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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Alterações produzidas com a proximidade da nova Era, a de Aquário

É fato que tanto o altruísmo impulsionado por Cristo, ano após ano, quanto a gradual expansão de consciência, promovem alterações na dinâmica do funcionamento biológico de diferentes partes do nosso Corpo Denso. Vamos ver parte destas mudanças graduais, que está estreitamente relacionada à promoção de maior longevidade e até mesmo da tão mal compreendida vida eterna.

Primeiro de tudo vamos recapitular o modo como nos tornamos conscientes no Mundo Físico. Essa recapitulação se faz necessária para traçar uma linha de referência de nosso desenvolvimento. Conforme aprendemos na Filosofia Rosacruz, nós, um Espírito Virginal da Onda Humana, descemos dos Mundos superiores na parte desse Esquema de Evolução que denominamos Involução. Por ação recíproca, Corpos constituídos de materiais correspondentes aos Mundos que passávamos foram construídos. Ao todo, três Corpos foram desenvolvidos (Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos) com o propósito de desenvolver os três princípios divinos que o ser humano (a Onda de Vida Humana composta de Espíritos Virginais) herdou de Deus (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano); pois tal como Deus, quando se manifesta, o faz de forma tríplice (Pai, Filho, Espírito Santo), nós, criados a Sua imagem e semelhança, também o fazemos. Mas para que houvesse comunicação entre os princípios divinos e seus instrumentos um veículo mental teve de ser nos dado; assim a união entre os Corpos e os respectivos Espíritos foi estabelecida por meio desse veículo que chamamos de Mente. A partir daqui o Espírito se torna um Ego: um Espírito Virginal manifestado em forma sétupla (Tríplice Espírito, Tríplice Corpo e a Mente). Neste ponto do desenvolvimento, a dual força criadora (polo masculino ou vontade e polo feminino ou imaginação) ainda era direcionada para baixo. Isto é, ambos os polos, direcionados para o mesmo sentido, conferia a nós a capacidade de sermos hermafroditas.

No entanto, para que as vivências exteriores pudessem ser capturadas e para que as ideias concebidas pela Mente pudessem ser transmitidas, adaptações no Corpo Denso ocorreram. Para isso, um encéfalo, que fosse capaz de processar as informações provenientes do meio e enviar tais códigos para que o Espírito trabalhe sobre as mesmas e, por fim, transmitir estas conclusões de volta ao meio, deveria ser construído. Também uma laringe para facilitar a comunicação das conclusões que foram produzidas pelo processamento das informações provenientes do meio.

Concomitante a essas necessidades, a matéria que hoje constitui nosso Planeta foi arrojada do Sol e, posteriormente, a matéria que forma a Lua foi arrojada da Terra. Tais separações promoveram expressões separadas de forças (força do Sol e força da Lua). Deste modo, alguns Corpos passaram a ser melhores condutores das forças solares e outros lunares. Um dos polos da dual força criadora foi internalizado e direcionado para cima, a fim de construir o cérebro e a laringe. No caso do Corpo masculino (influência do Sol), o polo feminino foi internalizado para este fim. Já o Corpo feminino (influência da Lua), o oposto. A condição de ser hermafrodita cessou e a necessidade da cooperação do sexo oposto para procriar se fez necessária.

Além disso, um meio físico que suportasse as altas vibrações do Espírito individualizado era necessário, para que o Ego pudesse governar seus Corpos. O sangue vermelho e quente constitui tal veículo. O metal marciano conhecido como ferro é o elemento essencial para a produção deste sangue vermelho e quente. Já é bem consolidado pela ciência atual que grande quantidade de sangue é direcionada a regiões do Corpo Denso que participa da realização de tarefas. O ocultista sabe que tal fenômeno significa o Ego utilizando sua ferramenta corporal para adquirir experiências.

Foi somente na Época Lemúrica – uma das Épocas que atravessamos nesse Período Terrestre desse atual Esquema de Evolução – que o ferro pode ser livremente utilizado (após a eliminação da influência marciana sobre a Terra) e, assim, o sangue se tornar mais quente no interior do Corpo Denso em relação a temperatura ambiente.  Com o sangue quente e vermelho e com um cérebro e uma laringe bem formados, pudemos alcançar o estado de consciência de vigília, parecido com o que temos atualmente.

O plano inicial era o seguinte: quando o Ego renascia em um corpo feminino (mulher) era exposto a estímulos ambientais extremamente fortes (tempestades gigantescas, ventos, explosões vulcânicas): o objetivo era despertar a nossa consciência quando renascíamos como mulher para fora, e, por meio desta exposição a acontecimentos alheios, a atenção seria direcionada também para isso. Esta atenção fez com que iniciássemos um processo de construção de representações mentais das coisas externas (criação de códigos para que o Espírito pudesse interpretar o meio externo). Note que isso está de acordo com o que compreendemos hoje: mostra que tudo aquilo que o cérebro interpreta é, em realidade, representações mentais subjetivas que servem como código ou referência. Não enxergamos as coisas como elas são, mas enxergamos as representações mentais que criamos para interpretar estas coisas. O meio pelo qual as representações foram criadas ocorreu pela imaginação (força feminina).

Já quando renascíamos como homem, os estímulos corporais de dor e de estados de prisões eram determinados. Os estados de prisões eram realizados de modo que o, então homem, pudesse, com um pouco de força de vontade, se libertar. Já a dor, fazia com que um movimento para que a mesma cessasse fosse realizado. Ambos tinham o objetivo de despertar a vontade (força masculina).

Vemos, deste modo, as duas polaridades sexuais agindo separadamente, e métodos de aprendizagem adaptados a cada um eram necessários. Juntamente com esses estímulos, os Arcanjos – seres que estão a dois graus de evolução acima de nós – neutralizavam o nosso Corpo de Desejos, e este só era libertado em épocas propícias para a procriação. A procriação era orientada pelos Anjos – seres que estão a um grau de evolução acima de nós.

Diferentemente dos Anjos, que direcionam toda sua energia criadora para fora de si e, em troca, recebem sabedoria, nós internalizamos metade de nossa força criadora para construção de uma laringe e um cérebro. A internalização para autosserviço determina uma característica de individualismo genuíno para nós. Se meditarmos sobre este caminho, compreenderá que o processo era demasiadamente lento, mas garantia o despertar seguro da vontade e da imaginação humana. Isto é, naquela época, a personalidade e o temperamento não agiam como um fator de dificuldade tal como ocorre nos dias de hoje. Pelo menos até o ponto em que este plano pôde perdurar.

Mesmo que a morte do Corpo Denso também ocorresse naquela época, a longevidade era muito maior do que atualmente, pois não conhecíamos o pecado (transgressões das leis). Quando renascíamos como mulher, pela imaginação, já conseguíamos identificar muitas coisas que ocorria fora de nós mesmos. Mas também conservávamos a visão etérica das coisas. Por isso, quando percebíamos a morte de um Corpo Denso,  ao mesmo tempo, também percebíamos a permanência do Corpo Vital;  isto é, a pessoa que morria no Mundo Físico permanecia viva, e esse fato nos deixava extremamente confusos.

Para acelerar o processo de evolução, os Espíritos Lucíferos – uma parte da Onda de Vida Angélica que se atrasou – entraram em contato quando renascíamos como mulher pela coluna espinhal, relatando que poderia gerar um novo Corpo Denso que morria. Para isso, deveria realizar o ato sexual (“árvore do conhecimento”) sem esperar o comando dos Anjos. Isso a tornaria, juntamente com o homem, semelhante aos deuses (com capacidade de “criar”). Esse ato também favoreceria a libertação do Corpo de Desejos, pois haveria motivação para procriação sem a presença dos Arcanjos.

Por isso a Bíblia relata que Lúcifer era uma serpente sábia (coluna espinhal) que apareceu para Eva em uma árvore. Lúcifer (portador da luz) tentou adiantar o processo, nos ensinando a nos libertarmos da influência dos Anjos e dos Arcanjos, assumindo a própria evolução e geração de novos Corpos.

Isto é relatado na Bíblia como a expulsão da humanidade do Jardim do Éden, que a obrigou a “comer poeira todos os dias de tua vida” e “com o suor de teu rosto, comer teu pão, até que retornes ao solo” (Gn 3:14 e 19). O problema é que o Corpo de Desejos estava em situação muito rudimentar, composto, praticamente, apenas de materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo. A Mente também estava em situação similar, sendo muito fraca para refrear o desejo e direcioná-lo aos propósitos do Ego. Somados a genuína condição de individualismo, o egoísmo e as paixões predominaram e uma série de desequilíbrios deu início.

Devemos, pois, a Lúcifer e a seus “Anjos caídos”, à capacidade de ser autômato e da possibilidade de desenvolvermos ao ponto de nos tornarmos semelhante aos deuses – por isso, a ideia de que Lúcifer é mau e que devemos abominá-lo está incutido no inconsciente humano, pois foi ele que nos abriu os olhos para utilizamos nossos poderes para sermos iguais aos deuses (superiores aos Anjos). O problema é que tal estado só será alcançado quando a personalidade for dominada (estado ainda sonhado pela maioria das pessoas que já despertaram para a vida espiritual).

O individualismo genuíno, transformado agora em egoísmo e orgulho pela personalidade, fez com que cada ato nosso fosse direcionado para benefício próprio e quase nenhuma cooperação era conseguida. A sabedoria divina, incutindo determinadas motivações no âmago da personalidade, fez com que a evolução não fosse totalmente frustrada. As motivações foram: Amor, Fortuna, Poder e Fama. O desejo de alguma ou várias destas coisas é o motivo pelo qual fazemos ou deixamos de fazer algo. Isso promove alguma experiência e aprendizado. O livro Conceito Rosacruz do Cosmos já explorou todos os fatos mencionados até o momento com extraordinária maestria. Convidamos o leitor a estudar este livro, a fim de que tenha uma ideia melhor de tudo isso.

Agora que foi recapitulado o processo de aquisição do estado de vigília e esclarecido o modo pelo qual deixamos o plano inicial de evolução e iniciamos o processo de evolução “por nossa própria conta e risco”, podemos ver que mudanças físicas estão ocorrendo devido ao aumento da consciência e do altruísmo no mundo.

O Corpo Denso é um instrumento que, atualmente, possui duração pré-determinada de utilidade para servir ao propósito do Ego que é: extrair a quintessência das experiências vividas (experiência). Com o passar do tempo, suas funções vão declinando (devido a nossa incompetência em não o deixar cristalizar), até que a morte (a nossa incapacidade em se manter renascido nesse Corpo Denso) sobrevém.

Dois fatores importantes atrapalham o desenvolvimento dos nossos poderes: 1) a busca da satisfação pessoal imposta pela personalidade que inclui o gasto demasiado da força sexual, a gula, os vícios, os maus hábitos, as omissões, as preguiças e irresponsabilidades com a saúde, todos constituem maiores prazeres físicos e encurtamento da vida. Isso significa menores oportunidades de crescimento para nós. 2) Outro fator é a influência da Lei de Consequência, pois muitos desequilíbrios foram gerados a partir da falsa iluminação lucífera. As doenças limitam, consideravelmente, a qualidade da nossa produção anímica.

Entretanto, isso não significa ausência de possibilidades para geração produção anímica. A Graça Divina é tamanha que há espaço para o desenrolar concomitante de produção anímica e o reequilíbrio das Leis transgredidas. Esse plano só pôde ser concretizado a partir do trabalho misericordioso de Nosso Senhor (o Cristo), que anualmente “retira o pecado do mundo”, isto é, purifica o Mundo do Desejo da Terra com seu Altruísmo. Com isso, disponibiliza materiais para que possamos avançar no caminho, mesmo que ainda tenhamos muitos pecados.

O tema astrológico natal revela as nossas tendências de pontos fracos, cuja ciência material compreende como de origem genética e ambiental. Tais tendências são determinadas a partir dos desequilíbrios praticados em nossas vidas precedentes e de desequilíbrios que tenderemos a realizar na presente vida. Por meio da progressão pode-se saber o momento em que tais tendências estarão ativas e fortes.

Independentemente do tipo de doença e do tratamento que o doente e seus cuidadores devem buscar, duas são as fontes de energia que, se deficitárias, acelerarão o desenvolvimento de qualquer patologia: 1) a energia vital que vem diretamente do Sol e é absorvida através do baço; e 2) a energia proveniente dos alimentos físicos, produto da respiração celular realizada, principalmente, pelas mitocôndrias. “É a fusão dessas duas correntes que produz o poder latente que está armazenado em nosso Corpo Vital até converter-se em energia dinâmica pelo desejo marciano natural” (veja mais detalhes no livro O Mistério das Glândulas Endócrinas) e, assim, podemos utilizar essa energia para produzir crescimento anímico.

Com foco na corrente de energia proveniente do consumo de alimentos, Max Heindel descreve: “o sangue que entra em contato com o ar, todas as vezes que respiramos, passa pelos pulmões e, da mesma maneira que uma agulha é atraída para um imã, o oxigênio do ar inspirado se mistura com o ferro no sangue. Realiza-se, então, um processo de combustão que é semelhante à ferrugem ou oxidação que observamos no ferro exposto ao ar”. Continua: “a experiência ensinou-nos que o material combustível pode ser colocado em uma fornalha com todas as condições necessárias para a combustão, porém, até que se use o fósforo, os materiais não serão consumidos. Aqueles que estudaram as leis de combustão sabem que uma corrente de ar bem forte leva consigo grande quantidade de oxigênio, que é necessário para se obter calor do combustível que contém muito mineral”. Assim, oxigênio é o acelerador deste processo. “Um processo similar ocorre dentro do corpo, que é o templo do espírito” (veja mais detalhes no livro Maçonaria e Catolicismo).

O processo de combustão que ocorre dentro do Corpo é um pouco diferente da combustão verificada, por exemplo, quando se queima gasolina, madeira ou papel. Neste último, o processo de retirada de energia ocorre em grande quantidade e de uma única vez. Por outro lado, a respiração celular promove quebra das cadeias de carbono (processo químico necessário para a retirada de energia das moléculas) de modo gradativo e em pequenas parcelas. Isto é necessário para a preservação da estrutura das células, pois se a combustão ocorresse como no primeiro exemplo, as células pereceriam pelo excesso de energia. Além disso, a energia retirada pelas mitocôndrias não é consumida rapidamente, mas permanece dissolvida na célula e, gradativamente, é utilizada no metabolismo.

Um dos problemas é que durante a extração de energia, moléculas incompletas de oxigênio também são geradas: incompletas por conterem um número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. Este elétron ímpar, que se estabelece após cada quebra das cadeias de carbono, pode ser não pareado com o restante dos elétrons do átomo em questão. Em outras palavras, sua órbita segue uma rota diferente da órbita dos demais elétrons. Tal característica confere-lhe grande capacidade de reagir com outras biomoléculas que existem na célula, contra as quais colidem. Essa reação forçará a retirada de elétrons de outras moléculas que já são completas e possuem função importante dentro do sistema biológico (principalmente lipídios e proteínas das membranas celulares e, até mesmo, o DNA). Essa retirada de elétrons modificará suas adequadas estrutura e função. Os exemplos mais comuns de radicais de oxigênio altamente reativos são: radicais superóxido (O2-), hidroxila (OH-), peroxila (RO2), alkoxila (RO) e hidroperoxila (HO2). O óxido nítrico (NO) e o dióxido de nitrogênio (NO2) são espécies reativas de nitrogênio.

O organismo normalmente consegue equilibrar os efeitos desses radicais de oxigênio reativos (radicais livres). Porém, há casos em que ocorrem desequilíbrios a favor do sistema pró-oxidantes em detrimento do sistema antioxidantes. Isto é denominado estresse oxidativo. O acúmulo dos efeitos do estresse oxidativo promove danos nas células e acelera o surgimento de doenças e envelhecimento (principalmente se ocorrer em órgãos do corpo relacionados a vulnerabilidades que acumulamos em outras vidas), fatores estes que limitam as nossas oportunidades de gerar experiências e crescimento anímico.

Dentre as doenças já comprovadas pela ciência física que estão relacionadas aos efeitos dos radicais livres, somados a outros fatores estão: demência de Alzheimer, doença de Parkinson, aterosclerose, complicações da diabetes mellitus, câncer, doenças cardiovasculares, catarata, declínio do sistema imunológico, disfunções cerebrais, o envelhecimento precoce, enfisema pulmonar, doenças inflamatórias, entre outras.

Sobre a respiração celular e oxigênio dentro do Corpo Denso, Max Heindel continua: “É a chama que acende o fogo interior e gera o produto espiritual que se exterioriza de todas as criaturas de sangue quente, da mesma maneira que o calor se irradia de uma estufa. Estas linhas radiantes de força que emanam de nossos Corpos Densos de maneira invisível à visão física, são nossa aura, como já foi dito e, não obstante a cor da aura de cada indivíduo diferir da dos outros, existe uma cor básica ou fundamental que mostra sua posição na escala da evolução. Nas raças inferiores esta cor básica é um vermelho fraco, semelhante ao vermelho de um fogo que queima lentamente, que indica sua natureza passional e emocional (isso indica que a pessoa ainda responde a Lúcifer e a Jeová). Ao examinarmos as pessoas que estão em grau mais elevado na escala da evolução, a cor básica ou a vibração irradiada por elas parece ser de uma tonalidade alaranjada, que é o amarelo do intelecto misturado com o vermelho da paixão”.

O uso de antioxidantes, pela alimentação, naturalmente pode evitar os danos corrosivos dos radicais livres de oxigênio. O problema é que as transgressões das Leis Divinas e a natureza passional, em muitos casos, são tamanhas, que o uso de oxidantes nem sempre é suficiente, e os danos ainda permanecem. A produção de radicais livres constitui um fator natural do Corpo Denso e sempre foi programada por nós mesmos. Afinal, o propósito da existência física é o acúmulo de experiências e não devemos permanecer na Terra para “todo o sempre”. Naturalmente, processos que facilitam a morte e o desgaste do Corpo Denso devem ocorrer. O comer da Árvore da Vida, provavelmente, implicaria em também solucionar o problema dos efeitos dos radicais livres, dentre outros relacionados a doenças e morte do Corpo Denso.

“A auréola dourada ao redor dos santos, pintada por artistas dotados de visão espiritual, é a representação física de uma promessa espiritual que se aplica à humanidade como um todo, embora isto tenha sido compreendido apenas por alguns poucos, que são chamados Santos. Após vidas de luta com suas paixões, perseverança no fazer o bem, cultivando nobres aspirações e depois de aderir firmemente a propósitos superiores, estas pessoas elevaram-se acima do raio vermelho e estão agora totalmente imbuídas com o raio dourado de Cristo e sua vibração.” Max Heindel continua: “A cor dourada natural é o raio de Cristo, que encontra sua expressão química no oxigênio, um elemento solar”.

Naturalmente, podemos concluir que conforme a correspondência às vibrações Crísticas e o estabelecimento de uma vida com propósitos superiores, tanto a eficiência das mitocôndrias no processo de respiração celular quanto fatores que neutralizam os radicais livres aumentarão, promovendo menores danos às células e maior longevidade saudável. Porém, tal conclusão parece ser equivocada. Lembre-se: o propósito do Ego não é permanecer na Região Química do Mundo Físico, mas retornar ao Pai com sua herança divina despertada e totalmente desenvolvida (essa é a significância da Parábola dos Talentos que lemos na Bíblia).

Qual a diferença de desempenho de uma pessoa experiente de outra iniciante, em uma dada tarefa em comum? A diferença básica é que a pessoa experiente já aprendeu todos os mecanismos e as técnicas necessárias para desempenhar, com segurança, cada etapa de uma tarefa. Por isso, aplica de modo direcionado, com paciência e observação, a quantidade ideal de energia (vontade) e estratégias para cumprir o propósito com eficiência. Já o inexperiente, por não conhecer os mecanismos e nem as técnicas, necessita muito tempo para aprender e tirar conclusões. Além disso, mesmo que realize todo este movimento, se realmente não se dedicar na extração da experiência, pouca memória formará. Isso significa que “viveu as cegas”, e continuará a gastar bastante energia todas as vezes que se deparar com a mesma situação, sendo um eterno aprendiz das mesmas coisas.

O acúmulo de experiência permite o menor gasto de energia e, assim, menor necessidade das funções das mitocôndrias para gerar energia. Isso não significa que há menos atividades ou produção anímica. Inversamente, se faz muito mais com muito menos! Conforme a correspondência de vida vai gradativamente se afinando com as lições Cristãs, o uso dos Corpos ocorre mais adequadamente. Isto é, o Eu Superior domina a personalidade. Este domínio pode ser ilustrado da seguinte maneira: 

  1. uma determinada ideia é concebida pela Mente;
  2. a força de vontade utilizará a Mente (foco mental) para direcionar essa ideia e concretizá-la no Mundo Físico;
  3. com este foco mental sob o domínio da vontade, haverá o despertar da motivação e energia física (está última só existe devido ao trabalho das mitocôndrias) para concretização física da ideia;
  4. o movimento voluntário observado será o produto final de uma tentativa de concretização da ideia concebida;
  5. o resultado da tentativa (quintessência) deverá ser observado em termos de eficiência do foco mental; motivação necessária para tal; e energia física para ação. Se houver falha em alguma destas etapas, a eficiência será abalada. Se houver sucesso total, significa que o domínio da situação já é uma verdade;
  6. Várias memórias são formadas neste processo e servirão de base para ações futuras e aumento da eficácia. Para estas formações, necessitamos dos éteres de luz e refletor.

Vemos, pois, que uma vida bem vivida está pautada no acúmulo de sabedoria e firmada a propósitos superiores. Não há outro propósito maior do que estes. A fé, o amor universal, o propósito de contribuir com a evolução da humanidade e a convivência com verdades espirituais, revelam caminhos tão sublimes e infinitos que tornam cada ato da vida uma nota musical afinada à grande sinfonia divina. Não haverá mais espaços para desequilíbrios ou transgressões das leis, mas sim ações que nos aproximam de Deus.

Lógica do menor esforço e maior eficiência é o padrão de ouro para a vida espiritual, mas ela exige o emprego constante da observação e aprendizado. Com o tempo, passaremos a evocar as experiências de modo tão eficiente que não mais necessitaremos dos arquivos do cérebro químico para nos fornecer referência de como agir, mas iremos acessar diretamente o Éter Refletor, não mais necessitando de energia física. Consequentemente haverá menos necessidade de mitocôndrias e menos radicais livres. Como a aproximação da nova Era passaremos a utilizar o Éter, um material com vibração superior aos elementos químicos, para manifestação do estado de vigília (já o fazemos atualmente, mas a quantidade será muito maior), pois o poder do Ego será tamanho que necessitará de materiais mais vibrantes para dar conta de sua expressão. Neste estado de Corpo de Vida, não mais conheceremos a morte e a vida eterna será, então, uma realidade.

Um dos polos da dual força criadora foi internalizada e direcionada para cima, a fim de construir um cérebro e uma laringe. Antes, ambas eram direcionadas para baixo com o propósito de gerar Corpos Densos. Com o novo Corpo de Vida, não mais haverá mortes, sendo o ser humano Cristificado isento da paixão lucífera. O casamento místico, conforme bem expressado por Salomão em seu “Cântico dos Cânticos”, mostra a reunião dos polos da força criadora, mas agora com parte que permaneceu para baixo também direcionada para cima. “O homem deve se casar com a mulher que possui dentro de si mesmo, e a mulher com seu homem interno”. O mito denominava cada polo como Anima (feminino) e Animus (masculino). Com esta re-união dos polos criadores, mas direcionados para cima, a palavra fornecerá o molde (o verbo se fará carne) para gerar obras tão grandiosas como as obras dos deuses.  

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Destino e o Futuro da Fraternidade Rosacruz

A Fraternidade Rosacruz, como todo agrupamento formal de indivíduos no plano material, tem suas provações e privações. Tais dificuldades se situam na própria natureza da existência terrestre e na falibilidade humana. Estamos aqui reeditando um artigo da revista Rays From the Rose Cross sobre certas críticas sobre a Fraternidade Rosacruz precisamente para mostrar que elas são permanentes na sua natureza e amplas devido aos julgamentos humanos desequilibrados e restritos e a expectativa implausível de que toda organização satisfaz completamente as diversas necessidades e ideias de todos os seus membros. As questões colocadas nesse artigo, quando apareceram pela primeira vez em 1936, são atuais – e também o são as respectivas respostas.

Agora é o tempo de novas ideias, novos programas revolucionários e inícios de novas maneiras de agir em todo lugar e para todas as coisas. As pessoas que atacam crenças e instituições estão ocupadas, e isso é bom, porque onde há completa autossatisfação sabemos que também há sempre a crescente inércia e a crescente ineficiência.

Um estado de inteira autossatisfação é, realmente, a única coisa que nós deveríamos estar alertas. Enquanto há um espírito de questionamento, investigação e de progresso, nós sabemos que, decididamente, chegaremos a algum lugar. A Fraternidade Rosacruz, fundada por Max Heindel há 25 anos atrás sob as diretas orientações de um Mestre, um dos treze Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, é alvo de uma quantidade de críticas construtivas e muitas outras destrutivas. O objetivo desse artigo é examinar os fatos desses casos e apresentar alguns pontos de vistas e expor algumas conclusões que, acredita o autor, têm uma influência vital sobre o assunto em questão.

Para começar, vamos considerar a Fraternidade Rosacruz em si mesma: ela é os Ensinamentos de Sabedoria Ocidental para as pessoas que vivem no ocidente, porque a Ordem Rosacruz, de onde ela se originou, é encarregada da evolução do ocidente. Vários ensinamentos orientais, que surgem no continente americano, de tempos em tempos, tem seu mérito, mas eles são, particularmente, adequados para as pessoas do oriente, e não são apropriados para o tipo de Mente do ocidental. A Filosofia Rosacruz é essencialmente uma filosofia Cristã, explanando a doutrina Cristã do ponto de vista esotérico. Portanto, está melhor adaptada às necessidades do povo do ocidente. Max Heindel disse a um amigo do autor, que estava presente na primeira Escola de Verão em Mount Ecclesia em 1913, que a Filosofia Rosacruz estava destinada a, dentro de 500 anos, a se tornar a Religião dominante em toda a parte ocidental. Isso gerou uma profunda impressão no autor e, à luz disso, sempre lhe pareceu particularmente valioso poder ajudar a disseminar essa Filosofia, além dos próprios benefícios derivados da aplicação dessa mesma Filosofia.

A Fraternidade Rosacruz foi elaborada de modo a ser o instrumento da Ordem Rosacruz e seu representante exotérico para apresentar a Filosofia Rosacruz ao mundo. Portanto, ela tem um grande destino, antes de que isso alcance todas as suas possibilidades. Mais do que isso, ela tem todo o aparato material e um quarto de século de experiência e treinamento, o que lhe fornece um grande impulso e a faz, particularmente, um instrumento útil para a obra a que foi designada.

Há uma grande necessidade de oferecer a Filosofia Rosacruz para todas as partes do ocidente. Há uma nova leva de sensitivos sendo desenvolvidos a cada ano que podem utilizar a Filosofia com grande vantagem. O mundo, atualmente, está repleto de pessoas que buscam a luz e uma solução para os seus problemas. Elas estão prontas para a nossa Filosofia. E para servir a sua necessidade, temos, na opinião do autor, o melhor do mundo filosófico atual.

Quero considerar, brevemente, algumas das sugestões e críticas que surgiram no decorrer do ano, para a melhoria do trabalho da Fraternidade Rosacruz e para a eliminação das características consideradas indesejáveis. Essas críticas e sugestões serão analisadas somente com o desejo de averiguar a verdade.

Primeiro: nós ouvimos dizer, em alguns lugares, que a Fraternidade Rosacruz está tão cristalizada que, como qualquer outra coisa que se cristaliza a tal ponto, ela está se acabando. Contudo, a Fraternidade está, de fato, apenas em sua infância. Um movimento que está destinado a revolucionar a Religião do mundo ocidental não nascerá e nem se realizará em um pequeno período de 25 anos. A igreja católica existe há mais de 1500 anos e não se pode dizer que está se cristalizando a ponto de se acabar. É verdade que devemos distinguir entre a Filosofia Rosacruz e Fraternidade Rosacruz; já que a Fraternidade Rosacruz foi precisamente criada para executar o trabalho pioneiro de oferecer a Filosofia Rosacruz ao mundo e estabelecer a Fraternidade Rosacruz por meio de um trabalho de base, durante esse tempo de agora, e é completamente injustificável falar sobre cristalização nessa fase. A Fraternidade Rosacruz terá seus altos e baixos, seus ciclos de fortaleza e fraqueza, como qualquer outra instituição humana. Daqui a cem ou duzentos anos as influências cristalizantes poderão até se tornar sérias a ponto de significar uma dissolução, caso em que será substituída por outro movimento melhor adaptado para continuar o trabalho. No entanto, com certeza, esse estágio ainda não foi nem remotamente abordado.

Segundo: ouvimos o desejo de muitos para termos mais ensinamentos esotéricos, além do que já nos foi disponibilizado, e a crítica de que nada de novo foi produzido pela Fraternidade Rosacruz. Isso não é verdade, pois há muitas coisas novas chegando. Contudo, de muito maior importância é o fato de que Max Heindel nos deu material de Filosofia Rosacruz suficiente para durar por centenas de anos, sem a necessidade de se acrescentar nem uma linha a mais. Nem conseguimos começar a assimilar aquilo que nós já recebemos, então por que a demanda por mais material? A Filosofia Rosacruz, tal como nos foi fornecida, é um esboço e um tratado completo sobre: a história do Cosmos, a natureza básica do ser humano e o treinamento e desenvolvimento esotérico. Por que pedir mais além disso? Parece, ao autor, que somente os buscadores de fenômenos, que necessitam de uma sensação após outra a fim de que possam manter o interesse estimulado, fazem esse tipo de exigência. É algo como as crianças do ensino fundamental que exigem ensinos universitários, quando ainda não aprenderam suas lições básicas. O que se precisa é fornecer a essas pessoas o acesso à literatura Rosacruz já disponível. A literatura Rosacruz fará o trabalho. Nós não precisamos de fenômenos; nós não precisamos de experiências esotéricas sensacionalistas. Nós precisamos, somente, de uma apresentação clara das verdades vitais e fundamentais e que já temos. A seu tempo, conforme declarado pelo próprio Max Heindel, um Líder mundial aparecerá. Não sabemos quando. No entanto, não podemos esperar. Na verdade, não precisamos esperar, pois já recebemos tudo o que precisamos da Filosofia Rosacruz agora.

Terceiro: há e sempre houve muitas críticas sobre as pessoas que dirigem o trabalho da Fraternidade Rosacruz. Contudo, tal crítica não é muito filosófica. Ninguém é perfeito. Nenhuma pessoa, ligada à Fraternidade Rosacruz, jamais foi perfeita. Max Heindel não era perfeito. Se tivesse sido, ele não teria estado aqui. A mera presença de um indivíduo nessa esfera terrestre denuncia o fato, já de início, de que sua Personalidade é imperfeita e que ele está aqui com o principal propósito de aperfeiçoá-la e desenvolvê-la. Não podemos julgar uma filosofia pelas imperfeições dos seus seguidores. Se a Religião Cristã tivesse sido julgada dessa forma, teria sido descartada do mundo há, pelo menos, mil e quinhentos anos atrás. Se todos aqueles que estão promovendo e dirigindo o trabalho de qualquer organização filosófica são honestos, devotados e consagrados ao trabalho, fazendo o melhor que podem então, logicamente, não podemos criticá-los. Só podemos ajudá-los, sempre que tivermos oportunidade, e pedirmos que Deus nos envie a ajuda necessária, já que só d’Ele pode vir o que precisamos.

Quarto: parece que há alguma confusão, para algumas pessoas do público em geral, quanto à relativa autenticidade, profundidade, alcance e sabedoria intrínseca dos Ensinamentos Rosacruzes, tal como vemos nas obras de Max Heindel e nos ensinamentos de outros escritores metafísicos contemporâneos a ele, que se uniram em um esforço comum e em certa medida, com os escritos dele. Parece que a melhor maneira de esclarecer o assunto seria declarar a fonte e a autoridade espiritual dos Ensinamentos Rosacruzes que nos foram fornecidos por Max Heindel, e depois deixar que o leitor tire suas próprias conclusões.

Max Heindel foi um Irmão Leigo da Ordem Rosacruz, e alcançou, conforme podemos acercar em seus escritos, quatro das nove Iniciações dos Mistérios Menores. Os ensinamentos básicos, que ele incorporou no seu trabalho, foram obtidos diretamente dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, embora, subsequentemente, ele fez muita pesquisa espiritual independente, e que aparece nos seus últimos trabalhos. No início de sua missão ele gastou um tempo considerável no lar material físico dos Irmãos Maiores na Europa central, onde eles ditaram a ele a essência da Filosofia Rosacruz como eles quiseram que fosse fornecida ao ocidente, e ele escreveu e publicou de acordo com as instruções deles.

A Ordem Rosacruz é composta de doze Irmãos Maiores com Christian Rosenkreuz, o décimo terceiro, como Responsável Máximo e Líder. Todos os treze membros da Ordem têm as nove Iniciações dos Mistérios Menores e as quatro Iniciações dos Mistérios Maiores ou Cristãs. Portanto, eles alcançaram o estado de “super-homens”. Eles já passaram esse estágio da humanidade comum. Eles têm a sabedoria, o poder e o desenvolvimento que a humanidade alcançará no fim do Período de Vulcano, quando o atual Esquema de Evolução estará completado. Sua sabedoria está completamente além de qualquer pesquisa humana sob linhas ocultistas ou metafísicas.

Relativo ao assunto que estamos considerando, é bem evidente que eles não distribuíram dois ou três diferentes estilos de filosofia para serem disseminados ao mesmo tempo. Portanto, a conclusão é inevitável que os trabalhos de outros escritores metafísicos são o produto de suas próprias experiências ocultas independentes; pelo menos, no que diz respeito a quaisquer características Rosacruzes e, portanto, deve ser julgado de acordo com isso. Não deve, no entanto, haver nenhuma rivalidade entre diferentes linhas de pensamento filosófico. Cada indivíduo deve selecionar e seguir aquilo que o agrada como sendo verdadeiro. Além disso, não deve haver nenhum esforço para atrair ou manter os Estudantes, exceto quando são atraídos e mantidos pelo valor intrínseco da própria Filosofia Rosacruz. Max Heindel disse, em particular, que não devemos fazer o proselitismo, que devemos apresentar nossa Filosofia Rosacruz e depois deixar o restante para a orientação interna do Estudante, se a rejeitará ou a aceitará; também deixar isso para sua orientação interna se ele permanecerá na organização ou se decidirá ir para outro lugar.

A organização não tem, em si, nenhuma importância, exceto por ser um instrumento para servir. A motivação para uma organização não deve ser a de ser construída e mantida a fim de preservar sua própria reputação e prestígio.

Se essa é a motivação, tanto a organização como o prestígio estão condenados. Entretanto, se a motivação é para fornecer a verdade para aqueles que a estão buscando e manter a organização a menor possível e quase desapercebida, então essa organização será forte e se tornará o poder para o bem, porque se tornou um meio e não o um objeto.

Organizações devem, também, aprender a respeitar a Lei e se libertar do medo. A Lei em questão: “busque o Reino de Deus e sua justiça e o mais vos será dado por acréscimo” se aplica às organizações com exatamente a mesma força que se aplica aos indivíduos. O destino bom – gerado pelo uso sábio de todos os recursos para servir o máximo possível e vivendo pela fé na capacidade e disposição de saber que os Poderes Superiores suprirão as necessidades – demonstrará que qualquer organização, que está fazendo um trabalho verdadeiro, terá sucesso em qualquer situação que se encontrar.

A Fraternidade Rosacruz, como todos os instrumentos humanos, está em evolução; mas não devemos confundir evolução com dissolução. A Fraternidade Universal, que é a razão pela qual a Fraternidade Rosacruz foi concebida e que há todos os motivos para se acreditar que ela pode cumprir, pode ser realizada muito mais por ela do que por grupos dispersos. O autor ama a Fraternidade Rosacruz. Ele é membro da Fraternidade Rosacruz e trabalhou, com o melhor que pode fazer, desde 1910 – quase desde a sua criação – tanto nos Centros Rosacruzes locais quando na Sede em Mount Ecclesia, incluindo aqui dois anos proferindo palestras. Portanto, ele teve a oportunidade especial de observar as atividades e toda a evolução da Fraternidade Rosacruz. Ele tem certeza de que ela tem um destino maravilhoso a cumprir. Exigirá autossacrifício e autodisciplina para realizar esse destino, mas estes estarão em evidência, à medida que os períodos críticos aparecerem e a necessidade exigir. Por meio do auxílio das forças ocultas que trabalham para a evolução da Fraternidade Rosacruz, seus vários problemas serão resolvidos no seu devido tempo.

Em vista do exposto, seria muito aconselhável que os amigos da Fraternidade Rosacruz não descartassem sua lealdade e seu apoio devido a informações incompletas ou defeituosas que podem lhe chegar, mas que reconheçam o grande instrumento que a Fraternidade Rosacruz pode e continuará sendo no serviço e na iluminação do ser humano; depois disso, dobre a sua lealdade, o seu apoio e o seu pensamento construtivo, de modo a ajudar o máximo possível aqueles que, a qualquer momento, são incumbidos do dever de dirigir esse trabalho.

(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross, de Janeiro de 1936 e depois republicado da edição de Julho-Agosto de 1998, de autoria de Joseph Darrow)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Natal, uma Lição de Amor

O Natal é a época Santa do ano, ocasião em que o Raio Crístico retorna esplendoroso ao nosso Planeta. Sem a aura rejuvenescedora, curativa e fortalecedora do Cristo penetrando anualmente em nosso globo, grande parte de nós estaria inexoravelmente perdida. Esse grande presente natalino que recebemos é a mais profunda manifestação do amor nascido eternamente do Pai.

Max Heindel descreve de forma divinamente inspirada a natureza do Amor Cósmico, com estas palavras: “O amor nasce eternamente do Pai, dia após dia, hora após hora, fluindo ininterruptamente pelo universo solar, para redimir-nos do mundo material que nos atrasa com suas garras mortais”. Este tema é, particularmente, oportuno para meditarmos durante esta época.

Por outro lado, causa-nos compaixão a ideia de que a maioria das pessoas faz do Natal, tornando-o um evento mais social do que místico. É verdade que o relacionamento entre nós se torna mais ameno, que há uma tendência geral a confraternização.

Falta, porém, uma vivência mais mística: as pessoas acabam por dar maior importância para presentes materiais, ceias e coisas do gênero.

Falta um aprofundamento no significado desta festividade religiosa que foi revestida por nós com um caráter mundano.

Falta, enfim, o verdadeiro espírito do Natal.

Nós, Estudantes dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, Estudantes Rosacruzes, não podemos transgredir nossos princípios.

Devemos vivenciar os conhecimentos que recebemos. Se as circunstâncias nos obrigam ao cumprimento dos nossos deveres sociais, participando da ceia natalina em companhia dos nossos familiares, façamos dignamente. Abstenhamo-nos de carne (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e afins), bebidas alcoólicas e quaisquer outros excessos. Guardemo-nos contra pusilanimidade de violentar nossos princípios apenas para não desagradar alguém. Sejamos firmes e coerentes em nossas convicções e estaremos contribuindo, com esse exemplo, para o estabelecimento do Reino de Deus aqui na Terra.

Se a tradição nos aconselha a dar presentes materiais, façamo-lo consoante a nossas posses e com dignidade. Nada de presentes luxuosos ou fúteis. Por que não dar algo edificante? Dar presentes úteis e que reconhecidamente podem preencher uma necessidade justa de um amigo, de uma amiga ou de um parente é uma postura sensata.

Porém, o Natal verdadeiro constitui-se de presentes espirituais. São aquelas dádivas que revelam a presença do Cristo em nossas vidas. E a maior dessas dádivas é o amor.

O amor deve fluir espontaneamente do nosso coração ao coração das pessoas. Deus é Amor. Somos parte de Deus e o amor que d’Ele se irradia em ilimitada medida também existe dentro de nós, aguardando apenas oportunidade de liberar.

Que este Natal nos seja mais intenso em amorosidade.

(Editorial da Revista Rosacruz – novembro-dezembro/1988 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Perigo que, para Você, pode representar certos Condimentos e Temperos

Muito de nós temos dificuldades digestivas com certos condimentos e temperos. Um dos motivos é que os certos condimentos e alguns temperos, na maioria das vezes, despertam paixões, sentimentos e emoções inferiores, ativando nosso Corpo Desejos na sua parte formada de materiais das três Regiões inferiores.

Assim, se for o seu caso, em vez de vinagre, pimenta, colorau, mostarda, glutamato monossódico, use o limão, alho, alho-poró, a cebola e o tomate, cominho, tomilho, páprica, alecrim, salsinha, cúrcuma, orégano, cebolinha, louro, hortelã, coentro, manjericão, sálvia, gengibre para auxiliar na sua saúde e reduzir o mais certos desconfortos.

Os chamados condimentos são produtos que se empregam na culinária para dar sabor aos alimentos. São quase todos, substâncias picantes, irritantes, o que só por si as condena.

Entre os condimentos e temperos usuais destacam-se o sal, a pimenta, a mostarda, o vinagre, o glutamato monossódico e o colorau.

Sem dúvida, o sal é indispensável ao organismo, mas muitos dos alimentos que ingerimos já nos fornecem o sal, na quantidade precisa, havendo, portanto, toda a vantagem em não abusar do seu emprego. Veja-se como os médicos o proíbem aos seus clientes portadores de várias doenças. O abuso do sal é um vício que nos arruína, o mesmo sucedendo com o vinagre e outros produtos que citamos.

É uma questão de hábito, prescindir dos condimentos. O excesso de sal sobrecarrega consideravelmente o trabalho dos rins e aumenta a pressão sanguínea, pelo que está absolutamente contraindicado aos doentes do coração e do estômago. O sal provoca sede e esta obriga, a ingerir excessos de líquidos, o que é muito prejudicial aos cardíacos e a outros doentes.

Para muitos de nós a pimenta ataca as mucosas do estômago e intestino e os rins. Se o sal ainda pode ter alguma utilidade, a pimenta tem sua utilidade muito questionável.

A mostarda é altamente cáustica e nociva para os órgãos digestivos.

O vinagre, para muitos de nós, diminui a reserva alcalina do sangue e contribui para a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, preparando o caminho da anemia. Além disso, prejudica, com o seu ácido acético, a digestão das proteínas, retardando-a.

O colorau é outro condimento condenável pelo seu efeito irritante.

O emprego destes e outros ingredientes na culinária tem a explicar o fato de não se poder comer a carne e o peixe sem disfarçar o seu péssimo cheiro e horrível paladar. Os vegetarianos não têm essa necessidade, pois lhes bastam o alho, a cebola, o limão, o tomate e algumas ervas aromáticas para condimentarem os seus alimentos crus ou cozinhados.

O alho é ótimo como estimulante natural do apetite e como medicamento; a cebola é um excelente diurético (crua); o ácido cítrico do limão é combustionado perfeitamente no nosso organismo (o que não sucede ao ácido acético do vinagre), e o tomate é um dos frutos mais valiosos para o sangue.

Se quer ter saúde, substituí o vinagre pelo limão, a pimenta e a mostarda pelo alho e pela cebola, e o colorau pelo tomate.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto de 1969 da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Algumas Reflexões Sobre Alimentação

Torna-se evidente, nos nossos dias, que o vegetarianismo e o veganismo têm aumentado consideravelmente no mundo inteiro. O número crescente de adeptos a esses regimes alimentares clama por informações cada vez mais completas e sustentadas em pesquisas responsáveis dos especialistas dedicados à nutrição racional e humana. Isso nos enche de alegria. E mesmo que saibamos que as razões que levam a uns e a outros a seguir essa tendência sejam inicialmente personalistas ou ainda egoístas, essa atitude está colaborando com a diminuição do sofrimento dos nossos irmãos menores, e chegará o dia em que a maioria compreenderá e adotará a inofensividade e o respeito na hora de escolher o alimento.

Essa atitude, por si, já é um ato ético de valor moral que trará saúde, alimentando assim não somente nosso Corpo Denso, mas também quem realmente somos – um Ego da Onda de Vida Humana –, promovendo sentimentos altruístas e amorosos para com nossos semelhantes.

No entanto, não devemos esperar que a mudança de hábitos alimentares tenha de ser imediata, ou que devamos eliminar, do dia para a noite, nossos equívocos e vícios em relação à forma de nos alimentarmos, não! Toda mudança deve partir do nosso foro íntimo para se tornar atitude inquebrantável e duradoura.

A adoção de novos hábitos precisa ser um ato de amor a nós mesmos para que esses possam substituir gradualmente aqueles que nos mantêm escravizados e doentes.

Costumamos pensar que uma alimentação sem carnes (de mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e afins) e o deixar de utilizar quaisquer coisas que precisam de quaisquer partes de animais seriam difíceis, monótonas e desagradáveis ao nosso paladar e ainda nos deixariam pouco sociáveis (não sendo convidados e nem bem-vistos em festas e atividades em que haja esses materiais de animais mortos), o que nos levaria a fraqueza ou a estados de fome contínua ou ao desprezo e solidão. Ledo engano!

Uma alimentação vegetariana, preparada com agradecimento e respeito para aqueles que participaram da corrente que fez possível esse alimento estar na nossa mesa, e a persistência em não utilizar nada que proveem do sacrifício dos nossos irmãos menores nos fará sentir plenos e vitalizados porque somos Cristificados com esses sentimentos.

E no ato de preparar os alimentos, lembre-se sempre que o Espírito de Cristo permeia, colore e dá aroma a cada fruta, legume, verdura ou cereal que comemos porque Ele vitaliza anualmente a Terra de onde foram extraídos. Esses pensamentos farão crescer o potencial nutritivo de cada alimento, tornando-o perfeito para nosso crescimento espiritual.

(Publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP – 1999)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Explique o que significa pecar contra o Espírito Santo.

Resposta: Em termos gerais, o Espírito Santo é o poder criador de Deus. Como uma das confirmações, lembremos da passagem do credo “Concebido pelo Espírito Santo[1], em que Gabriel disse a Maria que o Espírito Santo viria sobre ela. Por esse motivo é que foi trazido à existência e é um raio daquele atributo de Deus que é utilizado pela humanidade para a perpetuação da Onda de Vida Humana aqui. Quando isso é praticado abusivamente, ou seja, para a gratificação dos sentidos, seja por meio da masturbação ou em parceria, com ou sem o casamento legal, constitui, então, essa prática, o pecado contra o Espírito Santo. Disseram-nos que esse pecado não é perdoado; deverá ser expiado. A humanidade, como um todo, está sofrendo por causa desse pecado. Os corpos debilitados, as doenças que vemos ao nosso redor, foram causadas ​​por séculos de abusos, e até que aprendamos a subjugar as nossas paixões, não poderá haver verdadeira saúde entre a Onda de Vida Humana. Nascemos de pais que julgavam ser normal satisfazer as suas paixões a qualquer momento. E, em consequência disso, agora sofremos e, por nossa atitude em relação ao sexo, a maioria de nós está atualmente transferindo as mesmas doenças a nossos filhos. Assim, os pecados dos pais estão recaindo sobre os filhos, de geração em geração, e continuarão a trazer de que toda criança tem o direito de nascer em condições satisfatórias e de receber cuidados físicos apropriados durante o período de vida pré-natal.

(Pergunta nº 110 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Mt 1:20

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

História da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – De 1973-1982

Alteração nos Estatudos no final de 1971. 3

Atividades de Divulgação. 29

Visita à Sede Mundial em Mount Ecclesia, Oceanside, CA, EUA por irmãos Probacionistas 

Participação com um stande na 6ª Bienal do Livro de São Paulo de 1980

Sede Própria inteiramente adquirida

As Publicações

Serviço Social

Declaração de Entidade de Utilidade Pública

Confraternizações

Fotos da Festa do 18º Aniversário da Sede em 1973

Fotos da Festa do 19º Aniversário da Sede em 1974

Fotos da Festa do 21º Aniversário da Sede em 1976

Fotos da Festa do 22º Aniversário da Sede em 1977

Fotos da Festa do 24º Aniversário da Sede em 1979

Fotos da Festa de Natal em 1977

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como a Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil foi criada como um Grupo de Estudos informal, depois passou para um Grupo de Estudos formal e, finalmente, para um Centro Rosacruz, autorizado e certificado pela The Rosicrucian Fellowship-Mount Ecclesia, Oceanside, California, USA, como um Centro Fraternal afiliado, pelos Probacionistas Hélio de Paula Coimbra e Maria JoséA. S. de P. Coimbra, ambos oriundos da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP, vamos apresentar, inicialmente, um resumo história da Fraternidade Rosacruz no Brasil, focando nas sementes que frutificaram como a Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP. Isso até a data de fundação do Grupo de Estudos em Campinas-SP-Brasil.

SE QUISER ACESSAR EM PDF, ENTÃO É SÓ CLICAR AQUI: de 1973 à 1982

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Alteração nos Estatudos no final de 1971

Em setembro de 1971 foi feita a terceira alteração estatutária, em que:

  • foi retornado ao exercício de agosto a agosto, precedendo o mês de aniversário de fundação.
  • foi criado o Conselho Esotérico, que, além de outras funções, como a de zelar pela fidelidade e eficácia da difusão da mensagem Rosacruz – engloba as antigas funções do Serviço de Estudo e da Comissão Editorial e Tradutora. Um de seus membros é Coordenador de suas atividades.
  • foi estipulada a renovação de apenas um terço do Conselho Diretor, cada ano, a fim de assegurar continuidade e renovação, equilibradas, na ação diretora.

Ei-lo na íntegra:

Atividades de Divulgação

Em 1973 oferecemos livros de Max Heindel as principais bibliotecas de São Paulo.

Em julho de 1973 e outubro de 1974 fomos convidados, e fomos representados pelos irmãos Antônio Munhoz e José Gonçalves Siqueira, para fazer exposição dos princípios Rosacruzes a alunos adiantados da cadeira de Cultura Religiosa, na Faculdade Metropolitana Unidas, de São Paulo.

Em fevereiro de 1974 a irmã Raymonde custeou o envio das obras “Mistérios das Glândulas Endócrinas” e “A Astrologia e as Glândulas Endócrinas” a 46 endocrinologistas desta Capital.

Visita à Sede Mundial em Mount Ecclesia, Oceanside, CA, EUA por irmãos Probacionistas

Em 13 de julho de 1974 o casal de Probacionistas Hélio de Paula Coimbra e Maria José Serra Coimbra fizeram visitas ao Centro Rosacruz de Lima, Peru, onde houve intercâmbios de ideias e experiências com proveitosas reuniões. Depois foram visitar o Centro Rosacruz da cidade do México, onde participaram de agradáveis reuniões. E depois foram visitar a The Rosicrucian Fellowship, em Oceanside, CA, EUA, onde foram recebidos pelo casal Probacionista Hans Levy – diretor do Departamento de Espanhol e Português – e sua esposa Elá Levy. Ficaram hospedados na Guest House em Mount Ecclesia.

Durante 15 dias participaram, diariamente, das atividades da Rosacruz Mundial, que são intensas. É maravilhoso o trabalho que lá realizam. Às 7:45 horas há reunião na Capela, em que há música, leitura do Ritual do Serviço do Tempo ou trechos dos Evangelhos, sendo a mesma pública, cujo término se dá por volta das 8:10 horas. Vai-se, então, ao refeitório para tomar o café. Depois, cada um vai cudar de suas atividades. Às 9 horas, diariamente, exceto aos sábados e domingos, há reunião no Departamento de Cura, em que é feito o Ritual de Cura. Às 16:45 horas, há, novamente, reunião na Capela, a qual dura, mais ou menos 25 minutos. Às 18:30 horas, hã reunião no Templo, onde se condensa a Panacéia de Cura, sob a direção do Mestre, a qual é enviada à humanidade.

Nessa reunião participam, somente, Probacionistas Ativos, pois é indispensável que se conheça a palavra de passe, a fim de que possa ter acesso ao referido Templo. Quando se chega na área que o circunda, pede-se silêncio: não se pode conversar nada. Solicita-se que cada um chegue uns minutos antes do início da reunião, e se ponha a meditar. Lá dentro, cada um toma o lugar que lhe é indicado, de acordo com o seu signo astrológico. Nesse Templo, realizam-se, também, as reuniões de Lunação, em que tomam parte tão somente Probacionistas Ativos. No interior desse Sagrado Templo, sente-se uma profunda paz, que eleva muito acima da Terra e seus problemas. À área onde está The Rosicrucian Fellowship, não tem, fisicamente, muro ou cerca de espécie alguma. É lugar de grande paz e na mesma encontra-se, constantemente coelhos, esquilos e aves de várias espécies, que ninguém toca. Do referido local, avista-se o Oceano Pacífico. A tipografia está bem aparelhada e desenvolve intenso trabalho, diariamente. Da mesma forma são os diversos Departamentos de The Rosicrucian Fellowship, particularmente o de Espanhol, que cuida também dos países de língua portuguesa. Durante os dias que lá estiveram, foram alvo das melhores atenções dos irmãos e irmãs, principalmente do irmão Hans Levy e sua esposa, irmã Elá. À viagem de um mês e meio transcorreu bem, principalmente o contato com a Rosacruz Mundial e regressaram no dia 13 de agosto de 1974.

Entre 19 de setembro de 1975 e março de 1976, a convite do Canal Bandeirantes, mantivemos entrevistas quinzenais pela televisão, respondendo a perguntas formuladas pelo povo. Foram excelentes os resultados.

Em 1977 foi editado o livro “Princípios Ocultos de Saúde e Cura em português.

Participação com um stande na 6ª Bienal do Livro de São Paulo de 1980

Em 1980, houve a participação com um stande na 6ª Bienal do Livro de São Paulo de 5 de Agosto de 1980 à 24 de Agosto de 1980, realizada pelo Instituto Nacional do Livro, pela Câmara Brasileira do Livro e Fundação Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera – Portão 3 Pavilhão Ciccillo Matarazzo.

Sede Própria inteiramente adquirida

Em 1980 foi adquirida a última parte pendente, o que possibilitou a obtenção da escritura definitiva do imóvel situado na Rua Asdrúbal do Nascimento, 196 – Centro – São Paulo – SP.

Os Cursos

Continou a inauguração de novos Cursos e a elaboração de material em papel para os Cursos Preliminares e Suplementar de Filosofia Rosacruz e da Astrologia Rosacruz.

O Curso Bíblico Rosacruz foi traduzido pelo irmão Fidalgo. Em janeiro de 1963 a Sede Mundial autorizou-nos ministrar esse curso, mas apenas em marco de 1968 foram revisadas pelo original inglês e sua impressão levada a efeito em 1973, tendo sido lançado em 12  de fevereiro de 1973.

Além desses Cursos oficiais por correspondência, a Fraternidade Rosacruz foi propiciando cursos orais diversos.

As Publicações

  • Em 1973 publicamos os Livros “Os mistérios das Glândulas Endócrinas”  e “A Astrologia e as Glândulas Endócrinas”.
  • Em 1974 revisamos a tradução feita pelo irmão Fidalgo, da obra “Mistérios Rosacruzes”. A irmã Lilly Roth o verteu para o braile, entregando três volumes à Sede Central, no mesmo ano, para uso dos estudantes cegos.
  • Em 1975 publicamos o livreto “As Leis Divinas e Nossas Necessidades Diárias” que em janeiro deste ano a irmã Lilly transpôs para o braile.
  • Em março de 1975 resolvemos publicar, pela Distribuidora “Record”, do Rio de Janeiro, a obra “Cristianismo Rosacruz”.
  • Entre janeiro e junho de 1975 o irmão Jéferson Teixeira Alvares traduziu a obra “Cartas aos Estudantes”, e foi revisada pela irmã Lilly.
  • Em junho de 1975 o irmão Jéferson foi incumbido de traduzir: “Sistema de Palavras-chaves para a interpretação horoscópica” e “Regras para formação de Grupos Rosacruzes”.
  • Em outubro de 1975 recebemos doação da irmã Raymonde Goldenberg, para iniciar fundos para a compra de uma máquina “offset”, destinada a publicação de livretos.
  • Em abril de 1976 o casal dr. Engênio-Lilly Roth propuseram-se a custear a publicação e divulgação do livreto “A ciência de morrer”. O Conselho Diretor resolveu editar os folhetos: “Cura para a nova era” e “Oração do Estudante Rosacruz”.
  • Em 1974, foi publicado o livreto do irmão F. Ph. Preuss: “Uma defesa em favor de Judas Iscariotes”.
  • Em 1974, foi publicado o livreto do irmão F. Ph. Preuss: “Testamento de João Batista”.
  • Em janeiro de 1976 a irmã Lilly verteu para o braile a obra cristã de Michel Quoist: “Construir o Homem e o Mundo”, entregando as cópias à Sede Central.
  • Em 1976, pouco antes de passar aos planos invisíveis, o irmão F. Ph, Preuss entregou à Comissão Editorial as traduções que ele fez, do alemão, de 3 obras ocultistas, para eventual aproveitamento. Ao mesmo tempo publicou, pelo mimeógrafo do Centro Rosacruz de Santo André, o folheto: “A Flauta Mágica”, de Mozart, traduzido do alemão.
  • Em abril de 1976 o Centro de São José dos Campos publicou o livreto “Os Dez Mandamentos”.
  • Em agosto de 1976 o Centro de São José dos Campos publicou o livro “As Bem-Aventuranças”.
  • Revistas dos Centros

Serviço Social

Declaração de Entidade de Utilidade Pública

  • Em outubro de 1974 uma comissão de diretores solicita audiência e fala ao Prefeito da Capital (Olavo Egydio Setubal, Prefeito do Município de São Paulo) sobre inscrição como Utilidade Pública. Logo após foi entregue o requerimento.

Em 7 de maio de 1975 o Diário Oficial publicou que a Fraternidade Rosacruz foi considerada Entidade de Utilidade Pública por Decreto n.º 11.977 de 0.5.75.

Confraternizações

Fotos da Festa do 18º Aniversário da Sede em 1973

  • Em 23 de setembro de 1973 foi realizada a Festa do 18º Aniversário da Sede com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:

Gilberto A V Silos

Antonio e Neuza – música Lar Mañanitas

Fotos da Festa do 19º Aniversário da Sede em 1974

  • Em 22 de setembro de 1974 foi realizada a Festa de 19º Aniversário da Sede com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:
José Augusto Pinto Coelho


Antonio Munhoz
Hélio de Paula Coimbra
Gilberto A V Silos e Antonio Munhóz
José Siqueira e Antonio Munhóz
Elvira e Lili, flautistas de São José dos Campos-SP

Fotos da Festa do 21º Aniversário da Sede em 1976

  • Em 26 de setembro de 1976 o Conselho Diretor da Fraternidade Rosacruz organizou a solenidade. Na ocasião, a Sede Central comemorou 21 anos de existência.

“Aprendemos, na Fraternidade Rosacruz, sobre os ciclos maiores e menores de atividade e descanso, de evolução e assimilação. Espirais dentro de espirais, nossa evolução transcorre em períodos de experiências na Terra e assimilação nos planos suprafísicos; em períodos septenários; em anos, meses, dias — como em Épocas, em Revoluções e em imensíssimos Períodos.

Ao fim de cada período, desde os mínimos até aos máximos, há sempre um trabalho de recapitulação e de conscientização das experiências vividas, para se tomar novo impulso. Faz-se o exame de recapitulação noturna, das experiências do dia; faz-se a revisão das experiências do ano, pela época do Natal; faz-se um retrospecto de cada sete anos; principalmente, faz-se uma revisão aos 21 anos, (3×7). Assim como os septênios de desenvolvimento físico, vital e emocional repercutem poderosamente na formação adulta, igualmente ocorre na vida de uma entidade. Por isso é que se levantam horóscopos, quer para um indivíduo, quer para uma Fraternidade ou para uma Nação.

É importante essa revisão, não por saudosismo nem para remoer tristemente as vicissitudes. Quando a recapitulação é feita, desde os menores períodos aos maiores, o indivíduo ou a entidade vão tomando consciência das falhas e se aprimoram constantemente. Como diz Max Heindel no livro ‘Conceito Rosacruz do Cosmos’: ‘A experiência é o conhecimento dos efeitos que seguem os atos. Tal é o objetivo da vida, junto ao desenvolvimento da ‘Vontade’— a força com a qual aplicamos o resultado da experiência’”.

Num balanceamento constante entre a causa e o efeito, buscando avaliar os atos, pelos efeitos conhecidos, vamos conquistando gradativamente algo melhor.

Ora, como o conjunto é resultado das partes que o compõem — principalmente o aspecto interno, em nosso caso — a Fraternidade Rosacruz é uma expressão exata de seus membros e da evolução que eles alcançaram nestes 21 anos.

É verdade que os recursos materiais oferecidos pelos irmãos, à Fraternidade, dependem em seus efeitos e aplicações, da capacidade do Conselho Diretor. Eis uma das responsabilidades dos que são escolhidos para maior serviço. Até que ponto conseguimos corresponder à confiança de nossos Estudantes Rosacruzes e membros Probacionistas?

Meditando bem, com os limitados recursos recebidos, fizemos o que podíamos dentro das possibilidades externas e internas.

Ao prestarmos contas de nossa atividade, nos 21 anos que passaram, esperamos que os queridos irmão e irmãs se perguntem: fizemos tudo o que podíamos fazer pela Fraternidade? Em que proporção colaborei nesses resultados? Em que medida pesei nas imitações?

O Universo é regido por causa e efeito. Não há direito sem deveres. Para que sejamos dignos de receber da Fraternidade tudo o que ela nos oferece, de modo não egoísta e amoroso, é preciso que lhe retribuamos de algum modo, por todos os meios ao nosso alcance, para estarmos quites com a lei de reciprocidade expressa por Cristo: “Dai e recebereis”.

A Fraternidade é uma família e seus membros — irmãos e irmãs. Como uma mãe ela tudo oferece amorosa e altruisticamente, confiando que cada um cumpra seu papel no conjunto. Uma família é completa quando cada um de seus membros faz sua parte e não se torna pesado ao conjunto. Os pais que educam bem os filhos fazem-nos compreender o sentido de colaboração, dentro de seu nível mental. Também a Fraternidade nos educa para a autossuficiência e colaboração fraterna, esperando mais dos que mais compreendem.

Lembremos o que escreveu o Santo Livro (Isaías, 54:2): “Alarga o espaço de tua tenda; estenda-se o toldo de sua habitação; não o impeças. Alonga as tuas contas e firma bem tuas estacas”.

Quando o peregrino se dilata no conhecimento da verdade, assume o dever de estender suas possibilidades e capacidades, em amoroso serviço. Não devemos impedir isso, sob pena de afrontarmos as consequências de nossa omissão. Inercia é morte. Indiferença é cristalização. É vergonha receber sem dar. É imaturidade não ajudar, depois de havermos sido ajudados. O ser maduro procura dar antes de receber. É dando que ele se esvazia para receber. E recebe mais do que dá. É dando que ele põe em ação o receber: causa e efeito.

Há uma séria de responsabilidade no que se recebe: é como uma brasa viva na mão; se não a passamos adiante, queimamo-nos com ela. Os dons de Deus são assim: dão vida e calor enquanto circulam; mas queimam e prejudicam se os retemos.

Isto se aplica a todos nós, desde os que foram colocados transitoriamente num posto diretor até o simples ouvinte das reuniões. Quem recebe tem de retribuir, tem de passar adiante!

Colocando-nos todos come realmente somos: células de um organismo; membros, de uma corpo; meditemos sobre nossa função na Fraternidade. Tomemos consciência da imensurável herança que recebemos por intermédio do iluminado amigo Max Heindel. Sintamos os benefícios que esses ensinamentos trouxeram à nossa vida. Pensemos nos benefícios que eles podem levar, também, às outras, pessoas, se contribuirmos ativamente, nessa disseminação, principalmente ao prover meios de difusão à Fraternidade.

Não nos cabe agradecer nem lamentar nem elogiar. O trabalho é de todos nós. A Fraternidade não existe como paredes nem meios externos, apenas, Ela existe pelo fundamento que lhe deu a Ordem Rosacruz; ela existe pela vida que nós mesmos lhe dermos, com o que somos, com a fidelidade e vivência de nosso ideal, com o alimento (material, emocional, mental, físico) que oferecermos para que ela cresça e cumpra seus objetivos.

Só desse modo poderemos dizer que alcançamos a maioridade expressa nos 21 nos; um cidadão responsável, apto a responder por seus deveres e direitos. Na medida em que cada membro tenha atingido essa maturidade, assim a Fraternidade a terá atingido, como conjunto.

Ao prestarmos contas de nossas atividades, neste número da revista, não nos regozijemos. Não. Recolhamo-nos em séria meditação sobre todas as falhas; amalgamemos os êxitos; e preparemo-nos para um destino maior!” (Publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro de 1976).

Fotos da Festa do 22º Aniversário da Sede em 1977

  • Em 24 de setembro de 1977 o Conselho Diretor da Fraternidade Rosacruz organizou a solenidade. Na ocasião, a Sede Central comemorou 22 anos de existência.

O programa foi muito bem elaborado. Uma perfeita combinação de números musicais e literários comoveu a todos os presentes, em grande número por sinal. As acomodações da nossa sede não foram suficientes para comportar tão grande público. Muita gente permaneceu na ante-sala, dada a impossibilidade de encontrar um lugar ou mesmo locomover-se na sala de reuniões.

A solenidade revestiu-se de raro brilhantismo. A cada número sucediam-se uma supresa e uma nova emoção. Foram  inesquecíveis momentos de confraternização, enriquecidos pelo comparecimento de estudantes residentes no interior de São Paulo e em outros estados da Federação. O programa foi o seguinte:

1. ABERTURA:

2. CANÇÃO DO SÍMBOLO ROSACRUZ: cantado por todos;

3. HINO ROSACRUZ DE ABERTURA: cantado por todos;

4. HINO À LIBRA — SIGNO ASTROLÓGO DO MÉS: cantado por todos;

5. RITUAL ROSACRUZ DO EQUINÓCIO DE SETEMBRO – PRIMAVERA;

6. MÚSICA: Panis Angelicus, de Cesar Frank pelo barítono Benedito J. Santos;

7. MÚSICA: Canção de Amor, de C. A. Bixio, pelo tenor Francisco Ridente;

8. POESIA: Morte de São Francisco, declamação pela poetisa Adélia Vitória Ferreira;

9. POESIA: Bentevi, declamação pela poetisa Yvone Marie, de sua autoria;

10. MÚSICA: Voi Che Sapete, Ópera Bodas de Fígaro, Mozart, pela soprano Jandira Schimiela;

11. Palavras de Saudação pelo irmão probacionista REILI J. BRICHENTI, do Centro ROSACRUZ de Santo André, representando os centros e Núcleos ROSACRUZES do Brasil;

12. MÚSICA: E as Estrelas estão Brilhando, Ópera Tosca de Puccini, pelo tenor Roberto Faria;

13. POESIA: A Prece da Árvore, declamação pelo poeta Dr. Walter Rossi, de sua autoria;

14. MÚSICA: Canção do Éxito, de Ernest Gold, pelo barítono Benedito J. Santos;

15. Palavras de saudação do presidente da Fraternidade, representado pelo irmão José Augusto Pinto Coelho;

16. MÚSICA: Uma Furtiva Lágrima, Ópera Elisir D’Amore, Donizetti, pelo tenor Francisco Ridente;

17. POESIA: Oh! Deus, Oh! Natureza, Oh! Nada, de J. M. Bocage, pela poetisa Yvone Marie;

18. POESIA: Jesus, declamação da poetisa Adélia Vitória Ferreira, de sua autoria;

19. MÚSICA: Eu te Levarei, pelo dueto soprano Jandira – Maria Meira;

20. MÚSICA: Vesti La Giba, Ópera II Pagliacci-Leoncavalo, pelo tenor Roberto Faria;

21. CANÇÃO DE ANIVERSÁRIO: cantado por todos, em homenagem à Fraternidade, comemorando os seus 22 anos de trabalhos;

22. HINO ROSACRUZ DE ENCERRAMENTO: cantado por todos;

23. DESPEDIDAS: (acompanhamentos ao HARMONIUM e PIANO pela Professora Maria Meira).

Antonio Munhóz



Professora Mitzi Maria Meira

Fotos da Festa do 24º Aniversário da Sede em 1979

  • Em 23 de setembro de 1979 foi realizada a Festa do 24º Aniversário da Sede com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:
Álvaro Batista
Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo
De óculos escuros: Casal Armando e ao lado Ana Tempera; atrás da Ana está o Luis Alberto Marques (Luis Jaú do Centro de São José dos Campos-SP)
Antonieta Pinola declamando uma poesia

Fotos da Festa de Natal em 1974

  • Em 22 de dezembro de 1974 foi realizada a Festa de Natal Rosacruz com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:
Coral Volkswagen

Fotos da Festa de Natal em 1977

Em 18 de dezembro de 1977 foi realizada a Festa de Natal Rosacruz com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:

José Gonçalves Siqueira

Primeira fila da esquerda para direita em pé: Lily Roth, Julia Leitaf Sahão, Antonieta Pinola, Antonio Munhóz; atrás, de gravata, Nelson Marques

Segunda fila da esquerda para direita em pé: F. Ph. Preuss, logo atrás Antonio Sampaio
Maria Meira ao piano

Antonio Munhóz com Maria Meira

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Fontes:

  • Revista Serviço Rosacruz de 1962, de setembro de 1976 e de outubro de 1977, 1978 , 1979 e 1980 – Fraternidade Rosacruz – SP – São Paulo
  • Entrevistas com Estudantes Rosacruzes
  • Notas nos Versos dos originais das fotografias em papel
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Átrio do Tabernáculo no Deserto

O Átrio era um recinto que rodeava o Tabernáculo no Deserto. Seu comprimento era o dobro da sua largura e o portão ficava no extremo leste. Esse portão era coberto por uma cortina de linho fino torcido de cores azul, escarlate e roxo, e essas cores nos demonstram, de bate e pronto, o nível desse Tabernáculo no Deserto.

 “Farás o átrio para o tabernáculo. Do lado meridional, ao sul do átrio, haverá cortinas de linho fino retorcido, numa extensão de cem côvados, … Também para o norte haverá cortinas, numa extensão de cem côvados” (Ex 27:9-11).

 “Do lado do ocidente a largura do átrio comportará cinqüenta côvados de cortinas…Na frente, do lado oriental, a largura do átrio será de cinqüenta côvados… O comprimento do átrio será de cem côvados, sua largura de cinqüenta, e sua altura de cinco côvados” (Ex 27; 12-18).

Na porta do átrio haverá uma cortina bordada, de vinte côvados, em jacinto, púrpura violeta e escarlate, em carmesim e em linho fino retorcido, com quatro colunas e quatro pedestais.” (Ex 27; 16).

No Evangelho Segundo de São João somos ensinados que “Deus é luz”, e nenhuma descrição ou semelhança poderia transmitir uma melhor concepção ou maior iluminação para a Mente espiritual do que essas palavras. Quando consideramos que mesmo o maior dos telescópios modernos não conseguiu determinar as fronteiras da luz, embora eles penetrem no espaço por milhões e milhões de quilômetros, isso nos fornece uma fraca ideia, porém abrangente, da infinitude de Deus.

Sabemos que essa luz, que é Deus, é refratada nas três cores primárias pela atmosfera que circunda nossa Terra, a saber: o azul, o amarelo e o vermelho. É um fato bem conhecido, por todo ocultista, que o raio do Pai é azul, enquanto o do Filho é amarelo e a cor do raio do Espírito Santo é vermelha. Somente o raio mais forte e mais espiritual tem a possibilidade de penetrar no assento da consciência da onda de vida que anima o nosso Reino Mineral e, dessa forma, encontramos sobre as cordilheiras de montanhas o raio azul do Pai refletindo em volta das encostas áridas e pairando como uma névoa sobre desfiladeiros e barrancos. O raio amarelo do Filho, mesclado ao azul do Pai, fornece vida e vitalidade ao mundo das plantas, que, dessa forma, refletem de volta uma cor verde por incapacidade de reter o raio dentro de si. Porém, no Reino Animal, ao qual, anatomicamente, o ser humano não regenerado pertence, os três raios são absorvidos e o raio do Espírito Santo fornece a cor vermelha da carne e do sangue do ser humano. A mescla do azul e do vermelho evidencia a cor púrpura do sangue, envenenado devido ao pecador. Contudo, o amarelo nunca se evidenciará até que se manifeste como um Corpo-Alma, o “traje nupcial” da Noiva mística do Cristo místico desenvolvido desde o interior.

Desse modo, as cores dos véus do Templo, tanto no portão como na entrada do Tabernáculo, mostravam que essa estrutura foi projetada para um período anterior ao tempo do Cristo, pois possuía somente as cores azul e escarlate do Pai e do Espírito Santo, respectivamente, que juntas formavam a cor púrpura. Porém, o branco é a síntese de todas as cores e, portanto, o raio amarelo de Cristo estava oculto nessa parte do véu, até que, no seu devido tempo, Cristo deveria aparecer para nos emancipar das leis, como eram fornecidas, que nos limitam e nos iniciar na plena liberdade dos Filhos de Deus.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz e o nosso papel

Esta manhã eu quero falar sobre os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz e o trabalho deles.

Temos o privilégio de contarmos com a inspiração da Filosofia da Fraternidade Rosacruz, que nos foi dada pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz.

Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz são seres humanos que passaram pelas nove Iniciações Menores e pelas quatro Iniciações Maiores. Vamos explicar tudo isso nesse texto à frente.

O trabalho dos Irmãos Maiores é nos explicar todo o processo, desde a criação até a Involução, a Evolução e a realização divina. Eles trabalharam com nosso fundador, Max Heindel, para realizar esta obra monumental chamada “Conceito Rosacruz do Cosmos”, que é muito rica em significado espiritual.

No século XIV, no ano 1313, Christian Rosenkreuz, um elevado Iniciado nos Mistérios Cristãos, fundou a Ordem Rosacruz. Ele escolheu doze irmãos, todos Adeptos e Iniciados nos Mistérios Maiores, cuja missão seria expandir os Mistérios Cristãos por meio da Escola de Mistérios Rosacruz e promover a evolução espiritual do ser humano, particularmente no mundo ocidental.

Agora, o que realmente queremos dizer com Iniciação? Iniciações são experiências internas que, primeiro, conectam-nos ao nosso passado, na fase de Involução; depois, aos dias atuais e, finalmente, elas nos movem através das etapas da nossa Evolução futura. A Iniciação envolve a expansão da consciência humana, a ativação consciente do relacionamento mais próximo conosco mesmo (Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado), dentro do qual está o que chamamos de nosso “eu superior”, e inclui o desenvolvimento prático de nossas faculdades criativas e divinas, em uma base diária.   Em última análise, isso leva à compreensão e à ativação de nossa onipotência, onisciência e onipresença divinas. Durante a Involução-Evolução cósmica da nossa jornada, nós nos sintonizamos com o eu superior por meio de uma vida correta. A vida correta consiste em praticar a ação correta, o sentimento correto, o pensamento correto e a intenção correta – e realmente viver uma vida de serviço aos outros, à luz do amor e da abnegação.

Essas experiências espirituais são o domínio, o poder, e são supervisionadas pelas Escolas de Mistérios. O que são as Escolas de Mistérios? Existem 12 Escolas de Mistérios na Terra e cada uma delas é representada por um pequeno círculo ao redor do grande centro.  Essas Escolas de Mistérios não estão no plano físico como as escolas regulares na Terra estão em um distrito escolar. Na verdade, elas estão no plano invisível e estão subdivididas em sete Escolas de Mistérios Menores, das quais a Fraternidade Rosacruz é uma. Essas Escolas atendem às necessidades dos Aspirantes à vida superior por meio do processo de trabalho de nove Iniciações Menores.   Então, como há sete Escolas de Mistérios Menores, há cinco Escolas de Mistérios Maiores que trabalham com Aspirantes à vida superior que já completaram as nove Iniciações Menores por meio do trabalho das Escolas de Mistérios Menores.

Cada uma das Escolas de Mistérios é, na verdade, uma Ordem com doze Irmãos Maiores e ao redor deles está o décimo terceiro membro. Um dos propósitos das Escolas de Mistérios é fornecer o Treinamento Esotérico ou a Educação Esotérica a todos os Aspirantes à vida superior que entrem no caminho da luz, a fim de acelerar o processo da própria evolução deles e agilizar a evolução de nossos Planetas, guiando-os de dentro para fora a fim de que se capacitem para entrar no portão dourado do templo etérico e interno, em que a Iniciação realmente ocorre.

Por que treze? Isso se baseia no princípio matemático e universal da geometria sagrada, a relação das partículas de matéria cósmica no espaço. Se vocês pegarem uma caixa com bolas de pingue-pongue, todas do mesmo tamanho, tomar uma e quiser escondê-la, colocando outras bolas ao redor dela, quantas bolas seriam necessárias? Na verdade, seriam necessárias doze bolas para esconder uma. É um exemplo, uma proporção matemática, algo que vocês não podem argumentar a favor ou contra. É um fato do universo. A Ordem Rosacruz tem doze Irmãos em torno de Christian Rosenkreuz, que é o décimo terceiro e o augusto líder da Ordem Rosacruz.

Agora, cada uma das doze Escolas de Mistérios tem um décimo terceiro membro. Pensemos assim: quando os doze Líderes se reúnem eles formam um nível superior de Escola que você pode chamar de conselho central da Fraternidade Branca. É centralizado, então eles se reúnem aqui, todos eles se reúnem na Fraternidade Branca, em torno do seu décimo terceiro, que é o Líder do Planeta, a quem chamaremos de Espírito Planetário da Terra e que está, atualmente, e desde a crucificação, sob a presença do Cristo.

Vamos falar sobre o Esquema, Obra, Caminho da Evolução para situarmos a necessidade dessas Escolas. O processo de Evolução, conforme indicado na Bíblia, ou o processo de criação, no Gênesis, leva sete “dias” ou sete etapas. Max Heindel e os Irmãos Maiores explicam que os sete Períodos são Períodos de manifestação que incluem Criação, Involução e Evolução. Assim, no livro do Gênesis, Deus, o Espírito dentro do Universo, faz Sua criação por meio de sete etapas cósmicas. Esses dias cósmicos duram eras de tempo. Eles não são dias de 24 horas. Eles são vastas extensões de tempo; na verdade, estão além do tempo, como o conceituamos atualmente.

Quando lidamos com esses Períodos, realmente temos que lidar com uma escala que está além do tempo e do espaço. Está nos Mundos celestiais. Mas vamos dar uma forma para que possamos nos relacionar com ela. Temos uma Mente concreta que precisa ter algo para ver, tocar e ao qual se apegar.

Então, na primeira fase da Evolução (que nós chamamos de Período de Saturno) estávamos envolvidos com o recebimento do germe do Corpo Denso e o início do seu desenvolvimento. Na fase seguinte (ou Período Solar) estávamos envolvidos com o recebimento do germe do Corpo Vital e o início do seu desenvolvimento. Na terceira fase (Período Lunar) estávamos envolvidos com o recebimento do germe do Corpo de Desejos e o início do seu desenvolvimento. E na primeira metade do Período Terrestre (a Metade Marciana) passamos pelo processo do recebimento do germe da Mente e o início do seu desenvolvimento (eu digo “nós” porque Deus e Sua criação não podem ser separados). Somos parte da Sua criação e, também, parte de Deus.

Na verdade, nossos Corpos e o nosso veículo Mente não são o que nós realmente somos. Eles são apenas instrumentos que usamos para adquirir sabedoria e experimentar as faculdades divinas. A parte real em nós é a chama do Espírito (a chispa divina, o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana), que é invisível para a maioria e que, na verdade, não tem começo nem fim, vivendo para sempre. Ele permanece como um impulsionador dentro dos Corpos e dos seus veículos, enquanto passamos por nossas experiências.

Atualmente, estamos nesse estágio de criação. Começando deste ponto em diante, estamos agora iniciando a fase de Evolução. Quando descemos do Período de Saturno e começamos a trabalhar nesses germes, estávamos nos movendo do Mundo dos Espíritos Virginais para a Região Química do Mundo Físico (a fase da Involução nesse Esquema de Evolução). Agora, que estamos focados na Região Química do Mundo Físico, estamos começando a desfazer tudo isso e voltar ao Mundo dos Espíritos Virginais. Esse processo é chamado de fase da Evolução nesse Esquema de Evolução. Portanto, a segunda metade do Período Terrestre está envolvida com o aperfeiçoamento da Mente e com a assimilação de todas as qualidades e poderes do Corpo Denso pela Mente — aprender as leis do Mundo Físico. Agora, com a ciência, a orientação da filosofia espiritual e as experiências do coração podemos penetrar cada vez mais nos Mistérios da vida para que possamos entender de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos.

O próximo Período é o Período de Júpiter, no qual estaremos envolvidos com a criação de um Corpo para o Espírito Humano ou a Mente abstrata, que é o veículo espiritual mais inferior do Ego. Na Religião Cristã esotérica nós nos referimos ao Espírito como um ser tríplice quando em manifestação – como estamos agora -, o Tríplice Espírito (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano). Falamos sobre o Espírito Santo, o Filho e o Pai, que basicamente representam três energias cósmicas — todas em um só Espírito. No Período de Júpiter, criaremos um Corpo que poderá usar o poder do Espírito Humano ou do Espírito Santo.

No próximo Período, o Período de Vênus, estaremos envolvidos na criação de um Corpo para o Espírito de Vida, o Espírito de Amor representado pelo Filho. Iremos assimilar todas as informações desse Corpo na Mente.

De lá, vamos para a próxima fase que é o Período de Vulcano, o “Dia Final da Criação”, no qual criaremos um Corpo para o Espírito Divino, o Pai, e espiritualizaremos nossa Mente, assimilando todas essas qualidades, para que tenhamos um Tríplice Corpo espiritual e uma Mente espiritualizada que nos ajudará a tornar criadores. No final do Período de Vulcano, que é o último Dia da Criação, seremos Deuses criadores. Teremos alcançado a onipotência divina com o pleno desenvolvimento de nossos poderes criativos; teremos alcançado a onisciência com o pleno desenvolvimento de nosso conhecimento consciente dos cinco degraus da evolução; teremos alcançado a onipresença com plena consciência nos reinos que estão envolvidos nesta fase de Evolução. Então, esse é um processo muito longo e amplo.

Para que possamos acelerar esse processo, temos a oportunidade de passar pelas nove Iniciações Menores. O primeiro voto do Iniciado é o de “silêncio”, o que significa que não há muita informação disponível sobre a Iniciação. Esse é um processo interno e individualizado. Cada um de nós passa por isso de maneira particular, em seu próprio tempo e, portanto, é difícil descrever para outra pessoa algo que ela mesma não tenha experimentado; mas Max Heindel e os Irmãos Maiores nos deram algumas dicas que podemos usar para falar sobre isso e ter uma ideia adequada sobre a Iniciação.

Os Aspirantes à vida superior aos nove Mistérios Menores são treinados esotericamente através de uma das sete Escolas de Mistérios Menores. As primeiras quatro Iniciações Menores conduzem o Aspirante à vida superior através de uma recapitulação dos quatro Períodos anteriores de Evolução. O Período de Saturno, quando construímos o Corpo Denso; o Período Solar, quando construímos o Corpo Vital; o Período Lunar, quando construímos o Corpo de Desejos; e a primeira metade do Período Terrestre (Metade Marciana), quando construímos a Mente. A quinta das Iniciações Menores o leva ao Período atual ou Metade Mercuriana do Período Terrestre. As últimas quatro Iniciações Menores conduzem a questões que abordam o desenvolvimento futuro, até o final do Período Terrestre. Todas as nove Iniciações Menores culminam na primeira Iniciação Maior, que resume todo o Período Terrestre. Depois disso, há mais três Iniciações Maiores que lidam com o estado de consciência dos próximos três Períodos desse Esquema de Evolução (o Período de Júpiter, o Período de Vênus e o Período de Vulcano), que eventualmente nos levam à libertação.

E esse caminho, na Fraternidade e Ordem Rosacruz, nós trilhamos iniciando como um Estudante Preliminar, depois Estudante Regular, depois Probacionista, depois Irmão Leigo e depois Adepto, antes de atingirmos o grau de Irmão Maior.

Agora, vamos falar sobre os Adeptos; o que queremos dizer com Adepto? Um Adepto é uma pessoa que se graduou, pelo menos, na primeira Iniciação Maior, o que significa que ela experimentou, internamente, com sucesso as nove Iniciações Menores e está prosseguindo em direção às quatro Iniciações Maiores (ou Iniciações Cristãs). Quando o Adepto passa pela primeira Iniciação Maior (que é uma experiência interna, é claro), ele passa por um processo alquímico que inclui uma transmutação biológica que muda a relação entre seus Corpos Denso e Vital, bem como entre os Corpos de Desejos e Mental, usando todo o poder armazenado no Dourado Manto Nupcial, no seu “super” Corpo-Alma.

Ao espiritualizar o seu Corpo Mental com práticas espirituais, disciplina mental e positiva, pensamentos edificantes e outros usos construtivos da Mente, eles moldam suas Mentes abstratas e concretas para processar mais luz espiritual. Ao purificar e elevar o Corpo de Desejos, o corpo por meio do qual expressamos sentimentos e emoções, eles se conectam com as Regiões superiores do Mundo do Desejo, ativando sentimentos mais nobres, mais compassivos e mais altruístas para criar uma conexão anímica mais profunda com os outros e com o universo. Ao ativar mais energias etéricas através de bons hábitos e boas intenções no dia a dia, de melhor higiene, do uso responsável da força criativa e da repetição de coisas boas, eles sobrecarregam os dois Éteres superiores do Corpo Vital; ou seja, o Éter de Luz e o Éter Refletor. Esses estão envolvidos com a percepção sensorial, cognição, atividade mental e memória; e isso permitem a eles fazer um trabalho maior nos planos internos, como Auxiliares Invisíveis e de forma plena e perfeitamente consciente.

Os Adeptos mantêm o Corpo Denso saudável com uma quantidade mínima de exercícios físicos, seguindo uma nutrição apropriada e assimilando quantidades suficientes de fósforo nos Corpos Densos, engajando-se em atividades positivas, construtivas e num estilo de vida altamente espiritual; quando prontos, os Adeptos iniciam conscientemente uma transmutação alquímica da sua estrutura bioquímica: de uma base de carbono para uma química à base de fósforo. O carbono tem quatro valências, o fósforo tem cinco; portanto, a base química é alterada. Esse processo é, em essência, a maneira como eles se tornam invisíveis, o que lhes permite navegar entre os reinos visível e invisíveis à vontade.

Eles, então, têm a capacidade de materializar e desmaterializar seus Corpos Densos à vontade. Isso lhes permite prestar um serviço maior à humanidade, pois atuam como agentes invisíveis ou auxiliares na orientação dos governos mundiais, como cientistas, artistas, filósofos, inventores, pensadores… Eles ajudam a promover um maior avanço da cultura nas áreas da arte, ciência, espiritualidade ou filosofia religiosa.

A Ordem Rosacruz consiste em doze Irmãos Maiores, ao redor de Christian Rosenkreuz, e um desses Irmãos está especificamente conectado à Fraternidade Rosacruz, porque ela é uma Escola preparatória para a Escola de Mistérios Rosacruz, nos planos internos: a Ordem Rosacruz.

É por isso que na Fraternidade Rosacruz nós aprendemos a importância do desenvolvimento de uma Mente sã, de um Coração nobre e de um Corpo são, bem como o treinamento diário e completo para o desenvolvimento do Corpo-Alma, que chamamos de Dourado Manto Nupcial, e é necessário à transição para uma vida consciente nos planos internos. Por analogia, imagine o Corpo-Alma como o traje espacial do astronauta. Esse Corpo-Alma é usado para viajar por uma região diferente, um mar invisível de energia que nos cerca, mas do qual, nesse momento, temos muito pouca percepção.

Para compreender melhor a necessidade de nos aplicar o máximo possível agora, nessa vida, nesse momento, a construção do Corpo-Alma, vamos falar sobre as Épocas anteriores a atual, a Época Ária. Seguindo a Época Lemúrica, passando pela aquosa Atlântida, quando a atmosfera tinha muita água e estávamos respirando por meio de órgãos semelhantes as guelras, dos peixes atuais, precisamos construir pulmões. Várias inundações atlantes precipitaram a água dos oceanos e, então, precisamos respirar ar fresco. As inundações vieram em uma série. Não houve apenas uma inundação; houve uma série delas, durante um longo período de tempo. A última inundação data de cerca de 10.000 anos (contando, como base, a maneira do tempo atual), quando o Sol estava cruzando, por Precessão dos Equinócios, o Signo de Câncer.

Então, esses foram os pioneiros da Época Ária, a Época atual. Eles se reuniram e subiram nas montanhas, acima das névoas e da água; eles já tinham desenvolvido os pulmões e podiam respirar o ar rarefeito. Contudo, as pessoas que viviam nas terras baixas ainda estavam na atmosfera aquosa e tiveram que aprender a construir pulmões, porque ainda respiravam por órgãos parecidos como guelras. Quando as várias séries de inundações se tornaram raras, aqueles que não construíram os pulmões não sobreviveram. No momento, ainda temos 85% de água em nossos Corpos Densos, mas quando entrarmos na Era de Aquário, daqui a 500 anos, aproximadamente, a água finalmente evaporará e será substituída por Éteres. Aqueles que não treinaram seus Corpos Vitais não serão capazes de sobreviver na superior atmosfera etérica da Era de Aquário. Portanto, é importante que desenvolvamos nossos Corpos Vitais agora, focando na construção do Corpo-Alma.

E quem nos fornece todo o conhecimento e a técnica para tal são os Irmãos Maiores, ou seja, eles fornecem o Treinamento Esotérico preciso e necessário para cada geração de buscadores ocidentais que enfatizam a construção de um Corpo Vital superforte. Os Irmãos Maiores trabalham muito para superar os efeitos destrutivos do materialismo, da nacionalidade, da ganância, do egoísmo e do pensamento negativo. Todas as noites, à meia-noite, eles realizam o serviço religioso da meia-noite, no templo etérico da Ordem Rosacruz. Eles atraem esses tipos de energias negativas a fim de transmutá-las em amor puro, benevolência, altruísmo, positivismo e alta aspiração espiritual que eles eventualmente enviam de volta ao mundo para elevar e encorajar todo o bem. Se não fosse por suas poderosas vibrações espirituais, as forças do materialismo já teriam esmagado todos os esforços espirituais.

Portanto, é imperativo que os ajudemos, aprendendo a fazer esse trabalho — que os ajudemos fazendo o trabalho nós mesmos —; ou seja, praticando em nossa vida diária os princípios positivos que eles nos ensinam. Então, toda vez que você se notar tendo um pensamento negativo, você tem que parar e pensar sobre isso. Você deve fazer um retrospecto e ver como pode mudá-lo, enfatizando o que é mais construtivo. Quando se depara com situações em que as pessoas lhe fazem algo ruim e você começa a nutrir ressentimentos e sentimentos ruins, examine isso, porque o deixa doente, de qualquer maneira. Não só destrói seus Éteres, como queima sua energia interior; assim, é importante aprender a perdoar, aprender a praticar os princípios de Cristo, porque todos os princípios de Cristo são princípios alquímicos que mudam as energias internas e externas. Tudo o que fazemos tem um efeito. Se você tem um pensamento, esse pensamento afeta suas funções internas e, também, afeta seu ambiente. Ele afeta sua aura, é claro, mas também afeta o solo, as energias ao seu redor e as outras pessoas.

A mesma coisa é válida para os seus sentimentos. Se você tem sentimentos negativos por coisas com as quais tem dificuldade em lidar emocionalmente, você precisa se concentrar nelas para buscar uma solução, uma forma de transmutar os sentimentos negativos em algo mais construtivo. É o trabalho da alquimia. É um processo consciente que exige certa quantidade de esforço.

O mesmo vale para suas intenções e seus motivos. Quais são seus motivos? Eles são universais? Você está tentando fazer algo de bom para o todo ou está apenas se apegando a si mesmo, querendo unicamente ajudar a si próprio? Se for esse o caso, você tem que repensá-los, porque estamos todos no mesmo barco — um único Planeta onde tudo o que fazemos afeta todos os outros.

Se começarmos a gerar pensamentos positivos, sentimentos positivos, intenções positivas e, por consequência, geramos ações positivas, vamos mudar nosso Planeta e torná-lo um mundo melhor para todos. Não apenas devemos nos esforçar para praticar essa filosofia positiva, mas também devemos sair e ensiná-la ao mundo.

Ao contrário de outros, não fazemos proselitismo. Tudo o que precisamos fazer é ser um exemplo daquilo em que acreditamos. Quando mostramos, por meio de nossas próprias obras, os princípios da nossa Filosofia, estamos na verdade ensinando. Devemos ser exemplos vivos daquilo em que acreditamos. Devemos educar o mundo sobre como viver a vida, um modo de vida positivo que não faz mal a pessoa alguma, que respeita toda forma de vida, que nutre o Planeta, que protege seus recursos, que ensina a amar e respeitar os irmãos e irmãs.  Quando digo irmãos e irmãs, não me refiro apenas a irmãos e irmãs humanos. Também quero dizer nossos irmãos animais, nosso respeito pelo Reino vegetal e pela própria Terra, o reino mineral. Devemos colocar em prática o princípio cósmico de amor e compaixão universais que o Cristo nos deu há mais de 2.000 anos. À medida que a Era de Aquário se aproxima na Terra, quando então uma Idade de Ouro, de vida consciente e luz espiritual desabrochará, aboliremos todas as guerras e eliminaremos as doenças. Homens e mulheres de boa vontade devem compartilhar o amor e a paz por 1000 anos.

É nossa responsabilidade cuidar da Terra e do seu povo; nós somos os guardiões dos nossos irmãos e irmãs. Devemos praticar o amor conforme ensinado por Jesus Cristo, em atos e em verdade, não apenas em palavras; devemos nos empenhar pela fraternidade universal.

(Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz – uma palestra proferida na Pro-Ecclesia em 9/agosto/2009 por um Probacionista e traduzida pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Consciente ou inconscientemente estamos construindo um novo Corpo: para que, para quando e por quê?

A parte do Corpo Vital formada pelos dois Éteres superiores, o Éter Luminoso e o Éter Refletor, é a que podemos chamar de Corpo-Alma; quer dizer, ela é a que está mais intimamente ligada ao Corpo de Desejos e a Mente e, também, a mais receptiva ao toque do Espírito do que se acha a parte formada pelos dois Éteres inferiores.

O Corpo-Alma é o veículo do intelecto, e responsável por tudo que faz do indivíduo, um ser humano.

Nossas observações, nossas aspirações, nosso caráter, etc., são devidos ao trabalho do Espírito nesses dois Éteres superiores, que se tornam mais ou menos luminosos de acordo com a natureza de nosso caráter e hábitos.

Outrossim, do mesmo modo que o Corpo Denso assimila partículas de alimento e assim adquire carne, os dois Éteres superiores assimilam nosso bem agir durante a vida e assim também crescem em volume.

De acordo com nossos feitos nessa vida atual, aumentamos ou diminuímos desse modo à bagagem que trouxemos ao nascer.

Se nascermos com um bom caráter, expresso nesses dois Éteres superiores, não nos será fácil mudá-lo porque o Corpo Vital tornou-se muito, muito firme durante as miríades de anos em que o desenvolvemos.

Por outro lado, se fomos frouxos, negligentes e indulgentes em relação aos hábitos que consideramos maus, se formamos um mau caráter em vidas anteriores, aí vai ser difícil superá-los porque isso estabeleceu a natureza do Corpo Vital, e anos de constante esforço serão precisos para mudar sua estrutura.

É por isso que os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental afirmam que todo desenvolvimento místico tem início no Corpo Vital.

Cada vez que prestamos serviço a alguém nós aumentamos o brilho de nosso Corpo-Alma.

É o Éter de Cristo que atualmente movimenta o nosso globo, e é bom lembrar que se desejamos um dia trabalhar pela Sua libertação, precisamos que um número suficiente desenvolva seus Corpos-Alma ao ponto em que eles possam fazer a Terra flutuar. Então, poderemos carregar Seu fardo e libertá-Lo da dor da existência física.

A Parábola do Banquete Nupcial é muito bem aplicada nesse contexto:

O Reino dos Céus é semelhante a um rei que celebrou as núpcias do seu filho. Enviou seus servos para chamar os convidados para as núpcias, mas estes não quiseram vir. Tornou a enviar outros servos, recomendando: ‘Dizei aos convidados: eis que preparei meu banquete, meus touros e cevados já foram degolados e tudo está pronto. Vinde às núpcias’. Eles, porém, sem darem a menor atenção, foram-se, um para o seu campo, outro para o seu negócio, e os restantes, agarrando os servos, os maltrataram e os mataram. Diante disso, o rei ficou com muita raiva e, mandando as suas tropas, destruiu aqueles homicidas e incendiou a cidade. Em seguida, disse aos servos: ‘As núpcias estão prontas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas e convidai para as núpcias todos os que encontrardes’. E esses servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons, de modo que a sala nupcial ficou cheia de convivas. Quando o rei entrou para examinar os convivas, viu ali um homem sem a veste nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem a veste nupcial?’ Ele, porém, ficou calado. Então disse o rei aos que serviam: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o fora, nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes’. Com efeito, muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. (Mt 22:2-14 Lc 14:20-24)

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

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