Arquivo de tag Período de Vulcano

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Se um espírito desencarnado pode atravessar uma parede, ele também pode atravessar uma montanha e a Terra, e pode ver o que está no seu interior?

Pergunta: Se um espírito desencarnado pode atravessar uma parede, ele também pode atravessar uma montanha e a Terra, e pode ver o que está no seu interior?

Resposta: Isso depende do tipo de Espírito desencarnado que o consulente tem em mente. Quando uma pessoa morre, ela é exatamente a mesma que era antes, com a exceção que não tem mais o Corpo Denso e, por conseguinte, é perfeitamente capaz de atravessar uma parede ou até uma montanha. Mas, não é capaz de passar através da Terra.

É bem conhecido que embora a maioria dos Clarividentes ou dos sensitivos às forças e influências não físicas ou sobrenaturais é capaz de dizer muito a respeito de algo digno de ser visto e das cenas do Mundo do Desejo, há muitas poucas informações sobre o interior da Terra, pois os Clarividentes comuns sabem que, se tentarem penetrar na Terra, ocorrerá com eles algo semelhante ao que se constata quando um ser humano se atira contra uma parede. Isso ocorre porque a Terra é o corpo de um grande Espírito e esse Espírito não pode ser acessado internamente, a não ser por meio do Caminho da Iniciação. Há nove estratos de espessura variada na Terra, ao redor do núcleo mais recôndito, esse constituindo-se como sendo uma décima parte, e as Iniciações ou Mistérios Menores são as chaves que permitem o acesso até esse núcleo.  Há nove graus de Iniciação ou Mistérios Menores e em cada grau o candidato se torna capaz de penetrar no estrato correspondente da Terra, enquanto a décima Iniciação já se relaciona com as Iniciações ou os Mistérios Maiores, que são em número de quatro. A primeira ensina tudo quanto pode ser ensinado ao ser humano sobre o Período Terrestre; a segunda das grandes Iniciações lhe traz o conhecimento que será adquirido por toda a humanidade no final do Período de Júpiter; a terceira das grandes Iniciações lhe traz a sabedoria a ser alcançada pela humanidade no fim do Período de Vênus, e a quarta completa a sua evolução no presente Esquema de Evolução. Ele ocupará a mesma posição que a humanidade terá no final do Período de Vulcano. Então, ele saberá tudo o que a Terra conterá nessa incorporação e em suas futuras manifestações. As Iniciações ou os Mistérios Menores também lhe ensinarão a evolução pela qual passou nos três Períodos anteriores ao nosso atual Período Terrestre. Esses são os segredos encerrados na Terra, e aí permanecerão até que o próprioser humano possa abrir essa porta de maneira correta; assim, nenhum Espírito, esteja no corpo ou desencarnado, pode ver o que está no interior da Terra até que as portas da Iniciação tenham despertado suas faculdades latentes.

(Pergunta nº 55 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O “EU” Universal: como nos expandir

O “EU” Universal: como nos expandir

O grande universo está sempre aberto para nós, mas estaremos nós sempre abertos para ele? Estaremos livres para nos expandirmos, para aspirarmos grandes alturas, para nos elevarmos em pensamento além dos limites materiais sobre os quais devemos construir a nossa presente vida? Ou estaremos tão ligados a problemas relativamente inconsequentes do cotidiano aos quais damos tanta importância que não percebemos a grandeza que existe além deles?

A resposta a essas perguntas depende inteiramente do grau com que for regida a nossa personalidade superior ou inferior. Se for a personalidade inferior que comanda, estaremos tão presos às suas reivindicações que muito tempo e muitos talentos preciosos serão desperdiçados.

Em cada ato egoísta afundamo-nos um pouco mais no pântano material tornando, às vezes, difícil sairmos dele. Estamos, na verdade, olhando para baixo, desviando nossa visão dos mundos elevados, sem saber que tesouros eles escondem.

Se, porém, nossa personalidade superior estiver nos controlando, tudo o que diz respeito ao egoísmo não nos influenciará. Estaremos no processo de construir nossos corpos espirituais utilizando os dois Éteres superiores. Portanto, o desejo vulgar, forte e possessivo, característico do egoísmo e do mal não se encontrará em nós e nos sentiremos mais leves do que quando estávamos ainda presos à Personalidade Inferior. Olhamos para cima e para fora e, por vezes, achamos que realmente estamos “no Mundo (Físico), mas não pertencemos a ele”.

Há um universo interno e um externo aos quais podemos nos apegar, mas não alcançaremos nenhum se não estivermos soltos para “voar alto”.

O universo externo abrange o infinito. O universo interno é aquele que aparece quando o Cristo, dentro de nós, desperta.

A pessoa que só pensa em si não tem ideia do que perde, até que comece a abandonar sua maneira egoísta de ver as coisas. Ao invés de se preocupar só com problemas pessoais, que cerceiam a própria liberdade, procurar voltar sua atenção para problemas amplos e gerais e ficará, muitas vezes, surpresa ao ver até que grau seu horizonte se abre. Toma conhecimento da beleza que a cerca, tanto na Natureza, como em muitos dos seus companheiros. Vê cenas que lhe são familiares com novos olhos e começa a ver ao seu redor coisas que jamais havia percebido antes.

O pôr-do-sol, apreciado com admiração, torna-se significativo como uma evidência da grandeza do Criador, assim como flores, árvores e pássaros. A pessoa começa a ver qualidades em alguns velhos conhecidos e a “divina chama interior” vai crescendo nela.

Há um interesse cada vez maior em ajudar as pessoas e isto faz com que utilize e aumente seus talentos muito mais do que quando os usava para seu próprio benefício. À medida que a pessoa desperta para ser útil, seu potencial criativo e seu círculo de influência aumentam. Em resumo, a pessoa cresce e ao fazê-lo seu universo interior se expande e ela se torna mais ligada ao universo externo.

Depois que tivermos aprendido as lições através de muitos outros Períodos de Manifestação, teremos nos tornado semelhantes a Deus e capazes de construir os nossos próprios Sistemas Solares. Embora muitos e muitos anos tenham que se passar e um incrível grau de progresso humano tenha que ser alcançado antes que possamos atingir esse estágio, não é tão difícil poder começar a levá-lo em consideração, no atual ponto de nosso desenvolvimento. É, afinal, nossa meta, para a qual estamos trabalhando — ápice da perfeição humana como foi imaginada para um futuro Dia de Manifestação.

Como podemos esperar construir e manter um Sistema Solar nosso, se não começarmos agora a responder criativamente àquele no qual vivemos? Como seremos capazes de compreender as dificuldades para aguentar o nosso Sistema Solar se não dominarmos, primeiro, os enigmas do dele?

Podemos discutir isso agora desde que, no desenrolar natural dos acontecimentos, ao término do Período de Vulcano, tenhamos aprendido o que deveríamos aprender. Logicamente nesse trajeto muitas lições profundas serão aprendidas e cuja essência pertencem aos ainda distantes Períodos de Júpiter, Vênus ou Vulcano, porém, não seremos capazes de trabalhar em nenhum desses Períodos se não tivermos, primeiro, absorvido e dominado nossas lições terrenas.

A lição terrena que mais devemos avaliar e a que parece a mais difícil de se aprender, é o cultivo daquele sentimento de amor e fraternidade universal — o verdadeiro Cristianismo Esotérico. Amor é a essência do universo — o fator base que une tudo que existe. Uma vez que o ditado hermético diz “como é em cima é embaixo”, conclui-se que qualquer que seja a natureza do nosso Sistema Solar, é inevitável que ele se baseará também no princípio do amor absoluto.

Para cultivar esse amor temos que sair dos “casulos” do interesse próprio que tecemos ao nosso redor e tomar conhecimento do que existe além disso, esforçando-nos para penetrar na “divina chama interior” e todo nosso conceito de humanidade se desenvolverá. Talvez estejamos amedrontados e com razão, pelos danos causados pela poluição em nosso meio ambiente e no próprio Planeta, mas, agindo com força e coragem e juntando-nos a outros que pensam da mesma maneira, possamos ainda mudar o curso das coisas e consertar muito do que foi feito erroneamente. Talvez estejamos deprimidos ao ver a pobreza e o sofrimento em que vivem tantos dos nossos irmãos, mas, devemos olhar para o futuro ajudando e sobretudo orientando cada ser a trabalhar conscientemente de modo a garantir melhorias de ordem material e também maturidade espiritual, no entendimento da missão evolutiva de cada um.

Quanto mais nos expandirmos além do pequeno e pessoal “eu”, mais amplos serão nossos horizontes e mais certos estaremos da redução das limitações anteriores de nossa capacidade de aprender, conquistar, compreender, discriminar, interpretar, julgar e concluir.

Aumentaremos e refinaremos nossos pontos de vista e nossa compreensão à medida que formos capazes de “sair para fora” de nós mesmos e abandonarmos aquele pequeno “eu'” cheio de problemas e solicitações pessoais.

Para nossa alegria e certeza em Deus, surgirá aquele “eu” completo, de dimensão universal, para o qual estamos destinados.

(Publicada na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – jul/ago/88)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Minerais: onda de vida que começou sua evolução no Período Terrestre

Minerais – onda de vida que começou sua evolução no Período Terrestre; chegarão a ser humanos no Período de Vulcano. Dispõe somente de Corpo Denso. A não possuir Corpo Vital não podem crescer, propagar-se ou mostrar vida sensível. Unicamente o Éter mais inferior dos quatro, o Químico, está ativo nos minerais. Sua inércia é devida então a carência de veículos vitais. Somente o raio mais potente e espiritual pode tentar penetrar o assento de consciência da onda de vida que anima o Reino Mineral e, portanto, encontramos nas alturas das montanhas o raio azul do Pai que se reflete nas áridas ladeiras e como nuvem suspendida nos cânions.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O Ego reside no sangue? A transfusão influencia o Ego?

Pergunta:Conforme as suas afirmações, se o Ego reside no sangue, a prática da transfusão de sangue de uma pessoa sadia para outra doente não se torna perigosa? Isso afeta ou influencia os Egos de alguma forma? Se for assim, como isso acontece?

Resposta: Entre as mais recentes descobertas da ciência temos a hemólise – o fato de que a inoculação de sangue das veias de um animal de espécie superior nas de um de espécie inferior destrói o sangue desse último e provoca a sua morte. Na realidade, o sangue do ser humano injetado nas veias de qualquer animal é fatal. Contudo, de indivíduo para indivíduo, descobriu-se que a transfusão pode se realizar, embora, às vezes, haja efeitos prejudiciais.

Nos tempos antigos, as pessoas casavam com membros da família e o ato de “procurar carne estrangeira” era considerado um sacrilégio. “Quando os filhos de Deus se casavam com as filhas dos homens” (N.R.: Gn 6:1-4), ou seja, quando os súditos de um guia se casavam com membros estranhos à tribo, isso causava grandes distúrbios, pois eram repudiados pelo seu guia e, em seguida, aniquilados. Naquela época, certas qualidades, que agora possuímos, deveriam ser desenvolvidas pela humanidade e mantidas no sangue comum que devia permanecer puro na família ou pequena tribo. Posteriormente, quando o ser humano teve de passar por condições mais materialistas, os casamentos entre as tribos foram recomendados e, daquela época em diante, passou-se a considerar como sacrilégio o casamento entre membros de uma mesma família. Os antigos Vikings não permitiam que ninguém casasse com membros de suas famílias sem que antes passasse pela cerimônia da mescla de sangue, a fim de verificar se a entrada do estrangeiro para a sua família não seria prejudicial. A razão disso era que, em épocas mais remotas, a humanidade não era tão individualizada como é hoje. Os seres humanos estavam mais sob o domínio dos Espíritos de Raça ou de família que residiam em seu sangue, da mesma forma que o Espírito-Grupo dos animais reside no sangue dos animais. Mais tarde, os casamentos entre pessoas de diversas nações libertaram a humanidade daquele jugo e tornaram cada Ego distinto, o único possuidor do seu próprio corpo, sem interferência externa.

A ciência descobriu, ultimamente, que o sangue de pessoas diferentes contém cristais diferentes, de forma que é possível distinguir hoje em dia o sangue de um negro do sangue de um branco. Contudo, chegará o dia em que eles saberão de uma diferença ainda maior, pois da mesma forma que existe uma diferença nos cristais formados pelas diferentes raças, existe também uma distinção nos cristais formados por cada indivíduo individualmente. Não há duas impressões digitais idênticas, e se descobrirá a tempo que o sangue de uma pessoa é diferente do sangue de qualquer outra pessoa. Essa diferença já se tornou evidente para o investigador oculto, e é apenas uma questão de tempo para que a ciência faça a descoberta, pois as características estão se tornando mais marcantes à medida que o ser humano passa a ficar cada vez menos dependente e mais autossuficiente. Esta alteração no sangue é muito importante e, com o passar do tempo, se tornará mais enfática, pois, gerará consequências de grande importância.

Diz-se que a natureza geometriza. Ela é somente o símbolo visível do Deus invisível, e nós fomos criados à Sua imagem e semelhança. Tendo sido feitos à Sua semelhança, estamos também começando a geometrizar, e estamos naturalmente iniciando com a substância sobre a qual nós, os espíritos humanos, os Egos, temos o maior poder, isto é, no nosso sangue.

Quando o sangue flui pelas artérias, que são profundas no corpo, é um gás; mas a perda de calor, que ocorre na região mais próxima da superfície do corpo, leva-o a condensar-se parcialmente, e é nessa substância que o Ego está aprendendo a formar cristais minerais. No Período de Júpiter, aprenderemos a envolvê-los com uma forma baixa de vitalidade e fazê-los sair de nós mesmos como estruturas vegetais. No Período de Vênus seremos capazes de infundir-lhes o fator desejo e torná-los semelhantes aos animais. Finalmente, no Período de Vulcano daremos uma Mente e os governaremos como Espíritos de Raça.

No momento, estamos justamente no princípio dessa individualização do nosso sangue. Atualmente, é possível fazer uma transfusão de sangue de um ser humano para outro, mas está próximo o dia em que isto se tornará impossível. O sangue de um ser humano matará todo aquele que for de um nível inferior, e o sangue de uma pessoa mais evoluída destruirá quem for menos evoluída.

A criança atualmente recebe o suprimento de sangue dos pais, armazenado na glândula Timo para os anos da infância. Chegará a época em que o Ego estará tão individualizado que não poderá atuar com sangue que não seja gerado por ele próprio. O modo atual de procriação terá que ser substituído por outro, quando o Ego poderá criar o seu próprio veículo sem o auxílio dos pais.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 43 – Max Heindel)

Idiomas