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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Significância Esotérica da palavra “Amém” ou “Amén”

O Cristianismo também usa vários mantras. “Amém” ou “Amén” é um deles. Se essa palavra é traduzida perde todo o valor. Foi por isso que os tradutores a mantiveram inalterada, sendo essa a primeira regra para as utilizar com êxito. É o mais importante mantra Cristão.

Na palavra “amém” ou “amén” há duas vogais orais: “a” e “e”. A passagem de “a” a “e” é uma consoante nasal, “m”. A terminação é também uma nasal, “n” ou “m”. A técnica consiste em concluir a ressonância da letra “a” com o zumbido murmurante final da letra “n” ou “m”. Essa letra “empurra” o som para cima, até ao nariz, produzindo efetivamente uma ressonância no interior das narinas, nas cavidades nasais superiores e na região limítrofe. É a região indicada como o “assento do Espírito interno” ou “centro de energia da testa”. Está diretamente ligada ao Corpo Vital, que é sensibilizado pela oração e o ponto de partida do desenvolvimento espiritual. A ressonância física da letra “n” ou “m” é o prenúncio do despertar desse centro de energia, porque ajuda os veículos internos a organizarem-se.

O efeito físico dos mantras “aum” (oriental) e “amén” é bem diferente. O primeiro faz vibrar a região do ventre e do púbis. O segundo, pelo contrário, faz vibrar a cabeça, a garganta e o tórax. Segundo a maneira de pensar e sentir dos nossos irmãos e nossas irmãs do oriente, o centro da vida humana está no ventre. Bem pelo contrário, no ocidente, nós aqui vivemos “graças a nossa cabeça”. Esse exemplo alerta claramente para a inconveniência de os ocidentais usarem métodos desenvolvidos no oriente.

Cabe ainda referir a segunda condição para a eficácia do mantra: a maneira correta de o dizer, em estado de “consciência mântrica”. Händel (famoso compositor alemão, radicado na Inglaterra) nos fornece uma lição sobre a arte de pronunciar tão importante mantra como é o “amén”, na sua oratória “O Messias” (trecho do “Worthy is the Lamb and Amen[1]):

Worthy is the Lamb and Amen Chorus from – Só o Amén – TRECHO DE MESSIAH de Handel MP3

É onde encontramos uma das suas expressões mais poderosas. E se quisermos outro exemplo poderemos recorrer ao Rosacruciano Johann Sebastian Bach e à sua “Missa em Si menor” para ouvirmos (e sentirmos) o tremendo efeito do “Hosana” (Bach – Messe in h-moll BWV 232 – Osanna in excelsis[2]) (outro mantra Cristão):

Mass in B Minor, BWV 232, Symbolum Nicenum No 25, Osanna in excelsi

Muito mais do que uma vulgar palavra, sinal de pontuação ou fórmula de conclusão o “amén” ou “amém” é, na concepção esotérica, uma palavra de poder equilibrado, um mantra que ajuda a despertar o fogo interior e a abrir os centros de força que nos colocam em sintonia com mundos mais elevados.

Que as rosas floresçam em vossa cruz


[1] N.R.: CHORUS: Worthy is the Lamb… Amen (MESSIAH)

Escute nesse vídeo o grande “Amén”: https://youtu.be/jS2osOLEe0U após os 3:42 minutos (é só mover o cursor até esse tempo na barra de tempo no You Tube onde começa o canto do grande “Amén”)


Worthy is the Lamb that was slain,
and hath redeemed us to God by His blood,
to receive power, and riches, and wisdom, and strength,
and honor, and glory, and blessing.

Worthy is the Lamb that was slain,
and hath redeemed us to God, to God by His blood,
to receive power, and riches, and wisdom, and strength,
and honor, and glory, and blessing.

Blessing and honor, glory and power, be unto Him, be unto him
that sitteth upon the throne, and unto the Lamb,

Blessing and honor, glory and power, be unto Him, be unto him
that sitteth upon the throne, and unto the Lamb,

For ever and ever and ever and ever. Amen.

Blessing and honor, glory and power, be unto Him, be unto him
that sitteth upon the throne, that sittenth upon the throne, and unto the Lamb,

Blessing and honor, glory and power, be unto Him, be unto him
that sitteth upon the throne, that sittenth upon the throne, that sittenth upon the throne, forever

Blessing and honor, glory and power, be unto Him, forever

Blessing and honor, glory and power, be unto Him, be unto him
Blessing and honor, glory and power, be unto Him, be unto him
Blessing! Honor! Glory! And power, be unto Him!
that sitteth upon the throne, that sitteth upon the throne
Forever and ever, Forever and ever.
Forever and ever, Forever and ever.
Forever and ever, Forever and ever.
Forever and ever, Forever and ever.
Forever and ever.
Forever and ever.

Amen

[2] N.R: Mass in B Minor, BWV 232, Symbolum Nicenum No 25, Osanna in excelsi de Johann Sebastian Bach.

Escute nesse vídeo o grande “Hosana”: https://youtu.be/C80eYsl6SZk

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Companheirismo

Três mendigos desceram à Samaria; um surdo, outro cego e o terceiro, aleijado.

E enquanto iam, um disse: “Certamente sou um pecador — sendo surdo”; e o segundo disse: “Eu sou cego, certamente também sou pecador”; e o terceiro também reconhecia seus pecados, dizendo: “Por causa disso, sou um aleijado”.

Então eles se lembraram de como sempre estavam os três juntos e disseram um ao outro: “Eu posso ouvir, porque eu tenho a ti e sois como ouvidos para mim”. E o seguinte disse: “Posso ver, porque tenho a ti por olhos”. E o último disse: “Certamente vós sois os meus pés”.

Então, todos os três louvaram a Deus e se alegraram. E, ao viajarem para Samaria, encontraram alguém cuja boca estava coberta e tinha na mão um badalo, porque era leproso.

Ele ficou longe e implorou uma esmola para eles, mas eles disseram: “Nós somos mendigos e não temos coisa alguma; descemos à Samaria em busca de esmolas, pois os samaritanos são bons doadores”. O leproso gritou alto e disse: “Embora tenham nada, ainda são muito abençoados — sendo três. Mas eu sou um pecador e devo morar sem companheiros”.

Quando os três amigos ouviram isso, disseram uns aos outros: “Nós também somos pecadores, mas andamos acompanhados”. Então seu coração os atingiu com compaixão pelo solitário e com um consentimento eles o chamaram: “Todos nós somos pecadores e fomos afligidos pelo Senhor. Venha agora e seja do nosso grupo”.

O leproso se alegrou muito ao ouvir isso e disse: “Então vamos a Belém esta noite; em sonho alguém me mostrou que o Messias nasceu ali”.

A estrada para Belém era pedregosa, íngreme e a noite caiu, mas o cego conhecia o caminho.

Já era noite quando chegaram ao estábulo em Belém e temeram bater à portinhola. Já dentro, José dormia, mas Maria vigiava a criança; ela ouviu o barulho de pés e homens sussurrando, então ela se levantou e abriu a portinhola.

Um belo raio de luz jorrou na escuridão e pela portinhola Maria perguntou quem eles eram e por que tinham vindo. Eles responderam: “Somos todos pecadores e justamente afligidos pelo Senhor, porém ouvimos que o Messias nasceu e, portanto, nós viemos”. A Virgem perguntou: “Que presente trouxestes? Ninguém pode entrar aqui a não ser que traga uma oferta”.

Os mendigos baixaram os olhos e não responderam coisa alguma porque as suas mãos estavam vazias.

Maria perguntou-lhes: “Quem é o quarto homem que está um tanto afastado?”.

Os três ficaram com muito medo e prostraram-se de joelhos, clamando: “Verdadeiramente somos pecadores, porque unimos este homem, que é leproso, a nós; além disso, ele é samaritano”. Então Maria escancarou a porta, eles entraram e viram o Salvador. O cego viu; o surdo ouviu; o coxo deu um salto. Esperavam que o leproso fosse curado; mas ele havia partido. Então eles perceberam que tinha sido um Anjo do Senhor.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho/1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Maria, Mãe de Jesus: um Iniciado de alto grau

Maria, a mãe de Jesus, foi o coração de compaixão e de compreensão. Quantos de nós têm prestado suficiente atenção à vida e ao trabalho de Maria? Ela veio para cumprir uma missão especial, assim como José e Jesus. Sua missão não foi somente dar à luz o homem Jesus, que mais tarde cedeu seu corpo ao Cristo, mas, também, elevar as condições de toda a humanidade, em virtude do fato de que foi a mãe de Jesus, o indivíduo mais importante que já nasceu em toda a história do mundo.
Quando estudamos as vidas de Jesus e de Maria, ficamos um tanto surpreendidos com a resposta que ela recebeu de Jesus, o Cristo, segundo o Evangelho de São João (2:4), em relação à transformação da água em vinho: Ele lhe respondeu de um modo quase ríspido: “Que tenho eu contigo, mulher? Ainda não é chegada a minha hora“.
Porém fixemo-nos na resposta dela, dirigida aos serventes: “Fazei tudo o que Ele vos ordenar“. Note-se que cuidadosamente ela preparava o caminho para que se consumasse seu primeiro milagre.

Maria e José foram à Jerusalém para a festa da Páscoa, como era costume naqueles dias. Quando voltavam para casa deram falta de Jesus, e O procuraram durante três dias até que O encontraram no Templo entre os sábios e os doutores. Todas as mães sabem o que se sente ao procurar um filho perdido. Maria, conhecendo a missão de Jesus, estava desconcertada com o seu desaparecimento. Quando O encontrou perguntou por que havia se comportado daquela maneira com seus pais. Vejam a resposta dele, conforme o Evangelho de São Lucas (2:49): “Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?“. Isso não indica que Jesus, sendo ainda muito jovem, (pois tinha então 12 anos), estava plenamente inteirado da parte que lhe correspondia representar, isto é, de permitir a Cristo que lhe utilizasse o corpo durante os três anos de Seu ministério?

Maria – seu próprio nome nos traz à Mente muitas coisas que nos são queridas. Vejamos a letra “M”; quantas palavras começam com essa letra: mãe, multidão, maná, matéria, mestre, metafísica, mar e outras tantas mais. Também temos outras Marias relacionadas com a vida de Jesus, e cada uma delas cumpriu sua missão.

De acordo com Max Heindel, sabemos que Maria e José foram Iniciados elevados nos Mistérios, ou seja, alcançaram as elevadas Iniciações. Estavam imbuídos plenamente da missão que lhes tocava, assim como Jesus. Da mesma forma que no caso dos grandes músicos como é de notar nas vidas da célebre família dos Bach. Quando Jesus Cristo falava com Maria e lhe dava aquelas respostas, era o Cristo e não o homem Jesus que falava. Podemos alcançar uma maior compreensão quando Jesus Cristo em Seu último alento deixou Sua mãe aos cuidados de São João evangelista, Seu discípulo, segundo lemos no Evangelho Segundo São João (19:26), demonstrando o laço profundo entre a mãe e o filho. Quase Seu último pensamento e pedido foram nela e para ela.

Nos tempos presentes, vemos a mulher ocupando os postos dos homens, em alguns casos. Porém, se ouvimos a conversa delas nos distintos aspectos da vida, podemos verificar seus fortes desejos de voltar ao lar e viver ao lado de seus familiares. É no lar em que se acha o verdadeiro trabalho da mulher. Sabemos que renascemos umas vezes como homem e outras como mulher, e é necessário que aprendamos tudo o que nos seja possível em cada corpo. Maria cumpriu seu trabalho familiar muito bem. Trabalhou com José, porém não encontramos nenhum indício de que ele tivesse exercido domínio sobre ela. Sem dúvida, encontramos muitos relatos do trabalho de Maria no lar. Sabemos que a túnica de uma só peça que Cristo usava quando foi crucificado havia sido tecida por ela.

A grande influência que as mulheres exercem sobre os homens está indicada no conhecido dito que diz: “A mão que embala o berço governa o mundo”. O êxito do homem é amiúde devido à influência de sua esposa, mãe ou noiva. Temos muitos exemplos disso e todos os grandes homens dão muito crédito aos conselhos maternais. Lincoln disse que tudo o que ele era e esperava ser o devia à sua mãe.

Em todas as grandes crises encontramos uma mulher atrás da cena. Nem todas as mulheres, em sua capacidade, têm sido boas, e é então quando se tem provocado muitos distúrbios ao mundo, porém o fato é que sempre existe uma mulher por detrás dos bastidores.

De acordo com a Bíblia, José era muito mais velho do que geralmente se supõe. Quando lemos sobre sua participação no plano, notamos, sobretudo, seu cuidado com Maria e Jesus, e sua devoção e completa obediência à vontade de Deus. Todos os seus pensamentos convergiam à ternura pela mãe e o Filho. José deu por cumprida sua missão quando Jesus estava preparado para entregar seu corpo ao Cristo. Somente Maria esteve com Jesus, com seu amor e devoção, até que Ele expirou.

Durante os trinta anos da vida como um ser humano – pois utilizava os seus Corpos Denso e Vital – , Jesus obedeceu todas as leis da Terra. Porém, quando Cristo tomou o Corpo Denso e o Corpo Vital dele – com o seu consentimento –, no Batismo, começou a mudar as leis e dar novos ímpetos ao mundo. Tão logo como o Cristo começou Seu ministério, as mudanças foram maiores e nos três curtos anos em que executou a sua missão para a qual havia vindo, ou seja, a de Salvador do Mundo.

Não nos esqueçamos das outras Marias que tomaram parte nas vidas de Maria e Jesus. Não é estranho que as três tivessem o nome de Maria? Cada uma delas ilumina alguma das fases da vida da mulher. A história de Maria e Martha é uma das quais estamos familiarizados. Por que Maria ficou com Jesus enquanto Martha trabalhava na cozinha? Por que Maria Madalena ungiu os pés de Nazareno com azeite perfumado? Por que elas tinham parte na missão de Jesus? Maria Madalena é uma das Marias que mais nos intriga. Ela tomou parte na redenção. Trabalhou seu destino por meio de superação de sua Mente e de sua alma. Todos nós sabemos que Maria Madalena havia quebrado muitas das leis, porém com a ajuda de Jesus Cristo, se redimiu e começou vida nova.

Aproximava-se a hora em que Jesus Cristo tinha de se apresentar aos judeus como seu Rei e Messias prometido. Quantas alegrias sentiria o coração de Maria, ao observar seu Filho fazendo os primeiros milagres de cura! Quanto teria sofrido ao saber que seu Filho bem amado teria que caminhar sozinho os anos restantes de Sua vida! Aqui vai uma avaliação para todas as mães: quantas há que, ao chegar a hora em que seus pequeninos tenham que provar suas próprias asas e começar a viver suas próprias vidas, estão dispostas a dar-lhes a liberdade de que necessitam?

Diz se no Novo Testamento que quando Cristo falava às multidões, Maria e Seus Irmãos vieram e desejaram falar-Lhe, e sua resposta foi: “Quem é minha mãe, e quem são os meus irmãos? Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe“. Maria compreendeu isso porque sabia que já não tinha o mesmo laço familiar com Cristo como o tinha com Jesus. Sabemos que durante os últimos dias e noites de provas, Maria falava com Deus e teve que receber muitas bênçãos porque continuou sua missão até o final.

Como a alegria que Maria teve ao ter o menino entre seus braços, também teve a dor de sustentar o corpo sem vida de Jesus Cristo, enquanto José de Arimatéia ia procurar o pano para envolvê-Lo. Depois que Seu corpo foi levado Maria foi com João, pois sabemos que esse a levou para sua casa e dela cuidou. Maria viveu o suficiente para saber que a missão para a qual Ela e Jesus haviam nascido se havia cumprido, e que tudo se havia feito de acordo com a vontade e guias Divinos.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1966 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

“Paz na Terra entre os Homens”

“Paz na Terra entre os homens”! Essas palavras mágicas vem ecoando pelos dos séculos. Em plena era da tecnologia constituem-se na maior, na mais angustiante aspiração humana.

Não podemos afirmar que haja paz no mundo. Em algum momento e em algum lugar, um conflito separa irracionalmente, os seres humanos. Os momentos de trégua, fugazes interlúdios, quantas e sofridas vezes prenunciam o recrudescimento da porfia…

Há mais dois mil anos a humanidade também ansiava pela paz. O advento do Messias representava a redenção. Ele fora proclamado, séculos antes, o Príncipe da Paz, por Isaías. Mas o Cristo, utilizando os dois veículos inferiores de Jesus, pode conhecer a natureza humana: “Não vim trazer-vos a paz, mas uma espada“. A dissenção medraria entre seus próprios seguidores. E estes negariam os princípios do Mestre nas lutas movidas contra os não-cristãos.

“A Religião impropriamente chamada Cristã”, diz Max Heindel, foi responsável por ignominiosos derramamentos de sangue. “Nos campos de batalha e durante a vigência da Inquisição cometeram-se atrocidades inqualificáveis em nome do doce e meigo Nazareno. A ‘espada e o vinho’, isto é, a cruz e o cálice pervertidos, foram os meios de que se valeram as poderosas nações chamadas Cristãs, para dominar os povos pagãos e as nações mais fracas, embora professando a mesma fé de seus conquistadores”.

A humanidade ainda não logrou a paz. Ainda vive em meio a conflitos armados. Permanece confusa ante o choque de ideias. Mas esse estado de coisas há de ensinar-lhe algo proveitoso e capaz de mudar seu caminho. Há algum meio mais eficaz para demonstrar a beleza do entendimento e a necessidade de união, do que compará-los com o panorama de guerras, egoísmo e ódio dominante?

“Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda e a sombra que projeta”. Assim, quanto mais elevados nossos ideais, mais claramente percebemos nossas debilidades.

Lamentavelmente, nas condições atuais de desenvolvimento, a maioria de nós só pode aprender por meio de duríssimas experiências: é mister sofrer a enfermidade ou a doença para se reconhecer as excelências da saúde.

Nenhuma lição encerra valor real como princípio ativo de vida, caso sua verdade seja assimilada apenas superficialmente. Deverá ser assimilada pelo coração, pela aspiração e pela amargura. A lição mais importante, que, deste modo, o ser humano deve aprender é: “o que não beneficia a todos, não beneficia realmente a ninguém”.

Estamos vivendo a atmosfera do Natal! Mais uma vez encontramo-nos com o Cristo, quer estejamos conscientes ou não dessa realidade. Possa Seu estímulo espiritual sensibilizar o coração humano para os aspectos positivos da existência. Cultivemos as virtudes essenciais do cristianismo. Aperfeiçoemos nossa capacidade de dar e amar. Só o altruísmo conseguirá reunir os seres humanos em uma Fraternidade Universal. Para tanto, procuremos nos tornar universais em nossas simpatias, cultivando, também, o sentimento de empatia: é o mesmo que viver a chamada “regra de ouro”.

Aproveitemos a santidade da época para uma reavaliação de nossas vidas. E, principalmente, levemos a paz conosco, desejando e orando para que gradativamente, o mundo possa conquistá-la em caráter permanente. Que a influência unificadora do Cristo encontre, dia a dia, corações mais receptivos. Caminhemos sempre com renovadas esperanças em um mundo melhor. Aprendamos a conhecer, como Whitman, “a amplitude do tempo”[1] e a olhar além das passadas e presentes crueldades, o caminho da Fraternidade Universal. Esta marcará o grande novo passo do progresso humano em sua larga e gloriosa jornada desde o ser mais desprovido de grandeza até Deus, desde o protoplasma até a consciência una com o Pai, esse… “distante e divino acontecimento para o qual se move a criação inteira”.

 (por Gilberto A. V. Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz – dezembro/1975 – Fraternidade Rosacruz São Paulo – SP)


[1] N.R.: Quem vai ali? Cheio de realizações, tosco místico, nu;

Como extraio energia da carne que consumo?

O que é um homem afinal? O que sou eu? O que és tu?

Tudo o que marco como sendo meu tu deves compensar

com o que é teu.

De outro modo seria perda de tempo me ouvir.

Não lanço a lamúria da minha lamúria pelo mundo inteiro,

De que os meses são vazios e o chão é lamaçal e sujeira.

Choradeira e servilismo são encontrados junto com os

remédios para inválidos, a conformidade polariza-se

no ordinário mais remoto.

Uso meu chapéu como bem entender dentro ou fora de casa.

Por que eu deveria orar? Por que deveria venerar e ser cerimonioso?

Tendo inquirido todas as camadas, analisado as minúcias,

consultado os doutores e calculado com perícia,

Não encontro gordura mais doce do que aquela que se prende aos meus próprios ossos.

Em todas as pessoas enxergo a mim mesmo, em nenhuma vejo mais do que eu sou, ou um grão de cevada a menos.

E o bem e o mal que falo de mim mesmo eu falo delas.

Sei que sou sólido e sadio.

Para mim os objetos convergentes do universo

perpetuamente fluem,

Todos são escritos para mim, e eu devo entender o que a escrita significa.

Sei que sou imortal,

Sei que a órbita do meu eu não pode ser varrida pelo

compasso de um carpinteiro,

Sei que não passarei como os círculos luminosos que as crianças fazem à noite, com gravetos em brasa.

Sei que sou augusto.

Não perturbo meu próprio espírito para que se defenda ou seja compreendido,

Vejo que as leis elementares nunca pedem desculpas,

(Reconheço que me comporto com um orgulho tão alto quanto o do nível com que assento a minha casa, afinal).

Existo como sou, isso me basta,

Se ninguém mais no mundo está ciente, fico satisfeito.

E se cada um e todos estiverem cientes, satisfeito fico.

Um mundo está ciente e esse é incomparavelmente o maior de todos para mim, e esse mundo sou eu mesmo,

E se venho para o que é meu, ainda hoje ou dentro de dez mil anos, ou dez milhões de anos,

Posso alegremente recebê-lo agora, ou esperá-lo com alegria igual.

Meus pés estão espigados e encaixados no granito,

Debocho daquilo que chamas de dissolução,

E conheço a amplitude do tempo.

Song of Myself – Walt Whitman

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Perto da Páscoa de 1996 aconteceu um fato muito curioso nos EUA: em várias Revistas apareceram a imagem de Jesus Cristo e discussões sobre Ressurreição. Qual foi o objetivo?

Resposta: Certamente parece que a mídia secular e nacional (a local um pouco menos) está se esforçando para marginalizar a “Religião”. Foi ainda mais surpreendente, portanto, que todos os três principais jornais semanais, em sua edição da Páscoa apresentassem uma imagem de Jesus Cristo em suas capas. A legenda da revista Time era “A busca por Jesus”; da revista U. S. News & World Reports foi “Em busca de Jesus”; a cobertura da revista Newsweek foi intitulada “Repensando a Ressurreição”.

De acordo com todas as três histórias de capa, a Ressurreição não é exatamente o que milhões de Cristãos, por mais de vinte séculos, assumiram. A Newsweek relatou: “Alguns estudiosos que não acreditam na Ressurreição… dizem que o corpo apodreceu em uma cova anônima; outros, que foi lançado aos cães selvagens”. A Time opinou: “A Ressurreição pode não ter ocorrido”; e: “Não mais de 20 por cento dos ditos e até menos dos atos atribuídos a Jesus são autênticos. Entre os refugos: “a Oração do Senhor, os ditos da cruz e quaisquer reivindicações de Jesus à divindade… e sua Ressurreição corporal”. E a U. S. News & World Report, jogando com sensacionalismo ultrajado, escreveu: “Ele foi talvez o primeiro comediante judeu de pé… Um Sócrates judeu — ou talvez um Lenny Bruce… Um animal político”.

Lamentavelmente, as três revistas não nos dizem em que base as conclusões dos estudiosos revisionistas foram alcançadas, além das observações cáusticas de que “eles aplicam as ferramentas críticas de hoje: corte de texto, especulação psicológica e agressão aos colegas. E então eles dão saltos de fé, muitas vezes sua própria criação.”, complementa a Newsweek.

Diz um ditado popular: “o diabo está nos detalhes”. Embora muitas vezes também seja real que as verdades duras também estejam nos detalhes. Portanto, vamos examinar alguns detalhes que os “revisionistas bíblicos modernos” parecem ter negligenciado:

1. Profecia do Antigo Testamento: O “Carpinteiro de Nazaré” afirmou ser o Messias há muito esperado (Joa 4:25-26). Foi profetizado séculos antes do Seu nascimento e que Ele nasceria em Belém e Ele nasceu (Miq 5:2; Mt 2:6; Lc 2:4-7). Suponha que César Augusto não tivesse emitido o decreto da tributação do mundo romano; mas, ele o fez e isso ajudou a cumprir a profecia. “Certamente a ira do homem te louvará.” (Sl 76:10).

2. Naturalmente, muitas crianças podem ter nascido em Belém. Mas aquele que seria o Messias tinha que nascer em um tempo específico: “Saiba, portanto, e entenda que desde o surgimento do mandamento para restaurar e edificar Jerusalém até o Messias, o Príncipe, serão sete semanas mais sessenta e duas semanas” (Dn 9:25). Na profecia bíblica, um dia representa um ano (Nm 14:34, Ez 4:6). Portanto, essas “sete semanas mais sessenta e duas semanas”, ou 69 semanas, traduzem-se em 483 anos.

O mandamento referido em Daniel 9:25 surgiu em 457 A.C. (Esd 7:11-28). Adicionando 483 anos a 457 A.C. nós temos 27 D.C. Como os “revisionistas bíblicos” mencionados acima admitem, Jesus nasceu em 4 A.C. Assim, em 27 D.C., quando Jesus foi batizado, iniciando Seu ministério messiânico (onde cedeu, por livre e espontânea vontade, os seus Corpos Denso e Vital ao Arcanjo, mais elevado Iniciado do Período Solar, o Filho, Cristo, tornando-se a partir de então Cristo Jesus), a data confirmada ganhou vida pelo fato de ser “o décimo quinto ano do reinado de Tibério César”, Ele “começou a ter cerca de trinta anos de idade”, e foi reconhecido pela lei judaica a se qualificar como adulto. Assim, o Messias apareceu a tempo (Lc 3:1-23). Seria tudo isso mera coincidência?

Há muitos que, embora neguem que Jesus seja o Messias, o Cristo, o Ungido e a Luz do Mundo (fazendo uma confusão entre Jesus, Cristo, o Filho, o Messias), aceitam-no voluntariamente como um bom homem e grande mestre. Mas, isso não pode ser feito. Pois se Ele não era realmente Quem afirmava ser, Ele não passava de um mentiroso, impostor e hipócrita, fazendo afirmações falsas e fantásticas. Devemos abraçá-Lo como o que Ele afirmou ser ou rejeitá-Lo inteiramente; não há outro caminho. Se alguém escolhe o último curso, há muito que precisa ser explicado. Por exemplo, como um “mero carpinteiro”, um membro do tão difamado povo judeu, foi capaz de alcançar tal fama e exercer tanta influência? Além disso, onde Ele obteve Seus maravilhosos ensinamentos? Por que, embora Ele nunca tenha escrito um único livro, Ele se tornou o assunto de mais livros do que qualquer outra pessoa na história do mundo? Por que foi Ele, e não outro, que dividiu o tempo e a história com as designações A.C. e D.C.?

3. O poder da Sua Ressurreição. Suponha, como afirmado por alguns e mencionado acima, que não houve Ressurreição e Seu corpo “apodreceu” ou “foi jogado aos cães selvagens” — como podemos explicar a tremenda mudança na vida de Seus seguidores, do medo abjeto à coragem surpreendente? Deve ter sido necessário algo extraordinário para que isso acontecesse. É fácil entender essa transformação, se também for aceito que Seus Discípulos perceberam que Ele realmente ressuscitou dos mortos, que Ele era de fato Quem afirmava ser. Se essa enorme mudança em suas vidas não foi operada pela Ressurreição, qual foi o fator energizante?

Há também isto: os três Evangelhos sinóticos — São Mateus, São Marcos, São Lucas — assim como as Epístolas de São Paulo, foram escritos durante a vida dos contemporâneos de Cristo Jesus, conforme reconhecido da edição de Páscoa de 1996 da Newsweek. Como seus autores ousaram escrever o que escreveram sobre a Ressurreição, enquanto alguns que poderiam ter refutado essa ocorrência ainda estavam vivos? E como explicar a dramática conversão do apóstolo São Paulo, de perseguidor persistente a pregador de poder, senão pelo fato de que Cristo ressuscitado realmente lhe apareceu no caminho de Damasco? (Veja os primeiros versículos do Livro Atos dos Apóstolos, Capítulo 9, na Bíblia).

Um argumento contra a Ressurreição, ouvido às vezes, é que os Discípulos, em uma espécie de conspiração, roubaram o corpo de Jesus, esconderam-no e depois alegaram que Ele ressuscitou. Mas, isso apresenta grandes problemas. O corpo foi guardado por soldados romanos; os Discípulos teriam arriscado suas vidas para tirar o corpo daqueles soldados, mesmo que todos estivessem dormindo profundamente. E nesse caso, os Discípulos sem dúvida os teriam despertado.

E mesmo se — milagre dos milagres! — os Discípulos pudessem, de alguma forma, conseguir o corpo sem despertar os soldados, eles teriam passado o resto de suas vidas pregando e enfrentando perigos em favor do que eles sabiam ser uma mentira? Os homens já arriscaram suas vidas voluntariamente pelo que sabiam ser uma falsidade? Raríssimo é o fato de pessoas morrerem pelo que sabem ser falso! O relato bíblico da Ressurreição não é nada menos do que autenticável por si mesmo?

Há um testemunho auxiliar e vivo, bem conhecido, de que a teoria de uma conspiração por parte dos Discípulos não se sustenta. Recorde-se que houve uma vez uma conspiração para encobrir o escândalo de Watergate, nos EUA. Mas nem todos os que estavam “engajados” ficaram de boca fechada; a verdade surgiu. Um dos homens envolvidos, que cumpriu pena na prisão e posteriormente aceitou a fé cristã, foi Charles Colson. É certo que, às vezes, acontece que as pessoas, ao serem pegas, “aceitam a religião” na esperança de receber uma sentença mais leve ou obter a boa opinião dos outros.  No entanto, Charles Colson, um ex-fuzileiro naval e ex-conselheiro do presidente Nixon, não se tornou Cristão não por alguma dessas razões. Ele percebeu por que a conspiração de Watergate falhou. Assim também era irrealista a teoria de uma conspiração dos Discípulos de Cristo; falsidades não inspiram as pessoas a “ser duras”. Requer fé aceitar a mensagem Cristã? Para alguns, talvez. Mas não tanto quanto para rejeitá-la!

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de maio-junho/1997 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Profecias do Velho Testamento acerca de Cristo

As Profecias do Velho Testamento acerca de Cristo

Vamos ver, agora, as profecias do Velho Testamento sobre Cristo: o Velho Testamento nos ensina verdades espirituais muito profundas, e Cristo confirmou-o, citando dele 20 personagens e fazendo referência a 19 livros.

No Evangelho segundo São Mateus (22: 29), Cristo adverte os saduceus severamente por não conhecerem o Velho Testamento. No Evangelho segundo São Lucas (4:16), vai à sinagoga em Nazaré, lê o livro de Isaías (61:1-2), que profetiza a vinda do Messias. Terminando de ler, disse algo importantíssimo que (Lc 4:21) seria oportuno tomarmos conhecimento.

Quando Cristo foi ao deserto para se submeter às três tentações, citou, em cada uma delas, trechos do Livro de Deuteronômio (6:13) (6:16) e (8:33). Abaixo citaremos algumas passagens do Velho Testamento que profetizaram a vinda do Messias, e a época em que elas foram feitas.

Sugerimos que localizem na Bíblia as passagens citadas:

  • Pertence a tribo de Judá – (Gn 49:10) – 1520 AC
  • Nasceu de uma virgem – (Is 7:14) – 730 AC
  • Local de nascimento – (Mq 5:2) – 700 AC
  • Data de nascimento – (Dn 9:25) – 570 AC
  • Contemplação dos Reis Magos – (Is 60:3) – 730 AC
  • Morte das crianças por ordem de Herodes – (Jer 31:15) – 620 AC
  • Entrada triunfal em Jerusalém – (Zc 9:9) – 510 AC
  • Traído por um de seus Discípulos – (Sl 41:9) – 1000 AC
  • 30 moedas de prata; o preço da traição – (Zacarias) – 510 AC
  • Os Discípulos foram dispersos e fugiram quando ele foi preso – (Zc 13:7) – 510 AC
  • Foi levado de um tribunal a outro – (Is 53:8) – 730 AC
  • Seus inimigos fizeram testemunhos falsos – (Sl 27:12) – 1000 AC
  • Foi açoitado e cuspiram-lhe no rosto – (Is 50:6) – 730 AC
  • Descrição da crucificação – (Is 52:14) – 730 AC
  • A sede de Cristo na cruz – (Sl 69:21) – 1000 AC
  • O povo ao redor da cruz escarnecendo-o – (Sl 22:8) – 1000 AC
  • O efeito produzido pelo ato de levantar a cruz, deixando-a cair com força no buraco – (Sl 22:14) – 1000 AC
  • Os soldados em volta da cruz – (Sl 22: 18) – 1000 AC
  • Foi crucificado entre malfeitores – (Is 53: 12) – 730 AC
  • O sepultamento – (Is 53:9) – 730 AC
  • A Ressurreição – (Sl 16:10) – 1000 AC

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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