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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Augusta Foss de Heindel

Augusta Foss de Heindel

A data de 27 de janeiro é muito significativa para a comunidade Rosacruz. Ela marca o nascimento, em 1865, de Augusta Foss de Heindel, esposa do iluminado místico-ocultista, fundador da Fraternidade Rosacruz.

Foi uma mulher incomum. Sua vida está indissociavelmente ligada a The Rosicrucian Fellowship. Graças ao seu espírito altruísta e sua elevada compreensão dos ideais rosacruzes, logrou cumprir importante missão. Sua colaboração decisiva tornou possível as obras da sublime realidade que se chama “Mount Ecclesia”. Augusta vendeu as propriedades e valores recebidos por herança e, espontaneamente, investiu esse dinheiro na compra do terreno e na construção dos primeiros edifícios da Sede Mundial. Como só acontece com as almas avançadas, naquela obra ela empregou também suas energias, seus brilhantes talentos, sua vida, enfim.

Heindel e Augusta Foss conheceram-se em 1898, numa conferência teosófica realizada na cidade de Los Angeles. Ele, vivendo uma fase das mais difíceis, buscava incessantemente respostas convincentes às dúvidas que o atormentavam. Já naquela época, como aconteceu até o final de seus dias, procurava o significado mais profundo da vida, na esperança de vislumbrar um alívio para o sofrimento humano. Notando a ansiedade que dominava a natureza perscrutadora dele, ela lhe facilitava livros capazes de ampliar seus conhecimentos.

Anos mais tarde, Max Heindel seria escolhido o mensageiro da Ordem Rosacruz, pelos Irmãos Maiores, cujos ensinamentos e método deveria trazer ao conhecimento do mundo ocidental.

Nessa epopeia maravilhosa, sempre pôde contar com o apoio e colaboração incondicionais de Augusta Foss.

Em 10 de agosto de 1910, contraíram matrimônio na cidade de Santana, Califórnia. Os anos seguintes revestiram-se de lutas e ingentes esforços. A consolidação de uma obra assim, de tamanha envergadura, só seria possível mediante uma dedicação plena e ininterrupta de energias. Tempos heroicos aqueles, em que um pequeno grupo de idealistas manteve uma fé inabalável no futuro grandioso da Fraternidade Rosacruz. Foram os alicerces espirituais daquele empreendimento.

Em 6 de janeiro de 1919, Max Heindel passava para o além. Muito havia ainda por fazer. Mas os trabalhos não sofreram solução de continuidade. A Senhora Heindel, com a ajuda de fieis Probacionistas, prosseguiu dirigindo todas as atividades esotéricas da Fraternidade.

Infatigável na lida diária, jamais deixou de orientar-se pelas diretrizes que seu falecido esposo recebera dos Irmãos Maiores. Sempre zelosa no trato dos negócios da The Rosicrucian Fellowship, portou-se com admirável firmeza quando alguns fatos ameaçaram abalar a unidade existente em Mount Ecclesia.

Sua vida constituiu um verdadeiro hino de caridade, uma vivência real do serviço amoroso e desinteressado. A esse respeito, destacamos algumas palavras contidas em sua última carta dirigida aos estudantes: “Todos têm a mesma oportunidade de servir. O serviço é o único caminho conducente à grandeza. Não importa quão eficientes sejamos para servir. Se nos vangloriamos de obras que realizamos, caber-nos-á somente nossa efêmera glória pessoal. Outra direção não devemos reconhecer a não ser a do Cristo. Nem sequer a dos Irmãos Maiores, porquanto eles não determinam, mas aconselham como amigos que são. Devemos trabalhar incansavelmente para remover os blocos de pedra que atravancam o caminho da humanidade. Isso pode ser feito da melhor maneira, seguindo a obra iniciada pelos Irmãos Maiores.”

O desenlace de Augusta Foss de Heindel ocorreu em 9 de maio de 1949, após algumas décadas preenchidas generosamente com incansável labor na Seara do Cristo.

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – 02/1978)

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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Caminho da Preparação e o Caminho da Iniciação Rosacruz

No Caminho da Preparação, que é o que precede o Caminho da Iniciação Rosacruz, entendemos o que bem disse o Cristoque suas ovelhas O conheciam pela voz”.

Todo verdadeiro Aspirante Rosacruz, quando se defronta pela primeira vez com um dos livros de filosofia ou após ouvir um dos nossos expositores, diz: “é o que vinha procurando há tempo. Finalmente achei”. E se lhe perguntamos donde lhe vinha essa aspiração, responde: “é uma questão interna; tinha intuição de que devia ser assim; parece-me lógico”. Isso revela que trazemos conosco o desenvolvimento anímico preparatório que nos habilita a etapas superiores de desenvolvimento nesta vida.

Então, lá dentro de nós alguma coisa estala, uma vozinha atravessa o véu de carne e reconhecemos o que já estudamos! E então lembramos a frase do Mestre a São Tomé: “bendito o que não vê, mas crê”. Realmente, como disse São Paulo, “a fé é a substância das coisas esperadas”.

É muito natural que o Aspirante almeje a Iniciação para conquistar maior capacidade de serviço ao próximo. Contudo isso pressupõe esforço e perseverança. Assim também faz o indivíduo que estuda anos a fio, com afinco, para formar-se médico e habilitar-se a curar.

Quem busca a Iniciação por mera curiosidade de coisas diferentes e fantásticas, ou com intuitos interesseiros, não tem fibra para conquistá-la.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 01/1964)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: “Almas Perdidas” e Atrasadas

“Almas Perdidas” e Atrasadas

Pediram-nos uma lição sobre as “Almas Perdidas” e Atrasadas. Nosso correspondente quer saber dos Ensinamentos Rosacruzes como esse assunto é tratado. Como essa questão foi tratada anteriormente nesse livro, na Carta de Abril de 1912 (nº 17), a replicamos aqui:

“Pelos ensinamentos da lição do mês passado, compreendemos que não há absolutamente qualquer fundamento em relação ao ponto de vista, comumente aceito, sobre as almas perdidas. Não há uma só palavra na Bíblia que leve em si a ideia que costumamos atribuir à palavra “para sempre”. A palavra grega é aionian e significa “um período de tempo indefinido, uma era”, e quando lemos na Bíblia as palavras “eternamente e para sempre”, deveríamos interpretá-las “por séculos e séculos”. Além disso, como é uma verdade da natureza que “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”, uma alma perdida significaria que uma parte de Deus se havia perdido e, naturalmente, isto é inconcebível.

Depois que escrevi a lição anterior, ocorreu-me outro ponto que mostrará como a “perda” de um Período está relacionada com o próximo. Devem lembrar-se que falamos dos espíritos de Lúcifer como atrasados do Período Lunar, e dissemos que não poderiam achar campo para a sua evolução no presente esquema de manifestação. Os Arcanjos habitam o Sol, os Anjos têm a seu cargo todas as Luas, mas os espíritos de Lúcifer foram incapazes de residir em qualquer desses luminares. Não podiam ajudar na geração, pura e desinteressadamente, como o fazem os Anjos, uma vez que atuavam sob as forças da paixão e dos desejos egoístas, pelo que houve necessidade alojá-los num lugar separado. Assim, foram colocados no Planeta Marte, fato bem conhecido pelos antigos astrólogos, que atribuíam à Marte a Regência sobre Áries, que tem domínio sobre a cabeça (lembrem-se que o cérebro é construído por forças sexuais subvertidas), e também comprovaram que aquele Planeta é o Regente de Escorpião, que governa os órgãos de reprodução. Áries está na primeira Casa de um horóscopo e denota o princípio da vida; Escorpião está na oitava, significando a morte; nisso está contida a lição de que tudo o que é gerado pela paixão e pelos desejos está condenado à dissolução. Assim, Marte é esotericamente e astrologicamente “o Diabo”; e Lúcifer, o chefe entre os Anjos caídos, é realmente o adversário de Jeová, que dirige a força de fecundação vinda do Sol por meio da atividade lunar.

No entanto, os Espíritos de Lúcifer estão ajudando o processo de evolução. Deles recebemos o ferro que, por si só, torna possível viver numa atmosfera oxigenada. Foram e continuam sendo os agitadores para o progresso material, portanto, não temos o direito de antagonizá-los. A Bíblia tacitamente proíbe-nos de ultrajar os deuses. Conforme lemos na Epístola de São Judas, nem o Arcanjo Miguel ousou ultrajar Lúcifer, e no livro de Jó fala-se como estando entre os filhos de Deus. O seu Embaixador na Terra, Samael, é o Anjo da morte, representado por Escorpião, mas é também o Anjo da vida e da ação simbolizada por Áries. Se não fossem pelos ativos impulsos marcianos, talvez não sentíssemos as dores tão agudamente como as sentimos, nem tão pouco poderíamos progredir na mesma proporção, e é seguramente melhor “cansar-se do que enferrujar-se”.

Deste modo, podemos constatar que estas “ovelhas perdidas” de uma era anterior, recebem todas as oportunidades de recuperar o seu atraso no atual esquema de evolução. Estão atrasadas, e como atrasadas aparecem sempre como más, mas não estão “perdidas para além da redenção”. Podem salvar-se servindo-nos, provavelmente mediante a transmutação de Escorpião em Áries, quer dizer, a geração em regeneração.”

Nós confiamos que essa leitura possa esclarecer o assunto para ele. Ficaríamos felizes se outros Estudantes formulassem perguntas de interesse geral e nos enviassem para elucidações nessas cartas, embora exista uma sessão para perguntas na revista “Rays”, onde nem todos os Estudantes são assinantes. Também, os problemas colocados aqui, talvez devessem ter uma abordagem um pouco mais íntima aqui do que é possível numa revista que, eventualmente, será lida por um público menos conhecedor da Filosofia do que nossos Estudantes.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 76)

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Uma Fonte de Inspiração

O último dia 23 de julho foi uma efeméride marcante para os Estudantes Rosacruzes. Nessa data, os Centros e Grupos comemoram o aniversário de nascimento de Max Heindel. Não se trata de mera homenagem póstuma. Muito mais do que isso, procura-se evocar, reverentemente, a figura e o trabalho do fundador da Fraternidade, como fontes perenes de inspiração em que se converteram.

Rememorando aspectos de sua obra, passagens de sua vida e traços de seu caráter, sentimos como que renovada nossa disposição em trilhar tão áspero e, ao mesmo tempo, luminoso caminho. Áspero, porque o crescimento anímico não prescinde do sacrifício e da renúncia para tornar-se uma realidade na vida do aspirante. Jornada pouco convidativa para os débeis e acomodados, ascese gloriosa para os espíritos intimoratos, essa é a vereda da evolução, iluminando pelo conhecimento e experiência os passos corajosos dos idealistas.

A contribuição espiritual de Max Heindel em benefício da humanidade constitui algo de valor inestimável. Dia a dia seus ensinamentos são corroborados pela ciência oficial, abrindo, ao ser humano, horizontes de maior amplitude.

À medida que o tempo passa, acentuam-se os conflitos humanos, exigindo rápidos e eficazes remédios. Não há mais lugar para paliativos. Não se concebe, definitivamente, recursos protelatórios. O mundo deve conhecer as causas de seus sofrimentos e neutralizá-las por meio de persistentes esforços.

Atualmente, a nau da humanidade singra um mar revolto, encapelado pelas ondas do materialismo. No campo oposto encontramos doutrinas que, embora revestidas de belos princípios morais, ainda não demonstraram a seus seguidores a realidade da Essência Divina que as anima. São incompletas.

O ser humano é espírito. Mas quantos já se convenceram inteiramente disso?

Ciência e religião permanecem divorciadas, embora a distância que as separa tenha sofrido considerável redução. Cientistas e religiosos ainda não lograram conciliar os pontos de vista que defendem, chegando a um denominador comum.

Diante de uma análise superficial desse quadro, alguém pode até julgar mera utopia o ideário da Rosacruz. Puro engano. Os ensinamentos rosacruzes constituem, justamente, fatores capazes de tornar a religião científica e a ciência religiosa, por promover a união entre o intelecto e o coração. Satisfazem a Mente tanto quanto a natureza devocional do ser humano. Aos hesitantes em crer na veracidade e poder de transformação desses maravilhosos preceitos, tomamos a liberdade de recomendar uma leitura atenta, seguida de profunda meditação, da obra básica Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel.

Contudo, ao principiarem a leitura, sugerimos despirem-se de todo juízo prematuro. Abandonem quaisquer rasgos de unilateralismos. Ao penetrarem na essência de cada tópico constatarão como a obra acima referida fundamenta-se num conhecimento de ordem superior. Ela não se configura como o resultado de prolongadas divagações filosóficas ou exaustiva especulação intelectual. Não brotou da pretensão de lançar ao mundo mais um ramo filosófico, entre tantos já existentes. Não é um livro escrito para ser lido como outro qualquer.

Um ser humano dotado de uma inteligência mediana logo verificará que o Conceito Rosacruz do Cosmos não é uma obra dogmática, mas respeita a sagrada liberdade de cada um aceitar ou não uma proposição conforme delibere sua consciência.

O autor teve o especial cuidado de, ao iniciar a obra, tecer considerações alusivas às possíveis interpretações dos conceitos nela emitidos. Admitia que o entendimento errôneo de alguns ou uma distorção maldosa por parte de outros poderia suscitar uma ideia de infabilidade na exposição efetuada sobre diversos temas. Porém, Max Heindel acautelou-se, afirmando que dizer-se que a referida exposição é infalível seria o mesmo que atribuir-lhe onisciência, quando até os seres mais elevados às vezes se enganam nos juízos que fazem. O Conceito encerra apenas a compreensão dele sobre os ensinamentos rosacruzes a respeito do mistério do mundo, revigorada por suas investigações pessoais nos mundos internos e sobre os estados antenatal e pós-morte do ser humano. Concluiu afirmando que não considera tal obra como sendo “o alfa e o ômega”, o último conhecimento oculto.

Percebe-se, daí a honestidade de propósitos do autor, cuja única meta consistia em prestar um digno serviço ao gênero humano. Todas as suas obras constituem um “alimento sólido”, capaz de nutrir o espírito em suas necessidades essenciais.

Todavia, apesar dessa argumentação alguém ainda pode objetar: — afinal, quem pode oferecer uma garantia cabal e definitiva da fidelidade dos relatos contidos no livro e das intenções íntimas do autor?

A tal indagação respondemos: estudando a biografia de Max Heindel. Ele nos deixou, como aval de seu magnífico trabalho, uma vida repleta de lutas, dificuldades vencidas, sofrimentos pacientemente suportados, estudos, pesquisas incessantes, e um coração transbordante de amor. Era um ser humano modesto. Nada reivindicava a seu favor. Riquezas materiais e honrarias nunca o deslumbraram. Foi trabalhador infatigável, companheiro de todas as horas, o primeiro a servir.

Somente alguém assim, dotado de extraordinária envergadura espiritual, poderia suportar e vencer provas tão difíceis, que facilmente aniquilariam o ser humano comum.

Os resultados de seus esforços estão aí, beneficiando tantos quantos se integraram à Fraternidade Rosacruz e mesmo outros que nunca se propuseram a fazê-lo. “Pelos seus frutos vós os conhecereis”, afirmou o Cristo.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1978)

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Carta de Max Heindel: A Epigênese e o Destino Futuro

A Epigênese e o Destino Futuro

Quando estamos estudando a “Teia do Destino – Como se Tece e Destece”, é conveniente e absolutamente necessário que não percamos de vista da nossa Mente o fato de que a vida não é somente um desenrolar de causas estabelecidas em existências anteriores. O espírito, quando está de volta via o renascimento, tem uma quantidade variável de livre-arbítrio – de acordo com a vida vivida anteriormente – para preencher os detalhes. Além disso, ao invés de apenas transformar causas passadas em efeitos, há também causas novas geradas a cada passo dado pelo espírito e que, então, atuam como sementes de experiências para as vidas futuras. Esse é um ponto muito importante. É uma verdade evidente em si mesma, pois se assim não fosse, as causas que já foram definidas, em algum momento, devem terminar, e isso significaria o término da existência. Desta forma, não somos absolutamente forçados a agir de uma certa maneira, só porque estamos em um determinado ambiente e porque toda a nossa experiência anterior nos deu uma tendência em direção a um determinado fim. Com a prerrogativa divina do livre-arbítrio, o ser humano tem o poder da Epigênese ou iniciativa, de forma que possa começar em uma outra direção, a qualquer momento que desejar. Ele não pode, imediatamente, se afastar da vida antiga – isso pode exigir muito tempo, talvez várias vidas –, mas, progressivamente, ele se prepara arduamente para o ideal que ele uma vez semeou.

Portanto, a vida avança não apenas pela Involução e Evolução[1], mas especialmente pela Epigênese. Esse sublime Ensinamento da Religião da Sabedoria Ocidental dos Rosacruzes explica muitos mistérios que, de outro modo, não teriam uma solução lógica, e entre eles está um que ocasionou o recebimento de muitas cartas à Sede Mundial da The Rosicrucian Fellowship. Esse assunto é abordado com alguma relutância, já que o autor não gosta de falar sobre a guerra. A questão diz respeito à relação entre um soldado, uma mulher do inimigo feita prisioneira de guerra por ele e o Ego nascido de uma mãe que o odeia, por causa da maternidade indesejada.

A investigação de um certo número de casos mostrou que esse é um novo desafio para certa classe de espíritos que estão de volta via o renascimento. Todos tinham sido incorrigíveis em suas encarnações anteriores e parecia que nada de bom poderia mantê-los ali, para a tristeza daqueles que se relacionavam com eles. As condições da atual guerra[2], ainda que não tenha sido criada para esse propósito, oferecem uma oportunidade para transferi-los para outro campo de ação, onde a nova mãe colhe, através desta ação, os frutos dos erros cometidos por ela mesma em existências anteriores.

Nem tão pouco essa condição é de toda peculiar para a guerra. Muitas vezes, em outras ocasiões, são utilizados meios semelhantes para que possamos colher o que semeamos por meio de outros seres humanos que são aparecem em nossas vidas para seu próprio e nosso sofrimento. Eu me lembro de uma mãe que me disse, há alguns anos, como havia se rebelado contra a maternidade; como, depois de ter passado pelo período da gravidez com ódio e raiva em seu coração se recusou até a olhar para a criança quando nasceu; mas finalmente, ela sentiu piedade pela condição de desamparo daquela criança e mais tarde, a piedade se transformou em amor. A criança tinha todas as vantagens de que o dinheiro poderia lhe proporcionar, mas essas vantagens não poderiam salvar o seu equilíbrio mental, e hoje está preso como assassino em uma cela de um hospício para criminosos, enquanto a mãe foi deixada no seu sofrimento para ponderar sobre o que ela fez ou não fez, durante o tempo em que o bebê estava a caminho.

Inversamente, existe também ocasiões em que um espírito, terminando sua experiência em um ambiente, volta via o renascimento em uma nova esfera de ação, como um raio de Sol e conforto para aqueles que, por suas ações passadas, merecem receber tais bênçãos. Lembremo-nos, portanto, que não importa quão degradado seja um ser humano, ele tem sempre o poder de semear o bem, mas deve esperar até que essa semente possa florescer em um ambiente propício. Cada um de nós, embora sujeito ao seu passado, é livre no que diz respeito ao seu futuro.

[1] N.T.: sobre Involução e Evolução, com mais detalhes, veja aqui O Conceito Rosacruz do Cosmos, no Capítulo XIV, no item Involução, Evolução e Epigênese.

[2] N.T.: refere-se à Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 55)

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Carta de Max Heindel: Os Auxiliares Invisíveis e o seu Trabalho nos Campos de Batalha

Os Auxiliares Invisíveis e o seu Trabalho nos Campos de Batalha

Mais um mês se passou e ainda a guerra europeia continua fortemente e mostrando que não há sinais de término em toda a sua intensidade. Milhares e milhares de pessoas continuam ultrapassando a fronteira para o reino invisível, e o sofrimento lá, como aqui, é sem precedentes na história do mundo. Como você aprendeu em nossa literatura, o Mundo do Desejo é o mundo da ilusão e da desilusão; e aquelas pobres pessoas que tão repentinamente foram transferidas para aquele reino com feridas terríveis sobre seus corpos físicos, também imaginam (como muito frequentemente é o caso aqui quando ocorre com pessoas que sofreram um acidente) que as lesões do corpo físico ainda estão com elas, e elas sofrem intensamente lá com essas feridas imaginárias como sofreriam aqui. Isto é, claro, inteiramente desnecessário. Muitas dessas pessoas estão se dirigindo para lá com lesões terríveis em seus corpos, em particular àqueles que têm ferimentos causados por explosões de granadas e por baionetas. Certamente, é uma atividade fácil para os Auxiliares Invisíveis mostrar a qualquer uma dessas pessoas que suas lesões são somente imaginárias, contudo, como existem milhares delas, a tarefa se torna gigantesca, e nossos Auxiliares Invisíveis estão tendo um período de atividade sem precedentes neste conflito avassalador.

Entretanto, não é tanto a angústia que resulta tais imaginárias lesões corporais que torna o trabalho mais difícil. A angústia mental – a preocupação por aqueles que foram deixados para trás, o temor dos pais em relação aos seus pequeninos e a tristeza das mães que ficaram sozinhas para criar uma família de crianças pequenas – é a desvantagem mais temerosa para uma solução desse terrível estado de coisas que os Auxiliares Invisíveis têm que enfrentar, e esse é o ponto sobre o qual eu gostaria de pedir sua sincera cooperação.

O Presidente dos Estados Unidos Wilson instituiu o dia 4 de outubro como um dia de oração pela paz. É sempre bom nos unirmos a tais movimentos, porque os nossos pensamentos canalizados produzirão um considerável efeito e fortalecerão extraordinariamente o apelo global. Todo estudante sincero deve dedicar esse dia à oração, para a libertação do mundo dessa terrível carnificina. Nesse momento, todos os pensamentos devem ser particularmente dirigidos para reduzir e aliviar a dor daqueles que estão nesse mundo, e também para aqueles estão aflitos no Mundo invisível devido a separação dos laços familiares. Cada um deve manter o pensamento de que, embora a guerra atual seja dolorosa, é, todavia, apenas um incidente em um longo período de tempo que não tem princípio nem fim. Como espíritos somos imortais, e essas coisas que agora nos parecem de grande importância, quando forem vistas do ponto de vista espiritual e quando considerarmos o fato de que somos realmente imortais, terão uma importância menor nesse momento do que agora parece ser nesse caso para nós. O que quer que aconteça, será incorporado à natureza espiritual como uma lição para nos dar um sentido de horror dessa carnificina que agora está devastando o mundo. Vamos esperar, fervorosamente, que essa guerra seja a última que ferirá a paz da terra; pois, tendo aprendido essa custosa lição, a humanidade destruirá, de uma vez por todas, os arsenais de guerra e transformará suas espadas em arados.

Que essa ideia esteja na Mente de todos os Estudantes no dia 4 de outubro; contudo como essa data está tão próxima que, provavelmente, essa carta não chegará a todos a tempo, pedimos a todos os membros da Fraternidade Rosacruz que dediquem o domingo, dia 18, a oração pela paz. Nessa altura, todos os nossos Estudantes terão recebido essa mensagem e, novamente, nós estaremos unidos desde a manhã até a noite, nesse esforço para ajudar a restabelecer a paz no mundo. Que o reino de Cristo supere logo o reino dos seres humanos, pois eles, certamente, têm se mostrado governantes ineficientes.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 47)

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Carta de Max Heindel: O Vício do Egoísmo e o Poder do Amor

O Vício do Egoísmo e o Poder do Amor

Na última lição vimos que o Senhor de Wartburg[1] pediu aos trovadores que descrevessem o amor. Como todos nós aspiramos a desenvolver internamente esta qualidade, talvez seja de grande importância que devamos olhar diretamente para esse assunto e ver onde reside o nosso maior obstáculo, pois certamente não pode haver nenhuma dúvida de que todos nós estamos falhando, lamentavelmente, no que se refere ao amor.

Não importa o que possamos parecer aos outros, quando nós mesmos examinamos os nossos próprios corações ficamos envergonhados, ao reconhecer os reais motivos pelos quais os atos estimulados que os outros acham como ditados pelo amor aos nossos semelhantes. Quando analisamos esses motivos, iremos descobrir que todos foram ditados um traço de egoísmo; ainda que seja uma falha que nunca confessamos.

Tenho ouvido homens e mulheres se levantarem publicamente ou em privado e confessarem a todos os seus pecados cometidos, exceto esse único, o do egoísmo. Sim, nós até nos enganamos imaginando que nós mesmos não somos egoístas. Vemos esse traço de caráter muito claramente nos outros, se somos bons observadores, mas, falhamos em perceber a enorme “trave em nossos olhos”; e enquanto não admitirmos essa grande falha em nós mesmos e nos esforçarmos seriamente para superá-la, não poderemos progredir no caminho do amor.

Thomas de Kempis[2] disse: “Eu prefiro sentir a contrição dentro de minha alma, a saber defini-la”[3]; e podemos bem substituir a palavra amor por contrição. Se pudéssemos apenas sentir o amor em vez de sermos capazes de defini-lo! Contudo, o amor não pode ser conhecido agora por nós, exceto na medida em que removamos do nosso caráter tudo o que é mal ou imoral do grande pecado do egoísmo. A vida é a nossa propriedade mais preciosa, e nesse sentido Cristo disse: “Ninguém tem maior amor <ou altruísmo> do que aquele que dá a vida por seus amigos”[4].

Portanto, à medida que, cultivamos essa virtude do altruísmo, alcançaremos o amor, pois eles são sinônimos, como foi indicado por São Paulo naquele inigualável 13º capítulo da 1ª Epístola aos Coríntios. Quando um irmão pobre bate à nossa porta, nós lhe damos o mínimo que podemos? Se assim for, somos egoístas. Ou nós o ajudamos apenas porque nossa consciência não nos permitirá deixá-lo ir? Então também isso é egoísmo, pois não queremos sentir as dores da consciência. Mesmo quando damos nossas vidas por uma causa, não existe o pensamento que é o nosso trabalho?

Muitas vezes escondo meu rosto de mim mesmo por vergonha diante deste pensamento em conexão com a Fraternidade Rosacruz, e ainda assim, devemos continuar. Contudo, não enganemos a nós mesmos; vamos lutar contra o demônio do egoísmo e estar sempre vigilantes contra os ataques subtis. Se o encontrarmos sussurrando para que precisamos descansar, que não podemos dar tanto da nossa força aos outros ou se sentimos que não podemos nos esforçar para dar a nossa essência, vamos reforçar a virtude da generosidade. O que importa, realmente, é que nós só guardamos o que damos; nossos corpos se decompõem e nossas posses são deixadas para trás, mas nossas boas ações permanecem conosco por toda a eternidade.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 44)

[1] N.T.: Da obra Tannhäuser e o torneio de trovadores de Wartburg de Richard Wagner (1845). Baseada numa lenda medieval, conta a história de Tannhäuser, um menestrel que se deixa seduzir por uma mulher mundana, de nome Vênus, contrariando assim a defesa do torneio dos trovadores a que ele pertence de que o amor deve ser sublime e elevado. Quando Tannhäuser defende deliberadamente o amor carnal de Vênus, é reprimido pelos trovadores e consolado apenas por Isabel, uma virgem que o ama muito. É-lhe dito que sua única chance de perdão é dirigir-se ao Vaticano e rogar o perdão do Papa. Tannhäuser segue, então, com o torneio até Roma, mas de maneira autopunitiva: dormindo sobre a neve, enquanto os demais estão no alojamento; caminhando descalço sobre o chão quente, passando fome, e ainda com os olhos vendados, para não ver as belas paisagens da Itália. Ao chegar diante do papa, em vez de obter o perdão, ouve o papa dizer que é mais fácil o cajado que ele segura florescer do que ele obter o perdão dos pecados, tanto no céu quanto na terra. Odiando a igreja, Tannhäuser volta à Alemanha e Isabel sobe aos céus, rogando a Deus que interceda por ele. Os trovadores voltam com a notícia de que o cajado do papa floresceu, simbolizando que um pecador obteve no céu o perdão que não obteve na terra.

[2] N.T.: Também conhecido como Tomás de Kempis, também conhecido como Tomás de Kempen, Thomas Hemerken, Thomas à Kempis, ou Thomas von Kempen (1379 ou 1380-1471), Monge e escritor alemão. Tomás de Kempis produziu cerca de quarenta obras representantes da literatura devocional moderna. Destaca-se o seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro volumes, no qual apela a uma vida seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como forma de reforçar a fé.

[3] N.T.: Do Livro Imitação de Cristo – Capítulo 1 – 3

[4] N.T.: Jo 15:13

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Carta de Max Heindel: Nossa Responsabilidade em Divulgar a Verdade

Nossa Responsabilidade em Divulgar a Verdade

Em relação à carta do mês passado, um dos Estudantes escreve: “Na sua carta parecia estar pressupondo que não há segredo ou critério por parte do indivíduo que conhece as coisas ocultas, para ser praticada e divulgá-la aos demais, não incorrendo com isso em nenhuma responsabilidade pessoal; pelo menos, para mim, sua explicação não pareceu clara”.

É claro que é impossível abranger um assunto dessa magnitude em uma ou em várias cartas. No entanto, a questão sobre a responsabilidade de divulgar a verdade, realmente, nos preocupa na medida em que o perigo do seu uso indevido acontece. O meu correspondente também diz que: “há certas seitas nesse país que possuem alguns poderes e os empregam com fins egoístas e avarentos”, e pergunta se seria errado reter os poderes ocultos de tais pessoas. Certamente não. Contudo, os Irmãos Maiores cuidam disso, pois são os reais guardiões de tudo que for altamente perigoso. O hipnotismo, certamente, é perigoso, mas não tanto como os poderes ocultos que o nosso correspondente indaga.

Durante a antiga Dispensação dos Israelitas[1], as trevas reinaram no Santo dos Santos e somente era permitido que alguns poucos sacerdotes e Levitas entrassem no Templo. Apenas o Sumo Sacerdote podia entrar no Santo dos Santos e uma vez por ano. Contudo, na Crucificação o véu do Templo foi rasgado e o Templo foi inundado de luz e, desde então, nenhum segredo tem vigorado na Iniciação. Entretanto, num certo sentido, ela é tão secreta como sempre o foi, pois como eu disse na Carta do mês passado, ela não consiste em nenhum tipo de cerimônia.

É uma experiência interna, e nós devemos ter o poder dentro de nós mesmos para viver tal experiência, antes que a Iniciação possa chegar até nós. É segredo no mesmo sentido que os mistérios da raiz quadrada o são para uma criança. Nenhuma quantia de dinheiro para a iniciação poderá transmitir o entendimento à uma Mente infantil sobre os mistérios da raiz quadrada; ela deve viver a quantidade de anos suficientes e amadurecer, gradualmente, até que seja possível iluminá-la. Quando este ponto for alcançado, não haverá dificuldade alguma para a iluminação.

Ela compreenderá e verá a verdade facilmente. É exatamente essa verdade de que falei na Carta do mês passado. O Discípulo deve passar por um período de treinamento e por meio dessa preparação se torna maduro e mais calmo para viver a verdade dentro de si. Então, quando chegar a hora, será muito fácil para o Mestre ou Iniciador lhe mostrar, pela primeira vez, como aplicar a verdade que ele encontrou, usar o poder que acumulou, e então, ele é iniciado. Contudo, essa experiência não pode ser comunicada a ninguém. É absolutamente inútil tentar transmiti-la.

Não é através de uma cerimônia ou outra exibição externa que a Iniciação será alcançada pelo ser humano, mas é uma consequência real das suas ações passadas. Portanto, o iniciado pode aplicar sua verdade em sua vida diária, embora, outros possam ser absolutamente incapazes de chegar até ela, tanto quanto a criança é incapaz de entender o que está acontecendo como um exercício de raiz quadrada está sendo feito diante de seus olhos. Portanto, as reais e vitais verdades estão guardadas de todos, até que a chave do mérito abra a caixa do tesouro.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 42)

[1] N.T.: 1ª e 2ª Dispensação.

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Carta de Max Heindel: Um Método para Discernir a Verdade da sua Imitação

Um Método para Discernir a Verdade da sua Imitação

Na carta do mês de fevereiro, nós tratamos da seguinte questão: “Onde devemos encontrar a verdade e como a conhecerei quando tiver encontrado”? Contudo, de nada serve procurar a verdade ou conhecê-la, quando a tivermos encontrado, a menos que a coloquemos em prática em nossas vidas – e isso não significa que faremos isso, meramente, porque a encontramos. Há pessoas, e relativamente são muitas, que esquadrinham o mundo civilizado a procura de tesouros raros, de antiguidades, sejam quadros ou moedas. Há muitos que fabricam imitações de objetos genuínos, assim, o requerente dessas coisas corre o risco de ser enganado por trapaceiros espertos, a menos que tenha meios de distinguir o genuíno do falso.

A esse respeito, ele é assolado pelo mesmo perigo que o buscador da verdade, porque há muitos pseudocultos e invenções astutas que podem nos enganar. O colecionador frequentemente guarda o seu achado com muita dificuldade em um lugar mofado e, na sua solidão, o admira se gabando; e certamente com o passar dos anos, ou talvez quando ele morrer, irão descobrir que algumas das coisas que ele guardava com tamanho zelo e estima eram, na verdade, imitações sem nenhum valor. Do mesmo modo, aquele que pensa ter encontrado o que ele acredita ser a verdade, pode “enterrar seu tesouro” em seu próprio peito, ou esconder dos outros, secretamente, suas boas qualidades e habilidades para descobrir, talvez depois de muitos anos, que ele foi enganado por uma imitação. Assim, há necessidade de uma prova final infalível, que elimine todas as possibilidades de fraude, e a questão é como descobri-la e aplicá-la.

A resposta é tão simples como o método é eficiente. Quando perguntamos aos colecionadores como descobrem se um determinado artigo que apreciam é uma imitação ou não, geralmente respondem que mostram a peça a alguém que tenha visto o original. Podemos enganar todas as pessoas durante algum tempo, e uma parte das pessoas todo o tempo, mas é impossível enganar todas as pessoas o tempo todo; e se o colecionador tivesse mostrado seu achado publicamente, em vez de guardá-lo em segredo, teria logo sabido, pelo conhecimento de outros especialistas de todo o mundo, se ser achado era legítimo ou não.

Agora, lembre-se disso, pois é muito importante: assim como a confidencialidade dos colecionadores ajuda, incentiva e fomenta a fraude por parte dos negociantes de raridades, assim também o desejo de ter e possuir para si mesmo grandes segredos desconhecidos pela “multidão” fomentam os negócios daqueles que comercializam “iniciações ocultas”, com cerimoniais elaboradas para seduzir suas vítimas em gastar o seu dinheiro.

Como podemos provar o valor de um machado, se não for usando-o e, assim, descobrir se ele manterá o seu corte após um trabalho real efetivo? Iríamos comprá-lo se o vendedor exigisse que o colocássemos em um canto escuro onde ninguém pudesse vê-lo e proibindo-nos de utilizá-lo? Certamente não! Nós gostaríamos de usá-lo em nosso trabalho, e constatar a qualidade de sua “têmpera”. Se comprovássemos que era de “aço verdadeiro”, nós iríamos apreciá-lo, caso contrário, diríamos ao vendedor para que ficasse com sua ferramenta inútil.

Seguindo o mesmo princípio, qual é a razão de “comprar” as mercadorias de pessoas que negociam coisas sigilosas? Se suas mercadorias fossem de “aço verdadeiro”, não haveria necessidade de tal sigilo e, a menos que possamos usá-las em nossas vidas diárias, elas não têm valor algum. Nenhum dos dois machados têm valor para nós, a menos que o usemos; ele enferruja e perde sua afiação. Portanto, é dever de cada um que encontra a verdade usá-la no trabalho do mundo, tanto como uma salvaguarda para si mesmo, como para se certificar de que a verdade resistirá à grande prova, dando aos outros uma oportunidade para compartilhar o tesouro que ele acha útil para si mesmo. Portanto, é muito importante que sigamos o mandamento de Cristo: “Deixe a vossa luz brilhar”.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 41)

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