Resposta: Por meio da oração tornamo-nos um libertador e um dirigente do poder espiritual. Além disso, inúmeras pessoas tonalizadas e olhando em conjunto, em uma unidade de mútua aspiração, constitui uma combinação para libertação do poder espiritual muito maior do que se orassem isoladamente. Maior poder liberta-se por meio de um grupo e, consequentemente, obtém-se maiores resultados. Esse poder não é criado pelo grupo, mas resulta de um fator necessário que é o da oração em grupo. É algo da partilha do esforço de cada um que permite ao grupo libertar, utilizar e dirigi-lo para finalidades dignas. Quando o espírito de poder superior sincero e consagrado de uma pessoa se adiciona à de outra e, ainda, a de uma outra o resultado, em aritmética espiritual, não é a adição, mas uma multiplicação satisfatória, generosa e maravilhosa, pronto para ser empregado na solução de qualquer problema presente.
Entretanto, o que realmente acontece na atividade de orar? Qual o princípio envolvido? Quais as pessoas que poderão formar esse grupo? Para o que deve esse grupo orar? Como conduzir tais grupos? Consideremos essas perguntas:
O que acontece?
Várias pessoas unidas, em consonância, atuam umas com as outras, fundindo suas energias numa consciência de grupo, daí tornando-se um instrumento para geração de um poder espiritual muito maior do que aquele que poderia ser obtido isoladamente. Por meio da profunda realização de cada um, a unidade de esforços põe em movimento dinâmico as energias espirituais invocadas. Conforme é dito no Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz: “Se alguém se absorve numa intensa súplica a um poder superior, sua aura parece afunilar-se em forma muito semelhante à parte inferior da tromba marinha. Essa forma eleva-se no espaço a grande distância, e sintonizando-se com as vibrações do Cristo, do Mundo Interplanetário do Espírito de Vida, atrai para si uma Força Divina que penetra na pessoa ou no grupo de pessoas, e vivifica o pensamento-forma que elas criaram. Desse modo, o fim pelo qual se reuniram será atingido”.
Qual o princípio evidente?
Qualquer grupo com um objeto espiritual comum pode orar efetivamente em conjunto, porém seus esforços combinados serão mais poderosos se os membros entre si se tonalizarem astrologicamente. Empresários, empresárias, maridos, esposas, donas de casa, fazendeiros, fazendeiras, estudantes, professores, professoras, pessoas jovens e idosas, quaisquer grupos em que os corações de seus membros sintam a necessidade de servir, podem lealmente unirem-se em oração. E mais: podemos dizer que essa congregação será espontânea, resultado do impulso interno de cada um em congregar-se com outros. Métodos promocionais para organizarem-se não são aconselháveis, pois muitas vezes uma família pode formar uma pequena unidade, o essencial é que todos tenham um sincero desejo de atingir o objetivo comum.
Quais são as qualificações?
Já que o objetivo principal da oração é – ou deverá ser – estabelecer uma íntima comunhão com Deus, a fim de que a Vida e a Luz Divinas possam fluir e iluminar, permitindo que se cresça à imagem e semelhança de Deus, a pessoa que ora deve antes de qualquer coisa, possuir uma fé verdadeira, unida a um sincero desejo de servir amorosa e desinteressadamente ao irmão e à irmã focando na divina essência oculta em cada um deles, tornando-se um canal para a manifestação de Deus-Poder. Quanto mais possam concentrar-se, acompanhando esse esforço por um intenso sentimento de amor e devoção, mais eficiente será a oração. Além disso, cada membro do grupo deve, de boa vontade, subordinar seus interesses e cuidados pessoais as necessidades do grupo. Isso demonstra o grau de altruísmo necessário para as realizações do grupo.
Por que orar?
A Filosofia Rosacruz nos ensina que o objetivo das nossas orações deve ser de louvor e adoração a Deus. Isto tem a sua razão de ser, pois nossos Corpos de Desejos são formados do material das sete Regiões do Mundo do Desejo em proporção as condições determinadas pela natureza dos nossos pensamentos. Cada pensamento envolve-se em matéria de desejos afim à sua natureza. Tal fato aplica-se aos pensamentos formados e expressos na oração. Se egoístas, eles atraem e envolvem-se nas substâncias das Regiões inferiores do Mundo do Desejo, mas se forem nobres, altruístas na tonalidade das Regiões da Luz Anímica, da Vida Anímica e do Poder Anímico – as Regiões superiores do Mundo do Desejo – da nossa natureza espiritual. “Buscai o Reino de Deus e Sua justiça e resto vos será dado por acréscimo“, eis um ensinamento de Cristo muito aplicável aqui. Quando anuímos com esse ensinamento Cristão, poderemos descansar certos de que todas essas coisas serão alcançadas. Portanto, quando orarmos por alguém, ponhamos todo o nosso coração na súplica a fim de que ele possa permanentemente trilhar o Caminho, encontrando a Verdade e a Vida, para que encontrando-o – “o maior de todos os tesouros” – nenhuma necessidade possa afligi-lo.
Como poderá o grupo ser conduzido?
A oração é íntima e sagrada, necessitando paz e inspiração para torná-la efetiva. Muitos grupos – grandes ou pequenos – beneficiam-se iniciando seus trabalhos por uma curta exposição introdutória ou por uma conversa cuidadosamente dirigida ao longo de linhas espirituais. Assim o “fogo da inspiração” poderá ser melhor aceso efetivamente, e a intensidade de sentimentos poderá ser lograda sendo, dessa forma, atingido o objetivo desejado. A tonalidade geral dessas reuniões deve fundamentar-se sempre nestas palavras: “Onde dois ou três reunirem-se em Meu Nome Eu estarei no meio deles.”
É, naturalmente, desejável que muitos façam esse trabalho espiritual prático. Portanto, poderá haver tantas unidades quanto sejam possíveis. Uma pequena unidade quase sempre trabalha em maior harmonia do que uma grande, pois quanto maior for a unidade de sentimentos, mais poderosa será a energia gerada. Qualquer igreja ou outra organização religiosa onde muitos desejam participar de grupos de oração é bom planejar para um determinado dia, numa semana ou mês, reunirem-se com a duração de uma hora ou mais. No início, a pessoa que está liderando o grupo poderá proferir uma exposição inspiradora para todos, podendo, também, divulgar notícias de grupo menores, aumentando o sentimento de unidade e de desejos para atingirem o objetivo comum. Então, cada pequeno grupo de três ou mais pessoas, que tenham deliberado a trabalhar em conjunto, poderá esgotar o tempo, dedicando-o à sua própria reunião. Ou poderá acontecer o contrário, isto é, deixar a reunião geral por último.
Essa é uma maravilhosa cooperação espiritual. Edifica uma profunda consciência de grupo de valor inegável, e amplia o poder individual, permitindo tocar-se em recursos ocultos jamais percebidos. A participação nessa consciência de grupo pode ser obtida por todos aqueles que estejam dispostos a pôr de lado seus próprios desejos especiais por uns poucos minutos, diariamente, para juntarem-se com outros também desejosos de atingirem o mesmo fim. Representa um alto privilégio para servir, dessa forma, a Cristo.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz março/1975 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Resposta: Nós ascendemos ao Primeiro Céu, que está localizado nas três Regiões Superiores do Mundo do Desejo. O resultado do sofrimento purgatorial é incorporado, como consciência, ao Átomo-semente do Corpo de Desejos, para que no futuro possamos ter internamente a percepção entre o bem e o mal, naqueles pontos que transgredimos na última vida vivida aqui.
O reto sentir é a conquista adquirida nesse processo, impulsionando-nos para o bem e advertindo-nos contra as mesmas tendências e tentações.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)
INTRODUÇÃO
Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.
Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.
Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).
Para que serve audiolivro?
O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:
O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.
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FIM
Resposta: Sim, todas são Clarividentes, pelo menos durante o primeiro ano das vidas delas. O período de tempo em que elas conservarão essa faculdade dependerá, em grande parte, da espiritualidade e, também, do ambiente em que vivem, pois, a maioria das crianças comunica tudo o que veem para as pessoas com mais idade e a faculdade da Clarividência acaba sendo afetada pela atitude dessas pessoas. Muitas vezes, as crianças são ridicularizadas, mas nada disso afeta a natureza sensível desses pequeninos. Pois, logo aprendem a excluir as cenas que provocam a reprovação das pessoas com mais idade ou, pelo menos, aprendem a guardar essas experiências só para si. Quando são ouvidas, muitas vezes, revelam coisas maravilhosas e, assim, é possível traçar como foi uma vida anterior delas por meio dessas informações. Isso acontece, particularmente e com mais facilidade, se a criança morreu na vida anterior dela ainda criança, uma vez que o tempo de estada dela nos Mundos invisíveis foi de um a vinte anos, de modo que é possível verificar esta informação. Crianças que, em suas vidas anteriores, morreram na infância são muito mais aptas a lembrar do passado e a serem Clarividentes do que aquelas que, em vidas anteriores, não morreram como crianças, porque o Corpo Vital e o Corpo de Desejos não nascem na mesma época em que ocorre o nascimento do Corpo Denso da criança, mas nascem aos sete e aos quatorze anos de idade, respectivamente, e o que não foi vivificado não pode morrer, de forma que, se uma criança falece antes do nascimento do Corpo Vital ou do Corpo de Desejos, não irá para o Segundo e Terceiro Céus, mas permanecerá no Mundo do Desejo e, assim, renascerá com o mesmo Corpo de Desejos e a mesma Mente que possuía em sua vida anterior, estando, consequentemente, muito mais apta a se lembrar de tudo que aconteceu. O autor se deparou com um desses exemplos anos atrás no sul da Califórnia.
Um dia em Santa Bárbara, Califórnia, um homem chamado Roberts procurou um Clarividente treinado e teósofo e, também, conferencista, para pedir-lhe ajuda num caso muito invulgar. O Sr. Roberts passeava pela rua no dia anterior, quando uma menina de uns três anos correu para ele, abraçou-lhe os joelhos, chamando-o “papai”. O Sr. Roberts indignou-se, julgando que alguém procurava atribuir-lhe a paternidade da criança. Entretanto, a mãe da criança chegou rapidamente e, tão surpresa quanto o Sr. Roberts, tentou levá-la. Contudo, a menina não queria largá-lo, insistindo em que o Sr. Roberts era seu pai. Devido a circunstâncias que depois mencionaremos, o Sr. Roberts não pôde afastar essa cena do pensamento, resolvendo procurar o Clarividente, que o acompanhou até a casa dos pais da menina. Esta, ao vê-lo, correu novamente para ele, chamando-o outra vez de papai. O Clarividente, a quem chamaremos “X”, primeiramente conduziu a menina para perto da janela a fim de verificar se a íris do seu olho se dilatava e contraia-se conforme se afastasse ou se aproximasse da luz. Isso comprovaria se alguma outra entidade que não fosse a legítima dona estava de posse do Corpo da menina, posto que o olho é a janela da Alma e nenhuma entidade “obsessora” pode controlar essa parte do Corpo. Concluindo que a menina era normal, o Clarividente passou cuidadosamente a inquirir a pequena. Depois de paciente trabalho efetuado durante a tarde, e com intermitência para não a cansar, eis, abaixo, o que ela contou.
Vivera com seu pai, o Sr. Roberts, e outra mamãe numa casinha solitária, de onde não se via nenhuma outra casa. Próximo havia um riacho, em cuja margem cresciam algumas flores (nesse momento a menina correu para fora, trazendo na volta umas pequenas flores de salgueiro) e havia uma tábua sobre esse riacho, tendo sido advertida para não o cruzar, pois havia o perigo de cair nele. Um dia o pai abandonou-as, a ela e à mãe, para não mais voltar. Quando acabaram os alimentos sua mãe deitou-se na cama, onde ficou muito quieta. Por fim, disse singularmente: “então eu também morri, mas não morri. Eu vim para cá”.
Era a vez de o Sr. Roberts contar a sua história: há dezoito anos vivera em Londres, onde o pai era cervejeiro. Apaixonando-se pela jovem criada da casa, o pai se opôs, mas ele se casou e fugiu com ela para a Austrália. Ali rumaram para o campo, construíram uma pequena granja e edificaram uma casinha junto a um riacho, exatamente como dissera a menina. Então, eles tiveram uma filha. Um dia, quando ela tinha perto de dois anos, o pai saiu cedo com destino a uma clareira, algo distante da casa. Ali um homem armado lhe deu voz de prisão, alegando que ele fora o autor do roubo de um banco justamente na noite em que deixara a Inglaterra. O Sr. Roberts pediu, então, que lhe fosse permitido ver sua mulher e filhinha. O guarda recusou, julgando se tratar de uma armadilha para fazê-lo cair nas mãos dos confederados, e obrigou-o, de arma apontada, a caminhar até a costa. Dali foi enviado à Inglaterra e submetido a julgamento, quando pôde provar sua inocência.
Muito tempo se passou até que as autoridades atendessem seus constantes rogos para que fossem buscar sua esposa e filha, as quais já presumia quase mortas de fome naquele país selvagem e isolado. Mais tarde, uma expedição foi enviada à cabana e não encontraram mais que os esqueletos de ambas. Entrementes, o pai do Sr. Roberts havia morrido e, embora o houvesse deserdado, seus irmãos dividiram com ele a herança. Então, completamente aniquilado, viajou para a América.
O Sr. Roberts exibiu na ocasião algumas fotos suas, de sua esposa e da filha. Por sugestão do Sr. “X” foram elas misturadas com certo número de outras e mostradas à menina, que sem vacilar assinalou as fotografias de seus antigos pais, mesmo tendo o Sr. Roberts mudado bastante em seu aspecto físico.
(Pergunta 139 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
No lado inferior da capa tem duas flores-de-lis, simbolizando a Trindade Divina: Pai, Filho e Espírito Santo; mas, como na Época aqui apresentada somente o Pai e o Espírito Santo estavam ativos, temos apenas duas pétalas da flor pintadas de vermelho e, portanto, indicando energia.
Vemos os seres criados como dois fluxos subindo, por um tempo, com dois Corpos ativos, o Corpo Denso e o Corpo Vital; mas, depois de um tempo o Corpo de Desejos é acrescentado e isso é representado pelo vermelho aparecendo nos fluxos ascendentes.
Embora os dois fluxos pareçam iguais, eles são totalmente diferentes. O do lado esquerdo corresponde ao seres criados que são conhecidos, em nossa literatura, como os Filhos de Caim. Eles estão repletos de energia positiva e são os artesãos no mundo, os phree-messen[1], que abrem o seu caminho através da vida ultrapassando os obstáculos, pois sabem que isso fortalece o caráter. Eles trabalham por meio do intelecto, demonstrado pela lamparina que tem nove raios saindo da chama, mostrando o caminho positivo escolhido pelo Estudante esoterista.
O do outro lado, o direito, corresponde aos seres criados que são conhecidos, em nossa literatura como os Filhos de Seth, desenvolvem o lado devocional da vida, o do Coração. A chama divina tem apenas oito raios, um caminho negativo (passivo); os que seguem esse caminho querem um líder, alguém para seguir, alguém para adorar. Eles são os devotos, normalmente espalhados pelas igrejas do mundo, e que obedecem aos ensinamentos fornecidos pelos seus líderes.
Os dois fluxos de vida seguem para cima, lado a lado, até chegar o momento em que os sábios e os amorosos que lideram a nossa evolução decidem que, para acelerar a evolução, é necessário que os dois fluxos se unam e planejam que isso será realizado por meio da construção de um Templo pelos artesãos para os adoradores e que os dois fluxos se uniriam em um Místico Mar Fundido. Podemos ver o impulso maravilhoso pelo cálice erguido de cada lado e preenchido com o vermelho do “vinho da vida”. Pode se ler essa história na construção do Templo do Rei Salomão. Esse plano foi frustrado pela traição dos Filhos de Seth, que ficam do lado direito. E depois disso cada um dos fluxos se afastou mais do que em qualquer tempo antes.
Um condição grave é demonstrada pelo fato de alguns caírem inteiramente no materialismo. Mas, ainda assim, a Onda de Vida humana continua vivendo e progredindo, o devoto e o cientista, o místico e o ocultista, cada um seguindo seu próprio caminho, independente do outro, até que foi atingido um estado tal de materialismo que os líderes espirituais viram um grande perigo para o futuro. Para impedir que o plano de evolução fosse frustrado, foi permitido a destruição em massa de corpos dos seres humanos que, por um tempo, parecia que varreria a humanidade da Terra. Veja a ruptura em ambos os lados. Mas, essa calamidade tem o efeito desejado: vemos, agora, uma grande força e ambos os lados se viram novamente voltados em direção um do outro, em que eles podem se unir em breve como um único fluxo.
Na parte inferior da página vemos mais um símbolo, tão pequeno que pode ser negligenciado facilmente. Aqui está uma pequena cruz preta, que representa o Corpo Denso. Numa ampliação da cabeça da cruz vemos um coração. Coração e Cabeça se uniram, e a consequência pode ser vista no feixe de propagação – o Corpo-Alma resultante.
Ainda há outro símbolo no meio da página, o Símbolo Rosacruz. A parte inferior da cruz branca trilobada representa a vida vegetal, que extrai seu sustento de suas raízes. Em algum momento da nossa existência fomos semelhantes às plantas. A parte horizontal da cruz branca trilobada é o símbolo da nossa passagem pelo estágio animal, com sua espinha horizontal. A parte superior da cruz branca trilobada representa a Mente, que é a característica do ser humano, e a estrela radiante representa o Dourado Manto Nupcial que nos tornará divinos.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de janeiro/1919 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
Nota: Como a Fraternidade Rosacruz recebeu algumas perguntas referentes ao motivo pelo qual a rosa branca não está desenhada na versão do Símbolo da Fraternidade que aparece nos livros, cartas, envelopes etc., foi explicado na edição do Echoes de julho de 1985: “A rosa branca simboliza pureza de coração e, também, a laringe com a qual o ser humano, quando estiver puro, falará a palavra criadora; é a parte mais sagrada do Símbolo. Ela atrai e emite uma força que deve ser admirada com muito respeito. Por essa razão consideramos inadequado imprimir a rosa branca na versão do Símbolo que é utilizado em produtos materiais, comerciais e anexos dos trabalhos da Fraternidade. O Símbolo que permanece na Capela e no Templo em Mount Ecclesia, que contém a rosa branca, é coberto por uma cortina que a tira da vista, e apenas durante algumas ocasiões como nos rituais do templo e de cura. O Símbolo na Capela do Departamento de Cura, que, também, contém uma rosa branca, está constantemente descoberto. Contudo, essa capela é visitada apenas por pessoas que sinceramente e conscientemente rezam pela cura, ou por aqueles que urgentemente pedem por auxílio espiritual”.
[1] N.T.: que é um termo egípcio que significa “Filhos da Luz”.
Descubra aqui onde o estudo foi dividido nos seguintes tópicos para facilitar a assimilação do conhecimento:
Acesse aqui: Como Conheceremos Cristo quando Voltar?
1ª) “E disse-lhes muitas coisas em parábolas: ‘Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta.‘” (Mt13:3-8).
2ª) “Propôs-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e começou a granar, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como então está cheio de joio?’ Ao que ele respondeu: ‘Um inimigo é que fez isso’. Os servos perguntaram-lhe: ‘Queres, então, que vamos arrancá-lo?’ Ele respondeu: ‘Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro’.” (Mt 13:24-30).
3ª) “Propôs-lhes outra parábola, dizendo: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é a maior das hortaliças e torna-se árvore, a tal ponto que as aves do céu se abrigam nos seus ramos.‘” (Mt 13:31-32).
4ª) “Contou-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e pôs em três medidas de farinha, até que tudo ficasse fermentado.‘” (Mt 13:33).
5ª) “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo.” (Mt 13:44).
6ª) “O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que anda em busca de pérolas finas. Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha de tudo. Quando está cheia, puxam-na para a praia e, sentados, juntam o que é bom em vasilhas, mas o que não presta, deitam fora. Assim será no fim do mundo: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos e os lançarão na fornalha ardente. Ali haverá choro e ranger de dentes. Entendestes todas essas coisas?” Responderam-lhe: ‘Sim’.” (Mt 13:45-51.).
7ª) “Então lhes disse: “Por isso, todo escriba que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas, novas e velhas.” (Mt 13:52).
Há sete interpretações igualmente válidas e verdadeiras para cada parábola. Algumas dessas interpretações são mais profundas em seu significado do que as outras. A maior parte das pessoas está familiarizada com as interpretações exotéricas ou ao pé da letra. Agora, com o “Conceito Rosacruz do Cosmos” foi levantado o primeiro véu e podemos deixar em segundo plano essa forma de interpretação literal. A chave para entendimento das parábolas transcritas está no último versículo; algumas coisas são velhas e outras são novas; algumas são do passado, ao passo que outras virão ainda. Os outros Evangelhos fazem apenas menção das quatro primeiras parábolas. Por isso consideramos esse capítulo como a apresentação completa do símbolo.
A primeira parábola refere-se ao semeador – Deus – lançando a semente de uma nova Onda de Vida, os Espíritos Virginais (a presente humanidade) foram diferenciados pela primeira vez, dentro de Deus ou “plantados”.
A segunda parábola narra o fato de o semeador encontrar joio em seu campo, preferindo deixá-lo crescer juntamente com o trigo, a fim de não haver o perigo de destruir a boa semente. Alude ao Período Solar, onde surgiram pela primeira vez a luz e as trevas. Segundo uma tradição de origem oculta, alguns componentes dessa onda de vida recusaram-se a emergir na matéria, retardando, dessa forma, a nossa evolução. Deram margem a um primeiro esboço de egoísmo ou joio, em nossa onda de vida.
A terceira parábola, do grão de mostarda, refere-se ao Período Lunar, quando o ser humano recebeu o germe do Corpo de Desejos. A semente da mostarda, embora pequenina, desenvolve-se até transformar-se numa árvore de grandes dimensões. A mostarda é um condimento excitante do Corpo de Desejos. Seu uso desmedido pode afetar negativamente nossa natureza emocional.
A quarta parábola, a da pequena quantidade de fermento, corresponde ao Período Terrestre. No Velho Testamento todo o pão sacramentado deveria ser levedado, porque desse modo Jeová poderia manter o povo sob seu jugo. Mas Cristo iniciou a Nova Era – a Era de Aquário, ainda como anunciador – em que, lenta, mas seguramente, o amor altruísta vem sendo difundido. “No peito de cada indivíduo a força do altruísmo trabalha como se fora um fermento. Desse modo transforma-se o selvagem numa pessoa civilizada e com o tempo, esse, num Deus.” (“Conceito Rosacruz do Cosmos”).
A quinta parábola, do tesouro escondido, sugere o Período de Júpiter. Naquele longínquo período futuro, os seres componentes do atual reino mineral passarão por um estado de consciência análogo ao das plantas e nós trabalharemos com eles com a mesma desenvoltura com que os Anjos operam atualmente com o Reino Vegetal.
O desenvolvimento de nossas faculdades imaginativas habilitar-nos-á também a vitalizá-las. Dessa maneira, os “tesouros do reino dos céus no Período de Júpiter, não permanecerão escondidos no campo de nossos corpos nem na Terra. Contudo, deve desde já despender os melhores esforços a fim de desenvolver estas faculdades futuras”.
A sexta parábola, a da pérola de alto preço, assinala as condições do Período de Vênus, quando os minerais atuais alcançarão um estado de consciência semelhante ao dos nossos animais. A pérola é a única gema originária da ação de uma criatura viva: a ostra.
Segundo Max Heindel, no final do Período em questão, o ser humano estará em condições de revestir de cores e tons as formas por ele engendradas e vitalizadas. Assim, tal como o comprador de pérolas, o ser humano tudo fará para adquirir essa faculdade.
A sétima parábola, a da semelhança do escriba instruído com o pai de família, refere-se ao período derradeiro – o Período de Vulcano – quando as influências particulares do Espírito Divino serão as mais fortes, porquanto foi vivificado no correspondente Período de Saturno. Nesse período o joio será removido do trigo e estaremos prontos para o repouso cósmico.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – junho/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)
INTRODUÇÃO
Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.
Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.
Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).
Para que serve audiolivro?
O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:
O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.
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FIM
Resposta: Isso depende do que a pessoa que pergunta entende por ascetismo. Algumas pessoas no Oriente se jogam dentro de um barril de pregos e se mexem todo para mortificar a carne, ou se chicoteiam e se mutilam de várias maneiras para obter os poderes espirituais. Certamente, isso não está correto. Eles podem e, às vezes, se tornam clarividentes, mas esse percurso é tão repreensível e seus resultados tão transitórios quanto os efeitos obtidos pela bola de cristal, pelo hábito de drogas e por métodos similares.
Devemos compreender que esse Corpo Denso é o nosso instrumento mais valioso e, que é nosso dever lhe fornecer todos os devidos cuidados com esmero, para que, sob essas boas condições, possa ser conduzido à saúde e ao bem-estar. Nenhum poder obtido por maltratar nosso Corpo Denso será de natureza elevada e, portanto, não é duradouro e nem totalmente eficiente.
Porém, algumas pessoas entendem que ascetismo é “viver uma vida saudável e pura”. Desejam o poder espiritual sem sacrificar as tendências animais; eles desejam voar por entre as nuvens, livremente, embora outros chafurdem na lama para reivindicar a liberdade. Querem continuar ingerindo alimentos não saudáveis ou não se preocupar com o tipo de alimento que consomem, empanturrando-se de carne animal, de bebidas alcoólicas, de tabaco e até de drogas, satisfazendo suas paixões e desejos sensuais em todos os sentidos e, ao mesmo tempo, querem ter poderes espirituais.
Isso não pode ser possível. Nossos Corpos (Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos) e a Mente são nossas ferramentas. Um bom trabalhador aprecia o valor de boas ferramentas e as mantém nas melhores condições – afiadas e limpas. Quando nossos sentidos estão entorpecidos pelo consumo de bebidas alcoólicas e pelo tabaco e, às vezes, até de drogas, quando o nosso organismo é forçado a empregar toda a energia para digerir ou eliminar alimentos não saudáveis, dessa maneira, pode-se esperar que o ser humano seja um sensitivo? Não podemos servir a Deus e a Mamon; a escolha é nossa. Se queremos poderes espirituais, devemos pagar o preço levando uma vida realmente saudável; isto é, fornecer ao nosso corpo alimentos saudáveis e cumprir as regras vivendo de forma simples; nos abstendo de tudo que entorpece os sentidos — bebidas alcoólicas, tabaco e abusos similares. Se isso é chamado de “uma vida de ascetismo”, então o ascetismo é absolutamente necessário.
(Pergunta nº 138 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Max Heindel
Reunimo-nos novamente esta noite com o propósito de concentrar nossos pensamentos na segunda parte do mandamento de Cristo: “curai os enfermos”. Pois consideramos essa parte do mandamento divino tão obrigatória para seus seguidores quanto a primeira parte, que nos exorta a “pregar o Evangelho”. Mas, se entendermos bem esse mandamento, não nos contentaremos em meramente tentar aliviar a dor, a tristeza profunda, a angústia e o sofrimento de qualquer um ou de qualquer número de pessoas. Tentaremos chegar à causa de todo sofrimento humano para que, eliminando a causa principal (a causa fundamental, a causa-raiz) possamos erradicar os efeitos. Para fazer isso, para chegar a uma conclusão verdadeira sobre a origem da tristeza profunda, da angústia e do sofrimento, ao tempo em que descobrimos os meios para sua erradicação permanente, devemos voltar ao passado distante; de fato, ao início da existência física.
A Bíblia foi dada ao mundo ocidental pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada nação a Religião mais adequada para guiá-la no caminho da sua evolução espiritual e física; e, se buscarmos a luz nessa fonte, certamente a encontraremos. Deve-se ter em mente que o Cristo ensinou a multidão por parábolas, mas deu aos Seus Discípulos o significado dessas parábolas e as coisas mais profundas sobre os mistérios do Reino dos Céus. São Paulo também ensinou uma verdade diferente, ou melhor, mais profunda (“carne”) para aqueles que eram fortes na fé, mas deu o “leite” das doutrinas mais elementares aos bebês. Da mesma forma, devemos entender que, além do significado que a Palavra de Deus carrega em sua face, há um lado mais profundo e oculto sobre o qual faremos bem em ponderar esta noite.
Aprendemos primeiro a ideia de que a Terra nem sempre foi como é hoje; que houve um imenso período de formação e que este Planeta deve ter passado por vários estágios de desenvolvimento antes de atingir a condição atual. Vemos nas nebulosas do céu, que agora são ígneas. Podemos entender que a umidade deve ser condensada por esse fogo da fria extensão do espaço; também podemos entender que essa umidade se evapora rapidamente quando entra em contato com um vórtice tão ardente e rodopiante; que o vapor gerado sobe ao espaço para ser ali condensado novamente pelo frio, passando assim por inúmeros ciclos de evaporação e condensação até que, finalmente, forma-se uma crosta ao redor do núcleo ígneo. Essa crosta se torna mais dura quando gradualmente a umidade supérflua é evaporada como uma névoa. A névoa eventualmente se reúne e condensa em uma nuvem, caindo novamente sobre o Planeta como um dilúvio e deixando as condições climáticas como as encontramos hoje na Terra. A esses estágios os Ensinamentos Rosacruzes chamam de Épocas, denominadas Época Hiperbórea, Época Atlante e Época Ária.
Não falaremos da primeira dessas Épocas mencionadas. Mas, durante a última parte da Época Lemúrica, quando a humanidade ainda vivia em ilhas cercadas de fogo na crosta em formação, os humanos eram muito diferentes da humanidade de hoje. Eles eram, de fato, gigantes de uma forma corporal que seria repulsiva para nossas atuais noções de simetria e beleza corporal; mas, diferiam de nós particularmente neste fato: o Ego ainda não tinha aprendido a administrar o seu corpo de forma adequada e permanente. Na verdade, eles não sabiam, naquela Época, que tinham corpos; eles os usavam tão inconscientemente quanto usamos atualmente o nosso aparelho digestivo. A visão deles estava totalmente focada nos Mundo espirituais e eles viam Deus face-a-face, ou melhor, aqueles que eles pensavam ser Deus; isto é, os Mensageiros Divinos que os guiaram como as crianças são guiadas por seus pais, porque naquela época eles não tinham desenvolvido a vontade, como temos hoje.
Estando inconscientes de seus corpos, eles não conheciam o nascimento nem a morte. A perda de um veículo físico acontecia frequentemente por causa das erupções vulcânicas que eram comuns em nossa Terra em formação; mas, era como a queda de uma folha seca da árvore e não produzia diferença alguma em sua consciência. Nem era o nascimento de um novo corpo um evento de distração, porque durante o nascimento e a morte sua consciência estava focada nos Mundos Invisíveis aos olhos físicos.
Em certas épocas do ano, os Anjos, que sempre foram os precursores do nascimento, conduziam essas hostes de humanos em grandes templos em que o ato propagativo era realizado como um ato de sacrifício sob os raios astrais (Sol, Lua e Planetas) apropriados. Nesses momentos de intenso contato íntimo, a atenção do ser humano era temporariamente desviada dos Mundos espirituais para a Região Química do Mundo Físico e, assim, “Adão conheceu sua esposa”.
Assim, a tônica do corpo, então concebido, estava em perfeita sintonia com a harmonia das esferas naquele momento e, portanto, o parto era indolor, a saúde era perfeita e a morte não aterrorizava a humanidade daquela época.
Mas, os Anjos não eram todos da mesma natureza. Havia duas classes; uma sintonizada com a Água e outra, com o Fogo. É a última classe que foi interpelada por Isaías (14:12) naquela maravilhosa passagem em que ele diz:
Ó Lúcifer, filho da manhã,
Como você caiu do Céu!
Dos Espíritos da Água, ou verdadeiros Anjos, o ser humano recebeu o cérebro; mas Lúcifer (lucis + ferre = o portador da luz; no original em hebraico temos Hêlêl = o brilhante), Espírito do Fogo, é o “doador de luz”. Dos Espíritos do Fogo veio a luz da razão.
O Corpo de Desejos do ser humano foi por eles impregnado de uma nova faculdade: impulso. E como era necessário que eles usassem um instrumento físico para seu próprio desenvolvimento, embora fossem incapazes de criar tal veículo, eles ensinaram ao ser humano para que esse tivesse um Corpo Denso e o esclareceram sobre o método pelo qual ele poderia gerar um novo veículo a qualquer momento, quando o antigo morresse, independentemente das condições astrais; e o ser humano, cedendo ao impulso dos Espíritos de Lúcifer, incitado pela paixão que eles incutiram, passou a considerar o ato gerador como meio de gozo e gratificação, em vez de um Sacramento. Assim, os corpos nascidos sob tais condições estavam fora de sintonia com a Harmonia Cósmica. Portanto, o parto tornou-se doloroso, a saúde ficou prejudicada e a Morte entrou em seu reinado como o “Rei dos Terrores”.
Enquanto Adão conhecia sua esposa apenas durante o tempo em que os Anjos presidiam o ato propagativo, sua consciência estava focada durante todo o tempo restante nos Mundos espirituais. Mas, as coisas tornaram-se radicalmente diferentes quando o ser humano tomou o assunto em suas próprias mãos. Quanto mais frequentemente ele conhecia sua esposa para autogratificação, mais frequente e completamente sua consciência se concentrava no Mundo Físico e mais ele perdia de vista os reinos superiores, até que finalmente eles foram esquecidos, ou quase. Portanto, o nascimento agora parece o começo da vida. Começa com dor para mãe e bebê; a própria vida costuma ser um caminho de dor e sofrimento, porque em Espírito nos sentimos órfãos de nosso Pai; e no final está a morte, o “Rei dos Terrores”, para introduzir o Espírito no que é, para nossa consciência física, um grande desconhecido, e tudo isso por causa do impulso e da paixão que os Espíritos marciais de Lúcifer gravaram em nossa natureza de desejo. E enquanto a luz do fogo da paixão manchar nossa natureza de desejo, esse regime deve continuar.
O Antigo Testamento começa com o relato de como o ser humano foi desviado de Deus pela falsa Luz dos Espíritos de Lúcifer, dando origem a toda tristeza profunda, angústia e sofrimento do mundo; termina com a promessa de que o Sol da Justiça surgirá com a Cura em suas asas. E no Novo Testamento encontramos o Sol da Justiça, a verdadeira Luz, vindo para salvar o mundo e o primeiro fato que se afirma sobre Ele é que seja de uma Imaculada Conceição.
Agora, esse ponto deve ser totalmente compreendido e deve ficar claro a partir do que foi dito anteriormente: que é a mácula luciferiana da paixão que trouxe tristeza, pecado e sofrimento ao mundo. Antes da impregnação do Corpo de Desejos com esse princípio demoníaco, a Concepção era Imaculada e um Sacramento. O ser humano caminhava então na presença dos Anjos, puro e livre de vergonha. O ato da fertilização era tão casto quanto o da flor. Portanto, quando o mal foi feito, imediatamente o mensageiro, ou Anjo, cingiu-os com folhas para imprimir neles o ideal que eles deveriam aprender a viver; ou seja, a castidade, como a planta é casta. Sempre que somos capazes de realizar o ato gerador de maneira pura, casta e desapaixonada como a planta, ocorre uma Concepção Imaculada e nasce um Cristo capaz de curar todos os sofrimentos da humanidade, capaz de vencer a morte e estabelecer a imortalidade, uma verdadeira luz para conduzir a humanidade para longe do fogo-fátuo da paixão; isso é feito através do autossacrifício pelo companheiro.
Esse, então, é o grande ideal pelo qual estamos lutando: purificar-nos da mácula do egoísmo e da busca egoísta. E, portanto, consideramos o emblema da Rosacruz como um ideal. Pois as sete rosas vermelhas tipificam o sangue purificado; a rosa branca mostra a pureza da vida e a estrela dourada e radiante simboliza aquela inestimável influência para a saúde, utilidade e elevação espiritual que irradia de cada Servo da humanidade.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)