Arquivo de categoria Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Período de Saturno

Pergunta: Qual é então, o primeiro Período do Esquema de Evolução ora em curso?

Resposta: No Esquema de Evolução em que estamos vivendo atualmente, o primeiro é o chamado Período de Saturno. É aqui que a Onda de Vida humana iniciou a sua manifestação ativa.

Pergunta: Qual era a nossa consciência no Período de Saturno?

Resposta: A consciência de transe profundo.

Pergunta: Nós como Espíritos Virginais no início da nossa peregrinação já éramos dotados de alguns poderes latentes?

Resposta: Sim, em nós estão contidas todas as possibilidades latentes do nosso criador, Deus, inclusive o germe da Vontade independente.

Pergunta: Quantos Globos existem no Período de Saturno?

Resposta: Como em todos os outros Períodos, 7 Globos de diferentes densidades de matéria.

Pergunta: Qual o elemento predominante em todos os Globos desse Período?

Resposta: Os sete Globos desse Período eram obscuros e quentes com substâncias muito mais rarefeitas e sutis, respectivamente, que o da nossa Terra atual.

Pergunta: Qual era o Globo mais denso nesse Período?

Resposta: O Globo mais denso desse Período estava situado na Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Pergunta: Qual era a Onda de Vida que estava passando pelo estágio conhecido como “humanidade” nesse Período?

Resposta: Os Senhores da Mente .

Pergunta: Então os Senhores da Mente evoluíram a partir desse Período?

Resposta: Sim, todos os Senhores da Mente evoluíram a partir de então, tornando-se especialistas em matéria mental. Um específico Senhor da Mente, no final do Período de Saturno, conseguiu aprender tudo que um Senhor da Mente precisa aprender até o Período de Vulcano e, por isso, alcançou o mérito de construir um Corpo com material do Mundo de Deus. Assim, se tornou responsável pelas atribuições divinas do ‘Pai’, por ser o mais elevado Iniciado da “humanidade” do Período de Saturno

Pergunta: Existia alguma Hierarquia Criadora que foi a principal responsável por nós no Período de Saturno?

Resposta: Sim, os Senhores da Chama.

Pergunta: Quais foram os principais trabalhos executados pelos Senhores da Chama em nós?

Resposta: Na primeira Revolução do Período de Saturno irradiaram de si mesmos o germe do nosso atual Corpo Denso. E na sétima Revolução do Período de Saturno despertaram em nós o nosso veículo espiritual mais elevado, o Espírito Divino.

Pergunta: Poderia explicar melhor quem eram os Senhores da Chama?

Resposta: Eram Seres elevadíssimos, assim chamados em virtude da brilhante luminosidade dos seus corpos e dos seus grandes poderes espirituais.

Pergunta: Qual era a nossa forma no início do Período de Saturno e onde habitávamos nos Globos desse Período?

Resposta: Nós ficávamos incrustados em todo o Globo; podemos dizer que o Espírito Virginal era algo similar a uma framboesa, ou melhor dizendo, o Globo era todo composto de grande número de pequenas framboesas. Vivíamos apegados a esse Globo.

Pergunta: E como eram as atividades dentro do Período de Saturno?

Resposta: Éramos, na época, como “jovens aprendizes”, estávamos nos adaptando e recebíamos toda a ajuda, externamente, proveniente das Hierarquias Criadoras. Éramos dirigidos totalmente de fora e assim passamos pelas sete Revoluções nos sete Globos desse Período.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: O Mal no Mundo do Desejo

Pergunta: Qual é a consequência de uma mentira no Mundo do Desejo?

Resposta: Qualquer coisa que aconteça no Mundo Físico é refletida em todos os outros reinos da Natureza e constrói sua forma apropriada no Mundo do Desejo. Quando um relato verdadeiro da ocorrência é dado, outra forma é construída, exatamente como a primeira. Elas são então atraídas e se unem, fortalecendo uma à outra.

Pergunta: O que ocorre se os detalhes fornecidos não forem verdadeiros?

Resposta: Se um relato falso é dado, uma forma diferente e antagônica à primeira, ou verdadeira, é criada.

Pergunta: Como essas diferenças operam?

Resposta: Como o verdadeiro e o falso lidam com a mesma ocorrência, eles se aproximam, mas como suas vibrações são diferentes, eles agem um sobre o outro com destrutividade mútua.

Pergunta: Qual é a consequência dessa oposição?

Resposta: Mentiras malignas e maliciosas podem matar qualquer coisa que seja boa, se forem fortes o suficiente e repetidas com bastante frequência.

Pergunta: O que pode ser feito em relação a isso?

Resposta: Buscar o bem no mal irá, com o tempo, transformar o mal em bem.

Pergunta: Que ponto importante deve ser mantido em mente?

Resposta: Que se a forma construída para minimizar o mal for fraca, será destruída pela forma maligna; mas, se for forte e repetida com frequência, terá o efeito de desintegrar o mal e substitui-lo pelo bem.

Pergunta: Como isso deve ser feito?

Resposta: Esse efeito, bem entendido, não se produz mentindo ou negando o mal, mas procurando o bem.

Pergunta: Como isso se aplica ao estudante de ocultismo?

Resposta: O cientista ocultista pratica muito rigidamente esse princípio de buscar o bem em todas as coisas, porque ele sabe o poder que isso possui para reprimir o mal.

Pergunta: Que ilustração esclareceria essa política?

Resposta: Há uma história do Cristo que ilustra esse ponto. Certa vez, ao caminhar com Seus Discípulos, eles passaram pela carcaça podre e malcheirosa de um cachorro. Os Discípulos se viraram com desgosto, comentando sobre a natureza nauseante da visão; mas Cristo olhou para o corpo morto e disse: “As pérolas não são mais brancas do que os seus dentes”.

Pergunta: O que Ele tinha em mente?

Resposta: Ele estava determinado a encontrar o bem, porque Ele conhecia o efeito benéfico que resultaria no Mundo do Desejo ao dar-lhe expressão.

Pergunta: Como o conflito entre as formas boas e más no Mundo do Desejo afeta nossas vidas na Terra?

Resposta: Da batalha das forças gêmeas — Atração e Repulsão — resulta toda a dor e sofrimento que incidem sobre ações erradas ou esforços mal direcionados, sejam eles intencionais ou não.

Pergunta: O que isso deve nos ensinar?

Resposta: Deve nos ensinar quão importante é o sentimento que temos em relação a qualquer coisa, pois disso depende a natureza da atmosfera que criamos para nós mesmos. Se amamos o bem, devemos manter e nutrir como anjos da guarda tudo o que é bom; se agirmos de maneira contrária, povoaremos nosso caminho com demônios da nossa própria criação.

(Traduzido da Revista: Rays from the Rose Cross – Outrubro/1978 pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Purgatório

Pergunta: A palavra “Purgatório” atemoriza muitas pessoas por suscitar a ideia de sofrimento. É realmente assim?

Resposta: Não devemos nos alarmar com a palavra “Purgatório”, porque as experiências, se podem ser dolorosas, são, ao mesmo tempo, inteiramente benéficas. Libertam o Ego do peso negativo que, de outra maneira, poderia impedir sua elevação às regiões superiores. Por isso, o Purgatório vem imediatamente depois da morte. Do nosso ponto de vista, seria mais desejável entrar, em primeiro lugar, no Céu, principalmente se tivemos uma vida terrestre muito dura. Isso é, cientificamente, impossível. Não podemos nos elevar antes de atingir certa gravidade espiritual específica.

Pergunta: Como a Filosofia Rosacruz conceitua o Purgatório?

Resposta: O Purgatório se situa nas três Regiões inferiores do Mundo de Desejo. Sua função principal é separar a matéria de desejo inferior, depositada em nosso Corpo de Desejos durante a vida terrestre. Os desejos grosseiros e egoístas são, aqui, divididos pela força de repulsão, a força predominante nessa região. A afirmação da própria personalidade é a mola principal da força de repulsão. Essa força destrói todas as qualidades baseadas na afirmação da própria personalidade e contrárias ao altruísmo.

Pergunta: Como se desenvolve o processo purgatorial?

Resposta: O panorama da vida passada desenrola-se diante do Ego, trazendo consigo as forças purgatoriais apropriadas para cada incidente. Aqui, o Ego sente todas as mágoas causadas a outras pessoas e sofre a ansiedade de desejos destrutivos, como os de bebidas alcoólicas, fumo e drogas, que são impossíveis de satisfazer. E sofrerá até que tais desejos morram por falta de satisfação. O sofrimento relativo a esse processo é, aproximadamente, três vezes mais agudo que o proveniente de experiências similares na vida terrestre, posto que o processo é três vezes mais rápido e o Ego não dispõe de corpo físico para abrandar a dor. O período do Purgatório dura geralmente a terça parte, aproximadamente, do tempo correspondente à vida terrestre do indivíduo.

Pergunta: Qual a lição sugerida por esse processo?

Resposta: Disso podemos tirar uma lição prática; a melhor maneira de nos livrarmos dos maus desejos é deixá-los morrer de inanição. Se os combatemos, criamos pensamentos-formas nos quais se fixam, prolongando sua vida. A inanição, por conseguinte, é o único método prático. Por ele consegue-se limpar a mente de pensamentos impuros. Assim, compreendemos porque é disparate criar, durante a vida, obstáculos na forma de desejos destrutivos. Porém, se fomentamos tais hábitos, convém que nos lembremos da grande vantagem de nos libertar deles durante esta vida terrestre, já que podemos fazê-lo com a terça parte de sofrimento e incômodos que teríamos de suportar na vida, depois da morte. Até sob o ponto de vista egoísta o senso comum deveria nos aconselhar a abandonar esses desejos, enquanto temos oportunidade de fazê-lo com relativa facilidade.

As experiências do Purgatório desenvolvem a consciência que evitará a repetição dos erros nas vidas futuras. Na próxima vida, o Ego já não estará sujeito, como antes, aos maus desejos. Aplicará sua vontade livremente, o que não seria possível fazer, se esses não tivessem sido expulsos.

Sem dúvida, a tentação de satisfazer os mesmos desejos vai se repetir até que o Ego tenha, finalmente, desenvolvido o poder de vontade suficiente para dominá-los. Só assim deixarão de entrar no campo de sua consciência.

Pergunta: O que acontece ao Ego, depois de passar pelo Purgatório?

Resposta: Depois de passar pelos processos purgatoriais, o Ego está capacitado para entrar nos mundos celestiais e desfrutar daquela vida que antes lhe era impossível. Muitas pessoas trabalham com a ilusão de que seriam felizes, se pudessem entrar no Céu, no momento do desenlace. Na realidade, as vibrações dos planos celestiais são tão elevadas que uma pessoa qualquer, levada para lá antes de ter passado pelos processos purgatoriais, ficaria na mais intensa agonia. Seus veículos espirituais vibram em um grau muito inferior e elevar seu tipo de vibração, repentinamente, ao tipo dos planos celestiais criaria uma condição igual à de uma eletrocussão.

Pergunta: Há casos em que a ação das forças purgatoriais pode ser dificultada?

Resposta: Pessoas que, durante sua vida terrestre, fartam-se de vícios e crueldades ou empregaram a magia negra para obter poder sobre os outros endurecem seu Corpo Vital, interpenetrando-o vigorosamente com o Corpo de Desejos. Os dois constituem o que se denomina “Corpo de Pecado”. Tais indivíduos ficam ligados à zona terrestre, quando passam às regiões purgatoriais. As forças do Purgatório não são capazes de desintegrar o Corpo de Pecado com a rapidez de costume, do que resulta que esses Egos ficam sob a influência terrestre; em alguns casos, durante centenas de anos, retendo sua má disposição. Eles estão entre nós, mais perto que nossas mãos e pés. Por meio de sugestão mental, são capazes de incitar os mentalmente débeis até para o crime. São muito mais perigosos do que os criminosos na vida física.

Pergunta: Há alguma possibilidade de se evitar os sofrimentos purgatoriais?

Resposta: Agora, temos a parte mais prática desses ensinamentos: um método que nos permite evitar o Purgatório, se nos dermos ao trabalho de pô-lo em prática. Trata-se do método Rosacruz da Retrospecção. Cada noite deveríamos repassar os acontecimentos do dia, em sentido contrário, começando pelos da noite e continuando a rever para trás, até os da manhã, examinando cada acontecimento cuidadosamente para discernir perfeitamente sua qualidade de bem ou de mal. Deveríamos fazer voltar as experiências do dia ao campo da consciência, esforçando-nos para sentir o sofrimento que tenhamos causado aos outros e procurando sentir, também, a qualidade não-espiritual das más ações. Agindo assim, viveremos o Purgatório a cada noite e, quando passarmos ao outro lado do véu, não necessitaremos sentir as experiências intensificadas dessa Região.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Noite Cósmica e Caos

Pergunta: Quantas Noites Cósmicas no total teremos nesse Esquema de Evolução?

Resposta: 6 Noites Cósmicas.

Pergunta: Quantos Globos existem em cada Noite Cósmica?

Resposta: 5 Globos obscuros.

Pergunta: Por que a nossa passagem pela Noite Cósmica que é um retorno periódico da matéria à substância primordial é importante?

Resposta: Porque nos habilita a evoluir. Se não houvesse, o processo cristalizante de manifestação ativa continuaria indefinidamente e teríamos um insuperável obstáculo ao nosso progresso.

Pergunta: Em uma Noite Cósmica o que acontece com as forças químicas da matéria (entendendo matéria como substância de qualquer um dos 5 Mundos que evoluímos atualmente)?

Resposta: Ela se volta para o Caos, isto é, a matéria volta ao seu estado primordial.

Pergunta: No final da Revolução Lunar do Período Terrestre o que aconteceu com todos os seus Globos e com cada via que evoluía nessa Revolução?

Resposta: Tudo voltou ao Caos.

Pergunta: O que é o Caos?

Resposta: É um momento em que cessa a distinção entre a vida e a forma. Onde um só Espírito compenetra todo o espaço. Vida e Forma, seus polos positivo e negativo, são indivisíveis.

Pergunta: Qual é a relação entre o Caos e o progresso?

Resposta: O Caos é a base de todo progresso. Nossa atividade durante o Caos decorre de nossa atuação na manifestação ativa. Vice-versa, tudo quanto somos capazes de realizar e de progredir durante a manifestação ativa é resultado da existência no Caos.

Pergunta: Para que serve o intervalo entre as Revoluções em um Período desse Esquema de Evolução?

Resposta: Para duas coisas: os pioneiros, para cessar o processo cristalizante de manifestação ativa (o exemplo da broca é excelente para entender isso); para os Atrasados, é a chance de alcançar a Evolução.

Pergunta: Quantos intervalos entre Revoluções temos em um Período?

Resposta: 6 intervalos.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: A Recapitulação nesse Esquema de Evolução

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático

A Recapitulação nesse Esquema de Evolução

Pergunta: sabemos que a primeira Revolução de qualquer Período é uma recapitulação do trabalho efetuado sobre o Corpo Denso no Período de Saturno. Por isso o nome de “Revolução de Saturno”. A mesma coisa com a segunda Revolução, que é conhecida como Revolução Solar e a terceira como Revolução Lunar. Seguindo essa lógica, a partir de quando nesse Esquema de Evolução podemos dar o nome da quarta Revolução de qualquer Período como “Revolução Terrestre”?

Resposta: a partir do Período de Júpiter, quando a quarta Revolução do Período de Júpiter será chamada de “Revolução Terrestre” e terá algo que trabalharemos na nossa Mente.

b) Pergunta: Seguindo essa lógica, a partir de quando, no Esquema de Evolução, podemos dar o nome da quinta Revolução de qualquer Período como “Revolução de Júpiter”?

Resposta: a partir do Período de Vênus, quando a quinta Revolução do Período de Vênus será chamada de “Revolução de Júpiter” e terá algo que trabalharemos no nosso Espírito Humano.

c) Pergunta: E, por fim, seguindo essa lógica, quando a partir de quando, no Esquema de Evolução, podemos dar o nome da sexta Revolução de qualquer Período como “Revolução de Vênus”?

Resposta: a partir do Período de Vulcano, quando a sexta Revolução do Período de Vulcano será chamada de “Revolução de Vênus” e terá algo que trabalharemos no nosso Espírito de Vida.

Pergunta: Quando ocorreu a primeira Recapitulação nesse Esquema de Evolução?

Resposta: Na primeira vez que deixamos o Globo A do Período de Saturno para entrarmos no Globo B, ou seja quando na primeira Revolução do Período de Saturno nós saímos do Globo A e entramos no Globo B. Antes de entrarmos nesse Globo houve a Recapitulação de tudo que fizemos no Globo A, nesse primeira Revolução.

Pergunta: Quando ocorrerá a última Recapitulação nesse Esquema de Evolução?

Resposta: Na última vez que deixarmos o Globo G do Período de Vulcano antes do fim desse grande Dia de Manifestação, ou seja quando da sétima Revolução do Período de Vulcano sairmos do Globo G.

Pergunta: Qual a diferença entre Noite Cósmica e Recapitulação?

Resposta: Como o próprio nome diz, na Recapitulação, nós recapitulamos tudo o que foi feito antes. Já na Noite Cósmica, nós aproveitamos para: aprender as lições que não aprendemos, nos preparamos para o próximo Período, assimilamos o conhecimento adquirido. Além do que Noite Cósmica é composta de 5 Globos obscuros e as Recapitulações não.

Pergunta: Sabemos que devido à espiral do caminho evolutivo, cada Recapitulação se processa, cada vez, em um grau superior daquele estado de progresso que se recapitula. Exemplo: a Recapitulação do trabalho efetuado sobre o Corpo Denso no Período de Saturno, na primeira Revolução do Período Terrestre se processou em um grau superior da Recapitulação na primeira Revolução do Período Lunar. Nesse caso, o que se quis dizer com “um grau superior”?

Resposta: Na Recapitulação na primeira Revolução do Período Lunar foi executado um trabalho no nosso Corpo Denso para acomodar (concentrizar, criar pontos referenciais) um Corpo de Desejos. Já na Recapitulação na primeira Revolução do Período Terrestre foi executado um trabalho no nosso Corpo Denso para acomodar (concentrizar, criar pontos referenciais) uma Mente. Ou seja: já havia terminado as atividades para acomodar o Corpo de Desejos.

Pergunta: Devido a atividade própria do Período só começar quando termina o trabalho de recapitulação das respectivas Revoluções, em que Revolução iniciará o trabalho original no Período de Vênus?

Resposta: Na quinta Revolução.

E no Período de Júpiter?

Na sexta Revolução.

E no Período de Vulcano?

Na sétima Revolução.

Pergunta: Na Bíblia onde podemos encontrar a descrição das Recapitulações?

Resposta: No Livro do Gênesis; por exemplo: versículo 9º – formação do Reino Mineral e Recapitulação do ser humano em seu estado mineral (Época Polar). Pois cada umas das 3 Épocas é também Recapitulação dos 3 Períodos iniciais.

a) Pergunta: Seguindo essa linha de raciocínio a Época Lemúrica é a Recapitulação de qual Período?

Resposta: do Período Lunar.

Pergunta: Como acima, é embaixo. Como no macrocosmo é no microcosmo, então quando estamos no processo de decida para um novo renascimento, quando é que ocorre a nossa recapitulação dos passados estados evolutivos?

Resposta: Durante o desenvolvimento intrauterino. Nesse estado, nosso organismo se desenvolve em forma esférica porque, durante a involução, as nossas energias eram dirigidas para dentro, para construção dos nossos veículos, assim como o embrião se desenvolve dentro da esfera do útero.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: A Região Limítrofe e o Primeiro Céu

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático

A Região Limítrofe e o Primeiro Céu

Pergunta: Quais os tipos de indivíduos que encontramos na Região Limítrofe, entre o Purgatório e o Primeiro Céu?

Resposta: Ali encontramos os que não têm interesse pela vida superior ou a parte espiritual da vida enquanto renascidos aqui, os de tendência materialistas, que negam a existência post-mortem. Tais indivíduos se colocam além de qualquer possibilidade de ajuda e sofrem mais do que qualquer outra alma. Ademais, ao saírem de tal plano e se elevarem aos planos celestes, quando são chamados a formar, segundo suas faculdades e sentido de harmonia e lógica, os futuros veículos e ambientes, seus pensamentos cristalizantes, suas formas de pensar e sentir, desvirtuadas, influem desfavoravelmente na construção dos arquétipos, gerando futuros corpos defeituosos e geralmente com tendências consuntivas. Eis porque a causa mais comum da tuberculose é o materialismo.

Algumas vezes, o sofrimento produzido por tais corpos decrépitos provoca um rápido despertar do Ego, levando-o de volta às leis de harmonia e de uma vivência superior, permitindo o normal andamento de seu processo evolutivo. Porém, muitas vezes essas mentalidades resistem à evidência dos fatos e recrudescem sua revolta e insatisfação. Daí que o maior interesse das forças brancas que trabalham através dos diversos movimentos espiritualistas, seja o de iluminar e transformar essas mentalidades, em que jaz o maior dos perigos, porque vão perdendo o seu contato com o Ego interno e necessária influência dele, tornando-se um proscrito o infeliz.

Pergunta: O que ocorre quando a existência purgatorial termina?

Resposta: O Espírito purificado ascende ao Primeiro Céu, situado nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo. O resultado do sofrimento purgatorial é incorporado como consciência ao Átomo-semente do Corpo de Desejos, para que o futuro indivíduo possa ter internamente, percepção entre o bem e o mal, naqueles pontos que transgrediu. O reto sentir, pois, é conquista adquirida nesse processo, impulsionando-nos para o bem e advertindo-nos contra as mesmas tendências e tentações.

Pergunta: Qual a primeira experiência por que passa o Espírito no Primeiro Céu?

Resposta: Vê o panorama do passado se desenvolver em ordem inversa, mas apenas os atos bons que tenha realizado na última existência terrena. Se realizou pouco bem, rápida será sua passagem por esse venturoso plano. Mas se muito realizou de bom sobre a Terra, colherá os dourados pomos de uma vivência indescritível, de alegria indizível.

Quando ali o espírito vê as cenas em que ajudou os outros, sente novamente, porém triplicada, a alegria que isso lhe proporcionou e ainda mais: sente a gratidão que lhe foi dirigida por aquele que recebeu a ajuda. Assim, vemos a importância dos favores que prestamos, porque a gratidão promove o crescimento da alma. Nossa felicidade no Primeiro Céu depende dos sentimentos que os bons atos provoquem, em nós e nos outros.

Pergunta: Nos casos de dificuldades econômicas, ficamos restringidos em nossa possibilidade e capacidade de dar?

Resposta: Absolutamente, não. Tal ideia estaria correta se o ser humano fosse apenas um ser material. Nesse caso, suas necessidades estariam limitadas a esse plano. Mas sabemos que o ser humano é um ser complexo e suas necessidades abrangem os diversos veículos pelos quais se expressa: material, etérico, emocional e mental – além do ser real, espiritual. A ajuda deve atender a todos esses aspectos. Ainda mais, sabemos que a vida material, as condições deste Mundo, são apenas reflexos e consequências dos outros planos causais: mental e emocional. Se o indivíduo não sabe pensar corretamente nem sentir nobremente, sua vida material será logicamente prejudicada. E desse modo, ajudar alguém a pensar e sentir segundo os ditames do Espírito, acordes com os princípios evangélicos, será a maior ajuda, que não depende de condição econômica, pois, ao homem e mulher de boa vontade há sempre algum tempo para isso. É claro que não vamos impor nossas ideias a ninguém, nem pregar nas praças públicas. O bom exemplo acabará atraindo nossos familiares e amigos a ouvir nossa opinião, e então a daremos despretensiosamente, deixando que o livre arbítrio escolha livremente a forma de agir.

O dinheiro, como tudo o mais que Deus, como talentos, pôs à nossa disposição, depende do reto emprego. Dar dinheiro, indiscriminadamente, é, muitas vezes, um mal, embora nossa intenção seja boa. Somos pela ajuda material, feita inteligentemente e como complemento da ajuda primordial, causal, que é a difusão de ideias conducentes a uma vida mais feliz. Cada Estudante Rosacruz pode e deve valer-se da orientação da fraternidade, para aprender e realizar corretamente essa nobilitante ajuda à humanidade carente.

Pergunta: Quais as condições que o recém-ido encontra no Primero Céu?

Resposta: o Primeiro Céu é o lugar de alegria, isenta de qualquer sombra de amargura ou de tristeza. Ali, todos os mais nobres propósitos, almejados pelo ser humano, se realizam na mais ampla expressão. É o lugar do repouso, pois, quanto mais dura ou áspera tenha sido a anterior encarnação terrestre, mais profundamente sentirá a sensação de repouso. As doenças, a tristezas, as dores, são ali desconhecidas. É a Terra do Verão dos Espiritualistas, onde os pensamentos devotos Cristãos construíram a Nova Jerusalém. Belas casas floridas são o quinhão daqueles que as desejaram, pois podem construí-las pelo simples emprego da sutil matéria de desejos, mediante o poder da vontade e do pensamento, tornando-as tangíveis e reais como as moradias deste mundo. E não só as floridas casas, senão tudo aquilo que intimamente ambicionamos realizar, pois todas as satisfações emocionais superiores são ali realizadas, quer como quintessência das experiências boas da Terra, quer como formas de tudo que nos tenha sido negado ou dificultado.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1968)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Clarividência

Pergunta: Por que os Mundos superiores são invisíveis para a maioria das pessoas?

Resposta: Porque os sentidos sutis, por meio dos quais esses Mundos podem ser percebidos, estão latentes na maioria das pessoas.

Pergunta: O fato de nem todos verem esses Mundos constitui argumento contra a existência deles?

Resposta: Não, pelo fato de um cego não poder ver a luz nem a cor isto não constitui argumento contra sua existência.

Pergunta: De que podemos estar certos?

Resposta: Se o cego recuperar a vista verá a luz e a cor. Se os sentidos superiores dos que atualmente estão cegos para os Mundos suprafísicos, são despertados pelos meios apropriados, também eles poderão ver esses Mundos que presentemente lhes estão ocultos.

Pergunta: Quando se desenvolver a visão superior conheceremos os Mundos superiores de uma vez?

Resposta: Não, quando um cego recupera sua visão, não conhece imediatamente todas as coisas da Região Química do Mundo Físico.

Pergunta: Um vidente pode se enganar em suas observações dos Mundos superiores?

Resposta: Há muito mais facilidade para adquirir o conhecimento nos Mundos suprafísicos do que na nossa condição física atual, mas não tão grande que possa eliminar a necessidade de um estudo concentrado e a possibilidade de erro nas observações. Na realidade o testemunho sincero e idôneo dos observadores ocultistas prova que se deve prestar muito mais cuidado à observação lá, do que aqui.

Pergunta: Como podemos saber se as observações dos outros são corretas?

Resposta: Os Clarividentes devem se exercitar antes que a sua observação tenha um valor real e quanto mais eficiente se tornam, tanto mais modestos se apresentam ao manifestar o que veem, tanto maior diferencia lhes merecem as versões alheias, pois sabem quanto há para aprender e compreendem quão pouco um único observador pode aprender de todos os incidentes e detalhes das coisas investigadas.

Pergunta: Isto se aplica as diferentes opiniões dos observadores?

Resposta: Sim, isto se aplica também as diferentes versões que as pessoas superficiais julgam ser um argumento contra a existência dos Mundos superiores. Dizem que se esses Mundos existem, os investigadores deveriam descrevê-los de forma idêntica.

Pergunta: Esta opinião é lógica?

Resposta: De forma nenhuma; se um jornal envia vinte jornalistas para fazerem reportagens sobre uma cidade, nem dois deles apresentarão descrições idênticas. Será um argumento contra a existência da cidade o fato de serem diferentes as crônicas? Certamente que não.

Pergunta: A que se deve essa diferença?

Resposta: Compreende-se, facilmente, porque cada pessoa vê a cidade segundo seu ponto de vista próprio e essas diferenças nas crônicas, em vez de serem confusas e prejudiciais, pode-se afirmar sem receio que a leitura de todas elas tornará mais fácil a compreensão da cidade, mais ampla e melhor do que se lêssemos uma só e desprezássemos as outras.

Pergunta: Como se aplica isso aos Mundos invisíveis?

Resposta: Isto é aplicável aos que investigam e observam os Mundos superiores. Cada investigador tem sua maneira peculiar de observar as coisas e as descrever unicamente sob o ponto de vista que lhe é peculiar. A narrativa apresentada por um pode ser diferente das que os outros fizerem, mas todas serão igualmente verdadeiras sob o ponto de vista individual de cada observador.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1979 – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo método socrático: Como um Sistema Solar vem à existência?

Como um Sistema Solar vem à existência?

Pergunta: Como o Sistema Solar vem à existência?

Resposta: Em harmonia com o axioma hermético “Como é o Macrocosmos, assim é o Microcosmos”, os sistemas solares nascem, morrem e renascem em ciclos de atividade e repouso, tal como acontece com o ser humano e com os seres de todos os reinos da natureza.

Pergunta: Como e por que um Sistema Solar é criado?

Resposta: No começo de um Grande Dia de Manifestação, um Grande Ser (designado no Mundo Ocidental pelo nome de Deus) limita-se a uma certa porção do espaço, objetivando criar um Sistema Solar para evoluir e expandir sua consciência.

Pergunta: O que se sabe a respeito da vida interna de Deus?

Resposta: Deus inclui dentro de Si hostes de gloriosas Hierarquias, de incomensuráveis poder e esplendor espirituais. Elas são o fruto de manifestações passadas desse mesmo Ser, que inclui em Si mesmo outras Inteligências em graus descendentes de evolução. Estas ainda não atingiram um estágio de consciência adiantado quanto o alcançado pela nossa humanidade. Dessa forma, aqueles não estarão em condições de completar sua evolução neste sistema.

Pergunta: Que trabalho específico executam esses seres?

Resposta: Aqueles que, em manifestações anteriores, adquiriram um mais elevado desenvolvimento operam sobre aqueles que ainda se encontram em graus de Consciência inferior. Induzem-lhes um estado de consciência, a partir do qual poderão, ao longo de um certo tempo, agir por conta própria.

Pergunta: Quando esses seres começam o seu trabalho?

Resposta: Todos esses diferentes seres não iniciam suas evoluções nos primeiros estágios de uma nova manifestação. Alguns aguardam o estabelecimento de condições favoráveis por parte daqueles que os precederam. Tudo se processa lenta, mas segura, correta e irreversivelmente.

Pergunta: Tomando como base o que já foi dito, como podemos comparar esse processo cíclico com a vida tal como a conhecemos?

Resposta: Assim como há estágios progressivos na vida humana — Infância, juventude, maturidade e velhice — assim o macrocosmos passa por fases cíclicas correspondentes aos vários períodos da vida microcósmica.

Pergunta: Quanto tempo esses Seres superiores trabalham sobre aqueles de consciência inferior?

Resposta: No princípio, os seres superiormente evoluídos trabalham sobre aqueles que possuem um maior grau de consciência. Depois voltam-se para as entidades menos desenvolvidas, porém em melhores condições. Por fim, a consciência própria é despertada e a vida evolucionante torna-se humana.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 04/73 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Renascimento e Evolução

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático

Renascimento e Evolução

 

Pergunta: Como podemos definir a doutrina do renascimento?

Resposta: Essa doutrina postula um lento processo de desenvolvimento, levado a efeito com persistência por meio de sucessivos renascimentos em formas, ou corpos, de crescente eficiência, através dos quais, no devido tempo, todos serão levados aos mais altos esplendores espirituais, presentemente inconcebíveis para nós.

Pergunta: Essa teoria é razoável?

Resposta: Nada há de irrazoável e de difícil em aceitá-la. Observando o nosso redor, vemos na Natureza esse esforço lento e persistente induzindo perfeição. Não vemos um único processo súbito de criação ou destruição. Mas vemos a “evolução”.

Pergunta: O que é a evolução?

Resposta: A evolução é a “história do progresso do espírito no tempo”. Em toda parte, ao observarmos a variedade de fenômenos no Universo, verificamos que o caminho da evolução seja uma espiral. Cada lance da espiral é um ciclo.

Pergunta: Como se realiza, assim, a evolução?

Resposta: Cada ciclo incorpora-se ao seguinte. Como as curvas da espiral são contínuas, todo ciclo é o produto melhorado do antecedente e o criador daqueles estados mais desenvolvidos que o sucederão.

Pergunta: A Natureza nunca segue uma linha reta?

Resposta: O progresso natural nunca segue uma linha reta nem um caminho circular, porque isso implicaria uma roda sem fim constituída de experiências iguais e caracterizada pelo uso de apenas duas dimensões espaciais.

Pergunta: Qual a relação entre o Universo tridimensional e a evolução?

Resposta: Todas as coisas movem-se em ciclos progressivos a fim de aproveitar todas as oportunidades oferecidas para progredir dentro deste campo tridimensional. Por isso, é necessário que a vida em evolução siga o caminho tridimensional, a espiral, que se dirige para frente e para cima.

Pergunta: Pode esse fato ser observado na Natureza?

Resposta: Se observarmos a pequenina planta em nosso jardim, as sequoias da Califórnia e examinarmos uma delas com seus nove metros de diâmetro, sempre veremos a mesma coisa: cada galho, raminho ou folha cresce obedecendo a uma forma espiralada, seja simples, dupla ou ainda em pares opostos. Cada uma equilibra a outra em idêntica forma. O fluxo e refluxo da maré, o dia e a noite, a vida e a morte e outras atividades alternantes da Natureza constituem mais exemplos.

Pergunta: São essas atividades alternantes um fator de Evolução?

Resposta: Sim. Na primavera a Terra livra-se do seu lençol branco, emergindo do período de repouso — o sono invernal. O tempo passa. O trigo e as uvas amadurecem e são colhidos. Porém, novamente o verão dilui-se na inatividade silenciosa do inverno. De novo a coberta de neve envolve a Terra. No entanto, seu sono não é permanente. Ela despertará mais uma vez ao som da música de uma nova primavera a qual vai assinalar um pequeno progresso ao longo do caminho do tempo.

Pergunta: Como esse processo se aplica ao Sol?

Resposta: O Sol ascende na manhã de cada dia, porém em cada manhã ele está mais distante ao longo de sua jornada anual. Por toda parte a espiral — para frente, para cima, para sempre!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1973)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Vidas Passadas

Pergunta: As vidas passadas poderão ser lembradas?

Resposta: Embora muitas pessoas não sejam capazes de se lembrar de suas vidas anteriores, há algumas que podem. Todas as pessoas poderão ter essa possibilidade se se dispuserem a viver a vida para a obtenção de tal conhecimento.

Pergunta: Quais os requisitos que envolvem tais conhecimentos?

Resposta: Requer-se grande força de caráter, pois essa realização proporciona o conhecimento do destino que poderá estar pendendo, negro e sinistro, sobre nós na forma de trágico acidente.

Pergunta: Qual o bem que proporciona às pessoas comuns o desconhecimento antecipado desses fatos?

Resposta: Amavelmente a Natureza oculta-nos o passado e o futuro a fim de que não nos seja tirada a paz.

Pergunta: Como o desenvolvimento nos auxilia a sobrepormo-nos às dificuldades da vida?

Resposta: Na medida em que obtivermos maior desenvolvimento aprenderemos a nos sobrepor a todos os fatos com equanimidade, admitindo que todas as dificuldades resultam dos males passados. Há então um sentimento de gratidão no fato de que as obrigações decorrentes estão sendo anuladas, sabendo-se ainda que houve uma redução entre o ponto em que estamos e o dia da nossa libertação da roda do nascimento e morte.

Pergunta: Por que algumas pessoas se lembram de sua vida passada?

Resposta: Quando em uma existência uma pessoa morre na infância, com alguma frequência lembra-se da existência passada, no novo renascimento.

Pergunta: Por que a diferença de idade é a causa dessa possível recordação?

Resposta: Porque crianças ao redor dos quatorze anos ainda não jornadearam em um ciclo completo de vida. Esse impõe a formação de uma série completa de novos veículos entre a morte num corpo e o renascimento no seguinte.

Pergunta: O que constitui esse “ciclo inteiro de vida”?

Resposta: Quando uma pessoa em seus quatorze anos de vida abandona seu corpo físico, encontra-se funcionando no Mundo do Desejo, em seu Corpo de Desejos (vide Cap. III do Conceito Rosacruz do Cosmos). No tempo necessário também esse Corpo é abandonado naquele Mundo e a pessoa passa para o Segundo Céu (O Mundo do Pensamento) onde começará a funcionar em seu veículo Mental até que chegue o período em que o Espírito deve entrar em seu Lar: o Terceiro Céu, a Região do Pensamento Abstrato. Permanece aí até que esteja apto a uma nova imersão na matéria.

Pergunta: Como relaciona-se esse acontecimento cíclico com a memória de vidas passadas?

Resposta: O ser humano deixando cada um de seus veículos, incluindo o mental, deve construir uma nova Mente ao renascer, a qual naturalmente relaciona-se somente com a nova vida.

Pergunta: Aplica-se isso àqueles que morrem quando criança?

Resposta: As crianças simplesmente passam para as regiões superiores do Mundo do Desejo, retendo (ao contrário do que se passa com o adulto) seus Corpos de Desejos e veículo mental. Nessas regiões aguardam a ocasião para um novo renascimento, o qual usualmente efetua-se depois de um a vinte anos após a morte. Quando voltam a renascer surgem não com uma nova Mente e um novo Corpo de Desejos como acontece com o adulto, mas com o mesmo Corpo de Desejos e a mesma mente. Daí, se prestarmos atenção às crianças estaremos em condições de depararmos com a evidência de recordações de experiências e de relacionamentos com personalidades de prévias existências na Terra.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1973)

Idiomas