Vira e mexe nos deparamos com textos que contam as razões pelas quais várias pessoas tenham sobrevivido a acidentes coletivos, como por exemplo ao “atentado do 11 de setembro às torres gêmeas do WTC nos EUA”. Razões muito simples são alguns dos fatos citados que fizeram com que eles não estivessem no World Trade Center no momento exato do atentado. Segue o exemplo de um dos textos:
“Depois do atentado do 11 de setembro, uma empresa que tinha o seu escritório em um dos andares do World Trade Center, convidou os seus sócios e empregados que por alguma razão haviam sobrevivido ao ataque, para compartilhar as suas experiências.
Aquelas pessoas estavam vivas pelas razões mais simples da vida, eram pequenos detalhes como esses:
Mas a história que mais me impressionou foi a de um senhor que ficou com uma bolha no calcanhar, devido ao seu sapato ser novo e antes de chegar ao trabalho ele decidiu parar em uma farmácia para comprar um curativo e por isso ele está́ vivo hoje.
Agora, quando eu fico preso no trânsito, quando perco um ônibus, quando preciso me atrasar porque tive que atender alguém e muitas outras coisas que me desesperariam, penso primeiro
“Este é o lugar exato no que devo estar, nesse exato e precioso momento”.
Na próxima vez que a tua manhã for uma loucura, que teus filhos demorem em se arrumar, ou que você não esteja conseguindo achar as chaves do carro, não fique chateado ou frustrado.
VOCÊ ESTÁ EXATAMENTE NO LUGAR QUE DEVERIA ESTAR, nesse grande quebra cabeça da vida. Aplique a gratidão agora e seja grato por como você está́ agora e pelas coisas que tem”.
Isso suscita a seguinte pergunta: Por que morreram tantas pessoas e outras se salvaram por um triz?
Acidentes coletivos são, na realidade, resgastes coletivos, ou seja, segundo a Lei de Consequência somos responsáveis por nossos atos nesse mundo e colhemos o justo resultado de nossas obras, boas ou más. Temos responsabilidades por nossas ações individuais e pelas coletivas, grupal ou nacional.
Por sermos membros de uma comunidade ou nação, algumas vezes, atuamos como um grupo gerando causas boas ou más e quando tais atos são maus, a dívida assim contraída é geralmente liquidada no curso dos chamados acidentes de grandes proporções, ou seja, os Egos participantes dessas ações são atraídos para colherem, em conjunto, o que em conjunto efetuaram. Importante enfatizar que por estarmos em uma teia de destino, não necessariamente as causas que colocamos em ação nessa vida gerarão efeitos nessa vida. O que acontece, muitas vezes e que nos dá essa sensação é que o efeito de uma causa já está latente no nosso horóscopo (e isso é até fácil de descobrir, difícil é a pessoa aceitar) e uma vez que ativamos a causa, o efeito acontece. Agora, para tais efeitos que nos levam a sermos retirados dessa vida terrena são causas que colocamos em ação em vidas passadas.
Os Anjos do Destino tomam todas as providências para que nada seja alterado por interferência humana, que impeça que alguém experimente os efeitos da causa gerada, ou seja, nesse caso, o destino será cumprido, pois é a melhor maneira que existe para aprendermos a lição que nos é apresentada.
Há um caso citado no “Conceito Rosacruz do Cosmos” de um senhor que foi alertado sobre um acidente que ele sofreria. Ele então se programou para não sair de casa naquele dia. Só que ele se enganou com a data e acabou sendo ferido numa colisão de trens. Entendemos que o sofrimento decorrente desse acidente lhe era destinado como uma expiação de determinados erros.
Contudo, o inverso também é verdadeiro, pois se está previsto a queda de um avião, onde várias pessoas resgatarão uma dívida, e nesse avião tem passageiros que não fizeram parte dessa geração de dívidas, tenha a certeza de que essas pessoas, por qualquer razão, não embarcarão nesse voo.
Resumindo, todas as Leis da Natureza, incluindo a Lei de Consequência estão sob a administração de grandes Seres de sublime espiritualidade e sabedoria. Essas Leis são feitas para que possamos evoluir, nunca para nos prejudicar ou como vingança. Tudo está sob a orientação de Deus – em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. Estamos sob Sua proteção amorosa em tudo, portanto, nada nos pode acontecer que não esteja em harmonia com o Seu grande plano divino.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em novembro, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS nº 66 – Novembro de 2021
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Outubro/2021:
DEZEMBRO – Sol transitando pelo Signo de Sagitário (novembro-dezembro)
O Advento começa no último domingo de novembro e culmina na áurea glória do Solstício de Dezembro. Para o Cristão esotérico abarca as três etapas ou graus que alcançam seu máximo à meia-noite da Noite Santa. Este período de preparação e progresso se refere não somente às quatro semanas de Advento, mas também a determinados estágios de desenvolvimento espiritual relacionados com estas quatro semanas.
A época do Advento se estende ao longo do mês de dezembro e é conhecida como o Festival da Luz. Os impulsos espirituais da estação preparam a humanidade para o derramamento de forças celestiais que acompanham o renascimento anual do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Depois do Advento temos o Solstício de Dezembro, que ocorre entre 21 e 24, e que culmina no grande Festival de 25 de dezembro. O Natal há de seguir sendo uma observância externa para o Aspirante até que Cristo nasça em seu interior. E dependente do nível em que experimente esse despertar, será capaz de participar no elevado êxtase espiritual da mais sagrada das estações.
À meia-noite do dia 24 de dezembro, a Noite Santa, os coros dos Anjos se transportam a tonalidades maiores, quando entoam, cheios de regozijos, a nota-chave da Terra: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”.
Na Noite Santa do Nascimento, o Aspirante confirma sua consagração para amar e servir do modo mais completo, a todos os que encontre em sua vida diária, porque dessa maneira receberá, de uma forma cada vez mais crescente, a Luz do Cristo dentro de si mesmo. Até que esse nascimento não tenha ocorrido em seu interior, não poderá conhecer os profundos júbilos de um verdadeiro Nascimento espiritual.
A nota-chave musical desse Planeta é harmonizada com o conto dos Anjos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”. É a anunciação harmoniosa e rítmica dessa palavra planetária, ressoando, uma e outra vez, por toda a Terra, e produz o milagre da Noite Santa.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os Espíritos Lucíferes
Por que os Anjos não conseguiam se comunicar conosco via Corpo Denso?
Porque a Onda de Vida Angélica atingiu seu “nadir da materialidade” na Região Etérica do Mundo Físico. Ou seja: são peritos na construção de Corpos Vitais, mas não sabem construir Corpos Densos. Lembrando a máxima Rosacruz: um ser só pode habitar um Corpo que saiba construir.
E é aqui que entram os Espíritos Lucíferos que vendo uma oportunidade de nos ajudar e, assim evoluírem, aproveitou da nossa incipiente consciência que estava voltada para dentro, tornamo-nos cientes da existência do nossos Corpos Densos e, assim, fomos ensinados a conquistar a morte: criando Corpos Densos quando quiséssemos, e não somente quando os Anjos e os Arcanjos fizessem a sua parte na preparação para a procriação.
Ou seja: fizeram compreender que não devíamos ter apreensão quanto à morte do corpo; que possuíamos em nós a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos.
Quem eram os Espíritos Lucíferos?
Os Anjos Lucíferes (ou Lucíferos ou, ainda, Espíritos Lucíferos) pertencem à Onda de Vida Angélica, mas, em determinado ponto da evolução, eles se rebelaram contra Jeová – o Líder e Senhor dos Anjos, que culminou com a expulsão dos Anjos rebeldes que seguiram, sob a direção de Lúcifer, para seu exílio no recém-formado Planeta Marte.
Os Anjos Lucíferos estavam a meio caminho entre os seres humanos e os Anjos, muito mais avançados do que a nossa humanidade atual e atrasado em relação a onda de vida Angélica.
Como os Espíritos Lucíferos nos ajudaram?
Se não tivesse havido a interferência dos Espíritos Lucíferos, quando nos ainda estávamos no Eden, como seria a humanidade hoje?
Estaríamos seguindo o plano original, com os Anjos nos auxiliando a conquistar a Região Etérica do Mundo Físico. A dificuldade que teríamos seria a profundidade em conhecer o bem e o mal por meio da experiência no nosso Corpo Denso. Ao atendermos a sugestão dos Espíritos Lucíferos “tomamos um atalho”, mas em deturpar a sugestão e usar e abusar da força sexual criadora geramos o nosso atraso, e experimentamos a dor e o sofrimento, o conhecer a morte na Região Química, considerando-a uma perda irreparável e todas as consequências que isso nos trouxe. Sabemos que alguns dos Espíritos Virginais da onda de vida humana atenderam a sugestão, mas nunca abusaram da força sexual criadora. São, hoje, irmãos que estão na vanguarda da humanidade.
Como os Espíritos Lucíferos tiveram liberdade de interferir na nossa evolução? Os anjos não estavam cientes dessa interferência?
Por respeito ao nosso livre arbítrio, exatamente como Deus, nosso criador, sempre o faz. Além disso, temos a Lei divina da Consequência que garante a colheita devido à escolha que fazemos (efeito da causa). Lembrando: os espíritos Lucíferos sugeriram, não obrigaram e nem “fizeram acontecer”. O uso da força sexual criadora, que é divina por ser do Espírito Santo, para construir algo (seja um novo Corpo para um irmão ou irmã que está necessitando renascer, seja uma ideia) é o único uso que é correto. Eles ensinaram como fazermos isso, por nós próprios. Se abusamos, não é culpa deles, não é?
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – A Época Atlante-
Por que a necessidade de sermos divididos em Raças?
Há uma distinção importantíssima entre os corpos (ou formas) de uma Raça, e os Ego (ou vidas) renascentes nesses corpos de Raça. A Raça pertence ao corpo e são simples degraus evolutivos pelos quais devemos passar; caso contrário não haveria progresso algum para os espíritos que nelas renascem.
Há um passo para cada um de nós, de uma Raça para a seguinte. Quando nasce uma Raça, as formas, animadas por certo grupo de espíritos têm a inerente capacidade de evoluir somente até certo grau e quando essa Raça atinge o limite de sua evolução os corpos ou formas começam a degenerar, caindo de forma para forma até a Raça extinguir-se.
Quantas Raças existirão durante todo esse Período de Manifestação?
O número total de Raças em nosso esquema evolutivo, passadas, presentes e futuras, é de dezesseis:
Quais cuidados são tomados para o nascimento de uma Raça?
Um Grande Guia da Humanidade:
O Propósito desse processo é produzir o tipo adequado de corpo para a futura Raça.
Qual a maior lição da Época Atlante?
Fomos ensinados a raciocinar e compreender que o “caminho do transgressor é muito duro” e “que devíamos temer a Deus ou guia condutor.
Quais as mudanças pelo quais passou o nosso Campo de Evolução – o Planeta Terra?
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os dezesseis caminhos para a destruição
Por que chamamos “Caminhos da Destruição”?
Estamos falando das 16 Raças que se sucederam (e se sucedem) em nosso projeto evolutivo, desde o final da Época Lemúrica até a 6ª Época que virá.
Nelas as almas correm o perigo de envolverem-se tanto em suas características, que acabam se cristalizando com elas.
Raças duram pouco, e o apego a elas faz com que muitos Egos se degenerem em seus corpos, e com isto estes serão deixados para trás nesse Esquema de Evolução.
Ou seja: há o grande perigo de que o Espírito possa enredar-se de tal maneira nos corpos de qualquer Raça, que não consiga seguir as outras ao longo do caminho da evolução.
O que é Raça?
Raça tem origem no Italiano; “razza” referente a linhagem ou criação.
Designa qualquer agregado de pessoas como pertencentes a um grupo com os mesmos ancestrais, que compartilham as mesmas crenças, os mesmos valores, a mesma linguagem ou outro traço social ou cultural.
Quais são as 16 Raças e quando elas aparecem?
O mago lemuriano era inocente; nunca abusou de seus poderes, por quê?
Porque o lemuriano ainda não tinha a mente misturada ao corpo de desejos, e consequentemente com a maldade. Ele vivia em espírito.
O que estimulou a construção dos olhos do lemuriano, já que não os tinha?
A própria luz. Nosso corpo é funcional, ao entrar em contato com a luz, desenvolveu os olhos e passou a ter a visão externa.
Quais os objetivos educacionais da Raça Lemúrica?
Desenvolver a imaginação para as meninas e a vontade para os meninos
Qual a faculdade que adquirimos quando obtivemos a Mente, tendo então uma forte força de Desejos?
A Faculdade de transmitir o que pensávamos. A astúcia é um material que usamos pelo corpo de desejos, que está hoje colado na nossa mente. Hoje o nosso pensamento está contaminado pelo desejo.
Como e por quem foi despertada nossa consciência do Mundo Físico?
Foi despertada pelos Senhores da Mente. Pegamos um atalho e escutamos a falsa luz, que eram os Espíritos Lucíferos
Explique a “Raiz do nariz” e o que fomos perdendo quando isto se definiu por completo?
Perdemos a visão dos mundos espirituais. A raiz do nariz fez com o corpo físico e vital se concentrizassem
O que significou a “Expulsão do Éden”?
Ganhamos a visão externa e perdemos a visão interna
Como as Raças entram em processo de Degeneração e o que realmente se degenera?
Degeneração: degenera o corpo físico, o Corpo Denso. Os mais evoluídos vão evoluindo seus corpos. Por isso as Raças se degeneram.
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Novembro:
Por que não Eu?
Diz-se que está em má situação quem tiver apenas e tão somente boas intenções.
Quem está no mundo deve trabalhar, trabalhar e trabalhar! A Fé sem obras é morta.
De nada adianta chegar à indigestão mental, ler, ler e ler; e não sair para o mundo, ir ao encontro dos seus irmãos tão ávidos de uma pequena ajuda. As ações sim é que falam por si.
E não precisamos sair às ruas, ir às comunidades, igrejas, etc., procurando onde ajudar.
Observemos, estejamos sempre atentos aos acontecimentos. Não precisamos nos deslocar para outros países, ou irmos a lugares distantes para nos doarmos. Olhemos ao nosso redor.
Há muitos irmãos e irmãs necessitados de ajuda, e estes muitas vezes se encontram do nosso lado, bem próximos, aguardando por uma palavra, um abraço, uma oração, um consolo e que lhe mostremos a saída, a solução, o caminho.
Quantas vezes passamos por alguém e nem o notamos?
Quantas vezes um “bom dia” mudaria o dia de alguém?
Muitas vezes constatamos nos nossos lares, nos nossos trabalhos, nas ruas, em reuniões, certas coisas a serem feitas, e simplesmente ignoramos, deixamos para alguém fazer. Nossa atitude muitas vezes é de esquivar-se.
Às vezes vemos tarefas simples que estão por fazer e deixamos para que outro o faça, e ainda pensamos: “por que eu devo fazer? por que eu?”. Simplesmente ignoramos.
Quando acordaremos para o trabalho no mundo? Quando pensaremos no “Serviço amoroso e desinteressado para com os nossos semelhantes”? No sentido real de ajuda.
Todo trabalho é digno e se alguém tem que fazê-lo, diga a você mesmo: “Por que não eu?”.
Afinal, o que desejamos, o que pretendemos no mundo? Desejamos ser Auxiliares Invisíveis – trabalhando enquanto em estado de vigília como um Auxiliar Visível consciente e à noite, depois da restauração do nosso Corpo Denso, como um Auxiliar Invisível consciente? Se sim, comecemos então com as pequenas e simples obras. As maiores virão e serão notadas.
Enxerguemos o irmão, a irmã, o amigo, a amiga, o próximo.
Cultivemos a Fraternidade aqui e agora.
Não façamos as coisas visando o nosso próprio bem.
O que nos torna um exemplo vivo é o SERVIÇO que executamos e a sinceridade com que o praticamos.
Muitos de nós não se fartam de ler, de buscar, de correr de Escola em Escola, só que se não pensarmos em ajudar o próximo, com certeza, seremos apenas grandes intelectuais, com algum conhecimento que não servirá para um Esquema de Evolução que foca na ação, no ato, no serviço, no agir.
Cristo quer que sejamos um exemplo vivo de AMOR fraternal, amor desinteressado. Essa é a realização dos Seus Mandamentos.
Se desejamos criar laços com a Fraternidade Rosacruz, comecemos já, nem que seja com orações, enviando pensamentos de amor e de ajuda aos demais. Procuremos saber a causa, a angústia e o sofrimento que estão passando nossos irmãos, nossas irmãs, na família, com os amigos, vizinhos, colegas de trabalho. Enxerguemos o outro.
Lembremos que estamos sendo observados o tempo todo. As nossas atitudes mostram quem somos.
A Deus não agrada largas e dispersas orações, nem discursos eloquentes, nem meditações profundas, mas sim uma vontade reta, uma intenção pura e uma doação sincera. No Ritual do “Serviço do Templo”, da Fraternidade Rosacruz, nós lemos todos os dias que o oficiamos: “O serviço amoroso e desinteressado para com os outros, é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus. O reconhecimento da unidade fundamental de cada um de nós com todos, a Comunhão Espiritual, é a realização de Deus. Para atingirmos essa realização, esforcemo-nos por esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade”.
Tenhamos então um coração puro.
Sirvamos onde tivermos que servir, que é onde exatamente estamos. Ajudemos sem olhar a quem.
Façamos ao outro o que gostaríamos que nos fizessem. Eis a regra de ouro!
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A Força de Atração e o Renascimento
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que renascemos aqui onde renascemos devido a uma das forças do Mundo do Desejo – a Força de Atração.
E isso tanto porque procuramos a “semelhança que atrai a semelhança”, como porque queremos pagar as nossas “dívidas de destino” o mais completo e rápido possível (!).
Isso é possível devido a que no Terceiro Céu (onde estamos nos preparando para mais um novo nascimento aqui) temos uma consciência muito mais clara do propósito da vida aqui e de qual é objetivo desse Esquema de Evolução que estamos inseridos.
Afinal, o nosso Corpo é simplesmente um instrumento, cujo trabalho depende de nós, o Ego, o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado, que o guia, assim como a qualidade de uma melodia depende da habilidade do músico e do timbre do instrumento.
Um bom músico não pode se expressar plenamente num instrumento pobre, assim como nem todos os músicos podem tocar de modo igual o mesmo instrumento.
Que um Ego procure renascer como filho ou filha de um grande músico não significa necessariamente que venha a ser um gênio maior que o pai, o que forçosamente sucederia se o gênio fosse herança física e não uma qualidade anímica.
A “Lei de Atração” explica, de maneira completamente satisfatória, os fatos que atribuímos à hereditariedade.
Sabemos que as pessoas de gostos análogos se procuram.
Se sabemos que um amigo vive em certa cidade, mas ignoramos o seu endereço, a lei de associação ser-nos-á guia natural no esforço para encontrá-lo.
Se for músico estará provavelmente em lugares onde se reúnem os músicos; se é estudante, procuramo-lo pelas livrarias, bibliotecas ou salas de leitura; ou se ele é esportista, busquemo-lo no hipódromo, nos campos de polo ou nos estádios, etc.
Não é provável que o estudante ou o músico, habitualmente, frequentem os lugares mencionados em último lugar, podendo também afirmar-se que a procura do esportista teria pouco êxito se feita nas livrarias ou em salões de música.
De modo semelhante, o Ego gravita ordinariamente em torno das associações de caráter semelhante ao seu.
Pode-se objetar: havendo na mesma família pessoas de gostos completamente opostos, e até inimigas ferrenhas, é a Lei de Associação que as reúne ali?
A explicação disso é a seguinte: durante as vidas terrenas o Ego estabelece relações com várias pessoas.
Estas relações podem ter sido boas ou não, implicando de um lado em obrigações que não foram liquidadas na ocasião, e de outro em injúrias e ódio entre o agravado e seu desafeto.
Mas a Lei de Consequência exige um exato ajuste de contas.
A morte não “paga tudo”, assim como, mudar de cidade não liquida nossos débitos financeiros.
No caso de dois inimigos, um dia se encontrarão de novo: o antigo ódio reúne-se na mesma família, pois o propósito de Deus é que nos amemos uns aos outros, devendo o ódio se transformar em amor.
Assim, ainda que sejam talvez necessárias muitas vidas em contendas, chegará o momento em que os inimigos aprenderão a lição e se farão amigos e mútuos benfeitores, ao invés de inimigos.
Em tal caso o Interesse (um dos dois Sentimentos do Mundo do Desejo) de ambos põe em atividade a Força de Atração, que os juntam.
Se tivessem simplesmente permanecido indiferentes um ao outro não poderiam achar-se associados.
Como entre as Leis de Deus temos que “todo relacionamento tem que terminar em amor”, então, eles voltam associados para ver se “dessa vez vai”
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Mente Pura – Coração Nobre – Corpo São
Eis o Lema Rosacruz. Notem também que o segundo nome do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” é Cristianismo Místico sendo definido como um tratado elementar sobre a evolução passada do ser humano, sua constituição atual e seu futuro desenvolvimento.
Essa obra básica da Fraternidade Rosacruz, desde o seu lançamento, no início do século XX, fez brotar muita gratidão e admiração em todo o mundo. Apesar disso, o próprio Max Heindel começou a sentir um grande receio de que o livro perdesse o seu objetivo.
Afinal, o propósito desse livro é o de satisfazer a Mente mediante a explicação intelectual do mistério do mundo, de forma que o lado devocional da natureza do Estudante Rosacruz pudesse desenvolver-se por conceitos que seu intelecto aprovasse. A obra abriu caminho à esta chamada do intelecto, dando grande satisfação à Mente investigadora.
A preocupação de Max Heindel era que os Estudantes Rosacruzes pudessem pender e se interessar pela concepção intelectual, de um modo tão imenso que nenhum desejo – tão fervoroso como necessário – de transcender o caminho do conhecimento e prosseguisse pelo caminho da devoção fosse praticado pelos Estudantes.
Se isso ocorresse, o livro certamente seria um fracasso, nas palavras de Max Heindel, pois “o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica”, segundo disse São Paulo. E o conceito do verdadeiro amor e em toda a sua plenitude só se consegue por meio do lado devocional do ser humano!
Para Max Heindel era fundamental que os Estudantes Rosacruzes se esforçassem para obterem através do Conceito Rosacruz do Cosmos, o que ele teve por intuição e orientação direta dos Irmãos Maiores, a verdadeira concepção espiritual. Também, para ele, se tornara necessário que os Estudantes Rosacruzes observassem (com o coração) o verdadeiro propósito do “Conceito Rosacruz do Cosmos”, seu objetivo e sua finalidade.
Ele sugeriu e comunicou a todos que ele pode que escrevesse em letras maiúsculas – e que sempre relessem e praticassem –, para que se lembrassem sempre: “ainda que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine”, e que mantivessem essa frase como marcador do livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Este amor ele desejou que sempre fosse utilizado no serviço e auxílio aos nossos semelhantes.
Pudemos ver aí uma grande preocupação de Max Heindel em não se perderem na intelectualidade.
O Conceito Rosacruz do Cosmos tem tudo que o Estudante Rosacruz precisa para alcançar o equilíbrio “cabeça-coração”, “ocultista-místico”.
O primeiro capítulo do livro onde temos o “Credo ou Cristo” já chama a atenção do leitor, quando lemos já em alguns dos seus versos:
“Não ama a Deus quem ao semelhante odeia, lhe espezinha a alma e o coração.
Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, por Deus mandado para aliviar o que leva pesado fardo, e dar paz ao triste, ao pecador e ao que luta.
Apenas uma coisa o mundo necessita conhecer, apenas uma bálsamo cura toda a dor, apenas um caminho conduz acima, aos céus, este caminho é COMPAIXÃO e AMOR.”
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A vida de cada pessoa é como um jardim
Nesse afortunado e fértil terreno só existe um único jardineiro: você.
A cada nova relação você planta uma nova semente. Algumas morrem antes mesmo de brotar, outras resistem ao tempo, mas muitas viram árvores repletas de flores e frutos.
Nesse jardim, a colheita é sempre obrigatória, semeie você o bem ou o mal.
Ao semear a raiva ou regar suas plantas com o ódio, os frutos nascem amargos, repletos de espinhos. No seu
sagrado quintal, algumas sementes não vão vingar, por mais que você tente. E tudo bem!
Algumas plantas não eram para fazer parte da paisagem.
A beleza e o perfume do seu jardim vão ficar eternizados quando você partir. Por isso, lembre-se sempre de cuidar das suas plantas com total devoção, e nunca deixe de espalhar, por cada canto que passar, generosas sementes regadas com muito amor.
O amor é base de tudo!!!
Semeie amor, sempre!!!!
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Oração do Estudante Rosacruz
Esta Oração define o procedimento correto que o Estudante Rosacruz deve ter, cotidianamente.
Viver de conformidade com o espírito dessa Oração, é necessário, mais do que necessário, é imprescindível, visto que as ações revestidas de tal caráter, têm efeitos contagiantes e é agradável ao Senhor Cristo.
Pois, deve existir a fé e devem existir as obras, pois a fé sem obras é coisa morta, e as obras sem a fé são de pouco valor.
A fé no ser humano é a força que abre os canais que nos comunicam com Deus, e é mediante a fé que nós podemos pôr em contato com Sua vida e Seu Poder.
A oração e a meditação constituem bases absolutamente essenciais para o crescimento da Alma.
Porém, se dependermos só da oração que sejam apenas palavras, pouco crescimento espiritual alcançaremos.
Para se obter resultados verdadeiros, toda nossa vida deve ser uma oração, uma perene aspiração.
Devemos nos dar conta de que não são as palavras que mencionamos durante a oração que contam, senão a própria vida que conduz à oração.
Só há uma maneira de provarmos nossa fé: é mediante as obras que realizamos dia após dia.
O fator determinante que sanciona corretamente se a classe de trabalho que fazemos é espiritual ou material, é a atitude que adotamos ao fazê-lo.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes
Resposta: É um caso de descontrole, falta de domínio. E que, ao invés de lhe ajudar, está lhe atrapalhando, mesmo quando “acontecem coisas maravilhosas e coerentes”. Pois isso lhe está fazendo perder o tempo tão rico quando, depois de restaurar nosso Corpo Denso, estarmos prontos para trabalharmos como Auxiliares Invisíveis inconscientes!!! Você (o Ego, o Espírito Virginal manifestado) – que não é os seus Corpos, nem a sua Mente – está perambulando pelas regiões inferiores do Mundo do Desejo. Além de perda de tempo, é perigoso!
Resposta: Quem disse que o objetivo de uma vida está em se casar? Se o irmão ou irmã tem plenas condições financeiras, emocionais, sociais, espirituais e de saúde deve fazer o sacrifício de ajudar a disponibilizar um Corpo para o irmão e a irmã que está na fila para renascer (e a fila é enorme!). No entanto, não há necessidade de se casar! Basta um relacionamento fraterno, de bem-querer, responsável e com amor ágape para a situação estar bem encaminhada! A amizade cultivada com as pessoas que estão a sua volta deve ser sempre fundamentada no mesmo amor entre um casal. Afinal somos todos irmãos e como tal é que devemos nos relacionar, e não se limitar em padrões externos: marido e esposa, pai e filho, mãe e filha, vizinho e vizinha, etc. Valorize a amizade e verá que maravilha!
Muitas vezes a solidão existe porque insistimos em querer nos relacionar com as pessoas que queremos e não as que estão a nossa volta! E pasme: fomos nós mesmos que escolhemos TODAS as pessoas a nossa volta!! Então, por que a rejeição agora? Semelhante sempre atrai semelhante!
Quer encontrar pessoas que compartilhe dos Estudos da Fraternidade Rosacruz para poder trocar informações, cultivar a amizade e dar boas risadas? Participe dos grupos do WhatsApp e das Redes Sociais. Veja aqui: https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/ alguns exemplos.
Resposta: Não necessariamente “tudo”. Depende do nível de perturbação. No entanto, sem dúvida, haverá perdas por falta de nitidez na gravação no Átomo-semente do Corpo de Desejos. No momento atual, sim, está havendo muita perda de muitas pessoas. Agora…tudo isso já estava previsto na vida dessas pessoas como uma “tendência”, uma “possibilidade”, sempre latente, que, ao escolherem determinados caminhos a despeito de outros, foi ativada pela própria pessoa. Será que houve realmente perdas significativas? Será que a pessoa estava obtendo as experiências que deveria obter, ou será que estava procrastinando? Será que com as possibilidades que temos hoje de nos desviarmos do que escolhemos para aprender (e, assim, adquirir experiências), desviamos tanto e tentamos tanto “deixar para depois” que, de fato, deixamos quando não houve a gravação suficiente nítida para ser parte fundamental da nossa vida post-mortem? Lembrando sempre que estamos sob a Lei de Causa e Efeito…colhemos o que semeamos…e nós é que sempre escolhemos.
Está surpresa pela quantidade de pessoas?
Então vejamos:
1ª Guerra Mundial: 20 milhões de mortos
2ª Guerra Mundial: 70 milhões
Mortos pelo Covid 19 (18/7): 598 mil
Reparem como sempre tivemos irmãos e irmãs “perdendo a eficiência da retrospectiva da vida quando o corpo não recebe a paz necessária nos, em média, 3,5 dias… O aprendizado será quase completamente perdido… Uma vida inteira de experiências seria quase que descartada”, pois nas guerras as situações são bem piores do que em uma pandemia e a gente nunca ficou alarmado???
Por que, então, só agora essa comoção? Corpo de Desejos nosso nos dominando e tentando nos envolver no medo, no temor e podendo nos levar à falta de fé?
Arrastando-nos para a descrença, o desespero e “a tomar remédios para depressão, ansiedade, pânico, etc.”!
Sem dúvida é importante nos fazer as perguntas sobre as possíveis causas (como explicamos acima), mas tenhamos a certeza de que Deus sabe o que faz com a sua criação, pois Ele é Amor e Luz!
E sempre agradecemos por estarmos aqui, muitos de nós meros expectadores e, se assim for, responsáveis por manter um ambiente de oração, de serviço, de amor e de muita fé.
À propósito, reparou com muitas pessoas não estão nem aí com ser Cristão, de fato e sem desculpas? E sendo Cristão, fazer a Retrospecção? Sim, porque esse exercício não é propriedade particular da Fraternidade Rosacruz. Com algumas pequenas diferenças também é ensinado nas verdadeiras Religiões Cristãs, desde os tempos de Cristo aqui.
Pois então: livre arbítrio, né?
Com o cumprimento da lei que se segue: Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito.
Qual, então, é o nosso papel como Estudantes Rosacruzes?
Orar…orar…orar.
Ficar vigilante, pois se tivermos alguma oportunidade explicar para o irmão e irmã a importância fundamental em fazer o Exercício de Retrospecção.
Afinal, como aprendemos, se formos constantes, firmes, persistentes e sempre executando esse Exercício, cada vez com uma qualidade melhor, quando morrermos não precisaremos de 3 dias e meio, quiçá nem de um 1 segundo, não é?
Por fim, tenhamos compaixões dos irmãos e irmãs que estão passando para o outro lado e perdendo boa parte das experiências que obteve enquanto aqui. E oremos para que aprendam no Purgatório que o “caminho do transgressor é duro” e não vale a pena continuar seguindo por ali.
Resposta: Na realidade não fica na Alemanha, nas terras da Alemanha, no espaço aéreo da Alemanha, mas sim na posição da Região Etérica do Mundo Físico onde atualmente está, em latitude e longitude o lugar que conhecemos como Alemanha. E a razão de estar nessa porção da Região Etérica do Mundo Físico é que essa porção é a que contém a maior quantidade de Éteres Luminoso e Refletor atualmente. Pode mudar? Sem dúvida. Basta outra porção da Região Etérica do Mundo Físico ter uma quantidade maior de Éteres Luminoso e Refletor. Todos que falaram até agora que o Templo mudou de lugar mentiram, pois quem “sabe não fala”, pois é Iniciado. E quem quer saber é curioso que utilizará essa informação para nada, a não ser para passar a ilusão “que tem informação privilegiada”, “ganhando” uma posição de destaque ilusório entre os seus.
Com certeza absoluta, se você tiver que saber onde ele se encontra, você saberá e a única razão para isso é porque você tem o mérito de poder participar de uma reunião que acontece na Região Etérica do Mundo Físico, estando ainda renascido aqui.
Resposta: Primeiro de tudo: não existe esse negócio de “Deus permitiu que a Raça branca se tornasse a mais poderosa”. Inclusive a Raça branca não é a “mais poderosa”. Também está atrasada nesse Esquema de Evolução (!). A grande maioria ainda tem lições que deveria aprender na Época Lemúrica e na Época Atlante que ainda não aprenderam e, pior, insistem em não aprender. A questão é que os irmãos e irmãs que conseguem construir um Corpo Denso com uma pele mais branca do que os demais também não quer mais dizer que estão mais avançados. Com a primeira vinda do Cristo, foi introduzida a miscigenação das Raças (multirraciais ou mestiças são as pessoas que não são descendentes de uma única origem. Um exemplo pode ser alguém com ancestralidade europeia e africana, ou com ancestralidade europeia e indígena) e, atualmente, é algo raríssimo ter um irmão ou irmã que seja de uma “Raça pura”. Atualmente, a questão não é mais somente a cor da pele, mas sim, a constituição dos órgãos, sistemas e demais partes do corpo. Isso é que faz o irmão ou a irmã aptos a aprender algumas lições que só poderiam experimentar com esse tipo de Corpo Denso.
Quanto aos irmãos e irmãs que são negros e que habitam regiões centrais do continente africano. É fácil identificá-los pelo seu comportamento onde utilizam meios de vida que utilizamos na Época Lemúrica mais acentuadamente (não são só reminiscências, mas sim estilo de vida). Quando falamos que é uma “Raça inferior”, o conceito Rosacruz disso é para descrever irmãos e irmãs que ainda não querem (e aqui é o segredo: a vontade própria, o livre arbítrio) aprender as lições da Época Atlante e nem da Época Ária. Obviamente, o contato desses irmãos e irmãs com irmãos e irmãs que já estão aprendendo lições daquelas Épocas vai, aos poucos, os auxiliando a entender a necessidade de seguirem para frente e para cima. Os irmãos e irmãs que constroem um corpo onde a pele é escura (para marrom até negro) e que já vivem em países da África que são conceituados como “ocidentalizados” ou que já vivem nos continentes americanos ou europeus já abraçaram as lições da Época Ária, apesar da dificuldade que ainda tem de construir um arquétipo de Corpo Denso mais adaptáveis ao ambiente americano, por exemplo.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Dezembro: 06, 12, 20, 27
“Ele enviou a sua palavra e os curou, e os livrou da morte.” – Salmos 107:20
Vamos ver a razão das provas que afligem o Aspirante à vida superior. Perceba a necessidade de abordar esse assunto porquanto, frequentemente, muitos Estudantes Rosacruzes indagam as causas dos sofrimentos que passaram a atormentá-los a partir do momento em que deram os primeiros passos no caminho da espiritualidade.
Considere que as adversidades ocorrem para o bem da alma aspirante, que constituem um sinal de progresso, devendo ser motivo de regozijo. Elas possibilitam-lhe uma rápida liquidação das dívidas contraídas debaixo da Lei de Causa e Efeito. Aceleram o processo de libertação que, no caso do ser humano comum, prolonga-se por várias existências.
As provas não devem ser encaradas como um sofrimento imposto pelas Hierarquias Criadoras, mas sim como um forte medicamento de efeito rápido e eficaz, um aprendizado acima de tudo. Indicam as mudanças que devem acontecer no caráter do Estudante Rosacruz, se efetivamente ele deseja trilhar a senda espiritual.
A evolução ocorre basicamente na consciência da pessoa, elevando-lhe a natureza de seus pensamentos, sentimentos, palavras e atos.
Não basta ao Aspirante à vida superior ampliar seu cabedal de conhecimentos. Isso diz respeito apenas à intelectualidade. É mister vivenciar esses conhecimentos, sem o que os resultados serão nulos. O conhecimento em si mesmo nada produz sem uma efetiva reforma de caráter. A esse respeito, o Cristo proclamou com muita sabedoria: “Não se coloca vinho novo em odres velhos, nem remendo novo em tecido velho”.
As provações geram, também, outros benefícios. Elas, por exemplo, fortalecem o indivíduo, fazendo-o desenvolver recursos de sobrevivência e criatividade. Com o passar do tempo ensejam autoconfiança, qualidade indispensável para o desenvolvimento anímico.
A vida ensina que o crescimento do indivíduo depende da somatória das pequenas vitórias morais do dia a dia. Enquanto outros decidirem por ele, não aprenderá a caminhar com os próprios pés, nem a voar com as próprias asas.
O Aspirante à vida superior deve assumir a responsabilidade pelos seus atos, agindo por vontade própria. Ação é o que muda o rumo das coisas. Ele deve aprender as lições e harmonizar-se com as leis divinas, não aceitando o sofrimento como uma punição, mas considerando-o um estímulo ao seu crescimento.
(Publicado no ECOS novembro-dezembro/2003 da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP)
A energia dinâmica de Marte é o poder que move o mundo em todos os campos (comercial, industrial, cultural, esportivo, etc.). Quando esse Planeta está com Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções que são adversas) infunde, na pessoa, um dinamismo desarmonioso, um propósito energético para o mal, uma destrutividade o que proporciona à pessoa uma forte tendência para ser perigosa, uma inimiga pública.
Por outro lado, quando o Planeta Vênus está com Aspectos adversos, a pessoa revela um sentido estético distorcido, mutilado, não amando nem compreendendo o belo, nem o harmonioso e nem a ordem. Proporciona a ela uma forte tendência a ser indolente, desorganizada, negligente, de hábitos desalinhados. É incapaz de nutrir um verdadeiro amor, pois tende a ser pervertida e licenciosa. São essas pessoas de quem se costuma dizer: “são inimigas de si mesmas e não o percebem”. Sim, porque não ofendem, deliberadamente, os outros, mas suscitam inúmeros desentendimentos e desgraças entre as pessoas que declaram amar.
Marte com Aspectos adversos propende a pessoa a se tornar perigosa para sociedade em que vive, porque não possui o raio harmonioso de amor de Vênus para canalizar, convenientemente, a energia de Marte.
Vênus com Aspectos adversos no horóscopo também é prejudicial porque proporciona, à pessoa, a desarmonia pessoal e de trato com os demais, a começar com os mais íntimos. A pessoa carece da energia dinâmica de Marte para a indispensável expressão em atos, de seus bons propósitos e planos.
Vemos ambas as classes pelo mundo e a consequente miséria que provocam a si mesmas e aos demais. O mau caráter da pessoa, regra geral, é estável e dificilmente se altera. Belicosamente, reclamam liberdade que não sabem usar e acaba por se entregarem às mãos da mestra “experiência”.
Porém, quando oferece o ensejo pela Astrologia Rosacruz de conhecermos pessoas assim, ainda como crianças, depende de nós educá-los inteligentemente e ajudá-los a crescer cultivando os aspectos de amor e de dinamismo. Quando o “espírito” falou às igrejas nas revelações encontrou defeitos em vários sentidos. Uma dessas igrejas recebeu forte repreensão: “quem dera fosses frio ou quente, mas porque és morno, nem frio nem quente estou para te vomitar de minha boca.” (Apo 3:15:16).
É preferível que a pessoa aja destrutivamente a ser indiferente e omisso. Ação gera reação. A Lei de Causa e Efeito infalível e sábia se incube de corrigir todos os atos revelando, à nossa consciência, a relação entre a causa e a consequência acabando por nos convencer que a “vida do transgressor é muito dura”.
Todavia, errando se aprende. Embora presentemente provoquemos males a nós mesmos e aos outros, tais inconvenientes acabam gerando os frutos do crescimento anímico. Todos devemos ter nossas motivações e interesses. E quando os traduzimos em atos com nosso livre arbítrio, deliberada ou impensadamente, lançamos as sementes de frutos futuros, não de Deus, não sobre a fatalidade, não do azar ou da sorte e tampouco do acaso, senão o fruto de nossas próprias ações do passado.
O que se costuma chamar de “uma pessoa problema”, estouvada, agressiva, independente e/ou rebelde não constitui em verdade um problema tão difícil. Esse vai aprender e vai crescer. Pior é o indiferente, sem metas, sem motivações, o bonachona, a inútil bondosa, que não desagrada, mas também não faz o despojo humano; esta é digna de compaixão. A “pessoa problema” deve ser educada com mansidão e bom senso. Mas a outra exige mais cuidado. Bem fará o pai ou a mãe que a vigiar, constantemente, apontando-lhe as pequenas negligências, omissões e comodismos. Ajudamos a primeira a amenizar seus impulsos, a fim de que, a pouco e pouco saiba discipliná-los a fins úteis. Será o equilíbrio, amor e a harmonia de Vênus a dosar a energia marciana, como o dínamo que utiliza e disciplina a queda d’água, convertendo-a em energia para iluminar o mundo. Assim devemos agir em relação às nossas potencialidades internas, em favor do próximo, o que não deixará de ser ao mesmo tempo o nosso próprio benefício.
Mas, é necessário firmeza e perseverança para lapidar o caráter desde criança, quando as arestas ainda não estão excessivamente duras de remover, pois quando cristalizado pelo hábito e pela teimosia, apenas o esmeril de Saturno, pela dor, poderá aplainá-la, muitas vezes deixando as cicatrizes dos recalques e insatisfações que delongam a meta do aperfeiçoamento.
Podemos dizer que esses dois fatores: Amor-Sabedoria e Atividade-Movimento – atributos em nós do Filho e do Espírito Santo, respectivamente – constituem os pratos da balança da ação do Espírito nesse mundo para que se expresse compreensiva e equilibradamente o Poder-Vontade que existe em todos nós, como herança de filhos feitos à imagem e semelhança do Criador.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro/1968 – Fraternidade Rosacruz – São Paulo – SP)
É muito recomendável entre nós, Estudantes Rosacruzes, o hábito de orar às refeições. Compreendemos o simbolismo do “pão e do vinho” da sagrada ceia: tudo o que resulta como alimento sólido e líquido, do influxo de vida que Cristo deixa em cada ano de Seu sacrifício na Terra, é Seu sangue que bebemos e Seu corpo que comemos.
Daí a reverência por nós devidos à mesa, pois sabemos que dentro de um alimento, de propriedades químicas, há também a Vida que é o próprio Cristo.
A hóstia deriva dessa ideia e é feita de trigo, porque o trigo não é encontrado em estado nativo e teria sido trazido a Terra pelos Senhores de Vênus, representando bem o que é de origem superior. Por isso é usado na Bíblia repetida vezes, como “encher os celeiros de trigo”, ou seja, acumular o ser humano de bens; “separar o joio do trigo”, ou seja, separar o bem do mal; etc. A hóstia só é dada na comunhão com o Cristo, após nos havermos purificado para recebê-lo dignamente no tabernáculo do nosso corpo.
Eis porque devemos, em conjunto com nossa família, nos habituar a orar às refeições. E para completar o ambiente uma música suave e pura, enquanto todos comem em silêncio ou falando baixinho sobre coisas alegres ou elevadas.
São diversas vantagens ao mesmo tempo: calma ao comer, mastigar bem, reverência e gratidão pelo alimento, bom exemplo aos que nos visitam, formação religiosa dos filhos, etc.
Cada um fará como melhor achar. Podem-se colocar uma música suave e pura (não emocional) uns 5 minutos antes das refeições; recomenda-se aos filhos (uma vez mais, pois a repetição faz o hábito) para comer devagar, insalivando e mastigando bem, explicando a razão científica; depois em rodízio cada dia, um dos presentes lê a seguinte oração por nós ideada, pausadamente, acompanhada mentalmente pelos demais:
PRECE ÀS REFEIÇÕES
Nós Te agradecemos SENHOR, por esse alimento.
Por ele, em qualquer tempo e lugar, a Santa CEIA se repete novamente, pondo-nos em comunhão com TEU CORPO e TEU SANGUE.
Abençoa, pois, a nossa refeição e ajuda-nos a assimilar a vida que é a TUA VIDA compenetrando tudo, bem como a santificá-la, empregando-a no que seja realmente verdadeiro, belo e bom a serviço da humanidade.
Também TE pedimos SENHOR, por todos os que abusaram de TUAS dádivas e hoje, sob a Lei de Causa e Efeito, não tem o que comer.
Assim seja!!
Livre arbítrio e determinismo: em quais proporções cada um destes elementos entra no destino do ser humano?
A definição mais simples é dada pelas Religiões que admitem que Deus criou uma alma virginal à cada nascimento; a partir do momento em que ela é criada, esta alma é livre para escolher entre o bem e o mau; essa escolha determina a vida da alma por toda a eternidade.
Aquele que raciocina constata, imediatamente, que os seres humanos não são iguais desde o nascimento; o meio onde a criança nasceu age profundamente sobre o destino dela. Como consequência, todas as crianças não partem do mesmo ponto; a fortuna dos pais, o ambiente no qual aquela criança cresceu, e outras considerações ainda fazem com que o meio tenha uma influência considerável; a luta pela vida não é a mesma para todos; alguns parecem favorecidos e outros parecem sacrificados.
Nós estimamos que haja uma causa para tal diferença, dado que a ciência materialista admite que isso esteja ligado à evolução da vida nas formas, que é um efeito biológico dado ao acaso.
O Princípio da Causa e Efeito indica que a sorte não é nada além de um nome dado à uma lei pouco conhecida.
A Lei de Causa e Efeito é absoluta; ela é aplicada em tudo. É necessário refletir frequentemente, meditá-la por bastante tempo e admiti-la completamente. Nada escapa a essa Lei. Aplicando o princípio de tal Lei, nós consideramos o nascimento como um Efeito; nós concluímos que deve haver uma Causa pré-existente e que o acaso – inexistente por si só – não pode ser levado em conta.
No entanto, a cadeia de causas e efeitos não é uma repetição monótona. Há sempre um influxo contínuo de causas novas e originais. Esta é a espinha dorsal da evolução – a única realidade que lhe dá sentido e a converte em algo mais que a simples expansão de qualidades latentes. Este importante fator é o único que pode explicar de modo satisfatório o sistema a que pertencemos.
Com a divina prerrogativa do livre-arbítrio, temos o poder da iniciativa, de forma que podemos adotar uma nova linha de conduta a qualquer momento que queiramos!
Lembremo-nos que por muito degradado que seja um ser humano, tem sempre o poder de semear o bem, mas deve esperar até que essa semente possa florescer num ambiente propício. Cada um de nós, ainda que sujeito aos dias passados, é livre no que diz respeito ao amanhã.
Há uma Parábola na Bíblia que nos auxilia a compreender e a aplicar melhor esse conceito:
“Pois será como um homem que, viajando para o estrangeiro, chamou os seus próprios servos e entregou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois, a outro um. A cada um de acordo com a sua capacidade. E partiu. Imediatamente, o que recebera cinco talentos saiu a trabalhar com eles e ganhou outros cinco. Da mesma maneira, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas aquele que recebera um só o tomou e foi abrir uma cova no chão. E enterrou o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, o senhor daqueles servos voltou e pôs-se a ajustar contas com eles. Chegando aquele que recebera cinco talentos, entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me confiaste cinco talentos. Aqui estão outros cinco que ganhei’. Disse-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu senhor!’ “Chegando também o dos dois talentos, disse: ‘Senhor, tu me confiaste dois talentos. Aqui estão outros dois talentos que ganhei’. Disse-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu senhor!’ Por fim, chegando o que recebera um talento, disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste. Assim, amedrontado, fui enterrar o teu talento no chão. Aqui tens o que é teu’. A isso respondeu-lhe o senhor: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que eu colho onde não semeei e que ajunto onde não espalhei? Pois então devias ter depositado o meu dinheiro com os banqueiros e, ao voltar, eu receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe o talento que tem e dai-o àquele que tem dez, porque a todo aquele que tem será dado e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem será tirado. Quanto ao servo inútil, lançai-o fora nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!‘” (Mt 25:14-30).
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Popularmente se ensina, na Religião Cristã, que o Cristo morreu por nossos pecados e que se cremos n’Ele seremos perdoados. A incapacidade de crer – ou mesmo de compreender – o perdão dos nossos pecados levou muitos a crer exclusivamente na Lei de Causa e Efeito. Outros acham, ainda, que por causa das Religiões orientais ensinarem a Lei de Consequência e do Renascimento mais abertamente que as Religiões ocidentais, essas Religiões orientais são melhores, mais desenvolvidas e mais completas.
Procuraremos mostrar aqui como a Lei de Causa e Efeito ou a Lei de Consequência, muitas vezes chamada também de Lei de Compensação ou Lei de Retribuição, harmoniza-se perfeitamente com a Doutrina do Perdão dos Pecados, fornecida por Cristo, e como ambas agem de maneira vital na nossa evolução.
Na Bíblia, no Cap. 6, 7-9 da Epístola de Gálatas, é-nos dito: “Não vos enganeis; com Deus não se brinca porque tudo que o homem semear, isso também colherá.“, mostrando que a Lei de Causa e Efeito é uma realidade no nosso cotidiano e estamos sempre colhendo o que nós semeamos, nessa vida e nas vidas passadas.
Entretanto, podemos colher coisas boas se semeamos coisas boas, ou seja, podemos utilizar do nosso poder criador e colocar em ação causas não geradas antes, causas originais, que não tem nada a haver com o nosso passado, pois como também lemos na continuação em Gálatas (6,9-10): “Não nos cansemos de fazer o bem, pois no momento devido haveremos de colher (…). Enquanto dispomos de tempo, façamos bem a todos“.
Agora, sem dúvida existe um porquê das Religiões orientais possuírem apenas uma parte do ensinamento completo que se encontra na Religião Cristã. Todas as Religiões só existem porque existem pessoas que necessitam do grau de ensinamento que tais Religiões propõem. As Religiões orientais são Religiões muito antigas, dadas a todos nós num tempo em que todos nós precisávamos de tal tipo de ensinamento.
Naquele tempo éramos de natureza mais espiritual do que somos hoje. Todos éramos conscientes que renascíamos, de tempo em tempo, aqui na Terra, sempre construindo novos corpos para evoluirmos mais.
Sabíamos que o nosso verdadeiro lar não era aqui na Terra, que aqui éramos peregrinos e considerávamos a nossa existência aqui: como ruim, desinteressante, restritiva e não dávamos muita atenção para tal existência.
Ou seja, ficávamos inseridos nos nossos veículos, mas vivendo uma realidade espiritual.
O nosso Planeta era insípido, mal-acabado, selvagem, não conquistado. Dominado por vulcões, desertos, terras áridas, terremotos, tormentas, tempestades; era impraticável qualquer tentativa de levar uma existência produtiva e construtiva num lugar assim. Passávamos nossa existência aspirando ao momento de voltar para o nosso verdadeiro lar. Enquanto estávamos de dentro, aprendendo a construir os órgãos e os sistemas do nosso Corpo Denso, ainda tínhamos o que fazer durante a estada nos nossos veículos.
Mas, quando tínhamos aprendido a construir todos os órgãos e sistemas dos nossos Corpos Denso e Vital, nada mais tínhamos que fazer.
Então, passamos a ser indolentes, preguiçosos, aspirando a terminar a existência aqui na Terra, para voltarmos para o nosso Lar. Insistíamos em não dar atenção a esse Mundo Físico e, em particular, ao nosso Planeta. Se tal situação continuasse, todo o trabalho de aprendizagem de construção dos dois veículos para funcionar no Mundo Físico tinha sido jogado fora. Pois, teríamos os dois veículos, mas se não os utilizássemos, a fim de os aperfeiçoarmos, rapidamente eles se cristalizariam e a atrofia total os fariam completamente inúteis.
Sabemos que para um Corpo funcionar em um determinado Mundo, necessitamos tomar material disponível desse Mundo. Como não estávamos focando nosso trabalho nesse Mundo Físico, então tínhamos material muito pobre para construir o Corpo Denso e o Corpo Vital. Portanto, nossos dois Corpos eram incompletos, cristalizados, lentos e ineficientes. Duravam muito pouco aqui na Terra. Não tínhamos material disponível. Assim, se não partíssemos para o domínio desse Mundo, todo trabalho, até então, estaria perdido. Tínhamos que dar continuidade ao nosso caminho, então chamado de Involução, mergulhando e conquistando o ponto mais denso que nós podíamos chegar nesse atual Esquema de Evolução: a Região Química do Mundo Físico.
Foi então que, quando estávamos numa Época, conhecida na terminologia Rosacruz, como Época Atlante, fomos divididos em nações e famílias, a fim de: se tornar mais fácil a orientação para a conquista desse Mundo; desmanchar o sentimento de fraternidade universal que tínhamos (lembrem-se: inocentes e inconscientes do Mundo Físico); atender os diferentes graus de evolução que cada um de nós temos; e tornarmos conscientes desse Mundo Físico, desenvolvendo a nossa individualidade.
Entramos no regime de Jeová (especialista na construção de Corpos Denso e Vital): das Religiões de Raça; da orientação dos Arcanjos, como Espíritos de Raça, de Tribo e de Família, agregando-nos em tais grupos; e dos Anjos, quando Jeová destacou para cada um de nós um Anjo da Guarda perdurando, tudo isso, o tempo necessário para que cada um de nós se torne suficientemente forte para nos emanciparmos de toda a influência externa.
Com todo esse esquema armado, partimos para dominar esse Mundo Físico: aprendemos a construir os pulmões. Com isso pudemos trabalhar em partes da Terra que nos dava mais mobilidade, mais poder de ação, e não mais no meio submerso, enevoado e embaçado da Atlântida; herdamos a Terra Prometida, que nos fala na Bíblia. Aliás, tal termo resultou porque logo após a implantação desse novo esquema houve a necessidade de apropriar um Planeta com as mínimas condições para a nossa aprendizagem.
Condensação das águas, inundações, afloramento de terra firme, foram delineando as partes do Planeta que seria povoada por nós. Quando tudo estava pronto, herdamos essa Terra Prometida.
Com a Terra Prometida foi nos dada a orientação encontrada em no Livro do Gênesis 1,28: “frutificai e repovoai a Terra“, ou seja: naquela época foi necessário construirmos Corpos Denso e Vital para que tivéssemos muitos irmãos e muitas irmãs renascidos aqui. Aprendemos a adquirir bens materiais a fim de focarmos mais no Mundo Físico, esquecendo temporariamente a existência de outra coisa que não a vida terrestre. Impuseram o matrimônio dentro da família, a fim de focarmos mais no Mundo Físico e facilitar a congregação nossa em família.
Estimularam o uso de bebidas fermentadas externamente (alcoólicas) e do fumo, a fim de focarmos mais no Mundo Físico, paralisando a nossa sensibilidade espiritual. Foram dadas as Leis com os seguintes argumentos: se obedecêssemos às ordens dadas pelos vários Espíritos de Raça, seríamos recompensados. Por outro lado, se transgredíssemos e desobedecêssemos às suas Leis, deveríamos pagar: passando fome, sendo acometidos por pestes e outras calamidades de ordem material.
Com isso focamo-nos mais no Mundo Físico, afinal sob esse regime não havia nenhuma promessa de paraíso, pois como lemos no Antigo Testamento: “mesmo os céus pertencem ao Senhor, mas a Terra Ele a deu aos filhos dos homens.“. E foi com todo esse estímulo e motivação que nos aplicamos com a maior diligência para tirar o melhor proveito possível de tudo, pensando ser essa vida aqui a única oportunidade de estarmos aqui.
O grande efeito disso aqui está a nossa volta: convertemos o ocidente num verdadeiro jardim, num paraíso para a evolução material no planeta Terra; construímos, nós mesmos, durante nossos renascimentos, uma Terra fertilíssima e rica de toda espécie e minerais que precisamos para nossas indústrias; e, assim, atingimos o nosso objetivo de conquistar a Região Química do Mundo Físico.
O nadir desse mergulho na Região Química do Mundo Físico, conhecido como Nadir da Materialidade, foi atingido por nós ainda no final da Época Atlante. Ou seja, a conquista total dessa Região já foi feita por nós.
Em outras palavras, já no início da presente Época Ária, que é a Época a seguinte a Época Atlante, como conhecida na terminologia Rosacruz, deveríamos estar no caminho de volta em direção a conquista da Região Etérica do Mundo Físico.
Mas, e esse é um “mas” importantíssimo, havia alguns perigos de apego, de esquecimento, de revolta e de perdição que tal esquema poderia propiciar para nós. Além, obviamente, de que, nós sendo criadores potenciais divinos, dificilmente aceitaríamos ser guiados em tudo, por um longo tempo, por seres externos.
E foi aí que nos atrasamos: com a Lei de Jeová, onde a transgressão deveria ser paga, acumulamos muitas dívidas, porque estávamos sempre transgredindo.
Com isso, cada existência aqui no Mundo Físico estava servindo somente para pagar dívidas. Não sobrava tempo para criarmos nada de original. Somos muito teimosos e curiosos.
Somente sob a Lei de Causa e Efeito não poderíamos mais evoluir: apegamo-nos demais na conquista de bens materiais. Assim, aos poucos, o egoísmo e a autossatisfação tornaram-se soberanos e as boas ações, que são a base da vida celestial onde se realiza o progresso espiritual, foram negligenciadas; quanto mais inteligentes nos tornávamos, mais a astúcia e a cobiça estimulavam-nos a acumular um tesouro na Terra, sem o menor pensamento dirigido para o tesouro do céu, tão necessário para o progresso espiritual; com pouco material para construir Corpos Denso e Vital mais sutis, esses foram se cristalizando cada vez mais e se isso continuasse indefinidamente, a evolução teria sido paralisada, a Terra cristalizada; ainda tomamos a rédea da nossa evolução, atendendo os apelos dos Espíritos Lucíferos, entretanto, usando e abusando da força sexual criadora divina, o que aumentou o grau de cristalização dos nossos Corpos. E, assim, mais uma vez, precisamos de ajuda externa para evitar que nós nos perdêssemos nesse Esquema de Evolução.
E veio, então, o Cristo, que teve como premissa principal mudar a máxima “olho por olho, dente por dente” para “amai os vossos inimigos“.
Ele trouxe a Doutrina do Perdão dos Pecados, que resolveu o nosso problema de transgredir a Lei e acumular dívidas a serem pagas sob a Lei de Causa e Efeito.
Vamos ver como ela permite que façamos isso: obviamente deve haver uma base sólida nessa Doutrina. Vamos a ela: quando observamos em torno de nós notamos os diferentes aspectos da natureza, encontramos com outras pessoas com as quais convivemos e mantemos várias transações e todas as visões, sons e cenas observamos por meio de nossos órgãos dos sentidos. Mas muitos detalhes nos escapam, pois, nossa atenção é, muitas vezes, dividida. Perdemos grande parte das experiências por falta da nossa aplicação.
Além disso, essa nossa Memória Consciente que utilizamos para essas observações, lamentavelmente falha. Mas temos outro tipo de Memória, a Subconsciente. Vejamos como ela funciona: o Éter, contido no ar que respiramos, leva, consigo, até os pulmões e daí até o sangue uma pintura fiel e detalhada de tudo que está em nossa volta: cenas, sentimentos, desejos, palavras e atos. O sangue, saturado por essas imagens etéricas gravadas, chega até o nosso coração. No ventrículo esquerdo do coração, num local chamado ápice se encontra o Átomo-semente do nosso Corpo Denso. Todas as imagens trazidas pelo sangue são gravadas nesse Átomo-semente. Desse Átomo-semente, tais imagens são refletidas no Éter Refletor do nosso Corpo Vital, onde está a Memória Subconsciente. Ou seja: essa Memória possui a recordação de todas as imagens que nós vivemos compostas dos atos, sentimentos, desejos e pensamentos. É esse arquivo de imagens que compõe o Panorama da Vida que revivemos quando morremos e que é a base de toda nossa aprendizagem nos Mundos Espirituais após a morte.
Todos os atos, pensamentos, sentimentos e desejos bons e maus que fizemos para os outros, lá estão gravados. Pelos considerados maus, sofremos no Purgatório e muito teremos que expiar numa nova vida devido essas más ações, tais como restrições, doenças, dificuldades e atraso evolutivo. Os atos bons, por outro lado, são assimilados no Primeiro Céu e formam a base das nossas qualidades, caráter, alegria, oportunidades e avanço evolutivo, para a próxima vida.
E é exatamente na eliminação das imagens que compõe o que passaremos no Purgatório, que atua a Doutrina do Perdão dos Pecados. Se cada um nós, examinarmos todos os dias, as imagens que vivemos e, a cada uma que fizemos mal aos outros com um caráter: piedoso, devoto, com uma disposição de arrependimento e de reforma íntima, tentando ou com novas ações, ou com orações, ou com nova disposição, ressarcir o prejuízo evolutivo causado por nós aos outros, conseguiremos apagar as imagens dos nossos erros que estão registrados no Átomo-semente do Corpo Denso, sejam tais erros por comissão ou por omissão. Está aqui a imensa importância do Exercício de Retrospecção!
Ou seja, após a morte, tais imagens não estarão mais lá para fazerem parte do Panorama da Vida e, consequentemente, não estarão no Purgatório e, nem como novas causas de restrições, doenças, dificuldades e atraso evolutivo a serem expiadas numa nova vida. Afinal: lição aprendida, ensino suspenso.
Com isso concluímos que somente a doutrina da Lei de Causa e Efeito não satisfaz as necessidades do verdadeiro Aspirante a Vida Espiritual. Mas a Doutrina Cristã, composta da Lei de Consequência e a do Perdão dos Pecados, fornece um ensino mais completo do método empregado pelos grandes Líderes que ajudam a humanidade para nos levarmos para frente e para cima no Caminho da Evolução.
Afinal, com a Doutrina do Perdão dos Pecados cada um de nós temos a força necessária para lutar, apesar dos repetidos fracassos e para conseguir a subjugação da nossa natureza inferior que insiste em conquistar a, já muito bem conquistada, Região Química do Mundo Físico.
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz
Resposta: Lamentavelmente as pessoas atribuem suas más qualidades a hereditariedade, culpando seus pais por elas, ao passo que o mérito das boas qualidades atribui a si mesmos. Contudo, o fato mesmo de diferenciarmos o que se herda do que é propriamente nosso demonstra que existem dois aspectos da natureza humana: a forma e a vida.
Somos atraídos ao nascer e viver com as pessoas que convivem conosco devido a Lei de Causa e Efeito (ou Consequência) e a lei de Associação (ou Atração). A mesma lei que faz com que os músicos procurem a companhia de outros músicos e ser reúnam nas salas de concertos, ou que os apostadores se juntem nos hipódromos ou nas casas de jogo ou que as pessoas estudiosas se reúnam nas bibliotecas ou nos centros de cultura, também faz com que as pessoas de tendências e gostos semelhantes nasçam na mesma família.
Quando ouvimos uma pessoa dizer: “Sei que sou extravagante, mas não posso evitá-lo, é característica da minha família”.
Isso é a expressão da Lei de Associação (Atração) e quanto mais cedo reconhecermos que devemos vencer os nossos maus hábitos e cultivar a virtude em seu lugar, em vez de atribui-los alei da Hereditariedade, tanto melhor para nós.
O ser humano é essencialmente Espírito e vem para o Mundo Físico, em cada novo renascimento, equipado com uma natureza mental e moral que é absolutamente sua, tomando dos seus pais somente os materiais necessários para formar o seu corpo físico, o Corpo Denso.
Portanto, a hereditariedade só é verdadeira no que se refere aos aspectos materiais do Corpo Denso, mas, não relativamente às qualidades anímicas que são absolutamente individuais.
O Ego que renasce faz algum trabalho em seu Corpo Denso, incorporando nele a quinta essência das suas qualidades anímicas físicas passadas (para a grande maioria das pessoas é um trabalho bem pequeno em comparação com o que herda dos pais). De qualquer modo, nenhum corpo é uma mistura exata das qualidades dos pais, embora o Ego se veja limitado a utilizar os materiais fornecidos geneticamente pelo Corpo do pai e da mãe. Daí um músico renascer onde possa obter o material preciso para formar mãos ágeis e ouvidos delicados com suas sensitivas fibras de Corti e o ajuste correto dos três canais semicirculares. A composição destes materiais está, todavia, sob o controle do Ego, até o ponto citado.
No feto, na parte inferior da garganta, bem por cima do esterno, existe uma Glândula Endócrina chamada Glândula Timo, que é maior durante o período da gestação e que vai se atrofiando gradualmente com o crescimento da criança e sua função desaparece quase que completamente em torno dos quatorze anos, em geral, quando os ossos já estão devidamente formados. A ciência tem ficado muito intrigada com a utilidade dessa Glândula e várias teorias foram propostas a respeito. Uma dentre essas teorias, sustenta que essa Glândula fornece o material necessário à formação dos corpúsculos vermelhos do sangue, até que os ossos estejam devidamente formados na criança, de modo que esta possa fabricar seus próprios corpúsculos. Essa teoria é correta. Durante seus primeiros anos, o Ego que habita o corpo da criança não está na plena posse do mesmo e reconhecemos que a criança não é responsável pelos seus atos, pelo menos antes dos sete anos e, às vezes, até os quatorze. Durante este período a criança não é responsável legalmente pelos seus atos e assim deve ser, porque o Ego que está no sangue só pode agir adequadamente no sangue de sua própria criação, de modo que no corpo infantil, no qual o sangue é fornecido pelos pais mediante a Glândula Timo, a criança na realidade não é dona de si mesma.
É por esse motivo também que as crianças não falam de si como “eu”, mas se identificam com sua família. São o “filhinho da mamãe ou a filhinha do papai”. As criancinhas dizem: “Maria quer isto” ou “Joãozinho quer aquilo”, porém tão logo alcancem a idade da puberdade e começam a gerar seus próprios corpúsculos sanguíneos, começam a ouvir de forma positiva: “Eu farei isto”, “Eu quero aquilo”. Desde esse momento começam a afirmar a sua própria individualidade e a se distinguir de sua família.
Em vista de tudo isto, podemos concluir que o sangue, bem como o corpo, durante os anos da infância é herdado dos pais. Por esse motivo a tendência a certas enfermidades também vem com o sangue: não a enfermidade, mas a tendência. Depois dos quatorze anos, quando o Ego começa a gerar seus próprios corpúsculos sanguíneos, dependerá muito da própria pessoa o fato de tendências se manifestarem ou não.
(Extraído do livro: Princípios Ocultos de Saúde e Cura” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
A) Na Bíblia, no Gênesis, Capítulo 1, Versículo 1, encontramos: “No princípio Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Disse Deus: Faça-se a Luz e a luz foi feita”.
B) No evangelho de São João, Capítulo 1, Versículo 1, lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus”.
No Versículo 14, complementa-se: “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos sua glória, a glória que um Filho Único recebe do seu Pai cheio de graça e de verdade...”.
C) Ainda em São João, no Capítulo 19, Versículo 30 lemos: “Havendo Jesus tomado do vinagre disse: TUDO ESTÁ CONSUMADO! (Consumatum est). Inclinou a cabeça e rendeu o espírito”.
No “Conceito Rosacruz do Cosmo”, temos no Capítulo 16: “A Palavra Criada”.
“A Mente é o instrumento mais importante que o espírito possui, um instrumento especial na obra da criação. A laringe espiritualizada e perfeita, falará a Palavra Criadora, mas a Mente aperfeiçoada decidirá quanto à forma particular e volume de vibração. A Imaginação será a faculdade espiritualizada que dirigirá a criação.
… Atualmente só podemos formar imagens mentais que tenham relação com a forma, porque a Mente humana começou seu desenvolvimento neste Período Terrestre, e está no estado ou forma “mineral”. Por esse motivo, nossos labores estão limitados às formas minerais…
…Seguir-se-á um longo intervalo de atividade subjetiva durante o qual os Espíritos Virginais absorverão todos os frutos do período setenário de Manifestação. Passado esse intervalo, submergir-se-ão em Deus, de Quem vieram, para ao alvorecer de outro Grande Dia, reemergirem como seus Gloriosos Colaboradores. Durante a passada evolução as possibilidades latentes foram transmutadas em poderes dinâmicos. Tendo adquirido Poder de Alma e Mente Criadora, frutos de sua peregrinação através da matéria, terão avançado da impotência à onipotência, da ignorância à onisciência.”
Em “Estudos de Astrologia”, de Elman Bacher, tomo I, Capítulo VII, temos:
O Planeta Mercúrio – A faculdade do intelecto por meio da qual interpretamos, identificamos, classificamos, analisamos e avaliamos as coisas da Terra, atribui-se simbolicamente ao planeta Mercúrio. Representa, como Princípio da Identificação, o “dar nomes” (Adão dava nome à criação), a “criação de palavras”, e a objetivação dos pensamentos em palavras e escritas. É o símbolo da comunicação e da percepção conscientes.
A substância que chamamos mercúrio é pesada, entretanto é de qualidade liquescente; nossos pensamentos quando estão desorganizados ou desfocados são também liquescentes e passageiros. Indo rapidamente de uma impressão a outra, de “cima-baixo”, “sim-não”, “quente-frio”. Entretanto, quando nossos padrões de pensamento estão organizados, temos a faculdade de decidir definitivamente e incorporá-los em uma espécie de exteriorização concreta definida, em palavras isoladas ou em suas extensões em orações (frases). Essa exteriorização é o que chamamos de linguagem – a faculdade universal da incorporação do pensamento. A liquescência de Mercúrio se vê de muitas maneiras pelas quais se pode identificar uma coisa específica: sua precisão se observa na “solidez” com que é identificada uma palavra ou oração específica.
Mercúrio identifica o abstrato assim como o concreto. É por meio de Mercúrio que compreendemos o concreto, mas é por meio de outras faculdades planetárias que entendemos o abstrato. Mercúrio, entretanto, é a raiz básica do nosso desenvolvimento, de compreensão, desde o mais concreto, literalmente, até o mais intangível abstrato.
Analisemos o símbolo planetário de Mercúrio:
Uma cruz (matéria, manifestação, estrutura, concreto, encarnação) e sobre ela um círculo (perfeição, terminação) que por sua vez tem sobre si um semicírculo voltado para cima (instrumentação, receptividade de instrução ou inspiração).
Diz-se que os Senhores de Vênus e os Senhores de Mercúrio foram os mestres que instruíram a humanidade nascente, nos princípios da linguagem, artes e ofícios e as ciências, pelas quais a humanidade aprendeu a funcionar com eficácia sempre crescente no mundo material. Em resumo, Mercúrio é o elo (mensageiro) entre os deuses (princípios) e a humanidade. É por meio de Mercúrio que nós aprendemos primeiro a natureza objetiva e qualidade das coisas e logo a consciência dos princípios abre essa nossa consciência à realidade subjetiva, em ambas as oitavas estamos aprendendo. À primeira nos integramos por meio da identificação, na segunda conhecemos mediante a experiência que dá a compreensão.
São manifestações de Mercúrio: aprender a falar, ler e escrever em outros idiomas. Representa, como faculdade da razão, a raiz por meio da qual se aprende a Lei de Causa e Efeito. A Mente consciente observa o mundo material, de onde desenvolve uma consciência da exteriorização de causas internas.
Resumindo, devemos utilizar objetivamente as qualidades de Mercúrio, sem emoção e de forma concisa. Fatos, não crenças; exposições, não implicações; provas realizáveis, não simplesmente utilizá-las às cegas e credulamente aceitas pela preguiça mental.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de julho-agosto de 1993)
Pode ser difícil para nós nos reconciliarmos com estas palavras: “Eu não vim trazer a Paz, mas uma Espada”. Elas foram ditas por nosso bendito Salvador, Cristo-Jesus. No entanto, há uma explicação para a Sua declaração que nos permite saber o verdadeiro significado. Somente quando entendemos o que significa essa declaração, a paz pode reinar em nossa Terra. No Evangelho Segundo São João, 10:16, é dito: “Tenho outras ovelhas que não são deste rebanho: também as trago e elas ouvirão a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor”. Não há dúvida quanto ao significado: que todos os povos devem, por fim, entrar em um estado de unidade sob Seu governo.
Voltando aos nossos registros históricos vemos que houve conflito, ódio, contenda e, como resultado, sofrimento e guerra por causa das diferenças de ideais dos diferentes povos, religiões, culturas, governos, línguas e até mesmo características físicas. Essas diferenças levaram a um sentimento de separação entre os povos que, por causa do egoísmo do ser humano imperfeito, resultou em competição e turbulência contínuas, inclusive nos tempos atuais. Qual é a solução para o problema de estabelecer condições pacíficas em todo o mundo?
A solução é viver de acordo com as Leis imutáveis de Causa e Efeito e Renascimento, que trazem a cada pessoa exatamente o que ela mereceu. Os Anjos do Destino não cometem erros — precisamos colher o que plantamos. Só então poderá haver paz no mundo. Cada indivíduo criou aquilo que veio a ele e apenas ele mesmo pode mudar sua vida ou resgatar suas dívidas. Isso também se aplica às nações. A menos que enfrentemos a vida com pleno conhecimento desses fatos, não poderemos trazer paz ao nosso mundo.
Sempre conosco estão as Forças da Luz e do Amor. “Todo aquele que quiser” pode abrir seu coração ao influxo divino e enviá-lo novamente à humanidade. O sábio olhará para a vida de Cristo-Jesus e terá coragem. Uma vida perfeitamente positiva. Ele viveu de forma construtiva. Ele amou. Ele curou. Ele ensinou. Ele forneceu o poder e apontou o caminho para a unificação de todos os seres humanos em paz e amor. Seu caminho é o único caminho para a paz permanente.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de jul-ago/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)