É fato que tanto o altruísmo impulsionado por Cristo, ano após ano, quanto a gradual expansão de consciência, promovem alterações na dinâmica do funcionamento biológico de diferentes partes do nosso Corpo Denso. Vamos ver parte destas mudanças graduais, que está estreitamente relacionada à promoção de maior longevidade e até mesmo da tão mal compreendida vida eterna.
Primeiro de tudo vamos recapitular o modo como nos tornamos conscientes no Mundo Físico. Essa recapitulação se faz necessária para traçar uma linha de referência de nosso desenvolvimento. Conforme aprendemos na Filosofia Rosacruz, nós, um Espírito Virginal da Onda Humana, descemos dos Mundos superiores na parte desse Esquema de Evolução que denominamos Involução. Por ação recíproca, Corpos constituídos de materiais correspondentes aos Mundos que passávamos foram construídos. Ao todo, três Corpos foram desenvolvidos (Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos) com o propósito de desenvolver os três princípios divinos que o ser humano (a Onda de Vida Humana composta de Espíritos Virginais) herdou de Deus (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano); pois tal como Deus, quando se manifesta, o faz de forma tríplice (Pai, Filho, Espírito Santo), nós, criados a Sua imagem e semelhança, também o fazemos. Mas para que houvesse comunicação entre os princípios divinos e seus instrumentos um veículo mental teve de ser nos dado; assim a união entre os Corpos e os respectivos Espíritos foi estabelecida por meio desse veículo que chamamos de Mente. A partir daqui o Espírito se torna um Ego: um Espírito Virginal manifestado em forma sétupla (Tríplice Espírito, Tríplice Corpo e a Mente). Neste ponto do desenvolvimento, a dual força criadora (polo masculino ou vontade e polo feminino ou imaginação) ainda era direcionada para baixo. Isto é, ambos os polos, direcionados para o mesmo sentido, conferia a nós a capacidade de sermos hermafroditas.
No entanto, para que as vivências exteriores pudessem ser capturadas e para que as ideias concebidas pela Mente pudessem ser transmitidas, adaptações no Corpo Denso ocorreram. Para isso, um encéfalo, que fosse capaz de processar as informações provenientes do meio e enviar tais códigos para que o Espírito trabalhe sobre as mesmas e, por fim, transmitir estas conclusões de volta ao meio, deveria ser construído. Também uma laringe para facilitar a comunicação das conclusões que foram produzidas pelo processamento das informações provenientes do meio.
Concomitante a essas necessidades, a matéria que hoje constitui nosso Planeta foi arrojada do Sol e, posteriormente, a matéria que forma a Lua foi arrojada da Terra. Tais separações promoveram expressões separadas de forças (força do Sol e força da Lua). Deste modo, alguns Corpos passaram a ser melhores condutores das forças solares e outros lunares. Um dos polos da dual força criadora foi internalizado e direcionado para cima, a fim de construir o cérebro e a laringe. No caso do Corpo masculino (influência do Sol), o polo feminino foi internalizado para este fim. Já o Corpo feminino (influência da Lua), o oposto. A condição de ser hermafrodita cessou e a necessidade da cooperação do sexo oposto para procriar se fez necessária.
Além disso, um meio físico que suportasse as altas vibrações do Espírito individualizado era necessário, para que o Ego pudesse governar seus Corpos. O sangue vermelho e quente constitui tal veículo. O metal marciano conhecido como ferro é o elemento essencial para a produção deste sangue vermelho e quente. Já é bem consolidado pela ciência atual que grande quantidade de sangue é direcionada a regiões do Corpo Denso que participa da realização de tarefas. O ocultista sabe que tal fenômeno significa o Ego utilizando sua ferramenta corporal para adquirir experiências.
Foi somente na Época Lemúrica – uma das Épocas que atravessamos nesse Período Terrestre desse atual Esquema de Evolução – que o ferro pode ser livremente utilizado (após a eliminação da influência marciana sobre a Terra) e, assim, o sangue se tornar mais quente no interior do Corpo Denso em relação a temperatura ambiente. Com o sangue quente e vermelho e com um cérebro e uma laringe bem formados, pudemos alcançar o estado de consciência de vigília, parecido com o que temos atualmente.
O plano inicial era o seguinte: quando o Ego renascia em um corpo feminino (mulher) era exposto a estímulos ambientais extremamente fortes (tempestades gigantescas, ventos, explosões vulcânicas): o objetivo era despertar a nossa consciência quando renascíamos como mulher para fora, e, por meio desta exposição a acontecimentos alheios, a atenção seria direcionada também para isso. Esta atenção fez com que iniciássemos um processo de construção de representações mentais das coisas externas (criação de códigos para que o Espírito pudesse interpretar o meio externo). Note que isso está de acordo com o que compreendemos hoje: mostra que tudo aquilo que o cérebro interpreta é, em realidade, representações mentais subjetivas que servem como código ou referência. Não enxergamos as coisas como elas são, mas enxergamos as representações mentais que criamos para interpretar estas coisas. O meio pelo qual as representações foram criadas ocorreu pela imaginação (força feminina).
Já quando renascíamos como homem, os estímulos corporais de dor e de estados de prisões eram determinados. Os estados de prisões eram realizados de modo que o, então homem, pudesse, com um pouco de força de vontade, se libertar. Já a dor, fazia com que um movimento para que a mesma cessasse fosse realizado. Ambos tinham o objetivo de despertar a vontade (força masculina).
Vemos, deste modo, as duas polaridades sexuais agindo separadamente, e métodos de aprendizagem adaptados a cada um eram necessários. Juntamente com esses estímulos, os Arcanjos – seres que estão a dois graus de evolução acima de nós – neutralizavam o nosso Corpo de Desejos, e este só era libertado em épocas propícias para a procriação. A procriação era orientada pelos Anjos – seres que estão a um grau de evolução acima de nós.
Diferentemente dos Anjos, que direcionam toda sua energia criadora para fora de si e, em troca, recebem sabedoria, nós internalizamos metade de nossa força criadora para construção de uma laringe e um cérebro. A internalização para autosserviço determina uma característica de individualismo genuíno para nós. Se meditarmos sobre este caminho, compreenderá que o processo era demasiadamente lento, mas garantia o despertar seguro da vontade e da imaginação humana. Isto é, naquela época, a personalidade e o temperamento não agiam como um fator de dificuldade tal como ocorre nos dias de hoje. Pelo menos até o ponto em que este plano pôde perdurar.
Mesmo que a morte do Corpo Denso também ocorresse naquela época, a longevidade era muito maior do que atualmente, pois não conhecíamos o pecado (transgressões das leis). Quando renascíamos como mulher, pela imaginação, já conseguíamos identificar muitas coisas que ocorria fora de nós mesmos. Mas também conservávamos a visão etérica das coisas. Por isso, quando percebíamos a morte de um Corpo Denso, ao mesmo tempo, também percebíamos a permanência do Corpo Vital; isto é, a pessoa que morria no Mundo Físico permanecia viva, e esse fato nos deixava extremamente confusos.
Para acelerar o processo de evolução, os Espíritos Lucíferos – uma parte da Onda de Vida Angélica que se atrasou – entraram em contato quando renascíamos como mulher pela coluna espinhal, relatando que poderia gerar um novo Corpo Denso que morria. Para isso, deveria realizar o ato sexual (“árvore do conhecimento”) sem esperar o comando dos Anjos. Isso a tornaria, juntamente com o homem, semelhante aos deuses (com capacidade de “criar”). Esse ato também favoreceria a libertação do Corpo de Desejos, pois haveria motivação para procriação sem a presença dos Arcanjos.
Por isso a Bíblia relata que Lúcifer era uma serpente sábia (coluna espinhal) que apareceu para Eva em uma árvore. Lúcifer (portador da luz) tentou adiantar o processo, nos ensinando a nos libertarmos da influência dos Anjos e dos Arcanjos, assumindo a própria evolução e geração de novos Corpos.
Isto é relatado na Bíblia como a expulsão da humanidade do Jardim do Éden, que a obrigou a “comer poeira todos os dias de tua vida” e “com o suor de teu rosto, comer teu pão, até que retornes ao solo” (Gn 3:14 e 19). O problema é que o Corpo de Desejos estava em situação muito rudimentar, composto, praticamente, apenas de materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo. A Mente também estava em situação similar, sendo muito fraca para refrear o desejo e direcioná-lo aos propósitos do Ego. Somados a genuína condição de individualismo, o egoísmo e as paixões predominaram e uma série de desequilíbrios deu início.
Devemos, pois, a Lúcifer e a seus “Anjos caídos”, à capacidade de ser autômato e da possibilidade de desenvolvermos ao ponto de nos tornarmos semelhante aos deuses – por isso, a ideia de que Lúcifer é mau e que devemos abominá-lo está incutido no inconsciente humano, pois foi ele que nos abriu os olhos para utilizamos nossos poderes para sermos iguais aos deuses (superiores aos Anjos). O problema é que tal estado só será alcançado quando a personalidade for dominada (estado ainda sonhado pela maioria das pessoas que já despertaram para a vida espiritual).
O individualismo genuíno, transformado agora em egoísmo e orgulho pela personalidade, fez com que cada ato nosso fosse direcionado para benefício próprio e quase nenhuma cooperação era conseguida. A sabedoria divina, incutindo determinadas motivações no âmago da personalidade, fez com que a evolução não fosse totalmente frustrada. As motivações foram: Amor, Fortuna, Poder e Fama. O desejo de alguma ou várias destas coisas é o motivo pelo qual fazemos ou deixamos de fazer algo. Isso promove alguma experiência e aprendizado. O livro Conceito Rosacruz do Cosmos já explorou todos os fatos mencionados até o momento com extraordinária maestria. Convidamos o leitor a estudar este livro, a fim de que tenha uma ideia melhor de tudo isso.
Agora que foi recapitulado o processo de aquisição do estado de vigília e esclarecido o modo pelo qual deixamos o plano inicial de evolução e iniciamos o processo de evolução “por nossa própria conta e risco”, podemos ver que mudanças físicas estão ocorrendo devido ao aumento da consciência e do altruísmo no mundo.
O Corpo Denso é um instrumento que, atualmente, possui duração pré-determinada de utilidade para servir ao propósito do Ego que é: extrair a quintessência das experiências vividas (experiência). Com o passar do tempo, suas funções vão declinando (devido a nossa incompetência em não o deixar cristalizar), até que a morte (a nossa incapacidade em se manter renascido nesse Corpo Denso) sobrevém.
Dois fatores importantes atrapalham o desenvolvimento dos nossos poderes: 1) a busca da satisfação pessoal imposta pela personalidade que inclui o gasto demasiado da força sexual, a gula, os vícios, os maus hábitos, as omissões, as preguiças e irresponsabilidades com a saúde, todos constituem maiores prazeres físicos e encurtamento da vida. Isso significa menores oportunidades de crescimento para nós. 2) Outro fator é a influência da Lei de Consequência, pois muitos desequilíbrios foram gerados a partir da falsa iluminação lucífera. As doenças limitam, consideravelmente, a qualidade da nossa produção anímica.
Entretanto, isso não significa ausência de possibilidades para geração produção anímica. A Graça Divina é tamanha que há espaço para o desenrolar concomitante de produção anímica e o reequilíbrio das Leis transgredidas. Esse plano só pôde ser concretizado a partir do trabalho misericordioso de Nosso Senhor (o Cristo), que anualmente “retira o pecado do mundo”, isto é, purifica o Mundo do Desejo da Terra com seu Altruísmo. Com isso, disponibiliza materiais para que possamos avançar no caminho, mesmo que ainda tenhamos muitos pecados.
O tema astrológico natal revela as nossas tendências de pontos fracos, cuja ciência material compreende como de origem genética e ambiental. Tais tendências são determinadas a partir dos desequilíbrios praticados em nossas vidas precedentes e de desequilíbrios que tenderemos a realizar na presente vida. Por meio da progressão pode-se saber o momento em que tais tendências estarão ativas e fortes.
Independentemente do tipo de doença e do tratamento que o doente e seus cuidadores devem buscar, duas são as fontes de energia que, se deficitárias, acelerarão o desenvolvimento de qualquer patologia: 1) a energia vital que vem diretamente do Sol e é absorvida através do baço; e 2) a energia proveniente dos alimentos físicos, produto da respiração celular realizada, principalmente, pelas mitocôndrias. “É a fusão dessas duas correntes que produz o poder latente que está armazenado em nosso Corpo Vital até converter-se em energia dinâmica pelo desejo marciano natural” (veja mais detalhes no livro O Mistério das Glândulas Endócrinas) e, assim, podemos utilizar essa energia para produzir crescimento anímico.
Com foco na corrente de energia proveniente do consumo de alimentos, Max Heindel descreve: “o sangue que entra em contato com o ar, todas as vezes que respiramos, passa pelos pulmões e, da mesma maneira que uma agulha é atraída para um imã, o oxigênio do ar inspirado se mistura com o ferro no sangue. Realiza-se, então, um processo de combustão que é semelhante à ferrugem ou oxidação que observamos no ferro exposto ao ar”. Continua: “a experiência ensinou-nos que o material combustível pode ser colocado em uma fornalha com todas as condições necessárias para a combustão, porém, até que se use o fósforo, os materiais não serão consumidos. Aqueles que estudaram as leis de combustão sabem que uma corrente de ar bem forte leva consigo grande quantidade de oxigênio, que é necessário para se obter calor do combustível que contém muito mineral”. Assim, oxigênio é o acelerador deste processo. “Um processo similar ocorre dentro do corpo, que é o templo do espírito” (veja mais detalhes no livro Maçonaria e Catolicismo).
O processo de combustão que ocorre dentro do Corpo é um pouco diferente da combustão verificada, por exemplo, quando se queima gasolina, madeira ou papel. Neste último, o processo de retirada de energia ocorre em grande quantidade e de uma única vez. Por outro lado, a respiração celular promove quebra das cadeias de carbono (processo químico necessário para a retirada de energia das moléculas) de modo gradativo e em pequenas parcelas. Isto é necessário para a preservação da estrutura das células, pois se a combustão ocorresse como no primeiro exemplo, as células pereceriam pelo excesso de energia. Além disso, a energia retirada pelas mitocôndrias não é consumida rapidamente, mas permanece dissolvida na célula e, gradativamente, é utilizada no metabolismo.
Um dos problemas é que durante a extração de energia, moléculas incompletas de oxigênio também são geradas: incompletas por conterem um número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. Este elétron ímpar, que se estabelece após cada quebra das cadeias de carbono, pode ser não pareado com o restante dos elétrons do átomo em questão. Em outras palavras, sua órbita segue uma rota diferente da órbita dos demais elétrons. Tal característica confere-lhe grande capacidade de reagir com outras biomoléculas que existem na célula, contra as quais colidem. Essa reação forçará a retirada de elétrons de outras moléculas que já são completas e possuem função importante dentro do sistema biológico (principalmente lipídios e proteínas das membranas celulares e, até mesmo, o DNA). Essa retirada de elétrons modificará suas adequadas estrutura e função. Os exemplos mais comuns de radicais de oxigênio altamente reativos são: radicais superóxido (O2-), hidroxila (OH-), peroxila (RO2), alkoxila (RO) e hidroperoxila (HO2). O óxido nítrico (NO) e o dióxido de nitrogênio (NO2) são espécies reativas de nitrogênio.
O organismo normalmente consegue equilibrar os efeitos desses radicais de oxigênio reativos (radicais livres). Porém, há casos em que ocorrem desequilíbrios a favor do sistema pró-oxidantes em detrimento do sistema antioxidantes. Isto é denominado estresse oxidativo. O acúmulo dos efeitos do estresse oxidativo promove danos nas células e acelera o surgimento de doenças e envelhecimento (principalmente se ocorrer em órgãos do corpo relacionados a vulnerabilidades que acumulamos em outras vidas), fatores estes que limitam as nossas oportunidades de gerar experiências e crescimento anímico.
Dentre as doenças já comprovadas pela ciência física que estão relacionadas aos efeitos dos radicais livres, somados a outros fatores estão: demência de Alzheimer, doença de Parkinson, aterosclerose, complicações da diabetes mellitus, câncer, doenças cardiovasculares, catarata, declínio do sistema imunológico, disfunções cerebrais, o envelhecimento precoce, enfisema pulmonar, doenças inflamatórias, entre outras.
Sobre a respiração celular e oxigênio dentro do Corpo Denso, Max Heindel continua: “É a chama que acende o fogo interior e gera o produto espiritual que se exterioriza de todas as criaturas de sangue quente, da mesma maneira que o calor se irradia de uma estufa. Estas linhas radiantes de força que emanam de nossos Corpos Densos de maneira invisível à visão física, são nossa aura, como já foi dito e, não obstante a cor da aura de cada indivíduo diferir da dos outros, existe uma cor básica ou fundamental que mostra sua posição na escala da evolução. Nas raças inferiores esta cor básica é um vermelho fraco, semelhante ao vermelho de um fogo que queima lentamente, que indica sua natureza passional e emocional (isso indica que a pessoa ainda responde a Lúcifer e a Jeová). Ao examinarmos as pessoas que estão em grau mais elevado na escala da evolução, a cor básica ou a vibração irradiada por elas parece ser de uma tonalidade alaranjada, que é o amarelo do intelecto misturado com o vermelho da paixão”.
O uso de antioxidantes, pela alimentação, naturalmente pode evitar os danos corrosivos dos radicais livres de oxigênio. O problema é que as transgressões das Leis Divinas e a natureza passional, em muitos casos, são tamanhas, que o uso de oxidantes nem sempre é suficiente, e os danos ainda permanecem. A produção de radicais livres constitui um fator natural do Corpo Denso e sempre foi programada por nós mesmos. Afinal, o propósito da existência física é o acúmulo de experiências e não devemos permanecer na Terra para “todo o sempre”. Naturalmente, processos que facilitam a morte e o desgaste do Corpo Denso devem ocorrer. O comer da Árvore da Vida, provavelmente, implicaria em também solucionar o problema dos efeitos dos radicais livres, dentre outros relacionados a doenças e morte do Corpo Denso.
“A auréola dourada ao redor dos santos, pintada por artistas dotados de visão espiritual, é a representação física de uma promessa espiritual que se aplica à humanidade como um todo, embora isto tenha sido compreendido apenas por alguns poucos, que são chamados Santos. Após vidas de luta com suas paixões, perseverança no fazer o bem, cultivando nobres aspirações e depois de aderir firmemente a propósitos superiores, estas pessoas elevaram-se acima do raio vermelho e estão agora totalmente imbuídas com o raio dourado de Cristo e sua vibração.” Max Heindel continua: “A cor dourada natural é o raio de Cristo, que encontra sua expressão química no oxigênio, um elemento solar”.
Naturalmente, podemos concluir que conforme a correspondência às vibrações Crísticas e o estabelecimento de uma vida com propósitos superiores, tanto a eficiência das mitocôndrias no processo de respiração celular quanto fatores que neutralizam os radicais livres aumentarão, promovendo menores danos às células e maior longevidade saudável. Porém, tal conclusão parece ser equivocada. Lembre-se: o propósito do Ego não é permanecer na Região Química do Mundo Físico, mas retornar ao Pai com sua herança divina despertada e totalmente desenvolvida (essa é a significância da Parábola dos Talentos que lemos na Bíblia).
Qual a diferença de desempenho de uma pessoa experiente de outra iniciante, em uma dada tarefa em comum? A diferença básica é que a pessoa experiente já aprendeu todos os mecanismos e as técnicas necessárias para desempenhar, com segurança, cada etapa de uma tarefa. Por isso, aplica de modo direcionado, com paciência e observação, a quantidade ideal de energia (vontade) e estratégias para cumprir o propósito com eficiência. Já o inexperiente, por não conhecer os mecanismos e nem as técnicas, necessita muito tempo para aprender e tirar conclusões. Além disso, mesmo que realize todo este movimento, se realmente não se dedicar na extração da experiência, pouca memória formará. Isso significa que “viveu as cegas”, e continuará a gastar bastante energia todas as vezes que se deparar com a mesma situação, sendo um eterno aprendiz das mesmas coisas.
O acúmulo de experiência permite o menor gasto de energia e, assim, menor necessidade das funções das mitocôndrias para gerar energia. Isso não significa que há menos atividades ou produção anímica. Inversamente, se faz muito mais com muito menos! Conforme a correspondência de vida vai gradativamente se afinando com as lições Cristãs, o uso dos Corpos ocorre mais adequadamente. Isto é, o Eu Superior domina a personalidade. Este domínio pode ser ilustrado da seguinte maneira:
Vemos, pois, que uma vida bem vivida está pautada no acúmulo de sabedoria e firmada a propósitos superiores. Não há outro propósito maior do que estes. A fé, o amor universal, o propósito de contribuir com a evolução da humanidade e a convivência com verdades espirituais, revelam caminhos tão sublimes e infinitos que tornam cada ato da vida uma nota musical afinada à grande sinfonia divina. Não haverá mais espaços para desequilíbrios ou transgressões das leis, mas sim ações que nos aproximam de Deus.
Lógica do menor esforço e maior eficiência é o padrão de ouro para a vida espiritual, mas ela exige o emprego constante da observação e aprendizado. Com o tempo, passaremos a evocar as experiências de modo tão eficiente que não mais necessitaremos dos arquivos do cérebro químico para nos fornecer referência de como agir, mas iremos acessar diretamente o Éter Refletor, não mais necessitando de energia física. Consequentemente haverá menos necessidade de mitocôndrias e menos radicais livres. Como a aproximação da nova Era passaremos a utilizar o Éter, um material com vibração superior aos elementos químicos, para manifestação do estado de vigília (já o fazemos atualmente, mas a quantidade será muito maior), pois o poder do Ego será tamanho que necessitará de materiais mais vibrantes para dar conta de sua expressão. Neste estado de Corpo de Vida, não mais conheceremos a morte e a vida eterna será, então, uma realidade.
Um dos polos da dual força criadora foi internalizada e direcionada para cima, a fim de construir um cérebro e uma laringe. Antes, ambas eram direcionadas para baixo com o propósito de gerar Corpos Densos. Com o novo Corpo de Vida, não mais haverá mortes, sendo o ser humano Cristificado isento da paixão lucífera. O casamento místico, conforme bem expressado por Salomão em seu “Cântico dos Cânticos”, mostra a reunião dos polos da força criadora, mas agora com parte que permaneceu para baixo também direcionada para cima. “O homem deve se casar com a mulher que possui dentro de si mesmo, e a mulher com seu homem interno”. O mito denominava cada polo como Anima (feminino) e Animus (masculino). Com esta re-união dos polos criadores, mas direcionados para cima, a palavra fornecerá o molde (o verbo se fará carne) para gerar obras tão grandiosas como as obras dos deuses.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em novembro, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS nº 66 – Novembro de 2021
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Outubro/2021:
DEZEMBRO – Sol transitando pelo Signo de Sagitário (novembro-dezembro)
O Advento começa no último domingo de novembro e culmina na áurea glória do Solstício de Dezembro. Para o Cristão esotérico abarca as três etapas ou graus que alcançam seu máximo à meia-noite da Noite Santa. Este período de preparação e progresso se refere não somente às quatro semanas de Advento, mas também a determinados estágios de desenvolvimento espiritual relacionados com estas quatro semanas.
A época do Advento se estende ao longo do mês de dezembro e é conhecida como o Festival da Luz. Os impulsos espirituais da estação preparam a humanidade para o derramamento de forças celestiais que acompanham o renascimento anual do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Depois do Advento temos o Solstício de Dezembro, que ocorre entre 21 e 24, e que culmina no grande Festival de 25 de dezembro. O Natal há de seguir sendo uma observância externa para o Aspirante até que Cristo nasça em seu interior. E dependente do nível em que experimente esse despertar, será capaz de participar no elevado êxtase espiritual da mais sagrada das estações.
À meia-noite do dia 24 de dezembro, a Noite Santa, os coros dos Anjos se transportam a tonalidades maiores, quando entoam, cheios de regozijos, a nota-chave da Terra: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”.
Na Noite Santa do Nascimento, o Aspirante confirma sua consagração para amar e servir do modo mais completo, a todos os que encontre em sua vida diária, porque dessa maneira receberá, de uma forma cada vez mais crescente, a Luz do Cristo dentro de si mesmo. Até que esse nascimento não tenha ocorrido em seu interior, não poderá conhecer os profundos júbilos de um verdadeiro Nascimento espiritual.
A nota-chave musical desse Planeta é harmonizada com o conto dos Anjos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”. É a anunciação harmoniosa e rítmica dessa palavra planetária, ressoando, uma e outra vez, por toda a Terra, e produz o milagre da Noite Santa.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os Espíritos Lucíferes
Por que os Anjos não conseguiam se comunicar conosco via Corpo Denso?
Porque a Onda de Vida Angélica atingiu seu “nadir da materialidade” na Região Etérica do Mundo Físico. Ou seja: são peritos na construção de Corpos Vitais, mas não sabem construir Corpos Densos. Lembrando a máxima Rosacruz: um ser só pode habitar um Corpo que saiba construir.
E é aqui que entram os Espíritos Lucíferos que vendo uma oportunidade de nos ajudar e, assim evoluírem, aproveitou da nossa incipiente consciência que estava voltada para dentro, tornamo-nos cientes da existência do nossos Corpos Densos e, assim, fomos ensinados a conquistar a morte: criando Corpos Densos quando quiséssemos, e não somente quando os Anjos e os Arcanjos fizessem a sua parte na preparação para a procriação.
Ou seja: fizeram compreender que não devíamos ter apreensão quanto à morte do corpo; que possuíamos em nós a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos.
Quem eram os Espíritos Lucíferos?
Os Anjos Lucíferes (ou Lucíferos ou, ainda, Espíritos Lucíferos) pertencem à Onda de Vida Angélica, mas, em determinado ponto da evolução, eles se rebelaram contra Jeová – o Líder e Senhor dos Anjos, que culminou com a expulsão dos Anjos rebeldes que seguiram, sob a direção de Lúcifer, para seu exílio no recém-formado Planeta Marte.
Os Anjos Lucíferos estavam a meio caminho entre os seres humanos e os Anjos, muito mais avançados do que a nossa humanidade atual e atrasado em relação a onda de vida Angélica.
Como os Espíritos Lucíferos nos ajudaram?
Se não tivesse havido a interferência dos Espíritos Lucíferos, quando nos ainda estávamos no Eden, como seria a humanidade hoje?
Estaríamos seguindo o plano original, com os Anjos nos auxiliando a conquistar a Região Etérica do Mundo Físico. A dificuldade que teríamos seria a profundidade em conhecer o bem e o mal por meio da experiência no nosso Corpo Denso. Ao atendermos a sugestão dos Espíritos Lucíferos “tomamos um atalho”, mas em deturpar a sugestão e usar e abusar da força sexual criadora geramos o nosso atraso, e experimentamos a dor e o sofrimento, o conhecer a morte na Região Química, considerando-a uma perda irreparável e todas as consequências que isso nos trouxe. Sabemos que alguns dos Espíritos Virginais da onda de vida humana atenderam a sugestão, mas nunca abusaram da força sexual criadora. São, hoje, irmãos que estão na vanguarda da humanidade.
Como os Espíritos Lucíferos tiveram liberdade de interferir na nossa evolução? Os anjos não estavam cientes dessa interferência?
Por respeito ao nosso livre arbítrio, exatamente como Deus, nosso criador, sempre o faz. Além disso, temos a Lei divina da Consequência que garante a colheita devido à escolha que fazemos (efeito da causa). Lembrando: os espíritos Lucíferos sugeriram, não obrigaram e nem “fizeram acontecer”. O uso da força sexual criadora, que é divina por ser do Espírito Santo, para construir algo (seja um novo Corpo para um irmão ou irmã que está necessitando renascer, seja uma ideia) é o único uso que é correto. Eles ensinaram como fazermos isso, por nós próprios. Se abusamos, não é culpa deles, não é?
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – A Época Atlante-
Por que a necessidade de sermos divididos em Raças?
Há uma distinção importantíssima entre os corpos (ou formas) de uma Raça, e os Ego (ou vidas) renascentes nesses corpos de Raça. A Raça pertence ao corpo e são simples degraus evolutivos pelos quais devemos passar; caso contrário não haveria progresso algum para os espíritos que nelas renascem.
Há um passo para cada um de nós, de uma Raça para a seguinte. Quando nasce uma Raça, as formas, animadas por certo grupo de espíritos têm a inerente capacidade de evoluir somente até certo grau e quando essa Raça atinge o limite de sua evolução os corpos ou formas começam a degenerar, caindo de forma para forma até a Raça extinguir-se.
Quantas Raças existirão durante todo esse Período de Manifestação?
O número total de Raças em nosso esquema evolutivo, passadas, presentes e futuras, é de dezesseis:
Quais cuidados são tomados para o nascimento de uma Raça?
Um Grande Guia da Humanidade:
O Propósito desse processo é produzir o tipo adequado de corpo para a futura Raça.
Qual a maior lição da Época Atlante?
Fomos ensinados a raciocinar e compreender que o “caminho do transgressor é muito duro” e “que devíamos temer a Deus ou guia condutor.
Quais as mudanças pelo quais passou o nosso Campo de Evolução – o Planeta Terra?
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os dezesseis caminhos para a destruição
Por que chamamos “Caminhos da Destruição”?
Estamos falando das 16 Raças que se sucederam (e se sucedem) em nosso projeto evolutivo, desde o final da Época Lemúrica até a 6ª Época que virá.
Nelas as almas correm o perigo de envolverem-se tanto em suas características, que acabam se cristalizando com elas.
Raças duram pouco, e o apego a elas faz com que muitos Egos se degenerem em seus corpos, e com isto estes serão deixados para trás nesse Esquema de Evolução.
Ou seja: há o grande perigo de que o Espírito possa enredar-se de tal maneira nos corpos de qualquer Raça, que não consiga seguir as outras ao longo do caminho da evolução.
O que é Raça?
Raça tem origem no Italiano; “razza” referente a linhagem ou criação.
Designa qualquer agregado de pessoas como pertencentes a um grupo com os mesmos ancestrais, que compartilham as mesmas crenças, os mesmos valores, a mesma linguagem ou outro traço social ou cultural.
Quais são as 16 Raças e quando elas aparecem?
O mago lemuriano era inocente; nunca abusou de seus poderes, por quê?
Porque o lemuriano ainda não tinha a mente misturada ao corpo de desejos, e consequentemente com a maldade. Ele vivia em espírito.
O que estimulou a construção dos olhos do lemuriano, já que não os tinha?
A própria luz. Nosso corpo é funcional, ao entrar em contato com a luz, desenvolveu os olhos e passou a ter a visão externa.
Quais os objetivos educacionais da Raça Lemúrica?
Desenvolver a imaginação para as meninas e a vontade para os meninos
Qual a faculdade que adquirimos quando obtivemos a Mente, tendo então uma forte força de Desejos?
A Faculdade de transmitir o que pensávamos. A astúcia é um material que usamos pelo corpo de desejos, que está hoje colado na nossa mente. Hoje o nosso pensamento está contaminado pelo desejo.
Como e por quem foi despertada nossa consciência do Mundo Físico?
Foi despertada pelos Senhores da Mente. Pegamos um atalho e escutamos a falsa luz, que eram os Espíritos Lucíferos
Explique a “Raiz do nariz” e o que fomos perdendo quando isto se definiu por completo?
Perdemos a visão dos mundos espirituais. A raiz do nariz fez com o corpo físico e vital se concentrizassem
O que significou a “Expulsão do Éden”?
Ganhamos a visão externa e perdemos a visão interna
Como as Raças entram em processo de Degeneração e o que realmente se degenera?
Degeneração: degenera o corpo físico, o Corpo Denso. Os mais evoluídos vão evoluindo seus corpos. Por isso as Raças se degeneram.
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Novembro:
Por que não Eu?
Diz-se que está em má situação quem tiver apenas e tão somente boas intenções.
Quem está no mundo deve trabalhar, trabalhar e trabalhar! A Fé sem obras é morta.
De nada adianta chegar à indigestão mental, ler, ler e ler; e não sair para o mundo, ir ao encontro dos seus irmãos tão ávidos de uma pequena ajuda. As ações sim é que falam por si.
E não precisamos sair às ruas, ir às comunidades, igrejas, etc., procurando onde ajudar.
Observemos, estejamos sempre atentos aos acontecimentos. Não precisamos nos deslocar para outros países, ou irmos a lugares distantes para nos doarmos. Olhemos ao nosso redor.
Há muitos irmãos e irmãs necessitados de ajuda, e estes muitas vezes se encontram do nosso lado, bem próximos, aguardando por uma palavra, um abraço, uma oração, um consolo e que lhe mostremos a saída, a solução, o caminho.
Quantas vezes passamos por alguém e nem o notamos?
Quantas vezes um “bom dia” mudaria o dia de alguém?
Muitas vezes constatamos nos nossos lares, nos nossos trabalhos, nas ruas, em reuniões, certas coisas a serem feitas, e simplesmente ignoramos, deixamos para alguém fazer. Nossa atitude muitas vezes é de esquivar-se.
Às vezes vemos tarefas simples que estão por fazer e deixamos para que outro o faça, e ainda pensamos: “por que eu devo fazer? por que eu?”. Simplesmente ignoramos.
Quando acordaremos para o trabalho no mundo? Quando pensaremos no “Serviço amoroso e desinteressado para com os nossos semelhantes”? No sentido real de ajuda.
Todo trabalho é digno e se alguém tem que fazê-lo, diga a você mesmo: “Por que não eu?”.
Afinal, o que desejamos, o que pretendemos no mundo? Desejamos ser Auxiliares Invisíveis – trabalhando enquanto em estado de vigília como um Auxiliar Visível consciente e à noite, depois da restauração do nosso Corpo Denso, como um Auxiliar Invisível consciente? Se sim, comecemos então com as pequenas e simples obras. As maiores virão e serão notadas.
Enxerguemos o irmão, a irmã, o amigo, a amiga, o próximo.
Cultivemos a Fraternidade aqui e agora.
Não façamos as coisas visando o nosso próprio bem.
O que nos torna um exemplo vivo é o SERVIÇO que executamos e a sinceridade com que o praticamos.
Muitos de nós não se fartam de ler, de buscar, de correr de Escola em Escola, só que se não pensarmos em ajudar o próximo, com certeza, seremos apenas grandes intelectuais, com algum conhecimento que não servirá para um Esquema de Evolução que foca na ação, no ato, no serviço, no agir.
Cristo quer que sejamos um exemplo vivo de AMOR fraternal, amor desinteressado. Essa é a realização dos Seus Mandamentos.
Se desejamos criar laços com a Fraternidade Rosacruz, comecemos já, nem que seja com orações, enviando pensamentos de amor e de ajuda aos demais. Procuremos saber a causa, a angústia e o sofrimento que estão passando nossos irmãos, nossas irmãs, na família, com os amigos, vizinhos, colegas de trabalho. Enxerguemos o outro.
Lembremos que estamos sendo observados o tempo todo. As nossas atitudes mostram quem somos.
A Deus não agrada largas e dispersas orações, nem discursos eloquentes, nem meditações profundas, mas sim uma vontade reta, uma intenção pura e uma doação sincera. No Ritual do “Serviço do Templo”, da Fraternidade Rosacruz, nós lemos todos os dias que o oficiamos: “O serviço amoroso e desinteressado para com os outros, é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus. O reconhecimento da unidade fundamental de cada um de nós com todos, a Comunhão Espiritual, é a realização de Deus. Para atingirmos essa realização, esforcemo-nos por esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade”.
Tenhamos então um coração puro.
Sirvamos onde tivermos que servir, que é onde exatamente estamos. Ajudemos sem olhar a quem.
Façamos ao outro o que gostaríamos que nos fizessem. Eis a regra de ouro!
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A Força de Atração e o Renascimento
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que renascemos aqui onde renascemos devido a uma das forças do Mundo do Desejo – a Força de Atração.
E isso tanto porque procuramos a “semelhança que atrai a semelhança”, como porque queremos pagar as nossas “dívidas de destino” o mais completo e rápido possível (!).
Isso é possível devido a que no Terceiro Céu (onde estamos nos preparando para mais um novo nascimento aqui) temos uma consciência muito mais clara do propósito da vida aqui e de qual é objetivo desse Esquema de Evolução que estamos inseridos.
Afinal, o nosso Corpo é simplesmente um instrumento, cujo trabalho depende de nós, o Ego, o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado, que o guia, assim como a qualidade de uma melodia depende da habilidade do músico e do timbre do instrumento.
Um bom músico não pode se expressar plenamente num instrumento pobre, assim como nem todos os músicos podem tocar de modo igual o mesmo instrumento.
Que um Ego procure renascer como filho ou filha de um grande músico não significa necessariamente que venha a ser um gênio maior que o pai, o que forçosamente sucederia se o gênio fosse herança física e não uma qualidade anímica.
A “Lei de Atração” explica, de maneira completamente satisfatória, os fatos que atribuímos à hereditariedade.
Sabemos que as pessoas de gostos análogos se procuram.
Se sabemos que um amigo vive em certa cidade, mas ignoramos o seu endereço, a lei de associação ser-nos-á guia natural no esforço para encontrá-lo.
Se for músico estará provavelmente em lugares onde se reúnem os músicos; se é estudante, procuramo-lo pelas livrarias, bibliotecas ou salas de leitura; ou se ele é esportista, busquemo-lo no hipódromo, nos campos de polo ou nos estádios, etc.
Não é provável que o estudante ou o músico, habitualmente, frequentem os lugares mencionados em último lugar, podendo também afirmar-se que a procura do esportista teria pouco êxito se feita nas livrarias ou em salões de música.
De modo semelhante, o Ego gravita ordinariamente em torno das associações de caráter semelhante ao seu.
Pode-se objetar: havendo na mesma família pessoas de gostos completamente opostos, e até inimigas ferrenhas, é a Lei de Associação que as reúne ali?
A explicação disso é a seguinte: durante as vidas terrenas o Ego estabelece relações com várias pessoas.
Estas relações podem ter sido boas ou não, implicando de um lado em obrigações que não foram liquidadas na ocasião, e de outro em injúrias e ódio entre o agravado e seu desafeto.
Mas a Lei de Consequência exige um exato ajuste de contas.
A morte não “paga tudo”, assim como, mudar de cidade não liquida nossos débitos financeiros.
No caso de dois inimigos, um dia se encontrarão de novo: o antigo ódio reúne-se na mesma família, pois o propósito de Deus é que nos amemos uns aos outros, devendo o ódio se transformar em amor.
Assim, ainda que sejam talvez necessárias muitas vidas em contendas, chegará o momento em que os inimigos aprenderão a lição e se farão amigos e mútuos benfeitores, ao invés de inimigos.
Em tal caso o Interesse (um dos dois Sentimentos do Mundo do Desejo) de ambos põe em atividade a Força de Atração, que os juntam.
Se tivessem simplesmente permanecido indiferentes um ao outro não poderiam achar-se associados.
Como entre as Leis de Deus temos que “todo relacionamento tem que terminar em amor”, então, eles voltam associados para ver se “dessa vez vai”
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Mente Pura – Coração Nobre – Corpo São
Eis o Lema Rosacruz. Notem também que o segundo nome do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” é Cristianismo Místico sendo definido como um tratado elementar sobre a evolução passada do ser humano, sua constituição atual e seu futuro desenvolvimento.
Essa obra básica da Fraternidade Rosacruz, desde o seu lançamento, no início do século XX, fez brotar muita gratidão e admiração em todo o mundo. Apesar disso, o próprio Max Heindel começou a sentir um grande receio de que o livro perdesse o seu objetivo.
Afinal, o propósito desse livro é o de satisfazer a Mente mediante a explicação intelectual do mistério do mundo, de forma que o lado devocional da natureza do Estudante Rosacruz pudesse desenvolver-se por conceitos que seu intelecto aprovasse. A obra abriu caminho à esta chamada do intelecto, dando grande satisfação à Mente investigadora.
A preocupação de Max Heindel era que os Estudantes Rosacruzes pudessem pender e se interessar pela concepção intelectual, de um modo tão imenso que nenhum desejo – tão fervoroso como necessário – de transcender o caminho do conhecimento e prosseguisse pelo caminho da devoção fosse praticado pelos Estudantes.
Se isso ocorresse, o livro certamente seria um fracasso, nas palavras de Max Heindel, pois “o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica”, segundo disse São Paulo. E o conceito do verdadeiro amor e em toda a sua plenitude só se consegue por meio do lado devocional do ser humano!
Para Max Heindel era fundamental que os Estudantes Rosacruzes se esforçassem para obterem através do Conceito Rosacruz do Cosmos, o que ele teve por intuição e orientação direta dos Irmãos Maiores, a verdadeira concepção espiritual. Também, para ele, se tornara necessário que os Estudantes Rosacruzes observassem (com o coração) o verdadeiro propósito do “Conceito Rosacruz do Cosmos”, seu objetivo e sua finalidade.
Ele sugeriu e comunicou a todos que ele pode que escrevesse em letras maiúsculas – e que sempre relessem e praticassem –, para que se lembrassem sempre: “ainda que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine”, e que mantivessem essa frase como marcador do livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Este amor ele desejou que sempre fosse utilizado no serviço e auxílio aos nossos semelhantes.
Pudemos ver aí uma grande preocupação de Max Heindel em não se perderem na intelectualidade.
O Conceito Rosacruz do Cosmos tem tudo que o Estudante Rosacruz precisa para alcançar o equilíbrio “cabeça-coração”, “ocultista-místico”.
O primeiro capítulo do livro onde temos o “Credo ou Cristo” já chama a atenção do leitor, quando lemos já em alguns dos seus versos:
“Não ama a Deus quem ao semelhante odeia, lhe espezinha a alma e o coração.
Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, por Deus mandado para aliviar o que leva pesado fardo, e dar paz ao triste, ao pecador e ao que luta.
Apenas uma coisa o mundo necessita conhecer, apenas uma bálsamo cura toda a dor, apenas um caminho conduz acima, aos céus, este caminho é COMPAIXÃO e AMOR.”
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A vida de cada pessoa é como um jardim
Nesse afortunado e fértil terreno só existe um único jardineiro: você.
A cada nova relação você planta uma nova semente. Algumas morrem antes mesmo de brotar, outras resistem ao tempo, mas muitas viram árvores repletas de flores e frutos.
Nesse jardim, a colheita é sempre obrigatória, semeie você o bem ou o mal.
Ao semear a raiva ou regar suas plantas com o ódio, os frutos nascem amargos, repletos de espinhos. No seu
sagrado quintal, algumas sementes não vão vingar, por mais que você tente. E tudo bem!
Algumas plantas não eram para fazer parte da paisagem.
A beleza e o perfume do seu jardim vão ficar eternizados quando você partir. Por isso, lembre-se sempre de cuidar das suas plantas com total devoção, e nunca deixe de espalhar, por cada canto que passar, generosas sementes regadas com muito amor.
O amor é base de tudo!!!
Semeie amor, sempre!!!!
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Oração do Estudante Rosacruz
Esta Oração define o procedimento correto que o Estudante Rosacruz deve ter, cotidianamente.
Viver de conformidade com o espírito dessa Oração, é necessário, mais do que necessário, é imprescindível, visto que as ações revestidas de tal caráter, têm efeitos contagiantes e é agradável ao Senhor Cristo.
Pois, deve existir a fé e devem existir as obras, pois a fé sem obras é coisa morta, e as obras sem a fé são de pouco valor.
A fé no ser humano é a força que abre os canais que nos comunicam com Deus, e é mediante a fé que nós podemos pôr em contato com Sua vida e Seu Poder.
A oração e a meditação constituem bases absolutamente essenciais para o crescimento da Alma.
Porém, se dependermos só da oração que sejam apenas palavras, pouco crescimento espiritual alcançaremos.
Para se obter resultados verdadeiros, toda nossa vida deve ser uma oração, uma perene aspiração.
Devemos nos dar conta de que não são as palavras que mencionamos durante a oração que contam, senão a própria vida que conduz à oração.
Só há uma maneira de provarmos nossa fé: é mediante as obras que realizamos dia após dia.
O fator determinante que sanciona corretamente se a classe de trabalho que fazemos é espiritual ou material, é a atitude que adotamos ao fazê-lo.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes
Resposta: É um caso de descontrole, falta de domínio. E que, ao invés de lhe ajudar, está lhe atrapalhando, mesmo quando “acontecem coisas maravilhosas e coerentes”. Pois isso lhe está fazendo perder o tempo tão rico quando, depois de restaurar nosso Corpo Denso, estarmos prontos para trabalharmos como Auxiliares Invisíveis inconscientes!!! Você (o Ego, o Espírito Virginal manifestado) – que não é os seus Corpos, nem a sua Mente – está perambulando pelas regiões inferiores do Mundo do Desejo. Além de perda de tempo, é perigoso!
Resposta: Quem disse que o objetivo de uma vida está em se casar? Se o irmão ou irmã tem plenas condições financeiras, emocionais, sociais, espirituais e de saúde deve fazer o sacrifício de ajudar a disponibilizar um Corpo para o irmão e a irmã que está na fila para renascer (e a fila é enorme!). No entanto, não há necessidade de se casar! Basta um relacionamento fraterno, de bem-querer, responsável e com amor ágape para a situação estar bem encaminhada! A amizade cultivada com as pessoas que estão a sua volta deve ser sempre fundamentada no mesmo amor entre um casal. Afinal somos todos irmãos e como tal é que devemos nos relacionar, e não se limitar em padrões externos: marido e esposa, pai e filho, mãe e filha, vizinho e vizinha, etc. Valorize a amizade e verá que maravilha!
Muitas vezes a solidão existe porque insistimos em querer nos relacionar com as pessoas que queremos e não as que estão a nossa volta! E pasme: fomos nós mesmos que escolhemos TODAS as pessoas a nossa volta!! Então, por que a rejeição agora? Semelhante sempre atrai semelhante!
Quer encontrar pessoas que compartilhe dos Estudos da Fraternidade Rosacruz para poder trocar informações, cultivar a amizade e dar boas risadas? Participe dos grupos do WhatsApp e das Redes Sociais. Veja aqui: https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/ alguns exemplos.
Resposta: Não necessariamente “tudo”. Depende do nível de perturbação. No entanto, sem dúvida, haverá perdas por falta de nitidez na gravação no Átomo-semente do Corpo de Desejos. No momento atual, sim, está havendo muita perda de muitas pessoas. Agora…tudo isso já estava previsto na vida dessas pessoas como uma “tendência”, uma “possibilidade”, sempre latente, que, ao escolherem determinados caminhos a despeito de outros, foi ativada pela própria pessoa. Será que houve realmente perdas significativas? Será que a pessoa estava obtendo as experiências que deveria obter, ou será que estava procrastinando? Será que com as possibilidades que temos hoje de nos desviarmos do que escolhemos para aprender (e, assim, adquirir experiências), desviamos tanto e tentamos tanto “deixar para depois” que, de fato, deixamos quando não houve a gravação suficiente nítida para ser parte fundamental da nossa vida post-mortem? Lembrando sempre que estamos sob a Lei de Causa e Efeito…colhemos o que semeamos…e nós é que sempre escolhemos.
Está surpresa pela quantidade de pessoas?
Então vejamos:
1ª Guerra Mundial: 20 milhões de mortos
2ª Guerra Mundial: 70 milhões
Mortos pelo Covid 19 (18/7): 598 mil
Reparem como sempre tivemos irmãos e irmãs “perdendo a eficiência da retrospectiva da vida quando o corpo não recebe a paz necessária nos, em média, 3,5 dias… O aprendizado será quase completamente perdido… Uma vida inteira de experiências seria quase que descartada”, pois nas guerras as situações são bem piores do que em uma pandemia e a gente nunca ficou alarmado???
Por que, então, só agora essa comoção? Corpo de Desejos nosso nos dominando e tentando nos envolver no medo, no temor e podendo nos levar à falta de fé?
Arrastando-nos para a descrença, o desespero e “a tomar remédios para depressão, ansiedade, pânico, etc.”!
Sem dúvida é importante nos fazer as perguntas sobre as possíveis causas (como explicamos acima), mas tenhamos a certeza de que Deus sabe o que faz com a sua criação, pois Ele é Amor e Luz!
E sempre agradecemos por estarmos aqui, muitos de nós meros expectadores e, se assim for, responsáveis por manter um ambiente de oração, de serviço, de amor e de muita fé.
À propósito, reparou com muitas pessoas não estão nem aí com ser Cristão, de fato e sem desculpas? E sendo Cristão, fazer a Retrospecção? Sim, porque esse exercício não é propriedade particular da Fraternidade Rosacruz. Com algumas pequenas diferenças também é ensinado nas verdadeiras Religiões Cristãs, desde os tempos de Cristo aqui.
Pois então: livre arbítrio, né?
Com o cumprimento da lei que se segue: Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito.
Qual, então, é o nosso papel como Estudantes Rosacruzes?
Orar…orar…orar.
Ficar vigilante, pois se tivermos alguma oportunidade explicar para o irmão e irmã a importância fundamental em fazer o Exercício de Retrospecção.
Afinal, como aprendemos, se formos constantes, firmes, persistentes e sempre executando esse Exercício, cada vez com uma qualidade melhor, quando morrermos não precisaremos de 3 dias e meio, quiçá nem de um 1 segundo, não é?
Por fim, tenhamos compaixões dos irmãos e irmãs que estão passando para o outro lado e perdendo boa parte das experiências que obteve enquanto aqui. E oremos para que aprendam no Purgatório que o “caminho do transgressor é duro” e não vale a pena continuar seguindo por ali.
Resposta: Na realidade não fica na Alemanha, nas terras da Alemanha, no espaço aéreo da Alemanha, mas sim na posição da Região Etérica do Mundo Físico onde atualmente está, em latitude e longitude o lugar que conhecemos como Alemanha. E a razão de estar nessa porção da Região Etérica do Mundo Físico é que essa porção é a que contém a maior quantidade de Éteres Luminoso e Refletor atualmente. Pode mudar? Sem dúvida. Basta outra porção da Região Etérica do Mundo Físico ter uma quantidade maior de Éteres Luminoso e Refletor. Todos que falaram até agora que o Templo mudou de lugar mentiram, pois quem “sabe não fala”, pois é Iniciado. E quem quer saber é curioso que utilizará essa informação para nada, a não ser para passar a ilusão “que tem informação privilegiada”, “ganhando” uma posição de destaque ilusório entre os seus.
Com certeza absoluta, se você tiver que saber onde ele se encontra, você saberá e a única razão para isso é porque você tem o mérito de poder participar de uma reunião que acontece na Região Etérica do Mundo Físico, estando ainda renascido aqui.
Resposta: Primeiro de tudo: não existe esse negócio de “Deus permitiu que a Raça branca se tornasse a mais poderosa”. Inclusive a Raça branca não é a “mais poderosa”. Também está atrasada nesse Esquema de Evolução (!). A grande maioria ainda tem lições que deveria aprender na Época Lemúrica e na Época Atlante que ainda não aprenderam e, pior, insistem em não aprender. A questão é que os irmãos e irmãs que conseguem construir um Corpo Denso com uma pele mais branca do que os demais também não quer mais dizer que estão mais avançados. Com a primeira vinda do Cristo, foi introduzida a miscigenação das Raças (multirraciais ou mestiças são as pessoas que não são descendentes de uma única origem. Um exemplo pode ser alguém com ancestralidade europeia e africana, ou com ancestralidade europeia e indígena) e, atualmente, é algo raríssimo ter um irmão ou irmã que seja de uma “Raça pura”. Atualmente, a questão não é mais somente a cor da pele, mas sim, a constituição dos órgãos, sistemas e demais partes do corpo. Isso é que faz o irmão ou a irmã aptos a aprender algumas lições que só poderiam experimentar com esse tipo de Corpo Denso.
Quanto aos irmãos e irmãs que são negros e que habitam regiões centrais do continente africano. É fácil identificá-los pelo seu comportamento onde utilizam meios de vida que utilizamos na Época Lemúrica mais acentuadamente (não são só reminiscências, mas sim estilo de vida). Quando falamos que é uma “Raça inferior”, o conceito Rosacruz disso é para descrever irmãos e irmãs que ainda não querem (e aqui é o segredo: a vontade própria, o livre arbítrio) aprender as lições da Época Atlante e nem da Época Ária. Obviamente, o contato desses irmãos e irmãs com irmãos e irmãs que já estão aprendendo lições daquelas Épocas vai, aos poucos, os auxiliando a entender a necessidade de seguirem para frente e para cima. Os irmãos e irmãs que constroem um corpo onde a pele é escura (para marrom até negro) e que já vivem em países da África que são conceituados como “ocidentalizados” ou que já vivem nos continentes americanos ou europeus já abraçaram as lições da Época Ária, apesar da dificuldade que ainda tem de construir um arquétipo de Corpo Denso mais adaptáveis ao ambiente americano, por exemplo.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Dezembro: 06, 12, 20, 27
“Ele enviou a sua palavra e os curou, e os livrou da morte.” – Salmos 107:20
Os Anjos são a “humanidade” do Período Lunar, que antecedeu o Período Terrestre. Eles atuam em todos os Reinos onde haja vida e expressões importantes do Corpo Vital, especialistas que são no Éter, matéria componente do seu corpo mais denso. Desse modo, ajudam na formação e na manutenção da Onda de Vida Vegetal, Onda de Vida Animal e da Onda de Vida Humana.
Os Anjos Lucíferes (ou Lucíferos ou, ainda, Espíritos Lucíferos) pertencem à Onda de Vida Angélica, mas, em determinado ponto da evolução, eles se rebelaram contra Jeová – o Líder e Senhor dos Anjos – e essa rebeldia se transformou em um problema de dimensões cósmicas.
Um grande acontecimento macrocósmico ocorreu na evolução, envolvendo não só o ser humano como, também, os Anjos, os Arcanjos e todo o Sistema Solar. Uma rebelião se processou quando parte dos Anjos, liderados por Lúcifer, voltou-se contra a autoridade de Jeová, o Senhor dos Anjos, iniciando uma “guerra no céu”, que culminou com a expulsão dos Anjos rebeldes que seguiram, sobre a direção de Lúcifer, para seu exílio no recém-formado Planeta Marte.
A intensidade desse drama cósmico causou um deslocamento no eixo polar de todos os Planetas e uma mudança no ritmo planetário do Sistema Solar.
Em que momento da evolução os Lucíferes iniciam sua influência direta sobre os seres humanos? Estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos que foi na última parte da Época Lemúrica quando a consciência do ser humano estava voltada para dentro, sendo ele unicamente consciente dos Mundos espirituais. Sua visão do mundo material (a Região Química do Mundo Físico) era pictórica como temos hoje em um sono com sonhos. Nascimento e morte aqui eram, portanto, desconhecidos, do mesmo modo que o brotar, secar e cair de uma folha não é sentido pela planta. Utilizava o Corpo Denso plenamente, porém sem qualquer poder sobre ele, exatamente como hoje usamos inconscientemente nosso estômago, nossos pulmões e demais órgãos involuntários.
Naquela época, no momento da procriação, os Arcanjos suspendiam sua influência restritiva sobre os recém-formados Corpos de Desejos e os Anjos conduziam os seres humanos a grandes templos onde o ato gerador era realizado em certas épocas do ano, em que as forças cósmicas eram mais favoráveis. As viagens de lua-de-mel de nossos dias são reminiscências atávicas daquelas migrações.
Os seres humanos viviam, nesse estágio, sem preocupação, sem consciência, guiados e controlados independentemente da sua vontade por agentes externos. Se tais condições se perpetuassem, o ser humano jamais se tomaria uma inteligência criadora como está destinado a ser.
O processo do despertar dessa consciência se iniciou quando as correntes de desejo do ígneo Planeta Marte se mesclaram com as correntes de desejo do Planeta Terra, de um modo muito peculiar a esses dois corpos planetários. As influências luciferianas entraram na atmosfera da Terra e agiram sobre a vida do Planeta e dos seus habitantes, tendo como foco particularmente a sua expressão emocional.
Os Lucíferes, não possuindo cérebro, comunicaram-se e identificaram-se com o ser humano através do recém-formado cérebro humano, estimulando a atividade mental para sua própria evolução, para conhecimento próprio e futura recuperação espiritual.
Agindo sobre a Imaginação, quando renascíamos aqui como mulher, que é o polo espiritual e negativo passivo da força sexual criadora, nos incitaram ao conhecimento e à percepção do Corpo Denso e do mundo material que habitávamos. Dessa forma, éramos manipulados por dentro e por fora num esforço para despertar nossa consciência adormecida para o Mundo Físico.
A Bíblia nos fala da expulsão do ser humano do Jardim do Éden ou a “Queda do Homem”, cabalisticamente representada por Adão ter comido o fruto da Árvore do Conhecimento oferecido por “Eva e a serpente”. Insinuando-se pela medula espinhal quando renascíamos aqui como mulher, os Lucíferes apareciam ante a visão feminina como serpentes ou seres semelhantes.
Assim, Lúcifer, o gênio da Lemúria, o portador da falsa luz, ajudou o ser humano, quando renascia como mulher, a solucionar o enigma de como, com a cooperação, também, do ser humano, quando renascia como homem, poderia exercer a função criadora independentemente da intervenção de Jeová. Dessa forma, unindo a força da Vontade do polo masculino à Imaginação do polo feminino, o ser humano liberta o Corpo de Desejos e cai, refém de Lúcifer. O uso ignorante e descontrolado da função sexual criadora trouxe como consequência o parto com dor, a enfermidade e a morte.
Gradativamente, a humanidade se esqueceu dos Mundos superiores, chegando ao absurdo de descrer que, dentro de si, habita um Espírito imortal. No entanto, nessa total imersão na matéria física, o ser humano conquistou finalmente a condição de indivíduo: um Ego na evolução, determinado a conquistar o mundo material. Seu Corpo Denso tornou-se endurecido e ele aprendeu a lutar para protegê-lo da fome e do frio. Sob a influência luciferiana, aprendeu a dominar os minerais e a utilizar os elementos Água, Terra, Fogo e Ar, iniciando o processo de desenvolvimento científico.
Não devemos esquecer que, embora caídos, os Lucíferes são Anjos e os que têm “olhos para ver” declaram que eles têm a beleza radiante atribuída aos deuses. Não é sua intenção inflamar os pensamentos e as paixões do ser humano a fim de destruí-lo. O que eles desejam é criar condições vantajosas para sua atividade. Onde há sabedoria e força para dirigir as energias luciferianas para fins construtivos, eles contribuem para que haja respostas aguçadas, rápida criatividade e percepção aumentada.
Como resultado do seu trabalho, todo o mal que está oculto no ser humano é trazido à luz da consciência, podendo ser eliminado pela nossa perseverança, da mesma forma como o alquimista purifica o metal, removendo as impurezas que sobem à superfície do caldeirão fervente das suas experiências.
Os seres humanos mais espiritualizados, conhecedores desses fatos, não fazem da fraqueza do ser humano uma desculpa para desmerecer essa classe de Espíritos que, embora abaixo dos Anjos, está mais adiantada na evolução do que nós. Se o ser humano fosse capaz, por seu livre-arbítrio, de usar essa força só para construir, outros seriam os resultados.
Cristo, o Senhor Supremo dos Arcanjos, tomou para Si a responsabilidade da redenção dos seres humanos, dos Anjos caídos, da restauração definitiva da posição do eixo da Terra e do realinhamento do Sistema Solar à sua divina ordem e harmonia originais. Uma vez que os Lucíferes se coloquem ao lado de Cristo e cooperem com Ele em Seu trabalho redentor, as forças magnéticas e vibrantes serão transformadas em canais de cura. Toda a vida na Terra será abençoada por essa radiação de grande magnitude, que fará avançar a Onda de Vida dos Lucíferes em sua jornada de volta ao alto estágio em que estão destinados a ocupar no reino angélico.
As radiações dos Lucíferes se manifestarão sob o suavizante raio verde, que é a cor complementar do vermelho, e que já é perfeitamente perceptível nas auras dos seres semi-celestiais que voltaram sua face em direção à luz.
A vontade dos Ensinamentos Rosacruzes é apressar esse dia, quando a dor, o pecado e a morte desaparecerão e nós seremos redimidos das escravizantes ilusões da matéria e despertados para a realidade do Espírito.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz do Rio de Janeiro-RJ de março-abril-maio-1999)
Tudo que se manifestou durante a curva descendente da involução subsiste até alcançar o ponto correspondente do arco ascendente da evolução.
Os atuais órgãos de geração degenerarão e se atrofiarão.
Os órgãos femininos foram os primeiros a existir como unidade separada. De acordo com a lei que diz que “o primeiro será o último”, serão os órgãos femininos os últimos a atrofiar-se.
Os órgãos masculinos começaram a diferenciar-se depois e, já agora, começam a separar-se do Corpo.
Agora vamos ver a razão de ter que ser assim:
Quando em meados da Época Lemúrica se efetuou a separação dos sexos (na qual trabalharam Jeová e seus Anjos), o Ego começou a agir ligeiramente em seu Corpo Denso, criando órgãos internos. Naquele tempo, o ser humano não tinha plena consciência de vigília, tal como possui hoje, mas com metade da força sexual, construiu o cérebro para expressão de pensamento, na forma já indicada. Estava mais desperto no Mundo Espiritual do que no Físico, mal podia ver seu Corpo e era inconsciente do ato de propagação. A afirmação da Bíblia de que Jeová adormeceu o ser humano, nesse ato é correta. Não havia nem dor nem perturbação alguma relacionada com o parto. Sua obscura consciência do ambiente não o inteirava, ao morrer, da perda do Corpo nem, ao renascer, da entrada noutro Corpo Denso.
Recorde-se: os Espíritos Lucíferos eram uma parte da humanidade do Período Lunar, os atrasados da onda de vida dos Anjos. Eram demasiado avançados para tomarem um Corpo Denso físico, mas necessitando de um “órgão interno” para aquisição de conhecimento podiam trabalhar por meio deum cérebro físico, coisa fora do poder dos Anjos ou de Jeová.
Esses espíritos entraram na coluna espinhal e no cérebro e falaram à mulher, cuja imaginação, conforme já se explicou, tinha sido despertada pelas práticas da Raça Lemúrica. Sendo a consciência predominantemente interna, pictórica, e porque tinham entrado em seu cérebro por meio da medula espinhal serpentina, a mulher viu aqueles espíritos como serpentes.
No preparo da mulher estava incluído assistir e observar as perigosas lutas e feitos dos seres humanos que se exercitavam no desenvolvimento da vontade. Muito frequentemente os Corpos morriam nas lutas.
A mulher surpreendia-se ao ver essas coisas tão raras e tinha obscura consciência de que algo estranho acontecia. Embora consciente dos espíritos que perdiam seus Corpos, a imperfeita percepção do Mundo Físico não lhe dava poder para revelar aos amigos que seus Corpos físicos tinham sido destruídos.
Os Espíritos Lucíferos resolveram o problema “abrindo-lhe os olhos”. Fizeram-na ciente dos Corpos, o seu e o do homem, e ensinaram-na como podiam conquistar a morte, criando Corpos novos. A morte não poderia mais dominá-los porque, como Jeová, teriam o poder de criar à vontade.
Assim, Lúcifer abriu os olhos da mulher, e ela, vendo, ajudou o homem a abrir o seu. Desta maneira, de forma real, se bem que obscura, começaram a “conhecer” ou a perceberem-se uns aos outros e, também, ao Mundo Físico. Fizeram-se conscientes da morte e da dor, aprendendo a diferenciar o ser humano interno da roupagem que usava e renovava cada vez que era preciso dar um novo passo na evolução. O ser humano deixou de ser um autômato. Converteu-se num ser que podia pensar livremente, à custa de sua imunidade à dor, às enfermidades e à morte.
Como vimos, o ser humano obteve o conhecimento por via cerebral, com o concomitante egoísmo, à custa do poder de criar sozinho, e a vontade livre à custa da dor e da morte. Quando aprender a empregar a inteligência para o bem da humanidade, adquirirá poder espiritual sobre a vida, e guiar-se-á por um conhecimento inato muito superior à atual consciência manifestada por via cerebral, tão superior a esta como a sua consciência de hoje é superior à consciência animal.
A queda na geração foi necessária à construção do cérebro, que é um meio indireto de adquirir conhecimento. Será sucedido pelo contato direto com a Sabedoria da Natureza. Então, sem cooperação alguma, o ser humano poderá utilizar esta Sabedoria na geração de novos Corpos. A laringe falará novamente a “Palavra perdida”, ou “Fiat Criador”, outrora empregada pelos antigos lemurianos sob a direção dos grandes instrutores, para criar vegetais e animais.
Será um criador de verdade e não na forma relativa e convencional do presente. Empregando a palavra apropriada ou a fórmula mágica poderá criar um Corpo novo.
(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Deus é perfeito. Mas nós, individualmente, não somos perfeitos. Devido ao processo de evolução nós estamos a cometer erros. E a maioria desses erros nós os cometemos por causa da nossa ignorância.
Em parte, isso é devido a irmos contra as Leis da Natureza. Na maioria das vezes deixamos nosso “Eu inferior” dominar a situação. Nosso “Eu superior” sabe como não pecar, como obedecer às Leis da Natureza. Isso prova nossa imperfeição. Usamos nosso livre arbítrio de modo contrário às Leis de Deus. Cometemos mais pecados por omissão do que por comissão. São pequenos pecados aos quais, na sua maioria, nem damos importância. Entretanto, ao passar do tempo esses pecados começarão a atrapalhar o nosso progresso espiritual.
O pecado é consequência natural das Religiões de Raça, as Religiões de Jeová. Essas Religiões eram Religiões de Leis, originadoras do pecado, como consequência à desobediência dessas leis. Sob essas leis todos pecavam. E chegou-se a tal ponto que a evolução teria demorado muito, e muitos de nós perderíamos a nossa onda de vida se não fôssemos ajudados.
Isso porque não sabíamos agir com retidão e amor. Nossa natureza passional tornou-se tão forte que não sabíamos mais como controlá-la. Pecávamos continuamente.
Na Época Lemúrica, a propagação da Raça e o nascimento eram executados sob a direção dos Anjos, por sua vez enviados por Jeová, o Regente da Lua.
A função criadora era executada durante determinados períodos do ano, quando as configurações astrais eram favoráveis. Como a força criadora não encontrava obstáculo, o parto realiza-se sem dor.
A consciência do Lemuriano era igual à nossa de hoje, quando estamos dormindo. Assim, ele era inconsciente do Mundo Físico e, portanto, inconsciente do nascimento, e da morte. Ou seja, essas duas coisas não existiam para o Lemuriano.
Quando havia o íntimo contato das relações sexuais entre o homem e a mulher nessa Época, o Espírito sentia a carne e por um momento o ser humano atravessava o véu da carne e observava uma ligeira consciência. A isso se referem várias passagens da Bíblia: “Adão conheceu a sua mulher”, ou seja: sentiu fisicamente. “Adão conheceu Eva e ela concebeu Seth”; “Elkanah conheceu Havah e ela concebeu Samuel”. Mesmo no novo testamento, quando o Anjo anuncia a Maria que será a mãe do Salvador, ela contesta: “Como pode ser isso possível, se eu não conheço a nenhum homem?”. Essas coisas perduraram até aparecer os Espíritos Lucíferos.
Como o ser humano via muito mais facilmente no Mundo de Desejo, os Espíritos Lucíferos manifestaram-se por aí, e chamaram-lhe a atenção para o mundo exterior. Ensinaram-lhe como podia deixar de ser manipulado por forças exteriores, como poderia converter-se em seu próprio Dono e Senhor, parecendo-se aos Deuses, “conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5). Também lhe mostraram como podia construir outros corpos, sem a necessidade da ajuda dos Anjos.
O objetivo dos Espíritos Lucíferos era dirigir a consciência do ser humano para o exterior. Essas experiências proporcionaram dor e sofrimento, mas deram também a inestimável benção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução dos seus poderes espirituais.
A partir daí foram os seres humanos que dirigiram a propagação e não mais os Anjos. A partir daí o ser humano ignorou a operação das forças solares e lunares como melhor Época para a propagação e abusou da força sexual, empregando-a para a gratificação dos sentidos. Então, restou a dor que passou a acompanhar o processo de gestação e nascimento.
Daí o ser humano conheceu a morte, pois via quando passava do Mundo Físico para os Mundos espirituais e vice-versa quando voltava, ao renascer.
A partir daí, como diz a Bíblia: “conceberás teus filhos com dor”. Isso não foi uma maldição de Jeová, como normalmente se acha. Foi uma clara indicação do que iria ocorrer quando se utilizasse a força criadora na geração de um novo ser sem tomar em conta as forças estelares.
Então, é o emprego ignorante da força criadora que origina a dor, a enfermidade e a tristeza.
Esse é o pecado original. “A terra te produzirá espinhos e abrolhos, e tu terás por sustento as ervas da terra. Tu comerás o pão no suor do teu rosto, até que te tornes na terra, de que foste formado.” (Gn 3:18-19).
A partir daí o ser humano teve que trabalhar para obter o conhecimento. Através do cérebro, interioriza parte da força criadora para obter conhecimento do Mundo Físico. Isso é egoísmo. Mas a partir da queda na geração, não há outro modo de se obter conhecimento.
Assim, uma parte da força sexual criadora do ser humano ama egoisticamente o outro ser, porque deseja a cooperação na procriação. A outra parte pensa, também por razões egoístas, porque deseja conhecimento.
Como resultado cristalizou os seus veículos e esqueceu-se de Deus. Os corpos debilitados e as enfermidades que vemos ao nosso redor foram causadas por séculos de abuso, e até que aprendamos a subjugar nossas paixões não poderá existir verdadeira saúde na humanidade.
Em resumo: o pecado original veio porque o ser humano usou o seu livre arbítrio e quis obter a consciência cerebral e a do Mundo Físico, pegando um caminho de atalho. Transformou-se de um autômato, guiado em tudo, num ser criador e pensante.
Aos poucos, através do sábio uso da força criadora sexual e da espiritualização dos seus corpos, o ser humano vai respondendo aos impactos espirituais e escapando do estigma do pecado original.
A partir do momento que o ser humano tomou para si as rédeas de sua evolução, ele começou a experimentar, agindo bem ou mal, fazendo o certo e o errado.
Como quando lhe foi dado a Mente – entre a última parte da Época Lemúrica até a segunda parte da Época Atlante – o Ego era excessivamente débil e a natureza de desejos muito forte, de modo que a Mente se uniu ao Corpo de Desejos, originando a astúcia, a tendência foi fazer mais o mal do que o bem, mais o errado do que o certo, desenvolvendo mais o vício do que a virtude.
Assim, devido à sua ignorância, foi lhe dada uma Religião que tinha como base o látego do medo, impelindo-o a temer a Deus.
Por causa desse medo, tentava-se fazer o bem, o certo. Mas a astúcia e a ignorância eram muito fortes e o ser humano fazia mais o mal.
Após isso, foi lhe dada uma Religião que o levava a certa classe de desinteresse coagindo-o a dar parte dos seus melhores bens como sacrifício: “Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar.” (Gn 8:20).
Noé simboliza os Atlantes remanescentes, núcleo da quinta Raça, a Raça Ária, e, portanto, nossos progenitores. Isso foi conseguido pelo Deus de Raça ou Tribo. Um Deus zeloso que exigia a mais estrita obediência e reverência. Mas, que era um poderoso amigo, ajudava o ser humano em suas batalhas e devolvia lhes multiplicando os carneiros e cereais que lhe eram sacrificados.
O ser humano não sabia que todas as criaturas eram semelhantes, mas o Deus de Raça ensinou-lhe a tratar benevolentemente seus irmãos de Raça e fazer leis justas para os seres da mesma Raça.
Entretanto, houve muitos fracassos e desobediência, pois o egoísmo estava – e ainda está – muito enraizado na natureza inferior.
No Antigo Testamento encontramos inúmeros exemplos de como o ser humano se esqueceu dos seus deveres e de como o Deus de Raça o encaminhou, persistentemente uma e outra vez.
Só com os grandes sofrimentos ditados pelo Espírito de Raça foi que os seres humanos caminharam dentro da lei. Isso porque o propósito da Religião de Raça é dominar o Corpo de Desejos, na maioria das vezes apegado à natureza inferior de modo que o intelecto possa se desenvolver. Portanto, essas Religiões são baseadas na lei, originadoras do pecado, como consequência à desobediência a essas leis.
Exemplos dessas desobediências e de suas consequências vemos no Pentateuco Mosaico, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento.
O ser humano foi pecando – pois não sabia agir por amor – por desobediência a essas Leis, baseadas na lei de consequência, e acumulando uma quantidade tão grande de pecados que se não houvesse uma intervenção externa muitos teriam sucumbido e toda a evolução perdida.
E essa ajuda foi a vinda de Cristo. Por isso ele disse que veio para “buscar e salvar os que estavam perdidos”. Cristo não negou a Lei, nem Moises, nem os profetas.
Disse que essas coisas já tinham servido aos seus propósitos e que para o futuro, o AMOR deveria suceder a Lei.
Ele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E o tirou, mas não o pecado do indivíduo.
Purificou e, continua purificando todos os anos, o Mundo do Desejo de modo que tenhamos matéria de desejos mais pura para construir nossos Corpos de Desejos e desejos superiores, mais puros.
Assim, por inanição, vamos eliminando nossas tendências inferiores, nossos vícios, o egoísmo, etc.
Ele nos deu a doutrina do Perdão dos Pecados. Ela não vai contra a Lei de Consequência, como muitos pensam, mas a complementa.
Dá aos que se interessam pela vida espiritual forças para lutar, apesar de repetidos fracassos e para conseguir subjugar a natureza inferior.
Mediante o Perdão dos Pecados, foi nos aberto o caminho do arrependimento e da reforma íntima.
Aplicando uma lei superior à Lei Mosaica, a lei do amor, conseguimos esse perdão. Se não o fazemos, teremos que esperar pela morte que nos obrigará a liquidar nossas contas.
Para conseguir o perdão dos nossos pecados temos que, quando cometermos um erro, ter um sincero arrependimento seguido de uma devida regeneração que pode ser um serviço prestado a quem injuriamos ou uma oração para essa pessoa; se for impossível a prestação do serviço poderá ser um serviço prestado a outrem. Com esse sentimento e essa compreensão tão intensa quanto possível do erro cometido, a imagem desse ato se desvanece do Átomo-semente do Corpo Denso, no qual foi gravado.
Lembremos que são as gravações desse Átomo-semente que formam a base da justa retribuição depois da morte e que é o livro dos Anjos do Destino. Com isso, no Purgatório, esse registro não estará mais lá e não sofreremos por esse ato errado, pois já aprendemos que ele é errado, restituindo-o voluntariamente. Lição aprendida, ensino suspenso.
Nesse ponto, muito nos ajuda o exercício noturno de Retrospecção, é ele que nos faz viver o Purgatório diariamente e nos ajuda na compreensão e no discernimento em fazer o bem e o que é fazer o mal.
Portando, não sigamos tanto a carne, o Mundo Físico, pois já passamos do tempo que precisávamos disso.
Não sejamos preguiçosos, gulosos, impudicos, voluptuosos, soberbos, avarentos. Pois em que nós pecamos, seremos gravemente castigados.
Relembremos, agora, os nossos pecados para podermos aproveitar melhor o tempo após a morte para ajudarmos os nossos irmãos e para construirmos melhores corpos.
Sejamos sábios utilizando toda essa ajuda que os nossos irmãos mais evoluídos nos dão.
Se vivemos para Cristo, veremos que toda tribulação dará prazer, pois a sofreremos com paciência e que: “a iniquidade não abrirá a sua boca” (Sl 106:42).
E pela paciência e persistência estaremos entre os escolhidos no dia do juízo, pois: “erguer-se-ão naqueles dias os justos com grande força contra aqueles que os oprimiram e desprezaram.” (Sab 5:1).
Que as rosas floresçam em vossa cruz
“Vi então uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças; sobre os chifres havia dez diademas, e sobre as cabeças um nome blasfemo. A Besta que eu vi parecia uma pantera: seus pés, contudo, eram como os de um urso e sua boca como a mandíbula de um leão. E o Dragão lhe entregou seu poder, seu trono, e uma grande autoridade. Uma de suas cabeças parecia mortalmente ferida, mas a ferida mortal foi curada. Cheia de admiração, a terra inteira seguiu a Besta e adorou o Dragão por ter entregado a autoridade à Besta. E adorou a Besta dizendo: “Quem é comparável à Besta” e quem pode lutar contra ela?”. Foi-lhe dada uma boca para proferir palavras insolentes e blasfêmias, e também poder para agir durante quarenta e dois meses. Ela abriu então sua boca em blasfêmias contra Deus, blasfemando contra seu nome, sua tenda e os que habitam no céu. Deram-lhe permissão para guerrear contra os santos e vencê-los; e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. Adoraram-na, então, todos os habitantes da terra cujo nome não está escrito desde a fundação do mundo no livro da vida do Cordeiro imolado. Se alguém tem ouvidos, ouça: ‘Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão; se alguém deve morrer pela espada, é preciso que morra pela espada’. Nisso repousa a perseverança e a fé dos santos.” (Ap 13:1-10)
Na simbologia oculta, “água” significa as emoções e a palavra “mar” costuma ser usada para indicar o Mundo do Desejo, cuja substância fornece o material para o Corpo de Desejos do ser humano e do animal. Desde a impregnação na Época Lemúrica e na Época Atlante pelos Espíritos Lucíferos no Corpo de Desejos do ser humano com o princípio demoníaco da paixão, muito mal (ação contrária às leis de Deus) foi cometido, e é a soma desse mal em todas as vida passadas que constituiu a “besta” subindo “do mar” ou o Guardião do Umbral, para ele.
O mal coletivo corporificado em todos as pessoas da Terra, o anti-Cristo é uma força poderosa no mundo. O ser humano, como uma entidade individual, é Sétuplo e Décuplo, sendo um Tríplice Espírito com um Tríplice Corpo e uma Tríplice Alma, conectados pela Mente.
Com relação ao Guardião do Umbral e como essa “besta” pode ser superada, Max Heindel diz o seguinte: “Quando o neófito entra no Mundo do Desejo conscientemente, após deixar seu Corpo Denso durante o sono, ele terá que passar por uma entidade. Essa é a personificação de todas as más ações de seu passado que, ainda não tendo sido expiadas, aguardam a erradicação em vidas futuras. Ele deve reconhecer e aceitar essa entidade como parte de si mesmo. Ele deve prometer a si mesmo liquidar, o mais rápido possível, todas as dívidas constituídas em sua péssima forma”.
“Essa entidade é um demônio e é neutralizada de outra forma, a qual representa todo o bem que um indivíduo fez no passado, e pode ser chamada de seu ‘Anjo da Guarda’. No entanto, essas forças gêmeas são invisíveis para o ser humano comum em todos os momentos, todavia, sempre potentes em sua vida”.
As pessoas que se esforçam para expiar os erros de seu passado, vivendo uma vida de pureza e serviço altruísta aos outros são aquelas que têm seus nomes: “Escrito no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo”.
Aqueles que continuam a responder com o mal dentro de suas próprias naturezas “Quem mata com a espada”, eventualmente, ficarão para trás na evolução e terão que recomeçar mais tarde.
(Publicado na: Rays From the Rose Cross – março/1916 – Traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Algumas partes da Bíblia foram escritas simbolicamente porque, na época em que essa obra foi escrita, a humanidade em geral não estava preparada para entender as verdades escondidas nos símbolos. O Apocalipse, também conhecido como o Livro da Revelação ( também chamado de Apocalipse de São João Evangelista) é uma dessas partes.
1. Para fazer download ou imprimir:
Elsa M. Glover – Uma Interpretação da Revelação de São João
2. Para estudar no próprio site:
UMA INTERPRETAÇÃO DA REVELAÇÃO DE SÃO JOÃO
por
Elsa M. Glover
Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82
Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil
Traduzido e Revisado de acordo com:
An Interpretation of the Revelation to John
1ª Edição em Inglês, 1977
Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
contato@fraternidaderosacruz.com
fraternidade@fraternidaderosacruz.com
Uma Interpretação da Revelação de São João
Algumas partes da Bíblia foram escritas simbolicamente porque, na época em que essa obra foi escrita, a humanidade em geral não estava preparada para entender as verdades escondidas nos símbolos. A Revelação é uma dessas partes.
Para aqueles que conseguem ler os símbolos, no entanto, o Apocalipse descreve o caminho da Iniciação e as coisas que o iniciado pode investigar nos mundos superiores, como as Hierarquias Criadoras, o passado, o presente e o futuro da evolução do ser humano e a história da disputa entre Jeová e os Espíritos Lucíferos.
O Capítulo 1 do Apocalipse é de natureza introdutória, expressando as circunstâncias em que São João recebeu a Revelação. Os Capítulos 2 e 3 descrevem o Caminho da Iniciação. As sete igrejas descritas são os sete passos no caminho da Iniciação.
Diferentes pessoas podem desenvolver as qualidades necessárias à Iniciação em ordem diversa e é possível que algumas qualidades necessárias possam ser trabalhadas simultaneamente. Portanto, as sete etapas descritas não correspondem necessariamente à ordem em que devem ser tomadas.
A igreja de Éfeso representa a dedicação da força criadora à espiritualidade e não à paixão. Ao Aspirante (Ap 2:5) é dito para se lembrar que caiu, que se arrepende e que já fez isso anteriormente. Na Época Lemúrica, o ser humano caiu no uso apaixonado de sua força criadora (descrita no Livro do Gênesis, Capítulo 2).
No entanto, aqueles que obtêm sucesso podem comer da Árvore da Vida (Ap 2:7). A Árvore da Vida simboliza a energia que dá a alguém a capacidade de viver na Terra tanto quanto desejar. É a energia cujo poder curativo mantém o Corpo Denso indefinidamente. Assim, quem conseguir usar a força criadora de forma regeneradora ganhará o poder de curar.
A Igreja de Esmirna representa a superação das tentações associadas à riqueza material. Quem tem pobreza material, mas riqueza espiritual, pode ser ridicularizado pelas Mentes mundanas (Ap 2:9). O Aspirante pode ser jogado na prisão pelo demônio para ser testado (Ap 2:10).
Isso significa que o Aspirante pode necessitar viver em condições de restrição material por um tempo para demonstrar que considera algumas coisas mais importantes do que conforto ou prosperidade. Quem vencer essa tentação, não será derrotado pela segunda morte (Ap 2:11). A primeira morte é a elevação da consciência acima do material, de modo que o material não tenha valor intrínseco. A segunda morte é a morte do Corpo Denso. A consciência espiritualizada não se importa com a morte física.
A igreja de Pérgamon representa a condução da força criadora para cima com a intensidade necessária para que as Glândulas Pituitária e Pineal comecem a vibrar resultando em visão espiritual. As correntes da energia criadora residem no trono de Satanás (Ap 2:13). Satanás representa os Espíritos Lucíferos cujo trono é a medula espinhal, onde trabalham para estimular as paixões, o egoísmo e a imoralidade (ou o uso indevido da força criadora).
Aqueles que não se arrependem permanecem em conflito com aquele que tem sua espada na boca (Ap 2:16). A espada simboliza a justiça divina de acordo com a Lei. Portanto, aqueles que falharem diante das tentações dos Espíritos Lucíferos terão sua retribuição segundo a Lei da Causa e do Efeito.
Contudo, os que vencerem as tentações receberão uma pedra branca e um novo nome (Ap 2:17). A pedra branca é o corpo daquele que conseguiu elevar a força criadora (chamada pedra filosofal). Um novo nome representa um novo estado de consciência, ou seja, a percepção dos Mundos superiores.
A igreja em Tiátira representa o controle das emoções e sentimentos. As emoções elevadas se expressam como amor, fé, serviço e paciência em suportar. (Ap 2:19). As emoções básicas podem levar os servidores a praticar a imoralidade e a comer alimentos sacrificados aos ídolos (Ap 2:20). Os servidores são as faculdades que possuem. A comida sacrificada aos ídolos representa o dar e, em seguida, o tomar o que foi dado, ou dar apenas onde se pode obter algo em troca.
Aqueles que não se arrependem podem adoecer e sofrer atribulação, e seus filhos podem inclusive morrer (Ap 2:22-23). Paixões e emoções egoístas causam conflitos, doenças, sofrimento e destruição. As crianças representam pensamentos e desejos produzidos pela natureza apaixonada. Crianças mortas comunicam a necessidade de eliminar os pensamentos e desejos egoístas mais cedo ou mais tarde.
A quem conquista, é dado poder sobre as nações, que irá governar com uma vara de ferro (Ap 2:26-27). As nações são as faculdades do ser humano. Quem controla suas emoções tem o controle de si mesmo. O ferro é o metal regido por Marte, o lar dos Espíritos Lucíferos. Portanto, governar com uma barra de ferro significa controlar as energias de Marte e a habilidade de suportar as tentações implantadas pelos Espíritos Lucíferos.
A igreja em Sardis representa a construção do Corpo-Alma. Aqueles que nominalmente estão vivos, mas na verdade já estão mortos (Ap 3:1) são aqueles que têm um Corpo Denso com o qual funcionam no Mundo Físico (e, portanto, estão fisicamente vivos), mas que não têm uma alma capaz de funcionar nos Mundos superiores (e, portanto, estão mortos para os Mundos superiores). As obras dos que não possuem Corpo-Alma não foram perfeitas aos olhos de Deus (Ap 3:2). Considere que um bom trabalho (serviço) é necessário para construir o Corpo-Alma.
A segunda vinda de Cristo será em algum momento desconhecido (Ap 3:3), e ele virá nas nuvens (Ap 1:7), ou seja, no Corpo-Alma. Aqueles que não desenvolverem seus Corpos-Alma não poderão segui-lo nesse momento. Aquele que conquista, será coberto por roupas brancas (Ap 3:5). A roupa branca se refere ao Corpo-Alma (às vezes chamada de Vestimenta Dourada das Bodas).
A igreja na Filadélfia representa a separação do Corpo-Alma (que são os dois Éteres superiores do Corpo Vital) e da parte superior do Corpo de Desejos do Corpo Denso, dos dois Éteres inferiores do Corpo Vital e da parte inferior do Corpo de Desejos. Essa separação torna possível os voos anímicos. Cristo colocou diante do Aspirante uma porta aberta, que ninguém pode fechar (Ap 3:8).
Antes da crucificação, apenas alguns escolhidos receberam o treinamento e as condições necessárias para se preparar para os voos anímicos. Na Crucificação, o espírito de Cristo mudou as condições etéricas da Terra de tal maneira que depois disso qualquer um pode se preparar e aprender a alcançar a separação necessária, a fim de poder ser capaz de voos anímicos. Assim, Cristo abriu a porta dos Mundos superiores para todos.
Aqueles que entrarem pela porta aberta nos Mundos mais elevados serão mantidos a partir daquela hora em uma provação, que surge em todo o Mundo (Ap 3:10). Quando alguém entra nos Mundos superiores se encontra com o Guardião do Umbral, que é a soma de todos os seus atos passados não redimidos.
Alguns, então, assumem conscientemente a responsabilidade de pagar suas dívidas para com o mundo e, assim, apagar esses registros. “Quanto ao vencedor, farei dele uma coluna no templo do meu Deus, e daí nunca mais sairá. Escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da Cidade do meu Deus — a nova Jerusalém, que desce do céu, de junto do meu Deus — e o meu novo nome.” (Ap 3:12). Tornar-se um pilar no templo de Deus representa o fim da necessidade de renascer na Terra. Com o nome de Deus inscrito em si representa ter alcançado a consciência de Deus. A palavra “Jerusalém” significa “morada da paz”. Ter o nome da nova Jerusalém inscrito em si significa ter alcançado um estado de paz interior.
A igreja de Laodiceia representa o desenvolvimento da vontade necessária para tomar o caminho. Pessoas que não esquentam nem esfriam são jogadas pela boca de Cristo (Ap 3:15-16). Aqueles que não querem ou não fazem nenhum esforço não são conduzidos pelo caminho da Iniciação, mas são autorizados a tomar o caminho mais longo, escolhido pela humanidade em geral. Aqueles que não sentem a necessidade do ouro refinado pelo fogo (o Corpo espiritualizado, a Pedra Filosofal) ou da vestimenta branca (Corpo-Alma) ou do unguento para os olhos (que proporciona a visão espiritual) não trabalharão para eles e nem os alcançarão (Ap 3:17-18). Cristo está chamando à porta (da consciência do ser humano), e se o Aspirante abrir a porta, o Espírito de Cristo entrará nele (Ap 3:20).
Quando o Aspirante chega à Iniciação, obtém a capacidade de ver nos Mundos superiores.
Em primeiro lugar, São João indica os poderes criadores que podem ser contatados nos Mundos superiores (Ap 4). Quem São João viu sentado no trono central representa Deus. Os vinte e quatro anciãos ao seu redor representam os polos positivos e negativos dos doze Signos do Zodíaco.
As sete tochas representam os sete Espíritos Planetários (os Espíritos de Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano). O mar de vidro representa toda a sabedoria, a Mente Cósmica. Esse é igual ao Mar Fundido por Hiram Abiff na Lenda Maçônica. Os quatro seres vivos, que são as representações simbólicas dos quatro Signos Fixos do Zodíaco, podem ser associados aos quatro elementos, aos quatro estados de matéria ligados a esses elementos e aos seres que trabalham nesses estados de matéria. Assim, o leão (Leão, Fogo, Região Etérica) representa os Anjos; o boi (Touro, Terra, Região Química) representa o ser humano; o homem (Aquário, Ar, Mundo do Pensamento) representa os Senhores da Mente; e a águia (Escorpião, Água, Mundo do Desejo) representa os Arcanjos.
Um nível alternativo de interpretação da visão de São João sobre Hierarquias Criadoras é possível. Para cada poder criador no universo há uma parte desse poder criador dentro do ser humano. Assim, sob a perspectiva do microcosmos, alguém no trono central pode ser interpretado como o Deus interior (Ego); os anciãos e as tochas como as forças zodiacais e planetárias dentro do ser humano; e os quatro seres vivos como os Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente do ser humano.
Nos Mundos superiores, é possível ver a evolução passada do ser humano, a vida e as atividades cotidianas após a morte e a evolução pretendida do ser humano. São João descreve de forma simbólica isso (Ap 5:11). O Capítulo 5 fala de um pergaminho fechado com sete selos, que apenas um Cordeiro morto é digno de abrir. O Cordeiro representa a Consciência Crística. O pergaminho representa a sabedoria que pode ser alcançada nos Mundos mais elevados. No Capítulo 6, São João diz que viu um cavalo branco com um cavaleiro com um arco, partindo para conquistas, o que representa o ser humano no início de sua evolução. O cavalo branco indica inocência e o arco, as aspirações. Então aparece um cavalo vermelho e um cavaleiro, que leva embora a paz da Terra. Isso representa o ser humano agindo sob paixões egoístas. Em seguida, surge um cavalo preto e um cavaleiro com uma balança de pratos na mão. Essa cena representa o ser humano envolvido na materialidade (obscuridade espiritual). A balança indica que o ser humano nesse estado deve ser regido pelas leis. Acrescenta-se que o azeite e o vinho não devem ser danificados. O azeite é o óleo para a lâmpada da vida, que é a alma. O vinho é a força da vida. As leis devem guiar o ser humano de tal maneira que ele não vai deter o crescimento de sua alma e não usará indevidamente a força da vida.
Por último, um cavalo pálido aparece, cujo cavaleiro é a morte. Finalmente todos os seres humanos morrem fisicamente. Em Apocalipse 6:12-17 é descrito o processo de morrer. A partir de um nível microcósmico da interpretação, o Sol e a Lua representam as forças solares e lunares dentro do corpo, e os reis da Terra representam as forças que governam as diferentes partes do corpo.
As estrelas que despencam do céu para a Terra representam as forças cósmicas que tomam o corpo quando o espírito o abandona. O céu desaparecendo em um redemoinho que o envolve se relaciona com o movimento espiral pelo qual saem os Corpos Vital, de Desejos e a Mente, quando abandonam o Corpo Denso.
A consciência de São João, então, entra no Mundo do Desejo e vê o que acontece com os seres humanos no Purgatório e no Primeiro Céu. Em Apocalipse 8:1-5, São João descreve um Anjo com um incensário e a fumaça que se mistura com as orações dos Santos. Então o Anjo pega o incensário, enche de fogo e o atira sobre a Terra. O incenso retrata os sentimentos feridos de pessoas inocentes. Os incensários cheios de fogo e jogados sobre a Terra indicam que, na mesma medida que uma pessoa faz os outros sofrerem, ela sofrerá o mesmo, e assim a Terra (ou o aspecto inferior de sua natureza) será queimada (ou expurgada). Em Apocalipse 8:6-9, 19 descreve com mais detalhes o processo no Purgatório. Os quatro Anjos mencionados em 9:15 são os quatro Anjos do Destino ou Arquivistas que monitoram o funcionamento da Lei de Causa e Efeito. Em Apocalipse 9:20, ele cita “Os outros homens, que não foram mortos por estes flagelos, não renunciaram sequer às obras de suas mãos”. Essas partes de nossa natureza inferior, que não forem erradicadas na experiência do Purgatório, ainda estarão presentes em nossa natureza em nossa próxima vida. Não é possível aprender todas as lições em uma só existência.
Em Apocalipse 7:1-17, São João descreve as experiências do ser humano no Primeiro Céu. Os quatro Anjos mencionados em 7:1 são novamente os quatro Anjos Arquivistas ou do Destino. Eles alertam para não prejudicar as 144.000 pessoas que foram seladas como servos de Deus. De acordo com os procedimentos da simbologia numérica, 144.000 é igual a (somando os dígitos) 9, que representa o número do ser humano. Isso indica que praticamente todos os seres humanos (depois de passarem pelo Purgatório) alcançam o Primeiro Céu. Essa interpretação é comprovada em 7:9 que descreve que: “uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados com vestes brancas”. Em 7:14-17, ele ainda observa que “nunca mais terão fome, nem sede, … e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos.”. A grande tribulação (em um nível microcósmico de interpretação) é o Purgatório. As vestes brancas indicam que o sofrimento no Purgatório limpou os Corpos de Desejos. “Eles não terão mais fome e sede” indica que o que eles desejarem na Terra (de natureza edificante) ali será realizado.
Quando o ser humano entra no Segundo Céu, passa algum tempo avaliando e assimilando as experiências de sua vida passada. Isso é descrito no Ap 10:8, 11, 2. São João conta como um Anjo lhe deu um rolo para comer que era doce em sua boca, mas amargo em sua barriga. O pergaminho representa sabedoria. Comer o pergaminho representa trazer sabedoria à consciência. Ser doce na boca representa ver a beleza ou a justiça de alguma parte da sabedoria. Ser amargo em seu ventre indica que quando chega a hora de usar a sabedoria e fazer o que você sabe que é certo (depois de retomar a vida na Terra) nem sempre é fácil ou agradável. A medição do Templo de Deus indica a avaliação das estruturas de seu Corpo Denso, seus hábitos, desejos e pensamentos da vida anterior. A São João foi dito para não medir o quintal. Isso indica que não se deve avaliar seus semelhantes e culpá-los por qualquer uma de suas falhas.
Já Ap 11:4-19 descreve, brevemente, a direção planejada para a evolução do ser humano. As duas oliveiras e os apoios de duas lâmpadas são as fontes de direção divina para o ser humano e as oportunidades para o crescimento da alma que chegam aos seres humanos (lembre-se que o azeite usado nas lâmpadas da vida representa a alma). A besta que se ergue do abismo pode travar uma guerra contra os profetas e matá-los. A besta é a paixão egoísta. A paixão pode tentar o ser humano a não seguir a direção divina e pode alcançar seu objetivo.
Contudo, os profetas voltam à vida. Embora a luz divina possa ser ignorada por um tempo, ela não pode ser extinta e retorna à consciência do ser humano. Finalmente, o Reino do mundo se converte no Reino de Cristo. Esta seção termina com a Arca da Aliança, vista no céu. A Arca é a representação simbólica do Iniciado (a arca continha as Tábuas da Lei, o Pote Dourado do Maná e a Vara de Aarão, que representam o Iniciado com a lei dentro do seu coração, o Corpo-Alma e os fluxos da força criadora espiritualizados).
Em Ap 12-22 temos a descrição da luta (no processo evolutivo) entre Jeová e os espíritos de Lúcifer. São João descreve ter visto uma mulher vestida com o Sol, com a Lua sob seus pés, que trouxe à luz uma criança. Um dragão que se sentou para devorar a criança, mas a criança foi elevada até Deus e a mulher fugiu para o deserto (Ap 12:1-6). A mulher simboliza as forças da criatividade física dirigidas pelo Deus lunar, Jeová. A criança que nasce é a humanidade. O dragão representa os espíritos de Lúcifer. O dragão, impedido de devorar a criança levada à Deus indica que durante a Involução, quando a consciência do ser humano estava nos Mundos superiores, o ser humano tinha pouca consciência e não podia ser induzido a atos de paixão e egoísmo pelos espíritos de Lúcifer, mas ao invés disso seguia docilmente a Jeová. O deserto é algo que está longe da ação diária do ser humano. A mulher fugindo para o deserto indica que o ser humano não era geralmente consciente do ato procriador em tal época.
Miguel e seus Anjos lutaram com o dragão e seus Anjos, e o dragão e seus Anjos foram expulsos do céu. Então o dragão foi para a Terra e perseguiu a mulher. A mulher recebeu as duas asas da grande águia para que ela pudesse voar para o deserto, longe do dragão. O dragão derrama água de sua boca atrás da mulher, mas a Terra engole o rio (Ap 12:7-17). O dragão e seus Anjos lançados do céu referem-se ao fato de que os espíritos de Lúcifer estavam ficando para trás na onda de vida angélica e necessitavam para sua evolução de um ambiente mais denso do que o dos Anjos. O dragão perseguindo a mulher na Terra indica que os espíritos lucíferos tentaram fazer com que o ser humano usasse suas forças criadoras para servir seus interesses. Como os espíritos de Lúcifer precisavam de conhecimento físico para sua evolução, os seres humanos tinham que deixar de confiar na sabedoria orientadora de Jeová e agir por iniciativa própria (independentemente das suas ações serem imprudentes). Ao ser humano foram dados dois meios para resistir às insinuações dos espíritos de Lúcifer. Um é representado pelas duas asas da grande águia, que representam as asas da oração, que ajudam o ser humano a colocar sua consciência em contato com o divino. O outro é representado pela Terra engolindo o rio que jorra da boca do dragão da Terra. O rio que jorra da boca do dragão indica os desejos egoístas com os quais os espíritos de Lúcifer tentam o ser humano. A Terra que engoliu esse rio indica que as restrições físicas podem colocar limitações em desejos egoístas (pois o ser humano não tende a parar de querer o que é fisicamente impossível de realizar).
Uma besta saiu do mar. A besta tinha uma ferida mortal, que foi curada. “Os homens adoravam a besta.” (Ap 13:1-10). O mar é a paixão. A besta é a parte inferior da natureza onde se constrói a paixão. A besta se recuperar de uma ferida mortal indica que quando acreditamos que eliminamos alguma falha de nossa personalidade, ela ainda pode surgir novamente.
“Homens adorando a besta” indicam o ser humano que falha na luta contra sua natureza inferior, decide aceitá-la como natural e, portanto, que é bom seguir seus ditames. Uma besta também se levantou da Terra. Ela fez grandes sinais e decepcionou aqueles que habitaram na Terra e deu poder à imagem da besta da água que havia enganado. O número dessa besta era 666 (um número humano) e estava marcado na mão direita ou na testa de todos (Ap 13:11-18). A besta que surgiu da Terra é o materialismo. O materialismo pode fazer maravilhas, como evidenciado pelas conquistas da ciência atual. Contudo, o materialismo também pode enganar aqueles que habitam na Terra. Pode levar as pessoas à crença de que tudo pode ser feito fisicamente e que não há poderes mais além do físico. O materialismo também fortalece a imagem da besta da água. Isso significa que promove o egoísmo e a paixão. Somando os dígitos do número da besta, temos 18 e, portanto, 9, simbolicamente o número do ser humano. Assim, a besta é fabricada pelo ser humano.
Ap 14-18 descreve como aqueles que seguem a besta trazem sofrimento para si mesmos e como a parte maligna de sua natureza é reduzida e eliminada. A Cidade da Babilônia representa a falta de sabedoria e a resultante confusão associada à existência material (a palavra “Babilônia” significa “lugar de confusão”), e ela é vencida. Finalmente, a fumaça da prostituta (da Babilônia) sobe (Ap 19:3), o que significa que a força criadora sobe e supera a paixão egoísta.
Ap 19:6-8 conta como o som do poderoso trovão de muitas vozes foi ouvido quando o casamento do Cordeiro ocorreu. A Noiva tinha preparado para si mesma roupas em linho fino, brilhante e puro, que são as boas ações dos Santos. A Noiva é a humanidade. A roupa de linho fino da noiva é o Corpo-Alma (que é concebido pelo serviço). Os trovões são vibrações atmosféricas que ocorrerão na segunda vinda de Cristo e que libertarão o Corpo-Alma (daqueles que têm um) do Corpo Denso e permitirão que essas pessoas vivam na Região Etérica do Mundo Físico. O casamento do Cordeiro indica a unificação da consciência do ser humano com a consciência de Cristo.
Ap 19:11-16 dá uma descrição simbólica de um Iniciado. Seus olhos como chama indicam que ele tem uma visão interna. Seu manto de sangue indica que o que ele conseguiu foi através do sofrimento. A espada em sua boca com a qual ele governa as nações indica que ele governa suas próprias ações e as mantém alinhadas com a Lei Cósmica. Governar com uma barra de ferro significa que ele tem domínio sobre a paixão.
Em Ap 19:17-18, os pássaros são descritos alimentando-se da carne de reis, capitães, homens e cavalos. Os pássaros simbolizam a alma, e sua alimentação da carne representa que a alma cresce como resultado da experiência física.
Ap 21-22 descreve a próxima Era. Que “a morada de Deus estará com os homens” implica que os seres humanos terão a consciência de Deus. Que não haverá mais dor significa que quando os seres humanos tiverem a consciência de Deus, eles não criarão mais as desarmonias que resultam em dor. Essa sede será saciada pela água da vida, indicando que os seres humanos terão o poder de cura. A Árvore da Vida na Nova Jerusalém também indica a posse do poder criador. A cidade de Jerusalém que vem de Deus aponta que a paz de espírito está associada à consciência de Deus. Que a Nova Jerusalém não terá Templo ou necessidade do Sol ou da Lua representa que o Deus interior (Ego) será capaz de dirigir seus próprios corpos e que um Deus externo não será necessário para a direção. O objetivo de um Livro como o Livro da Revelação, que descreve o caminho evolutivo do ser humano, é inspirar os seres humanos a trabalhar em harmonia com os Seres que guiam sua evolução. Todos nós podemos aprender a perceber que somos pobres, cegos e nus e, então, decidirmos comprar o ouro refinado pelo fogo, o unguento para ungir nossos olhos e as roupas brancas para vestir nossos corpos.
FIM
A Origem do Pecado, como aprendemos com ele e como sublimá-lo
Deus é perfeito. Contudo, nós, individualmente, não somos perfeitos.
Devido ao processo de evolução nós estamos sujeitos a cometer erros. E a maioria desses erros nós cometemos por causa da nossa ignorância.
Em parte, isso é devido a irmos contra as leis da natureza. Na maioria das vezes deixamos nosso “eu inferior” dominar a situação.
Nosso “eu superior” sabe como não pecar, como obedecer às Leis da Natureza. Isso prova nossa imperfeição. Usamos nosso livre arbítrio de modo contrário às Leis de Deus. Cometemos mais pecados por omissão do que por comissão. São pequenos pecados a que, na sua maioria, nem damos importância. Entretanto, ao passar do tempo esses pecados começarão a atrapalhar o nosso progresso espiritual.
O pecado é “consequência natural das Religiões de Raça, as Religiões de Jeová”. Essas Religiões eram Religiões de Leis, originadoras do pecado como consequência à desobediência dessas leis. Sob essas leis todos pecavam. E chegou-se a tal ponto que a evolução teria demorado muito, e muitos de nós perderíamos a evolução de nossa onda de vida se não fossemos ajudados.
Isso porque não sabíamos agir com retidão e amor. Nossa natureza passional tornou-se tão forte que não sabíamos mais controlá-la. Pecávamos continuamente.
Na Época Lemúrica, a propagação da raça e o nascimento eram executados sob a direção dos Anjos, por sua vez enviados por Jeová, o Regente da Lua.
A função criadora era executada durante determinados períodos do ano, quando as configurações estelares eram favoráveis. Como a força criadora não encontrava obstáculo, o parto realizava-se sem dor.
A consciência do Lemuriano era igual à nossa hoje, quando estamos dormindo. Assim, ele era inconsciente do Mundo Físico e, portanto, inconsciente do nascimento e da morte. Ou seja, essas duas coisas não existiam para o lemuriano. Eles percebiam as coisas físicas de maneira espiritual, como quando as percebemos em sonhos, quando parece que tudo está dentro de nós.
Quando, nessa Época, havia o íntimo contato das relações sexuais entre o homem e a mulher, o espírito sentia a carne e, por um momento, o ser humano atravessava o véu da carne e observava uma ligeira consciência. A isso se referem várias passagens da Bíblia: “Adão conheceu a sua mulher”, ou seja: sentiu-a fisicamente. “Adão conheceu Eva e ela concebeu Seth”; “Elkanah conheceu Havah e ela concebeu Samuel”. Mesmo no Novo Testamento, quando o Anjo anuncia à Maria que será a mãe do Salvador, ela contesta: “Como pode ser isso possível se eu não conheço a nenhum homem?“. Essas coisas perduraram até aparecerem os Espíritos Lucíferos.
Como o ser humano via muito mais facilmente no Mundo do Desejo, os Espíritos Lucíferos manifestaram-se por aí, e chamaram-lhe a atenção para o mundo exterior. Ensinaram-lhe como podia deixar de ser manipulado por forças exteriores, como poderia converter-se em seu próprio dono e Senhor, parecendo-se aos Deuses, “conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5). Também lhe mostraram como podia construir outros corpos, sem a necessidade da ajuda dos Anjos.
O objetivo dos Espíritos Lucíferos era dirigir a consciência do ser humano para o exterior. Essas experiências proporcionaram a dor e o sofrimento, mas deram também a inestimável benção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução dos seus poderes espirituais.
A partir daí foram os seres humanos que dirigiram a propagação e não mais os Anjos. Eles passaram, então, a ignorar a operação das forças solares e lunares como melhor época para a propagação e abusaram da força sexual, empregando-a para a gratificação dos sentidos. Então, restou a dor que passou a acompanhar o processo de gestação e nascimento.
Passaram, também, a conhecer a morte, pois viam quando eles atravessavam do Mundo Físico para os mundos espirituais e vice-versa, quando voltavam, ao renascerem.
A partir daí, como diz a Bíblia: “conceberás teus filhos com dor”. Isso não foi uma maldição de Jeová, como normalmente se acha. Foi uma clara indicação do que iria ocorrer quando se utilizasse a força criadora na geração de um novo ser sem tomar em conta as forças astrais.
Então, é o emprego ignorante da força criadora que origina a dor, a enfermidade e a tristeza.
Esse é o pecado original. “A terra te produzirá espinhos e abrolhos, e tu terás por sustento as ervas da terra. Tu comerás o teu pão no suor do teu rosto, até que te tornes na terra, de que foste formado”. (Gn 3:18-19)
A partir daí o ser humano teve que trabalhar para obter o conhecimento. Através do cérebro, interioriza parte da força criadora para obter o conhecimento no Mundo Físico.
Isso é egoísmo.
Contudo, a partir da queda na geração, não há outro modo de se obter conhecimento.
Assim, uma parte da força sexual criadora do ser humano ama egoisticamente o outro ser, porque deseja a cooperação na procriação. A outra parte pensa, também, por razões egoístas, porque deseja conhecimento.
Como resultado cristalizou os seus veículos e esqueceu-se de Deus. Os corpos debilitados e as enfermidades que vemos ao nosso redor foram causados por séculos de abuso, e até que aprendamos a subjugar nossas paixões não poderá existir verdadeira saúde na humanidade.
Em resumo: o pecado original veio porque o ser humano usou o seu livre-arbítrio e quis obter a consciência cerebral e a do Mundo Físico. Transformou-se, de um autômato, guiado em tudo, num ser criador pensante.
Aos poucos, através do sábio uso da Força Criadora e da espiritualização dos seus corpos, o ser humano vai respondendo aos impactos espirituais e escapando do estigma do pecado original.
A partir do momento em que o ser humano tomou para si as rédeas de sua evolução, ele começou a experimentar, agindo bem ou mal, fazendo o certo e o errado.
Na Época Atlante, quando lhe foi dado a Mente, o Ego era excessivamente débil e a natureza de desejos muito forte, motivo por que a Mente uniu-se ao Corpo de Desejos, originando a astúcia; a partir daí, então, a tendência foi fazer mais o mal do que o bem, mais o errado do que o certo, desenvolvendo mais o vício do que a virtude.
Assim, devido à sua ignorância, foi lhe dada uma Religião que tinha como base o látego do medo, impelindo-o a temer a Deus.
Por causa desse medo, tentava-se fazer o bem, o certo. Mas a astúcia e a ignorância eram muito fortes e o ser humano fazia mais o mal do que o bem.
Após isso, foi lhe dada uma Religião que o levava a certa classe de desinteresse, coagindo-o a dar parte dos seus melhores bens como sacrifício: “Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar”(Gn 8:20).
Noé simboliza os Atlantes remanescentes, núcleo da quinta raça, a Raça Ária, e, portanto, nossos progenitores. Isso foi conseguido pelo Deus de Raça ou Tribo. Um Deus zeloso que exigia a mais estrita obediência e reverência. Contudo, era um poderoso amigo, ajudava o ser humano em suas batalhas e lhe desenvolvia multiplicados “os carneiros e cereais” que lhe eram sacrificados.
O ser humano não sabia que todas as criaturas eram semelhantes, mas o Deus de Raça ensinou-lhe a tratar benevolentemente seus irmãos de raça e fazer leis justas para os seres da mesma raça.
Entretanto, houve muitos fracassos e desobediências, pois o egoísmo estava – e ainda está – muito enraizado na natureza inferior.
No Antigo Testamento, encontramos inúmeros exemplos de como o ser humano se esqueceu dos seus deveres e de como o Deus de raça o encaminhou, persistentemente, uma e outra vez.
Só com os grandes sofrimentos ditados pelos Espíritos de Raça foi que os seres humanos caminharam dentro da lei. Isso porque o propósito da Religião de Raça é dominar o Corpo de Desejos, na maioria das vezes apegado à natureza inferior, de modo que o intelecto possa se desenvolver. Portanto, essas Religiões são baseadas na lei, originadoras do pecado, como consequência à desobediência a essas leis.
Exemplos dessa desobediência e de suas consequências vemos no Pentateuco Mosaico, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. O ser humano foi pecando – pois não sabia agir por amor – por desobediência a essas Leis, baseadas na Lei de Consequência, e acumulando uma quantidade tão grande de pecados que, se não houvesse uma intervenção externa, muitos teriam sucumbido e toda a evolução perdida.
E essa ajuda foi a vinda do Cristo. Por isso ele disse que veio para “buscar e salvar os que estavam perdidos“. Cristo não negou a Lei, nem a Moisés, nem aos profetas.
Disse que essas coisas já tinham servido aos seus propósitos e que, para o futuro, o AMOR deveria suceder a Lei.
Ele é: “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E o tirou, mas não o pecado do indivíduo!
Purificou, e continua purificando todos os anos, o Mundo do Desejo de modo que tenhamos matéria de desejos, emoções e sentimentos mais pura para construir nossos Corpos de Desejos e desejos, emoções e sentimentos superiores, mais puros.
Assim, por inanição, vamos eliminando nossas tendências inferiores, nossos vícios, o egoísmo, etc.
Ele nos deu a doutrina do Perdão dos Pecados. Ela não vai contra a Lei de Consequência, como muitos pensam, mas a complementa.
Dá aos que se interessam pela vida espiritual forças para lutar, apesar de repetidos fracassos e para conseguir subjugar a natureza inferior.
Mediante o Perdão dos Pecados foi nos aberto o caminho do arrependimento e da reforma íntima.
Aplicando uma lei superior à Lei Mosaica, a lei do amor, conseguimos esse perdão. Se não o fazemos, teremos que esperar pela morte que nos obrigará a liquidar nossas contas.
Para conseguir o perdão dos nossos pecados temos que, quando cometermos um erro, ter um sincero arrependimento seguido de uma devida regeneração que pode ser um serviço prestado a quem injuriamos ou uma oração para essa pessoa – se for impossível o serviço – ou, ainda, um serviço prestado a outrem. Com esse sentimento e essa compreensão tão intensas quanto possível do erro cometido, a imagem desse ato se desvanece ao Átomo-semente, no qual foi gravado.
Lembremos que são as gravações desse Átomo-semente que formam a base da justa retribuição depois da morte e que é o livro dos Anjos do Destino. Com isso, no Purgatório esse registro não estará mais lá e não sofreremos por esse ato errado, pois já aprendemos que ele é errado, restituindo-o voluntariamente.
Lição aprendida, ensino suspenso!
Nesse ponto, muito nos ajuda o Exercício da Retrospecção. É ele que nos faz viver o nosso Purgatório diariamente e nos ajuda na compreensão e no discernimento em fazer o bem e o que é fazer o mal.
Portanto, não sigamos tanto “a carne”, o Mundo Físico, pois já é passado o tempo que precisávamos disso.
Não sejamos preguiçosos, gulosos, impudicos, voluptuosos, soberbos, avarentos. Pois no ponto em que nós pecamos seremos gravemente castigados.
Relembremos, agora, os nossos pecados para podermos aproveitar melhor o tempo após a morte para ajudarmos os nossos irmãos e para construirmos melhores corpos.
Sejamos sábios utilizando toda essa ajuda que os nossos irmãos mais evoluídos nos dão.
Se vivemos para Cristo, veremos que toda tribulação dará prazer, pois a sofreremos com paciência e que: “a iniquidade não abrirá a sua boca” (Sl 106:42).
E pela paciência e persistência estaremos entre os escolhidos no dia do Juízo, pois: “erguer-se-ão naqueles dias os justos com grande força contra aqueles que os oprimiram e desprezaram.” (Sb 5:1).
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Os cuidados de um Estudante Rosacruz trilhando o Caminho de volta à Deus
Nesse atual Esquema de Evolução em que estamos inseridos, houve um momento em que éramos ingênuos e inocentes. Guiados em tudo, protegidos em tudo, não tomávamos decisões próprias. Contudo, de acordo com o plano traçado por nosso Criador Deus Pai tínhamos que conhecer todas “as moradas” que ele criou para nós, os Seus filhos. E, ainda, considerando que fomos “feitos à Sua imagem e semelhança”, dentro de nós temos o preceito divino de criar por nós mesmos, de ousar, de ser original. Daí que continuar a ser autômato, guiado em tudo, não poderia ser um estado a durar todo o Esquema de Evolução.
Afinal, a Epigênese, aquela faculdade definida como “a liberdade para inaugurar algo inteiramente novo e não uma simples escolha entre dois cursos de ação”, faz parte de cada um de nós. Fomos criados com ela. Deus Pai já nos criou com ela. Então, como poderíamos ser autômatos, guiados em tudo para sempre?
Foi, então, graças à ajuda de seres vindos do Planeta Marte, os seres lucíferos – também conhecidos como Anjos caídos, espíritos lucíferos – que conseguimos nos livrar dessa dependência eterna.
Conhecemos o bem e o mal, usamos e abusamos da força sexual criadora. Conhecemos a dor e o sofrimento. Vivenciamos o egoísmo e a ambição. Todavia, conquistamos a Região Química do Mundo Físico. Transformamos essa Região num paraíso na Terra. Um lugar agradável de passarmos a nossa existência física. Tudo isso, como planejado pelo nosso Deus Pai.
Mergulhamos nessa Região do Mundo Físico a tal ponto de esquecermos dos outros Mundos! Acostumamo-nos a viver tão bem nesse Mundo que, para muitos, é impossível a existência de outros Mundos!
Estamos tão à vontade nesse Mundo, que tudo que procuramos fazemos comparações com algo desse Mundo. Pensar no concreto ficou mais fácil do que pensar no abstrato! Somos treinados a assim proceder desde que renascemos nesse Mundo, vida após vida.
Quando crianças, devido às forças que operam pelo polo negativo do Éter Refletor do nosso Corpo Vital serem extremamente ativas, temos uma clarividência involuntária. Ou seja: podemos “ver” outros Mundos, além deste. Frequentemente, quando crianças, falamos daquilo que, então, vemos, até que, por “dizer bobagens”, os castigos ou o ridículo que os adultos nos impõem nos fazem desistir de falar. É fato que as crianças têm invisíveis companheiros de brinquedo, que os visitam com frequência durante alguns anos de idade. Portanto, em virtude dessa insistência dos adultos e do mergulho na idade escolar – onde começamos a nossa convivência com a sociedade -, vamos fixando mais nossa atenção na Região Química do Mundo Físico.
Entretanto, estamos no mundo ocidental, no lado ocidental desse campo de evolução que conhecemos como Planeta Terra. Particularmente, estamos na parte onde estão a aprendizagem mais avançada para a espiritualidade: o Cristianismo.
Em outras palavras: os nossos irmãos e irmãs que renascem e vivem nesse lado já passaram o Nadir da Materialidade, o ponto mais baixo, mais denso que nós, como Espíritos Virginais, podemos alcançar na Região Química do Mundo Físico. Ou seja: já aprendemos a obter dessa Região tudo que poderíamos obter. Já conquistamos essa Região! Já conhecemos essa “morada” que Deus criou para nós. Ou ainda: já terminamos a Involução – a parte do Esquema de Evolução em que nos dedicamos à aquisição da consciência e à construção dos veículos (Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente) – e começamos a subir novamente na evolução – a parte do Esquema de Evolução onde convertemos os nossos Corpos em Almas e desenvolvemos a consciência até convertê-la em divina omnisciência. Ou seja, o objetivo é transformar e desenvolver as possibilidades latentes em poderes dinâmicos.
Tal qual lemos na Parábola do Filho Pródigo (Lc 15:11-32) em que o filho mais jovem sai da casa do pai. Após gastar tudo que tinha e conhecer tudo que podia, volta arrependido, mas cheio de conhecimento de outras moradas. Do mesmo modo, nós saímos da casa do Pai, ingênuos e inocentes – portanto, ignorantes – e começamos a nossa longa peregrinação através dos cinco Mundos mais densos que o Mundo que habitávamos no início (o Mundo dos Espíritos Virginais), os quais são: Mundo do Espirito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico.
Estamos voltando já com o conhecimento adquirido na Região Química do Mundo Físico. Não somos mais ingênuos neste Mundo. Somos conscientes e conseguimos conhecer este Mundo. Já sabemos compreender e podemos vivenciar o verdadeiro propósito desta vida, ou seja, a aquisição de experiências (e não a busca da felicidade).
E, mais ainda, já aprendemos que existem dois modos de adquirir essas tão valiosas experiências: pessoalmente (mediante a experimentação, muitas vezes dolorosa e dura) ou observando os atos alheios (raciocinando e refletindo sobre eles, guiados pela luz da experiência que já tenhamos alcançado).
Só o fato de já sabermos que esse é o objetivo desta existência mostra que estamos voltando à “casa do Pai”. E a aquisição dessas experiências é a nossa demonstração ao Pai de que aproveitamos o que ele criou para nós, que nos exercitamos como criadores.
São os talentos da Parábola que lemos em Mt 25:14-30, em que aqueles que utilizaram e multiplicaram tudo que Deus lhes deu, receberam mais. Entretanto, o preguiçoso, o medroso, o sovina, o avarento, até o único talento que tinha foi-lhe tirado, como lemos no versículo 29 do mesmo capítulo 25 citado acima: “Pois ao que tem muito, mais lhe será dado e ele terá em abundância. Mas ao que não tem, até mesmo o pouco lhe será tirado”.
Essa volta significa uma reorientação na nossa existência terrestre. É certo que continuaremos ainda, por muito tempo, na roda de nascimentos e mortes neste Mundo Físico, morrendo e voltando de tempos em tempos. É certo que continuaremos ainda, por muito tempo, com relações familiares, com obrigação de adquirir bens, de passarmos por tudo isso que significa funcionar no Mundo Físico. Afinal aqui é o baluarte da nossa evolução. Entretanto, considerando que a finalidade de nossa existência neste Mundo não é mais a aquisição de bens até ficarmos ricos, não é mais protegermos somente nossa família ou os nossos conhecidos, amparando-os e defendendo dos outros desconhecidos, enfim, não é mais a conquista deste Mundo, nem o de mostrar para os outros como se faz, então está na hora de buscarmos essa reorientação.
Com esse propósito de reorientarmos nossa existência, poderemos: assimilar melhor as lições que aqui aprendemos; construir corpos perfeitos para funcionar em cada Região de cada Mundo que Deus criou nos tornando conscientes dos outros Mundos, funcionar neles conscientemente e ajudar, mais eficientemente, nossos irmãos que tanto necessitam, companheiros na jornada, em direção à Deus.
Essa reorientação significa a renúncia de nós mesmos, detalhada pormenorizadamente na Bíblia, particularmente no Novo Testamento, que foi escrito especialmente para os que buscam a realização espiritual pelo único meio que é possível: o Cristianismo. Afinal, “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento”.
Ao nos submetermos em viver os ensinamentos de Cristo, conforme fornecidos no Novo Testamento, oferecemos voluntariamente nossos Corpos como um sacrifício vivente sobre o altar da fraternidade e do amor incondicional, amor ágape.
Essa renúncia não é nada fácil. E também não haveria de ser. Passamos tanto tempo exercitando a aquisição de tudo que podíamos que, quando chega o tempo de exercitarmos o desapego, é lógico que haverá dificuldades.
Se a renúncia se dá com alguma reserva, porque talvez não se tenha plena confiança em Deus, sofremos por achar que não conseguimos fazer nada correto, que Deus é injusto. É o caso, por exemplo, de confiar em Deus, mas procurar se resguardar cultuando várias religiões ao mesmo tempo – em especial as não-cristãs –, pedindo para todas a solução do problema. É o caso de quando se tem uma doença (ou alguém querido doente) ir a todos os médicos, do mais barato ao mais caro e, só depois (quantas vezes quando a situação não pode ser explicada pelos médicos, ou que se trata de problema complicado!) “apelar” a Deus, e ainda tentando barganhas.
Se a renúncia se dá de uma maneira desordenada e superficial, a princípio tudo se oferece, despe-se de tudo, mas depois, combatido pela tentação, voltam às comodidades e não se progride em nada. Entristece-se e se revolta com os que buscam a verdadeira renúncia, não compreendendo que o problema está dentro da própria pessoa.
Nem os do primeiro, nem os do segundo caso chegarão à verdadeira renúncia que traz a verdadeira liberdade do coração puro.
Engana-se quem acha que engana a Deus.
Os dois primeiros casos estão como a história do jovem rico que lemos em Mt 19:16-22: “E eis que alguém se aproximou e Lhe disse: ‘Mestre, que de bom devo fazer para alcançar a vida eterna?’. Cristo disse: ‘Por que me perguntas pelo bom? Um só é o bom. Se quiseres entrar na vida, observa os mandamentos’. Disse-lhe ele: ‘Quais?’. Cristo respondeu: ‘Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não prestarás testemunho falso, honra pai e mãe e ama teu próximo como a ti mesmo’. Disse o jovem: ‘Tudo isso tenho observado. O que ainda me falta?’. Respondeu-lhe Cristo: ‘Se quiseres ser perfeito, vai vende tudo que tens, dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus; depois vem e me segue’”.
Ao ouvir isso, o jovem se foi triste, porque possuía muitos bens.
A renúncia a que Cristo sugere é bem entendida, em sua totalidade, no livro de Jó, no Antigo Testamento.
Lá lemos exemplos de total desapego de si mesmo, das suas posses, da sua felicidade, de todos a quem ele ama, por amor e confiança em Deus.
Esse desapego e renúncia nos liberam para o próximo passo para cima e para frente: a conquista e o trabalho consciente na Região Etérica do Mundo Físico.
E por que é tão necessária essa renúncia, esse desapego das coisas que, até então, nos agarramos?
Devido à Região Etérica do Mundo Físico ser a contraparte do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo, de baixo para cima, onde cessa toda a separatividade, onde reina a fraternidade, onde Cristo — nosso guia e salvador — tem, como o Iniciado mais elevado do Período Solar, dos Arcanjos, o seu corpo mais inferior: o corpo Espírito de Vida.
Portanto, ao exercitarmos essa renúncia aqui, estamos adiantando para funcionarmos na Região Etérica num futuro não tão longínquo como todos pensam. Ao mesmo tempo estamos ajudando os nossos irmãos a percorrer esse caminho.
Se estamos numa Escola de Preparação para a Iniciação como a Fraternidade Rosacruz, Aspirante à Ordem Rosacruz, podemos ter certeza de que não é por acaso. Se somos verdadeiramente Aspirantes à Vida Superior, também não é por acaso. Simplesmente, chamamos para nós a responsabilidade de sermos vanguardeiros. Cada um sendo esteio no meio que está inserido. Cada um sendo a luz pequenina em cima do monte à disposição de quem dela precisa. Cada um sendo exemplo no meio em que está apontando o caminho, na maioria das vezes, não com pregações ou proselitismo, mas com exemplos de vida, de comportamento no seu dia a dia.
Afinal, enquanto Estudantes Rosacruzes são muitos os que nos observam e fazem de nós exemplos para suas vidas. São muitos os que dependem de nós, saibamos ou não. Portanto, se tropeçamos muitos tropeçam também. Se desistimos, muitos fracassam também. Contudo, a maior responsabilidade sempre será nossa. Afinal, escolhemos, de livre vontade, esse caminho. O caminho que vai de volta para a Casa do Pai!
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Nossa valorização individual: uma das grandes contribuições dada pelo Cristianismo
A grande contribuição dada pelo Cristianismo à humanidade foi a sua libertação. Essa libertação, se bem esteja claramente exposta nos Evangelhos, não é bem compreendida pelo Cristianismo Popular. Em muitos casos até há intenção de ocultar a verdade e submeter o ser humano a poderes temporais, a que ele gosta de se sujeitar. Infelizmente, muitos ainda permanecem num estado semelhante a um canário que ficou muito tempo na gaiola; quando lhe abrem a porta não quer partir para a amplidão dos céus ou, se vai, dá uma voltinha e regressa à sua cadeia, onde lhe dão comida e água. É cômodo e não lhe exige esforço. Por isso, muitos “pastores” de alma, seja nas igrejas ou em entidades espiritualistas, não gostam de tocar nesse ponto da libertação. Gostam mesmo de mostrar a necessidade de dependência. Nas escolas orientais a submissão ao mesmo é taxativa.
A Fraternidade Rosacruz, fundada por Max Heindel, como expositora dos Ensinamentos elementares da Ordem Rosacruz, cujos Irmãos Maiores são auxiliares diretos de Cristo na obra de redenção da humanidade, se distingue de tudo o que atualmente conhecemos, por seu esforço na libertação do indivíduo. A Fraternidade Rosacruz ensina como o Cristianismo nos liberta pelo conhecimento de seus valores internos (Jo 8:32), pela identificação com sua natureza divina, subjacente e ignorada (Jo 3:14).
Na Parábola do “Filho pródigo” vemos a nossa história, como Espírito Virginal diferenciado em Deus para obter experiência em nossa peregrinação involutiva, à custa de nossa herança espiritual, que ficaria enterrada e esquecida em virtude dos Corpos Denso, Vital, de Desejos e pela Mente que fomos construindo. Iniciamos a evolução com a ajuda das religiões primitivas. Depois veio Moisés e nos deu a Lei geradora do pecado, pois passaria a nos ensinar o que era transgressão e como deveríamos repara-la.
Contudo, devido ao nosso egoísmo e à falta de compreensão, reparávamos os pecados pelo sacrifício de animais. Depois veio Cristo e não revogou a Lei antiga. Antes, confirmou-a, mas nos deu a libertação do enlaço da matéria, o que, ao tempo de Moisés, seria tarefa extremamente difícil para boa parte de nós. Essa situação fora criada por nossa queda, quando os marcianos espíritos lucíferos, os Anjos decaídos, não podendo alcançar a evolução angélica, buscaram nosso cérebro e a força criadora que o sustenta, para, através de sua atividade, obter experiência e, em consequência, evoluir. Custou-nos alto preço “ouvi-los e seguir o que nos propôs”. É verdade que pelo embrutecimento sensorial decorrente obtivemos a vantagem da consciência atual, a capacidade de discernir, que os Anjos não têm. Por isso se disse que fomos feitos um pouco abaixo dos Anjos. Após a queda, as Religiões de Raça nos incutiram o sentido egoístico de separação e chegamos a tal estado de cristalização que nossa evolução ficou ameaçada. Não poderíamos, por nós mesmos, retomar a senda ascendente evolutiva que nos estava destinada, como filhos de Deus, de retorno à casa paterna.
Comíamos a “escória” dada como alimento aos “porcos”, nas duras experiências de nossa vida. Veio, então, o Libertador, o Cristo. Limpou o Corpo cósmico de Desejos da Terra, formado por todas as nossas antigas transgressões à Lei. Sacrificou-se como o “Cordeiro de Deus que limpou os pecados do mundo” (Jo 1:29), em lugar do cordeiro do tabernáculo. Foi quando se rasgou o véu do Templo, isto é, quando se abriram à nós, em geral, as possibilidades de libertação, Iniciação e acesso ao “Sanctum Sanctorum” – Santo dos Santos -, aos segredos e possibilidades de nossa própria natureza egoica, através da qual entrará, concomitantemente, nos arcanos da Terra e da humanidade, para mais altos serviços.
Não sem razão, pois, a citação de São Paulo, um Iniciado consciente dessa realidade: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (lCor 6:20), e “por preço fostes comprados, não vos torneis escravos de homens” (lCor 7:23).
Realmente, este mundo é uma escola em que somos apenas peregrinos (At 7:6, Hb 11:13 e IPd 2:11). E como somos destinados, quais sementes da árvore de Deus, a tornamo-nos iguais a Ele (Jo 10:34), a fazer obras maiores do que as realizadas por Cristo na Terra (Jo 14:12), deduz-se, logicamente, que o renascimento é um fato natural, pois nenhum de nós pode realizar numa vida o que nos está prometido nos Evangelhos. Pela evolução, nós iremos sublimando doravante todos os nossos veículos e deles levando a quinta essência, que nos dará a capacidade criadora. Realmente, os corpos são os meios de obtenção do alimento anímico que nos enriquece, a nós o Tríplice Espírito. No conjunto, o corpo é um precioso templo do Espírito (Jo 2: 21, ICor 3:17 e 6:19) que não deve ser desprezado como vil e inferior, segundo a concepção oriental, senão tratado com carinho, como ferramenta bem cuidada para que através dele nós possamos criar e crescer, pela Epigênese. Contudo, também aprendemos a não nos identificarmos com os nossos Corpos, senão governá-los, para que não nos suceda ficarmos escravizados a eles. Quem sabe que é de fato um Ego, um Espírito Virginal da onda humana manifestado, ama o Espírito e a ele serve e nesse ponto não adora imagens nem em templos de pedra, senão em espírito e em verdade (Jo 4: 24) porque em verdade nada restará de nossos corpos, ao fim dos atuais períodos evolutivos (Mt 24:2; Jo 2:19 e 21).
De todo o exposto, reconduzindo a nossa consciência ao seu real valor, como Filho de Deus, livre dos temores do inferno, porque sabemos que uma parte de Deus não se pode perder, comecemos a trabalhar diligentemente por nossa própria evolução, a fim de se tornar um novo ser humano (Ef 4:24; Col 3:10), sabendo discernir entre o real e o falso (ICor 6:12 e 19) e buscando se desvincular de todos os antigos hábitos errôneos (IPd 1:14 a 17) sem acender uma vela para Deus e outra para o diabo, como fazem os incoerentes de nossos dias (Mt 9:16 e 17). É preciso decisão, perseverança e humildade para limpar o templo interno (Jo 2:15 e 16) e ver nascer a estrela d’alva no coração (IIPd 2:19).
De toda nossa procura e experiência podemos, hoje, dizer aos novos companheiros: a Fraternidade Rosacruz é a escola aquariana que ensina e ajuda o indivíduo a se libertar de suas próprias limitações e o leva a uma concepção muito mais elevada e a possibilidades ilimitadas no campo das realizações internas, onde se encontra o Graal e sua lança (o Espírito e o seu poder). Contudo, para chegar a ele deve ser um autêntico e moderno cavaleiro, o novo e consciente Parsifal. O vivido Sir Launfal de retorno ao “seu castelo”.
Que nos eleve nas asas da aspiração; que nos armemos da couraça do valor e da persistência; que nos imbuamos de propósitos altruísticos, e que o Deus da paz será conosco!
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1964)