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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Tábuas da Lei dentro da Arca da Aliança do Tabernáculo no Deserto e a sua Significância Oculta

Como vimos, havia três coisas dentro da Arca da Aliança, que ficava na Sala Oeste do Tabernáculo no Deserto: o Pote de Ouro do Maná, o Bastão que floriu e as Tábuas da Lei. Vamos, agora, estudar as Tábuas da Lei.

As Tábuas da Lei continha os Dez Mandamentos:

Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniquidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. Não pronunciarás o nome de Javé, teu Deus, em prova de falsidade, porque o Senhor não deixa impune aquele que pronuncia o seu nome em favor do erro. Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás durante seis dias, e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o estrangeiro que está dentro de teus muros. Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que contêm, e repousou no sétimo dia; e por isso. o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou. Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus. Não matarás. Não cometerás adultério. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho contra teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence.” (Ex 20:3-17).

Encontramos nos Ensinamentos Rosacruzes uma descrição rápida de cada um desses Dez Mandamentos:

  1. O primeiro grande Mandamento é: Amarás a teu Deus – toda a Filosofia Rosacruz é uma revelação de Deus em manifestação. Deus é conhecido pelos Seus atributos, e sabemos que Deus é Amor. No Serviço do Templo temos 15 qualidades do Amor!
  2. Não terás ídolos – tudo o que ocupa o lugar de Deus, em nossas Mentes ou em nossos Corações, é um ídolo. Temos ainda ídolos. Os seus nomes são: Eu, Dinheiro, Egoísmo, Família, Prazer, Tabaco, Bebidas alcoólicas, Sexo, Fanatismo religioso, Posição social, Popularidade e, também, as nossas Dores, Penas e Sofrimentos.
  3. Não blasfemarás – A blasfêmia define-se com o uso do Sagrado Nome irreverentemente, ou na invocação de um juramento. Estando o Sagrado Nome relacionado com a ideia do Criador, cada vez que se usa irreverentemente, produz-se um conflito de vibrações nos veículos mais elevados:  efeito danoso sobre a mente e as emoções, fortalecendo nossa natureza mais baixa.
  4. Guardarás o descanso do “Sabbath” – A palavra “shabbath”, como derivada da hebreia “Shabbath” significa – descansar. Não tem nenhuma relação com a palavra “shebha”, que significa sete, mas sim com: Saturno, Sol e Lua.
  5. Honrarás a Teu Pai e a tua Mãe – refere-se por completo à lei espiritual da geração. O guardá-la assegura-nos as melhores relações paternais nesta vida e nas futuras. A desobediência a esta Lei ocasiona muitas penas e sofrimentos na vida familiar.
  6. Não Matarás – continuamente desobedecido desde que o ser humano começou a combater com o seu vizinho. Não devemos destruir nenhum bem, em nós ou nos outros. E matamos não somente tirando a vida ao corpo, mas de muitas outras maneiras.
  7. Não Cometerás Adultério – desde a “queda do Homem”, os profetas e os videntes têm praticado o Mandamento da pureza geradora. Todavia, na época em que vivemos, ainda o vício social minando a saúde da humanidade e o progresso da raça para a vitória.
  8. Não Roubarás – Tudo o que nós temos é nosso, sob as grandes Leis de Causa e Efeito e do Renascimento. Se adquirimos algo por meio de roubo, perdemos por esse fato tudo o que nos parece ter ganho. Há outras classes de roubo diferentes das materiais.
  9. Não Mentirás – Max Heindel revelou muito acerca das causas e dos efeitos das mentiras no livro a “A Teia do Destino – O Efeito Oculto das Nossas Emoções”. A mentira tem a sua causa no desejo natural, geralmente egoísta e ignorante, pelo qual estamos sempre dispostos a afirmar as coisas que desejamos que sejam certas, prescindindo da verdade do assunto.
  10. Não Cobiçarás os Bens Alheios – A avareza é a obsessão de cobiçar os bens alheios. Eu quero alcançar o que quero ter, são os ritmos em que se movem os que cobiçam.

Vamos relembrar, também, que para entendermos o que essas Leis significam e como obedecê-las nessa Região Química do Mundo Físico, tivemos antes de completar o despertar do nosso Tríplice Espírito, a obtenção do nosso Tríplice Corpo e, finalmente, o elo entre os dois: a Mente.

Sem a obtenção da Mente nós não tínhamos a menor condição de entender e, portanto, obedecer ou não essas Leis.

Somente após a obtenção da nossa Mente – que, na terminologia Rosacruz, foi nos dada, como Átomo-semente, pelos Senhores da Mente, iniciando, para uns poucos, na última parte da Época Lemúrica e, para a maioria, na primeira e segunda parte da Época Atlante – é que começamos a precisar dessas leis para a nossa evolução.

Para entendermos os motivos para que necessitássemos um regime de Lei foi o rumo que tomamos a partir do momento em que começamos a utilizar a Mente e a partir dela, expressar nossos primitivos pensamentos em emoções, sentimentos, palavras e atos.

Ou seja: a nossa constituição estava completa; ficamos, então, equipados para conquistar o mundo e gerar força anímica pelo nosso esforço e experiência, tendo individualmente vontade própria e livre-arbítrio, exceto quando limitado pelas leis da natureza e por nossas próprias ações anteriores.

Só que, ao sentir nosso valor como seres humanos separados, começamos a ser astuciosos, nos apegar aos interesses individuais, nos tornamos ambiciosos, pedíamos recompensas pelas nossas obras.

A memória tornou-se um importante fator na vida da comunidade.

A recordação das proezas de alguns fazíamos eleger para Guia o que tivesse realizado feitos mais importantes.

Aos poucos fomos nos tornando soberbos, usamos a corrupção e aplicamos o engrandecimento pessoal; sujeitamo-nos a ambição e ao egoísmo; abusamos dos poderes que íamos adquirindo, oprimindo e nos vingando.

Arrogância e brutalidade reinavam.

É fácil compreender que tais abusos tinham de produzir terríveis condições.

E isso ocorria porque deixamos que a nossa natureza animal, o Corpo de Desejos, regesse a nossa Mente infantil naquela Época.

O que também levou a necessidade da existência de um regime de Leis foi a passagem necessária que tivemos que experimentar e que faz parte da nossa educação para com os seres divinos e com a aproximação consciente para o nosso Pai, Deus, nosso criador.

Essa educação efetua-se em quatro grandes etapas:

Na primeira, as Hierarquias Criadoras (na Bíblia conhecidas como Elohim) agem sobre nós, de fora, enquanto permanecemos inconscientes dos Mundos nos quais estávamos funcionando (Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico). Isso está veladamente referido na Bíblia como “Reis de Edom” e no mistério de Melquisedeque, “rei e sacerdote ao mesmo tempo”

Na segunda etapa, somos colocados sob a direção dos Mensageiros Divinos e Reis, a quem vemos, e a cujas ordens devemos obedecer. Os Guias da humanidade (na terminologia Rosacruz, conhecidos como Senhores de Vênus – alguns poucos eram também orientados pelos Senhores de Mercúrio) prepararam grandes Reis para o povo, revestidos de grande poder. Nós honrávamos esses reis com toda a reverência devida aos que, na verdade, eram reis “pela graça de Deus”.

Na terceira etapa somos ensinados a reverenciar as ordens de um Deus a Quem não vemos. Isso porque chegou o tempo de começar a guiar-nos por nós mesmos, a fim de prosseguir no desenvolvimento futuro. Aqui é que nos atrapalhamos e exercemos de uma maneira perniciosa essa relação. Podemos resumir essa passagem assim: “Anteriormente, vistes Aqueles que vos guiavam. Sabeis, porém, que há Guias de maiores graus de esplendor, superiores aos primeiros, que nunca vistes, mas que vos guiaram sempre, grau a grau, na evolução da consciência. Exaltado e acima de todos esses Seres gloriosos está o Deus invisível, criador do céu e da terra sobre a qual estais. Ele quis dar-vos domínio sobre toda a terra, para que possais frutificar e multiplicar-vos nela. Deveis adorar a este Deus invisível, mas adorá-Lo em Espírito e Verdade, e não fazer nenhuma imagem d’Ele, nem procurar pintá-Lo semelhante a vós, porque ele está presente em todas as partes e além de toda comparação ou semelhança. Se seguirdes os Seus preceitos Ele vos abençoará abundantemente e vos cumulará de bens. Se vos afastardes dos Seus caminhos, os males virão sobre vós. A escolha é vossa. Sois livres, mas devereis sofrer as consequências de vossos próprios atos”.

Finalmente, na quarta etapa aprendemos a nos elevar sobre toda ordem, a nos converter em uma lei em nós mesmos. Conquistando-nos a nós mesmos, aprendemos a viver voluntariamente, em harmonia com a Ordem da Natureza, que é a Lei de Deus.

Resumindo: quando o Aspirante estava no portão oriental como filho do pecado, a lei estava fora dele, como orientador para trazê-lo a Cristo. Exigia com severidade implacável um “olho por olho e dente por dente”. Cada transgressão trazia uma recompensa justa, e o ser humano estava circunscrito por todos os lados por leis que o ordenavam a fazer certas coisas e a não fazer outras. Contudo quando, por meio de sacrifício e serviço, ele finalmente chegou ao estágio de evolução representado pela Arca na sala ocidental do Tabernáculo, as Tábuas da lei estavam dentro dele. Então, ele se emancipou de toda a interferência externa em suas ações – não que ele infringisse alguma lei, mas porque ele trabalhava com elas. Assim como aprendemos a respeitar o direito de propriedade dos outros e, portanto, nos tornamos emancipados do mandamento “Não furtarás”, também aquele que guarda todas as leis, porque deseja fazê-lo, não precisa mais de um orientador externo, mas de bom grado obedece em todas as coisas, porque ele é um servo da lei e trabalha com ela, por escolha e não por necessidade.

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Arca da Aliança do Tabernáculo no Deserto

A Arca da Aliança é importante e repleta de grande significância mística, merecendo nossa atenção, que o aroma do serviço voluntário seja representado como uma doce fragrância perfumada de incenso, enquanto o odor do pecado, do egoísmo e das transgressões da lei, representado pelo sacrifício compulsório no Altar do serviço, é nauseante. Não se precisa, pois,  de muita imaginação para compreender que a nuvem de fumaça, que subia continuamente das carcaças queimadas dos animais sacrificados, exalava um cheiro nauseante, forte e muito ruim para mostrar a destacada repugnância disso, enquanto o contínuo incenso oferecido no Altar, antes do segundo véu, por antítese, mostrava a beleza e a sublimidade do serviço altruísta, exortando o Maçom Místico, como um filho da luz, a deliberadamente evitar um e a continuar a acreditar firmemente no outro.

Também é bom deixar bem claro que o serviço não consiste, somente, em realizar grandes feitos. Alguns que são chamados de heróis foram, em suas vidas cotidianas, bons e simples, e se destacavam apenas nas ocasiões em que era necessário. Os mártires foram inseridos no calendário dos santos porque morreram por uma causa; entretanto, o maior heroísmo, o grande martírio é, às vezes, fazer as pequenas coisas que ninguém nota e se sacrificar no serviço simples aos outros.

Vimos, anteriormente, que o véu na entrada do pátio exterior e o véu em frente à Sala Leste do Tabernáculo eram confeccionados em quatro cores – azul, vermelho, púrpura e branca. Porém, o segundo véu, que dividia a Sala Leste do Tabernáculo da Sala Oeste, diferia em relação à caracterização dos outros dois. Foi forjado com as figuras dos Querubins. Porém, não consideraremos o significado desse fato até que abordemos o assunto da Lua Nova e da Iniciação, mas agora examinaremos o segundo recinto do Tabernáculo, a sala ocidental, chamado de Santíssimo ou Santo dos Santos. Atrás do segundo véu, nessa segunda sala, nenhum mortal poderia passar a não ser o Sumo Sacerdote e, mesmo assim, era permitido a ele entrar somente uma vez por ano, a saber, no Yom Kippur, no Dia da Expiação, e somente após a mais solene preparação e com o maior reverente cuidado. O Santo dos Santos era revestido com a solenidade de outro mundo; estava repleto de uma grandeza sobrenatural. O Tabernáculo inteiro era o santuário de Deus, mas, aqui nesse local estava a certeza absoluta da Sua presença, a morada especial da Glória Shekinah, e qualquer ser mortal tremia ao se apresentar dentro desses recintos sagrados, como deveria acontecer com o Sumo Sacerdote, no Dia da Expiação.

No Livro do Êxodo, na Bíblia, em 25:10-22 e 37:1-9 lemos: “Fareis uma arca de madeira de acácia; seu comprimento será de dois côvados e meio, sua largura de um côvado e meio, e sua altura de um côvado e meio. Tu a recobrirás de ouro puro por dentro, e farás por fora, em volta dela, uma bordadura de ouro.  Fundirás para a arca quatro argolas de ouro, que porás nos seus quatro pés, duas de um lado e duas de outro. Farás dois varais de madeira de acácia, revestidos de ouro,  que passarás nas argolas fixadas dos lados da arca, para se poder transportá-la. Uma vez passados os varais nas argolas, delas não serão mais removidos. Porás na arca o testemunho que eu te der.

Farás também uma tampa de ouro puro, cujo comprimento será de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio. Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro, fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa. Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada. Colocarás a tampa sobre a arca e porás dentro da arca o testemunho que eu te der. Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.

A Arca da Aliança ficava na parte mais ocidental da Sala Oeste (o Sanctum Sanctorum), extremo oeste de todo o Tabernáculo. Era um receptáculo vazio que continha o Pote de Ouro do Maná, a Vara de Aarão que floresceu e as Tábuas da Lei, que foram dadas a Moisés. Enquanto essa Arca da Aliança permanecia no Tabernáculo no Deserto, as duas varas ficavam colocadas sempre dentro dos quatro anéis da Arca, para que ela pudesse ser levantada e transportada a qualquer momento. Mas, quando a Arca finalmente foi transportada para o Templo de Salomão, as varas foram retiradas. Isso tem um significado simbólico de grande importância. Sobre a Arca pairavam os Querubins, e entre eles habitava a não criada glória de Deus.

Aqui”, disse Ele a Moisés, “Eu virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.”[1].

A glória do Senhor, vista acima do Propiciatório, tinha a aparência de uma nuvem. O Senhor disse a Moisés: “Fala a Aarão teu irmão: que ele não entre em momento algum no santuário, além do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca. Poderá morrer, pois apareço sobre o propiciatório, em uma nuvem[2].

Essa manifestação da divina presença foi chamada entre os judeus de Glória Shekinah. Sem dúvida, sua aparência era de uma maravilhosa glória espiritual, da qual é impossível formar qualquer concepção adequada.

Fora dessa nuvem, a voz de Deus era ouvida com uma profunda solenidade quando Ele era consultado em prol do povo.

Quando o Aspirante tinha se qualificado para entrar nesse local, atrás do segundo véu, ele encontrava tudo escuro (aos olhos físicos), e era preciso que ele tivesse outra luz, interior. Quando ele chegou pela primeira vez ao portão oriental do Templo, estava “pobre, nu e cego”, pedindo LUZ. Então, lhe foi mostrada a luz fraca que surgia na fumaça acima do Altar do Sacrifício, e lhe disseram que ele deveria desenvolver, para avançar, dentro de si mesmo essa chama, resultado do remorso pelas transgressões à Lei. Mais tarde, ele recebeu a luz mais brilhante na Sala Leste do Tabernáculo, que procedia do Candelabro de Sete Braços; em outras palavras, ele recebeu a luz do conhecimento e da razão para que por ela pudesse avançar, ainda mais, no caminho. Contudo, era necessário que ele desenvolvesse, dentro de si e ao seu redor, pelo serviço, outra luz, o “Traje de Bodas” dourado, que também é a luz do Cristo do Corpo-Alma. Por meio de vidas dedicadas ao serviço, essa gloriosa essência da alma penetrava, gradualmente, em toda a sua aura até ficar envolta por uma luz dourada. Só quando tivesse desenvolvido essa luz interna, ele poderia entrar nos recintos sombrios do segundo Tabernáculo, como às vezes é chamado, o Santo dos Santos.

Deus é luz; se andarmos na luz como Ele está na luz, seremos fraternais uns com os outros.” Isso geralmente é usado para indicar apenas a Fraternidade dos Santos, mas, de fato, se aplica também à Fraternidade que temos com Deus. Quando o Discípulo entra no segundo Tabernáculo, a LUZ dentro de si vibra com a LUZ da Glória Shekinah entre os Querubins, e ele realiza a Fraternidade com o Fogo do Pai.

Assim como os Querubins e o Fogo do Pai, que pairavam sobre a arca, representam as Hierarquias Divinas que guiavam a humanidade durante sua peregrinação pelo deserto, assim também a Arca que era encontrada ali representava o ser humano em seu desenvolvimento mais elevado. Havia, como já foi dito, três coisas dentro da Arca: o Pote de Ouro do Maná, o Bastão que floriu e as Tábuas da Lei.

Quando o Aspirante estava no portão oriental como filho do pecado, a lei estava fora dele, como orientador para trazê-lo a Cristo. Exigia com severidade implacável um “olho por olho e dente por dente”. Cada transgressão trazia uma recompensa justa, e o ser humano estava circunscrito por todos os lados por leis que o ordenavam a fazer certas coisas e a não fazer outras. Contudo quando, por meio de sacrifício e serviço, ele finalmente chegou ao estágio de evolução representado pela Arca na sala ocidental do Tabernáculo, as Tábuas da lei estavam dentro dele. Então, ele se emancipou de toda a interferência externa em suas ações – não que ele infringisse alguma lei, mas porque ele trabalhava com elas. Assim como aprendemos a respeitar o direito de propriedade dos outros e, portanto, nos tornamos emancipados do mandamento “Não furtarás”, também aquele que guarda todas as leis, porque deseja fazê-lo, não precisa mais de um orientador externo, mas de bom grado obedece em todas as coisas, porque ele é um servo da lei e trabalha com ela, por escolha e não por necessidade.


[1] N.T.: Ex 25:22

[2] N.t.: Lv 16-2

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Um Resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto

Antes de tudo, pode-se perguntar: por que um Estudante Rosacruz deve se aplicar em estudar com afinco o Tabernáculo no Deserto?

O Apóstolo São Paulo nos ensinou que o Tabernáculo no Deserto era uma sombra de grandes coisas que vêm. Por isso, pode ser interessante e proveitoso ao candidato que vem ao Templo em tempos atuais descobrir qual é o significado desse Altar de Bronze, com seus sacrifícios e a queima da carne. A fim de que possamos compreender esse mistério, primeiro de tudo, devemos assimilar a grande e absoluta ideia essencial que fundamenta todo verdadeiro misticismo; a saber, que essas coisas estão dentro e não fora de nós. Afinal, não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo Interno. O Tabernáculo foi construído no passado; é claramente visto na Memória da Natureza quando a visão interior tenha sido suficientemente desenvolvida para tal; porém, ninguém deve esperar qualquer ajuda do símbolo externo. Devemos construir o Tabernáculo dentro dos nossos corações e da nossa consciência. Devemos vivenciar, como uma real experiência interna, o ritual completo do serviço lá demonstrado.

Vamos a um resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto:

Vamos detalhar algumas peças e mobiliários do Tabernáculo no Deserto:

  • O Candelabro de Sete Braços ou o Candelabro de Ouro: ao sacerdote era exigido não permitir nunca que nenhuma lamparina se apagasse do candelabro. Todos os dias o sacerdote examinava uma a uma as lamparinas, limpava-as e as abastecia com azeite (Ex 25:31-40). Os três primeiros semicírculos do Candelabro representam os já passados Períodos de Saturno, Solar e Lunar. A haste central simboliza o atual Período Terrestre e a luz que precedia do Candelabro simbolizava o que devemos desenvolver dentro de nós (o Dourado Manto Nupcial, o nosso Corpo-Alma).
  • Os Pães da Proposição: duas pilhas de pães, cada uma com seis pães. Representavam as oportunidades para crescimento da alma, através dos doze Departamentos da vida, simbolizados pelas doze Casas do horóscopo, sob soberania das sagradas doze Hierarquias Divinas do Zodíaco.
  • O Altar de Incenso: o incenso queimado (doce aroma ao senhor) representa as ações virtuosas de nossas vidas; o serviço amoroso e desinteressado para com os outros. Este Altar de Incenso era feito de Acácia (Ex 30:1-6), não podendo ser estranho ao recomendado e nem mesmo ser utilizado para outros propósitos (Ex 30:7-10).
  • A Arca da Aliança, que continha em seu interior: o Pote de ouro do maná (Maná = Ego; Pote de ouro = Aura dourada do Corpo-Alma); a Vara de Arão = Divina força criadora; as Tábuas da Lei = a emancipação de toda a influência externa.

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

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O Tabernáculo no Deserto, o que foi e para que serve hoje: um resumo

O Tabernáculo no Deserto, o que foi e para que serve hoje: um resumo

O Pai nos fala na linguagem simbólica que ao mesmo tempo encobre e revela as verdades espirituais que devemos entender antes de voltarmos a Ele.

O Tabernáculo no Deserto foi dado para que pudéssemos encontrar Deus quando nos qualificássemos pelo serviço e tivessem subjugado a natureza inferior pelo “eu superior”.

Foi a nossa primeira igreja, quando o “caminho de volta para Deus” tinha que ser começado a ser trilhado por nós (fim da Involução e início da Evolução).

Sua localização estava relacionada aos pontos cardeais, e foi colocada na direção leste para oeste (o caminho da evolução espiritual) – leste a sua entrada e oeste onde estava o lugar mais sagrado do Tabernáculo: o lugar da Arca da Aliança.

A natureza ambulante do Tabernáculo no Deserto é a representação simbólica da nossa natureza migratória, já que somos um eterno peregrino passando sempre do limite do tempo para a eternidade para voltar novamente (ciclo de nascimentos e mortes).

Sob a aparência material e terrena, estava esquematizada uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções a todos os candidatos à Iniciação daquela época

Antes que o símbolo do Tabernáculo no Deserto possa, hoje, realmente nos ajudar, devemos transferi-lo do espaço do deserto para o lar em nosso coração. Assim teremos alcançado o verdadeiro significado da espiritualidade. E aqui já vemos que não é o Cristo externo que nos salva, mas o Cristo Interno.

Vamos a um resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto:

Vamos detalhar algumas peças e mobiliários do Tabernáculo no Deserto:

  • O Candelabro de Sete Braços ou o Candelabro de Ouro: ao sacerdote era exigido não permitir nunca que nenhuma lamparina se apagasse do candelabro. Todos os dias o sacerdote examinava uma a uma as lamparinas, limpava-as e as abastecia com azeite (Ex 25:31-40). Os três primeiros semicírculos do Candelabro representam os já passados Períodos de Saturno, Solar e Lunar. A haste central simboliza o atual Período Terrestre e a luz que precedia do Candelabro simbolizava o que devemos desenvolver dentro de nós (o Dourado Manto Nupcial, o nosso Corpo-Alma).
  • Os Pães da Proposição: duas pilhas de pães, cada uma com seis pães. Representavam as oportunidades para crescimento da alma, através dos doze Departamentos da vida, simbolizados pelas doze Casas do horóscopo, sob soberania das sagradas doze Hierarquias Divinas do Zodíaco.
  • O Altar de Incenso: o incenso queimado (doce aroma ao senhor) representa as ações virtuosas de nossas vidas; o serviço amoroso e desinteressado para com os outros. Este Altar de Incenso era feito de Acácia (Ex 30:1-6), não podendo ser estranho ao recomendado e nem mesmo ser utilizado para outros propósitos (Ex 30:7-10).
  • A Arca da Aliança, que continha em seu interior: o Pote de ouro do maná (Maná = Ego; Pote de ouro = Aura dourada do Corpo-Alma); a Vara de Arão = Divina força criadora; as Tábuas da Lei = a emancipação de toda a influência externa.

Tendo percorrido os dois primeiros passos no caminho do Tabernáculo no Deserto, o Aspirante tinha acesso à Sala Leste, em cuja entrada pendia um Véu ou cortina nas cores azul (cor do Pai), vermelho (cor do Espírito Santo), púrpura (resultado do azul + vermelho) e o branco (que contém todas as cores). O amarelo (cor de Cristo) não estava presente de forma manifestada, mas oculto na composição da cor branca, mostrando-nos, assim, a realidade espiritual da humanidade da época.

Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, nitidamente perceberemos a sombra da cruz. Começando pelo Portão Oriental, havia o Altar dos Sacrifícios; um pouco além, em direção ao Tabernáculo mesmo, encontramos o Lavabo de Bronze, no qual os sacerdotes se lavavam logo depois de entrarem na Sala Leste do Tabernáculo no Deserto.

Encontramos no extremo esquerdo o Candelabro de Sete Braços; e no extremo direito a Mesa dos Pães da Proposição, os dois formando uma cruz no caminho que estamos seguindo ao longo e dentro do Tabernáculo. No centro, em frente ao segundo véu, encontramos o Altar de Incenso que forma o centro da cruz, enquanto a Arca da Aliança, colocada na parte mais ocidental (o Sanctum Sanctorum), representa a parte superior da cruz.

Desse modo, o símbolo do desenvolvimento espiritual, que é o nosso mais elevado ideal nos dias de hoje, já estava delineado no antigo templo de Mistérios.

São Paulo em sua Epístola aos Hebreus (8:5), nos fala do tabernáculo como “… uma sombra das coisas celestiais …

Se visualizarmos em nossa Mente a disposição dos objetos no interior do Tabernáculo, perceberemos nitidamente a sombra da cruz.” (veja mais detalhes no Livro Iniciação Antiga e Moderna).

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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