Resposta: Nos renascimentos, todos pelos quais nós já passamos, na Terra, muitas vezes violamos as Leis do Universo, que são as Leis de Deus. Na maior parte das vezes tais transgressões foram praticadas por ignorância, voluntariamente ou pelo desejo de autogratificação de qualquer natureza. Todas as violações das Leis Cósmicas ou Leis de Deus devem ser liquidadas ou transmutadas por pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e/ou ações que obedeçam às Leis de Deus, bem como a consequente transformação do caráter, a fim de que se torne impossível à continuação de tais atos (afinal, caráter é destino!).
A liquidação dos pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e/ou ações ditos como “maus” – porque violam as Leis de Deus – constitui o “débito do destino”, imposto como consequência por cada um de nós, a nós mesmos, segundo as causas geradas em vidas anteriores. Se as causas são “boas” – estão de acordo com as Leis de Deus –, as consequências também serão, e se as causas não são “boas” – não estão de acordo com as Leis de Deus –, as consequências também não serão. Isso é que na Fraternidade Rosacruz são chamados de efeitos de causas postas em atividades no passado. Esses efeitos podem ser “bons” (qualidades) ou “maus” (dívidas ou débitos do destino), se bem que no fundo é sempre “bom”, mesmo quando doloroso. Dizemos que pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e/ou ações “bons” produzem bom destino e, ao contrário, pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e/ou ações “maus” produzem mal destino. Porém, o propósito das Leis de Deus, por suas relações, é nos incentivar a virtude ou “endireitar-nos as veredas nos casos de desvios”. Dessa forma o conjunto de uma vida é um misto de ambos, porque estamos aprendendo, pelas aquiescências ou negativas de Deus-Pai celestial, a conhecer-lhe os altos desígnios para a Onda de Vida humana, para extrair da Escola da Vida nesse Planeta Terra as lições programadas. Ora, o conhecimento dessas coisas leva o Aspirante à vida superior a compreender e aceitar, sem revolta, a responsabilidade de seu destino e empreender esforços no sentido de assimilar a mensagem de cada experiência e avançar mais rapidamente para frente e para cima.
Quantos e quantos renascimentos anteriores nos manifestamos aqui como enormes egoístas, cruéis, sem escrúpulos e, por isso, cometemos toda sorte de atrocidades. Veja-se a história antiga. Fomos nós quem as escrevemos. Comparemo-la com os tempos atuais. Por exemplo: a história dos Persas, dos Gregos e Romanos antigos, bem como das tribos Teutônicas, é uma narrativa de crimes, derramamento de sangue, infelicidades e assassínios. Antes da vinda de Cristo à Terra, para se tornar o Espírito Interno do nosso Planeta – Espírito Planetário – e mesmo até algumas centenas de anos depois, o egoísmo e o regime de crimes foi coisa comum. Todos esses pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e/ou ações correspondentes produziram volumoso e doloroso destino, que não nos é possível pagar rapidamente porque não suportaríamos; ele vai sendo resgatado em parcelas, segundo a misericórdia e orientação dos Anjos do Destino, que “dão o fardo conforme as forças” e a fim de que aprendamos melhor, já que sua finalidade não é castigar, senão nos levar a resgatar as dívidas – a aprender as lições como um ser divino em formação que somos – sempre com o propósito do nosso avanço nessa Escola da Vida.
Meditemos nisso muito bem. Os quatro Evangelhos nos figuram como administradores das coisas de Deus. Realmente o somos. Não somos esse Corpo Denso somente. Ele é composto de sólidos, líquidos e gases, emprestados ao Reino mineral. Não somos esse Corpo Vital, embora utilizemos os Éteres em nossa oficina. Não somos esse Corpo de Desejos e muito menos essa Mente; eles são formas de expressão que vão sendo modificadas para melhor, matérias mais sutis, experimentais, do Pensador, do Ego, do Eu superior e verdadeiro, da Individualidade.
E pensando nos erros que, posteriormente àquelas épocas, cometemos também, será conveniente pormos mais atenção à nossa contabilidade individual, deixando de incorrer em novos débitos e trabalhando bastante na realização do bem, a fim de chegarmos a desfrutar melhor situação interior e exterior. Isso depende do reto uso que fizermos do que temos ao nosso dispor: tempo, dinheiro, energia, talentos, dedicação, disciplina, persistência, espiritualidade.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz janeiro/1968 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Para aqueles que choram pela morte de alguém querido, há o mais rico conforto sob a luz da nossa Filosofia Rosacruz.
Para aqueles que choram a ida do amor, enquanto a forma ainda permanece dotada de vida, pouco pode ser dito em termos de conforto. E, no entanto, os corações tristes precisam desse pouco.
Para aqueles que estão sofrendo essa morte em vida, uma época importante em seu desenvolvimento talvez tenha sido alcançada. Se não for uma dívida com a Lei da Consequência, marca uma oportunidade de crescimento.
Pode ser reconfortante saber que, à medida que a poderosa maré da evolução avança, todas as formas de experiência devem ser alcançadas e todas as formas devem passar. A vida nos arrasta. Nós seguramos nossos ídolos em um momento e no outro eles estão quebrados diante de nossos olhos. O tipo de amor pode ser elevado. Pode ser aquele entre mãe e filho, mas é apenas um tipo e deve dar lugar ao maior — o universal e espiritual: o amor Crístico. Se nosso estágio de desenvolvimento exigir, a forma precisa ser quebrada para que o mais elevado possa evoluir.
Este é o significado oculto de nossas tristezas e tragédias. Nós agarramos uma coisa porque a amamos. E porque amamos egoisticamente — ela deve ir embora. Não pode haver espaço para egoísmo no Reino superior — no Mundo permanente do Espírito. Quando nos individualizamos completamente, quando desenvolvemos ao máximo todos os nossos poderes, até mesmo o poder de amar, devemos fundir o “eu inferior” no “Eu superior”. Devemos perder, ou transmutar, a Personalidade e tudo que pertence a ela. Não podemos levar a Personalidade para o Céu. Isso é um acréscimo incidental ao nosso progresso pelo Mundo Físico. Ela deve ser depositada no Altar do Sacrifício, antes que possamos verdadeiramente evoluir.
É difícil para o coração morrer, mas é necessário em algum estágio do nosso progresso. Como toda evolução, deve ser uma sequência natural do nosso desenvolvimento, não uma condição forçada. Não podemos apressar nem impedir, sem perigo para nós mesmos. Até que alcancemos o ponto em que a Personalidade deva ser transmutada, devemos desenvolvê-la. Quando a emoção, o desejo e sentimento tiverem servidos a todos os seus propósitos, a Personalidade deverá ser transmutada em energia espiritual.
Quando o ponto for alcançado, onde a Personalidade deve ser rendida, todas as experiências da vida indicarão a crise. Nós buscaremos em vão por amor, mas encontraremos olhares estranhos. Os corações de nossos amados se afastarão de nós e não responderão ao nosso clamor selvagem por uma resposta simpática. Nós nos sentiremos completamente sozinhos, no sentido mais profundo. Nós nos sentiremos caminhando por desertos cuja solidão pressiona com silenciosa consternação o coração. Não importa o quão dignos possamos ser pelo poder de uma devoção pura e altruísta, não poderemos mantê-la. Nossa crise chegou. Para nós, a hora chegou. Somos chamados a outro passo ascendente, um Plano mais elevado. O coração deve ser colocado em sacrifício aos pés do Senhor, que nos chama para cima.
Com a Personalidade em dissolução, um tipo superior de vida surgirá. Um novo significado será dado à vida. A morte é difícil — difícil mesmo. O “eu inferior” acumula muito para si em sua vida em evolução e nossas emoções, nossos desejos e sentimentos são tão fortes e tão insistentes nesta crise. Estes têm um passado tão longo atrás da Personalidade durante o qual juntaram força e poder. Nossas emoções, nossos desejos e sentimentos colorem todos os nossos pensamentos de modo que na hora da sua dissolução parecem nos levar com elas. Quando as dores da morte do coração e sua vida emocional são sentidas, o próprio Universo parece se dissolver. Aparentemente, nada resta. Um silêncio desolador prevalece. O próprio pensamento parece impotente. Não podemos imaginar que viveremos novamente.
Este é outro teste, outra oportunidade. Se reconhecermos a sua significância e valor, daremos outro passo em direção ao centro infinito da vida e da luz. As afeições e emoções devem ser todas transmutadas em força espiritual que irradiará de agora em diante para todos, dentro do nosso círculo de influência. A morte do “pessoal e do separado” será o nascimento do “espiritual e do divino”.
Às vezes, pensamos nisso de maneira vaga e metafísica, e isso não oferece conforto algum. Devemos perceber que a vida é uma série de progressões ordenadas. Até certo ponto, a natureza emocional deve ter seu jogo. Ela deve se entrelaçar com o físico de tal forma que a experiência seja o resultado. Isso é necessário para o desenvolvimento completo da nossa Alma. Mas em sua progressão ordenada a vida se desdobra, floresce, carrega sua plena fruição de experiência e, então, passa para o próximo estágio.
Quando o coração tiver tido sua medida completa de experiência — quando o amor tiver dado todos os seus frutos perfeitos ao longo de cada avenida de desenvolvimento – ele deverá passar seus tesouros acumulados para o rico depósito da vida espiritual e superior. Fazer isso implica sofrimento, tristeza. Nenhum progresso é possível para a Humanidade do Planeta Terra sem isso.
Talvez a tristeza trágica e culminante possa vir no anoitecer da vida, quando a necessidade de amor e simpatia é mais forte. O coração pode clamar em vão pelo antigo amor e pela antiga fé, pela antiga e doce companhia, pelos queridos laços humanos, pelos “outros dias”. Se for sábio, cessará seu esforço e voltará os olhos para dentro, para o divino centro da vida. Lá, encontrará o verdadeiro significado da vida. Lerá o enigma com uma nova visão. Verá que o “eu inferior” não é eterno, mas apenas uma prisão para nós e deve se dissolver antes que a vida real possa se expressar.
Lamentar um amigo ou uma amiga que morre é prejudicial a esse amigo ou a essa amiga. Lamentar um amigo ou uma amiga que morre em vida — ficar desconsolado com a crucificação do coração é prejudicial ao progresso do Eu superior. Somente aqueles para quem a visão mais ampla da vida ainda não se desdobrou podem se entregar ao luxo de lamentar assim.
Para aqueles cuja visão varre os distantes Mundos espirituais e que contam em milênios, todas essas tristezas e provações aparecem em sua verdadeira perspectiva e são parte do progresso eterno da vida.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de maio/1916 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
A Filosofia Rosacruz nos ensina que quando estudamos a Bíblia podemos também ler o Primeiro Mandamento (que encabeça os Dez Mandamentos) da seguinte forma: “Não terás outros deuses (Personalidade) além do “Eu superior” (Individualidade)”.
A Personalidade – também conhecida como “Eu inferior” – é o conjunto composto do nosso Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e, devido à contaminação pelos desejos, sentimentos e pelas emoções inferiores, uma parte do nosso veículo Mente, que podemos chamar de “Mente inferior” ou “Mente concreta”.
Aqui está a raiz de todo nosso sofrimento e de todas as nossas dores, quando estamos renascidos aqui em mais uma vida terrestre: a nossa identificação com a Personalidade e, com isso, o ignorante modo de conduzir nossas faculdades.
Ativamos muito mais a nossa Personalidade, respondendo mais ao nosso Corpo de Desejos, o que nos faz agir pelo nosso próprio interesse, na grande maioria das vezes, ou seja: caminhamos muito, mas muito mais, pelo próprio interesse do que pelo dever.
Nós construímos a nossa Personalidade toda vez que renascemos nesse Mundo Físico. É ela que, por exemplo, nos faz “amar para sermos amados”, nos “faz amar quando somos amados”. É por ela que buscamos “a retribuição no amor”. É ela que nos impede de entender que “o amor é a própria recompensa”, pois distorce o conceito do que é “amor”, como Cristo nos ensinou. Ela não quer nem saber que “o dar gera o receber”; que “o dar não depende do receber” para viver no amor.
Todas as distorções dos nossos sentimentos, desejos e das nossas emoções, tais como: crueldade, opressão, injustiça, astúcia, raiva, ódio, ciúmes, inveja, cobiça e afins têm suas raízes no egoísmo, que é a expressão da Personalidade.
Os sentimentos, desejos e as emoções de posse exclusiva, a luta pelo interesse próprio sem levar em consideração os demais, os preconceitos, são frutos de uma vida vivida a base do próprio interesse, a base de respostas ao Corpo de Desejos, onde o que importa é o nosso bem-estar a qualquer custo. Frases como “mas todo mundo faz assim”…“se eu não fizer, outro fará e levará a vantagem”… “fiz para poder cuidar do meu filho, minha filha, meu pai, minha mãe, meu/minha…” … “é apenas uma mentirinha que não fará mal a ninguém” e outras afins demonstraram o viver pela Personalidade, como ou se só existisse ela, ou se ela fosse eterna, imutável e suficiente!
Se vivemos e agimos assim, já esquecemos que a Individualidade – também conhecida como “Eu superior”, que é o conjunto: do Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino – é que nos impulsiona para viver uma vida de “reto pensar, reto sentir, reto agir”.
Ou seja: é por meio dela que conseguimos vivenciar aqui o correto modo de amar, honrar e obedecer às Leis de Deus. Por meio da nossa Individualidade experimentamos o mesmo amar, o mesmo honrar e o mesmos obedecer à divina essência oculta (que é a base da Fraternidade) em cada irmão e em cada irmã, cujos defeitos devemos esquecer – afinal também temos os nossos, senão não estaríamos renascidos mais uma vez aqui!
Uma das metas como Estudante Rosacruz ativo é tornar a nossa Personalidade passiva, serva da nossa Individualidade.
O “Eu inferior” – a Personalidade – deve comprometer a amar, honrar e obedecer ao “Eu superior” – a individualidade.
Se usarmos todos os valores externos e internos como meios evolutivos provisórios, a serviço do “Eu superior”, tornamos impossível qualquer interferência negativa em nossa harmonia básica aqui e agora mesmo.
Daqui vemos que a chave da nossa libertação está no conhecimento aplicado na vivência de que não existe nenhuma outra presença ou poder além da consciência universal que se expressa individualmente como consciência individual, ou seja: que se expressa pela nossa Individualidade.
Assim, se só existe um poder que é o poder de Deus, então temer o que? Afinal, como disse S. Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós.” (Rm 8:31)?
Assim, se só existe um poder que é o poder de Deus, então odiar por quê? Quem odeia é a Personalidade e não o “Eu superior”, a Individualidade.
Difícil praticar isso? Sim, difícil, mas não impossível. Veja aqui o que S. Paulo mesmo nos ensina: “Sabemos que a Lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido como escravo ao pecado. Realmente não consigo entender o que faço; pois não pratico o que quero, mas faço o que detesto. Ora, se faço o que não quero, eu reconheço que a Lei é boa. Na realidade, não sou mais eu que pratico a ação, mas o pecado que habita em mim. Eu sei que o bem não mora em mim, isto é, na minha carne. Pois o querer o bem está ao meu alcance, não, porém o praticá-lo. Com efeito, não faço o bem que eu quero, mas pratico o mal que não quero. Ora, se eu faço o que não quero, já não sou eu que estou agindo, e sim o pecado que habita em mim. Verifico, pois, esta lei: quando eu quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Eu me comprazo na lei de Deus segundo o homem interior; mas percebo outra lei em meus membros, que peleja contra a lei da minha razão e que me acorrenta à lei do pecado que existe em meus membros. Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus, por Jesus Cristo Senhor nosso. Assim, pois, sou eu mesmo que pela razão sirvo à lei de Deus e pela carne à lei do pecado.” (Rm 7:14-25).
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz
O verdadeiro Aspirante à vida superior que é um Estudante Rosacruz ativo promove a sua Individualidade, não a sua Personalidade. Sim, existe diferença entre o que busca promover a sua Individualidade, e o que vive na sua Personalidade. O verdadeiro Aspirante Rosacruz busca continuamente se ligar-se ao seu Cristo Interno – expressão da sua Individualidade – e se expressar superiormente em servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) ao seu irmão e a sua irmã que estão no seu entorno, esquecendo os defeitos deles e focando exclusivamente na divina essência oculta deles e dele, que é a base da Fraternidade. É coerente, no sentido de que age segundo a consciência. Embora imperfeito ainda, cônscio das ciladas de sua natureza inferior (expressão da sua Personalidade), ele “ora e vigia” constantemente.
Ao contrário do que parece, a promoção da Individualidade, bem entendida, une e valoriza a Fraternidade, da mesma forma que cidadãos conscientes formam um povo e não massa.
Atende-se bem no que, sobre o assunto, escreveu Max Heindel, no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, a obra básica da Filosofia Rosacruz: “O método de realização espiritual Rosacruz difere de outros sistemas num ponto especial: procura, desde o princípio, emancipar o discípulo de toda dependência dos outros, tornando-o confiante em si, no mais alto grau, de maneira a poder permanecer só em todas as circunstâncias e lutar em todas as condições. Somente aquele que for bem equilibrado, pode ajudar ao débil”.
Há um perigo de se interpretar mal essa independência. Julgamos, rigorosamente, como dependência externa, inclusive a que se pode ter a nossa Personalidade, que não faz parte real de nosso “Eu Superior”. Isto quer dizer que o verdadeiro Aspirante Rosacruz não procura mestres, guias, instrutores, ídolos, “preferidos”, “seguidores” externos; que em nossa Fraternidade não há estres ou instrutores, senão orientadores no reto sentido de quem procura ajudar cada Estudante Rosacruz a se ajudar, a se libertar, a se independer, a se confiar para ser um valioso servidor na obra de Cristo na Terra. Aquele que gosta de proteção não pode ser um Aspirante Rosacruz, um Estudante Rosacruz de fato. Aquele que vive buscando novos autores, novos livros, “novas tendências”, novos conferencistas ou oradores da vez e correndo de uma a outra conferência, exposições, “retiros”, encontros, simpósios, seminários de oradores ilustres ou da “moda”, que se empolga, que vive repetindo ideias alheias e, afinal de contas, continua sendo o mesmo indivíduo, não pode ser um Aspirante Rosacruz, um Estudante Rosacruz de fato.
Perscrute-se letra a letra, linha a linha, página a página, no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e as demais obras de Max Heindel e veja-se que todas elas são libertadoras. Os Irmãos Maiores não gostam de dependências. Temos de gravar com letras de fogo em nossa consciência anestesiada pela escravidão do mundo, que somos “príncipes”, filhos de Deus, centelhas de seu Fogo, Espíritos feitos à Sua Imagem e Semelhança tendo dentro de nós todos os divinos atributos, latentes, à espera de desenvolvimento e potencialização. Somos criadores em formação, Cristos em desenvolvimento. “Não sabeis que sois templo do Altíssimo e o Espírito Santo habita em vós?” (ICor 3:16). “O Reino dos Céus está dentro de vós” (Lc 17:21). Ensinou-nos o próprio Cristo: “Aquilo que eu faço vós o fareis e obras maiores ainda” (Jo 14:12). São promessas bíblicas, são reconhecimento de nossa divindade em formação.
Mas para que essa Individualidade se forme harmoniosamente é necessário que se a oriente honestamente em humildade, em amor, em serviço, em entendimento. Não conhecemos outra Escola que o faça melhor, do que a Fraternidade Rosacruz! Ela não é obra de mestres terrenos, de literaturas rendadas, de promessas fantasiosas, de pretensas Iniciações. Os Irmãos Maiores que a ditaram, são elevados Iniciados, conhecidos por seus frutos. Ela é simples e profunda como a própria natureza; racional e lógica como a própria nudez simbólica da verdade. Ela reúne a que há de mais atual e conveniente às necessidades internas de cada um de nós, Egos ocidentais; é uma fase mais elevada do Cristianismo, aquilo que o Cristo ainda não podia ensinar em seu tempo, porque não podíamos suportar; é o alimento sólido do “adulto espiritual”.
Respeitamos o “leite das criancinhas”; a necessidade de dependência de muitas pessoas a outras; compreendemos a curiosidade dos que buscam coisas novas, porque se encantaram com as “vestes coloridas e não podem avaliar, ainda, a essência”. Mas a Escola Fraternidade Rosacruz se destina aos simples, aos essencialistas, aos sinceros, aos realizadores, aos servidores, aos humildes, aos corajosos que podem renunciar aos acenos do passado e “buscam alcançar o Reino dos Céus por assalto” (Lc 16:16), por seu próprio esforço e orientação esclarecida da Fraternidade. Não é uma dependência; é o reconhecimento de um método melhor, mais apropriado. O Irmão Maior leva em conta as possibilidades do verdadeiro Aspirante Rosacruz e, tendo já percorrido o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, previne os desvios retardantes e o prepara para vencer as dificuldades que defrontará.
A Escola Fraternidade Rosacruz (dizemos “de Max Heindel” só porque já andam deturpando o nome “Rosacruz”) é uma compilação atualizada de todos os mistérios antigos, conciliados com os mistérios Cristãos, de modo a dar a mentalidade inquiridora e dinâmica do povo ocidental, uma explicação lógica e simples do ser humano, do universo e de sua missão no mundo. Daí chamar-se “Escola Ocidental de Mistérios, preparatória para uma Nova Era – a de Aquário –, em que seus ensinamentos constituirão a futura Religião, o Cristianismo Esotérico”.
Compreende-se, então, que ela não pode ainda atrair grande número de pessoas, porque pressupõe qualidade, porque ensina primeiro a dar, a primeiro “buscar o Reino de Deus e Sua justiça”, e por mérito, como consequência natural o desenvolvimento interno lhe venha “como acréscimo”.
Essa é a Iniciação: um processo natural de desenvolvimento interno, como decorrência do mérito que se conquista pelo domínio de si mesmo e pelo serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao seu irmão e a sua irmã que estão no seu entorno, esquecendo os defeitos deles e focando exclusivamente na divina essência oculta deles e dele, que é a base da Fraternidade. O resto é fantasia.
A Fraternidade Rosacruz é desinteresseira e sincera, desmascara ilusões e artificialismo pela simples apresentação de seus princípios racionais.
O verdadeiro Aspirante à vida superior que é um Estudante Rosacruz ativo que nela se inspira e forma se liberta de sua natureza inferior e concomitantemente, de todas as dependências externas. Não mais se desilude porque não se ilude. Sabe que seus poderes internos serão proporcionais a capacidade moral que ele desenvolve, para usá-los retamente. Não fala de si como um Mestre ou Instrutor, não conta suas “experiências”, não exibe seus recursos curadores – porque sabe que atrás de tudo isso está a Personalidade a reclamar preço, glória, reputação, que o distinga dos demais.
O verdadeiro Aspirante à vida superior que é um Estudante Rosacruz ativo é autêntico, simples, humilde, e tudo refere a Deus dentro de si; é o que ocupa o último lugar e o que busca mais servir, sem pretensões ulteriores.
Quão necessário e oportuno se compreender isto para avançar no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz!
(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – outubro/1965 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Qual parte do Espírito Tríplice constitui o “Eu Superior”? Será o Espírito Divino? Afirma-se no Livro “O Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” que o Espírito Humano é o Ego. O Espírito de Vida não é uma parte do Ego? O Ego inteiro fica no plano físico durante a vida terrena, ou somente parte dele, conforme o ensinamento hindu?
Resposta: O “Eu Superior” é o Espírito Tríplice, o Ego: o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano, mas não se deve conceber esses três como separados um do outro. O Espírito é indivisível, como a luz branca que vem do Sol através do espaço interplanetário, mas da mesma forma que a luz pode ser refratada em três cores primárias – azul, amarelo e vermelho – ao atravessar a atmosfera mais densa da Terra, o Espírito Virginal também aparece como sendo tríplice durante a manifestação, em virtude de estar rodeado por envoltórios de matéria de densidade variável.
Quando envolto apenas na substância do Mundo do Espírito Divino, é o Espírito Divino; quando o Espírito Divino recebe, em acréscimo, um envoltório de material oriundo do Mundo do Espírito de Vida, é um Ego manifestado de forma dupla; e quando, finalmente, é revestido na matéria da Região do Pensamento Abstrato, despertando o seu veículo Espírito Humano, é um Ego manifestado de forma tríplice: um Tríplice Espírito. É por isso que o Espírito Virginal, enredado nessas três camadas de matéria, está apartado de toda consciência de seu Pai Divino e, estando tão encoberto pela matéria que não consegue mais ver as coisas do ponto de vista cósmico, ao atingir o exterior, ele volta sua consciência para dentro e vê-se separado e isolado de todos os outros. Por isso, ele é um Ego – um indivíduo. Nesse ponto nasce o egoísmo, e começa a busca individual.
Quando o Espírito Humano atrai ao redor de si, para uma melhor expressão, os veículos inferiores e mais concretos – a Mente, o Corpo de Desejos, o Corpo Vital submergindo neles, e mesmo descendo até o Mundo Físico, ele adquire a consciência das coisas externas. A partir desse momento, tendo perdido o conhecimento do Mundo de Deus, de onde veio originalmente, ele começa a conquistar o Mundo Físico e a dominá-lo para atingir seus próprios fins.
Individualidade e Personalidade são iguais? Qual a diferença?
Não há outro inimigo, senão nós mesmos. Enquanto houver dentro de nós um resquício de Personalidade, haverá separação.
Na Fraternidade Rosacruz, distinguimos nitidamente entre Personalidade e Individualidade. Personalidade é a “persona”, o conjunto enganoso, provisório e em constante mudança formado pelas nossas sensações, emoções, nossos desejos, sentimentos e modo de expressar o pensamento. São os laços de sangue, as tradições, os elos do mundo, essas coisas mais fortes que algemas de aço, tudo a que o Cristo simbolicamente chamava de “o reino dos mortos”. O mundo, a família, os bens, tudo isso é meio de aprendizagem indispensável a nós – o Ego –, no presente estado evolutivo. Contudo, há o perigo de nos identificarmos com eles, de pensar que nos pertencem ou que lhes pertencemos, olvidando nossa origem celestial, nossa condição de espírito livre, em peregrinação e aprendizagem.
“Aquele que quiser ser meu discípulo, deve abandonar pai, mãe, irmãos, amigos, tudo” (Lc 14:26), nos ensinou o Cristo. Com isso não quis significar que devamos desleixar nossos deveres de pais, filhos, irmãos ou amigos Cristãos. Ao contrário, o verdadeiro Cristão é um excelente marido, pai, irmão, amigo, uma excelente esposa, mãe, porque oferece a sua afeição e trabalho o mais puro pensamento, sentimento, emoção, desejo e esforço. Oferece e não espera receber; ama e não espera ser amado; compreende e não espera ser compreendido. As ingratidões não lhe suscitam ressentimentos, mas o cuidado de verificar se não contribuiu para isso. O verdadeiro Cristão busca a amorosa tentativa de reconciliação; ora e espera pela pessoa que é teimosa e rancorosa.
Ser Cristão é exemplificar AMOR, em seu sentido lato. É deixar que o Cristo, em si, fale, viva, ame.
Individualidade é a expressão do “Eu” real (o que somos de fato, Espírito), verdadeiro e superior, comandando os pares físicos, morais e mentais como instrumentos de ação.
A Personalidade é a nossa expressão, de baixo para cima, o “homem invertido”, os valores instintivos, colorindo desordenadamente nosso modo de ser; é o nosso (Ego, Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado) amordaçamento e o nosso condicionamento às conveniências instintivas. Um pentagrama com a ponta superior para baixo…
A Individualidade não prescinde da bagagem de experiências anímicas; ao contrário, vale-se dela de um modo próprio, original, epigenético, criador. Porém, nós, o Espírito, é quem mandamos e orientamos. Como disse S. Paulo: “Não sou mais eu quem vive, mas o Cristo em mim” (Gl 2:20); e o próprio Cristo-Jesus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30).
É certo que essa condição vamos atingindo gradativamente, em uma luta constante entre a natureza inferior e a superior, entre as trevas e a luz dentro de nós. Por isso, a lenda dos Maniqueus, referindo-se internamente ao ser humano e ao mundo, fala da guerra dos Filhos das Trevas contra os Filhos da Luz. Esses acabam vencendo aqueles; entretanto, sendo bons, não podem exterminá-los. Incorporam, pois, o reino das trevas ao da Luz; ou seja, efetuam a transmutação dos valores inferiores em valores espirituais. Os alquimistas medievais faziam o mesmo, quando falavam sobre transformar os metais inferiores em ouro. Também entre os manuscritos encontrados no soterrado mosteiro dos Essênios, Qumran, às margens do Mar Morto, há um que fala da guerra dos Filhos das Trevas contra os Filhos da Luz.
Goethe, o grande Iniciado e autor de “Fausto”, falou, pela boca de um de seus personagens: “Duas almas — ai! — lutam dentro do meu peito pela posse de um reino indivisível; uma buscando alçar-se aos Céus em ilibados anseios, enquanto a outra se agarra à Terra, em passionais desejos”. São Paulo, o apóstolo, igualmente dizia: “Pobre homem sou! O bem que desejaria fazer, não faço; o mal que não desejaria fazer, esse eu faço”.
Tudo isso mostra, de sobejo, o que todas as Escolas (como a Fraternidade Rosacruz) e Ordens ocultistas (como a Ordem Rosacruz) ensinam.
Todo Aspirante sincero à espiritualidade “ora e vigia”, sobretudo quando se acha à frente de um movimento espiritualista e deve viver o que ensina. Ao mesmo tempo, o claro entendimento dessa luta dentro de cada um de nós nos torna rigorosos conosco e tolerantes com os demais, de modo a unir e não desunir, a estimular e não censurar; enfim, “a buscar a divina essência que existe em cada um”, o que constitui a base da Fraternidade Universal que almejamos formar, como precursores da Era de Aquário.
Assim, a Individualidade é a expressão do “Eu” real, verdadeiro e “Eu Superior”, comandando os pares físicos, morais e mentais como instrumentos de ação. A Individualidade não prescinde da bagagem de experiências anímicas, ao contrário, vale-se dela de um modo próprio, original, epigenético, criador. Porém o Espírito é quem manda e orienta. Compõe-se dos veículos Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano.
É o resultado da descida do Espírito dos Mundos superiores durante a Involução (neste Esquema de Evolução) e, por ação recíproca, no mesmo período os Corpos se elevaram. O encontro dessas duas correntes no foco, ou Mente, marca o momento em que nasce o indivíduo, o ser humano, o Ego, quando o Espírito toma posse dos seus veículos.
Consideremos, agora, a doutrina do Renascimento, que postula um processo de lento desenvolvimento, efetuado, persistentemente, por meio de repetidos renascimentos e em formas de crescente eficiência. Por intermédio dessas formas, tempo virá em que todos alcançarão o cume do esplendor espiritual, presentemente, a nós, inconcebível. Nada há nessa teoria que seja irrazoável ou difícil de aceitar. Olhando ao redor, vemos por toda a parte o esforço lento e perseverante, na natureza, para atingir a perfeição. Não vemos nenhum processo súbito de criação ou mesmo de destruição, mas nós vemos, isto sim, “Evolução”. Afinal, aprendemos que Evolução é “a história do progresso do Espírito no Tempo”.
Evolução é um processo de espirais dentro de espirais. Cada volta da espiral é um ciclo. Cada ciclo funde-se com o seguinte e, como as espirais são contínuas, cada ciclo é o produto melhorado do precedente e o criador de estados sucessivos de maior desenvolvimento.
Pela Lei de Consequência sabemos que “os Anjos do Destino estão acima de todo erro e dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para seu desenvolvimento.” Afinal, “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (IICor 5:10).
“Todas as Leis da Natureza, inclusive a Lei de Consequência, e suas aplicações na vida humana, encontram-se sob a direção de Grandes Seres de sublime espiritualidade e sabedoria superlativa. A Lei não opera às cegas, regendo-se pelo princípio do ‘olho por olho e dente por dente’. Os Grandes Seres e Seus colaboradores administram as coisas com sabedoria muito além da compreensão da nossa Mente finita. Alguns julgam não haver meio de escapar às dívidas do passado. Mas, há. Reiteradas vezes afirmamos: Deus, a Natureza ou os colaboradores da Grande Lei nunca a empregam com todo o seu rigor. Encontramo-nos aqui, neste grande Esquema de Evolução, resguardados por essas Leis, que foram instituídas para nos beneficiar e não para nos prejudicar, ainda que nos limitem de certo modo, de maneira idêntica como limitamos a liberdade concedida a nossos filhos menores visando a protegê-los contra os perigos de sua inexperiência”.
“Mediante nossas ações passadas deixamos dívidas em pendência (lições a serem aprendidas nessa Escola da Vida), sujeitas ao resgate, ou seja: a mostrar para nós mesmo que aprendemos a lição. No entanto, reconhecendo nossas falhas, procuramos escrever uma nova página de nossa vida, em harmonia com as Leis outrora infringidas. Essa transformação apaga as consequências dos erros passados e os agentes da Grande Lei, ao observarem isso, abstêm-se de nos infringir os sofrimentos dos quais fizemo-nos merecedores. Aí está a diferença entre os pontos de vista espiritual e fatalista. A mão de Deus, por intermédio de Seus agentes, encontra-se em toda parte, desde os acontecimentos mais importantes, como a passagem de um Planeta por sua órbita, até o mais simples como a queda de uma folha. Tudo está sob Seu cuidado amoroso e, por conseguinte, o que nos sucede harmoniza-se com o Grande Plano Divino. E tal Plano certamente não pode ser “fatalista”.
Vamos ver, agora, as fases da vida Terrestre e Celestial: em um ciclo de vida, temos a parte superior denominada “Celestial” e a parte inferior, “Terrestre”.
De cima para baixo, como Egos estamos no Terceiro Céu no Mundo do Pensamento Abstrato com uma vontade clara e intensa de adquirir mais experiências (por meio de aprendizagem de mais lições) e, assim, obter um Crescimento Anímico, somos atraídos para mais um renascimento ao qual escolhemos nosso Panorama de Vida (dentre alguns possíveis nos mostrados pelos Anjos do Destino) e partimos para o Segundo Céu, também no Mundo do Pensamento, mas na Região do Pensamento Concreto ao qual reunimos materiais para formar uma nova Mente. Partimos para o Primeiro Céu, que se situa no Mundo do Desejo, reunindo materiais para um novo Corpo de Desejos e, por fim, adentramos ao Mundo Físico na Região Etérica e, também, reunindo materiais para posterior construção do Corpo Vital e, auxiliados mais de perto pelos Anjos do Destino nos preparamos para mais um nascimento aqui (Nascimento do Corpo Denso).
Ao nascer, após o primeiro suspiro (primeira respiração) iniciamos nossa jornada na Vida Terrestre. A cada 7 anos, aproximadamente, temos o “nascimento” dos Corpos:
E a cada 7 anos temos uma mudança de fase na nossa vida (quer façamos ou não):
Após mais uma morte aqui, vemos o Panorama da nossa Vida recém-finda e, assim, se encerra mais uma jornada terrestre aqui, a qual é revista e gravada toda a experiência que acumulamos no Átomo-semente do Corpo Denso e é passada, via Átomo-semente do Corpo Vital, para o Átomo-semente do Corpo de Desejos. Essa gravação é a base da nossa nova vida celeste.
Na “subida”, inicia-se o retorno para mais uma vida celestial, nós aqui com o Corpo de Desejos (que assume o formato do Corpo Denso) e o veículo Mente, seguimos para o Purgatório, onde por meio do sofrimento purgamos o que de mal fizemos, e a Essência da Dor se incorpora em nós como consciência; de depois passamos para o Primeiro Céu, onde tudo que fizemos de bom se incorpora em nós como bons hábitos e/ou virtudes.
Ao entrar no Segundo Céu, vivemos com a Mente (que temos aqui) e se aqui nos esforçamos para viver uma vida cuidando mais da parte espiritual dela, temos a chance de trabalhar sobre novos ambientes, novos Corpos e veículos para os outros e para o nosso próximo renascimento.
Por fim retornamos para o Terceiro Céu e a essência da Mente do “reto pensar” e essência Anímica de “reto sentir” são incorporadas em nós como bases para futuros “atos de retidão”.
Encerra-se um ciclo de vida e aguardamos uma nova oportunidade de renascimento para aprendermos as lições que nos faltam, “pelo amor ou pela dor”.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
No Período Terrestre foram diversas Hierarquias Criadoras que trabalharam sobre nós, como os Arcanjos (Humanidade do Período Solar), Senhores da Mente (Humanidade do Período de Saturno) e Senhores da Forma que ajudaram essas Hierarquias, pois tem a seu cargo o Período Terrestre e essa ajuda foi bem-vinda para que pudéssemos chegar à Individualidade, ou seja, a total expressão nossa nos três Mundos.
Ainda nessa Época nós estávamos sob a guarda dos Anjos. Por outro lado, reconstruímos nosso o nosso Corpo de Desejos, inconscientemente, pois tínhamos um grau de consciência analogamente ao animal atualmente – um “ser humano-animal”. Neste tempo as relações sexuais eram consumadas sob a sábia tutela dos Anjos. Também não estávamos conscientes da existência de tristezas, dores e da morte aqui. Em determinados períodos do ano (durante essa Época Lemúrica), os Arcanjos retiravam sua restritiva influência sobre o Corpo de Desejos, e os Anjos nos conduziam a grandes templos, onde o ato gerador era realizado nos momentos em que as configurações astrológicas eram as mais propícias.
Vivíamos inocentes e pacificamente na atmosfera nebulosa, densa e semelhante a névoa ígnea do Período Lunar, que envolvia a Terra durante a última parte da Época Lemúrica.
Foi nesta Época que a crosta terrestre começou então a adquirir dureza e solidez em algumas partes, enquanto em outras ainda estava em fusão, e entre aquelas ilhas de crosta dura havia um mar de água fervente. Erupções vulcânicas e cataclismos marcaram a época em que os fogos ardentes lutaram contra a formação da crosta que os rodeava e que os aprisionava. Nas partes mais duras e relativamente frias, vivíamos rodeado de florestas gigantescas e animais de enorme porte.
As formas dos animais e as nossas ainda eram muito plásticas. O esqueleto já estava formado, mas ainda tínhamos o grande poder de modificar ou modelar a “carne” do nosso corpo e dos animais que nos cercavam.
Quando em meados da Época Lemúrica se efetuou a separação dos sexos, nós, o Ego, começamos a agir ligeiramente em nosso Corpo Denso, criando órgãos internos. Naquele tempo, o não tínhamos plena consciência de vigília, tal como possuímos hoje, mas com metade da força sexual criadora, construímos o cérebro para expressão de pensamento aqui, na forma já indicada. Estávamos mais despertos nos Mundos Espirituais do que no Mundo Físico, mal podíamos ver nosso Corpo e éramos inconscientes do ato de propagação (relação sexual ou ato gerador). O Mundo do Desejo nos era muito mais real. Tínhamos a consciência do sono com sonhos do Período Lunar, uma consciência pictórica interna.
A Época Lemúrica é descrita na Bíblia como a obra do quinto dia. Aqui cultivamos um Corpo de Desejos, um veículo de paixões e emoções, e possuíamos a mesma constituição de um animal atual. Então o leite, um produto dos animais vivos, foi acrescentado a nossa dieta alimentar por ser essa substância mais facilmente influenciada pelas emoções. Abel, o símbolo do ser humano dessa época, é descrito como sendo um pastor. Em nenhum lugar está escrito que ele tenha matado um animal para se alimentar. O alimento era obtido de animais viventes para suplementar o antigo alimento vegetal.
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz
O caminho até o Calvário há de passar, necessariamente, pelo Getsemani, o Jardim da Agonia, cenário em que experimentamos o grande conflito interno diante da dor que temos de finalmente aceitar. Aqui tem lugar a batalha final. Se temos suficiente valor, tomamos então nossa cruz de sofrimento expressamente aceito, para seguir o Mestre até a Ressurreição, através do Calvário. Muitas vezes já estivemos no Horto da Agonia, clamando desesperadamente a ouvidos surdos: “Afasta de mim este cálice!” (Mt 26:39), mas o terror mortal não se afastará de nós e tampouco se filtrará em nosso interior a bendita segurança do céu, enquanto não adquirirmos valor e não elevarmos nossas consciências para dizer como Ele: “Não se faça, Pai, a minha vontade, senão a vossa.” (Lc 22:42).
Quando chegarmos a este ponto, então poderemos triunfalmente enfrentar qualquer prova, na firme convicção de que isto é apenas um meio que nos conduzirá a um glorioso fim; um processo regenerativo que nos irá emancipando, cada vez mais, de todos os males das heranças da “carne”; a crucifixão da nossa Personalidade que libertará, gradualmente, o que somos de fato: a Individualidade, um Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui).
Na verdade, em cada prova saboreamos o Calvário; em cada vitória nos aproximamos da Ressurreição.
Por meio de incontáveis existências terrestres, nos mais profundos mistérios de nosso Ser, o Cristo de nossa própria divindade vem sendo sepultado, amarrado, esquecido em nosso interior, enquanto nos inclinamos às solicitações materiais.
Hoje, alguns, felizmente, já vão se tornando abatidos com as migalhas pouco satisfatórias de seu modo material de vida e se dispõem a tomar a Cruz das passadas dívidas para crucificar a Personalidade e tornar o “Eu superior”, seu Cristo Interno, mais dignificado, que se eleve em esplendor e poder dentro de suas almas.
Atualmente muitos acreditam firmemente que se podem tornar novas criaturas, vitoriosos sobre as condições transitórias do mundo e herdeiros das ocultas riquezas do céu. Esses podem chegar a ser participantes conscientes da maravilhosa experiência do Domingo da Ressurreição, dessa grande libertação, desse avassalador poder espiritual que nos inunda de paz. E só nessa condição nos unimos conscientemente a Ele, Aquele que perdoa todas as nossas iniquidades, que cura todas as nossas doenças e enfermidades e nos infunde na alma um descanso indizível.
Seja triunfante o vosso Domingo da Ressurreição!
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – março/1966 – Fraternidade Rosacruz – SP)
O levantamento científico de um horóscopo por meio da Astrologia Rosacruz obedece a princípios matemáticos e astronômicos. O estudo da Astrologia Rosacruz fica incompleto se não incluir o aspecto espiritual ou interno (baseado em um conhecimento profundo da Filosofia Rosacruz e dos Ensinamentos Bíblicos Rosacruzes), que lhe constitui a essência. Assim como somos um ser complexo, porque possuímos um Tríplice Corpo, trabalhado por Tríplice Espírito (que somos nós, a Individualidade, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, como Ego), por meio da Mente, assim também o Planeta que vemos pela luneta é apenas o Corpo de um grande Espírito, cuja instrumentação é semelhante a nossa, porque: “como é em cima é embaixo”.
Os materialistas levam em conta apenas o que podem, sensorialmente, apreciar. Exceto uma facção dos diversos ramos científicos e da psicologia profunda, que vão abrindo caminho para concepções mais reais e amplas a respeito de nós, o ser humano, e do mundo, os demais nos considera por aquilo que exteriormente se vê: nosso corpo físico (nem o Corpo Denso real é visto!). Igualmente, no estudo astronômico, leva-se em conta o aspecto externo da questão: distâncias, tempo de rotação e translação, órbitas, volume, formas e outras dimensões que são medidas por meio de instrumentos feitos por materiais exclusivos da Região Química do Mundo Físico.
Todavia, assim como nós possuímos uma Individualidade que exprimimos por meio da nossa atmosfera áurica (a quem tenha sensibilidade suficiente de percepção) e no nosso modo de agir (pela Personalidade), pela convivência, também os Planetas têm uma natureza individual, própria, a que chamamos de “influência”. Esse modo de ser, formado ao longo dos renascimentos do Espírito Planetário residente em cada Planeta, expressa-se segundo o ângulo de incidência de seus raios. Lembremos que os Planetas têm seu grande Corpo Mental, Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso, de que seus habitantes “humanos”, nossos companheiros da Onda de Vida de Peixes, formam seus pequenos veículos. O Espírito Planetário influencia seus habitantes e por eles é influenciado. Igualmente, influi sobre os demais Planetas, seus Irmãos, e por eles é influenciado. Influencia também os habitantes dos outros Planetas.
Isso nos permite compreender mais profundamente por que o Cristo tinha que sofrer na cruz e, por meio do sangue derramado do Corpo de Jesus, penetrou em nosso globo terrestre, a fim de limpá-lo de toda a carga inferior das nossas passadas transgressões que comprometiam seriamente a nossa evolução e estabilidade desse Campo de Evolução.
Muitos acreditam na influência da Lua. Principalmente os que vivem ou viveram no interior e no litoral, sabem que a Lua influencia claramente as plantas, impondo épocas de plantio, de colheita, de poda, etc. Provoca as marés e vazantes, pescaria farta ou reduzida. Influi nos períodos menstruais e gestações. Tudo isso, desde muito antes de Cristo, já a Astrologia Espiritual ensinava. Dizem que acreditam nisso porque é evidente; mas não creem na influência dos demais Astros porque não percebem. Em verdade, não estão atentos para isso. O estudo da Astrologia Espiritual Rosacruz lhes mostraria que essas influências existem, exercendo grande força na direção de seus negócios e tendências.
Os ponteiros do relógio marcam a hora dos acontecimentos da vida diária. Mas permaneceriam imóveis se não fossem impulsionados pela força do mecanismo oculto. Se o relógio para, pode ocasionar perdas de oportunidades e consequentes prejuízos.
De igual modo, os Astros visíveis marcam os acontecimentos de nossa vida, como ponteiros de um relógio, com a diferença de que os Grandes Espíritos Planetários jamais se detêm; sempre nos influenciam, advertindo-nos e impulsionando, segundo o que nos está marcado no “Relógio do Destino”. Sob determinadas circunstâncias, podemos invalidar essas influências, como fazemos com os assuntos da vida cotidiana, pois os “Astros impelem, mas não obrigam”. Quanto mais domínio próprio tenhamos, tanto mais nos libertamos das influências exteriores.
Max Heindel nos fala de uma passagem bem curiosa, a esse respeito: “Conta-se que Edison, em certa fase de sua vida, trabalhava como telegrafista de uma estrada de ferro. Para descansar nos intervalos de folga, sem perigo de perder as horas em que deveria cumprir suas obrigações com a chegada do trem, construiu um despertador original: sentava-se na cadeira, e, acima de sua cabeça, pendia uma vasilha meio inclinada. De uma torneira próxima, por meio de um tubo, corria um fio regular de água, calculado para encher a vasilha num determinado tempo. Quando esta se enchia, o líquido começava a transbordar e caia sobre a cabeça de Edison, despertando-o seguramente.
Igualmente, estamos girando numa corrente contínua de ações, para o bem e para o mal, ou melhor, para o certo e para o errado, dentro do depósito do tempo. O que transborda, se volta sobre nós, impelindo-nos a novas ações. Não importa que fiquemos adormecidos como Edison, pois o sono da morte material não pode anular as ações do espírito imortal. Um novo nascimento terá lugar, exatamente quando o depósito do tempo estiver cheio, para que o que venhamos colher o que semeamos, de bem ou de mal.”.
A propósito do assunto, convém compreendermos claramente o seguinte: não temos certo destino por haver nascido em determinado momento. Nós, o Ego, renascemos quando as influências astrais reinantes, naquele momento, correspondam às nossas tendências. O Ego é atraído ao renascimento pela afinidade das vibrações prevalecentes. Essa compreensão é importante, porque elimina falsos conceitos, segundo os quais, a sorte ou azar de uma vida inteira depende do acaso, ou seja, da circunstância de nascer sob “boa ou má estrela”, sem direito a escolha. Se isso fosse verdade, teríamos fortes razões para duvidar da sabedoria e amor do nosso Criador. Edison teria motivos de aborrecimento, se alguém viesse acordá-lo com um borrifo de água fria. No entanto, sabendo que ele próprio, antes de adormecer, é que preparara aquela forma de despertador, ficava satisfeito, porque alcançava os benefícios dessa advertência. Assim também se, por meio da Astrologia Rosacruz, chegamos a compreender as causas postas em ação, por nós mesmos, em vidas anteriores, as quais determinaram nossa atual condição e circunstâncias, deixaremos de culpar a Deus e aos nossos semelhantes. Ao contrário, assumiremos a responsabilidade de nosso destino e trataremos de construir condições melhores, contando com os aspectos positivos de nosso caráter e livre arbítrio, que para isso Deus nos concede. Os Astros (Sol, Lua e Planetas) e os Signos apenas marcam o momento mais favorável de colher o que semeamos, de certo ou de errado. Tratemos, pois, de extrair de cada momento e experiência da vida, a lição que ela nos envia. Essa é a finalidade da Astrologia Rosacruz, em benefício da nossa evolução.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital
clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Janeiro de 2024
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:
A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes Rosacruzes, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: ECOS.
Fevereiro – Sol transitando pelo Signo de Peixes (fevereiro-março). 4
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Janeiro: 14
Espíritos humanos apegados à Terra.. 15
Personalidade e Individualidade humana: diferenças radicais. 16
A Filosofia Rosacruz está ultrapassada? Se não, para quem está?. 17
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA.. 22
Datas de Cura: Fevereiro: 7-13-19-27. 22
As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP, aos domingos as 17hs. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.
Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com
É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!
-Dia 07/01 – 16 h – Reunião Reservada: Planejamento Anual
-Dia 14/01 – 16 h – Estudo de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada
-17 h – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. IV – Renascimento e Lei de Consequência – P.2 – Grandes Líderes da Humanidade – Épocas (nesse Esquema de Evolução)
-Dia 21/01 – 16 h – Reunião do Estudante Regular – Reunião Reservada
-17 h – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. IV – Renascimento e Lei de Consequência – P.3 – “Vinho” – bebidas alcoólicas – Esquema de Evolução
-Dia 28/01 – 16 h – Reunião do Probacionista – Reunião Reservada
-17 h – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. IV – Renascimento e Lei de Consequência – P.4 – Épocas e Eras – Eu Superior – Ciclo de Nascimentos e Mortes
Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/
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-Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)
Em fevereiro começa uma preparação especial para a estação Quaresmal, quando o Aspirante experimenta disciplinas específicas para ir tornando o espírito o elemento mais importante de cada pensamento, palavra e obra. A palavra fevereiro vem do latim Februaris, nome dado à festa romana da Purificação que se celebrava no décimo quinto dia do segundo mês do ano. Durante os primeiros dias de fevereiro a igreja celebra, igualmente, a Festa da Purificação como trabalho inicial da época da Quaresma. Um Discípulo místico Cristão a observa como tempo de tríplice purificação, tratando de purificar o seu Corpo Denso com alimentos mais puros; seu Corpo de Desejos por meio de atos virtuosos; e sua Mente por meio de pensamentos castos de palavras de verdade.
Essas disciplinas são uma orientação de preparação para a grande transmutação que é o momento culminante de cada observância anual. Tanto a Mente como o Corpo do Aspirante se sensibilizarão, se participar do derramamento extático dessa celebração cósmica. Por isso a igreja abençoa os círios que serão utilizados durante o ano seguinte. Para um Místico Cristão as velas simbolizam a “luz do mundo”, o bendito Cristo. Na Quaresma se consagra a si mesmo de novo ao serviço de Cristo e se esforça para ser portador da luz que, segundo São Pedro, está também no próprio Cristo.
Os Grandes Líderes da Humanidade a tudo consideram, inclusive o alimento do ser humano, pois isto tem muito a ver com o seu desenvolvimento.
Quem são eles? O que fizeram em prol da Humanidade? O que ganharam com este trabalho altruísta? Qual o nosso agradecimento a Eles?
E infinitas são nossas dúvidas e só encontraremos as respostas se aprofundarmos no estudo do Esquema da Evolução e lograrmos com muito esforço e dedicação a busca do conhecimento em prol de um conhecimento aplicado, que nada mais é do que a Sabedoria.
E estudando e pensando neste imenso trabalho do Pai e dos demais Seres Maravilhosos, a quem devemos nossa imensa gratidão pelo acompanhamento e direcionamento neste caminho do Esquema de Evolução dado por Deus.
Fazendo uma analogia, podemos observar que estes Guardiões ou Líderes Divinos cuidam de nós de uma forma muito parecida como aquela pequena criança que é cuidada pelos seus pais a fim de prepará-la para a batalha da vida; e nós podemos estar certos que embora esses Guardiães se afastaram da liderança visível, eles ainda estão conosco e se mantêm atentos, da mesma forma que os pais continuam tendo um interesse no bem-estar de seus filhos após esses deixarem o lar para lutar na batalha da vida por si mesmos.
Esses exaltadores Seres, embora invisíveis aos nossos olhos físicos, constituem poderosos fatores em todos os assuntos da vida, dando aos diferentes grupos da Humanidade lições que promovem eficientemente o desenvolvimento dos seus poderes espirituais.
Temos que ter consciência que todos esses Líderes da Humanidade estão ansiosos para que desenvolvamos a nossa visão espiritual e aprendemos a distinguir as várias classes de seres nos reinos elevados e, essa tutela sobre nós é um dos fatos mais tranquilizadores que podemos sentir e observar. Mesmo sabendo que ninguém poderá interferir com o livre arbítrio da Humanidade, uma vez que esta atitude é contrária ao plano divino, isto é, coagir ou tentar induzir a fazer o que ele não quer fazer, mas, não há nada que proíba a estes grandes Líderes dar sugestões sobre qualquer coisa que, provavelmente, escolheríamos a seguir.
Pelos Ensinamentos Rosacruzes sabemos que o Cristo é nosso Ideal e aqueles que o seguem até o mais elevado objetivo, se libertam do ciclo de nascimento e morte. Seus débitos de destino maduro estão pagos e todos os seus vínculos terrestres são desfeitos. Hoje esses Seres humanos que atingiram este patamar são conhecidos como Seres Compassivos, que são os Irmãos Maiores da Onda de Vida humana que não mais necessitam de lições terrestres.
Vamos agora, falar sobre o Termo Rosacruz: Épocas.
Hoje estamos peregrinando pelo Período Terrestre pela quarta Revolução no Globo D e, além de todos os passos anteriores, aqui neste ponto tivemos mais divisões no nosso Caminho de Evolução. Tais divisões são conhecidas como Épocas.
Veja que as Épocas, por ser uma nova etapa, embora constituindo uma espiral menor dentro das grandes espirais traz sempre um novo ciclo de ideias e consequentemente uma gama enorme de transformações.
Como a natureza não abriga processos repentinos, as mudanças operam lentamente e têm seu início ao apagar das luzes da Época anterior. Portanto, o final de um ciclo e a aurora de outro ciclo (final de uma Época e nascer de outra Época), marcam uma fase de transição, em que a mescla de ideias e valores, uns decaindo, outros nascendo, cria uma atmosfera conturbada. Isto é tão verdade que estamos presenciando atualmente na Época Ária, com o final da Era de Peixes e a influência da órbita da Era de Aquário batendo a nossa porta. Há sempre espirais dentro de espirais: no átomo, no Globo, o melhor, em todas as outras fases da evolução.
1ª Época Polar – A primeira das sete Épocas que estamos passando, aqui na 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre. Este é o nome dado a um período de tempo em que a evolução humana estava confinada à região polar do Sol. A nossa Terra ainda fazia parte do Sol e estava num estado ígneo, ou seja, as substâncias que hoje constituem o nosso mundo estavam em fusão e a atmosfera era gasosa.
2ª Época Hiperbórea – Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra ainda estava unida ao Sol, o ser humano ainda recebia o alimento necessário das forças solares. Inconscientemente, para fins de propagação, o excesso era irradiado. Nós ficamos entre o polo e o Equador solar. E ao final do qual a Terra se diferenciou e foi lançada e começou a girar em torno do Sol.
3ª Época Lemúrica – Nesse período, diversas Hierarquias Criadoras trabalharam sobre o ser humano, como os Arcanjos, Senhores da Mente e Senhores da Forma e que o ajudaram muito para que pudessem chegar à Individualidade.
4ª Época Atlante – A maior diferença nesta Época estava na constituição da sua atmosfera. Do norte vieram os blocos de gelo da região boreal. Do sul do Planeta Terra vinha o sopro ardente dos vulcões, que ainda estavam muito ativos. O continente atlante foi o ponto de encontro destas duas correntes e, consequentemente, a sua atmosfera esteve sempre sobrecarregada por um nevoeiro espesso e pesado. Nesse meio tempo o ser humano desceu mais profundamente na matéria. E quando o ser humano atingiu o Nadir da Materialidade, ele ainda estava muito conectado com os Mundos espirituais, e era necessário que ele focasse na sua existência concreta aqui no Mundo Físico, a fim de aprender e ganhar experiência, uma vez que ele estrava desperdiçava seu tempo.
5ª Época Ária – Chama-se assim porque foi o período em que surgiu na Ásia Central as raças arianas, descendente dos Semitas Originais, que aperfeiçoou a Mente e a razão à qual pertencemos. Nesta Época o ser humano conhecia o uso do fogo e de outras forças, que lhe foram intencionalmente ocultadas antes, para que pudesse usá-las livremente para os propósitos mais elevados do seu próprio desenvolvimento.
6ª Época Nova Galileia – Na Nova Galileia a Humanidade terá um corpo mais eterizado do que agora. A Terra será transparente também. Como resultado, esses corpos serão muito mais sensíveis aos impactos espirituais da intuição. Tal corpo nunca se cansará porque não haverá noite. A Nova Galileia será um lugar de paz (Jerusalém). A Fraternidade Universal unirá todos os seres da Terra através do amor. Não haverá morte porque a Árvore da Vida, a faculdade de gerar a força vital, se tornará possível por meio do órgão etérico que existirá na cabeça dos que se tiverem desenvolvido, os quais serão os pioneiros da Humanidade daquela época. Na Nova Galileia a Humanidade viverá no ar, em seus corpos luminosos, numa Terra feita de Éter. O Amor e a Fraternidade prevalecerão e o Cristo (que terá vindo pela segunda vez) reinará como Melquisedeque (Rei e Sacerdote).
7ª Época Reino de Deus – onde consolidaremos tudo que aprendemos nas outras Épocas e já trabalhando conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico nos preparemos para uma nova Noite Cósmica para depois começarmos a se desenvolver no Globo E, ainda na 4ª Revolução.
Para saber mais sobre esse assunto, você pode assistir esses vídeos das Reuniões de Estudos, no nosso canal de YouTube:
– 55ª Reunião Virtual Dominical: https://youtu.be/B_yY3suqvBY?si=M8QvKS_eF2jPzVeo
– 56ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/1y64B_YeODk?si=gXFhnWNG_h8ikoSf
– 57ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/o0wFPqw0qUI?si=bXcr7Ity5cfp7XZ7
– 67ª Reunião de Estudos Dominical:
https://youtu.be/nxx4wPOVRJo?si=Y8gRODLdyf35Ke9r
– 68ª Reunião de Estudos Dominical:
https://youtu.be/antaiblQAfQ?si=ohOnEG9dCSjrJTn8
– 70ª Reunião de Estudos Dominical:
https://youtu.be/GkoINuta5F0?si=AguMJGAFiSZm3cJr
Vamos ver o que significa o Termo Rosacruz: “Vinho”.
As bebidas alcoólicas, simbolicamente chamada de “Vinho”, foram inseridas na nossa evolução nesse Período Terrestre. Mais precisamente na Época Ária, a Época presente. A necessidade de inserção delas foi com o objetivo de focarmos na Região Química do Mundo Físico, já que insistíamos em utilizar a nossa faculdade de inércia e continuar, no conforto, de vivermos focados nos Mundos espirituais.
Isso se deu porque na Época Atlante chegamos ao pináculo (ou nadir) da materialidade (ou seja, o ponto mais denso na Região Química do Mundo Físico) onde deveríamos, todos, conquistar essa Região. Mas, a grande maioria de nós não foi o que foi feito. Aproveitamos para destruir todo um continente (o Atlante) junto com todo o conhecimento que adquirimos (não focando na Região Química, usando da astúcia, do egoísmo, da magia negra, do abuso da força sexual criadora).
No entanto, o caminho de volta para Deus tinha que começar, de um modo para outro, e isso significava “começar a subir”, para viver em lugares na Região Química do Mundo Físico mais altas, em uma atmosfera mais rarefeita do que a densa neblina Atlante. Para isso precisávamos de um esqueleto formado de ossos (os nossos na Época Atlante se sustentava em cartilagens). Para tanto foi introduzido a alimentação à base de carne animal. Com a assimilação de materiais mais densos, especialmente o cálcio, fomos construindo Corpos Densos com estrutura esquelética como os de hoje. Só que para completar isso precisávamos focar na Região Química do Mundo Físico. E para “esquecer” os Mundos espirituais foi introduzido o “Vinho”. Dentre os vários efeitos naquele momento, um foi o esquecimento da nossa origem divina, com visões espirituais do modo passivo, como nossos corpos mais dominantes, formados mais de elementos químicos mais densos e Corpos Vitais com maiores quantidades de Éteres inferiores e muito pouco de Éteres superiores. Também o efeito do “Vinho” na nossa dieta nos ajudou a submeter as células mais individualizadas da Onda de Vida animal e, assim, tornou possível a sua assimilação para extrairmos os nutrientes necessários naquele momento evolutivo.
Resultado: focamos a nossa atenção na Região Química do Mundo Físico. Mas, mais uma vez, nos acomodamos na nossa inércia e chegamos ao ponto de muitos acharem que só existe isso, o Mundo material!
Para saber mais sobre esse assunto, você pode assistir esses vídeos das Reuniões de Estudos, no nosso canal de YouTube: – 32ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/9-LhgNRyJWE?si=y_ZK-ySetBXJHKUu
Para entender melhor porque em cada Época foi acrescentado um novo elemento, precisamos saber: Qual é o objetivo do Ser Humano?
Terminar o que não foi feito, pela maioria, na Época Atlante: focar todo o seu desenvolvimento na conquista da Região Química do Mundo Físico.
Já vimos que a transição da Época Atlante para Ária foi necessária comer carne animal para endurecimento dos ossos. E as bebidas alcoólicas (“Vinho”) foram nos dadas dois motivos principais:
Só que a partir do Cristo já era necessário deixar de comer carne animal e consumir bebidas alcoólicas (para quem quer se desenvolver em uma Escola esotérica Cristã, como é a Fraternidade Rosacruz).
Por que a alimentação é importante para nossa evolução espiritual?
No atual momento do nosso processo evolutivo, a Terra vem passando por uma ação regeneradora, que vem purificando os veículos do Planeta. Consequentemente, a humanidade tem a oportunidade de prover seus veículos de material cada vez mais refinado. Futuramente viveremos em outras condições ambientais.
O globo terrestre, apesar da imperfeição de seus habitantes, está se eterizando. E os Egos, à medida que renascem, têm o privilégio de construir corpos cada vez mais sutis. Isso implica na necessidade de transformações e novas adaptações. Nossa dieta insere-se nesse contexto.
Ela deve ser mais pura, mais saudável, composta, preferencialmente, de alimentos superabundantes de Éter. Ganham especial destaque, nesse quadro, as frutas e hortaliças frescas.
Que razões devem realmente levar o Estudante Rosacruz a adotar a alimentação vegetariana?
-Alguns o fazem pela necessidade de gozar boa saúde.
-Outros inspiram-se em considerações de ordem ética ou princípios relativos ao respeito à vida.
MAS, as duas razões são importantes, mas a segunda é fundamental e mais relevante.
-Devemos ser vegetarianos por amor, por respeito à vida de outros seres. Não temos o direito de contribuir, direta ou indiretamente, para a matança de indefesos animais.
-A compaixão, acima de tudo, deve nortear nossos passos na decisão de mudar nosso regime alimentar.
-A firmeza de convicções é fator importante no crescimento anímico.
Tudo isso porque daqui para frente o nosso objetivo é:
-Se renascemos no ocidente do Planeta, então: escolhemos evoluir por meio do Cristianismo Esotérico. Assim, escolhemos ter o Cristo como nosso único ideal. Trabalhamos para a sutilização dos nossos Corpos e a construção e atividades no nosso Corpo-Alma. E para isso se busca, desde o princípio, ser livre de todas as influências externas que nos dificulta a livre manifestação de nós aqui e agora. Com isso temos todos os meios de realização e deixa o nosso desenvolvimento na dependência exclusiva de nossa iniciativa, nosso esforço e nossa perseverança.
-Agora se renascemos no oriente do Planeta, então: ainda estamos na fase de dominar e funcionar conscientemente na Região Química do Mundo Físico. A alimentação à base de carne animal e “Vinho” ainda se faz necessária. Ainda há a necessidade de se subordinar a um guru (Mestre) e condicionar seu desenvolvimento à completa aceitação do que lhe é ensinado.
Vamos ver outro Termo muito importante para entendermos esse assunto: Era
Sua definição: Dá-se o nome de Era a passagem do Sol, ao “cruzar” o equador terrestre no sentido norte para o sul, a cada ano (uma vez por ano) por determinado Signo, devido a Precessão dos Equinócios.
Devido à Precessão dos Equinócios, o Sol move-se para trás através dos doze Signos do Zodíaco à razão aproximada de um grau de espaço a cada 72 anos; através de um Signo (30 graus de espaço) a cada 2.100 anos, aproximadamente, completando todo o círculo em cerca de 26.000 anos.
Isto é devido ao fato de que a Terra não gira em torno de um eixo estacionário. Seu eixo tem um movimento lento, oscilante, próprio, (semelhante ao de um pião que já perdeu parte da força) descrevendo assim um círculo no espaço, pelo que uma estrela após outra se converte em Estrela Polar.
Por causa desse movimento oscilante o Sol não cruza o Equador no mesmo ponto todos os anos, mas sempre um pouco antes, razão do termo “Precessão dos Equinócios”, isto é, o Equinócio “precede” – chega mais cedo.
Se a cada 1000 anos nascemos em sexos alternados (Mulher e Homem) temos a oportunidade de aprender em cada Era uma vez com Corpo Feminino (Imaginação) e outra com Corpo Masculino (Vontade)
Repare que na Época Atlante passamos por 3 Eras e estamos na Época Ária também passando por 3 Eras. Estamos nos últimos graus da Era de Peixes, já na “Órbita de Influência” da Era de Aquário.
E o que fazemos para viver de uma Era para outra?
Se estamos na Era de Peixes indo para Era de Aquário temos que aprender as lições do Signo oposto que é Virgem.
Se estamos na Era de Áries para passar para Era de Peixes temos que aprender as lições de Libra (Justiça, Equilíbrio, Harmonia, Parcimônia, capacidade de se relacionar por meio de associações, sociedades, grupos equipes cônjuges para entender como funciona o processo, saber até onde começa seu direito e até onde vai o direito do outro e por último: “Eu posso não concordar com seu ponto de vista, mas eu o defenderei até o final de minha vida”).
Todo fim de Era, últimos 8 graus de cada Signo, irmãos e irmãs atrasados aproveitam esta época/vibrações da próxima Era para acelerar seu desenvolvimento e recuperar e aprender as lições que não aprenderam nesta Era.
Veja, também, que o fato de estarmos na “Órbita de Influência” da Era de Aquário nos possibilita: adiantar lições, facilitar o conhecimento e ter muito mais material para evoluirmos!
Vamos ver outro Termo muito importante para entendermos esse assunto: Deus interior (“Eu superior”)
O “Eu superior” é o Tríplice Espírito: o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano – somos nós! –, mas não se deve conceber esses três como separados um do outro. O Espírito é indivisível, como a luz branca que vem do Sol através do espaço interplanetário, mas da mesma forma que a luz pode ser refratada em três cores primárias – azul, amarelo e vermelho – ao atravessar a atmosfera mais densa da Terra, o Espírito Virginal também aparece como sendo tríplice durante a manifestação, devido a estar rodeado por envoltórios de matéria de densidade variável.
Quando envolto apenas na substância do Mundo do Espírito Divino, é o Espírito Divino; quando o Espírito Divino recebe em acréscimo um envoltório de material oriundo do Mundo do Espírito de Vida, torna-se o Espírito de Vida; e quando, finalmente, é revestido na matéria da Região do Pensamento Abstrato, torna-se o Espírito Humano – o Ego. É por isso que o Espírito Virginal, enredado nessas três camadas de matéria, está apartado de toda consciência de seu Pai Divino e, estando tão encoberto pela matéria que não consegue mais ver as coisas do ponto de vista cósmico ao atingir o exterior, ele volta sua consciência para dentro e vê-se separado e isolado de todos os outros. Por isso, ele é um Ego – um indivíduo. Nesse ponto nasce o egoísmo, e começa a busca individual.
Quando o Espírito Humano atrai ao redor de si, para uma melhor expressão, os veículos inferiores e mais concretos – a Mente, o Corpo de Desejos, o Corpo Vital submergindo neles e mesmo descendo até o Mundo Físico, ele adquire novamente a consciência das coisas externas. A partir daquele momento, tendo perdido o conhecimento do Mundo de Deus, de onde veio originalmente, ele começa a conquistar o mundo físico e a dominá-lo para atingir seus próprios fins.
Assim, somente nós, em todos os Reinos de Vida em evolução na Terra, somos um Ego individualizado, e habitamos os nossos veículos que estão reunidos no Mundo Físico durante as horas de vigília do dia. Desse modo, atingimos a consciência desperta, e assim tornamo-nos totalmente cientes e despertos para todas as coisas pertencentes ao mundo no qual, então, atuamos e onde somos capazes de usar a nossa própria razão, expressar os nossos desejos e emoções, e agir segundo as diretrizes do nosso “Eu Superior” – o Espírito Interno, o Ego, nós!
Para saber mais sobre esse assunto, você pode assistir esses vídeos das Reuniões de Estudos, no nosso canal de YouTube:
– 13ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/R3_19B-wzr8?si=4mADgW2HnFfcCBr5
– 14ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/Pw1slyrUcGc?si=kJNi7bqJHadTYTv5
– 15ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/ZX4YyaIMzuU?si=cR5whqvdRCzR1x–
– 16ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/9-AnwW79-30?si=7X-oS5uASJ-0iI9a
No Evangelho Segundo São João, capítulo 18, versículos 37-38 temos a conversa entre Cristo Jesus e Pilatos:
“- Disse Cristo Jesus: Para isso nasci, para isso vim ao mundo, para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que é da Verdade ouve a minha voz.
– Disse-lhe Pilatos: O que é a Verdade?”
E nós aqui perguntamos: O que é a Verdade?
Será que a Verdade é o que vemos com os nossos olhos físicos? O que sentimos? O que ouvimos? Será que são as nossas posses? Nossos recursos intelectuais, emocionais, sentimentais?
Não… Essas coisas são muito limitadas para serem a Verdade.
Essas explicações e outras que são demonstráveis material ou concretamente e que tencionam explicar tudo sobre o ser humano e seu meio só satisfazem o intelecto, a Mente.
Raciocinar nesse Mundo dos Fenômenos, dos Efeitos, em que vivemos buscando a verdade é ilusão.
O que temos aqui são os efeitos da Verdade que se expressa como causas nos Mundos superiores.
Como disse Cristo: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.”
Contudo, como conheceremos a Verdade, estando aqui vivendo neste Mundo dos efeitos, dos fenômenos, onde tudo está obscurecido ou torcido, irreconhecível sob essas condições ilusórias?
À medida que deixemos de lado todas as nossas aspirações para aquisições materiais, buscando amontoar tesouros no céu, quanto mais servirmos amorosa e desinteressadamente tanto mais rapidamente conheceremos a Verdade e, então mesmo vivendo neste Mundo dos fenômenos, poderemos falar como um Iniciado: “Vivo neste Mundo, mas não sou deste Mundo”.
Portanto: para uma pessoa que um dia parou para pensar e chegou à brilhante conclusão que não sabe nada sobre o assunto, e, como diz Max Heindel, compreendeu sua ignorância e, assim, deu o primeiro passo para o conhecimento desse assunto, sente internamente, que algo maior existe e aspira conhecer a Verdade, mesmo sabendo que dificilmente alcançará pelos próprios meios.
Todavia, o que é esse “sentir internamente”? Não é nada mais, nada menos do que o coração aspirando por esclarecimentos mais profundos.
Vamos a um exemplo: quantas vezes estamos trabalhando afincadamente para resolver um problema e por mais que fazemos não conseguimos chegar à conclusão alguma.
Aí, eis que um belo dia, sem mais nem menos, um fio de intuição nos dá a solução que satisfaz todos os requisitos.
Nesse momento paramos para pensar no dito popular:
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
E mais: todo ato motivado por uma intuição pura raramente deixa de produzir um resultado positivo!
É difícil? Sim, é difícil, mas já sabemos que é uma luta árdua, constante, sem descanso. E uma vozinha lá dentro, baixinha, mas firme, a nos empurrar para cima e para frente, dizendo-nos, constantemente: “O único fracasso é deixar de lutar”.
A palavra grega Epifania tem um significado de “manifestação”, “proclamação”.
A festa da Epifania do Senhor possui uma tamanha potência espiritual que sua influência se estende por um período de quatro semanas a partir de 6 de janeiro de todo ano.
A simbologia dos três homens sábios representa o Corpo, a Alma e o Espírito; seus presentes, a suprema dedicação ao Mestre.
A mirra significa a amargura da dor e da pena, antes de que a natureza inferior do Aspirante tenha sido transformada.
O incenso, o caminho da transmutação.
O ouro, o Espírito que refina a natureza inferior e, finalmente, a submete.
Lembrando sempre que os eventos na vida de Cristo (detalhados nos quatro Evangelhos) representam etapas sucessivas no Caminho da Iniciação para o Aspirante à vida superior.
Para o Aspirante à vida superior é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico, o Cristo interno.
Há muitos Espíritos desencarnados que, infelizmente, se recusam entrar no Purgatório e seguir o seu novo caminho.
E segundo aprendemos na Fraternidade Rosacruz há nos Mundos invisíveis Espíritos apegados à Terra, ou seja, irmãos e irmãs que morreram aqui e que não quiseram entrar no Purgatório.
Esses Espíritos desencarnados ficam “rondando pela Terra”, às vezes “brincalhões”, ou mesmo maldosos, que desejam se manifestar e até aprendem como “possuir” um veículo denso de um irmão ou de uma irmã encarnada aqui, ou atuam sobre os centros cerebrais de um irmão ou de uma irmã, ou em certas circunstâncias, sobre o mecanismo coordenador do cerebelo.
Na existência de pessoas descuidadas, ou melhor, que não cuidam da parte espiritual, que têm desejos inferiores, usam muito a astúcia, são apegados a coisas materiais, ao dinheiro, viciados em bebidas alcoólicas ou drogas ou ao sexo de maneira desregrada e baixa são um alvo muito fácil para esses irmãos e essas irmãs “apegados à Terra”. Genericamente são conhecidos como “entidades” (apesar de sabermos, pelos Ensinamentos Rosacruzes que além de Espíritos humanos, há também os Elementais, uma Onda de Vida sub-humana que atuam de modo semelhante).
Colaboram também com essas entidades, pessoas que têm o hábito de queimar incensos específicos para “chamar a entidade” ou acender velas de cera pois tais odores podem estar em harmonia com essas classes de espíritos.
Afinal, se você tem a tendência de praticar o mal enquanto renascido aqui, quando você morre essa tendência se mantém, não é? A morte não transforma ninguém! Assim, se um irmão ou uma irmã desencarnada conseguir satisfazer seu desejo influenciando uma alma mais fraca ou alguma pessoa que participa de eventos onde se evoca justamente a possessão do Corpo (ou partes do Corpo) pelas entidades, através do qual possa alimentar sua natureza inferior, ele ou ela levará mais tempo para superar seus desejos, e permanecerá apegado à Terra até que esteja totalmente purgado. Se uma pessoa morrer antes de ter dominado sua natureza má, viverá entre seus semelhantes por algum tempo para satisfazer, por exemplo, seu gosto pelas bebidas alcoólicas, pelo tabaco, pelas drogas, por enganar os outros, por gostar de poder e fama e até por eventos sangrentos e violentos. Mesmo o sensualista poderá procurar e obter satisfação influenciando outros de maneira que, através deles, possa obter uma satisfação indireta.
Oremos por esses irmãos e essas irmãs, pois “os moinhos de Deus moem lentamente, mas moem extraordinariamente bem”. Algum dia, eles ou elas terão que pagar pelas desgraças e atrasos resultantes cometidos; algum dia, através do sofrimento e da aflição, deverão se purgarem de todos os pecados e encontrar seu Criador em seu Corpo espiritual purificado.
A Fraternidade Rosacruz, com seus ricos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, nos ensina distinguir entre Personalidade e Individualidade.
Criamos uma Personalidade a cada novo renascimento aqui. A “persona”, o conjunto enganoso, provisório e em constante mudança formado pelas nossas sensações, emoções, sentimentos e modo de pensar. São os laços de sangue, as tradições, os elos do mundo, essas coisas mais fortes que algemas de aço, tudo a que o Cristo simbolicamente chamava de “o reino dos mortos”.
O mundo, a família, os bens, tudo são meios de aprendizagem, claro, indispensáveis ao Ego (nós), no presente estado evolutivo, mas devemos ter o devido cuidado de não pensar que pertencemos a eles, e eles a nós, de nos identificarmos com eles, esquecendo nossa origem celestial, nossa condição de espíritos livres, em peregrinação e grande aprendizagem aqui no Mundo Físico.
Não queremos dizer com isso que devemos abandoná-los, deixar nossos deveres, nossos afazeres, não é isso, pois o verdadeiro cristão sabe distinguir o que é do mundo, como também não ser do mundo.
Personalidade é a expressão do ser humano, é o amordaçamento do Espírito, que colore desordenadamente seu modo de ser.
A Individualidade não prescinde da bagagem de experiências anímicas; ao contrário, vale-se dela de um modo próprio, original, epigenético, criador. Porém, nós, o Espírito, é quem mandamos e orientamos.
Não é uma luta fácil, mas tem que ser travada; é uma luta constante da natureza inferior (hoje, a Personalidade) com a superior (nós, a Individualidade), das trevas e da luz dentro de cada um de nós.
Todo Aspirante à vida superior “ora e vigia”, para alcançar essa sublimação, para que sobressaia sempre a Individualidade, o “Eu Superior”.
Muitas pessoas dizem que a Filosofia Rosacruz, fundada por Max Heindel, está ultrapassada, que por seu fundador já ter falecido, por já surgirem novos e mais eficientes métodos espirituais. Puro engano!! Total desconhecimento do que é a Escola Fraternidade Rosacruz e, pior ainda, do que é a Ordem Rosacruz.
A Fraternidade Rosacruz foi fundada sob a orientação dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz; ela é impessoal, atualíssima em seus ricos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Ela existe por si mesma, porque é essencialmente Cristã e preconizar o Cristianismo Esotérico.
Todos nós passaremos para os planos suprafísicos e ela continuará cada vez mais firme, mais forte; seu método foi dado como preparação para cada um de nós para a Era de Aquário, já que estamos na Órbita de Influência dessa Era.
Na Era de Aquário o Cristianismo Esotérico estará completamente manifestado entre nós. Isso dispensa a necessidade de novos mensageiros.
O que a Fraternidade Rosacruz precisa é tão somente de Estudantes, Aspirantes à vida superior, conscientes, sinceros, firmes no seu propósito, que não se iludam com promessas vãs. Que foquem o desenvolvimento no Corpo Vital (repetição sempre) e não no Corpo de Desejos (novas novidades sempre).
Aspirantes dinâmicos, que se perguntam todos os dias se estão sendo verdadeiros Cristãos, se estão seguindo os Ensinamentos Rosacruzes e aprendendo sempre (e há sim uma quantidade infinita de Ensinamentos a aprender e a colocar em prática!).
Aqui só precisa de pessoas comuns, humildes, mas sinceras, prudentes, tolerantes, desinteressadas e altruístas.
A Fraternidade Rosacruz só precisa de pessoas que trabalhem pela continuidade dessa maravilhosa Obra Rosacruz, não balizadas em pessoas (instrutor, “preferido”, “querido”, “anjo bom”, astrólogo, especialista, ótimo orador, “influencer”, intelectual, “formado” e coisas afins), sem pensar em cargos ou recompensas, a não ser no seu crescimento espiritual.
A Fraternidade Rosacruz só precisa de “qualidade”, e pessoas dedicadas em que realmente querem crescer espiritualmente trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Confiamos em que os frutos aqui serão cada vez mais promissores, que os meios materiais e espirituais nos serão dados, à medida que os vamos merecendo, quanto mais se vai crescendo espiritualmente e colocando em prática o que se aprendeu (com estudo sério e focado nos Ensinamentos Cristãos Rosacruzes).
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Pergunta: Acompanho a Fraternidade há alguns anos. Estou fazendo o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz. Mas não sabia que a Fraternidade era contra a aquisição de riquezas no plano físico. Se temos o Pai mais rico de todos, que nos proporciona tudo, nada nos nega, não compreendo como pode ser assim tão errado trabalhar e colher os frutos de um trabalho virtuoso. Não são todos os ricos que são mesquinhos, assim como também nem todos os pobres serão generosos. Nunca podemos generalizar. Pessoas são diferentes, em qualquer cultura ou posição social. De todos os textos que leio, ouço e acompanho da Fraternidade, esse é o primeiro que preciso discordar. Espero que esses conceitos sejam revistos, pois a riquezas está em toda a parte, inclusive no conhecimento que a própria Fraternidade divulga?
Resposta: Acho que está havendo algum entendimento equivocado. Por favor, nos informe em que livro da literatura da Fraternidade Rosacruz você leu que a “Fraternidade é contra a aquisição de riquezas no plano físico”. O que a Fraternidade Rosacruz nos ensina (e está muito claro inclusive no Livro Conceito Rosacruz do Cosmos) é que não devemos focar a nossa vida na aquisição de bens materiais, tendo isso inclusive como “objetivo de vida”, “perspectiva de vida”, “realização de vida”. A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã e, portanto, segue os Ensinamentos do Cristo. E, nesse sentido, há muitos ensinamentos do próprio Cristo nos dizendo verdades sobre não focar em riquezas materiais, como por exemplo: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.” (Mt 6:19-21) ou “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6:33) e muitas outras que os Estudos Bíblicos Rosacruzes nos mostram. Também, nos estudos dos Cursos de Filosofia Rosacruz aprendemos que até a segunda metade da Época Atlante (Era de Touro) o foco da nossa evolução nesses atual Esquema de Evolução era, sim, acumular bens materiais aqui, pois estávamos com o objetivo de conquistar a Região Química do Mundo Físico. Pois já passamos por esse ponto. Hoje estamos na Época Ária e com a primeira vinda do nosso Salvador e Redentor, o Cristo, no final da Era de Áries, fomos instruídos diretamente por ele para focarmos nossa vida aqui a conquistar o próximo degrau nesse Esquema de Evolução é que é: funcionarmos conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico (aqui está a causa da ênfase em cada um de nós desenvolver o Corpo-Alma). E não tem como fazer isso se continuarmos nos dirigindo exclusivamente para o acúmulo de bens materiais, ou como você colocou: “a aquisição de riquezas no plano físico”. O que precisamos de bens materiais para cada vida que vivemos aqui, temos e teremos, pois nunca Deus nos dá um fardo maior do que podemos carregar. Se temos facilidade para adquirir bens materiais, é sinal que já aprendemos como fazemos e temos o dever de utilizá-los para ajudar que tem dificuldade, usar para melhorar as condições que tantos necessitam. Se não temos tal facilidade é porque abusamos na época em que nós aprendemos e nos desleixamos. A Astrologia Rosacruz explica magistralmente cada caso desses. Além do que nunca esqueçamos: quando estamos no Terceiro Céu nos preparando para um novo nascimento aqui, escolhemos o Panorama dessa vida com os fatos principais (aqueles em que teremos as maiores lições a aprender). E para isso escolhemos as “facilidades” e as “dificuldades”. Sempre temos o livre arbítrio para fazermos o que quisermos (dificuldades não significam impossibilidades, mas sim exercício de força de vontade), mas temos o dever de colher os efeitos pela Lei de Consequência. Por fim, sugerimos que estude com cuidado, no livro o Conceito Rosacruz do Cosmos no CAPÍTULO XVII – MÉTODO PARA ADQUIRIR O CONHECIMENTO DIRETO, o assunto: A Oração do Senhor e você compreenderá os quatro grandes motivos de toda ação humana, incluindo aqui a “fortuna”, também conhecida como “riqueza”. Temos mais dúvidas ou querendo mais informações, não hesite em nos dizer. Sempre teremos o maior prazer em ajudá-la.
Pergunta: Quando uma criança nasce de forma prematura ou pós-matura, isso aconteceu “por acaso” ou por destino? Se foi por destino, foi para que ela não se ajustasse à sua família? Pergunto isso porque Max Heindel esclareceu várias vezes que esse tipo de nascimento é ruim?
Resposta: Todos os nascimentos nesse Mundo aqui dos seres humanos são dirigidos pelos Anjos do Destino, “que estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento” (sentença que repetimos todas as vezes que oficiamos o Serviço Devocional do Templo). Assim, a questão do “por acaso” já está eliminada, né?
E quando nascemos, já escolhemos o panorama da vida (com os eventos principais) e nesse sentido os principais relacionamentos que teremos ao longo da vida, sendo que a família entra nesse contexto. Assim, o “não se ajustasse à sua família” também está eliminado.
Agora…o processo natural, segundo as Leis da Natureza para o ser humano é uma gestação de mais ou menos 9 meses, tempo no qual tudo que deveria estar construído dentro do corpo da mãe está terminado e totalmente pronto para que o Ego comece uma nova vida por aqui. Assim, há sempre algo errado na vida quando se interferiu no período de gestação e a pessoa recebeu o seu batismo astral num período em que as configurações astrais não se adequavam ao seu caso e condição. Casos especiais são tratados de maneira especial, havendo uma razão para explicar o nascimento prematuro. E, sem dúvida, ligado a dívidas em vidas passadas que foram escolhidas para serem pagas nessa vida: dificuldades no desenvolvimento de algum órgão, sistema ou processo orgânico; necessária humildade, pois para “vingar o nascimento” haverá a necessidade desse Ego ser cercado de cuidados de muitas pessoas; e até os próprios pais envolvidos que em vidas passadas renegaram o filho ou a filha que agora vem ou, ainda, o inverso os pais de hoje terem sido o filho ou a filha renegada pelo Ego que agora se apresenta como filho ou filha. De qualquer modo, a observação demonstra que um Ego, quando nasce para essa vida prematuramente, tende a ter uma vontade de viver e uma disposição para cumprir o que prometeu no Terceiro Céu muito intensa, muito cuidadosa e com muita persistência.!
Pergunta: Antes do Corpo Censo existir, o Corpo Vital já existe e aquele é uma cópia deste. Então a genética dos pais é desnecessária às características do corpo físico. Por exemplo, se o Corpo Vital tem olhos de cor azul, o Corpo Denso terá, mesmo que a hereditariedade não possa fornecer. Isso está correto?
Resposta: O Corpo Denso sempre existiu e existirá ANTES do Corpo Vital. Quando estamos no Segundo Céu construindo os Arquétipos dos Corpos e da Mente, primeiro construímos o Arquétipo do Corpo Denso e a partir desse é que construímos o Arquétipo do Corpo Vital. Atualmente, para a imensa maioria das pessoas, não há como se ter um Corpo Vital sem se ter um Corpo Denso. Quando estamos para renascer, o Átomo-semente do Corpo Denso é colocado na cabeça do espermatozoide que irá fecundar o óvulo. E a matriz do Corpo Vital é colocado no óvulo. O material para formar o Corpo Denso nós pegamos do papai e da mamãe (atualmente, muito pouco – para quem não tem parte espiritual Cristã cultivada quase nada – de original se faz, ou seja: a Epigênese no Corpo Denso e Vital atuais tem uma baixa intensidade). Ainda que quase nada, nenhum Corpo Denso é mescla exata das características físicas dos pais, ainda que o Ego se veja restringido a usar os materiais tomados dos Corpos deles (pois o Ego renascente também executa certa soma de trabalho em seu Corpo Denso ao incorporar-lhe a quintessência das qualidades físicas do passado). Daí o músico renascer onde possa conseguir material para uma mão delicada e um ouvido apurado com Órgão de Corti suprassensíveis e esmerado ajuste dos três canais semicirculares.
Portanto, salvo no caso de um ser de muito elevado desenvolvimento, esse trabalho do Ego, no presente estágio evolutivo do ser humano, é quase insignificante. Maior margem lhe é dada na construção do Corpo de Desejos; muito pouca na do Corpo Vital e quase nenhuma na de seu Corpo Denso. Se bem que esse pouco seja suficiente para fazer cada indivíduo uma expressão do seu próprio Espírito e diferente dos pais.
Pergunta: No segundo livro de perguntas e respostas, a resposta 92 essencialmente diz que Jesus Cristo é o Filho do Homem porque é filho de Seth, Adão e Jeová. Mas a resposta 93 diz, em essência, que Ele é o Filho do Homem porque é o filho de Aquário. Isso não é incompatível?
Resposta: Pois é: Ele é os dois! Repare: Ele é um quando O chamam. Ele é outro quando Ele se intitula.
Quando O chamam: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”. Disseram: “Uns afirmam que é João Batista, outros que é Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou um dos profetas” (reparem: todos da Classe dos Filhos de Seth). A classe dos Filhos de Seth deu origem à longa linhagem de Reis que exerciam essa função pela “graça de Deus” e que culminou com Salomão, o Filho de Seth, que renasceu como Jesus. O batismo da água administrado por João como representante de Jeová, também o libertou. Naquele momento, Ele cedeu seu corpo para o Espírito Cristo que estava descendo e permaneceu ao lado do novo líder. Assim, quando na primeira vinda de Cristo, se manifestando aqui com os Corpos Denso e Vital de Jesus – um Filho de Seth – O chamavam justamente dessa classe de pessoa: um “filho do homem”. Salomão (Jesus) é um “filho do homem” (filhos de Seth). Já Hiram Abiff (Lázaro, Christian Rosenkreuz) é um “filho da viúva” (filhos de Caim).
Quando Ele se intitula: Veja nessa passagem da Bíblia: “…disse Cristo Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele; se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar” (Jo 13:31-32).
Na realidade, <aqui> Ele não foi chamado assim. Ele chamou-se assim. Então, o Filho do Homem retomará. (…) O Sol, por precessão, está se aproximando da cúspide de Aquário, o grande signo intelectual. Deixará brevemente o signo da devoção, Peixes, em que as pessoas viveram uma fé cega. Aproximamo-nos do de Aquário e já começamos a sentir sua influência, o grande Signo intelectual do Filho do Homem. Se lermos a Bíblia corretamente e sem opiniões preconcebidas, verificaremos que Seu primeiro milagre foi à transformação de água em vinho, nas bodas de Caná. Não obstante, ao chegar ao término do Seu ministério, revogou a antiga aliança, enviando Seus Discípulos a um local onde pudessem comer a refeição pascal. “Ele disse-lhes:” Logo que entrardes na cidade, sair-vos-á ao encontro um homem que levará uma bilha de água (símbolo de Aquário); segui-o até a casa em que entrar; nessa casa (a casa de Aquário) comerei conosco esta Páscoa “. Eles seguiram as Suas instruções, Ele veio, partiu o pão e deu graças. Depois, passou a taça e disse: “Tomai e bebei este é o sacramento da Nova Dispensação, porque vos digo que não tornarei a beber do fruto da videira “. Eis aí a questão. Ele disse que procurassem um homem com uma bilha de água – o Signo de Aquário. Há somente um Signo em todo o Zodíaco em que aparece um homem, e Aquário está sentado ali, com uma bilha que despeja água. Cristo Jesus intitulou-Se o Filho do Homem porque Ele trouxe a Religião da Era Aquariana.
Pergunta: No livrinho “Apegados à Terra”, de Augusta Foss Heindel, lemos na parte II, no final do penúltimo §, que após a desintegração do arquétipo o suicida vai para o Primeiro Céu. Mas não é correto afirmar que depois dessa desintegração ele vai para o Purgatório?
Resposta: Leia com atenção o parágrafo todo: “…a existência do Ego nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo <onde está o Purgatório> é muito desagradável. Ele <o suicida> fugiu do sofrimento, mas encontrou-o mais perto de si. E deve suportá-lo até a hora marcada para a morte natural do Corpo Denso. Somente aí <ou seja: quando chega o tempo de morte natural que deveria ocorrer do Corpo Denso>, o Arquétipo se desintegra e o Espírito é libertado, para passar para o Primeiro Céu.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, às 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Você precisa de auxílio para tratar uma doença ou enfermidade? Então que tal se inscrever no Departamento de Cura e ter um tratamento com base no Método Rosacruz de Cura, preconizado pelos Irmãos Maiores? Se quiser, entre aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/ e siga as instruções.
“Tenho me colocado com fé, com espírito obediente, receptivo e feito a minha parte para que a Panaceia Espiritual atue em mim?”
Todo nosso Sistema Solar pode ser imaginado como sendo um corpo cósmico de Deus. Desse grande Criador, o Pai de tudo, procedem Sete Grandes Seres. Esses Seres são Inteligências Divinas inferiores, apenas, ao próprio Deus, porém, superiores a todos os outros Seres do Sistema Solar. Cada Ser rege parte do Sistema Solar e dirige certa parte do trabalho a ser feito no grande Esquema de Evolução. A esses exaltados Seres chamamos de Regentes Planetários ou os Sete Espíritos diante do Trono. Recebem sua energia da Vida Una, e cada um se manifesta individualmente, conforme as necessidades requeridas pelos Seres em evolução a Seu cargo.
A Astrologia Rosacruz reconhece o importante papel desempenhado por essas sete Grandes Inteligências no destino da Humanidade. Tentemos, conforme explicitado abaixo, entender o modo pelo qual cada Espírito Planetário influencia a Humanidade e como Eles trabalham para instruir os Espíritos Virginais, que estão sob a esfera de influencia particular de cada um.
URANO é o grande despertador. O Cristo Cósmico focaliza o Raio do Amor de Deus sobre esse Planeta, e o Espírito Planetário que rege reflete essa vibração até que a Humanidade receba e responda à indução desse Grande Ser. Essa vibração faz com que a Humanidade se torne mais semelhante ao Cristo em sua vida diária. Esse Planeta simboliza o Espírito de Cristo ou Espírito de Vida dentro de cada um de nós. A sede positiva do Espírito de Vida está no Corpo Pituitário – que é uma Glândula Endócrina, também conhecida como Hipófise – e a sede negativa no Coração. Logo o Corpo Pituitário é o centro espiritual por meio do qual o Aspirante à vida superior pode transmutar o amor terreno de Vênus no amor universal de Urano que conduz à Iniciação.
Considerando esse Planeta do ponto de vista esotérico, verificamos que ele proporciona originalidade, independência e o amor à liberdade. Produz acontecimento súbito e inesperado em nossa vida e está sempre proeminente nos horóscopos dos inventores, eletricistas e investigadores cientistas.
SATURNO é o Planeta que agora consideraremos. Por meio da influência desse grande Espírito Planetário aprendemos a cantar com o salmista: “Bem-aventurado é o homem a quem tu repreendes, ó Senhor, e a quem ensina Tua Lei” (Sl 94:12). Se nos desenvolvemos apresentaremos os frutos, resultado de termos vivido.
É muito difícil o trabalho desse Grande Espírito Planetário, pois Saturno é o Planeta que nega, o que obstrui. Mas, também fornece a estabilidade, que é de grande necessidade para o progresso evolutivo.
Saturno é o primeiro Planeta cuja influência foi sentida pela Humanidade. Do ponto de vista esotérico Saturno está em íntima relação com o Corpo Denso, tendo muito a ver com a construção da forma. É ele quem liga o Espírito à Terra, por meio do Corpo Denso. Esse Planeta tem regência sobre o nervo pneumogástrico ou nervo vago pelo qual passa o Átomo-semente do Corpo Denso quando deixa o Corpo Denso, por ocasião da morte e, por essa forma, está relacionado com o fim da vida terrestre. Geralmente, vemos Saturno representado como a figura do tempo, segurando em uma das mãos uma ampulheta e na outra uma foice. Saturno é a ponte entre o real e o irreal, entre a luz e escuridão.
No plano físico, esse Planeta governa a idade avançada e, no Corpo Denso, rege as juntas, os ossos e os joelhos. O ser humano deve aprender a controlar o efeito cristalizante de Saturno, antes de poder atingir o estado Crístico ou a perfeição. É devido à influência desse grande Planeta sobre a Humanidade que temos os fazendeiros, mineralogistas e escultores e todos que lidam diretamente com a Terra.
Precisamos nos referir esotericamente ao seu símbolo para compreendermos o significado de Saturno. No símbolo dele encontramos a cruz da matéria (+) colocada sobre o símbolo da alma: o semicírculo. Atualmente, o Espírito parece estar sujeito à matéria, que lhe traz tristeza e sofrimento até que aprenda a substituir o egoísmo pelo sacrifício. Ninguém poderá elevar sua consciência a um nível superior enquanto não passar pelos testes oferecidos por esse símbolo.
Para a maioria, esse Planeta é considerado adverso, nos pondo à prova. Mas, o Estudante Rosacruz que estuda a Astrologia Rosacruz, que o vê em seus aspectos superiores, reconhece seus serviços benéficos. Quanto mais crescemos espiritualmente, mais apreciamos a ação desse Planeta, pois verificamos que ele fere, mas para curar. E com o tempo chegaremos à conclusão que é por meio da influência desse poderoso Planeta que aprendemos o verdadeiro valor das coisas; aprendemos que a riqueza material não tem importância, mas que a única riqueza de real valor é a que desenvolve os poderes do Espírito.
Agora estudaremos a influência de JÚPITER. É provável que a maioria de nós conheça a história desse Planeta contada pela mitologia. Ela nos ensina que esse grande deus era o primeiro no Olimpo. O monte Olimpo, segundo a mitologia, era a residência dos deuses.
Júpiter é o Planeta da expansão. Assim como precisamos da luz solar para vivermos, também precisamos da influencia de Júpiter para nos incitar ao progresso.
No Mundo Físico, Júpiter inclina o indivíduo a ocupações ligadas com igrejas, organizações religiosas, formas elevadas de educação e com a lei. A fase expansiva desse Planeta é denotada também por suas influências sobre os assuntos financeiros, por isso é chamado o “Planeta da Fortuna”. Júpiter governa, no Corpo Denso, o fígado, a circulação arterial e a distribuição das gorduras
O fato de Júpiter governar a nona Casa é suficiente para nos mostrar que todo crescimento mental e espiritual vem de dentro, do interior, e se quisermos expandir nossa consciência devemos aplicar nossas Mentes nos estudos das filosofias elevadas da vida, como o é a Filosofia Rosacruz.
Esotericamente, verificamos que o símbolo de Júpiter é muito revelador. O crescente lunar sobre a cruz (+) denota que o Espírito se elevou acima das limitações da cruz da matéria e que, portanto, se tornou livre. Indica que o Eu Superior está no controle e que não mais se preocupa com as coisas materiais, pois voltou sua atenção para a Religião, para a Filosofia e para as Ciências ocultas superiores.
MARTE, por vezes chamado o Deus da Guerra, quando com Aspectos benéficos, nos impele a dirigir nossas energias por linhas de ação construtivas.
Sabemos que a nossa Terra é o único Planeta onde existe o problema do sexo. Reconhecendo esse fato, Deus providenciou a força necessária para passarmos por essa experiência, na energia que Marte nos fornece. É esse Planeta que nos ensina: é unicamente pelo uso apropriado de todas as forças sexuais criadoras do Corpo e da Mente que poderemos compreender que a “inocência não é virtude e que o ser humano é aquilo que ele conquistou”.
No palco físico, esse Planeta é o senhor da guerra, da cirurgia e da engenharia mecânica. No Corpo Denso governa os nervos motores, o hemisfério cerebral esquerdo, os movimentos musculares, o segmento motor do cordão espinhal e os corpúsculos vermelhos do sangue.
A interpretação esotérica de Marte nos conduz de novo ao estudo do simbolismo. No símbolo de Marte encontramos a cruz (+) da Personalidade acima do círculo do Espírito (a Individualidade), denotando que o Espírito está escravizado à matéria. Fomos feitos a imagem de Deus e estamos destinados a nos tornarmos semelhantes a Ele. Seremos tentados e aprisionados à cruz do plano material.
A história de Jó[1] nos ajuda a conhecer a força desse Planeta, pois como Jó, também devemos aprender que dentro de cada indivíduo está a grandeza de Deus e o poder do Espírito, para triunfar sobre a matéria.
Quando o Eu inferior se entrega ao Eu superior, a cruz e o círculo ficam com a posição invertida e formam o símbolo de VÊNUS, a “Deusa do Amor”. Marte deseja combater, mas Vênus não precisa de batalhas, porque seus direitos espirituais estão acima da cruz e, portanto, tem o equilíbrio de forças que faz surgir o verdadeiro progresso. O raio de Vênus produz os atores, os artistas, os poetas e os músicos.
Vênus nos ensina a harmonia no plano material por meio de sua influência através de Touro, e o equilíbrio no plano mental, por sua regência sobre Libra. É assim que o Espírito, por meio da Mente, aprende a dominar as coisas da Terra. Pela influência Vênus-Touro aprendemos o valor da harmonia na construção dos Corpos Densos; pela influência de Vênus, focalizada por Libra, aprendemos que o refinamento da Mente nos traz sabedoria e, por meio de seu Signo de exaltação, Peixes, Vênus nos ensina a grande importância de espiritualizarmos o amor.
Consideraremos agora o “Deus da Sabedoria”, MERCÚRIO. A influência desse Planeta em nós se faz sentir mais por meio da razão. Mercúrio nos instrui como canais construtivos. Todo desenvolvimento depende de algum fator condutor, e no nosso atual estado de evolução, a Mente é o guia mais seguro na direção do nosso avanço. A Mente liga o Espírito com os Corpos e é o poder que controla as emoções.
É por meio da Mente que o Espírito pode obter a experiência que necessita nos seus diversos Corpos, pois ela dirige as nossas atividades na vida diária. Esotericamente, é por meio da influência desse Planeta que temos: nossos mercadores, nossos vendedores, nossos escritores e as pessoas ligadas à literatura.
Quando tivermos aprendido as lições que Mercúrio tem para nos ensinar, teremos construído o órgão etérico entre a cabeça e a garganta. Esse será o órgão criador que possibilitará o indivíduo a falar o fiat criador, a palavra de vida.
“Graças e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era e que há de vir, e dos Sete Espíritos que estão diante do Seu Trono.” (Apo 1:4).
(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – novembro/1969 – Fraternidade Rosacruz – SP)
[1] N.R.: Mais do que qualquer outro livro, o Livro do Jó é o único, no Antigo Testamento, que se adapta às necessidades e requisitos do Discípulo do mundo moderno. O Discípulo pode aceitar esse livro como um manual de instrução, um texto para meditação e como um exemplo de santidade e fortaleza espiritual de comportamento cotidiano.
Há duas leis supremas que governam o Planeta Terra. Uma é a Lei do Espírito, a outra é a Lei da Materialidade. Cada ser humano possui o livre-arbítrio e a habilidade de escolher entre a lei que deseja estar sob jugo, seja no âmbito da casualidade material ou na liberdade de toda escravidão pelo Espírito. Os frutos de sua vida serão evidenciados por essa escolha.
No livro de Jó os dois caminhos são representados por Elifaz – o caminho do Espírito – e por seus três amigos – o Caminho da Materialidade. Os três amigos são conhecidos por nós, pois eles representam à enganosa sedução dos sentidos humanos que se expressam através do Corpo Denso, dos desejos (ou Corpo de Desejos) e pela Mente material ou “mortal”.
A Bíblia manifesta claramente que Deus ama quem castiga. Na verdade, o castigo não é um indicativo de punição, mas sim o meio pelo qual é possível trazer seus filhos de volta ao caminho da regeneração. O Livro de Jó pode ser denominado, adequadamente, como o Padrão Cósmico Típico de aperfeiçoamento do ser humano através do sofrimento. Membros de sua família são tirados dele. Todas as suas posses materiais são perdidas e, também sua reputação, e até seu nome. Por fim, Jó acaba atacado por uma enfermidade repugnante. Foi neste momento que sua esposa lhe aconselha a “amaldiçoar a Deu e morrer”. Isto representa o caminho estreito em que muitos acabam se suicidando equivocadamente, tentando escapar dos problemas da vida.
O interessante é que é neste mesmo ponto crítico que ocorreu uma coisa maravilhosa na vida de Jó: a chegada de Elifaz, que representa o despertar da espiritualização da Mente, que é conhecido no Cristianismo esotérico como a Cristificação da Mente. Aqui o Cristão aprende a ter apenas pensamentos Cristãos, falar somente palavras Cristãs e a realização somente de obras Cristãs. S. Paulo se referia a isto como a grande transformação: “morrendo o homem velho e nascendo o homem novo” (Col 3:9-10). Para ele isto ocorreu, exatamente, na estrada de Damasco. Ele entrou nesta estrada como um inimigo amargo e perseguidor de Cristo e dos Cristãos. No entanto, ele abandonou este jeito de ser e se tornou um dos servos mais devotos do Cristo. Seu nome permanecerá como uma das mais brilhantes luzes do Cristianismo, por todo o tempo.
Com a transformação de Jó, sua família retornou para ele, seus bens foram restituídos e multiplicados por dez. Sua reputação foi reestabelecida e seu corpo ficou totalmente curado. Finalmente, ele compreender o significado das palavras: “O homem é feito a imagem e semelhança de Deus”.
Deus é Amor – Deus é Todo Bondade – e quanto mais o ser humano se tornar semelhante a Deus, maior bondade será manifestada em sua vida. Quando alguém percebe a si próprio rodeado por más companhias ou submerso em um ambiente desarmônico, se este for um verdadeiro sábio, não procurará mudar tais condições com recursos e tentativas externos, mas procurará a solução dentro de si mesmo. Semelhante atrai semelhante e aquilo que doamos, inevitavelmente, retornará para nós.
Voltamos a repetir que, de todos os Livros do Antigo Testamento, o Livro de Jó é o que mais se adéqua as necessidades do Discípulo moderno, como manual de meditação e para viver a vida. Na atualidade, o Discípulo, assim como Jó, vive no meio de provas e confusão; é o tempo todo invadido por forças do mal que vem de dentro e de fora. Tais como as questões feitas por Jó, o Discípulo também as faz; e novamente, como Jó, ele receberá as respostas necessárias que virão do alto. Se persistir, terá sua recompensa: domínio de si mesmo e do mundo por meio da continuada comunhão com a Sabedoria do Eterno. (Corinne Heline)