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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Artigos Publicados: Cartas de Max Heindel

Carta de Max Heindel: “Almas Perdidas” e Atrasadas
Carta de Max Heindel: A Amizade como um ideal
Carta de Max Heindel: A Astrologia como um Auxílio na Cura de uma Pessoa Doente ou Enferma
Carta de Max Heindel: A Atitude Otimista e a Fé no Bem Final
Carta de Max Heindel: A Batalha que se trava internamente
Carta de Max Heindel: A Carne Animal e o Álcool
Carta de Max Heindel: A Desvantagem em Dispersar as Nossas Forças
Carta de Max Heindel: A Dívida de Gratidão do Mestre
Carta de Max Heindel: A Epigênese e a Lei de Causa e Efeito
Carta de Max Heindel: A Epigênese e o Destino Futuro
Carta de Max Heindel: A Era de Aquário e a Nova Aliança
Carta de Max Heindel: A Fraternidade Rosacruz, um Centro Espiritual
Carta de Max Heindel: A Guerra Mundial e a Fraternidade Universal
Carta de Max Heindel: A Guerra: uma Operação para remover a Catarata Espiritual
Carta de Max Heindel: A Idade Aquária e a Nova Aliança
Carta de Max Heindel: A Incorporação e os Planos Futuros da Fraternidade
Carta de Max Heindel: A Iniciação não pode ser alcançada por meio de Exercícios Respiratórios
Carta De Max Heindel: A Lei Do Êxito Para Os Assuntos Espirituais
Carta de Max Heindel: A Mensagem Mística do Natal
Carta de Max Heindel: A Necessidade de Difundir os Ensinamentos Rosacruzes
Carta de Max Heindel: A Necessidade pela Devoção
Carta de Max Heindel: A Nobreza de Todo Trabalho
Carta de Max Heindel: A Palavra-Chave dos Ensinamentos Rosacruzes
Carta de Max Heindel: A Próxima Época no Ar
Carta de Max Heindel: A Pureza Geradora: o Ideal para você que nasceu no Ocidente
Carta de Max Heindel: A Razão das Provas que assolam o Estudante Ocultista
Carta de Max Heindel: A Razão de Tantos Cultos Diferentes
Carta de Max Heindel: Ajustando os Ensinamentos à Compreensão dos Outros
Carta de Max Heindel: Aproveitar Nossas Oportunidades
Carta de Max Heindel: Arcos Descendentes e Ascendentes da Evolução
Carta de Max Heindel: As Lutas da Alma Aspirante
Carta de Max Heindel: Atrasados na Evolução
Carta de Max Heindel: Aumentando a Vida do Arquétipo
Carta de Max Heindel: Regendo Nossas Estrelas
Carta de Max Heindel: Concentração no Trabalho Rosacruz
Carta de Max Heindel: Construindo para a Vida Futura
Carta de Max Heindel: Crescimento Anímico por meio do Trabalho
Carta de Max Heindel: Cristo e sua Segunda Vinda
Carta de Max Heindel: Curando os Doentes
Carta de Max Heindel: Descida da Vida de Cristo a partir de Setembro
Carta de Max Heindel: Desejo – Uma Faca de Dois Gumes
Carta de Max Heindel: Deus – A Fonte e a Meta da Existência
Carta de Max Heindel: Domando os Membros Insubordinados
Carta de Max Heindel: Exercícios Diários para o Cultivo da Alma
Carta de Max Heindel: Fraternidade Rosacruz, um Centro Espiritual
Carta de Max Heindel: Guardiões Invisíveis à Humanidade
Carta de Max Heindel: Iniciativa e Liberdade Pessoal
Carta de Max Heindel: Início dos Trabalhos para a Construção do Primeiro Edifício em Mount Ecclesia
Carta de Max Heindel: Instrutores Espirituais: Verdadeiros e Falsos
Carta de Max Heindel: Maçonaria, Co-Maçonaria e Catolicismo
Carta de Max Heindel: Meios Antinaturais para Obter Espiritualidade: quais são?
Carta de Max Heindel: Métodos Orientais e Ocidentais de Desenvolvimento
Carta de Max Heindel: Movimentos Cíclicos do Sol
Carta de Max Heindel: Nossa Responsabilidade em Divulgar a Verdade
Carta de Max Heindel: O Amor, a Sabedoria e o Conhecimento
Carta de Max Heindel: O Batismo de Água e do Espírito
Carta de Max Heindel: O Consumo de Carne Animal e o Uso de Peles, Couros e de outras partes dos Animais
Carta de Max Heindel: O Corpo Vital de Jesus
Carta de Max Heindel: O Desenvolvimento do Coração e a Iniciação
Carta de Max Heindel: O Equilíbrio é de Grande Ajuda nos Momentos de Tensão
Carta de Max Heindel: O Espírito de Cristo e a Panaceia Espiritual
Carta de Max Heindel: O Inventário Espiritual durante a Estação Santa
Carta de Max Heindel: O Medo Desnecessário da Morte
Carta de Max Heindel: O Papel do Mal no Mundo
Carta de Max Heindel: O Papel dos Estimulantes na Evolução
Carta de Max Heindel: O Poder Interno e a Responsabilidade que o Acompanha
Carta de Max Heindel: O Propósito da Guerra e a Nossa Atitude para com ela
Carta de Max Heindel: O que o Discípulo pode esperar do Mestre
Carta de Max Heindel: O Significado Cósmico da Páscoa
Carta de Max Heindel: O Sofrimento Atual e a Paz Futura
Carta de Max Heindel: O Trabalho do Espírito de Raça
Carta de Max Heindel: O Valor em se rever as Lições Passadas
Carta de Max Heindel: O Vício do Egoísmo e o Poder do Amor
Carta de Max Heindel: O Voto Feminino e a Igualdade Moral
Carta de Max Heindel: Onde devemos procurar a verdade e como devemos reconhecê-la
Carta de Max Heindel: Os Auxiliares Invisíveis e o seu Trabalho nos Campos de Batalha
Carta de Max Heindel: Os Espíritos de Raça e a Nova Raça
Carta de Max Heindel: Os Reais Heróis do Mundo
Carta de Max Heindel: Páscoa, uma Promessa de Vida Recém-construída e Bem Desenvolvida
Carta de Max Heindel: Por que o que Busca a Verdade deve viver no Mundo?
Carta de Max Heindel: Preparativos para a Mudança para Mount Ecclesia
Carta de Max Heindel: Prosperidade Espiritual para o Ano Novo
Carta de Max Heindel: Regendo Nossas Estrelas
Carta de Max Heindel: Sacrifício – Um Fator de Progresso Espiritual
Carta de Max Heindel: Santidade das Experiências Espirituais
Carta de Max Heindel: Serviço aos Outros Durante o Próximo Ano
Carta de Max Heindel: Serviço Altruísta aos Outros
Carta de Max Heindel: Servindo onde melhor estivermos preparados para servir
Carta de Max Heindel: Todo Desenvolvimento Oculto começa no Corpo Vital
Carta de Max Heindel: Tolerância com a Crença dos Outros
Carta de Max Heindel: Um Apelo pela Igreja
Carta de Max Heindel: Um Método para Discernir a Verdade da sua Imitação
Carta de Max Heindel: Um Tribunal Interno da Verdade
Carta de Max Heindel: Valor dos Sentimentos Retos
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Carta de Max Heindel: A Fraternidade Rosacruz, um Centro Espiritual

Novembro de 1912

Fez um ano em 28 de outubro de 1912 que começamos a obra para a construção do primeiro edifício em Mount Ecclesia. Foi um glorioso e ensolarado dia típico na California, com um céu sem nuvens e cujo azul intenso rivalizava com o azul marinho do Oceano Pacífico que, dos terrenos da Sede Central onde estávamos, podia ser visto além de cento e cinquenta quilômetros. Éramos um pequeno grupo de nove, a maioria visitantes. Ao olharmos a leste, para o encantador vale verde de San Luis Rey[1] em direção às grandes montanhas cobertas de neve, e ao contemplarmos as paredes brancas, os telhados vermelhos e a cúpula dourada da Missão Católica de São Luis Rey[2], onde os padres franciscanos tanto trabalharam e ensinaram mexicanos e indígenas durante séculos, pareceu-nos de bom augúrio.

Aqui estávamos nós, uns poucos entusiastas, sobre um pedaço de terra baldia onde aspirávamos fundar um Centro Espiritual. Aqueles antigos padres tinham se encontrado em uma situação parecida, melhor em alguns casos e pior noutros. Os meios de locomoção e transportes modernos nos permitem chegar hoje a todas as partes do mundo, enquanto o campo de ação deles se achava, naquela época, limitado às proximidades imediatas. Viram-se obrigados a lavrar a terra, bem como a cuidar das almas do seu rebanho, para obter a sua subsistência. Pediram ajuda para o trabalho físico, enquanto planejavam, e por seus esforços conjuntos foi erguido um templo onde todos puderam orar e celebrar. Neste aspecto eles estiveram em melhores condições do que nós; todos os seus membros estavam presentes no local, prontos para ajudar fisicamente na edificação da Missão, que para eles era o que nossa Sede será para a Fraternidade Rosacruz. Mas, nós não temos pessoas a nossa disposição, não reivindicamos nenhuma autoridade e repudiamos a interferência na liberdade individual, pois tal interferência é diametralmente oposta aos Ensinamentos Rosacruzes, que são os mais elevados do mundo. “Se queres ser Cristo, ajuda-te a ti mesmo”, é o que se propõe desafiadoramente ao candidato que se submete à Iniciação quando ele geme ao peso da prova. Ninguém que for capaz de caminhar sem apoio ou consolação pode ser ao mesmo tempo um auxiliar; cada um deve aprender a caminhar sozinho.

A quantidade dos nossos Estudantes são hoje quatro vezes maior do que há um ano atrás e, claro, o trabalho é muito mais pesado – embora os procedimentos padronizados e a maquinaria possibilitem a três de nós, que trabalhamos nos escritórios, fazer o trabalho que exigiria muitos colaboradores, sendo que as tarefas caseiras e as de jardinagem são feitas por pessoas que pagamos. No entanto, o trabalho rotineiro constando da preparação das aulas e cartas dos vários cursos[3], a correção das lições desses cursos, o envio mensal de cerca de 1500 cartas individuais para ajudar nossos Estudantes Rosacruzes nas suas dificuldades, além das lições desses cursos, às vezes, nos sobrecarregam demais. Chega ao ponto de parecer que não poderíamos atender outro pedido por falta de ajuda para fazer a parte mecânica do trabalho. Mas, milagrosamente, parece que o céu de repente se abre, inventamos um novo método para realizar uma certa parte do trabalho com maior rapidez ou menor esforço; e estamos prontos para um novo crescimento; como dissemos, nós temos hoje quatro vezes mais trabalho do que há um ano, com menos ajuda e menos esforço.

Mas, enquanto a Fraternidade Rosacruz, em geral, está bem cuidada, a própria Sede foi um tanto descuidada. A pretendida Escola de Cura, o Estabelecimento que serviria para a preservação ou a recuperação da saúde – o nosso “Sanitarium” –, e o mais importante de tudo, a Ecclesia – onde a Panaceia deve ser preparada e onde os potentes e fervorosos Serviços de Cura devem espalhar a saúde moral e física por todo o mundo – tudo isso são apenas e ainda ideias germinais. À medida que o clamor da humanidade nos chega por meio de milhares de cartas, o nosso desejo pela realização dos planos dos Irmãos Maiores se torna mais intenso e, de fato, tão intenso que parece incorporar o anseio concentrado de todos os que apelam para nós por se encontrarem profundamente tristes, pesarosos e sofrendo.

A nossa Fraternidade Rosacruz já está espalhada por todo o mundo. Não podemos seguir o exemplo dos padres espanhóis e pedir aos nossos Estudantes Rosacruzes que façam tijolos físicos e os venham colocar, tijolo por tijolo, como um trabalho amoroso. Eu nunca pedi um centavo a ninguém – o trabalho da Fraternidade Rosacruz vem sendo inteiramente mantido por donativos voluntários e pela modesta receita financeira da venda dos meus livros. Nem posso, agora, fazer um apelo para obter fundos para a construção de um edifício; isto deve vir do coração dos amigos, se é que deve vir. Mas, sentindo, como estamos aqui na Sede, o intenso pulsar de dor no mundo, sou impelido a procurar os meios para realizar o plano de tornar a Sede da Fraternidade Rosacruz um Centro Espiritual mais eficiente.

Há um ano escrevi aos Estudantes Rosacruzes informando-os o momento exato em que iríamos começar a primeira construção em Mount Ecclesia, e pedi a cada um que entrasse nos seus aposentos e estivesse conosco em oração, se não pudesse estar conosco pessoalmente. É maravilhoso a elevação que sentimos como resultado desse esforço espiritual coletivo; o impulso inicial promoveu o trabalho em um grau inestimável durante o ano passado e, novamente, me sinto impelido a invocar a sua ajuda em linhas semelhantes.

O movimento Cientista Cristão[4] “demonstra” que quando deseja construir edifícios, e o dinheiro jorra em seus cofres; os Novo Pensador envia um “pedido” e Cristãos de todas as denominações “rezam” por fundos. Todos eles usam o mesmo método, mas empregam nomes diferentes. Todos querem colunas magníficas de pedras e vidros, e conseguem obtê-las. Eu sei que é necessário um lugar e um edifício apropriados à dignidade do nosso trabalho, mas, por mais que precisamos deles, não posso rezar por paus e pedras, nem posso pedir a vocês que o façam; mas posso, quero e peço a todos vocês que se unam comigo em oração para que a Sede da Fraternidade Rosacruz se torne um Centro Espiritual mais eficiente e poderoso. Orem, com toda a sua alma, para que os que trabalham na Sede alcancem a graça de levar esse trabalho adiante; torne-os um foco em seus pensamentos amorosos, para que possamos irradiar essa graça de volta ao mundo faminto por esse amor. Nós mesmos somos frágeis, mas por meio das suas orações e da Graça de Deus seremos uma força poderosa no mundo; e, se buscarmos primeiro o Reino de Deus, o restante, como os edifícios necessários ao nosso trabalho surgirão naturalmente, sem degradar a oração, tornando-a um meio para adquirir as posses materiais necessárias.

(Carta nº 24 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Localizado na região hidrológica da costa sul da Califórnia, o Upper San Luis Rey Valley (anteriormente chamado San Luis Rey Valley) tem em torno de 8000 quilômetros quadrados de tamanho.

[2] N.T.: A Missão San Luis Rey de Francia (espanhol: Misión San Luis Rey de Francia), fundada em 1798, é uma antiga missão espanhola em San Luis Rey, um bairro de Oceanside, Califórnia. Foi a maior das missões californianas, juntamente com suas terras agrícolas circundantes.

[3] N.T.: Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz, Curso Elementar de Astrologia Rosacruz, Curso Superior de Astrologia Rosacruz, Curso Superior Suplementar de Astrologia Rosacruz e Curso dos Ensinamentos Bíblicos Rosacruz.

[4] N.T.: A Ciência Cristã é um conjunto de crenças e práticas associadas aos membros da Primeira Igreja de Cristo, Cientista. Os adeptos são comumente conhecidos como Cientistas Cristãos ou estudantes da Ciência Cristã, e a igreja às vezes é informalmente conhecida como a igreja da Ciência Cristã.

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