Arquivo de tag Aquário

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sol transitando pelo Signo de Aquário (janeiro-fevereiro)

Quando o Sol está transitando por Aquário, o Senhor Cristo, em Sua passagem anual pela Terra, centra Suas atividades na Região Etérica do Mundo Físico. Derrama Seu amor e Suas bênçãos, tanto sobre os Anjos como sobre as almas dos desencarnados da humanidade terrestre que estão vivendo e trabalhando nesses planos. São esses também o lar das crianças, os Egos dos que morreram na infância e os Anjos os instruem e os acompanham.

Um Discípulo qualificado, que aprendeu a seguir a Cristo ao longo da trilha da santidade por meio de Aquário, é capaz, em tal estágio de desenvolvimento, de entrar conscientemente nos planos etéricos. Ali pode observar os variadíssimos e formosos serviços prestados pelos Anjos no benefício da humanidade e de todas as formas de vida existentes no Planeta. Assim, pois, o Discípulo se encontra em um mundo encantado, um mundo tênue onde está a origem das notícias sobre as Fadas; porque as regiões dos Éteres superiores é, verdadeiramente, um mundo das Fadas. Das atividades observadas nesses planos é onde muitos buscadores iluminados e místicos tecem seus mais formosos escritos, relativos às verdades espirituais.

Durante o mês em que o Sol transita por Aquário, os Éteres superiores se tornam mais dourados e luminosos, porque a força de Cristo está sendo dirigida sobre a superfície da Terra para preparar Sua triunfante libertação pascal.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Notas-Chave de cada Hierarquia Criadora (ou Hierarquia Zodiacal, ou, ainda Ondas de Vida)

 

Cada uma das Ondas de Vida pertencente ao nosso Sistema Solar: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes tem sua própria nota-chave.

A nota-chave de Áries é Réb Maior, que tem 5 bemóis, a saber, Sib, Mib, Lab, Reb, Solb (N.R.: grafamos no pentagrama nas claves de Sol e de Fá):

A nota-chave de Touro é Mib Maior, que tem 3 bemóis, a saber, Sib, Mib. Lab:

A nota-chave de Gêmeos é Fa# Maior, que tem 6 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#. Re#, La#, Mi#:

A nota-chave de Câncer é Sol# Maior, que tem 6 sustenidos e um dobrado sustenido, a saber, Fa##, La#, Si#, Do#, Re#, Mi#, Sol#. Musicalmente usado, Lab Maior com 4 bemóis: Sib , Mib , Lab, Reb:

A nota-chave de Leão é La# Maior, que tem 4 sustenidos e 3 sustenidos dobrados a saber, La#, Si#, Re#, Mi#, e Do##, Fa##, Sol##. Musicalmente usado: Sib Maior com 2 bemóis: Sib , Mib:

A nota-chave de Virgem é Do natural Maior e não tem nenhum sustenido nem bemol.

A nota-chave de Libra é Re Maior, e tem 2 sustenidos, a saber, Fa# e Do#:

A nota-chave de Escorpião é Mi Maior, e tem 4 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#, Re#:

A nota-chave de Sagitário é Fa Maior e tem 1 bemol, a saber, Sib:

A nota-chave de Capricórnio é Sol Maior, e tem 1 sustenido, a saber, Fa#:

A nota-chave de Aquário é La Maior, e tem 3 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#:

A nota-chave de Peixes é Si Maior, e tem 5 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#, Re#, La#. (Mi e Si são as únicas notas não sustenidas):

(leia mais no Livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Algumas Correlações do Signo de Aquário

SIGNO: Aquário, o aguador

QUALIDADE: Fixo ou consciência dirigida gradual e consistentemente para estabelecer e manter um centro estável.

ELEMENTO: Ar ou a consciência relacionada com os assuntos sociais e intelectuais. Entre outras coisas, o elemento Ar corresponde aos gases, à Mente e ao Mundo do Pensamento.

NATUREZA ESSENCIAL: Não há nada que possa enclausurar a atmosfera em um recipiente; do mesmo modo seria difícil submeter ou enclausurar um autêntico aquariano. Em sua manifestação positiva, o autêntico aquariano é um humanitário que acredita no direito de todos em ter igual oportunidade para “a vida, a liberdade e buscar a felicidade”. É infrutífero tentar e obter dele um ponto de vista único ou tentar convencê-lo por meio de argumentos, pois quando você pensa que conseguiu, ele mantém a opinião. A única coisa que encerra a atmosfera é o cosmos, assim que somente aquelas ideias que são fundamentadas sobre um raciocínio não polarizado, aquelas que envolvem conceitos universais, atrairão o aquariano. Ele é aquele que procura por uma ciência religiosa e por uma Religião científica, onde ambos desses fatores importantes no desenvolvimento do ser humano podem despender a igualdade de condições. Se ele parece ser excêntrico em algumas ocasiões, talvez seja porque ele vê com uma visão estendida, o que nós ainda vemos somente do nosso próprio ponto de vista. Se bem que ele sempre terá uma disposição gentil para conosco. Agora, quando a influência de Aquário se manifesta negativamente, o Ar-Fixo se torna ar estagnado. Uma ideia uma vez aceita, que é o comprometimento de si mesmo, será exposta muitas vezes para os outros que estão ao seu redor. Também, nesse caso, é avesso a assumir compromissos ou uma posição, e se rebela contra tudo que não dê a ele a liberdade de expressão ou que não concorde com a sua própria pré-disposição.

ANALOGIA FÍSICA: atmosfera

PLANETA REGENTE: Urano

CASA CORRESPONDENTE: a 11ª Casa no horóscopo natural corresponde a Aquário.

ANATOMIA ESOTÉRICA: representa a memória (ou Mente) Supraconsciente, que é o arquivo ou depósito de todas as faculdades e conhecimentos adquiridos em todas as nossas vidas anteriores.

ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: pernas e tornozelos.

FISIOLOGIA: Urano, como Regente de Aquário, rege os processos da visão e dos gases no nosso Corpo.

MITOLOGIA GREGA: Urano era o deus que estava no céu, entre cujos filhos estavam os 12 titãs.

CRISTIANIDADE CÓSMICA: Quando o Sol passa por Aquário o Espírito de Cristo está nos imbuindo com o impulso para a Fraternidade Universal, onde considera todas as pessoas como merecedoras de nossa amizade e amor, o que deve acontecer em alguma medida, antes que Ele possa se manifestar entre nós novamente, como o Príncipe da Paz.

(Publicado pela Revista: Rays from the Rose Cross – Fevereiro/1975 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Existe uma significância oculta nas várias festas anuais Cristãs?

Resposta: Sim, as festas anuais têm a mais profunda significância oculta. Do ponto de vista material, os Astros não passam de massas de matéria circulando em suas órbitas em obediência às chamadas “leis cegas”, mas para os ocultistas eles aparecem como Grandes Espíritos, movendo-se no espaço como nos movemos no mundo.

Quando uma pessoa é vista gesticulando, atribuímos certo significado aos seus gestos. Se ela balança a cabeça, sabemos que está negando uma determinada proposição, mas se ela acena a cabeça, inferimos que ela concorda. Se ela acena, com as palmas das mãos voltadas para ela, sabemos que está sinalizando para alguém vir até ela, mas se ela virar as palmas para fora, entendemos que está alertando alguém para se afastar. No caso do universo, geralmente não pensamos que haja qualquer significado para a posição alterada dos Astros, mas para o ocultista há o significado mais profundo em todos os fenômenos variados do céu. Eles correspondem aos gestos da pessoa nesse exemplo.

Krisma, palavra do grego antigo, significa ungido, e qualquer pessoa que tivesse uma missão especial a cumprir era ungida nos tempos antigos. Quando, nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, o Sol está mais próximo da Terra – atingindo o Trópico de Capricórnio – os impulsos espirituais são os maiores em todo o Planeta. Porém, para nosso bem-estar material é necessário que o Sol se afaste mais da Terra e, assim falamos da época em que o Sol começa se afastar mais da Terra a partir do dia 25 de dezembro, o aniversário do Salvador, ungido para nos salvar da fome e do frio que adviriam se o Sol permanecesse sempre no ponto mais perto da Terra.

À medida que o Sol segue em direção ao Equador, passando pelo Signo de Aquário, o “Homem com um cântaro vertendo água”, a Terra é inundada de chuva, simbolizando o batismo do Salvador. Em seguida, vem a passagem do Sol pelo Signo de Peixes, os peixes, no mês de março. No passado, as reservas do ano passado foram todas consumidas e a comida do ser humano era escassa, por isso temos o longo jejum da Quaresma, em que o “comer peixe” simbolizava essa característica da jornada solar. Em seguida, vem a Páscoa, quando o Sol passou pelo Equador. Essa é a época da Páscoa, quando o Sol está em seu nó oriental, e essa travessia do Equador é simbolizada pela crucificação ou crucifixão, assim chamada, do Salvador; o Sol então passa pelo Signo de Áries, o Carneiro, e se torna o Cordeiro de Deus, que é dado para a salvação do mundo quando as plantas começam a brotar. No entanto, para que o sacrifício possa ser benéfico ao ser humano, Ele (o Sol) deve ascender aos céus onde Seus raios terão o poder de amadurecer a uva e o milho, e assim temos a festa da Ascensão do Salvador ao Trono do Pai, que ocorre no Solstício de Junho – quando o Sol atinge o Trópico de Câncer. Lá o Sol permanece por três dias, quando se diz “De lá ele retornará”, entra em vigor quando o Sol começa sua passagem em direção ao nó ocidental. No momento em que entra no Signo de Virgem, a Virgem, temos a Festa da Assunção e, depois, quando sai do Signo de Virgem, o nascimento da Virgem que parece, por assim dizer, nascer do Sol.

A festa judaica dos Tabernáculos ocorria na época em que o Sol cruzava o Equador em sua passagem para os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, e essa festa era acompanhada pela “pesagem do milho e a colheita do vinho”, que eram as dádivas do Deus Solar aos seus devotos humanos.

Assim, todas as festas do ano estão ligadas aos movimentos das estrelas no espaço.

(Pergunta nº 89 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Libertação através do Trabalho em Grupo

“Devemos aprender a lição do trabalho para um propósito comum, sem lideranças. Cada qual, igualmente induzido pelo espírito de amor que lhe vem do íntimo, deve empenhar-se pela elevação física, moral e espiritual da humanidade à altura de Cristo – o Senhor e a Luz do mundo”

Max Heindel

O conhecimento, em todos os seus aspectos, é a base reconhecida do progresso. À medida que novos fatos são descobertos, novas leis são formuladas, a tecnologia vai se aperfeiçoando e as evidências do progresso se manifestam. Desse modo o ser humano vai obtendo tudo o que previamente lhe parecia impossível. Tal acontece porque novos fragmentos de conhecimento em um campo provê a chave do mistério existente em outro campo. Consequentemente, em virtude do interrelacionamento comum entre todas as fases da vida e do conhecimento, quanto mais o ser humano sabe a respeito de determinado assunto, mais poderá saber a respeito dos outros. Assim, a luz do conhecimento cresce e se torna mais brilhante.

Muitos problemas da vida, mercê dessa transferência de capacidade e interrrelacionamento de conhecimento, são resolvidos satisfatoriamente. Mas, o progresso aí está, constantemente desafiando o ser humano com novas e diferentes situações que inevitavelmente suscita. Os novos problemas vão tornando mais amplos, envolvendo mais pessoas, abrangendo maiores horizontes e exigindo soluções mais rápidas. As conquistas da técnica e da ciência, aproximando cada vez mais e identificando os diferentes grupos humanos, fazem com que cada acontecimento afete a todos. É evidente que a humanidade está sendo submetida a um processo evolutivo acelerante. Os sinais apontados são o início desse processo.

Ninguém sabe tudo – nenhum ser humano, por mais disciplinado, inteligente e dono de seu tempo que seja, pode hoje aprender tudo o que está à disposição do conhecimento humano. Ninguém, por mais poderoso e influente, não poderá pensar, planejar e atuar, com o acerto e rapidez necessários, em todos os problemas sociais. Ora, não é do intento divino que seja a humanidade subjugada e vencida pelo desespero, ante os penosos e confusos tempos que vamos adentrando. Graças a alguns afortunados cérebros que não se deixam limitar pelo medo, que sobrepassaram o egoísmo e, pelo amor ao próximo, sincero e desinteressado, lograram alcançar as mais profundas verdades do Cristo, está sendo divulgado por todas as partes a necessidade imperiosa de congregar as pessoas em grupos. Pela conjugação dos recursos individuais, na busca da solução dos mais altos e legítimos problemas coletivos, vêm-se obtendo meios para enfrentar a evolução da técnica, a fim de utilizá-la convenientemente, sem violência aos sagrados direitos do ser humano. Ainda há muito erro, decorrente, as mais das vezes, da falta do espírito de equipe. Ademais, há pouco é que, praticamente, se evidenciam as vantagens desta técnica há tanto tempo pregada por Cristo. Mas, ninguém pode deter o fluxo do propósito evolucionário; verifica-se um rápido aumento do trabalho em grupo, em todo o mundo.

Necessidades para se trabalhar em grupo – o primeiro passo para o trabalho em grupo é o reconhecimento de nossas limitações pessoais. Isso nos leva a participar de esforços cooperativos, cujo brilhante futuro mal podemos prever. À medida que nossos egoísmos e interesses imediatistas forem dando lugar ao altruísmo e bem-comum, novas fases irão sendo exploradas no trabalho em grupo. De fato, a formação de grupos de trabalho ainda está na infância. As técnicas são relativamente desconhecidas de uma grande maioria de indivíduos e as forças cósmicas, que unem os indivíduos esparsos em grupos, estão apenas começando a produzir seus impactos sobre a consciência humana. Tais forças fluem primeiramente do Espírito do Cristo Interno e secundariamente da influência de Aquário. Ao se tornarem mais fortes, os grupos de pessoas, de uma natureza mais original e espiritual, se tornarão mais comuns. Eles serão os vanguardeiros e a glória da Era de Aquário. Pelo discernimento de assuntos públicos, Júpiter – o princípio da expansão e da boa vontade, da filantropia e da sociabilidade – revela o que é desejável em matéria de negócios, de religião, de ciência e outros assuntos, suscitando a revisão de atividades para novas e construtivas fases em grupos. Desse modo, utilizando os valores relativos pessoais, sob o impulso do altruísmo e sem ofender a liberdade individual, Júpiter vai tornando possível grandes melhoramentos. Para as pessoas integradas em movimentos humanísticos e espirituais, o trânsito desse Planeta enseja grandes oportunidades de progresso.

No passado, as transições de progresso que se operavam no mundo eram consequências do trabalho de indivíduos mais ou menos iluminados, cujas Personalidades exerciam poderosa ação, atraindo e dominando aqueles que se tornariam seus discípulos. Por intermédio de tais singulares indivíduos o trabalho era feito. Foram grandes homens e mulheres a quem devemos não somente as revelações religiosas, como o progresso nos vários ramos da arte, da ciência, das leis, da política, da filosofia, etc. Eles, em grande parte, fizeram a história, história de umas poucas pessoas, de cujo esforço e gênio dependeram as grandes realizações, em todos os campos de trabalho.

Atualmente essa condição está mudando. Novos métodos e novos homens e mulheres estão rapidamente emergindo. Muitos poucos indivíduos excepcionais surgem, mas, em compensação, levanta-se muitos homens e mulheres aptos para qualquer atividade. Em vez do antigo “mestre” que determinava tudo, observamos hoje muita gente com idêntica habilidade, trabalhando em conjunto. Ampliam-se enormemente as atribulações de responsabilidade e expansão da atividade humana. Devemos, hoje, aprender a trabalhar em conjunto ou nos desatualizaremos. Como predisse Max Heindel, devemos ser iguais, amigos, compartilhando experiências e ações, acima da preocupação de liderança. A Fraternidade é a nova ordem da Era que se aproxima. Ou nos entendemos ou nos limitaremos cada vez mais.

O desejo de se destacar – A ambição para se tornar líder leva a mesma razão que torna o indivíduo inadaptado para a mais elevada forma de trabalho em grupo, não importando quão altruístas e benevolentes possam ser as motivações. O desejo de se destacar, de exercer autoridade, encerra um erro de aproximação à moderna atividade em grupo, pois ressalta a Personalidade, em prejuízo de fatores anímicos de confraternização, de identidade incondicional. Em seus trabalhos com os Irmãos Leigos e Discípulos, os Irmãos Maiores nunca dão ordens, nunca censuram e nunca louvam. O anelo de servir, de viver retamente, deve brotar espontaneamente do interior do indivíduo. Isso o capacitará para a integração da equipe. Esse deve ser o espírito de todo trabalho em grupo.

Tempo está chegando em que, na vida de todo e qualquer indivíduo, a única autoridade a ser levada em conta será o “Eu Superior”, o foro íntimo. Na medida em que cada um aprenda a amar, a honrar e a obedecer a seu “Eu Superior” expressará o que é bom, o belo e o verdadeiro (o que é indispensável na evolução prática dos ideais Cristãos). E para isso é imprescindível se torna compreensivo e harmonioso com todos seus companheiros de atividade, entendendo e seguindo espontaneamente os objetivos do grupo. A intuição, em vez do intelecto, será o fator reinante. Desaparecerão as regras e os regulamentos impostos pelos líderes. Nos novos grupos, em vez de um líder, surge um representante, um porta-voz, o qual, pelo menos em teoria, preside aos trabalhos, por escolha de todos. Em virtude de seus méritos pessoais ele se tornou o SERVO DE TODOS, cujo conceito está muito distante do de um líder que, seguindo suas próprias ideias e determinações, modela e executa o sistema de um grupo.

A especialização em um determinado ramo de atividade – No sentido de ampliar mais as possibilidades do conhecimento, atualmente há uma tendência bastante generalizada: se especializar um determinado ramo de atividade, depois de ter sido adquirido o conhecimento geral da profissão escolhida. Reúnem-se, então, os especialistas de diversos ramos para que todos e cada um contribuam com seus talentos num objetivo e benefício comum. Essa conjugação de técnicos desempenhou importante papel no esforço da última guerra mundial. Igualmente, a interdependência de técnicos foi que produziu o tremendo avanço da medicina, da ciência em geral, da técnica dos negócios. É a prova de que, fundindo e focalizando o conhecimento e poder cerebral de muitos, resolvem-se os mais complexos problemas do mundo. De igual modo, se fundirmos e focalizarmos os atributos do coração, o conhecimento e as energias espirituais de muitos indivíduos devidamente preparados, então pode-se, com toda a certeza, exercer um poder espiritual quase ilimitado na tarefa de libertação do mundo. Esse é um palpitante, profundo e maravilhoso tema para o qual chamamos a atenção especial de todo Aspirante à vida superior sincero.

O trabalho em grupo – Existem utilíssimos conhecimentos em relação ao trabalho de grupo. Contudo, permitimo-nos tecer considerações acerca de fatores diretamente relacionados com atividades espirituais, que é o nosso caso. Temos amplas razões para admitir que, por meio da Fraternidade Rosacruz, conseguiremos promover uma expressiva fase de libertação da humanidade. E para compreendermos como atingir essa realização de efetiva ajuda ao Cristo, estudemos os cinco princípios básicos do nosso esforço em grupo:

1) O primeiro princípio é o SACRIFÍCIO, pois, sugere o impulso amoroso de dar, com renúncia de si mesmo, sem egoísmo. Sem o sacrifício o trabalho de grupo é praticamente impossível. Tudo o que não beneficie o conjunto e suas finalidades e que possa constituir obstáculo para Deus e para o ser humano, deve ser posto de lado. Sacrifício é fazer apenas o que é bom e implica renúncia aos reclamos da Personalidade. É interessante observar, de passagem, que embora exista muitas pessoas altruístas, em todos os lugares, atualmente, poucas são as que agem acima de sua Personalidade com o único propósito de servir e elevar os semelhantes. Aqueles que se reúnem para congregar forças a fim de obter mudanças políticas, para fundar uma instituição filantrópica, quase sempre cobram o preço do prestígio e do proveito pessoal. Raro é o que nada reclama para si, cuja presença e ação, eficientes e silenciosas, constituem o alicerce espiritual do movimento.

O fundamento e a causa de todo poder espiritual residem, em parte, no sacrifício. O egoísta transfere para um plano secundário o interesse impessoal da humanidade, sobrepondo-lhe a glória, a fama e poder material dos membros do grupo. Sacrifício é o “abc” do viver espiritual, é esquecimento próprio, é afastar tudo o que, de alguma forma, possa enfraquecer ou dividir os membros do grupo ou interferir no desenvolvimento de seus propósitos comuns. Não nos referimos somente ao que é errado, mas também ao não essencial, ao que não seja diretamente objetivado pelo movimento pelo qual o grupo está reunido – como, por exemplo, é o caso da Fraternidade Rosacruz –, embora interesse, de modo especial, a um ou a vários membros do grupo.

Cada membro deve ter boa vontade em relação ao grupo, deixando de lado sua vontade pessoal, seus esquemas favoritos e toda forma de ambição pessoal. O que prevalece é a vontade da maioria. Lembremos que, por força da presente condição humana, todos vemos “como que através de um vidro enfumaçado”, isto é, com nossas limitações não percebemos claramente a vontade de Deus e seus agentes, os Irmãos Maiores. Os propósitos dos Irmãos Maiores sobre a questão da elevação e libertação humana respeitam, em primeiro lugar, a liberdade individual, a valorização e o poder de uma FRATERNIDADE; conciliam os aspectos individuais mais legítimos com os propósitos de Deus. Mas, devido às limitações, apenas uma parte do trabalho pode, por ora, ser realizado, porque não enxergamos com clareza os detalhes do Divino Plano Redentor. Todavia, não nos desalentemos por isso.

Por meio do esforço sincero, o Aspirante à vida superior Rosacruz está conquistando, mais depressa, sua libertação e elevação, capacitando-se para um trabalho mais elevado. São poucos os que conseguem. Por enquanto, esforcemo-nos, sem nos aborrecermos por presenciar, frequentemente, membros que não trabalham com idênticas compreensão e unidade de propósito. A perfeição do trabalho em grupo é coisa do futuro. Contudo, um contato íntimo, fundado no amor e numa profunda realização de unidade em Cristo, é possível atualmente, com indivíduos incomuns, que saibam sobrepor-se às diferenças de opinião, que lutam contra as desuniões, porque essas resultam sempre das forças inferiores. É da maior importância, num trabalho em grupo, que todos aprendam a amarem-se uns aos outros, com o Amor de Cristo – amor ágape, incondicional –, de alma para alma, um amor nunca influenciado por fatores pessoais.

O amor é o que ilumina e valoriza o sacrifício. O serviço em favor da humanidade se realizará satisfatoriamente apenas quando se fundar num profundo e permanente amor, livre de crítica (em geral oriundas de frustrações) e orientado pelo firme propósito de não transigir com o erro, com o supérfluo e, sobretudo, com as brechas que entre seus membros produzam desuniões e enfraquecimentos. O sacrifício de fatores negativos pessoais, para perfeita integração e ajuda na Fraternidade, em prol da humanidade é, ao mesmo tempo, uma contribuição preciosa para si mesmo, um exemplo e cooperação à Fraternidade e uma ajuda à humanidade, porque todos os nossos pensamentos, emoções e atos refletem-se em todos os planos da Natureza. Pela contribuição perfeita ao grupo, o indivíduo realiza a superação automática de si mesmo. Pelo esforço de integração, pacificação e eliminação de divergências, cada um harmoniza-se, ao mesmo tempo, a si mesmo.

2) O sacrifício sábio traz, portanto, à atividade, o segundo princípio do trabalho em grupo: a IDENTIFICAÇÃO AMOROSA COM OS COMPANHEIROS DE LABOR. Ao sobrepor-se à Personalidade, cada membro do grupo, pela dedicação ao serviço, cresce em consciência quanto aos propósitos comuns. À medida que cresce, indiferente ao personalismo e egoísmos de toda ordem, identifica-se mais com seu verdadeiro “Eu” e adquire uma atitude de alegria, de confiança própria e de profundo amor ao próximo. Atinge, então, a vivência da “realização da unidade fundamental de si com os demais, em identidade espiritual”. Começa a manifestar sua deidade interna, que permite a superação espontânea de suas solicitações egoísticas e, ao mesmo tempo, fá-lo olhar seus semelhantes, não pelos aspectos externos, não por seus defeitos, senão pela “divina essência oculta em cada um”, o IRMÃO.

Só então atinge a consciência e vive a consciência real do grupo. Muitos de nós, nos instantes de oração ou oficiação de rituais em grupo (quando se processa uma perfeita fusão entre todos), tivemos oportunidade de sentir uma grande vibração. Isto é possível, devido ao princípio de fusão de semelhantes (semelhante atrai semelhante), que é muito mais forte do que uma unidade. Um grupo harmonioso é mais do que um simples ajuntamento de pessoas. São carvões que provocam um fogo que, e em conjunto, focalizados e vibrando num ideal comum, formam um instrumento de Cristo. Por isso foi dito que “onde dois ou mais se reunirem EM MEU NOME” ali Ele estaria! A fusão de almas é o mais poderoso instrumento de corporificação de Cristo, para um trabalho superior, porque produz um volume tão grande de vibração espiritual que pode canalizar, do Mundo do Espírito de Vida, um caudal de energia incalculável. Todos conhecemos essa lei: chama-se a Força de Atração.

Ela determina a atração de pessoas de vibração idênticas, levando-as a diariamente se reunir para um propósito comum. Eis o sentido de cada Centro ou Grupo de Estudos Rosacruz em todo o mundo! O semelhante atrai o semelhante. A mais alta expressão dessa Lei é a fusão de indivíduos preparados para um ideal superior, com plena consciência das leis que regem o trabalho em grupo, isto é, com renúncia de si mesmos e dedicação amorosa ao próximo. Eis como se realiza o trabalho de Cura da Fraternidade Rosacruz, a Cura Rosacruz. A fusão consciente e ardorosa de tais indivíduos forma um canal de natureza tão sublime que atrai um fluxo magnético poderoso do plano Crístico, beneficiando enfermos de todo gênero e enchendo a Terra de uma força equilibradora. Por meio do silencioso poder de tais grupos, os Seres Superiores podem fazer fluir o Poder Curador, a força, a Sabedoria e Amor, para todo este mundo carente. Atualmente o Mundo do Desejo se acha tão conturbado que seus reflexos na humanidade são os que observamos por aí. O contato de Egos, uns com os outros, em propósitos construtivos, é o meio mais eficiente, mais seguro, mais rápido, de libertação individual. O relacionamento de alma, pela autorrenúncia, leva-nos a um conhecimento superior e à unidade com o Cristo Cósmico, pelo despertar de nosso Cristo Interior. As aspirações devocionais e consagradoras para com o serviço, elevam os membros da Fraternidade a planos e condições que, sozinhos, abandonados a seus próprios recursos e às influências que vigoram desde a última conflagração mundial, não poderiam atingir.

3) O terceiro princípio do trabalho em grupo é o SERVIÇO (tônica da Fraternidade Rosacruz). Dele ninguém pode se evadir. Do mais elevado ao mais inferior dos seres vivos, o serviço é o preço a pagar, não somente para o progresso de todos, como também por mera imposição do direito de existir. De uma evasão deliberada, egoísta, do privilégio de SERVIR, origina severas penalidades das leis equilibradoras do Universo. É o que sucede a muitos Egos que atualmente, em alguns países, são obrigados, à FORÇA, a se conformar e servir com boa ou má vontade para atender às necessidades do grupo a que pertencem. O SERVIÇO é a capacidade de identificação do indivíduo com os interesses comuns. Pressupõe, como dissemos, a superação dos interesses pessoais, voluntariamente e regozijosamente. Quem é feliz servindo, torna-se simpático na vida íntima do grupo. É a técnica que liberta o indivíduo dos laços do “eu inferior” e o capacita a integrar a família de Cristo. O verdadeiro serviço não é fácil. Sua legítima expressão pressupõe muita renúncia, persistência e fé: “Poderosamente devem mourejar os que servem os deuses eternos”.

Servir significa sacrifício de tempo, de interesses pessoais, de ideias favoritas. Exige prudência, sabedoria, habilidade de trato, domínio das emoções. Observe-se quão poucos estão preparados para trabalhar impessoalmente. Não se trata de mero negócio, nem de interferências ou de esforços fanáticos. O verdadeiro serviço nasce da combinação das faculdades mentais com as do coração. Não é motivado por estados emotivos, por sentimentalismos, por arroubos acidentes de entusiasmos e tampouco do desejo de progresso espiritual da parte do servidor. O verdadeiro serviço salienta o grupo, em vez de o indivíduo. Por meio do verdadeiro trabalho em grupo nos tornamos mais úteis do que isoladamente poderíamos ser e mais nos aproximamos da nossa FONTE e ORIGEM. Através do serviço verdadeiro expressamos, com mais facilidade, os atributos de nosso “Eu Superior”, o Ego, cuja natureza é naturalmente boa e nobre, amorosa e fraternal, porque “feita à imagem e semelhança do Pai”.

O verdadeiro serviço não é solicitado nem planejado como um fim em si mesmo: surge espontaneamente na medida em que crescemos por dentro e nosso Cristo deseja expandir seus poderes anímicos. Gradualmente, à medida que vamos crescendo por dentro, irradiamos o amor e outras energias espirituais, nunca para nosso próprio engrandecimento, senão para elevação e libertação daqueles que de nós se aproximam. O verdadeiro servidor tira as vistas de si mesmo e de suas realizações, dando atenção integral para as necessidades de seus semelhantes, a começar por seu lar, sem deixar-se prender pelas insidiosas cadeias do interesse puramente familiar. Conduz-se equilibradamente em meio a todas as necessidades, seguindo os impulsos de seu Cristo Interior. A completa submissão à lei do serviço leva-o gradualmente ao íntimo do coração do grupo e a conhecer, para além de todas as dúvidas, que é UNO com as almas IRMÃS. À medida que os membros se elevam assim, o grupo vai atingindo a capacidade de serviço total, o poder e a oportunidade de executar as obras mais inimagináveis.

4) O quarto princípio consiste em RECUSAR tudo o que seja danoso aos interesses do grupo. Isso exige sinceridade, lealdade, coerência. Há muita gente de boa índole que falha neste princípio, por medo de ferir os membros do grupo. Mas a recusa não é desamorosa. Ao contrário: é firme, porém, amorosa, inteligente, esclarecida. Relaciona-se, como veem, com a Força de Repulsão, uma vez que, tudo o que não seja da mesma vibração do grupo tende a ser afastado. Pela manifestação desse princípio, todos os grupos tendem a repelir o que lhe seja estranho ao modo de ser e necessidades, envolvendo pessoas, coisas e condições. Não se trata propriamente de conservação. A evolução do grupo se processa naturalmente, à medida que seus membros evoluem e refletem amorosamente novas necessidades coletivas. Porém, o princípio que estamos considerando preserva o interesse de todos, elevando para Deus as pessoas e coisas identificadas, entre si, como conjunto.

Simbolicamente falando, a totalidade dos membros dedicados de um grupo “reúne seus carvões”, abanando-os pelo serviço amoroso, a fim de que flameje a chama do fogo espiritual, que é um poderoso dissipador das trevas da ignorância e do frio egoísmo que existe no mundo. Por meio de sua própria existência irradiará de tal grupo luz e calor que dissiparão as forças mentais negativas e as correntes miasmáticas do Mundo do Desejo, que escravizam a humanidade. Atuando sobre cada membro ou unidade do grupo, esse quarto princípio imprime, em suas consciências, uma profunda determinação de evitar e repelir, em sua maneira particular de vida, tudo o que possa obstar ou interferir desfavoravelmente nas atividades e interesses comuns. Disso decorre a necessidade de vigilância constante, de si mesmo e não propriamente quanto aos demais. Deve cada um vigiar todas as atividades físicas, emocionais e mentais, a fim de que não chegue a exprimir ação inconveniente.

Compreendendo que sua própria consciência é parte integrante do Todo, a qual, de algum modo misterioso, ele ajuda a sustentar, o membro dedicado e sincero pratica o discernimento e amiúde pergunta a si mesmo: “O que estou pensando, sentindo ou fazendo influencia favoravelmente o grupo? Aumentará ou diminuirá a Luz Espiritual do grupo?”. Então procura, sincero como é para si mesmo, atuar harmoniosamente, recusando tudo o que seja imoral, rancoroso, malicioso, interesseiro, crítica destrutiva, etc. e cultivando apenas, deliberadamente, as vibrações auxiliadoras da sã alegria, da simpatia e do altruísmo. Para o bem do grupo e não por motivos pessoais, trabalha para a pureza, para a estabilidade emocional e pelo controle do pensamento. Respeita e obedece aos propósitos do Grupo e recusa todas as faltas que, dentro de si, procurem prejudicar seu trabalho na equipe. Aprende que não é lutando que vence o egoísmo, senão pelo esquecimento de si mesmo, dedicação aos demais e prazerosa obediência à luz interna, conforme aquela frase de Cristo: “Aquele que perde sua vida por Minha causa, encontrá-la-á”.

5) Quando cada membro tenha aprendido a trabalhar em íntima cooperação mental e espiritual com seus companheiros; quando o desejo de crescimento pessoal e espiritual tenha sido transcendido e cada um tenha dado tudo o que pode ao grupo, então o quinto princípio começará a atuar. Esse princípio que brota da UNIDADE de cada um com todos, originará uma automática distribuição das conquistas do grupo, de forma que, qualquer unidade ou membro começará a sentir e expressar tudo o que o grupo tenha conquistado, embora individualmente não o tenha pretendido. Uma completa realização, por parte de um membro do poder do amor, por exemplo, eventualmente se tornará uma realização consciente de todo o grupo e, assim, em relação a tudo em evolução. É a lei que Cristo enunciou quando disse “Se eu ascender levarei comigo todos os seres humanos”.

Indubitavelmente existem outros princípios que operam nos grupos, a respeito das quais, atualmente, pouca noção temos. Contudo, a boa vontade de nossa parte, em adaptar nossa vida aos princípios aqui enunciados, nos possibilitará percorrer mais rapidamente e proveitosamente o longo caminho que nos conduz às novas e luminosas condições da Era de Aquário.

(por Elvin Joseph Noel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

02-Mês de Fevereiro: Cristo torna a Terra mais branda e rica: é a Sua dedicação

Mês de Fevereiro: Cristo torna a Terra mais branda e rica: é a Sua dedicação

Quando em fevereiro o Sol transita pelo Signo de Aquário – o Portador da Água – temos a época das chuvas e tempestades e, do mesmo modo que o batismo consagra misticamente o Salvador à sua obra de Serviço, assim também a abundância de umidade que desce sobre a Terra torna-a de tal maneira branda e rica, que pode produzir frutos para preservar a vida de todos os que nela habitam.

Em fevereiro, acontece o cerimonial da dedicação. Quão magnífica foi a ocasião em que Jesus Menino foi levado ao Templo. Deve ter sido o maior dia na história de Jerusalém. Por centenas de anos, o povo da Palestina falou do Messias prometido, rogou por sua vinda e aguardou ansioso por tão esperado acontecimento. Entretanto, quando Ele chegou, esse mesmo povo entregou-se calmamente às suas rotinas.

Não tivessem eles sido tão insensíveis e insensatos, teriam visto o ofuscante raio de Luz que iluminou toda a estrutura do Templo, quando da entrada desse Santo Ser. Teriam ouvido o elevado coro dos Anjos e Arcanjos que sempre acompanhavam os passos da criança de modo a envolvê-lo em um literal halo de som, que se tornou Seu sustento e Sua proteção.

Os únicos a reconhecê-lo foram os mais altos Iniciados, Simão e Ana. Eles sabiam que a preciosa criança havia chegado à Terra para servir de canal para o Senhor Cristo. Eles também perceberam o papel vital que Sua santa mãe desempenharia no drama de Cristo. Por isso, eles ofereceram palavras de amor e de coragem para fortalecê-la e sustentá-la.

Na vida da humanidade, o Templo representa o mundo. Dedicação e consagração a todas as causas nobres e a todo idealismo elevado são os objetivos das forças que os Grandes Seres derramam no coração da humanidade durante a Festa da Dedicação.

Dedicação e consagração, num Serviço em permanente ampliação para o desenvolvimento do espírito de fraternidade por todo o mundo, fazem soar a nota-chave de Aquário, já que fevereiro é o mês da realização das esperanças e da frutificação dos sonhos.

(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de BelémConceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

De Escorpião a Águia

Ainda hoje observamos, em muitas construções antigas de igrejas católicas, quatro estátuas em cima do frontispício, representativas  dos quatro Evangelistas –  São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João -, tendo aos pés os símbolos dos quatro Signos Fixos que outrora compunham a esfinge: Escorpião (representado por uma águia), Leão (por um leão), Touro (por um touro) e Aquário (representado por um ser humano). É uma influência da primitiva igreja, pois os antigos Pais da Igreja conservavam o conhecimento dos mistérios cristãos e sabiam muito bem a parte esotérica e a relação entre as forças cósmicas (astrologia espiritual) e a evolução humana. Os Evangelhos são Escolas de Iniciação diferentes: dentre as coletâneas feitas pelos diferentes Discípulos de Cristo-Jesus e por seus seguidores diretos, foram escolhidas apenas essas quatro, que hoje, divididas em capítulos, constituem os evangelhos. As demais foram consideradas apócrifas ou não inspiradas. Contudo, havia uma razão de ser nessa escolha. Tais evangelhos ou métodos iniciáticos formam as linhas angulares que determinariam o horóscopo e evolução do Cristianismo.

Podem alguns estranhar que Escorpião seja ali representado pela águia, como o foi na esfinge misteriosa. É que Escorpião, representando as forças criadoras, em que se fundamenta todo o nosso poder potencial encerra vários símbolos. Cada um deles exprime um estágio evolutivo.

As forças ocultas no ser humano são um mistério, cujo conhecimento e domínio nos abre as portas da regeneração e libertação, para a reconquista da condição de filhos de Deus (religação ou Religião verdadeira).

Por isso rege o sexo e a força motriz emotiva. Por isso rege a oitava casa do horóscopo, que expressa regeneração ou degeneração, segundo os Astros e Aspectos de cada tema astrológico.

Na fase primitiva da evolução, Escorpião rasteja na paixão, escravizando o nativo às exigências dos sentidos. No aspecto espiritual, gira por detrás, com a cauda, mostrando o lado negativo em que vivíamos, como médiuns grandemente influenciados e dirigidos de fora. Aqueles que se iniciavam nos mistérios e alcançavam o desenvolvimento positivo das suas faculdades eram relacionados com a serpente, que pica pela frente, mostrando o aspecto positivo, independente. Nos mistérios egípcios, os Najas, ou serpentes, levavam uma serpente que parecia sair da raiz do nariz (lugar da consciência individual, do espírito divino). Esses eram desenvolvidos positivamente nos mistérios. Eram clarividentes voluntários. Os involuntários, que tinham a mesma condição dos médiuns espíritas de hoje, traziam uma serpente desenhada no ventre, na altura do “plexo solar”. Essas posições da serpente mostravam que, no desenvolvimento positivo é o espírito interno que alcança a possibilidade de voos d’alma, saindo e entrando do corpo, pela cabeça (entre as comissuras dos ossos parietais e occipital), ao passo que, no desenvolvimento negativo é um espírito estranho que expulsa o espírito residente e penetra no corpo pelos órgãos sexuais ou pelas paredes etéricas, rompidas, do plexo.

Na Bíblia temos várias passagens elucidativas desses dois estados. Os israelitas tomaram a palavra “Naja” e modificaram-na, com o sufixo, negativo feminino “OTH”, que nos dá NAIOTH e o final positivo masculino “IM” para a clarividência positiva. Saul foi a Naioth (foi tomado por espírito e divertiu os outros com tiradas proféticas).

Cristo-Jesus foi Naim e ressuscitou o Filho da Viúva (Iniciação de Lázaro).

Mercúrio, o símbolo da razão, também leva uma serpente a sair-lhe do chapéu; é indicação de que, com o chapéu de Mercúrio, a razão, chave evolutiva da presente época Ariana, o ser humano é livre e independente de influência externa para evoluir.

Quando, no antigo Egito, a pessoa levava duas serpentes a sair-lhe da fronte, indicava exercer dois poderes: de rei e de sacerdote.

Naja (Uraeus) é um emblema de Sabedoria. Cristo se refere aos detentores dessa Sabedoria quando aconselhou a sermos “sábios como as serpentes”. Na Índia, os guardiães dos mistérios eram chamados “nagas” ou serpentes. Nos “Eddas” de Islândia, vemos que Siegfried, investigador sincero, degolou a serpente, provou seu sangue e se converteu num sábio.

Ora, o veneno é um símbolo da força criadora. Siegfried o bebeu e tornou-se sábio. Quem usa o veneno (poder, força sexual) de forma indevida, pica por detrás e torna-se réu ou vítima do próprio veneno como o escorpião ao matar-se, diante do perigo. Contudo, quem usa essas forças de forma positiva e justa, pica pela frente, como a serpente (razão).

Um estudo sobre Escorpião mostra como essa força age e a necessidade de ela ser transmutada, transubstanciada. Quando, pela regeneração da natureza criadora, transubstanciamos essa força dentro de nós, alcançamos a condição de águias, a que voa em busca das alturas, não com as asas de cera de falso desenvolvimento de um Ícaro, mas com asas reais, que nos torna possível deixar a prisão da ilha de nosso corpo.

Os alquimistas costumavam comparar o ser humano a um forno e representavam-no com uma chama inferior para queimar e sublimar em forma de vapor, a líquida natureza da força de Escorpião. De fato, sabemos que na medula espinhal do ser humano circula um gás, a força de Netuno que rege as faculdades supranormais. Esse gás pode converter-se no líquido passional que procura exteriorização pelo sexo ou pode ser incendiado pela aspiração e prática de ideais superiores, caso em que, eleva-se pelo tubo (medula) do forno (corpo humano) e vai fazer vibrar os dois centros espirituais da cabeça (da Gândula Pineal e da Pituitária), estabelecendo com a persistência do processo regenerativo, uma ponte vibratória entre esses dois centros.

Abrem-se, então, os olhos espirituais e alcançamos a visão dos planos internos da natureza, atualmente encobertos para os olhos carnais do ser humano comum.

Ora, o que cegou o ser humano foi a queda e o uso da bebida alcoólica e de outros excitantes. Por isso, a Fraternidade Rosacruz recomenda aos Aspirantes à vida superior o abandono da carne de mamífero, aves, peixes, répteis, anfíbios (que está impregnada pela paixão animal, pois como diz a Bíblia, “a alma do animal está no sangue”), das bebidas alcoólicas, do fumo (de qualquer tipo e de qualquer forma) e de outros tóxicos que dificultam o processo regenerativo.

O modelo divino do Tabernáculo no Deserto, dado a Moisés no Monte, previa precisamente a elevação humana da degeneração em que estavam, para a regeneração. O altar dos sacrifícios simboliza a força criadora voltada para satisfação egoísta de todos os desejos do ser humano. Ela deve ser queimada (sublimada) com sal (arrependimento). O odor que se elevava da queima agradava ao Senhor. Contudo, naquele tempo o ser humano não estava preparado ainda para o sacrifício de si mesmo e os Seres Superiores determinaram que sacrificassem suas posses (machos bovinos e ovinos) além dos dízimos. Com o advento de Cristo e a purificação dos estratos da Terra o ser humano alcançou a possibilidade de fazer de si mesmo, sob uma orientação racional, um sacrifício vivente. O Tabernáculo no Deserto, que era uma sombra das coisas que viriam, antecipava essa possibilidade expressa por São Paulo Apóstolo quando diz na sua Epístola aos Efésios 4:22 a 24: “que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do homem novo, em novidade de espírito”. E, ainda mais, na sua Primeira Epístola aos Coríntios 15:42: “ressuscitarmos da corrupção para a incorrupção, de corpo animal para o corpo espiritual”. O Tabernáculo no Deserto é nosso corpo, o Templo de Deus Vivo, Interno. Se queremos trabalhar eficazmente a serviço da humanidade, alcançando, ao mesmo tempo, para nós, a verdadeira felicidade, é necessário que passemos além de seres humanos comuns, que funcionam apenas no pátio externo do Tabernáculo no Deserto, no lado inferior. Aprendendo a queimar os atos errôneos de cada dia, com o fogo da consciência, durante a retrospeção noturna, podemos lavar-nos e purificar-nos, a fim de entrar, durante o sono, no Santo (Sala Oriental) e lá trabalhar como Auxiliares Invisíveis inconscientes, a serviço da humanidade. Contudo, não basta isso, é necessário que durante o dia aproveitemos todas as oportunidades de bem agir. Só podemos ser eficientes Auxiliares Invisíveis quando aprendemos a ser, aqui e agora, Auxiliares Visíveis provados pela prática e não simplesmente em teoria e aspiração. Aí sim, o bem agir e uma retrospeção bem feita nos permite extrair a essência do serviço prestado, para oferecê-la aos semelhantes durante o trabalho noturno a que nos consagramos diariamente.

Desse modo — afirma Max Heindel com o conhecimento de causa — o maior criminoso pode transformar-se radicalmente. É um trabalho de repetição no bem, de automatização do certo, deixando de lado, procurando esquecer o lado inferior, que morrerá de inanição, aos poucos, e um dia chegará em que, suficientemente equilibrados para nos dirigir seguramente no Mundo do Desejo, somos visitados pelo Mestre e convidados a entrar no Santíssimo (Sala Ocidental). Esse extremo ocidental do Tabernáculo no Deserto é a nossa cabeça, onde estão os dois Querubins (Glândula Pineal e Pituitária ligando suas asas, ponte vibratória) sobre a arca, onde estão as tábuas da lei (a observância consciente e espontânea nas leis naturais), a vara de Aarão (o fogo espinhal de Netuno, com todo seu poder potencial) e o Maná (o Espírito).

Contudo, essa transubstanciação é assunto delicado. Por isso fazemos o presente artigo, na esperança de reforçar e assegurar uma boa compreensão do que sairá em julho.

O ser humano precisa de conhecer-se sobre o assunto (Nosce Te Ipsum), por um estudo criterioso de seu horóscopo, tomar consciência de seus pontos frágeis e fortes e depois trabalhar vigilantemente por sua regeneração, seguindo um roteiro pessoal. Os pontos frágeis, principalmente os complexos impulsos emocionais e sexuais, não são sublimados pelo combate. Cristo recomenda mui oportunamente que “não resistamos ao mal”, isto é, que não pensemos nele, que não lhe demos consideração pois, cada vez que pomos uma ideia na consciência fortificamo-la com nossa atenção. Consegui bons resultados, mantendo-me sempre ocupado em coisas nobres e prazerosas. Os Santos são muitas vezes representados pisando uma serpente. São Jorge matou o dragão, também nós, para dominar a força emocional de Escorpião, devemos unicamente estar alertas contra seu automatismo astuto e sutil e pensar e agir unicamente no que seja construtivo.

Há muitas coisas por aí a conspirar contra nosso aperfeiçoamento. Não faz mal. Não podemos ficar num convento. A oficina de aperfeiçoamento é aqui mesmo, no meio da tentação. É a única forma de provarmos para nós mesmos se estamos seguros para enfrentar provas maiores. Estejamos alertas contra as insidiosas sensações e imagens que, pela televisão, pela revista, podem acumular-se e insidiosamente incitar-nos a natureza inferior. Olhemos o lado bom de cada coisa, desconcertando o mecanismo do subconsciente instintivo. Isto é, vigiar e orar.

E, como ainda não somos santos, cuidadosamente demos vazão ao vapor da natureza emocional que se acumular, porque senão estoura a caldeira. Escorpião rege esse impulso de liberação e devemos ser prudentes. Contudo, entre ser prudentes e condescendentes com o instinto, vai uma grande distância.

Há, ainda, o perigo do recalque, isto é, não sublimar natural e inteligentemente a força instintiva e apenas querer contê-la à força de vontade ou por inibição. Isso é realmente um perigo. Na Lenda de Parsifal, Klingsor, buscando ser um dos cavaleiros do Graal (ser repentinamente elevado), mutilou-se, vedando a si mesmo a satisfação instintiva.

Contudo, com a vista espiritual o Guardião do Castelo percebeu-lhe o íntimo tenebroso e passional e não lhe permitiu o ingresso. É o problema da circuncisão debatido por São Paulo apóstolo. O Corpo de Desejos é distinto do Corpo Denso, se bem se expresse através dele, como Klingsor fazia com Kundry, quando a despertava antes que os cavaleiros do Graal o fizessem, utilizando-a em propósitos egoístas. Klingsor morava no “vale”, indicativo da parte baixa do corpo, onde se situam os órgãos sexuais, expressão inferior da força emocional. O Castelo do Graal estava no “monte”, isto é, na cabeça. Os cavaleiros são o gás netuniano. Atraídos e seduzidos pela flores-deusas deixam-se exterminar por Klingsor.

Parsifal foi tentado e venceu a prova. Contudo, teve, ademais, que provar seu valor altruístico, sofrendo e servindo, usando seu poder em benefício dos demais e nunca para si.

Assim, também nós, temos tudo isso dentro do nosso reino interno e é mister alcançar o mérito de Parsifal não insensatamente como Anfortas, mas sabiamente, como “serpentes” que desejam transmutar-se em águia.

E das cinzas da queima da natureza inferior elevar-se-á, gloriosamente, em repetidos renascimentos, cada vez mais luminosos, a Fênix!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1966)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Influências Fisionômicas e de Personalidade dos Astros – Urano

Influências Fisionômicas e de Personalidade dos Astros

(*) Advertência:
• A descrição aqui apresentada é mais exata quando o Astro é o Regente do horóscopo e bem-aspectado.
(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – Capítulo XIX – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Urano

Aquário é regido por dois Planetas: Urano e Saturno. O Regente “verdadeiro” é Urano. A palavra grega “Uranus” significa céu.
O amor terreno de Vênus se transforma em amor celeste ou altruísmo. Isto é amor para todos, independentemente do sexo.
Urano pode fazer a pessoa tender a reagir muito bruscamente (elétrico) e tender a pessoa a ser impulsiva e acalorada. Também excêntrica e não convencional. Tende a proporcionar uma estatura comprida, olhos grandes e deixa ver muito branco abaixo da íris.
O co-Regente de Aquário é Saturno (veja a descrição em Capricórnio), o que tende o aquariano ter boa concentração, mas também melancólico. Felizmente o otimismo vence neles.
A velocidade com que Urano passa por todos os Signos do Zodíaco é de 84 anos, portanto fica 7 anos aproximadamente em cada Signo.

Tradução feita pelos irmãos e irmãs da  Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco – Na Terra do Homem do Jarro – Aquário

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco
Na Terra do Homem do Jarro

 

As crianças estavam paradas agora no lado externo do segundo portão. Este era muito diferente do primeiro; parecia feito de nuvens de movimento rápido e acima delas podia-se ver um grande globo verde tendo uma estrela no meio.

Rex encontrou uma vara que parecia ter vida, caída perto do portão. As instruções do rolo diziam que ele devia usá-la para conseguir entrada.

– “Não vejo onde possa bater”, disse ele para Zendah, mas no momento em que levantou a mão com a vara, uma faísca, como um relâmpago, saiu do extremo desta direção ao globo verde em cima do portão. Subitamente as nuvens desapareceram e os meninos viram que o globo descansava sobre uma grossa coluna verde. Atravessadas no meio do portão estavam duas serpentes; uma de prata, por cima, e outro de bronze, por baixo:

Gravado por cima das serpentes aparecia o símbolo de duas mãos dadas:

– “Quem veio chamar o guardião das Grandes Distâncias?”, gritou uma voz.

– “Rex e Zendah, da terra”, responderam eles.

– “Dê o passe”.

– “Fraternidade”, respondeu Rex.

– “Entrem, Rex e Zendah, pelo espírito da Fraternidade, na terra do Aquário”.

Os portões rangeram. Os dois encontraram-se no começo de uma larga estrada que se estreitava quando se olhava para longe, em frente. De cada lado dessa estrada saíam outras cinco, ficando assim o terreno dividido em onze partes, tendo cada uma delas lindas casas.

Logo viram vindo, ao longe, um homem envolto em uma túnica feita de um material que eles nunca viram antes.

Parecia uma malha de proteção e embora não fosse de metal, brilhava qual escamas de uma cobra em furta-cor, ora verde, ora laranja, ora púrpura. Sobre esta malha havia uma vestimenta feita de vários quadrados coloridos. Em torno dos tornozelos tinham aros com joias que brilhavam como a vara do portão. Ele deu as boas-vindas às crianças e convidou-as a verem o Rei.

O homem bateu as mãos por cima da cabeça e imediatamente uma máquina voadora prateada desceu, e eles entraram nela. Voaram alto, por cima da grande escada central e chegaram logo ao castelo, com a velocidade do pensamento. Homens altos, vestidos como seu guia, estavam parados de cada lado ao longo da escada de entrada, e todos eles faziam gestos de saudação quando eles passavam, juntando a mão direita com a esquerda.

O castelo estava cheio de belas estátuas e ornamentos de toda espécie e eram tantos que não foi possível verificar a sua variedade.

– “Rex”, murmurou Zendah, “parece o museu Britânico, só que muito mais bonito”.

Passaram pelo grande hall e por fim chegaram diante do trono, feito de muitos metais diferentes. O tapete o qual estavam o trono e as cortinas que lhe ficaram por trás, eram feitos de quadrados verdes e laranja, alternados.

Um homem idoso, de semblante e longa barba, estava sentado no trono. Vestia túnica verde escuro, em cuja bainha havia muitas crisólitas e ramos de morango cheio de frutos e por baixo tinha uma vestimenta de fino linho branco. Segurava uma ampulheta e a seu lado permanecia um homem escuro com os olhos penetrantes e uma coroa que parecia luzir com brilhantes de fogo. Sua roupa também mudava de cor cada vez que se olhava para ela.

– “Sejam bem-vindos, meus filhos”, disse o velho Rei. “Vocês conhecem o meu nome; sou o pai tempo, por vezes chamado Saturno. Aqui, na terra do Aquário, muito do meu trabalho é feito pelo Rei Urano, que é mais velho do que eu, embora pareça mais jovem. Ele mostrará a vocês as maravilhas desta terra”.

– “Vamos primeiro as minas”, disse Urano, descendo do trono. Deixando o palácio entraram novamente na máquina voadora, e partiram para as montanhas onde chegaram logo.

Urano levou-os ao interior de uma montanha em que havia cavernas profundas nas quais homens trabalharam com máquinas conhecidas.

– “Estas são minas de rádium”, disse Urano. “Vejam!”, e ele apertou um botão de uma máquina que estava próxima das paredes da caverna. Imediatamente uma espécie de espada desceu e praticou uma abertura na rocha. Do corte saiu uma torrente de metal cintilante que brilhava como o Sol. Parecia ter vida e os meninos não puderam olhar para ele além de um instante.

– “Temos desse metal na terra?”, perguntou Rex.

– “Sim, mas pouca quantidade. Quando a Terra era muito jovem, pusemos boa quantidade nela, mas com o tempo, quase toda irradiação voltou para cá, restando somente um metal pesado que vocês chamam chumbo; mas esse metal pertence na realidade, a outra Terra”.

– “Que pena! Gosto mais deste!”, disse Zendah.

– “Algum dia os homens aprenderão a transformar o chumbo novamente em rádium; mas isso não é para já”, disse Urano sorrindo.

Deixando as cavernas eles subiram ao topo da montanha onde havia uma construção com telhado de vidro, cuja porta de entrada era alcançada por meio de centenas de degraus. Aí eles viram todas as variedades de máquinas voadoras sendo construídas.

Em um canto perceberam certo número de pessoas em pé em altos pilares, abrindo os braços, pulando de lá de cima e planando até chegar ao chão como se tivessem asas.

– “Que fazem eles?”, perguntou Zendah.

– “Praticam o voo sem máquinas; todos podem fazer isso se aprenderem a usar seu corpo astral apropriadamente; mas sem ele não é fácil, não”.

Novamente fora, em um lindo vale viram blocos de mármore nos quais homens e mulheres esculpiam estátuas, algumas, apenas começadas e outras terminadas.

Zendah desejava muito poder fazer o mesmo, e Urano deu-lhe uma pequena ferramenta e disse-lhe que quando chegasse em casa experimentasse, mas praticasse primeiro com a massa.

– “Eu preferia poder enviar mensagens pelo ar’, disse Rex.

Urano levou as crianças para outro prédio onde havia inúmeros fios passados de uma parede à outra. Rex viu uma grande placa de ebonite com botões de prata e Urano disse-lhe: pode apertar um dos botões e desejar intensamente.

– “Pense na mensagem que você quer mandar e ela chegará ao seu destino”, disse Urano.

– “Só pensar?”, perguntou Rex. “Basta isso?”

– “Sim, isso chega, mas você deve pensar firme e ao mesmo tempo olhar nesse espelho ao lado”.

Rex pensou em sua mãe e desejou que ela soubesse as maravilhas que eles estavam vendo.

Ele viu sua mãe em casa, sentada perto da lareira, e uma pequena bola luminosa, cheia de quadros das suas aventuras, partiu como um relâmpago até chegar perto dela e então desapareceu.

Ela sorriu e disse para si mesma: “Que lindos sonhos estão tendo as crianças”.

– “Algum dia”, disse Urano, “as pessoas não precisarão mais de fios para mandarem suas mensagens; apenas ficarão sentadas, pensarão firmemente, e as mensagens chegarão ao destino. As crianças poderão fazê-lo mais facilmente do que os adultos”.

– “O povo desta terra faz outras coisas interessantes?”, perguntou Zendah.

 

– “Sim; aqueles lá estão desenhando lindas catedrais e outros edifícios e aqueles”, apontou para outra parede, “estão aprendendo a armazenar o relâmpago e a utilizá-lo para movimentar máquinas em substituição ao carvão ou à gasolina”.

Enormes chamas passaram de um lugar para o outro, estremecendo por vezes o edifício – era como se fosse um grande incêndio! Eles viram centelhas saírem aos milhares de bolas brilhantes colocadas em lugares afastados.

Essas bolas apresentavam diversas colorações variando de conformidade com a altura de que eram vistas. As mais baixas eram vermelhas e amarelas, mudando para o verde, ao passo que as mais altas eram azul e púrpura. Um homem estava parado em um dos lados da sala e apontava para uma máquina no lado oposto. Quando fazia isso, parecia que jorrava do seu dedo uma torrente de fogo colorido e a máquina punha-se em movimento sem outro auxílio.

Foi muito maravilhoso, mas Urano apenas sacudiu a cabeça quando Rex perguntou como foi feito. “Você vai descobrir algum dia, meu filho”, ele disse, “se você pensar bastante”. Então, levando-os para o portão de entrada, ele deu a Rex uma ponte mágica minúscula que, ele disse, permitiria que ele enviasse seus pensamentos como Relâmpago onde quer que ele desejasse, se ele se segurasse e usasse a senha. Para Zendah, ele deu um pendente feito de duas cobras, como aquelas no portão, cada um segurando uma safira em sua boca. Eles nunca souberam como eles saíram daquela terra. De repente viram um clarão de luz, o chão tremeu, e eles estavam na frente do portão seguinte, o de Capricórnio.

(The Adventures of Rex and Zendah In The Zodiac – por Esme Swainson – publicado pela The Rosicrucian Fellowship – publicado na revista Rays from the Rose Cross nos anos 1960-61; As Aventuras de Rex e Zenda no Zodíaco (as Ilustrações são originais da publicação) –Fraternidade Rosacruz – SP – publicado na revista Serviço Rosacruz de 1980-81)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Aquário – Fisionomia e Personalidade quando no Ascendente

Influências Fisionômicas e de Personalidade quando no Ascendente

(*) Advertência: a descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau). Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela. Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição.
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus deste podem modificar a descrição

Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo. (Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Aquário

O típico aquariano tem uma estatura de alta até muito alta; com mãos e pés grandes; ombros largos; é bem proporcionado e normalmente atlético. A pele é cor de marfim. A cabeça é em forma de cunha e alongada.

A testa que tem um formato quadrado, forma com o resto do rosto e o resto do perfil uma linha reta. As muitas linhas e rugas do rosto são marcantes. O rosto irradia bondade e ousadia.

O cabelo é loiro e liso. Os olhos são azuis, ligeiramente convexo, grandes e pode se ver muito branco abaixo da íris. A pálpebra fica um pouco pendurada (como em Leão) e tem cílios longos.

Em ambos os olhos tem pés de galinha.

O nariz é reto e de tamanho normal. As narinas são, às vezes, um pouco levantadas. Entre o nariz e os olhos (assim como em Leão) tem, muitas vezes, duas linhas verticais, mas um pouco mais compridas que em Leão (2 a 2,5 cm).

A boca é pequena; o queixo normal com tendência a ser pontudo.

As orelhas são medianas com um lóbulo pequeno.

Os ombros são largos; os braços compridos até bem compridos; com mãos grandes e bem proporcionadas.

As pernas também são compridas, assim como os pés, que são bem compridos e finos.

Apesar do tamanho grande de todo o corpo as proporções são normais. Quanto à aparência são pessoas bonitas.

O corpo tem uma postura orgulhosa, em pé, mas não tem a mesma postura oficial de Leão.

Seu humor é mutável; às vezes melancólico, depressivo pela influência de Saturno; às vezes, brincalhão pela influência de Urano.

O aquariano tem um caráter nobre. Eles são amigos dos animais e das pessoas. Eles gostam da natureza. São muito altruístas. São pessoas de pensamento científico com bom senso (que também depende de outros aspectos).

Sua intuição é muito forte e também são muito técnicos. Eles conseguem se concentrar muito bem e tem uma vida de profunda reflexão; mas eles têm dificuldade de se expressar.

O aquariano se interessa pelo novo, o diferente, o extremo. Seu altruísmo faz com que se interessem pelos estudos sociais, por astrologia, grafologia e ocultismo. São muito originais.

Aquário tem a ver com éter; contanto que eletrônica e aerodinâmica atraem sua atenção, assim como as comunicações modernas como rádio e TV.

Às vezes são ambiciosos, mas mais no terreno espiritual. Eles tendem ao ascetismo.

São caseiros e gostam de crianças.

Tradução feita pelos irmãos e irmãs da  Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha

Idiomas