Muitas vezes somos ensinados por meio da linguagem simbólica que, ao mesmo tempo, encobre e revela as verdades espirituais que devemos aprender e aplicar durante esse Esquema de Evolução.
Por exemplo, o Tabernáculo no Deserto – a primeira igreja que foi construída com o objetivo de começarmos a “nossa volta para Deus”, pois “d’Ele viemos para Deus voltaremos” – foi nos fornecido para que pudéssemos encontrar Deus, quando nos qualificássemos pelo serviço praticado e tivéssemos subjugado a nossa natureza inferior pelo “Eu superior”.
O “caminho de volta para Deus” tinha que ser começado a ser trilhado por nós, pois estávamos terminando a fase de Involução e começamos a fase de Evolução, o que indicou uma mudança de direção de: para frente e para baixo (rumo à conquista, consciente, da Região Química do Mundo Físico), para: para frente e para cima (rumo à conquista, consciente, da Região Etérica do Mundo Físico).
A localização do Tabernáculo no Deserto estava relacionada aos pontos cardeais, e foi colocado na direção leste para oeste (o Caminho da Evolução espiritual): leste a sua entrada (o portal do Átrio) e oeste onde estava o lugar mais sagrado do Tabernáculo: a Sala Oeste.
O Tabernáculo no Deserto foi construído e funcionou durante o início da Época Ária até os “tempos de Salomão”. A descrição dele está mostrada em detalhes no Antigo Testamento na Bíblia[1].
A natureza ambulante do Tabernáculo no Deserto (ele não permanecia somente em um lugar) é a representação simbólica da nossa natureza migratória, já que somos um eterno peregrino passando sempre do limite do tempo para a eternidade para voltar novamente (Ciclo de Nascimentos e Mortes).
Sob a aparência material e terrena, estava esquematizada uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções a todos os candidatos à Iniciação daquela época.
Antes que o símbolo do Tabernáculo no Deserto possa, hoje, realmente nos ajudar, devemos transferi-lo do espaço do deserto para o lar em nosso coração. Assim teremos alcançado o verdadeiro significado da espiritualidade. E aqui já vemos que não há nada exterior a nós que nos salva dessa condição que nos colocamos, mas sim no nosso interior, ou seja: não é o Cristo externo que nos salva, mas o Cristo Interno.
Vamos a um resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto:
Vamos detalhar algumas peças e mobiliários do Tabernáculo no Deserto:
Tendo percorrido os dois primeiros passos no caminho do Tabernáculo no Deserto, o Aspirante tinha acesso à Sala Leste, em cuja entrada pendia um Véu ou cortina nas cores azul (cor do Pai), vermelho (cor do Espírito Santo), púrpura (resultado do azul + vermelho) e o branco (que contém todas as cores). O amarelo (cor de Cristo) não estava presente de forma manifestada, mas oculto na composição da cor branca, mostrando-nos, assim, a realidade espiritual da Humanidade da época.
Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, nitidamente perceberemos a sombra da cruz. Começando pelo Portão Oriental, havia o Altar dos Sacrifícios; um pouco além, em direção ao Tabernáculo mesmo, encontramos o Lavabo de Bronze, no qual os sacerdotes se lavavam logo depois de entrarem na Sala Leste do Tabernáculo no Deserto.
Encontramos no extremo esquerdo o Candelabro de Sete Braços; e no extremo direito a Mesa dos Pães da Proposição, os dois formando uma cruz no caminho que estamos seguindo ao longo e dentro do Tabernáculo. No centro, em frente ao segundo véu, encontramos o Altar de Incenso que forma o centro da cruz, enquanto a Arca da Aliança, colocada na parte mais ocidental (o Sanctum Sanctorum), representa a parte superior da cruz.
Desse modo, o símbolo do desenvolvimento espiritual, que é o nosso mais elevado ideal nos dias de hoje, já estava delineado no antigo templo de Mistérios.
S. Paulo em sua Epístola aos Hebreus (8:5), nos fala do tabernáculo como “… uma sombra das coisas celestiais …”
“Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, perceberemos nitidamente a sombra da cruz.”
Quer ter mais detalhes do simbolismo do Tabernáculo no Deserto? Acesse o Livro Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
[1] Livro do Êxodo: Capítulos de 25 a 40
25 — 1Iahweh falou a Moisés, dizendo: 2 “Dize aos filhos de Israel que me tragam uma contribuição Tomareis a contribuição de todo homem cujo coração o mover a isso. 3Eis a contribuição que recebereis deles: ouro, prata e bronze; 4púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino e pêlos de cabra; 5peles de carneiro tingidas de vermelho, couro fino, e madeira de acácia; 6azeite para a lâmpada, aromas para o óleo de unção e para o incenso aromático; 7pedras de ônix, e pedras de engaste, para o efod e para o peitoral. 8Faze-me um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. 9Farás tudo conforme o modelo da Habitação e o modelo da sua mobília que irei te mostrar.
A Tenda e sua mobília. A Arca — 10 “Farás uma arca de madeira de acácia com dois côvados e meio de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e meio de altura. 11Tu a cobrirás de ouro puro por dentro e por fora, e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor. 12Fundirás para ela quatro argolas de ouro, que porás nos quatro cantos inferiores da arca: 13Farás também varais de madeira de acácia, e os cobrirás de ouro. 14E enfiarás os varais nas argolas aos lados da arca, para ser carregada por meio deles. 15Os varais ficarão nas argolas da arca, não serão tirados dela. 16E colocarás na arca o Testemunho que te darei. 17Farás também um propiciatório de ouro puro, com dois côvados e meio de comprimento e um côvado e meio de largura. 18Farás dois querubins de ouro, de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; 19faze-me um dos querubins numa extremidade e o outro na outra farás os querubins formando um só corpo com o propiciatório, nas duas extremidades. 20Os querubins terão as asas estendidas para cima e protegerão o propiciatório com suas asas, um voltado para o outro. As faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. 21Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro dela porás o Testemunho que te darei. 22Ali virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.
A Mesa dos Pães da Proposição — 23 “Farás uma mesa de madeira de acácia, com dois côvados de comprimento, um côvado de largura e um côvado e meio de altura. 24De ouro puro a cobrirás, e lhe farás uma moldura de ouro no redor. 25Far-lhe-ás ao redor um enquadramento com um palmo de largura, e ao redor do enquadramento uma moldura de ouro. 26Far-lhe-ás também quatro argolas de ouro, e as porás nos quatro cantos formados pelos quatro pés. 27Perto das molduras estarão as argolas, por onde passarão os varais para se carregar a mesa. 28Farás, pois, os varais de madeira de acácia, e os cobrirás de ouro; por meio deles se carregará a mesa. 29Farás os seus pratos, as suas taças, as suas galhetas e os seus recipientes para as libações; de ouro puro os farás. 30E colocarás para sempre sobre a mesa, diante de mim, os pães da oblação.
O Candelabro de Ouro — 31 “Farás um candelabro de ouro puro; o candelabro, o seu pedestal e a sua haste serão em relevo; os seus cálices, os seus botões e flores formarão com ele uma só peça. 32Seis braços sairão dos seus lados: três braços do candelabro de um lado e três braços do candelabro do outro lado. 33Num braço haverá três cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com formato de flor de amêndoa no outro braço, com botão e flor; assim serão os seis braços saindo do candelabro. 34Mas o candelabro mesmo terá quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: 35um botão sob os dois primeiros braços que saem do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes e um botão sob os dois últimos braços — assim se fará com estes seis braços que saem do candelabro. 36Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro e tudo se fará com um bloco de ouro batido. 37Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele.38As suas espevitadeiras e os seus aparadores serão de ouro puro. 39Com um talento de ouro puro tu o farás e todos os seus acessórios. 40Vê, pois, e faze tudo conforme o modelo que te foi mostrado sobre a montanha.
26 A Habitação. As cortinas e os estofos
— 1 “Farás a Habitação com dez cortinas de linho fino retorcido, púrpura violeta, púrpura escarlate e carmesim; tu as farás com querubins bordados. 2O comprimento de cada cortina será de vinte e oito côvados e a largura de quatro côvados, e todas as cortinas terão o mesmo tamanho. 3Cinco das cortinas estarão unidas uma com a outra; e as outras cinco cortinas também estarão unidas uma com a outra. 4Farás laços de púrpura violeta na franja da primeira cortina que está na extremidade do conjunto; e farás o mesmo na franja da cortina que está na extremidade do segundo conjunto. 5Farás cinquenta laçadas na primeira cortina, e cinquenta laçadas na extremidade da cor tina que está no segundo conjunto. As laçadas se corresponderão mutuamente. 6Farás também cinquenta colchetes de ouro e unirás as cortinas uma com a outra por meio de colchetes, de modo que a Habitação venha a ser um todo. 7Farás cortinas de pêlo de cabra como tenda que esteja sobre a Habitação; farás onze delas. comprimento de cada cortina será de trinta côvados, e sua largura de quatro côvados; as onze cortinas terão a mesma medida. 9Unirás cinco cortinas em uma peça e seis cortinas em outra, e dobrarás a sexta cortina sobre a parte anterior da tenda. 10Farás cinquenta laçadas na franja da primeira cortina, na extremidade do primeiro conjunto, e outras cinquenta laçadas na franja da cortina do segundo conjunto. 11Farás assim também, cinquenta colchetes de bronze e introduzirás os colchetes nas laçadas, para unir a tenda que assim formará um todo. 12A parte que restar das cortinas da tenda, a metade da cortina que sobrar, penderá na parte posterior da habitação. 13O côvado que sobrar de um lado e o côvado que sobrar do outro lado, ao longo das cortinas da tenda, penderá dos dois lados da Habitação, de cá e de lá, para cobri-la. 14Farás para a tenda uma cobertura de peles de carneiro tingidas de vermelho, e uma cobertura de couro fino por cima.
A armação — 15 “Farás também para a Habitação tábuas de madeira de acácia, que serão colocadas verticalmente. 16Cada tábua terá dez côvados de comprimento e um côvado e meio de largura. 17Cada tábua terá dois encaixes, travados um com o outro; assim farás com todas as tábuas da Habitação. 18Disporás as tábuas para a Habitação: vinte tábuas para o lado do Negueb, para o sul. 19Farás quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas: duas bases debaixo de uma tábua, para os seus dois encaixes, e duas bases debaixo de outra tábua, para os seus dois encaixes. 20No outro lado da Habitação, do lado do norte, haverá vinte tábuas 21e as suas quarenta bases de prata, duas bases debaixo de uma tábua e duas bases debaixo de outra tábua. 22Para o fundo da Habitação, do lado do mar, farás seis tábuas, 23e farás outras duas tábuas para os cantos do fundo da Habitação. 24Estarão unidas pela parte debaixo, e ficarão unidas até a parte de cima, na altura da primeira argola: assim se fará com as duas tábuas, serão duas para cada um dos dois cantos. 25Serão, pois, oito tábuas com nas bases de prata, dezesseis bases: duas bases debaixo de uma tábua e luas debaixo de outra tábua. 26Farás travessas de madeira de acácia: cinco para as tábuas de um lado da Habitação, 27cinco para as tábuas do outro lado da Habitação, e igualmente cinco travessas para as tábuas do lado posterior da Habitação, do lado do mar. 28A travessa central esteja na metade das tábuas, atravessando-as de um extremo ao outro. 29Cobrirás de ouro as tábuas, e de ouro farás as suas argolas, pelas quais hão de passar as travessas; e cobrirás também de ouro as travessas. 30Levantarás a Habitação segundo o modelo que te foi mostrado na montanha.
O véu — 31 “Farás também um véu de púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido; farás nele um bordado com figuras de querubins. 32Tu o colocarás sobre quatro colunas de acácia recobertas de ouro, munidas de ganchos de ouro, assentadas sobre quatro bases de prata. 33Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e trarás para lá, para dentro do véu, a arca do Testemunho. O véu vos servirá de separação entre o Santo e o Santo dos Santos. 34Porás o propiciatório sobre a arca do Testemunho, no Santo dos Santos. 35A mesa, porém, a porás fora do véu, e o candelabro frente a ela, no lado sul da Habitação; a mesa, ao contrário, a porás no lado norte. 36Farás também, para a entrada da tenda, uma cortina de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido, obra de bordador. 37Para esta cortina farás cinco colunas de acácia, que recobrirás de ouro, com os seus ganchos também de ouro, e fundirás para elas cinco bases de bronze.
27 O Altar dos Sacrifícios ou o Altar dos Holocaustos
— 1 “Farás o altar de madeira de acácia; com cinco côvados de comprimento e cinco côvados de largura, o altar será quadrado; a sua altura será de três côvados. 2Dos quatro lados farás levantar chifres, que formarão uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze. 3Far-lhe-ás, também recipientes para recolher a gordura incinerada; e pás, bacias para a aspersão, garfos e braseiros; farás todos esses acessórios de bronze. 4Far-lhe-ás também uma grelha de bronze, em forma de rede, e farás quatro argolas de bronze nos quatro cantos da grelha, 5e as porás sob o rebordo do altar, embaixo, de maneira que ela chegue até o meio do altar. 6Farás também varais para o altar, varais de madeira de acácia, e os cobrirás de bronze. 7Os varais se enfiarão nas argolas, de modo que os varais estejam dos dois lados do altar, quando for transportado. 8Oco e de tábuas o farás; como te foi mostrado na montanha, assim o farás.
O átrio — 9 “Farás também o átrio da Habitação. Para o lado do Negueb, do lado do sul, o átrio terá cortinas de linho fino retorcido; o comprimento delas será de cem côvados (para o primeiro lado). 10As suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os ganchos das colunas e suas vergas serão de prata. 11Do mesmo modo para o lado norte, as cortinas terão cem côvados de comprimento; as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze. Os ganchos das colunas e as suas vergas serão de prata. 12A largura do átrio, do lado do mar, será de cinquenta côvados de cortinas, com as suas dez colunas e com as suas dez bases. 13A largura do átrio, do seu lado leste, a oriente, será de cinquenta côvados, 14quinze côvados de cortinas para um lado da entrada, com as suas três colunas e as suas três bases, 15e quinze côvados de cortinas para o outro lado da entrada, com as suas três colunas e as suas três bases. 16Na entrada do átrio haverá um véu adamascado de vinte côvados, de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido; as suas colunas serão quatro e as suas bases, quatro. 17Todas as colunas em torno do átrio estarão unidas com vergas de prata, os seus ganchos serão de prata, e as suas bases de bronze. 18O comprimento do átrio será de cem côvados, sua largura de cinquenta côvados e a sua altura de cinco côvados. Todas as cortinas serão de linho fino retorcido, e as suas bases, de bronze. 19Todos os acessórios para o serviço geral da Habitação, todas as suas estacas e todas as estacas do átrio serão de bronze.
O azeite para o candelabro — 20 “Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de olivas amassadas para o candelabro, para que haja uma lâmpada continuamente acesa. 21Aarão e os seus filhos colocarão esta lâmpada na Tenda da Reunião, fora do véu que está diante do Testemunho, para que ela queime desde a tarde até a manhã perante Iahweh. É um decreto perpétuo para as gerações dos filhos de Israel.
28 As vestimentas dos sacerdotes
— 1 “Farás aproximar de ti, dentre os filhos de Israel, Aarão teu irmão e os seus filhos com ele, para que sejam meus sacerdotes: Aarão, Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar, filhos de Aarão. 2Farás para Aarão, teu irmão, vestimentas sagradas para esplendor e ornamento. 3Dirás a todas as pessoas hábeis, a quem enchi de espírito de sabedoria, que façam vestimentas para Aarão, para consagrá-lo ao exercício do meu sacerdócio. 4Eis as vestimentas que farão: um peitoral, um efod, um manto, uma túnica bordada, um turbante e um cinto. Farão vestimentas sagradas para o teu irmão Aarão e para os seus filhos, a fim de que exerçam o meu sacerdócio. 5Empregarão ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino.
O efod — 6 “Farão o efod bordado de ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 7Duas ombreiras nele serão fixadas; ele aí será fixado por suas duas extremidades. cinto que está por cima dele para sustentá-lo, formando uma só peça com ele, será do mesmo trabalho: ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 9Tomarás duas pedras de ônix e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel. 10Seis nomes em uma e os outros seis na outra, por ordem de nascimento. 11Como faz quem trabalha a pedra para a incisão de um selo, gravarás nas duas pedras os nomes dos filhos de Israel, engastadas com ouro ao redor as farás. 12Porás as duas pedras nas ombreiras do efod, como memorial para os filhos de Israel; e Aarão levará os seus nomes sobre os ombros à presença de Iahweh, para memória. 13Farás também engastes de ouro 14e duas correntes de ouro puro, trançadas como um cordão, e fixarás as correntes assim trançadas nos engastes.
O peitoral — 15 “Farás o peitoral do julgamento; tu o farás bordado como o efod, de ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 16Será quadrado e duplo, com um palmo de comprimento e um palmo de largura. 17Colocarás nele engastes de pedras dispostas em quatro filas: uma sardônica, um topázio e uma esmeralda na primeira fileira; 18na segunda: um carbúnculo, uma safira e um diamante; 19a terceira fileira será de jacinto, ágata e ametista; 20na quarta fileira: berilo, ônix e jaspe; elas serão guarnecidas de ouro nos seus engastes. 21 As pedras corresponderão aos nomes dos filhos de Israel: doze, como os seus nomes; estarão gravadas como os selos, cada uma com o seu nome segundo as doze tribos. 22Farás para o peitoral correntes trançadas como um cordão, de ouro puro, 23e farás para o peitoral duas argolas de ouro, e as porás nas extremidades do peitoral. 24Passarás as duas correntes de ouro pelas duas argolas, nas extremidades do peitoral. 25Fixarás as duas pontas das correntes nos dois engastes, e as porás nas ombreiras do efod, na sua parte dianteira. 26Farás duas argolas de ouro e as porás nas duas pontas do peitoral, na sua orla interior, junto ao efod. 27Farás igualmente duas argolas de ouro, e as porás nas duas ombreiras do efod, na sua parte inferior dianteira, perto de sua juntura sobre o cinto do efod. 28Prender-se-á o peitoral, através de suas argolas, às argolas do efod, com um cordão de púrpura violeta, para que ele fique por cima do cinto do efod e não possa desprender-se do efod. 29Assim Aarão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do julgamento, sobre o coração, quando entrar no santuário, para memória diante de Iahweh, continuamente. 30Porás também no peitoral do julgamento o Urim e o Tummim, para que estejam sobre o coração de Aarão quando entrar na presença de Iahweh, e Aarão levará sobre seu coração o julgamento dos filhos de Israel diante de Iahweh, continuamente.
O manto — 31 “Farás o manto do efod todo de púrpura violeta. 32No meio dele haverá uma abertura para a cabeça; essa abertura será debruada como a abertura de um colete, para que não se rompa. 33Ao redor da sua orla inferior porás romãs de púrpura violeta, púrpura escarlate e carmesim, e linho fino retorcido, e entre elas, em todo o redor, campainhas de ouro. 34Haverá em toda a orla do manto uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã. 35Aarão o vestirá para oficiai para que se ouça o seu sonido quando entrar no santuário diante de Iahweh, ou quando sair, e assim não morra.
O sinal da consagração — 36 “Farás uma flor de ouro puro, na qual gravarás, como se gravam os selos: ‘Consagrado a Iahweh.’ 37Atá-la-ás com um cordão de púrpura violeta, de maneira que esteja sobre o turbante: deverá estar na sua parte dianteira. 38Ela estará sobre a fronte de Aarão, e Aarão carregará a iniquidade concernente às coisas santas, que os filhos de Israel consagrarão em todas as suas santas oferendas. Estará continua mente sobre a sua fronte, para obter para eles favor diante de Iahweh. 39Tecerás uma túnica de linho fino, farás um turbante de linho fino e um cinto com trabalho de bordador.
Vestimentas dos sacerdotes — 40 “Para os filhos de Aarão farás túnicas e cintos. Far-lhes-ás também barretes para esplendor e ornamento. 41E com isso vestirás a Aarão, teu irmão, bem como a seus filhos. Depois os ungirás, dar-lhes-ás a investidura e os consagrarás para que exerçam o meu sacerdócio. 42Faze-lhes também calções de linho para cobrir a sua nudez: irão da cintura às coxas. 43Aarão e seus filhos os vestirão quando entrarem na Tenda da Reunião, ou quando se aproximarem do altar para ministrar no santuário, a fim de não incorrerem em pecado e não morrerem. Isto será um decreto perpétuo para Aarão e para a sua posteridade depois dele.
29 Consagração de Aarão e de seus filhos. Preparação
— 1 “Eis o que farás com eles para consagrá-los ao meu sacerdócio. Tomarás um bezerro e dois carneiros sem mancha, 2pães ázimos, bolos ázimos, amassados com azeite, obréias ázimas untadas com azeite. Com flor de farinha de trigo os farás, 3e os porás num cesto e nos cestos os trarás; trarás também o bezerro e os dois carneiros.
Purificação, investidura e unção — 4 “Farás Aarão e os seus filhos se aproximarem da entrada da Tenda da Reunião e os lavarás com água. 5Tomarás as vestimentas e porás em Aarão a túnica, o manto, o efod e o peitoral, e o cingirás com o cinto do efod. 6Pôr-lhe-ás o turbante na cabeça, e sobre o turbante o sinal da santa consagração. 7Tomarás do óleo da unção e, derramando-o sobre a cabeça dele, o ungirás. 8Do mesmo modo, farás se aproximarem os seus filhos e os revestirás túnicas, 9e os cingirás com o cinto e lhes porás os barretes. O sacerdócio lhes pertencerá então por um decreto perpétuo. Assim farás a investidura de Aarão e de seus filhos.
Oferendas — 10 “Farás o bezerro chegar diante da Tenda da Reunião, e Aarão e seus filhos porão a mão sobre a cabeça do bezerro. 11Imolarás o bezerro diante de Iahweh, na entrada da Tenda da Reunião. 12Tomarás parir do sangue do bezerro e com o dedo o porás sobre os chifres do altar, derramando o resto do sangue ao pé do altar. 13Tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado, os dois rins com a gordura que os envolve e farás subir o seu suave odor sobre o altar. 14Mas, queimarás fora do acampamento a carne do bezerro, juntamente com o pêlo o excremento. É um sacrifício pelo pecado. 15Tomarás depois um dos carneiros, e Aarão com seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. 16Imolarás o carneiro, tomarás o seu sangue e o jogarás sobre o altar, todo ao redor. 17Partirás o carneiro em pedaços e, lavadas as entranhas e as pernas, tu as porás sobre os pedaços e sobre a cabeça. 18Assim, queimarás todo o carneiro, fazendo subir a sua fumava sobre o altar. É um holocausto para Iahweh. É um perfume de suave odor, uma oferta queimada para Iahweh. 19Tomarás depois o segundo carneiro, e Aarão com seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. 20Imolarás o carneiro, tomarás um pouco de seu sangue e o porás sobre a ponta da orelha direita de Aarão e sobre a ponta da orelha direita dos seus filhos, sobre o polegar das suas mãos direitas, como também sobre o polegar dos seus pés direitos; o restante do sangue, tu o jogarás sobre o altar, todo ao redor. 21 “Tomarás então do sangue que está sobre o altar, e do óleo da unção, e os espargirás sobre Aarão e suas vestimentas, e sobre seus filhos e as vestimentas dos seus filhos; assim eles serão consagrados; ele e as suas vestimentas, assim como os seus filhos e as suas vestimentas.
A investidura dos sacerdotes — 22 “Depois tomarás, do carneiro, a gordura, a cauda, a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado, os dois rins e a gordura que está nele, e a coxa direita, porque é o carneiro da investidura. 23Tomarás também um pão, um bolo untado no azeite e uma obréia do cesto dos pães ázimos que está diante de Iahweh. 24Porás tudo isso nas palmas das mãos de Aarão e dos seus filhos, e farás o gesto de apresentação diante de Iahweh. 25Em seguida, os tomarás de suas mãos e os farás subir em fumaça sobre o altar, sobre o holocausto, em suave odor diante de Iahweh. É uma oferta queimada para Iahweh. 26Tomarás o peito do carneiro da investidura de Aarão e farás com ele o gesto de apresentação diante de Iahweh. E essa será a tua porção. 27Consagrarás o peito que foi apresentado, e a coxa da porção que foi tirada, o que se tirou do carneiro da investidura, que é de Aarão e de seus filhos. 28Isto será, segundo um decreto perpétuo, o que Aarão e seus filhos receberão dos filhos de Israel, porque é uma apresentação: a apresentação a Iahweh, feita pelos filhos de Israel sobre os seus sacrifícios de comunhão É uma apresentação para Iahweh. 29As vestimentas sagradas de Aarão passarão depois dele para os seus filhos, que as vestirão quando da sua unção e da sua investidura. 30Durante sete dias ele as vestirá, aquele dentre os filhos de Aarão que for sacerdote depois dele e que entrar na Tenda da Reunião para servir no santuário.
Refeição sagrada — 31 “Tomarás depois o carneiro da investidura e farás cozinhar a sua carne num lugar sagrado. 32Aarão e os seus filhos comerão da carne do carneiro e do pão que está no cesto, à entrada da Tenda da Reunião. 33Comerão do que serviu para fazer a expiação por eles, quando da sua investidura e consagração. Nenhum profano comerá disso, porque são coisas sagradas. 34Se ficar para o dia seguinte parte da carne do sacrifício de investidura ou dos pães, a queimarás ao fogo; não se comerá, porque é coisa sagrada. 35Assim, pois, farás a Aarão e a seus filhos, conforme tudo o que te ordenei. Sete dias durará o rito da investidura deles.
A consagração do altar dos holocaustos — 36 “Cada dia oferecerás também um bezerro em sacrifício pelo pecado, em expiação. Oferecerás pelo altar um sacrifício pelo pecado, quando fizeres por ele a expiação, e o ungirás para consagrá-lo. 37Durante sete dias farás a expiação pelo altar, e o consagrarás; assim, o altar será santíssimo, e tudo o que o tocar será santificado.
Holocausto cotidiano — 38 “Eis o que oferecerás sobre o altar: dois cordeiros machos de um ano, cada dia, e de modo perpétuo. 39Oferecerás um desses cordeiros pela manhã e o outro ao crepúsculo. 40Com o primeiro cordeiro oferecerás a décima parte de um efá de flor de farinha amassada com a quarta parte de um him de azeite de olivas amassadas, e para libação a quarta parte de um him de vinho. 41Oferecerás o segundo cordeiro ao crepúsculo; tu o oferecerás com uma oblação e uma libação semelhante à da manhã: em suave odor, em oferenda queimada para Iahweh. 42Este será o holocausto perpétuo por todas as vossas gerações, à entrada da Tenda da Reunião, diante de Iahweh, onde me comunicarei convosco, para falar contigo. 43Ali virei me encontrar com os filhos de Israel, e o lugar ficará santificado por minha glória. 44Santificarei a Tenda da Reunião e o altar. Consagrarei também Aarão e os seus filhos para que exerçam o meu sacerdócio. 45Habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus. 46E eles conhecerão que eu sou Iahweh, o seu Deus, que os fez sair do país do Egito para habitar no meio deles, eu, Iahweh, o seu Deus.
30 O Altar do Incenso
— 1 “Farás também um altar para queimares nele o incenso, de madeira de acácia o farás. 2Terá um côvado de comprimento e um de largura, será quadrado, e terá a altura de dois côvados e meio; os chifres formarão uma só peça com ele. 3Cobrirás de ouro puro a sua parte superior, as paredes ao redor e os chifres; e lhe farás uma moldura de ouro ao redor. 4Far-lhe-ás duas argolas de ouro debaixo da moldura, de ambos os lados as farás; nelas se enfiarão os varais para se levar o altar. 5Farás os varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro. 6Porás o altar defronte do véu que está diante da arca do Testemunho — diante do propiciatório que está sobre o Testemunho — onde me encontrarei contigo. 7Aarão fará fumegar sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as lâmpadas, ele o fará fumegar. 8Quando Aarão acender as lâmpadas, ao crepúsculo, o fará fumegar. Será um incenso perpétuo diante de Iahweh, pelas vossas gerações. 9Não oferecereis sobre ele incenso profano, nem holocausto, nem oblação, nem derramareis sobre ele nenhuma libação. 10Uma vez no ano Aarão realizará sobre os chifres do altar o rito da expiação: com o sangue do sacrifício pelo pecado, no dia da Expiação, uma vez por ano, ele fará a expiação por si, pelas vossas gerastes. Está consagrado de modo especial a Iahweh”.
O tributo para o culto — 11Iahweh falou a Moisés, dizendo: 12 “Quando o fizeres o recenseamento dos filhos de Israel, cada um pagará a Iahweh um resgate por sua pessoa, para que não haja entre eles nenhuma praga, quando os recenseares. 13Todo o que estiver submetido ao recenseamento dará meio siclo, na base do siclo do santuário: vinte geras por siclo. Esse meio siclo é o seu tributo a Iahweh. 14Todo o que estiver sujeito ao recenseamento, de vinte anos para cima, dará o tributo a Iahweh. 15O rico não dará mais e o pobre não dará menos do que meio siclo, ao pagar o tributo a Iahweh em resgate por vossas pessoas. 16Tomarás o dinheiro do resgate dos filhos de Israel e o entregarás para o serviço da Tenda da Reunião; ele será para os filhos de Israel um memorial diante de Iahweh, para o resgate de vossas pessoas”.
A bacia ou o Lavabo de Bronze — 17Iahweh falou a Moisés, dizendo: 18 “Farás uma bacia de bronze, com a base, também, de bronze, para as abluções. Colocá-la-ás entre a Tenda da Reunião e o altar, e a encherás de água, 19com a qual Aarão e os seus filhos lavarão as mãos e os pés. 20Quando entrarem na Tenda da Reunião, lavar-se-ão com água, para que não morram, e, também, quando se aproximarem do altar para oficiar, para fazer fumegar uma oferenda queimada para Iahweh. 21Lavarão as mãos e os pés, e não morrerão. Isto será um decreto perpétuo para ele e para a sua descendência, de geração em geração”.
O óleo da unção — 22Iahweh falou a Moisés, dizendo: 23 “Quanto a ti, procura bálsamo de primeira qualidade: quinhentos siclos de mirra virgem; a metade, ou seja, duzentos e cinquenta, de cinamono balsâmico, e outro duzentos e cinquenta de cálamo balsâmico; 24quinhentos siclos de cássia, segundo o peso do siclo do santuário, e um him de azeite de oliveira. 25Com tudo isso farás um óleo para a unção sagrada, um perfume aromático, trabalho de perfumista. Será o óleo para a unção sagrada. 26Com ele, ungirás a Tenda da Reunião e a arca do Testemunho, 27a mesa com todos os seus acessórios, o candelabro com todos os seus acessórios, o altar dos perfumes, 28o altar dos holocaustos com todos os seus acessórios, e a bacia com a sua base. 29Consagrarás essas coisas e serão muito santas; quem as tocai ficará santificado. 30Ungirás também a Aarão e a seus filhos e os consagrarás para que exerçam o sacerdócio em minha honra. 31E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Isto será para vós e para as vossas gerações um óleo de unção sagrada. 32Não será derramado sobre o corpo de nenhum homem e, quanto à sua composição, não fareis outro semelhante a ele. Isto é coisa sagrada, coisa sagrada para vós. 33Quem fizer um outro parecido e colocá-lo sobre um profano, será retirado do seu povo”.
O perfume — 34Iahweh disse a Moisés: “Procura aromas: estoraque, craveiro e gálbano, aromas e incenso puro: cada um em quantidade igual. 35Com eles, farás um perfume, uma composição aromática, obra de perfumista, misturando com sal puro e santo. 36Pulverizarás uma parte dele e a colocarás diante do Testemunho, na Tenda da Reunião, onde me encontro contigo, e será para vós uma coisa muito santa. 37Não fareis para vós nenhum perfume de composição semelhante à que deves fazer. Será para vós coisa santa, consagrada a Iahweh. 38Quem fizer um como este, para o cheirar, será retirado do seu povo”.
31 Os operários do santuário
— 1Iahweh falou a Moisés, dizendo: 2 “Eis que chamei pelo nome a Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. 3Eu o enchi com o espírito de Deus em sabedoria, entendimento e conhecimento para toda espécie de trabalho, 4para elaborar desenhos, para trabalhar em ouro, prata e bronze, 5para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, e para realizar toda espécie de trabalhos. 6Eis que lhe dou por companheiro Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã; coloquei a sabedoria no coração de todos os homens de coração sábio, para que façam tudo o que te ordenei: 7a Tenda da Reunião, a arca do Testemunho, o propiciatório que está sobre ela e toda a mobília da Tenda; 8a mesa com todos os seus acessórios, o candelabro de ouro puro com todos os seus acessórios, o altar do incenso, 9o altar do holocausto com todos os seus acessórios, a bacia com a sua base; 10as vestimentas litúrgicas, as vestimentas sagradas para o sacerdote Aarão e as vestimentas dos seus filhos para o exercício do sacerdócio; 11o óleo da unção e o incenso para o santuário. Farão tudo de acordo com o que te ordenei”.
Repouso sabático — 12Iahweh disse a Moisés: 13 “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Observareis de verdade os meus sábados, porque são um sinal entre mim e vós em vossas gerações, a fim de que saibais que eu sou Iahweh, o que vos santifica. 14Observareis, pois, o sábado, porque é uma coisa santa para vós. Quem o profanar será castigado com a morte. Todo o que realizar nele algum trabalho será retirado do meio do povo. 15Durante os dias poder-se-á trabalhar; no sétimo dia, porém, se fará repouso absoluto, em honra de Iahweh. Todo aquele que trabalhar no dia do sábado deverá ser morto. 16Os filhos de Israel observarão o sábado, celebrando-o de geração em geração, como uma aliança eterna. 17Será um sinal perpétuo entre mim e os filhos de Israel, porque em seis dias Iahweh fez os céus e a terra; no sétimo dia, porém, descansou e tomou alento”.
Entrega das tábuas da lei a Moisés — 18Quando ele terminou de falar com Moisés no monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra escritas pelo dedo de Deus.
5. O BEZERRO DE OURO E A RENOVAÇÃO DA ALIANÇA
32 O bezerro de ouro
— 1Quando o povo viu que Moisés tardava em descer da montanha, congregou-se em torno de Aarão e lhe disse: “Vamos, faze-nos um deus que vá à nossa frente, porque a esse Moisés, a esse homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”. 2Aarão respondeu-lhes: “Tirai os brincos de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e filhas, e trazei-mos”. 3Então todo o povo tirou das orelhas os brincos e os trouxeram a Aarão. 4Este recebeu o ouro das suas mãos, o fez fundir em um molde e fabricou com ele uma estátua de bezerro. Então exclamaram: “Este é o teu Deus, ó Israel, o que te fez subir da terra do Egito”. 5Quando Aarão viu isso, edificou um aliar diante da estátua e fez esta proclamação: “Amanhã será festa para Iahweh”. 6No dia seguinte, levantaram-se cedo, ofereceram holocaustos e trouxeram sacrifícios de comunhão. O povo assentou-se para comer e para beber, depois se levantou para se divertir.
Iahweh avisa Moisés — 7Iahweh disse a Moisés: “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste subir da terra do Egito, perverteu-se. 8Depressa se desviaram do caminho que eu lhes havia ordenado. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, o adoraram, lhe ofereceram sacrifícios e disseram: Este é o teu Deus, ó Israel, que te fez subir do país do Egito”. 9Iahweh disse a Moisés: “Tenho visto a este povo: é um povo de cerviz dura. 10Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma; e farei de ti uma grande nação”.
Oração de Moisés — 11Moisés, porém, suplicou a Iahweh, seu Deus, e disse: “Por que, ó Iahweh, se acende a tua ira contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte? 12Por que os egípcios haveriam de dizer: ‘Ele os fez sair com engano, para matá-los nas montanhas e exterminá-los da face da terra’? Abranda o furor da tua ira e renuncia ao castigo que pretendias impor ao teu povo. 13Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaac e Israel, aos quais juraste por ti mesmo, dizendo: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas do céu, e toda a terra que vos prometi, dá-la-ei a vossos filhos para que a possuam para sempre”. 14Iahweh, então, desistiu do castigo com o qual havia ameaçado o povo,
Moisés quebra as tábuas da Lei — 15Moisés voltou-se e desceu da montanha com as duas tábuas do Testemunho nas mãos, tábuas escritas nos dois lados: estavam escritas em uma e outra superfície. 16As tábuas eram obra de Deus, e a escritura era obra de Deus, gravada nas tábuas. 17Josué ouviu o barulho do povo que dava gritos e disse a Moisés: “Há um grito de guerra no acampamento”. 18Respondeu ele: “Não são gritos de vitória, nem gritos de derrota: o que ouço são cantos alternados”. 19Quando se aproximou do acampamento e viu o bezerro e as danças, Moisés acendeu-se em ira; lançou das mãos as tábuas e quebrou-as no sopé da montanha. 20Pegou o bezerro que haviam feito, queimou-o e triturou-o até reduzi-lo a pó miúdo, que espalhou na água e fez os filhos de Israel beberem. 21Moisés disse a Aarão: “Que fez este povo para atrair sobre si um pecado tão grave?”. 22Aarão respondeu: “Que não se acenda a cólera do meu senhor; tu sabes quanto este povo é inclinado para o mal. 23Eles me disseram: ‘Faze-nos um deus que marche à nossa frente, porque a esse Moisés, o homem que nos fez subir do país do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.’ 24Eu disse: ‘Quem tiver ouro, tire-o.’ Eles mo deram; eu o lancei no fogo e saiu esse bezerro”.
O zelo dos Levitas — 25Moisés viu que o povo estava desenfreado, porque Aarão os havia abandonado à vergonha no meio dos seus inimigos. 26Moisés ficou de pé no meio do acampamento e exclamou: “Quem for de Iahweh venha até mim!”. Todos os filhos de Levi reuniram-se em torno dele. 27Ele lhes disse: “Assim fala Iahweh, o Deus de Israel: Cinja, cada um de vós, a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo acampamento, de porta em porta, e mate, cada qual, a seu irmão, a seu amigo, a seu parente”. 28Os filhos de Levi fizeram segundo a palavra de Moisés, e naquele dia morreram do povo uns três mil homens. 29Moisés então disse: “Hoje recebestes a investidura para Iahweh, cada qual contra o seu filho e o seu irmão, para que ele vos conceda hoje a bênção”.
Nova oração de Moisés — 30No dia seguinte, Moisés disse ao povo: “Vós cometestes um pecado grave. Todavia, vou subir a Iahweh para tratar de expiar o vosso pecado”. 31Voltou, pois, Moisés a Iahweh e disse: “Este povo cometeu um grave pecado ao fabricar um deus de ouro. 32Agora, pois se perdoasses o seu pecado… Se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste”.33Iahweh respondeu a Moisés: “Riscarei do meu livro todo aquele que pecou contra mim. 34Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde eu te disse. Eis que o meu Anjo irá adiante de ti. Mas, no dia da minha visita, eu punirei o pecado deles”. 35E Iahweh castigou o povo pelo que havia feito com o bezerro fabricado por Aarão.
33 A ordem para a partida
— 1Iahweh disse a Moisés: “Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir do Egito, para a terra que prometi com juramento a Abraão, Isaac e Jacó, dizendo: Eu a darei à tua descendência. 2Enviarei adiante de ti um anjo e expulsarei os cananeus, os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 3Sobe para uma terra que mana leite e mel. Eu não subirei no meio de ti, porque és povo de cerviz dura, para não te exterminar no meio do caminho”. 4Quando o povo ouviu essas duras palavras, pôs-se a prantear, e nenhum deles pôs os seus enfeites. 5Iahweh disse a Moisés: “Dize aos filhos de Israel: sois um povo de cerviz dura; se por um momento subisse em vosso meio, eu vos exterminaria. Agora, pois, retirai os vossos enfeites, para saber o que devo fazer-vos”. 6Então, desde o monte Horeb os filhos de Israel deixaram os seus enfeites.
A Tenda — 7Moisés tomou a Tenda e a armou para ele, fora do acampamento, longe do acampamento. Haviam-lhe dado o nome de Tenda da Reunião. Quem quisesse interrogar a Iahweh ia até a Tenda da Reunião, que estava fora do acampamento. 8Quando Moisés se dirigia para a Tenda, todo o povo se levantava, cada um permanecia de pé, na entrada da na tenda, e seguia Moisés com o olhar, até que ele entrasse na Tenda. 9E acontecia que quando Moisés entrava na Tenda, baixava uma coluna de nuvem, parava à entrada da Tenda, e Ele falava com Moisés. 10Quando o povo via a coluna de nuvem parada à entrada da Tenda, todo o povo se levantava e cada um se prosternava à porta da própria tenda. 11Iahweh, então falava com Moisés face a face, como um homem fala com o outro. Depois ele voltava para o acampamento. Mas seu servidor Josué, filho de Nun, moço ainda, não se afastava do interior da Tenda.
Oração de Moisés — 12Moisés disse a Iahweh: “Tu me disseste: ‘Faze subir este povo’, mas não me revelaste quem mandarás comigo. Contudo disseste: ‘Conheço-te pelo nome, e encontraste graça aos meus olhos.’ 13Agora, pois, se encontrei graça aos teus olhos, mostra-me o teu caminho, e que eu te conheça e encontre graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo”. 14Iahweh disse: “Eu mesmo irei e te darei descanso”. 15Disse Moisés: “Se não vieres tu mesmo, não nos faças sair daqui. 16Como se poderá saber que encontramos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não será pelo fato de ires conosco? Assim seremos distintos, eu e o teu povo, de todos os povos da face da terra”. 17Iahweh disse a Moisés: “Farei ainda o que disseste porque encontraste graça aos meus olhos e conheço-te pelo nome”.
Moisés sobre a montanha — 18Moisés respondeu a Iahweh: “Rogo-te que me mostres a tua glória”. 19Ele replicou: “Farei passar diante de ti toda a minha beleza, e diante de ti pronunciarei o nome de Iahweh. Terei piedade de quem eu quiser ter piedade e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão”. 20E acrescentou: “Não poderás ver a minha face, porque o homem não pode ver-me e continuar vivendo”. 21E Iahweh disse ainda: “Eis aqui um lugar junto a mim; põe-te sobre a rocha. 22Quando passar a minha glória, colocar-te-ei na fenda da rocha e cobrir-te-ei com a palma da mão até que eu tenha passado. 23Depois tirarei a palma da mão e me verás pelas costas. Minha face, porém, não se pode ver”.
34 Renovação da Aliança. As tábuas da Lei
— 1Iahweh disse a Moisés: “Lavra duas tábuas de pedra, como às primeiras, e eu escreverei sobre as tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste. 2Fica preparado de manhã; de madrugada subirás à montanha do Sinai e lá me esperarás, no cimo da montanha. 3Ninguém subirá contigo, e não se verá ninguém em toda a montanha. Nem as ovelhas ou bois pastarão diante da montanha”. 4Moisés lavrou duas tábuas de pedra como as primeiras, levantou-se de madrugada e subiu à montanha do Sinai, como Iahweh lhe havia ordenado, e levou nas mãos as duas tábuas de pedra. 5Iahweh desceu na nuvem e ali esteve junto dele.
A aparição de Deus — Ele invocou o nome de Iahweh. 6Iahweh passou diante dele, e ele exclamou: “Iahweh! Iahweh… Deus de compaixão e de piedade, lento para a cólera e cheio de amor e fidelidade; 7que guarda o seu amor a milhares, tolera a falta, a transgressão e o pecado, mas a ninguém deixa impune e castiga a falta dos pais nos filhos e nos filhos dos seus filhos, até a terceira e quarta geração”. 8Imediatamente Moisés caiu de joelhos por terra e adorou; 9depois ele disse: “Iahweh, se agora encontrei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco, mesmo que este povo seja de cerviz dura. Perdoa as nossas faltas e os nossos pecados, e toma-nos por tua herança”.
A Aliança — 10Então ele disse: “Eis que faço uma aliança. Farei diante de todo o teu povo maravilhas como não se fizeram em toda a terra, nem em nação alguma. Todo este povo, no meio do qual estás, verá a obra de Iahweh, porque coisa temível é o que vou fazer contigo. 11Fica atento paia observar o que hoje te ordeno: expulsarei de diante de ti os amorreus, os cananeus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 12Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que não te sejam uma cilada. 13Ao contrário, derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas e os seus postes sagrados:14Não adorarás outro deus. Pois Iahweh tem por nome Zeloso: é um Deus zeloso. 15Não faças aliança com os moradores da terra. Não suceda que, em se prostituindo com os deuses deles e lhes sacrificando, alguém te convide e comas dos seus sacrifícios, 16e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam com que, também, os teus filhos se prostituam com os seus deuses. 17Não farás para ti deuses de metal fundido. 18Guardarás a festa dos Ázimos. Durante sete dias comerás ázimo, como te ordenei, no tempo fixado no mês de Abib, porque foi no mês de Abib que saíste do Egito. 19Todo o que sair por primeiro do seio materno é meu: todo macho, todo primogênito das tuas ovelhas e do teu gado. 20O jumento, porém, que sair por primeiro do seio materno, tu o resgatarás com um cordeiro; se não o resgatares, quebrar-lhe-ás a nuca. Resgatarás todos os primogênitos dos teus filhos. Não comparecerás diante de mim de mãos vazias. 21Seis dias trabalharás; mas no sétimo descansarás, quer na aradura quer na colheita. 22Guardarás a festa das Semanas: as primícias da colheita do trigo e a festa da colheita na passagem de ano. 23Três vezes por ano todo o homem do teu meio aparecerá perante o Senhor Iahweh, Deus de Israel. 24Porque expulsarei as nações de diante de ti, e alargarei o teu território; ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para comparecer na presença de Iahweh teu Deus, três vezes por ano. 25Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado. Não ficará a vítima da festa da Páscoa da noite para a manhã. 26Trarás o melhor das primícias para a Casa de Iahweh teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite da sua própria mãe”. 27Disse ainda Iahweh a Moisés: “Escreve estas palavras; porque segundo o teor destas palavras fiz aliança contigo e com Israel”. 28Moisés esteve ali com Iahweh quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. Ele escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.
Moisés desce da montanha — 29Quando Moisés desceu da montanha do Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu da montanha, não sabia que a pele de seu rosto resplandecia porque havia falado com ele. 30Olhando Aarão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele de seu rosto resplandecia; e tinham medo de aproximar-se dele. 31Moisés, porém, os chamou; Aarão e os chefes da comunidade foram até ele, e Moisés lhes falou. 32Depois aproximaram-se todos os filhos de Israel, e ordenou-lhes tudo o que Iahweh havia dito sobre a montanha do Sinai. 33Quando Moisés terminou de lhes falar, colocou um véu sobre a face. 34Quando Moisés entrava diante de Iahweh para falar com ele, retirava o véu, até o momento de sair. Ao sair, dizia aos filhos de Israel o que lhe havia sido ordenado, 35e os filhos de Israel viam resplandecer o rosto de Moisés. Depois Moisés colocava o véu sobre a face, até que entrasse para falar com ele.
6 CONSTRUÇÃO E EREÇÃO DO SANTUÁRIO
35 A lei do repouso sabático
— 1Moisés reuniu toda a comunidade dos filhos de Israel e lhes disse: “Eis o que Iahweh ordenou que se cumprisse: 2Durante seis dias far-se-á o trabalho, mas o sétimo dia será para vós um dia santo, um dia de repouso completo consagrado a Iahweh. Todo aquele que trabalhar nesse dia será punido com a morte. 3No dia de sábado não acendereis fogo em nenhuma de vossas casas”.
Coleta dos materiais — 4Moisés disse a toda a comunidade dos filhos de Israel: “Eis que Iahweh ordenou: 5Fazei entre vós uma coleta para Iahweh. Todo aquele que tiver um coração generoso leve a Iahweh como oferta: ouro, prata, bronze, 6púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino, pêlo de cabra, 7peles de carneiro tingidas de vermelho e couro fino, madeira de acácia, 8azeite para a lâmpada, aromas para o óleo de unção e o perfume aromático, ‘pedras de ônix e pedras de engaste para o efod e o peitoral. 10Todos os que forem habilidosos entre vós venham executar o que Iahweh ordenou: 11a Habitação, a sua tenda e a sua cobertura, os seus ganchos, as suas tábuas, as suas vergas, as suas colunas e as suas bases; 12a arca e os seus varais, o propiciatório e a cortina do véu; 13a mesa, os seus varais e todos os seus acessórios e os pães da proposição; 14o candelabro da iluminação, os seus acessórios, as suas lâmpadas e o azeite para a iluminação; 15o altar dos perfumes e os seus varais, o óleo da unção, o perfume aromático e a cortina de ingresso, para a entrada da Habitação; 16o altar dos holocaustos e a sua grelha de bronze, os seus varais e todos os seus acessórios, a bacia e a sua base; 17as cortinas do átrio, as suas colunas e as suas bases, a cortina da porta do átrio; 18as estacas da Habitação e as estacas do átrio, com as suas cordas; 19as vestimentas litúrgicas para oficiar no santuário: as vestimentas sagradas para o sacerdote Aarão e as vestimentas dos seus filhos, para o exercício do sacerdócio. 20Então, toda a comunidade dos filhos de Israel retirou-se da presença de Moisés. 21Depois vieram todos aqueles aos quais movia o coração e todos aqueles cujo espírito os fazia sentirem-se generosos, e trouxeram a sua oferenda para Iahweh, para a obra da Tenda da Reunião, para todo o seu serviço e para as vestimentas sagradas. 22Vieram os homens junto com as mulheres. Todos os generosos de coração trouxeram fivelas, pingentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; — todos os que haviam oferecido ouro a Iahweh. 23Todos aqueles em cujo poder havia púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim, linho fino, pêlo de cabra, peles de carneiro tingidas de vermelho e couro fino, os traziam. 24Todo aquele que fazia oferta de prata e de bronze a Iahweh a trazia, e todo aquele em cujo poder havia madeira de acácia para toda a obra do serviço, a trazia. 25As mulheres habilidosas traziam o que por suas próprias mãos tinham fiado: púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino. 26As mulheres às quais o coração movia a trabalhar com habilidade fiavam os pêlos de cabra. 27Os chefes trouxeram pedras de ônix e pedras de engaste para o efod e o peitoral, 28os aromas e o azeite para a iluminação, para o óleo da unção e para o perfume aromático. 29Os filhos de Israel trouxeram oferta voluntária a Iahweh, a saber, todo homem e mulher, cujo coração os movia a trazerem uma oferta para toda a obra que Iahweh, por intermédio de Moisés, tinha ordenado que se fizesse.
Os operários do santuário — 30Moisés disse aos filhos de Israel: “Vede, Iahweh chamou a Beseleel por seu nome, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 31e o encheu com o espírito de Deus, de sabedoria, entendi mento e conhecimento para toda espécie de trabalhos; 32para elaborai desenhos, para trabalhar o ouro, a prata e o bronze, 33para lapidar pedras de engaste, para trabalhar a madeira e para realizar toda espécie de trabalho artístico. 34Também lhe dispôs o coração, a ele e a Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã, para ensinar aos outros. 35Encheu-lhes o coração de sabedoria para executar toda espécie de trabalho, para entalhar, para desenhar, para recamar a púrpura violeta e escarlate, o carmesim o linho fino, e para tecer; hábeis em toda espécie de trabalhos e desenhistas de projetos.
36 1Beseleel, Ooliab e todos os homens de coração sábio, nos quais Iahweh havia depositado sabedoria e entendimento para executar com perícia toda espécie de trabalhos para o culto do santuário, farão tudo de acordo com o que Iahweh ordenou”.
A entrega da coleta — 2Moisés chamou, pois, a Beseleel e Ooliab e todos os homens hábeis aos quais Iahweh havia dado sabedoria, a todos cujo coração os impelia a entregar-se à realização de algum trabalho. 3Eles receberam, na presença de Moisés, todas as oferendas que os filhos de Israel haviam trazido para a realização das obras do culto do santuário. Contudo, os filhos de Israel continuavam trazendo espontaneamente suas ofertas todas as manhãs. 4Todos os peritos que realizavam os trabalhos do santuário, interrompendo cada um a tarefa que estava fazendo, vieram 5e disseram a Moisés: “O povo traz muito mais que o necessário para realizar a obra que Iahweh ordenou que se fizesse”. 6Então ordenou Moisés, e a sua ordem foi proclamada no acampamento, dizendo: “Nenhum homem ou mulher faça mais obra alguma para a oferta do santuário”. Assim o povo foi proibido de trazer mais. 7Pois já havia material suficiente para realizar todas as obras e ainda sobrava.
A Habitação — 8Os artistas mais habilidosos, dentre todos os que trabalhavam na obra, fizeram a Habitação. Ele fez uma obra de arte com dez cortinas de linho fino retorcido, púrpura violeta, púrpura escarlate e carmesim, com figuras de querubins. 9O comprimento de cada cortina era de vinte e oito côvados, e a largura de quatro côvados; uma única medida para todas. 10Cinco cortinas eram ligadas uma à outra; e as outras cinco eram também ligadas uma à outra. 11Fez laçadas de púrpura violeta na franja da primeira cortina, que estava na extremidade do conjunto. Fez o mesmo na franja da cortina que terminava o segundo conjunto. 12Fez cinquenta laçadas na primeira cortina e cinquenta laçadas na extremidade da cortina do segundo conjunto, correspondendo as laçadas entre si. 13Fez também cinquenta colchetes de ouro, com os quais prendeu as cortinas uma à outra, de modo que a Habitação formava um todo. 14Fez cortinas de pêlo de cabra, à maneira de tenda sobre a Habitação, em número de onze. 15 O comprimento de cada cortina era de trinta côvados, e a largura de quatro côvados; as onze cortinas eram de igual medida. 16Ajuntou à parte cinco cortinas entre si, e de igual modo as seis restantes. 17E fez cinquenta laçadas na franja da cortina que terminava o primeiro conjunto, e cinquenta na franja do segundo conjunto. 18Fez também cinquenta colchetes de bronze para ajuntar a tenda, para que formasse um todo. 19Fez também, para a tenda, uma cobertura de peles de carneiro tingidas de vermelho, e outra de couro fino.
A armação — 20Fez para a Habitação tábuas de madeira de acácia, para colocá-las em posição vertical. 21Cada tábua tinha dez côvados de comprimento, e um côvado e meio de largura. 22Cada tábua tinha dois encaixes travados um com o outro. Assim fez com as tábuas da Habitação. 23Ele fez as tábuas para a Habitação: vinte tábuas para o lado do Negueb, para o sul. 24Fez também quarenta bases de prata para as vinte tábuas: duas bases debaixo de uma tábua, para os seus dois encaixes, e duas bases debaixo da outra tábua, para os seus dois encaixes. 25Fez, para o segundo lado da Habitação, para o norte, vinte tábuas e quarenta bases de prata: 26duas bases debaixo de uma tábua e duas bases debaixo da outra tábua. 27Para o fundo da Habitação, para o oeste, fez seis tábuas. 28Fez também duas tábuas para os cantos do fundo da Habitação. 29Eram geminadas na parte inferior e assim permaneciam até o cimo, à altura da primeira argola. Assim se fez com as duas tábuas nos dois cantos. 30Havia oito tábuas com as suas dezesseis bases de prata, duas bases para cada tábua. 31Fez também travessas de madeira de acácia, 32cinco para as tábuas do primeiro lado da Habitação, cinco para as tábuas do segundo lado da Habitação e cinco para as tábuas do fundo da Habitação, do lado do mar. 33Fez a travessa do meio para ajuntar as tábuas à meia altura, de uma extremidade à outra. 34Cobriu de ouro as tábuas, e de ouro fez as suas argolas, pelas quais passavam as travessas; e cobriu de ouro também as travessas.
A cortina — 35Fez a cortina de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. Fê-la bordada com figuras de querubins. 36Fez para ela quatro colunas de acácia, que cobriu de ouro; os seus colchetes eram de ouro, e fundiu para elas quatro bases de prata. 37Fez também para a entrada da Tenda um véu bordado de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido, 38com as suas cinco colunas e respectivos colchetes; e cobriu de ouro os seus capitéis e as suas molduras. As suas cinco bases eram de bronze.
37 A Arca da Aliança
— 1Beseleel fez a arca de madeira de acácia. De dois côvados e meio era o seu comprimento, de um côvado e meio a largura, e de um côvado e meio a altura. 2Cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora; e fez ao redor uma moldura de ouro. 3Fundiu para ela quatro argolas de ouro sobre os seus quatro pés; duas argolas de um lado e duas do outro. 4Fez varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro; 5e os enfiou nas argolas dos lados da arca, para poder transportá-la. 6Fez o propiciatório de ouro puro: dois côvados e meio de comprimento, e um e meio de largura. 7Fez também dois querubins de ouro. De ouro batido os fez nas duas extremidades do propiciatório: 8um querubim numa extremidade e o outro na extremidade oposta. Ele os fez formando um só conjunto com o propiciatório em ambos os lados dele. 9Os querubins tinham as asas estendidas para cima e cobriam com suas asas o propiciatório. Estavam com as faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório.
A mesa dos pães da oblação — 10Fez também a mesa de madeira de acácia. Tinha o comprimento de dois côvados, a largura de um côvado e a altura de um côvado e meio. 11De ouro puro a cobriu, e lhe fez uma moldura de ouro ao redor. 12Também lhe fez um enquadramento ao redor, com um palmo de largura, e fez uma moldura de ouro ao redor da moldura. 13Fundiu para ela quatro argolas de ouro, e colocou-as nos quatro cantos formados pelos quatro pés. 14As argolas estavam colocadas perto do enquadramento, como lugares para os varais, para se levar a mesa. 15Fez os varais de madeira de acácia e os cobriu de ouro, para se levar a mesa. 16Fez também os acessórios que deviam estar sobre a mesa: os seus pratos, os seus recipientes para o incenso, as suas galhetas e as suas taças para as libações: todos de ouro puro.
O candelabro — 17De ouro puro fez o candelabro. De ouro batido o fabricou. O seu pedestal, a sua haste, os seus cálices, as suas maçanetas e flores formavam uma só peça com ele. 18Seis braços saíam dos seus lados: três de um lado e três de outro. 19Três cálices em forma de flor de amêndoas em um braço, um botão e uma flor; e três cálices em forma de flor de amêndoas no outro braço, com o botão e a flor. Assim para os seis braços que saíam do candelabro. 20No candelabro havia quatro cálices em forma de flor de amêndoas, com os seus botões e flores: 21um botão debaixo dos dois primeiros braços que saíam do candelabro, outro debaixo dos outros dois e outro debaixo dos dois últimos que, também, saíam do candelabro. Assim para os seis braços que saíam do candelabro. 22Os botões e os braços formavam uma só peça com ele: um único bloco de ouro puro batido. 23Fez também as suas lâmpadas, em número de sete. As suas espevitadeiras e os seus aparadores eram de ouro puro. 24Com um talento de ouro puro fez o candelabro e todos os seus acessórios.
O altar dos perfumes. O óleo da unção e o perfume — 25Fez o altar dos perfumes de madeira de acácia: um côvado de comprimento, um côvado de largura — era quadrado — e dois côvados de altura. Os seus chifres formavam uma só peça com ele. 26De ouro puro o cobriu: a sua mesa, os seus lados em todo o redor e os seus chifres. E lhe fez uma moldura de ouro ao redor. 27Debaixo dessa moldura lhe fez duas argolas de ouro em cada um dos lados, em ambos os lados, para receber os varais destinados a transportá-lo. 28Fez os varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro. 29Preparou o óleo santo da unção e o perfume aromático — como um perfumista.
38 O altar dos holocaustos
— 1Fez o altar dos holocaustos de madeira de acácia: cinco côvados de comprimento, cinco côvados de largura — era quadrado — e três côvados de altura. 2Nos quatro ângulos, fez levantar chifres, formando uma só peça com ele, e o cobriu de bronze. 3Fez também todos os acessórios do altar: recipientes para recolher suas cinzas, pás, bacias, garfos e braseiros. Fez todos os seus acessórios de bronze. 4Fez para o altar uma grelha de bronze, em forma de rede, sob o rebordo do altar, embaixo, desde a parte inferior até a metade do altar. 5Fundiu quatro argolas nas quatro pontas da grelha de bronze, para que servissem de receptáculo aos varais. 6De madeira de acácia fez os varais e os cobriu de bronze. 7Enfiou os varais nas argolas, de um e do outro lado do altar, para transportá-lo com eles. Ele o fez oco e de tábuas.
A bacia — 8Fez uma bacia de bronze e a sua base de bronze com os espelhos das mulheres que serviam à entrada da Tenda da Reunião.
Construção do átrio — 9Construiu também o átrio. Para o lado do Negueb, que olha para o sul, as cortinas do átrio eram de linho fino retorcido, com cem côvados. 10As suas vinte colunas e as suas bases eram de bronze. Os ganchos das colunas e as suas vergas eram de prata. 11Para o lado do norte, cem côvados. As suas vinte colunas e as suas bases eram de bronze. Os ganchos das colunas e as suas vergas eram de prata. 12Para o lado do mar, cortinas numa extensão de cinquenta côvados, com suas dez colunas e suas dez bases. Os ganchos das colunas e as suas vergas eram de prata. 13Para a parte oriental, que olha para o nascente, cinquenta côvados: 14cortinas numa extensão de quinze côvados em um dos lados, com as suas três colunas e as suas três bases; 15e do outro lado, em ambos os lados da porta do átrio, cortinas numa extensão de quinze côvados, com as suas três colunas e as suas três bases. 16Todas as cortinas ao redor do átrio eram de linho fino retorcido. 17As bases das colunas eram de bronze, e os ganchos das colunas e os seus varais, de prata. O revestimento dos seus capitéis era de prata, e todas as colunas do átrio tinham vergas de prata. 18A cortina da porta do átrio era bordada, de púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido: vinte côvados de comprimento e cinco de altura e de largura, como as cortinas do átrio. 19As suas quatro colunas e as suas quatro bases eram de bronze, e os seus ganchos, de prata; e o revestimento dos seus capitéis e vergas, de prata. 20Todas as estacas da Habitação e do recinto do átrio eram de bronze.
Enumeração dos metais — 21Eis as contas da Habitação — a Habitação do Testemunho — estabelecidas por ordem de Moisés, trabalho dos levitas, por intermédio de Itamar, filho de Aarão, o sacerdote. 22Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, fez tudo o que Iahweh havia ordenado a Moisés. 23Com ele estava Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã, hábil nos entalhes, desenhista, bordador em púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino. 24O total do ouro empregado na obra, entre todos os trabalhos do santuário, ouro que provinha das ofertas, foi de vinte e nove talentos e setecentos e trinta siclos, segundo o valor do siclo do santuário. 25A prata do recenseamento da comunidade: cem talentos e mil e setecentos e setenta e cinco siclos, segundo o valor do siclo do santuário: 26um beca por pessoa, meio siclo, segundo o valor do siclo do santuário, por todos os que foram recenseados, de vinte anos para cima, que foram seiscentos e três mil, quinhentos e cinquenta. 27Empregaram-se cem talentos de prata para fundir as bases do santuário e as bases do véu; para as cem bases cem talentos: um talento para cada base. 28Com os mil setecentos e setenta e cinco siclos fabricou os ganchos para as colunas, recobriu os seus capitéis e lhes pôs as vergas. 29O bronze das ofertas: setenta talentos e dois mil e quatrocentos siclos. 30Com ele fez as bases da entrada da Tenda da Reunião, o altar de bronze e a sua grelha de bronze e todos os acessórios do altar, 31as bases do átrio ao redor, as bases da porta do átrio e todas as estacas do recinto do átrio.
39 A vestimenta do sumo sacerdote
— 1Com a púrpura violeta e escarlate, o carmesim e o linho fino fizeram as vestimentas rituais para oficiar no santuário. Fizeram também as vestimentas sagradas para o sacerdote Aarão, como Iahweh havia ordenado a Moisés.
O efod — 2Fizeram o efod com ouro, púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 3Bateram o ouro em lâminas delgadas e cortaram-nas em tiras para trançá-las, num artístico trabalho de trançado. 4Tinha duas ombreiras que se juntavam às suas duas extremidades, e assim se uniam. 5O cinto que estava em cima, para apertá-lo, formava uma só peça com ele e era da mesma feitura: ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. Tal como Iahweh havia ordenado a Moisés. 6Prepararam as pedras de ônix, engastadas em ouro, gravadas à semelhança da incisão de um selo, com os nomes dos filhos de Israel. 7Colocaram-nas sobre as ombreiras do efod, à maneira de pedras destinadas a recordar aos filhos de Israel, como Iahweh havia ordenado a Moisés.
O peitoral — 8Fizeram o peitoral, trabalho artístico trançado, da mesma feitura do efod: ouro, púrpura violeta, púrpura escarlate, carmesim e linho fino retorcido. 9Era quadrado, e o fizeram dobrado em dois, com um palmo de comprimento e um de largura. 10Colocaram nele engastes de pedras dispostas em quatro filas: uma sardónica, um topázio e uma esmeralda para a primeira. 11A segunda fileira era de carbúnculo, safira e diamante. 12A terceira, uma ágata, um jacinto e uma ametista. 13A quarta era um berilo, um ônix e um jaspe. Estavam engastadas com engastes de ouro em suas guarnições. 14As pedras correspondiam aos nomes dos filhos de Israel: doze, como os seus nomes. Estavam gravadas como um selo, cada qual com o seu nome, segundo as doze tribos. 15Fizeram sobre o peitoral correntes trançadas como um cordão de ouro puro. 16Fizeram também dois engastes de ouro e duas argolas de ouro, e fixaram ambas as argolas nas duas extremidades do peitoral. 17Passaram os dois cordões de ouro pelas argolas dos extremos do peitoral. 18Fixaram as duas pontas dos cordões nos engastes, e os prenderam nas duas ombreiras do efod em sua parte dianteira. 19Fizeram duas argolas de ouro que puseram nas duas pontas do peitoral, na sua orla, que atravessava o efod por sua parte inferior. 20Fizeram também outras duas argolas de ouro, que fixaram nas duas ombreiras do efod em sua parte inferior dianteira, perto da juntura, por cima do cinto do efod.21 Juntaram o peitoral por suas argolas às argolas do efod com um cordão de púrpura violeta, para que ficasse fixo por cima do cinto do efod não pudesse o peitoral desprender-se do efod. Tudo como Iahweh havia ordenado a Moisés.
O manto — 22Depois fizeram o manto do efod. Todo ele era tecido com púrpura violeta. 23A abertura no meio do manto era como a abertura de um colete de malhas. A abertura trazia em toda a sua volta uma dobra que não se rasgava. 24Fizeram, na parte inferior do manto, romãs de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e de linho fino retorcido. 25Também fizeram campainhas de ouro puro e colocaram as campainhas entre as romãs. 26Era uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã em toda a volta da parte inferior do manto que se usava para o serviço religioso, como Iahweh havia ordenado a Moisés.
Vestimentas sacerdotais — 27Fizeram também, para Aarão e seus filhos, as túnicas tecidas de linho fino; 28o turbante de linho fino, os barretes de linho fino, os calções de linho fino retorcido 29e o cinto de linho fino retorcido de púrpura violeta e escarlate de carmesim, como Iahweh havia ordenado a Moisés.
O sinal de consagração — 30Depois fizeram a flor — o sinal da santa consagração, de ouro puro — e nela gravaram como num selo: “Consagrado a Iahweh”. 31Colocaram por cima um cordão de púrpura violeta, para pô-lo sobre o turbante, em cima, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 32Assim se concluiu todo o trabalho da Habitação, da Tenda da Reunião. E os filhos de Israel fizeram tudo o que Iahweh havia ordenado a Moisés.
Entrega das obras realizadas a Moisés — 33Levaram a Moisés a Habitação, a Tenda e todos os seus acessórios, suas argolas, suas tábuas, suas travessas, suas colunas e suas bases; 34a cobertura de peles de carneiro tingidas de vermelho, a cobertura de couro fino e o véu protetor; 35a arca do Testemunho com os seus varais e o propiciatório; 36a mesa, todos os seus acessórios e os pães da oblação; 37o candelabro de ouro puro, as suas lâmpadas — uma fileira de lâmpadas — e todos os seus acessórios, e o óleo para o candelabro; 38o altar de ouro, o óleo da unção, o incenso aromático e o véu para a entrada da Tenda; 39o altar de bronze e a sua grelha de bronze, os seus varais e todos os seus acessórios; a bacia e a sua base; 40as cortinas do átrio, as suas colunas, as suas bases e o véu para a porta do átrio, as suas cordas, as suas estacas e todos os acessórios para o serviço da Habitação, para a Tenda da Reunião; 41as vestimentas litúrgicas para oficiar no santuário — as vestimentas sagradas para Aarão, o sacerdote, e as vestimentas dos seus filhos para exercer o sacerdócio. 42Os filhos de Israel fizeram todos os trabalhos como Iahweh havia ordenado a Moisés. 43Moisés viu toda a obra. Tinham feito como Iahweh havia ordenado. E Moisés os abençoou.
40 Ereção e consagração do santuário
— 1Iahweh falou a Moisés, dizendo: 2 “No primeiro dia do primeiro mês, levantarás a Habitação, a Tenda da Reunião. 3Colocarás nela a arca do Testemunho e cobrirás a arca com o véu. 4Trarás a mesa e arrumarás tudo. Trarás o candelabro e montarás as lâmpadas. 5Colocarás o altar de ouro diante da arca do Testemunho e colocarás o véu na entrada da Habitação. 6Colocarás o altar dos holocaustos diante da entrada da Habitação, da Tenda da Reunião. 7Porás a bacia entre a Tenda da Reunião e o altar, e nela colocarás água. 8Colocarás o átrio ao redor e porás o véu na porta do átrio. 9Tomarás do óleo da unção e ungirás a Habitação e tudo o que está dentro dela; tu a consagrarás com todos os seus acessórios, e ela será muito santa. 10Ungirás o altar dos holocaustos com os seus acessórios, consagrarás o altar, e o altar será eminentemente santo. 11Ungirás a bacia e a sua base e as consagrarás. 12Depois farás Aarão e seus filhos se aproximarem da entrada da Tenda da Reunião; tu os lavarás com água 13e revestirás Aarão com as vestimentas sagradas; tu o ungirás e o consagrarás para que exerça o meu sacerdócio. 14Os seus filhos, tu os farás se aproximar e os revestirás com as túnicas. 15Tu os ungirás como ungiste o pai deles, para que exerçam o meu sacerdócio. Isto se fará para que a unção deles lhes confira um sacerdócio perpétuo, em suas gerações”.
Realização das ordens divinas — 16Moisés o fez. Fez tudo como Iahweh havia ordenado. 17No primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, levantaram a Habitação. 18Moisés levantou a Habitação. Colocou as travessas e ergueu as colunas. 19Estendeu a tenda para a Habitação e colocou por cima a cobertura da Tenda, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 20Tomou o Testemunho, colocou-o na arca, colocou os varais na arca e pôs o propiciatório sobre a arca. 21Introduziu a arca na Habitação e colocou a cortina do véu. Velou assim a arca do Testemunho, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 22Colocou a mesa na Tenda da Reunião, ao lado da Habitação, ao norte, na extremidade do véu, 23e dispôs em ordem o pão diante de Iahweh, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 24Colocou o candelabro na Tenda da Reunião, diante da mesa, ao lado da Habitação, ao sul, 25e dispôs as lâmpadas diante de Iahweh, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 26CoIocou o altar de ouro na Tenda da Reunião, diante do véu, 27e em cima dele queimou o incenso aromático, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 28Depois colocou o véu na entrada da Habitação. 29Colocou o altar dos holocaustos na entrada da Habitação, da Tenda da Reunião, e nele ofereceu holocaustos e a oblação, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 30Colocou a bacia entre a Tenda da Reunião e o altar, e pôs nela água para as abluções, 31com a qual Moisés, Aarão e os seus filhos lavavam as mãos e os pés. 32Quando entravam na Tenda da Reunião ou se aproximavam do altar, lavavam-se, como Iahweh havia ordenado a Moisés. 33Levantou o átrio ao redor da Habitação e do altar, e colocou o véu na porta do átrio. Assim Moisés terminou os trabalhos.
Iahweh toma posse do santuário — 34A nuvem cobriu a Tenda da Reunião, e a glória de Iahweh encheu a Habitação. 35Moisés não pôde entrar na Tenda da Reunião porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória de Iahweh enchia a Habitação.
A nuvem guia os filhos de Israel — 36Em todas as etapas, quando a nuvem se levantava por cima da Habitação, os filhos de Israel punham-se em marcha. 37Mas se a nuvem não se levantava, também eles não marchavam até que ela se levantasse. 38Pois, de dia, a nuvem de Iahweh ficava sobre a Habitação, e de noite havia dentro dela um fogo, aos olhos de toda a casa de Israel, durante todas as suas etapas.
Aprendemos por meio dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que o Apóstolo S. Paulo estava certo quando disse que o Tabernáculo no Deserto (nossa primeira Igreja) era uma sombra das coisas boas que viriam[1]. Vamos ver como mais detalhes a questão da sombra da Cruz no Tabernáculo do Deserto.
Nos nossos Estudos Bíblicos Rosacruzes aprendemos que na Epístola de S. Paulo aos Hebreus, há uma descrição do Tabernáculo no Deserto com muitas informações sobre os costumes usados ali, que beneficiam muito o Estudante Rosacruz saber. No Tabernáculo no deserto há uma promessa que foi dada nesse passado longínquo e que ainda não foi cumprida, uma promessa que se mantém válida hoje tão bem quanto no dia em que foi dada. Pois, se prestarmos a atenção devida conseguimos visualizar o arranjo das coisas dentro do Tabernáculo no Deserto formando a sombra da Cruz.
Vamos detalhar aqui para ficar mais fácil: começando no portão oriental – por onde se adentra ao Átrio do Tabernáculo no Deserto –, havia o Altar dos Sacrifícios (também chamado do Altar dos Holocaustos); um pouco mais adiante no caminho direto para o próprio Tabernáculo no Deserto, encontramos o Lavabo de Bronze, onde os Sacerdotes (que prestavam serviço no Tabernáculo) se lavavam. Entrando no Tabernáculo propriamente dito, na Sala Leste do Templo, encontramos um primeiro artigo de mobília, o Candelabro de Sete Braços – também chamado de Candelabro Dourado – na extrema esquerda dessa Sala; já na extrema direita tínhamos a Mesa dos Pães da Proposição, formando uma cruz com o caminho que temos seguido em direção ao Tabernáculo no Deserto. Bem a nossa frente, no centro, em frente ao segundo Véu, encontramos o Altar de Incenso, que forma o centro da cruz; e já na Sala Oeste – chamado o Santo dos Santos –, na parte mais ocidental do Tabernáculo no Deserto, temos a Arca da Aliança, que representa a parte mais curta ou superior da cruz.
Note, então, que o nosso atual símbolo do desenvolvimento espiritual, o nosso ideal particular de hoje, foi sombreado no antigo Templo de Mistério (o Tabernáculo no Deserto). Perceba que aquela consumação, que é alcançada no final da cruz, ou seja, a realização de obter a Lei dentro de nós mesmos, assim como estava dentro da própria Arca da Aliança, justamente é aquela com a qual todos nós devemos nos ocupar no momento presente.
(Publicado na Revista Rays from The Rose Cross de setembro/1916 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
[1] N.T. Hb 10:1 e Cl 2:17
Uma recente visitante de Mount Ecclesia assistiu, pela primeira vez, a oficiação do Ritual de Serviço Devocional do Templo, na Pro-Ecclesia, também chamada de “Capela”. Ela ficou muito impressionada com a legenda na parede: “DEUS É LUZ” e, também com o tempo dedicado à “Concentração sobre o Serviço”, que é dedicado após à leitura do texto do Ritual e antes de começarmos a parte final com a Oração Rosacruz. Ela observou que a luz enchia literalmente a Capela e que esse sentimento de “estar” na luz a acompanhou por muito tempo.
E não é verdade? Essa “é” uma “capela de luz”. É reverenciada ao longo dos anos pela prece, pelo amor, pelos pensamentos focados na cura, paz, adoração e os anseios e as lutas daqueles que prestaram ao ofício do Ritual. Na verdade, o lugar em que oficiamos os Rituais é um local “sagrado”, e é a esse local que vimos “procurar a luz”.
Max Heindel menciona no livro Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz que “o inspirado Apóstolo São João quando ele escreveu: ‘Deus é Luz’[1]”. E Max Heindel continua dizendo: “Qualquer um que use essa passagem como assunto de Meditação encontrará, seguramente, uma maravilhosa recompensa à sua espera, pois não importa quantas vezes tomemos esse assunto, nosso próprio desenvolvimento, conforme os anos passam, nos assegura uma compreensão cada vez mais completa e melhor. Cada vez que mergulhamos nessas três palavras, sentimo-nos banhados por uma fonte espiritual de inesgotável profundidade e, a cada vez, sondamos mais minuciosamente as profundezas divinas e nos aproximamos mais do nosso Pai celestial”.
Quando começamos a estudar este assunto, surge naturalmente a pergunta: “De onde vem a luz?”. No primeiro capítulo do Livro do Gênesis dizem-nos que: “O Espírito de Deus movia-se sobre as águas”[2]. E Deus disse: “Faça-se a luz”[3], e fez-se a luz. E Deus viu a luz, e viu que era boa; e Deus separou a luz da escuridão. E Deus chamou à luz dia, e à escuridão noite… Assim, Deus criou o “homem à sua própria imagem”[4]; à imagem de Deus o criou a ele.
Aprendemos pelos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que a luz passou a “existir” no segundo Período, o Período Solar, do nosso setenário Esquema de Evolução, quando a nebulosa, que continha o nosso Sol e os Planetas, havia alcançado um estado de incandescência. Esse Período, o Solar, vem descrito no terceiro versículo do primeiro capítulo do Livro do Gênesis: “Faça-se a luz”[5].
Mas ainda não éramos um Ego totalmente individualizado e para saber quando nós, como Ego, pela primeira vez tivemos contato com a luz, aprendemos na Fraternidade Rosacruz: “A primeira vez que nossa consciência se dirigiu para a Luz, foi logo após sermos dotados da Mente. Quando entramos definitivamente em nossa evolução como seres humanos na Atlântida – a terra da névoa – nas profundezas das bacias de nosso planeta, a neblina quente, emitida da terra que se resfriava, pairava como um denso nevoeiro sobre a Terra. Nessa época, as estrelas nas grandes alturas do universo nunca eram vistas, e nem a luz prateada da Lua podia penetrar a atmosfera densa e nebulosa que pairava sobre aquela antiga Terra. Mesmo o esplendor ígneo do Sol estava quase totalmente extinto, e quando estudamos a Memória da Natureza daquela época, vemos que ele se assemelhava a um lampião colocado num poste num dia enevoado. Era bastante obscuro e tinha uma aura de variadas cores, muito similar àquelas observadas ao redor de um arco de luz.
Mas, essa luz tinha um fascínio. Os antigos Atlantes foram instruídos pelas Hierarquias Divinas, que os acompanhavam, que aspirassem a luz e, como a visão espiritual já estava, então, em declínio (até mesmo os mensageiros, ou Elohim, eram percebidos com dificuldade pela maioria) eles aspiravam cada vez mais ardentemente à nova luz, pois temiam as trevas das quais se tornaram conscientes por meio da dádiva da Mente.
Então, ocorreu o inevitável dilúvio, quando a neblina esfriou e se condensou. A atmosfera clareou e o “povo escolhido” foi salvo. Aqueles que trabalharam internamente e aprenderam a construir os órgãos necessários para respirar numa atmosfera semelhante à atual, sobreviveram e vieram para a luz. Não foi uma escolha arbitrária; o trabalho do passado consistiu na construção do corpo. Aqueles que só possuíam fendas parecidas com brânquias, tal como o embrião humano que ainda as tem em seu desenvolvimento pré-natal[6], não estavam preparados fisiologicamente para entrar na nova Era[7], como não estaria o embrião humano se nascesse antes de construir os pulmões. O embrião humano morreria como morreram aqueles povos antigos quando a atmosfera rarefeita tornou inúteis as fendas parecidas com brânquias.
Desde o dia que saímos da antiga Atlântida, nossos corpos estão praticamente completos, isto é, não tivemos o acréscimo de novos veículos; mas, desde aqueles tempos e de agora em diante, os que desejam seguir a luz precisam se esforçar para obter o crescimento anímico. Os corpos que cristalizamos ao nosso redor precisam ser dissolvidos, e a quintessência da experiência extraída, que como “alma” pode ser amalgamada com o Espírito, para fomentá-lo da impotência à onipotência. Por isso, o Tabernáculo no Deserto foi proporcionado aos antigos e a luz de Deus desceu sobre o Altar dos Sacrifícios. Isso tem uma grande significância: o Ego tinha acabado de descer para dentro do seu tabernáculo, o corpo. Todos nós conhecemos a tendência do instinto primitivo para o egoísmo e, se tivéssemos estudado as éticas superiores, saberíamos quão subversiva do bem é a indulgência às tendências egoístas; portanto, Deus imediatamente colocou ante a Humanidade, a Luz Divina sobre o Altar dos Sacrifícios.”[8].
Isso foi de grande significação, pois indicou que o Ego havia descido até seu próprio Tabernáculo, o Corpo Denso.
Talvez nesta altura seja bom recordar que o século anterior ao nascimento de Jesus viu o mundo civilizado mergulhado numa orgia de imoralidade, traição e maldade. Roma, o maior poder desse tempo, era o centro do deboche e perversa intriga. Roma havia conquistado a Palestina no ano 63 A.C. Na década seguinte veio a rápida ascensão de Júlio César ao poder. A depravação e corrupção da corte e do governo eram disfarçadas sob a mais magnífica ostentação de fausto e opulência que o mundo jamais havia visto. Nesse tempo Herodes foi nomeado governador da Galileia e de Jerusalém. Foi sucedido pelo seu filho, que continuou a sua perseguição ao povo e exterminou todas as coisas virtuosas e puras. A evolução humana havia quase chegado a um ponto morto. A vida espiritual do mundo estava em decadência. Foi esse reinado de perversidade que precedeu a vinda de Cristo.
Por conseguinte, o advento do Cristo assinala o mais importante acontecimento da evolução humana. A sua significação e seu objetivo formam o enigma dos Mistérios Cristãos, porque esta encarnação de um Raio do Cristo Cósmico na Terra tornou possível a nós avançarmos na senda espiritual. O Corpo de Desejos da Terra foi purificado, e o Princípio de Cristo, que se encontra dentro de cada um de nós, foi consequentemente levado a se expandir.
O Cristo Cósmico é representado, no Evangelho Segundo S. João, pela Palavra, o Verbo, sem o qual nada do que foi feito se fez[9]. É esse segundo Princípio do Deus Trino e Uno do nosso Sistema Solar. E uma vez que fomos feitos à imagem do nosso Criador, também somos Trinos e Unos e temos latente o Poder de Cristo dentro de nós. Nós somos todos Cristos em essência, e só podemos cumprir o nosso elevado destino mediante os novos ensinamentos de Cristo: o Evangelho do Amor.
Buscando a luz na Escola dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental sabemos que Amor e Serviço, como foi exemplificado por Cristo Jesus, devem ser o nosso lema. Amando e servindo amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) o irmão e a irmã – focando na divina essência oculta que existe em cada um de nós, e que é a base da Fraternidade – atraímos a nós os dois mais elevados Éteres que formam o Corpo-Alma[10], o radioso traje de luz usado por toda pessoa Cristã verdadeiramente espiritualizada.
Aprendemos algo sobre o que o poder da luz espiritual e do amor Crístico podem nas nossas vidas. Alguns acariciaram vislumbres dessa luz, lampejos momentâneos de qualquer coisa dentro de si, deixando um brilho na sua consciência. Uma vez que somos abençoados com tal sensação, sabemos que temos tocado as orlas exteriores de algo que não é físico, emocional ou mesmo mental, mas sim qualquer coisa profunda, real e verdadeiramente espiritual. Experimentamos um sentimento nascente de companhia, talvez a razão pela qual algumas pessoas nunca se sentem sós, nunca necessitam de prazeres exteriores para se sentirem felizes.
Que devemos fazer para que a luz se manifeste através de nós em toda a sua glória? Amar e servir (por meio do amor Crístico e do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e a irmã – focando na divina essência oculta que existe em cada um de nós, e que é a base da Fraternidade, respectivamente), sim – após haver erradicado da nossa Mente todos os pensamentos de raiva, ódio, egoísmo, cólera, inveja, ciúmes, preguiça, desgraça, medo, temor e afins. Se usarmos nossa força de vontade para fazer isso repetidas vezes, uma modificação alquímica se realizará gradualmente. Certos átomos do nosso Corpo Denso se transmutam, de forma a podermos ser sensíveis às vibrações mais elevadas de abnegação, paciência, tolerância e amor. Morremos para a antiga vida, porque estamos “caminhando na luz”.
(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross e Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – dezembro/1976-Fraternidade Rosacruz-SP)
[1] N.T.: IJo 1:5
[2] N.T.: Gn 1:2
[3] N.T.: Gn 1:3
[4] N.T. Gn1:26
[5] N.T.: Gn 1:3
[6] N.T.: são fendas e arcos nos seus pescoços que são idênticos as fendas e arcos branquiais dos peixes atuais.
[7] N.T.: se refere à Era de Áries.
[8] N.T.: do capítulo XII – Um Sacrifício Vivente do livro: Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
[9] N.T.: Jo 1:3
[10] N.T.: O Éter Luminoso (ou de Luz) e o Éter Refletor.
“E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes de verdade.” (Ef 4:24).
“E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” (Col 3:10).
“Aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz.” (Ef 2:15).
“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (II Cor 5:17).
Existe um profundo significado oculto no termo “homem novo”, segundo o usou S. Paulo em suas distintas Epístolas, e para aqueles que desejam se adiantar nesses tempos de velocidade, essa é a chave para a vida diária.
Uma resolução “para por em prática o novo homem”, baseada sobre um claro entendimento do que significa exatamente esse termo, é procurar se corrigir ao começar de um novo ciclo, que pode ser até um ano novo.
Durante os Períodos de Saturno, Solar e Lunar e parte do Período Terrestre de nosso Esquema de Evolução, que é sétuplo e é de manifestação, o nosso trabalho, como um Espírito Virginal diferenciado em Deus (e não de Deus) consistiu na construção dos nossos Corpos e veículo, porém, desde o tempo em que saímos da antiga Atlântida (na Época Atlante desse Período Terrestre) e de agora em diante (até o final do Período de Vulcano), se desejamos seguir o Caminho da Evolução, para frente e para cima, em um processo evolutivo devemos nos esforçar pelo crescimento da nossa Alma, o Crescimento Anímico. Os Corpos Denso, Vital e de Desejos, que cristalizamos ao nosso redor (tomando material dos Mundos e das Regiões recíprocas), devem ser sutilizados e descristalizados e deles extrairmos a quintessência da experiência, a qual como “Alma” será amalgamada por nós em cada um dos nossos veículos espirituais (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano) para alimentar cada um deles e, assim, nos converter “homem velho” em “homem novo”.
Para assinalar esse Caminho de Evolução de progresso, foi nos fornecido, quando renascíamos na Época Atlante o Tabernáculo no Deserto (a primeira igreja) e a Luz de Deus desceu sobre o Altar dos Sacrifícios. Naquela Época, nós tínhamos acabado de tomar posse de nosso “Tabernáculo”: acabávamos de concentrizar todos os pontos do nosso Corpo Denso e Corpo Vital e, com isso, passamos a governar nossos Corpos internamente. A fim de restringir o primitivo instinto de egoísmo e nos guiar para fora da indulgência das tendências egoísticas, Deus colocou imediatamente ante ele a Luz Divina sobre o Altar dos Sacrifícios no Tabernáculo no Deserto. Desse modo, o sacrifício se fez a “Luz” que nos guiou ao caminho da Alma, o caminho que conduz ao processo do “novo homem”.
Por meio do sacrifício dos interesses pessoais, formos aprendendo a nos elevar sobre a Lei das Religiões de Raça, criando “dentro de nós mesmos um ser novo, e por esse ser realizando a paz”. Agora, temos tudo o que precisamos para nos tornarmos amorosos e servidores dos demais, plenos de um verdadeiro senso da unidade de cada um com todos. Essa realização vai libertando o poder do Amor Eterno e as cristalizações, nascidas do egoísmo começam a desaparecer. A Mente se volta para canais construtivos e os pensamentos, aborrecimentos, temores vão sendo substituídos pela tolerância, compreensão e compaixão, se seguirmos esse Caminho.
As ligaduras pelas posses materiais começam a se afrouxar, e vem um profundo sentimento de realização que só aquelas qualidades espirituais que “nem a traça e nem a ferrugem corroem, nem os ladrões arrombam para roubar.” (Mt 6:19) são substanciais.
Os esforços persistentes diários para amar e servir amorosa e desinteressada (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e a irmã que está ao nosso lado, focando na divina essência oculta em cada um de nós, nos capacitam para ganhar a ascendência e, assim, teremos “abolido em sua carne a inimizade, de acordo com a lei dos mandamentos contidos nas escrituras” (Ef 2:15).
Uma crescente reverência para toda classe de vida pode nos levar a nos alimentar somente de alimentos que não venham de Corpos dos nossos irmãos menores, os animais (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins) e, em consequência, a uma limpeza na corrente sanguínea. Todos nós estamos aptos para funcionar em grandes propósitos em nosso veículo físico e “eis aqui, que todas as coisas se fazem novas.” (IICor 5:17).
(Publicado na Revista Rosacruz do Centro Rosacruz de Córdoba, Argentina, traduzido e publicado na Revista Rosacruz de maio/1983-Fraternidade Rosacruz-SP)
Há doze sais no corpo conhecidos como sais celulares; eles são vitais e representam os doze Signos do Zodíaco. Esses sais são necessários para construção do corpo. Não são sais minerais, como geralmente se supõe, mas sim vegetais. O mineral não tem Corpo Vital e é apenas por meio do Corpo Vital que a assimilação é conseguida. Por isso temos que obter esses sais por meio do Reino vegetal.
Quer saber mais sobre esse assunto?
Acesse aqui: Os Sais Celulares
SIGNO: Touro, o touro
QUALIDADE: Fixo; ou consciência dirigida gradual e consistentemente para estabelecer e manter um centro estável.
ELEMENTO: Terra; ou consciência em harmonia com o tangível, dimensões exteriores e manifestações da vida. Entre outras coisas, o elemento Terra corresponde aos sólidos, o Corpo Denso, a Região Química do Mundo Físico e o Tríplice Corpo.
NATUREZA ESSENCIAL: Tranquilidade
ANALOGIA FÍSICA: Terra ou solo fértil.
PLANETA REGENTE: Vênus. Porque ele é capaz de expressar suas funções mais fáceis e livremente quando ele está situado nesse Signo. Vênus representa a necessidade de expressar o amor e a afeição, experimentar a paz, a harmonia e a beleza, e se esforça para a elevação moral e o refinamento estético.
CASA CORRESPONDENTE: a 2ª Casa corresponde a Touro e representa o desejo para a segurança no Mundo exterior. Combinando os fatores precedentes nós vemos que Vênus em Touro e na segunda Casa representa a consistente e firme necessidade de expressar o amor e a afeição, a paz experimentada, a harmonia e a beleza, e se esforça para a elevação moral e o refinamento estético em uma maneira tangível e externa, através do desejo de obter segurança no mundo exterior.
ANATOMIA ESOTÉRICA: representa o Corpo de Desejos.
ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: crânio e base do cérebro, cerebelo, pons varolii, medula oblongata, mandíbula inferior, língua, palato, garganta, faringe, laringe, tonsilas, adenoides, ouvidos, Tubo de Eustáquio, vértebra e nervos cervicais, glândulas salivares, glândula Tireoide e glândulas paratireoides.
FISIOLOGIA: Vênus, o Regente de Touro, governa o processo fisiológico envolvidos no gosto, cheiro, metabolismo dos carboidratos (aqui junto com Mercúrio), filtração dos resíduos nos níveis celulares e orgânicos, produção (aqui junto com a Lua) dos hormônios femininos, produção de insulina, circulação do sangue nas veias e o funcionamento da glândula Timo.
TABERNÁCULO NO DESERTO: representa o Altar dos Sacrifícios, que ficava dentro do Portão Leste. Esse Altar simboliza o sacrifício dos nossos próprios desejos, a fim de que as necessidades para o nosso progresso espiritual possam ser realizadas. Nossos desejos para termos facilidades e conforto e para termos ganho pessoal e poder, deve dar lugar ao desejo de participar em um plano mais abrangente que veja além do momento atual e além da personalidade. Esse sacrifício fornecerá o combustível para alimentar nossas aspirações espirituais.
MITOLOGIA GREGA: Na mitologia grega Vênus eram os deuses: Afrodite, Hera e Eros. Afrodite é a deusa do amor, Hera, a deusa do casamento (refletindo o regente de Libra que também é Vênus) e Eros que corresponde ao Cupido da mitologia romana, é o atendente de Afrodite. Eros representa a força de atração e de coesão entre as pessoas.
CRISTIANIDADE CÓSMICA: Em sua ascensão aos Mundos superiores, o Cristo passa através do Mundo do Desejo e nesse tempo do ano Ele se esforça para purificar as condições lá prevalecentes. Então, Ele ajuda a dispersar os miasmas do egoísmo e de outras forças astrais negativas, tornando possível para nós obtermos material mais puro para construirmos melhores Corpos de Desejos. Isso acelera o dia em que nós sejamos capazes de conquistar nossa natureza inferior.
(traduzido da Revista: Rays from the Rose Cross – maio/1978 pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
S. Paulo, em sua Carta aos Hebreus[1], forneceu uma descrição do Tabernáculo e muitas informações sobre os costumes que lá se usavam, os quais beneficiariam o Estudante a conhecê-los. Entre outras coisas observe que ele chama o Tabernáculo de “uma sombra das boas coisas que virão”[2].
Há, nesse antigo Templo de Mistério, uma promessa feita que ainda não foi cumprida, uma promessa que é tão boa hoje como o foi naquele tempo em que foi feita.
Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, facilmente veremos a sombra da Cruz.
Começando pelo portão oriental havia o Altar dos Sacrifícios; um pouco além, em direção ao Tabernáculo, encontramos o Lavabo da Consagração, o Mar Fundido, no qual se lavavam os Sacerdotes. Logo depois de entrarmos na Sala Oriental do Templo encontramos uma peça de mobiliário, o Candelabro Dourado, no lado extremo esquerdo de quem entra, e a Mesa dos Pães da Proposição no lado extremo direito de quem entra, os dois formando uma cruz com o caminho que temos seguido ao longo do Tabernáculo. No centro e em frente do segundo véu, encontramos o Altar de Incenso, que forma o centro da cruz, enquanto a Arca, colocada na parte mais ocidental da Sala Ocidental, o Santo dos Santos, representa a parte mais curta ou superior da Cruz. Desse modo, o símbolo do gradual desenvolvimento ou revelação espiritual, que hoje é o nosso específico ideal, foi representado ou indicado vagamente no antigo Templo de Mistério, e aquela consumação que se atinge no topo da cruz, a plenitude da lei dentro de nós como estava dentro da Arca é a única que deve interessar atualmente a todos nós. A Luz que brilha sobre o Propiciatório no Santo dos Santos, no topo da cruz, no fim do caminho nesse mundo, é a luz ou o reflexo do Mundo invisível, em que o candidato procura entrar quando, ao seu redor, tudo no mundo se tornou para ele sombrio e obscuro. Só quando atingimos esse estado, em que percebemos a luz espiritual que nos acena, a luz que paira sobre a Arca, somente quando permanecemos à sombra da Cruz, podemos conhecer o significado, o objetivo e a meta da vida.
Atualmente, podemos aproveitar as oportunidades que são oferecidas e prestar o serviço com maior ou menor eficiência, porém, somente quando por meio desse serviço desenvolvermos a luz espiritual dentro de nós, que é o Corpo-Alma, e assim tivermos obtido acesso à Sala Ocidental, chamada o Vestíbulo da Libertação, então perceberemos e compreenderemos realmente o motivo pelo qual estamos no mundo e o que necessitamos para nos tornarmos propriamente úteis. Entretanto, nós não podemos permanecer ali quando tenhamos obtido acesso. Ao Sumo Sacerdote era permitido entrar somente uma vez por ano; havia um longo intervalo de tempo entre esses lampejos do real propósito da existência. Durante esse intervalo, o Sumo Sacerdote precisava sair e viver entre seus irmãos, a humanidade, servindo-os da melhor maneira que pudesse e, porque não era perfeito, pecava, para de novo entrar no Santo de Santos, após ter feito as reparações devidas pelos seus pecados.
Atualmente, sucede algo similar conosco. Por vezes, nós obtemos vislumbres das coisas que nos estão reservadas e das coisas que devemos fazer para seguirmos Cristo ao lugar para onde Ele foi. Você relembra que Ele disse aos Seus Discípulos: “Não podes seguir-me agora aonde vou, mas me seguirás mais tarde”[3]. E sucede o mesmo conosco. Devemos olhar repetidamente para dentro desse templo escuro, o Santo dos Santos, antes de estarmos realmente capacitados para permanecer lá; antes que estejamos realmente preparados para darmos o último passo e, assim, subir até o cume da Cruz, o lugar da caveira, aquele ponto, em nossas cabeças, por onde o Espírito sai quando deixa o seu Corpo quando da morte, ou entrando e saindo como um Auxiliar Invisível. Esse Gólgota é a melhor realização humana alcançável e devemos estar preparados para entrar muitas vezes na sala obscura antes que estejamos prontos para esse clímax final.
[1] N.T.: Capítulos 8, 9 e 10.
[2] N.T.: Hb 10:1: a sombra dos bens futuros.
[3] N.T.: Jo 13:36
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Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Candelabro era de ouro puro; ele era todo cinzelado: pedestal, haste, cálices, botões e flores formarão com ele uma só peça. Dos seus lados saiam seis braços, três de cada lado. Cada braço tinha três cálices, com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com flor de amêndoa no outro lado, com botão e flor. Assim eram os seis braços saindo do candelabro. Mas o tronco do candelabro tinha quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: um botão sob os dois primeiros braços que saíam do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos braços; assim se tinha com os seis braços que saíam do candelabro. Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro. E tudo será feito com um bloco de ouro batido. Havia também sete lâmpadas, de modo que ficavam elevadas e iluminavama parte dianteira.
Quando o sacerdote se posicionava no centro da Sala Leste do Tabernáculo, o Candelabro de sete Braços ficava à sua esquerda em direção ao sul.
“Faça um candelabro de ouro puro; ele será todo cinzelado: pedestal, haste, cálices, botões e flores formarão com ele uma só peça. Dos seus lados sairão seis braços, três de cada lado. Cada braço terá três cálices, com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com flor de amêndoa no outro lado, com botão e flor. Assim serão os seis braços saindo do candelabro. Mas o tronco do candelabro terá quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: um botão sob os dois primeiros braços que saem do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos braços; assim se fará com os seis braços que saem do candelabro.Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro. E tudo será feito com um bloco de ouro batido. Faça também sete lâmpadas, de modo que fiquem elevadas e iluminem a parte dianteira.” (Ex 25: 31-40 e 37: 17-24).
Isso simbolizava o fato de que os sete dadores de luz, ou Planetas que trilham a dança do círculo místico ao redor da órbita central, o Sol, deslocam-se na estreita faixa abrangendo oito graus de cada lado do caminho do Sol, que é chamado de Zodíaco. “Deus é luz” e os “Sete Espíritos diante do Trono” são Ministros de Deus; portanto, eles também são mensageiros da luz para a humanidade.
Além disso, como os céus ficam iluminados, quando a Lua em suas fases chega à ‘plenitude’ na parte oriental dos céus, também a Sala Leste do Tabernáculo ficava cheia de LUZ, indicando visivelmente ali a presença de Deus e Seus sete ministros, os Anjos Estelares.
Podemos observar, de passagem, a luz do Candelabro de Ouro, que era clara e a sua chama sem odor, e compará-la com a esfumaçada chama no Altar dos Sacrifícios que, em certo momento, gerava escuridão ao invés de dissipá-la. Mas, há um significado ainda mais profundo e sublime nesse símbolo do fogo, que não entraremos em discussão até tratarmos da Glória de Shekinah, cujo brilho deslumbrante pairava sobre o Propiciatório na Sala Ocidental. Antes de entrarmos nesse assunto, precisamos compreender todos os símbolos que estão entre o Candelabro de Ouro e o sublime Fogo do Pai, que era o ponto mais elevado do Santo dos Santos (Sanctum Sanctorum), a parte mais sagrada do Tabernáculo no Deserto.
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Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Altar de Bronze, Altar dos Sacrifícios ou Alta dos holocaustos do Tarbernáculo no Deserto estava localizado dentro do portão leste[1] e era utilizado para o sacrifício de animais durante o serviço no templo.
“Os varais serão enfiados nas argolas, de modo que fiquem dos dois lados do altar, quando este for transportado. Faça o altar com tábuas e oco, conforme o modelo que foi mostrado a você na montanha.” (Ex 27; 3-8).
“Eis o que você deverá oferecer sobre o altar: dois cordeiros machos de um ano, cada dia e perpetuamente. Ofereça um dos cordeiros pela manhã e outro pela tarde. Com o primeiro, ofereça quatro litros e meio de flor de farinha amassada, com um litro e meio de azeite de olivas amassadas, e uma libação de um litro e meio de vinho. Pela tarde, ofereça o segundo cordeiro, junto com uma oferta e uma libação, como aquelas da manhã, uma oferta de suave odor queimada para Iaweh. Esse é o holocausto perpétuo por todas as gerações, na presença de Iaweh, junto à entrada da tenda da reunião, onde me encontrarei com vocês para falar. Aí eu irei me encontrar com os filhos de Israel. E o lugar ficará consagrado com a minha glória.” (Ex 29; 38-43).
A ideia de utilizar bois e bodes como sacrifícios parece bárbaro para a mentalidade moderna, e não podemos alcançar a compreensão de que isso pudesse resultar em algo eficaz como efeito ao sacrifício. De fato, a Bíblia relata sobre isso detalhadamente e fornece uma explicação sobre o assunto, quando nos diz, repetidamente, que Deus não deseja sacrifícios, mas um espírito aquebrantado e um coração contrito[2], e que Ele não quer sacrifícios de sangue[3]. À vista desse fato, parece estranho que os sacrifícios fossem uma vez sido ordenados. Contudo, devemos entender que nenhuma religião pode elevar aqueles a quem lhe foi concebido ajudar, se seus ensinamentos estiverem muito acima do seu nível intelectual ou moral. Para apelar a um bárbaro, a religião deve ter certos traços bárbaros. Uma religião de amor nunca poderia ter sido atraente para aquelas pessoas; por isso, a elas foram fornecidas uma lei que exigia “um olho por um olho e um dente por um dente”[4]. Não há, no Velho Testamento, qualquer menção à imortalidade, porque essas pessoas não poderiam compreender um céu e nem a ele aspirar. Entretanto, elas amavam as posses materiais e, por isso, foram instruídas que, se procedessem corretamente, elas e sua descendência habitariam na Terra para sempre e, que seu gado seria multiplicado, etc.
Elas adoravam as posses materiais e sabiam que o aumento dos seus rebanhos ocorria pela disposição de Deus, e dado por Ele segundo o mérito. Assim, elas foram ensinadas a agir corretamente na esperança de uma recompensa nesse mundo atual. Também foram dissuadidas de praticar o mal, devido ao rápido castigo que sofreriam em consequência da retribuição por seus pecados. Isso era a única maneira que elas entendiam. Elas não podiam fazer o bem pelo simples prazer de fazer o bem, e muito menos podiam compreender o princípio de se tornarem elas próprias “sacrifícios viventes” e, provavelmente, sentiam tanto a perda de um animal quando cometiam o pecado, assim, como nós sentimos as dores agudas da consciência por nossas más ações.
O Altar era feito de bronze, um metal não encontrado na natureza, porém, fabricado pelo ser humano a partir de cobre e zinco. Assim, simbolicamente, é mostrado que o pecado não estava originalmente previsto em nosso Esquema de Evolução[5], e é uma anomalia na natureza, bem como suas consequências, isto é, a dor e morte, que são simbolizadas pelas vítimas sacrificadas. Contudo, enquanto o próprio Altar era feito de metais compostos artificialmente, o fogo que queimava incessantemente era de origem divina, e era mantido aceso ano após ano com o mais zeloso cuidado. Nenhum outro fogo jamais foi usado, e podemos notar um resultado declarado que, quando dois sacerdotes presunçosos e rebeldes ousaram desobedecer a esse mandamento e usar um fogo estranho, eles depararam, como retribuição, uma morte horrível e instantânea[6]. Quando, uma vez prestado um juramento de lealdade ao Mestre místico, o Eu Superior, é extremamente perigoso desconsiderar os preceitos então fornecidos.
Quando o candidato aparece no portão leste, se encontra “pobre, nu e cego”. Naquele momento, ele é digno de compaixão, precisando ser vestido e trazido à luz, mas, isso não pode ser feito imediatamente no Templo místico.
Durante o período do seu progresso, da condição de nudez até que ele tenha sido trajado com as vestes resplandecentes do sumo sacerdote, há um longo e difícil caminho a ser percorrido. A primeira lição que lhe é ensinada é que o ser humano progride somente por meio de sacrifícios e sozinho. Na Iniciação Cristã Mística , quando o Cristo lava os pés dos Seus Discípulos, a explicação fornecida é que a menos que seja oferecida a decomposição dos minerais como forma de alimento ao reino vegetal, não haveria vegetação; também, se os alimentos vegetais não fossem o sustento para os animais, esses últimos não conseguiram se expressar; e assim sucessivamente – o superior está sempre se alimentando do inferior. Portanto, o ser humano tem uma obrigação para com os animais, e assim o Mestre lava os pés dos Seus Discípulos, simbolizando nesse humilde serviço o reconhecimento do fato de que eles O serviram como bases de apoio para algo mais elevado.
Do mesmo modo, quando o candidato é trazido ao Altar de Bronze, aprende a lição de que o animal é sacrificado por sua causa, dando seu corpo como alimento e sua pele como vestuário. Além disso, ele vê a densa nuvem de fumaça flutuando sobre o Altar e percebe dentro dela uma luz, porém, essa luz é muito tênue e muito encoberta pela fumaça para servir como orientação permanente para ele. Seus olhos espirituais são frágeis, portanto, não faria sentido expô-los imediatamente à luz das verdades espirituais mais elevadas.
O Apóstolo São Paulo nos ensinou que o Tabernáculo no Deserto era uma sombra de grandes coisas que vêm. Por isso, pode ser interessante e proveitoso ao candidato que vem ao Templo em tempos atuais descobrir qual é o significado desse Altar de Bronze, com seus sacrifícios e a queima da carne. A fim de que possamos compreender esse mistério, primeiro de tudo, devemos assimilar a grande e absoluta ideia essencial que fundamenta todo verdadeiro misticismo; a saber, que essas coisas estão dentro e não fora de nós. Angelus Silesius diz sobre a Cruz:
“Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma segue extraviada.
Olharás em vão a Cruz do Gólgota,
Enquanto ela não se erguer dentro de ti mesmo novamente.”
Essa ideia deve ser aplicada a todo símbolo e a toda fase da experiência mística.
Não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo interno. O Tabernáculo foi construído no passado; é claramente visto na Memória da Natureza quando a visão interior tenha sido suficientemente desenvolvida para tal; porém, ninguém deve esperar qualquer ajuda do símbolo externo. Devemos construir o Tabernáculo dentro dos nossos corações e da nossa consciência. Devemos vivenciar, como uma real experiência interna, o ritual completo do serviço lá demonstrado. Devemos ser, tanto o Altar dos Sacrifícios como o animal sacrificado repousado sobre ele. Devemos ser, igualmente, o sacerdote que imola o animal e o próprio animal imolado. Mais tarde, devemos aprender a nos identificar com o Lavabo místico e devemos aprender a nos lavar nele, em espírito. Em seguida, devemos adentrar pelo primeiro véu, servir na Sala Oriental, e prosseguir através de todo serviço do Templo até nos tornarmos o maior de todos esses antigos símbolos, a Glória de Shekinah,ou isso de nada nos beneficiará. Em resumo, antes que o símbolo do Tabernáculo possa, realmente, nos ajudar, devemos transferi-lo do deserto para um lar em nossos corações, para que quando nós nos tornarmos em tudo que aquele símbolo é, também tenhamos nos tornados naquilo que ele significa em espiritualidade.
Vamos começar, então, a construir dentro de nós o Altar dos Sacrifícios, primeiramente, para que nele possamos imolar nossas transgressões e depois expiá-las no crisol do remorso. Isso é realizado, no moderno sistema de preparação para o Discipulado, por um exercício que se executa à noite[7], e que foi cientificamente elaborado pelos Hierofantes da Escola de Mistérios Ocidental para crescimento do Aspirante no caminho que conduz ao Discipulado. Outras escolas ensinaram um exercício similar, mas esse difere de todos os métodos anteriores, em um ponto particular. Depois da explanação dos exercícios, daremos a razão dessa grande e fundamental diferença. Esse método especial tem um efeito de longo alcance, que possibilita que se aprenda agora, não somente as lições que se deveria aprender, normalmente, nessa vida, mas a alcançar um desenvolvimento que, de outro modo, não poderia ser alcançado senão somente em muitas vidas futuras.
À noite, quando nos retiramos para dormir, o corpo deve estar relaxado. Isso é muito importante, pois quando alguma parte do corpo está tensa, o sangue não circula livremente; tal parte está temporariamente aprisionada, sob pressão. Como todo desenvolvimento espiritual depende do sangue, o esforço máximo para alcançar o crescimento anímico não pode ser feito, enquanto qualquer parte do corpo está sob tensão.
Quando o relaxamento ideal é alcançado, o Aspirante à vida superior começa a rever as cenas do dia, porém, não deve começar com as ocorrências da manhã e encerrar com os acontecimentos da noite. Ele as revive em ordem inversa: primeiro as cenas da noite, então os acontecimentos da tarde e, por fim, as ocorrências da manhã. A razão para isso é que no instante do nascimento, quando a criança inala a sua primeira completa respiração, o ar inspirado pelos pulmões carrega com ele uma imagem do mundo exterior e, à medida que o sangue passa pelo ventrículo esquerdo do coração, cada cena da vida é retratada em um pequeno Átomo-semente ali localizado. Cada inspiração traz consigo novas imagens que ficam gravadas naquele pequeno Átomo-semente, um registro de cada cena e de cada ação praticada durante toda a nossa vida, desde a primeira respiração até o último suspiro. Após a morte, essas imagens formam a base da nossa existência no Purgatório. Sob as condições dos Mundos espirituais, sofremos dores cruciantes de consciência tão agudas, inacreditáveis, por cada má ação cometida e, assim, nos sentimos desencorajados em continuar no caminho do transgressor. A intensidade das alegrias que experimentamos devido as nossas boas ações praticadas atua como um estímulo para seguir o caminho da virtude nas vidas futuras. Porém, na existência post-mortem esse panorama da vida é revisto na ordem inversa, a fim de mostrar, primeiramente, os efeitos e depois as causas que os geraram, para que o espírito possa aprender como a Lei de Causa e Efeito funciona na vida. Por esse motivo, o Aspirante, que está sob a orientação científica dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, recebe ensinamentos para realizar seu exercício noturno também na ordem inversa, julgando-se diariamente e, assim, ele pode escapar do sofrimento no Purgatório após a morte. Contudo, devemos compreender que não haverá mérito algum se as cenas do dia forem feitas superficialmente. Não é suficiente quando revemos uma cena em que nós tenhamos prejudicado seriamente e causado a alguém muita dor e sofrimento e dizer simplesmente: “Bem, lamento muito pelo que fiz. Eu gostaria de nunca ter feito isso”. Nesse momento, somos o animal sacrificado repousado sobre o Altar dos Sacrifícios e, a menos que consigamos sentir em nossos corações o fogo divinamente inflamado do remorso queimando até o mais profundo do nosso ser, devido às nossas más ações praticadas durante o dia, de nada valerá.
Durante a antiga Dispensação[8], todas os sacrifícios eram esfregados com sal, antes de colocadas no Altar dos Sacrifícios. Todos sabemos como dói e queima quando, acidentalmente, esfregamos sal em um ferimento recente. Esse salgamento nos sacrifícios naquele Antigo Templos de Mistérios simbolizava a intensidade da dor que devemos sentir, quando nós, como sacrifícios vivos, nos colocamos sobre o Altar dos Sacrifícios. É o sentimento do remorso, o profundo e sincero arrependimento pelo que fizemos, que erradica a imagem do Átomo-semente, limpando-o e deixando-o sem manchas e, assim como na antiga Dispensação os transgressores eram justificados, quando traziam uma oferenda para ser queimada ali no Altar dos Sacrifícios, assim também nós, nos tempos atuais, ao realizar cientificamente o exercício noturno de Retrospecção, eliminamos o registro de nossos pecados. É uma conclusão precipitada que não poderemos continuar, noite após noite, a executar esse sacrifício vivo sem nos tornarmos consequentemente melhores e, deixando pouco a pouco de cometer os erros, pois do contrário seremos obrigados a nos responsabilizar quando nos recolhemos para fazer o exercício noturno. Assim, além de nos purificar de nossas falhas, esse exercício nos eleva a um nível mais elevado de espiritualidade que, de outra maneira, não poderíamos alcançar na vida atual.
Também vale ressaltar que quando um indivíduo cometia um grave delito e se refugiava no santuário, ele encontrava proteção à sombra do Altar dos Sacrifícios, pois, ali, somente o fogo divinamente inflamado podia executar o julgamento. Ele escapava das mãos dos seres humanos, mas se colocava sob as mãos de Deus. Também, de modo semelhante, o Aspirante que reconhece suas más ações todas as noites, se refugiando no altar do julgamento vivente, alcança o santuário da Lei de Causa e Efeito, e “mesmo que seus pecados sejam escarlates, ficarão tão brancos como a neve.”[9].
[1] N.T.: No Átrio do Tabernáculo
[2] N.T.: Sl 51:19
[3] N.T.: Sl 51:18
[4] N.T.: Ex 21:24
[5] N.T.: Nosso Esquema de Evolução começou no Período de Saturno e vai até o Período de Vulcano.
[6] N.T.: Lv 10:1
[7] N.T.: Esse exercício noturno é chamado de Exercício de Retrospecção.
[8] N.T.: Primeira e Segunda Dispensações, de um total de quatro.
[9] N.T.: Is 1:18
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Que as rosas floresçam em vossa cruz