(Este texto é uma resposta de Max Heindel ao provável projeto de lei que permitiria o uso da “eutanásia legalizada” ou execução legal de pessoas idosas, enfermas, padecendo e que desejam a morte.)
À primeira vista e do ponto de vista de pessoas não versadas nos ensinamentos do ocultismo, tal medida pareceria ser altamente louvável. A maioria das pessoas ao ver um animal sofrendo as dores da agonia, sem esperança de recuperação, se sentiria, levada pelos instintos humanos, a pôr fim ao seu sofrimento, e a perguntar: “Por que não deveríamos fazer o mesmo em relação aos nossos companheiros homens e mulheres? Por que deveríamos mantê-los vivos, vendo-os sofrer atrozmente durante meses ou anos a fio, quando sabemos não haver esperanças de recuperar sua saúde? Além disso, eles desejam a morte para pôr fim ao seu sofrimento”. Do ponto de vista comum, isso até merece uma aprovação. Mas, quando passamos a ter conhecimento da Lei de Consequência, e a saber que aquilo que semeamos colheremos agora ou numa futura existência, coloca a questão sob uma luz diferente.
Não podemos escapar às nossas dívidas. O sofrimento que se abate sobre nós é necessário para ensinar-nos uma lição ou suavizar nosso caráter. O unico meio de encurtar o sofrimento é, por meio de esforço, descobrir por que nos encontramos numa condição que nos traz tanta amargura. Se for um câncer do estômago, até que ponto maltratamos esse órgão? Seria por um excesso de alimentos de natureza não adequada ao nosso organismo? É o coração? Quantas vezes perdemos a calma enfurecendo-nos como loucos e exercendo uma tremenda pressão nessa parte do corpo? Será que outros órgãos do nosso organismo estão fracos e debilitados?
Podemos estar certo que, de alguma forma, seja nesta vida ou em outra anterior, abusamos do nosso corpo de modo a causar os atuais sofrimentos. Do contrário, não estaríamos sofrendo agora, e quanto mais cedo levarmos a lição a sério, começando a viver uma vida melhor e muito mais em harmonia com as Leis da Natureza que violamos, mais cedo o nosso padecimento cessará.
Alterar as condições está sempre ao nosso alcance, embora não possamos remediar num dia o que levou anos ou vidas para ser destruído, mas, não há outro meio pelo qual uma cura permanente seja efetuada. Mesmo que leis venham a ser aprovadas e o sofrimento possa ser abreviado, temos a certeza de que, quando a pessoa assim libertada do seu corpo renascer, o seu novo veículo tenderá a desenvolver a mesma doença que evitou de uma forma tão imprópria.
Além do mais, como foi plenamente explicado no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, este nosso Corpo Denso, o físico, é formado de acordo com um molde invisível chamado arquétipo e, enquanto esse arquétipo persistir, o nosso Corpo Denso permanecerá vivo. Quando a morte é decorrente de causas naturais, ou mesmo nos chamados acidentes (que geralmente não são realmente acidentes, mas acontecimentos que surgem para pôr fim a uma vida conforme o plano dos guardiões invisíveis dos assuntos humanos), o arquétipo é destruído e o Espírito fica liberto.
Um suicídio, no entanto, é diferente. Nesse caso, o arquétipo persiste após a morte durante vários anos até o momento em que ocorreria a morte de acordo com os acontecimentos naturais. Portanto, incapaz de afastar de si os átomos físicos, o suicida terá, durante esses anos de sua existência “post-mortem”, uma contínua sensação de dor, semelhante ao suplício da fome, ou a uma dor de dente indefinida, mas excessivamente dolorosa. Se o plano acima mencionado for aprovado como lei, e as pessoas forem autorizadas a utilizar o serviço de outros para cometer suicídio (porque essa ação significa realmente um suicídio), não há dúvida que sofrerão em sua existência “post-morten”, da mesma maneira que o suicida que prepara o próprio veneno ou que corta a própria garganta. É um projeto muito perigoso também sob outros aspectos, e confiamos que tal prática não será sancionada por lei.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP de janeiro-fevereiro/2006)
O ser humano que se mantém sereno é aquele cujo sangue é puro. Isso significa: um sangue limpo de resíduos de alimentos inadequados, de pensamentos negativos ou de ações inconvenientes.
O sangue é um dos mais elevados produtos do Corpo Vital, nos dá vitalidade e é responsável de prover nutrientes a todas as partes do corpo, garantindo, dessa maneira, saúde para todos os nossos corpos, possibilitando uma atividade constante, voltada para o serviço, aspiração de todo Estudante da Filosofia Rosacruz.
Recentes pesquisas científicas comprovaram que toda doença, não importando sua intensidade ou gravidade, surge pela contaminação do sangue, apontando para esse fato como a causa fundamental de todas as moléstias que atormentam à humanidade. Portanto, se essa é a causa, devemos, de maneira imperiosa, fazer alguma coisa para reverter esse fato.
Pesquisadores das mais importantes universidades do mundo realizam estudos no sentido de encontrar elementos que ajudem a limpeza do sangue, como meio de conservar a saúde e de prevenir as doenças. Recentemente, eles confirmaram o que nosso amigo e irmão Max Heindel nos aconselhou no início do século: o suco da uva é o maior purificador de sangue que existe na natureza.
Além de limpar, seu princípio ativo revitaliza nossas células, equilibrando nossos sistemas e permitindo que nossa capacidade de regeneração entre em funcionamento.
Pesquisadores da Universidade de Munique acompanharam inúmeros casos de doenças tais como reumatismo, pressão alta, diabetes, doenças dos rins, inclusive câncer, que foram curados com a terapia da uva, supervisionada por eles. A uva foi muito acertadamente chamada “a rainha das frutas” pelo seu altíssimo valor terapêutico e de ajuda à humanidade. Ela confirma o ditado hipocrático que nos diz: “Faça do seu alimento, o seu melhor medicamento”.
A uva deveria ser um complemento alimentar a ser introduzido na nossa dieta, já que nos ajudaria a conseguir equilíbrio para nossos sentimentos, pensamentos e ações. Ela foi usada por nosso Amado Jesus Cristo como água de vida.
Manter nosso sangue limpo de impurezas é fator imprescindível para manter-nos saudáveis e disponíveis para um serviço cada vez mais responsável em favor da humanidade.
Dica: procure comer ou beber dessa fruta separadamente dos outros alimentos, para assim, aproveitar ao máximo seu princípio ativo.
(Publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz-SP em maio-junho/1999)
É de bom alvitre que cada indivíduo, de vez em quando, dê um balanço em suas atividades cotidianas, a fim de verificar se não são essas as causas das perturbações que está sentindo.
Certas dores de cabeça, irritações nervosas e indisposições para o trabalho originam-se, muitas vezes, do excesso de repouso ou da longa permanência do corpo em má posição. Em tal atitude, o indivíduo está contrariando o próprio organismo, que requer movimento e que, não sendo atendido, protesta, através daquelas manifestações de mal-estar, aparentemente oriundas de outras causas mais graves.
Muitos neurastênicos devem a êsse errôneo comportamento a sua lastimável irritabilidade. Ficam horas e horas a trabalhar sentados, ou em posição incômoda, irregular e, sentido-se abalados em sua saúde, não se lembram de atribuir ao abuso do repouso e da postura forçada o mal de que padecem.
Após um dia de atividade sedentária, curvado o corpo e preocupado com sua tarefa, sem conceder à sua energia física a liberdade de que ela necessita, qualquer um de nós há de, por força, sentir falta de um pouco de exercício, de expansão, por assim dizer, da nossa reprimida vitalidade. O mal-estar geral e o nervosismo que então venham a assaltar-nos, possivelmente desaparecerão com um simples passeio. Andar, caminhar a passos firmes e fortes, é excelente meio de indenizar o organismo dos prejuízos que sofreu durante a sua longa parada.
Sei, por experiência própria, que nem sempre se pode interromper o serviço, para tirar o corpo da situação forçada a que ele se acha submetido, mas, logo após o serviço costumo remediar a minha inatividade física com uma caminhada compensadora. Deixando o trabalho, vou a pé pelas ruas, marchando o mais possível com vigor e tranquilidade. Tal exercício constitui um verdadeiro reconstituinte.
Andar, realmente, é uma alegria, depois de todo um dia sem liberdade de movimento. Se as pessoas que se sentem nervosas, indispostas e com tendência para se recolher ao leito, raciocinarem acerca da possível causa disso, talvez sejam levadas, muitas vezes, a concluir que o remédio está bem ao alcance das suas mãos, isto é, dos seus pés.
Experimentem, pois, andar. Andando, além de corrigir um erro prejudicial à saúde, proporcionará ao espírito, momentos de agradável e útil distração.
Por onde se pode provar que as nossas pernas fornecem, às vezes, remédios contra o entorpecimento que lhes infligimos. Basta que as tenhamos em ação, e era uma vez o nervosismo, o desânimo e outros pequenos aborrecimentos físicos e morais, de grandes e graves consequências.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1969)
Alguém já disse que “cavamos nossa própria sepultura com os dentes” (James Howeil), e não falta razão a quem assegura: “que à humanidade se assemelha a esses ardentes devotos que desejam ir para o céu e não fazem na vida outra coisa que ganhar o inferno”.
Desejamos viver muito, ser belos, fortes e sadios e não sacrificamos um só de nossos vícios ou de nossos hábitos de vida para conseguir tais coisas, porque ficamos esperando tudo do acaso ou de alguma receita mágica que, de maneira milagrosa, repare as pesadas faltas.
Somos tão incorrigíveis que se estudarmos os métodos de vida de cada enfermo e observarmos como come e bebe, não tardaremos em reconhecer que todos têm estado a cavar sua própria sepultura, no submeter-se a uma alimentação desordenada e caprichosa, amiúde excessiva e defeituosa, porém quase sempre constituída de alimentos preparados e acondicionados pela indústria da alimentação, isto é, por alimentos deliciosamente condimentados e ajustados ao seu paladar, mas destituídos de seus mais valiosos elementos nutritivos, que são as vitaminas naturais.
Claro que na alimentação deles abundam as carnes, os pescados, e toda classe de alimentos enlatados e arrumados de acordo com as mais sábias recomendações da dietética moderna; em troca, faltam-lhes os alimentos vivos, tais como as frutas, os legumes, as hortaliças, etc., que nenhuma empresa industrial tem interesse em popularizar.
Ninguém ignora que a humanidade está positivamente enferma, que cada dia aparecem novas modalidades patológicas e que raro é o indivíduo, aparentemente sadio, que não se sinta profundamente abatido e fatigado ou tenha que se lamentar de alguma deficiencia funcional ou de alguma doença mais ou menos grave.
O mesmo nervosismo de nosso tempo, as deficiências várias, as enfermidades degenerativas, a velhice prematura e outros distúrbios orgânicos são consequência de um estado de coisas cuja causa é mais remota que aquela que suspeitamos.
Claro que não pouca culpa têm, nesse estado de coisas, outras causas, porém as mais imediatas devem imputar-se a nossos errôneos métodos de vida, aos vícios, à libertinagem e até ao atual desequilíbrio terapêutico com que cada qual receita a si mesmo os mais perigosos tratamentos.
Somos enfim, “os artífices de nosso próprio destino”, e até os mais diretos causadores dessa enfermidade do dia aparecem esboçados pelos mais variados sintomas.
São numerosas as causas de nossos erros dietéticos. Claro que ao faltar o controle do alimento, depende de nosso capricho, e a confecção dos variados pratos torna-se, então, uma arte que só atende ao gosto e ao sabor de cada um. Por isso o manjar é preparado tendo mais em conta o deleite e prazer da boa mesa, que as suas condições digestivas ou nutritivas.
Um dos perigos mais graves, sem embargo, se esconde em cada alimento preparado, refinado e envasado pelas indústrias de conserva. Ninguém ignora que, para que sejam belamente apresentados e conservados, requerem o concurso de corantes e antisséticos, que cada industrial emprega com mais ou menos conhecimentos científicos.
É certo que as grandes empresas se valem de técnicos graduados, de verdadeiras eminências químicas, já que o negócio é tão fabuloso que compensa esses gastos, mas nenhum procedimento tem podido evitar o uso desses elementos daninhos, exceto os doces nos quais o açúcar se encarrega de conservá-los. Porém, as carnes, os pescados, sardinhas, salsichas, etc., têm que se valer desses elementos para serem apresentados ao consumidor e preservados de sua decomposição.
Entre os elementos e venenos químicos mais comumente usados, figuram, principalmente, o ácido bórico, o bórax, usado ainda no leite condensado, na carne em lata, margarina, etc.; o formaldeído, que conserva as carnes, e o salitre, que lhes dá a cor rosada; os sulfitos, que evitam o crescimento de cogumelos no envasamento dos vinhos; o fluoreto de sódio que evita a decomposição das margarinas e demais gorduras; os ácidos salicílico e benzóico que se usam para conservar alguns sucos de frutas; o ácido sulfuroso, que dá boa coloração às frutas secas; a formalina, que se usa para conservar e dar bom aspecto ao toucinho; e, finalmente, o sulfato de cobre, o ácido acético, que melhoram a aparência e sustentam a cor verde dos pepinos, azeitonas, etc.
A lista das substâncias mais ou menos perigosas que se usam na fabricação, conservação e apresentação dos alimentos, é interminável: numerosos ácidos, tais como o tartárico, cítrico, cremor de tártaro, as anilinas e demais corantes atacam e dissolvem o estanho das latas em que estão acondicionados os alimentos e este estanho contém também algumas partículas de arsênico.
Ressalte-se que as mais graves dessas manipulações de alimentos são realizadas nos grandes moinhos de arroz, que destituem esse cereal da parte mais importante dele, que é a película fina que o matiza de uma cor pardacenta em que se encontra a vitamina mais imprescindível, o complexo B; ademais, se isso não fosse o bastante, alguns o clareiam ainda mais com gesso francês. A farinha de trigo, por sua vez, é submetida a um processo de clareamento com gases nitrosos, e outros procedimentos químicos a privam de suas vitaminas ao separar a cutícula do grão, em que também se encontra a vitamina, resultando, por isso, ser o pão integral mais nutritivo do que o pão branco.
As manipulações feitas com o trigo nas padarias e confeitarias, com pós de ovo e outras alterações, são um escândalo que se deve dar a conhecer, pelos perigos que encerram.
As bebidas e os licores em forma de refrescos que se vendem em todas as partes, assim como os doces e caramelos, todos sem exceção, estão contaminados.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1969)
Para a Lei de Atração que opera em todos os departamentos da vida e, portanto, em todos nós, não há favoritos nem exceções, reunindo pessoas de caráter similar como também levando-as inevitavelmente a estados de saúde ou de enfermidades por força de condições de existências passadas geradas por pensamentos, palavras e ações.
A Mente é o elo entre o Ego e seus Corpos e são esses que permitem ao Ego transmitir suas ordens pelo pensamento e pela palavra a fim de que se produza a ação. A Mente é o elemento focalizador pela qual as ideias, envoltas pela imaginação do Ego, projetam-se no plano material. Primeiramente, são pensamentos-formas, que, quando o desejo de as realizar ocorre, possibilitam ao ser humano vivenciá-las no Mundo Físico, tornando-as o que designamos como realidades “concretas”.
Embora possamos querer saúde se, ao mesmo tempo, formos indulgentes para com os pensamentos de temor, suspeição, impaciência, ciúmes, ódio e muitos outros afins, tais pensamentos antagônicos se manifestarão como condições desarmoniosas em nossos Corpos e em nosso ambiente, assim como contra pessoas, fazendo com que nossas auras se transformem em magnetos atrativos de pensamentos inferiores ou negativos.
Ao contrário, pela manutenção de pensamentos e desejos reveladores de bondade, simpatia, confiança, fé, esperança, coragem e outros afins, fazemo-los tornarem-se em realidade “concreta”. “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa forma, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4:8).
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz-SP de janeiro-fevereiro/1994)
Muitas vezes para que se possa alcançar uma certa evolução é necessário que se quebre a robustez da saúde física e quanto mais forte e vigoroso seja o instrumento físico, tanto mais drástico deverá ser o método para quebrantá-la. A essa fase pode seguir-se outra menos dura em que a saúde se encontra em estado de “flutuação”, até que finalmente possamos reajustar-nos de tal forma que consigamos manter a saúde no Mundo Físico e até, se nos capacitarmos para isso, obter faculdades que nos permitem atuar nos Planos Superiores.
Quando compreendermos a filosofia superior e vivermos a vida que é ensinada por ela, nosso corpo se tornará extremamente sensível e precisará de muito mais cuidado do que os povos que não seguem esse caminho espiritual. Eles não possuem um sistema nervoso tão delicadamente organizado. Os que se interessam pelas questões espirituais têm uma sensibilidade extraordinária e, portanto, conforme progredirmos, temos que cuidar mais e mais desse instrumento. Mas também aprendemos as leis da natureza dele e como nos ajustarmos a elas. Se aplicarmos nosso conhecimento, será possível termos um instrumento sensível e mantê-lo em boa saúde.
Há casos, todavia, em que a enfermidade é necessária para produzir certas mudanças no Corpo Denso. São os precursores de uma elevação no desenvolvimento espiritual e, nessas condições, naturalmente, a enfermidade é uma benção e não uma infelicidade. Em geral, todavia, pode-se dizer que o estudo da filosofia superior tende sempre a melhorar a própria saúde, porque “conhecimento é poder” e quanto mais soubermos tanto mais capazes seremos de dominar a situação, sempre que pusermos nossos conhecimentos em prática e viver a vida, que não sejamos simples ouvintes da palavra, mas seus executores, porque nenhum ensino nos pode beneficiar se não o pusermos em prática em nossa existência e o vivenciarmos diariamente.
(Publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz-SP em julho-agosto/2005)
Se você deseja manter uma boa vitalidade, as práticas abaixo, pelos benefícios que proporcionam à saúde, são altamente recomendáveis.
Ao acordar, depois de uma noite bem dormida, em um quarto arejado, e de fazer o exercício de Concentração, como um bom Estudante Rosacruz, não deve ficar na cama a se espreguiçar, a dar asas à imaginação. Fixar rapidamente a atenção nos primeiros afazeres do dia, deixando o leito sem demora.
Uma vez por dia, sempre à mesma hora, esvaziar o intestino, lavar as mãos e o rosto com sabonete, gargarejar um pouco de água com dentifrício, escovar os dentes em movimento circular com escova pequena e dentrifício saponáceo; não escovar os dentes com escova grande e em movimento apenas lateral, o que não permite a conveniente limpeza dos espaços interdentários. Não tomar logo o banho, ainda pior se for com água quente entorpecedora. Fazer, primeiro, ao ar livre ou, ao menos, diante da janela aberta, 15 a 30 minutos de ginástica de alongamentos; só depois tomar o banho morno para frio e rápido, de chuveiro. Depois do banho, vestir uma roupa que proteja e não seja apertada; evitar querer se trajar com elegância, mas com desconforto (calças ou roupas de baixo apertadas, cintos apertados, saltos altos etc).
Antes de sair para o trabalho o café da manhã deve ser feito devagar, calmamente, sem pressa.Não deve comer lendo ou assistindo à TV, engolindo sem mastigar, esquecendo de compor um café da manhã nutritivo. Mastigar de 30 a 50 vezes cada porção que você colocar na boca.
Depois do almoço, gargarejar um pouco de água com dentifrício, escovar os dentes conforme orientação acima, lembrando-se de não ficar esgaravatando os dentes com um palito de madeira que fere as gengivas e, às vezes, se quebra, obstruindo o espaço interdentário.
Na rua, não correr para tomar um veículo, pois a corrida dificulta o fixar a atenção em outro veículo que possa lhe atropelar, ou, então, pela sua desatenção, originar um acidente com outras pessoas.
Não ler na condução que você toma, pois a trepidação dificulta a acomodação visual, concorrendo para aumentar a miopia e astigmatismo.
No trabalho, manter iluminação e ventilação convenientes; ser prudente em tarefas perigosas; não distrair a atenção com estranhas preocupações.
Na pausa para o almoço, zelar para que a refeição a fazer seja leve, tomada devagar; evitar fazer um lanche farto, comendo às pressas e com muito líquido, que sobrecarrega o estômago e torne menos fácil o trabalho a prosseguir.
Ao voltar para casa, ao fim do labor cotidiano, não tomar tomar aperitivos alcoólicos que fazem perder tempo, dinheiro e, sobretudo, saúde; não é bom ler em condução que você toma, pois a trepidação e a iluminação são inconvenientes para os olhos; não perder a prudência à hora de buscar a condução. Se possui automóvel, não é bom o excesso de velocidade, por mais pressa que se tenha de voltar à casa (a velocidade excessiva é a grande causa dos desastres de trânsito).
Ao chegar em casa, é bom mudar de roupa; é bom tomar um banho, com sabonete; não é bom continuar a se preocupar com o trabalho do dia.
O jantar é bom que seja com pratos bem combinados, devendo mastigar devagar, e despreocupadamente.
Depois do jantar, fazer um breve passeio a pé, ou participar de uma reunião em casa amiga para conversação. Nessa, é bom saber falar, mas também saber escutar; evitar discutir com veemência, que faz perder a serenidade e causa irritação.
Lembrar-se que são necessárias de seis a oito horas de sono, em quarto bem arejado, tendo o corpo convenientemente agasalhado e pronto para fazer o exercício de Retrospecção, após o que um sono reparador será a condição normal de mais um dia de vigília bem vivido aqui.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1969)
Como Estudantes da Fraternidade Rosacruz, sabemos que nosso corpo é o Templo que devemos construir para que nele habite a Glória de Deus Pai.
É, portanto, nosso corpo, o único templo externo que realmente deveríamos reverenciar e provavelmente seja ele o mais relegado de todos.
Começando pela alimentação, observamos que não damos aos nossos tecidos o alimento necessário para sua construção e regeneração. Dietas exageradas ou insuficientes nos seus nutrientes, indisciplina nos horários, constantes satisfação do Corpo de Desejos, no que se refere ao prazer do paladar, emoções negativas durante as refeições. Todos esses são os fatores mais salientes da nossa falta de saúde.
Adaptar-nos sistematicamente a uma nova modalidade de alimentação, construiria um bom caminho para a regeneração desse Templo. Entendemos por alimentação balanceada aquela que nos provê de proteínas, carboidratos, vitaminas, sais minerais e graxos, substâncias essas que podemos encontrar na maioria dos alimentos que consumimos. No entanto, isso não basta. Indispensável se faz que as substâncias ingeridas sejam assimiladas como nutrientes e não como venenos para o nosso organismo, para o que concorra, talvez, como fator mais importante a nossa atitude perante os alimentos. Essa atitude é a de reverência, não a reverência hipócrita e externa, mas a que nos possibilite estar em harmonia com os alimentos, de maneira devocional, de respeito pelo que eles representam para o nosso sustento.
Alimentar-se devocionalmente é tornar-se conscientes de que em cada alimento vibra um fragmento do Espírito do Cristo (Regente do nosso Planeta). É comungar com Cristo. É construir um Templo para nosso espírito, é dar vida ao nosso sangue, sede da nossa individualidade, para que AS ROSAS FLORESÇAM SOBRE NOSSA CRUZ.
Escolhamos, individualmente, de acordo com nossas necessidades espirituais, com bom senso e moderação, distinguindo entre fome e apetite. Analisando o que nos serviria para alimentar-nos melhor, voltando nossa atenção para os mais simples e elevando nossos pensamentos na hora de alimentar-nos. Encontremos a tranquilidade e o ritmo para essa hora de comunhão, agradecendo o pão nosso de cada dia.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de novembro-dezembro/1998)
A Fraternidade Rosacruz patrocina a emancipação de todos os Aspirante espirituais. Tal autonomia pode ser alcançada por aqueles que, diligentemente, aprimoram a faculdade de OBSERVAR A SI MESMO. Isso implica em conscientizar-se das próprias fraquezas e limitações, bem como das virtudes e potencialidades emergentes.
O exercício da análise própria efetuado de maneira sistemática, sincera e infatigável conduz, insofismavelmente, à iluminação interior.
Gradualmente transmuta a natureza do Aspirante, estimula a humildade, a responsabilidade pessoal, o comprometimento com a Vida. Amplia o Amor pela Verdade.
Na fabulosa obra de Shakespeare, Rei Lear, o personagem Cordelia simboliza a Verdade que é privilégio daqueles que renunciam às barganhas e farisaísmos do mundo. Enquanto a vaidade e o orgulho (Rei Lear) dominarem nossos nervos, Cordelia permanecerá exilada e desterrada de nossa consciência. Seguimos reféns da insanidade mental, dos tormentos emocionais e das deformações físicas.
Cordelia ama a Coroa Espiritual, Lear apega-se à coroa das conveniências humanas.
Não menos eloquente, Richard Wagner, na ópera Siegfried, demonstra as qualidades heroicas da alma francamente desejosa de desposar a Verdade, Brunilde. A saga da alma virtuosa, engajada no Projeto divino, capaz de superar, sem receio ou dúvida, os dragões (provações) que emergem nos momentos mais dramáticos de nossa existência.
Tomar consciência de si mesmo implica uma epopeia inexorável. Contudo, esse é o caminho para o resgate individual. Cristo, anualmente, salva a Terra da destruição. O Cristo Interno, de cada um, salva o Corpo (nosso pequeno Planeta ou microcosmos) da degeneração: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Quanto mais conscientes e lúcidos mantivermos nossos veículos de que somos “Cristos em formação”, maior plenitude alcançaremos tanto na manutenção da saúde física quanto nas esferas emocionais, mentais, morais e espirituais.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de setembro-outubro/1999)
Essa pergunta tem sido feita por milhares de pessoas todos os dias ao redor do mundo. Alguns por gostarem e outros por acreditarem que a carne de animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e afins) é necessária, não param de ingeri-la sem se preocuparem com o fato de que a carne traz muito mais malefícios do que os vegetais. Hoje sabe-se, cientificamente, que a dieta sem carne protege a saúde do ser humano, proporcionando maior energia e lucidez ao pensamento, além de menor agressividade. Sabe-se também que a alimentação com carne animal traz pelo menos 3 prejuízos: doenças cardíacas, aumento de peso (obesidade) e maior incidência de câncer.
Um estudo comparativo entre hábitos alimentares, em diversos países, revelou que morrem mais pessoas de doenças cardíacas onde o consumo de carnes é mais elevado. Deve-se lembrar que membros de determinadas religiões, que não se alimentam de carne, não apresentam doenças cardíacas frequentes. Também no Japão, onde se come pouca gordura, a mortalidade por doenças cardíacas é inferior a qualquer outra nação industrializada.
Se, à primeira vista, a causa de tais doenças parecia ser o colesterol das carnes gordas, é necessário conhecer que mesmo as carnes mais magras apresentam gordura entre suas fibras. Além desse fator, estudos científicos mostram que a ingestão de proteínas animais, de qualquer tipo, aumenta o nível de colesterol no sangue, muito mais do que qualquer dieta baseada em vegetais.
Em relação ao peso, todos os vegetarianos têm peso menor do que os carnívoros. Um grupo de mais de 120 vegetarianos apresentou um peso médio igual a 16 quilos menos do que um grupo comparativo que se alimentava de carne. Qual a razão? Os vegetais mais volumosos, satisfazem o apetite sempre com um menor número de calorias.
Trata-se de uma questão de inteligência, pois pode-se manter uma figura esbelta e bonita com a vantagem de se reduzir o risco de vir a sofrer de doenças cardíacas, diabetes e hipertensão arterial.
Por último, pesquisas efetuadas nos últimos 10 anos demonstram que o mesmo tipo de alimentação, rica em gordura animal e colesterol, contribui igualmente para o aparecimento de câncer de cólon (intestino grosso), de mama e do útero.
Esses tipos de câncer, raros entre os japoneses, são bastante frequentes entre os grandes comedores de carne. A causa da maior incidência de câncer no intestino grosso parece ser explicada pelo fato de a carne apresentar outras substâncias químicas. O baixo teor de fibras desse tipo de alimentação torna os intestinos mais lentos, proporcionando um contato mais duradouro dessas substâncias químicas com o intestino, podendo desencadear o câncer do cólon. Dentre as carnes, deve se evitar principalmente as vermelhas e piores do que elas são as carnes acondicionadas (“embutidos”), como salsicha, linguiça, presunto, salame e mortadela, pois possuem quantidade bem maior de sulfito de sódio (que produz câncer digestivo) e de nitrato de potássio, usado para dar coloração à carne.
Quanto ao câncer de mama e do útero, parecem estar relacionados com os hormônios conduzidos pela carne. Lembrar que os animais de carne vermelha têm o organismo muito semelhante ao do ser humano. Outro fato digno de ser lembrado, refere-se à aplicação no gado de um hormônio chamado dietilbestrol, para que os animais ganhem peso mais rapidamente e que no ser humano leva à impotência sexual.
Cremos que essas razões, dentre muitas outras prejudiciais, constituem mais do que um alerta para se pensar duas vezes antes de ingerir carne. E, para aqueles que acreditam que fomos concebidos para ingerir alimentação à base de carnes, a resposta é NÃO. Embora muitos seres humanos se alimentem de carne, a anatomia do sistema digestivo do ser humano, incluindo os dentes e maxilares, é muito mais apropriada para a alimentação à base de produtos vegetais.
(Hamilton Petito, publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro-dezembro de 1996)