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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Setembro de 2021

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.

Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em setembro, com as seguintes sessões:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de Agosto
  • Calendário para o mês de outubro
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais no mês de Agosto:
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes:
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes:
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para Outubro: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

CLIQUE AQUI – ECOS nº 64 – Setembro de 2021

Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

Informação

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Setembro/2021:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/,

https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/;

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e

https://www.youtube.com/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

OUTUBRO – Quando o Sol entra em Libra a força dourada do Cristo passa pelos reinos terrestres, enquanto esse sublime Ser inicia, novamente o Seu sacrifício anual, um evento denominado a CRUCIFICAÇÃO CÓSMICA. A isso São Paulo se refere na Epístola aos Romanos 8:22: “Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente”. Essa estação é um tempo para o discípulo renovar sua dedicação para percorrer no caminho do Senhor a despeito de quaisquer vicissitudes e obstáculos que podem afetar seu caminhar.

Em outubro a espiritualidade áurica do Sol está presente na Terra e a vitalidade física começa a esbater-se. As pessoas sentem, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, um certo afrouxamento do ponto de vista físico, e, em contrapartida, uma maior propensão para o recolhimento interno, para a introvisão e atração pelo estudo dos mais profundos mistérios da vida. Isso é o resultado do foco em que o Sol vai se encontrando cada vez mais próximo da Terra, fazendo, portanto, com que a Terra vai se permeando mais fortemente pela aura do Sol Espiritual, com o correlativo aumento do Fogo Sagrado inspirador de crescimento anímico nos seres humanos.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da TerraLua, a Oitava Esfera e a Época Lemúrica

Os Senhores da Sabedoria, os Senhores da Individualidade, os Senhores da Forma, os Senhores da Mente, os Arcanjos e os Anjos.

Porque perderam todos os corpos e seus respectivos Átomos-sementes e ficam em uma parte da Lua que não possam mais se relacionar com a Terra. Nessa região ficam aguardando um próximo dia manifestação para reiniciarem seu processo de evolução

É um corpo celeste que orbita em torno de Planeta.

Simplesmente porque, como éramos incipientes na arte de utilizar os Corpos Densos, nós os destruíamos constantemente, seja pelos nossos atos em nossa volta, ou seja, pela nossa incompetência em administrá-lo como instrumento para a evolução.

Jeová (um Anjo)

Cristo

Cristo

No Sol

Em Marte

Em Mercúrio

Já tínhamos a divisão de sexo – masculino e feminino -, portanto a propagação já era por relação sexual, só que ocorria de forma inconsciente e guiada pelos Anjos.

O Período Lunar – momento em que as plantas começaram a sua evolução.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da TerraNascimento do Indivíduo

Sabemos também que uma característica do indivíduo não se aplica a um grupo coletivamente. Mesmo sob a influência de um Espírito de Raça isso não podia se aplicar coletivamente. Se quisermos conhecer, por exemplo, o caráter de Max Heindel, de nada nos servirá estudar o caráter de seu pai, de seu avô, ou de seu filho, porque eles difeririam completamente entre si. Cada um tinha suas próprias peculiaridades totalmente distintas das idiossincrasias de Max Heindel.

Tudo isso porque o ser humano é um indivíduo, tem uma Individualidade. Os animais, os vegetais e os minerais dividem-se em espécies. Não estão individualizados no mesmo sentido em que se encontra o ser humano.

Cada indivíduo – cada pessoa, é uma espécie – é uma lei em si mesmo, inteiramente separado e distinto de qualquer outro indivíduo, tão diferente dos seus concidadãos como diferentes são duas espécies distintas do Reino inferior.

Entendendo melhor esse conceito:

Nesse Esquema de Evolução, na parte que conhecemos como Involução, nós mergulhamos a partir do Mundo do Espírito Divino até o Mundo Físico, por meio do Período de Saturno, Solar, Lunar e Metade Marciana do Período Terrestre.

Com as seguintes atividades nos nossos Corpos e veículos:

Notem: Nós, o Ego, descemos dos Mundos superiores durante a Involução e, por ação recíproca, no mesmo período os nossos Corpos se elevaram.

E é justamente no encontro dessas duas correntes no foco, ou a Mente, que marca o momento em que nasce o indivíduo, o ser humano, o Ego, quando tomamos posse dos nossos veículos.

Utilizamos a nossa vontade e com ela colocamos em ação a nossa imaginação – exatamente como Deus, nosso criador, faz todas as vezes que cria.

Com a vontade e a imaginação trabalhando geramos a ideia, por exemplo de um barco. Dessa ideia utilizamos a nossa Mente para construir o pensamento-forma desse barco. E a partir dele podemos utilizar as forças do Mundo do Desejo, e pelo interesse e atração, utilizar os nossos Corpos Vital e Denso para construir o barco físico.

Filme “A Cabana” – Algumas reflexões do Filme pela ótica dos Ensinamentos Rosacruzes

O Filme é uma adaptação do Livro The Shack – Em português “A Cabana” de escritor canadense William P. Young. – Direção: Stuart Hazeldine – Roteiro Andrew Lanham, John Fusco

Reflexões:

  • Por que Deus-Pai aparece como Mulher (uma negra) e como Homem (um descendente de indígena)?

Isso mostra que a forma não é nada; é uma ilusão; que nada se deve julgar pela forma exterior

Mostra ainda o equilíbrio entre os 2 polos: Princípio Feminino: Amoroso e materno – coração – nutre e desenvolve o que foi plantado. Princípio Masculino: vontade e razão – planta a semente

  • O Filme traz uma fala que diz: A dor consegue fazer isso com as pessoas…esquecem para o que foram criadas… você está aqui para aprender a voar. Como podemos entender essa frase?

O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, uma Chispa Divina. Somos, portanto, uma Centelha Divina – “Deveis ser perfeitos como o vosso pai celeste é perfeito

Deus é Amor – Ainda que agora Ele aplique as mais severas medidas, no futuro você será brilhante e resplandecente

Misericórdia é a manifestação do Amor de Deus, de modo especial quando considera a fraqueza das criaturas.

As experiências chamadas de más são assim denominadas por nós, porque nos falta a necessária compreensão da sua razão; porque as desconhecemos por não termos os instrumentos necessários para tal e insistimos em não os desenvolver

  • Mack diz a Deus: qual é, todo mundo sabe que você pune as pessoas que desapontam você.

Deus responde: Não, não preciso punir as pessoas. O pecado é a própria punição

Aqui Deus ensina a Mack a Lei “Lei de ação e reação” ou “O Princípio de Newton” ou “A Lei de Consequência

Toda causa gera um efeito correspondente. A causa é primária; o efeito é secundário. Só pode manifestar-se o efeito, se as causas entrarem em ação. Essa lei é necessária e suficiente para aprendermos todas as lições que precisamos, desde que saibamos trabalhar com ela. Ela opera continuamente. A dor só acontece porque insistimos em não agir de acordo com as Leis da Natureza.

  • O que Deus quis dizer a Mackenzie com: “você está tentando entender o seu Mundo baseado numa imagem muito incompleta”?

O meio ambiente em que fomos colocados pelos Anjos do Destino foi de nossa própria escolha, quando estávamos no Terceiro Céu, olhando com os olhos do Espírito, sem o empecilho da cegueira produzida pela matéria, prestes a descer mais uma vez para esse Mundo Físico.

O Ego tem várias opções de renascimento e deve liquidar as causas maduras (consequência que necessariamente deverão ser vivenciadas pela pessoa) que foram selecionadas pelos Anjos do Destino e, portanto, com certeza a teia do destino fornece todas as condições necessárias.

As oportunidades foram feitas sob medida para um nosso nível de evolução, a fim de que aprendamos exatamente o que necessitamos, no grau que podemos assimilar.

  • Sarayu (O Espírito Santo) diz a Mack: Você pensa que veneno é algo ruim?… Se você o combinar com o néctar dessa flor vai ter uma incrível propriedades curativas.

Essa fala nos explica que o Bem e o Mal andam junto, toda luz tem sua sombra, assim como todos nós temos nosso lado sombrio.

É através da nossa natureza sombria que somos tentados para saber se aprendemos as lições ao longo do nosso processo de evolução.

Devemos buscar o bem nas adversidades. Quando pensamos nas adversidades como injustas, dolorosas, é sinal de que ainda não estamos maduro e não compreendemos as Leis.

Deus é um Pai perfeito e não castiga. A Lei é Lei. Quanto mais nos afastamos tanto mais fortemente age, na tentativa de mostrar-nos o verdadeiro sentido. 

A revolta, a incompreensão, as mágoas só existem quando julgamos estar sendo injustiçados.

O que nos parecem males e inimigos são instrumentos de nossas correções. O semelhante atrai o semelhante.

Afinal: “o mal é o bem em gestação”

  • Jesus mostra a Mack como andar sobre as Águas. Qual o simbolismo dessa cena

Andar sobre as águas representa o domínio da vida emocional, que inclui o domínio do medo e o alcance do poder da fé, para alcançar o equilíbrio. Momento em que Cristo-Jesus nos ensina a transformar o ódio em amor.

Max Heindel afirma em suas obras que “cruzar as águas” – água, na simbologia esotérica é o Mundo do Desejo – é uma vitória sobre as emoções, sobre si próprio.

  • Por que os assassinatos ocorrem até mesmo com pessoas inocentes? (“Como Deus pode amar Missy e deixá-la passar por tanto horror? Ela era inocente”)

Assassinatos sempre serão uma questão de resgate de dívidas entre o irmão (ã) assassino (a) e o irmão (ã) assassinado (a). Em vidas passados, reviveram exatamente com os papéis trocados e o hoje assassinado (a) tirou a vida do hoje assassino (a). Sempre é uma questão de Destino Maduro entre dois irmãos!

  • Como acontece o resgate?

Quando o assassino tiver a oportunidade de assassinar o outro, ele resiste, não assassina e o perdoa do que ele fez em vidas passadas, quando estavam no papel trocado.  Lição aprendida, ensino suspenso. Se isso não ocorrer, voltam os dois, em papéis trocados, novamente, e a tentação ocorrerá.

Aquele que julgamos como inimigo, nos ensina sobre nós mesmos. Nos ajuda a recordar algo negativo em nós mesmos ou algo negativo que fizemos a alguém em vidas passadas.

Somos um em Deus, portanto, cada um de nós é responsável, em certa medida, pelas “faltas” dos nossos irmãos e irmãs – estamos todos ligados por laços do espírito.  

Perdão é a força curativa da fraternidade. O verdadeiro perdão significa tolerar as fraquezas em ambos: em nós e nos outros.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Separação dos Sexos 

  • Houve uma escolha entre os corpos, para definir os que manifestariam o poder masculino ou o feminino?

Ainda no Terceiro Céu: Com a ajuda dos Anjos do Destino, escolhemos um cenário de vida terrestre, que nos proporcione sermos testados nas lições que aprendemos e adquirirmos maiores experiências nas nossas relações interpessoais.

O sexo com o qual nasceremos, é escolhido utilizando a Lei das Alternâncias, uma vez masculino, outra vez feminino. Mas podemos modificar essa lei em virtude de circunstâncias específicas – quando nosso aprendizado necessite que voltemos com o mesmo sexo da vida anterior.

Nos Mundos internos, o sexo do Ego, se manifesta em 2 qualidades:

Vontade: poder masculino das forças solares.

Imaginação: poder feminino das forças lunares.

  • Como se dava a procriação na primeira parte da Época Hiperbórea?

O ser humano hermafrodita podia produzir sozinho outros corpos. As forças solares o alimentavam, e com o excedente, proporcionavam a procriação de forma inconsciente

A aquisição da Mente, pois o objetivo da evolução, não era somente o habitar um corpo; isto era apenas um meio. Ao iniciar sua jornada no Período Terrestre, os Pioneiros já possuíam os 3 corpos: Denso, Vital e de Desejo e mais o Tríplice Espírito: Humano, de Vida e Divino; faltando apenas o elo que os unisse, para que o Espírito pudesse dirigir os corpos para sua manifestação e expressão.

  • Quando os corpos se tornaram eretos e Por quê?

Na última parte da Época Lemúrica.

Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra fazia parte do Sol, o ser humano recebia das forças solares o sustento de que necessitava. Inconscientemente, para fins de propagação, o excesso era irradiado.

Quando a Terra foi arrojada do Sol, as órbitas se modificaram e a influência de Marte sobre o ferro se reduziu e, finalmente, cessou o poder dinâmico de Marte sobre o ferro; assim foi possível utilizá-lo na Terra. O sangue vermelho permitiu que o corpo se tornasse ereto; só então, o Ego penetrou e controlou o corpo.

Quando o Ego ocupou seus veículos, se fez necessário que parte da força sexual fosse usada para construir o cérebro e a laringe, porque estava destinado que dali em diante o ser humano devia aprender a fazer as coisas a partir do seu próprio pensar, devia usar a voz para poder se fazer entender e, desse modo, se comunicar com os outros. Para conseguir isso, parte de sua força sexual teve de ser usada para criar os órgãos necessários. Dessa maneira, uma parte do órgão criador ficou na porção superior do corpo, se convertendo, gradativamente, no que agora constitui o cérebro e a laringe.

  • O que aconteceu com a nossa capacidade de procriação, quando a força criadora sexual foi dividida em duas partes?

Parte da força criadora ficou para a procriação e parte subiu para usarmos para a fala e cérebro. O resultado é que cada indivíduo passou a ter apenas a metade necessária da força criadora, tendo que forçosamente procurar a outra parte desta força em outro indivíduo para procriar.

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Agosto:

Apocalipse

O último livro da Bíblia nos fala que o Apóstolo São João escreveu o Apocalipse (Revelação) na ilha de Patmos.

Ao dizer, que São João “se encontrava na ilha de Patmos”, há uma grande significação: a palavra “Patmos” significa iluminação e nos tempos anteriores a Cristo a expressão “Ilha de Patmos” era usada para referir-se à Iniciação.

Por meio de seu progresso no caminho iniciático, “o Discípulo Amado” foi capaz de estar em Espírito, em estado de consciência necessária para ver nos reinos superiores, e funcionar ali em seus veículos invisíveis.

Quando estudamos a Revelação, encontramos, como uma de suas características mais notáveis, que está baseada no místico número sete.

São João teve sete visões nas quais recebeu mensagens para as sete igrejas; há sete Anjos ante o trono, há sete lâmpadas de fogo e sete trombetas; há sete candelabros, os sete selos do “livro”.

O significado do uso do número sete é explicado pela Fraternidade Rosacruz, a qual ensina que o ser humano é sétuplo, sendo um Tríplice Espírito que possui um Tríplice Corpo e a Mente.

No corpo do ser humano há sete centros espirituais, os quais, quando são despertados e desenvolvidos, expressam os poderes espirituais do Espírito Interno. Posto que o ser humano é sétuplo, e dado que ele é a unidade deste particular campo de evolução, a quem São João se refere em sua mensagem, logicamente, é de supor-se que a mensagem que foi escrita por São João, e enviada às “‘sete igrejas”, encerra informação referente ao ser humano. Em outras palavras, as sete igrejas são usadas em um sentido simbólico para referir-se aos sete centros espirituais do ser humano, os quais têm que ser desenvolvidos no processo evolutivo espiritual. Cada indivíduo é um Deus em formação e um dia logrará seu divino destino.

(*) gravura: SAINT JEAN A PATMOS-GUSTAVE DORE, 1874

“Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança…” (Gn 1:26) disse Deus: e o primeiro ser humano foi criado.

E como tal, fomos criados com a capacidade de criar todos os corpos que precisamos para evoluir ainda que, nesse momento evolutivo e para se manifestar aqui na Região Química do Mundo Físico, precisamos nos juntar, vontade e imaginação, polo positivo e polo negativo, masculino e feminino, homem e mulher, para dar a oportunidade a um irmão ou irmã, um Ego evoluir aqui (e, concomitantemente a isso, garantir que teremos no futuro a

chance também de evoluir aqui porque um irmão e uma irmã se propuseram a nos fornecer um Corpo Denso).

Assim sendo, os pais são coparticipantes de Deus na obra da criação de seres humanos.

E é por isso que, além da alegria que os filhos trazem, há uma responsabilidade enorme dos pais em relação a eles.

Quando da gravidez, a mulher precisa zelar e zelar muito pelo pequenino ser que é seu dependente.

O primeiro passo numa paternidade e maternidade responsáveis, é que os pais tenham saúde física e mental para transmiti-las aos filhos.

Mas se até o momento da concepção os pais agem, daí para frente a maior responsabilidade é da mãe.

A necessidade de um acompanhamento médico é imprescindível a fim de prevenir ou sanar problemas.

A alimentação sadia, evitando bebidas alcoólicas, tabaco e quaisquer outras drogas (lícitas ou ilícitas), complementada a orientação médica.

Hábitos sadios são necessários para o perfeito desenvolvimento do pequenino ser ainda tão dependente da mãe.

E nesta hora em que a mãe traz em si o fruto do amor, o pai deve redobrar o carinho e os cuidados para que haja a complementação lógica de tudo que ela deve fazer.

Mas os pais não são responsáveis somente pelo desenvolvimento físico de seu bebê.

A par dos cuidados já mencionados, é necessário um ambiente harmonioso, com muita paz e muito amor.

Uma criança amada e desejada dificilmente será uma criança carente e desajustada.

Mesmo uma gravidez indesejada não deve gerar pensamentos destrutivos em relação à criança como se ela tivesse vindo sem nenhuma participação dos pais.

A célebre frase “sou dona do meu corpo” nada significa quando se tem outro ser dentro de nós, pois nossos direitos vão somente até onde começamos direitos dos demais.

Os filhos são talentos que Deus nos confiou e dos quais nos pedirá contas.

É necessário não só guardá-los para que se não percam as qualidades que trouxeram, como também incentivá-los a cultivar essas mesmas qualidades para que se desenvolvam.

Se os pais colaboram com Deus na formação de um novo ser, também devem, como Deus o faz, respeitar a individualidade desse mesmo ser.

Devem orientá-los com palavras e exemplos, dar-lhes, na medida do possível, as bases necessárias para que vivam mais plenamente e aproveitem sua estadia nesse mundo para progredirem o mais que possam.

Mas de maneira alguma podem se achar donos de seus filhos. Nunca pensar ou agir como se eles fossem sua propriedade, o “meu” filho e não um indivíduo a quem eles por ajudarem-no a vir ao mundo, se tornou propriedade sua. Deus respeita-nos como indivíduos e não viola nosso livre arbítrio. Quem somos nós para nos julgarmos donos de alguém?

Não podemos ter a pretensão de que nossos filhos são propriedades nossas como o são nossas casas ou carros.

Os pais têm a missão divina de formar os filhos, orientá-los intelectual, moral e materialmente falando, tomando-os aptos a se desenvolverem melhor e, quando partirem desta vida, deixarem melhor o mundo em que viveram.

Devem sempre lhes dar exemplo, apoio e amor, trazendo-os ou pelo menos procurando trazê-los de volta ao bom caminho quando dele se afastarem.

Deus faz conosco tudo que foi acima mencionado e nós devemos fazer isso em relação a nossos filhos: ver neles um ser criado à imagem e semelhança de Deus e que, com a nossa colaboração, deve encontrar seu próprio caminho e cuja realização só dele depende.

O poeta escocês Robert Burns disse uma vez: “Oh! Que poder teríamos se nós nos víssemos como os outros nos veem!”

Refletindo sob um ponto vista Cristão esotérico Rosacruz esse poder é uma amarga posse, ainda que pareça desejável se for encarado superficialmente.

Cada um de nós está repleto de defeitos.

Há momentos em que fazemos um triste papel no cenário do mundo.

Algumas vezes, parece que somos joguetes do destino, sem objetivos, enquanto outras pessoas, que são incapazes de ver a “trave no seu próprio olho”, nos criticam fazendo com que pareçamos ridículos.

Se nós nos víssemos com os seus olhos, certamente perderíamos o mais essencial dos atributos – nosso autorrespeito, e recuaríamos envergonhados de encarar os nossos semelhantes.

Quando compreendemos que isso é assim (e pensando sobre o assunto, ficamos convencidos disso), com proveito poderíamos mudar de posição e perceber que nós, ao criticarmos agudamente os mínimos defeitos dos outros, adotamos uma atitude muito antifraternal, antifilosófica e desprovida da “Sabedoria do Amor”.

Que possamos, individualmente, evitar erros parecidos que cometemos nas vidas passadas e, com certeza, ainda estamos cometendo.

Devemos praticar aquela real e verdadeira caridade Cristã, que São Paulo descreve no famoso Capítulo 13 da sua Primeira Epístola aos Coríntios: “O amor não é invejoso, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não busca os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”.

O Caminho da Preparação

A Fraternidade Rosacruz é uma “escola preparatória”. Obviamente chegará o tempo em que o Estudante Rosacruz da «escola preparatória » se graduará entrando para « um colégio ou universidade » para o qual essa escola o preparou. No caso, a “universidade” é a Ordem Rosacruz nos planos internos, onde o candidato “cola grau” como lrmão ou Irmã Leiga.

A meta e o propósito do método Rosacruz de desenvolvimento é emancipar o Aspirante à vida superior da dependência dos demais e fortalecê-lo de tal modo que possa confiar em si mesmo e permanecer só; de outra maneira o Ego se converte em presa dos demais tão logo quando entre nos Mundos invisíveis e seja abandonado a seus próprios recursos.

No processo de chegar a confiar em si mesmo, um grande obstáculo é removido do caminho do progresso, de modo que seja capaz de desenvolver a maior eficiência possível no serviço à humanidade, como colaborador consciente da Ordem Rosacruz, tanto exotericamente como esotericamente.

Egoísmo

O egoísta é imaturo e inseguro: não valoriza o trabalho dos outros porque, em seu egocentrismo, isso lhe parece uma perda: tem sempre a necessidade de se afirmar. O realizado avalia e estimula o bem dos outros porque cresce com ele.

E isso compreendemos claramente quando estudando o Mundo do Desejo e as forças e os dois sentimentos que lá existem e que utilizamos aprendemos que o sentimento do Interesse é a mola da ação, se bem que no presente grau de desenvolvimento o Interesse é geralmente despertado pelo egoísmo.

Algumas vezes é de natureza mui sutil, mas incita à ação de várias maneiras.

Toda ação inspirada pelo Interesse gera certos efeitos que atuam sobre nós e, em consequência, estamos limitados pelas ações que se relacionam com os mundos concretos.

Em estágio ulterior de desenvolvimento do sentimento do Interesse deixará de ter importância.

Então, o fator determinante será o dever.

De qualquer modo é bom o Estudante Rosacruz ficar sempre em alerta, pois deixar tudo de lado, egoisticamente, e viver unicamente para o próprio desenvolvimento espiritual é tão repreensível como desinteressar-se absolutamente pela vida espiritual.

Antes, é ainda pior.

Quem cumpre seus deveres na vida ordinária da melhor maneira que pode, dedicando-se ao bem-estar dos que de si dependem, está cultivando a faculdade fundamental, o dever.

E, certamente, avançará tanto que despertará à chamada da vida superior.

Apoiado no dever anteriormente cumprido encontrará grande auxílio nesse trabalho.

Se, deliberadamente, um Estudante Rosacruz volta as costas aos deveres atuais para dedicar-se à vida espiritual, com certeza será coagido a voltar ao caminho do dever, do qual se afastou equivocadamente.

Não poderá escapar sem que tenha aprendido a lição.

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes.

  1. Pergunta: Afinal de contas, temos ou não temos um Anjo da Guarda?

Reposta: Depende do conceito que você tem desse nome. Enquanto estávamos sob a égide das Religiões de Raça, fornecidas pelo Deus de RaçaJeová, o Espírito Santo, o Anjo que é mais elevado Iniciado do Período Lunar, que instituiu a Religião do Espírito Santo – tínhamos uma individualidade e uma personalidade incipientes – “o espírito individual era muito débil, impotente, completamente incapaz de guiar seu veículo denso” (Conceito) –  e, a fim de que pudéssemos nos proteger dos riscos em perder nossos Corpos Densos (e, portanto, mais uma vida aqui tendo que renascer, como o fazemos agora), Jeová destacou um Anjo da Guarda para cada ser humano que estava renascido aqui (“E destinou um Anjo a cada Ego para que agisse como guardião, até que o espírito individual fosse suficientemente forte e pudesse emancipar-se de toda influência externa.” (Conceito).

Isso aconteceu entre a Época Lemúrica até a Era de Áries na Época Ária quando Cristo veio pela primeira vez e instituiu a nova Religião, a Religião do Filho. A partir daí não temos mais um ser da onda de vida angélica, um Anjo, destacado para cada um de nós como um Anjo da Guarda. Pois, a partir do Cristo, o “véu do Templo foi rasgado”, fornecendo a mesma oportunidade para cada Ego humano, com uma individualidade e personalidade forte o suficiente para guiar, não somente o seu veículo denso (o Corpo Denso), mas todos os outros veículos (Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente). A partir da vinda do Cristo temos um único “guarda”, o nosso Salvador, o nosso Redentor, o Regente da Terra que está sempre conosco, 24 horas por dia, e nos estimula e nos fornece tudo que precisamos para desenvolver, em cada um de nós o Cristo interno, de “dentro para fora”, como ele ensinou por meio da sua Religião Cristã, a Religião do FilhoReligião essa que a maioria de nós ainda não conseguiu vivenciar em toda a sua plenitude.

Com isso, também incorporamos o conceito do “Anjo da Guarda” em nosso ser interior, como lemos no Conceito: “…bem podemos ver quanto é importante o nosso sentimento em relação às coisas, porque dele depende a natureza do ambiente que criamos para nós mesmos. Se amarmos o bem, resguardaremos e alimentaremos tudo o que é bom em volta de nós quais anjos da guarda.”

Há várias passagens nos Livros da Literatura Rosacruz, escritos por Max Heindel, que elucida esse conceito do nosso “Anjo da Guarda” atualmente. Citamos um que é a Resposta a uma Pergunta no Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Volume 1, Pergunta nº 65: “…há também outro Guardião que é a incorporação de todas as nossas boas ações, e podemos afirmar que ele é o nosso Anjo da Guarda.”

  • Pergunta: Por que eu recebi o direito, o privilégio de conhecer os Ensinamentos Rosacruzes?

Resposta: Porque você escolheu no Terceiro Céu, no seu panorama de vida, uma possibilidade de entrar em contato com a Escola de Ensinamentos da Sabedoria Ocidental – conhecida como Fraternidade Rosacruz – que estivesse se manifestando na Região Química do Mundo Físico quando dessa sua vida aqui. E quando veio a oportunidade (demonstrada no seu horóscopo) você se sentiu atraído, atendeu e se tornou Estudante. Logicamente para isso, você já tinha construído um Corpo Vital, um Corpo de Desejos e uma Mente adequados para responder a esse nível de vibração espiritual Cristão. E, com certeza, todo esse trabalho de aproximação e de contato com tais Ensinamentos começou em algumas vidas passadas. E deve continuar nas vidas futuras até você alcançar o grau de Irmão Maior. Isso, logicamente, se você não desistir, pois a prerrogativa do livre arbítrio sempre será respeitada.

  • Pergunta: Há algum tempo venho observando, que entre várias linhas espirituais que existe e que estão surgindo. Uma delas me trouxe um grande questionamento na qual não tenho maturidade para saber se e uma via cristã de verdade.  Tal linha espiritual utiliza em suas bases a mistura da mediunidade da Umbanda, Martinismo e Maçonaria. Tendo em seus estudos o desenvolvimento da mediunidade através das práticas da kundalini e práticas de magia sexual. Apontando em seus ensinamentos que esse e um caminho cristão e luciferiana. Como esse é um assunto que eu discordo, e que veio de uma pessoa próxima a mim, gostaria de saber se essa é uma linha de espiritualidade que poderia se disser cristã; e se tem algum texto ou livro da Fraternidade Rosacruz a respeito desse conteúdo para eu poder estudar. Meus familiares são da religião de Umbanda na qual não tenho nenhum preconceito.

Resposta: Isso sempre ocorre no momento da evolução que nós estamos passando: final de uma Era (no caso a Era de Peixes) e já estando na órbita de influência da próxima Era, a de Aquário. Aparecimento de “seitas, “movimentos”, “religiões”, “escolas”, umas “inéditas” outras misturando um pouco de tudo. Veja, pesquisando nos fatos históricos – com a internet está mais acessível – que a mesma coisa ocorreu quando da primeira vinda de Cristo, quando estávamos no final da Era de Áries, mas já na órbita de influência da Era de Peixes.

E isso sempre acontecerá nesses momentos da evolução, para 1) Na questão de hoje, testar se a pessoa é realmente Cristã ou não; 2) Se a pessoa ainda necessita aprender lições das Eras anteriores (Gêmeos, Touro e Áries) ou até as mais básicas da Era atual, a de Peixes; 3) Separar um grupo do outro grupo que é aquele composto por pessoas que já estão prontas para começar a aprender as lições disponíveis da Era de Aquário.

Somos Estudantes Rosacruzes, ou seja, praticamos os ensinamentos de uma Escola de Preparação para a Iniciação Cristã Rosacruz.

Se a questão é a gente saber se tal “movimento”, “seita”, “escola” pode ser outra Escola de Preparação para a Iniciação Cristã Ocidental, seguem os 10 quesitos básicos para você bater:

O PRIMEIRO quesito: Cristo é o único ideal da Escola (ou seja, a Escola tem que ser Cristã).

SEGUNDO quesito: propagar o Evangelho exatamente como Cristo nos forneceu na Bíblia;

TERCEIRO quesito: praticar a Cura definitiva (aquela que soluciona a causa, e não o efeito, o remédio): a) criar as condições para utilizar o Poder Curador de Deus Pai, b) ter um processo de escolha – que considere as leis de semelhança e receptividade sistemática – de uma pessoa (homem ou mulher) que será o ponto focal de transmissão do excesso do fluído vital, à noite, para o Paciente, e c) estimular no Paciente a participação ativa no processo de cura, elevar o seu fervor e o seu ânimo;

QUARTO quesito: ter locais de oficiação de rituais com o conceito de Templo Solar, construindo e mantendo uma egrégora invisível espiritual e sempre crescente;

QUINTO quesito: não ter um guru, um instrutor, um “governador”, um mestre em Corpo Denso, enfim, uma pessoa que todos têm que seguir e não pode desobedecer.

SEXTO quesito: nada cobrar, nem em espécime, nem em “doações”, nem em objetos.

SÉTIMO quesito: não ter templos suntuosos, onde a riqueza e a ostentação sejam o único e principal valor.

OITAVO quesito: ter um Caminho possível a ser seguido pelos seus Estudantes e que os leve a ser candidatos a Escolas de Mistérios, às Iniciações Menores e às Maiores (as Cristãs);

NONO quesito: não fazer nenhuma distinção à capacidade do Estudante em trilhar o Caminho proposto por ser homem ou mulher, jovem ou velho, rico ou pobre, letrado ou iletrado ou outra segmentação qualquer; e

DÉCIMO quesito, mas não menos importante: preparar os seus Estudantes para viver ativamente e na plenitude na vindoura e muito próxima Era de Aquário.

Agora…se a comparação é com “religião”, então aqui é mais fácil: a mais avançada a nossa disposição atualmente e que devemos seguir é a Religião Cristã (não confunda com Católica ou as centenas de Protestantes, que professam o Cristianismo Popular – são Cristãs, mas não professam o Cristianismo Esotérico -, ainda necessário para TODOS nós, mesmo que achemos que não). Se não for uma Cristã, então, são Ensinamentos pré-Cristãos, atrasados para quem é um Estudante Rosacruz.

  • Pergunta: Devemos usar a Prece decorada ou a Prece feita de Coração?

Resposta: Depende do conceito da palavra “decorada”. Se quer dizer poder repetir uma oração “de cor” sem compreender e internalizar cada palavra da oração, repetindo como faz um papagaio ou como muita gente faz (rezando e pensando em outras coisas, e até em afazeres que se dedicará assim que “acabar isso”), ela não surtirá nenhum efeito, será perda de tempo e a pessoa digna de compaixão por utilizar aqui a famosa astúcia, reminiscência trazida da Época Atlante, e que tanto nos atrapalha atualmente.

Agora…se o conceito aqui é repetir a mesma oração sempre, compreendendo o significado de cada palavra emitida e a internalizando no seu objetivo, aí a oração “decorada” produz o seu efeito maravilhoso! Lembremos sempre que a repetição é a chave do desenvolvimento do nosso Corpo Vital, veículo esse que temos e de onde tiramos os insumos básicos para a construção do Corpo-Alma, o que estamos construindo (consciente ou inconscientemente) para dar o nosso próximo passo nesse Caminho da Evolução. Como exemplo para entendermos o que é uma oração “decorada” “bem-feita”, veja a Oração do Pai-Nosso: a Oração do Senhor é uma fórmula abstrata de melhoramento e purificação de todos os nossos veículos. Cada aspecto do Tríplice Espírito, começando pelo inferior, expressa adoração ao aspecto correspondente da Divindade. Quando os três aspectos do espírito estão colocados ante o Trono da Graça, cada um emite uma oração apropriada às necessidades da sua contraparte material. No fim os três unem-se para proferir a oração da Mente. O Espírito Humano se eleva à sua contraparte, o Espírito Santo (Jeová), dizendo: “Santificado seja o Vosso Nome”. O Espírito de Vida reverencia-se ante sua contraparte, o Filho (Cristo), dizendo: “Venha a nós o Vosso Reino”.

O Espírito Divino ajoelha-se ante sua contraparte, o Pai, e diz: “Seja feita a Vossa Vontade…”.

Então, o mais elevado, o Espírito Divino, pede ao mais elevado aspecto da Divindade, o Pai, para a sua contraparte, o Corpo Denso: “O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”. O cuidado a prestar ao Corpo Denso está expresso nas palavras: “o pão nosso de cada dia dai-nos hoje”.

O próximo aspecto, em elevação, o Espírito de Vida, roga ao Filho, pela sua contraparte em natureza inferior, o Corpo Vital: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. O Corpo Vital é a sede da memória. Nele estão arquivadas subconscientemente as lembranças de todos os acontecimentos passados, bons ou maus, isto é, tanto a injúria como os benefícios feitos ou recebidos. Lembremos que, ao morrer, as recordações da vida são tomadas desses arquivos imediatamente depois de abandonar-se o Corpo Denso e que todos os sofrimentos da existência pós-morte são resultado dos acontecimentos aí registrados como imagens.

Se pela oração contínua obtemos o perdão ou esquecimento das injúrias que tenhamos praticado e procuramos prestar toda compensação possível, purificamos nossos Corpos Vitais.

O aspecto inferior do espírito, o Espírito-Humano, dirige o seu pedido ao aspecto mais inferior da Divindade para o mais elevado do tríplice Corpo, o de Desejos: “Não nos deixeis cair em tentação”. O desejo, o grande tentador da humanidade, é o grande incentivo para a ação. É bom quando cumpre os propósitos do espírito, mas quando se inclina para algo degradante, para algo que rebaixa a Natureza, certamente devemos rogar para não cair em tentação.

Por último, os três aspectos do Tríplice Espírito juntam-se para a mais importante das orações, o pedido pela Mente, dizendo em uníssono: “Livrai-nos do mal”. A Mente é a ligação entre as naturezas superiores e inferiores. Admite-se que os animais sigam os seus desejos sem nenhuma restrição. Nisso nada há de bom nem de mau porque lhes falta a Mente, a faculdade de discernir. Os meios de proteção empregados para com os animais que roubam e matam são muito diferentes do empregado em relação aos seres humanos que fazem tais coisas. Mesmo quando um ser humano de Mente anormal faz isso não se considera da mesma forma que ao animal. Agiu mal, mas porque não sabia o que fazia é isolado.

O ser humano conheceu o bem e o mal quando seus olhos mentais se abriram. Aquele que realiza a ligação da Mente ao Eu superior permanentemente, é pessoa de elevado entendimento. Se, pelo contrário, a Mente está ligada à natureza emocional inferior, a pessoa tem mentalidade inferior.

Por tais razões, a oração para a Mente traduz a aspiração de nos libertarmos das experiências resultantes da aliança da Mente com o Corpo de Desejos e de tudo quanto tal aliança origina.

No aspirante à vida superior, a união entre as naturezas superior e inferior é realizada pela Meditação sobre assuntos elevados, pela Contemplação que consolida essa união e, depois, pela Adoração que, transcendendo os estados anteriores, eleva o espírito ao Trono.

A introdução, “Pai nosso que estais no Céu” é somente um indicativo de direção. A adição: “Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém” não foi dada por Cristo, mas é muito apropriada como adoração final do Tríplice Espírito por encerrar a diretriz correta para a Divindade

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.

Datas de Cura:

Outubro: 06, 12, 19, 26

“Disse-lhe: “Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto aos seus olhos, se inclinares os ouvidos às suas ordens e observares todas as suas leis, não mandarei sobre ti nenhum dos males com que acabrunhei o Egito, porque eu sou o Senhor que te cura” – Êxodo, 15:26 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: O Poder Interno e a Responsabilidade que o Acompanha

Agosto de 1918

Muitos anos atrás, passei algumas semanas em uma fazenda no Maine[1], na época em que estavam colhendo batatas. Enquanto as carroças, onde se carregavam as batatas colhidas, passavam perto de mim, notei que as batatas eram todas grandes e de tamanho quase uniforme. Então, um dia, parabenizei o fazendeiro por ter uma colheita de batatas de tão alta qualidade. Ele foi até uma carroça – que traziam as batatas até o celeiro – e me mostrou que o fundo da carroça estava cheio de batatas pequenas. Também disse que elas não haviam sido separadas no campo; porém, quando a carroça seguia pela estrada acidentada do campo ao celeiro, as batatas grandes subiam ao topo, enquanto as pequenas ficavam para o fundo. “Se você colocar as grandes no fundo”, ele disse, “elas subirão ao topo e as pequenas ficarão no fundo”.

E é isso que acontece na vida! Pessoas de aparência representativa, de amplas qualidades, se destacam facilmente, enquanto nos acotovelamos pelas posições mais acidentadas, enquanto percorremos a estrada da vida. “Você não pode manter um homem bom para baixo”[2], é um velho ditado. Ele se destacará, apesar de tudo, em virtude do poder edificante que há dentro dele. E, da mesma forma, não importa quantas vezes coloquemos um ser humano sem preparo em posição de destaque, ele cairá, porque lhe falta o poder interior. Podemos construir uma casa do tamanho que desejamos e erguê-la até mais alta que todas as outras estruturas que existam se tivermos material e mão-de-obra em quantidades suficientes, mas, no caso do crescimento espiritual do ser humano esse vem de dentro, e ninguém pode acrescentar um fio de cabelo à estatura do outro, seja moral, mental ou fisicamente. Cada um deve trabalhar para sua própria salvação; somente ele sozinho pode determinar se permanecerá nos níveis inferiores ou ascenderá ao topo do seu desenvolvimento.

O fazendeiro descobriu que quando suas batatas eram transportadas por uma estrada sem buracos ou irregularidades, elas permaneciam misturadas; mas quanto mais irregular era a estrada, mais rápido as batatas grandes subiam ao topo e as menores permaneciam no fundo. Nas grandes emergências da vida, grandes oportunidades aguardam aqueles que estão prontos para assumir responsabilidades e para seguir a frente das batalhas.

Nós estamos vivendo em uma que época tal que se aspiramos nos elevar espiritualmente, agora é a nossa maior oportunidade. O mundo todo agora está solicitando uma resposta para o enigma da vida; indagando para onde o navio da humanidade está indo. E nós temos a resposta. Portanto, sobre nós repousa a responsabilidade de viver os Ensinamentos dos Irmãos Maiores e levando esses Ensinamentos aos outros por meio do exemplo nas nossas vidas. Muitos de nossos irmãos e irmãs estão levando os Ensinamentos dos Irmãos Maiores para as próprias trincheiras e iluminando aqueles que estão interessados em aprendê-los. Aqueles de nós, que percebem o seu entorno, encontrarão pontos de interrogação em muitos que, até agora, não se interessavam. Portanto, vamos procurar, diligentemente, as oportunidades e as aproveitemos, pois “a quem muito é dado, muito será exigido”[3].

Eu sugeriria aos Estudantes Rosacruzes que agora é a hora de garantir que o Livro O Conceito Rosacruz do Cosmos e toda a nossa literatura, na medida do possível, estejam nas bibliotecas de suas cidades; também que estejam em um local onde seja acessível e que possa ser utilizado. Se várias pessoas perguntarem sobre o assunto, de tempos em tempos, mesmo o bibliotecário não sabendo nada a respeito, e talvez até sendo hostil em sua resposta, a certeza é que, sendo constante apelo a um determinado livro, finalmente o forçará a prestar atenção. Não há dúvida de que os ensinamentos da Fraternidade têm, em si, um poder interior que, certamente, criará um ambiente propício para eles no mundo, porém, só adquiriremos mérito na proporcionalidade que ajudemos a levar esses Ensinamentos dos Irmãos Maiores para o conhecimento da humanidade em geral. A época das férias é uma temporada especialmente propícia para a disseminação de nossa filosofia que auxilia a satisfação da alma. Portanto, todos devemos fazer um esforço extra nesse momento. Afinal, isso beneficiará aos outros e também a nós mesmos.

(Cartas aos Estudantes – nº 93 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel)


[1] N.T.: Estado no extremo nordeste dos EUA.

[2] N.T.: é um ditado popular que significa que uma pessoa boa perseverará e triunfará sobre as adversidades. O ditado data da década de 1880.

[3] N.T.: Lc 12:48

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Durante o sono entramos em contato com parentes e amigos que morreram há já vinte anos, ou isto não passa da ação da memória?

Resposta: O tempo normal de duração que uma pessoa permanece no Mundo do Desejo, após deixar o Corpo Denso pela morte, é de um terço da duração da vida no Corpo aqui, mas isso é apenas uma regra geral. Ha muitos casos em que essa permanência é encurtada ou alongada. Por exemplo, se uma pessoa faz os Exercícios Esotéricos da Fraternidade Rosacruz, especialmente o Exercício de Retrospecção à noite, ela pode dessa maneira científica, desde que ele seja executado com seriedade e sinceramente, antecipar e evitar inteiramente a necessidade da experiência purgatorial. As imagens das cenas em que ela prejudicou alguém teriam sido eliminadas do Átomo-semente do Corpo Denso que está em seu coração pela contrição (pelo Perdão dos Pecados) e, assim, não haveria mais a necessidade da expiação purgatorial. Onde ela tivesse feito algo meritório (de ajuda aos outros) esse fato seria absorvido como pábulo para a alma, e isso encurtaria, senão até eliminará inteiramente, a necessidade da experiência no Primeiro Céu. Assim, essa pessoa ficaria relativamente, se não inteiramente, livre para se devotar ao serviço da humanidade lá no Mundo do Desejo e, por conseguinte, ela poderia permanecer nessas Regiões infeiores. Entretanto, nesse último caso, essas Regiões não constituiriam, para ela, nem o Purgatório nem o Primeiro Céu. Muitos dos Discípulos mais devotos executaram esse trabalho humanitário durante um certo número de anos após terem partido desse Mundo, ou seja, após a sua morte aqui.

Contudo, há alguns que vão para o Segundo Céu imediatamente. O crescimento anímico que atingiram durante uma vida prestativa livra-os de uma existência no Purgatório e no Primeiro Céu e os capacita a efetuar certas investigações lá e passam por um certo treinamento ou aprendizagem que os tornarão aptos a assumir uma posição mais elevada e melhor como auxiliares da humanidade numa vida futura. Essa classe, contudo, não pode ser vista por nenhum amigo ou parente que se ausente do Corpo Denso durante o sono.

Há outras classes que, por assim dizer, se tornam imortais no mal. Não acontece exatamente isso, mas mútua conexão entre o Corpo Vital e o Corpo de Desejos deles força-os a permanecer nas Regiões inferiores dos Mundo invisíveis, mais próximas ao Mundo Físico no qual vivemos, tal como explicamos meticulosamente na série nos textos que publicamos para os Estudantes Rosacruzes no livro A Teia do Destino. Consequentemente, essa classe pode ser encontrada durante um número considerável de anos após terem morrido aqui. Na realidade, é um fato curioso que algumas dessas pessoas más serem procuradas por antigos amigos que também já morreram aqui e que necessitam de auxílio para entrar em contato com o Mundo Físico. O autor se lembra de um exemplo que ocorreu há alguns anos, quando uma sua parente muito idosa estava prestes a morrer aqui. Ela parecia muita ansiosa para ver seu marido que já havia morrido antes dela. Mas ele já alcançara o Primeiro Céu, seus braços e seu corpo já não existiam mais, e somente restava a cabeça. Portanto, dificilmente ele poderia se mostrar a ela quando da sua chegada, e muito menos influir nas condições de seu passamento, que não eram inteiramente do seu agrado. Certas coisas estavam sendo feitas a fim de retardar o ato de separação do Espírito e da carne, o que ocasionou uma tremenda dor e sofrimento que afetava à pessoa moribunda.

Em sua ansiedade, sob a condição de marido, ele apelou para um amigo, cuja mútua conexão entre o Corpo Vital e o Corpo de Desejos o permitia se manifestar mais facilmente. Esse Espírito pegou uma pesada bengala num canto do quarto e com um forte golpe arrancou um livro das mãos da filha da agonizante, o que assustou de tal forma aqueles que estavam presentes, que esses pararam com as lamentações, permitindo que a mulher morresse e partisse para o além. O pobre homem que executou esse fenômeno já estava há mais de vinte anos nos Mundos invisíveis e tanto quanto o autor pôde perceber não havia o menor sinal de dissolução do corpo de pecado, no qual estava envolto; talvez devesse permanecer ali ainda por mais o dobro ou o triplo do período que já havia ficado.

(Pergunta nº 57 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Virgem Maria e os Evangelhos

Lembremos, como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos, que a Virgem Maria é um elevado Iniciado e que possui a mais elevada pureza humana e, por isso, foi escolhida para ser a mãe de Jesus. Como o pai, José, também era um elevado Iniciado, capaz de realizar o ato de fecundação como um sacramento, sem nenhum desejo ou paixão pessoal, assim o formoso, puro e amoroso espírito conhecido pelo nome de Jesus de Nazaré veio ao mundo num Corpo puro e sem paixões. Esse Corpo era o melhor, o mais perfeito que se podia produzir na Terra.

A Virgem Maria pode ser ignorada pelos Estudantes do ocultismo, que são buscadores no “caminho da razão”, do Ocultista (do intelecto, da “cabeça”) do desenvolvimento espiritual. Mas Maria, pelo que sabemos, parece exemplificar o caminho do Místico. Na verdade, ela exemplificava inteiramente o trilhar o Caminho Espiritual pelo Coração. Seu caminho era o da obediência luminosa, da devoção elevada, do silêncio eloquente.

A ênfase fortemente patriarcal, nos últimos três milênios, da cultura ocidental está passando por uma revisão. A imaginação popular sempre intuiu um desequilíbrio na Trindade Cristã, exclusivamente masculina, e tentou retificar isso por meio da devoção e elevação da Virgem, principalmente no catolicismo romano e no oriental. Muito antes de estar na moda, Corinne Heline, aluna de Max Heindel, buscou dignificar todo o ser humano, reabilitando o feminino divino, sendo que o próprio Max Heindel sempre enfatizou a importância da natureza do Coração para o desenvolvimento espiritual.

Se todo o desenvolvimento oculto começa pelo Corpo Vital, devemos concluir que o fortalecimento desse veículo seja o nosso objetivo principal; notamos que nas mulheres o Corpo Vital é positivo, o que as torna naturalmente mais prontas para buscas e realizações espirituais; frequentemente, inclusive, tornando-as os melhores exemplos da fé Cristã e da caridade.

O culto à Virgem começou a permear a piedade Cristã em meados do primeiro milênio. A ela era dirigida uma miríade de títulos honoríficos, incluindo a Mãe da Verdade, Mãe e Filha da Humildade, Mãe dos Cristãos, Mãe da Paz, Cidade de Deus. Visto que ela foi aquela por quem o Salvador veio, passou a ser cada vez mais considerada como aquela por meio de quem ascendemos a Ele; isto é, como mediadora — tanto para a Encarnação quanto para a Redenção.

A estima universal que a Virgem Maria recebe tem suas raízes nas Escrituras. Para melhor apreciar seu apelo a muitas pessoas, consideraremos a Imaculada Conceição de Maria, a Anunciação e o Nascimento Virginal, revisando brevemente a compreensão de Maria pelos pais da Igreja, santos e clarividentes.

Durante séculos, o povo judeu esperou o Messias, o Ungido de Deus. Isaías profetizou como ele viria: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe dará o nome de Emanuel” (Is7:14). Esta passagem também é citada no Evangelho Segundo São Mateus em 1:23. A Virgem concebeu e deu à luz um filho a quem o Anjo da Anunciação deu estes nomes: ‘o Filho do Altíssimo’, ‘o Filho de Deus’. Ele, filho de Maria, deveria “reinar sobre a casa de Jacó para sempre; e seu reino não terá fim” (Lc 1:33).

Essa era uma boa notícia, não era? Sim, literalmente. Como bem sabemos, a palavra “evangelho” é uma tradução do grego evangelion, que significa boas novas. Embora o Anjo Gabriel certamente tenha falado com Maria em aramaico e não em grego, o Novo Testamento foi escrito em grego. A palavra grega para “Anunciação”, evangelismos, tem a mesma raiz da palavra “evangelho”. E o que é esse evangelho, essas boas novas? O Anjo saúda Maria: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1:28). A boa notícia é que, por meio de Maria, um Salvador, o Senhor Cristo, será dado ao mundo.

Quando o Anjo diz “o Senhor é contigo”, ele se refere a Jeová, o Espírito Santo, que é representado e que, ao “cobrir” Maria, inicia a concepção. Essa “sombra”, no entanto, não é um evento único. A Filosofia Rosacruz ensina que o Espírito Santo rege o princípio criativo na Natureza, o Éter de Vida, e tem o poder de frutificar o óvulo humano. Como portadora de um Corpo Vital ou matriz etérica, que é um veículo de forças formativas que organizam a matéria atômica e a impregnam de vida, Maria é a mãe de Deus na Terra. Então, potencialmente, todas as mulheres são mães de Deus. A perspectiva esotérica requer que toda verdade tenha uma aplicação pessoal ou individual. Os próprios Evangelhos são fórmulas de Iniciação e, de fato, como toda a Bíblia retrata o relato da gênese humana, da sua separação de Deus e eventual reunião com Ele, todos os personagens e eventos bíblicos descrevem facetas específicas de todo este processo de Involução e Evolução humana, em um indivíduo único.

A Virgem Maria é o modelo de castidade e a Mãe Santíssima. O público leigo e crente não tem qualquer problema com esse oxímoro. Eles aceitam pela fé. O significado da castidade (em contraste com a virgindade) foi totalmente exposto por Max Heindel. É um requisito para a realização nos estágios superiores de Iniciação, porque é pela retenção e transmutação da sagrada força criativa que o Corpo-Alma pode servir como um veículo independente para a alma e o espírito. Filo de Alexandria, teólogo e contemporâneo de Jesus e Paulo, escreveu sobre os Therapeutae, ascetas judeus que viviam em comunidades monásticas no Egito. Eles incluíam mulheres que eram “virgens no que diz respeito à sua pureza… por admiração e amor pela sabedoria… indiferentes aos prazeres do corpo, desejando não uma prole mortal, mas imortal”.

Esotericamente, é assim que Maria é identificada. Ela representa a natureza purificada da nossa alma, por meio da qual o Cristo, nosso Ser imortal, é em nós concebido e nutrido. Como Max Heindel também deixou claro, é possível ser virgem e não ter virgindade, sendo casto como mãe ou pai. Em outras palavras, a verdadeira virgindade ou castidade é uma condição da alma. Ela designa uma pureza de Coração e Mente que não é manchada pelo ato da geração, quando realizada desapaixonadamente como um Sacramento.

Há uma distinção, muitas vezes esquecida, entre dois dogmas marianos que são afirmados pelos católicos romanos ortodoxos. O Nascimento Virginal refere-se a como Jesus foi concebido, enquanto a Imaculada Conceição refere-se ao modo pelo qual Maria foi concebida. Como escreve Max Heindel (no Livro: Iniciação Antiga e Moderna), a “pureza de propósito na preparação e no ato de procriação preserva a virgindade dos pais, pois a verdadeira virgindade é do Coração e da Mente”. O dogma da Imaculada Conceição afirma que Maria não foi maculada pelo Pecado Original que foi legado a toda a humanidade por Adão e Eva, pelo abuso intencional e ignorante da força sexual criadora. Mais uma vez, a ciência esotérica explica que a isenção da mancha do Pecado Original em Maria não foi única, embora seja rara, exigindo que seus pais, Ana e Joaquim, fossem celibatários, castos e realizassem o ato generativo como um Sacramento.

Dar à luz de maneira virginal a Jesus ocorreu, em parte, pela idade de Maria (14 anos), uma época em que seu casto Corpo Vital, que produz as forças vitais, tinha amadurecido totalmente e seu Corpo de Desejos individual acabara de nascer, o qual, embora sem pecado e puro, deveria ter sido contaminado, na substância de desejo planetária através da qual os Corpos de Desejos humanos são especializados, pela intrusão do elemento luciférico, através de Eva. É esse elemento passional a causa perpétua da degeneração e deterioração da Onda de Vida humana, enquanto é por meio do Cristo que se efetua a purificação da substância de desejo planetária, possibilitando a construção de Corpos de Desejos mais puros. Na teologia católica, a Imaculada Conceição de Maria por sua mãe, Ana, isentou-a da “culpa” do Pecado Original.

O nascimento de Maria por concepção imaculada estava bem estabelecido na Mente popular desde a época medieval.

Quanto ao motivo de Maria ser chamada de Bem-aventurada Virgem, a prescrição é dada no relato no Evangelho Segundo São Lucas sobre o Magnificat: “Pois, eis que, desde agora todas as gerações me chamarão de bem-aventurada” (Lc 1:48).

Depois que o Anjo Gabriel apareceu, trazendo suas notícias importantes, e Maria proferiu as palavras “Faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lc 1:26).

Como Eva é, simbolicamente, a “mãe de todos os que vivem no caminho involucionário e descendente”, Maria é a nova mãe de todos os viventes, também simbolicamente, aqueles que estão no caminho evolucionário e ascendente, aqueles nascidos de novo em Cristo. Maria, como a alma casta, concebe e dá à luz o Cristo interior. Se Cristo-Jesus é o segundo ou novo Adão, Maria é a segunda ou nova Eva. Embora o termo expiação seja geralmente aplicado à ação de Cristo que compensa as transgressões humanas, a vida de pureza sacrificial de Maria também pode ser chamada de expiação vicária. Além disso, ela sofreu a crucificação vicariamente com seu Filho, tornando-se o primeiro e principal modelo de vitória Cristã por meio do exemplo do seu Filho e Salvador.

Eva usou o princípio gerador para motivos egocêntricos. O poder criativo de Maria foi usado para fins centrados em e dirigidos por Deus. Eva é necessariamente restaurada em Maria, que foi uma Virgem, tornando-se advogada de uma virgem, para que possa desfazer e destruir a desobediência virginal pela obediência virginal.

Assim como Eva foi desencaminhada pela palavra de um Anjo Lúcifer, fugindo de Deus quando transgrediu Sua palavra, Maria, por meio de uma comunicação angelical, recebeu as boas novas de que seria portadora de Deus, sendo obediente à Sua palavra — perfeitamente obediente: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lc 1:38). O nó da desobediência, atado por Eva, foi desatado pela obediência de Maria. O que Eva fixou por meio da incredulidade, Maria eliminou por meio da fé.

Lembramos que, como resultado da Queda, Eva e todas as mulheres que vieram depois estavam destinadas a ter filhos com dor. A “maldição”, como essa proclamação às vezes é chamada incorretamente, também é uma menção para o fluxo mensal de sangue de uma mulher, um uso que retém a visão da sabedoria popular. Após a concepção ou fertilização, o fluxo mensal da mulher para e o sangue é usado para dar substância e nutrição ao embrião em crescimento.

A relação da menstruação feminina com a lenda do Graal, especificamente com Amfortas, o rei do Graal, é altamente instrutiva. Amfortas, o guardião do Graal, sofreu uma ferida que não parava de sangrar, resultante do uso da força criadora (representada pela lança sagrada) para fins egoístas. Ele esperava por alguém mais santo do que ele para reconsagrar o Graal e conferir a cura espiritual. O significado esotérico do fluxo menstrual da mulher diz a ela que ainda não concebeu espiritualmente, assim como o rei do Graal, ferido, continuou a sangrar até que pudesse ser redimido por Parsifal, que, subjugando sua natureza de desejos, havia dominado a força sexual criadora. É esse poder de castidade que evoca o Cristo que inspirou os trovadores a chamar Maria de “Graal do Mundo”.

No simbolismo do Graal, o cálice é o símbolo do receptáculo da flor, que contém o ovário que é castamente fertilizado pelo pólen masculino. Esse cálice representa o Éter da Vida transmutado.

Embora o Santo Graal fosse um vaso que contivesse um pouco da divindade de Deus, é também o ventre de Maria e, por extensão, emblemático da maravilha da formação humana.

A alma pura, a Maria formadora de cada Aspirante à vida superior, busca gerar o Cristo interior. Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, por meio de suas próprias realizações, visualizam o estado recuperado de uma humanidade hermafrodita que pode gerar seus próprios Corpos Densos, transmutando suas energias de vida etérica. Quando a humanidade tiver atingido coletivamente essa habilidade, a “maldição” terá sido suspensa, o fluxo de sangue cessará e as feridas estigmáticas não sangrarão mais, pois o veículo sideral, o Corpo-Alma, anteriormente travado em seis pontos (mais um sétimo), será libertado da cruz do Corpo Denso. Então, o Cristo planetário nascerá na Terra, enquanto a própria humanidade assumirá o poder e a responsabilidade por sua elevação.

O símbolo supremo de Maria é a rosa. Ela figura em muitos de seus títulos honoríficos, incluindo Rosa do Mundo, Rosa Alchemica e Rainha do Santíssimo Jardim das Rosas, no qual o Graal está oculto.

Para Dante Alighieri, um escritor, poeta e político florentino, nascido na atual Itália, Maria era “a Rosa na qual o Verbo de Deus se fez carne”, identificando-a assim com o objetivo do Aspirante ocultista, purificar o sangue, que é “a expressão mais elevada do Corpo Vital” e “a sede da alma”, que deseja que as rosas da percepção espiritual floresçam ou se tornem ativas e utilizáveis pelo Espírito que habita em nós, o Ego.

A palavra grega para rosa, rhodon, como em rhododendron, cuja tradução é árvore de rosa, deriva de rhein, que significa fluir. Nesse contexto, a relação entre a rosa e o sangue fica clara. É possível, na verdade essencial, que alguém se torne virgem para dar à luz a Cristo. Este requisito é simbolizado pelo “Coração nobre” do lema Rosacruz. É o sagrado Coração de Jesus, cujo pericárdio (de peri do grego (“ao redor”) e do kardia (“coração”), implicando uma estrutura que envolva ou encerre o coração) foi perfurado pela lança, permitindo que o sangue purificado de Cristo fluísse para o Coração da Terra, carregando Seu Ego. A rosa branca no Símbolo Rosacruz representa o Coração purificado do Auxiliar Invisível.

A imaginação criadora, a capacidade de moldar a imagem, que pertence especialmente às mulheres, reflete-se no papel criador da mãe na formação do seu filho, mesmo que no momento ela seja usada de forma inconsciente. Maria é o paradigma esotérico da concepção e nascimento do Cristo individual por meio das forças gêmeas da vontade e imaginação. Formamos imagens da vontade de Deus para nós e decidimos que vamos realizar essa vontade.

As sete rosas vermelho-sangue no Símbolo Rosacruz simbolizam a pureza. A rosa e a estrela de cinco pontas simbolizam o caminho da realização espiritual, da mesma forma que os católicos ortodoxos consideram a Virgem Maria como um vestíbulo, por assim dizer, através do qual alguém possa chegar à presença de Cristo. O Estudante de ocultismo está no processo de interiorizar Maria. Ela é a pré-condição para a concepção da consciência de Cristo. Como afirma Max Heindel, “a pureza é a única chave pela qual ele, o Aspirante, pode ter esperança de destrancar a porta de Deus”. Maria possui um Corpo Vital que é positivo, por ser mulher, corpo cujo Éter de Vida, Éter de Luz e Éter Refletor são mais fortes e servem mais prontamente ao Ego em desenvolvimento. Egos evoluídos que assumem um Corpo Denso masculino também tendem a ter um Corpo Vital mais positivo, do que Egos não tão evoluídos.

A abundância dos serviços de Maria a seu filho Jesus e a seu Senhor Jesus Cristo evocam seu papel paradigmático como Virgo (latim para Virgem), a Servidora, aquela que colhe o sustento da vida. Como mãe, Maria deu à luz ao Pão da Vida e, como mater dolorosa, voltou a segurar no colo o corpo deposto do Pão da Vida.

As palavras stabat mater dolorosa, “ali está a mãe das dores”, que inspirou muita música sacra durante a era Cristã, surgiram anonimamente durante os séculos XII e XIII, época caracterizada como a Idade da Virgem porque, de forma muito proeminente, Maria figurou nas artes e na consciência desse período. Se ela experimentou a crucificação vicária, também conheceu a exaltação e tornou-se, por meio da Assunção e da Coroação (aproximadamente em paralelo com a Ressurreição e Ascensão de seu Filho à Mão direita do Seu Pai entronizado), a mater gloriosa.

O ouro da sabedoria é a dor cristalizada e, podemos acrescentar, esse sofrimento ganhou para Maria o ouro da sabedoria lavrado no cadinho do seu Coração.

Maria foi procurada como intercessora ou mediadora de Cristo e do Pai precisamente porque era, nas palavras do Anjo da Anunciação, “cheia de graça”. Ela possuía a graça de Deus em sua plenitude e, portanto, foi autorizada a atuar como sua distribuidora — entre o ser humano e Deus. Afinal, se ela deu Jesus ao mundo, como não poderia dar graças menores, sendo tão favorecida.

O testemunho de apoio para a função de intercessora de Maria é dado nas palavras que São João, o Evangelista, registra como faladas por Cristo Jesus, na cruz, a Maria: “Mulher, eis o teu filho! Eis a tua mãe” (Jo 19:4). Este é o pronunciamento que confia aos cuidados maternos de Maria aquele a quem Jesus tinha como o Discípulo mais amado.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de setembro-outubro/2000 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Diagrama 18 – A Constituição da Terra

A Terra apresenta-se composta de camadas, à semelhança de uma cebola, cada camada ou estrato cobrindo outra. Há nove estratos e um núcleo central, dez no total. Tais estratos são revelados ao Iniciado gradualmente, um estrato em cada Iniciação, de modo que, ao final das nove Iniciações Menores domina todas as camadas, mas ainda não tem acesso aos segredos do núcleo central.

Observem bem: conhecer os diversos estratos da Terra e as posições relativas dos Planetas no firmamento, e não conhecer seu emprego e significado na vida e sua finalidade no Cosmos são tão inúteis quanto apenas conhecer as posições dos ossos, músculos, nervos etc., e não compreender as funções que desempenham na economia do Corpo.

O Diagrama 18 dá uma ideia da disposição dos estratos terrestres, omitindo informações sobre o núcleo central para mostrar mais claramente a formação de correntes em forma de lemniscata no nono estrato.

No Diagrama 18 os estratos são representados como se tivessem igual espessura, mas em realidade uns são muito mais delgados do que outros. Começando pelo mais externo, aparecem na seguinte ordem:

  1. Terra Mineral: é a crosta pétrea da Terra, com que lida a Geologia no tanto que lhe tem sido possível penetrá-la.
  2. Estrato Fluídico: a matéria desse estrato é mais fluídica que a da crosta exterior, mas não é líquida e sim parecida a uma pasta espessa. Tendo a propriedade da expansão, como a de um gás excessivamente explosivo, é mantida em seu lugar pela enorme pressão da crosta externa de modo que, se esta fosse removida, todo o estrato fluídico desapareceria no espaço com uma tremenda explosão. Esses estratos correspondem às Regiões Químicas e Etérica do Mundo Físico.
  3. Estrato Vaporoso: no primeiro e no segundo estratos não há realmente vida consciente. Já nesse existe uma corrente de vida que flui e pulsa continuamente, como no Mundo do Desejo que rodeia e interpenetra nossa Terra.
  4. Estrato Aquoso: nesse estrato estão as possibilidades germinais de tudo quanto existe na superfície da Terra. Aqui estão as forças arquetípicas que se ocultam atrás dos Espíritos-Grupo, como também as forças arquetípicas dos minerais, porque esta é a expressão física direta da Região do Pensamento Concreto.
  5. Estrato Germinal: os cientistas materialistas têm sido frustrados em seus esforços para descobrir a origem da vida, como surgiram coisas viventes de matéria antes morta.

Na realidade, e de acordo com a explicação oculta da evolução, a questão deveria ser como se originaram as coisas “mortas”. A vida existia antes das formas mortas. Ela construiu seus Corpos de substância vaporosa e sutil, muito antes de se condensar na crosta sólida da Terra. Só quando a Vida abandona as formas, podem estas se cristalizar, tornando-se duras e mortas.

O carvão nada mais é do que Corpo vegetal cristalizado. Os corais são também produtos da cristalização de formas animais. A vida abandona as formas e as formas morrem. A vida nunca penetra numa forma para despertá-la à vida. A vida sai das formas e as formas morrem. Foi assim que surgiram as “coisas mortas”.

Nesse quinto estrato existe a fonte primordial da vida, da qual brotou o impulso que construiu todas as formas da Terra. Corresponde à Região do Pensamento Abstrato.

6.Estrato Ígneo: por estranho que pareça esse estrato possui sensações. O prazer e a dor, a simpatia e a antipatia produzem aqui seu efeito sobre a Terra. Geralmente se supõe que a Terra, em nenhuma circunstância, pode ter qualquer sensação. Contudo, quando o cientista ocultista observa colher o grão maduro, cortar as flores ou, no outono, colher as frutas das árvores, sabe do prazer experimentado pela Terra. É semelhante ao prazer que a vaca sente quando seus úberes cheios são aliviados pelo bezerro sugador. A Terra experimenta o deleite de nutrir sua progênie de Formas, e esse deleite culmina no tempo da colheita.

Por outro lado, quando se arrancam as plantas pela raiz, fica patente ao cientista-ocultista que a Terra sente dor. Por essa razão, ele não come alimentos vegetais que cresçam debaixo da Terra. Em primeiro lugar, porque esses vegetais são plenos de força terrestre e carentes de força solar; segundo, por terem sido extraídos com as raízes, são venenosos. A única exceção a esta regra é a batata, porque em seus primórdios crescia na superfície da terra, e só em tempos relativamente recentes começou a crescer debaixo do solo. Os ocultistas fazem o possível para alimentar seus Corpos com os frutos que crescem ao Sol, pois estes contêm mais força solar, e sua colheita não causa sofrimento algum à Terra.

Poder-se-ia supor que os trabalhos nas minas produzem dor à Terra. Pelo contrário, toda desintegração da crosta dura produz uma sensação de alívio, e toda solidificação é fonte de dor. Quando uma torrente de chuva lava a encosta da montanha, arrastando a terra para os vales, a terra sente-se mais aliviada. Aonde a matéria desintegrada se deposita de novo, como no baixio que se forma na foz de um grande rio, produz-se uma correspondente sensação de opressão.

Assim como a sensação, nos animais e no ser humano, é devida a seus Corpos Vitais separados, assim as sensações da Terra são especialmente ativas no sexto estrato, que corresponde ao Mundo do Espírito de Vida. Para compreender-se o prazer que ela experimenta quando se quebra uma rocha e a dor que lhe produzem as solidificações, devemos recordar que a Terra é o Corpo Denso de um Grande Espírito, o qual, para fornecer-nos um meio em que pudéssemos viver e obter experiência teve de cristalizar seu Corpo até à condição de solidez atual.

Contudo, na medida em que a evolução prossiga e o ser humano aprenda as lições correspondentes aos extremos de concretização, a Terra tornar-se-á mais branda e seu espírito libertar-se-á cada vez mais. Foi isto o que São Paulo quis significar quando disse que toda a criação geme e sofre, esperando o dia da libertação.

7. Estrato Refletor: esta camada da Terra corresponde ao Mundo do Espírito Divino. Para aqueles que não estão familiarizados com o que na Ciência Oculta se conhece como “Os Sete Segredos Indizíveis”, ou que não tenham pelo menos um vislumbre de sua importância, as propriedades desse estrato parecerão particularmente absurdas e grotescas. Nele, todas as forças que conhecemos como “Leis da Natureza” existem como forças morais, ou melhor, imorais. No princípio da existência consciente do ser humano, essas forças eram piores do que agora. Contudo, tudo indica que tais forças melhoram com o progresso moral da humanidade, e que qualquer falha moral tem certa tendência a desencadear essas forças da Natureza produzindo devastações sobre a Terra, enquanto a busca de elevados ideais torna-as menos inimigas do ser humano.

Por conseguinte, as forças desse estrato são, em qualquer época, um reflexo exato do estado moral da humanidade. Do ponto de vista oculto, a “mão de Deus” que se abateu sobre Sodoma e Gomorra[1] não é uma tola superstição, pois, tão certo como há uma responsabilidade individual ante a Lei de Consequência que traz a cada pessoa o justo resultado de suas ações, sejam boas ou más, assim também existe uma responsabilidade coletiva ou nacional, que atrai sobre os grupos humanos resultados equivalentes aos atos efetuados em conjunto. As forças da natureza são, em geral, os agentes de tal justiça retribuidora, causando inundações ou terremotos a um grupo, ou a benéfica formação de óleos ou carvões a outro, de acordo com os seus merecimentos.

8. Estrato Atômico: é o nome dado pelos Rosacruzes ao oitavo estrato da Terra, a expressão do Mundo dos Espíritos Virginais. Parece ter a propriedade de multiplicar as coisas que nele estão, porém, isto se aplica somente às coisas já formadas definitivamente. Uma peça informe de madeira ou uma pedra bruta não tem existência ali, mas qualquer coisa já modelada ou que tenha vida e forma, tal 8. como uma flor ou uma pintura, é multiplicada nesse estrato em grau surpreendente.

9. Expressão Material do Espírito Terrestre: aqui existem correntes em forma lemniscata, intimamente relacionadas com o cérebro, o coração e os órgãos sexuais da Raça humana. Corresponde ao Mundo de Deus.

Centro do Ser do Espírito Terrestre: nada mais pode ser dito presentemente a respeito, salvo que é a semente primeira e última de tudo quanto existe tanto dentro como sobre a Terra, e corresponde ao Absoluto.

Do sexto estrato, o ígneo, até a superfície da Terra, há certo número de orifícios em diferentes lugares. Seus terminais na superfície são chamados “crateras vulcânicas”. Quando as forças da Natureza do sétimo estrato são desencadeadas de modo a poderem se expressar por meio de uma erupção vulcânica, elas ativam o estrato ígneo (o sexto), e então a agitação se exterioriza através da cratera. A maior parte do material é tomada da substância do segundo estrato, por ser esse estrato a contraparte mais densa do sexto estrato, assim como o Corpo Vital, o segundo veículo do ser humano, é a contraparte mais densa do Espírito de Vida, o sexto princípio. Esse estrato fluídico, com sua qualidade expansiva e sumamente explosiva, assegura um suprimento ilimitado de material no local da erupção. O contato com a atmosfera exterior endurece a parte que não se volatiliza no espaço, formando a lava e a poeira vulcânicas. E da mesma maneira que o sangue ao fluir de uma ferida coagula-se e estanca, assim também a lava, ao final da erupção, cerra o caminho às partes internas da Terra.

Como é fácil deduzir-se do fato, a imoralidade refletida e as tendências ante espirituais da humanidade é que despertam a atividade destruidora das forças da Natureza no sétimo estrato. Portanto, geralmente são as pessoas dissolutas e degeneradas que sucumbem nessas catástrofes. Essas pessoas, juntamente com outras cujo destino autogerado sob a Lei da Consequência, por várias razões, implica em morte violenta, são conduzidas desde os mais diversos recantos por forças sobre-humanas até o lugar onde deve ocorrer a erupção. Para aquele que pensa seriamente, as erupções vulcânicas do Vesúvio, por exemplo, servem para corroborar a afirmação acima.

A lista dessas erupções durante os últimos 2.000 anos mostra que sua frequência tem aumentado em proporção direta ao crescimento do materialismo. Especialmente nos últimos sessenta anos, na razão em que a ciência materialista cresceu em sua arrogância na absoluta e ampla negação das coisas espirituais, aumentaram a frequência das erupções vulcânicas. Enquanto nos primeiros mil anos depois de Cristo houve apenas seis erupções, as últimas cinco erupções tiveram lugar num período de 51 anos, como veremos.

A primeira erupção da Era Cristã, no ano 79 D.C., destruiu as cidades de Herculano e Pompéia, em que pereceu Plínio, o Velho. As outras erupções tiveram lugar nos anos de: 203, 472, 512, 652, 982, 1036, 1158, 1500, 1631, 1737, 1794, 1822, 1855, 1872, 1885, 1891 e 1906.

Nos primeiros mil anos ocorreram seis erupções; nos seguintes mil anos aconteceram doze, ocorrendo as últimas cinco num período de 51 anos, como dissemos anteriormente.

Do número total de 18 erupções, as nove primeiras ocorreram na assim chamada “Idade das Trevas”[2], isto é, nos 1.600 anos durante o qual o Mundo Ocidental foi dominado pelos comumente chamados “Bárbaros” pela Igreja Romana. As restantes sucederam-se nos últimos trezentos anos, durante os quais o advento e desenvolvimento da ciência moderna, com suas tendências materialistas, quase apagaram os últimos vestígios de espiritualidade, de modo particular na última metade do Século XIX. Portanto, as erupções desse período compreendem quase um terço do número total das ocorridas em nossa Era.

Para contrabalançar essa influência desmoralizadora, uma grande quantidade de informação oculta foi fornecida, durante todo esse tempo, pelos Irmãos Maiores, que estão sempre trabalhando pelo bem da humanidade. Pensou-se que oferecendo esses conhecimentos e educando os poucos que ainda queriam recebê-los, seria possível deter a maré de materialismo a qual, caso contrário, poderia produzir consequências muito sérias aos seus partidários. Com efeito, tendo negado durante tanto tempo a existência espiritual, poderão não serem capazes de manter seu equilíbrio ao perceberem que, embora tendo sido privados do Corpo Denso pela morte, eles continuam mais vivos do que nunca. Tais pessoas podem ter de suportar um destino demasiado triste para ser contemplado com serenidade. Uma das causas da terrível “peste branca”[3] é esse materialismo, talvez não reconhecível na encarnação atual, mas resultado de crenças e afirmações materialistas anteriores.

Falávamos da morte de Plínio, o Velho, quando da destruição de Pompéia. É interessante seguir o destino de tal cientista, não tanto pelo indivíduo em si, mas para compreendermos como o cientista ocultista lê a Memória da Natureza, de como as coisas nela se imprimem e os efeitos das características passadas sobre nossas tendências atuais.

Quando um ser humano morre, seu Corpo Denso desintegra-se, mas a soma total de suas forças pode ser encontrada no sétimo Estrato da Terra – o Estrato Refletor – o qual se constitui num repositório em que, como forças, as formas passadas são armazenadas. Assim, conhecendo-se o tempo em que ocorreu a morte de um ser humano, é possível encontrar sua forma nesse repositório, se ali o procurarmos. E não somente está ali armazenada, mas é também multiplicada pelo oitavo, ou Estrato Atômico, de modo que qualquer tipo pode ser reproduzido e modificado por outros e empregado repetidas vezes para a formação de outros Corpos. Por conseguinte, as tendências cerebrais de um ser humano tal como Plínio, o Velho, podem ter-se reproduzido milhares de anos depois, e ser, em parte, a causa da atual colheita de cientistas materialistas.

Resta ainda muito a aprender e desaprender, para os atuais cientistas materialistas. Ainda que lutem até o último limite contra o que, escarnecendo, qualificam de “ideias ilusórias” dos cientistas ocultistas, estão sendo obrigados a reconhecer suas verdades, a admiti-las uma a uma. É só uma questão de tempo o serem forçados a aceitá-las.


[1] N.R.: duas cidades que foram destruídas por Deus com fogo e enxofre descido do céu, devido à prática de atos imorais.

[2] N.R.: A “idade das trevas” é uma periodização histórica que enfatiza as deteriorações demográfica, cultural e econômica que ocorreram na Europa consequentes do declínio do Império Romano do Ocidente. O rótulo emprega o tradicional embate visual luz-versus-escuridão para contrastar a “escuridão” deste período com os períodos anteriores e posteriores de “luz”. É caracterizado por uma relativa escassez de registros históricos e outros escritos, pelo menos para algumas áreas da Europa, tornando-o, assim, obscuro para os historiadores. O termo “Era das Trevas” deriva do Latim saeculum obscurum, originalmente aplicado por Caesar Baronius em 1602 a uma época tumultuada entre os séculos V e IX.

[3] N.R.: Também chamada de tísica pulmonar ou ‘doença do peito’ ou tuberculose.

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Orar Constantemente

Entre as várias instruções que são dadas pela Filosofia Rosacruz encontramos sempre as que nos dizem: “orar constantemente” – “Estar receptivo à Força Curadora do Pai – “Faça-se a Tua Vontade e não a minha“.

Quando nos é dito: “Orar constantemente“, compreendemos ser uma referência ao alimento que devemos dar ao nosso Cristo Interno, o Cristo que habita em nós. O eterno que está dentro de nós deve ser alimentado com o nosso trabalho diário; com a responsabilidade pelos deveres assumidos; com amor, perdão e alegria; com o encanto para o bem; com o respeito aos Reinos da natureza; com o cultivo das artes; com os sentimentos positivos: com o conhecimento aplicado; com todas as manifestações de bens.

Quando nos é dito: “Estar receptivo” compreendemos ser uma referência para estarmos abertos, preparados, dispostos para receber a Força Curadora do Pai. Para que o Sol entre em um ambiente é necessário abrir a janela, assim como para receber um cumprimento é, necessário, estender e abrir a mão. É o estar receptivo a algo que nos vai favorecer, que realmente desejamos – é o esforço que temos de fazer, é a nossa própria participação no caso.

Quando nos é dito: “Faça-se a Tua vontade e não a minha”, estamos pondo toda a nossa fé e confiança na Sabedoria do Pai, pois não sabemos os desígnios que nos foram reservados e o porquê do nosso sofrimento; mas sabemos que em todo o mal há sempre um bem em gestação e a força do nosso pedido, a sinceridade das nossas intenções podem, muitas vezes, modificar uma condição de sofrimento.

A força que nos leva a Deus é a e o ato de integrar-se na espiritualidade é um ato tranquilo, de puro amor e confiança. O processo é interno e íntimo.

Deus é amor e através d’Ele é que atingimos a plenitude de nossa consciência e de nossa evolução.

Que a Paz de Deus e as doces bênçãos divinas encontrem em cada um de nós, a receptividade e o alimento para permanecerem.

(Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de outubro/1985)

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Dicas para uma Alimentação Vegetariana Saudável e que trará Bons Resultados

Eis o Lema Rosacruz: Mente Pura – Coração Nobre – Corpo São. É um convite para cada ser humano entender e harmonizar sua natureza. O ser humano não é apenas um corpo – o Corpo Denso -, senão também desejos, emoções, sentimentos e pensamentos. Sua saúde integral pressupõe uma coerente cadeia de atividades: reto pensar, amoroso sentir e edificante agir.

Mais do que nunca, hoje sabemos como os pensamentos e emoções influem na saúde e na felicidade do ser humano. A saúde mental e emocional tem sido cultivada por vasta literatura espiritualista.

Não há critério definido em questão, todavia, aqui vão algumas recomendações fundamentais:

  • Aproveite ao máximo os alimentos integrais, que hoje em dia encontram-se espalhados pelo mercado: arroz, farinha de arroz, trigo, macarrão, etc.
  • Inicie as principais refeições com uma salada crua. Há muita coisa que pode ser ralada e comida crua: cenoura, beterraba, nabo, rabanete, couve-flor e abobrinha. Varie todos os dias, juntando vegetais cortados (alface, escarola, pepinos, pimentão, agrião, etc..). São admitidas muitas variações. Prepare-as com limão, azeite ou óleo e pouco sal – ou com alga em pó. Além de ricas, estas saladas iniciais cortam parcialmente a fome das pessoas que desejam emagrecer sem carências.
  • Evite as frituras, sempre que possível, evite também condimentos e refogados apurados. Os melhores estimulantes do apetite devem ser o exercício físico e uma mesa bem-posta, com pratos bem arranjados, em ambiente harmonioso.
  • É melhor comer as frutas entre as refeições, uma de cada espécie por vez. Elas não combinam bem com as verduras.
  • Não é aconselhável tomar-se líquidos nas refeições. Se você já estiver acostumado, beba chá aromático quentinho (de anis estrelado, erva-doce, hortelã, etc.). Tome água até meia hora antes ou duas horas após as refeições.
  • Há um suco digestivo para cada classe de alimentos. A mistura de certos sucos é incompatível. Portanto, é melhor que se usem poucos pratos em cada refeição, variando sempre, em vez de muitas misturas numa só mesa.
  • O leite e seus derivados enriquecem o regime alimentar. Prefira o queijo fresco ao mais forte. A coalhada caseira é muito salutar e prolonga a vida, por sua ação benéfica aos intestinos.
  • É importantíssimo que seus intestinos funcionem duas vezes por dia. A prisão de ventre é removida naturalmente com o regime vegetariano e o uso da coalhada caseira com ameixas pretas, ao levantar-se e ao deitar-se.
  • Habitue seus intestinos a funcionarem em hora certa. Isso evita protelar a evacuação, o que provoca a reabsorção dos líquidos, causando prisão de ventre, com seus prejuízos.
  • Alimentos oleosos devem ser usados de preferência no inverno.
  • Não cozinhe demasiadamente os alimentos, para que não percam o valor nutritivo. Procure conhecer os tempos de cozimentos.
  • Viva de acordo com seu organismo e aprenda a sentir reações e avisos.
  • Coma com calma. Evite nervosismo à mesa. Mastigue bem os sólidos e insalive os líquidos. Quando estiver ingerindo leite e pão, mastigue primeiramente o pão e depois tome e insalive o leite, para que a digestão seja completa.
  • Os alimentos que contêm muita água (batatas, verduras) devem ser cozidos ao vapor, com um mínimo de água e em fogo baixo.
  • Evite o abuso de massas e doces. Reduza-os com a idade.
  • Não cozinhe com raiva ou depressão. Os alimentos ficam impregnados pelo estado emocional de quem os prepara. Execute esta tarefa com todo o amor e alegria.

(Cozinha Vegetariana – Fraternidade Rosacruz)

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Um Médico Testemunha uma Passagem

Fui educado nos comuns métodos materialistas da medicina: tratar doentes e prestar atenção meramente à saúde física. Mas, apesar desse treinamento que atrofiou e inibiu a mais apurada sensibilidade da minha contraparte espiritual, eu ansiava por um conhecimento e uma felicidade que nenhum meio material ou método de vida tivessem oferecido.

O incidente narrado a seguir mudou toda a minha linha de raciocínio e conhecimento de vida, pois agora eu sei que a nossa limitada vida aqui na Terra, no Corpo Denso, não dura mais que um momento, quando comparada a todo o tempo que temos para desenvolver esta parte de nós que é indestrutível: a alma.

Recebi, profissionalmente, um chamado para ver minha tia na noite que se tornou para mim a mais importante da minha vida. Quando eu primeiro apareci para vê-la, ela parecia lúcida e forte. Seu coração batia de forma ritmada e normal. Ela aparentava boas condições. Contudo, após ter lá permanecido certo tempo, pareceu-me, intuitivamente, notar uma mudança em suas condições físicas. Percebi que sua partida aconteceria em poucas horas. Estou feliz em ver, agora, que a minha percepção espiritual é mais aguçada do que pensei e que eu soube primeiro, sem raciocínio intelectual, que seu tempo de vida havia terminado.

Os primeiros sinais de morte aconteceram às dez da noite. Os últimos sinais de vida do Corpo Denso não cessaram antes das sete da manhã seguinte. Assim, toda aquela noite se passou no limiar entre o físico e o espiritual, tempo em que eu passei por uma das mais fantásticas experiências da minha vida, porque eu vi a separação do elemento espiritual do corpo do seu invólucro físico. Eu vi a formação do Cordão Prateado que une o Corpo Vital ao Corpo Denso. Eu vi como um corpo espiritual de indistinta substância nebulosa se tornou um corpo angelical vivo e lindo: o corpo da minha tia no vigor da sua vida. Eu vi as ondas pulsantes do espírito através do Cordão Prateado espiritual que conectava os dois Corpos, o Corpo Denso e o Corpo Vital.

Então, no momento preciso do nascimento da alma no plano espiritual, o Cordão Prateado partiu-se e a nova vida no novo mundo espiritual teve início, exatamente quando a morte no plano físico reivindicou o Corpo Denso.

A primeira coisa que detectei com a minha visão espiritual, ao me sentar ao lado da cama dessa pessoa querida, foi a gradual formação do Corpo Vital, independente e separado do Corpo Denso. Imediatamente acima do Corpo Denso, arruinado pela dor, percebi o contorno vago e nebuloso de uma substância brumosa e semelhante, no plano físico, à neblina ou vapor em condensação. Contemplei essa forma com interesse e deslumbramento, pois parecia ter uma vida que a diferenciava de qualquer outra forma de névoa que eu tivesse testemunhado antes.

Essa substância pareceu formar-se a uns setenta centímetros acima da cama, sobre a contraparte física. Pareceu alongar-se até o comprimento do Corpo Denso. Então começou a se moldar em seus contornos definitivos. Vi primeiro as vagas linhas gerais de um corpo. Vi o crescimento da roupagem espiritual. Depois eu vi iniciar-se a definição do contorno da expressão facial. Eu contemplava a reprodução, como em um espelho, do Corpo Denso da minha tia, mas com uma diferença: agora, a expressão era de juventude, beleza, paz e contentamento. Os olhos estavam fechados em um sono fora da Terra. Nada me era transmitido, a não ser paz e repouso.

Enquanto eu observava o surgimento desse corpo espiritual, tudo parecia natural, como se não houvesse um único traço da luta e da dor que eu havia visto antes desse processo ter iniciado. Meus olhos se arregalaram maravilhados, enquanto a forma espiritual ganhava mais vida. Foi quando a minha visão espiritual pareceu se transferir, sem a minha vontade, para o Corpo Denso. Vi, então, o “Cordão Prateado”, que estava ainda conectado aos dois Corpos, dando vida a cada um e fornecendo os meios para a transferência da vida do físico para o espiritual. O Cordão Prateado tinha cerca de setenta centímetros de comprimento, composto de uma radiação suave, brilhante e prateada, que era quase luminosa e tão brilhante que resplandecia diante de mim. Ele se projetava do Corpo Denso na base do crânio, na protuberância occipital. Então, se elevou acima e além do corpo, onde se uniu à contraparte espiritual, no mesmo lugar, na base da cabeça do corpo espiritual.

Então, eu abri mais completamente meus olhos à vida espiritual diante de mim, à minha volta. Em um lampejo, percebi a atual condição espiritual da minha mãe, que anos antes tinha feito sua transição do Mundo Físico para os Mundos espirituais. Vi a seguir a figura do meu tio, o esposo da tia que estava partindo para encontrar seus entes queridos. Vi também o filho dela, meu primo, que há muito já havia partido para novas aventuras. Percebi outros também à minha volta, reunidos naquele pequeno quarto que subitamente se tornara para mim um santuário, um lugar sagrado onde pude, de forma ínfima, achar-me na presença da vida eterna. A contraparte espiritual estava agora mais real do que a física. Uma radiação pairava sobre o Corpo Vital e a vida estava mais definidamente manifestada nele. As cortinas brilhavam à luz suave do astral. O Cordão Prateado ligado aos dois Corpos brilhava com mais intensidade. Eu sabia que a passagem estava quase completa.

Novamente tive a atenção voltada para o Cordão Prateado. Percebi os fios que o formavam. Vi o primeiro fio se romper e enrolar, exatamente na conexão com o Corpo Denso, na base do cérebro. Então outro fio se rompeu e enrolou, conforme acontece quando um fio retesado é cortado do seu suporte. Assim, durante aqueles longos minutos, foi feita a preparação para o rompimento final da conexão terrena com o libertado Corpo Vital.

Vi, então, o rompimento do último fio do Cordão Prateado que conectava a alma da pessoa que eu amava a qualquer vestígio de sua origem terrena. Apareceu diante dos meus olhos, simbolicamente, uma tesoura dourada. Essa tesoura se abriu e fechou; então o corpo espiritual estava livre.

O corpo espiritual endireitou-se vagarosamente e flutuou em posição vertical, ganhando uma aparência de consciência e animação. Os olhos abriram-se lentamente e brilharam com vida e amor. O rosto estava agora transfigurado de alegria e radiante felicidade. As vestimentas do espírito se estenderam suavemente sobre o corpo espiritual recentemente libertado.

Em seguida, a verdadeira espiritualidade começou a se apresentar. Onde anteriormente havia alguma aparência de velhice e preocupação, agora não existia mais. Eu estava contemplando uma alma na majestade da sua plenitude. Estava contemplando juventude e, ao mesmo tempo, a completa maturidade da experiência. Estava vendo o zênite da alma que havia completado uma vida de serviço e abnegação. Eu estava vendo a recompensa espiritual por uma vida bem vivida.

(Resumido da revista “Rays from the Rose Cross”, julho/agosto de 1998)

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