PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Em que versículo Bíblico é especificamente mencionado que o ato de comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal se referia ao ato sexual?

Resposta: Realmente, a Bíblia não nos diz literalmente que o “fato de comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal se refere ao ato gerador”.

Citamos abaixo, da Conferência nº 14 do livro Cristianismo Rosacruz de Max Heindel: “Que a Árvore do Conhecimento é uma expressão simbólica da função geradora, torna-se evidente quando recordamos quão limitada era a consciência humana naquela época, quando ocorreu o que conhecemos como a “Queda do Homem”.

O ser humano não conhecia ou não se dava conta de nada fora de si mesmo; seus olhos ainda não haviam sido abertos; sua consciência era interna, como a consciência pictórica dos nossos sonhos (consciência de sono com sonhos), exceto em que não era confusa. Mas achava-se tão alheio ao Mundo e aos seres externos, como em nossos dias estamos dos Mundos espirituais, salvo nas ocasiões em que era conduzido aos templos e posto em íntimo contato sexual com outro ser humano. Então, por um momento, o Espírito rompia o véu da carne e homem e mulher se conheciam um ao outro em Corpo Denso.

Para o Iniciado, a Bíblia registra isso de maneira maravilhosamente iluminadora quando usa a mesma expressão em muitas passagens, tais como: “Adão conheceu sua mulher”, e na pergunta de Maria: “Como poderei conceber, visto que não conheço homem?

As dores do parto são, pela lógica, mais uma penalidade pela violação de uma regra de relação sexual do que um castigo por se haver comido uma maçã.”

 (Publicado na Revista Serviço Rosacruz fevereiro/1976 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Razões Visíveis e Esotéricas para o Equinócio de Setembro

Razões Visíveis: No Equinócio de Setembro o Sol “cruza” o equador celeste de Norte para Sul – como sabemos a Astrologia funciona em projeção geocêntrica e consultando as Efemérides Planetárias verificaremos que à medida que os dias se vão aproximando de Setembro, a declinação do Sol vai reduzindo: passa de 23º 26′ para 0º.

Essas razões físicas são as partes visíveis que verificamos como evidências de que o Equinócio de Setembro é o momento em que, mais uma vez, estamos no tempo da estação da Primavera, para o hemisfério sul (e, portanto, da estação do Outono, para o hemisfério norte).

Razões Esotéricas: a passagem do Sol por Libra, a balança, simboliza o trabalho do Cristo para restabelecer o equilíbrio das forças que insistimos em desequilibrar, por meio das atividades discordantes nos seis meses que se passaram (de março até setembro).

É quando o Cristo Cósmico toca a atmosfera do nosso Planeta, “descendo” do Mundo do Espírito de Vida. Este Mundo estabelece um vínculo comum entre os Planetas do nosso Sistema Solar e, do mesmo modo que para ir-se da América à África é necessário se ter um meio de locomoção, assim também se requer um veículo apropriado ao Mundo do Espírito de Vida, sob controle consciente, para se poder viajar de um a outro Planeta. Sem esse veículo, conscientemente, é impossível tal viagem!

É bom lembrar que Cristo, o mais elevado Iniciado do Período Solar, emprega, geralmente, o Espírito de Vida como Seu veículo inferior, pois tem seu lar lá no Mundo do Espírito de Vida. Funciona tão conscientemente no Mundo do Espírito de Vida como nós, aqui, no Mundo Físico.

Rogamos ao Estudante Rosacruz que note, de modo particular, este ponto porque o Mundo do Espírito de Vida é o primeiro Mundo Universal. Nesse mundo cessa a diferenciação e começa a manifestar-se a unidade, pelo menos quanto ao nosso Sistema Solar. É onde a Sabedoria flui no seu cotidiano. É onde a Fraternidade faz parte do dia a dia. E de onde tomamos, via a intuição, a solução perfeita para qualquer problema que temos aqui. É o lugar onde se encontra a verdadeira Memória da Natureza. É o Reino do Amor.

É a partir do Mundo do Espírito de Vida que começa a volta do Cristo, com foco de atenção ao nosso Planeta, onde ele, mais uma vez, dá toda a Sua luz, toda a Sua vida e todo o Seu amor para vivificar esta massa morta (que nós cristalizamos do Sol) anualmente, e isto constitui um grilhão, um empecilho, uma prisão para Ele; por isso os nossos corações deveriam ficar voltados para Ele, neste tempo, em gratidão, pelo sacrifício que Ele faz por nossa causa, compenetrando este Planeta com Sua vida para renovar todo o material que insistimos em cristalizar anualmente, o qual permaneceria se Ele não nascesse no seu interior para vivificá-lo!

Sem esta infusão anual de vida e energia divina, todas as coisas vivas sobre a nossa Terra pereceriam imediatamente e todo o progresso ordenado seria frustrado, pelo menos no que diz respeito à nossa linha atual de desenvolvimento. É a “queda” (ou descida) do Raio Espiritual do Sol nesses quatro meses que dá origem às atividades mentais e espirituais nos quatro meses seguintes.

A mesma força germinadora que ativa a semente na terra e a prepara para produzir sua espécie em múltiplo, agita também a Mente humana e promove as atividades altruístas que fazem o mundo melhor.

Assim é que as poderosas vibrações espirituais da onda Crística, doadora de vida, estão na atmosfera terrestre durante os meses que temos pela frente e podem ser, por nós, usadas com muito maior proveito, se soubermos disso e se redobrarmos nossos esforços, o que não faríamos se desconhecêssemos esse fato. O Cristo ainda está gemendo e sofrendo as dores do parto, esperando pelo dia da Sua libertação, pela “manifestação dos Filhos de Deus” (Rm 8:19); e apressamos verdadeiramente esse dia, cada vez que alimentamos nossos veículos superiores com pensamentos, sentimentos, desejos e emoções utilizando somente materiais das Regiões superiores dos respectivos Mundos, isto é, cada vez que participamos da ceia simbolizada pelo “pão e vinho místicos”.
Todas as vezes que nos damos a nós mesmos no serviço amoroso e desinteressado aos outros – focando esse serviço na divina essência oculta em cada irmão e em cada irmã (que é o que realmente somos e nos faz filhos e filhas de Deus –, desenvolvemos mais o  nosso Corpo-Alma, que é constituído pelos Éteres superiores do nosso Corpo Vital e que é o veículo fundamental para ajudarmos efetivamente o Cristo. Atualmente é o Éter Crístico que mantém a Terra flutuando no espaço, porém, lembremo-nos que se quisermos apressar o dia de Sua libertação, devemos desenvolver em número suficiente nossos próprios Corpos-Alma até ao ponto em que possamos manter a Terra flutuando. Dessa forma poderemos tomar conta da carga de Cristo e libertá-Lo das limitações da existência física.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cristo: Sua Trajetória e Sua Missão para nos salvar

Há milhões de anos atrás, um grandioso Ser solar que havia cumprido as Leis da sua esfera de ação com a máxima perfeição, tornou-se o Iniciado mais elevado da Onda de Vida dos Arcanjos. Esse Ser, chamado o Cristo Cósmico, funciona, normalmente, num veículo feito de substância do Mundo do Espírito de Vida, Mundo esse onde cessa toda a separatividade. Seu trabalho também se harmoniza e se relaciona com outros dois Grandes Elevados Iniciados de outras Ondas de Vida que também colabora com Deus na evolução criadora do Sistema Solar no Mundo de Deus.

No início da nossa jornada no Período de Saturno (o primeiro Período de um total de sete, que compõe o nosso atual Esquema da Evolução) foi fornecido o Átomo-semente do Corpo Denso, a nós, os Espíritos Virginais da Onda de Vida humana. Nessa jornada ou Esquema de Evolução, depois desse Período, passamos pelos Períodos Solar e Lunar e chegando ao início do Período Terrestre (o quarto Período). Lembramos, aqui, que cada Período é composto de 7 Globos e de 7 Revoluções em torno desses Globos de densidades diferentes. Nesse momento, nosso Campo de Evolução ainda estava no Sol. Com o tempo, verificou-se que o desenvolvimento desses Espíritos Virginais da Onda de Vida humana não acompanhava, com a mesma rapidez, os demais, atrasando a evolução do conjunto todo. Assim, os Planetas: Urano, Saturno, Júpiter, Terra, Marte, Vênus e Mercúrio foram expelidos do Sol, um a um, de forma a servirem de campo de atividades e evolução dos Espíritos Virginais em seus diferentes estados de desenvolvimento; cada um a distância exata necessária e com o tamanho e composições ideais para ser o melhor Campo de Evolução para cada grupo de Espíritos Virginais. Assim é que se formou o nosso Planeta, a Terra, separada do Sol, Campo de Evolução da nossa Onda de Vida humana.

A um certo tempo de evolução, já aqui no Planeta Terra, passamos a ser guiados e orientados pela terceira manifestação da Divindade ou o terceiro aspecto de Deus, nosso criador – o Espírito Santo, Jeová, o Iniciado mais avançado da Onda de Vida Angélica. É dele a autoria de todas as Religiões de Raça que serviu (e ainda serve, em algumas circunstâncias específicas) para nos conduzir a humanidade do Período Terrestre. Esse auxílio, prestado a toda humanidade nesta fase de desenvolvimento, teve a participação ativa de hostes de Arcanjos (como Espíritos de Raça) e Anjos (como Mensageiros e Anjos da Guarda) e foi prestado a partir de fora da Terra. Ou seja, foi necessário que as orientações para as nossas atividades na Região Química do Mundo Físico nessa época fossem dirigidas através de fontes exteriores.

Quando chegamos à metade quarta Revolução desse Período Terrestre, houve a necessidade de haver mais segmentações no nosso Campo de Evolução, a fim de facilitar a aprendizagem das lições que estavam reservadas para nós. Essas segmentações são chamadas de Épocas. Durante a Época Lemúrica e Atlante (a terceira e quarta das 7 Épocas, respectivamente) foi acrescentado um novo veículo em nossa evolução: a Mente. Também, foi na Época Atlante que surgiram, para nós, os seres atrasados da Onda de Vida dos Anjos, chamados Espíritos Lucíferos (ou Anjos Lucíferos ou, ainda, Anjos caídos). Eram atrasados porque não conseguiam evoluir no Esquema de Evolução dos Anjos sem a necessidade de um cérebro – tal como os Anjos que nunca precisaram de um – mas também não conseguiam construir um, já que, originalmente, os Anjos não necessitam. Naquela Época a nossa consciência ainda estava ligada aos planos superiores (ou seja: não estamos com a nossa consciência de vigília, focada na Região Química do Mundo Físico, como temos hoje). Os Espíritos Lucíferos sugeriram para nós que o cérebro era uma estrutura física, capaz de auxiliar-nos a entender como criar outros Corpos Densos, aqui nesse Mundo Físico, sem se sujeitar a direção de Jeová e dos Anjos (que era como era feito até então) e, assim, seríamos dono de nós mesmos e conheceríamos o bem e o mal.

Consequentemente, a grande maioria de nós (e não todos!) aceitou a sugestão e passou a viver dessa maneira: usando e abusando da força sexual criadora. Logo, derivando para ambições egoístas, aprendendo a mentir, a praticar a astúcia desenfreadamente, a desenvolver a vontade do “eu inferior”, a se revoltar contra os preceitos de Jeová. Sob a Lei de Consequência (ou Lei de Causa e Efeito) tivemos castigos severos por desobediência a essa Lei. Fomos divididos em Raças e essas em nações. A fim de entender que o “caminho do transgressor é sofrido” e nos dar a oportunidade da escolha, sempre que preciso, uma Raça era utilizada para guerrear contra outra: uma que obedecia aos preceitos do seu Senhor (Jeová) contra outra que insistia em não obedecer. E o objetivo aqui era que cada um controlasse o seu Corpo de Desejos.

Como quando o Átomo-semente da Mente foi dado a nós, estávamos acostumados a caminhar somente pelo desejo inferior (satisfazendo-o a qualquer custo e preço), então associamos a Mente juvenil um instrumento da natureza de desejos. Conclusão: facilmente a Mente se tornou um meio de justificar e arquitetar pensamentos que evidenciasse o nosso “eu inferior” (a Personalidade) e deixou de servir o “Eu Superior” (a Individualidade). Renascimentos e renascimentos aqui praticando o abuso da força sexual criadora, por meio de ondas de paixões, desejos inferiores, sensualidades, astúcias e mentiras nos assolou e criamos dívidas e mais dívidas de Destino Maduro (aquele que só há uma maneira de pagar: expiando). Até que a cristalização do nosso Corpo Denso (e a incapacidade do nosso Corpo Vital em vivificá-lo) se tornou de tal grau que quase não era possível evoluir nele; assim como a própria Terra – o nosso Campo de Evolução – foi-se cristalizando em grande intensidade até que surgiu o perigo de que toda a nossa evolução humana poderia chegar a um grau tão alto de cristalização que poderia surgir à segunda Lua da Terra!

Para evitar esta calamidade foi necessário um novo nível de ajuda espiritual que viesse até nós. Cristo, o Espírito do Sol, era o único que poderia nos ajudar, porque ele trabalha e domina totalmente a substância do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo debaixo para cima onde cessa toda a separatividade, onde a fraternidade é um cotidiano, a partir do amor ágape – o amor verdadeiramente desinteressado e focado na divina essência do ser a que amamos. E isso foi feito por meio de um grande sacrifício cósmico. Ele, como qualquer outro Arcanjo, só conseguia construir, como veículo mais inferior, o Corpo de Desejos. Mas Ele precisava estar entre nós (viver o nosso dia a dia, para mostrar como a partir do nosso interior poderíamos sair dessa situação que nós mesmos nos colocamos), para sentir a dificuldade que estávamos sentindo e, assim, nos prescrever exatamente o que devíamos fazer para sair desse estágio perigoso. Assim, precisava se adaptar à existência material. Para isto teve que recorrer aos Corpos Vital e Denso de um ser humano. O mais indicado, pelo seu grau de evolução, foi o ser humano de Jesus. Ele cedeu, voluntariamente nesse renascimento, o seu Corpo Denso e o seu Corpo Vital à Cristo.

O Corpo Denso e o Corpo Vital de Jesus foram aperfeiçoados e sutilizados em sua juventude e até aos 30 anos de idade pelos Essênios, de forma a sintonizarem-se com as vibrações elevadíssimas para que mais tarde esses veículos pudessem ser cedidos por Jesus, no Batismo, a Cristo, quando as ligações entre o Corpo de Desejos de Cristo e os Corpos Denso e Vital de Jesus foram feitas. Esse foi o Seu primeiro passo do sacrifício cósmico: entrar nesses veículos (Vital e Denso). A dualidade deste maravilhoso “Ser” conhecido por Cristo-Jesus tornou-se única entre todos os Seres dos sete Mundos que compõe o universo. Só Ele possui os doze veículos que unem diretamente o ser humano no Corpo Denso a Deus. Ninguém melhor do que Ele podia compreender, com maior compaixão, a nossa posição e as nossas necessidades e nos trazer alívio total.

Nos três anos de seu ministério, Cristo-Jesus ensinou a verdadeira Religião Cristã Esotérica: a unificação futura de todos nós. O amor impessoal, focado na divina essência de um ser, e a Fraternidade Universal são os dois grandes mandamentos de Amor que constituem o alicerce imediatamente necessário à nossa evolução espiritual.

A Crucificação ocorreu no momento em que Cristo-Jesus deu o passo final e se tornou o Espírito Planetário da Terra. O sangue que jorrou da coroa de espinhos e dos ferimentos do seu Corpo Denso penetrou no Planeta Terra libertando Cristo dos veículos de Jesus e tornando-O o Espírito Interno da Terra. Nesse instante a Terra foi permeada com o Seu Corpo de Desejos que lavou os pecados do mundo, não do indivíduo. Assim, purificou o Corpo de Desejos que estava contaminado da Terra – o Mundo do Desejo –, libertando-a das influências negativas, inferiores e cristalizantes que se haviam acumulado e sendo tão nefastas para a humanidade. A partir deste momento, todos nós, com vontade e esforço, temos condições de purificar os nossos veículos e acelerar o nosso desenvolvimento espiritual – se quisermos –, pois foi possível o acesso a esta substância espiritual pura.

Devido a este extraordinário sacrifício, Cristo agora vive parte do ano limitado e oprimido na nossa Terra, aguardando o Dia de Sua Libertação. Esse tempo é marcado pelo Equinócio de Setembro quando Cristo toca a atmosfera da Terra e termina no Equinócio de Março, que marca o fim do trabalho na Terra voltando ao seio do Pai, para preparar o seu retorno no próximo ano.

Cristo sente todo ódio, raiva, egoísmo, astúcia, discórdia e todos os outros desejos, sentimentos e outras emoções, tomando os materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo, que nós geramos todos os dias. Mas, Ele recebe também uma extraordinária ajuda dos Irmãos Maiores que trabalha, diariamente, para transmutar todo o mal em forma de pensamentos, sentimentos, palavras, atos, obras e ações em fatores positivos através de Sua força de vida. Mesmo sabendo que a maioria de nós não está ciente deste trabalho, nós como Estudantes Rosacruzes devemos procurar não expressar estes desejos, sentimentos e outras emoções, tomando os materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo. Se não o fizermos aliviaremos o sofrimento do nosso Salvador Cristo e apressaremos a Sua libertação.

A nossa dívida com o Cristo é imensa, e se quisermos começar a saldá-la, mesmo que muito modestamente, comecemos a praticar na nossa vida diária o serviço amoroso e desinteressado, servindo a divina essência do irmão e da irmã que vive ao nosso lado, no nosso cotidiano, seja quem for. Assim teceremos o Corpo-Alma, o veículo que encontraremos com Ele na Sua segunda vinda e nos possibilitará dar o próximo passo para frente e para cima nesse Esquema de Evolução. A decisão é nossa!

“Que as rosas floresçam em vossa cruz”

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Entendendo o Equinócio de Setembro (Equinócio da Primavera para o hemisfério sul)

Os Equinócios de Março e Setembro, juntamente com os Solstícios de Junho e Dezembro, constituem os momentos decisivos na vida do Grande Espírito Planetário da Terra, o Cristo, o mais elevado Iniciado do Período Solar, o maior dos Arcanjos, assim como a concepção assinala o começo da descida do espírito humano ao Corpo Denso, resultando no nascimento, o qual inaugura o período de crescimento até que a maturidade seja alcançada.

Vamos ver como, astronomicamente, compreendemos o que é um Equinócio. Astronomicamente falando é um fenômeno que ocorre em dois dias todo o ano. Nesses dias, o dia e a noite têm exatamente a mesma duração – ou seja: quando o Equinócio acontece, o dia possui 12 horas de dia (luz) e 12 horas de noite (escuridão). Importante saber que por mais que sejam completamente opostos, os hemisférios norte e sul recebem a mesma quantidade de luz visível solar e a mesma intensidade de força espiritual solar, pois ficam no mesmo ângulo em direção à luz do Sol. Assim, o Equinócio se inicia quando o Sol reflete sua luz mais fortemente nas regiões próximas à linha do Equador.

O Equinócio marca a chegada de duas estações do ano: a primavera e o outono e ocorre sempre nos meses de março e setembro, ou seja: temos o Equinócio de Março (que ocorre entre os dias 20 e 21 de março) e o Equinócio de Setembro (que ocorre entre os dias 22 e 23 de setembro).

Vamos detalhar, hoje, o Equinócio de Setembro:

O Equinócio de primavera (também conhecido como “ponto vernal”) ocorre no momento exato em que o Sol atravessa da parte sul do Planeta (hemisfério sul) para a parte norte do Planeta (hemisfério norte), tendo como essa divisão da linha do Equador terrestre. Como as estações são invertidas nos hemisférios do Planeta, Equinócio de primavera ocorre no hemisfério sul em setembro. Já no hemisfério norte, o Equinócio de primavera ocorre em março. Repare: o Equinócio de primavera sempre ocorrerá no hemisfério onde termina o inverno e começa a primavera!

É o momento em que Cristo passa inicia, novamente, o Seu sacrifício anual, um evento denominado: a Crucificação Cósmica. Nesse momento a glória de Cristo toca a aura externa do Planeta Terra, e ocorre uma aceleração cósmica em todo o Planeta.

A data em que ocorre o Equinócio de Setembro é um tempo para o Estudante Rosacruz renovar sua dedicação para percorrer no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, a despeito de quaisquer vicissitudes e obstáculos que podem afetar seu caminhar. É o melhor momento para estudar, meditar e aplicar o ensinamento Cristão fornecido por essa frase: “Então você entenderá o que é justo, direito e certo e aprenderá os caminhos do bem” (Pr 2:9). A lição ensinada no Equinócio de Setembro é: distinguir, ou seja, separar aquilo que é real daquilo que é ilusão.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Bom Pastor e as Ovelhas desse e de Outros Apriscos

Estudando a Filosofia Rosacruz, compreendemos que estamos em um Esquema de Evolução e nele há um Caminho de Evolução que “nos leva de volta para Deus”, de “onde viemos e para onde estamos voltando”.

Sabedor disso, surge a pergunta: o que devo fazer para não mais me desviar? Essa é a pergunta de todo o Aspirante a vida espiritual e a resposta é sempre a mesma, nos fornecida por Cristo: amar seus semelhantes de maneira que queira sempre ajudá-los e servi-los com amor, sabendo que todos somos filhos de Deus; procurar fazer sempre o bem pelo simples prazer de fazer o bem, cooperando assim com o trabalho do Cristo pela redenção da humanidade.

Afinal, Cristo nos ensinou que: “Eu sou o bom pastor: o bom pastor dá sua vida pelas suas ovelhas.” (Jo 10:11).

E, mais: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: devo conduzi-las também; elas ouvirão a minha voz; então haverá um só rebanho, um só pastor.” (Jo 14:16).

Mas, nos avisou que há outros que podem nos distanciar da Evolução: “quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas soube por outro lugar, é ladrão e assaltante; o que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre: as ovelhas ouvem a sua voz e ele chama as suas ovelhas uma por uma e as conduz para fora. Tendo feito sair todas as que são suas, caminha à frente delas e as ovelhas o seguem, pois conhecem a sua voz. Elas não seguirão um estranho, mas fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. (Jo 14:1-5).

Porém, se Deus faz nascer o sol para o justo e para o injusto; se Ele mora no coração de todo ser, mesmo naqueles que não O ama; quem somos nós para fazer menos? Devemos, portanto, fazer com que o nosso amor e a nossa Luz chegue a cada irmão e a cada irmã, para que com o nosso exemplo, possamos fazê-lo retornar ao Caminho que o leva a Deus. Esse caminho reto e estreito, para cima e para frente: o Caminho da Evolução. Cristo, nessa passagem, nos dá o motivo pelo qual Ele é “a verdadeira Luz”.

Para entender o que significa ser “bom pastor”, bem como “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil”, façamos uma viagem a um longínquo passado no nosso Caminho de Evolução. Atualmente estamos no quarto Período do nosso Esquema de Evolução, o Período Terrestre. Como todos os outros Períodos, este tem 7 Globos (nomeados de A, B, C, D, E, F e G), por onde nós passamos 7 vezes (também chamado de 7 Revoluções). Durante a nossa peregrinação pela quarta Revolução no Globo D, tivemos mais divisões no nosso Caminho de Evolução. Tais divisões são conhecidas como Épocas. Estamos na quinta Época, conhecida como Época Ária.

Na primeira Época, a Época Polar, nós formamos, por assim dizer, nosso Corpo Denso. Na segunda Época, a Época Hiperbórea, nós vitalizamos esse Corpo Denso por meio da interpenetração de um Corpo Vital. Com isso, na segunda Época, nós possuíamos um Corpo Denso e um Corpo Vital. Éramos hermafroditas, ou seja, éramos uma unidade criadora. Toda nossa força criadora nós projetávamos de nós mesmos. Nada guardávamos para nós. Expressávamos o amor na forma mais pura, como os Anjos o fazem.

Com o decorrer do tempo, houve a necessidade de construirmos um cérebro e uma laringe. Para isso, foi necessária uma divisão da bipolar força criadora: metade foi destinada para a construção destes novos órgãos e a outra metade continuou sendo usada para a geração. A partir daí cada um de nós teve que buscar a cooperação de outro ser para a geração e a própria continuação de se renascer aqui (Houve a divisão dos sexos e a necessidade de buscar seu polo oposto: se renascido como homem, busca quem estava renascido como mulher, e vice-versa).

Começamos a amar egoisticamente para gerar novos Corpos e a amar egoisticamente também para expressar o pensamento aqui na Região Química do Mundo Físico, porque desejamos obter conhecimento. E como semelhante atrai o semelhante, atraímos para nós mesmos seres de mesma natureza.

Como em toda Onda de Vida, a dos Anjos também possuía uma classe de seres atrasados, conhecidos como Espíritos Lucíferos, Anjos Lucíferos ou, ainda, Anjos caídos. Os Anjos fazem parte de uma Onda de Vida que não necessita de cérebro para obter o conhecimento. Porém, esses atrasados precisavam e, o pior, não tinha a capacidade de construir um. Estavam a meio caminho entre os Anjos e o ser humano. Eram os Espíritos Lucíferos. Então, quando desenvolvemos um cérebro esses seres perceberam uma oportunidade de prosseguir a sua evolução. Precisavam descobrir como penetrar no cérebro humano.

Enquanto isso, nós prosseguíamos no nosso Esquema de Evolução. Estávamos na terceira Época, a Época Lemúrica. Não tínhamos a menor consciência do nosso Corpo Denso. Nossa consciência não apresentava o nível da atual de desenvolvimento ou consciência de vigília na Região Química do Mundo Físico. Quando renascidos como seres do sexo feminino, éramos estimulados a expressar o polo negativo da força criadora, a imaginação. É graças à imaginação que, quando renascidos como seres do sexo feminino – mulher – conseguimos formar um corpo em sua matriz.

Naquela Época toda a nossa consciência estava enfocada nos Mundos espirituais. Quando renascidos aqui como seres do sexo feminino, observávamos, ainda que muito vagamente, que nós e os outros seres humanos possuíamos um Corpo Denso e, que muitas vezes, os que estavam ao seu redor perdiam esse Corpo Denso; isso a confundia muito. A imperfeita percepção do Mundo Físico nos impossibilitava de revelar aos outros que eles haviam perdidos seus Corpos Densos!

Os Anjos não nos davam informações sobre o porquê desta imperfeita percepção. Foi aí que surgiram os Espíritos Lucíferos. Esses seres entraram pela coluna vertebral até próximo ao cérebro quando renascíamos como seres do sexo feminino – mulher. Contou-nos o que acontecia, tornando-nos consciente do nosso Corpo Denso. Pediu-nos, quando renascíamos como seres do sexo feminino – mulher – para falarmos aos seres do sexo masculino – homem – e ensinou-nos como, juntos, podíamos criar novos corpos quando quiséssemos. Por causa da consciência interna, voltada aos Mundos espirituais e, também, porque os Espíritos Lucíferos tinham entrado pela medula espinhal, enquanto renascíamos como seres do sexo feminino – mulher – nós vimos estes Espíritos associando-os como serpentes. A partir daí nós tomamos para nós mesmos o direito de praticar o ato gerador a nossa vontade, ignorantemente. Comemos o fruto da “Árvore do Conhecimento” e conhecemos o bem e o mal. E mediante o contínuo abuso dessa força sexual criadora, chegando à degeneração, a nossa consciência ficou tão focada no Mundo Físico que hoje uma boa parte de nós considera essa vida terrestre como a única e tememos a morte por desconhecer o que há do outro lado.

Se, por um lado deixamos de ser um autômato, convertendo-nos num ser que consegue expressar seu pensamento aqui, por outro tornamo-nos sujeito a tristeza, dor e morte, vivemos em peregrinação sem paz e sem tranquilidade.

Cristo veio ao mundo para salvar-nos do pecado, da tristeza e morte. “Rasgou o véu do templo” e abriu a Iniciação para todos que quiserem. Todos, agora, têm acesso aos mistérios ocultos e podem conhecer todo o Esquema de Evolução!

Assim, Ele chamou a si mesmo de a “verdadeira Luz“. Aos que vieram antes dele, chamou de “ladrões e bandidos”, porque roubaram de nós a paz, tranquilidade e visão espiritual!

Vejamos, agora, a revelação da simbologia presente nestes versículos: “Como o Pai me conhece, assim Eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são desse aprisco; importa que eu as trouxesse. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10:15-16).

Com estas palavras Cristo nos revela, em símbolos, a amplitude da sua obra: a Fraternidade Universal!

No seu lar celestial, que é o Mundo do Espírito de Vida, Cristo executa a primeira parte da sua obra. O Mundo do Espírito de Vida é o mundo que se difunde pelo espaço interplanetário e interpenetra todos os Astros (Planetas, satélites naturais e outros corpos siderais) do nosso Sistema Solar. É o primeiro Mundo, debaixo para cima, onde cessa toda a separatividade. É onde a Fraternidade é um cotidiano.

O veículo mais inferior que o Cristo possui, com o qual é mais acostumado a funcionar, é composto por materiais do unificante Mundo do Espírito de Vida (apesar de que, como um ser da Onda de Vida dos Arcanjos, Ele ter a capacidade de construir um Corpo de Desejos, mais denso do que um corpo construído de material do Mundo do Espírito de Vida).

Portanto, o trabalho específico do Cristo no Sistema Solar, é o de correlacionar todos os Astros e os seres vivos que neles habitam, numa Fraternidade Universal, unindo-os como irmãos, filho de Deus. Essas são as “outras ovelhas que não são desse redil <aprisco>”.

Outra parte do trabalho do Cristo ocorre quando Ele alcança o Mundo do Espírito Divino, o Trono do Pai. O Mundo do Espírito Divino é o Mundo que correlaciona todos os Astros de todos os Sistemas Solares do Universo. Nesse Mundo, o trabalho do Cristo é o de correlacionar todos esses Astros e seus seres vivos numa Fraternidade Universal.

A terceira parte do trabalho do Cristo é desenvolvida aqui na Terra. Cristo como o Regente do Planeta e o guia da humanidade específica seu trabalho em unir-nos numa Fraternidade tendo Cristo como Irmão Maior. Quando isso ocorrer, o amor se fará altruísta e a Fraternidade Universal se realizará completamente e cada um trabalhará para o bem de todos. Estaremos na Sexta Época, a Época da Nova Galileia.

Atualmente, do centro do Planeta Terra Ele envia o impulso para o arrependimento e a reforma íntima de cada um de nós, e graças a esse seu sacrifício anual estamos nos tornando mais puros e regenerados. Essas também são as “outras ovelhas que não são desse aprisco” e “haverá um só rebanho e um só pastor“.

Note que em “eu sou a porta; se alguém entrar por mim será salvo; entrará, sairá e encontrará pastagens” temos um motivo para buscarmos sempre à consolação e o amparo divino, desapegando-nos de toda consolação exterior, baseada no próprio ser humano ou nas coisas materiais, porque “o mercenário e o que não é pastor, de quem as ovelhas não são próprias, vê vir o lobo, deixa as ovelhas, foge e o lobo arrebata, porque é necessário e porque não se importa com as ovelhas“. Perceba a esperança e a segurança que o Cristo nos dá! Semelhante à outra passagem quando ele diz: “estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:20), então, o que falta é estarmos com Ele!

Note que em “como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai e dou minha vida pelas minhas ovelhas” fica clara a perfeita harmonia entre o Filho (Deus Filho) e o Pai (Deus Pai).

E a esperança e a confiança que tanto procuramos, nós podemos encontrar quando Ele disse: “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10:30). E, realmente, o Cristo dá a Sua vida pelas suas ovelhas senão vejamos o sacrifício anual que um ser com tal grau de onisciência, onipresença e onipotência se submete, ao ficar confinado às baixas e cristalizantes vibrações do nosso Planeta Terra, dando Sua vida, Seu amor e Sua luz para que nos possamos continuar existindo e progredindo.

Lembramos sempre que “Cristo mesmo preparou o caminho para quem o deseje” e Ele ajudará e abençoará a todo verdadeiro investigador que deseje trabalhar pela Fraternidade Universal, sempre, aqui, agora até a sua realização total!

                                                                       Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Panaceia: no que consiste e como ela pode nos beneficiar?

Existem algumas palavras-chave nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental – os Ensinamentos Rosacruzes –, de função bem definida em relação às aspirações do Mundo Ocidental, tais como: panaceia, cosmos, arquétipo, Ecclesia, Epigênese, hierofante, neófito, mistério, misticismo, etc.

A filosofia e mitologia grega, pré-cristã, criaram estas palavras para atender ao significado mais profundo de certas atividades e realizações em suas escolas de mistérios, durante um dos períodos mais gloriosos da História humana – que fora a Idade Áurea. Os criadores destes termos simbólicos foram: Sócrates, Platão, Aristóteles, Pitágoras, Hipócrates e outros iluminados da Grécia antiga.

O Estudante Rosacruz está familiarizado com esses vocábulos, mas, frequentemente, passa por cima do significado mais profundo ou porque não presta a devida atenção, ou porque não compreendeu, ainda, a diferença que isso faz para a perfeita assimilação dos seus estudos.

Ao compulsar o sentido etimológico podemos desvelar significados mais sutis, convertendo-os em símbolos vivos e imagens pulsantes do pensamento ocidental.

Deles, o que, talvez, encerre maior significado é a palavra – e o conceito que há no seus significado – PANACEIA aplicada nos Ensinamentos Rosacruzes.

Na Filosofia Rosacruz há três pedras angulares: curar, servir e propagar. Sobre elas os Irmãos Maiores edificaram seu trabalho em benefício do mundo. Ora, panaceia exprime a atividade de cura!

Em seu simbolismo, panaceia expressa a aspiração e o desvelo da Fraternidade Rosacruz no desenvolvimento da arte de curar pelo Método Rosacruz, a Cura Rosacruz.

O dicionário define panaceia como um remédio universal, pois pode curar todas as enfermidades e doenças.

No grego, panakeias é um vocábulo composto: Pana (todo ou pão) e o verbo akeistar (curar). Literalmente: o “pão da cura”, ou seja, o remédio com a fórmula para tudo curar: mental, moral ou fisicamente.

Na mitologia grega Panaceia e Higéia (saúde) eram irmãs, filhas de Asklêpios (em latim Asculapius, em português Esculápio) – o deus da cura. Por sua vez, Esculápio era filho de Apolo (Sol, vitalidade, luz) – o grande médico.

Desde tempos imemoriais havia Templos de Cura. Na Grécia eram dedicados a Asclépio, o deus da cura. Seus sacerdotes compunham grupos de curadores especializados, devotos e espirituais. Praticavam a medicina em o sagrado recinto de cura (asklepión).

Sob configurações astrais favoráveis (pois aliavam os conhecimentos de Astrologia), os enfermos eram levados a esse lugar santo (asklepión) onde, em cerimônia religiosa, tomavam tabletes, espécie de hóstia sagrada deixada pelos ex-pacientes agradecidos, após sua cura, na elevação de sua fé ao deus da cura.

Depois deste serviço religioso, os enfermos eram deixados no recinto sagrado a dormir. Durante o sono, os sacerdotes lhes ministravam os remédios – a panaceia – por meios conjuros (ritual especial) e encantamento, regidos por Higéia e Asclépio. Por este meio de cura, muitos pacientes ao despertar na manhã seguinte estavam completamente curados, tal como relatam os manuscritos da época.

Esse ritual é tecnicamente conhecido como “incubação” (em grego epoas, que quer dizer empolar ou deitar-se sobre ovos).

Há grande semelhança entre o templo grego de cura (asklépión) e a arte de Cura Rosacruz. Os dois empregam o método de ajuda espiritual, da Escola Ocidental de Mistérios; ambos ajudam a humanidade a alcançar a saúde do corpo pela combinação da panaceia espiritual e dos meios físicos. É a ação do Grande Curador, aproveitada pelos conhecimentos de Astroterapia e auxiliada pela dieta alimentar adequada, exercícios, preparo mental e emocional, etc.

Quando aprofundamos o significado de Higéia (saúde) e Astroterapia, do ponto de vista Rosacruz, compreendemos por que Max Heindel definiu: “há saúde física apenas quando os órgãos trabalham em perfeita ordem e harmonia”. Quando um órgão diminui sua função, provoca desequilíbrio na harmonia do conjunto e surge a enfermidade ou a doença.

A enfermidade ou a doença se prolonga por causa dos abusos e da ignorância. Se o paciente sabe aproveitar as configurações astrais favoráveis e colabora com o Departamento de Cura de um Centro Rosacruz que o possua, cumprindo sinceramente sua parte, então a panaceia lhe é aplicada, coroando seus esforços de viver segundo as Leis da Natureza, que são as Leis de Deus. Diz Max Heindel: “A panaceia faz com que a substância concentrada da Vida de Cristo flua através do Corpo Denso e do Corpo Vital do paciente, dando a cada célula um ritmo que desperta o Ego preso em sua letargia, devolvendo-lhe vigor e saúde”.

Em que consiste essa panaceia? Como pode ela nos beneficiar?

Max Heindel nos relata o que pôde constatar, quando visitou pela primeira vez o Centro Espiritual da Ordem Rosacruz: “É uma visão inolvidável! Ao penetrar no Templo, vi três esferas suspensas no teto, no meio do salão. Na esfera superior observei um pequeno recipiente com vários pacotes cheios de substância do Espírito Universal. Os Irmãos sentaram-se numa certa posição, enquanto a música preparava o ambiente”.

Inesperadamente as três esferas começaram a brilhar com as três cores primárias: a de cima, azul; a do meio, amarelo; a de baixo, vermelho.

Durante esse encantamento, cheio de beleza, reparei que o recipiente dos pacotes se iluminou de uma essência espiritual. Vi como os Irmãos tomaram essa substância, aplicando-a aos pacientes adormecidos, à medida que os visitavam à noite”.

Continua Max Heindel: “Quanto ao efeito da panaceia, é maravilhoso! Quando aquela substância dos pacotes (panaceia) era aplicada, irradiava-se pelo Corpo do paciente como uma luz mágica, destruindo toda matéria cristalizada que cobria os centros espirituais do Corpo enfermo. A cura era instantânea e o paciente despertava são na manhã seguinte”.

A Astroterapia, à parte da Astrodiagnose e do prognóstico pelos Astros, tem sido de grande importância na medicina de todos os tempos. Pelas Progressões e pelos Trânsitos dos Astros, aplicados a cada enfermo, o profissional de saúde, que utiliza a Astroterapia, pode chegar a conclusões importantes e prevenir crises que se anunciam. Talvez não haja ciência mais estreitamente unida a medicina que a Astroterapia.

A Astrodiagnose, por exemplo, tem sido de uma importância capital na arte de curar. Era o método de diagnóstico que os profissionais da saúde da antiguidade utilizava e constitui um auxiliar precioso aos profissionais da saúde de hoje. No Departamento de Cura de um Centro Rosacruz que o possua é o método básico de diagnóstico. Max Heindel considerava a Astrologia mais importante que a clarividência, porque, baseada na Lei Cósmica, é muito mais rápida, exata e ampla.

Voltando à palavra panaceia, observemos que ela esteve presente no juramento hipocrático, que se estendeu por quase vinte e cinco séculos como guia de ética na profissão “médica”. Tal juramento se inicia com essa invocação: “Juro, pelo médico Apolo, por Asklépios, por Higéia e por Panaceia, etc. etc.”. Hipócrates viveu no século quinto A.C. e é conhecido como o “Pai da Medicina”. Era um Ego avançado, devotado à arte de curar, com grande amor à humanidade. Ele combinava os esforços e contribuições da medicina e da física com poderes espirituais em suas práticas de cura, porque sabia que a enfermidade é, ao mesmo tempo, física e mental. Daí tratar do paciente como um todo: Corpo, Mente e Espírito. Seu tratamento incluía medicina, dieta, massagens, exercícios, estudos e práticas espirituais. Só mesmo quando tudo isto não resultava eficaz recorria à cirurgia.

Hipócrates fez da medicina uma ciência. Não só definiu as funções do “Sacerdote” e do “Médico”, combinando sua contribuição, como também destacou a medicina da filosofia.

Atribuem-lhe muitos aforismos famosos, tais como:

“Onde há amor, há humanidade”. “Não há arte de cura sem amor”.

“Nenhuma enfermidade é só divina ou só humana; todas têm sua própria natureza; cada pessoa apresenta sua própria causa. Assim, nenhuma enfermidade se produz sem causa natural”.

Deste último a medicina moderna adaptou o asserto: “Não há doenças; há doentes”.

Hipócrates ensinou que a natureza é a grande curadora.

Antes de Hipócrates, os métodos gregos de cura estavam em sua infância e tinham caráter mágico-religioso. No tempo de Hipócrates assumiram feição médico-filosófica, levando em conta todos os fatores que pudessem favorecer a cura. Com o tempo, reduziram-se a uma ciência natural, mais especulativa, limitada aos próprios recursos e reduzida em sua eficácia.

Notem no método de Cura Rosacruz: muitas pessoas podem testemunhar a eficiência da panaceia espiritual; seus efeitos são evidentes, mas não podem ser confirmados cientificamente, senão por comparação entre o estado anterior e posterior do paciente. Quer dizer: não se pode explicar praticamente.

A medicina, ao contrário, dá explicações teóricas para quase tudo, sendo mais facilmente aceita por aqueles que desejam evidências.

No entanto, o que vale é o resultado, mais completo e eficaz, de vez que abrange o ser humano integral, consolidando a harmonia física, emocional e mental sem os inconvenientes tóxicos.

O método de Cura Rosacruz foi transmitido a Max Heindel pelos Irmãos Maiores e se baseia nos mais puros princípios da medicina natural, combinados com métodos espirituais de harmonização emocional e mental. Concilia, pois, os diversos aspectos: panaceia espiritual, Astroterapia, dieta, homeopatia, osteopatia, tratamento quiroprático, etc.

O conceito Rosacruz de enfermidade e doença, tal como se depreende da filosofia exposta por Max Heindel, deseja contribuir para que a medicina seja restituída a seu lugar exato, deixando seu limitado campo de experiência e combine todos os fatores solicitados pelo ser integral.

Em tal sentido, Max Heindel construiu, em Mount Ecclesia, um Sanatorium ou Sanitarium (“casa para curar”), onde aplicava todos os recursos na recuperação completa dos enfermos.

Em seu livro “Cartas aos Estudantes”, Carta nº 6, de junho de 1911, último parágrafo, diz Max Heindel: “Denominamos Mount Ecclesia a este maravilhoso recanto da natureza. Iniciamos um fundo para construção de um edifício adequado, uma Escola de Cura, um Sanatorium ou Sanitarium e, por fim, um Templo de Cura, uma Ecclesia onde seja possível preparar a panaceia espiritual, que será aplicada pelos auxiliares devidamente capacitados, aos enfermos que, no mundo inteiro, nos solicitar ajuda”.

Não pode realizar esse objetivo. Durante toda a sua vida o desejou, lamentando não haver encontrado meios para realizá-lo, conforme exprime na Carta n.º 24, de novembro de 1912.

No entanto, formou-se um competente Departamento de Cura, com recursos astrológicos utilizando a Astrologia Rosacruz, orientação sobre medicina natural (higiene, alimentação, tratamento, etc.) que tem atendido eficazmente a todo o mundo, membro ou não, logrando resultados auspiciosos.

O sonho de Max Heindel permanece como ideal embrionário, uma aspiração germinal. O que se realiza apenas no Templo etérico da Ordem Rosacruz será realidade em muitos núcleos futuros, quando houver pessoas devidamente preparadas.

Os gritos de dor e angústia da humanidade carente, chegam à Mount Ecclesia, pelas milhares de cartas endereçadas ao Departamento de Cura e em todos os Centros Rosacruzes no mundo que também possuem um Departamento de Cura. De toda maneira, a ânsia concentrada dos enfermos, sua esperança em um método mais completo, estão criando condições para que os Irmãos Maiores realizem seu ideal de cura, por meio dos homens e das mulheres de boa vontade, sensíveis a esse sofrimento.

Max Heindel estava seguro de que um dia os Centros de Cura se estabelecerão sobre linhas científicas, explicando os recursos espirituais que emprega. Em um futuro não muito distante teremos Discípulos bem qualificados, movidos pelo amor altruísta, dignos de receberem e encaminharem a panaceia, aos lugares de cura estabelecidos com esse propósito.

Ele nos encarece fazermos todo o possível para manter a unidade de esforço, no intento de curar. Insiste sobre a importância de realizarmos, com todo o amor, as Reuniões semanais de Cura, apesar de não podermos contar o mecanismo de ação. Aconselha o estudo dos recursos naturais e da Astrologia Rosacruz médica, para sermos úteis a nossos semelhantes. Sobretudo nas Reuniões de Cura geram a panaceia, para os Auxiliares Invisíveis realizarem amplamente sua tarefa.

Era firme crença de Max Heindel: “Qualquer movimento, incluindo a Fraternidade Rosacruz, deve reunir os três atributos divinos: ‘Sabedoria, Fortaleza e Beleza’, para que cresça e perdure. Esses três atributos geraram a Ciência, a Religião e a Arte. Igualmente, cada Estudante Rosacruz deve empenhar-se para conquistar e desenvolver em si estes três atributos, até certo grau, aplicando-os no trabalho de conjunto, para que a Fraternidade Rosacruz realize o que os Irmãos Maiores planejaram. Estudantes que são profissionais de saúde devem procurar a conciliação dos recursos espirituais de cura (panaceia e recursos auxiliares, que atendam ao ser integral) com os descobrimentos da ciência moderna, que dê um caráter científico-espiritual ao Serviço de Cura, tal como está previsto para a Era de Aquário”.

A tarefa é extremamente difícil, tendo em vista a resistência acadêmica, o materialismo e os interesses em jogo. Entretanto, cabe a cada um de nós realizar aos poucos esta sublime aspiração.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1976-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diferenças entre Exoterismo e Esoterismo

Há certa tendência das pessoas não repararem a diferença existente entre as palavras Exotérico e Esotérico, pretendendo dar a ambas o mesmo significado.

Exoterismo vem do grego: exotéricos e, pelo latim: exotericu, que quer dizer: conhecimento passível de ser divulgado para o público. Relacionamos com externo, público e profano. Para passarmos de nível utilizamos as conversões.

Esoterismo vem do grego: esotericos, que quer dizer: conhecimento complexo e entendimento restrito a um círculo de especialistas. Relacionamos com interno, oculto e reservado. Para passarmos de nível utilizamos as iniciações.

Assim, Exotérico é tudo que se fala abertamente sobre: uma filosofia, uma corrente de pensamento, uma Religião, etc., ou seja: todo ensinamento dado publicamente, sem reservas. É representado pelas grandes Religiões: Cristianismo Popular – igreja católica, protestante, ortodoxa, etc. –, Budismo, Judaísmo, Islamismo, etc. É por isso que cada Religião possui três elementos imprescindíveis:

  • Uma Doutrina sobre o Criador: de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos;
  • Um conjunto de Rituais (ajudam a incorporar a Doutrina);
  • Um conjunto de Símbolos (ajudam a entender a verdade exposta na Doutrina e corporificada nos Rituais)

Como aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes: a Religião Cristã é a mais elevada fornecida ao ser humano até o momento presente. Então, repudiar a Religião Cristã, seja ela exotérica ou esotérica, por qualquer sistema antigo é como preferir livros científicos desatualizados, ao invés dos mais novos que contém as mais recentes descobertas.

Da mesma forma, desprezar a crença nos ensinamentos da igreja Cristã relativa à Doutrina dos Perdão dos Pecados, ao poder salvador da fé e a eficácia da oração é um fator de atraso para o Aspirante à vida superior. Pois impelidos pela razão, muitos de nós afastamo-nos da igreja Cristã e tornamos as nossas vidas vazias. A saída é um retorno com renovada devoção, nascida de uma compreensão mais profunda das verdades cósmicas.

Notemos isso quando entendemos a mensagem Cristã que a Bíblia nos transmite e que conseguimos distinguir entre: o conteúdo essencial (“interior”) – ensinamento esotérico – e a forma estrutural (“exterior”) – ensinamento exotérico.

A forma estrutural que aparece como Religião sugere uma radiação exterior, um véu. E é com isso que externa os principais problemas: a pretensão de posse exclusiva da verdade; a rejeição das realidades iniciáticas; a fixação no dogmatismo; o conhecimento público que tende a sofrer modificações advindas das interpretações individuais.

Lembremo-nos do ensinamento de São Pedro: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal.” (IIPe 1:20).

Também vemos que São Paulo formulou que as Escrituras Cristãs nos fornecem dois “tipos” Evangelhos:

  • um exotérico (relacionado com a Personalidade): “Resolvi não saber coisa alguma, entre vós, senão Jesus Cristo, e este crucificado.” (ICor 2:2).
  • outro esotérico (relacionado com a Individualidade): “Não sabeis que sois templo de Deus?” (ICor 3:16).

Percebam: é o primeiro “tipo” que o Cristianismo Popular mais prega e divulga; mantém com o carácter que conhecemos e tem sido a tônica permanente da sua doutrina.

Por outro lado, vejam que o Cristianismo em si não é exclusivamente esotérico: é uma Religião dada por Cristo para a salvação de todos e comunicável a todos!

Então, qual é origem e a necessidade que temos de experimentarmos o exoterismo e o esoterismo?

Nos Ensinamentos Rosacruzes nós temos a resposta e essa é composta de duas partes.

A primeira parte é essencialmente a necessidade de sairmos da inconsciência total até a consciência total. No atual Esquema de Evolução conseguimos isso em quatro Etapas bem definidas:

Etapa 1 – Ações feitas sobre nós de fora, enquanto permanecemos inconscientes;

Etapa 2 – Sob a direção de Mensageiros Divinos e Reis, a quem vemos e a cujas ordens obedecemos;

Etapa 3 – Ensinados a reverenciar as ordens de um Deus a quem não vemos com os olhos físicos

Etapa 4 – Aprendemos: a nos elevar sobre toda a ordem; a convertermos em uma lei em nós mesmos; viver voluntariamente em harmonia com a Lei de Deus

A segunda parte da resposta do porquê precisamos experimentar o exoterismo está na necessidade de galgarmos os 4 Graus que nos leva a Deus, quais sejam:

Primeiro Grau: Adoramos a Deus por meio do medo; começamos a presenti-Lo; fazemos sacrifícios para agradá-Lo (exemplo: fetichismo);

Segundo Grau: Vemos Deus como o “dador de tudo”; esperamos Dele benefícios materiais; cumprir as Leis desse Deus: prosperidade material; sacrificamos por avareza e intenções próprias;

Terceiro Grau: Adoramos a Deus com orações; cultivamos a fé num céu com recompensa futura através de um sacrifício próprio; caso contrário: castigo futuro em um inferno;

Quarto Grau: Agimos bem sem pensar em recompensas ou castigo; amamos o bem por ser o bem; vivemos uma vida de serviço amoroso e desinteressado.

Convido você a fazer uma reflexão e determinar:

  1. em qual Etapa e Grau você se encontra hoje; se isso varia ao longo do seu dia, da sua vida; se varia, para que Etapas e Graus?
  1. em qual Etapa e Grau você acha que deveria estar (sua meta e objetivo)?
  2. em qual Etapa e Grau termina o exoterismo e começa o esoterismo?

                                                                       Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

São Francisco e os Estigmas ou Estigmatas

A obra “Iniciação Antiga e Moderna”, de Max Heindel, contém preciosas informações a respeito do tema “Estigmatização”. Nela, o fundador da Fraternidade Rosacruz, após tecer sucintas considerações sobre o Corpo Denso (informações mais amplas podem ser obtidas em outros livros de sua autoria), estabelece uma correlação entre ele e o Corpo Vital. Ressalta a rígida união entre os dois, mormente nas pessoas pouco afeitas à espiritualidade.

Mas, no tocante à Iniciação, um processo deve desenvolver-se. A experiência iniciática implica libertação do “homem real” do Corpo de Pecado e da morte, ensejando-lhe oportunidade de percorrer, à vontade, as sutis esferas do infinito. Isso, contudo, só pode ser consumado mediante a dissolução dos rígidos laços existentes entre os dois veículos acima mencionados.

Essa união é mais acentuada nas palmas das mãos, nos arcos dos pés e na cabeça. As Escolas de Ocultismo insistem e concentram seus esforços em romper a conexão em tais pontos produzindo os estigmas, invisivelmente.

O Cristão Místico progride através de linhas devocionais, dispensando o conhecimento. Sua ardente contemplação de Cristo e seus incessantes esforços em imitá-Lo em tudo, fazem com que os estigmas se produzam espontaneamente. Esses estigmas externas, visíveis, compreendem não somente as chagas das mãos, pés e costado, como também todas aquelas impressas na cabeça pela coroa de espinhos, além das produzidas no resto do corpo pela flagelação.

Quando o Cristão Místico se coloca nesse estado contemplativo, as correntes espirituais geradas em seu Corpo Vital tornam-se poderosíssimas. Nessas circunstâncias é exato afirmar-se que ditas correntes flagelam o corpo, especialmente na região da cabeça e produzem um efeito parecido ao da coroa de espinhos.

Nas Escolas de Mistérios, respaldadas por uma linha científica de desenvolvimento, o Estudante ocultista aprende, conscientemente, a desligar aqueles pontos entre o Corpo Denso e o Corpo Vital, rigidamente conectados. Leva-o a efeito por meio de um método adequado, evitando, assim, a manifestação externa de estigmas.

O caso mais notável de estigmatização diz-se haver ocorrido com São Francisco de Assis, em 1234, no monte Alverna. Achando-se absorvido na contemplação da Paixão de Cristo Jesus, viu um Serafim deslumbrante aproximar-se trazendo em suas asas uma figura do Crucificado. São Francisco de Assis deu-se conta de que em seus pés, mãos e costado surgiram as marcas da crucificação. Tais marcas, ele as carregou por mais dois anos, quando desencarnou. Afirma-se que foram vistas por muitas pessoas, inclusive pelo papa Alexandre IV.

Os dominicanos discutiram o fato, reclamando posteriormente a mesma distinção para Catarina de Sena, cujos estigmas, segundo alguns, tornavam-se imperceptíveis aos demais por sua própria vontade.

O papa Sixto IV, entretanto, proibiu a representação de Santa Catarina com os estigmas.

Outros, especialmente mulheres, que possuem o Corpo Vital positivo, tiveram, segundo se diz, algumas ou todas os estigmas. A última, por essa razão canonizada pela Igreja Católica, foi Verônica Giuliana, em 1831. Casos mais recentes são os de Ana Catarina Emmerich, Maria Von Moerl, Luisa Lateau e senhora Girling de Newport Shaker.

A despeito do ceticismo e materialismo da época em que vivemos, o fenômeno da estigmatização tem chamado a atenção de muitos estudiosos, propensos a uma análise imparcial do assunto. Assim é que abaixo transcrevemos interessante artigo publicado em uma revista médica.

Um desejo ardente e constante de transfusão em outra pessoa parece ser um fator comum em casos de estigmas, o exemplo mais famoso e heroico de identificação. São Francisco de Assis é o mais conhecido exemplo desse fenômeno nos anais da religião e da medicina. O caso mais recente ocorreu em 1972 nos Estados Unidos da América com uma criança de 9 anos, do credo batista.

O sangramento dessa menina foi abundante e embora examinado de perto por médicos, professores e observadores competentes, não se descobriu razão alguma de ser fisiológica.

Não é intenção do autor argumentar a favor ou contra, seja da teoria milagrosa dos estigmas, seja de teoria psiquiátrica corrente. De preferência se deveria pôr maior ênfase nas áreas em que a psiquiatria e a Religião têm um elemento em comum, isto é: em uma incidência significativa de casos a impressão de estigmas se seguir a um período de desejo intenso de identificação com Cristo e rejeição de valores e desejos materiais.

“Tudo se transformou em amor. Toda experiência foi absorvida no seu amor ao Cristo. A compreensão desse fato é indispensável a qualquer conhecimento do extraordinário fenômeno…, a alimentação contínua da chama de amor pelo Salvador em sofrimento é a chave da profunda experiência dos estigmas”.

Revendo a história dos estigmas, podem-se observar quatro categorias:

1) Estigmas totais com as marcas de pregos, coroa, flagelos, lança, etc.

2) Dores estigmáticas com o aparecimento de sangue ou feridas.

3) Estigmas incompletos com algumas marcas visíveis.

4) Feridas post mortem encontradas no coração, em geral de lança, flagelos ou esponja. Uma das mais interessantes dessa categoria é o caso de Clara Montfaucon (1308), cujo coração, segundo dizem, era do tamanho de uma cabeça de criança e marcado com as impressões da cruz, flagelos e pregos.

Indubitavelmente houve casos de fraude e má interpretação, como os de Santa Catarina de Siena, irmã da regra terceira de São Domingos, cujos estigmas foram oficialmente negados pelo papa Sixto IV. Muitos estigmas não puderam ser completamente explicados como foi o caso de Cloretta Robertson, de Oakland, na Califórnia.

Cloretta, menina de 9 anos, filiada ao credo batista, lia avidamente a Bíblia e a vida de São Francisco, frequentava com regularidade a Igreja Batista da Nova Luz. Não estamos falando de idade média, mas do século vinte e dos métodos diagnosticamente modernos.

Os médicos que examinaram e observaram a menina diagnosticaram provisoriamente a sua condição como “Síndrome de Sangramento da Páscoa”.

Todos que observaram o fenômeno, e incluíram especialistas, enfermeiras e professoras, observaram que o sangramento era intermitente, proveniente de cinco focos: as solas dos pés, as palmas das mãos e o lado direito. A doutora Loreta Early, médica assistente afirmou: “Acontece…., e não há explicação científica que eu possa dar”.

Associada aos estigmas tem-se observado doenças histero-epileptiforme, incluindo estados crepusculares da consciência. No caso de São Francisco, essa condição não foi diagnosticada. Ele foi, entretanto, cauterizado, tanto na testa como na face, tratamento popular para problemas agudos dos olhos.

Dois temas centrais caracterizam a vida de São Francisco de Assis. Por um lado, rejeição do pai, por outro lado, desejo intenso de emular e identificar-se com a vida de Cristo. De certo modo, ele substituiu completamente o pai pelo Cristo e demonstrou um desejo especial de abnegação de si mesmo. Quando jovem era libertino e procurava o amor de prazer. Soldado bem-sucedido, esteve envolvido em guerras de extermínio do seu tempo. Como outros jovens da sua época procurava a glória, fortuna e fama em serviços mercenários contra as cidades inimigas de sua nativa Assis. Popular entre os companheiros, dirigia as pândegas em Assis até escolher o caminho do ascetismo que culminou no fenômeno dos estigmas.

A impressão real dos estigmas ocorreu em 14 de setembro de 1224, no cume do monte Alverna. Num rebordo de penhasco os frades, seus companheiros, construíram para ele uma cabana de vime. Uma prancha rústica foi jogada por cima do abismo que separava o penhasco da montanha. Aí Francisco passou muitas horas de oração e jejum. A lenda contada por Leathem é a seguinte:

“Em 14 de setembro de 1224, dia da festa da Santa Cruz, a grande experiência ocorreu nessa vida de êxtase, no momento tão extremamente desligada das coisas terrenas. Antes do amanhecer caíra de joelhos diante da sua cela e virando o rosto para à esquerda externara em oração ardente os dois desejos de seu intrépido coração, que o consumiam:”

“Ó, meu Senhor Jesus Cristo, rogo-vos que me concedais duas graças antes de minha morte, que eu sinta em minha alma e no meu corpo a dor que vós, amável Senhor, sofrestes na hora mais amarga da Vossa paixão, e que eu sinta no meu coração o amor extremo que vos inflamava, ó Filho de Deus, para suportar voluntariamente essa agonia por nós pecadores.”

Com o coração em fogo, com uma oração que nenhum outro discípulo de Cristo jamais ousou fazer, São Francisco de Assis esperou e recebeu a segurança de que sua oração teria uma resposta. Então, em êxtase de amor, meditou sobre os sofrimentos de Cristo, até que, como São Paulo, pareceu-lhe que estava mais fora do corpo do que dentro dele. Apareceu-lhe, então, nesse estado, a visão de um Serafim crucificado e a face do Serafim era mais linda do que qualquer beleza terrena, embora marcada por um sofrimento que, literalmente, partia o coração de quem o contemplasse.

Uma mensagem brilhou na alma de São Francisco de Assis. Foi como se uma grande luz estivesse brilhando sobre as coisas escuras do mundo. Entretanto, quando a visão passou, São Francisco de Assis ficou extremamente perplexo, como alguém que não entendesse o sentido da revelação que lhe era concedida. Mas não por muito tempo.

Em suas mãos e pés surgiu uma aparência, como se fosse das cabeças redondas e negras dos pregos, enquanto nas costas das mãos e nas solas dos pés havia uma semelhança de pontas dobradas. E o seu lado direito estava lesionado com uma ferida que emanava sangue. São Francisco de Assis daí por diante trouxe no corpo as marcas do Senhor Cristo Jesus.

Embora alguns poucos soubessem da estigmatização, o fenômeno não se tornou público senão após a morte de São Francisco de Assis, por hidropisia, em 3 de outubro de 1226. Em 16 de julho de 1228, foi canonizado e Francisco Bernardoni, o “prestidigitador de Deus”, elevou-se à categoria de santo. O “pobre de Assis” deixava uma marca indelével nas gerações subsequentes. Através da ordem franciscana, seus ensinamentos foram mantidos até os nossos dias.

A ordem pobre de freiras, as Clarissas e a dos Capuchinhos, submeteram-se à Regra de Francisco e conservaram em parte as suas preocupações de simplicidade e pobreza.

Francisco de Assis nasceu na Úmbria, Itália, em 1182, de Pica e Pedro Bernardoni, rico e destacado comerciante de Assis. Francisco entrou num mundo de guerra. Já não havia amor algum entre as cidades italianas que lutavam entre si tão facilmente quanto hoje folheamos um dicionário. A Igreja estava corrompida; dizia-se então: os padres são piores do que o povo.

As cruzadas tinham contribuído para a corrupção. A disseminação de ideias e a indústria mudaram a natureza dos tempos.

A mola principal da Renascença estava se enrolando lentamente. Mercadores como Peter Bernardoni eram populares; através de suas viagens traziam notícias da última orientação do papa ou do imperador à última heresia de seitas fanáticas e talvez até mesmo feudos entre Assis e Perugia, Florença e Sierra.

Desse modo, Pedro Bernardoni, sendo ao mesmo tempo rico e portador de notícias de que o povo estava ávido, tornou-se homem de substância e de importância na sua vida.

Parece, entretanto, que o filho Francisco, já bem cedo revelara seu descontentamento com o pai.

Essa atitude manifestou-se em primeiro lugar nos sonhos. A consciência onírica de Francisco pede observação cuidadosa à luz das teorias psiquiátricas. Antes de se juntar a um Walter de Brienne numa expedição militar contra o principado de Taranta, soube-se que Francisco sonhara com um grande palácio coberto de insígnias heráldicas. Uma voz disse-lhe que o palácio era para ele e que as insígnias para os seus seguidores. Tendo-lhe sido assegurado um grande futuro, partiu para Spoleto onde, em outro sonho, foi censurado por ter mal interpretado o primeiro e lhe foi ordenado que voltasse a Assis à espera de instruções. Um período de depressão cismadora parece ter se seguido a essa ocorrência.

Gradativamente foi se dirigindo para uma vida ascética por um processo de renúncia. Apossando-se de parte dos tecidos do pai, tentou utilizar o resultado da venda desse material para reconstruir a igreja de São Damião. Permitiram-lhe viver com o pastor da igreja, mas o dinheiro foi deixado intacto no parapeito da janela.

Submeteu-se a jejuns rigorosos e flagelou-se também; às vezes, vestido como mendigo e de aparência tão horrível que foi considerado insano, entrava na cidade de Assis em busca de almas. Peter Bernardone reconheceu o filho e prendeu-o numa adega. Mas, foi um encarceramento de pouco tempo porque a mãe de Francisco o libertou. Furioso com a decepção, Bernardone reclamou o dinheiro dado a São Damião. Em público, Francisco restitui-lhe o dinheiro e despindo as próprias vestes, devolveu-as também. Publicamente rejeitou o pai com o seguinte discurso:

“Ouçam vocês todos e compreendam. Até o presente chamei Peter Bernadone, meu pai, mas já que resolvi ser um servo do Senhor devolvi-lhe o dinheiro pelo qual ele estava se aborrecendo e todas as roupas que dele recebi, desejando daqui por diante dizer: ‘Nosso Pai que estais no céu” e não, pai Peter Bernardone.”.

Depois desse fato, Peter Bernardone sempre que encontrava o filho pedindo esmolas nas ruas de Assis, o amaldiçoava. Francisco afirmou ao pai, como conta a lenda de três companheiros: “Vós não sabeis que Deus pode me dar um Pai que me abençoe contra as suas maldições”.

Existem muitas lendas que cercam a vida de São Francisco de Assis: o sermão aos pássaros, o lobo de Gubbio. Histórias de visões, de assistência aos leprosos, aos doentes e aos necessitados. Tornou-se emaciado e fraco e, entretanto, nos anos após os estigmas, reforçou e reconstruiu a Regra da Ordem que traz hoje o seu nome.

Seja por inspiração divina ou movido pelo desejo de suplantar o seu pai Peter, São Francisco de Assis ganhou seu lugar na galeria dos indivíduos que procuraram melhorar a vida para viver em plenitude do próximo.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1977-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quando os médiuns fazem as chamadas “viagens da alma”, o que é que deixa o corpo físico? E ele pode sair quando está no estado de vigília para obter informações?

Resposta: Um médium é um Clarividente negativo ou involuntário e está sob o controle de um Espírito que se encontra no Mundo do Desejo. Ele ou ela corresponde à vítima de um hipnotizador no Mundo Físico. No caso do hipnotizador, ele é visto por sua vítima quando está em estado de vigília, enquanto o médium não vê o Espírito que o controla até que o médium tenha sido expulso do seu corpo. Então, o médium é revestido com seu Corpo de Desejos e, portanto, normalmente é incapaz de se lembrar das suas experiências vivenciadas.

Todas as suas experiências ocorrem enquanto o Corpo Denso estava em transe. É o Ego envolto pela Mente e pelo Corpo de Desejos que abandona o Corpo Denso, e a mesma separação ocorre também no sono normal sem sonhos, porém, com a diferença de que o Corpo Denso não é simplesmente abandonado na cama, mas o Espírito controlador, normalmente, entra no Corpo Denso do médium, tomando posse e usando-o a seu bel prazer, sendo muitas vezes em grande detrimento do médium. Pois, quando tal Espírito foi um bêbado ou um libertino durante a vida terrena, frequentemente, ele usará o corpo do médium para satisfazer seu desejo por bebida alcoólica ou por seus instintos inferiores e sensuais.

Nós não podemos impressionar as pessoas com toda a seriedade necessária de que esse Corpo Denso – o corpo físico – é nosso instrumento mais valioso, e que é um erro enorme abandoná-lo à mercê de um hipnotizador ou de um Espírito de controle. No caso dos médiuns, há um perigo ainda maior, pois às vezes não é um Ego humano comum que exerce o poder de controle, mas um Elemental que, normalmente, não pode atuar no Mundo Físico. Quando o médium, após a sua morte, entra no Mundo do Desejo, o Elemental já obteve tal poder sobre o Corpo de Desejos do médium que poderá roubar esse veículo do seu próprio dono. O Corpo de Desejos é o veículo em que se origina o incentivo para a ação e, portanto, quando um Ego é privado desse veículo, não há nada que o faça renascer aqui. O Elemental pode se apoderar desse Corpo de Desejos por milhões de anos e, assim, enquanto o resto da humanidade está progredindo, o infeliz Ego, privado do seu Corpo de Desejos, permanece inerte e estará distante de todos os seus semelhantes, até que esteja liberto da escravidão dessa entidade. Portanto, a mediunidade é o maior perigo para a alma que o autor conhece ou é capaz de conceber, exceto a prática da magia negra.

(Pergunta nº 120 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Sais Celulares – Por um Estudante

Há doze sais no corpo conhecidos como sais celulares; eles são vitais e representam os doze Signos do Zodíaco. Esses sais são necessários para construção do corpo. Não são sais minerais, como geralmente se supõe, mas sim vegetais. O mineral não tem Corpo Vital e é apenas por meio do Corpo Vital que a assimilação é conseguida. Por isso temos que obter esses sais por meio do Reino vegetal.

1. Para fazer download ou imprimir (e ter acesso as figuras, que muito ajudam na compreensão):

Livro: Os Sais Celulares – Por um Estudante

2. Para estudar no próprio site:

OS SAIS CELULARES

Por

Um Estudante

Fraternidade Rosacruz

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Coletado, Traduzido e Revisado de acordo com:

Artigo Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de agosto/1931 por Augusta Foss Heindel

Palestra proferida por Max Heindel na Pro-Ecclesia em 1914

Artigo Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro/1957

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.. 4

COMPRIMIDOS, CÁPSULAS E SAIS CELULARES. 5

COMIDA VIVA E O FOGO SAGRADO.. 9

A ASTRODIAGNOSE E OS SAIS DE SCHUESSLER.. 11

INTRODUÇÃO

Há doze sais no corpo conhecidos como sais celulares; eles são vitais e representam os doze Signos do Zodíaco. Esses sais são necessários para construção do corpo. Não são sais minerais, como geralmente se supõe, mas sim vegetais. O mineral não tem Corpo Vital e é apenas por meio do Corpo Vital que a assimilação é conseguida. Por isso temos que obter esses sais por meio do Reino vegetal.

O calor destrói o Corpo Vital da planta e sobra apenas a parte mineral. Portanto, se desejamos renovar o suprimento desses sais no nosso corpo, devemos obtê-los de vegetais não cozidos. Como cozinhar destrói os valiosos sais celulares, a nossa dieta deveria conter uma grande porcentagem de alimentos crus.

COMPRIMIDOS, CÁPSULAS E SAIS CELULARES

Augusta Foss Heindel

P. T. Barnum, o conhecido circense que teve experiências tão variadas na atração de multidões para seus espetáculos, fez a afirmação: “A cada minuto nasce um otário”. E certamente podemos acreditar que ele estivesse certo, quando vemos quantos estão prontos a seguir qualquer coisa que seja brilhantemente anunciada, prontos para seguir o falsário que paga preços fabulosos ao seu agente de publicidade para “colocá-la” no público.

As colunas de publicidade dos nossos jornais e revistas de saúde estão atualmente inundadas com publicidade gritante de sais celulares, que dizem conter vitaminas extraídas de vegetais e todo tipo de coisa que cresce sob o solo e acima dele, alegando que eles são a essência da vida e uma cura segura para anemia, tuberculose, problemas cardíacos, câncer e todas as outras doenças conhecidas que podem ser encontradas no dicionário médico.

Esses supostos sais que salvam vidas são vendidos por um preço que varia de um dólar a dois dólares por caixa, uma ou duas dúzias de pílulas ou cápsulas em uma caixa. Alguns são colocados em forma de pó. Afirma-se que contêm todos os doze sais necessários ao corpo humano. Eles são acondicionados em embalagens individuais e rotulados como “cálcio”, “enxofre”, “ferro”, “iodo” e assim por diante. Alguns estão vendendo esses sais de acordo com o horóscopo do paciente, afirmando que cada Signo do Zodíaco corresponde a um tipo particular de sal celular. Esses medicamentos que não contêm droga devem restaurar esse mineral que está faltando no corpo humano.

Mas quem, por favor, pode dizer do que o corpo do paciente realmente precisa? Apenas uma coisa é realmente necessária para todos nós, e isso é uma grande dose de força de vontade e bom senso. A humanidade precisa principalmente do alimento adequado e na quantidade certa. Muitos podem contar tudo sobre o corpo humano, podem ser capazes de nomear suas partes e órgãos e descrever suas funções, e podem ter passado por faculdades e ter Doutorado; mas, quando eles se sentam à mesa, o quanto melhor estão em relação à comida que comem, com todo o seu conhecimento, do que a pessoa que cava na rua? Eles, como o cavador de valas, geralmente comem o que sua natureza deseja. A quantidade também é determinada por seus desejos e geralmente é cerca do dobro do necessário para manter o corpo em boas condições. Pode-se dizer que a pessoa “cave sua cova com os dentes”.

Quando tal pessoa começa a sofrer, ele está pronto para gastar seus dólares em sais celulares que ele acha que o ajudarão a neutralizar a condição ácida do seu estômago e intestinos. Aproximadamente, quatro em cada cinco pessoas sofrem dessa fraqueza, que está na raiz de muitas doenças. Se pararmos para raciocinar, perceberemos que ninguém pode nos dizer a condição dos minerais em nosso corpo, a menos que pegue uma gota de sangue e a análise; portanto, como podemos adquirir conhecimento sobre isso de um total estranho que talvez esteja a centenas de quilômetros de distância? Quem deve julgar, a não ser nós mesmos, quando estamos violando as leis da natureza? Estamos comendo tanto que estamos desgastando nosso aparelho digestivo?

Estaríamos mastigando nossa comida às pressas, roubando-lhe assim os fluidos digestivos que são liberados pela mastigação e que devem ser trabalhados quando a comida se encontra na boca? Temos bebido muita água com nossa comida, o que causa hiperacidez? Ou nosso problema é causado por estimulação anormal? Ninguém além de nós mesmos pode dar as respostas a essas perguntas.

Mas, agora que o dano está feito, o que devemos fazer para repará-lo? O QUE DEVEMOS COMER?

Dentro dessas quatro pequenas palavras está toda a solução. O velho ditado de que “uma pessoa é o que ela come” é parcialmente verdadeiro. O Corpo Denso é a habitação do Deus interior, e se esse Deus deve estar confortável, Ele deve ter uma habitação limpa e agradável.

Quão cuidadosamente a pessoa seleciona o material, quando deseja construir uma casa! A madeira deve ser bem curada e todos os materiais de construção são cuidadosamente escolhidos para que a casa seja forte e resistente. Se escolhêssemos o melhor material para construir o templo humano, que mundo feliz seria este!

Consideremos agora a seguinte questão: se, por falta de vontade ou de julgamento enfraquecemos nosso templo terreno, como devemos repará-lo? Se estamos sofrendo de uma quantidade excessiva de ácido, devemos fazer um estudo dos valores dos alimentos para descobrir quais são formadores de ácidos e quais são aglutinantes, e devemos tentar equilibrá-los. A laranja é um dos presentes mais valiosos da natureza, pois é rica em sais alcalinos, que combatem a acidose e ajudam a estimular a ação peristáltica.

Em seguida, vem o belo e rico tomate, que é recheado com muito suco. Ele também é rico em elementos de ligação de ácido e pode ser dado com segurança até mesmo para bebês. Para neutralizar a acidez no sistema, recomenda-se uma quantidade generosa de alimentos ricos em elementos alcalinos, como feijão verde, vagem, cenoura, aipo, espinafre, salsa, pimentão, alface e acelga. Na linha de frutas, figos secos, ameixas secas, abacaxi, maçãs e mirtilos são benéficos.

O consumo excessivo de bebidas durante as refeições, especialmente bebidas estimulantes, é prejudicial. A água gelada é sempre prejudicial. Bebidas estimulantes excitam as células gástricas e as forçam a trabalhar demais para eliminar o líquido antes que a matéria volumosa possa ser tratada. Outra falha na alimentação é o uso excessivo de pão e batatas, principalmente o pão branco. Isso é causa de acidose. Todo o excesso de ácido produzido deve ser transportado pelos rins. Considere esses pequenos órgãos através dos quais corre um fluxo constante de fluidos venenosos. Quanto tempo você acha que uma caixa de metal duraria, se venenos poderosos estivessem constantemente fluindo por ela? Então, como podemos esperar que esses pequenos órgãos façam o impossível? Como podemos esperar que a carne macia e os músculos do corpo humano continuem a resistir a tais ataques por cinquenta, sessenta ou setenta anos? Não pode ser feito com sucesso, mas é isso que a pessoa, em sua ignorância egoísta, espera da natureza.

Para resumir todo esse problema de saúde, afirmamos que, se uma pessoa deseja ser feliz, saudável e sábia, deve aprender a tornar-se o “senhor do seu próprio templo”. Para se tornar um mestre construtor, ele deve aprender a escolher e usar apenas o melhor e mais duradouro material, e então o Espírito que habita dentro do templo ficará confortável e o caminho da evolução será encurtado.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de agosto/1931 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

COMIDA VIVA E O FOGO SAGRADO

Max Heindel

“Há doze sais no corpo. Eles são muito vitais e representam os doze Signos do Zodíaco. Esses sais são necessários para a construção do corpo. Eles não são sais minerais como geralmente se supõe, mas são vegetais. O mineral não tem Corpo Vital e é somente por meio do Corpo Vital que se faz a assimilação, por isso temos que obter esses sais do reino vegetal.

Os médicos afirmam que fazem isso na composição de seus remédios, mas não sabem que o fogo usado no processo expulsa e destrói o Corpo Vital da planta, assim como a cremação faz com o nosso corpo, e deixa apenas as partes minerais. Portanto, se desejamos renovar o suprimento de qualquer sal em nosso corpo, devemos obtê-lo das plantas cruas. Assim é que deveriam ser administrados aos enfermos.

Não devemos, todavia, chegar à conclusão de que cada um de nós teria que deixar de comer carne e dedicar-se a comer vegetais crus. Em nosso estado atual de evolução são muito poucos os que podem fazê-lo. Você e eu, vivendo como vivemos entre tantas vibrações materialistas, devemos tomar cuidado para não aumentar a vibração dos nossos corpos muito rapidamente, pois temos que continuar a trabalhar entre essas outras condições e devemos ter um corpo adequado para o trabalho. Mas vamos manter o pensamento de vibração mais elevada sempre conosco.

Há no crânio, na base do cérebro, um fogo. Ele queima continuamente na medula, e, como o fogo no Altar dos Sacrifícios do Tabernáculo no Deserto, é de origem divina. Esse fogo emite um som cantante como o zumbido de uma abelha, que é a tônica do indivíduo, e como a tônica do arquétipo ele constrói e cimenta essa massa de células conhecida como nosso corpo. Esse fogo queima alto ou baixo, claro ou turvo, de acordo com o alimento que damos a ele.

Há fogo em tudo na natureza, exceto no reino mineral, que não tem Corpo Vital e, portanto, nenhum caminho para a entrada do Espírito de Vida, o fogo. Reabastecemos esse fogo sagrado em parte com a força vital do Sol que entra no Corpo Vital através da contraparte etérica do baço e procede de lá para o Plexo Celíaco, onde é colorido e então levado para cima, através do sangue. Também alimentamos esse fogo com o fogo vivo que absorvemos dos alimentos crus que comemos e assimilamos.” (Princípios Ocultos de Saúde e Cura – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz).

O trabalho em nossos corpos, a atividade dos nossos órgãos, é realizado por outros espíritos que não o Ego que trabalha em nós. O Ego atua apenas no sangue, mas esses outros espíritos atuam sobre nós através do Espírito Planetário, de acordo com a parte do corpo sob o controle de qualquer Planeta em particular. Alguns dos Espíritos que trabalham sobre nós são nossos chamados amigos mortos. Na Região do Pensamento Concreto eles aprendem a construção do corpo e trabalham em nossos corpos para aperfeiçoá-los. Também do Mundo do Desejo vêm certos espíritos chamados pelos persas de izzards. Eles são muito numerosos. Eles selecionam inteligentemente o nutriente da comida e constroem o corpo conforme necessário.

(Palestra proferida por Max Heindel na Pro-Ecclesia em 1914)

A ASTRODIAGNOSE E OS SAIS DE SCHUESSLER

No estudo da Astrodiagnose olhamos, primeiramente, para qualquer Astro com algum Aspecto adverso no mapa astral, depois para o Signo onde ele se encontra e, então, para a posição nas Casas. Naturalmente, um Astro com Aspecto adverso exercerá diferentes efeitos sobre a saúde conforme o Signo em que esteja localizado, pois cada Signo governa uma parte diferente do corpo humano e como cada Aspecto envolve dois Planetas, ou luminares, em Signos diferentes, exceção feita à Conjunção, o efeito de ambos os Astros deve ser considerado. Leve-se em conta também que a 1ª Casa e a 6ª Casa são dois pontos vitais para a Astrodiagnose, pois a primeira representa o corpo e a última, a saúde.

Tudo o que foi dito, até aqui, constitui o procedimento habitual pelo qual o Estudante pode determinar pontos frágeis na anatomia. Esses pontos frágeis podem levar a doenças graves quando ativados por negligência à saúde e não importa se a negligência foi proposital ou devida à ignorância. Pontos frágeis no mapa natal são indicativos de doenças físicas e são sempre o resultado da falta de exercício da vontade em vidas passadas. A reação na vida presente ocorre no veículo oposto, assim, a falta de ação mental apropriada determina uma reação no Corpo Denso. Isso ocorre devido a um defeito no arquétipo, produzido pelo indivíduo durante a preparação para o renascimento. Qualquer que seja a falha na utilização positiva da vontade no passado, da mesma maneira ocorrerá a impossibilidade de usá-la satisfatoriamente quando da construção do arquétipo para a próxima vida.

Podemos, então, verificar o quanto é necessário e importante utilizar, construtivamente, a vontade no controle das inclinações negativas em relação a certos tipos de alimentos que possuem ação prejudicial sobre o corpo físico. Assim procedendo, estamos aptos para construir corretamente, na próxima vida, a parte deficiente do Corpo Denso.

Conhecer, por meio do mapa atual, as tendências dos pontos mais fracos, constitui o único passo na direção correta. É tão importante quanto saber o que fazer para superar a fraqueza antes que se torne aguda; para isso há necessidade do auxílio de um médico.

É necessário conhecer e aceitar o fato de que um Planeta ou luminar, com Aspectos adversos, constitui uma indicação de que houve transgressão das leis da Natureza na vida anterior. Essa deficiência aí está para ser superada na vida atual mediante a vontade ou sucumbir novamente. O reto viver pode manter adormecidos esses pontos fracos e quando isso acontece significa que a pessoa está controlando sua fraqueza particular.

Os mesmos pontos fracos podem surgir por várias razões: medo, raiva, preocupação, tensão nervosa e pensamentos constantemente negativos. Entretanto, a causa mais frequente de todas é representada pela alimentação inapropriada. Somos inclinados sempre a comer demais. Comemos por prazer, para satisfazer o paladar e não para as necessidades nutricionais.

Há algumas pessoas que pensam que podem comer como quiserem, sabendo que o que comem não é nutritivo, e então tentam ajustar a deficiência nutricional na dieta tomando pílulas de vitaminas. Essa é uma maneira artificial de obter nutrição, mas pode ajudar se o organismo reagir adequadamente às pílulas de vitaminas. No entanto, é um fato conhecido que algumas pessoas não respondem adequadamente às pílulas de vitamina no processo de metabolismo.

A melhor forma de se alimentar consiste em utilizar a alimentação natural sempre que possível. No entanto, nem todos os alimentos nutrem todos da mesma maneira, como bem sabemos. Cada pessoa tem necessidades individuais em relação ao tipo e a quantidade de minerais necessários à manutenção do Corpo Denso, e a Astrologia Rosacruz auxilia a determinar essas necessidades.

Em 1873, o médico alemão Willian H. Schuessler publicou uma série de trabalhos científicos provando que determinados sais minerais, chamados por ele de Sais tissulares, eram vitais para o funcionamento normal do corpo físico. Concluiu então que 12 sais tissulares são vitais para a função da célula.

Cada Signo do Zodíaco rege um sal celular no Corpo Denso. A deficiência de um desses 12 sais leva a um desequilíbrio da estrutura química do Corpo Denso.

Os sais tissulares de Schuessler, também denominados de Sais Celulares Zodiacais, com os respectivos Signos governantes são os seguintes, com a abreviação latina correspondente:

  • Áries – Fosfato de potássio – Kali. Phos.
  • Touro – Sulfato de sódio – Nat Sulph
  • Gêmeos – Cloreto de potássio – Kali Mur
  • Câncer – Fluoreto de sódio – Calc. Fluor
  • Leão – Fosfato de magnésio – Mag. Phos
  • Virgem – Sulfato de potássio – Kali Sulph
  • Libra – Fosfato de sódio – Nat. Phos
  • Escorpião – Sulfato de cálcio – Calc. Sulph
  • Sagitário – Dióxido de silício – Silica |
  • Capricórnio – Fosfato de cálcio – Calc. Phos |
  • Aquário – Cloreto de sódio – Nat Mur.
  • Peixes – Fosfato de ferro – Ferr. Phos.

Em relação aos sais de Schuessler pode-se afirmar que podem ser ingeridos com outros medicamentos sem causar mal algum. Também não há o perigo de superdosagem. Devem ser dissolvidos na língua e começam a agir em poucas horas. Nas doenças crônicas, há necessidade de ingerir os sais por vários meses para que os resultados possam ser percebidos, às vezes até por 6 meses.

Podem ser ingeridos como comprimidos ou usados através de aplicações externas. Por exemplo, cortes e abrasões curam-se mais facilmente com a aplicação local de Ferr. Phos. (10 comprimidos dissolvidos em meio copo de água fervida e fria).

Em relação à Astrologia Rosacruz, haverá maior necessidade do sal correspondente aos Signos onde estiverem a Lua e os Planetas com Aspectos adversos.

Os comprimidos de sais tissulares podem ser encontrados em farmácias homeopáticas, embora não sejam medicamentos homeopáticos e sim, bioquímicos. Um medicamento selecionado de acordo com o princípio da similaridade é um medicamento homeopático, enquanto um medicamento que é homogêneo em relação às substâncias minerais do organismo, com seu uso baseado na química fisiológica, constitui um medicamento bioquímico.

Caso você tenha dificuldades para adquirir os comprimidos desses sais, segue uma lista dos Signos, Astros Regentes, sais correspondentes e alimentos ricos desses sais:

SignosRegenteSal CelularAlimentos que contém
ÁriesMarteFosfato de Potássiomaçãs, couve-flor, pepino, repolho, raiz forte, feijão, lentilha, alface, azeitona, cebola, abóbora, espinafre
TouroVênusSulfato de Sódiobeterraba, couve-flor, repolho, pepino, cebola, abóbora
GêmeosMercúrioCloreto de Potássioaspargo, feijão verde, beterraba, cenoura, couve-flor, milho, aipo, laranja, pera, pêssego, abacaxi, espinafre, tomates
CâncerLuaFluoreto de Cálciorepolho, couve-flor, queijo, gema de ovo, alface, leite, tomate, agrião
LeãoSolFosfato de Magnésioaspargo, maçã, amêndoas, cevada, amora, milho, coco, pepino, figo, ovos, laranja, cebola e trigo
VirgemMercúrioSulfato de Potássioamoras, escarola, cerejas, cenoura, lentilha, vegetais folhosos, aveia, pêssego, centeio, trigo integral
LibraVênusFosfato de Sódiomaçãs, amêndoas, aspargo, beterraba, aipo, milho, cenoura, coco, figo, ervilhas, arroz, uvas passas, morangos, trigo, agrião
EscorpiãoPlutãoSulfato de Cálcioaspargo, couve-flor, cereja, cacau, figo, alho, couve, cebola, ameixa, nabo, alho poró, amoras e morangos
SagitárioJúpiterSilícioaspargos, amêndoas, cevada, cenoura, figos, alface, aveia, ervilha, amoras, trigo
CapricórnioSaturnoFosfato de Cálcioaspargo, feijão, amoras, cevada, pepino, cacau, alface, lentilhas, leite, centeio, trigo
AquárioUranoCloreto de Sódiomaçãs, aspargo, beterraba, cenoura, repolho, cacau, pepino, lentilhas, leite, rabanetes e morangos
PeixesNetunoFosfato de Ferroaspargo, beterraba, cenoura, fruta-do-conde, uvas, uva-passa, espinafre, gema de ovo, alface

Há muito mais valor nutritivo obtido de alimentos que podem ser consumidos crus do que daqueles que devem ser cozidos, pois contêm o fogo vivo da vida. Cozinhar tende a desvitalizar os alimentos e, da lista acima, os alimentos consumidos crus fornecerão a maior nutrição. Os Iniciados em Iniciações Maiores ou Cristãs praticamente vivem de tais alimentos, e são capazes de manter uma vida de ordem muito elevada consumindo muito menos alimentos do que o indivíduo comum, que não segue esta regra natural.

As influências astrais dos alimentos são: Júpiter: amidos, gorduras e óleos; Marte: condimentos e outros alimentos estimulantes; Vênus: doces; Lua: alimentos que contém muita água e salgados; Mercúrio: alimentos que fortalecem os nervos; Saturno: alimentos para construção óssea.

Na seleção de alimentos adequados para a nutrição devemos ter em mente que, embora precisemos de todos os tipos de alimentos mencionados acima, há uma reação negativa e positiva a aspectos que influenciam nossa escolha e desejo por alimentos. Amidos, óleos e gorduras são muito necessários na dieta, mas podemos exagerar no uso eles, o que não é propício para uma boa saúde. Uma pessoa com Júpiter que apresenta Aspecto adverso (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções) no mapa natal tende a reagir negativamente a essa radiação. A qualidade expansiva de Júpiter é frequentemente mal aplicada. Quando esse Planeta está em Touro em um mapa natal, há uma tendência a “fazer da cozinha a razão de viver”. Júpiter com Aspecto adverso em Câncer proporciona uma tendência a comer demais. Isso pode resultar em doenças estomacais, com Câncer governando essa parte da anatomia. Há também uma forte inclinação neste aspecto para exagerar em todos os tipos de carboidratos.

Quando Vênus está com Aspecto adverso (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções), há uma tendência a comer excessivamente açúcar e doces. Isso é especialmente aplicável quando Vênus está em Câncer e por reflexo em Capricórnio. Essas pessoas precisam controlar essa tendência, porque Câncer governa a glândula pancreática, e pode resultar em diabetes. Quando Vênus está com Aspecto adverso em Touro, há também uma forte tendência a gostar muito de doces, pois esse Signo rege o paladar. Se reagirmos positivamente aos aspectos de Vênus, obteremos a energia de que precisamos dos doces, incluindo alguns açúcares integrais, como mel, melaço, açúcar mascavo e frutas doces na dieta, em vez de comer muito açúcar branco desvitalizado, refrigerantes, picolés e doces.

O sal que o corpo humano necessita deve ser obtido principalmente de vegetais frescos, mas quando a Lua está com Aspecto adverso (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções), a tendência é usar sal refinado com muita liberdade, o que não é nada recomendado.

Um Marte com Aspecto adverso (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções) proporciona uma inclinação para se entregar muito livremente a condimentos e alimentos estimulantes, especialmente no Signo de Câncer, e por reflexo em Capricórnio. No primeiro, pode causar distúrbios inflamatórios do estômago e, no segundo, distúrbios gástricos. A estimulação que tais pessoas desejam na comida pode ser obtida naturalmente nos alimentos listados aqui sob os Signos regidos por Marte.

Os alimentos necessários para o sistema nervoso estão listados sob os Signos regidos por Mercúrio, e os alimentos para a construção óssea estão listados sob Capricórnio,

Na questão da alimentação adequada, precisamos olhar para a localização de Saturno no mapa natal. Quando Saturno está em Câncer, pode haver obstrução ao fluxo de sucos gástricos no estômago que são necessários para a digestão adequada. Isso também se aplica por reflexo quando Saturno está posicionado em Capricórnio. Em ambos os casos, os alimentos que são facilmente digeridos devem ser consumidos. Quando Saturno está em Virgem, há necessidade de comer alimentos que sejam facilmente assimilados no processo de digestão intestinal, porque esse Signo rege o intestino delgado e Saturno aqui pode restringir a assimilação adequada dos alimentos. Saturno nesse Signo também torna a pessoa muito crítica e exigente em relação aos alimentos que, por reação mental, podem interferir na digestão adequada.

A natureza fornece tudo o que precisamos para a nutrição corporal, mas cada indivíduo deve aprender a selecionar adequadamente para suas necessidades, conforme indica seu mapa natal.

Para finalizar, devemos lembrar que os sais tissulares são seguros, que ajudam o organismo a se auto-curar e que, diferentemente dos medicamentos alopáticos receitados pelos médicos clássicos, os sais tissulares podem ainda desencadear um processo natural de cura para o corpo físico, às vezes de maneira desconhecida.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro/1957 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

Idiomas