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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Hierarquias Zodiacais – Libra: Estabilidade e Equilíbrio

(*) Advertência:

A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próxima do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau);

Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela.

Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição;
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus dessa podem modificar a descrição.

Em tais casos o Estudante deve usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.

(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

“Aqueles que sabem não contam; aqueles que contam não sabem”. Essa observação, atribuída ao filósofo chinês Lao Tse, é digna de meditação. Expressa uma profunda verdade espiritual e uma característica de Libra.

Os nativos de Libra podem possuir uma forte segurança interior, se usarem a força que está ao seu alcance. Reflexão tranquila e a calma são as forças desse Signo. Os nativos de Libra sabem que tudo precisa acontecer de acordo com a medida exata da lei e que nenhuma interferência humana alterará princípios ou fatos. Libra reconhece, com naturalidade, que um fato que nos aparece é uma coisa suprema para o qual não há apelação e que, diante dele, a única atitude a tomar é trabalhar com humildade quase religiosa.

As qualidades dos nativos de Libra, equilíbrio e cautela, estão encobertas pelo trabalho das leis da vida. Todo valor essencial ao bem-estar de cada chama individual de Deus tem um lugar seguro no caminho evolutivo do Espírito, desde a consciência profunda do essencial até a manifestação da vida sobre o plano físico, como é de nosso conhecimento, hoje.

A Hierarquia Criadora de Libra aumenta a Individualidade que, por sua vez, amplia os poderes do Espírito desperto.

Cada estágio de desenvolvimento alcançado pelo Aspirante à vida superior eleva a consciência a um grau, até agora, nunca atingido.

Com a iluminação divina veio a certeza da consciência de Deus em tudo da vida e a Individualidade do ser humano se amplia para que tudo seja incluído em um modelo harmonioso.

Isso é Libra, reconhecendo, consciente ou inconscientemente, o valor em todas as fases da vida. Libra representa a sétima das Hierarquias Zodiacais e, além disso, é o ponto decisivo no Zodíaco. Libra é aberta e profunda. Nessa Hierarquia estão contidas forças de vida, isoladas e reservadas, para serem usadas pelo ser humano à medida que  se esforça para a libertação de sua escola terrena. Como ponto decisivo, Libra representa um estágio em que as condições passadas, presentes e futuras são pesadas e testadas para descobrir-se o que é necessário para o contínuo bem-estar e progresso de vida.

Estudamos, anteriormente, as forças em potencial contidas nos domínios muito além da consciência humana, mas agora chegamos mais próximos das forças que, na verdade, movimentam nosso esquema atual de vida.

Com a aspiração de divindade e com as forças das Hierarquias anteriores (de Áries até Virgem) como base, os nativos de Libra têm uma tarefa a cumprir e um propósito para viver. Observou-se que somos, geralmente, julgados pela maneira como agimos e Libra percebe isso. Libra sente as responsabilidades da vida, mas esse contato é ainda pequeno. No momento em que a divindade, dentro do coração do ser humano, seja transformada em luz e a chama da vida faça com que a humanidade fique mais próxima à realização da Verdade Cósmica, então, as possibilidades dos nativos de Libra desabrocharão.

Esse é um desafio para que todos procurem e encontrem a luz que levantará o véu de escuridão da fronte perturbada de um mundo faminto de verdades espirituais, que elevem a alma.

Chave para Harmonia Rítmica

A chave para a harmonia rítmica é encontrada na realização da paz e do equilíbrio infinito. As chamas da vida movimentam-se nas profundezas da consciência do ser humano e, em estágios anteriores de desenvolvimento, ele estava mais intimamente ligado às forças da divindade. Com a soma das forças de cada Hierarquia sucessiva e com Libra, a consciência plena do Espírito Virginal se perde. À medida que a Individualidade aumenta, o Espírito do ser humano reveste-se, aos poucos, de faculdades adquiridas de percepção material até parecer que perdeu todo contato com sua Fonte. Gradualmente, porém, o Espírito é forçado a dirigir sua consciência para dentro, para encontrar-se a si próprio como um Ego, separado e distinto, mas, ao mesmo tempo, unido e unificado a todos os outros. O Espírito criou um sentimento de separação com a finalidade de crescer, mas agora precisa libertar-se dessa ilusão e trazer de volta a plena consciência do divino.

A força da Criação está contida em todo Signo do Zodíaco. Cada Hierarquia sucessiva oferece faculdades ou condutores de percepção (expressão) que são acrescentadas à última força em desenvolvimento.

Com Libra vem um resumo de tudo, e os filhos desse Signo bebem da fonte da eterna juventude desde que se abram ao potencial indicado por essa Hierarquia Criadora. Libra é representada por mãos estendidas segurando os pratos de uma balança, pois aqui está o ponto de equilíbrio. Aqui o fluxo constante da vida interior e exterior está dividido e dirigido. Libra está no limiar de uma grande aventura. No passado houve todo tipo de experiência – associações com seres criadores além da compreensão, desde Áries, o Senhor de tudo, até Virgem, a quieta, bondosa e suave alma da divina castidade e a vida fluiu em abundância. À frente de Libra está a terra escura e misteriosa de Escorpião e os princípios de vida cada vez mais absorventes que se manifestam nas Hierarquias Criadoras remanescentes. Como Libra olha do passado, no presente, para o futuro, há uma completa sondagem da profundeza do caráter daqueles que irão avançar para além do horizonte da compreensão mortal. Libra possui o segredo do tempo (Saturno é exaltado aqui) e esses filhos exemplificam um estágio de desenvolvimento ajustado a um grau de ritmo e harmonia delicadamente afinados, mas requerem disciplina rígida para manter um equilíbrio na escola da vida.

Igualdade e beleza são as virtudes de Libra e indicam a relação de Vênus com esse Signo. Libra não é nem macho nem fêmea; seu amor é muito perfeito, pois não é perturbado pelo mistério do sexo. Libra adquiriu estabilidade e equilíbrio. O total de experiências na vida, uma vez preservadas em perfeito equilíbrio, leva à paz derivada de uma existência completa e profunda. Libra tem o gosto pelos assuntos do mundo e, enquanto aprecia a experiência valiosa que irá adquirir daí, também reconhece uma existência superior, bem longe dos prazeres comuns e das coisas em geral.

Signo da Beleza

Libra é beleza, uma beleza adquirida do reflexo suave, da luminosidade da alma, de um Espírito desperto. Aqui, o Ego chega a um ponto, em sua viagem evolutiva, em que ele é colocado na balança de Libra, o lado escuro em contraposição ao claro, o material em contraposição ao espiritual, e mostra sua medida exata de crescimento. Libra possui um compartimento secreto profundo e escondido, através do qual toda vida precisa passar. Muitas coisas secretas podem ser aprendidas pela meditação e pela atenção aqui, pois os Deuses reúnem e dirigem tudo para seus devidos lugares.

Libra nos diz para ouvirmos nossos corações, para procurarmos, nesse compartimento interior, o tribunal da verdade. Libra precisa ir para o interior, encontrar justiça e amor e fazer tudo novo, à medida que a vida caminha. Nas reflexões interiores esses nativos sempre receberão uma resposta, particularmente no ponto em que são levados pelo amor, piedade e devoção. Libra também sabe falar firme e severamente. Isso veste o filho de Libra de um manto de justiça e ele pode expressar julgamentos valiosos quando requeridos.

Os nativos de Libra estão livres das muitas armadilhas da vida. Muitos problemas e distúrbios da humanidade desaparecem antes que o ser humano venha sob a influência de Libra, porque as lições da vida Terrena deverão ser absorvidas de maneira mais delicada.

Libra tem a facilidade de aprender pela observação e desde que casos e problemas sejam julgados do ponto de vista mais elevado e mais amplo, os filhos do Signo do equilíbrio recebem toda consideração no crescimento e desenvolvimento.

Os filhos de Libra são belos e delicados, amando o lar e lugares sossegados e escondidos. Não são viajantes, pois seus pensamentos se voltam para lugares e as lições da vida. Esses nativos precisam estar com quem amam; muito importante, para eles, compartilhar devoção com aqueles que estão perto de seus corações. Frequentemente ficam deprimidos se deixados sozinhos, pois não são tão autossuficientes quanto outros, nesse aspecto. Porém, Libra, por si mesma, expressa uma força, um desejo e uma Individualidade que ampliam a consciência do ser humano e ele começa a movimentar-se como jamais o fizera antes. Libra pode resolver melhor os problemas da vida indo para lugares quietos e ficando na solidão.

Sensível ao extremo, Libra, naturalmente, sente os impactos da vida mais do que, normalmente, se tem conhecimento. Libra não se curvará a um extremo violento, embora “paz a qualquer preço” seja uma consideração importante na vida desse nativo. Sua política de tato é baseada não no medo ou fraqueza, mas em uma compreensão dos valores construtivos da vida que dão ênfase à estabilidade, sob todas as circunstâncias. Uma rápida identificação de situações perturbadoras solicita a atitude quieta e atenciosa de Libra que, por sua vez, frequentemente, pode dominar o problema antes que fique fora de controle.

Libra diz: pare e examine seus problemas com calma. Pese e julgue todas as coisas com cuidado. Todo sacrifício abnegado é válido, quando leva à paz e à prosperidade. A ação destrutiva retarda o crescimento; a construtiva e o equilíbrio trazem uma renovação de vida.

Os nativos de Libra, misturando suas faculdades interiores equilibradas, geralmente sabem o que pretendem alcançar. Usando justiça e excelente julgamento – características positivas do nativo de Libra – quase sempre exercem controle sobre decisões tomadas e ações executadas. Quando reconhecem seu débito para com a sociedade e aceitam as responsabilidades envolvidas, os serviços prestados levam a um grau de felicidade nunca alcançadas de outra maneira.

Saturno, exaltado em Libra, traz uma mensagem significante. Muito frequentemente a destruição é considerada como a chave de Saturno, mas também salienta responsabilidades que precisam ser reconhecidas, aceitas e conduzidas. Assim, embora Saturno seja conhecido pela obstrução, seu raio é, na verdade, construtivo e substancial. Toda tendência à indolência ou preguiça é condenada; Saturno não suporta negação, falta de atenção e indisciplina a fatos e detalhes.

As forças espirituais de muitas pessoas foram mal-usadas ou enfraquecidas em vidas passadas, porque se concentraram em ganhos materiais em detrimento de forças mais elevadas. Para cada sucesso recebido na vida, Libra precisa pagar em alguma medida. Caso contrário haverá um desequilíbrio que terá que ser retificado. As pessoas de Libra precisam expressar critérios elevados, se esperam algum grau de paz interior e serenidade. São muitos influenciados pelo pensamento e pela vibração. Seus próprios pensamentos são muito importantes para seu bem-estar e sentem a necessidade de construir harmoniosamente para a felicidade. As pessoas de Libra deveriam aprender, desde cedo, que céu e inferno estão em suas próprias Mentes. Desânimo ou melancolia não são suficientes para impedi-los de serem bem-sucedidos, mas passam por muitos problemas desnecessários por causa de suas fortes emoções. Quando Libra equilibra seus pratos haverá mais segurança para eles e maiores vantagens para aqueles que estão intimamente associados a esses filhos da luz.

Libra pode facilmente ficar amuado e sentir-se sempre insultado. Obviamente, essa não é uma característica positiva, mas a ação construtiva em direção a um objetivo definido pode vencer essa irritação pessoal. Com Libra, excessos ou ações incorretas levam à melancolia e ao ciúme. Se essas peculiaridades forem expressas, terão uma tendência a envelhecer o indivíduo prematuramente, esgotando o sistema nervoso. Normalmente os iluminados nativos de Libra não toleram estagnação, perda de esforço ou tristeza por algo que poderia ter sido feito. O sucesso está na habilidade de olhar para a frente, para oportunidades maiores e mais amplas.

Os nativos de Libra fazem bem ao perguntarem: “Como posso viver melhor a vida; o que pode ser eliminado para produzir maior felicidade para um número maior de pessoas?”.

A necessidade de fazer essa pergunta resulta da decepção e dos problemas em encontrar felicidade nas coisas comuns e materiais do mundo. Depois de muitas lições, durante muitas vidas, Libra adquire estabilidade e equilíbrio, qualidades enfatizadas nessa Hierarquia Criadora individualizada.

Os nativos de Libra gostam de se apresentar elegantes e asseados e sua aparência é sempre impecável. Com a faculdade de estar bem-vestidos, sob todas as circunstâncias, usam roupas que, naturalmente, os faz sobressair em qualquer grupo. Seja devido à aparência pessoal, ao lar ou negócios, há um orgulho e uma dignidade suave nesse nativo, dignas de atenção e respeito especiais.

Embora os nativos de Libra não sejam muito apegados aos estudos é surpreendente o quanto aprendem ouvindo atentamente os outros. Vênus, o governante de Libra, acrescenta uma fartura de talento e harmonia na expressão, o que dá os meios para o sucesso através de inspiração e julgamento. A realização não é “miraculosa” para Libra; é obtida pela atenção e prontidão mais a vontade de viver positivamente. Qualquer um pode seguir a mesma prática, até com maior sucesso, se tiver vontade.

A consciência de Libra não é inerte; a Mente, profundamente penetrante desses indivíduos, equilibra todas as coisas cuidadosamente. Ambição pessoal, aclamação do mundo e outras coisas semelhantes precisam ser secundárias em suas vidas. Os nativos de Libra serão inteligentes se procurarem satisfação servindo e abençoando os outros, sem tentar ganhar vantagens compensadoras para si próprios.

(De Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 2: As Constelações e Signos do Zodíaco

Sobre as constelações, deve-se lembrar que no âmbito astronômico trata-se de grupos de estrelas localizadas em nossa galáxia que se chama Via Láctea.

Nossa galáxia compreende entre 200 e 400 bilhões de estrelas e se estende por mais de cem mil anos-luz (um ano-luz equivale a viajar 9.500 bilhões de km).

Ela recebe esse nome de Via Láctea porque sua protuberância central aparece como uma longa trilha esbranquiçada no céu noturno devido ao empilhamento de bilhões de estrelas.

Até o início do século 20, os astrônomos concordavam que objetos celestes chamados “nebulosas” faziam parte da Via Láctea. A partir de 1924, Edwin Hubble (1889-1953) demonstrou que certas nebulosas eram, de fato, outras galáxias distantes da nossa por vários milhões a vários bilhões de anos-luz (a mais próxima é Andrômeda, de 140 mil anos-luz de diâmetro, localizada a 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea – estima-se que existam 1.000 bilhões de estrelas).

Acrescentemos que, graças ao telescópio espacial Hubble, em 2017, o número de galáxias em nosso universo observável é estimado em 2.000 bilhões.

Mas, voltando às constelações. As estrelas que formam as constelações estão bem “próximas” de nós: de algumas dezenas a algumas centenas de anos-luz.

Por exemplo:

• Antares que, dada a Precessão dos Equinócios, está atualmente a 10° no Signo de Sagitário, na verdade faz parte da constelação de Escorpião e está a 360 anos-luz do nosso Sistema Solar;

• Regulus está na constelação de Leão, a 56 anos-luz de nós;

• Aldebaran está na constelação de Touro, a 57 anos-luz de nós.

Existem atualmente 88 constelações, incluindo as vistas pelo hemisfério norte e hemisfério sul da Terra.

Em 1930, a União Astronômica Internacional aceitou a delimitação, que guarda certa arbitrariedade, dessas 88 constelações, escolhidas pelo astrônomo Eugène Delporte (1882-1952).

As constelações que nos interessam na Astrologia estão localizadas nas proximidades do curso aparente do Sol que é representado por um grande círculo da esfera celeste chamado de eclíptica (do ponto de vista geocêntrico).

Elas são chamadas: constelações do Zodíaco. “Zodíaco” vem da palavra grega “zodiakos” que significa “roda de seres vivos”, “zodiaion” sendo um diminutivo de “zoon” que significa “animal”.

Essas constelações são em número de 12, a saber: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, Peixes.

Agora, como veremos com mais precisão, as constelações não devem ser confundidas com os Signos astrológicos de mesmo nome.

Primeira diferença entre os Signos e constelações do Zodíaco:

• Os Signos são todos de 30° e têm como ponto de partida um dos dois pontos de intersecção da Eclíptica com o Equador Celeste, denominado ponto vernal (ou ponto gama). Esse é o ponto onde o Sol está, todos os anos, no primeiro dia da primavera no Hemisfério Norte, e corresponde ao 0° do Signo de Áries.

• As constelações do Zodíaco não são exatamente 30°. Por exemplo, com o fatiamento de Delporte, a constelação de Virgem cobre 46°, enquanto a de Libra cobre 18° (esses são os casos extremos).

Segunda diferença: algumas constelações se sobrepõem parcialmente (por exemplo, as constelações de Aquário e Capricórnio têm cerca de dez graus “em comum” na eclíptica).

Outra diferença fundamental: pelo efeito combinado da atração do Sol, da Lua e dos Planetas, a Terra tem um movimento semelhante ao de um pião que faz com que o ponto vernal (e, consequentemente, todos os Signos) se movam em relação às constelações do Zodíaco em 1° em 72 anos, ou seja, aproximadamente 25.800 anos para completar uma “volta completa” na direção: Áries, Peixes, Aquário etc.

Esse movimento é chamado de Precessão dos Equinócios. Devido à extensão variável das constelações do Zodíaco, essa coincidência é apenas muito aproximada e válida apenas alguns anos a cada 25.800 anos.

Quando o ponto vernal se move de uma constelação para outra, há uma mudança de Era zodiacal. A relativa arbitrariedade na delimitação das constelações não facilita a datação.

Max Heindel nos diz que a coincidência entre os dois Zodíacos ocorreu pela última vez em 498 d.C. (então entramos, nessa data, na Era de Peixes) e que a Era de Aquário começará por volta de 2600, mas já estamos em sua Órbita de Influência.

É sobretudo por causa desse fenômeno de Precessão dos Equinócios que o Zodíaco tropical (ou intelectual) formado pelos Signos é geralmente usado na Astrologia e não o Zodíaco sideral (ou natural) formado pelas constelações.

Acontece que esse fenômeno de Precessão dos Equinócios continua sendo o primeiro embate dos adversários da Astrologia (o outro é o sistema heliocêntrico).

E ainda nos oferece, ao contrário, uma grande prova, entre outras, da validade da Astrologia, com a consideração das diferentes Eras: Touro, Áries, Peixes, Aquário, etc. com elementos históricos relacionados com a natureza dos Signos correspondentes.

Sobre as constelações, podemos notar que praticamente nada de objetivo na disposição das estrelas que as constituem permite ver um carneiro, um touro etc.

Provavelmente são as faculdades de Clarividência dos descendentes atlantes que estiveram no ponto de partida da Astrologia.

Isso constitui uma explicação mais plausível do que a transmissão do “boca a boca” no que diz respeito às semelhanças das mitologias na Mesopotâmia, na Grécia, nos países nórdicos e celtas, na civilização pré-colombiana, mesmo no Extremo-Leste.

Os astrólogos que, por uma razão ou outra, querem ignorar o esoterismo, afirmam que séculos de observação mostraram que o planeta Marte corresponde ao espírito guerreiro, Vênus à beleza e ao amor, etc., e que seria o mesmo para o simbolismo dos Signos.

Um meio-termo satisfatório pode ser alcançado, reconhecendo que o conhecimento astrológico que se desenvolveu ao longo dos séculos não se deve apenas à Clarividência, mas que também houve pesquisas com “tentativa e erro”, bem como transmissão de geração em geração.

Isso é confirmado por Max Heindel, em resposta a uma pergunta sobre Astrologia heliocêntrica:

“Aqueles que basearam suas pesquisas na Astrologia geocêntrica registraram durante séculos suas observações sobre as influências astrais desse ponto de vista” (Pergunta nº 160 do Livro Filosofia da Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume 1 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz).

(de: Introduction: L’astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 1

Antes de entrarmos no assunto acima propriamente dito, comecemos com algumas citações de Max Heindel, expostas abaixo, para que possamos nos situar dentro do espírito da Astrologia segundo os Ensinamentos Rosacruzes.

O Zodíaco e os Astros são como um livro, no qual podemos ler a história da humanidade durante eras passadas, nos dando, também, uma chave para o futuro que está reservado para nós.” (Livro: A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Moisés recebeu ordem de tirar suas sandálias ante à sarça ardente, em reconhecimento ao fato de que se encontrava em SOLO SAGRADO, um lugar iluminado por uma presença Espiritual. (…) podemos dizer que o SOLO sobre o qual Moisés se encontrava não era mais sagrado do que aquele em que se situa o astrólogo, quando tem em suas mãos um horóscopo”.

A Lei de Consequência também age em harmonia com as estrelas. Assim, um ser humano nasce quando as posições dos Corpos do Sistema Solar proporcionam condições necessárias para sua experiência e progresso na Escola da Vida. Por essa razão a Astrologia é uma ciência absolutamente verdadeira, se bem que o melhor astrólogo pode equivocar-se, por ser falível tanto quanto os demais seres humanos.” (Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo IV – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

Nós deveríamos sempre ter em mente a certeza de que os Astros impelem, mas não compelem. As ocasiões e as tentações se apresentarão quando a hora chegar; esse será, então, o momento de focar no bem e no dever. O ser humano instruído, graças ao conhecimento da Astrologia Rosacruz, está equipado antecipadamente e pode muito facilmente triunfar sobre um aspecto que predomine.” (Livro: Astrologia Científica e Simplificada – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

Os astrólogos mundanos ou materialistas consideram Marte, Saturno, Urano, Netuno e Plutão como maléficos e Vênus e Júpiter como benéficos. Mas, no Reino de Deus não há nada de maléfico, já que o que parece ser mal é somente o bem em gestação, que há de vir. Nós não devemos acreditar que a influência desse ou daquele Astro age para nos prejudicar. Nós viemos a esse mundo para adquirir certas experiências necessárias ao nosso próprio desenvolvimento espiritual, e se nós nos esforçamos para compreender as influências astrais, nós perceberemos que elas são poderosos fatores que ajudam no nosso desenvolvimento.” (Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 1 – Pergunta nº 161 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

Terminando essa introdução com as citações edificantes acima, vamos a mais uma história que se conta sobre o genial inventor Thomas Edison (1847-1931): “Conta-se que, em determinada fase de sua vida, Thomas Edison trabalhava como telegrafista noturno de uma estação ferroviária. E, para poder dormir nos intervalos possíveis, sem faltar a seu importante dever, idealizou um recurso: punha um cubo de vidro na beira de uma mesa e da torneira fazia correr água, em volume calculado, para enchê-lo em determinado tempo. Deitava-se embaixo do cubo e quando esse se enchia, transbordava e a água lhe caia no rosto, acordando-o em tempo para atender ao primeiro trem. Semelhantemente, estamos girando numa corrente contínua de ações, para o bem ou para o mal, rumo ao depósito do tempo. O que dele transborda volta sobre nós, impelindo-nos a novas ações. Não importa que adormeçamos, como Edison, pois o sono da morte não pode invalidar as ações do espírito imortal. Um novo nascimento ocorrerá exatamente quando o depósito do tempo estiver cheio, para que o espírito recolha o que semeou. É sobremodo importante compreendermos, com toda a clareza, o seguinte ponto de vista: não é o fato de termos nascido num determinado instante que nos determinará certo destino. Se assim fosse, teríamos razões de sobejo para renegar a fatalidade de nascer sob má configuração e para ficar aborrecidos com Deus, de sofrer tão má fortuna, sem direito de escolha. Em verdade, somos impulsionados ao renascimento no instante em que os raios dos Astros prevalecentes correspondem às inclinações de caráter formadas por nós. Edison ficaria aborrecido se alguém o despertasse do modo descrito, jogando-lhe água na cabeça. No entanto, sabendo que isso lhe acontecia porque ele mesmo o preparara, antes de dormir e, ciente de que isso lhe era vantajoso, ficava até satisfeito. Igualmente, quando compreendemos que nossas atuais circunstâncias foram determinadas por nossos atos passados; quando sabemos que os Astros apenas marcam o momento mais favorável para recolhermos o que semeamos, então, ficamos, também, satisfeitos e tratamos de aprender as lições da vida, em vez de maldizer nossa falta de faculdades ou de privilégios.”

(de: Introduction: L’astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Candelabro de Ouro ou de Sete Braços – o Místico Significado da Sala Leste do Tabernáculo no Deserto

O Candelabro era de ouro puro; ele era todo cinzelado: pedestal, haste, cálices, botões e flores formarão com ele uma só peça. Dos seus lados saiam seis braços, três de cada lado. Cada braço tinha três cálices, com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com flor de amêndoa no outro lado, com botão e flor. Assim eram os seis braços saindo do candelabro. Mas o tronco do candelabro tinha quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: um botão sob os dois primeiros braços que saíam do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos braços; assim se tinha com os seis braços que saíam do candelabro. Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro. E tudo será feito com um bloco de ouro batido. Havia também sete lâmpadas, de modo que ficavam elevadas e iluminavama parte dianteira.

Quando o sacerdote se posicionava no centro da Sala Leste do Tabernáculo, o Candelabro de sete Braços ficava à sua esquerda em direção ao sul.

Faça um candelabro de ouro puro; ele será todo cinzelado: pedestal, haste, cálices, botões e flores formarão com ele uma só peça. Dos seus lados sairão seis braços, três de cada lado. Cada braço terá três cálices, com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com flor de amêndoa no outro lado, com botão e flor. Assim serão os seis braços saindo do candelabro. Mas o tronco do candelabro terá quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: um botão sob os dois primeiros braços que saem do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos braços; assim se fará com os seis braços que saem do candelabro.Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro. E tudo será feito com um bloco de ouro batido. Faça também sete lâmpadas, de modo que fiquem elevadas e iluminem a parte dianteira.” (Ex 25: 31-40 e 37: 17-24).

Isso simbolizava o fato de que os sete dadores de luz, ou Planetas que trilham a dança do círculo místico ao redor da órbita central, o Sol, deslocam-se na estreita faixa abrangendo oito graus de cada lado do caminho do Sol, que é chamado de Zodíaco. “Deus é luz” e os “Sete Espíritos diante do Trono” são Ministros de Deus; portanto, eles também são mensageiros da luz para a humanidade.

Além disso, como os céus ficam iluminados, quando a Lua em suas fases chega à ‘plenitude’ na parte oriental dos céus, também a Sala Leste do Tabernáculo ficava cheia de LUZ, indicando visivelmente ali a presença de Deus e Seus sete ministros, os Anjos Estelares.

Podemos observar, de passagem, a luz do Candelabro de Ouro, que era clara e a sua chama sem odor, e compará-la com a esfumaçada chama no Altar dos Sacrifícios que, em certo momento, gerava escuridão ao invés de dissipá-la. Mas, há um significado ainda mais profundo e sublime nesse símbolo do fogo, que não entraremos em discussão até tratarmos da Glória de Shekinah, cujo brilho deslumbrante pairava sobre o Propiciatório na Sala Ocidental. Antes de entrarmos nesse assunto, precisamos compreender todos os símbolos que estão entre o Candelabro de Ouro e o sublime Fogo do Pai, que era o ponto mais elevado do Santo dos Santos (Sanctum Sanctorum), a parte mais sagrada do Tabernáculo no Deserto.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook: Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Introdução, Prólogo e a Aventura
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – A Terra de Peixes
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Homem do Jarro
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Capricórnio
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Arqueiro
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Escorpião-Águia
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra da Balança
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Virgem
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Leão
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Caranguejo
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Gêmeos
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Touro
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Carneiro e Epílogo
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco – Introdução – Prólogo – A Aventura

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco
Introdução

O Carneiro vem correndo na primavera,
Sua saída é uma coisa mais calma,
Em seguida vem o Touro com passo pesado;
A terra vem ele que se lança com a cabeça.
Os Gêmeos celestiais dançam pelo ar
A alegria ou tristeza deles fixam o olhar.
O Caranguejo rasteja fora do largo oceano
Atrás de sua rocha, ele se esconde muitas vezes.
Com dignidade o Leão se estabelece;
Tão justo e verdadeiro ele governa suas terras.
A Virgem segura um feixe de milho;
Olha para o seu trabalho quando ela nasce,
Para o próximo, a Balança provada e verdadeira
Pesará as coisas que você deveria fazer.
O que se segue é uma coisa curiosa:
Escorpião com sua picada cruel.
O Arqueiro seguinte, tão sábio e selvagem,
Parece um homem velho e uma criança.
A Cabra do Mar sobe a montanha alta.
Seu lema, “alcançar ou morrer”.
O Homem com o Jarro de água no alto
Derrama sua sabedoria do céu.
Por fim, dois Peixes nadam no mar;
Devem trazer Paz e Unidade.

 

Você já ouviu falar dos doze Signos do Zodíaco, aqueles grupos de estrelas que formam uma faixa ao redor da Terra, através da qual o Sol parece passar, durante o ano, e a Lua em sua jornada, a cada vinte e oito dias.

Contos e lendas sobre os Signos do Zodíaco foram contados por milhares de anos, pois eles são muito, muito velhos, talvez mais velhos do que a nossa Terra. As crianças na China, no Egito, na Babilônia, Pérsia e Arábia sabiam muito sobre eles, e olharam para cima e os encontraram no céu, como você pode fazer agora.

Os nomes que os povos antigos lhes davam não eram sempre os mesmos que os nossos, mas as histórias que contaram sobre eles eram semelhantes.

Na Babilônia, o Signo que chamamos de Leão era o Grande Cão, e os Gêmeos tinham um pastor para cuidar deles, para que eles não entrassem em trapaças, suponho, como os gêmeos costumam fazer!

Os chineses representam o Zodíaco tanto quanto nós, mas eles têm duas Virgens sentadas com as mãos dobradas, em vez de uma, e um Dragão, em vez de uma cabra do mar, e às vezes, todos os Signos são bem assentados em pequenos estandes, como aqueles que você vê nas lojas em vasos chineses antigos.

Você pode reconhecer os mesmos Signos, também, nos quadros egípcios, onde a cabra do mar é, muitas vezes, retratada como um crocodilo, enquanto na Arábia antiga o Carneiro, Touro e a Cabra têm um deus montado em suas costas, e os Peixes têm um deus sentado entre eles.

O Ano Novo zodiacal não começa quando o nosso começa e talvez você quer saber porque o Carneiro não “se apressa dentro” de janeiro, em primeiro lugar.

O Ano Novo não começa em primeiro de janeiro para cada nação, e muitas centenas de anos atrás era o costume celebrar isso com o próprio tempo solar, ou seja, no dia vinte e um de março, pois o Sol sempre dizia qual era o começo do novo ano, apesar das leis que os seres humanos fazem. Os velhos romanos reconheceram isso por um longo tempo, até que um dos imperadores decidiu que iria alterar o calendário.

O Sol, a Lua e as Estrelas formam um relógio gigante e calculam seu tempo da mesma forma que fazemos, e não faz muito tempo que os seres humanos, na Inglaterra, contavam seu dia, mês e ano de um modo tão atabalhoado que não concordava com o tempo medido pelo Sol, e quando tentaram acertar, tiveram quer perder onze dias para endireitar as coisas.

O que aconteceu com as crianças que tiveram aniversários naquela época eu não sei; foi ruim o suficiente, como algo parecido em dizer que temos um mês de fevereiro com vinte nove dias em um ano bissexto! No entanto, apenas para mostrar que o Sol sabe melhor do que adultos; ele lhe dá um aniversário exatamente o mesmo todos os anos, mesmo se você nasce no dia vinte e nove; só que nem sempre é no mesmo dia.

As estrelas que compõem os grupos que são chamadas de os Signos do Zodíaco podem ser observadas em uma noite clara; você os verá melhor antes que a Lua se levante, e talvez os mais fáceis de encontrar sejam os Gêmeos, pois as duas grandes estrelas, que devem estar sobre sua cabeça são facilmente vistas, uma abaixo da outra. Não muito longe, você encontrará um conjunto de sete pequenas estrelas chamadas Plêiades e estas estão no Signo do Touro. Elas são, às vezes, chamadas as sete irmãs e se supunha que elas teriam feito algo errado e por isso eram tímidas e se escondiam atrás dos outros. A menos que seus olhos sejam muito afiados você não poderá vê-las.

– Algum desses contos são verdadeiros? Você pode perguntar. Bem, parte deles é, mas outras partes você deve descobrir por si mesmo. Se você faz aniversário no mesmo dia como Rex ou Zendah você encontrará que algumas de suas aventuras acontecerão a você, durante o sono ou acordado, ou você quererá fazer muitas das coisas que eles gostaram muito de fazer.

Agora nós devemos começar a aventura.

 

Prólogo

Rex e Zendah viviam no campo, numa casa ao lado de um morro coberto de pinheiros que, como Zendah costumava dizer, cantavam para o sol adormecer à noite. Rex pensava que eles fossem as antenas que transmitiam as mensagens das fadas para os habitantes das estrelas.

Todas as manhãs, do seu quartinho viam o Sol erguer-se sobre os montes do lado oposto, e à noite, geralmente observavam as estrelas acenderem seus luzeiros a pouco e pouco – isto é, quando acontecia eles estarem acordados.

Durante o inverno, por vezes, esticavam-se na cama para conversar com a cintilante estrela do Cão que então estava alta nos céus para tomar conta da terra depois que Orion guardava sua espada e acendia as luzes do seu cinturão para que todos vissem.

O aniversário de Rex era em 27 de março, pouco depois de o Sol ter entrado no Signo do Cordeiro (Áries). Rex era ligeiro e alegre; tinha olhos castanhos e cabelo ondulado, também castanhos. Alguns dos seus amigos diziam que seus cabelos eram tão quentes quanto seu gênio, mas ele nunca ficava zangado por muito tempo.

O aniversário de Zendah era em 26 de novembro, ocasião em que o Sol está no Signo do Arqueiro (Sagitário).

Tinha lindos cabelos louros, grandes olhos azuis e tinha pena de que seus cabelos fossem apenas ligeiramente ondulados e não tanto quanto os de Rex! Seu maior prazer era montar o pequeno “poney” que seu pai lhe dera quando fez 12 anos.

Nenhum dos dois gostava de ficar dentro de casa, e passavam quase todo o tempo correndo no campo à procura de aventuras de qualquer espécie.

No inverno gostavam de sentar-se perto da lareira, enquanto o vento uivava na copa dos pinheiros, ouvindo as histórias que sua mãe contava sobre pássaros e animais, ou então olhavam pelo telescópio do papai e procuravam descobrir onde estavam as estrelas cujos nomes conheciam. Foi então que aconteceu a Grande Aventura – mas – é bom que vocês a leiam.

A Aventura

Nesta noite particular, em 21 de março, Rex e Zendah haviam conversado muito tempo sobre estrelas antes de irem dormir, e por isso Zendah não se surpreendeu quando deparou com uma figura amarelo-brilhante em pé ao lado de sua cama.

– “Rex”, gritou, “acorda! Hermes, o mensageiro dos deuses, está aqui no quarto! Acorda, antes que ele se vá!”.

Ambos se sentaram na cama e ficaram observando a figura do mensageiro.

Viram que tinha asas nos pés e também que ele trazia seu báculo com as duas serpentes enroladas tal como seu pai lhes havia contado.

Hermes sorriu e disse:

– “Vocês querem, realmente, saber tudo sobre o Zodíaco? O Pai Tempo disse que vocês poderão vir comigo e viajar pelas terras do Zodíaco esta noite se quiserem”.

– “Mas não levará muito tempo? “, perguntou Zendah, “que dirá mamãe se não nos encontrar aqui? “.

– “Aqueles que atravessam os portões dourados da entrada dos doze Signos, um segundo antes da meia-noite, poderão ter todas as aventuras antes do relógio bater as doze badaladas – todo mundo sabe que nesse preciso momento o tempo não existe”.

– “Oh! Que maravilhoso! “, disseram ambas as crianças, pulando da cama e dançando alegremente, “vamos partir logo”.

– “Um momento”, disse Hermes sorrindo, “vocês têm de usar seu corpo estelar; o corpo físico de vocês é muito pesado; vocês não podem ir com ele às estrelas”.

Levou-os até a janela e disse-lhes para olharem para Sirius, a estrela mais brilhante da Constelação do Cão, e manifestarem o ardente desejo de visitá-la.

Quando eles o fizeram, sentiram uma curiosa sensação de estarem afundando, ficando cada vez menores e mais compactos até que, de repente, – zás – parecia que havia dois Rex e duas Zendah, um adormecido sobre a cama e outro muito bem acordado, com um corpo brilhante circundado por interessante nuvem de várias cores.

– “Agora vocês estão usando seu corpo estelar”, disse Hermes, “e podem voar comigo até os Portões Dourados”.

Imediatamente partiram pelo espaço, – deixando no trajeto a lua e outras coisas estranhas – até que chegaram à entrada das terras do Zodíaco. Os portões ficam exatamente entre os Peixes e o Cordeiro (Peixes e Áries).

Como eram bonitos esses portões! (*) brancos, com reflexos de inúmeras cores! Por vezes pareciam feitos de fogo dourado, outras vezes de fogo prateado; olhando-os de novo, pareciam diferentes. Algo de sua cor vocês podem perceber em noite fria quando na lareira há lenha acesa; às vezes, podem também observar um lampejo de seu brilho quando o Sol está a ponto de desaparecer para seu descanso noturno.

A uma palavra de Hermes, os portões se abriram, e as felizes crianças entraram. Milhares de lindas formas vieram ao seu encontro.

– “Os Anjos! “, murmurou Zendah. Hermes conduziu-os a um templo de mármore branco, que tinha sete degraus maciços que conduziam ao pórtico da entrada. Dentro havia um hall circular com doze cômodos, havendo um Anjo em cada um. Os Anjos vestiam lindos mantos de cores diferentes, tendo uma brilhante estrela na fronte.

Pouco eles puderam ver do que havia lá dentro porque havia muita luz e esta era muito forte; parecia que a luz era rosada; mostrava primeiro uma cor, depois outra. Subitamente a luz tornou-se cintilante e do branco mais puro e nesta ocasião ouviu-se uma voz dizer;

– “Que desejam estas crianças mortais? “.

– “Oh, grande Ser, permite-nos visitar as terras dos doze Signos”, falou Hermes, “a fim de que estas crianças, ao voltar à terra, possam contar aos outros a obra do Zodíaco, como o fizeram os Sábios de antigamente”.

– “Bem pensado”, disse a voz.

– “Vão, crianças, e não percam os talismãs mágicos que os Guardiães de cada Signo lhes darão”.

Conservando seus rostos voltados para a luz até atingirem a entrada do Hall, foram conduzidos por Hermes, fora do templo até o primeiro portão.

Ao passarem por esse portão, viram portas de espaço, nas paredes de nuvens que circundavam toda aquela terra; foi para uma dessas portas no lado esquerdo, que Hermes os conduziu.

– “Eis a entrada para o Signo dos Peixes”, disse ele.

– “Mas por que”, perguntaram Rex e Zendah, “não começamos pelo Signo do Cordeiro, já que nos ensinaram que Áries é o primeiro da lista? “.

– “Porque na Terra dos Astros tudo é ao contrário. Na terra, se vocês quiserem ter uma boa vista do campo, têm que começar a subir a montanha desde a parte inferior até atingirem o cimo, e tendo visto tudo, vocês descem outra vez ao vale e contam aos seus amigos tudo o que viram no seu passeio. A terra é como um espelho e nela se reflete tudo o que acontece nas estrelas, e como vocês sabem, em um espelho tudo é invertido.

Quando vocês voltarem para casa e quiserem usar os talismãs que os guardiães dos Signos lhes derem, vocês começarão com o talismã de Áries, o cordeiro. Tomem este rolo e não o percam, pois nele estão escritas as palavras de “passe” para todos os Signos; o Guardião de cada portão pedirá esse “passe” antes de vocês poderem entrar”.

Hermes despediu-se e deixou-os para continuarem a jornada, mas lhes disse, com seu alegre sorriso, que eles o veriam de novo quando menos esperassem.

(The Adventures of Rex and Zendah In The Zodiac – por Esme Swainson – publicado pela The Rosicrucian Fellowship – publicado na revista Rays from the Rose Cross nos anos 1960-61; As Aventuras de Rex e Zenda no Zodíaco (as Ilustrações são originais da publicação) –Fraternidade Rosacruz – SP – publicado na revista Serviço Rosacruz de 1980-81)

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