Arquivo de categoria Estudos Bíblicos Rosacruzes em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Diz-se que quando o Novo Testamento menciona o “Filho do Homem” quer se referir ao Espírito Solar. Os adoradores do Sol foram considerados idólatras. Nós também seríamos considerados como tais?

Resposta: Todo aquele que não segue os padrões de seu tempo é um idólatra. Quando o Sol, pelo movimento de Precessão dos Equinócios, deixou constelação de Touro e entrou em Áries foi emitida a ordem “Não adoreis o bezerro de ouro; isso é idolatria” (Ex 32 1:35 e Dt 9.7-21, 25-29).

Posteriormente, quando chegou a era Cristã houve uma nova aliança e não se devia mais praticar o Judaísmo com suas oferendas, pois Cristo chegara e houve um único sacrifício por todos.

Tornou-se idolatria executar o antigo sacrifício. Não há nenhum outro nome dado sob o céu pelo qual nós devemos ser salvos (At 4:12), a não ser o nome de Cristo.

Mais tarde, quando Cristo entregar tudo nas mãos do Pai, haverá um novo padrão e será idolatria voltar aos nossos ideais de hoje.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – dezembro/1973 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: Jesus não era judeu? Se sim, então, o que ele quis dizer com ‘antes que Abraão existisse, Eu sou’? Pois mesmo que tenha renascido, Abraão foi o pai da raça judia, não?

Resposta: Nos tempos antigos, e mesmo até hoje, o patriotismo é visto como uma das principais virtudes, mas do ponto de vista oculto, é claro, há apenas o Espírito Uno, e as raças são tão somente uma fase evanescente do Esquema de Evolução; na verdade, uma fase muito perigosa, pois enquanto nos Períodos e nas grandes Épocas de evolução há muito tempo, e é possível aos líderes reunirem a maioria dos Espíritos para ajudar a promover a evolução de cada um deles, as raças e nações nascem e morrem num tempo comparativamente curto, e há um grande perigo de que os Espíritos possam ficar enredados nos corpos da raça e não acompanhar a maior parte da Humanidade no seu progresso..

Foi exatamente isso o que aconteceu com os judeus. Eram tão intensamente patrióticos que nenhum judeu se considerava como um indivíduo separado dos outros. Principalmente, quando usavam os termos mais elevados, o judeu fala de si mesmo como a “semente de Abraão”. Em outros momentos, o judeu se considera pertencente a uma determinada tribo e, por último, talvez, ele fosse Salomão Levi[1] ou Moses Cohen[2].

O Cristo combateu essa ideia de identidade com a raça quando afirmou: “Antes que Abraão existisse, eu sou[3]. O Ego existia antes de Abraão; Abraão era um renascimento de um Ego, um Espírito. Ele e a raça judaica descendente dele eram simplesmente Corpos, mas os Egos que os habitavam existiram antes dos Corpos da raça. Assim, o Cristo aconselhou seus ouvintes a olharem do evanescente para o eterno.

Em outro lugar, Ele declarou: “A menos que o homem deixe pai e mãe, não poderá Me seguir[4]. Pai e mãe, também, são Corpos da raça. Não temos o direito de abandonar parentes dependentes de nós para seguir uma vida superior; devemos cumprir com todos os nossos deveres aqui antes de iniciarmos, egoisticamente, o estudo da vida superior, mas não devemos nos identificar com a raça, a nação ou a família em que nascemos. Cada um de nós é um Espírito individual, que existe antes dos Corpos que chamamos de raças e existiremos depois que as raças deixarem de existir. Se esquecermos esse fato, podemos nos cristalizar e nos identificar com a raça, ao invés de progredir. Foi exatamente isso que os judeus fizeram. O seu intenso patriotismo fez com que eles, como Espíritos, renascessem nos Corpos da raça judaica durante milênios.

Os líderes da humanidade procuraram de várias maneiras fazer com que eles se amalgamassem com outros povos, para que pudessem progredir, mas sempre em vão, e Cristo foi enviado a eles, pela mesma razão que Booker T. Washington[5] foi enviado aos negros. Embora fosse uma alma mais avançada do que seus irmãos de raça, ele renasceu em um Corpo Denso de pele negra para poder ajudar os negros de uma maneira mais eficiente. Se ele tivesse renascido em um Corpo Denso de pele branca, sempre teria havido um aparente paternalismo. Razões semelhantes decretaram o nascimento de Cristo como judeu. Esperava-se que eles recebessem Seus ensinamentos porque vinham de alguém de sua própria raça. Mas, em vez de honrar as suas tradições e levantar os olhos para Abraão com uma atitude mental reverente, Ele derrubou os seus ideais, falou de um novo céu e de uma nova terra, afirmou a prioridade do indivíduo em relação à raça e, portanto, eles não quiseram nada d’Ele – “escolheram Barrabás[6].


[1] N. T.: música: Solomon Levi, cantada por Frank Simons de Howard, Kansas, durante o verão de 1949. Ele aprendeu essa música com os irmãos Clayton, Will e Jake, em Eminence por volta de 1890.

Meu nome é Salomão Levi,

E minha loja fica na rua Salem;

É onde comprar seus casacos e coletes

E tudo mais que é legal;

Ulsterettes de segunda mão

E sobretudos tão finos,

Para todos os garotos que negociam comigo

Aos cento e quarenta e nove.

Ó Solomon Levi, Tra la la la la.

Pobre Sollie Levi, Tra la la la la la la la la,

[2] N.T.: Moses Cohen Henriques Eanes (c. 1595) foi um pirata português de origem judaica sefardita, que operou no século XVII na região das Caraíbas. A família finalmente seguiu para Amsterdã e retornou à fé judaica. Henriques ingressou na marinha holandesa e subiu na hierarquia para ser o braço direito do famoso almirante holandês Piet Hein. Juntos, eles derrotaram a frota espanhola na costa de Cuba em 1628. Depois disso, Henriques foi explorar a colônia portuguesa de Pernambuco, no Brasil, como espião, para se preparar para uma invasão holandesa. Ele fez parte dessa invasão em 1630, liderando um contingente de 3.000 homens para capturar a colônia com sucesso. Henriques ajudou a transformar a área num refúgio judaico, trazendo o primeiro rabino da América e estabelecendo a primeira sinagoga, mikveh e yeshiva no Novo Mundo. Quando os portugueses recapturaram a colónia em 1654 e reiniciaram a perseguição aos judeus, Henriques fugiu juntamente com o resto da comunidade judaica. Para sobreviver a tempos difíceis, ele foi forçado a se tornar um pirata, logo se juntando ao infame Henry Morgan. Ele se tornou o conselheiro de confiança de Sir Morgan. Mais tarde, Henriques se aventurou por conta própria, estabelecendo uma ilha pirata na costa brasileira. A Inquisição tentou capturá-lo durante anos, sem sucesso, e Henriques viu como sua missão vingar o mal que os espanhóis e portugueses tinham feito aos judeus. Depois que os ingleses conquistaram a Jamaica, Henriques ali se estabeleceu e viveu o resto da sua vida na ilha, ajudando a estabelecer a sua comunidade judaica. Quando seu velho amigo Henry Morgan se tornou governador da Jamaica, ele concedeu perdão total a Henriques pela pirataria em 1681.

[3] N.T.: Jo 8:38

[4] N.T.: Lc 14:26

[5] N.T.: Booker Taliaferro Washington (1856-1915) foi um educador e líder afroamericano estadunidense. Ele foi uma notável liderança afroamericana que alcançou posição de destaque na história da formação do pensamento da população negra dos Estados Unidos, e sua biografia torna-se mais interessante por ter nascido escravo e conquistado a admiração de muitas figuras influentes daquela sociedade, assumidamente, racista. Entre 1890 e 1915, Washington foi o líder dominante na comunidade afro-americana e na elite negra contemporânea. Washington pertencia à última geração de líderes negros americanos nascidos na escravidão e tornou-se a principal voz dos ex-escravos e seus descendentes. Eles foram recentemente oprimidos no Sul pela privação de direitos e pelas leis discriminatórias de Jim Crow promulgadas nos estados do Sul pós-Reconstrução no final do século XIX e início do século XX. Washington foi um dos principais defensores dos negócios afroamericanos e um dos fundadores da National Negro Business League. Sua base era o Tuskegee Institute, uma escola normal, mais tarde uma faculdade historicamente negra em Tuskegee, Alabama, na qual atuou como diretor. Quando os linchamentos no Sul atingiram o pico em 1895, Washington fez um discurso, conhecido como “compromisso de Atlanta”, que lhe trouxe fama nacional. Ele apelou ao progresso dos negros mediante a educação e o empreendedorismo, em vez de tentar desafiar diretamente a segregação Jim Crow e a privação de direitos dos eleitores negros no Sul.

Washington mobilizou uma coligação nacional de negros de classe média, líderes religiosos e filantropos e políticos brancos, com o objetivo a longo prazo de construir a força econômica e o orgulho da comunidade, centrando-se na autoajuda e na escolaridade. Com as suas próprias contribuições para a comunidade negra, Washington apoiou a elevação racial, mas, secretamente, também apoiou contestações judiciais à segregação e às restrições ao recenseamento eleitoral.

Washington foi ouvido pelos poderosos da América da sua época, incluindo presidentes. O seu domínio do sistema político americano no final do século XIX permitiu-lhe manipular os meios de comunicação, angariar dinheiro, desenvolver estratégias, criar redes, distribuir fundos e recompensar um quadro de apoiantes. Por causa de sua liderança influente, o período de sua atividade, de 1880 a 1915, foi chamado de Era de Booker T. Washington. No entanto, a oposição a Washington cresceu, à medida que se tornou claro que o seu compromisso de Atlanta não produziu a melhoria prometida para a maioria dos negros americanos no Sul. William Monroe Trotter e W. E. B. Du Bois, que os bookeristas perceberam antes da guerra como “negros do norte”, consideraram Washington muito acomodacionista e sua educação industrial (“agrícola e mecânica”) inadequada. Washington lutou vigorosamente contra eles e teve sucesso na sua oposição ao Movimento Niágara que eles tentaram fundar, mas não conseguiram impedir a formação da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP), cujas opiniões se tornaram dominantes.

Os ativistas negros no Norte, liderados por Du Bois, apoiaram inicialmente o compromisso de Atlanta, mas depois discordaram e optaram por criar a NAACP para trabalhar pela mudança política. Tentaram, com sucesso limitado, desafiar a máquina política de Washington pela liderança na comunidade negra, mas construíram redes mais amplas entre os aliados brancos no Norte. Décadas após a morte de Washington em 1915, o movimento pelos direitos civis da década de 1950 adotou uma abordagem mais ativa e progressista, que também se fundamentava em novas organizações de base assentadas no Sul, como o Congresso de Igualdade Racial (CORE), o Comitê de Coordenação Estudantil Não-Violenta (SNCC) e Conferência de Liderança Cristã do Sul (SCLC).

O legado de Washington tem sido controverso na comunidade dos direitos civis. Após a sua morte em 1915, ele foi alvo de fortes críticas por causa da acomodação à supremacia branca, apesar das suas afirmações de que o seu objetivo a longo prazo era acabar com a privação de direitos dos afro-americanos, a grande maioria dos quais ainda vivia no Sul. No entanto, uma visão mais neutra surgiu desde o final do século XX. A partir de 2010, os estudos mais recentes “defendem e celebram suas realizações, legado e liderança”.

Resumindo: Booker T. Washington foi tão aclamado como líder público que o período de sua atividade, de 1880 a 1915, foi chamado de Era de Booker T. Washington. A historiografia sobre Washington, o seu carácter e o valor dessa liderança variou dramaticamente. Após sua morte, ele foi alvo de fortes críticas na comunidade dos direitos civis por sua acomodação à supremacia branca. No entanto, desde o final do século XX, surgiu uma visão mais equilibrada do seu amplo leque de atividades. A partir de 2010, os estudos mais recentes, “defendem e celebram suas realizações, legado e liderança”

[6] N.T.: Mt 27:16

(Pergunta nº 96 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 1 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Pergunta: A Bíblia e os fatos concretos fornecem indícios referentes às mudanças futuras?

Pergunta: A Bíblia e os fatos concretos fornecem indícios referentes às mudanças futuras?

Resposta: A Bíblia não deixa nenhuma dúvida a respeito das mudanças. Cristo disse que o acontecido nos dias de Noé aconteceria nos dias do porvir.

A ciência e a imaginação descobrem condições desconhecidas anteriormente.

É um fato científico que o consumo do oxigênio, na alimentação da indústria, está se tornando alarmante.

Também os incêndios nos bosques consomem, consideravelmente, este importante elemento e contribuem para o processo de dissecação da atmosfera.

Cientistas eminentes assinalaram que, um dia, nosso globo não poderá suster a vida dependente da água e do ar. Suas ideias não provocaram muita ansiedade, por ser distante a data no futuro prevista. Contudo, por mais afastado que seja este dia, o destino dos tipos de Corpos que construímos durante essa Época Ária é tão inevitável, como o foi dos Atlantes (ou seja: dos corpos que construíamos quando estávamos passando pela Época Atlante).

(Revista Serviço Rosacruz – 07/74 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Por que Jesus foi chamado “o Filho do Homem”?

Resposta: Na realidade, Ele não foi chamado assim; Ele chamou a Si mesmo assim “Quem dizem os homens que Eu sou o Filho do Homem?[1]. Ele foi chamado de “Filho do Homem” por Ele possuir um corpo humano, mas há nisso uma referência oculta ao Signo de Aquário, no qual explicaremos à frente. Então, o “Filho do Homem” retornará. Houve um tempo em que a humanidade adorou o Touro, quando o Sol, por Precessão de Equinócios, passava pelo Signo do Touro[2]. Todo ano, o Sol dirige-se para o norte e, em torno de 21 de março ele atinge o Equador. Isso é o que chamamos o primeiro grau do Signo de Áries. Em seguida, ele percorre todo o círculo e, em torno de 21 de março seguinte atinge novamente o Equador, mas chega um pouco antes – ele precede. No Equinócio de Março, quando o Sol passa pelo Equador, chegará um pouco antes ao primeiro grau de Áries do ano anterior, e assim, por Precessão dos Equinócios, o Sol percorre todos os Signos. Quando ele atravessou o Signo do Touro, como foi mencionado, os povos adoravam o Touro. Em seguida, ele passou pelo Signo de Áries, e adorar o “bezerro de ouro” tornou-se um pecado mortal. Deus convocou o Seu povo: “Saiam do Egito. Não adoreis mais o Touro, mas pelo sangue do Cordeiro tereis a vossa Páscoa[3]. Por essa razão, a verga e as ombreiras das portas foram aspergidas com o sangue do cordeiro e eles foram salvos pelo sangue do Cordeiro.

Então, Cristo nasceu, e Ele disse àqueles que queria como Seus Discípulos: “Afastai-vos do lugar onde se adora o cordeiro.”. (…) “Eu vou tornar-vos pescadores de homens”[4]. Ele, então, preparou para essa Era, quando o Sol está transitando pelo Signo de Peixes, nesses últimos 2000 e poucos anos. No decorrer desses 2.000 e poucos anos muitos de nós comem peixe às sextas-feiras, durante a estação da Quaresma, etc. Logo após a morte de Cristo, houve uma grande controvérsia: deveria Ele ser representado pelo símbolo de um cordeiro ou de um peixe? É por essa razão que os bispos usam uma mitra em forma de cabeça de peixe. O Salvador é assim indicado pelo Signo que o Sol percorre por Precessão dos Equinócios. Agora, ele está se aproximando da cúspide do Signo de Aquário, o grande Signo intelectual. Deixará, brevemente, o Signo da devoção, Peixes, onde as pessoas tem vivido uma fé cega. Nós estamos nos aproximando de Aquário e já começamos a sentir a sua influência, o grande Signo intelectual do “Filho do Homem”. Se estudarmos a nossa Bíblia corretamente e sem opiniões preconcebidas, verificaremos que o primeiro milagre de Cristo Jesus foi a transformação de água em vinho, nas bodas de Caná[5]. Não obstante, ao chegar ao término do Seu ministério, Ele revogou a antiga aliança, enviando Seus Discípulos a um local onde pudessem comer a refeição pascal. Ele disse-lhes:

Logo que entrardes na cidade, encontrareis um homem levando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que ele entrar. Direis ao dono da casa: ‘O Mestre te pergunta: onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?’ E ele vos mostrará, no andar superior, uma grande sala, provida de almofadas; preparai ali”. Eles foram, acharam tudo como dissera Jesus, e prepararam a Páscoa[6]. Eles seguiram as Suas instruções e, então, Ele veio, partiu o pão e deu graças. Depois passou a taça e disse: “Então, tomando um cálice, deu graças e disse: ‘Tomai isto e reparti entre vós; pois eu vos digo que doravante não beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus[7]. Este é o ponto, a questão. Ele disse aos seus Discípulos que procurassem um homem com uma bilha ou um jarro de água – o Signo de Aquário. Há somente um Signo em todo o Zodíaco em que aparece um homem, e Aquário está ali, com uma bilha que despeja água. Cristo Jesus chamou a Si mesmo de o “Filho do Homem” porque Ele trouxe a Religião da Era Aquariana, da Era de Aquário.

(Do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Pergunta nº 93 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Mt 16:13

[2] N.T.: a Era de Touro, na Época Atlante.

[3] N.T.: Ex 12:13

[4] N.T.: Mt 4:19

[5] N.T.: No terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus foi convidado para o casamento e os seus discípulos também. Ora, não havia mais vinho, pois o vinho do casamento tinha-se acabado. Então a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou’. Sua mãe disse aos serventes: ‘Fazei tudo o que ele vos disser’. Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, cada uma contendo de duas a três medidas. Jesus lhes disse: ‘Enchei as talhas de água’. Eles as encheram até à borda. Então lhes disse: ‘Tirai agora e levai ao mestre-sala’. Eles levaram. Quando o mestre-sala provou a água transformada em vinho — ele não sabia de onde vinha, mas o sabiam os serventes que haviam retirado a água — chamou o noivo e lhe disse: ‘Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já estão embriagados serve o inferior. Tu guardaste o vinho bom até agora!’. Esse princípio dos sinais, Jesus o fez em Caná da Galileia e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2:1-11).

[6] N.T. Lc 22:10-13

[7] N.T.: Lc 22-17-18

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Pergunta: Afirma-se que Cristo não comeu carne (incluindo peixe). Como se explica o fato relatado segundo o qual Ele comeu o cordeiro pascal na Ceia do Senhor?

Resposta: Max Heindel responde a essa pergunta: depois da Ressurreição, Cristo apareceu entre Seus Discípulos reunidos em um recinto fechado. Não o reconheceram prontamente, nem creram que Ele estivesse em Corpo Denso. Ele, porém, utilizava o Corpo Vital de Jesus. Dessa maneira podia atrair matéria da Região Química e construir um veículo tangível – um Corpo Denso.

Para convencê-los, pediu algo para comer e lhe foi dado um pedaço de favo de mel e algum peixe. Afirma-se que comeu o mel, mas não o peixe. Todo aquele que tivesse se dedicado ao vegetarianismo, como era comum entre os Essênios, nunca mais teria comido qualquer alimento cárneo (mamíferos, aves, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins), incluindo o peixe.

Lembramos também que no Novo Testamento o “peixe” é uma forma simbólica de apresentação. Segundo os Evangelhos, os Discípulos eram pescadores. As passagens bíblicas relatam que eles foram alimentados com pães e peixes, afirmações essas de caráter simbólicos. A história de “Jonas e a Baleia e outras narrações são formas simbólicas reapresentação esotérica e astrológica.

Ao tempo de Cristo o Sol, pelo movimento da Precessão dos Equinócios, encontrava-se a sete graus do Signo de Áries (o Cordeiro) e dentro da Órbita de Influência do Signo seguinte – por Precessão dos Equinócios, que se conta ao contrário -, que é o de Peixes (os peixes). Ele era o Salvador da Nova Dispensação, portanto, nada mais natural seria procurar “pescadores”, e quando os encontrou, afirmou que os tornariam “pescadores de homens”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – abril/1969 – Traduzido da Revista Rays From The Rose Cross-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Pergunta: Qual a Simbologia Esotérica sobre o profeta Jonas ter passado três dias e três noites no ventre de um peixe?

Resposta: “Então alguns dos escribas e fariseus tomaram a palavra: ‘Mestre quiséramos ver-te fazer um milagre'”. (Mt 15:1)

Respondeu-lhes Cristo Jesus:

“Esta geração adúltera e perversa pede um sinal; mas não lhe será dado outro sinal do que aquele do profeta Jonas. Do mesmo modo que Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no seio da terra. No dia do juízo, os ninivitas se levantarão com esta raça e a condenarão, porque fizeram penitência à voz de Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará com esta raça e a condenará, porque veio das extremidades da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora, aqui está quem é mais do que Salomão”. (Mt 12:38-42)

Cristo afirmou aos escribas e fariseus que “uma geração má e adúltera buscava um sinal, porém, nenhum lhe seria dado, senão o do profeta Jonas“.

Muita especulação tem sido feita e muitas controvérsias têm surgido em consequência dessa afirmação do Mestre; contudo, nos registros ocultos encontramos uma interpretação razoável.

Jonas significa pomba, o bem reconhecido símbolo do Espírito Santo. Durante três dias, correspondendo às Revoluções de Saturno, Solar e Lunar do Período Terrestre, bem como às “noites” que entre elas se intercalam, o Espírito Santo e todas as Hierarquias Criadoras trabalharam na “grande profundidade”, isto é, aprimoraram as partes internas da Terra e do ser humano.

Daí então a Terra emergiu de seu estado aquoso de desenvolvimento, durante a Época Atlante, para um estado gradativamente mais seco, mais luminoso, na atual Época Ária. Dessa forma “Jonas, a Pomba Espírito” consumou a salvação da maior parte do gênero humano.

Entretanto, houve uma época em que a natureza passional do ser humano tornou-se tão descontrolada, a ponto de engendrar sérias dívidas ante a Lei de Consequência, e que fatalmente incorreria num perigo quanto à estabilidade e equilíbrio do próprio Planeta. Por esta razão, Cristo iniciou um trabalho de auxílio à carente humanidade. Quando do Batismo desceu “como uma pomba” (não na forma de pomba) sobre o homem Jesus.

Como Jonas (a pomba do Espírito Santo) permaneceu três dias e três noites no Grande Peixe (a Terra aquosa), assim, o Cristo penetra anualmente no coração da Terra, atingindo-o no Solstício de Dezembro, todos os anos e permanecendo lá por três dias, proporcionando-nos o impulso necessário à jornada que abrangerá outras três revoluções no Período Terrestre. Ele está nos ajudando a eterizar a Terra, nos preparando para as futuras condições do Período de Júpiter.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – julho/1968-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Pergunta: Em que versículo Bíblico é especificamente mencionado que o ato de comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal se referia ao ato sexual?

Resposta: Realmente, a Bíblia não nos diz literalmente que o “fato de comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal se refere ao ato gerador”.

Citamos abaixo, da Conferência nº 14 do livro Cristianismo Rosacruz de Max Heindel: “Que a Árvore do Conhecimento é uma expressão simbólica da função geradora, torna-se evidente quando recordamos quão limitada era a consciência humana naquela época, quando ocorreu o que conhecemos como a “Queda do Homem”.

O ser humano não conhecia ou não se dava conta de nada fora de si mesmo; seus olhos ainda não haviam sido abertos; sua consciência era interna, como a consciência pictórica dos nossos sonhos (consciência de sono com sonhos), exceto em que não era confusa. Mas achava-se tão alheio ao Mundo e aos seres externos, como em nossos dias estamos dos Mundos espirituais, salvo nas ocasiões em que era conduzido aos templos e posto em íntimo contato sexual com outro ser humano. Então, por um momento, o Espírito rompia o véu da carne e homem e mulher se conheciam um ao outro em Corpo Denso.

Para o Iniciado, a Bíblia registra isso de maneira maravilhosamente iluminadora quando usa a mesma expressão em muitas passagens, tais como: “Adão conheceu sua mulher”, e na pergunta de Maria: “Como poderei conceber, visto que não conheço homem?

As dores do parto são, pela lógica, mais uma penalidade pela violação de uma regra de relação sexual do que um castigo por se haver comido uma maçã.”

 (Publicado na Revista Serviço Rosacruz fevereiro/1976 – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Os Ensinamentos Rosacruzes ensinam que Cristo é o Espírito Solar e, por essa razão, parece perfeitamente lógico que consideremos o domingo (Sunday – dia do Sol) para venerá-Lo nas terras Cristãs. Não obstante, Jeová é o Regente da Lua. Por que então os Judeus não santificam e guardam a segunda-feira (Monday – dia da Lua), em lugar do dia de Saturno (Saturday – sábado), que é atualmente o seu Sabbath?

Resposta: Há uma conexão esotérica entre Saturno, o Sol e a Lua, que regem o sábado, o domingo e a segunda-feira, respectivamente. O Sol e Saturno são ministros da vida e da morte, e a Lua é, por assim dizer, a lançadeira com o qual a humanidade se vê constantemente impelida de um polo a outro enquanto a teia da experiência está sendo tecida. O nodo setentrional da Lua, que chamamos de Cabeça do Dragão, compartilha da natureza vivificante do Sol e conduz a humanidade ao período de atividade física. O nodo meridional leva-nos para o repouso da morte por meio das forças saturninas da Cauda do Dragão. Em outras palavras, tanto Saturno como a Lua são os portões de entrada e saída dos Mundos invisíveis ou Caos, a Lua em termos de capacidade astral e Saturno em sentido cósmico.

Quando desponta um grande Dia Criador de Manifestação, a época sempre começa com um Período de Saturno, então, as Ondas de Vida do Espírito, que passaram pela fase subjetiva da evolução durante a Noite Cósmica precedente, são postas em ativa manifestação, e isso ocorre durante a Revolução de Saturno de cada Período. Na pequena esfera terrestre da nossa vida atual, quando um Ego está pronto para o renascimento na vida terrestre, a Lua marca os momentos tanto da concepção quanto do nascimento, assumindo assim a função saturnina de introduzir Egos em evolução tirados da escura “Noite Cósmica” da morte para o universo solar de vida e luz. Há, contudo, alguns Egos que não evoluem; são os atrasados no Caminho da Evolução. Chega um momento em que são expulsos para a Lua e é-lhes negada a oportunidade e privilégio de renascer dentro da atual classe evolucionária. Em consequência, permanecem na Lua até que os veículos, cristalizados por eles por falta de ação, finalmente se dissolvem. Como não podem acompanhar a corrente evolutiva, só lhes resta um caminho livre, isto é, gravitar de volta através do portão de Saturno para dentro do Caos, ou Noite Cósmica, onde deverão aguardar outra oportunidade de manifestação numa corrente de vida posterior.

Jeová não é o Regente dos Judeus ao ponto de excluir todos os outros povos. Ele é o Legislador e o Senhor Cósmico da fecundação. Ele tem uma missão especial a cumprir em relação a todos os povos pioneiros de qualquer Época ou Período em que haja uma grande hoste de Espíritos que devam ser providos de veículos de um novo tipo. É Ele que multiplica abundantemente os povos pioneiros, fornece-lhes as leis apropriadas para a sua evolução e prepara-os para um novo período de desenvolvimento. Lembremo-nos sempre que a primeira parte de uma Época (desde a Época Hiperbórea até a Época Reino de Deus) é saturnina, e assim entenderemos que, embora os Semitas Originais fossem os ancestrais da Raça Ária e tivessem se multiplicado como as areias da praia, recebendo suas leis através de Jeová, eles também viviam no estágio saturnino da Época Ária, portanto, eram logicamente instruídos a guardar o dia de Saturno como dia de descanso.

A Bíblia diz que a lei era suprema até o advento do grande Espírito Solar. Cristo iniciou uma nova fase da evolução sob o princípio do amor e da regeneração. Isso encerrou o regime de Jeová e a ascendência de Saturno, não de uma forma abrupta, pois há sempre uma sobreposição que se procura entre um regime antigo e um novo. Mas, desde então, nós, o povo pioneiro Cristão, já entramos na segunda parte, ou seja, na parte Solar da Época Ária, e estamos substituindo agora o dia de Saturno pelo dia do Sol como dia de culto.

Referimo-nos a Lua e a Saturno como sendo os portões do Caos, e isso pode levar os Estudantes Rosacruzes a quererem saber o que acontece ao restante da humanidade. Sobre isso daremos uma explicação resumida dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental:

A humanidade comum que segue o Caminho da Evolução é guiada em direção ao Reino de Cristo, o Espírito Solar.

Os atrasados, que não conseguem manter o ritmo do curso evolutivo, retrocedem para o Reino de Jeová, o Espírito Lunar.

Os avançados da humanidade, os Iniciados que passaram as Iniciações Menores e Maiores e seguem diante do Libertador (o grande Ser encarregado da evolução na Terra), têm a opção de ficar aqui para ajudar seus irmãos nesse mundo, ou ir para um satélite natural de Júpiter e preparar as condições sob as quais a humanidade poderá evoluir no futuro Período de Júpiter.

As almas avançadas que malbarataram os seus poderes exercendo a magia negra retrocedem diretamente para Saturno e são forçadas a penetrar no Caos pela dissolução de seus veículos.

Saturno tem uma preponderância do quarto Éter, o Éter Refletor. Daí a sua pálida luminosidade, e os Egos que vão para lá deixam um registro de suas vidas e são em seguida lançados para fora em direção ao Caos através das luas de Saturno.

Júpiter tem uma preponderância do terceiro Éter, ou Éter Luminoso. Daí o seu brilho, e os Egos avançados que vão para Júpiter, vindos do lado externo, dirigem-se para o interior através das luas e começam, então, como já dito, um trabalho construtivo para o Período de Júpiter.

 (Pergunta nº 77 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Pergunta: Por que o Senhor elogiou o administrador injusto, conforme relatado no capítulo décimo sexto do Evangelho Segundo São Lucas?

Resposta: A pessoa que fez essa pergunta deveria ler esse capítulo com mais atenção[1]. Lá ficamos conhecendo um administrador infiel que foi levado à presença do seu patrão, sob suspeita, por esse último, de que as contas daquele administrador não estavam corretas. Já esse administrador infiel fez um acordo com os devedores do seu patrão para que pudesse garantir sua posição, caso fosse demitido. No versículo 8 desse capítulo lemos que “o senhor elogiou o administrador infiel”. Quando o administrador prestou contas, deve tê-las expostas com tanta habilidade que o seu patrão foi enganado, pois o “senhor” do homem – seu patrão – foi aquele que o elogiou, como poderá ser verificado pelo fato de que a palavra “senhor” foi escrito em letras minúsculas, enquanto a letra maiúscula inicial é sempre usada quando se refere ao Cristo.

(Pergunta nº 109 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: <Cristo Jesus> “Dizia ainda a seus discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por estar dissipando os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isso que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não podes ser administrador!’ O administrador então refletiu: ‘Que farei, uma vez que meu senhor me retire a administração? Cavar? Não posso. Mendigar? Tenho vergonha… Já sei o que vou fazer para que, uma vez afastado da administração, tenha quem me receba na própria casa’. Convocou então os devedores do seu senhor um a um, e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’ ’Cem barris de óleo’, respondeu ele. Disse então: ‘Toma tua conta, senta-te e escreve depressa cinquenta ‘. Depois, disse a outro: ‘E tu, quanto deves?’ — ‘Cem medidas de trigo’, respondeu. Ele disse: ‘Toma tua conta e escreve oitenta’. E o senhor louvou o administrador desonesto por ter agido com prudência.” (Lc 16:1-8).

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que é uma Oração?

Resposta: É a busca e contato com Deus em nosso interior. É o suprimento de nossas necessidades internas, pelo influxo de Seus atributos e virtudes em nossa parte humana, temporariamente separada, pelos véus dos veículos, de Sua permanente presença. É uma condição interna.

Pergunta: Quais os erros mais frequentes cometidos pelos que buscam orar?

Resposta: a) Considerar a prece uma mera fórmula, de mecânica repetição sem sentimentos. “Não é aquele que diz: senhor, senhor, que recebe o Reino dos Céus.” (Mt 7:21). “Quando orar, não use, como os gentios, de vãs repetições.” (Mt 6:7) “Antes que o peçais, o Senhor já sabe do que precisais.” (Mt 6:8). A parábola do homem que batia insistentemente à porta do rico, para dele pedir pão, não significa que devamos insistir para quebrar a relutância de Deus. Na verdade, a resistência que devemos quebrar, para alcançar o contato com Deus, é o de nossa Personalidade. Orar é sinceramente dar um passo de nossas limitações em direção ao Pai que sempre nos espera.

b) Ostentação.  “Quando orardes, não façais como os hipócritas que se comprazem em fazer nas esquinas das ruas, para serem vistos dos homens. Aquele que busca recompensa na terra, <poder, fama, fortuna> já está pago pela terra, e nada mais tem a receber dos Céus, <acréscimo anímico, da alma>” (Mt 6:5-8).  “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será dado de acréscimo.” (Mt 6:33). “Não acumuleis tesouros terrestres que o ladrão rouba, que a traça rói e a ferrugem destrói, buscai antes os tesouros celestes.” (Mt 6:19).

c) As mágoas, os ressentimentos, as invejas etc. “E se vieres apresentar tua oferta, mas tiveres algo contra o teu irmão, vai primeiro reconciliar-te com ele e depois volta.” (Mt 5:23-24). “Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” (Mt 6:12).

Pergunta: Por que muitas vezes as orações não são atendidas?

Resposta: “E tudo o que pedirdes em Meu nome <em nome do Espírito, não da Personalidade, a parte humana>, crendo-o, recebê-lo-eis.” (Mt 21:22).  “Mas se pedis e não recebeis, é porque não sabeis o que pedis.” (Tg 4:3).

Ou não procuramos primeiro o Reino de Deus e sua justiça, na confiança de que tudo o mais nos venha por acréscimo, sem com isso nos preocuparmos, ou porque pedimos mal.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1969-Fraternidade Rosacruz-SP)

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