Quando o Sol entrar por Precessão dos Equinócios no Signo celestial de Aquário, o Aguador, virá uma nova fase da Religião do Cordeiro, a Religião Cristã. Esotericamente, o ideal que devemos perseguir está indicado no Signo oposto: Leão.
A Lua, habitação de Jeová – o Regente autocrático das Raças e o dador de Leis – está em Exaltação em Touro. Quando o Sol transitou, por Precessão dos Equinócios, pelo Signo de Touro, todas as Religiões de Raça, mesmo a fase mosaica da Religião Ária do Cordeiro, pediam uma vítima propiciatória para cada transgressão da Lei.
Mas, o Sol está em Exaltação em Áries e ao entrar nesse Signo, por Precessão dos Equinócios, o grande Espírito Solar, Cristo, veio como um Sumo Sacerdote da Religião Ária e revogou o sacrifício de outros ao oferecer-se a Si mesmo como um sacrifício perpétuo pelos pecados do mundo.
Observando o ideal maternal de Virgem, durante a Era de Peixes, e seguindo o exemplo de Cristo como um serviço de sacrifícios, a Imaculada Concepção converte-se numa experiência real para cada um de nós, e Cristo, o Filho do Homem (Aquário) nasce internamente.
Deste modo, gradualmente a terceira fase da Religião Cristã se manifestará e um novo ideal será encontrado no Leão de Judá (Leão). Valor e convicção, fortaleza de caráter e virtudes semelhantes, farão de nós, realmente o Rei da Criação, digno da confiança e do afeto dos Reinos de vida inferiores ao nosso, bem como do amor das divinas Hierarquias Criadoras que sobre nós estão.
Assim, a mensagem mística da nossa evolução está marcada em caracteres de fogo no campo celestial, onde qualquer investigador pode ler. E quando estudemos o propósito de Deus, revelado no Zodíaco, aprenderemos a nos conformarmos inteligentemente com Seus desígnios e, desse modo, abreviar o dia da emancipação do nosso limitado ambiente atual, para sermos perfeitamente, livres como Egos, sobrepondo-nos à lei do pecado e da morte, por meio de Cristo, o Senhor do Amor e da Vida.
Todos nós podemos e devemos decifrar a mensagem e resolver o mistério do Universo.
A entrada do Sol em Aquário, em que teremos mais estreita união com o Cristo, por uma forma elevada da Religião Cristã, está indicada, além do Zodíaco, no Evangelho Segundo São Lucas: “Respondeu-lhes: “Logo que entrardes na cidade, encontrareis um homem levando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que ele entrar. Direis ao dono da casa: ‘O Mestre te pergunta: onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?” (22:10-11), no Evangelho Segundo São Marcos: “Enviou então dois dos seus discípulos e disse-lhes: “Ide à cidade. um homem levando uma bilha d’água virá ao vosso encontro. Segui-o. Onde ele entrar, dizei ao dono da casa: ‘O Mestre pergunta: Onde está a minha sala, em que comerá a Páscoa com os meus discípulos?’ E ele vos mostrará, no nadar superior, uma grande sala arrumada com almofadas. Preparai-a ali para nós.” (14:13-15) e no Evangelho Segundo São Mateus: “Ele respondeu: ‘Ide à cidade, à casa de alguém e dizei-lhe: ‘O Mestre diz: o meu tempo está próximo. Em tua casa irei celebrar a Páscoa com meus discípulos’.” (26:18), pois o Cristo Solar é simbolizado na Astrologia pelo Sol, quer na evolução da humanidade como das nações e do mundo.
Aquário, às vezes, é representado por uma mulher derramando água de um cântaro; outras vezes por um menino e outras, ainda, por um homem. O correto é o de um rapaz, que simboliza o Cristo já crescido no ideal dentro de nós; a água que se derrama sob controle do cântaro, pelo rapaz, significa o equilíbrio das emoções. Será, pois, a Era do amor racional, inteligente, o equilíbrio entre o Coração e a Mente, preconizado nos Ensinamentos Rosacruzes.
A palavra-chave de Aquário, como Signo fixo, é: ESTABILIDADE.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1964-Fraternidade Rosacruz-SP)
(*) Advertência:
A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau)
Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela.
Astros nas Casas:
Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.
(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)
Se pudéssemos compreender, plenamente, todos os Signos do Zodíaco e agir de acordo com este entendimento, não haveria desarmonia. Olharíamos todos com amor e amor não tem fronteiras. A única limitação em nosso esquema de evolução é feita pelo próprio ser humano. Não há perda, nem pressa, nem tempo no conceito universal de vida.
Um fator de engrandecimento sempre presente em nossas vidas e que dá impulso às nossas ações é a oportunidade. Desde as exaltadas forças criadoras, tais como as Grandes Inteligências Espirituais, que se manifestam nos Signos do Zodíaco, até as criaturas mais jovens que o próprio ser humano, têm na oportunidade maior cooperação e a maneira certa de progredir. A necessidade sentida por cada um, de movimentar-se e produzir num relacionamento mais íntimo com a fonte divina, é o fator motivacional. A Hierarquia Criadora de Aquário representa a Água Mística (espírito) de vida, que provém do coração (Leão, seu Signo oposto), transformada em essência de pureza (através de Virgem) e elevada ao altruísmo (Aquário, seu Signo oposto) … uma expressão da consciência de Cristo, o impulso puro e nobre do bem. Aquário é o caminho do místico.
A força consumidora de amor (Vênus) é elevada a seu estado sublime, altruísmo (Urano) em Aquário, e o princípio criador desta Hierarquia, enquanto muito próximo do ser humano, está quase que totalmente ligado à potencialidade. Devido à enorme importância e significado destes potenciais atribuídos a Aquário (assim como a Peixes) e porque a fraqueza do ser humano é ainda grande, há necessidade de disfarçar as verdades vibrantes em roupagens comuns para que possam preencher lentamente as necessidades da natureza individual. Por isso, uma qualificação correspondente é percebida nas oitavas planetárias de Vênus e Urano, que operam através de Aquário e, também, Mercúrio e Netuno, associados a Peixes.
Quando se procura compreender as manifestações físicas de Deus, torna-se imediatamente evidente que é necessário definir os elementos de cada reação emocional e intelectual do nosso eu e da nossa vida. Esta definição é difícil, mas a observação e a meditação são essenciais no prosseguimento da sabedoria. As linhas de demarcação do nosso desenvolvimento não podem ser definitivas como os limites de um mapa geográfico, mas sim manifestadas como a mistura de várias cores, como num por de sol.
A DUALIDADE
É óbvio que há dualidade em todas as coisas. Podemos distinguir dois tipos diferentes de amor em cada pessoa. Classificamos estas emanações de Deus designando certas qualidades derivadas do Raio de Vênus e outras do Amor de Urano ou de Cristo. A cor primária de cada um desses raios é amarela. A diferença na manifestação é, portanto, reconhecida somente pelo tom da cor.
A característica marcante do amor de Vênus é a beleza manifestada em todas as coisas. As manifestações materiais estão todas ao nosso redor na terra, no ar e no céu. As flores, os nossos alimentos, as árvores que nos dão frutos e sombra, a delicadeza e a variedade de plantas que fornecem um infinito caleidoscópio de cores sempre mutantes e cintilantes, que vão desde o ambiente próximo a nós até o horizonte distante. Mesmo vibrações mais altas de beleza são encontradas nas tonalidades pastéis da luz e nas sombras amarelo-vivo refletidas nas nuvens, ao pôr do sol, todas simbolizando Cristo.
O Raio de Vênus nos permite receber, internamente, tudo que é bom, verdadeiro e belo, fornecendo-nos um domínio satisfatório sobre nossas atividades terrenas. Dá-nos uma força proporcional entre nossas atividades e nossos desejos, atraindo dessa forma boas coisas para nós. Aprendemos através de inúmeros eons de manifestação a especializar estas qualidades dentro de nós e, como o impulso de Urano (o Raio de Cristo) entrou em nossas vidas, precisamos emanar em alegria e em expressões cristãs de júbilo, por tudo o que ganhamos em amor.
O AMOR DE URANO
O aspecto uraniano de Aquário diferencia-se do amor terreno de Vênus em uma única maneira: Urano é frequentemente tido como adverso, mas o amor de Urano tendo aprendido a reconhecer a fragilidade da autoindulgência e suas reações correspondentes, nunca atende a certos desejos de um indivíduo, mas serve com absoluto sacrifício próprio, as necessidades de uma consciência desperta. Consequentemente, seus objetivos são diametralmente opostos à natureza inferior, natureza esta que tenta frustrar a sempre crescente necessidade de elevação aos níveis mais altos de manifestação.
Vênus é o Planeta da atração. Em sua forma mais elevada ela representa o homem ou a mulher, que unidos de maneira ideal, formam uma equação equilibrada. Vênus tem, dentro dela, a força do amor e da beleza terrena. A arte, a literatura, a música e o ideal de justiça, que é também uma forma de ritmo, são suas prerrogativas. A influência de Vênus, porém, é bastante pessoal e depende, para seu desenvolvimento, da semelhança ou reciprocidade de tudo que Vênus significa e atrai em outra pessoa ou condição de vida.
Embora Vênus seja chamada de a Deusa do Amor, ela representa, na verdade, as razões para o amor: a beleza na forma, no som, tato, na visão, no olfato, ritmo, na cor e chega próxima, embora não atinja os aspectos espirituais desses sentidos. Aproxima-se também da paixão, mas não a atinge, ficando, no entanto, satisfeita por poder dar motivo para isto, sendo que a parte sensual está a cargo de seu oposto, Marte.
Enquanto Vênus atrai através dos encantos dos sentidos, Urano baseia suas forças em canais mais elétricos. Sua atração é uma atração “de sentir”, mas é um “sentimento” ou sentido num plano mais elevado do que aquele de Marte ou Vênus. Assim, Urano atrai como uma agulha elétrica ou repele tão rapidamente como um raio. É fácil ver o porquê Urano representa o amor superior, demonstrado através do altruísmo e é o verdadeiro Planeta do amor. Seu amor é o que está acima da razão, sem restrição de forma, cor, tato, visão ou som. Urano começa onde Vênus termina. Quanto a isto, a palavra “magnetismo” descreve melhor Urano, enquanto altruísmo é sua qualidade ideal.
Vênus e Urano regem os Signos do Ar Libra e Aquário, dando a ambos uma flexibilidade criativa, intuitiva e mentalmente elevada. Vênus e Urano são exaltados nos Signos de Água Peixes e Escorpião, que dão a esses Planetas a visão interior psíquica, característica dos Signos da Água, da força criativa de uma natureza espiritual superior. É como se o altruísmo de Urano fosse a consciência da alma em expansão ou o fruto da essência espiritual das qualidades de Vênus.
Urano tem uma visão mais profunda baseada em um princípio semelhante ao amor, à beleza e à apreciação. Urano é Vênus em crescimento mais elevado, Vênus de uma vida onde o “Ego” jamais é levado em consideração. Em sua exaltação ele não examina o amor pessoal, mas esforça-se por elevar-se a mais alta visão e ao objetivo mais superior.
Vênus representa atração ou ganância centralizada na Personalidade. O efeito de Urano é dissolver a Personalidade aparente (Lua e Ascendente) e todas as suas ideias de possessão ou separação (Ego) e sublimar a personalidade aparente à individualidade (Sol) para misturar-se com o Cósmico. Vênus representa o ponto de vista do Ego, em sua ideia de separação do Ego Cósmico. A consciência de Urano é a expressão cósmica: “EU SOU”. Vênus e Urano trazem uma atração e uma apreciação de beleza e uma habilidade para irradiar as vibrações cósmicas das coisas mais delicadas da vida.
A ligação entre Vênus e Urano é de influência moral ou espiritual. Pela atração de Vênus, a humanidade elevou-se do egoístico plano de vida animal e agrupou-se em famílias e raças. Com a influência de Marte, a energia dinâmica, uma afinidade moral é produzida. Sob a influência de Urano desenvolvemos o amor sem egoísmo pela humanidade e para com o próximo.
Grandes vultos de Aquário não foram gigantes intelectuais. Edison, Lincoln e muitos outros foram humanistas, cujo amor altruístico pela humanidade foi dirigido e canalizado em energias contínuas para o bem-estar social.
O Amor – a maior força do universo – é plantado, transmutado e desabrocha no fruto de Aquário: altruísmo. Urano é a oitava superior de Vênus.
Três mensageiros são enviados por Aquário: Saturno (co-Regente de Aquário) do rosto brilhante; Vênus, aquela que traz amor e alegria a todos, e o maior de todos, o poderoso Urano, destruidor, separatista, vingador e, também, unificador. Urano que quebra para novamente juntar, que fere para cicatrizar, separa para unir. Para resistir a sua radiante presença precisamos dobrar nossas espadas e curvar nossas cabeças diante dele, pois ele é belo e puro. Ele destrói tudo que foi criado no egoísmo e na paixão, destrói o materialismo e a cristalização sobre a Terra.
O consorte e companheiro de Urano, Netuno, é delicado e inspirador, uma criação dos deuses ainda não compreendido pelos seres humanos. Ele é pálido e de uma beleza sutil, enquanto a estatura de Urano é grandiosa e nobre. Estão juntos na entrada da Nova Era, pois a glória deles é a dos mundos mais elevados. São mensageiros de um reino ainda desconhecido para nós.
Aquário não tem templos, laços ou dependências. Ele é ser humano e recebe o espírito da vida no amor e na sabedoria. Aprendemos a olhar e a virar nosso rosto para cima, a fim de recebermos tudo que nos é oferecido, porque sua dádiva é dourada. Precisamos tornarmo-nos puros para receber isto na Mente, no Corpo e na Alma, pois ele atua em todos os planos. Sua é a água (espírito) da Vida. Aqueles que podem receber este Espírito divino e conservá-lo não serão mais compelidos a morte ou ao nascimento. Eles terão encontrado seu amor, sua Fonte, sua unidade, pois este é o objetivo de Aquário: ser dois em um, macho e fêmea, tornando-se como Deuses para nunca mais vagarem sozinhos.
O SIGNO DA LIBERDADE
Aquário chega como um ser humano para todos aqueles abaixo dele, unindo todos os elementos e todas as pessoas com seu Espírito divino, pois Aquário focaliza Cristo.
O ser humano completo não precisará mais lastimar-se, pois com a segunda Vinda, a cruz será superada para sempre, à medida que nos elevarmos e manifestarmos as maravilhas dos Céus – amor, vida e cura. Uma chama vertical intensa, um pilar de fogo, uma faísca caindo como um raio dos Céus – isto é Aquário e assim ele desvendará nossos sentidos interiores e nossos desejos de conhecimento. Urano e Aquário envolvem-nos com um convite da verdade que dissipará todo temor e escuridão. Desenvolveremos, assim um sentido intuitivo, que alguns chamam de “pressentimento”. Em ambos é a água da vida que vem de cima, procurando vivificar-nos com Luz, força e cura e fazer com que sejamos completos e puros, em Sua Misericórdia.
(de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em janeiro de 1982)
Quando o Sol está transitando por Aquário, o Senhor Cristo, em Sua passagem anual pela Terra, centra Suas atividades na Região Etérica do Mundo Físico. Derrama Seu amor e Suas bênçãos, tanto sobre os Anjos como sobre as almas dos desencarnados da humanidade terrestre que estão vivendo e trabalhando nesses planos. São esses também o lar das crianças, os Egos dos que morreram na infância e os Anjos os instruem e os acompanham.
Um Discípulo qualificado, que aprendeu a seguir a Cristo ao longo da trilha da santidade por meio de Aquário, é capaz, em tal estágio de desenvolvimento, de entrar conscientemente nos planos etéricos. Ali pode observar os variadíssimos e formosos serviços prestados pelos Anjos no benefício da humanidade e de todas as formas de vida existentes no Planeta. Assim, pois, o Discípulo se encontra em um mundo encantado, um mundo tênue onde está a origem das notícias sobre as Fadas; porque as regiões dos Éteres superiores é, verdadeiramente, um mundo das Fadas. Das atividades observadas nesses planos é onde muitos buscadores iluminados e místicos tecem seus mais formosos escritos, relativos às verdades espirituais.
Durante o mês em que o Sol transita por Aquário, os Éteres superiores se tornam mais dourados e luminosos, porque a força de Cristo está sendo dirigida sobre a superfície da Terra para preparar Sua triunfante libertação pascal.
Cada uma das Ondas de Vida pertencente ao nosso Sistema Solar: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes tem sua própria nota-chave.
A nota-chave de Áries é Réb Maior, que tem 5 bemóis, a saber, Sib, Mib, Lab, Reb, Solb (N.R.: grafamos no pentagrama nas claves de Sol e de Fá):
A nota-chave de Touro é Mib Maior, que tem 3 bemóis, a saber, Sib, Mib. Lab:
A nota-chave de Gêmeos é Fa# Maior, que tem 6 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#. Re#, La#, Mi#:
A nota-chave de Câncer é Sol# Maior, que tem 6 sustenidos e um dobrado sustenido, a saber, Fa##, La#, Si#, Do#, Re#, Mi#, Sol#. Musicalmente usado, Lab Maior com 4 bemóis: Sib , Mib , Lab, Reb:
A nota-chave de Leão é La# Maior, que tem 4 sustenidos e 3 sustenidos dobrados a saber, La#, Si#, Re#, Mi#, e Do##, Fa##, Sol##. Musicalmente usado: Sib Maior com 2 bemóis: Sib , Mib:
A nota-chave de Virgem é Do natural Maior e não tem nenhum sustenido nem bemol.
A nota-chave de Libra é Re Maior, e tem 2 sustenidos, a saber, Fa# e Do#:
A nota-chave de Escorpião é Mi Maior, e tem 4 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#, Re#:
A nota-chave de Sagitário é Fa Maior e tem 1 bemol, a saber, Sib:
A nota-chave de Capricórnio é Sol Maior, e tem 1 sustenido, a saber, Fa#:
A nota-chave de Aquário é La Maior, e tem 3 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#:
A nota-chave de Peixes é Si Maior, e tem 5 sustenidos, a saber, Fa#, Do#, Sol#, Re#, La#. (Mi e Si são as únicas notas não sustenidas):
(leia mais no Livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)
SIGNO: Aquário, o aguador
QUALIDADE: Fixo ou consciência dirigida gradual e consistentemente para estabelecer e manter um centro estável.
ELEMENTO: Ar ou a consciência relacionada com os assuntos sociais e intelectuais. Entre outras coisas, o elemento Ar corresponde aos gases, à Mente e ao Mundo do Pensamento.
NATUREZA ESSENCIAL: Não há nada que possa enclausurar a atmosfera em um recipiente; do mesmo modo seria difícil submeter ou enclausurar um autêntico aquariano. Em sua manifestação positiva, o autêntico aquariano é um humanitário que acredita no direito de todos em ter igual oportunidade para “a vida, a liberdade e buscar a felicidade”. É infrutífero tentar e obter dele um ponto de vista único ou tentar convencê-lo por meio de argumentos, pois quando você pensa que conseguiu, ele mantém a opinião. A única coisa que encerra a atmosfera é o cosmos, assim que somente aquelas ideias que são fundamentadas sobre um raciocínio não polarizado, aquelas que envolvem conceitos universais, atrairão o aquariano. Ele é aquele que procura por uma ciência religiosa e por uma Religião científica, onde ambos desses fatores importantes no desenvolvimento do ser humano podem despender a igualdade de condições. Se ele parece ser excêntrico em algumas ocasiões, talvez seja porque ele vê com uma visão estendida, o que nós ainda vemos somente do nosso próprio ponto de vista. Se bem que ele sempre terá uma disposição gentil para conosco. Agora, quando a influência de Aquário se manifesta negativamente, o Ar-Fixo se torna ar estagnado. Uma ideia uma vez aceita, que é o comprometimento de si mesmo, será exposta muitas vezes para os outros que estão ao seu redor. Também, nesse caso, é avesso a assumir compromissos ou uma posição, e se rebela contra tudo que não dê a ele a liberdade de expressão ou que não concorde com a sua própria pré-disposição.
ANALOGIA FÍSICA: atmosfera
PLANETA REGENTE: Urano
CASA CORRESPONDENTE: a 11ª Casa no horóscopo natural corresponde a Aquário.
ANATOMIA ESOTÉRICA: representa a memória (ou Mente) Supraconsciente, que é o arquivo ou depósito de todas as faculdades e conhecimentos adquiridos em todas as nossas vidas anteriores.
ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: pernas e tornozelos.
FISIOLOGIA: Urano, como Regente de Aquário, rege os processos da visão e dos gases no nosso Corpo.
MITOLOGIA GREGA: Urano era o deus que estava no céu, entre cujos filhos estavam os 12 titãs.
CRISTIANIDADE CÓSMICA: Quando o Sol passa por Aquário o Espírito de Cristo está nos imbuindo com o impulso para a Fraternidade Universal, onde considera todas as pessoas como merecedoras de nossa amizade e amor, o que deve acontecer em alguma medida, antes que Ele possa se manifestar entre nós novamente, como o Príncipe da Paz.
(Publicado pela Revista: Rays from the Rose Cross – Fevereiro/1975 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Resposta: Sim, as festas anuais têm a mais profunda significância oculta. Do ponto de vista material, os Astros não passam de massas de matéria circulando em suas órbitas em obediência às chamadas “leis cegas”, mas para os ocultistas eles aparecem como Grandes Espíritos, movendo-se no espaço como nos movemos no mundo.
Quando uma pessoa é vista gesticulando, atribuímos certo significado aos seus gestos. Se ela balança a cabeça, sabemos que está negando uma determinada proposição, mas se ela acena a cabeça, inferimos que ela concorda. Se ela acena, com as palmas das mãos voltadas para ela, sabemos que está sinalizando para alguém vir até ela, mas se ela virar as palmas para fora, entendemos que está alertando alguém para se afastar. No caso do universo, geralmente não pensamos que haja qualquer significado para a posição alterada dos Astros, mas para o ocultista há o significado mais profundo em todos os fenômenos variados do céu. Eles correspondem aos gestos da pessoa nesse exemplo.
Krisma, palavra do grego antigo, significa ungido, e qualquer pessoa que tivesse uma missão especial a cumprir era ungida nos tempos antigos. Quando, nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, o Sol está mais próximo da Terra – atingindo o Trópico de Capricórnio – os impulsos espirituais são os maiores em todo o Planeta. Porém, para nosso bem-estar material é necessário que o Sol se afaste mais da Terra e, assim falamos da época em que o Sol começa se afastar mais da Terra a partir do dia 25 de dezembro, o aniversário do Salvador, ungido para nos salvar da fome e do frio que adviriam se o Sol permanecesse sempre no ponto mais perto da Terra.
À medida que o Sol segue em direção ao Equador, passando pelo Signo de Aquário, o “Homem com um cântaro vertendo água”, a Terra é inundada de chuva, simbolizando o batismo do Salvador. Em seguida, vem a passagem do Sol pelo Signo de Peixes, os peixes, no mês de março. No passado, as reservas do ano passado foram todas consumidas e a comida do ser humano era escassa, por isso temos o longo jejum da Quaresma, em que o “comer peixe” simbolizava essa característica da jornada solar. Em seguida, vem a Páscoa, quando o Sol passou pelo Equador. Essa é a época da Páscoa, quando o Sol está em seu nó oriental, e essa travessia do Equador é simbolizada pela crucificação ou crucifixão, assim chamada, do Salvador; o Sol então passa pelo Signo de Áries, o Carneiro, e se torna o Cordeiro de Deus, que é dado para a salvação do mundo quando as plantas começam a brotar. No entanto, para que o sacrifício possa ser benéfico ao ser humano, Ele (o Sol) deve ascender aos céus onde Seus raios terão o poder de amadurecer a uva e o milho, e assim temos a festa da Ascensão do Salvador ao Trono do Pai, que ocorre no Solstício de Junho – quando o Sol atinge o Trópico de Câncer. Lá o Sol permanece por três dias, quando se diz “De lá ele retornará”, entra em vigor quando o Sol começa sua passagem em direção ao nó ocidental. No momento em que entra no Signo de Virgem, a Virgem, temos a Festa da Assunção e, depois, quando sai do Signo de Virgem, o nascimento da Virgem que parece, por assim dizer, nascer do Sol.
A festa judaica dos Tabernáculos ocorria na época em que o Sol cruzava o Equador em sua passagem para os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, e essa festa era acompanhada pela “pesagem do milho e a colheita do vinho”, que eram as dádivas do Deus Solar aos seus devotos humanos.
Assim, todas as festas do ano estão ligadas aos movimentos das estrelas no espaço.
(Pergunta nº 89 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
“Devemos aprender a lição do trabalho para um propósito comum, sem lideranças. Cada qual, igualmente induzido pelo espírito de amor que lhe vem do íntimo, deve empenhar-se pela elevação física, moral e espiritual da humanidade à altura de Cristo – o Senhor e a Luz do mundo”
Max Heindel
O conhecimento, em todos os seus aspectos, é a base reconhecida do progresso. À medida que novos fatos são descobertos, novas leis são formuladas, a tecnologia vai se aperfeiçoando e as evidências do progresso se manifestam. Desse modo o ser humano vai obtendo tudo o que previamente lhe parecia impossível. Tal acontece porque novos fragmentos de conhecimento em um campo provê a chave do mistério existente em outro campo. Consequentemente, em virtude do interrelacionamento comum entre todas as fases da vida e do conhecimento, quanto mais o ser humano sabe a respeito de determinado assunto, mais poderá saber a respeito dos outros. Assim, a luz do conhecimento cresce e se torna mais brilhante.
Muitos problemas da vida, mercê dessa transferência de capacidade e interrrelacionamento de conhecimento, são resolvidos satisfatoriamente. Mas, o progresso aí está, constantemente desafiando o ser humano com novas e diferentes situações que inevitavelmente suscita. Os novos problemas vão tornando mais amplos, envolvendo mais pessoas, abrangendo maiores horizontes e exigindo soluções mais rápidas. As conquistas da técnica e da ciência, aproximando cada vez mais e identificando os diferentes grupos humanos, fazem com que cada acontecimento afete a todos. É evidente que a humanidade está sendo submetida a um processo evolutivo acelerante. Os sinais apontados são o início desse processo.
Ninguém sabe tudo – nenhum ser humano, por mais disciplinado, inteligente e dono de seu tempo que seja, pode hoje aprender tudo o que está à disposição do conhecimento humano. Ninguém, por mais poderoso e influente, não poderá pensar, planejar e atuar, com o acerto e rapidez necessários, em todos os problemas sociais. Ora, não é do intento divino que seja a humanidade subjugada e vencida pelo desespero, ante os penosos e confusos tempos que vamos adentrando. Graças a alguns afortunados cérebros que não se deixam limitar pelo medo, que sobrepassaram o egoísmo e, pelo amor ao próximo, sincero e desinteressado, lograram alcançar as mais profundas verdades do Cristo, está sendo divulgado por todas as partes a necessidade imperiosa de congregar as pessoas em grupos. Pela conjugação dos recursos individuais, na busca da solução dos mais altos e legítimos problemas coletivos, vêm-se obtendo meios para enfrentar a evolução da técnica, a fim de utilizá-la convenientemente, sem violência aos sagrados direitos do ser humano. Ainda há muito erro, decorrente, as mais das vezes, da falta do espírito de equipe. Ademais, há pouco é que, praticamente, se evidenciam as vantagens desta técnica há tanto tempo pregada por Cristo. Mas, ninguém pode deter o fluxo do propósito evolucionário; verifica-se um rápido aumento do trabalho em grupo, em todo o mundo.
Necessidades para se trabalhar em grupo – o primeiro passo para o trabalho em grupo é o reconhecimento de nossas limitações pessoais. Isso nos leva a participar de esforços cooperativos, cujo brilhante futuro mal podemos prever. À medida que nossos egoísmos e interesses imediatistas forem dando lugar ao altruísmo e bem-comum, novas fases irão sendo exploradas no trabalho em grupo. De fato, a formação de grupos de trabalho ainda está na infância. As técnicas são relativamente desconhecidas de uma grande maioria de indivíduos e as forças cósmicas, que unem os indivíduos esparsos em grupos, estão apenas começando a produzir seus impactos sobre a consciência humana. Tais forças fluem primeiramente do Espírito do Cristo Interno e secundariamente da influência de Aquário. Ao se tornarem mais fortes, os grupos de pessoas, de uma natureza mais original e espiritual, se tornarão mais comuns. Eles serão os vanguardeiros e a glória da Era de Aquário. Pelo discernimento de assuntos públicos, Júpiter – o princípio da expansão e da boa vontade, da filantropia e da sociabilidade – revela o que é desejável em matéria de negócios, de religião, de ciência e outros assuntos, suscitando a revisão de atividades para novas e construtivas fases em grupos. Desse modo, utilizando os valores relativos pessoais, sob o impulso do altruísmo e sem ofender a liberdade individual, Júpiter vai tornando possível grandes melhoramentos. Para as pessoas integradas em movimentos humanísticos e espirituais, o trânsito desse Planeta enseja grandes oportunidades de progresso.
No passado, as transições de progresso que se operavam no mundo eram consequências do trabalho de indivíduos mais ou menos iluminados, cujas Personalidades exerciam poderosa ação, atraindo e dominando aqueles que se tornariam seus discípulos. Por intermédio de tais singulares indivíduos o trabalho era feito. Foram grandes homens e mulheres a quem devemos não somente as revelações religiosas, como o progresso nos vários ramos da arte, da ciência, das leis, da política, da filosofia, etc. Eles, em grande parte, fizeram a história, história de umas poucas pessoas, de cujo esforço e gênio dependeram as grandes realizações, em todos os campos de trabalho.
Atualmente essa condição está mudando. Novos métodos e novos homens e mulheres estão rapidamente emergindo. Muitos poucos indivíduos excepcionais surgem, mas, em compensação, levanta-se muitos homens e mulheres aptos para qualquer atividade. Em vez do antigo “mestre” que determinava tudo, observamos hoje muita gente com idêntica habilidade, trabalhando em conjunto. Ampliam-se enormemente as atribulações de responsabilidade e expansão da atividade humana. Devemos, hoje, aprender a trabalhar em conjunto ou nos desatualizaremos. Como predisse Max Heindel, devemos ser iguais, amigos, compartilhando experiências e ações, acima da preocupação de liderança. A Fraternidade é a nova ordem da Era que se aproxima. Ou nos entendemos ou nos limitaremos cada vez mais.
O desejo de se destacar – A ambição para se tornar líder leva a mesma razão que torna o indivíduo inadaptado para a mais elevada forma de trabalho em grupo, não importando quão altruístas e benevolentes possam ser as motivações. O desejo de se destacar, de exercer autoridade, encerra um erro de aproximação à moderna atividade em grupo, pois ressalta a Personalidade, em prejuízo de fatores anímicos de confraternização, de identidade incondicional. Em seus trabalhos com os Irmãos Leigos e Discípulos, os Irmãos Maiores nunca dão ordens, nunca censuram e nunca louvam. O anelo de servir, de viver retamente, deve brotar espontaneamente do interior do indivíduo. Isso o capacitará para a integração da equipe. Esse deve ser o espírito de todo trabalho em grupo.
Tempo está chegando em que, na vida de todo e qualquer indivíduo, a única autoridade a ser levada em conta será o “Eu Superior”, o foro íntimo. Na medida em que cada um aprenda a amar, a honrar e a obedecer a seu “Eu Superior” expressará o que é bom, o belo e o verdadeiro (o que é indispensável na evolução prática dos ideais Cristãos). E para isso é imprescindível se torna compreensivo e harmonioso com todos seus companheiros de atividade, entendendo e seguindo espontaneamente os objetivos do grupo. A intuição, em vez do intelecto, será o fator reinante. Desaparecerão as regras e os regulamentos impostos pelos líderes. Nos novos grupos, em vez de um líder, surge um representante, um porta-voz, o qual, pelo menos em teoria, preside aos trabalhos, por escolha de todos. Em virtude de seus méritos pessoais ele se tornou o SERVO DE TODOS, cujo conceito está muito distante do de um líder que, seguindo suas próprias ideias e determinações, modela e executa o sistema de um grupo.
A especialização em um determinado ramo de atividade – No sentido de ampliar mais as possibilidades do conhecimento, atualmente há uma tendência bastante generalizada: se especializar um determinado ramo de atividade, depois de ter sido adquirido o conhecimento geral da profissão escolhida. Reúnem-se, então, os especialistas de diversos ramos para que todos e cada um contribuam com seus talentos num objetivo e benefício comum. Essa conjugação de técnicos desempenhou importante papel no esforço da última guerra mundial. Igualmente, a interdependência de técnicos foi que produziu o tremendo avanço da medicina, da ciência em geral, da técnica dos negócios. É a prova de que, fundindo e focalizando o conhecimento e poder cerebral de muitos, resolvem-se os mais complexos problemas do mundo. De igual modo, se fundirmos e focalizarmos os atributos do coração, o conhecimento e as energias espirituais de muitos indivíduos devidamente preparados, então pode-se, com toda a certeza, exercer um poder espiritual quase ilimitado na tarefa de libertação do mundo. Esse é um palpitante, profundo e maravilhoso tema para o qual chamamos a atenção especial de todo Aspirante à vida superior sincero.
O trabalho em grupo – Existem utilíssimos conhecimentos em relação ao trabalho de grupo. Contudo, permitimo-nos tecer considerações acerca de fatores diretamente relacionados com atividades espirituais, que é o nosso caso. Temos amplas razões para admitir que, por meio da Fraternidade Rosacruz, conseguiremos promover uma expressiva fase de libertação da humanidade. E para compreendermos como atingir essa realização de efetiva ajuda ao Cristo, estudemos os cinco princípios básicos do nosso esforço em grupo:
1) O primeiro princípio é o SACRIFÍCIO, pois, sugere o impulso amoroso de dar, com renúncia de si mesmo, sem egoísmo. Sem o sacrifício o trabalho de grupo é praticamente impossível. Tudo o que não beneficie o conjunto e suas finalidades e que possa constituir obstáculo para Deus e para o ser humano, deve ser posto de lado. Sacrifício é fazer apenas o que é bom e implica renúncia aos reclamos da Personalidade. É interessante observar, de passagem, que embora exista muitas pessoas altruístas, em todos os lugares, atualmente, poucas são as que agem acima de sua Personalidade com o único propósito de servir e elevar os semelhantes. Aqueles que se reúnem para congregar forças a fim de obter mudanças políticas, para fundar uma instituição filantrópica, quase sempre cobram o preço do prestígio e do proveito pessoal. Raro é o que nada reclama para si, cuja presença e ação, eficientes e silenciosas, constituem o alicerce espiritual do movimento.
O fundamento e a causa de todo poder espiritual residem, em parte, no sacrifício. O egoísta transfere para um plano secundário o interesse impessoal da humanidade, sobrepondo-lhe a glória, a fama e poder material dos membros do grupo. Sacrifício é o “abc” do viver espiritual, é esquecimento próprio, é afastar tudo o que, de alguma forma, possa enfraquecer ou dividir os membros do grupo ou interferir no desenvolvimento de seus propósitos comuns. Não nos referimos somente ao que é errado, mas também ao não essencial, ao que não seja diretamente objetivado pelo movimento pelo qual o grupo está reunido – como, por exemplo, é o caso da Fraternidade Rosacruz –, embora interesse, de modo especial, a um ou a vários membros do grupo.
Cada membro deve ter boa vontade em relação ao grupo, deixando de lado sua vontade pessoal, seus esquemas favoritos e toda forma de ambição pessoal. O que prevalece é a vontade da maioria. Lembremos que, por força da presente condição humana, todos vemos “como que através de um vidro enfumaçado”, isto é, com nossas limitações não percebemos claramente a vontade de Deus e seus agentes, os Irmãos Maiores. Os propósitos dos Irmãos Maiores sobre a questão da elevação e libertação humana respeitam, em primeiro lugar, a liberdade individual, a valorização e o poder de uma FRATERNIDADE; conciliam os aspectos individuais mais legítimos com os propósitos de Deus. Mas, devido às limitações, apenas uma parte do trabalho pode, por ora, ser realizado, porque não enxergamos com clareza os detalhes do Divino Plano Redentor. Todavia, não nos desalentemos por isso.
Por meio do esforço sincero, o Aspirante à vida superior Rosacruz está conquistando, mais depressa, sua libertação e elevação, capacitando-se para um trabalho mais elevado. São poucos os que conseguem. Por enquanto, esforcemo-nos, sem nos aborrecermos por presenciar, frequentemente, membros que não trabalham com idênticas compreensão e unidade de propósito. A perfeição do trabalho em grupo é coisa do futuro. Contudo, um contato íntimo, fundado no amor e numa profunda realização de unidade em Cristo, é possível atualmente, com indivíduos incomuns, que saibam sobrepor-se às diferenças de opinião, que lutam contra as desuniões, porque essas resultam sempre das forças inferiores. É da maior importância, num trabalho em grupo, que todos aprendam a amarem-se uns aos outros, com o Amor de Cristo – amor ágape, incondicional –, de alma para alma, um amor nunca influenciado por fatores pessoais.
O amor é o que ilumina e valoriza o sacrifício. O serviço em favor da humanidade se realizará satisfatoriamente apenas quando se fundar num profundo e permanente amor, livre de crítica (em geral oriundas de frustrações) e orientado pelo firme propósito de não transigir com o erro, com o supérfluo e, sobretudo, com as brechas que entre seus membros produzam desuniões e enfraquecimentos. O sacrifício de fatores negativos pessoais, para perfeita integração e ajuda na Fraternidade, em prol da humanidade é, ao mesmo tempo, uma contribuição preciosa para si mesmo, um exemplo e cooperação à Fraternidade e uma ajuda à humanidade, porque todos os nossos pensamentos, emoções e atos refletem-se em todos os planos da Natureza. Pela contribuição perfeita ao grupo, o indivíduo realiza a superação automática de si mesmo. Pelo esforço de integração, pacificação e eliminação de divergências, cada um harmoniza-se, ao mesmo tempo, a si mesmo.
2) O sacrifício sábio traz, portanto, à atividade, o segundo princípio do trabalho em grupo: a IDENTIFICAÇÃO AMOROSA COM OS COMPANHEIROS DE LABOR. Ao sobrepor-se à Personalidade, cada membro do grupo, pela dedicação ao serviço, cresce em consciência quanto aos propósitos comuns. À medida que cresce, indiferente ao personalismo e egoísmos de toda ordem, identifica-se mais com seu verdadeiro “Eu” e adquire uma atitude de alegria, de confiança própria e de profundo amor ao próximo. Atinge, então, a vivência da “realização da unidade fundamental de si com os demais, em identidade espiritual”. Começa a manifestar sua deidade interna, que permite a superação espontânea de suas solicitações egoísticas e, ao mesmo tempo, fá-lo olhar seus semelhantes, não pelos aspectos externos, não por seus defeitos, senão pela “divina essência oculta em cada um”, o IRMÃO.
Só então atinge a consciência e vive a consciência real do grupo. Muitos de nós, nos instantes de oração ou oficiação de rituais em grupo (quando se processa uma perfeita fusão entre todos), tivemos oportunidade de sentir uma grande vibração. Isto é possível, devido ao princípio de fusão de semelhantes (semelhante atrai semelhante), que é muito mais forte do que uma unidade. Um grupo harmonioso é mais do que um simples ajuntamento de pessoas. São carvões que provocam um fogo que, e em conjunto, focalizados e vibrando num ideal comum, formam um instrumento de Cristo. Por isso foi dito que “onde dois ou mais se reunirem EM MEU NOME” ali Ele estaria! A fusão de almas é o mais poderoso instrumento de corporificação de Cristo, para um trabalho superior, porque produz um volume tão grande de vibração espiritual que pode canalizar, do Mundo do Espírito de Vida, um caudal de energia incalculável. Todos conhecemos essa lei: chama-se a Força de Atração.
Ela determina a atração de pessoas de vibração idênticas, levando-as a diariamente se reunir para um propósito comum. Eis o sentido de cada Centro ou Grupo de Estudos Rosacruz em todo o mundo! O semelhante atrai o semelhante. A mais alta expressão dessa Lei é a fusão de indivíduos preparados para um ideal superior, com plena consciência das leis que regem o trabalho em grupo, isto é, com renúncia de si mesmos e dedicação amorosa ao próximo. Eis como se realiza o trabalho de Cura da Fraternidade Rosacruz, a Cura Rosacruz. A fusão consciente e ardorosa de tais indivíduos forma um canal de natureza tão sublime que atrai um fluxo magnético poderoso do plano Crístico, beneficiando enfermos de todo gênero e enchendo a Terra de uma força equilibradora. Por meio do silencioso poder de tais grupos, os Seres Superiores podem fazer fluir o Poder Curador, a força, a Sabedoria e Amor, para todo este mundo carente. Atualmente o Mundo do Desejo se acha tão conturbado que seus reflexos na humanidade são os que observamos por aí. O contato de Egos, uns com os outros, em propósitos construtivos, é o meio mais eficiente, mais seguro, mais rápido, de libertação individual. O relacionamento de alma, pela autorrenúncia, leva-nos a um conhecimento superior e à unidade com o Cristo Cósmico, pelo despertar de nosso Cristo Interior. As aspirações devocionais e consagradoras para com o serviço, elevam os membros da Fraternidade a planos e condições que, sozinhos, abandonados a seus próprios recursos e às influências que vigoram desde a última conflagração mundial, não poderiam atingir.
3) O terceiro princípio do trabalho em grupo é o SERVIÇO (tônica da Fraternidade Rosacruz). Dele ninguém pode se evadir. Do mais elevado ao mais inferior dos seres vivos, o serviço é o preço a pagar, não somente para o progresso de todos, como também por mera imposição do direito de existir. De uma evasão deliberada, egoísta, do privilégio de SERVIR, origina severas penalidades das leis equilibradoras do Universo. É o que sucede a muitos Egos que atualmente, em alguns países, são obrigados, à FORÇA, a se conformar e servir com boa ou má vontade para atender às necessidades do grupo a que pertencem. O SERVIÇO é a capacidade de identificação do indivíduo com os interesses comuns. Pressupõe, como dissemos, a superação dos interesses pessoais, voluntariamente e regozijosamente. Quem é feliz servindo, torna-se simpático na vida íntima do grupo. É a técnica que liberta o indivíduo dos laços do “eu inferior” e o capacita a integrar a família de Cristo. O verdadeiro serviço não é fácil. Sua legítima expressão pressupõe muita renúncia, persistência e fé: “Poderosamente devem mourejar os que servem os deuses eternos”.
Servir significa sacrifício de tempo, de interesses pessoais, de ideias favoritas. Exige prudência, sabedoria, habilidade de trato, domínio das emoções. Observe-se quão poucos estão preparados para trabalhar impessoalmente. Não se trata de mero negócio, nem de interferências ou de esforços fanáticos. O verdadeiro serviço nasce da combinação das faculdades mentais com as do coração. Não é motivado por estados emotivos, por sentimentalismos, por arroubos acidentes de entusiasmos e tampouco do desejo de progresso espiritual da parte do servidor. O verdadeiro serviço salienta o grupo, em vez de o indivíduo. Por meio do verdadeiro trabalho em grupo nos tornamos mais úteis do que isoladamente poderíamos ser e mais nos aproximamos da nossa FONTE e ORIGEM. Através do serviço verdadeiro expressamos, com mais facilidade, os atributos de nosso “Eu Superior”, o Ego, cuja natureza é naturalmente boa e nobre, amorosa e fraternal, porque “feita à imagem e semelhança do Pai”.
O verdadeiro serviço não é solicitado nem planejado como um fim em si mesmo: surge espontaneamente na medida em que crescemos por dentro e nosso Cristo deseja expandir seus poderes anímicos. Gradualmente, à medida que vamos crescendo por dentro, irradiamos o amor e outras energias espirituais, nunca para nosso próprio engrandecimento, senão para elevação e libertação daqueles que de nós se aproximam. O verdadeiro servidor tira as vistas de si mesmo e de suas realizações, dando atenção integral para as necessidades de seus semelhantes, a começar por seu lar, sem deixar-se prender pelas insidiosas cadeias do interesse puramente familiar. Conduz-se equilibradamente em meio a todas as necessidades, seguindo os impulsos de seu Cristo Interior. A completa submissão à lei do serviço leva-o gradualmente ao íntimo do coração do grupo e a conhecer, para além de todas as dúvidas, que é UNO com as almas IRMÃS. À medida que os membros se elevam assim, o grupo vai atingindo a capacidade de serviço total, o poder e a oportunidade de executar as obras mais inimagináveis.
4) O quarto princípio consiste em RECUSAR tudo o que seja danoso aos interesses do grupo. Isso exige sinceridade, lealdade, coerência. Há muita gente de boa índole que falha neste princípio, por medo de ferir os membros do grupo. Mas a recusa não é desamorosa. Ao contrário: é firme, porém, amorosa, inteligente, esclarecida. Relaciona-se, como veem, com a Força de Repulsão, uma vez que, tudo o que não seja da mesma vibração do grupo tende a ser afastado. Pela manifestação desse princípio, todos os grupos tendem a repelir o que lhe seja estranho ao modo de ser e necessidades, envolvendo pessoas, coisas e condições. Não se trata propriamente de conservação. A evolução do grupo se processa naturalmente, à medida que seus membros evoluem e refletem amorosamente novas necessidades coletivas. Porém, o princípio que estamos considerando preserva o interesse de todos, elevando para Deus as pessoas e coisas identificadas, entre si, como conjunto.
Simbolicamente falando, a totalidade dos membros dedicados de um grupo “reúne seus carvões”, abanando-os pelo serviço amoroso, a fim de que flameje a chama do fogo espiritual, que é um poderoso dissipador das trevas da ignorância e do frio egoísmo que existe no mundo. Por meio de sua própria existência irradiará de tal grupo luz e calor que dissiparão as forças mentais negativas e as correntes miasmáticas do Mundo do Desejo, que escravizam a humanidade. Atuando sobre cada membro ou unidade do grupo, esse quarto princípio imprime, em suas consciências, uma profunda determinação de evitar e repelir, em sua maneira particular de vida, tudo o que possa obstar ou interferir desfavoravelmente nas atividades e interesses comuns. Disso decorre a necessidade de vigilância constante, de si mesmo e não propriamente quanto aos demais. Deve cada um vigiar todas as atividades físicas, emocionais e mentais, a fim de que não chegue a exprimir ação inconveniente.
Compreendendo que sua própria consciência é parte integrante do Todo, a qual, de algum modo misterioso, ele ajuda a sustentar, o membro dedicado e sincero pratica o discernimento e amiúde pergunta a si mesmo: “O que estou pensando, sentindo ou fazendo influencia favoravelmente o grupo? Aumentará ou diminuirá a Luz Espiritual do grupo?”. Então procura, sincero como é para si mesmo, atuar harmoniosamente, recusando tudo o que seja imoral, rancoroso, malicioso, interesseiro, crítica destrutiva, etc. e cultivando apenas, deliberadamente, as vibrações auxiliadoras da sã alegria, da simpatia e do altruísmo. Para o bem do grupo e não por motivos pessoais, trabalha para a pureza, para a estabilidade emocional e pelo controle do pensamento. Respeita e obedece aos propósitos do Grupo e recusa todas as faltas que, dentro de si, procurem prejudicar seu trabalho na equipe. Aprende que não é lutando que vence o egoísmo, senão pelo esquecimento de si mesmo, dedicação aos demais e prazerosa obediência à luz interna, conforme aquela frase de Cristo: “Aquele que perde sua vida por Minha causa, encontrá-la-á”.
5) Quando cada membro tenha aprendido a trabalhar em íntima cooperação mental e espiritual com seus companheiros; quando o desejo de crescimento pessoal e espiritual tenha sido transcendido e cada um tenha dado tudo o que pode ao grupo, então o quinto princípio começará a atuar. Esse princípio que brota da UNIDADE de cada um com todos, originará uma automática distribuição das conquistas do grupo, de forma que, qualquer unidade ou membro começará a sentir e expressar tudo o que o grupo tenha conquistado, embora individualmente não o tenha pretendido. Uma completa realização, por parte de um membro do poder do amor, por exemplo, eventualmente se tornará uma realização consciente de todo o grupo e, assim, em relação a tudo em evolução. É a lei que Cristo enunciou quando disse “Se eu ascender levarei comigo todos os seres humanos”.
Indubitavelmente existem outros princípios que operam nos grupos, a respeito das quais, atualmente, pouca noção temos. Contudo, a boa vontade de nossa parte, em adaptar nossa vida aos princípios aqui enunciados, nos possibilitará percorrer mais rapidamente e proveitosamente o longo caminho que nos conduz às novas e luminosas condições da Era de Aquário.
(por Elvin Joseph Noel)
Mês de Fevereiro: Cristo torna a Terra mais branda e rica: é a Sua dedicação
Quando em fevereiro o Sol transita pelo Signo de Aquário – o Portador da Água – temos a época das chuvas e tempestades e, do mesmo modo que o batismo consagra misticamente o Salvador à sua obra de Serviço, assim também a abundância de umidade que desce sobre a Terra torna-a de tal maneira branda e rica, que pode produzir frutos para preservar a vida de todos os que nela habitam.
Em fevereiro, acontece o cerimonial da dedicação. Quão magnífica foi a ocasião em que Jesus Menino foi levado ao Templo. Deve ter sido o maior dia na história de Jerusalém. Por centenas de anos, o povo da Palestina falou do Messias prometido, rogou por sua vinda e aguardou ansioso por tão esperado acontecimento. Entretanto, quando Ele chegou, esse mesmo povo entregou-se calmamente às suas rotinas.
Não tivessem eles sido tão insensíveis e insensatos, teriam visto o ofuscante raio de Luz que iluminou toda a estrutura do Templo, quando da entrada desse Santo Ser. Teriam ouvido o elevado coro dos Anjos e Arcanjos que sempre acompanhavam os passos da criança de modo a envolvê-lo em um literal halo de som, que se tornou Seu sustento e Sua proteção.
Os únicos a reconhecê-lo foram os mais altos Iniciados, Simão e Ana. Eles sabiam que a preciosa criança havia chegado à Terra para servir de canal para o Senhor Cristo. Eles também perceberam o papel vital que Sua santa mãe desempenharia no drama de Cristo. Por isso, eles ofereceram palavras de amor e de coragem para fortalecê-la e sustentá-la.
Na vida da humanidade, o Templo representa o mundo. Dedicação e consagração a todas as causas nobres e a todo idealismo elevado são os objetivos das forças que os Grandes Seres derramam no coração da humanidade durante a Festa da Dedicação.
Dedicação e consagração, num Serviço em permanente ampliação para o desenvolvimento do espírito de fraternidade por todo o mundo, fazem soar a nota-chave de Aquário, já que fevereiro é o mês da realização das esperanças e da frutificação dos sonhos.
(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de Belém – Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)
Influências Fisionômicas e de Personalidade dos Astros
(*) Advertência:
• A descrição aqui apresentada é mais exata quando o Astro é o Regente do horóscopo e bem-aspectado.
(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – Capítulo XIX – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)
Urano
Aquário é regido por dois Planetas: Urano e Saturno. O Regente “verdadeiro” é Urano. A palavra grega “Uranus” significa céu.
O amor terreno de Vênus se transforma em amor celeste ou altruísmo. Isto é amor para todos, independentemente do sexo.
Urano pode fazer a pessoa tender a reagir muito bruscamente (elétrico) e tender a pessoa a ser impulsiva e acalorada. Também excêntrica e não convencional. Tende a proporcionar uma estatura comprida, olhos grandes e deixa ver muito branco abaixo da íris.
O co-Regente de Aquário é Saturno (veja a descrição em Capricórnio), o que tende o aquariano ter boa concentração, mas também melancólico. Felizmente o otimismo vence neles.
A velocidade com que Urano passa por todos os Signos do Zodíaco é de 84 anos, portanto fica 7 anos aproximadamente em cada Signo.
Tradução feita pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha
As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco
Na Terra do Homem do Jarro
As crianças estavam paradas agora no lado externo do segundo portão. Este era muito diferente do primeiro; parecia feito de nuvens de movimento rápido e acima delas podia-se ver um grande globo verde tendo uma estrela no meio.
Rex encontrou uma vara que parecia ter vida, caída perto do portão. As instruções do rolo diziam que ele devia usá-la para conseguir entrada.
– “Não vejo onde possa bater”, disse ele para Zendah, mas no momento em que levantou a mão com a vara, uma faísca, como um relâmpago, saiu do extremo desta direção ao globo verde em cima do portão. Subitamente as nuvens desapareceram e os meninos viram que o globo descansava sobre uma grossa coluna verde. Atravessadas no meio do portão estavam duas serpentes; uma de prata, por cima, e outro de bronze, por baixo:
Gravado por cima das serpentes aparecia o símbolo de duas mãos dadas:
– “Quem veio chamar o guardião das Grandes Distâncias?”, gritou uma voz.
– “Rex e Zendah, da terra”, responderam eles.
– “Dê o passe”.
– “Fraternidade”, respondeu Rex.
– “Entrem, Rex e Zendah, pelo espírito da Fraternidade, na terra do Aquário”.
Os portões rangeram. Os dois encontraram-se no começo de uma larga estrada que se estreitava quando se olhava para longe, em frente. De cada lado dessa estrada saíam outras cinco, ficando assim o terreno dividido em onze partes, tendo cada uma delas lindas casas.
Logo viram vindo, ao longe, um homem envolto em uma túnica feita de um material que eles nunca viram antes.
Parecia uma malha de proteção e embora não fosse de metal, brilhava qual escamas de uma cobra em furta-cor, ora verde, ora laranja, ora púrpura. Sobre esta malha havia uma vestimenta feita de vários quadrados coloridos. Em torno dos tornozelos tinham aros com joias que brilhavam como a vara do portão. Ele deu as boas-vindas às crianças e convidou-as a verem o Rei.
O homem bateu as mãos por cima da cabeça e imediatamente uma máquina voadora prateada desceu, e eles entraram nela. Voaram alto, por cima da grande escada central e chegaram logo ao castelo, com a velocidade do pensamento. Homens altos, vestidos como seu guia, estavam parados de cada lado ao longo da escada de entrada, e todos eles faziam gestos de saudação quando eles passavam, juntando a mão direita com a esquerda.
O castelo estava cheio de belas estátuas e ornamentos de toda espécie e eram tantos que não foi possível verificar a sua variedade.
– “Rex”, murmurou Zendah, “parece o museu Britânico, só que muito mais bonito”.
Passaram pelo grande hall e por fim chegaram diante do trono, feito de muitos metais diferentes. O tapete o qual estavam o trono e as cortinas que lhe ficaram por trás, eram feitos de quadrados verdes e laranja, alternados.
Um homem idoso, de semblante e longa barba, estava sentado no trono. Vestia túnica verde escuro, em cuja bainha havia muitas crisólitas e ramos de morango cheio de frutos e por baixo tinha uma vestimenta de fino linho branco. Segurava uma ampulheta e a seu lado permanecia um homem escuro com os olhos penetrantes e uma coroa que parecia luzir com brilhantes de fogo. Sua roupa também mudava de cor cada vez que se olhava para ela.
– “Sejam bem-vindos, meus filhos”, disse o velho Rei. “Vocês conhecem o meu nome; sou o pai tempo, por vezes chamado Saturno. Aqui, na terra do Aquário, muito do meu trabalho é feito pelo Rei Urano, que é mais velho do que eu, embora pareça mais jovem. Ele mostrará a vocês as maravilhas desta terra”.
– “Vamos primeiro as minas”, disse Urano, descendo do trono. Deixando o palácio entraram novamente na máquina voadora, e partiram para as montanhas onde chegaram logo.
Urano levou-os ao interior de uma montanha em que havia cavernas profundas nas quais homens trabalharam com máquinas conhecidas.
– “Estas são minas de rádium”, disse Urano. “Vejam!”, e ele apertou um botão de uma máquina que estava próxima das paredes da caverna. Imediatamente uma espécie de espada desceu e praticou uma abertura na rocha. Do corte saiu uma torrente de metal cintilante que brilhava como o Sol. Parecia ter vida e os meninos não puderam olhar para ele além de um instante.
– “Temos desse metal na terra?”, perguntou Rex.
– “Sim, mas pouca quantidade. Quando a Terra era muito jovem, pusemos boa quantidade nela, mas com o tempo, quase toda irradiação voltou para cá, restando somente um metal pesado que vocês chamam chumbo; mas esse metal pertence na realidade, a outra Terra”.
– “Que pena! Gosto mais deste!”, disse Zendah.
– “Algum dia os homens aprenderão a transformar o chumbo novamente em rádium; mas isso não é para já”, disse Urano sorrindo.
Deixando as cavernas eles subiram ao topo da montanha onde havia uma construção com telhado de vidro, cuja porta de entrada era alcançada por meio de centenas de degraus. Aí eles viram todas as variedades de máquinas voadoras sendo construídas.
Em um canto perceberam certo número de pessoas em pé em altos pilares, abrindo os braços, pulando de lá de cima e planando até chegar ao chão como se tivessem asas.
– “Que fazem eles?”, perguntou Zendah.
– “Praticam o voo sem máquinas; todos podem fazer isso se aprenderem a usar seu corpo astral apropriadamente; mas sem ele não é fácil, não”.
Novamente fora, em um lindo vale viram blocos de mármore nos quais homens e mulheres esculpiam estátuas, algumas, apenas começadas e outras terminadas.
Zendah desejava muito poder fazer o mesmo, e Urano deu-lhe uma pequena ferramenta e disse-lhe que quando chegasse em casa experimentasse, mas praticasse primeiro com a massa.
– “Eu preferia poder enviar mensagens pelo ar’, disse Rex.
Urano levou as crianças para outro prédio onde havia inúmeros fios passados de uma parede à outra. Rex viu uma grande placa de ebonite com botões de prata e Urano disse-lhe: pode apertar um dos botões e desejar intensamente.
– “Pense na mensagem que você quer mandar e ela chegará ao seu destino”, disse Urano.
– “Só pensar?”, perguntou Rex. “Basta isso?”
– “Sim, isso chega, mas você deve pensar firme e ao mesmo tempo olhar nesse espelho ao lado”.
Rex pensou em sua mãe e desejou que ela soubesse as maravilhas que eles estavam vendo.
Ele viu sua mãe em casa, sentada perto da lareira, e uma pequena bola luminosa, cheia de quadros das suas aventuras, partiu como um relâmpago até chegar perto dela e então desapareceu.
Ela sorriu e disse para si mesma: “Que lindos sonhos estão tendo as crianças”.
– “Algum dia”, disse Urano, “as pessoas não precisarão mais de fios para mandarem suas mensagens; apenas ficarão sentadas, pensarão firmemente, e as mensagens chegarão ao destino. As crianças poderão fazê-lo mais facilmente do que os adultos”.
– “O povo desta terra faz outras coisas interessantes?”, perguntou Zendah.
– “Sim; aqueles lá estão desenhando lindas catedrais e outros edifícios e aqueles”, apontou para outra parede, “estão aprendendo a armazenar o relâmpago e a utilizá-lo para movimentar máquinas em substituição ao carvão ou à gasolina”.
Enormes chamas passaram de um lugar para o outro, estremecendo por vezes o edifício – era como se fosse um grande incêndio! Eles viram centelhas saírem aos milhares de bolas brilhantes colocadas em lugares afastados.
Essas bolas apresentavam diversas colorações variando de conformidade com a altura de que eram vistas. As mais baixas eram vermelhas e amarelas, mudando para o verde, ao passo que as mais altas eram azul e púrpura. Um homem estava parado em um dos lados da sala e apontava para uma máquina no lado oposto. Quando fazia isso, parecia que jorrava do seu dedo uma torrente de fogo colorido e a máquina punha-se em movimento sem outro auxílio.
Foi muito maravilhoso, mas Urano apenas sacudiu a cabeça quando Rex perguntou como foi feito. “Você vai descobrir algum dia, meu filho”, ele disse, “se você pensar bastante”. Então, levando-os para o portão de entrada, ele deu a Rex uma ponte mágica minúscula que, ele disse, permitiria que ele enviasse seus pensamentos como Relâmpago onde quer que ele desejasse, se ele se segurasse e usasse a senha. Para Zendah, ele deu um pendente feito de duas cobras, como aquelas no portão, cada um segurando uma safira em sua boca. Eles nunca souberam como eles saíram daquela terra. De repente viram um clarão de luz, o chão tremeu, e eles estavam na frente do portão seguinte, o de Capricórnio.
(The Adventures of Rex and Zendah In The Zodiac – por Esme Swainson – publicado pela The Rosicrucian Fellowship – publicado na revista Rays from the Rose Cross nos anos 1960-61; As Aventuras de Rex e Zenda no Zodíaco (as Ilustrações são originais da publicação) –Fraternidade Rosacruz – SP – publicado na revista Serviço Rosacruz de 1980-81)