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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Transfiguração na Iniciação Cristã Mística e Cristã Ocultista

O verdadeiro Cristão Místico é facilmente distinguido. Ele jamais ocupa os seis dias da semana para se preparar para uma grande alocução para emocionar seus ouvintes no domingo, mas gasta, igualmente, todos os dias num humilde esforço de cumprir a vontade do Mestre, independentemente dos aplausos externos. Assim, inconscientemente, ele trabalha sempre em direção ao grande clímax que, na história dos mais nobres de todos os que percorreram esse caminho, é conhecido como “Transfiguração”.

A Transfiguração é um processo alquímico pelo qual o Corpo Denso, formado pela química dos processos fisiológicos, se converte na pedra viva, tal como é mencionado na Bíblia. Os alquimistas medievais, que buscavam a Pedra Filosofal, não estavam preocupados na transmutação de tais impurezas em ouro significativo, mas visavam o objetivo maior conforme narramos acima.

A umidade concentrada nas nuvens cai na terra em forma de chuva, quando suficientemente condensada e é novamente evaporada pelo calor do Sol em novas nuvens. Essa é a fórmula cósmica original.

O espírito também se condensa em matéria e se torna mineral, mas, embora seja cristalizado numa forma tão dura quanto a pedra, a vida ainda permanece, e pela alquimia da natureza, trabalhando por meio de outra corrente de vida, os constituintes minerais densos do solo são transmutados numa estrutura mais flexível no vegetal, que serve como alimento ao animal e ao ser humano. Essas substâncias se tornam corpos sencientes pela alquimia da assimilação. Quando notamos as mudanças na estrutura do corpo humano, evidenciadas pela comparação dos sãs[1], chineses, indianos, latinos, celtas e anglo-saxões, evidentemente está claro que o Corpo Denso do ser humano está, atualmente, passando por um processo de refinamento com a erradicação das substâncias mais rudimentares e grosseiras. Com o tempo, pela evolução, esse processo de espiritualização tornará nosso corpo radiante e transparente pela Luz que brilhará internamente, radiante como o rosto de Moisés, como o corpo de Buda e o de Cristo na Transfiguração. Presentemente, a luz do Espírito interno residente está efetivamente obscurecida por nosso Corpo Denso, mas podemos ter esperanças advindas da ciência da química. Não há nada na terra tão raro e precioso quanto o rádio[2], o extrato luminoso do denso mineral negro chamado pechblenda[3]; e nada há mais precioso e tão raro como o extrato do corpo humano, o Cristo radiante. Presentemente, estamos trabalhando para desenvolver o Cristo interno, mas quando o Cristo dentro de nós estiver plenamente desenvolvido, Ele brilhará através do corpo transparente como a Luz do Mundo.

É um fato anatômico, comumente conhecido, que a medula espinhal está dividida em três seções, através das quais os nervos motor, sensorial e simpático são controlados. Astrologicamente, são regidos por Marte, Mercúrio e a Lua, respectivamente, que são Hierarquias divinas que desempenham papel importante na evolução humana através dos sistemas nervosos citados. Entre os antigos alquimistas, esses eram designados pelos três elementos alquímicos: sal, enxofre e mercúrio. Entre eles, e acima deles, está colocado o Fogo Espiritual espinhal de Netuno. Ele ascende na coluna serpentina através da medula espinhal até os ventrículos do cérebro. Na grande maioria da humanidade, o Fogo Espiritual ainda é extremamente fraco. Porém, quando ocorre um despertar espiritual em alguém é como uma conversão genuína, ou melhor ainda, pelo Batismo do Cristão Místico, como uma queda constante e  intensa do Espírito vindo dos céus, que é um fato real, intensifica o Fogo Espiritual espinhal numa extensão quase inacreditável e, imediatamente, inicia um processo de regeneração, em que as substâncias grosseiras do Tríplice Corpo do ser humano são gradualmente eliminadas, tornando os veículos mais permeáveis ​​e prontamente adaptáveis aos impulsos espirituais. Quanto mais desenvolvido o processo, mais eficientes eles se tornam na “vinha do Mestre”.

O despertar espiritual que inicia esse processo de regeneração no Cristão Místico, que se purifica pela oração e pelo serviço, evidentemente, chega também para aqueles que buscam Deus por meio do conhecimento e do serviço, mas atua de forma diferente, o que é observado pelo investigador espiritual. No Cristão Místico, o Fogo Espiritual espinhal regenerador está concentrado, principalmente, no segmento lunar da medula espinhal, que governa os nervos simpáticos sob a regência de Jeová. Portanto, seu crescimento espiritual é alcançado pela fé, tão simples, infantil e inquestionável como nos dias da primitiva Atlântida, quando os seres humanos ainda não tinham Mentes. Assim, ele atrai a grande Luz da Deidade branca refletida por meio de Jeová, o Espírito Santo, e adquire toda a sabedoria do mundo, sem necessidade de trabalhar por ela intelectualmente. Isso, gradualmente, transmuta seu corpo na branca Pedra Filosofal, a alma diamante.

Por outro lado, aqueles cujas Mentes são fortes e insistentes em saber a razão do porquê de cada sentença e dogma, o Fogo Espinhal da regeneração atuará sobre os segmentos do vermelho Marte e do incolor Mercúrio, buscando infundir o desejo com a razão para purificar a antiga paixão primordial, para que se torne casta como a rosa e, assim, transmuta o corpo na alma rubi, a vermelha Pedra Filosofal, provada pelo Fogo, purificada, uma individualidade criativa em desenvolvimento.

Todos os que estão buscando o Caminho, seja pelo caminho do ocultista ou pelo do misticismo, estão tecendo o “Dourado Manto Nupcial” por esse trabalho por dentro e por fora. Em alguns, o ouro é extremamente pálido e em outros é profundamente vermelho. Mas, finalmente, quando o processo da Transfiguração tiver sido concluído, ou melhor, quando estiver próximo a isso, os extremos se fundirão e os corpos transfigurados terão uma cor equilibrada, pois o ocultista deve aprender a lição com profunda devoção, e o Cristão Místico deve aprender como adquirir conhecimento por seus próprios esforços, sem a necessidade de recorrer à fonte universal de toda a sabedoria.

Essa perspectiva nos fornece uma visão mais profunda da Transfiguração relatada nos Evangelhos. Devemos nos lembrar claramente que os veículos de Jesus foram transfigurados, temporariamente, pelo residente Espírito de Cristo. Mas, mesmo considerando a enorme potencialidade do Espírito de Cristo em efetuar a Transfiguração, é evidente que Jesus devia ser de um sublime caráter, sem igual. A Transfiguração como é vista na Memória da Natureza revela o Seu corpo com uma brancura deslumbrante, assim evidenciando a sua comunhão com o Pai, o Espírito Universal. Há uma grande diversidade em como tais resultados atualmente são alcançados, porém, no reino de Cristo, essas diferenças desaparecerão gradualmente, e uma cor uniforme, indicando tanto o conhecimento como a devoção, será alcançada por todos. Essa cor corresponderá à cor rosa, vista pelos ocultistas como o Sol Espiritual, o veículo do Pai. Quando isso for alcançado, a Transfiguração da humanidade estará completa. Então, seremos um com nosso Pai, e Seu reino terá chegado.


[1] N.T.: ou bushmen são membros de várias etnias de caçadores-coletores da África Austral, cujos territórios abrangem Botsuana, Namíbia, Angola, Zâmbia, Zimbábue e África do Sul. Há uma diferença linguística significativa entre os povos que vivem nesses lugares. Eles contribuem uma riqueza de informações para os campos da antropologia e da genética. Um amplo estudo sobre a diversidade genética africana concluído em 2009 descobriu que os “sãs” estavam entre as cinco populações com os níveis mais altos medidos de diversidade genética entre as 121 populações africanas distintas amostradas. Os “sãs” são um dos catorze povos ainda existentes da chamada “população ancestral” existentes, a partir do qual todos os seres humanos modernos conhecidos descendem.

[2] N.T.: um elemento químico de símbolo Ra, número atômico 88 (88 prótons e 88 elétrons) com massa atómica [226] u, pertencente à família dos metais alcalino-terrosos, grupo 2 ou IIA da classificação periódica dos elementos. À temperatura ambiente, o rádio encontra-se no estado sólido. É um metal altamente radioativo encontrado em minerais de urânio como na pechblenda. As suas aplicações são derivadas do seu caráter radioativo. Foi usado em medicina, porém substituído por radioisótopos mais eficientes. Foi descoberto por Marie Curie e seu marido Pierre em 1898 na pechblenda/uranita.

[3] N.T.: Descoberta por Antoine Henri Becquerel, a pechblenda é uma variedade, provavelmente impura, de uraninita. Dela é retirado o urânio, que é constituinte de muitas rochas. É extraído do minério, purificado e concentrado sob a forma de um sal de cor amarela, conhecido como “yellowcake”.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Calendário: Fraternidade Rosacruz em Campinas/SP/Brasil–2022–Abril

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O Ritual do Serviço

Saibamos ou não, a repetição é uma constante em nossas vidas. Consideremos tanto os permanentes ciclos anuais de nascentes e poentes do Sol, quanto as nossas próprias rotinas diárias, sempre seguindo o mesmo programa: acordar executar um número de tarefas numa certa correlação e dormir.

Algumas pessoas fazem alusão à palavra “ritual” ou, respectivamente “rotina”, como atos repetitivos, maçantes, cerimoniais sem sentido, ou mesmo tarefas rotineiras monótonas, que devem ser “suportadas” e não obrigatoriamente executadas com um certo grau de boa vontade. Nossa interpretação da palavra “ritual” pode, certamente, ter esse tipo de conotação, se assim desejamos. Porém, se em nosso modo de ver, “ritual” equivale à “coisa monótona” não percebemos, infelizmente, o ritual em sua luz real e verdadeira, e afastamos uma poderosa ferramenta, que nos ajudará a construir o nosso progresso.

Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental são claros e enfáticos a respeito da essencialidade da repetição para o desenvolvimento e espiritualização do Corpo Vital. Assim escreve Max Heindel: “A nota-chave do Corpo Vital é a repetição. Isso é fácil entender, quando levamos em conta que apesar de o Corpo Vital ter a faculdade de movimentar o Corpo Denso, só poderá conseguir movimentos satisfatórios mediante impulsos similares e repetidos. O Corpo Vital aprende a adaptar-se à coordenação dos movimentos do Corpo Denso, sob comando do espírito”. O bebê não caminha com perfeição, na sua primeira tentativa, e nem o músico chega a ser um instrumentista perfeito, após suas primeiras aulas de música. A repetição é indispensável para que os dedos do instrumentista e os pezinhos do bebê possam se movimentar como o Ego deseja. Nossos Ensinamentos Rosacruzes ainda dizem: “As escolas Ocultistas de todas as idades têm estabelecido como alvo a possibilidade de treinamento do Corpo Vital, por meio do trabalho com a sua nota-chave: a repetição”. Para essa finalidade, foram elaborados vários rituais correspondendo aos vários estágios evolutivos da humanidade. Dessa maneira conseguiu-se um progresso espiritual lento, porém seguro, independentemente da percepção, ou não, do ser humano, de que estava sendo “esmerilhado”. Os Serviços Devocionais do Templo e de Cura da Fraternidade Rosacruz são também conduzidos por cerimoniais ritualísticos.

Há quem se queixe de que uma estrutura formal, em constante repetição, torna qualquer serviço divino monótono, e que o fato de ter de falar e ouvir sempre a mesma coisa não estimula os participantes. Essas pessoas não entendem, porém, que realmente o nosso Corpo de Desejos, que nós sentimos como a nossa “natureza emocional”, está sempre à “procura de novidades”. A inconstante natureza de desejos é facilmente atraída de uma emoção à outra, sendo assim potencialmente destrutiva, se não estiver devidamente controlada. Os serviços religiosos em que são utilizados tanto a oratória de grandes efeitos emocionais ou hipnóticos, quanto outros detalhes, nas respectivas liturgias, são particularmente atraentes aos Corpos de Desejos dos participantes. “Eles reagem ao teor emocional do serviço religioso, sentindo-se praticamente em levitação. O efeito, porém, é puramente temporário, e um novo contato com essa liturgia emocional causará mesmo arroubo religioso, arrependimento, ou qualquer outro sentimento que estava sendo induzido no grupo. Assim, o serviço ‘cheio de novidades’, não teve efeito duradouro nos participantes. Por outro lado, o efeito repetitivo da cerimônia ritualística é sentido no Corpo Vital que é de natureza mais estável, apesar de não se obter resultados tão dramáticos em termos de impressões recebidas pelo participante.”

Muitos se revoltaram contra a disciplina da rotina do trabalho diário. “Ah se eu pudesse não trabalhar hoje”, dizem, “Há tanta coisa por fazer aqui em casa”, ou “Há tanta coisa que eu faria para me realizar, em vez dessa droga de emprego” ou “como gostaria de ficar em casa e não fazer NADA!”. Não há dúvida, uma mudança de vez em quando é necessária e é perfeitamente lícito “não fazer nada” por um curto espaço de tempo num merecido descanso. Necessitamos da disciplina de um dia de trabalho, para nos manter, por assim dizer, dentro dos nossos “eixos” de produtividade, apesar de não pensarmos assim. Somos, realmente, extremamente criativos com que “poderíamos fazer se tivéssemos tempo à nossa disposição”. Porém muitos de nós verificariam que se não fôssemos obrigados a trabalhar para viver, ou cuidar de nossos lares, ficaríamos anestesiados por uma preguiça aguda. Há poucos dentre nós que têm bastante autodisciplina e força de vontade para permanecer em altos níveis de produtividade e aspiração, faltando o estímulo do dever. A tentação de “diminuir o ritmo” ou sair na perseguição de “passatempos” é, geralmente, grande demais para poder ser vencida com êxito, por uma certa duração de tempo. Assim sendo, mesmo se as férias e dias feriados são justos, é também uma boa coisa muitos serem forçados pelas circunstâncias a trabalhar para viver, ou tomar conta dos afazeres domésticos seguindo assim um ritual do trabalho.

Da mesma forma, deveríamos fazer um esforço para instituir o que chamamos de “ritual do serviço” dentro da rotina de nossas vidas diárias. Muitas pessoas partidárias entusiastas da ideia do serviço, ficam devendo o que se esperaria delas em termos de “obras” de serviço. Gostariam de ajudar o seu semelhante de uma ou outra maneira; quando chega a hora da implementação desse objetivo, acabam por achar que “não dispõem de tempo necessário”. Mediante uma observação mais criteriosa, porém, poderá se verificar que teriam tempo, se soubessem dividi-lo de maneira mais criteriosa.

Poucos são, realmente, tão ocupados com responsabilidades para com suas famílias, ou para com eles mesmos, que não possam doar, pelo menos algumas horas da semana para o serviço em benefício da humanidade. Não que as nossas responsabilidades para com as famílias que constituímos não sejam uma forma de serviço. Pelo contrário, servimos no seio da família. Há, porém, uma diferença, entre providenciar por meio do trabalho o sustento físico da família, ou trabalhar longas horas simplesmente para alcançar um mais “alto padrão de status social”, acomodações mais luxuosas, aumentar o poder e o prestígio no mundo, etc.

Da mesma forma, nossas responsabilidades legítimas para com a nossa pessoa são, de direito, somente aquelas que dizem respeito ao crescimento anímico, ao progresso evolutivo e à manutenção das necessidades básicas de nossa existência física. Não são consideradas nessa categoria de legitimidade muitas das atividades egoístas para as quais devotamos tanto tempo e energias. De fato, o crescimento anímico é uma de nossas responsabilidades legítimas, e visto que tal crescimento anímico é adquirido mediante o serviço para com os outros, é nosso dever incorporá-lo na rotina de nossas atividades como não olvidamos de alimentar-nos, dormir, trabalhar por dinheiro e do nunca esquecido lazer.

O ritual do serviço, mesmo tendo certas características repetitivas, não requer em absoluto a execução do mesmíssimo serviço, sempre de forma semelhante e a mesma hora do dia. Pelo contrário, o serviço, para ser realmente de primeira ordem deve ser executado quando e onde for verificada a necessidade, sem planejamentos prévios ou programações. Lógico, é excelente devotar um dia particular de cada semana para trabalhar no hospital mais próximo, creche ou instituição parecida. No resto da semana, porém, não temos o direito de ignorar tais ocasiões de servir dando preferência sempre aos nossos interesses pessoais.

Se sabemos que “teremos que servir” como sabemos que “teremos de “comer” ou “dormir”, estaremos mais alertas a discernir as oportunidades para o serviço, conforme apareçam.  Incorporadas ficarão, então, às nossas vidas, tal um verdadeiro “ritual do serviço”, a ser repetido muitas vezes. Se determinarmos não deixar um dia passar sem, de alguma forma ter servido alguém, e seguramos esse propósito firmemente em nossas Mentes, ao despertarmos veremos como nossa atenção se voltará automaticamente para as oportunidades de servir que nos foram dadas. Depois de certo tempo, quando nosso campo de ação ficar maior, quando servirmos automaticamente, dia a dia, em cada ocasião que nos for apresentada, então o fato e não a ideia de serviço nos será como um reflexo, espontâneo e natural.

Como já foi mencionado, o ritual do serviço é, ou deveria ser caracterizado por certas qualidades indispensáveis. Como ideal deveria ser encarado o elemento da espontaneidade, que permite o pleno uso de cada oportunidade de serviço. O nosso “olhar do outro lado”, as nossas racionalizações, ou escusas “justificadas” por atividades, aparentemente urgentes, mas atualmente egoístas, não entrarão mais em nosso esquema de serviço. Faremos o máximo de cada oportunidade recebida pelo simples motivo que ela existe e, também, nos encontramos no mesmo lugar, sendo esse o tempo certo e o lugar certo para servir. Poderemos não julgar o trabalho envolvido particularmente atraente e talvez seja até necessário deixarmos de lado umas férias planejadas com muito carinho, a fim de que a tarefa seja executada. Já que a necessidade para o serviço existe e veio ao nosso encontro, faremos o melhor possível para remediá-la com o máximo de naturalidade.

A segunda qualidade, ideal para o ritual de serviço, é a alegria. Um serviço efetuado quando resmungamos por fora e estamos eivados de ressentimentos por dentro só tem um efeito parcial. O beneficiário sente nosso estado negativo e o seu alívio é diminuído pelas nossas reações indesejáveis. Igualmente, o servidor de má vontade não tem a atenção completamente voltada para a tarefa, uma parte dele está em desacordo, em conflito, parte dos pensamentos que deveria se voltar ao caso em pauta, redemoinha ao redor dos seus sentimentos menos desejáveis. Aquele que serve alegremente, dá o que tem de mais elevado em termos de potencialidades. Cada fibra de seu ser contribui à boa execução e os resultados são esplêndidos. Ele serve porque quer, não porque é empurrado pela sua consciência. As correntes, em seu Corpo de Desejos, não são cortadas pelo efeito congelador dos sentimentos negativos, permitindo que a pessoa produza o máximo em termos de Epigênese e ação. Sua qualidade de serviço é, portanto, infinitamente superior, à qualidade produzida pelo colega de pouca boa vontade.

A alegria, como a espontaneidade, são qualidades que não podem florescer no Estudante Rosacruz da noite para o dia. É muito humano o ser incomodado pelo apelo da consciência, mesmo se a pessoa procura atendê-lo. É tão humano ficar irritado quando os próprios os planos vão por água abaixo por causa das necessidades de um outro ser humano. É tão humano, também, o fato de se permitir que o cansaço ou os problemas pessoais oprimam o otimismo. Uma atitude alegre, em tempo integral, não se obtém, como já foi mencionado, da noite para o dia. Contudo, na medida em que o Aspirante à vida superior desenvolva a terceira qualidade necessária para o ritual do serviço, aprenderá a manter seu otimismo em níveis sempre mais elevados.

A terceira qualidade é o sentimento e a expressão do amor. Fala-se muito em nossos Ensinamentos Rosacruzes a respeito do serviço amoroso, que é a mais pura e aceitável forma de agir. O mandamento de amor, o Mandamento do Cristo, é o mais elevado pináculo evolutivo que pode ser atingido pela humanidade de nossos tempos. Definimos como “amor” o sentimento fraterno harmonizado com o amor universal, reconhecedor de que toda Vida procede de Deus e que todos somos parte desse glorioso Uno. Esse amor, levado às suas mais elevadas expressões, nos incentivaria um dia a dar até nossas vidas pelos nossos semelhantes. Esse amor que engendra o altruísmo, dá mais valor aos problemas do seu irmão e da sua irmã do que aos próprios problemas.  Essa é, portanto, a qualidade que nos encoraja a tirar o máximo de resultados na hora de auxiliarmos o nosso irmão e a nossa irmã, e oferecer a nossa vida para o seu bem-estar.

Quando esse sentimento cria certa força dentro de nós, tanto a espontaneidade, quanto a alegria ficarão, automaticamente, integradas em nosso ritual de serviço. Se realmente amamos aos nossos irmãos e as nossas irmãs, no sentido expressado por Cristo-Jesus, nossas vidas serão marcadas por uma maneira de ser alegre, espontânea e serviçal, sem outras digressões.

É essa a meta final, porque sabemos que “o serviço amoroso e desinteressado é o caminho mais curto, mais seguro e mais alegre que nos conduz a Deus”. Quando aprendemos a palmilhar esse caminho exclusivamente, sem digressões e alterações de um lado ou de outro, o ritual do serviço será a nossa segunda natureza. Dará sentido às nossas vidas, contentamento íntimo, produzirá crescimento anímico e será a nossa mais importante atividade dentre todas as nossas atividades terrenas. Então, e somente então, os nossos Corpos Vitais ficarão gloriosamente espiritualizados, e nossos Corpos-Alma, formados pelos dois Éteres superiores de nosso Corpo Vital, serão poderosos e radiantes, de fato. Os nossos Corpos de Desejos, hoje tão afinados com tudo que é “diferente” “sensacional”, ou simplesmente novo, serão vistos como uma ferramenta útil e bela pelo sincero Aspirante à vida superior.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Dieta Vegetariana versus a razão de nos terem dado Carne Animal e Bebidas Alcoólicas para nossa Evolução

Deus disse: “Eu vos dou todas as ervas que dão semente, que estão sobre toda a superfície da terra, e todas as árvores que dão frutos que dão semente: isso será vosso alimento.” (Gn 1:29). Essa foi o primeiro tipo de alimentação que nos foi dado para a nossa evolução.

Entretanto, a nossa alimentação foi adaptada pouco a pouco em nossa evolução. Quando fomos dotados de intelecto, ao curso da Época Atlante, a carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios e afins) foi incorporada à nossa alimentação a fim de nos auxiliar no reparo de tecidos destruídos pela expressão do pensamento aqui, enquanto renascidos, principalmente em se tratando de pensamentos grosseiros e materialistas. Mas o que era necessário e suficiente, naqueles tempos em que estávamos aprendendo como lidar com o nosso Corpo Vital na sua função de reparo do Corpo Denso, não é mais desejável nos dias atuais. Pois já aprendemos a um nível de eficácia tal que tal reparo é executado sem a necessidade de envenenarmos nosso Corpo Denso.

Porque os animais são nossos jovens irmãos e, como nós, eles constroem formas no intuito de adquirir experiência no mundo material. Privando-os de seu Corpo Denso, nós atrapalhamos o seu progresso.

É verdade, entretanto, que certos animais matam para se alimentar. Mas tal luta pela vida entre diferentes espécies tem por objetivo despertar a consciência ainda obscura dos seus participantes. E ela não pode ser comparada à caça praticada pelo ser humano moderno, nem à matança sistemática organizada nos abatedouros.

A despeito do aspecto moral da morte dos animais, não se deve esquecer que a carne de cadáveres contém os venenos da putrefação. O sangue venoso contém igualmente substâncias tóxicas que são a origem de diferentes doenças.

Os animais que nós comemos são mais avançados que os vegetais e as células das quais eles são constituídos possuem uma certa individualidade que nós, o Ego humano, deve dominar antes de poder assimilá-las. Como resultados, tem-se uma fadiga do organismo e uma fraqueza prematura do Corpo Denso.

Além disso, no momento em que um animal é morto bruscamente, suas paixões ficam na carne que nós comemos, assim como os desejos recorrentes do Espírito-Grupo que incita à reprodução, porque o principal objetivo de um Espírito-Grupo é o de perpetuar sua espécie. Se juntamos a isso a influência dos Espíritos Lucíferos, que excitam os instintos baixos da natureza humana, nós compreendemos facilmente por que o ser humano é tão fortemente impulsionado a desperdiçar sua força sexual criadora.

Por todas essas razões a comida carnívora, que encorajou a agressividade e astúcia do ser humano primitivo indolente, deve agora ser abandonada. Porque os comedores de carne são necessariamente assassinos. Se eles não matam eles mesmos os animais que comem, eles o fazem para os outros, evitando assim de “sujarem as mãos”.

Na lenda do Santo Graal, no começo da narrativa, Parsifal mata um ganso. Mas, quando ele toma consciência da gravidade desta ação maldosa, ele se arrepende de seu gesto, quebra seu arco e se torna “inofensivo”. Todos aqueles que querem progredir no sentido espiritual devem possuir essa qualidade e se abster de comer carne animal. Eles devem igualmente se abster de tomar bebidas alcoólicas.

Assim que a humanidade tomou plena consciência do Mundo Físico, após o dilúvio e a dissipação da névoa espessa que recobria Atlântida, o vinho (aqui símbolo das bebidas alcoólicas) foi, ele também, incorporado à sua alimentação. A Bíblia nos diz que isto começou no momento em que “Noé planta a vinha”.

O álcool tem como efeito entorpecer, adormecer o Ego humano e de neutralizar a atividade da Hipófise (Corpo Pituitário) e da Glândula Pineal (Epífise Neural), que são os órgãos da percepção espiritual. Estes se tornam incapazes de vibrar em harmonia com os Mundos superiores e, assim nós perdemos pouco a pouco consciência de tudo o que não pertencia ao Mundo material (necessário naquele momento da evolução para dominarmos a Região Química do Mundo Físico e, assim, tornarmo-nos especialistas na matéria química, assim como os Anjos são especialistas na matéria Etérica e os Arcanjos na matéria de Desejos).

Quando tínhamos o conhecimento dos Mundos espirituais – naquele momento desse Esquema de Evolução –, não levávamos suficientemente a sério a nossa passagem pelo Mundo Físico. E, assim, para fazermos esquecer, durante alguns renascimentos, nossa verdadeira natureza e nossa estadia nos Mundos celestes o vinho (as bebidas alcoólicas) foram incorporado a nossa alimentação. Além desse efeito adormecedor, as bebidas alcoólicas desempenharam um importante papel para dominar as células da carne animal, pois possuem uma certa individualidade, antes de assimilá-las como alimentos para nós.

Imaginando que possuíamos apenas uma única e curta vida, concentramos nossos esforços no desenvolvimento do Mundo material e aprende, assim, as lições que só podem lhe ser ensinadas nesse Mundo Físico. Desenvolvemos, em particular, nossas faculdades intelectuais aplicadas aqui, nos esforçando para descobrir e utilizar as Leis da Natureza a fim de melhorar nossas condições de existência ou de satisfazer o alcance do nosso objetivo que, como já dissemos acima, era de dominarmos a Região Química do Mundo Físico e, assim, tornarmo-nos especialistas na matéria química.

Aprendemos, igualmente – mesmo que não nos demos conta disso –, a nos conformar às Leis da moral Divina, cuja transgressão é, também, perigosa assim como aquela das leis físicas, porque tal transgressão tem como consequência os sofrimentos do Purgatório e seus eventos infelizes do destino.

O consumo de bebidas alcoólicas apresenta, entretanto, inúmeros inconvenientes. O Ego humano não tem o poder de dominar as vibrações muito rápidas do álcool e não pode assimilar tal substância. Nos casos de embriaguez, o álcool toma perigosamente o controle da Personalidade. Não obstante, muitas pessoas apreciam seus efeitos eufóricos e abusam dessa bebida no detrimento de sua saúde.

Na interpretação literal das “Bodas de Caná”[1] – que lemos na Bíblia –, nós consideramos que o “Cristo transformou a água em vinho”.

Na verdade, o significado profundo destas “Bodas” é o “Casamento Místico”, no qual a realização é completamente incompatível com o consumo de álcool. Mas se nós nos apegamos à explicação corriqueira, nós podemos dizer que o Cristo ratificou o uso do vinho no que concerne à humanidade comum. E são por essas razões que nós acabamos de explicar tal questão.

Entretanto, nós assistimos agora ao fim da Era do vinho, porque o momento é chegado para tomarmos conhecimento da nossa verdadeira natureza. Não é mais concebível que passemos nossa vida toda sem saber de onde viemos, para onde vamos e o que temos a fazer na Terra. É por isso que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz deram todas as explicações necessárias que concernem a condição humana na Cosmogonia dos Rosacruzes (relatada no livro Conceito Rosacruz do Cosmos).

Não seria, todavia, necessário imaginar que é suficiente parar de comer carne animal e de tomar bebidas alcoólicas para obter os poderes espirituais. Esses são desenvolvidos apenas pela santidade da vida e das ações caridosas e desinteressadas – ou seja: serviço amoroso e desinteressado aos nossos irmãos e as nossas irmãs, com que temos a nossa rede de relacionamentos durante toda uma vida aqui –, mas uma alimentação apropriada, sem o consumo da carne animal e sem tomar bebidas alcoólicas é um acompanhamento indispensável. Ademais, os nossos Corpos Densos foram impregnados destas substâncias durante inúmeras gerações e um certo tempo se faz necessário para eliminar completamente os efeitos delas na construção dos nossos Arquétipos e, consequentemente, dos nossos Corpos aqui. Até para uma pessoa deixar de se alimentar usando carnes animais o processo pode não ser imediato, mas aos poucos.

De qualquer forma, como o consumo da carne animal e das bebidas alcoólicas atrapalham esse processo, nenhum “comedor de carne animal” ou “tomador de bebidas alcoólicas” pode adquirir a consciência pessoal dos Mundos espirituais.


[1] N.T.: “No terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus foi convidado para o casamento e os seus discípulos também. Ora, não havia mais vinho, pois o vinho do casamento tinha-se acabado. Então a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Respondeu-lhe Jesus: “Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, cada uma contendo de duas a três medidas. Jesus lhes disse: “Enchei as talhas de água”. Eles as encheram até à borda. Então lhes disse: “Tirai agora e levai ao mestre-sala”. Eles levaram. Quando o mestre-sala provou a água transformada em vinho — ele não sabia de onde vinha, mas o sabiam os serventes que haviam retirado a água — chamou o noivo e lhe disse: “Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já estão embriagados serve o inferior. Tu guardaste o vinho bom até agora!”. Esse princípio dos sinais, Jesus o fez em Caná da Galileia e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2:1-11).

(Traduzido do: Un Régime Végétarien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix, pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Flores e suas Origens – Uma das inúmeras atividades angélicas

Cada flor carrega uma marca Estrelada, declarou o clarividente iluminado, Paracelso. Do Zodíaco veem os verdadeiros segredos de Deus. Os Anjos Estrelares são os transmissores e as flores se tornam símbolos de suas comunicações. Quanto mais próxima for nossa comunhão com os Anjos, mais profundo será o nosso entendimento dos mistérios do Reino Vegetal, a Onda de Vida das Plantas, e maior será a nossa compreensão do ministério espiritual do mundo das flores.

Cada uma das Hierarquias Zodiacais cria seus próprios padrões de flores cósmicas nos reinos celestes. Esses padrões estão em conformidade com a forma, o tamanho, a cor e o tom – cada flor canta – com a nota-chave do seu Signo. Esses protótipos cósmicos são perfeitos em todos os detalhes. Nos céus mais elevados, eles vivem e florescem em uma beleza tão maravilhosa que inspirou muitas lendas que lhe proporciona uma forma humilde para trazer à Terra uma leve concepção de sua glória transcendente dos Mundos superiores e, também, o significado deles para os povos da Terra. Imbuídos de vida eterna, eles nunca desaparecem, mas vivem e florescem com um esplendor cada vez maior através dos tempos.

É a partir desses padrões perfeitos nos Mundos celestiais, que os Anjos constroem os reflexos que nós, que vivemos na Terra, conhecemos como flores e que, quando assim compreendidos, nos tornamos um dos mais sublimes mestres terrestres. Cada família de flores têm seu próprio trabalho especial para realizar. Cada planta traz, no fundo de seu coração, uma mensagem para a família humana.

Acesse o livro que detalha cada uma e sua significância esotérica aqui: Os Jardins Mágicos – por Corinne Heline

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Uma descrição detalhada da Segunda Iniciação Menor

George du Maurier descreve nesse Livro: “Peter Ibbetson” como um prisioneiro pode reviver as ocorrências de sua infância, se vendo a si mesmo, a seus companheiros de brinquedo, a seus pais, a todo o seu ambiente pela reprodução do registro etérico de sua vida infantil, e até de vidas passadas.

Qualquer um que conheça o segredo de como se colocar em contato com tais imagens, pode encontrar e ler a vida das pessoas com as quais mantém contato.

Sobre isso, podemos ler no Livro O Conceito Rosacruz do Cosmos: “Quando chega o tempo de passar ao segundo grau (a segunda Iniciação Menor), ao neófito é solicitado dirigir sua atenção às condições da segunda Revolução do Período Terrestre, conforme registradas na Memória da Natureza. Então, em plena consciência, observa os progressos alcançados nesse tempo pelos Espíritos Virginais, tal como Peter Ibbetson (o herói da obra “Peter Ibbetson”, de George du Maurier, cuja leitura recomendamos por ser uma descrição gráfica de certas fases de subconsciência) observava sua vida infantil durante as noites em que ‘sonhava de verdade’.”.

E isso só é possível porque, do mesmo modo que sabemos que os movimentos da humanidade de hoje podem ser reproduzidos, graças à câmara cinematográfica, mesmo depois que se tenham transcorridos muitos anos da morte de seus verdadeiros atores, também, iluminados pelas últimas descobertas, podemos preparar nossas Mentes para aceitar a ideia de que existe um registro automático de cada vida humana e também das vidas de comunidades, preservado, no que podemos chamar, por falta de melhor denominação, na Memória da Natureza.

Essa nos mostra os estados de evolução alcançados por todos os seres viventes e proporciona aos ministros de Deus, os Anjos Relatores, a perspectiva necessária de nos ajudar no esforço para alcançarmos a sabedoria, o conhecimento e o poder; eis os motivos pelos quais estas lições são necessárias para nosso avanço no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

Acesse-o aqui: Livro: Peter Ibbetson – George Du Maurier

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Audiobook: O Corpo Vital – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

O áudio-livro é um livro em áudio, também chamado de livro falado ou ainda audiobook. O áudio-livro é ideal para irmãos e irmãs que querem ler, porém, não possuem tempo. E, também, para os irmãos e irmãs que possuem alguma deficiência visual ou dificuldades na leitura. Nesse audiobook vamos aprender sobre o Corpo Vital. Ele é o nosso condutor da “vitalidade” que faz possível a ação. O Corpo Vital é feito de Éter e permeia o corpo visível como o Éter permeia todas as demais formas, com a exceção de que os seres humanos especializam uma maior quantidade do Éter universal que as outras formas. Esse corpo etéreo ou etérico é nosso instrumento para a especialização da energia vital do Sol. A propagação é uma faculdade do Corpo Vital. Quatro cores do Corpo Vital são indescritíveis, mas a quinta – que fica no meio das cinco – é similar ao matiz da flor de pessegueiro recém-aberta. Esta é realmente a cor do Corpo Vital.

Outros audiobooks já publicados a sua disposição, todos em MP3:

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Sacrifício e Serviço – A Lenda do Visco

Um homem e uma mulher andaram de mãos dadas por muitos anos sobre a Terra e conheceram uma felicidade tão rara e bela que outros mortais não a compreendiam. Um dia, enquanto caminhavam juntos sob a sombra de grandes árvores, a mulher disse: “Rezo para que nos seja possível demonstrar que nosso amor é maior do que qualquer outro antes”. O homem sorriu e respondeu: “Esse também é o desejo que guardo em meu coração”. Leia mais aqui: Sacrifíco e Serviço – A Lenda do Visco

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. Assim como o indivíduo aprende a compreender e comemorar o mistério da mudança das estações, assim também os Anjos sabem e mantêm vigília sagrada nesses tempos sagrados. Entretanto, sempre devemos lembrar que a Onda de Vida Angélica atinge um plano muito mais elevado de consciência espiritual do que o ser humano. Consequentemente, os Anjos conhecem um significado mais profundo e recebem um influxo maior de êxtase espiritual na época dos quatro festivais solares sazonais.

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Hierarquias Zodiacais – Áries: A Força de Vida do Universo

HIERARQUIAS ZODIACAIS

ÁRIES:  A FORÇA DE VIDA DO UNIVERSO

(*) Advertência:

A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (10º graus até 20º graus)

Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela

Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição.
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus desse podem modificar a descrição

Em tais casos o Estudante Rosacruz dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.

(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Muitas Eras se passaram. O tempo estende-se pelo infinito e através dele as Estrelas, o Sol, os Planetas e a Lua desempenham sua harmonia celestial irradiando, para sempre, a glória do universo. A Lei da Vida e a Lei do Amor estão ligadas por afinidades espirituais e valores que vêm até nós, até os nossos corações, erguendo-nos em reverência à beleza e à ordem do Reino do Pai.

Que imagens de grande progresso sentimos ainda obscurecidas para nós, na estrutura dos céus? De onde vem a Luz e a Vida da Criação? Por que o ser humano anseia em ter uma alma plena e se elevar muito além da limitação pessoal? Vamos procurar essas respostas além da compreensão material, portanto “se teu olho for sincero e simples, todo teu corpo será coberto de luz” (Mt 6:22). Isso quer dizer que a compreensão da verdade, a sabedoria adquirida das épocas passadas, das várias Eras percorridas é que constituem a nossa verdadeira herança.

Mesmo quando fechamos nossos olhos ao deitar e elevamos nossas almas até as fronteiras do próprio tempo estamos sendo levados às profundidades, sem limites, do Espírito. O largo e vasto oceano de Éter que é o espaço, representa, na realidade, vida, mas vida como ela existe, isto é, sem limites materiais.

A intensidade da vida só pode ser compreendida e realizada quando alcançamos profundidade e o valor da vida espiritual, exemplificadas na marcha ordenada das órbitas celestes.

Quando algumas alusões são dadas, sugestões são feitas para que trabalhemos no progresso da alma, as meditações tranquilas sobre essas verdades sugeridas começam a torná-las mais visíveis e a luz que é obtida por contínuas meditações irá, aos poucos, tornando-se mais clara, irradiando sobre nossa alma e sobre nós uma luz maior. A meditação acalma a Mente inferior que está sempre ocupada em coisas externas. Somente quando a Mente está tranquila é que ela pode ser iluminada pelo Espírito. O conhecimento das verdades cósmicas deve ser obtido internamente, de dentro para fora e não externamente.

Assim, imbuídos de pensamentos espirituais e numa atitude devocional, lançamo-nos ao estudo das relações cósmicas das 12 Hierarquias Zodiacais, os Signos do Zodíaco, e vemos a importância e a influência delas como também o esforço do ser humano para expressar-se por estes canais exaltados.

Do ponto de vista material, é suficiente observar que a atividade começa no nascimento e dura um curto ou longo período de anos, até a morte. As bênçãos da Terra mostradas a uns e negadas a outros despertam uma reação profunda e melancólica ao sentirmos o sofrimento de nossos irmãos e de nossas irmãs, na vida aqui. Precisamos, então, aprender a reconhecer as potencialidades divinas em cada vida manifestada e estudar a Astrologia Rosacruz como um meio de compreender essa manifestação do Ser Supremo e colocarmo-nos em linha com o progresso evolutivo sob o qual viveremos.

A vida existia muito antes que os Espíritos Virginais fossem ainda um pensamento no Espírito do Deus Solar. Grandes Inteligências espirituais funcionaram em um reino que desafia a compreensão da Mente do ser humano. Já é suficiente reconhecer a imensidão da lei e da ordem que cerca toda partícula até o infinito. Grandes Dias de Manifestação, sem dúvida, existiram antes da criação do nosso Esquema Septenário de Evolução e outros Dias de Manifestação existirão no Cosmos, no futuro.

Ao formar um Sistema Solar, a primeira força de Deus, a Vontade, tem o desejo de criar e assim desperta uma segunda força, a Sabedoria – o Princípio do Amor. Essa segunda força, através da Imaginação, concebe a ideia (arquétipo) de um universo. Então, uma terceira força, a Atividade, trabalhando na Substância da Raiz Cósmica, produz o movimento.

A força melódica, harmoniosa e rítmica das esferas constrói um arquétipo separado para tudo aquilo que toma forma, do torrão de terra até Deus. Do mesmo modo, os frutos dos esforços do ser humano irão esclarecendo essa divina harmonia (em uma escala inferior) até o ponto em que a Vontade, a Sabedoria e a Atividade tornem-se uma parte de sua consciência.

Desde a aurora da criação, quando Deus diferenciou os Espíritos divinos que formam nossa Onda de Vida, a humanidade tem sido trabalhada por fortes e poderosas Inteligências. É aqui que a força da vida criadora do universo se manifesta e chega a nós através da primeira das Grandes Hierarquias Zodiacais, Áries.

Áries: Vida e Fogo

Áries representa Fogo e Vida. É o Fogo que corre em todas as criaturas vivas, embora em estados e formas diferentes.

A Vida é dada a todos, mas sua forma é decidida pelo modo de expressão gerado individualmente, vidas após vidas, no constante renascimento. Através do respeito e do cumprimento às leis naturais, geramos harmonia, resultando corpos perfeitos, tendências que afetam erroneamente ou se opõem as leis naturais criam desarmonia, distorções, dor e sofrimento. A força da lei é evidente: a ação individual cria consequências.

Se o deixarmos a seu bel-prazer, Áries queima e destrói tudo; quando controlado, leva a purificação. Representa todas as primeiras causas, o começo da Criação. Marte, filho de Áries, está presente para executar a vontade do Pai (Áries), queimando e destruindo quando necessário, mas curando e fortalecendo quando lhe é permitido operar de maneira construtiva. Podemos ver claramente que esta força não deve ser manipulada cegamente.

Áries simboliza a força da vida do universo, estimula tudo na Natureza e marca o nascimento da chama divina no ser humano. A vida, o amor e a radiação são qualidades complexas dessa grande Hierarquia. Áries dá exuberância e vida quando há cooperação, mas se há resistência vira-se para a guerra, para a disputa, provocando derramamento de sangue. A vaidade e o egoísmo obstruem esse canal rapidamente, mais do que qualquer outra coisa.

Os Irmãos Maiores da Terra estão cheios dessa força de vida alegre e positiva de Áries e com almas puras e Espíritos radiantes são encaminhados a lugares nobres e elevados. Quando retirados da vida, esse ouro puro e radiante é devolvido a seu verdadeiro lar, o Reino dos Céus, o lugar do perpétuo silêncio. Mas, quando os filhos da Terra se mostram indignos, restando neles a impureza que não pode ser levada para o Reino dos Céus, precisam, então, permanecer na Terra para serem redimidos pelo próprio ser humano com tristeza, arrependimento, dor e sofrimento. As canções alegres cessam quando a força que as fez entoar através de Marte e Áries, não as tocam de maneira apropriada. A verdadeira felicidade é recuperada somente com o retorno da energia construtiva de Áries – o fogo da vida revivido. Áries é a paixão da criação – a força da vida criadora do universo. Uma manifestação idêntica desta força, sobre o plano físico, é demonstrada quando as estrelas se tornam entidades e Sóis nascem.

O Caminho do Espírito

Áries traz vida a todas as coisas, desde que elas sejam capazes de suportar a força que emana deste canal abundante. Áries é o primeiro dos Signos de Fogo e representa o Espírito, o mais elevado veículo do ser humano.

Do mesmo modo que Câncer é a Mãe do Universo, a avenida da alma, Áries é o caminho do Espírito. Pensamos nesses Signos do Zodíaco como forma, mas eles precisam ser reconhecidos como vida. Raramente são considerados Seres – grandes Seres Criadores. Precisamos convidá-los a trabalhar para nós como amigos e deixar que nos mostrem o caminho para uma união glorificada com Deus e para o cumprimento das leis da vida. Áries é o mais violento e vital dos senhores dos Céus e essa força, cheia de energia, pode ferir e destruir nossos corpos devido a nossa limitada resistência. Porém, quando nossas formas inferiores são destruídas ou regeneradas, ele leva-nos num sopro impetuoso, para o Trono de Luz Dourada – para nossa reunião com a fonte de todo o Poder e Sabedoria, o Pai.

É muito difícil traduzir esta emanação dentro de uma forma física, mas quando encontramos Áries e Marte muito proeminentes no em um horóscopo, os princípios ativos dão características plenas de vida – força na constituição física, atividade cheia de energia, marcando um corpo forte e saudável.

Marte exercerá uma influência predominante na vida de um nativo de Áries. Quaisquer que sejam os Aspectos de Marte no horóscopo natal, ele proporcionará atividades impetuosas e excitantes. Embora sejam encontrados obstáculos, esses serão superados pela coragem, força de vontade e ações intencionais de um dedicado e construtivo filho ou filha de Áries.

Todo Aspecto, no mapa, representa um canal de expressão para o Espírito à medida que ele entra na vida acumulando experiência em sua viagem, através da matéria. Cada Astro age como um canal para um crescimento maior; e a evolução astral, assim como a nossa própria, depende do progresso da vida criada e manifestada através de vários instrumentos, dos vários Signos. O espírito de imortalidade corre nas veias dos nativos de Áries que fornecem excelentes oportunidades para esforços criadores extensivos.

A Força da Vida Criadora

(*) Advertência:

A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próxima do ou no segundo decanato do Signo (10º graus até 20º graus)

Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela

Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição.
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus deste podem modificar a descrição

Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.

(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

O símbolo de Áries é o martelo dos Deuses, um símbolo da criadora força de vida do universo. Como Áries representa a Vontade, o primeiro atributo do Pai, é natural que essa força de criação seja uma força mental. Sendo positiva, masculina e ígnea essa força não é facilmente controlada. O domínio dessa energia levará os nativos de Áries a saber dominar as condições de vida. Antes de serem abrandados em humildade e antes de aprenderem a caminhar na Luz, usarão e colocarão suas forças contra todos os obstáculos, contra as limitações da existência humana. Força pura e vontade de realização produzem talentos de uma variedade incrível.

A maneira construtiva e confiante com que Áries leva ao sucesso, atacando problemas com ávido prazer para conseguir vencê-los, é um direito de nascimento. Com uma Mente sempre livre e aberta para novos campos, a lição mais difícil para Áries é levar um projeto ao fim. Muitos filhos de Áries ficaram desacreditados perante seus empregadores e não foram bem-sucedidos porque eram fortes na ação, mas fracos na persistência. Os nativos de Áries podem realizar qualquer coisa quando dirigem para ela sua energia, mas devem fazê-lo até ao fim.

Com uma garra fora do comum, Áries não admite derrota, pois experimentou o fogo da vida. Sabe que o progresso é eterno e todos os pensamentos cristalizados e morosos que aparecem no caminho da liberdade da ação ou do espírito são refutados.

A capacidade de compreensão aumenta à medida que a vida avança – o que é de se esperar, pois é o constante amadurecer, no caminho do crescimento.

Experiência, Objetivo da Existência

O objetivo de toda existência é obter experiência. Isso é verdadeiro tanto para as Grandes Inteligências Criadoras como para os filhos desses grandes Seres. A força da alma e uma Mente criadora são frutos de toda uma peregrinação através da matéria. Portanto, é uma vantagem para o ser humano viver intensamente e agir com sabedoria, procurando tirar proveito de cada passo dado e, em consequência, assegurar um crescimento através da ação. Tendo uma vida plena assegurada, Áries tem a tarefa de assimilar essa riqueza de experiências, revendo tudo que acontece e absorvendo para si as lições aprendidas. Áries precisa adquirir estabilidade e equilíbrio. Não é bom passar pela vida sem absorver ativamente tudo que a própria vida ensina. Quando aparecem oportunidades especiais, devemos, com um zelo muito especial, esforçarmo-nos para alcançar a elevação espiritual. O sucesso nisso será meritório à medida que esses valores forem, conscientemente, trazidos para cima, alargados e engrandecidos.

O Espírito é capaz de reconhecer tanto a profundidade da tristeza como a da autorrealização e isso está diretamente relacionado com o grau de iluminação que foi atingido e adquirido através de esforços próprios.

Áries Rege o Cérebro

Áries tem o domínio de grande parte do cérebro, o “cerebrum”; e os hemisférios cerebrais são regidos por Marte (lado esquerdo do cérebro) e Mercúrio (lado direito do cérebro). O “cerebrum” ou cérebro frontal é o “cérebro masculino” que ocupa quase toda a abóbada craniana e com a cabeça, os olhos e a face (exceto o nariz) temos a extensão da parte do corpo regida por esse Signo. A ênfase dada ao domínio de Áries sobre o cérebro é importante. O vigor, a fortaleza do ariano desenvolvido está no uso que ele faz dessa capacidade (força cerebral). Quando os nativos de Áries se erguem acima das limitações, quando podem lançar sua força a um grau mais alto, despertam qualidades ocultas que, se forem desenvolvidas adequadamente na proporção das oportunidades que se apresentam, hão de levá-los a uma atividade crescente da mais alta inspiração e iluminação.

Esses resultados manifestam-se através de um despertar interior da consciência. Para trazer a total realização das intensas possibilidades criadoras desses divina Hierarquia, o nativo de Áries deveria se esforçar ao máximo para estar cada vez mais perto e ciente da verdade cósmica. É verdade que a ação e o fogo da vida requerem expressão, mas é principalmente porque possuem o poder da criação. Áries é um criador e todos os seus esforços mostram que o ser humano é verdadeiramente feito à imagem de Deus.

O fogo da vida queima fortemente e Áries é apenas o primeiro passo, o impulso inicial para a vida eterna, a eternidade, Deus.

(de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em abril de 1982)

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