Resposta: Os Éteres, particularmente os dois inferiores (Éter Químico e Éter de Vida), são compostos de matéria física. Aparentemente seriam afetados peta destruição causada pelas bombas.
Max Heindel, referindo-se aos efeitos perigosos que os estampidos das grandes armas de fogo representam para nós, nos assevera que: “O Éter é matéria física e enquanto os que morreram por armas menores em combates de menor importância podem, algumas vezes, serem vistos perambulando, aturdidos, mas conscientes, as aterradoras detonações dos grandes canhões, tão extensamente usados, têm o efeito de transformar inteiramente os átomos etéricos prismáticos e destroçar (não esparramar) o invólucro áurico do Éter de Luz e do Éter Refletor, que são a base do sentido da percepção e da memória, respectivamente. Até que isto seja explicado dentro da sua relatividade original, o ser humano permanece aturdido, numa condição comatosa que perdura, muitas vezes, por semanas” (do livro A Teia do Destino – Os Efeitos Ocultos das Emoções – Parte III – Efeitos da guerra sobre o Corpo de Desejos – o Corpo Vital afetado pelas detonações dos grandes canhões).
É difícil determinar, exatamente, a extensão dos danos causados ao veículo etérico da Terra pelas explosões das grandes bombas. De qualquer maneira, nos sentimos suficientemente seguros para afirmar que os danos são bem consideráveis, com possibilidades mesmo de provocar fendas no envoltório etérico do nosso Planeta. Quanto tempo levaria para os átomos etéricos serem completamente destruídos ou para retomarem sua posição original, certamente não podemos afirmar. Basta dizer, apenas, que nossa Terra e seus habitantes viveriam bem melhor sem essas explosões.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz janeiro/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)
É o Cordão Prateado que une os veículos superiores e inferiores. Durante os primeiros vinte dias do período de gestação, o sangue do feto é nucleado pela vida da mãe e ela regula o processo de construção do Corpo Denso. Então o Ego, de fora, inicia o trabalho no feto, da mesma forma que um Espírito-Grupo trabalha com os seres da espécie que está sob a tutela dele. Nesse momento, alguns corpúsculos são nucleados e a vida celular é dominante em certa medida. O Ego está no útero, mas ainda não permeou seus veículos. Então a parte inferior do Cordão Prateado começa a crescer a partir do Átomo-semente do Corpo Denso no coração e se eleva enquanto a parte superior inicia seu crescimento a partir do vórtice central do Corpo de Desejos, no qual o Ego está revestido.
À medida que o Espírito, na 4ª Época, a Época Atlante, começou a atrair seus veículos e, gradualmente, os interpenetrou e se tornou dinamicamente ativo, o Espírito individual começou a permear o feto no quarto mês e progressivamente tomou posse do organismo em formação. Quando as partes inferior e superior do Cordão Prateado se unem, começa, então, a vida senciente e temos o período de aceleração. Assim como o Átomo-semente do Corpo Denso está na posição referencial do ápice do ventrículo esquerdo do coração, o Átomo-semente do Corpo de Desejos está na posição referencial do grande lóbulo no fígado.
O Átomo-semente do Corpo Vital durante o dia está localizado no ponto vulnerável chamado plexo celíaco. Esse Átomo-semente é formado pelos dois Éteres inferiores (Químico e de Vida) e é a raiz daquela parte do Corpo Vital em que se dá a morte a cada renascimento. É por meio do Átomo-semente do Corpo Vital, com seu dois Éteres inferiores, que forma ao redor a matriz do novo Corpo Vital, quando o Ego desce para o nascimento. Não há Átomo-semente dos dois Éteres superiores, pois eles são a parte imortal ou a parte capaz de se tornar imortal.
Os Éteres são, por assim dizer, os eflúvios do nosso sangue após a oxidação. Assimilamos fisicamente as partículas físicas do sangue, mas assimilamos etericamente as partes etéricas. Essa mudança está constantemente ocorrendo, e as vibrações do Átomo-semente do Corpo Denso constituem a nota-chave. Os vampiros se alimentam dos eflúvios do sangue que irradiam do Corpo. Esses eflúvios são conhecidos como “magnetismo animal”. Nos matadouros, os elementais repugnantes pairam sobre as poças de sangue, banqueteando-se com os eflúvios daquele sangue.
Os eflúvios mais sutis, representando nossas boas ações e experiências, pairam e formam uma aura turva e dourada, talvez, com um profundo tom azulado próximo ao Corpo. As partes azul e dourada estão aproximadamente nas mesmas proporções e na mesma relação entre si que a parte azul e amarela de uma chama de gás, com a qual tudo se mescla. O fogo que arde na medula espinhal, nos ventrículos do cérebro e no topo da cabeça forma uma chama ardente que possui uma aparência belíssima; é a Luz.
À medida que o sangue corre pelo coração, o Éter é extraído e flui ao longo do Cordão Prateado até o plexo celíaco, onde está localizado o Átomo-semente do Corpo Vital. Esse Átomo-semente parece ter sobre o Éter o mesmo efeito que um prisma tem sobre a luz, pois a corrente de prata é refratada por ele nas três cores primárias, vermelho, amarelo e azul, embora a proporção dessas cores não seja a mesma, como na chama externa que queima acima da cabeça. Nas pessoas que se dedicam a uma vida puramente material, o vermelho é esmagadoramente predominante, mas à medida que nos elevamos espiritualmente, o amarelo se torna perceptível e, mais tarde, o azul. A corrente vermelha se aglutina com a corrente incolor do Éter solar que corre constantemente através do baço, e é o agente que transforma esse Éter incolor em um rosa pálido e fornece a todo o Corpo Vital seu tom delicado parecida com a da flor de pessegueiro recém-aberta.
Os raios amarelos e azuis são refratados na medula espinhal oca e ali está a fonte de luz. À medida que crescemos espiritualmente, a agregação cumulativa desses raios transborda e envolve a cabeça e mais tarde todo o Corpo. É o chamado soma psuchicon[1] no qual podemos viajar (nos planos invisíveis) quando o tivermos liberado do veículo denso; é um metal básico transformado pela alquimia em ouro espiritual, que é a Pedra Filosofal.
E, para finalizar, o Átomo-semente da Mente está entre os dois sinus frontais na testa e o segmento do Cordão Prateado que chega até ele parte do Átomo-semente do Corpo de Desejos.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross – Janeiro/1928 – Este artigo provém de anotações a lápis até então inéditas deixadas por Max Heindel – traduzidos pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
[1] N.T.: Como estudamos no Capítulo 15 da 1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios, em que S. Paulo ensina a doutrina do Renascimento por meio dos Átomos-sementes, tão claramente quanto a dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental de hoje.
Na versão inglesa, o versículo 44 diz: “Existe um corpo natural e um corpo espiritual”; mas o Novo Testamento não foi escrito em inglês e, como os tradutores nada sabiam dos Ensinamentos ocultos não tinham ideia de como traduzir a palavra grega que para eles parecia sem sentido; por isso, a traduziram como a compreenderam. A palavra que é usada e traduzida como “corpo natural” é soma psuchicon. Soma é uma palavra grega que, todos concordam, é Corpo – não há dúvidas quanto a isto. Mas psuchicon – psuche – (psyche) – a alma – um Corpo-Alma do qual nunca ouviram falar; provavelmente pareceu-lhes tolice, de maneira que traduziram a palavra como “corpo natural”. É verdade que S. Paulo diz na 1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:23, que somos “Espírito, Alma e Corpo”, mas, provavelmente, eles interpretaram Alma e Espírito como sinônimos. Existe, porém, uma grande diferença, como é explicado nos Mistérios Rosacruzes: “Este Corpo-Alma é o veículo a que S. Paulo se refere e no qual encontraremos Cristo. É composto de Éter e, portanto, capaz de levitação e de passar por paredes, uma vez que toda matéria densa é permeada com Éter. Os Auxiliares Invisíveis o usam hoje, como Cristo o fez, na Sua primeira vinda aqui”.
Atualmente, o alimento que recebemos internamente desfaz-se e decompõe-se devido ao calor interno do corpo, permitindo, desse modo, que o Éter Químico, com qual estão impregnadas todas as partículas alimentares, combine-se com o Éter Químico do nosso Corpo Vital. O alimento que está magnetizado pela ação do Sol sobre as plantas é então assimilado, e permanece conosco até que se esgote o magnetismo. Quanto mais diretamente os alimentos vierem do Sol até nós, tanto mais magnetismo solar eles conterão. Constantemente, eles permanecerão conosco durante um tempo maior se forem comidos crus. Quando um alimento sofre o processo de cocção, uma parte do Éter nele contido perde-se, em virtude da decomposição, pelo calor, das partículas respectivas, deixando impregnado o ar da cozinha pelo odor do alimento do qual provém. Portanto, as células do alimento cozido e os alimentos que já foram assimilados pelos outros animais têm muito pouco Éter Químico em si, exceto o leite, que é obtido através de um processo vital e contém uma quantidade maior de Éter que qualquer outro alimento.
No que se refere à carne dos animais (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins), podemos dizer que a maior parte do Éter Químico das suas rações foi absorvida pelo Corpo Vital antes da morte do animal; ao ocorrer a morte, o Corpo Vital deixa a carcaça. Portanto, a carne animal apodrece muito mais depressa que os vegetais e permanece conosco somente por pouco tempo após a termos ingerido.
A morte e a doença são motivadas, acentuadamente, pelo fato de insistirmos em ingerir alimentos compostos de células desprovidas do respectivo Éter Químico individual obtido durante a assimilação vegetal. Esse Éter é diferente e não deve ser confundido com o Éter Químico planetário que impregna os minerais, as plantas, os animais e ser humano. A alimentação carnívora, pois, privada pela morte, do Corpo Vital individual que envolve o animal durante a vida, fica reduzida realmente a sua forma química mineral que tem pouco valor nos processos vitais; de fato, é prejudicial a eles, e deve ser eliminada do sistema tão rapidamente quando possível, pois sendo minerais, essas partículas de carne estão mortas ou são de movimento difícil. Portanto, elas, gradualmente, vão se acumulando. Mesmo a parte dos vegetais que é composta de cinzas e minerais permanece em nosso sistema, de maneira que há um processo gradual de obstrução que consideramos como sendo o crescimento.
Isto acontece porque privamos os vegetais e outros alimentos de seu Éter Químico. Se fôssemos semelhantes às plantas e capazes de impregnar os minerais com Éter, seríamos, provavelmente, capazes de assimilá-los e desenvolver nossa estatura de um modo gigantesco; mas, tal como somos, o material morto acumula-se cada vez mais até que finalmente o crescimento cessa em virtude de nossos poderes de assimilação tornarem-se, progressivamente, menos eficientes.
Futuramente não digeriremos os alimentos no interior do corpo, mas extrairemos o Éter Químico e o inalaremos pelo nariz onde ele entrará em contacto com a Glândula Endócrina Corpo Pituitário ou Hipófise. Esse é o órgão geral de assimilação e agente de crescimento. Nosso Corpo Denso se tornará, então, cada vez mais etéreo, os processos vitais não serão embaraçados pelos resíduos obstrutores, e, consequentemente, a moléstia desaparecerá e a vida aumentará em extensão. É significativo, em relação a esse fato, que muitos cozinheiros não sentem apetite, pois os aromas picantes dos pratos que eles preparam os satisfazem bastante. A ciência está aprendendo, gradualmente, as verdades anteriormente ensinadas pela ciência oculta, e a atenção dela está sendo voltada para as glândulas endócrinas, que lhes darão a solução de muitos mistérios. Eles, contudo, não parecem estar inteirados ainda de que há uma ligação física entre o Corpo Pituitário, o principal órgão de assimilação e, portanto, do crescimento, e as Glândulas Suprarrenais, que eliminam os resíduos e assimilam as proteínas. Elas também estão ligadas fisicamente com outras Glândulas: Baço, Timo e as Tiroides. Nessa ligação é significativo, do ponto de vista astrológico, que o Corpo Pituitário é regido por Urano, que é a oitava superior de Vênus, o regulador do plexo celíaco ou plexo solar, onde está localizado o Átomo-semente do Corpo Vital. Desse modo, Vênus aguarda a entrada do fluido vital que nos vem diretamente do Sol através do baço etérico e Urano é o guardião da porta de entrada do alimento físico. É a função dessas duas correntes que produz poder latente armazenado em nosso Corpo Vital, até que seja convertido em energia dinâmica pela natureza marcial do desejo.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto/1980 – Fraternidade Rosacruz SP)
Resposta: O Corpo-Alma, como é chamado na Filosofia Rosacruz (também chamado de Traje Dourado de Bodas, Vestimenta do Casamento Místico entre o “Eu Superior” e o “Eu inferior”), é um dos nossos veículos. É composto dos dois Éteres superiores do Corpo Vital: o Éter de Luz – ou Éter Luminoso – e o Éter Refletor. Sua formação depende da prática cotidiana do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) focado na divina essência oculta ao irmão ou à irmã no seu entorno. Ainda que muitas oportunidades não sejam oferecidas em nosso meio ambiente – como, por exemplo, ajudando e visitando um parente ou amigo enfermo – elas surgirão em um campo mais extenso, na medida em que aproveitamos aquelas que surgem, na dedicação aos estudos dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental (até para conhecer o que precisamos) e trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Uma dedicação dessa natureza não somente atrai e elabora em uma larga proporção os dois Éteres superiores, como também provoca uma divisão entre eles e os dois Éteres inferiores (Éter Químico e Éter de Vida). Realizada essa divisão, o Corpo-Alma permanece separado e distinto desses dois Éteres inferiores, tornando-se útil como veículo individualizado para ser utilizado em voos anímicos.
É citado no Novo Testamento, em que S. Paulo pregou no décimo quinto Capítulo da Primeira Carta aos Coríntios, começando no trigésimo quinto versículo, quando diz que além do “corpo de carne e sangue” temos um Corpo-Alma, que ele chamou de soma psuchicon (mal traduzido para corpo “natural”). Constitui o dourado e azul de nossa aura, podendo ser percebido por meio da visão etérica. Diferencia o santo do indivíduo comum. Cristo nos ajuda a construí-lo através de Suas Correntes Espirituais que percorrem nosso Planeta, do centro para a superfície, criando condições reais para a nossa evolução.
É melhor não pensarmos em termos de “projeção astral” como alguns a chamam, pois os voos d’alma conscientes são realizados quando o Ego estiver convenientemente preparado. É perigoso, no princípio, tentar percorrer os Mundos invisíveis sem a ajuda de quem já trilhou o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Toda preparação requer uma proteção e orientação. Afinal só possuir o Corpo-Alma não é suficiente; exige-se treinamento esotérico para ser eficaz no seu uso.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra e a Lua faziam parte do Sol, as forças solares-lunares permeavam cada um de nós em proporção igual, de maneira que todos nós éramos capazes de perpetuar nossa espécie por meio de brotos e esporos, como fazem certas plantas atuais. Tínhamos uma consciência semelhante à do sono sem sonhos. Onde ainda a Terra continuava em fusão e a atmosfera era parecida com a do Período Solar, pois a 2ª Época foi uma recapitulação, em um nível mais elevado, do trabalho feito no 2º Período, chamado Período Solar.
Dado a nossa densidade dentro do Sol (que ia aumentando em cristalização) fomos nos deslocando, a partir do que seria o “polo” do Sol até ficarmos entre esse polo e o Equador.
Nessa Época, o Corpo Denso era permeado pelo Corpo Vital, mas até então o nosso Corpo Denso não tinha a constituição de hoje, com sólidos, líquidos e gases e, muito menos a densidade e solidez atuais. Nessa Época o Corpo Vital se tornou ativo, constituído de Éter, especialmente de Éter Químico e Éter de Vida e parcelas mínimas de Éter Luminoso e Éter Refletor. Éramos estacionários como uma planta, não fazíamos nenhum esforço, nem nos empenhávamos nisso. Por isso que se diz que passamos pelo “estado vegetal”. Não éramos exatamente uma planta, mas éramos semelhantes a ela.
Na Época Hiperbórea, nosso Corpo Denso era um enorme saco gasoso, flutuando sobre a porção que hoje é a Terra ignescente, e emitíamos esporos semelhantes aos dos vegetais, que cresciam e eram utilizados por outros seres humanos nascentes. Nessa Época éramos bissexuais, hermafroditas.
Ao final da Época Hiperbórea, a cristalização tinha aumentado tanto que se converteu num verdadeiro obstáculo ao progresso de alguns dos mais elevados seres solares. Por outro lado, o estado incandescente era um obstáculo à evolução de algumas criaturas de grau inferior, tais como nós. Nesse estado, precisávamos de um Campo de Evolução mais denso para o nosso futuro desenvolvimento. Por isso, a parte do Sol, que agora é a Terra, foi arrojada ao terminar a Época Hiperbórea e começou a girar em torno do Sol, seguindo uma órbita um tanto diferente da atual. Fenômeno semelhante, provocado por idêntica razão foi acontecendo com os outros Planetas que hoje formam o nosso Sistema Solar. Dentro da Terra ainda estava a nossa Lua. Nesse período a visão panorâmica Solar passa por uma mudança decisiva. Pois, a nossa visão não era mais a partir do Sol e sim, a partir, da Terra que estava começando a incrustar-se. Como a Terra havia se separado do Sol, então o grande calor dela começou a desaparecer. A Terra se esfriou e a vegetação começou a aparecer sobre a sua superfície quente e cheia de vapor.
Sabemos que sempre fomos guiados por Seres Divinos, e quando fomos arrojados do Sol, no final da Época Hiperbórea, não tínhamos a menor ideia do que fazer, mesmo porque éramos guiados de fora em tudo. Foi por isso que precisávamos das Hierarquias Criadoras para seguir em nossa caminhada. E a ajuda veio destes Seres maravilhosos: os Senhores da Sabedoria, os Senhores da Individualidade, os Senhores da Forma, os Senhores da Mente, os Arcanjos e os Anjos.
E após a separação da Terra do Sol, nos alimentávamos dos frutos da terra.
Por esse motivo é que Caim, o símbolo do ser humano dessa Época, é descrito como um agricultor. Sua dieta provinha apenas dos vegetais, pois as plantas contêm uma quantidade de Éter superior a qualquer outro alimento.
A Época Hiperbórea é descrita na Bíblia, como trabalho efetuado no quarto Dia da Criação.
Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz
INTRODUÇÃO
Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.
Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.
Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).
Para que serve audiolivro?
O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:
O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.
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FIM
Podemos investigar por nós próprios tudo o que aprendemos nos ensinamentos rosacruzes. Todos nós podemos analisar os domínios suprafísicos sem depender da veracidade de outrem. Sem dúvida, há um método para adquirir essa faculdade de valor inestimável. Para isso, temos que receber todas as informações que desejamos, a fim de que o coração possa falar quando a cabeça esteja satisfeita.
Assim, chegamos ao propósito dos Ensinamentos Rosacruzes: “satisfazer o Aspirante à vida superior a lhe provar que no universo tudo é razoável, para que triunfe sobre o rebelde intelecto”.
No entanto, há necessidade de sermos humildes e pacientes. Devemos deixar de criticar, passando a aceitar provisoriamente, como verdade provável, afirmações que, de imediato, não podemos constatar. Afinal, a incapacidade é nossa, e é função nossa desenvolvermos as faculdades superiores, pelo Treinamento Esotérico.
Deixando de ser um simples ser humano de fé, passaremos ao conhecimento direto. O primeiro passo desse método é adquirirmos as ferramentas necessárias. Tais ferramentas não são nada mais do que nossos veículos, nossos instrumentos.
Depois, com boas ferramentas para se trabalhar, podemos atentar para o segundo passo: como organizar tais instrumentos, a fim de que nossas necessidades nos mundos suprafísicos sejam satisfeitas, tal como o Corpo Denso nos é útil no Mundo Físico.
Com esses requisitos adquiridos, estaremos aptos para o próximo passo: as práticas nos mundos internos, ou seja, o treinamento que objetiva o domínio desses instrumentos para suas novas funções – a manifestação de nossa consciência nos Mundos suprafísicos.
Tudo isso depende somente de nós, de nossa aplicação, do nosso desenvolvimento e do modo pelo qual lidamos com nosso destino pendente.
Vamos ver como preencheremos os três passos acima: obtenção de veículos apropriados, organização desses veículos e práticas a executar.
Os veículos que temos para funcionar nos planos internos:
(1) Corpo Denso – formado de sólidos, líquidos e gases;
(2) Corpo Vital – formado de quatro Éteres: Químico, de Vida, Luminoso e Refletor;
(3) Corpo de Desejos – dividido em inferior e superior; e
(3) o veículo Mente – também dividido em superior e inferior.
Como organizar os veículos aqui, enquanto renascido, é o que constitui o maior desafio. Nossos instrumentos devem ser purificados e afinados. Estabelecidas essas condições, podemos começar a trabalhar para realizar nosso propósito. À medida que esses maravilhosos instrumentos são usados no trabalho, eles mesmos melhoram com o uso apropriado, e tornam-se mais e mais eficientes na obra em que nos ajudam.
O treinamento dos nossos diferentes veículos faz-se sincronicamente. Não pode um corpo ser influenciado sem que os outros sejam afetados, porém, o trabalho principal ou definido pode fazer-se em qualquer deles.
O Corpo Denso é predominantemente afetado quando se presta estrita atenção à higiene, dieta e emprego de exercícios adequadamente. Esse trabalho sobre o Corpo Denso, ao mesmo tempo, produzirá um efeito sobre o Corpo Vital e o de Desejos. Os mais puros e melhores alimentos têm suas partículas envolvidas por éter planetário e matéria de desejos mais pura.
Se forem empregados na construção do Corpo Denso, purificam e melhoram todos aqueles Corpos. Só que o alimento é uma coisa tão individual que não é possível estabelecer regras fixas. A única regra fixa que se pode estabelecer é o mal que faz comer carne. A dificuldade do nosso Corpo Denso de assimilar as partículas da carne produz desgaste e destruição do nosso Corpo o que nos torna menos ativos e menos pacientes. Além, é claro, da demonstração da nossa falta de consciência e de compaixão para com os nossos irmãos menores do Reino Animal. Quanto mais nos aproximarmos do Reino vegetal tanto mais energia obteremos do nosso alimento.
Quando o cuidado é dirigido unicamente à higiene e ao alimento, os Corpos Vital e de Desejos poderão permanecer tão impuros como antes. Contudo, tal cuidado facilita um pouco o contato com o bem, mais do que o uso de alimentos grosseiros.
O mesmo ocorre com o cultivo de um temperamento equânime e bom gosto literário e artístico para o Corpo Vital e o cultivo de sentimentos e emoções elevadas para o Corpo de Desejos, sem que cuidemos do Corpo Denso. Isso significa que apesar dos cultivos elevados, o Corpo Denso pode ser mantido impuro e mau cuidado. Em longo prazo, isso implicaria em morte prematura e frustração do plano de vida traçado previamente pelo Ego.
Outra ajuda importante para a organização dos nossos veículos vem da oração, principalmente através da oração do Pai Nosso, que possui todos os componentes para satisfazer integralmente as necessidades dos nossos três Corpos, da Mente e do nosso Tríplice Espírito, auxiliando-nos a organizar e funcionar em harmonia com eles. Façamos tal Oração muitas vezes ao dia, o que nos ajuda no domínio próprio. Domínio esse que se estende por todos os itens da nossa vida cotidiana. Tanto nas nossas necessidades da vida superior, como na necessidade de dominar a nossa força criadora sexual como cultivar uma disposição serena e tranquila. Então, produziremos menos perturbações nos nossos veículos durante as nossas horas de vigília, durante o dia e, portanto, durante o sono, gastaremos muito menos tempo para reparar os desgastes no nosso Corpo Denso. O resultado disso: mais tempo para nos dedicarmos às práticas espirituais.
Antes de entrarmos nelas, vejamos qual o veículo que utilizaremos. O Corpo Denso é claro que não. Pertence à Região Química do Mundo Físico. Já temos total consciência e domínio nesse Mundo, utilizando tal Corpo. O Corpo de Desejos e a Mente não estão organizados para isso. O Corpo de Desejos apesar de estar mais estruturado do que a Mente, não possui organização suficiente que capacite o Ego a funcionar nos mundos internos. Ele é passível de separação (Inferior e Superior). A Superior é composta de materiais das Regiões superiores do Mundo do Desejo (Vida Anímica, Luz Anímica e Poder Anímico) e muito pode nos ajudar na obtenção do conhecimento direto. Mas, não funcionará sozinho, como veículo principal. Aliás, na maioria dos nossos irmãos, os vórtices do Corpo de Desejos estão quase que paralisados, só se movem através do látego da necessidade ou por manifestações negativas.
Já a Mente, nosso veículo mais novo, ainda é uma nuvem pairando pela nossa cabeça física, descendo até a região do pescoço. Portanto, o que nos sobra é o Corpo Vital. Dividimo-lo em duas partes: (1) Éter Químico e de Vida; (2) Éter Luminoso e Éter Refletor. A primeira parte tem como única finalidade efetuar o processo restaurador do nosso Corpo Denso, por isso, é inútil para ser utilizada para investigação do Ego nos Mundos internos. Assim, essa parte permanece com o Corpo Denso para realização de seu propósito. A segunda parte do Corpo Vital serve para a investigação espiritual, pois o Éter Luminoso é a sede dos sentidos e o Éter Refletor, a sede da memória. Assim, essa parte é o único modo possível para entrarmos nos Mundos suprafísicos, e é empregada durante o sono ou em qualquer outra oportunidade.
Aqui entra o treinamento esotérico: como separar adequadamente o Corpo Vital. A parte do Corpo Vital que sai está muito bem-organizada. A parte superior do Corpo de Desejos e a Mente, não estão organizadas, mas são úteis porque estão conectadas com o altamente organizado Corpo Denso.
Existe mais uma necessidade: a fim de podermos trabalhar no Mundo do Desejo, precisamos despertar os centros sensoriais do nosso Corpo de Desejos. Isso se faz alcançando o seguinte estágio: permanecermos dentro dos nossos corpos com todas as nossas forças dirigidas também para dentro.
Estamos com todos os nossos sentidos fechados para o mundo externo, mas plenamente conscientes.
Nesse estado, temos pleno controle de nossas faculdades e, assim, podemos atuar internamente e sensibilizar todos os nossos veículos. Isso é a Concentração. É através dela que conseguimos despertar todos os centros sensoriais do nosso Corpo de Desejos e conectá-los com os outros Corpos. Todos nós devemos cultivar a faculdade de se absorver em qualquer assunto que estamos tratando.
Somente assim é que entendemos o conceito da palavra concentração: “convergir para um centro”; permanecer dentro dos nossos corpos com todas as nossas forças dirigidas também para dentro; permanecer com todos os nossos sentidos fechados para o mundo externo, mas plenamente conscientes.
Com isso executamos duas coisas ao mesmo tempo:
E assim, tais centros sensoriais começam a girar, lenta mais persistentemente vão se preparando para serem conectados como pontos de contato nos nossos Corpos Denso e Vital.
Meios para acelerar a eficácia na prática do Exercício Esotérico de Concentração:
Que as Rosas Floresçam em vossa cruz
Atualmente, a comida ingerida internamente é quebrada e decomposta pelo calor dentro do Corpo Denso; assim, o Éter Químico que permeia cada partícula de alimento combina-se com o Éter Químico do nosso Corpo Vital. O alimento magnetizado pelo Sol que atua na planta é assim assimilado e permanece conosco até que esse magnetismo se esgote. Quanto mais diretamente o alimento chega até nós do solo, mais magnetismo solar ele contém e, consequentemente, “permanece conosco” por mais tempo, quando ingerido cru.
Quando a comida passa pelo processo de cozimento, uma parte do Éter que ela contém se perde, pois várias das partículas mais finas são dissolvidas pelo calor e evaporam na cozinha como odor; consequentemente, as células dos alimentos cozidos permanecem menos tempo em nosso Corpo Denso do que no caso dos alimentos não cozidos e os alimentos já assimilados por um animal possuem muito pouco Éter Químico (exceto o leite, que é obtido por um processo vital e possui maior quantidade de Éter do que qualquer outro alimento). Portanto, em relação à carne dos animais (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis, frutos de mar e afins) pode-se dizer que a maior parte do Éter Químico da comida deles entrou no respectivo Corpo Vital durante a existência, abandonando o Corpo Vital a carcaça por ocasião da morte do animal. Consequentemente, a carne apodrece muito mais rápido do que os vegetais e “fica conosco” pouco tempo depois de ser ingerida.
A morte e a doença ocorrem em grande parte pelo fato de subsistirmos com alimentos compostos de células privadas do seu Éter Químico e individual, que é obtido durante a assimilação das plantas. Isso é diferente e não deve ser confundido com o Éter Químico e planetário, que permeia o mineral, a planta, o animal e o ser humano. Mas, o alimento cárneo, que foi, pela morte, privado do Corpo Vital e individual que animava o animal durante a sua vida, é realmente reduzido à sua forma mineral e química; como tal, tem pouco valor nos processos vitais; na verdade, é um prejuízo e deve ser eliminado do organismo o mais rápido possível. Mas, sendo minerais, essas partículas de carne são mortas e difíceis de remover; portanto, elas se acumulam gradualmente. Mesmo uma parte do alimento vegetal que é cinza e mineral permanece em nosso organismo e assim há um processo gradual de entupimento que descrevemos como crescimento, porque furtamos da planta ou outro alimento o seu Éter Químico.
Se fôssemos como as plantas, capazes de impregnar o mineral com Éter, poderíamos realmente assimilá-lo e crescer até uma estatura gigantesca; mas, em nosso estado atual o material morto se acumula cada vez mais, até que finalmente o crescimento é interrompido porque nossos poderes de assimilação tornam-se cada vez menos eficientes.
No futuro, não iremos digerir nosso alimento dentro do Corpo Denso, mas extrair o seu Éter Químico, que é o nosso verdadeiro alimento, e inalá-lo pelo nariz, por onde entra em contato com a Glândula Endócrina Corpo Pituitário; esse é realmente o órgão geral da assimilação e o promotor de crescimento; então, nosso Corpo Denso se tornará cada vez mais etéreo, os processos vitais não serão prejudicados pelo entupimento de resíduos e, consequentemente, a doença desaparecerá gradualmente e a vida será prolongada. É significativo a esse respeito que muitas vezes os cozinheiros não sintam vontade de comer porque o odor pungente de cozinhar os satisfaz em grande medida.
A ciência está gradativamente aprendendo as verdades anteriormente ensinadas pela ciência oculta e a atenção dela está cada vez mais voltada para as Glândulas Endócrinas, que lhes darão a solução de muitos mistérios; mas, os cientistas parecem não estar cientes ainda de que existe uma conexão física entre a Glândula Endócrina Corpo Pituitário, o principal órgão de assimilação e, portanto, de crescimento, e as duas Glândulas Endócrinas Suprarrenais, que eliminam os resíduos e assimilam as proteínas. Esses também estão fisicamente conectados tanto com a Glândula Endócrina Baço quanto com as Glândulas Endócrinas Timo e Tireoide. É significativo a esse respeito, do ponto de vista astrológico, que a Glândula Endócrina Corpo Pituitário seja regida por Urano, que é a oitava de Vênus, o Regente do Plexo Celíaco, onde está localizado o Átomo-semente do Corpo Vital. Assim, Vênus mantém o portão do fluido vital que vem para nosso Corpo Denso direto do Sol através do Baço e Urano é o guardião do portão por onde entra o alimento físico; é a fusão dessas duas correntes que produz o poder latente que é armazenado em nosso Corpo Vital até ser convertido em energia dinâmica pela natureza do desejo marcial.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Dentre vários ensinamentos que lemos nas Epístolas de São Paulo há um muito interessante para entendermos a questão do título: “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6:7). Estas palavras foram escritas pelo Iniciado o Apóstolo São Paulo em uma Epístola aos Gálatas, que eram um grupo de pessoas que habitava uma província da Ásia Menor. São Paulo leva a Religião Cristã aquela gente, a quem amou de maneira muito especial, congregando-os em uma Igreja. Estando deles ausente, apareceram certos “mestres”; dentre eles três judeus e trataram de persuadir aquela gente a desprezar a Religião Cristã, que lhes tinha sido ensinada por São Paulo, e voltaram à antiga forma de adoração.
São Paulo viu claramente que para os Gálatas o retroceder depois de terem visto a luz significava atraso, em lugar de progresso, e que suas consequências seriam o incorrer em uma pesada dívida com o destino, que requeria eternidades para eles a liquidarem.
Sendo São Paulo um Iniciado, conhecia perfeitamente as Leis do Renascimento e as de Causa e Efeito e, por isso, sabia muito bem que se este povo contraísse uma tal dívida, teria de pagá-la alguma vez e em alguma parte, ao preço de grande dor e de profunda angústia. Por esta razão, São Paulo proclamou a Lei de Causa e Efeito a essa gente, dando-lhe o conhecimento dela em termos inequívocos: “Não vos enganeis: Deus não pode ser iludido; tudo o que o homem semear, isso também colherá“.
Se o Renascimento não fosse um fato, numerosas afirmações da Bíblia, semelhantes à que acabamos de citar, seriam difíceis de aceitar. De fato, seria absolutamente impossível para um homem ou uma mulher inteligente aceitar muitos fatos da vida, nem sequer em mínima parte. Por todas as partes vemos no mundo pessoas semeando sem cessar, sementes de maldade, discórdia, ódio, desonestidade, decepções, etc. e, contudo, ostentam-se prósperos e florescentes, como o verde loureiro proverbial. Aqueles cujas vidas são piores, acham-se com frequência, ocupando os mais altos cargos; entretanto vemos oprimidos, homens e mulheres de vida santa e Cristã.
E qual a resposta a esses diversos e complexos problemas que, constantemente, a vida nos está apresentando? Não têm eles respostas alguma? E a morte? Ainda os resultados da morte são incertos. Aniquila a morte a consciência?
Como resposta a tais perguntas, a maioria das pessoas dirá: “Creio nisto ou naquilo, mas nada sei”.
Há uma resposta para cada problema que a vida nos apresenta; os precursores da grande escola da vida, que avançaram e progrediram, puderam nos dar estas respostas. Eles não dizem: “creio” ou “penso”, mas dizem: “sei” -“Eu sei”. E como sabem? Porque adquiriram conhecimento de primeira mão. E de que maneira o adquiriram? Por meio da perseverança, devoção, observação e discernimento.
Antes que um homem ou uma mulher possa entender a vida, há de achar-se disposto ou disposta a aceitar como uma hipótese eficaz a de que o Renascimento é um fato e que toda a manifestação se explica pela Lei de Causa e Efeito. Uma vez que uma pessoa permita que entrem na sua consciência estes dois grandes fatos, tem já um ponto de apoio ou de partida para seus raciocínios.
Se o Renascimento é um fato, então todos nós temos vivido várias vidas anteriores à atual, e temos passado por numerosas provas. Temos sido arrogantes, cruéis, opressores, tiranos, injustos? Tem havido ocasiões em que temos sido bondosos, tolerantes, sensíveis, serviçais etc.? Pois bem, na atualidade somos a soma de nossas experiências anteriores, ou melhor, a soma de nossas reações à todas as nossas experiências passadas.
Cada criatura humana de nossa Onda de Vida tem-se iniciado na grande escola da vida, na Grande Escola de Deus, com iguais oportunidades. Durante cada vida foram-nos dadas certas lições. Quando as tivermos aprendido perfeitamente, teremos ganho em conhecimento e inteligência e teremos avançado.
Quando recusamos fazer nosso trabalho, e dissipamos nosso tempo vivendo preguiçosa ou licenciosa e desordenadamente, não só debilitamos, então, nossa estrutura moral, deixando para o lado o trabalho, senão que ao deixar para mais tarde o que devíamos ter feito hoje mesmo, deixamos para o dia seguinte uma tarefa mais dura e mais difícil de executar; e já não estaremos tão preparados para ela como estávamos ao ser-nos dada a primeira lição.
Mas esse trabalho há de ser executado alguma vez, em alguma vida, porque estamos desenvolvendo nossos próprios deuses, que absoluta e necessariamente hão de alcançar seu desenvolvimento, mercê de nossos próprios esforços.
O desenvolvimento das potencialidades latentes, dentro de cada indivíduo, não pode comprar-se, não pode achar-se ou receber-se como se fosse um gracioso donativo.
Depende de nossos próprios esforços perseverantes e resolutos, o que este crescimento progressivo encerra, e só nós estamos em possibilidade de apressá-lo ou retardá-lo. O indivíduo que diz: “Não tive nunca uma oportunidade na minha vida”, está-se enganando. Cada incidente que ocorre, e sucedem-se dezenas deles diariamente, nos subministra a oportunidade de desenvolver em alguma extensão algum poder potencial latente, em nosso interior, e as provas que sofremos, vem precisamente com esse objetivo. Não são meros acidentes com que tropeçamos, mas oportunidades dadas por Deus mesmo, para nosso crescimento, às quais devemos estudar bem e aproveitar tudo o que pudermos. Uma vez que nos dermos conta disso, cada dia de nossa vida se converte em uma grande e gloriosa aventura. Os mais humildes acontecimentos tornam-se grandes e maravilhosas experiências. O gorjeio de uma ave fere nossos ouvidos, estimula nosso sentido da audição e desenvolve nossa apreciação da verdadeira harmonia expressa em sons. Um humilde gusano, uma humilde minhoca, arrasta-se pelo solo aos nossos pés; o sentido da vista entra em ação; a cor daquela criatura se nos revela; a sua forma, a sua maneira de locomoção. Nosso poder de observação se vigoriza; o nosso interesse se estimula; a nossa Mente entra em atividade.
Começamos a estudar a vida, a verificar a nossa mentalidade e acabamos por aprender que tudo aquilo que existe é uma parte de Deus, que lenta, mas seguramente desenvolve dentro de si próprio, a Divindade.
A vida não nos aparece já como um confuso labirinto. É uma escola onde toda a criatura vivente recebe um ensino alegre e intenso. Nada há nela de opaco ou privado de interesse. São a Lei e a Ordem, trabalhando unidos, harmoniosamente. É o Amor em manifestação; é a atividade que nos revela em miríades de demonstrações.
Por que vemos ocupar altos postos aqueles que, segundo todas as aparências, carecem de algum mérito? Suas lições por um dia na Escola da Vida exigirão esse ambiente particular? Mas ai daquele que abuse de seus altos privilégios! Esse está criando uma tremenda dívida de destino, que não lhe será fácil pagar. Por que vemos sofrer opressão a uma pessoa digna? É com o objetivo de que possa aprender valiosas lições que hão de ser usadas em proveito de seus semelhantes, em vidas futuras, nas quais ocupará postos de grande influência e poderio. Tal pessoa não cometerá nunca o erro que seu irmão ou sua irmã menos adiantado ou adiantada poderia cometer ao achar-se numa posição semelhante.
O homem ou mulher que semeia sementes de discórdia, ódio, desonestidade, engano, etc. não pode ter a esperança de escapar ao castigo da Lei.
“Qualquer coisa que um homem semear, isso mesmo colherá“, seja durante sua vida atual, seja durante alguma outra vindoura, a não ser que se arrependa do seu mau comportamento.
Reformem-se enquanto puderem, reparem o mal que tenham cometido. A razão de que não vemos o malfeitor pagar suas dívidas é porque não estamos capacitados, no atual estado do nosso desenvolvimento, para segui-lo vida após vida e saber quando se vencem essas dívidas.
Algumas vezes pagam-se durante a vida em que se contraíram; outras vezes levam-se através de um ou mais Renascimentos, mas nunca ficam por saldar.
A Lei de Causa e Efeito, é ensinada pela Bíblia, ainda que expressa com diferente terminologia: “Qualquer coisa que um homem semear isso também colherá“. Nem esta Lei nem a Lei do Renascimento são realmente novas, como poderia comprovar qualquer estudante da Bíblia, cuidadoso e dotado de espírito analítico. Na atualidade, contudo, está lhe dando uma importância muito particular, por parte das escolas avançadas de preparação espiritual, devido a que um número considerável de seres humanos completou já as lições ensinadas por meio da Religião Cristã ortodoxa, e se encontram já prontos para uma etapa mais adiantada na senda do progresso. Essa etapa mais avançada lhes abrirá os Mundos invisíveis onde reside o Espírito, ou verdadeiro “EU”, durante os intervalos entre a morte e o novo renascimento, e os capacitará para seguirem as pisadas do Espírito, ainda que esse faça suas diversas viagens, da morte ao nascimento e vice-versa.
Antes que um indivíduo possa chegar a essa etapa adiantada, há de construir um veículo que lhe permita funcionar nos Mundos invisíveis. Esse veículo se constrói determinando uma separação entre os dois Éteres inferiores (o Químico e o de Vida) dos Éteres superiores (Luminoso e Refletor), que são os veículos da percepção dos sentidos e da memória; podem então usar-se como tal, o veículo a que se chama o Corpo-Alma.
Em consequência, a “Senda da Preparação” precede a capacidade de adquirir conhecimento de primeira mão, o conhecimento direto.
O amoroso e abnegado serviço aos outros, a perseverança, a devoção, a observação e o discernimento são os meios de alcançá-lo. O serviço amoroso e abnegado aos outros atrai automaticamente ao indivíduo os dois Éteres superiores, a saber; o Luminoso e o Refletor, com os quais se constrói o “Corpo-Alma”.
O Éter Químico e o Éter de Vida são capazes de se encarregar das funções vitais do Corpo Denso, durante o sono. Mais tarde tem lugar uma separação entre estes dois Éteres inferiores e os dois Éteres superiores. Quando esses dois últimos Éteres que compõem o “Corpo-Alma” já se espiritualizaram o suficiente, por meio da observação, do discernimento e do serviço, uma simples fórmula, dada por um Mestre espiritual, capacita o Aspirante à vida superior a levar consigo o “Corpo-Alma” à vontade, junto com o seu Corpo de Desejos e a sua Mente. Fica assim equipado com seus veículos de percepção sensorial e de memória.
Qualquer conhecimento que possua no Mundo Físico está, então, à sua disposição para usá-lo nos Mundos invisíveis, e quando de novo entra em seu Corpo Denso, traz consigo, ao cérebro físico, memórias de suas experiências adquiridas durante seu funcionamento longe do próprio corpo e naqueles altos lugares.
Quando o indivíduo tenha construído esse veículo no qual funciona, pode visitar os Mundos invisíveis e fica com liberdade para explorá-los a seu gosto, e aprender neles as causas que produzem todos os efeitos que se manifestam no plano físico.
Pode, então, acompanhar uma criança, da morte ao renascimento e comprovar assim que a reencarnação é um fato.
Pode então compreender a vida e seu objetivo, e trabalhar em harmonia com todas as Leis da Natureza; e dessa maneira tem já em suas mãos não só o método de acelerar sua própria evolução, senão também o de ajudar os outros a fazerem outro tanto.
Todo o nosso progresso depende de que aprendamos as lições que se nos apresentam em nossa vida diária, sem ter em conta que sejam fáceis ou difíceis. Devemos agradecer cada lição e pôr-nos prontamente a aprendê-la. E devemos agradecer especialmente às difíceis e desagradáveis, pois indicam que fizemos consideráveis progressos no passado e que, por consequência, estamos já capacitados para aprendê-las. Às almas jovens e pouco experimentadas não são dadas tarefas difíceis para executar.
Cada dia está cheio de oportunidades que, nos tornam os donos delas e se as aproveitarmos tanto quanto possível, nos permitirão avançar rapidamente pelo caminho do verdadeiro desenvolvimento.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – setembro/1979 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Max Heindel
A venda de carne de cavalo para alimentação será permitida em Nova York após 1º de janeiro, anunciou hoje o Conselho de Saúde.
Comentando sobre a revogação da seção do código sanitário que proibia o consumo de carne de cavalo, o comissário Emerson disse que, embora o Departamento de Saúde tecnicamente não a recomende, nenhum dano pode ser visto em seu uso. “O cavalo nunca tem tuberculose e quase nunca transmite doença maligna aos seres humanos”, disse ele. “De agora em diante, cavalos velhos, em vez de serem vendidos por seus ossos, que valem pouco ou nada, serão engordados e destinados à carne”.
O Dr. Emerson anunciou que serão tomadas precauções especiais para evitar a venda de carne de cavalo disfarçada de vitela ou bife, e até poderá a carne de cavalo ter o mesmo tratamento que se tem a carne de avestruz — Associated Press.
Notamos, na notícia sobre os avestruzes, que os cadáveres estão no gelo para os tornar macios; provavelmente não será necessário tratar assim as carcaças dos cavalos, pois os espancamentos diários de seus condutores, administrados sem restrição e durante vários anos, provavelmente os tornaram tão macios quanto os pobres têm o direito de esperar.
Mas, a propósito, como explicar a afirmação de que os avestruzes estão no gelo “para se tornar macios”? Se isso vai converter o cadáver de um avestruz em um petisco tenro para agradar o paladar de um epicurista, por que os agentes funerários e oficiais de saúde insistem em afirmar, como fazem em alguns lugares, que um cadáver humano “apodrece” tão rapidamente que é insalubre guardá-lo durante os três dias e meio após a morte, exigidos pelo espírito para assimilar o panorama da vida que acabou? O cadáver de um animal assassinado é imune ao processo de decomposição? Existe alguma lei na natureza que melhora a carcaça de um animal e outra que faz com que os restos humanos apodreçam? Ou será que “terrível” e “apodrecer” são sinônimos? A carne “macia” do petisco epicurista está na mesma condição de decomposição que a carne “apodrecida” do cadáver humano, da qual fugimos às pressas para escapar do fedor nauseante?
Essa é uma pergunta sobre a qual os comedores de carne fariam bem em ponderar. Não obstante o uso liberal de condimentos e até mesmo banhar o pássaro abatido em suco de laranja, não se pode disfarçar o fato de que quem a come faz do seu estômago um cemitério para o cadáver em decomposição de um animal assassinado. Portanto, o respeito próprio, se não sentimentos bondosos pelas criaturas inferiores, em termos de evolução espiritual, ou mesmo a consideração pela própria saúde, devem fazer com que as pessoas pensantes se abstenham da prática poluente de comer carne.
Pois é poluente, venenoso e totalmente desnecessário para quem está suficientemente interessado nas coisas mais elevadas ler um texto como esse. Há outros que ainda precisam tanto de carne animal quanto de vinho, pois esses serviram e ainda servem a um importante propósito no processo de evolução, conforme explicado no Conceito Rosacruz do Cosmos; mas, um número crescente de pessoas está acima desse estágio.
Um exemplo de como a dieta limpa afeta o corpo, podemos mencionar a experiência deste escritor. Quando criança, teve a infelicidade de ferir o tornozelo esquerdo, com o resultado de que ficou confinado à sua cama por dezesseis meses. Durante esse tempo, os cirurgiões tiraram várias lascas do osso, perfuraram o tornozelo e vários tubos foram inseridos na carne para drenar a enorme quantidade de pus que se formou no interior. Finalmente, ele foi autorizado a se levantar e andar de muletas por seis meses; então, durante anos a perna foi sustentada por uma bota especialmente feita e uma atadura de aço, até que finalmente ficou suficientemente forte para ficar sem apoio. Mas, as feridas não cicatrizaram em um lado da perna; havia uma ferida aberta de cerca de vinte centímetros de comprimento e uma de 2,5 centímetros de largura, da qual o pus fluía continuamente por trinta anos. Durante esse tempo era necessário enfaixar a perna noite e dia; mais dor ou menos era sentida o tempo todo. Mas, cerca de seis meses depois que uma estrita dieta vegetariana foi adotada, a dor cessou, a ferida se fechou e, nos treze anos que se passaram desde então, ela permaneceu saudável.
No entanto, o benefício de uma dieta limpa também é evidente de outras maneiras, como o seguinte incidente mostrará. Certa manhã, cerca de três anos após a adoção desse modo de vida, o escritor teve a infelicidade de cortar uma unha perto da raiz. Se isso tivesse acontecido em seus dias pré-vegetarianos, teria resultado uma enorme perda de sangue, pois então seu sangue não coagularia e o menor arranhão sangrava profusamente por muito tempo. Mas, na hora desse acidente apenas algumas gotas de sangue apareceram, coagularam e apenas um pequeno pedaço de pano foi usado para cobrir o ferimento; esse foi removido à tarde para facilitar a operação da máquina de escrever. Normalmente, a supuração se instala quando uma unha é arrancada, mas não há o menor sinal dessa natureza. A pele cicatrizou em poucos dias e, durante os seis meses necessários para crescer uma nova unha, o dedo foi usado sem desconforto, exceto nas primeiras horas após o acidente.
Relatos do cenário de guerra também atestam esse fato, pois entre os milhões que estão engajados nessa luta titânica, há muitas pessoas que vivem de uma dieta totalmente sem carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e percebe-se que essas pessoas se recuperam muito mais rapidamente de suas feridas e são capazes de sobreviver a lacerações que seriam fatais nos casos de comedores de carne animal. Um correspondente de jornal diz: “os soldados turcos se satisfazem facilmente com um pedaço de pão seco e um pouco de água, por isso não acumulam resíduos que envenenam o sangue”. Muitos anos atrás, médicos ingleses que estavam na Índia ficaram surpresos com a rápida recuperação de feridas, constatada entre soldados, lesões essas que teriam sido fatais para homens que comem carne animal, e todos sabemos que na guerra entre o Japão e a Rússia as tropas japonesas mostram um histórico semelhante de rápida recuperação. O que é verdade na guerra é verdade na paz. Os que não comem carne animal não só têm uma resistência notável, mas também se recuperam muito mais rapidamente de lesões.
Também pode-se dizer que eles vivem até uma idade muito mais avançada. Experimentos com muitos indivíduos mostraram que o coração dos carnívoros bate cerca de setenta a setenta e duas vezes por minuto, enquanto os dos vegetarianos bate apenas cerca de sessenta. Isso significa seiscentos batimentos cardíacos a menos por hora, ou cerca de quinze mil batimentos cardíacos a menos por dia; assim, o coração do vegetariano é consideravelmente menos tenso do que o dos comedores de carne animal e, consequentemente, ele pode suportar mais tempo em todos os sentidos. Há, no entanto, também outra razão para a rápida recuperação dos povos orientais, como os indianos e os japoneses: seu sistema nervoso não é tão altamente organizado quanto o dos povos ocidentais, portanto, eles não sentem o choque tão profundamente. É por essa razão que nossos próprios ameríndios e indígenas se recuperam de feridas das mais horríveis naturezas sem nenhuma assistência médica; finalmente, seus Corpos Vitais são compostos muito mais Éter Químico e, sobretudo, de Éter de Luz (ou Éter Luminoso) e tal fato por si só explica sua maior resistência.
A dieta vegetariana não é uma panaceia para todos os males dos quais a carne animal é herdeira; assim, quem pensa que a mera abstinência de carne de mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins trará saúde está apto a encontrar exatamente o contrário. Certos elementos são necessários para a nutrição do corpo; esses são fornecidos principalmente pela dieta mista e comum; os amidos encontrados em batatas, pão branco, bolos e pudins, deixados sobre a mesa quando a carne animal é dispensada, são difíceis de digerir e insuficientes em nutrientes; portanto, tentar viver deles é cortejar a doença.
A dieta vegetariana e equilibrada em que ervilhas, feijões e outras leguminosas fornecem a proteína necessária, que inclui pão integral, possivelmente com adição de ovos, mel e leite, para sustentar ainda mais o Corpo Denso, também pode incluir frutas, nozes, sementes e uma variedade de vegetais que são fontes de importantes sais minerais; tal dieta fará mais para produzir saúde e uma felicidade duradoura do que todos os cavalos e avestruzes do mundo, mesmo que fossem colocados no gelo até ficarem tão “macios” que derretessem na boca ou fossem embebidos em suco de laranja até que a fragrância da fruta fosse elevada à enésima potência.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de março/1916 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)