente.
Procuremos um lugar calmo, tranquilo onde possamos nos manter também quietos, em oração.
Procuremos nos concentrar em assuntos elevados.
Procuremos nos elevar nas asas do Amor e da Inspiração Divinas, até o Trono do Pai.
Não façamos como os hipócritas que se fazem ser vistos pelas pessoas (muitas vezes até se exaltam para se fazerem ouvir) nas ruas e até em locais fechados; isso só inflará os Corpos de Desejos que logo se esvaziarão, qual fogo na palha.
Elevemos a Deus, nosso Pai, nossos mais sinceros sentimentos de gratidão, por tudo que d’Ele recebemos e por tudo que Ele nos oferece (basta estarmos atentos) e, também, pelo que NÃO recebemos por causa das nossas limitações, das nossas dívidas de destino (especialmente de Destino Maduro), etc.
Enfim, lembremos que Deus sabe o que nos convém e o que merecemos, assim lembremos sempre das palavras de Cristo: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a Vossa”.
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que a pessoa que tem tendência a se suicidar, que procura fugir da vida, quando realiza o ato de suicídio descobre que está mais vivo do que nunca, e que se encontra na mais lastimável condição!
É capaz de observar aqueles a quem, com seu ato, talvez tenham prejudicado e, pior que tudo, tem uma inexplicável sensação de estar “oco”.
A parte da aura ovoide, que geralmente contém o Corpo Denso, está vazia e, ainda que o Corpo de Desejos tenha tomado a forma do Corpo Denso descartado, ele se sente como uma concha vazia, pois o arquétipo criador do corpo persiste, por assim dizer, como um molde vazio na Região do Pensamento Concreto por tanto tempo quanto deveria viver o Corpo Denso.
Quando uma pessoa morre de morte natural, mesmo no vigor da vida, a atividade do arquétipo cessa e o Corpo de Desejos por si mesmo se ajusta para ocupar toda a forma. Mas no caso do suicida, o horrível sentimento de “vazio” permanece até o tempo em que deveria ocorrer a morte natural.
Oração Científica
A Oração Científica é um dos métodos mais poderosos de perceber a Luz que recebemos no Caminho, por nossos esforços para conseguir iluminação.
DEUS É LUZ, e na medida em que nos voltamos para Ele, em oração, a Luz brilhará e iluminará nossa obscuridade espiritual.
Os Irmãos Maiores, desejando nos ajudar, instituíram a oração como um meio de produzir pensamentos elevados e puros para refinar o nosso Corpo Vital.
Todos podemos e devemos trabalhar e orar, auxiliando-nos assim, a subir mais rápido os degraus do Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz.
Para nossa oração diária, cada um deveria ter um certo lugar, “um cantinho” fixo, onde pudesse se sentar em posição cômoda, tranquilo, em quietude, a meditar e orar. Mas sabemos que nem sempre isso é possível, então vamos exercitar para criar um lugar tranquilo na nossa Mente.
Nesse nosso Templo interior pedimos ao Pai por nossa transformação e iluminação para continuarmos no reto caminho espiritual sempre para frente e para cima.
Na Filosofia Rosacruz aprendemos e, também, sentimos essa verdade: “a oração por si só, por mais fervente que seja, não converterá o pecador em santo”, a menos que nossos atos, nossa vida toda, fosse uma constante oração. Mas também sabemos do nosso “destino maduro”, nossas dívidas que temos que pagar. Além de sabermos que “a fé sem obras é morta”. E seria muito cômodo viver somente em oração quando temos afazeres materiais e espirituais a cumprir, que nada mais são do que lições a aprender.
Orar e trabalhar é a nossa condição, assim: “Ore e labore”.
Muitas vezes sentimos uma grande necessidade de ficar só, em oração. É nesse momento que aquietamos a Mente e o Coração e nos elevamos ao Pai.
É-nos assegurado que se executarmos muito bem, e amorosamente, nosso trabalho, por mais pesado que o achemos, nosso fardo se tornará mais leve. Assim nos ensinou o próprio Cristo.
Se fizermos do nosso dia a dia, conscientemente, todas as coisas em nome do Senhor, com pensamentos elevados, serviço ao próximo, sem esperar nada em troca, servir por amor, nossa vida já será uma constante oração, e finalmente um dia escutaremos a voz do Senhor: “muito bem, fiel e bom servo, entra no gozo do Teu Senhor”.
Nós Aspirantes à vida superior, temos três grandes orações que devemos orar cotidianamente:
– Oração do Pai Nosso, a mais bela e perfeita dada por Cristo
– Oração do Estudante Rosacruz
– Oração Rosacruz
Podemos ter certeza: “a oração nos eleva”.
E, como diz o dito popular: “ora que melhora”.
O Bem em Todas as Pessoas
Dentre os pensamentos maravilhosos que compõem o Ritual Devocional do Serviço do Templo, que o Estudante Rosacruz oficia, destacamos o seguinte: “Esforcemo-nos por esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade”.
Estas palavras encerram uma exortação à busca do lado positivo de todos os seres humanos.
Contudo, podemos ir mais além, pois na realidade o ideal é procurarmos vislumbrar o bem em todas as coisas, em todas as pessoas.
Raras vezes percebemos o lado bom das coisas ou dos nossos semelhantes.
É muito mais fácil notarmos as falhas alheias do que ponderar sobre nossos próprios defeitos.
Essa tendência negativa nos coloca, muitas vezes, em atrito com os outros, formando ao nosso redor uma atmosfera de desarmonia.
Cada ser humano renasce num ambiente diferente, passa por experiências também diferentes, o que acentua a sua individualidade.
Então, não temos o direito de querer padronizar o comportamento humano.
Cada ser humano (isso nos inclui) encontra-se num estágio evolutivo.
“Até entre as estrelas existe diferença de esplendor”.
É uma grande injustiça, de nossa parte, exigir de todos que convivem conosco, que fazem parte do nosso dia a dia, um ajustamento aos nossos conceitos pessoais de ética (Só nós temos razão?).
Nem sempre nossos conceitos de bem e de mal correspondem à realidade última das coisas.
Bem é o que nos deleita, mal é o que nos desagrada, não é?
Precisamos de muita cautela ao julgarmos um irmão ou uma irmã.
Lembremos que a tolerância é uma virtude a ser cultivada por quem anela o aprimoramento e crescimento espiritual.
É necessário, porém, que saibamos a diferença entre ser conivente com coisas erradas e pensamentos distorcidos das pessoas. Mas também não é necessário criticar destrutiva e ferinamente. Saibamos dar uma orientação amigável, correta e amorosa para fortalecer e alimentar as boas qualidades alheias, para que as falhas morram por inanição.
A tolerância é um fator de preservação da paz e da harmonia em nosso ambiente, seja onde for.
Se nossas boas intenções e se não formos compreendidos, não busquemos a discussão, a discórdia, a briga. Um erro não justifica o outro.
Se alguém nos decepciona pelo modo como procede, isto não é problema nosso. Ante a Lei de Consequência (ou Lei de Causa e Efeito), cada um responde pelos seus atos.
Todos temos livre arbítrio.
Podemos perfeitamente optar por um curso de ação, porém, colheremos infalivelmente aquilo que plantarmos. Façamos com que a nossa parte termine em amor. Só assim alcançamos a realização final e bem-sucedida de um relacionamento e, com certeza, isso refletirá nos nossos próximos renascimentos aqui!
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes
Resposta: Longe disso! Caíram na tentação em utilizar a facilidade que têm em adquirir recursos financeiros para o prazer e o enriquecimento próprio. E note: tanto a facilidade quanto a tentação (provas) para aprender a lição (ou usando bem a facilidade ou caindo na tentação e procrastinando a aprendizagem para vidas posteriores, aqui em papéis trocados) foram escolhidos por eles próprios no Terceiro Céu. A lição que deixaram de aprender foi de utilizar essa facilidade para ajudar aos irmãos e irmãs que, devido à má gestão dos recursos financeiros em vidas passadas hoje vem com tal dificuldade a fim de aprender pela dor e sofrimento que o caminho do transgressor é duro. Esses irmãos e irmãs que hoje gastam os seus recursos financeiros malbaratamente, em vidas posteriores estarão na situação dos “necessitados”. E os necessitados se aprenderam a lição da dureza do caminho do transgressor, virão com uma disposição enorme em utilizar eficientemente os recursos financeiros que possuem. A nossa volta é fácil ver irmãos e irmãs que vivem com tão pouco e são felizes, tem o suficiente e não se queixam da vida.
Resposta: O motivo disso é porque nós não sabemos, de fato, quem “precisa ser ajudado”, “quem quer de fato ser ajudado”, “e quem já aprendeu a lição que ele mesmo escolheu no Terceiro Céu e que, portanto, não precisa mais da dificuldade, do problema e da doença como instrumento para sua aprendizagem”. Praticaremos uma injustiça, indo contra a vontade de Deus e, pior ainda, invadindo o livre arbítrio do irmão e da irmã. Há muitas pessoas que se você “tirar a doença ou enfermidade” ou morrem, ou voltam piores em caráter do que eram. Lembremos ainda que o sofrimento e a dor são os melhores professores para aprendermos uma lição – que escolhemos aprender e esquecemos – e que agora insistimos em procrastinar. Só quem sabe disso? Os Anjos do Destino que dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento…e estão acima de todos os erros. Nós, aqui, somos meros Auxiliares Visíveis tentando ser Conscientes. Desenvolvendo-se, chegaremos a ser Auxiliares Invisíveis Conscientes. Aí sim teremos maiores oportunidades em saber quando “é a hora de ajudar e resolver” e quando “é a hora de curar”. Até lá sigamos servindo, ajudando e gerando pensamentos-formas a serem utilizados pelos Irmãos Maiores.
Resposta: O respeito ao livre arbítrio é uma lei divina. A todos devem ser respeitadas. Se um ser humano ainda não compreendeu que a força sexual criadora é sagrada, advinda diretamente do Espírito Santo, e se satisfaz gastando-a para gratificar seus sentidos, ele tem todo o direito de gastá-la, mas terá o dever de responder à Lei de Consequência: pecado que não pode ser expiado e deverá ser pago com dor e sofrimento (restrições nos órgãos geradores sexuais, laringe e cérebro com doenças e enfermidades correlatas: é o fogo de Deus queimando as cristalizações que insistimos em manter nos nossos Corpos, o Templo de Deus). Aos Anjos do Destino cabem executar sua função, quando de uma relação sexual resultar em fecundação, e no demais aguardar a vontade de cada ser humano em não mais gastar a força sexual criadora para gratificação dos sentidos. Eles estão evoluindo e têm muitas outras coisas para fazer e aprender. Com toda certeza do mundo, nós não os atrapalhamos!
Resposta: Exatamente como a nossa: evoluindo em um Esquema de Evolução, em uma Obra de Evolução e em um Caminho de Evolução, nesse Grande Dia de Manifestação do Deus do Sistema Solar. Só que com lições diferentes, Corpos mais evoluídos do que os nossos e alguns Corpos e veículos que não temos (porque não temos, ainda, lições para aprender e que precisem deles). Seus objetivos nesse atual Esquema de Evolução também são diferentes dos nossos. No entanto, o meio de evoluir é exatamente igual ao nosso: por meio do serviço amoroso e desinteressado. Cada um prestando serviço para diferentes ondas de vida abaixo da dos deles: Anjos com Vegetais, Animais e Humanos; Arcanjos com Animais e Humanos e Senhores da Mente somente com Humanos. Além de trabalharem com ondas de vida superiores a eles, onde, também são “Estudantes”.
Resposta: Como indicado no livro Conceito Rosacruz do Cosmos e em Princípios Ocultos de Saúde e Cura o leite é o alimento que mais contém Éter de Vida. Sem dúvida ainda é um alimento que necessitamos para manter o nosso “Corpo São” e assim completarmos a tríade do lema Rosacruz: “Corpo São, Coração Nobre, Mente Pura”. Acontece que devido à ganância e exploração comercial temos que tomar todo o cuidado no leite que consumimos. Além das coisas nada boas que adicionam ao leite e que o torna muito mais prejudicial do que um alimento, há a exploração dos nossos irmãos menores para a sua produção: vaca, cabra e outros irmãos menores que podem produzir o leite que consumimos. Aí entra o discernimento do Estudante Rosacruz e o seu serviço amoroso e desinteressado para com os irmãos, inclusive os irmãos menores: consumir leite somente dos irmãos menores que sabemos que não são explorados, cujo leite somente é retirado devido ao próprio processo natural de produção: úberes cheios, necessidade de esvaziá-los, pois podem até causar dores aos irmãos menores, além de outros problemas. Sim, é um trabalho difícil. Exige sacrifício do Estudante Rosacruz (especialmente nas ditas “cidades grandes”), mas é justamente esse um dos motivos de um irmão ou irmã querer ser um Estudante Rosacruz de fato, real e fazendo a diferença que tanto aspira. Por último: não consegue encontrar tal tipo de leite? “Não tem tempo”? então, simplesmente não consuma leite!
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Fevereiro: 05, 12, 19, 26
“Cure-me, Senhor, e serei curado; salve-me e serei salvo, pois você é aquele que eu louvo” (Jeremias 17:14)