O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital
clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Janeiro de 2024
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A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes Rosacruzes, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: ECOS.
Fevereiro – Sol transitando pelo Signo de Peixes (fevereiro-março). 4
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Janeiro: 14
Espíritos humanos apegados à Terra.. 15
Personalidade e Individualidade humana: diferenças radicais. 16
A Filosofia Rosacruz está ultrapassada? Se não, para quem está?. 17
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA.. 22
Datas de Cura: Fevereiro: 7-13-19-27. 22
As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP, aos domingos as 17hs. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.
Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com
É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!
-Dia 07/01 – 16 h – Reunião Reservada: Planejamento Anual
-Dia 14/01 – 16 h – Estudo de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada
-17 h – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. IV – Renascimento e Lei de Consequência – P.2 – Grandes Líderes da Humanidade – Épocas (nesse Esquema de Evolução)
-Dia 21/01 – 16 h – Reunião do Estudante Regular – Reunião Reservada
-17 h – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. IV – Renascimento e Lei de Consequência – P.3 – “Vinho” – bebidas alcoólicas – Esquema de Evolução
-Dia 28/01 – 16 h – Reunião do Probacionista – Reunião Reservada
-17 h – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. IV – Renascimento e Lei de Consequência – P.4 – Épocas e Eras – Eu Superior – Ciclo de Nascimentos e Mortes
Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/
-Publicações de textos no nosso Site (www.fraternidaderosacruz.com) e nas nossas Redes Sociais:
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-Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
-Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
-Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)
Em fevereiro começa uma preparação especial para a estação Quaresmal, quando o Aspirante experimenta disciplinas específicas para ir tornando o espírito o elemento mais importante de cada pensamento, palavra e obra. A palavra fevereiro vem do latim Februaris, nome dado à festa romana da Purificação que se celebrava no décimo quinto dia do segundo mês do ano. Durante os primeiros dias de fevereiro a igreja celebra, igualmente, a Festa da Purificação como trabalho inicial da época da Quaresma. Um Discípulo místico Cristão a observa como tempo de tríplice purificação, tratando de purificar o seu Corpo Denso com alimentos mais puros; seu Corpo de Desejos por meio de atos virtuosos; e sua Mente por meio de pensamentos castos de palavras de verdade.
Essas disciplinas são uma orientação de preparação para a grande transmutação que é o momento culminante de cada observância anual. Tanto a Mente como o Corpo do Aspirante se sensibilizarão, se participar do derramamento extático dessa celebração cósmica. Por isso a igreja abençoa os círios que serão utilizados durante o ano seguinte. Para um Místico Cristão as velas simbolizam a “luz do mundo”, o bendito Cristo. Na Quaresma se consagra a si mesmo de novo ao serviço de Cristo e se esforça para ser portador da luz que, segundo São Pedro, está também no próprio Cristo.
Os Grandes Líderes da Humanidade a tudo consideram, inclusive o alimento do ser humano, pois isto tem muito a ver com o seu desenvolvimento.
Quem são eles? O que fizeram em prol da Humanidade? O que ganharam com este trabalho altruísta? Qual o nosso agradecimento a Eles?
E infinitas são nossas dúvidas e só encontraremos as respostas se aprofundarmos no estudo do Esquema da Evolução e lograrmos com muito esforço e dedicação a busca do conhecimento em prol de um conhecimento aplicado, que nada mais é do que a Sabedoria.
E estudando e pensando neste imenso trabalho do Pai e dos demais Seres Maravilhosos, a quem devemos nossa imensa gratidão pelo acompanhamento e direcionamento neste caminho do Esquema de Evolução dado por Deus.
Fazendo uma analogia, podemos observar que estes Guardiões ou Líderes Divinos cuidam de nós de uma forma muito parecida como aquela pequena criança que é cuidada pelos seus pais a fim de prepará-la para a batalha da vida; e nós podemos estar certos que embora esses Guardiães se afastaram da liderança visível, eles ainda estão conosco e se mantêm atentos, da mesma forma que os pais continuam tendo um interesse no bem-estar de seus filhos após esses deixarem o lar para lutar na batalha da vida por si mesmos.
Esses exaltadores Seres, embora invisíveis aos nossos olhos físicos, constituem poderosos fatores em todos os assuntos da vida, dando aos diferentes grupos da Humanidade lições que promovem eficientemente o desenvolvimento dos seus poderes espirituais.
Temos que ter consciência que todos esses Líderes da Humanidade estão ansiosos para que desenvolvamos a nossa visão espiritual e aprendemos a distinguir as várias classes de seres nos reinos elevados e, essa tutela sobre nós é um dos fatos mais tranquilizadores que podemos sentir e observar. Mesmo sabendo que ninguém poderá interferir com o livre arbítrio da Humanidade, uma vez que esta atitude é contrária ao plano divino, isto é, coagir ou tentar induzir a fazer o que ele não quer fazer, mas, não há nada que proíba a estes grandes Líderes dar sugestões sobre qualquer coisa que, provavelmente, escolheríamos a seguir.
Pelos Ensinamentos Rosacruzes sabemos que o Cristo é nosso Ideal e aqueles que o seguem até o mais elevado objetivo, se libertam do ciclo de nascimento e morte. Seus débitos de destino maduro estão pagos e todos os seus vínculos terrestres são desfeitos. Hoje esses Seres humanos que atingiram este patamar são conhecidos como Seres Compassivos, que são os Irmãos Maiores da Onda de Vida humana que não mais necessitam de lições terrestres.
Vamos agora, falar sobre o Termo Rosacruz: Épocas.
Hoje estamos peregrinando pelo Período Terrestre pela quarta Revolução no Globo D e, além de todos os passos anteriores, aqui neste ponto tivemos mais divisões no nosso Caminho de Evolução. Tais divisões são conhecidas como Épocas.
Veja que as Épocas, por ser uma nova etapa, embora constituindo uma espiral menor dentro das grandes espirais traz sempre um novo ciclo de ideias e consequentemente uma gama enorme de transformações.
Como a natureza não abriga processos repentinos, as mudanças operam lentamente e têm seu início ao apagar das luzes da Época anterior. Portanto, o final de um ciclo e a aurora de outro ciclo (final de uma Época e nascer de outra Época), marcam uma fase de transição, em que a mescla de ideias e valores, uns decaindo, outros nascendo, cria uma atmosfera conturbada. Isto é tão verdade que estamos presenciando atualmente na Época Ária, com o final da Era de Peixes e a influência da órbita da Era de Aquário batendo a nossa porta. Há sempre espirais dentro de espirais: no átomo, no Globo, o melhor, em todas as outras fases da evolução.
1ª Época Polar – A primeira das sete Épocas que estamos passando, aqui na 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre. Este é o nome dado a um período de tempo em que a evolução humana estava confinada à região polar do Sol. A nossa Terra ainda fazia parte do Sol e estava num estado ígneo, ou seja, as substâncias que hoje constituem o nosso mundo estavam em fusão e a atmosfera era gasosa.
2ª Época Hiperbórea – Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra ainda estava unida ao Sol, o ser humano ainda recebia o alimento necessário das forças solares. Inconscientemente, para fins de propagação, o excesso era irradiado. Nós ficamos entre o polo e o Equador solar. E ao final do qual a Terra se diferenciou e foi lançada e começou a girar em torno do Sol.
3ª Época Lemúrica – Nesse período, diversas Hierarquias Criadoras trabalharam sobre o ser humano, como os Arcanjos, Senhores da Mente e Senhores da Forma e que o ajudaram muito para que pudessem chegar à Individualidade.
4ª Época Atlante – A maior diferença nesta Época estava na constituição da sua atmosfera. Do norte vieram os blocos de gelo da região boreal. Do sul do Planeta Terra vinha o sopro ardente dos vulcões, que ainda estavam muito ativos. O continente atlante foi o ponto de encontro destas duas correntes e, consequentemente, a sua atmosfera esteve sempre sobrecarregada por um nevoeiro espesso e pesado. Nesse meio tempo o ser humano desceu mais profundamente na matéria. E quando o ser humano atingiu o Nadir da Materialidade, ele ainda estava muito conectado com os Mundos espirituais, e era necessário que ele focasse na sua existência concreta aqui no Mundo Físico, a fim de aprender e ganhar experiência, uma vez que ele estrava desperdiçava seu tempo.
5ª Época Ária – Chama-se assim porque foi o período em que surgiu na Ásia Central as raças arianas, descendente dos Semitas Originais, que aperfeiçoou a Mente e a razão à qual pertencemos. Nesta Época o ser humano conhecia o uso do fogo e de outras forças, que lhe foram intencionalmente ocultadas antes, para que pudesse usá-las livremente para os propósitos mais elevados do seu próprio desenvolvimento.
6ª Época Nova Galileia – Na Nova Galileia a Humanidade terá um corpo mais eterizado do que agora. A Terra será transparente também. Como resultado, esses corpos serão muito mais sensíveis aos impactos espirituais da intuição. Tal corpo nunca se cansará porque não haverá noite. A Nova Galileia será um lugar de paz (Jerusalém). A Fraternidade Universal unirá todos os seres da Terra através do amor. Não haverá morte porque a Árvore da Vida, a faculdade de gerar a força vital, se tornará possível por meio do órgão etérico que existirá na cabeça dos que se tiverem desenvolvido, os quais serão os pioneiros da Humanidade daquela época. Na Nova Galileia a Humanidade viverá no ar, em seus corpos luminosos, numa Terra feita de Éter. O Amor e a Fraternidade prevalecerão e o Cristo (que terá vindo pela segunda vez) reinará como Melquisedeque (Rei e Sacerdote).
7ª Época Reino de Deus – onde consolidaremos tudo que aprendemos nas outras Épocas e já trabalhando conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico nos preparemos para uma nova Noite Cósmica para depois começarmos a se desenvolver no Globo E, ainda na 4ª Revolução.
Para saber mais sobre esse assunto, você pode assistir esses vídeos das Reuniões de Estudos, no nosso canal de YouTube:
– 55ª Reunião Virtual Dominical: https://youtu.be/B_yY3suqvBY?si=M8QvKS_eF2jPzVeo
– 56ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/1y64B_YeODk?si=gXFhnWNG_h8ikoSf
– 57ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/o0wFPqw0qUI?si=bXcr7Ity5cfp7XZ7
– 67ª Reunião de Estudos Dominical:
https://youtu.be/nxx4wPOVRJo?si=Y8gRODLdyf35Ke9r
– 68ª Reunião de Estudos Dominical:
https://youtu.be/antaiblQAfQ?si=ohOnEG9dCSjrJTn8
– 70ª Reunião de Estudos Dominical:
https://youtu.be/GkoINuta5F0?si=AguMJGAFiSZm3cJr
Vamos ver o que significa o Termo Rosacruz: “Vinho”.
As bebidas alcoólicas, simbolicamente chamada de “Vinho”, foram inseridas na nossa evolução nesse Período Terrestre. Mais precisamente na Época Ária, a Época presente. A necessidade de inserção delas foi com o objetivo de focarmos na Região Química do Mundo Físico, já que insistíamos em utilizar a nossa faculdade de inércia e continuar, no conforto, de vivermos focados nos Mundos espirituais.
Isso se deu porque na Época Atlante chegamos ao pináculo (ou nadir) da materialidade (ou seja, o ponto mais denso na Região Química do Mundo Físico) onde deveríamos, todos, conquistar essa Região. Mas, a grande maioria de nós não foi o que foi feito. Aproveitamos para destruir todo um continente (o Atlante) junto com todo o conhecimento que adquirimos (não focando na Região Química, usando da astúcia, do egoísmo, da magia negra, do abuso da força sexual criadora).
No entanto, o caminho de volta para Deus tinha que começar, de um modo para outro, e isso significava “começar a subir”, para viver em lugares na Região Química do Mundo Físico mais altas, em uma atmosfera mais rarefeita do que a densa neblina Atlante. Para isso precisávamos de um esqueleto formado de ossos (os nossos na Época Atlante se sustentava em cartilagens). Para tanto foi introduzido a alimentação à base de carne animal. Com a assimilação de materiais mais densos, especialmente o cálcio, fomos construindo Corpos Densos com estrutura esquelética como os de hoje. Só que para completar isso precisávamos focar na Região Química do Mundo Físico. E para “esquecer” os Mundos espirituais foi introduzido o “Vinho”. Dentre os vários efeitos naquele momento, um foi o esquecimento da nossa origem divina, com visões espirituais do modo passivo, como nossos corpos mais dominantes, formados mais de elementos químicos mais densos e Corpos Vitais com maiores quantidades de Éteres inferiores e muito pouco de Éteres superiores. Também o efeito do “Vinho” na nossa dieta nos ajudou a submeter as células mais individualizadas da Onda de Vida animal e, assim, tornou possível a sua assimilação para extrairmos os nutrientes necessários naquele momento evolutivo.
Resultado: focamos a nossa atenção na Região Química do Mundo Físico. Mas, mais uma vez, nos acomodamos na nossa inércia e chegamos ao ponto de muitos acharem que só existe isso, o Mundo material!
Para saber mais sobre esse assunto, você pode assistir esses vídeos das Reuniões de Estudos, no nosso canal de YouTube: – 32ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/9-LhgNRyJWE?si=y_ZK-ySetBXJHKUu
Para entender melhor porque em cada Época foi acrescentado um novo elemento, precisamos saber: Qual é o objetivo do Ser Humano?
Terminar o que não foi feito, pela maioria, na Época Atlante: focar todo o seu desenvolvimento na conquista da Região Química do Mundo Físico.
Já vimos que a transição da Época Atlante para Ária foi necessária comer carne animal para endurecimento dos ossos. E as bebidas alcoólicas (“Vinho”) foram nos dadas dois motivos principais:
Só que a partir do Cristo já era necessário deixar de comer carne animal e consumir bebidas alcoólicas (para quem quer se desenvolver em uma Escola esotérica Cristã, como é a Fraternidade Rosacruz).
Por que a alimentação é importante para nossa evolução espiritual?
No atual momento do nosso processo evolutivo, a Terra vem passando por uma ação regeneradora, que vem purificando os veículos do Planeta. Consequentemente, a humanidade tem a oportunidade de prover seus veículos de material cada vez mais refinado. Futuramente viveremos em outras condições ambientais.
O globo terrestre, apesar da imperfeição de seus habitantes, está se eterizando. E os Egos, à medida que renascem, têm o privilégio de construir corpos cada vez mais sutis. Isso implica na necessidade de transformações e novas adaptações. Nossa dieta insere-se nesse contexto.
Ela deve ser mais pura, mais saudável, composta, preferencialmente, de alimentos superabundantes de Éter. Ganham especial destaque, nesse quadro, as frutas e hortaliças frescas.
Que razões devem realmente levar o Estudante Rosacruz a adotar a alimentação vegetariana?
-Alguns o fazem pela necessidade de gozar boa saúde.
-Outros inspiram-se em considerações de ordem ética ou princípios relativos ao respeito à vida.
MAS, as duas razões são importantes, mas a segunda é fundamental e mais relevante.
-Devemos ser vegetarianos por amor, por respeito à vida de outros seres. Não temos o direito de contribuir, direta ou indiretamente, para a matança de indefesos animais.
-A compaixão, acima de tudo, deve nortear nossos passos na decisão de mudar nosso regime alimentar.
-A firmeza de convicções é fator importante no crescimento anímico.
Tudo isso porque daqui para frente o nosso objetivo é:
-Se renascemos no ocidente do Planeta, então: escolhemos evoluir por meio do Cristianismo Esotérico. Assim, escolhemos ter o Cristo como nosso único ideal. Trabalhamos para a sutilização dos nossos Corpos e a construção e atividades no nosso Corpo-Alma. E para isso se busca, desde o princípio, ser livre de todas as influências externas que nos dificulta a livre manifestação de nós aqui e agora. Com isso temos todos os meios de realização e deixa o nosso desenvolvimento na dependência exclusiva de nossa iniciativa, nosso esforço e nossa perseverança.
-Agora se renascemos no oriente do Planeta, então: ainda estamos na fase de dominar e funcionar conscientemente na Região Química do Mundo Físico. A alimentação à base de carne animal e “Vinho” ainda se faz necessária. Ainda há a necessidade de se subordinar a um guru (Mestre) e condicionar seu desenvolvimento à completa aceitação do que lhe é ensinado.
Vamos ver outro Termo muito importante para entendermos esse assunto: Era
Sua definição: Dá-se o nome de Era a passagem do Sol, ao “cruzar” o equador terrestre no sentido norte para o sul, a cada ano (uma vez por ano) por determinado Signo, devido a Precessão dos Equinócios.
Devido à Precessão dos Equinócios, o Sol move-se para trás através dos doze Signos do Zodíaco à razão aproximada de um grau de espaço a cada 72 anos; através de um Signo (30 graus de espaço) a cada 2.100 anos, aproximadamente, completando todo o círculo em cerca de 26.000 anos.
Isto é devido ao fato de que a Terra não gira em torno de um eixo estacionário. Seu eixo tem um movimento lento, oscilante, próprio, (semelhante ao de um pião que já perdeu parte da força) descrevendo assim um círculo no espaço, pelo que uma estrela após outra se converte em Estrela Polar.
Por causa desse movimento oscilante o Sol não cruza o Equador no mesmo ponto todos os anos, mas sempre um pouco antes, razão do termo “Precessão dos Equinócios”, isto é, o Equinócio “precede” – chega mais cedo.
Se a cada 1000 anos nascemos em sexos alternados (Mulher e Homem) temos a oportunidade de aprender em cada Era uma vez com Corpo Feminino (Imaginação) e outra com Corpo Masculino (Vontade)
Repare que na Época Atlante passamos por 3 Eras e estamos na Época Ária também passando por 3 Eras. Estamos nos últimos graus da Era de Peixes, já na “Órbita de Influência” da Era de Aquário.
E o que fazemos para viver de uma Era para outra?
Se estamos na Era de Peixes indo para Era de Aquário temos que aprender as lições do Signo oposto que é Virgem.
Se estamos na Era de Áries para passar para Era de Peixes temos que aprender as lições de Libra (Justiça, Equilíbrio, Harmonia, Parcimônia, capacidade de se relacionar por meio de associações, sociedades, grupos equipes cônjuges para entender como funciona o processo, saber até onde começa seu direito e até onde vai o direito do outro e por último: “Eu posso não concordar com seu ponto de vista, mas eu o defenderei até o final de minha vida”).
Todo fim de Era, últimos 8 graus de cada Signo, irmãos e irmãs atrasados aproveitam esta época/vibrações da próxima Era para acelerar seu desenvolvimento e recuperar e aprender as lições que não aprenderam nesta Era.
Veja, também, que o fato de estarmos na “Órbita de Influência” da Era de Aquário nos possibilita: adiantar lições, facilitar o conhecimento e ter muito mais material para evoluirmos!
Vamos ver outro Termo muito importante para entendermos esse assunto: Deus interior (“Eu superior”)
O “Eu superior” é o Tríplice Espírito: o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano – somos nós! –, mas não se deve conceber esses três como separados um do outro. O Espírito é indivisível, como a luz branca que vem do Sol através do espaço interplanetário, mas da mesma forma que a luz pode ser refratada em três cores primárias – azul, amarelo e vermelho – ao atravessar a atmosfera mais densa da Terra, o Espírito Virginal também aparece como sendo tríplice durante a manifestação, devido a estar rodeado por envoltórios de matéria de densidade variável.
Quando envolto apenas na substância do Mundo do Espírito Divino, é o Espírito Divino; quando o Espírito Divino recebe em acréscimo um envoltório de material oriundo do Mundo do Espírito de Vida, torna-se o Espírito de Vida; e quando, finalmente, é revestido na matéria da Região do Pensamento Abstrato, torna-se o Espírito Humano – o Ego. É por isso que o Espírito Virginal, enredado nessas três camadas de matéria, está apartado de toda consciência de seu Pai Divino e, estando tão encoberto pela matéria que não consegue mais ver as coisas do ponto de vista cósmico ao atingir o exterior, ele volta sua consciência para dentro e vê-se separado e isolado de todos os outros. Por isso, ele é um Ego – um indivíduo. Nesse ponto nasce o egoísmo, e começa a busca individual.
Quando o Espírito Humano atrai ao redor de si, para uma melhor expressão, os veículos inferiores e mais concretos – a Mente, o Corpo de Desejos, o Corpo Vital submergindo neles e mesmo descendo até o Mundo Físico, ele adquire novamente a consciência das coisas externas. A partir daquele momento, tendo perdido o conhecimento do Mundo de Deus, de onde veio originalmente, ele começa a conquistar o mundo físico e a dominá-lo para atingir seus próprios fins.
Assim, somente nós, em todos os Reinos de Vida em evolução na Terra, somos um Ego individualizado, e habitamos os nossos veículos que estão reunidos no Mundo Físico durante as horas de vigília do dia. Desse modo, atingimos a consciência desperta, e assim tornamo-nos totalmente cientes e despertos para todas as coisas pertencentes ao mundo no qual, então, atuamos e onde somos capazes de usar a nossa própria razão, expressar os nossos desejos e emoções, e agir segundo as diretrizes do nosso “Eu Superior” – o Espírito Interno, o Ego, nós!
Para saber mais sobre esse assunto, você pode assistir esses vídeos das Reuniões de Estudos, no nosso canal de YouTube:
– 13ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/R3_19B-wzr8?si=4mADgW2HnFfcCBr5
– 14ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/Pw1slyrUcGc?si=kJNi7bqJHadTYTv5
– 15ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/ZX4YyaIMzuU?si=cR5whqvdRCzR1x–
– 16ª Reunião Virtual Dominical:
https://youtu.be/9-AnwW79-30?si=7X-oS5uASJ-0iI9a
No Evangelho Segundo São João, capítulo 18, versículos 37-38 temos a conversa entre Cristo Jesus e Pilatos:
“- Disse Cristo Jesus: Para isso nasci, para isso vim ao mundo, para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que é da Verdade ouve a minha voz.
– Disse-lhe Pilatos: O que é a Verdade?”
E nós aqui perguntamos: O que é a Verdade?
Será que a Verdade é o que vemos com os nossos olhos físicos? O que sentimos? O que ouvimos? Será que são as nossas posses? Nossos recursos intelectuais, emocionais, sentimentais?
Não… Essas coisas são muito limitadas para serem a Verdade.
Essas explicações e outras que são demonstráveis material ou concretamente e que tencionam explicar tudo sobre o ser humano e seu meio só satisfazem o intelecto, a Mente.
Raciocinar nesse Mundo dos Fenômenos, dos Efeitos, em que vivemos buscando a verdade é ilusão.
O que temos aqui são os efeitos da Verdade que se expressa como causas nos Mundos superiores.
Como disse Cristo: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.”
Contudo, como conheceremos a Verdade, estando aqui vivendo neste Mundo dos efeitos, dos fenômenos, onde tudo está obscurecido ou torcido, irreconhecível sob essas condições ilusórias?
À medida que deixemos de lado todas as nossas aspirações para aquisições materiais, buscando amontoar tesouros no céu, quanto mais servirmos amorosa e desinteressadamente tanto mais rapidamente conheceremos a Verdade e, então mesmo vivendo neste Mundo dos fenômenos, poderemos falar como um Iniciado: “Vivo neste Mundo, mas não sou deste Mundo”.
Portanto: para uma pessoa que um dia parou para pensar e chegou à brilhante conclusão que não sabe nada sobre o assunto, e, como diz Max Heindel, compreendeu sua ignorância e, assim, deu o primeiro passo para o conhecimento desse assunto, sente internamente, que algo maior existe e aspira conhecer a Verdade, mesmo sabendo que dificilmente alcançará pelos próprios meios.
Todavia, o que é esse “sentir internamente”? Não é nada mais, nada menos do que o coração aspirando por esclarecimentos mais profundos.
Vamos a um exemplo: quantas vezes estamos trabalhando afincadamente para resolver um problema e por mais que fazemos não conseguimos chegar à conclusão alguma.
Aí, eis que um belo dia, sem mais nem menos, um fio de intuição nos dá a solução que satisfaz todos os requisitos.
Nesse momento paramos para pensar no dito popular:
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
E mais: todo ato motivado por uma intuição pura raramente deixa de produzir um resultado positivo!
É difícil? Sim, é difícil, mas já sabemos que é uma luta árdua, constante, sem descanso. E uma vozinha lá dentro, baixinha, mas firme, a nos empurrar para cima e para frente, dizendo-nos, constantemente: “O único fracasso é deixar de lutar”.
A palavra grega Epifania tem um significado de “manifestação”, “proclamação”.
A festa da Epifania do Senhor possui uma tamanha potência espiritual que sua influência se estende por um período de quatro semanas a partir de 6 de janeiro de todo ano.
A simbologia dos três homens sábios representa o Corpo, a Alma e o Espírito; seus presentes, a suprema dedicação ao Mestre.
A mirra significa a amargura da dor e da pena, antes de que a natureza inferior do Aspirante tenha sido transformada.
O incenso, o caminho da transmutação.
O ouro, o Espírito que refina a natureza inferior e, finalmente, a submete.
Lembrando sempre que os eventos na vida de Cristo (detalhados nos quatro Evangelhos) representam etapas sucessivas no Caminho da Iniciação para o Aspirante à vida superior.
Para o Aspirante à vida superior é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico, o Cristo interno.
Há muitos Espíritos desencarnados que, infelizmente, se recusam entrar no Purgatório e seguir o seu novo caminho.
E segundo aprendemos na Fraternidade Rosacruz há nos Mundos invisíveis Espíritos apegados à Terra, ou seja, irmãos e irmãs que morreram aqui e que não quiseram entrar no Purgatório.
Esses Espíritos desencarnados ficam “rondando pela Terra”, às vezes “brincalhões”, ou mesmo maldosos, que desejam se manifestar e até aprendem como “possuir” um veículo denso de um irmão ou de uma irmã encarnada aqui, ou atuam sobre os centros cerebrais de um irmão ou de uma irmã, ou em certas circunstâncias, sobre o mecanismo coordenador do cerebelo.
Na existência de pessoas descuidadas, ou melhor, que não cuidam da parte espiritual, que têm desejos inferiores, usam muito a astúcia, são apegados a coisas materiais, ao dinheiro, viciados em bebidas alcoólicas ou drogas ou ao sexo de maneira desregrada e baixa são um alvo muito fácil para esses irmãos e essas irmãs “apegados à Terra”. Genericamente são conhecidos como “entidades” (apesar de sabermos, pelos Ensinamentos Rosacruzes que além de Espíritos humanos, há também os Elementais, uma Onda de Vida sub-humana que atuam de modo semelhante).
Colaboram também com essas entidades, pessoas que têm o hábito de queimar incensos específicos para “chamar a entidade” ou acender velas de cera pois tais odores podem estar em harmonia com essas classes de espíritos.
Afinal, se você tem a tendência de praticar o mal enquanto renascido aqui, quando você morre essa tendência se mantém, não é? A morte não transforma ninguém! Assim, se um irmão ou uma irmã desencarnada conseguir satisfazer seu desejo influenciando uma alma mais fraca ou alguma pessoa que participa de eventos onde se evoca justamente a possessão do Corpo (ou partes do Corpo) pelas entidades, através do qual possa alimentar sua natureza inferior, ele ou ela levará mais tempo para superar seus desejos, e permanecerá apegado à Terra até que esteja totalmente purgado. Se uma pessoa morrer antes de ter dominado sua natureza má, viverá entre seus semelhantes por algum tempo para satisfazer, por exemplo, seu gosto pelas bebidas alcoólicas, pelo tabaco, pelas drogas, por enganar os outros, por gostar de poder e fama e até por eventos sangrentos e violentos. Mesmo o sensualista poderá procurar e obter satisfação influenciando outros de maneira que, através deles, possa obter uma satisfação indireta.
Oremos por esses irmãos e essas irmãs, pois “os moinhos de Deus moem lentamente, mas moem extraordinariamente bem”. Algum dia, eles ou elas terão que pagar pelas desgraças e atrasos resultantes cometidos; algum dia, através do sofrimento e da aflição, deverão se purgarem de todos os pecados e encontrar seu Criador em seu Corpo espiritual purificado.
A Fraternidade Rosacruz, com seus ricos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, nos ensina distinguir entre Personalidade e Individualidade.
Criamos uma Personalidade a cada novo renascimento aqui. A “persona”, o conjunto enganoso, provisório e em constante mudança formado pelas nossas sensações, emoções, sentimentos e modo de pensar. São os laços de sangue, as tradições, os elos do mundo, essas coisas mais fortes que algemas de aço, tudo a que o Cristo simbolicamente chamava de “o reino dos mortos”.
O mundo, a família, os bens, tudo são meios de aprendizagem, claro, indispensáveis ao Ego (nós), no presente estado evolutivo, mas devemos ter o devido cuidado de não pensar que pertencemos a eles, e eles a nós, de nos identificarmos com eles, esquecendo nossa origem celestial, nossa condição de espíritos livres, em peregrinação e grande aprendizagem aqui no Mundo Físico.
Não queremos dizer com isso que devemos abandoná-los, deixar nossos deveres, nossos afazeres, não é isso, pois o verdadeiro cristão sabe distinguir o que é do mundo, como também não ser do mundo.
Personalidade é a expressão do ser humano, é o amordaçamento do Espírito, que colore desordenadamente seu modo de ser.
A Individualidade não prescinde da bagagem de experiências anímicas; ao contrário, vale-se dela de um modo próprio, original, epigenético, criador. Porém, nós, o Espírito, é quem mandamos e orientamos.
Não é uma luta fácil, mas tem que ser travada; é uma luta constante da natureza inferior (hoje, a Personalidade) com a superior (nós, a Individualidade), das trevas e da luz dentro de cada um de nós.
Todo Aspirante à vida superior “ora e vigia”, para alcançar essa sublimação, para que sobressaia sempre a Individualidade, o “Eu Superior”.
Muitas pessoas dizem que a Filosofia Rosacruz, fundada por Max Heindel, está ultrapassada, que por seu fundador já ter falecido, por já surgirem novos e mais eficientes métodos espirituais. Puro engano!! Total desconhecimento do que é a Escola Fraternidade Rosacruz e, pior ainda, do que é a Ordem Rosacruz.
A Fraternidade Rosacruz foi fundada sob a orientação dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz; ela é impessoal, atualíssima em seus ricos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Ela existe por si mesma, porque é essencialmente Cristã e preconizar o Cristianismo Esotérico.
Todos nós passaremos para os planos suprafísicos e ela continuará cada vez mais firme, mais forte; seu método foi dado como preparação para cada um de nós para a Era de Aquário, já que estamos na Órbita de Influência dessa Era.
Na Era de Aquário o Cristianismo Esotérico estará completamente manifestado entre nós. Isso dispensa a necessidade de novos mensageiros.
O que a Fraternidade Rosacruz precisa é tão somente de Estudantes, Aspirantes à vida superior, conscientes, sinceros, firmes no seu propósito, que não se iludam com promessas vãs. Que foquem o desenvolvimento no Corpo Vital (repetição sempre) e não no Corpo de Desejos (novas novidades sempre).
Aspirantes dinâmicos, que se perguntam todos os dias se estão sendo verdadeiros Cristãos, se estão seguindo os Ensinamentos Rosacruzes e aprendendo sempre (e há sim uma quantidade infinita de Ensinamentos a aprender e a colocar em prática!).
Aqui só precisa de pessoas comuns, humildes, mas sinceras, prudentes, tolerantes, desinteressadas e altruístas.
A Fraternidade Rosacruz só precisa de pessoas que trabalhem pela continuidade dessa maravilhosa Obra Rosacruz, não balizadas em pessoas (instrutor, “preferido”, “querido”, “anjo bom”, astrólogo, especialista, ótimo orador, “influencer”, intelectual, “formado” e coisas afins), sem pensar em cargos ou recompensas, a não ser no seu crescimento espiritual.
A Fraternidade Rosacruz só precisa de “qualidade”, e pessoas dedicadas em que realmente querem crescer espiritualmente trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Confiamos em que os frutos aqui serão cada vez mais promissores, que os meios materiais e espirituais nos serão dados, à medida que os vamos merecendo, quanto mais se vai crescendo espiritualmente e colocando em prática o que se aprendeu (com estudo sério e focado nos Ensinamentos Cristãos Rosacruzes).
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Pergunta: Acompanho a Fraternidade há alguns anos. Estou fazendo o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz. Mas não sabia que a Fraternidade era contra a aquisição de riquezas no plano físico. Se temos o Pai mais rico de todos, que nos proporciona tudo, nada nos nega, não compreendo como pode ser assim tão errado trabalhar e colher os frutos de um trabalho virtuoso. Não são todos os ricos que são mesquinhos, assim como também nem todos os pobres serão generosos. Nunca podemos generalizar. Pessoas são diferentes, em qualquer cultura ou posição social. De todos os textos que leio, ouço e acompanho da Fraternidade, esse é o primeiro que preciso discordar. Espero que esses conceitos sejam revistos, pois a riquezas está em toda a parte, inclusive no conhecimento que a própria Fraternidade divulga?
Resposta: Acho que está havendo algum entendimento equivocado. Por favor, nos informe em que livro da literatura da Fraternidade Rosacruz você leu que a “Fraternidade é contra a aquisição de riquezas no plano físico”. O que a Fraternidade Rosacruz nos ensina (e está muito claro inclusive no Livro Conceito Rosacruz do Cosmos) é que não devemos focar a nossa vida na aquisição de bens materiais, tendo isso inclusive como “objetivo de vida”, “perspectiva de vida”, “realização de vida”. A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã e, portanto, segue os Ensinamentos do Cristo. E, nesse sentido, há muitos ensinamentos do próprio Cristo nos dizendo verdades sobre não focar em riquezas materiais, como por exemplo: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.” (Mt 6:19-21) ou “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6:33) e muitas outras que os Estudos Bíblicos Rosacruzes nos mostram. Também, nos estudos dos Cursos de Filosofia Rosacruz aprendemos que até a segunda metade da Época Atlante (Era de Touro) o foco da nossa evolução nesses atual Esquema de Evolução era, sim, acumular bens materiais aqui, pois estávamos com o objetivo de conquistar a Região Química do Mundo Físico. Pois já passamos por esse ponto. Hoje estamos na Época Ária e com a primeira vinda do nosso Salvador e Redentor, o Cristo, no final da Era de Áries, fomos instruídos diretamente por ele para focarmos nossa vida aqui a conquistar o próximo degrau nesse Esquema de Evolução é que é: funcionarmos conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico (aqui está a causa da ênfase em cada um de nós desenvolver o Corpo-Alma). E não tem como fazer isso se continuarmos nos dirigindo exclusivamente para o acúmulo de bens materiais, ou como você colocou: “a aquisição de riquezas no plano físico”. O que precisamos de bens materiais para cada vida que vivemos aqui, temos e teremos, pois nunca Deus nos dá um fardo maior do que podemos carregar. Se temos facilidade para adquirir bens materiais, é sinal que já aprendemos como fazemos e temos o dever de utilizá-los para ajudar que tem dificuldade, usar para melhorar as condições que tantos necessitam. Se não temos tal facilidade é porque abusamos na época em que nós aprendemos e nos desleixamos. A Astrologia Rosacruz explica magistralmente cada caso desses. Além do que nunca esqueçamos: quando estamos no Terceiro Céu nos preparando para um novo nascimento aqui, escolhemos o Panorama dessa vida com os fatos principais (aqueles em que teremos as maiores lições a aprender). E para isso escolhemos as “facilidades” e as “dificuldades”. Sempre temos o livre arbítrio para fazermos o que quisermos (dificuldades não significam impossibilidades, mas sim exercício de força de vontade), mas temos o dever de colher os efeitos pela Lei de Consequência. Por fim, sugerimos que estude com cuidado, no livro o Conceito Rosacruz do Cosmos no CAPÍTULO XVII – MÉTODO PARA ADQUIRIR O CONHECIMENTO DIRETO, o assunto: A Oração do Senhor e você compreenderá os quatro grandes motivos de toda ação humana, incluindo aqui a “fortuna”, também conhecida como “riqueza”. Temos mais dúvidas ou querendo mais informações, não hesite em nos dizer. Sempre teremos o maior prazer em ajudá-la.
Pergunta: Quando uma criança nasce de forma prematura ou pós-matura, isso aconteceu “por acaso” ou por destino? Se foi por destino, foi para que ela não se ajustasse à sua família? Pergunto isso porque Max Heindel esclareceu várias vezes que esse tipo de nascimento é ruim?
Resposta: Todos os nascimentos nesse Mundo aqui dos seres humanos são dirigidos pelos Anjos do Destino, “que estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento” (sentença que repetimos todas as vezes que oficiamos o Serviço Devocional do Templo). Assim, a questão do “por acaso” já está eliminada, né?
E quando nascemos, já escolhemos o panorama da vida (com os eventos principais) e nesse sentido os principais relacionamentos que teremos ao longo da vida, sendo que a família entra nesse contexto. Assim, o “não se ajustasse à sua família” também está eliminado.
Agora…o processo natural, segundo as Leis da Natureza para o ser humano é uma gestação de mais ou menos 9 meses, tempo no qual tudo que deveria estar construído dentro do corpo da mãe está terminado e totalmente pronto para que o Ego comece uma nova vida por aqui. Assim, há sempre algo errado na vida quando se interferiu no período de gestação e a pessoa recebeu o seu batismo astral num período em que as configurações astrais não se adequavam ao seu caso e condição. Casos especiais são tratados de maneira especial, havendo uma razão para explicar o nascimento prematuro. E, sem dúvida, ligado a dívidas em vidas passadas que foram escolhidas para serem pagas nessa vida: dificuldades no desenvolvimento de algum órgão, sistema ou processo orgânico; necessária humildade, pois para “vingar o nascimento” haverá a necessidade desse Ego ser cercado de cuidados de muitas pessoas; e até os próprios pais envolvidos que em vidas passadas renegaram o filho ou a filha que agora vem ou, ainda, o inverso os pais de hoje terem sido o filho ou a filha renegada pelo Ego que agora se apresenta como filho ou filha. De qualquer modo, a observação demonstra que um Ego, quando nasce para essa vida prematuramente, tende a ter uma vontade de viver e uma disposição para cumprir o que prometeu no Terceiro Céu muito intensa, muito cuidadosa e com muita persistência.!
Pergunta: Antes do Corpo Censo existir, o Corpo Vital já existe e aquele é uma cópia deste. Então a genética dos pais é desnecessária às características do corpo físico. Por exemplo, se o Corpo Vital tem olhos de cor azul, o Corpo Denso terá, mesmo que a hereditariedade não possa fornecer. Isso está correto?
Resposta: O Corpo Denso sempre existiu e existirá ANTES do Corpo Vital. Quando estamos no Segundo Céu construindo os Arquétipos dos Corpos e da Mente, primeiro construímos o Arquétipo do Corpo Denso e a partir desse é que construímos o Arquétipo do Corpo Vital. Atualmente, para a imensa maioria das pessoas, não há como se ter um Corpo Vital sem se ter um Corpo Denso. Quando estamos para renascer, o Átomo-semente do Corpo Denso é colocado na cabeça do espermatozoide que irá fecundar o óvulo. E a matriz do Corpo Vital é colocado no óvulo. O material para formar o Corpo Denso nós pegamos do papai e da mamãe (atualmente, muito pouco – para quem não tem parte espiritual Cristã cultivada quase nada – de original se faz, ou seja: a Epigênese no Corpo Denso e Vital atuais tem uma baixa intensidade). Ainda que quase nada, nenhum Corpo Denso é mescla exata das características físicas dos pais, ainda que o Ego se veja restringido a usar os materiais tomados dos Corpos deles (pois o Ego renascente também executa certa soma de trabalho em seu Corpo Denso ao incorporar-lhe a quintessência das qualidades físicas do passado). Daí o músico renascer onde possa conseguir material para uma mão delicada e um ouvido apurado com Órgão de Corti suprassensíveis e esmerado ajuste dos três canais semicirculares.
Portanto, salvo no caso de um ser de muito elevado desenvolvimento, esse trabalho do Ego, no presente estágio evolutivo do ser humano, é quase insignificante. Maior margem lhe é dada na construção do Corpo de Desejos; muito pouca na do Corpo Vital e quase nenhuma na de seu Corpo Denso. Se bem que esse pouco seja suficiente para fazer cada indivíduo uma expressão do seu próprio Espírito e diferente dos pais.
Pergunta: No segundo livro de perguntas e respostas, a resposta 92 essencialmente diz que Jesus Cristo é o Filho do Homem porque é filho de Seth, Adão e Jeová. Mas a resposta 93 diz, em essência, que Ele é o Filho do Homem porque é o filho de Aquário. Isso não é incompatível?
Resposta: Pois é: Ele é os dois! Repare: Ele é um quando O chamam. Ele é outro quando Ele se intitula.
Quando O chamam: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”. Disseram: “Uns afirmam que é João Batista, outros que é Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou um dos profetas” (reparem: todos da Classe dos Filhos de Seth). A classe dos Filhos de Seth deu origem à longa linhagem de Reis que exerciam essa função pela “graça de Deus” e que culminou com Salomão, o Filho de Seth, que renasceu como Jesus. O batismo da água administrado por João como representante de Jeová, também o libertou. Naquele momento, Ele cedeu seu corpo para o Espírito Cristo que estava descendo e permaneceu ao lado do novo líder. Assim, quando na primeira vinda de Cristo, se manifestando aqui com os Corpos Denso e Vital de Jesus – um Filho de Seth – O chamavam justamente dessa classe de pessoa: um “filho do homem”. Salomão (Jesus) é um “filho do homem” (filhos de Seth). Já Hiram Abiff (Lázaro, Christian Rosenkreuz) é um “filho da viúva” (filhos de Caim).
Quando Ele se intitula: Veja nessa passagem da Bíblia: “…disse Cristo Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele; se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar” (Jo 13:31-32).
Na realidade, <aqui> Ele não foi chamado assim. Ele chamou-se assim. Então, o Filho do Homem retomará. (…) O Sol, por precessão, está se aproximando da cúspide de Aquário, o grande signo intelectual. Deixará brevemente o signo da devoção, Peixes, em que as pessoas viveram uma fé cega. Aproximamo-nos do de Aquário e já começamos a sentir sua influência, o grande Signo intelectual do Filho do Homem. Se lermos a Bíblia corretamente e sem opiniões preconcebidas, verificaremos que Seu primeiro milagre foi à transformação de água em vinho, nas bodas de Caná. Não obstante, ao chegar ao término do Seu ministério, revogou a antiga aliança, enviando Seus Discípulos a um local onde pudessem comer a refeição pascal. “Ele disse-lhes:” Logo que entrardes na cidade, sair-vos-á ao encontro um homem que levará uma bilha de água (símbolo de Aquário); segui-o até a casa em que entrar; nessa casa (a casa de Aquário) comerei conosco esta Páscoa “. Eles seguiram as Suas instruções, Ele veio, partiu o pão e deu graças. Depois, passou a taça e disse: “Tomai e bebei este é o sacramento da Nova Dispensação, porque vos digo que não tornarei a beber do fruto da videira “. Eis aí a questão. Ele disse que procurassem um homem com uma bilha de água – o Signo de Aquário. Há somente um Signo em todo o Zodíaco em que aparece um homem, e Aquário está sentado ali, com uma bilha que despeja água. Cristo Jesus intitulou-Se o Filho do Homem porque Ele trouxe a Religião da Era Aquariana.
Pergunta: No livrinho “Apegados à Terra”, de Augusta Foss Heindel, lemos na parte II, no final do penúltimo §, que após a desintegração do arquétipo o suicida vai para o Primeiro Céu. Mas não é correto afirmar que depois dessa desintegração ele vai para o Purgatório?
Resposta: Leia com atenção o parágrafo todo: “…a existência do Ego nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo <onde está o Purgatório> é muito desagradável. Ele <o suicida> fugiu do sofrimento, mas encontrou-o mais perto de si. E deve suportá-lo até a hora marcada para a morte natural do Corpo Denso. Somente aí <ou seja: quando chega o tempo de morte natural que deveria ocorrer do Corpo Denso>, o Arquétipo se desintegra e o Espírito é libertado, para passar para o Primeiro Céu.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, às 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Você precisa de auxílio para tratar uma doença ou enfermidade? Então que tal se inscrever no Departamento de Cura e ter um tratamento com base no Método Rosacruz de Cura, preconizado pelos Irmãos Maiores? Se quiser, entre aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/ e siga as instruções.
“Tenho me colocado com fé, com espírito obediente, receptivo e feito a minha parte para que a Panaceia Espiritual atue em mim?”
Os Arquétipos são criados por forças arquetípicas que trabalham nas quatro Regiões inferiores do Mundo do Pensamento Concreto. Arquétipos vivem, movem-se e criam, como a qualquer coisa mecânica feita pelo ser humano – mas sem racionalidade. Quando o Arquétipo é construído e colocado em vibração, e enquanto a forma continuar vibrando, a vida é sustentada. Quando o Arquétipo cessa de vibrar, a forma se desintegra.
Se quiser saber mais sobre esse interessante assunto é só acessar aqui: Arquétipos
Não importa que saibamos ser a morte uma benção e libertação, nem o quão preparados estamos, para nos alegrar pelo fato de aquele que se foi estar livre dos grilhões do Corpo Denso; isso tudo geralmente não ajuda, porém pode ser um recurso para nós quando uma pessoa querida passa para o além.
Sabemos que nosso amigo ou nossa amiga está bem e ficamos contentes com isso, mesmo que não possamos ajudá-lo ou ajudá-la e sentimos saudades dele ou dela. Deparamo-nos ouvindo os seus passos na escada ou a sua voz na porta e, como isso não se confirma, inevitável será que a nossa natureza egoísta vá se erguer até o ponto em que nos encontramos lutando contra a solidão. A menos que nos encontremos entre aqueles afortunados, os quais são relativamente poucos, que podem ver e se comunicar com os Egos do outro lado. Muitos de nós somos ainda humanos o suficiente para sentir saudade em certas circunstâncias, mesmo quando olhamos a morte de um ente querido com o positivismo implícito nos Ensinamentos Rosacruzes dados pelos Irmãos Maiores.
Então, é muito bom para cada um de nós saber como tudo isso funciona: vida aqui, morte lá; morte aqui, vida lá.
Quer entender mais sobre esse evento e o que acontece antes e depois, bem como sob circunstâncias particulares? É só acessar aqui: A Luz Além da Morte
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital, clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Fevereiro de 2023
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
Informação
Em 05/Marco/2023, reiniciamos as atividades presenciais em nossa sede
Endereço: Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP
As reuniões presenciais abertas ao público, ocorrem aos domingos as 17hs, sendo necessário avisar antecipadamente pelo fone: 19 9918504932 ou 19 99711 8870 ou pelo email: fraternidade@fraternidaderosacruz.com. Sejam todos bem-vindos!
Sumário
1. Qual a diferença entre Símbolo e Emblema?. 4
3. E por que o Símbolo com a rosa branca não pode ser exposto publicamente?. 5
6. Em que Período do nosso Esquema de Evolução, seremos capazes de criar formas?. 5
1. Podemos fazer os exercícios eSotérico em grupo?. 6
2. Após ler como se faz os exercícios quer dizer que já aprendi a fazê-los?. 6
3. É importante fazer todos os exercícios, por quê?. 6
4. Qual é o real objetivo dos exercícios Esotéricos Rosacruzes?. 6
6. “Porque devemos praticar o Exercício Esotérico de Retrospecção?”. 7
8. “Porque devemos praticar o Exercício Esotérico de Concentração”. 7
1. Qual é a missão da dor e do sofrimento?. 8
2. Nos tempos da Grécia antiga os Sacerdotes tinham uma dupla função?. 8
4. Qual a condição que a humanidade deverá ter para resolver os problemas de saúde?. 8
6. Como os Remédios devem ser preparados para se ter mais sucesso no tratamento de doenças?. 8
8. Sendo a enfermidade uma manifestação da ignorância, o que vem a ser a cura definitiva?. 9
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de fevereiro: 9
Amor – Ouvimos falar o tempo todo em amor, nas mais variadas formas. 11
O Exercício Esotérico da Observação. 13
4. Pergunta: Qual é o parecer da Fraternidade Rosacruz sobre alienígenas?. 19
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de fevereiro/2023:
Março – Sol transitando pelo Signo de Áries
Dado que é o Signo inicial do Zodíaco, Áries é o lugar de todo começo. No ciclo anual do passo solar através dos doze Signos, Áries indica o princípio do ano espiritual.
Quando o Sol entra em Áries anuncia a gloriosa Ressurreição, começando a estação anual da transmutação.
As palavras-chave para Áries são pureza e sacrifício, e seu símbolo, o cordeiro ou o carneiro. Como a vinda do Senhor Cristo à Terra ocorreu durante a Dispensação de Áries, Ele foi denominado o Bom Pastor. A representação familiar o mostra com um cordeiro nos braços.
A Hierarquia de Áries contém um modelo arquetípico do ser humano, como criado “à imagem e semelhança de Deus”. Esse modelo se tornará cada vez mais manifesto durante a Nova Era. Como já foi dito, as seis constelações que estão sobre o Equador trazem consigo os modelos cósmicos do que há de se manifestar sobre a Terra; as seis constelações que estão abaixo do Equador contêm esses modelos em miniatura, por assim dizer, e as Hierarquias dessas seis constelações meridionais trabalham com a humanidade para conseguir a plena realização desses modelos aqui na Terra. Por exemplo: a Hierarquia de Áries mantém o modelo perfeito do novo ser humano Crístico, enquanto Libra, o Signo oposto a Áries e o lar dos Senhores da Individualidade, está fazendo descer esse modelo cósmico de Áries, e ajudando o ser humano a trazê-lo à manifestação.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo XIX –Christian Rosenkreuz e a Ordem Dos Rosacruzes – O Simbolismo da Rosacruz
Emblema: É a representação física – uma figura que pode ser pintada, gravada ou bordada. É uma imagem representativa.
Símbolo: Para ser compreendido com profundidade, precisa ser interpretado
É a representação de uma verdade espiritual.
Seus significados:
A força comunicada pelos símbolos é que tem eternizado o Cristianismo
Porque aqui o símbolo não está completo. Ele está sem a Rosa Branca, portanto ele é apenas uma figura e não o símbolo em si, como o entendemos no seu valor e finalidade.
E por que o Símbolo com a rosa branca não pode ser exposto publicamente?
Porque todo símbolo devocional traz uma grandeza de significado e nos convida a unirmos num ideal e buscarmos alcançar um grau de espiritualidade, que nos permite renunciar aos nossos desejos e passar a servir a humanidade.
Esse lema, bem compreendido, mostra as razões da queda do ser humano no desejo, na paixão e no pecado, e dá a chave de sua liberação.
É análogo ao ensinado na Fraternidade Rosacruz, onde temos as rosas sobre a cruz indicando o caminho da libertação.
Contudo, para conhecer a si mesmo não é somente necessário que o ser humano conheça o seu corpo físico, mas também todos os veículos invisíveis dele, que são as causas de seus pensamentos, sentimentos, desejos, emoções e palavras.
O estudo de todos esses veículos lhe proporciona uma ideia da grandeza espiritual que temos, pois somos centelha de Deus.
Em que Período do nosso Esquema de Evolução, seremos capazes de criar formas?
O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas.
O ser humano poderá criar coisas com vida, sensíveis e com capacidade de crescer.
No Período de Vulcano o ser humano poderá imaginar a criação de seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo XIX – Christian Rosenkreuz e a Ordem dos Rosacruzes – Exercícios Noturno e Matinal efetuados pelo Aspirante Rosacruz
Podemos fazer os exercícios eSotérico em grupo?
Na Fraternidade Rosacruz o crescimento espiritual é individual, depende somente do esforço de cada um.
Após ler como se faz os exercícios quer dizer que já aprendi a fazê-los?
A única maneira de aprender os exercícios eSotéricos, é fazendo. Eles são um processo muito individual.
É importante fazer todos os exercícios, por quê?
Há intersecções positivas. Um Exercício Esotérico potencializa o outro e facilita a sua execução. Exemplos: a Concentração auxilia na Retrospecção. A Observação auxilia na Concentração. E assim por diante.
Qual é o real objetivo dos exercícios Esotéricos Rosacruzes?
Todos os Exercícios Esotéricos da Fraternidade Rosacruz têm um único objetivo: fazer com que os estudantes alcancem o autodomínio, o autocontrole.
O Exercício Esotérico mais valioso dos métodos para adiantar o Aspirante no caminho da realização e evolução.
O indivíduo que pratica regularmente o Exercício Esotérico de Retrospecção:
Poderá aprender lições dessa e de vidas futuras.
“Porque devemos praticar o Exercício Esotérico de Retrospecção?”
Porque o Exercício Esotérico de Retrospecção é considerado um exercício para elevação da alma e do caráter.
E como ser humano, nosso grande objetivo é a evolução, é caminharmos para frente e para cima, isso quer dizer avançar em nossa vida física e nos autodominarmos.
Estarmos em plena posse do nosso autocontrole, permitindo assim as que rosas floresçam em nossa cruz, ou seja, que nosso sangue (veículo do Ego) seja purificado de todo desejo.
Concentração é a capacidade que uma pessoa tem de manter seu pensamento num único assunto, com disciplina, sem permitir que esse se desvie para outras coisas.
Tem como objetivo manter o Corpo Denso no mesmo grau de inércia e insensibilidade que experimenta durante o sono, embora o espírito no interior esteja perfeitamente desperto, alerta e consciente
“Porque devemos praticar o Exercício Esotérico de Concentração”
Para exercitarmos o controle sobre nós mesmos, sendo mais preciso do Mundo do Desejo, através da visão e contato com tal Mundo, poderemos investigar e tirar nossas próprias conclusões e nos tornarmos um Auxiliar Invisível consciente, servindo amorosa e desinteressadamente. A obra é grande e os Auxiliares que estão dispostos a pagar o preço são poucos.
“Apressa-te pois o mundo precisa de ti”
Lembremos que durante o sono as correntes do Corpo de Desejos fluem, e seus vórtices giram e se movimentam com enorme velocidade, e assim que penetra no Corpo Denso, suas correntes são quase paralisadas pela matéria densa e pelas correntes nervosas do Corpo Vital que transmitem as mensagens do e para o cérebro.
Deste modo estabelecemos a condição necessária para os centros de percepção do Corpo de Desejos poderem começar a girar dentro do Corpo Denso.
Atingindo esse ponto de abstração, os centros de percepção do Corpo de Desejos começam a girar lentamente dentro do Corpo Denso, tomando, portanto, seus próprios lugares.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo XIX – Christian Rosenkreuz e a Ordem dos Rosacruzes – O Poder de Cura Definitiva
Qual é a missão da dor e do sofrimento?
São destinados a nos ensinar as lições necessárias para o nosso avanço a alturas mais elevadas na escala da evolução.
Nos tempos da Grécia antiga os Sacerdotes tinham uma dupla função?
O ofício sacerdotal, nestes tempos, sempre esteve intimamente ligado, também à cura. Os sacerdotes eram também os “homens da medicina”.
Sendo o coração do sacerdote caloroso e amoroso com os doentes e suas orientações eram mais potentes, devido à fé do paciente em seu ofício sacerdotal.
Qual a condição que a humanidade deverá ter para resolver os problemas de saúde?
A humanidade, como um todo, deverá aprender a viver em harmonia com as leis do amor e da vida para que nunca fiquem doentes e desfrutem de uma perfeita saúde.
Existe outros meios de cura que não dependa apenas da medicina tradicional para a cura das doenças?
Sim, outros sistemas surgiram que dependem inteiramente da Cura Total Mental, consistindo no treino para a remoção de estados prejudiciais e na substituição por planos e propósitos saudáveis e interesses gratificantes.
Como os Remédios devem ser preparados para se ter mais sucesso no tratamento de doenças?
As doenças podem ser tratadas com mais sucesso por remédios previamente preparados sob condições quando os raios dos Astros são propícios (ou favoráveis) do que quando os remédios são preparados sob condições astrais desfavoráveis.
Deveria empregar a Sugestão e o método espiritual como auxiliar dos remédios, para obter mais êxito. Procedimento utilizado por Esculápio, Cristo Jesus, Paracelso…
Sendo a enfermidade uma manifestação da ignorância, o que vem a ser a cura definitiva?
A cura definitiva é uma demonstração do conhecimento aplicado, que é a única salvação.
Trabalham ativamente em muitos outros setores, como auxiliares no trabalho de cura e, também, que nunca cobrem pelos seus serviços e sempre trabalham em segredo e silêncio, sem alardes e rufos de tambores.
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de fevereiro:
A Natureza (o Deus invisível) é uma fonte renovada de alegria e rejuvenescimento para as Ondas de Vida que estão evoluindo aqui, dentre elas, destaquemos quatro: mineral, vegetal, animal e humana.
É lindo neste Mundo Físico apreciar o espetáculo que a Natureza nos dá. Espetáculo que não pagamos nada para assistir, a toda hora e me todo lugar!
Ela pode ser agredida de muitas formas, porém vinga-se divinamente apresentando a cada novo dia, um novo espetáculo: a flor que cresce à beira do asfalto, a rosa que explode do chão duro e quente, o verde que teima em introduzir-se no cinza dos prédios, os pássaros…resistindo, resistindo, também saúdam alegres mais um dia nessa selva de pedra, asfalto, concreto, etc., um pôr-do-sol que colore o céu da tarde, lembrando o Céu de Deus, que ainda manda a brisa suave acariciar as copas das árvores.
Mas muitos não veem por que se fecham em condomínios, prédios cada vez mais trancados, com grades, muros altos, cercas elétricas, perdendo cada vez mais essas belezas, ficam dentro de casa com celulares, tablets, computadores, etc.,
As pessoas estão cada vez mais solitárias; vizinhos não se conhecem, não se falam, desaprendeu-se a arte do encontro.
Nas ruas, mesmo em meio à multidão, as pessoas estão sós, dispersas, com medo, fugindo de tudo e de si mesmo.
Mas sabemos que precisamos dessa Natureza, precisamos renovar os nervos gastos, oxigenar os pulmões, ver pássaros, flores, árvores.
Precisamos muito respeitar a Natureza, precisamos muito dela…Se nós a destruirmos, seremos também destruídos.
Temos um coração e um intelecto, e a batalha moderna é conseguir que o intelecto não corra muito adiante do coração, que a tecnologia não mate a Natureza. Se a preservarmos, teremos paz, ar puro, água boa, beleza e cor.
Se a destruirmos, ela nos devolve em forma de tempestades, raios, relâmpagos, trovões assustadores, enchentes, desmoronamentos, destruição e mortes.
Hoje vemos lixo por toda parte, pouquíssimas árvores, muitos condomínios, estão matando as nascentes de água, jogando todo tipo de sujeira nos rios, nas ruas, agrotóxicos em tudo, matando as abelhas e por aí vai.
Assim fica difícil controlar a Natureza.
A Natureza faz, e nós destruímos.
Procuremos, irmãos e irmãs, cada vez mais fazer a nossa parte, vamos dar a nossa contribuição, por menor que seja, para termos um Mundo melhor.
Onde podemos encontrar a sabedoria, se não mantivermos no coração, o amor, a paciência e a humildade?
O amor, como sabemos, é o maior sentimento que existe, é o mais completo.
São Francisco de Assis disse: “A ciência envaidece, o amor edifica”.
Para que Deus nos envie a verdadeira Sabedoria, a que ilumina o Espírito e que nos traz maiores benefícios do Céu, é mister, que cultivemos a humildade e o amor. Se assim procedermos, afastaremos de nosso íntimo, todas as imagens de ódio, vingança, desespero, agitações inúteis, o medo e todo e qualquer desejo inferior. Tudo de ruim deixará de existir no nosso pensamento.
Disse ainda São Francisco de Assis: “verdadeiramente sábio será quem, por amor ao Senhor nosso Deus, se fizer estéril e ignorante”.
O verdadeiro sábio é aquele que na sua modéstia e simplicidade procura a sabedoria somente na virtude e na prática do bem.
Quem é culto, inteligente e de Espírito elevado pratica somente o bem, vê somente o bem e nada de inferior toca o seu coração.
O sábio sabe admirar tudo quanto Deus criou com sua infinita bondade, sabe o que é caridade, compaixão e não é insensível às dores alheias.
Sigamos, além da Sabedoria do Grande Ser, o Cristo, nosso maior e único Ideal, que nos ensinou o que é o Amor, o que é perdoar; sigamos também os Ensinamentos de São Francisco de Assis, olhem que exemplo: Mestre, fazei que eu não procure ser consolado, mas consolar, que eu não procure ser compreendido, mas compreender, que eu não procure ser amado mas amar, porque é dando que recebemos, é perdoando que Vós nos perdoais, e morrendo em Vós Senhor, que nascemos para a Vida Eterna.
E como diz São Paulo: “A maior das virtudes é o Amor”.
Também não menos importante: – cultivemos a paciência, nos nossos lares, com os nossos vizinhos, com amigos, companheiros de trabalho, nas ruas, no trânsito, nas filas, nos ônibus, metrôs, trens, e muito mais ainda com os idosos.
Sejamos verdadeiros sábios o tempo todo. Isso também nos ajuda a crescer espiritualmente, nos ajuda andar para frente e para cima.
Amor – Ouvimos falar o tempo todo em amor, nas mais variadas formas.
Fala-se que amor é: amor a Deus, ao próximo; o querer só o bem do outro, querer o melhor para os filhos, para os pais, também amor ao trabalho, pelas artes, literatura, sentimento de afeição, preocupação com o outro, etc.
Sabemos que até na Bíblia se fala no amor ágape, por ser considerado divino, incondicional, puro, verdadeiro, pleno, completo, absoluto, que não impõe condições ou limites para se amar, é generoso, altruísta e infinito.
Um grande exemplo temos no amor de Deus para com todos os seres, para com toda a humanidade, com toda a Sua criação.
E a definição do que é amor temos um trecho, muito conhecido pelo Estudante Rosacruz: “Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade, pois, ainda que eu fale as línguas dos homens e dos Anjos, se não tiver amor, serei como o metal que soa, ou como o sino que tine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de remover montanhas, se não tiver amor nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não é invejoso, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não busca os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a Verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha, mas se houver profecias, falharão; se houver ciência, desaparecerá; porque em parte conhecemos e em parte profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Porque agora vemos como por espelho, obscuramente, então veremos face a face. Agora conhecemos em parte, então conheceremos como também somos conhecidos. Agora pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, porém, a maior destas virtudes é o Amor.
Se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós e em nós é perfeito o seu Amor. Deus é Amor; e quem vive em Amor está em Deus e Deus nele; mas se alguém diz: ‘Eu Amo a Deus’, e odeia a seu irmão é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão a quem vê como pode amar a Deus, a quem não vê? Nós temos d’Ele este mandamento: quem ama a Deus, ame, também, a seu irmão”.
Aura Protetora – Os Ensinamentos Rosacruzes instruem os Aspirantes à vida superior a formarem uma
A “Aura Protetora”, perfeitamente invulnerável contra qualquer influência maléfica a eles dirigida consciente ou inconscientemente.
Ela constitui um verdadeiro escudo do Corpo, da Alma e do Espírito, pois baseia-se na criação de uma luz harmoniosa, da radiação branca do Espírito, que afirma assim o seu poder absoluto sobre todas as coisas. Ela é eficiente contra entidades negativas, magnetismo mental malicioso, magia negra, etc.,
Nada nem ninguém pode atacar a luz!
Formar a Aura Protetora é bem simples.
Quando se sentir triste ou afetado negativamente, feche os olhos e imagine uma esfera de pura e deslumbrante Luz Branca – o símbolo e o poder do Espírito envolvê-lo, cheia de intensidade, e a rodeá-lo de proteção, acompanhada de um comando de sua vontade espiritual.
Uma pequena prática o capacitará realmente a sentir a presença e o poder dessa Aura.
Ao sentir-se forte e seguro, perfeitamente consciente de sua força interior, não deixe de recordar as palavras de um Mestre: “o mais elevado e profundo Ensinamentos Esotérico afirma que a Luz Branca nunca deve ser usada para atacar, ou para fins pessoais, mas que pode, no entanto, ser usada por todos os que, em qualquer momento, necessitem se proteger contra influências psíquicas adversas, independentemente daqueles que a exercem. É a armadura do Espírito e pode perfeitamente ser utilizada dessa forma sempre que seja necessário”.
Também muito eficiente e que tem infinito poder é o fogo da presença de Cristo.
Invoque esse auxílio quando sentir presenças indesejáveis, pedindo ao Cristo que o rodeie de Seu fogo, afinal Ele é o Senhor e a Luz do Mundo.
Não menos importante também é estarmos sempre em oração onde quer que estejamos, afinal orar é falar com Deus, é mostrar a nossa fé.
Lembremos: “Deus é Luz, se andarmos na Luz como Ele na Luz está, seremos fraternais uns com os outros”, ou seja, andando na Luz, nada de ruim, nem ninguém poderá nos atacar.
O Exercício Esotérico da Observação
Na Fraternidade Rosacruz aprendemos que um dos grandes Exercícios Esotéricos Rosacruzes é o de Observação, “que é o uso dos sentidos como meio de se obter informações a respeito dos fenômenos que ocorrem ao nosso redor”, segundo aprendemos nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental.
Devemos criar o hábito de praticar este Exercício Esotérico para crescermos espiritualmente, passando então a observar todas as coisas e todas as pessoas à nossa volta; não devemos fazer como a maioria das pessoas que atravessa a vida quase que às cegas (“têm olhos e não veem”).
Por meio desse Exercício Esotérico podemos sutilizar nosso Éter de Luz ou Éter Luminoso (um dos dois Éteres que compõem o nosso Corpo-Alma) e restaurar a harmonia com o nosso Corpo Denso.
Às vezes, se perguntarmos para uma pessoa sobre cenas de um filme, de um documentário que vimos juntos, ou que ela viu, ou sobre o detalhe de um objeto que ela vê todos os dias, sobre seus vizinhos, etc. e ouvimos: “Não me lembro nem o que comi no café da manhã, ou no almoço, imagine me lembrar do que está me perguntando”, (então, “tem olhos e não vê, tem ouvidos e não ouve”).
Precisamos diariamente nos ater em pequenos detalhes, como observar a arquitetura das casas, observar as árvores, placas, outdoors, movimento das pessoas, o modo de falar das pessoas, modo de andar, o canto dos pássaros, sons das cachoeiras, dos rios, modulações dos sons, ruídos, sussurros, sinais sonoros (muitos são de alerta), riscos, ameaças, o nosso ritmo ou das pessoas ao caminharem, sentir a brisa no rosto, observar, se puder o nascer ou o pôr do sol, etc. Assim, vamos nos tornar conscientes de todos os eventos nos quais estamos inseridos.
Esotericamente falando, este Exercício é muito importante pois o Corpo Vital, independente da vontade da pessoa, funciona como um espelho, ou como uma película cinematográfica em movimento que não para, nem por um segundo, de captar as imagens do ambiente onde ela estiver. O Corpo Vital também capta as ideias que brotam do Espírito interno dessa pessoa.
Normalmente se a pessoa não faz esse Exercício Esotérico diariamente, de forma consciente, não capta as mesmas informações que o Corpo Vital captou. Nesse caso a Memória Consciente (estabelecida pela observação) não coincide com a memória gravada pelo Corpo Vital, resultando então, numa discrepância, ou entrechoques de vibrações, que gradualmente destrói o Corpo Denso.
Quanto maior for essa discrepância, maior será o tempo necessário para a restauração do Corpo Denso durante o sono. Há casos em que essa restauração é tamanha que não sobra tempo para a pessoa trabalhar nos planos internos. E isso com certeza, ocorrendo com frequência, não haverá crescimento espiritual para esse Ego, essa pessoa.
É importantíssimo observarmos detalhes de objetos e fenômenos externos.
A observação de detalhes contribui fortemente para o processo de redução dos entrechoques de vibrações entre as Memórias (Memória Consciente, voluntária, Memória Subconsciente, involuntária, essas duas referem-se unicamente à vida presente, e Memória Supraconsciente ou Superconsciente, esta última é inscrita no Espírito de Vida e contém todos os conhecimentos e todas as faculdades adquiridas adequadamente durante as nossas vidas passadas).
O hábito de se observar tudo ao nosso redor, também muito contribui para um bom Exercício de Retrospecção, este também importantíssimo, pois é um Exercício Esotérico Espiritual.
O Exercício Esotérico de Observação nos ajuda muito no processo de aprendizagem e crescimento espiritual nesse atual Esquema de Evolução, onde podemos aprender pelo Amor e não pela dor e sofrimento.
Esse grande Exercício também nos possibilita ver a grandiosidade do Amor Divino operando de modo que todo o Universo funcione em harmonia.
Quaresma – tempo de trabalho anímico, com o fim de se preparar para receber o influxo dos Mistérios da Páscoa
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que a Quaresma é um tempo de trabalho anímico, com o fim de se preparar para receber o influxo dos Mistérios da Páscoa, do mesmo modo que o Advento é um tempo de preparação para a recepção dos Mistérios do Natal. Ou seja, a Quaresma é um período de quarenta dias que precede a Páscoa. Logicamente, há um significado oculto no valor numérico desse período. Como sempre onde se utiliza o número quarenta, aqui também representa um tempo de preparação para a culminação do esforço espiritual elevado que se faz na Páscoa. Temos aí um tempo aparentemente curto, porém, deverá ser muito proveitoso.
É um período de um profundo exame do nosso coração, onde recapitulamos o que fizemos durante o ano anterior e reafirmamos a essência das experiências adquiridas por nós até então. Nesse período quaresmal estude as passagens da vida de Cristo: o Getsemani, o Julgamento e a Crucifixão e obtenha um conhecimento mais profundo, já que todas as passagens da primeira vinda de Cristo, são e serão também as do Estudante Rosacruz.
Vamos nos voltar e rever nesse período, nossas negligências, nossos pecados, apegos, enfim, olhar para dentro de nós, fazermos agora uma reforma grande.
O que fazer então?
Primeiramente ter uma grande vontade de mudar interiormente, um desejo de conversão, de ser uma pessoa melhor, que aguarda pela Páscoa.
Vamos sair do “nosso cantinho”, da nossa zona de conforto, do reme-reme do dia a dia, e ir ao encontro das coisas espirituais, entender o que significam esses 40 dias para nós Cristãos. Apliquemo-nos nas nossas orações Cristãs (e não Jeovísticas), façamos “jejuns” (não de “deixar de comer”, nem algo, nem refeições mais sim de tantas outras coisas, como por exemplo: não falar demais, não fazer fofocas, respeitar os nossos irmãos e as nossas irmãs, sair um pouco da internet, das redes sociais, não consumir bebidas alcóolicas, não criticar outros irmãos ou outras irmãs, não criticar outras Religiões e outras coisas que cada um sabe no que deve) e pratiquemos caridade de um modo que “a sua mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita”.
Devemos sair de nós mesmos e olharmos para o outro, olharmos ao nosso redor, há muitos irmãos necessitados, principalmente com tantas catástrofes naturais acontecendo, até pertinho de nós.
Há muitas maneiras de se ajudar; comecemos fazendo orações, com todo nosso coração, com muito fervor, depois peçamos à Deus nosso Pai, nosso Criador, e a Cristo, nosso Salvador, nosso Redentor, o Regente da Terra, que estão conosco 24 horas por dia, que nos estimulem, que nos forneçam o que precisamos para desenvolver em cada um de nós, o Cristo interno, “de dentro para fora”, pois aí teremos a sabedoria e o discernimento de onde realmente ajudarmos, de que forma ajudarmos, para fazermos o que estiver ao nosso alcance, etc.
Peçamos a Deus, e ao Cristo, que nos orientem, que nos deem um Espírito de firmeza, humilde e amável. Eles são os únicos que podem, através das nossas orações, dos nossos Rituais de Serviços Devocionais, nos orientar, nos mostrar o caminho reto, que direção seguir.
Vamos então nesse período curto, apenas 40 dias, nos unir a tantas outras pessoas, Cristãs, em oração, reflexão, caridade e esperança.
Se cada um de nós, individualmente, fizermos um pouquinho, essa obra se tornará grande e terá também um alcance muito grande.
Afinal, é só reparar que a Quaresma culmina com o Sol em Peixes e logo em seguida se produz a liberação do fogo celeste, por meio do Signo de Áries, que provoca o nascimento do ano novo espiritual ou Rito da Ressurreição na Páscoa, o que resulta em um incremento de luz e de poder para a vida abundante. Preparemo-nos para isso!
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes
Resposta: Lembre-se: o Exercício Esotérico de Retrospecção é um exercício devocional e não um exercício de memória. Os fatos que devem ser passados são somente aqueles que lhe impressionou durante o dia. Assim, logicamente, não serão todos os fatos.
Dicas para aumentar a eficiência do Exercício de Retrospecção:
O sucesso no nosso Exercício de Retrospecção está em viver uma vida diária consciente e está no poder de pensar abstratamente. Se somos verdadeiros aspirantes a vida superior, desempenhamos conscientemente toda nossa ação diária, somos igualmente conscientes das nossas palavras, dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos e dos nossos atos.
Se assim o for, nós notaremos, imediatamente, que, cada erro em pensamento, sentimento, palavra ou ato nos chama a consciência para corrigir.
Do mesmo modo, nós notaremos, imediatamente, que, cada acerto em pensamento, sentimento, palavra ou ato nos chama a gratidão por termos acertado.
Se assim procedermos durante o dia, o nosso exercício de Retrospecção será apenas de uma recordação de tudo o que se passou conosco durante o dia, e que está no nosso pensamento abstrato, pois lembrem-se: fizemos questão de cada pensamento, sentimento, palavra e ato durante o dia, foi analisado e, seu resultado (correção ou gratidão) alcançado.
Isso supera o trabalho do cérebro e, com o tempo, veremos como as experiências importantes e notáveis do dia se apresentarão com a rapidez do relâmpago tocando nossos corações e nossas mentes dependendo, logicamente, da tendência de cada um, seja místico ou ocultista, respectivamente.
Para nos colocar em disposição para o Exercício, sigamos as seguintes sugestões:
• Depois do exercício – que não dura mais do que alguns instantes – elevemos ao abstrato.
Tomemos a liberdade de lhe colocar à disposição um exemplo de atividades dos Auxiliares Invisíveis que ilustram esse ponto:
Uma noite, dois Auxiliares Invisíveis tiveram a oportunidade de ver três pessoas concentradas: uma Estudante, um homem comum e um homem de negócios. Todos fizeram bem o seu trabalho.
A Estudante era uma mulher casada com dois filhos adoráveis. Ela deu banho nas crianças e as colocou para dormir, e preparou alguma coisa para seu marido. Ela deixou a casa em ordem e, em seguida, se preparou para dormir. Depois que ela se deitou, procurou relaxar. Os Auxiliares Invisíveis viram quando ela reuniu seus pensamentos para não se dispersarem. Sua Mente se tornou nebulosa e, então, ela se pôs a rever os acontecimentos do dia. Às vezes, sua Mente se iluminava, depois obscurecia, primeiro vermelho, então preto, depois verde e cinza, mostrando os diferentes tipos de emoções que ela passava na Retrospecção. Por fim, sua Mente clareou e uma luz azul e amarela fluía de sua cabeça. Então, ela virou-se e dormiu. Os Auxiliares Invisíveis a viram sair do seu Corpo em um formoso Corpo de Desejos e foi embora.
Em seguida, os Auxiliares Invisíveis viram um homem deitado em uma cama de dobrar em uma pensão simples. Ele teve um dia difícil para conseguir algo para comer e dinheiro para pagar uma cama para dormir. Tinha muita dificuldade em controlar a sua Mente. A única coisa que conseguia se concentrar era em como se manter vivo. Sua vida na infância flutuava diante dele: ele se viu sentado no colo de sua mãe e ela dizendo para que ele fosse um bom menino e se tornasse um bom homem. Ele era feliz e satisfeito com o que tinha até ela faleceu, quando ele tinha 12 anos. Em seguida, foi levado para diversos lares por seu pai, e logo saiu com alguns meninos, que o levaram para o mal caminho. O homem gemeu e disse: “Mãe, quão diferente as coisas poderiam ser, se você estivesse viva”.
“Sua mãe lhe deu instruções suficientes”, disse o Auxiliar Invisível, “para o resto da sua vida, se você enfrentasse as situações e fosse honesto. Há muito o que você pode fazer se você deseja ser um homem de verdade e não um fraco”. “Se pudesse encontrar um trabalho, seria bom”, o homem prometeu. “Vou fazer pelos outros o que eu gostaria que fizessem comigo”. “Você irá encontrar um trabalho”, prometeu o Auxiliar Invisível.
O homem logo dormiu. Seu Corpo de Desejos parecia muito penoso, com todas as cores turvas e indefinidas, exceto o vermelho escuro da paixão. Nunca viu os Auxiliares Invisíveis. Ele só ouviu o Auxiliar Invisível quando este estava falando com seu Ego. Os Auxiliares Invisíveis estavam seguros de que este homem iria melhorar e se reabilitar.
O último era um homem de negócios duro e sagaz que estava deitado em sua cama sozinho pensando como poderia fazer um acordo que pudesse arruinar outro homem, que estava participando de um mesmo negócio. Ele esquematizou um plano que poderia, lentamente, levar o outro homem para fora do negócio.
Depois disto, ele dormiu, foi para seu belo escritório começou a rever seu trabalho. Sua imaginação correu solta e, tendo a Mente como seu olho, se viu rodeado pelo dinheiro. Seu Corpo de Desejos mostrava somente ganância e egoísmo. Seu veículo mental estava expandido.
Os Auxiliares Invisíveis descobriram que o principal ponto da Retrospecção é que a pessoa deve ter como um objeto ou ponto de concentração. A princípio, dever estar em um lugar tranquilo para que ele consiga passar pelos acontecimentos do dia, focar nos defeitos e substituí-los por algo bom ou que seja necessário.
Na concentração da Retrospecção, para se limpar o corpo, se deve rever as cenas do dia em ordem inversa. Deve-se, então, ser franco e justo consigo mesmo. Ele deve censurar a si mesmo, onde houver culpa, e louvar-se onde houver mérito.
O objetivo é despertar a consciência para que esta fique inconformada quando um erro é cometido e comprometer a pessoa para que se empenhe até que o erro seja corrigido. Depois de algum tempo quando a pessoa deixar de cometer o erro, procurará fazer o bem por dever de fazer o bem e esquecerá as recompensas.
Resposta: Da primeira Revolução do Período de Saturno até ganharmos o germe do veículo Mente (durante a última parte da Época Lemúrica – para os mais avançados – até a segunda parte da Época Atlante – para a grande maioria) na quarta Revolução do Período Terrestre, as Hierarquias Divinas eram responsáveis pela nossa evolução, sempre nos ajudando pela sugestão, mas sempre de fora dos nossos Corpos. Nós, o Ego, sempre estávamos de dentro e para dentro (quando renascidos aqui), mas os pontos relativos entre o Corpo Denso e o Corpo Vital (muitos ao nível de átomos) estavam fora do centro (não concêntricos), especialmente àquele relativo à raiz do nariz. Esse fato é que não nos possibilitava ter a consciência que temos hoje (a de vigília). Evoluímos sim por meio dos nossos Corpos e veículo, mas inconscientes desse fato e guiados e orientados pelas Hierarquias Divinas, sempre de fora (elas nunca penetraram, tomaram posse ou interferiram no nosso livre arbítrio). Mesmo porque nenhuma das Hierarquias Divinas presentes nesse Grande Dia de Manifestação tem a capacidade de construir e funcionar em um Corpo formado de material da Região Química do Mundo Físico.
Resposta: Não. Primeiro o suicida vai para a Região Limítrofe e fica lá até completar o tempo de vida que tinha programado no seu arquétipo. Ela está localizada na quarta Região do Mundo do Desejo, entre o Purgatório (localizado nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo) e o Primeiro Céu (localizado nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo); uma espécie de fronteira – nem céu nem inferno. Nessa Região, o suicida está fora do alcance de qualquer ajuda e sofre muito mais do que qualquer outra pessoa. Até quando? Até ela chegar à conclusão de quanto é errado não comparecer às aulas da escola da vida, e essa falta não passará impunemente. Na vida seguinte, quando as dificuldades cercarem o seu caminho, recordará os sofrimentos do passado resultantes do suicídio – ainda que não se lembre exatamente dos fatos -, e enfrentará uma nova experiência para alcançar seu crescimento anímico. Ou seja: só depende dele e de mais ninguém. Uma vez isso alcançado, pelo seu próprio esforço e força de vontade, ela parte para o Purgatório e segue no Ciclo de Vidas e Mortes, como qualquer outro ser humano.
4. Pergunta: Qual é o parecer da Fraternidade Rosacruz sobre alienígenas?
Resposta: Depende do conceito que você tem sobre a palavra “alienígena”. Se for seres de outros Planetas, sem dúvida que há! Afinal: 1. Várias forças que eram ativas no princípio da evolução deram nascimento a variedade de seres nos vários mundos, tanto no reino orgânico como no inorgânico. 2. Os seres animados derivaram dos primeiros, com formas e organismos correspondentes ao estado fisiológico de cada globo habitado. 3. As humanidades dos outros mundos diferem da nossa, tanto na organização interna como no tipo físico exterior. Como exemplo vamos falar de dois líderes, que não as Hierarquias Criadoras, que vieram para conduzirem a humanidade. Eles ajudaram o ser humano nos seus primeiros passos titubeantes depois que a involução o dotou de veículos. Esses seres, e claro, estavam muito mais adiantados do que a humanidade comum, no caminho da evolução. Vieram dos Planetas Vênus e Mercúrio prestar serviço à humanidade da Terra como pagamento de suas próprias dividas de destino. Os seres que habitam Vênus e Mercúrio não são tão adiantados quanto aqueles cujo campo de evolução é o Sol, mas estão muito além da nossa humanidade. Foram capazes de permanecer por mais tempo na massa central do Sol do que nós que viemos para a Terra, mas em certo ponto, sua evolução também precisou de campo separado. E os dois Planetas, Vênus primeiro e Mercúrio depois foram arrojados do Sol. Seu grande desenvolvimento permitiu que ficassem mais próximos do Sol para receberem o grau de vibração necessários ao prosseguimento de sua evolução. Os habitantes de Mercúrio mais adiantados, firmam mais próximos do Sol. Desse, os que vieram à Terra foram identificados como os “Senhores de Mercúrio”. Os que vieram de Vênus foram chamados de “Senhores de Vênus”. Os Senhores de Vênus foram os Guias das nossas massas de povo. Eram atrasados da evolução de Vênus e, para recuperarem sua evolução, foi-lhes dado o privilégio de nos prestarem serviço. Apareceram entre nós, a humanidade, e foram conhecidos como os “Mensageiros dos Deuses”. Guiaram nossa humanidade passo a passo não havendo rebeldia à sua autoridade porque o ser humano daquele tempo não havia desenvolvido a vontade própria. Seu propósito era conduzir a humanidade ao ponto em que pudesse manifestar vontade e entendimento, ou, ao menos, ao ponto em que pudesse dirigir-se a si mesmo. Era sabido que tais mensageiros falavam com os Deuses. Eram muito reverenciados e suas ordens eram obedecidas sem discussão. Sob a orientação desses Grandes Seres, a humanidade atingiu elevado grau de progresso; os mais adiantados foram postos sob a direção dos “Senhores de Mercúrio” que os iniciaram nas verdades superiores a fim de prepará-los para serem os guias do povo. Alguns desses iniciados foram elevados à posição de reis, sendo os fundadores das diversas dinastias de “Guias Divinos”, reis por graça divina, ou melhor, pela graça dos Senhores de Vênus e de Mercúrio que eram como deuses para a humanidade infante. Os Senhores de Mercúrio guiaram e instruíram esses reis para governarem pelo bem do povo. A arrogância e a cupidez que eles depois demonstraram foi simples degeneração. Os Senhores de Mercúrio ensinaram o ser humano a sair e entrar no corpo físico à vontade, a empregar seus veículos superiores independentemente do Corpo Denso, de modo que o corpo físico se tornou uma habitação agradável em vez de uma prisão. Atualmente Mercúrio exerce pequena influência sobre nós porque está emergindo do repouso planetário; com o tempo, porém, sua influência será mais fortemente sentida, tornando-se poderoso fator na futura evolução.
A viagem entre os Planetas não é novidade, mas há razões para acreditarmos que ela só é possível com veículos muito mais sutis. As condições e os elementos físicos não são empecilho nem afetam aos que viajam nesses veículos sutis. As forças que encontraremos no trajeto são “interplanetárias” e assim como os Filhos de Deus” puderam outrora chegar ao nosso Planeta e tornar conhecida sua vontade à humanidade infantil, aqueles que conseguirem suficiente crescimento anímico nos nossos dias, poderão viajar para “países estrangeiros”, conforme seu desejo de servir. Considerando o movimento de qualquer objeto material na nossa atmosfera, não podemos esquecer que está provado cientificamente que qualquer objeto (mesmo as naves espaciais), de material que tenha densidade maior do que o meio no qual está agindo (neste caso nossa atmosfera) criaria uma onda de choque, se viajasse com velocidade maior do que a do som, que é aproximadamente de 1.200 quilômetros por hora. Qualquer pessoa que visse um “disco voador” estaria, inevitavelmente, dentro da onda de choque, se ele viajasse com aquela velocidade ou maior ainda, e o som da onda de choque seria ouvida, com certeza, com grande intensidade. Mas até agora, nenhum dos observadores de discos voadores fez referência a esse fato, que é elementar, na física. Não há dúvida que a humanidade quer dominar um a um os diversos materiais bem como as limitações e restrições físicas na conquista da matéria. Dessa forma pretende alcançar e penetrar regiões afastadas do nosso centro de densidade, a Terra. Como a densidade varia ao se aproximar de outro Planeta, aí encontrará novamente um grau ou condição de matéria que terá de lutar para conquistar. Conquistar o ser humano quer, pois ele está cada vez mais penetrando em seu veículo próprio a Mente, à medida que este veículo vai se tornando “maduro”. Parece-nos, todavia, que o melhor que o ser humano poderia fazer, se conseguisse intercâmbio amistoso com seres de outros Planetas, seria a troca de conhecimentos intelectuais e é razoável supor que este seja um passo dado na direção certa que conduzirá à Fraternidade, dentro da esfera de influência de Deus, todas as Suas criaturas que, dessa forma, lhe proporcionarão o desenvolvimento e a perfeição evolutiva que ele busca.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura
Datas de Cura:
“O Senhor é o meu pastor, não me faltará” (Salmo 23, v.1)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos no mês, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS Nº 74 – Julho de 2022
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz em Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de abril/2022:
Dia 03/jul.- 17 hs – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XVI – Desenvolvimento Futuro e Iniciação – A Palavra Criadora – Parte 1
Dia 10/jul.- 17 hs – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XVI – Desenvolvimento Futuro e Iniciação – A Palavra Criadora – Parte 2
Dia 17/jul. – 17 hs – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XVII – Método para adquirir o Conhecimento Direto – Os Primeiros Passos
Dia 24/jul – 17 hs – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XVII – Método para adquirir o Conhecimento Direto – Métodos Ocidentais para os Ocidentais
Dia 31/jul – 17 hs – Estudo do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XVII – Método para adquirir o Conhecimento Direto – A Ciência da Nutrição – Parte 1
Publicações de textos no nosso Site (www.fraternidaderosacruz.com) e nas nossas Redes Sociais:
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Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)
Leão é o lar da Hierarquia dos Senhores da Chama, ou seja, da luz e do amor. A Dispensação Cristã está guiada pela Hierarquia de Leão, os Senhores da Chama. Por isso a Iniciação do Fogo está diretamente conectada com os Mistérios Crísticos. Esse fogo não é uma chama que arde, mas uma luz que purifica e transmuta. A sarça que “ardia” não se consumia porque ardia nessa luz. Essa experiência de Moisés é uma expressão velada da exaltação produzida pela Iniciação do Fogo. A nota-chave bíblica de Leão ressoa nas palavras: “O amor é o cumprimento da lei”.
A constelação de Leão pertence à Triplicidade de Fogo. Luz, amor, autoridade e controle estão entre as suas notas-chaves. O coração rege o Corpo-Templo humano e é o centro do amor. O coração do Discípulo aumenta sua luminosidade com sua espiritualização crescente até que, finalmente, caminha na luz como Cristo, que está na luz. Como consequência dessa irradiação, chama a atenção e ganha lealdade. A Hierarquia de Leão está implantando esse ideal no mais profundo de cada ser humano ao focar seu poder de amor sobre a Terra.
Que Seres Humanos já possuem Corpo Mental (e não somente o veículo Mente)?
Os Adepto e Irmãos Maiores
Qual é o instrumento mais importante que possuímos por ser um instrumento especial na obra da criação?
A Mente é o instrumento mais importante que o Espírito possui, porque ela é um instrumento especial na obra da criação.
Deus nos criou para que fossemos criadores na Região Química do Mundo Físico, e para isso tínhamos que ter um veículo que nos permitisse expressar a criação, aqui nessa Região.
A Mente nos permitirá alcançarmos o estágio de Criador.
Em que Época foi nos dado o germe da Mente?
Para a grande maioria, foi na Época Atlante
Em que Época construímos a laringe?
Na Época Lemúrica
Quando vamos criar algo nós utilizamos duas qualidades (força ou poder) fundamentais para tal, exatamente como Deus, nosso criador, faz. Quais são?
Atualmente, o que primordialmente utilizamos para desenhamos as casas, modelamos as roupas e meios de transporte, etc.?
A Imaginação – No Mundo do Pensamento, Região do Pensamento Abstrato, geramos as ideias.
Por que a Mente atualmente não está focada e por isso necessitarmos tanto da experimentação aqui?
porque a Mente humana começou seu desenvolvimento nesse Período Terrestre, e está no estado ou forma “mineral”.
E por ela estar no seu primeiro estágio de desenvolvimento, ela ainda é incipiente (que que está no começo; iniciando), portanto temos ainda grande dificuldade de trabalhar com ela.
Qual é a principal diferença de densidade entre uma “ideia” criada por nós e um “pensamento-forma” também criado por nós?
Ideia composta de substância do Pensamento Abstrato (menor densidade)
Pensamento-forma: ideia projetada através da Mente e revestida de material da Região do Pensamento Concreto (maior densidade).
O processo de pensar é o seguinte: a vontade desperta a Imaginação e ela visualiza uma ideia composta de substância do Pensamento Abstrato que permeia o cérebro.
Essa ideia do Pensamento Abstrato é, então, projetada pelo poder da vontade na lente da Mente, que transfere a ideia para a substância do Pensamento Concreto contida naquela parte da Mente do ser humano e que permeia o cérebro.
Aqui, a ideia é envolvida pela substância do Pensamento Concreto e agora é um pensamento-forma.
Quando um médico enxerta um pedaço de pele humana em alguém para recompor o tecido que foi danificado (queimadura, acidente, etc.) ele está trabalhando com vida ou não? Se sim, por quê? Se não, com o que?
Não. Está trabalhando com a forma. O fato da nossa Mente ainda estar no estágio mineral, é impossível trabalharmos com a vida. Não conseguimos ainda vitalizar a forma.
No Período de Júpiter: Quando a Mente se tornar Corpo Mental seremos capazes de trabalhar com um nível de vida que viverão e crescerão, semelhante ao atual estágio das plantas.
No Período de Vênus: o nosso Corpo Mental terá adquirido um certo grau de sentimento e então poderemos criar um nível de vida num estágio mais elevado – seres que vivem, crescem e sentem – semelhante ao estágio animal hoje.
No Período de Vulcano, a Mente chegará ao seu estágio mais desenvolvido, e poderemos criar seres que vivem, crescem sentem e pensam. Faremos isso com material da região do pensamento concreto.
No Período Lunar que Onda de Vida estava experimentando o seu estágio “humanidade” nesse Esquema de Evolução?
A Onda de vida Angélica (os Anjos) foram a humanidade do Período Lunar.
Os Senhores da Mente, uma Onda de Vida especialista em trabalhar com matéria mental, atualmente trabalha somente com uma Onda de Vida. Qual é o nome dela?
Onda de Vida humana, ou seja, trabalham somente com os seres humanos, nós.
Quando nós passarmos pelo estágio “Anjos” nesse Esquema de Evolução, seremos exatamente como são os Anjos hoje? Se sim, por quê? Se não, por quê?
Não. No Período de Vulcano, o ser humano terá passado através de estados análogos aos percorridos pelos Anjos e Arcanjos. Recorde-se, que em nenhuma parte se repete uma condição igual. Na espiral evolutiva há sempre aperfeiçoamento progressivo.
Sabemos que nos três próximos Períodos, o Espírito Divino absorverá, nessa ordem: o Espírito Humano, depois o Espírito de Vida e depois a Mente. E o que acontecerá com os nossos Corpos Denso, Vital, e de Desejos?
No Período de Júpiter: o Corpo Denso será transmutado e suas forças adicionadas ao Corpo Vital. O Corpo Vital será o nosso veículo mais denso e atingirá a sua perfeição.
No Período de Vênus: o Corpo de Desejos será o nosso veículo mais denso e atingirá a sua perfeição. As essências do Corpo Denso e do Corpo Vital serão absorvidas pelo Corpo de Desejos.
No Período de Vulcano: a Mente será perfeita e aumentada das essências do Tríplice Corpo. Será capaz de se propagar e criar formas vivas, móveis e pensantes para os atuais minerais que, então, serão a “humanidade”.
Qual o objetivo do Método Rosacruz ao nos emancipar e nos tornar independentes?
Se somos livres, estão, somos responsáveis por nossas escolhas e atitudes; ninguém mais.
Por que os bens materiais valem pouco se comparados aos espirituais?
Os bens espirituais são eternos.
A natureza da experiência do ser humano após a morte está determinada por sua vida sobre a Terra.
O verdadeiro objetivo e propósito da vida humana nesse Esquema de Evolução, no entanto, é o do ser humano tão sublime que seus pensamentos e suas emoções se voltem totalmente para os bens espirituais e dos bens materiais somente lhe seja dado o valor quando necessitam para servir, e não para acumular. É isso que fornece a cada ser humano o poder de Deus, o Deus-Todo; e a união com Ele atrai tudo o que é elevado e nobre, formoso e verdadeiro. Esse foi o ideal que o Mestre previa para o jovem discípulo quando lhe disse: “Vende tudo o que tens…e vem e me siga”.
Em qual Região ficam o Purgatório e o 1º Céu?
No Mundo do Desejo.
O Purgatório: está localizado nas 3 Regiões inferiores do Mundo do Desejo.
O Primeiro Céu: está localizado nas três Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo.
Qual a maneira pela qual, um irmão rico, pode não ser prejudicado por seus muitos bens materiais?
Colocando sua riqueza para benefício dos demais, ao seu redor, sem dar uma de fariseu ou saduceu.
Não é o uso, mas o abuso das riquezas o que engendra o mal e a infração. Cristo, que é o Mestre de todos nós, disse: “Porque a quem muito é dado, muito será exigido”. O dono de uma grande riqueza tem uma grande responsabilidade.
A Parábola do Homem Rico e Lázaro nos ensina:
O homem rico tinha grandes posses terrenas, enquanto Lázaro era um mendigo que vivia na miséria. Ambos simbolizam os dois polos da riqueza e da pobreza, o “tem” e o “não tem”.
Ao morrerem, Lázaro foi transportado para os Céus, enquanto o homem rico foi para o Purgatório a fim de sofrer pelo seu ócio, sua improdutividade e perda de tanto tempo. O ser humano colhe o que semeou
As sementes que Lázaro semeou produziram uma rica colheita em comparação com a produzida pelo homem rico, que falhou na hora de fazer o uso correto de suas riquezas e aproveitar a ocasião que foi lhe dada, de prestar um serviço a alguém menos afortunado que ele.
Quais os 2 caminhos que podemos escolher para obter experiência?
Aprender por Experiência pessoal (chamamos dor)
Aprender pela observação (que chamamos amor).
Onde e por quem são construídos nossos Corpos?
No Segundo Céu, que se encontra na Região do Pensamento Concreto
O Segundo Céu é o verdadeiro lar do Ego humano, o nosso lar; aqui ele permanece durante séculos assimilando o fruto da última vida e preparando as condições terrenas mais apropriadas para o seu próximo passo no progresso.
O Segundo Céu é o lar de todos os modelos arquetípicos, que estão por trás de todas as coisas criadas. É aqui que o Ego passa muito tempo aprendendo como construir o Arquétipo que será o modelo do seu próximo corpo terreno.
Qual a grande vantagem no post mortem quando fazemos em vida o Exercício da Retrospecção?
O Exercício da Retrospecção pode nos liberar totalmente do Purgatório e do Primeiro Céu.
No Exercício de Retrospecção diário vivemos o nosso Purgatório e o Primeiro Céu todas as noites, introduzindo assim no Espírito, como sentimento correto, a essência das experiências diárias.
Por conseguinte, escapamos do Purgatório após a morte e, também, economizamos o tempo de permanência no Primeiro Céu.
Quais os 3 passos com os quais as Grandes Hierarquias nos auxiliam em nossa jornada, agora rumo à Evolução?
Religião de Raça: prepara a humanidade para unir-se ao Espírito Santo, pelo domínio do seu Corpo de Desejos.
Religião do Filho (Cristã): a finalidade é a união com Cristo através da purificação do Corpo Vital.
Religião do Pai: elevará a humanidade para uma Fraternidade Universal.
O Corpo Denso então, será espiritualizado.
Qual a grande Missão de Cristo?
Salvar os nossos irmãos e nossas irmãs Atrasados nesse Esquema de Evolução e abrir a possibilidade da Iniciação para todos que quiserem.
A Religião do Pai será algo ainda mais elevado do que a Religião do Filho.
Ela unirá a humanidade ainda mais. Eliminará o conceito de indivíduo, tornando todos os seres humanos como somente “um” perante Deus.
Quando, porém, a Religião do Pai tornar-se um fato na vida, o “eu” se submergirá inteiramente num propósito comum, numa vontade única.
A Vontade de Deus será, então, feita “assim na Terra como nos céus”, onde não mais haverá “meu” nem “teu”, mas onde Deus será “Tudo em Todos”.
Cristo é o Espírito Planetário do Planeta Terra?
Cristo é o mais alto Iniciado do Período Solar e como tal tem a Sua morada no Sol.
Embora sua morada seja no Sol, o Cristo Cósmico tudo sente daquilo que ocorre na Terra como se realmente estivesse presente. Isso é o que em realidade significa onipresença.
Não obstante o Cristo seja o Espírito Interno do Sol, também é o da Terra e assim deverá continuar essa tarefa de auxílio, tudo suportando daquilo que acontece, permanecendo como um agente eficaz para possibilitar a nossa salvação.
Portanto, Cristo é hoje o Espírito Planetário da Terra, mas deixará de ser quando a humanidade estiver evoluída e pronta para assumir a sustentação do Planeta Terra, e não precise mais da ajuda de Cristo, fazendo a revitalização anual do nosso Planeta.
Qual corpo será essencial para que a Onda de Vida Humana possa viver na Sexta Época e qual o nome desta Época?
Para a Sexta Época, ou Nova Galileia, teremos que ter desenvolvido o Corpo-Alma.
Corpo-Alma, o Traje Dourado de Bodas, também chamado de: Vestes de Bodas; Vestido de Bodas, Veste Nupcial, Traje Nupcial, será essencial para os humanos poderem viver na Nova Galileia.
É composto dos dois Éteres superiores do Corpo Vital: Éter Luminoso (ou Éter de Luz) e Éter Refletor.
O Corpo-Alma é construído por meio de uma vida abnegada de Amor e Serviço em favor da humanidade. Essa vida abnegada é que atrai e aumenta os Éteres Superiores.
Com a união do Pensamento, poder do Amor, a ação correta e da constante repetição estamos realmente construindo e revestindo-nos com o Dourado Traje Nupcial, o qual ainda não pode ser visto pela maioria dos olhos mortais
Qual a diferença entre os Métodos Ocidentais e Orientais?
Os Egos que vivem hoje no Oriente se encontram na curva descendente da evolução, prestes a atingir o nadir da materialidade, pelo qual já passaram os ocidentais. Portanto, os ocidentais estão subindo o arco ascendente da escala evolutiva; estão alcançando condições cada vez mais espiritualizadas, Corpos Densos mais refinados e Mentes mais dinâmicas.
Os métodos de realização oriental e ocidental são bem distintos, conquanto tenham em comum alguns princípios doutrinários como a Lei do Renascimento, a Lei de Causa e Efeito, etc.
No método oriental, o neófito se subordina ao guru (mestre) e condiciona seu desenvolvimento à completa aceitação do que lhe é ensinado. No método ocidental, fundamentalmente individualista, se busca, desde o princípio, libertar o neófito de todas as influências externas que lhe dificultam a livre manifestação do Ser.
O método ocidental respeita em cada Aspirante o acervo individual de experiências passadas que lhe formaram a natureza, a índole, o temperamento, o caráter, enfim, sua particular e total estrutura Egóica, diferente da de qualquer orientador externo.
O método ocidental lhe dá, ao mesmo tempo, meios de realização e deixa o desenvolvimento na dependência exclusiva de sua iniciativa, esforço e perseverança, preconizando o conhecimento direto das coisas espirituais, sem intermediários, tanto outros seres humanos como coisas (bola de cristal, tarô, runas, búzios, pêndulo, tábuas, e outros instrumentos até com nomes modernizados, mas que não passam de anteparos entre o Aspirante e os Mundos espirituais).
No Oriente empenha-se grande esforço no sentido de sujeitar e subjugar o Corpo, com a finalidade de cultivar qualidades espirituais. Seu método exige certas posturas corporais enquanto se pratica difíceis exercícios físicos. Tais exercícios são necessários para uma parte de nossos irmãos, que necessitam exatamente deste tipo de pedagogia espiritual para avançarem no caminho, mas isso não faz parte do método ocidental.
Em resumo:
todas as Religiões são de origem divina, cada uma dada a um povo em particular, porque é adaptada às suas necessidades especiais.
A marcha da civilização ocorre do Oriente para o Ocidente
A Religião ocidental, o Cristianismo, é mais adaptada aos povos ocidentais do que as Religiões orientais
Por que o Método Rosacruz de Desenvolvimento é Ocidental?
A Fraternidade Rosacruz é uma escola preparatória aos Mistérios (ou Iniciações) do Ocidente. Com a vinda do Cristo, Sua influência predomina por enquanto, no Ocidente até que, por todo o mundo os demais Egos se universalizem e se libertem dos laços restritivos da Raça e da tradição. No Ocidente, estão os seres mais evoluídos da Terra, em sentido geral, seres que em outras vidas já tiveram renascimentos e mais renascimentos no Oriente.
Portanto, seguimos as orientações de Cristo e incentivamos os Egos a se universalizem e se libertem dos laços restritivos da raça e da tradição.
O método Rosacruz é fundamentalmente feito para cada indivíduo, e busca, desde o princípio, libertar o Ego de todas as influências externas (seja de outras pessoas – como gurus, instrutores, mestres –, seja de anteparos como búzios, tarô, baralhos, runas, bola de cristal, pêndulo e quaisquer outros antigos e novos que estão sempre aparecendo) que lhe dificultam a livre manifestação do Ser. Emancipa a pessoa, para que ela siga sozinha.
A Escola Rosacruz exorta seus membros a não pensar em voos de alma e a se dedicar de todo coração e vontade ao aprimoramento do caráter, mediante o serviço amoroso e altruísta aos demais, pelos meios de iluminação que põe dadivosamente à disposição de todos. Isso concorda com os Evangelhos: “procure primeiramente o Reino dos Céus e Sua justiça e o mais virá por acréscimo”.
O método Rosacruz habilita o ser humano, enquanto renascido aqui, a:
quebrar o ciclo vicioso de produção de pecados (sofrimento e morte);
iniciar um processo de purificação pessoal;
tornar seus corpos ferramentas mais úteis para atividade do Ego;
antecipar aprendizados que estariam reservados somente a vidas futuras.
Com efeito, o método Rosacruz de desenvolvimento permite intensificar o grau vibratório e a força espiritual de uma pessoa, capacitando-a a realizar importantes feitos na Grande Obra Divina.
Qual a diferença entre embrião, feto e bebê?
A fase embrionária começa com a fertilização e dura oito semanas
A fase fetal é da 10ª semana da gravidez (contando do começo da última menstruação) até o parto
O feto torna-se então um neonato (ou recém-nascido) após o parto
Pode a solidificação lenta do Corpo Denso ser controlada, ou pelo menos minimizada, a ponto de se poder prolongar os dias da juventude?
Sim, é possível, desde que aprendamos a minimizar esse processo de endurecimento e, também, a viver sensatamente, aproveitando melhor todo o tempo que nos foi dado, nesta existência, o que infelizmente poucos o fazem.
Por que é importante ficar o mais tempo possível encarnado aqui?
Porque são necessários vários anos para educar cada Corpo que habitamos, até que o Espírito obtenha algum domínio sobre ele. Todos os anos de infância onde devemos aprender a controlar nosso Corpo Denso e depois os anos de adolescência onde devemos aprender a dominar nosso Corpo de Desejos.
Água destilada ou água filtrada/mineral?
A água destilada é o resultado de um processo que consiste em aquecer a água até que ela evapore, e esse vapor se condense novamente, eliminando assim as impurezas e os minerais. Ao contrário do que muitos pensam, a água destilada não possui químicos em sua composição.
Outra forma de se obter água destilada, é pela natureza, ou seja, a água da chuva é destilada.
Hoje, a qualidade da nossa água é muito melhor do que era no passado, quando Max Heindel, sugeria o consumo de água destilada, por ter uma melhor qualidade. Portanto, hoje, podemos fazer uso da água filtrada ou mineral, desde que saibamos de sua procedência e qualidade.
“A felicidade está onde a colocamos, mas nós nunca a colocamos onde nós estamos!!!”. Isso resume o viver ou a busca do ser humano.
Em verdade, fazemos da felicidade um mito inatingível, colocado à distância no nosso caminho, esquecidos de que, ao chegarmos ao ponto onde desejaríamos encontrá-la, de novo a empurramos para mais adiante. Estranho, não é? Mas muitos agem assim, e com isso, a vida finda e a felicidade não chegou.
Mas à luz da Filosofia Rosacruz, a felicidade não pode e não deve ser procurada; tampouco localizada à distância, no espaço ou no tempo. Ela é simplesmente, ou deveria ser, o “viver cada momento”, segundo nossa voz interna. Precisamos sim, viver bem cada dia, viver como se esse fosse o último dia, portanto fazendo o nosso melhor hoje, e ser feliz hoje. Se “somos deuses em formação”, não podemos fugir ao percurso do caminho que nós mesmos escolhemos, sem afrontarmos as limitações que a vida terrena nos impuser.
A felicidade está nas pequenas coisas, muitas vezes não observadas.
Ao acordarmos muitas vezes, o SOL está lindo, radiante, se mostrando, e pouca gente o admira. A NATUREZA se mostra maravilhosa, as árvores, os pássaros, as flores, a lua, as estrelas, etc., tudo para admirarmos, para vivermos esses pequenos momentos.
Já pararam para ver uma formiga carregando uma folha três vezes o seu tamanho??? Já viram uma joaninha em uma folha??? E o beija-flor??? É de uma beleza sem tamanho. E as abelhas???? Maravilhosas!!
Precisamos estar atentos o tempo todo.
Às vezes, a felicidade está batendo à nossa porta e não ouvimos.
Às vezes, a felicidade está na nossa frente e não vemos.
Estamos sempre a procurar, a buscar algo para nos preencher.
Coloque Deus em tudo e em todos e será muito, mas muito feliz!!!!
“Cristo pode ‘nascer’ mil vezes em Belém, mas se não nascer no teu coração, de nada adiantará”. Não adianta procurá-Lo com a Mente, se enchendo de conhecimento, de intelectualidade, é preciso que Ele venha para o teu coração.
Não é preciso se afastar para buscá-Lo, ir para um lugar ermo, em um vale profundo, viver na solidão.
Cristo habita nas pequenas coisas, nas pequenas obras, na tua casa, no teu trabalho, no ruído das grandes cidades, na tua consciência tranquila, na tua Mente sossegada, na tua Alma desprendida, nos teus sentidos sabiamente dominados, no seu recolhimento, onde estiverem reunidos em Teu nome, lá Ele estará.
Para encontrar a Cristo é preciso que primeiro você se transforme, esqueça o passado, os seus erros, as amarguras, os fracassos, etc.
Não prometa nem busque maravilhas, apenas contente-se em viver bem o seu dia, santificando as pequenas obras, agradecendo, sendo humilde, manso, anônimo no que faz.
Modifique a sua vida, veja o bem em tudo e em todas as criaturas, faça em ti uma reforma íntima.
Veja o Cristo no rosto dos irmãos e das irmãs que passam por você, dos que convivem com você, no rico, no pobre, na criança, no ancião, no santo e no pecador, no dia e na noite, no trabalho que te desgosta e na festa que te alegra.
Verá o Cristo quando for sereno, solitário, quando conseguir ter compaixão, se aquietar perante as desordens ao seu redor, quando for discreto, compreensivo e prudente, quando sentir a dor alheia.
Simplifique a sua existência, dia a dia, torne-a mais humilde, mais suave, coma para viver e não viva para comer, procure ter paz.
O que vir a ser feito, faça, onde precisarem de ajuda, ajude, levante quem caiu, cure quem se feriu, dê carinho a quem sofre, o Cristo está a te observar.
Cristo está aqui, do meu lado, do seu lado, atento a quem O chama!!
Conheça as Bem-aventuranças, siga-as e encontrará o Cristo!!
Podemos defini-la como o reconhecimento das realidades espirituais e dos princípios morais, sendo da mais alta autoridade e de supremo valor.
Fé não significa simplesmente a crença na existência de um Deus; é muito mais: é ter total confiança no Pai Celestial, no Pai que nos criou, é nos colocarmos em Suas mãos. A fé é sempre ativa, completa em si mesma, não é atuada nem afetada por nenhuma força, nenhum agente exterior, levando em si mesma sua própria força motriz.
É aprender a esperar em Deus-Pai em tudo, nas pequenas e nas grandes coisas da vida. É libertar-se das preocupações, medos e inquietações do Mundo.
É abrir a Mente e o Coração para receber a verdade, acreditando que Deus nos tem sob Sua guarda. Devemos acreditar que Deus é fiel conosco, não nos deixa e nunca nos desampara.
Ele nos ama, afinal somos Seus filhos. Quando colocamos nossa confiança em Deus, fazemos uso de uma Lei Divina, que nos sustenta em todas as provações e problemas da vida.
É como se nos agarrássemos à Sua Mão Toda Poderosa. Fazemos a conexão entre nossa fraqueza e Sua Força, que é maior que todas as forças.
Com fé não tememos mais nada neste Mundo visível e em quaisquer outros Mundos Invisíveis.Com fé podemos mudar nosso cotidiano melancólico em grande alegria e felicidade, pois alcançamos um equilíbrio, uma paz de Espírito, serenidade de alma e tranquilidade em nossos corações.
Há na Bíblia muitas passagens que nos mostram como ter fé, como confiarmos em Deus.
Uma sugestão é ler o Salmo 23 e o Salmo 91, na Bíblia.
“Tudo posso n’Aquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).
Apegados a Deus somos mantidos em segurança sempre! Se todos que procuraram Cristo para serem curados, não tivessem fé, seriam curados?
Cristo sempre dizia ao curado: “Tua fé te curou”.
E lembremos sempre: “A fé sem obras é morta” (Tiago 1:2). Portanto: “ore e labore”.
Essas frases nos ajudam a pensar e a praticar os Ensinamentos Rosacruzes:
Todo Aspirante à vida espiritual superior, sincero, considera seu Corpo Denso como sendo o “Templo de Deus vivente”, portanto sagrado, sendo o mais antigo e perfeito veículo, que vem sendo aprimorado desde o longínquo Período de Saturno, quando recebemos seu germe, fornecido por uma Hierarquia Divina (ou Criadora ou Zodiacal), denominada de “Senhores da Chama” (Senhores de Leão) e, em consequência, sabe que deve ter claro consigo a importância de cuidar desse Corpo de todas as formas.
Devemos aprender a cuidar aprendendo a “comer para viver”, no mais elevado sentido da palavra – provendo nosso veículo físico daqueles alimentos que, em qualidade e em quantidade, são capazes de dar a ele não só a possibilidade de funcionar com um máximo de eficiência e no mais longo período, mas também para torná-lo mais refinado e sensível as nossas (do Ego, do Espírito) solicitações
É muito importante nos abstermos de alimentos tóxicos, temperados, super processados, de origem animal (tanto carne quanto os seus derivados), bebidas alcoólicas, etc.
Faz-se necessário também conhecer os alimentos que vamos ingerir, a quantidade necessária diária, de acordo com a constituição física e atividade que exercemos.
Também devemos conhecer os alimentos que nos fornecem proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais, todos sob a forma mais facilmente digerível e de fácil assimilação.
Evidentemente, os vegetais, frutas, sucos naturais, leguminosas, verduras, leite, queijos, iogurtes, ovos de galinhas criadas soltas, beber muita água pura, filtrada, etc., são alimentos nutritivos e importantes para o nosso organismo, cada pessoa conhecendo-se a si mesma, vendo o que melhor lhe convém, adaptando seus conhecimentos sobre dietética e às suas próprias necessidades.
O fator determinante para o Aspirante à vida superior no aprendizado do “comer para viver” é na condução do seu Corpo de Desejos, objetivando a extirpação de hábitos alimentares inconvenientes e a implantação daqueles que são mais saudáveis.
Aprender a comer para viver (com alimentos saudáveis) e não viver para comer é, também, um bom treino espiritual, quando controlamos nosso Corpo de Desejos, como também, repetimos, cuidamos bem do nosso Corpo Denso.
Com muita força de vontade dominaremos os clamores do nosso apetite físico e de desejos e apreciaremos somente alimentos saudáveis e adequados ao nosso Corpo.
Uma corajosa persistência sempre vence, e a recompensa mostrará que valeu muito a pena!!
A gratidão produz crescimento anímico, o crescimento da nossa Tríplice Alma!
Devemos ser gratos por tudo o que temos, por tudo o que vivemos, aprendemos, etc. Não temos nada menos do que precisamos.
Devemos, no nosso dia a dia, trabalhar pelo reto agir e por prazer desinteressado, sem esperar gratidão; não devemos nunca exigir reconhecimento dos outros pelo que fizemos. Temos que ser espontâneos.
Tanto quando somos gratos ou quando recebemos a gratidão dos outros, esse sentimento produz crescimento anímico. E deste modo também se alimenta o altruísmo, a filantropia e todos os sentimentos superiores da vida da Alma, para a formação da Vida, da Luz e do Poder Anímico, fundamentais para o nosso desenvolvimento Cristão espiritual.
O uso da gratidão é fundamental quando fazemos o Exercício Esotérico noturno da Retrospecção, feito antes de dormirmos, à noite, onde devemos sentir fortemente o bem praticado ou recebido, para imprimi-lo consciente e fortemente em nós.
Afinal não devemos pensar que no fazer o Exercício de Retrospecção uma revisão superficial dos acontecimentos de um dia, admitindo simplesmente: “gostaria de não ter feito isto”, ao rever uma cena em que tenhamos feito algo evidentemente errado, nos salvará das consequências futuras. Quando ao morrer abandonamos o Corpo Denso e entramos no Purgatório, o Panorama da nossa vida recém-finda se desenrola em ordem inversa, para nos mostrar primeiro os efeitos e depois as causas de nossas ações onde prejudicamos alguém, por omissão ou por querer mesmo; e findo esse entramos no Primeiro Céu onde os acontecimentos bons da nossa existência passada, também começarão a desfilar para nós, aí então só o que fizemos de bom, como o que recebemos de bom, voltarão a ser sentidos (numa cena em que ajudamos alguém, revivemos gostosamente o bem-estar em que esse ato produziu, acrescido pelo sentimento que o outro emitiu a nosso favor. Da mesma forma, quando fomos ajudados e geramos um sentimento de gratidão ao outro, tornamos a experimentá-lo). Da mesma maneira o fazemos no Exercício de Retrospecção. E mais: a menos que efetuemos esse Exercício diário de modo que vivamos todas as noites o nosso Purgatório e o nosso Primeiro Céu, sentindo severamente toda dor que infligimos e, logicamente procurando sentir, de maneira intensa, a gratidão pela bondade que recebemos de outros e a aprovação pelo bem que tenhamos feito, esse exercício de nada valerá.
Então, queridos irmãos e irmãs, aproveitemos todos os Ensinamentos Rosacruzes que temos e o coloquemos em prática, sendo a gratidão um deles.
Em nossas orações diárias, nas nossas conversas com o Cristo interno, também com o Pai, sejamos sempre gratos por tudo.
Lembremos que os Anjos do Destino nos deram exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento, nem mais, nem menos e que Eles estão acima de todo erro!
Agradeçamos por tudo, sempre!
Vocês conhecem “Cartas de Cristo”? Sou seguidora dela. É uma obra canalizada pelo próprio Cristo, supostamente falando, tudo é possível. Nessa obra Cristo diz que devemos entender o velho testamento de uma forma mais alegórica, que não devemos interpretar literalmente; ao contrário do novo testamento que apesar de ter algumas fantasias tem verdade.
Resposta: Sim, conhecemos “Cartas de Cristo”. Segundo consta a história apurada por quem foi pesquisar a origem, foi uma médium responsável por receber e escrever as orientações divinas das Cartas de Cristo seria uma mulher de origem inglesa (“uma comprometida cristã que viveu a maior parte de sua longa vida na África. Foi-lhe dito claramente para permanecer anônima, pois as Cartas deveriam destacar-se por si próprias.”) — desenvolvida durante 40 anos para que pudesse se comunicar com Jesus —, que ainda receberia artigos do mestre, sendo que este material deverá ser compilado em um novo livro. Agora…” ser canalizada pelo próprio Cristo”, você aprenderá na Fraternidade Rosacruz que isso não é possível, pois Cristo é o Regente do nosso Planeta Terra e do Sol; ele é um Arcanjo, e nos “fala” de um outro modo que você aprenderá como (ele não precisa utilizar o método limitado da “palavra escrita” – ainda mais traduzida de outro idioma – para se comunicar…é muito falho e limitado para grau de onisciência e onipotência que ele tem!). Se se fala em psicografia, aí então é que não seria mesmo; você aprenderá na Fraternidade Rosacruz que esse método é extremamente perigoso e Cristo em hipótese alguma pensaria em utilizá-lo; mas como obra e material para quem não está em uma Escola como a Fraternidade Rosacruz, é melhor do que nada, né? E nessa linha há muitas outras ótimas obras Cristãs que ajudam a preencher essa lacuna. Na Fraternidade Rosacruz há um Curso (como todos, gratuito) onde o Estudante aprende a compreender os ensinamentos Bíblicos e ver o que é alegoria, o que é lenda, o que é fato, o que é ensinamento direto tanto no Antigo como no Novo Testamento e como aquele complementa esse.
Lembrando: para um Adepto ou um Irmão Maior…Cristo “já voltou”!
O Exercício Matinal da Concentração é algo parecido com um sonho ou uma divagação mental? Tenho muita dificuldade em diferenciar isso e é uma coisa que muita me atrapalha quando tento fazê-lo.
Resposta: Tal Exercício não tem nada a haver com sonho ou uma divagação mental. Você está consciente e no total controle da situação durante tal exercício. Vamos ver como: o objetivo da Concentração matutina (o Exercício esotérico matinal) é fazer convergir os seus pensamentos para um centro, para um ponto, aumentando o seu vigor, sob o mesmo princípio pelo qual o poder dos raios solares aumenta quando focalizados num ponto através de uma lente de aumento. Bem diferente de um sonho. Elimine, no momento da sua Concentração, todos os outros assuntos de sua Mente, assim a força total do seu pensamento fica disponível para ser usada em atingir o objetivo, que aqui é “ver” mentalmente o objeto escolhido. Veja o grau de consciência e persistência que você tem que ter aqui: ficar tão absorvido no objeto sobre o qual se concentra de tal modo que você consiga excluir o mundo dos sentidos da sua consciência, e assim dar toda a sua atenção ao mundo espiritual. Só assim é que você conseguirá atingir o objetivo do exercício que é ver o lado espiritual do objeto, iluminado pela luz espiritual, e com isso você obterá um conhecimento da natureza interna das coisas como você jamais pensou que conseguisse. Para isso você tem que ter a força de vontade para: assim que você acordar, não se mexer, não abrir os olhos e imediatamente focar no objeto. Esse momento é único no dia, pois é só nesse momento do dia que você tem a condição ideal para o exercício: no momento de despertar, você acaba de retornar do Mundo do Desejo, e nessa ocasião é mais fácil retomar o contato consciente com esse Mundo do que em qualquer outro momento do dia. É só nesse momento que você consegue manter o Corpo Denso no mesmo grau de inércia e insensibilidade que experimenta durante o sono, embora você esteja perfeitamente desperta, alerta e consciente. É só desse modo que os centros de percepção do Corpo de Desejos poderem começar a girar dentro do seu Corpo Denso. Persistência, persistência e persistência, eis a dica para o sucesso nesse Exercício esotérico, como para tudo na sua vida espiritual.
Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Junho de 2022Resposta: Isso é muito bem esclarecido pelos períodos setenários na vida de qualquer um que esteja aqui renascido: de 7 em 7 anos mudamos de fase e se entendermos isso e trabalharmos com essas possibilidades setenárias, vivemos a vida em plenitude. Naturalmente, um Corpo Vital positivo gera mais sangue do que um Corpo Vital negativo, como o que possui o homem, daí que exista na mulher essa pressão sanguínea maior, da qual tem necessidade de se livrar mediante o fluxo mensal – a menstruação -, produzindo-se, ao cessar na menopausa, uma espécie de segundo crescimento na mulher a qual adquire os caracteres que chamamos “matrona”, ou seja, uma mulher que se aproveita essa fase é uma mulher uma mulher madura, resolvida, sabedora do que quer e que exala uma certa dignidade e poder.
O suicida só vai para o Purgatório depois que sofre — as dores terríveis e similares às causadas pela fome intensa — pelo tempo que deveria ter vivido?
Resposta: Não. Primeiro o suicida vai para a Região Limítrofe e fica lá até completar o tempo de vida que tinha programado no seu arquétipo. Ela está localizada na quarta Região do Mundo do Desejo, entre o Purgatório (localizado nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo) e o Primeiro Céu (localizado nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo); uma espécie de fronteira – nem céu nem inferno. Nessa Região, o suicida está fora do alcance de qualquer ajuda e sofre muito mais do que qualquer outra pessoa. Até quando? Até ela chegar à conclusão de quanto é errado não comparecer às aulas da escola da vida, e essa falta não passará impunemente. Na vida seguinte, quando as dificuldades cercarem o seu caminho, recordará os sofrimentos do passado resultantes do suicídio – ainda que não se lembre exatamente dos fatos -, e enfrentará uma nova experiência para alcançar seu crescimento anímico. Ou seja: só depende dele e de mais ninguém. Uma vez isso alcançado, pelo seu próprio esforço e força de vontade, ela parte para o Purgatório e segue no Ciclo de Vidas e Mortes, como qualquer outro ser humano.
Se for possível (ou se fosse) estudar a vida do Ser Cristo no Período Solar, podemos entender que havia também ali “ciclos de vida, morte e renascimento” para as humanidades de então? E mesmo não tendo os seres então veículos do Mundo Físico Químico?
Resposta: Não necessariamente. Veja que no Período Solar o Globo mais denso estava no Mundo do Desejo, onde não há “ciclos de vida, morte e renascimento”. Esse método é inerente ao Mundo Físico, onde estamos atualmente. E mesmo aqui se aprendemos tudo que precisamos (pagando todas as nossas dívidas de destino) nessa vida e não gerando mais dívidas no futuro nos libertamos desse “ciclo de vida, morte e renascimento”. É o que ocorre com qualquer ser humano que atingiu o grau de Irmão Maior.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura
Datas de Cura:
Agosto: 02, 09, 15, 22, 30
““Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. 5.Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.” Isaías, 53, 4-5
Quando alguém morre durante uma discussão ou com um sentimento de raiva e vingança no coração, permanecerá durante algum tempo unido àquele ou àquela contra quem era dirigida sua raiva. Com frequência, tal Espírito desencarnado influencia uma alma negativa que ainda se encontre no Corpo Denso e que é impelida a executar uma vingança e a cometer um crime que a alma desencarnada deseja.
No futuro, quando a humanidade estiver mais iluminada e os juízes, advogados e jurados tiverem mais fé e conhecimento a respeito da vida após a morte, não condenarão um criminoso à morte, mas compreenderão que o assassino que é executado, sem um ambiente apropriado para rever o panorama da vida e a subsequente gravação no Átomo-semente, é arremessado sem preparo no Mundo do Desejo e aí poderá ser uma ameaça maior para a sociedade do que quando ainda no Corpo Denso, porque, então, será como uma fera selvagem solta de sua jaula. Terá mais liberdade para prosseguir sua vida de crime, embora invisível àqueles que “têm olhos, mas não veem”.
Se as autoridades, em vez de abrirem a jaula e libertarem o animal, procurassem domá-lo (se o colocassem em uma instituição onde pudesse ser ensinado a viver uma vida melhor), estariam livrando outros de cometerem crimes enquanto estivessem sob a influência do ódio desses espíritos invisíveis, apegados à Terra e ainda cheios de desejos. A pena capital, em vez de impedir, na realidade, promove o crime.
A humanidade está atualmente horrorizada com a onda de crimes que se espalha pelo mundo. Nenhum país está livre dessa realidade e a violência é encontrada principalmente nas grandes cidades. As autoridades estão tomando as maiores precauções para proteger os cidadãos, mas pouco têm conseguido. Nunca o crime foi cometido com tanta audácia, com tanta ganância, mulheres são violentadas, jovens desaparecem e ninguém mais ouve falar deles e o mundo encontra-se desorientado sem saber o que fazer para evitar essas coisas.
Pergunta-se com frequência: “Qual é a causa dessa degeneração?”. O ocultista pode dar a razão. Ele vê a condição no Mundo do Desejo. Sabe que a parte inferior desse Mundo está cheia de Espíritos apegados à Terra, presos ao plano físico, pessoas que perderam suas vidas durante situações em que estavam possuídos de ódio, raiva, cólera e/ou vingança (seja qual situação em que se encontravam, achando que tinham razão para tal ou não). Essas pessoas indignas estavam cheias de ódio e concupiscências quando, subitamente, foram arrebatadas para a outra vida. Tais almas ainda se apegam a seus desejos inferiores, procurando satisfazê-los.
Neste Mundo do Desejo estão também muitos Espíritos puros que compreendem essas condições, que permanecem nessas Regiões inferiores (enquanto puderem) com o propósito expresso de trabalharem com os mais fracos, ensinando-os e procurando guiá-los por caminhos mais puros. Mas, da mesma forma como, por exemplo, os que trabalham nas favelas, comunidades e outros locais onde há grandes necessidades materiais de uma grande cidade, no mundo material, só podem atingir determinado número de pessoas, assim também os Auxiliares Invisíveis só podem alcançar um número limitado de Espíritos. Muitas almas puras e altruístas, que ainda se encontram no Corpo Denso, também estão trabalhando amorosamente e ajudam esses trabalhadores invisíveis, enquanto estão fora do corpo adormecido. Esse é o campo de trabalho no qual os Probacionistas da Fraternidade Rosacruz são muito ativos. Eles fazem trabalhos filantrópicos nessas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo. Não permanecem até altas horas da noite em divertimentos ou leituras levianas, mas deitam-se cedo, não desperdiçam seu tempo com “sonhos inúteis” enquanto adormecem, mas estão ativamente empenhados em ajudar os que necessitam.
No entanto, se um Espírito com más intenções conseguir satisfazer seu desejo influenciando uma alma mais fraca ou alguém que, aqui, era um Clarividente involuntário, através do qual possa alimentar sua natureza inferior, ele levará mais tempo para superar seus desejos, e permanecerá apegado à Terra até que esteja totalmente purgado. Se uma pessoa morrer antes de ter dominado sua natureza inferior (cheia de materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo), viverá entre seus semelhantes por algum tempo para satisfazer seu gosto pela bebida, pelo fumo, pelo dinheiro, pelo apego às coisas materiais e até por sangue. Mesmo o sensualista poderá procurar e obter satisfação influenciando outros, de maneira que, através deles, possa obter uma satisfação indireta.
Da mesma forma que o Espírito se desprende do seu Corpo Denso terreno naquilo que se chama morte, ele também se descarta de um envoltório mais fino chamado Corpo de Desejos, quando tiver concluído sua experiência no Mundo do Desejo. Então, passa para o Segundo Céu.
A “concha” do desejo descartada do assassino ou do sensualista, leva mais tempo para se desintegrar do que o da alma adiantada. A concha ou Corpo de Desejos descartado, dentro do qual ele construiu uma consciência separada, é atraída para aqueles com quem o Ego estabeleceu laços, aqueles com quem se associou, enquanto se encontrava no Corpo Denso. Essas “conchas” podem ser usadas por elementais que se prenderão a um Clarividente involuntário e se apresentarão como Lincoln, Gladstone, ou alguma pessoa famosa que, sem dúvida, já terá passado para o Segundo Céu há muitos anos. Para ilustrar melhor como esses elementais iludem o Clarividente involuntário, sem que esse suspeite disso, vamos relatar um fato. Max Heindel, enquanto vivia em seu Corpo Denso, alertava constantemente seus leitores contra a Clarividência involuntária ou negativa, indicando seus perigos, mas, desde que passou para a vida mais elevada, muitos Clarividentes involuntários alegaram ter recebido mensagens dele em inúmeras ocasiões. Não há dúvida que mensagens foram recebidas, cujos remetentes alegavam ser Max Heindel, mas eram, certamente, de entidades inferiores e não de um Espírito puro que tão fortemente se opôs à Clarividência involuntária ou negativa.
Falando dos elementais, devemos mencionar uma outra classe de entidades que se apossam de um Corpo Denso quando a oportunidade se apresenta. Encontram suas vítimas entre estudantes inexperientes de ocultismo, que tentam deixar o Corpo Denso. Enquanto se encontram fora, e talvez a alguma distância do corpo, se deixados sem proteção de um ser espiritual, muitas vezes são possuídos por uma dessas criaturas vis. Nossos manicômios estão cheios desses pobres infelizes.
Nos últimos anos, os jornais relataram muitos casos em que pessoas vagaram longe de casa e, após meses e até anos, foram encontrados usando outro nome, em um país longínquo, aparentemente vivendo uma vida dupla. Durante esse período esqueceram-se totalmente de sua vida anterior. Esse é um outro caso de obsessão, em que um Espírito apegado à Terra fica tão determinado a voltar à vida terrena, que usa a primeira oportunidade que se apresente para tomar posse do corpo de outra pessoa, expulsando-a de seu veículo. Muitos casos desse tipo de obsessão são encontrados entre os assim chamados loucos ou insanos.
Em casos desse tipo, o Ego, o proprietário real, segue seu Corpo Denso e permanece com ele, embora invisível aos olhos físicos, esperando a primeira oportunidade para recuperar o que lhe foi roubado. Quando é bem-sucedido, imediatamente lembra sua Personalidade perdida, mas o intervalo entre a hora em que saiu de seu lar e seu retorno a ele, é um vazio. Não traz consigo qualquer recordação daquele período.
O leitor pode perguntar: O que podemos fazer para proteger-nos contra a obsessão? Simplesmente manter uma atitude positiva da Mente, pois temer alguma coisa é atraí-la. Não devemos participar de grupos que promovam a Clarividência involuntária ou negativa buscando desenvolvimento e nunca procurar esse desenvolvimento usando exercícios respiratórios fornecidos por escolas orientais ou cristalomancia.
Os passatempos mais perigosos e sutis, entre todos os que atraem essas entidades invisíveis são a mesa que gira, a prancheta e a escrita automática, quando as pessoas que se sentam à espera de mensagens ignoram as condições existentes no Mundo do Desejo. O Clarividente involuntário tem, por vezes, algum conhecimento de seus visitantes desencarnados, muito embora não suspeite da má natureza dos que, através dele, se comunicam, acreditando serem amigos queridos, Anjos, a quem de boa vontade cede seu corpo para o trabalho negativo. Mas, a jovem sensível e emotiva que se diverte e a seus amigos, em total ignorância dos perigos envolvidos nessas experiências, atrai prontamente essas entidades indesejáveis, porque abriu a porta e convidou-as a entrar.
O suicida, a pobre alma que, através do desânimo, destrói seu Corpo Denso, é um dos mais aflitos espíritos apegados à Terra. Destruiu o templo que era o lugar de morada do Deus vivo.
A pessoa, durante sua vida terrena, está preparando o material com o qual construirá a matriz ou o arquétipo do corpo que deverá usar em sua próxima vida. Órgão após órgão é fortalecido ou enfraquecido por seus atos na vida atual. Mal sabe que seus excessos e abusos se refletirão mais tarde, isto é, carregará consigo em vidas futuras um corpo enfraquecido como resultado disso, enquanto uma vida casta e simples construirá um corpo sadio. “O homem colherá aquilo que semear.”
O Ego, após ter assimilado todas as experiências obtidas na vida passada, estará mais uma vez pronto a descer à matéria. Construirá, então, o arquétipo com o material que tiver sido reunido, assim como o quadro mental de um edifício é preparado pelo arquiteto antes que comece a erguer a estrutura. Da mesma forma, o Ego constrói seu próximo templo formando seu Arquétipo criador no Segundo Céu ou na Região do Pensamento Concreto, com o auxílio das Hierarquias Criadoras. A duração da vida é determinada pela força que o Ego coloca nesse Arquétipo. Ele começa a vibrar mesmo antes que seja envolvido pelo Corpo Denso e instila nesse uma vida que irá durar um determinado número de anos. Como mencionado anteriormente, a duração da vida no Corpo Denso foi preestabelecida pelo Ego com o auxílio das Hierarquias Criadoras antes do nascimento, mas o Ego pode, por uma vida pura e simples, prolongar esse tempo, como pode, por uma vida só de sensações e oportunidades negligenciadas, encurtar essa duração. Só a morte, que ocorre quando expira o tempo de vida determinado, pode interromper o sonoro movimento vibratório do Arquétipo que foi construído. O suicida interferiu com o curso da natureza. Ele, por falta de força de vontade para aprender as duras lições da vida, procura esquivar-se e destrói seu veículo, mas descobre que, após entrar no estado além da morte, está tão vivo quanto antes e que não pode cessar aquela vibração sonora. O Arquétipo deve viver o tempo de vida que lhe foi destinado, mas, tendo sido igualmente destruídos sua expressão natural e a passagem para a energia instilada dentro dele, ainda assim continua reunindo material que o Ego agora é incapaz de assimilar ou gastar, desprovido que está de um Corpo Denso. Assim, a existência do Ego nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo é muito desagradável. Ele fugiu do sofrimento, mas encontrou-o mais perto de si e deverá suportá-lo até a hora marcada para a morte natural do Corpo Denso. Somente aí, o Arquétipo se desintegra e o Espírito é libertado, para passar para o Primeiro Céu.
Podemos ver que a morte não transforma uma pessoa, da mesma forma que um pecador não se transforma em santo por despir sua veste exterior. O que a pessoa semeou durante sua vida terrena, deverá colher um dia, em algum lugar, mas tem a oportunidade de se arrepender e de purgar-se de seus pecados enquanto estiver na parte inferior do Mundo do Desejo. Ela pode até desejar permanecer naquelas Regiões após a morte, atormentando outros, voltando sempre aos lugares que o atraíam durante sua vida terrena. Pode ainda roubar alguma alma negativa de seu Corpo Denso mediante a obsessão, a fim de continuar sua vida de pecado e, assim, satisfazer seus desejos inferiores. “Os moinhos de Deus moem lentamente, mas moem extraordinariamente bem”. Algum dia, ela terá que pagar pelas ofensas cometidas, algum dia, por meio do sofrimento e da aflição, deverá purgar-se de todos os pecados e encontrar seu Criador em seu corpo espiritual purificado.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP de julho-agosto-setembro 2008)
Cartas de Max Heindel: A Epigênese e a Lei de Causa e Efeito
Novembro de 1917
Alguns erros são tão frequentemente cometidos pelos Estudantes que se precisa chamar a atenção deles de tempos em tempos. O erro mais frequente é a ideia equivocada de que tudo o que nos acontece é o resultado ou efeito de alguma causa ou ação que nós mesmos fizemos no passado, geralmente, em alguma vida anterior a esta. Teoricamente, os Estudantes sabem que essa atitude é errada. Eles estão conscientes que, além do destino trazido conosco de existências anteriores, para liquidá-lo nesta vida, todos os dias estamos exercendo uma influência causal pelos nossos atos. Uma parte considerável dos atos praticados neste Corpo Denso irá resultar em efeitos antes que a morte termine com nossa permanência no nosso ambiente atual, ao passo que os atos que não forem liquidados serão retidos e formarão a base do destino de uma existência futura, em que poderemos colher o que tenhamos semeados. Esse destino transferido de uma vida para outra é mostrado em nosso horóscopo e nos fornece certas características, tendências ou linhas de menor resistência. No entanto não podemos ignorar que esse destino do passado nos fornece certo viés ou certa tendência para uma determinada linha de ação. Entretanto, há um relativo livre arbítrio em uma grande porcentagem das nossas ações, deixando espaço para o exercício da Epigênese, a atividade divina criadora que é a base da evolução.
Como dissemos, teoricamente todos os Estudantes conhecem isso perfeitamente bem. Mas, ao nos relacionar com os problemas práticos da vida cotidiana parecem que, persistentemente, tomam a atitude de que tudo o que acontece é o desdobramento de algo que já existiu. Isso é particularmente verdadeiro para aqueles que estudaram as Religiões orientais antes de dedicarem-se aos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Com essa atitude mental de ignorar a Epigênese, eles retardam o crescimento da alma deles alheios ao elevado grau de prejuízo que estão ocasionando ao seu próprio desenvolvimento anímico. Na verdade, está acontecendo com eles algo muito parecido ao que acontece com o materialista durante sua existência post-mortem, quando ele permanece na Região Limítrofe[1] entre o Purgatório e o Primeiro Céu, numa monotonia terrível de se contemplar. A Região Limítrofe é, por assim dizer, um redemoinho fora do fluxo da vida, onde o progresso está com todas as suas atividades ou movimentos cessados. O materialista está ali por causa de sua negação da existência post-mortem, o que o colocou fora de contato das correntes espirituais que geram movimento e ação durante esta existência.
Da mesma forma, quando enfatizamos, constantemente, a Lei da Causa e Efeito e de forma consistente e persistentemente ignoramos a Lei da Epigênese, nos colocamos fora dessa última linha de ação, e nossas oportunidades para exercer a iniciativa da Epigênese são negligenciadas na maioria das vezes, o que resulta em nos tornamos cada vez mais estéreis, à medida que os anos passam. Contrariamente, se nos esforçarmos, inteligentemente, quando considerarmos os problemas da vida, exemplificados nas ações daqueles que nos rodeiam, assim como nas nossas próprias ações, procurando o princípio da Epigênese e observando funcionamento dela, com certeza encontraremos oportunidades para ações de iniciativas que se abrem ante nós, em uma quantidade que nunca seria possível crer. Observando a maneira como a Epigênese se aplica em outras vidas, podemos aprender o modo de aplicá-la na nossa própria.
Espero que você mantenha sempre esse pensamento bem perto de você e que, com isso, possa colher muitos benefícios por meio da prática persistente desse princípio.
(Carta nº 84 do Livro “Cartas aos Estudantes” – de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Ela está localizada na quarta Região do Mundo do Desejo, entre o Purgatório (localizado nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo) e o Primeiro Céu (localizado nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo); uma espécie de fronteira – nem céu nem inferno. Aqui estão as pessoas honestas e corretas, incluindo o materialista; que não causaram danos a ninguém, mas que estiveram tão intensamente imersos nos seus negócios materiais que não tiveram tempo de pensar na vida superior, na vida espiritual. Para essas pessoas, o Mundo do Desejo é um estado indescritível de monotonia. O suicida também permanece nessa região até completar o tempo de vida que tinha programado no seu arquétipo. Nessa Região, as pessoas geralmente estão fora do alcance de qualquer ajuda e sofrem muito mais do que qualquer outra pessoa. Até quando? Até ela chegar à conclusão de que há vida espiritual, se arrepender sinceramente de não ter considerado isso durante o seu último renascimento e desejar intensamente reformar essa sua posição. Ou seja: só depende dela e de mais ninguém. Uma vez isso alcançado, pelo seu próprio esforço e força de vontade, ela parte para o Purgatório e segue no Ciclo de Vidas e Mortes, como qualquer outro ser humano.
Pergunta: Lembra-se de Outram Court, um ex-estudante que cometeu suicídio? Bem, deixei completamente de pensar nele, pois acreditava estar seguro, onde se encontrava. Mas um dos meus colegas me contou que assistiu a uma sessão espírita em uma dessas noites e que Outram Court se apresentara. Para provar sua identidade ele insistia em falar inglês, embora também soubesse espanhol; como nenhum dos presentes entendia inglês, houve um atraso até que encontrassem um espírito conhecedor de ambas as línguas. Outram disse que ainda estava vivendo na casa do meu vizinho, onde se matara; estava sofrendo as torturas da fome e queria que lhe dessem comida. Mais tarde, durante a entrevista, passou a falar espanhol.
Desejo saber o que posso fazer. O pior é que não consigo me lembrar de coisa alguma que acontece durante o meu sono. E desejo tanto lembrar! O que posso fazer?
Resposta: Esta questão abre o vasto assunto da transição anormal para o além, tanto por acidente como por desígnio, juntamente às sensações experimentadas pelas pessoas que passaram pela porta da morte, que se comunicam através dos médiuns e pelo fato curioso que muitas das pessoas que chamamos de mortas não têm consciência de ter perdido seus corpos físicos.
Para elucidar a questão é necessário mencionar primeiro alguns fatos que dizem respeito ao ser humano e ao mundo em que vivemos. A observação diária, tanto quanto as pesquisas científicas, provam que a matéria existe e que se movimenta em condições que não podemos ver. A água evapora devido ao calor do Sol e se condensa novamente em forma de chuva. O Éter é tão necessário para transmitir a luz e a eletricidade como o ar, para a transmissão do som. O vento invisível, que é o ar em movimento, é tão seguramente uma força cósmica quanto a eletricidade, que se move no reino ainda mais sutil do Éter. Resumindo, estamos cercados por Mundos invisíveis de força e matéria que são tão real como o Mundo que conhecemos através dos nossos sentidos físicos.
Ao mesmo tempo que comemos as substâncias provenientes deste mundo denso, que é a Região Química do Mundo Físico, para sustentar os nossos corpos visíveis, assimilamos certa quantidade de matéria pertencente aos Mundos invisíveis, o que forma um revestimento para o Espírito, quando ele abandona o envoltório mortal. “O vento sopra onde quer e ouvimos a sua voz; mas não sabe de onde ele vem nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do Espírito”.
Sob condições normais, a saída do Espírito do corpo já inútil pode comparar-se à queda da semente da fruta madura. Mas quando o Espírito rompe a ligação antes do tempo previsto para a colheita através da morte, o veículo espiritual imaturo não pode ascender aos reinos superiores. Fica pairando nas proximidades do local que frequentava, tão ávido pelo sustento físico quanto a semente bruscamente arrancada da fruta verde. Pela própria natureza das coisas, a vontade não pode ser gratificada e uma intensa sensação de fome provocará no suicida o mais doloroso suplício. Às vezes, consegue um breve e temporário alívio, ao inalar os aromas de pratos muito condimentados.
Além do mais, da mesma forma que a polpa adere ao caroço quando este é arrancado violentamente da fruta ainda verde, alguns dos Éteres inferiores, e mesmo gases do corpo morto, aderem aos veículos superiores do suicida, ficando ele quase em um estado material, suscetível às sugestões grosseiras e sensuais em uma proporção não sentida pelas pessoas, enquanto estão no Corpo Denso. Se sua natureza é tal que sente prazer nisso, ele poderá afundar no mais profundo lamaçal do inferno, com grande prejuízo para seu bem-estar espiritual. No entanto, se tem aversão pelo que é grosseiro e sensual, a atmosfera de bestialidade na qual o suicida se encontra chocará a sua sensibilidade na proporção do seu refinamento, como muitos já expressaram ao autor. Disseram que o inferno ortodoxo, com o seu demônio, seria uma diversão suave, se comparado com o que sentiram. Alguns descrevem a dor, que comparamos a uma fome permanentemente insatisfeita ou uma dor de dentes que é persistente e latejante, mas que é sentida no corpo todo, ao invés de limitar-se à região dental.
A experiência de Outram Court confirma os ensinamentos anteriores dos Rosacruzes. Ele ainda está apegado à Terra, na mesma casa onde viveu, e o seu Corpo de Desejos evidentemente permanece muito denso, tão denso que, às vezes, ele não pode compreender que já morreu, vendo claramente o Mundo Físico e as pessoas; provavelmente senta-se à mesa com elas e tenta compartilhar o seu alimento, ou pelo menos o seu aroma. Não devemos estranhar que frequente as reuniões espíritas desses camaradas, pois essas pessoas estão em um estágio inferior de desenvolvimento, são muito sensuais e praticam, sem que estejam conscientes, a magia negra sob o pretexto de entrar em comunicação com os espíritos.
Há duas maneiras de ajudar tal Ego: uma é por comunicação direta com ele, à noite, usando a razão para lhe mostrar que ele está cometendo um erro que irá prejudicá-lo no futuro. Aconselhá-lo a suportar a dor pacientemente, até que o arquétipo sucumba na época em que deveria acontecer a sua morte. Podemos ou não ser bem-sucedidos, mas vale a pena tentar. Se o autor da carta estiver consciente a respeito do que lhe acontece à noite, poderia ter ido discutir o assunto com Outram Court exatamente como o faria, caso ambos se encontrassem no Corpo Denso. Apesar de não ter essa consciência, nada o impede de ajudá-lo. É a vontade que determina as nossas ações tanto lá como aqui e, se o consulente fixar de modo firme o seu pensamento, antes de dormir, no objetivo desejado, preparando-se com argumentos e concentrando todo o seu ser para ajudar Outram Court, este pensamento, o último antes do adormecer, será também o primeiro a penetrar nos Mundos invisíveis onde os que dormem e os que falecem encontram-se e conversam. Este pensamento passa a ser um tipo de “ideia fixa” que o acompanhará durante a noite, excluindo todos os outros pensamentos e desejos; sem dúvida, os resultados serão benéficos.
Outro método, para aqueles que não estão treinados na Concentração, é a Oração. Esse é um método apropriado para o presente caso, pois a atitude da prece frequentemente atua como um guia para essa pessoa e causa mudança no seu estado mental, o que a favorece espiritualmente. Então, os pensamentos-forma da oração tomam o lugar do Auxiliar Invisível. No entanto, são muito facilmente postos de lado, o que não os torna tão eficientes, e não podem emitir argumentos.
Aconselhamos sempre uma combinação desses dois métodos para os que não estão suficientemente treinados. Rezem pela pessoa que querem ajudar, estejam dentro do corpo ou fora dele, vivos ou mortos. Pensem no que gostariam de lhes dizer, antes de adormecer. Quando cruzarem a “Terra do Sonho”, se não estiverem ainda conscientes e não puderem interceder nem argumentar, seus sentimentos a respeito causarão alguma impressão e, se sustentados por algum tempo, o efeito será certamente perceptível.
Nosso amigo diz na sua carta que a mãe de Outram Court não compreendeu que ela própria já estava morta. Ninguém que tenha perdido o Corpo Denso pensa em si mesmo como “morto”. Na realidade, os chamados “mortos” se sentem muito mais vivos do que nós. Quando falecem normalmente, não sentem a doença nem a dor. Portanto, não podemos esperar que adotem o nosso ponto de vista, que é considerar o Corpo Denso como sendo o próprio ser humano, quando esse corpo é apenas uma vestimenta que usamos e gastamos. Suas consciências estão inteiramente focalizadas nos seus corpos espirituais, não tendo qualquer recordação do denso veículo que descartaram. Por outro lado, o suicida sente a cada momento a sensação de fome provocada pelas tentativas do corpo arquetípico de atrair para si matéria física. No entanto, sua sensação de não estar morto tem uma origem bem diferente da sensação similar da maioria daqueles que vivem agora nos Mundos invisíveis.
(Pergunta nº 11 em uma carta endereçada a Max Heindel, de Porto Rico, publicada no Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 2″ – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Pergunta: O ser humano que comete suicídio permanece mais tempo no Purgatório que as pessoas que morrem naturalmente?
Resposta: Quando o Ego se prepara para renascer, desce através do Segundo Céu, onde é ajudado pelas Hierarquias Criadoras a criar o arquétipo para os seus futuros corpos e veículos. Infunde nesse arquétipo uma vida que durará certo número de anos. Esses arquétipos são espaços ocos e têm um movimento sonante, vibratório, que atrai para si o material do Mundo Físico, colocando todos os átomos do corpo numa vibração sintonizada com a de um pequeno átomo localizado no coração, o Átomo-semente, que, a exemplo de um diapasão, dá o tom a todo o resto do material no corpo. No momento em que uma vida toda foi vivida na Terra, as vibrações no arquétipo cessam, o Átomo-semente é removido, o Corpo Denso começa a se decompor e o Corpo de Desejos, no qual o Ego funciona quando está no Purgatório e no Primeiro Céu, assume a forma do Corpo Denso, o físico. Então, o ser humano começa no Purgatório o seu trabalho de expiação dos maus hábitos e ações praticadas na Terra. Em seguida, no Primeiro Céu passa pela assimilação do bem praticado durante sua última existência material.
O que antecede dá ideia do que sucede comumente quando o curso da natureza não é perturbado. Mas, o caso do suicida é diferente. O Átomo-semente foi removido no processo, mas o arquétipo oco ainda continua vibrando. Por essa razão, ele sente como se também estivesse oco e experimenta um suplício interior que pode ser comparado à aflição causada por uma fome intensa. Material para a construção de um Corpo Denso está todo ao seu redor, mas falta-lhe o padrão do Átomo-semente. Por isso, é-lhe impossível assimilar essa matéria e construir um corpo com ele. Essa horrível sensação de vazio será mantida pelo tempo que a sua vida deveria ter durado. Dessa maneira, a Lei de Causa e Efeito ensina-lhe quanto é errado não comparecer às aulas da escola da vida, e essa falta não passará impunemente. Na vida seguinte, quando as dificuldades cercarem o seu caminho, recordará os sofrimentos do passado resultantes do suicídio – ainda que não se lembre exatamente dos fatos -, e enfrentará uma nova experiência para alcançar seu crescimento anímico.
(Pergunta nº 58 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Volume 1 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
A grande mudança normalmente designada como “morte” não faz distinção de pessoas.
Pode acontecer na juventude, na meia idade ou na melhor idade. Contudo, em algum momento da vida, todos são chamados a deixar suas vestes físicas de lado e se fixar, novamente, em reinos além da nossa esfera de conhecimento.
Sabendo que essa mudança é inevitável, certamente, é importantíssimo que aprendamos, o máximo possível, sobre a grande transição.
Há 3 meios de você acessar esse Livro:
1. Em formato PDF (para download):
2. Em forma audiobook ou audiolivro:
Audiobook – A Luz Além da Morte – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
3. Para estudar no próprio site (ou para fazer download ou imprimir):
A LUZ ALÉM DA MORTE
Dos Escritos de
Max Heindel
Fraternidade Rosacruz
Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82
Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil
Traduzido e Revisado de acordo com:
1ª Edição em Inglês, 2001, The Light beyond Death, editada por The Rosicrucian Fellowship
Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
contato@fraternidaderosacruz.com
fraternidade@fraternidaderosacruz.com
SUMÁRIO
CAPÍTULO I – PARA AQUELES QUE LAMENTAM… 7
CAPÍTULO II – A CIÊNCIA DA MORTE.. 13
CAPÍTULO III – O ENIGMA DA VIDA E DA MORTE.. 19
CAPÍTULO IV – ONDE ESTÃO OS MORTOS?. 36
Investigando os Mundos invisíveis 38
Provando Hipóteses Científicas 39
Por que Estudar os Mundos invisíveis?. 41
Testemunho de um Cientista. 49
CAPÍTULO V – NOSSA VIDA NO PURGATÓRIO.. 53
A Purgação dos Maus Hábitos 58
CAPÍTULO VI – VIDA E ATIVIDADE NOS CÉUS. 62
Por que as Crianças morrem e para Onde Elas vão?. 63
O Panorama como Juiz da Vida após a Morte. 65
A Experiência Pós-morte do Materialista. 66
Atividades na Região do Pensamento Concreto. 71
CAPÍTULO VII – O MÉTODO ROSACRUZ DE CUIDAR DOS MORTOS. 76
O Átomo-semente do Corpo Denso. 77
CAPÍTULO VIII – NO CASO DE SER LIBERADO DO CORPO DENSO.. 80
CAPÍTULO IX – EFEITOS DO SUICÍDIO.. 82
O Sentimento de estar “Vazio”. 82
Não se zomba da Lei Cósmica. 85
O Arquétipo do Corpo Denso. 85
Não importa que saibamos ser a morte uma benção e libertação, nem o quão preparados estamos, para nos alegrar pelo fato de aquele que se foi estar livre dos grilhões do Corpo Denso; isso tudo geralmente não ajuda, porém pode ser um recurso para nós quando uma pessoa querida passa para o além.
Sabemos que nosso amigo ou nossa amiga está bem e ficamos contentes com isso, mesmo que não possamos ajudá-lo ou ajudá-la e sentimos saudades dele ou dela. Deparamo-nos ouvindo os seus passos na escada ou a sua voz na porta e, como isso não se confirma, inevitável será que a nossa natureza egoísta vá se erguer até o ponto em que nos encontramos lutando contra a solidão. A menos que nos encontremos entre aqueles afortunados, os quais são relativamente poucos, que podem ver e se comunicar com os Egos do outro lado. Muitos de nós somos ainda humanos o suficiente para sentir saudade em certas circunstâncias, mesmo quando olhamos a morte de um ente querido com o positivismo implícito nos Ensinamentos Rosacruzes dados pelos Irmãos Maiores.
Então, é muito bom para cada um de nós saber como tudo isso funciona: vida aqui, morte lá; morte aqui, vida lá.
“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.” (Mt 5:4). Essas palavras do grande Consolador que visitou a Terra há mais de dois mil anos são relembradas durante a festa da Páscoa, que causa alegria a milhões, pois a Humanidade está agora despertando cada vez mais para seu verdadeiro significado.
A Páscoa, outrora celebrada por poucos Cristãos, já não é apenas uma festa Cristã. Já não está reservada para aqueles que aceitam o pão e o vinho sacramentais das mãos de seu ministro. Agora ela se tornou um grande dia de alegria para povos de todas as nações e seguidores de todas as Religiões, bem como para aqueles que nunca viram o interior de uma igreja.
Tornou-se um costume para as pessoas nos distritos rurais, e nas cidades, escolher uma colina na qual plantam uma cruz para, no feliz dia de Páscoa, se reunir em comunhão e adoração como uma comunidade, independentemente da raça, credo ou cor, em nome do maior Espírito que já habitou um Corpo Denso, e adorar o Espírito Universal, oferecendo louvor e graças pela vida e luz que eram Sua parte no grande esquema de Deus. Esse Espírito Universal de alegria se expressa em um dia que, na memória, traz a imagem de um homem pregado na cruz. Ele retrata para a Humanidade um rosto desenhado em dor, um corpo humano sofrendo na agonia da morte. Por que toda a Humanidade se regozijaria, em um dia que, na memória, está conectado àquele ato de brutalidade que ocorreu há dois mil anos?
O ser humano, em sua falta de conhecimento e vaga compreensão da justiça de um Pai amoroso, fez da sepultura um sepulcro escuro, uma coisa a ser temida e o fim de todas as suas aspirações e ambições. Por muito tempo ele temeu o fim da existência física e fez disso um período de luto intenso, um período repleto de lágrimas. Mas, esse grande Espírito que tinha poder sobre a vida e a morte Se permitiu ser crucificado. Ele veio à Terra com esse grande propósito. No entanto, a questão pode ser levantada: se afirmamos que Jesus, o Cristo, tinha o poder sobre Sua vida, então por que Ele permitiu as grandes indignidades e crueldades que foram perpetradas contra Ele e por que Ele não se salvou dessa morte cruel e indigna? Na parábola do aprisco de ovelhas, no Evangelho segundo São João, capítulo 10, Cristo-Jesus diz a Seus ouvintes: “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Portanto, meu Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Nenhum homem tira isso de mim, mas eu a coloco de mim mesmo. Tenho poder para abandoná-la e tenho poder para tomá-la novamente. Este mandamento recebi do meu Pai”. Encontramos outra declaração dada pelo Cristo, após a crucificação, depois de ter sofrido a morte na cruz — quando Ele voltou do mundo espiritual para comungar com Seus Discípulos. No capítulo 28 do Evangelho segundo São Mateus, no versículo 18, Ele novamente reivindica o mesmo poder. “E Jesus veio e lhes falou, dizendo: ‘Todo o poder me é dado no Céu e na Terra’”.
O Cristo veio à Terra para ensinar à Humanidade uma lição particular; se Ele estava destinado a Se tornar o Salvador da Humanidade, então a maior lição que Ele poderia ter ensinado ao ser humano foi a fé; fé em Seu Deus e em uma vida após a morte. Por Sua própria morte, Cristo-Jesus deve trazer ao homem a fé e a crença em uma VIDA APÓS A MORTE.
Ele pregou a imortalidade e, para imprimir ainda mais esse fato na Humanidade, Ele teve que passar pelos estertores da morte a fim de voltar à vida e trazer ao homem a prova de uma vida após a morte. Para realizar isso, Ele apareceu a Seus amados Discípulos em Seu corpo espiritual. Na Primeira Epístola aos Coríntios 15:6, São Paulo diz: “Depois disso, Ele foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais a maior parte permanece até o presente, mas alguns já dormiram”. Ele caminhou e conversou com eles para acreditarem que o que Ele havia pregado, a imortalidade da alma, fosse um fato e que, depois que o homem deixa de lado seu Corpo Denso, ele continua a viver em um corpo mais sutil e etéreo.
São Paulo também traz ao ser humano muita esperança em uma vida após a morte no 5º capítulo da Segunda Epístola aos Coríntios, versículos 1:2: “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita com mãos, eternas nos Céus. Enquanto isso gememos, desejando seriamente ser vestidos com a nossa casa que é do Céu”. No 15º capítulo da Primeira Epístola aos Coríntios, no versículo 44, São Paulo novamente prega para aqueles que não têm fé na vida após a morte. Esse capítulo maravilhoso é usado pela maioria dos ministros para levar consolo e fé aos que estão enlutados pela perda de seus entes queridos. “É semeado um corpo natural; é ressuscitado um corpo espiritual. Há um corpo natural e há um corpo espiritual”.
Durante a velha dispensação e em todo o Antigo Testamento, o ser humano tinha bem pouca esperança de uma vida após a morte; para ele a sepultura acabava com tudo. Encontramos tal desânimo quando lemos o capítulo 9º do Livro do Eclesiastes, versículo 5º, em que a declaração é feita: “Porque os vivos sabem que morrerão; mas os mortos nada sabem, nem têm mais recompensa; a memória deles é esquecida”.
Os Ensinamentos Rosacruzes afirmam que o ser humano é um Espírito imortal, feito à imagem de Deus, já que nos é dito no versículo 26 do 1º capítulo do Livro do Gênesis: “Façamos o homem à nossa imagem”. Ora, se Deus é Espírito e o “homem” é feito à Sua imagem, podemos continuar afirmando que o ser humano possa morrer ou que, se ele pudesse morrer, uma parte de Deus morreria? Alguém pode imaginar que um grande Espírito criasse um ser igual ao ser humano, à Sua imagem, para, então, permitir que ele morresse?
Poderia tal ser tornar-se ele mesmo um criador como Deus o havia destinado a ser, caso uma única vida na Terra fosse tudo e, quando o ser humano tivesse vivido seus três pontos e dez anos, ele deixasse de existir, sem chance de se tornar como seu Pai do Céu, perfeito? Se nós apenas pararmos para raciocinar sobre isso, não poderemos deixar de nos convencer de que o ser humano também deva continuar evoluindo e aprendendo para se tornar todo-sábio como seu Pai celestial é sábio e que isso não pode ser realizado em poucos anos de uma vida curta. Para aprender essas lições na Terra, sobre a qual Deus deu o domínio ao ser humano, ele deve retornar repetidamente e, em cada renascimento, tomar sua cruz de matéria (seu Corpo Denso).
É por meio do veículo físico que o ser humano deve aprender a se tornar um criador semelhante a seu Pai do Céu; é o pedágio que ele usa em seus esforços para dominar as numerosas lições de vida para que ele possa ser reconhecido por seu Pai do Céu como um filho. Essa ferramenta (o Corpo Denso) se cansa e desgasta, sendo necessário que o Espírito tenha um tempo para assimilar e digerir toda a experiência adquirida na Terra. Portanto, Deus providenciou para que o Espírito saísse deste manto velho e gasto e funcionasse em seu corpo espiritual.
Quando isso ocorre, o ser humano, com sua visão limitada, lamenta essa mudança; para ele, ela aparece como a partida final de um ente querido, quando esta vestimenta desgastada se desintegra e o ser amado tem permissão para funcionar em uma túnica, ou corpo, mais fina e etérea em que o indivíduo não é limitado pela distância nem a matéria física pode obstruí-lo em seu progresso. Esse é o corpo espiritual de que São Paulo nos fala na Segunda Epístola aos Coríntios, um edifício não feito por mãos, eterno nos Céus.
Nesse veículo, nossos entes queridos podem nos visitar e, embora em nossa cegueira não tenhamos os olhos espirituais com os quais possamos vê-los, eles estão, no entanto, muito próximos de nós. Eles ainda estão interessados em nosso bem-estar e, quando precisamos deles, não nos decepcionam; eles nos encorajam e ajudam com mais frequência do que imaginamos, embora por nossa própria dor possamos impedir seu progresso na nova vida para a qual foram chamados.
Quando um ser humano entra em sono profundo e seu Corpo Denso está inerte na cama, ele está acordado e ativo no reino do Espírito. Ele não é mais prejudicado pelo Corpo Denso. No entanto, ele está amarrado a esse veículo pelo cordão de prata, que o leva de volta para o corpo, ao acordar. Durante a inconsciência do sono, ele está na terra dos mortos-vivos e, se quiser, pode comunicar-se com seus entes queridos que estão sempre perto dele.
O Estudante da Fraternidade Rosacruz tem a certeza de sua proximidade com aqueles que passaram pelo que é comumente chamado de morte e não sofre como outros, que não têm esperança. Ele sabe que seus entes queridos não foram embora, mas, como John McCreery diz em seu poema, “Não existem mortos”.
Eles não estão mortos. Eles apenas foram,
Além das brumas que nos cegam aqui,
Para uma vida nova e maior
Daquela esfera serena.
O conhecimento real que é adquirido pelos Estudantes, sobre tais ensinamentos avançados, removeu deles o aguilhão da morte e sabem que aqueles que abandonaram seus corpos mortais não estão mortos, mas agora desfrutam da liberdade de vida nos mundos espirituais. Eles estão convencidos de que Deus não construiu a casa da alma do ser humano e inspirou o Espírito humano com fé e amor para derrubá-lo com a morte, destruindo Sua própria obra. O ser humano é a obra-prima de Deus e, como tal, essa centelha de divindade, feita à Sua imagem, não pode morrer, do contrário uma parte de Deus seria destruída.
O Cristo veio voluntariamente à Terra para ser envolto em um Corpo Denso, sabendo que o resultado seria trazer esperança e fé à Humanidade. Ele devia morrer e ressuscitar, provando assim para o ser humano que a morte é apenas uma manifestação física, a libertação de um Espírito do seu Corpo Denso. Ele veio a uma Humanidade que estava cega pelo medo da sepultura, para quem a cova é um abismo para onde o Espírito era tragado e perdido.
Ele considerou a morte o maior dos terrores e sabia que somente Ele poderia restaurar a fé do ser humano em uma vida imortal e lhe dar a certeza de ser um Espírito glorificado. Ele deixou essas palavras de conforto, que devem trazer consolo e fé a todos os que acreditem n’Ele: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, credes também em mim. Na casa do meu Pai há muitas moradas: se não fosse assim, eu teria contado a vocês. E se eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e vos receberei para mim mesmo; para que onde eu estou, vós também estejais.” (Jo 14:1-3).
Quando esperam o nascimento de um filho, os pais se preparam para os próximos meses com antecedência, geralmente com a maior alegria. Às vezes, toda a família, especialmente a parte feminina, ajuda a preparar criações maravilhosas para o conforto do pequeno desconhecido que ainda não apareceu. Por alguns anos, essa pequena vida será protegida, se tiver a sorte de ser atraída por pais que foram abençoados com os bens deste mundo; no entanto, o maior número está entre as classes mais pobres, que são incapazes de fornecer à criança as necessidades materiais para o seu bem-estar. Embora possam recebê-la e amá-la, mesmo assim suas vidas estarão mais cheias ou menos de adversidades e tristezas; assim, a criança cresce em masculinidade ou feminilidade no meio de dificuldades e sofrimentos. No entanto, mesmo com todo esse sofrimento, que muitas vezes torna a vida do ser humano um fardo, nós nos apegamos à vida tenazmente e o pensamento da morte nos enche de horror.
Já visitei alguns idosos inválidos, desamparados e desesperados, em um dos grandes hospitais do condado. Descobri que vários deles encaravam a morte com medo. Alguns leram repetidamente a Bíblia, porém o medo da morte não pôde ser eliminado.
Encontramos idosos fracos e cambaleantes que estavam cercados por netos cujos modos modernos e desrespeitosos muitas vezes provocavam as críticas dos avós negligenciados e solitários. Esses costumam sentir que estejam a caminho da vida pós-morte; contudo, quando chega a hora de viajar para o Grande Além, geralmente encontram nesse momento o medo e o arrependimento. O médico é chamado, e os parentes, que antes sentiam que o avô estivesse a caminho do além, agora fazem o possível para impedir a saída desse Espírito do Corpo Denso para entrar no mundo desconhecido.
Por que o pensamento dessa jornada para a vida, que está além, deve ser preenchido com tanto horror, especialmente em uma nação Cristã que aceita os ensinamentos do Grande Mestre, o Cristo, cuja missão na Terra foi remover o aguilhão da morte?
A história antiga da Humanidade, conforme registrada na Bíblia desde os tempos de Adão e Eva, quando o Senhor os expulsou do Jardim do Éden, mostra que a morte sempre foi associada à ideia de punição. No Livro do Gênesis, capítulo 2, versículo 17, o Senhor ameaçou Adão com a morte, se ele comesse da Árvore do Conhecimento. Ao longo da história dos antigos israelitas, descobrimos que seu Senhor, Jeová, os ameaçava constantemente por seus pecados com o castigo da morte. Esse medo foi implantado nas Mentes das raças anteriores, cuja mentalidade infantil ainda não era capaz de raciocinar e só podia compreender mediante o medo. Eles não podiam imaginar um Deus de amor, respondendo apenas a uma Divindade irada que os lançaria nas trevas desconhecidas por seus pecados.
O povo antigo era muito supersticioso e usava muitas cerimônias para se libertar dos poderes das trevas. O medo da morte criou neles o desejo de preservar seus corpos, o que resultou em vários tipos de embalsamamento. Entre os antigos egípcios, isso tornou-se uma arte. Depois de ser submetido a um processo de preservação pelos sacerdotes, o corpo era colocado em uma caixa de sicômoro moldada na forma do corpo e, finalmente, devolvido aos parentes, que muitas vezes o mantinham em casa, às vezes dentro de um cofre ou sepulcro particular. Algumas dessas múmias podem ser encontradas em nossos museus.
As ideias da morte sofreram várias alterações de acordo com a evolução do ser humano; no entanto, o profundo mistério da vida pós-morte não foi explicado até o advento de Cristo que, por meio de Sua morte na Cruz, trouxe ao ser humano a esperança da salvação. Conforme o Evangelho Segundo São João, capítulo 5, versículo 24: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve minhas palavras e crê Naquele que Me enviou tem vida eterna e não entrará em condenação, mas será passado da morte para a vida”. O apóstolo São Paulo declara na Segunda Epístola a Timóteo, no capítulo 1, versículos 9 e 10: “Deus nos salvou e nos chamou não de acordo com nossas obras, mas de acordo com Seu próprio propósito e graça, que nos foram dados em Cristo-Jesus, antes do mundo começar. Mas agora é manifesto pelo aparecimento de nosso Salvador, Jesus Cristo, que aboliu a morte e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho”.
Como o mundo aproveitou a oportunidade do supremo sacrifício de Cristo para trazer ao mundo a esperança da imortalidade? O medo da morte diminuiu? O método de cuidar dos corpos dos mortos mudou em relação aos antigos judeus ou gregos? A ciência da morte acompanhou a evolução? Analisemos se alguma mudança é perceptível. Entre os mais avançados de nós, as roupas de luto estão desaparecendo lentamente. O método de embalsamamento foi alterado: as vísceras e o cérebro não são mais removidos como antigamente, mas um líquido é injetado nas artérias principais, o que impede temporariamente a putrefação do Corpo Denso. Porém o medo da morte e a grande tristeza ainda prevalecem. Quantias fabulosas são gastas em funerais caros e enfeites florais. Essa extravagância foi levada a extremos e tornou-se um costume que muitas vezes seja embaraçoso para os parentes, que podem não ter condições financeiras. Os parentes devem pagar pelo terreno, o coveiro é pago para fazer a cova e o agente funerário, pelo caixão, roupão e meios de transporte para levar os parentes ao funeral. Para aumentar a perda de seus entes queridos, as despesas com o funeral costumam ser um fardo para os enlutados. Também é habitual que muitos ministros ou padres prolonguem os serviços e, em seu grande zelo pelos convertidos, aproveitem a oportunidade para apelar às emoções dos presentes, aumentando assim a tristeza do enlutado e fortalecendo o medo da morte e da vida além dela.
Desde a Primeira Guerra Mundial, a Humanidade se interessou muito pela vida após a morte. O mundo foi então inundado com livros alegadamente ditados pelos supostos mortos, que usaram médiuns para transmitir a mensagem. As pessoas, por sua grande dor e desejo de se comunicar com os entes queridos, rasgaram o véu e puderam enxergar o além. Contudo, com o medo da morte removido, que é um grande passo à frente e um maravilhoso conforto para a Humanidade, o que está sendo feito para preparar o Espírito para a mudança chamada morte? São feitos tão cuidadosos preparativos para essa jornada como para a entrada do Espírito no Corpo Denso através do nascimento nesse Mundo Físico? Essa passagem da vida física à espiritual se torna agradável pelo amor e pelos bons desejos dos amigos? Aí, não. Essa jornada, a maior de todas ao lar do Espírito, ainda é acompanhada de pesar e o caminho, pavimentado com medo, lavado com lágrimas. O viajante não é ajudado com o amor ou a alegria que aguardavam sua entrada na vida terrena. O Espírito, frequentemente, entra nessa nova vida despreparado e infeliz por causa do sofrimento dos parentes.
A pergunta pode ser feita: qual é a ciência da morte? Responderemos isso do ponto de vista Rosacruz. A “morte” é apenas a passagem do Espírito para uma esfera maior — é um nascimento. Deve ser preparada, por isso, com o maior cuidado. O Corpo Denso é apenas um veículo que o Espírito usa para obter experiência neste dia da escola da vida. No final desta vida, o Ego deve assimilar o que experimentou e para extrair o melhor de suas experiências certas condições devem ser preparadas no momento do rompimento do Cordão Prateado. Isso costuma acontecer nos primeiros três dias e meio após a morte, aproximadamente. Agora, para explicar o porquê o período imediatamente após a saída do Espírito é de vital importância, devemos entender que os veículos do ser humano são quatro, consistindo em: um Corpo Denso – o físico –, um Corpo Vital, um Corpo de Desejos e uma Mente. No evento chamado de morte, o Espírito se retira com os dois veículos superiores, que estão conectados aos Corpos Vital e Denso por um cordão fino que, quando visto com os olhos do Espírito, tem um brilho prateado e a forma de dois números seis conectados pelas pontas dos dois ganchos; a extremidade superior é conectada aos dois veículos superiores, enquanto a inferior permanece em contato com o Corpo Denso.
Quando a morte ocorre, o Corpo de Desejos e a Mente deixam o veículo físico, levando consigo apenas um átomo permanente, o Átomo-semente, que durante a vida estava depositado na região referente ao ventrículo esquerdo do coração. Nesse Átomo-semente, como o filme negativo da câmera, foram gravadas todas as experiências da vida que acabou de terminar. Com a morte, a força desse Átomo-semente deixa o Corpo e todas essas gravações são transferidas do Corpo Vital, que é etérico, e o depósito dessas experiências, para o Corpo de Desejos, que então formam a base da vida do homem ou mulher no Purgatório e no Primeiro Céu. Essa transferência é feita pelo Espírito durante os primeiros três dias e meio após a ruptura da conexão entre o Átomo-semente e o coração, normalmente conhecido como morte. Assim, podemos ver que a morte não está completa até que essa transferência seja realizada. A sensação ainda está presente e o Espírito sofre com um ambiente desarmônico. Ele pode sentir qualquer coisa durante o exame post-mortem ou embalsamamento. Quando o Corpo é mutilado ou cremado antes que o Cordão Prateado seja cortado, o Espírito sofre as dores. Os médicos e agentes funerários, acreditando que a pessoa esteja “morta”, geralmente não lidam com o corpo com o mesmo cuidado que teriam, caso conhecessem esses fatos.
Foram relatados casos em que aqueles cujos corpos foram mutilados, imediatamente após a morte, conseguiram se comunicar e reclamaram que haviam sofrido. Em um desses casos, uma mulher declarou que eles a mataram e ela foi incapaz de fazer o agente funerário entender que pudesse sentir a faca. Se fosse sabido de maneira mais geral que nossos mortos podem sentir dores físicas por certo período, o embalsamamento do Corpo Denso, ou quaisquer outros procedimentos que o machuque, seria interrompido e, em vez disso, o Corpo seria mantido no gelo.
Quando o Panorama da Vida está totalmente gravado no Corpo de Desejos e o Cordão Prateado se rompe, os dois Éteres inferiores do Corpo Vital gravitam em volta ao Corpo Denso, deixando o Espírito livre para prosseguir nos reinos mais elevados. Os dois Éteres superiores se fundem com o Corpo de Desejos, então. Quando o Corpo Denso é enterrado, a parte do Corpo Vital que permanece se desintegra de forma síncrona com ele. Quando o corpo é cremado, o Espírito se torna livre muito mais rapidamente de todos os laços que o prendem ao desgastado manto físico.
À medida que o interesse e a crença na vida depois da morte se tornarem mais universais, a necessidade de um método científico para o cuidado daqueles que estão passando para a vida superior será impressa nas pessoas e, assim, teremos enfermeiros, médicos, padres e ministros que serão versados tanto na ciência da morte quanto na do nascimento. O Espírito será cercado não apenas com amor, mas paz e sossego, no momento da passagem. Ele também terá um registro mais profundo e claro com o qual pode iniciar seu trabalho de vida em seu novo estado.
Em cada nascimento vem ao mundo o que aparenta ser uma nova vida. Lentamente, a pequena forma cresce, vive e se move entre nós e torna-se um fator em nossas vidas; mas finalmente chega um momento em que a forma cessa o movimento e morre. A vida que veio; de onde não sabemos, volta ou passa para o invisível além. Então, com tristeza e perplexidade, nós fazemos as três grandes perguntas relativas à nossa existência: de onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos?
Através de cada limiar (ou princípio) o terrível espectro da morte lança sua sombra. E visita igualmente tanto o “palácio quanto o casebre”. Dela ninguém está a salvo: velhos ou jovem, doentes ou sãos, ricos ou pobres. Todos devem passar por este portal sombrio, e ao longo dos tempos soou o grito clamoroso por uma solução ao enigma da vida – ao enigma da morte.
Infelizmente, têm sido vagas as muitas especulações vindas de pessoas que pouco sabem e, portanto, tornou-se popularmente aceita a opinião de que nada em definitivo se pode conhecer acerca da mais importante da nossa existência: a Vida antes de manifestar-se pela porta do nascimento e além dos portais da morte.
Tal ideia é errônea. O conhecimento definido, de primeira mão, está ao alcance de todo aquele que queira se dedicar ao desenvolvimento do “sexto sentido”, latente em todos. Quando adquirimos, abre os nossos olhos espirituais, com os quais podemos perceber tanto os Espíritos próximos a entrar na vida física pelo nascimento, quanto àqueles que acabam de retornar ao além, após a morte. Nós os vemos tão claros e nitidamente como podemos ver os seres físicos com os nossos olhos físicos. Mas nem é necessária a investigação direta nos Mundos internos para satisfazer a Mente indagadora, do mesmo modo que não é necessário ir à China para conhecer as suas condições lá. Conhecemos as nações estrangeiras por meio de informações, de relatos de quem as visitou. E há tanta informação sobre os Mundos internos quanto há sobre o interior da África, da Austrália ou da China.
A solução do problema da Vida e do Ser indicada nas páginas seguintes, baseia-se no testemunho simultâneo de muitos que já desenvolveram a faculdade acima mencionada e que, por isso mesmo, tornaram-se aptos para investigar cientificamente os reinos suprafísicos. Isto está em harmonia com os fatos científicos, e é uma verdade eterna na Natureza, governando o progresso humano, quanto a Lei de Gravidade, também o é na manutenção dos Astros, dentro de suas próprias órbitas, em torno do Sol.
Três teorias foram formuladas para resolver o enigma da vida e da morte, parecendo ser crença universal que uma quarta concepção é impossível. Assim sendo, uma dessas três teorias deve ser a solução verdadeira ou de outro modo o problema permaneceria insolúvel; pelo menos para o ser humano.
O enigma da vida e da morte é um problema básico; todos devem resolvê-lo algum dia, e a aceitação de uma dessas três teorias torna-se, então, importantíssima para cada um dos seres humanos, já que a escolha determinará os rumos de suas vidas. Para que possamos fazer uma escolha inteligente necessitamos conhecê-las, analisá-las, compará-las e pesá-las, conservando a Mente aberta e livre do preconceito de ideias preconcebidas, pronto a aceitar ou rejeitar cada teoria segundo seus méritos. Citemos, primeiramente, essas três teorias e depois vejamos sua concordância com os fatos estabelecidos da vida e até que ponto eles se harmonizam com as outras Leis da Natureza, já conhecidas. Se verdadeiras, podemos racionalmente esperar que se harmonizem, pois a discordância não tem lugar na Natureza.
Comparando a Teoria Materialista com as conhecidas leis da Natureza, constatamos ser ela contrária a essas leis devidamente estabelecidas. De acordo com essas leis, a Mente não pode ser destruída pela morte, como afirma a teoria materialista, porque quando nada pode ser destruído, a Mente tampouco pode.
Além disso, está claro que a Mente é superior à matéria, pois modela a face de tal maneira que esta possa refleti-la; sabemos também que as partículas de nossos corpos estão constantemente sendo trocadas; e que uma mudança completa ocorre, no mínimo, a cada sete anos. Se a teoria materialista fosse verdadeira, nossa consciência também deveria passar por uma mudança completa a cada período desses, nada restando das recordações anteriores. Assim sendo, ninguém poderia relembrar qualquer acontecimento ocorrido há mais de sete anos.
Sabemos que não é esse o caso. Podemos nos recordar de toda a nossa vida; o mais insignificante incidente, embora esquecido na vida ordinária, é vividamente recordado por uma pessoa que se afoga, mesmo no estado do transe. O materialismo não leva em conta esses estados de subconsciência ou supraconsciência, e por não poder explicá-los, simplesmente os ignora, mas em face das investigações científicas que já estabeleceram a veracidade dos fenômenos psíquicos, a política de ignorar, em vez de refutar ou discutir essas afirmações da ciência, é imperdoável falha numa teoria que proclama ter resolvido o maior problema da vida: a própria Vida.
A teoria materialista tem ainda muitas outras falhas que impedem a nossa aceitação, mas já dissemos o bastante para justificar-nos e, deixando-a de lado, passaremos às outras duas teorias.
Uma das maiores dificuldades na doutrina dos teólogos consiste em ser ela total e reconhecidamente inadequada. De acordo com essa teoria, de que uma nova alma é criada a cada nascimento, miríades de almas têm sido criadas desde o princípio de nossa existência – mesmo supondo que esse começo se deu há apenas 6.000 anos. Segundo certas seitas, apenas 144.000 dessas almas serão salvos; as demais serão torturadas para sempre. E isso é chamado de “Plano de salvação de Deus” e exaltado como prova do maravilhoso amor de Deus.
Suponhamos que uma mensagem telegráfica seja recebida em Nova York informando que um enorme transatlântico está afundando em Sandy Hook[1]; e que 3.000 pessoas estão na iminência de morrer afogadas. Consideraríamos como um glorioso plano de salvação enviar em seu socorro um pequeno barco a motor que pudesse resgatar apenas dois ou três náufragos? Certamente que não. Somente quando algum outro meio mais adequado fosse providenciado para salvar pelo menos a grande maioria, é que poderíamos considerá-lo um bom “plano de salvação”.
O “plano de salvação” que os teólogos oferecem é ainda mais precário do que enviar um pequeno barco a motor para salvar as pessoas do transatlântico, pois dois ou três salvos para um total de 3.000 pessoas é uma proporção muito maior do que 144.000 de todas as miríades de almas criadas, segundo os próprios teólogos. Se Deus realmente tivesse elaborado esse plano, pareceria à mente lógica que Ele não seria bom. Se Ele não pode ajudar a si mesmo, Ele não é onipotente. Em nenhum dos casos, então, ele pode ser Deus. Tais suposições, no entanto, são absurdas como realidades, pois isso não pode ser o plano de Deus, e seria uma grande blasfêmia atribuir-Lhe tal coisa.
Se nos voltarmos para a doutrina da reencarnação (renascimento em corpos humanos), que postula um lento processo de desenvolvimento levado a efeito com inabalável persistência através de repetidos renascimentos em formas humanas de crescente eficiência, pelo que todos os seres alcançarão no devido tempo uma estatura espiritual inconcebível à nossa limitada compreensão atual, facilmente poderemos perceber sua harmonia com os métodos da Natureza. Em toda parte, encontramos na natureza essa lenta, mas persistente luta pela perfeição, e em nenhum lugar vemos um processo súbito quer de criação, quer de destruição análogo àquele que os teólogos e materialistas querem fazer-nos crer.
A ciência reconhece que o processo de evolução, como o método de desenvolvimento da natureza, é igual tanto para a estrela do céu quanto para a estrela do mar, para o micróbio como para o ser humano. É o progresso do Espírito no tempo e, à medida que observamos em volta e notamos a evolução em nosso universo tridimensional, não podemos nos furtar da evidência de que o seu caminho também é tridimensional, uma espiral. Cada espiral é um ciclo, e os ciclos seguem em ininterrupta progressão, à medida que as espirais se sucedem umas às outras, sendo que cada ciclo é o produto melhorado do precedente e a base do progresso dos ciclos subsequentes.
Uma linha reta nada mais é do que a extensão de um ponto, e assim também as teorias dos materialistas e dos teólogos. A linha materialista da existência vai do nascimento à morte; a linha do teólogo começa em um ponto imediatamente anterior ao nascimento e prolonga-se para o invisível além da morte. Não há retorno possível. A existência assim vivida extrairia um mínimo da experiência da Escola da Vida, como se o ser humano fora apenas um ser unidimensional incapaz de se expandir ou de alcançar as sublimes alturas da realização.
Um caminho de zigue-zague, de duas dimensões, para a vida evolucionante não seria o melhor, um círculo significaria voltar infindavelmente sobre as mesmas experiências. Tudo na natureza tem um propósito, inclusive a terceira dimensão. Para que possamos viver as oportunidades de um universo tridimensional, o caminho evolutivo deve ser em espiral. E assim é de fato. Em toda parte, quer no céu quer na terra, todas as coisas caminham para frente, para cima e para sempre.
A pequena planta no jardim e a sequoia[2] gigante da Califórnia, com seu tronco de 13 metros de diâmetro mostram a espiral na ordenação de seus ramos, talos e folhas. Se estudarmos a grande abóboda celeste e examinarmos a nebulosa espiralada, que são mundos em formação, ou os caminhos percorridos pelos Sistemas Solares, fica evidente que a espiral é o caminho do progresso.
Encontramos outra ilustração do progresso em espiral no curso anual de nosso Planeta. Na primavera, ela sai de seu período de repouso, desperta de seu sono hibernal. Então, vemos a vida brotando por toda parte. E a Natureza empregando todas as atividades para criar. O tempo passa; os cereais e a uva estão amadurecidos e sendo colhidos, e novamente o silêncio e a inatividade do inverno substituem a atividade do verão; e outra vez o manto de neve envolve a Terra. Mas ela não dormirá para sempre; e novamente despertará ao canto de uma nova primavera, e com isso terá progredido um pouco mais no caminho do tempo.
É possível que uma lei, sendo universal em todos os demais reinos da Natureza, seja revogada apenas no reino humano? Pode a Terra despertar todos os anos de seu sono hibernal; pode a árvore e a flor viver novamente e somente o ser humano morrer? Não, isto é impossível num universo governado por lei imutável. A mesma lei que desperta a vida na planta para um novo crescimento deve também despertar o ser humano para mais um passo rumo à perfeição. Portanto, a doutrina do renascimento, ou repetidas encarnações humanas em veículos de crescente perfeição, está em pleno acordo com a evolução e com os fenômenos da Natureza, quando se afirma que o nascimento e a morte seguem um ao outro em contínua sucessão. E isto se acha em plena harmonia com a lei dos Ciclos Alternantes que estabelece uma sequência ininterrupta, um após o outro: atividade e repouso, fluxo e refluxo, verão e inverno. Está também em perfeito acordo com a fase espiral da Lei de Evolução quando declara que toda vez que o Espírito retorna a um novo nascimento, assume um corpo mais perfeito e, à medida que o ser humano progride em conquistas mentais, morais e espirituais em consequência das experiências acumuladas de vidas passadas, alcança um melhor ambiente para viver.
Quando buscamos solucionar o enigma da vida e da morte; quando buscamos uma resposta que satisfaça tanto a Mente quanto ao Coração, sobre as diferenças nos dons ou condições dos seres humanos, buscando uma razão para a existência de tristeza e dor; quando indagamos por que um indivíduo é criado no regaço de luxo, enquanto outro tem de resignar-se com as miríades migalhas que lhe atiram; Por que um recebe uma educação moral, enquanto o outro é ensinado a roubar e a mentir; por que um nasce com uma feição e imagem venusiana, enquanto o outro nasce com a cabeça de Medusa[3]; por que um desfruta da mais perfeita saúde, enquanto outro jamais conhece um momento de alívio de suas dores; por que um tem o intelecto de Sócrates[4], enquanto outro mal sabe contar “um, dois ou muitos”; assim como os aborígenes Australianos, os materialistas ou teólogos nada podem esclarecer. O materialismo atribui às causas das enfermidades a Lei de Hereditariedade e, com relação às condições econômicas, Spencer[5]nos diz que, no mundo animal, a lei da Sobrevivência é “comer ou ser comido”; e na sociedade civilizada a Lei é “enganar ou ser enganado”.
A hereditariedade explica parcialmente a constituição física. Semelhante produz semelhante, pelo menos no que concerne à forma, mas a hereditariedade não explica as tendências morais e as inclinações mentais, as quais diferem em cada ser humano. A hereditariedade é um fato nos reinos inferiores, onde todos os animais de uma mesma espécie parecem ser iguais, comem o mesmo tipo de alimento e agem de maneira semelhante em idênticas circunstâncias, porque não têm somente vontade própria, mas são dominados por um Espírito-Grupo comum. No reino humano é diferente. Cada ser humano age à sua própria maneira. Cada um requer uma dieta própria. Conforme passam os anos de infância e adolescência o Ego vai moldando o seu instrumento de tal maneira que nele reflete as suas características. Assim, não existem duas pessoas exatamente iguais. Mesmo os gêmeos que não podem ser distinguidos na infância diferenciam-se gradativamente ao crescerem, pois, suas próprias características é que formalizarão o pensamento do Ego interno.
No plano moral prevalecem semelhantes condições. Os registros policiais demostram que os filhos de criminosos incorrigíveis, geralmente, não possuem tendências criminosas; eles quase sempre se conservam afastados dos tribunais, e nas “galerias de criminosos” da Europa e da América é impossível encontrar pai e filho ao mesmo tempo. Assim, os criminosos são filhos de pessoas honestas sendo, portanto, a hereditariedade incapaz de explicar as tendências morais.
Quando considerarmos as elevadas faculdades intelectuais e artísticas, descobrimos que os filhos de um gênio são, muitas vezes, pessoas medíocres e até mesmo idiotas. O cérebro de Cuvier[6] foi o maior, jamais pesado e analisado pela ciência. Seus cinco filhos morreram de paresia[7]. O irmão de Alexandre, o Grande[8], era um idiota, e como esse, muitos outros casos poderiam ser citados de improviso, para mostrar que a hereditariedade explica apenas parcialmente a similaridade da forma, e nada esclarece sobre as condições mentais e morais. A Lei da Atração, que faz com que os músicos se agrupem em salas de concertos e estimula reuniões de pessoas literárias em razão de suas semelhanças e gostos; é a Lei de Consequência, que leva aqueles que desenvolvem tendências criminosas a se associar com criminosos, a fim de que possam aprender a praticar o bem, sofrendo as consequências do mal praticado, explicam, mais logicamente do que a hereditariedade, os fatos de associações e de caráter.
Os teólogos explicam que todas as condições são criadas pela vontade de Deus, que em Sua insondável sabedoria houve por bem tornar alguns ricos e a maior parte pobres; alguns inteligentes e outros tolos etc.; que Ele proporciona dificuldades e provações a todos; sendo que a maioria terá maiores dificuldades e provações e uma minoria terá pouco, dizendo ainda que devemos aceitar nossa parte sem murmurar ou queixas. Mas é quase impossível olhar o céu com amor quando se pensa que de lá vem, por capricho divino, todas as nossas desgraças, sejam grandes ou pequenas. E a bondosa mente humana se revolta ao pensamento de um pai que esbanja amor, conforto e riqueza a uns poucos, e envia tristeza, sofrimento e miséria a milhões. Certamente deve haver outra solução, diferente dessa, para os problemas da vida. Não é mais razoável supor que os teólogos interpretam mal a Bíblia, do que atribuir tão monstruosa conduta a Deus?
A Lei de Renascimento oferece uma solução razoável a todas as desigualdades da vida, isto é, as tristezas e sofrimentos, quando se une à sua lei complementar, a Lei de Consequência mostrando o caminho da emancipação.
A Lei de Consequência é a Lei da Justiça da Natureza. Decreta que aquilo que o ser humano semear isso mesmo colherá. O que somos, o que temos, todas as nossas boas qualidades são resultado do nosso trabalho no passado, daí os nossos talentos. O que nos falta física, moral ou mentalmente é pelo fato de termos negligenciado certas oportunidades no passado, ou mesmo por não termos as tido, mas algum dia e em algum lugar teremos outras possibilidades e então, recuperaremos o que foi perdido. Quanto às nossas obrigações para com os demais e os débitos deles para conosco, a Lei de Consequência prevê isto. O que não pode ser liquidado em uma só vida será liquidado nas vidas futuras. A morte não cancela nossas obrigações, da mesma forma que mudando para outra cidade não liquidamos nossas dívidas contraídas aqui. A Lei do Renascimento provê-nos um novo ambiente, mas nele vamos encontrar nossos velhos amigos e nossos antigos inimigos. Nós os reconheceremos, pois quando encontramos com uma pessoa pela primeira vez e sentimos como se a conhecêssemos durante toda a nossa vida, isso não é mais do que um reconhecimento do Ego que atravessa o véu da carne e descobre o antigo amigo. Por outro lado, quando nos deparamos com uma pessoa que imediatamente nos inspira medo ou repulsa, novamente isso representa uma mensagem do Ego nos advertindo contra o nosso velho inimigo de vidas passadas.
O ensino oculto relativo à vida, que baseia sua solução nas Leis gêmeas de Consequência e Renascimento, diz simplesmente que o mundo que nos rodeia é uma escola de experiência; que assim como enviamos uma criança à escola dia após dia e ano após ano, para que aprenda mais e mais conforme avance através dos diversos graus, do jardim de infância à faculdade, assim também o Ego humano, como filho do Pai, vai à Escola da Vida, dia após dia. Só que nessa vida mais ampla do Ego, cada dia na escola é uma vida terrestre, e a noite que cai entre dois dias de aprendizado corresponde ao sono da morte numa vida mais ampla do Ego humano (o Espírito no ser humano).
Numa escola existem muitos graus. As crianças mais velhas que frequentaram as muitas aulas irão aprender lições muito diferentes daquelas que estão cursando o jardim de infância. Assim também, na Escola da Vida, aqueles que ocupam posições elevadas, dotados de grandes faculdades, são nossos Irmãos Maiores, enquanto as pessoas não civilizadas ainda estão ingressando nas classes mais primárias. O que eles são agora nós também já fomos, e todos alcançarão, no devido tempo um ponto em serão mais sábios, do que aqueles que agora têm o conhecimento. Nem deve surpreender ao filósofo que o poderoso oprima ao fraco; as crianças mais velhas são cruéis com seus companheiros mais jovens, em determinada fase de seu crescimento, porque elas ainda não desenvolveram o verdadeiro senso de justiça, mas, à medida que elas crescem, aprenderão a proteger os mais fracos. O mesmo acontece às crianças de maior idade. O altruísmo floresce mais e mais em toda parte, e dia virá em que todos os seres humanos serão tão bons e benevolentes quanto os maiores santos.
Só existe um pecado: a Ignorância; e apenas uma salvação: o Conhecimento Aplicado. Toda tristeza, sofrimento e dor provêm da ignorância de como agir, e a Escola da Vida é tão necessária para o desenvolvimento de nossas capacidades latentes quanto a escola diária o é para as crianças despertarem suas faculdades.
Quando nos dermos conta de que isso é assim, a vida logo tomará outro aspecto. Não importarão, então, as condições em que nos encontramos, o saber que nós as criamos, ajudar-nos-á a suportar com paciência; e, melhor que tudo, o glorioso sentimento de que somos senhores de nosso destino, e de que podemos fazer o nosso futuro como bem o desejamos, o que seria em si mesmo um poder. Resta-nos desenvolver o que nos falta. Naturalmente que temos que levar em conta nosso passado, e é possível que muitos infortúnios possam dele resultar em consequências de más ações. Mas se deixarmos de praticar o mal, podemos contemplar com alegria qualquer aflição, considerando que elas saldarão velhas dívidas e nos aproximando do dia em que delas teremos uma boa recordação. Não é válida a objeção de que frequentemente o mais correto é o que mais sofre. As grandes inteligências que dão a cada ser humano a soma de suas dívidas passada; as quais devem ser liquidadas em cada vida, sempre o ajudam a liquidá-las sem lhe acrescentar novas, mas apenas dando-lhe tanto quanto ele possa suportar para apressar o dia de sua emancipação; e, nesse sentido é estritamente verdadeiro que “O Senhor castiga a quem ama.”[9].
A doutrina do Renascimento muitas vezes é confundida com a teoria da transmigração, que ensina que o Espírito humano pode encarnar em um animal. Isso não tem fundamento na natureza. Cada espécie de animal é emanação de um Espírito-Grupo, o qual os governa DE FORA, por sugestão. O Espírito-Grupo funciona no Mundo do Desejo, onde a distância não existe; por isso ele pode influenciar qualquer membro da espécie que dirige e em qualquer lugar em que esse se encontre. Por outro lado, o Espírito humano, o Ego, penetra dentro de um Corpo Denso; assim, existe um Espírito individual em cada pessoa, habitando em seu instrumento particular e guiando-o de dentro. Esses dois estágios evolutivos são inteiramente diferentes, sendo tão impossível ao ser humano encarnar em um corpo animal quanto para um Espírito-Grupo tomar a forma humana.
A pergunta “Por que não recordamos das nossas existências passadas?” é outra aparente dificuldade. Mas se compreendermos que a cada nascimento temos um cérebro totalmente novo, e que o Espírito humano é fraco e se acha absorvido pelo seu novo ambiente, não nos deve surpreender afinal que ele não possa impressionar fortemente o cérebro nos dias da infância, quando ele é mais sensível. Algumas crianças recordam seu passado, especialmente nos primeiros anos, e é coisa das mais patéticas o fato de tais crianças serem totalmente incompreendidas nessas ocasiões pelas pessoas mais velhas. Quando falam da vida passada elas são ridicularizadas, e até punidas por serem “fantasiosas”. Se as crianças falam de seus companheiros invisíveis, e de que “veem coisas” – porque muitas crianças são clarividentes – acabam defrontando-se com o mesmo tratamento severo, e o inevitável resultado é que elas aprendem a calar-se até perderem por completo aquela faculdade. Acontece, porém, que algumas vezes, quando a afirmação da criança é ouvida, resultam em espantosas revelações. O escritor ouviu falar sobre esse caso há alguns anos na costa do Pacífico:
Certo dia, na cidade de Santa Bárbara, uma criança vendo um cavalheiro, chamado Roberts, que passava pela rua, pôs-se a correr na sua direção, gritando “Papai”, e insistindo em afirmar que ela vivera com ele e com a ‘outra mãe’ em uma casinha perto do riacho; e que certa manhã ele as deixara para não mais voltar. E que ela e sua mãe haviam morrido de fome e a pequena criança finalizou dizendo estranhamente: “Mas eu não morri, vim para cá”. A história não foi contada em um só fôlego, nem resumidamente, mas sim a intervalos, por uma tarde inteira e em respostas e perguntas intermitentes. A história do Sr. Roberts é a da precipitada fuga de dois jovens namorados; de seu casamento e migração da Inglaterra para a Austrália; da construção de uma casinha próxima a um riacho e num lugar ermo; de sua saída de casa certo dia deixando sua mulher e o bebê, e de sua prisão sem que lhe fosse concedida permissão para avisar a sua esposa – porque os agentes temiam a fuga do prisioneiro – de como foi levado sob a mira das armas até o litoral e embarcado para a Inglaterra, acusado de assalto a um banco na mesma noite em que viajara para a Austrália; de como, chegando à Inglaterra, conseguiu provar sua inocência, e de como só então, atendendo aos insistentes rogos sobre sua esposa e filha, que àquela altura deveriam estar morrendo de inanição, as autoridades concordaram em organizar e enviar um grupo de salvamento, e em resposta soube que o grupo encontrara apenas os ossos de uma mulher e de uma criança. Todas essas coisas corroboraram a história da menininha de três anos; e sendo-lhe mostradas algumas fotografias ao acaso, ela pôde apontar as do Sr. Roberts e as de sua esposa, embora o Sr. Roberts tivesse mudado bastante nos dezoito anos decorridos desde a tragédia até àquele incidente em Santa Bárbara.
Não se deve supor, contudo, que todos os que atravessam os portais da morte renasçam em tão pouco tempo, como aconteceu com a menina. Tão curto intervalo tiraria do Ego a oportunidade de realizar o importante trabalho de assimilar experiências e preparar-se para uma nova vida terrena. Mas uma criança de três anos não tem ainda experiências significativas, podendo, portanto, buscar logo a seguir um novo corpo físico para renascer, geralmente na mesma família. Muitas vezes uma criança morre porque algumas modificações nos hábitos dos pais frustra o cumprimento do destino resultante de seus atos passados. Então é necessário aguardar outra oportunidade, mas também elas podem nascer e morrer a seguir para ensinar aos pais uma lição de que eles precisem. Houve um caso em que um Ego encarnou oito vezes na mesma família com tal propósito, até que eles aprendessem a lição. Depois, renasceu em outro lugar. Era um amigo da família que adquiriu grande mérito, ajudando-os deste modo.
A Lei do Renascimento, quando não é alterada pela Lei da Consequência, em tão grande extensão como no caso acima mencionado, trabalha consoante ao movimento do Sol, conhecido por Precessão dos Equinócios, pelo qual o Sol retrocede através dos doze Signos do Zodíaco, assim chamado Ano Sideral ou Mundial que compreende 25.868 anos solares ordinários.
À medida que o movimento da Terra em sua órbita ao redor do Sol produz as mudanças climáticas conhecidas como estações, as quais por sua vez alteram as nossas condições e atividades, da mesma forma o movimento do Sol por precessão nos grandes anos siderais produz mudanças ainda maiores nas condições climáticas e topográficas, relacionadas com a civilização, sendo necessário que o Ego em seu aprendizado experimente a todas.
Portanto, o Ego renasce duas vezes durante o tempo em que o Sol percorre cada um dos Signos do Zodíaco, e que é aproximadamente 2.100 anos. Portanto, normalmente, transcorre cerca de 1.000 anos entre duas encarnações e, como as experiências de um homem diferem grandemente das de uma mulher – não se modificam materialmente em mil anos as condições terrestres – assim, o Espírito geralmente renasce alternadamente ora como homem e ora como mulher. Mas isto não significa ser a regra rígida e inflexível. Ela está sujeita a modificações sempre que a Lei de Consequência o exija.
Assim, pela experiência por parte do Ego, a ciência oculta soluciona o enigma da vida em todas as condições que se têm esse objetivo, sendo que todos são determinados automaticamente pelos méritos de cada um. Isto arranca da morte o seu aguilhão e o terror que o inspira, colocando-a no lugar que merece e considerando-a como um simples incidente numa que é mais ampla, analogamente ao fato de nos mudarmos para outra cidade por algum tempo; isto torna menos triste à partida daqueles a quem amamos, pois nos garante que o mesmo amor que lhes devotamos será o elemento que a eles nos unirá outra vez, e ainda nos proporciona esperança maior: a de que alcançaremos algum dia o conhecimento que solucionará todos os problemas; que ligará todas as nossas vidas; e melhor que tudo – conforme nos ensina a ciência oculta – que através de sua aplicação temos nela, o poder de apressar o glorioso dia em que a fé será absorvida pelo conhecimento. Então, poderemos compreender em seu sentido mais profundo a beleza do poético enunciado da doutrina do renascimento, de Edwin Arnold[10]:
O Espírito jamais nasceu!
E jamais deixará de existir!
Jamais houve tempo em que deixou de ser,
Princípio e fim são sonhos no sentir.
O Espírito permanece sempre sem nascer e sem morrer.
A Morte jamais o tocou,
Embora possa parecer.
Morta a casa em que habitou
Não! Simplesmente como alguém que tira
Uma roupa usada e a joga além
E ao vestir outra, diz;
Hoje, essa veste vou usar.
Assim também, o Espírito põe à margem
Uma transitória e carnal roupagem
E prossegue para, então, herdar
Outra morada, outro novo lar!
Um pouco de reflexão em breve tornará claro para qualquer investigador que vivemos em um mundo dos efeitos, que é o resultado de causas invisíveis. Nós vemos matéria e forma; mas a força que molda a matéria e a acelera é invisível para nós. A vida não pode ser percebida diretamente pelos sentidos; ela é invisível, autoexistente e independente das formas variadas que vemos como suas manifestações.
Eletricidade, magnetismo e vapor são nomes dados a forças nunca vistas com os olhos físicos; embora, em conformidade com certas leis descobertas por experimentos, nós as tornamos nossos servidores mais valiosos. Vemos suas manifestações movendo bondes, ferrovias e navios a vapor; elas iluminam nosso caminho à noite e transmitem nossa mensagem ao redor do mundo com uma velocidade que aniquila o espaço. Elas estão à nossa disposição a qualquer hora, incansáveis e fiéis no desempenho de inúmeras tarefas; contudo, como foi dito, nunca os vimos, nossos mais fiéis e valiosos servos.
Tais forças da natureza não são cegas nem desinteligentes, como pensamos erroneamente; existem muitas classes delas e trabalham ao longo de diferentes avenidas da vida. Talvez uma ilustração deixe claro seu status em relação a nós. Suponhamos que um carpinteiro esteja fazendo uma cerca e um cachorro esteja parado, observando. O cão vê o carpinteiro e seu trabalho, embora não compreenda o que ele esteja fazendo. Se o carpinteiro fosse invisível para o cão, este veria a cerca sendo construída lentamente e veria todos os pregos sendo usados; perceberia a manifestação, mas não a causa, e estaria, assim, em relação ao carpinteiro como nós estamos em relação às forças da Natureza que se manifestam sobre nós como gravidade, eletricidade ou magnetismo.
Nos últimos séculos e particularmente nos últimos sessenta anos, a ciência deu grandes passos na investigação do mundo em que vivemos e o resultado foi revelar em todas as direções um mundo até então invisível. Com telescópios de poder crescente, os astrônomos têm chegado ao espaço e descoberto cada vez mais mundos; com admirável engenhosidade, eles colocaram a câmera no telescópio e, assim, conseguiram fotografar sóis a distâncias tão enormes que seus raios não impressionam nossos olhos e só podem ser capturados por horas de exposição sobre uma sensível placa fotográfica.
Na direção do minúsculo, a crescente perfeição do microscópio alcançou resultados semelhantes; um mundo que até então era invisível para nós foi descoberto, contendo uma atividade excedente da vida e marcado por uma diversidade de formas dificilmente menos complexa que o mundo que contemplamos apenas com os cinco sentidos.
O esforço de fazer tais investigações através da lente ocular de um microscópio é severo e causa intensa pressão nos olhos; no entanto, também aqui a câmera presta sua ajuda ao ser humano. Com oportunos acessórios mecânicos e a velocidade da luz, ele pode registrar permanentemente os fenômenos microscópicos a uma taxa de, talvez, setenta negativos por segundo. Esses podem ser ampliados e projetados em uma tela como imagens em movimento; eles podem ser vistos por centenas de pessoas ao mesmo tempo, com conforto e facilidade.
Podemos ver como a seiva circula lentamente pelas veias de uma folha ou observar como o sangue corre, igual a um moinho, através das veias semitransparentes da perna de um sapo. As larvas no queijo parecem tão grandes quanto os caranguejos cinzentos que serpenteiam aqui e ali, em busca de presas. Uma gota de água contém muitas bolas escuras que crescem e explodem, lançando numerosos e minúsculos globos que, por sua vez, expandem-se e difundem seus rebentos. O Dr. Bastian, de Londres, viu inclusive como uma pequena mancha negra na espinha de um ciclope (e há muitos em uma gota de água) se transformou em um parasita que se alimentava do ciclope.
Por meio da radiografia, a ciência conseguiu invadir os interiores mais íntimos do Corpo Denso do ser humano, fotografando seu esqueleto e qualquer substância estranha que possa ser localizada ali.
Assim, em muitas direções, um mundo até então invisível se apresentou ao olhar de investigadores persistentes. Quem dirá que o fim foi atingido e que não haja outros mundos no espaço, além daqueles agora fotografados por astrônomos, ou que não haja qualquer vida habitando formas menores que as descobertas pelos melhores microscópios atuais? Amanhã, algum instrumento pode ser inventado e ir além de todos os dispositivos anteriores, mostrando muito do que, hoje, está oculto. A infinidade do espaço, do grande e do pequeno, parece estar além de qualquer dúvida e independe da nossa cognição.
Ao examinar as maravilhosas realizações da ciência física, há uma característica que vale a pena observar de maneira especial: cada nova descoberta foi feita mediante a invenção de dispositivos novos ou do aperfeiçoamento dos dispositivos existentes anteriormente para auxiliar os sentidos físicos; e, por esse motivo, as investigações da ciência foram limitadas ao mundo dos cinco sentidos — o denso Mundo Físico. Os cientistas lidaram com os elementos químicos: os sólidos, líquidos e gases; contudo, para além desse campo eles não têm instrumentos capazes de usar, embora sejam forçados a postular uma matéria ainda mais sutil a qual chamam de “Éter”, porque sem tal meio mais refinado eles deduzem ser impossível explicar a luz, a eletricidade e outros fenômenos. Consequentemente, vemos a ciência física indutivamente reconhecer a existência de Mundos invisíveis como uma necessidade na economia da Natureza.
Logo, tanto a ciência física quanto a ocultista concordam nesse ponto e ambas atingem os Mundos invisíveis na busca de soluções para os problemas. Elas diferem quanto ao método de investigação e à credibilidade a ser dada à evidência obtida. A ciência material tenta apenas explicar os problemas que sejam insolúveis em uma base puramente física, como a passagem das ondas de luz através do vácuo ou a semelhança das flores da estação atual com as dos verões passados. Em tais casos, a ciência postula prontamente algo invisível e intangível como o éter ou a hereditariedade, orgulhando-se da sua perspicácia e da engenhosidade de suas explicações.
A ciência oculta afirma que existe uma causa invisível na raiz de todos os fenômenos visíveis, causa que, quando conhecida, proporciona um conhecimento mais profundo sobre os eventos da vida do que um conceito mecânico possa proporcionar; também afirma que uma ideia mais abrangente sobre vida seja obtida pelo estudo de ambos os fenômenos, o visível e o dos números na filosofia kantiana, é a essência, a realidade, a coisa em si, as causas subjacentes do Mundos invisíveis. Investiga, portanto, os Mundos invisíveis, oferecendo uma solução mais completa e razoável para os problemas da vida do que os meros fatos científicos, derivados apenas da observação de fenômenos físicos.
A ciência material postula o éter e a hereditariedade como soluções para os problemas acima, embora seja incapaz de oferecer uma prova real sobre a verdade de suas hipóteses, exceto a aparente razoabilidade. No entanto, quando a ciência oculta emprega métodos semelhantes e declara a existência do Espírito, sua imortalidade, sua pré-existência ao nascimento e persistência após a morte, sua independência do corpo ou outras declarações desse tipo, a ciência física zomba dela e fala, inconsistentemente, de superstição e ignorância. Ela exige provas, embora a evidência oferecida seja pelo menos tão boa quanto a científica sobre a existência do éter, da hereditariedade ou de inúmeras outras ideias que foram promovidas e aceitas implicitamente pela multidão que, admiravelmente, inclina a cabeça diante de qualquer ditado que seja apoiado pela palavra mágica “Ciência”.
Ninguém pode demonstrar a verdade de uma proposição em geometria para uma pessoa não familiarizada com os princípios da matemática. Por razões semelhantes, os fatos dos mundos internos não podem ser provados ao cientista materialista. Se uma pessoa desprovida de conhecimento matemático estudar matemática, facilmente ficará satisfeita com a solução do problema. Quando o cientista físico se preparar para a compreensão de eventos que estejam além dos físicos, ele terá a prova e será obrigado a defender até mesmo as teorias que agora combate como superstição.
A ciência oculta inicia as investigações justamente no lugar onde a ciência material termina as suas: na porta dos reinos suprafísicos, equivocadamente chamados “sobrenaturais”. Não há algo “sobrenatural” ou “não-natural”; nada pode estar fora da Natureza, embora possa facilmente haver eventos que estejam além dos físicos, pois o mundo físico é a menor parte da Terra. Ao contrário do cientista da matéria, no entanto, o cientista do oculto não prossegue suas investigações por meio de instrumentos mecânicos, mas por melhorar a si mesmo, cultivando faculdades de percepção que estejam latentes em todo ser humano e são passíveis de ser despertadas pelo treinamento adequado. As palavras de Cristo, “procurai e encontrareis”, foram particularmente aplicadas às qualidades espirituais e direcionadas a “quem quiser”. Tudo depende de nós mesmos; não há nenhuma coisa atrapalhando e muitos estão ajudando o buscador sincero a achar o conhecimento. A discussão sobre os meios e maneiras de fazê-lo, no entanto, está fora do presente assunto e deve ser deixada para elucidação em ensaios futuros.
“Mas”, dirá alguém, “qual é a utilidade de perturbarmos os Mundos invisíveis? Nós fomos colocados aqui, neste mundo diariamente material; o que temos a fazer com os Mundos invisíveis? E mesmo que seja verdade que vamos para lá depois da morte, por que não aproveitar um mundo de cada vez? Já basta a cada dia o seu mal; por que pedir mais emprestado?”.
Certamente essa visão é a mais míope. Em primeiro lugar, o conhecimento do estado pós-morte eliminaria o medo da morte, que assombra tantas pessoas mesmo quando elas estão com a saúde mais vigorosa. Mesmo na vida mais descuidada, há momentos em que o pensamento deste salto no escuro, a morte, que em algum momento será dado por todos nós, diminui a sensação de alegria; assim, qualquer explicação que ofereça conhecimento definido e confiável sobre esse importante assunto certamente será bem-vinda.
Além disso, ao olharmos para nós, no mundo, vemos que haja uma lei que deve ser aparente até mesmo aos mais insensíveis: a lei da causalidade. Todos os dias nosso trabalho e nossa condição dependem do que fizemos, ou não, no dia anterior; é absolutamente impossível nos afastarmos do nosso passado ou “começar de novo”. Não podemos realizar um ato que não esteja conectado de alguma forma aos anteriores, estando limitado e restringido por condições prévias; e certamente deve parecer razoável imaginar que, qualquer que seja o modo de expressão da vida nos Mundos invisíveis, estará de algum modo determinado pela nossa vida atual. Também é lógico declarar que, se houvesse informações confiáveis sobre esses Mundos invisíveis, seria prudente que nos preparássemos com elas pelo mesmo motivo que, quando desejamos viajar para outro país, nós nos familiarizamos com sua geografia, leis, costumes, idioma ou outras informações adequadas. Fazemos isso porque sabemos que, quanto mais detalhadamente estivermos preparados com o conhecimento, tanto mais lucraremos com nossa viagem e menos serão os aborrecimentos devido às condições imprevistas. Logicamente, ele deve valer para o estado post-mortem.
Mais uma vez, algum opositor dirá: “Ah, mas esse é justamente o problema! Qualquer que seja a condição após a morte, ninguém sabe ao certo. Aqueles que professam conhecer diferem um do outro em suas histórias e muitas são irracionais, impossíveis”.
Em primeiro lugar, nenhum ser humano tem o direito moral de afirmar que ninguém saiba, exceto que ele próprio seja onisciente e conheça a extensão do conhecimento de todos aqueles que vivem; além disso, é o auge da arrogância tentar julgar a capacidade mental de outras pessoas baseando-se em ideias extremamente curtas, como as que os especialistas que fazem tais afirmações geralmente têm. O sábio sempre tem ouvidos abertos para evidências novas, estando disposto e ansioso para investigar; e mesmo que houvesse apenas uma pessoa professando ter conhecimento sobre os Mundos invisíveis, isso não provaria, de forma necessária, que estivesse enganada. Galileu não ficou sozinho, ao afirmar sua teoria a respeito do movimento dos corpos celestes, teoria à qual todo o mundo ocidental se converteu desde então?
Quanto à diferença nas histórias descritas por quem declara conhecer os Mundos invisíveis, isso não é apenas algo esperado, mas também uma característica valiosa, como nos mostra uma ilustração da vida cotidiana.
Suponhamos que São Francisco tivesse sido inteiramente reconstruída em uma escala imponente, com todas as mais recentes melhorias modernas, e decidisse comemorar a ocasião com um grande festival. Muitos milhares se reuniriam na ponte Golden Gate para se alegrar com a nova Fênix que surgira das cinzas da bela cidade, tão repentinamente varrida da face da terra por uma morte ardente. Entre outros, provavelmente viria um número considerável de jornalistas e repórteres de diferentes partes do país, com o objetivo de enviar relatórios para suas respectivas publicações. É uma conclusão precipitada a de que, embora os repórteres sejam observadores treinados, não haveria dois relatos iguais. Alguns poderiam ter certos pontos em comum. Mas alguns seriam diferentes dos outros em todos os aspectos pela simples razão de que todo repórter veria a cidade a partir do seu ponto de vista, que é particular, e notaria só o que lhe agradasse. Assim, em vez de a diversidade de relatórios ser um argumento contra sua precisão, será fácil perceber que todos eles seriam valiosos como partes diferentes de um todo; e é seguro afirmar que um indivíduo que leu todos os diferentes relatórios teria uma ideia bem mais abrangente de São Francisco do que se tivesse lido apenas um relatório assinado por todos os repórteres.
O mesmo princípio se aplica às diferentes histórias que descrevem os Mundos invisíveis; elas não são necessariamente falsas porque variam, mas formam coletivamente uma narrativa mais completa.
Quanto às histórias “impossíveis”, suponhamos que um de nossos repórteres de São Francisco, em vez de observar a cidade, tenha passado algum tempo se divertindo e tenham enviado um relatório imaginário; certamente isso não invalidaria os relatórios honestos. Ou suponhamos que alguém estivesse usando, sem perceber, um par de óculos amarelos e enviou um relatório sobre as casas e as ruas serem de ouro; isso apenas mostraria a ignorância dele por não saber que os óculos eram daquela cor, mas não a cidade; seu relatório não deve manchar a sanidade ou a veracidade dos outros. Por fim, lembremos que, embora algumas coisas estejam além do nosso poder de raciocínio, isso não prova que elas não sejam razoáveis. O fato de um bebê não entender raiz quadrada não constitui argumento válido contra a matemática. Em resumo, nenhum argumento razoável pode ser proposto pelo materialista para provar que os Mundos invisíveis não existam, assim como o cego não pode debater com sucesso contra a existência da luz e da cor no Mundo ao seu redor. Se a visão dele for obtida, ele as verá. Portanto, nenhum argumento daqueles que são cegos para o Mundos invisíveis pode convencer o vidente da inexistência do que ele vê e, se a percepção adequada for despertada nessas pessoas, elas também notarão um Mundo para o qual antes eram insensíveis, embora estivesse ao redor delas como a luz e a cor permeiam o mundo dos sentidos, sejam percebidas ou não.
Passando desse testemunho negativo para a existência dos reinos suprafísicos e evidências mais positivas, uma ilustração cotidiana mostrará como a matéria esteja constantemente mudando de estados mais densos para mais refinados, na Natureza. Se pegarmos um bloco de gelo, temos um “sólido”; aplicando-lhe calor, aumentamos as vibrações dos átomos que o compõem e ele se torna um “líquido” — “água”. Se aplicarmos mais calor, elevamos as vibrações dos átomos da água a um ritmo que a torna invisível aos olhos; então temos um “gás” que chamamos de “vapor”. A mesma matéria que era visível como gelo e água fugiu da nossa vista, mas não deixou de existir, porque com a aplicação do frio ela será condensada em forma de água e, depois, poderá novamente ser congelada em forma de gelo.
Embora a matéria possa ultrapassar o alcance da nossa percepção, ela ainda persiste. O mesmo acontece com a consciência, embora possa ser incapaz de nos dar qualquer sinal de existência. Isso foi comprovado nos casos em que uma pessoa, aparentemente, morreu e nem o mais fraco movimento do coração ou a menor oscilação respiratória pôde ser percebida. Assim, no último momento, antes do enterro, o “morto” voltou à vida, repetiu cada palavra e descreveu toda ação daqueles que estiveram ao seu redor, enquanto seu corpo físico estava inconsciente.
Portanto, sabendo que a matéria, que é indestrutível, exista em estados invisíveis, intangíveis e, sabendo que a consciência seja bastante alerta, e ainda mais intensa quando o Corpo Denso está inconsciente do que na vida normal de vigília, não é razoável supor que essa consciência possa moldar em corpos não-físicos a matéria que para nós é invisível e funcionar nela, quando estamos sem o corpo carnal, do mesmo jeito que ela dá forma, durante a vida terrena, à matéria deste Mundo, trazendo à existência outro Mundo de forma e consciência que é tão real ao Espírito não-carnal quanto este Mundo o é para os olhos que habitam corpos carnais?
Mesmo durante a vida no Corpo Denso, conhecemos e lidamos com os Mundos invisíveis em todos os momentos da nossa existência e a vida que vivemos lá é a parte mais importante do nosso ser — a base da nossa vida nessa Região Química do Mundo Físico.
Todos nós temos uma vida interior na qual vivemos em meio a nossos pensamentos e sentimentos, vivendo cenas e condições que sejam desconhecidas para o nosso ambiente externo. Lá, a Mente molda nossas ideias em figuras de pensamento que depois externalizamos. Tudo, tudo o que vemos ao nosso redor faz contato com nossos sentidos e o que chamamos de real é apenas a sombra evanescente de um Mundo intangível e invisível. O Mundo visível se consolidou a partir dos reinos invisíveis essencialmente da mesma maneira que a casa dura e insensível do caracol se cristalizou através dos sucos do seu corpo mole. Além disso, a casa do caracol é inerte e permaneceria imóvel, se ele não a movesse; do mesmo modo, os corpos das plantas, animais e humanos são apenas emanações inertes do Espírito que habita o Mundos invisíveis e, não fosse a vida interior estimular a forma e possibilitar sua ação, ela seria incapaz de se mover. Esses corpos são preservados apenas enquanto servem ao propósito do Espírito; quando ele sai deles, não há nada para manter a coesão da forma e, então, ela se deteriora.
Além disso, tudo o que vemos à nossa volta, as casas, bondes, barcos a vapor, telefones, enfim, todos os objetos que foram modelados pela mão do ser humano, é imaginação cristalizada que teve origem no Mundos invisíveis. Se Graham Bell não tivesse conseguido imaginar o telefone, ele nunca teria existido. Foi a “vida interior” de Fulton quem testemunhou o nascimento do barco a vapor muito antes que o visível “Clermont” surgisse.
Quanto à realidade e permanência dos objetos no Mundos invisíveis, são muito superiores às condições visíveis que acreditamos erroneamente ser o auge da “realidade”. Consideramos as imagens mentais e imaginações menos reais do que uma miragem e as menosprezamos como “mero pensamento” ou “apenas uma ideia”, quando, na verdade, elas são as realidades ocultas de tudo o que vemos no mundo à nossa volta. Uma ilustração realçará ainda mais este assunto.
Quando um arquiteto deseja construir uma casa, ele não pede que madeira e outros materiais sejam enviados para o canteiro de obras, nem contrata trabalhadores e manda que eles avancem para construir! Ele formula uma ideia e pensa nela, primeiro construindo a casa “em sua mente” com o máximo de detalhes possível para, a partir desse modelo mental, a casa poder ser construída, se puder ser vista pelos trabalhadores; mas antes de se tornar tangível ainda está nos Mundos invisíveis e, embora o arquiteto a perceba claramente, “o véu da carne” impede que outros a vejam. Assim, torna-se necessário trazê-la para o mundo dos sentidos e fazer um projeto visível que os trabalhadores possam seguir. Essa é a primeira consolidação da imagem mental do arquiteto e, quando a casa é construída, vemos em madeira e pedra o que era uma ideia na mente do arquiteto e invisível para nós.
Quanto à relativa estabilidade da ideia e da construção, é claro que a casa possa ser destruída por dinamite ou outro elemento poderoso de destruição; entretanto, a “ideia” na mente do arquiteto nem ele a pode destruir e, a partir dessa “ideia”, uma casa semelhante pode ser construída a qualquer momento, enquanto o arquiteto viver. Mesmo após sua morte, a ideia pode ser encontrada na Memória da Natureza, da qual mais será explicado no próximo ensaio, por qualquer pessoa qualificada para essa pesquisa, pois não importa há quanto tempo a impressão foi formada, ela nunca será perdida ou destruída.
Embora possamos, assim, deduzir de modo indutivo a existência dos Mundos invisíveis, esse não é o único meio de prova. Há uma abundância de testemunhos diretos para mostrar que esses Mundos existam; depoimentos de homens e mulheres de integridade inquestionável cuja verdade e exatidão nunca são questionadas em outros assuntos e que afirmam que os Mundos invisíveis sejam habitados por aqueles a quem chamamos de mortos; que esses vivem lá em plena posse de todas as suas faculdades mentais e emocionais, vivendo sob condições que tornam sua vida tão real e proveitosa quanto a nossa, talvez mais. Além disso, é passível de amostra que pelo menos alguns deles tenham interesse considerável nos assuntos do Mundo Físico. Basta analisar dois exemplos de fama mundial.
Primeiro, há o depoimento de Joana d’Arc, a “criada de Orleans”, que ouvia “vozes que falaram com ela e a dirigiram”. Vamos considerar a história da sua vida e ver se ela aguenta o selo da verdade. Aqui, temos uma camponesa simples, pura e pouco sofisticada, pouco mais que uma criança, que nunca havia saído de sua aldeia natal antes de seguir sua “missão”. Ela era extremamente tímida e tinha medo de desobedecer ao pai; mas as “vozes” imperiosas a levaram a enfrentar o descontentamento dele e ela partiu para encontrar o rei da França. Depois de muitos problemas, mas constantemente guiada pelas vozes, ela finalmente conseguiu uma audiência com o rei. Quando ela entrou onde o rei estava, ele estava no meio de seus cortesãos, um fantoche estava sentado no trono e todos esperavam vê-la desconcertada, pois nunca tinha visto o rei; contudo, guiada pelas vozes fiéis, Joana caminhou sem hesitar até ele e o saudou. Ela o convenceu da verdade de sua missão sussurrando em seu ouvido um segredo extremamente importante, conhecido apenas por ele.
Em consequência dessa prova, o comando do exército francês foi retirado das mãos de generais experientes, que haviam sido derrotados pelos ingleses em todas as batalhas, e colocado nas dessa criança, que não sabia coisa alguma sobre a arte da guerra; no entanto, ensinada pelos invisíveis que a estimulavam, levou as tropas francesas à vitória. Seu conhecimento de táticas militares era uma maravilha constante para seus acompanhantes e, por si só, uma amostra da orientação que ela alegava receber.
Em seguida, nós a vemos presa, sujeita a anos de ameaças ou persuasão para dizer o que seus perseguidores queriam, conforme o humor dos seus perseguidores cruéis tentava induzi-la a reconhecer que não houvesse vozes; entretanto, os registros dos procedimentos de seus diferentes julgamentos mostram em suas respostas uma singularidade de mente, inocência e franqueza inigualáveis nos anais da história, o que confundia seus juízes a todo momento. Nem mesmo a morte de estaca poderia fazê-la abjurar a verdade como a conhecia e até hoje seu testemunho das vozes orientadoras do Mundos invisíveis permanece inabalável, selado com o sangue da sua vida. Por fim, essa mártir da verdade foi canonizada como santa pela mesma igreja que a matou.
“No entanto”, alguém pode dizer, “embora ela fosse, sem dúvida, honesta era apenas uma simples camponesa que não sabia que estivesse sofrendo de alucinações!”. Alucinações estranhas, essas, que lhe permitiram reconhecer, sem hesitar, o rei que ela nunca havia visto; possibilitaram contar a ele um segredo desconhecido para qualquer outra pessoa; e viabilizaram descrever com precisão as batalhas que estivessem sendo travadas a muitos quilômetros de distância, como posteriormente verificado por seus participantes.
Contudo, passemos à nossa segunda testemunha, que não é de modo algum uma “Mente simples”. Nesse aspecto, Sócrates é um contraste absoluto com Joana d’Arc, porque foi o intelecto mais aguçado e a maior Mente que conhecemos, algo sem precedente até hoje. Ele também selou seu testemunho sobre a voz orientadora do Mundos invisíveis com o sangue de sua vida e podemos interpretar isso como evidência da inteligência da voz, porque não fosse assim jamais teria sido capaz de aconselhar tão bem um sábio como Sócrates.
Dizer que ele fosse louco ou sofresse de alucinações dificilmente ajudará neste caso, pois um homem que, como Sócrates, pesasse todos os outros assuntos com muita honestidade estaria acima de qualquer suspeita a esse respeito; o caminho mais razoável é reconhecer que “há mais coisas entre o céu e a terra” do que saibamos individualmente ou coletivamente para, depois, começar a investigar.
Isso é realmente o que as pessoas mais avançadas estão fazendo em nossos dias, percebendo que seja tão tolo ser cético demais para investigar quanto tornar-se muito crédulo e acreditar em tudo o que ouvimos como se fosse uma verdade bíblica. Somente nos informando adequadamente é possível chegar a uma conclusão digna de nossa masculinidade ou feminilidade, independentemente da decisão tomada.
Reconhecendo esse princípio e a relevante importância do assunto, a Sociedade de Pesquisa Psíquica foi formada há mais de um quarto de século e inclui entre seus membros algumas das mentes mais brilhantes do nosso tempo. Eles não pouparam esforços para separar a verdade do erro nos muitos milhares de casos trazidos à sua atenção e, como resultado, descobrimos que um dos cientistas mais valiosos de nosso tempo, Sir Oliver Lodge, como presidente da sociedade, ofereceu ao mundo, há vários anos, esta afirmação: “A existência de um Mundos invisíveis, habitado pelos chamados mortos, e seu poder de se comunicar com esse Mundo, foram confirmadas além de qualquer acaso em tantos casos que não deixam espaço para dúvida”.
Esse testemunho, de um dos maiores cientistas modernos, alguém que trouxe para seus estudos psíquicos a mente aguçada pela ciência e bem protegida contra qualquer forma de engano, deveria exigir o mais alto respeito por parte de todos os que estão buscando a verdade.
Tendo assim apresentado evidências indutivas, dedutivas e diretas, podemos acrescentar que a existência de outro Mundo, intangível para os cinco sentidos, mas prontamente investigado por meio de um “sexto sentido”, seja um fato da Natureza, quer o reconheçamos ou não, do mesmo jeito que a luz e a cor existem em torno do “cego” e do que “não é cego”. É prejuízo para o cego não poder enxergar a luz e cor ao seu redor. E nosso, se formos “cegos” para os reinos superfísicos; mas para todos os que se esforçam para despertar suas faculdades latentes, a abertura da percepção adequada é apenas uma questão de tempo. Quando chegar a hora, veremos que os chamados “mortos” estão todos ao nosso lado e que, de fato, “não existe morte”, como nos diz o belo poema de John McCreery, a seguir:
Não há morte. As estrelas caem
Para subir em outra margem,
E brilhantes na coroa de jóias do céu
Elas brilham para sempre.
Não há morte. As folhas da floresta
Convertem à vida o ar invisível;
As rochas se desorganizam para alimentar
O musgo faminto que elas nutrem.
Não há morte. O pó que pisamos
Deve se tornar sob os chuveiros de verão
Grãos dourados ou frutos maduros,
Ou flores pintadas de arco-íris.
Não há morte. As folhas podem cair,
As flores podem murchar e desaparecer —
Elas apenas aguardam as horas de inverno
O hálito doce e quente de maio.
Não há morte, embora lamentemos
Quando belas formas familiares
Que aprendemos a amar são arrancadas
Dos nossos braços que abraçam.
Embora com o coração curvado e quebrado.
Com traje de luto e passo silencioso
Nós carregamos seu pó sem sentido para descansar
E dizemos que eles estejam mortos —
Eles não estão mortos. Eles passaram para
Além das brumas que nos cegam aqui
À vida nova e maior
Daquela esfera serena.
Eles deixaram cair sua túnica de barro
Para colocar uma roupa brilhante;
Eles não vagaram para longe,
Eles não estão “perdidos” ou “desaparecidos”.
Embora invisível aos olhos dos mortais,
Eles ainda estão aqui e ainda nos amam;
Os queridos que deixaram para trás
Eles nunca esquecem.
Às vezes sobre nossa testa febril
Sentimos o toque deles, um sopro de bálsamo;
Nosso Espírito os vê e nossos corações
Ficam confortados e calmos.
Sim, sempre perto de nós, embora invisíveis,
Nossos queridos Espíritos imortais caminham —
Pois todo o universo ilimitado de Deus
É vida — não há mortos.
Quando o Ego se liberta do Corpo Vital, seu último vínculo com o Mundo Físico é rompido e ele entra no Mundo do Desejo. A forma ovoide do Corpo de Desejos então é modificada, assumindo a aparência do Corpo Denso, que foi descartado. Há, no entanto, um arranjo peculiar nos materiais dos quais é formado que tem grande significado em relação ao tipo de vida que aqueles que morreram terão lá.
O Corpo de Desejos do ser humano é composto de matéria de todas as sete Regiões do Mundo do Desejo, do mesmo jeito que o Corpo Denso é constituído pelos sólidos, líquidos e gases desse Mundo material. Contudo, a quantidade de matéria de cada região no Corpo de Desejos de uma pessoa depende da natureza dos desejos que ela aprecia. Desejos grosseiros são construídos com as substâncias mais grosseiras, que pertencem à Região mais inferior do Mundo do Desejo. Se a pessoa os tem, está construindo um Corpo de Desejos grosseiro no qual predomina a matéria das Regiões mais inferiores. Se ela, persistentemente, afastar desejos grosseiros de si mesmo, cedendo apenas ao puro e ao bem, seu Corpo de Desejos será formado pelos materiais das regiões superiores.
No momento, nenhum ser humano é totalmente mau e nenhum é totalmente bom; somos todos a mistura de ambos; contudo, pode haver e há uma diferença em nossa constituição. No Corpo de Desejos de alguns há preponderância de substâncias grosseiras e, no de outros, de substâncias sutis; isso faz toda a diferença no ambiente e no estado do ser humano, quando ele entra no Mundo do Desejo após a morte, porque a matéria do seu Corpo de Desejos, assumindo a aparência do Corpo Denso que foi descartado, se organiza ao mesmo tempo para que a substância mais sutil, que pertence às Regiões mais superiores do Mundo do Desejo, forme o centro do seu veículo e a matéria das três Regiões mais inferiores fique ao lado de fora, em sua periferia. Quando a vida terrestre do Ego termina, ele exerce a força centrífuga para se libertar de seus veículos. Seguindo a mesma lei que faz um Planeta jogar no espaço a sua parte mais densa e cristalizada, ele primeiro descarta seu Corpo Denso. Quando entra no Mundo do Desejo, essa força centrífuga também atua para lançar a matéria mais grosseira para fora do Corpo de Desejos e, assim, o ser humano é forçado a permanecer nas Regiões inferiores até que seja expurgado dos desejos mais grosseiros que foram incorporados à matéria de desejos mais densa. A matéria de desejo mais grosseira está, portanto, sempre na periferia do Corpo de Desejos, enquanto ele passa pelo Purgatório e é gradualmente eliminada pela força centrífuga de purgação; a força de Repulsão elimina o mal do ser humano e permite que ele vá para o Primeiro Céu, na parte superior do Mundo do Desejo, onde somente a Força de Atração domina e transforma o bem da vida que terminou em poder anímico para o Ego. A parte descartada do Corpo de Desejos é abandonada como uma “concha” vazia.
Quando o Ego deixa seu Corpo Denso, este morre rapidamente. A matéria física se torna inerte, quando é privada da energia aceleradora e vivificante; dissolve-se então como uma forma sem vida. Não é assim com a substância do Mundo do Desejo; uma vez que a vida lhe seja comunicada, essa energia subsistirá por um tempo considerável, depois que o fluxo de vida cessar, variando quanto à força do impulso. O resultado disso é que, depois que o Ego as abandona, essas “conchas” permanecem por um período maior ou menor. Elas vivem uma vida independente e se o Ego, ao qual pertenceram, esteve muito ligado a desejos mundanos, talvez interrompidos no auge da vida com ambições fortes e insatisfeitas, elas costumam fazer os esforços mais desesperados para voltar ao Mundo Físico. Muitos dos fenômenos das sessões onde se utilizam a evocação dos chamados mortos ou de outros Espíritos ocorrem devido às ações dessas conchas. O fato das comunicações recebidas, por parte de muitos dos chamados “Espíritos”, serem totalmente desprovidas de sentido é facilmente explicado, quando percebemos que, definitivamente, não são Espíritos, mas apenas uma parte sem alma da vestimenta do Espírito que partiu e, portanto, sem inteligência. Elas têm memória da vida passada da pessoa devido ao panorama gravado após a morte, o que muitas vezes lhes permite enganar os parentes do morto, informando incidentes desconhecidos por outras pessoas; entretanto, o fato é que elas não passam de uma peça de roupa, dotada de vida independente e temporária, que foi descartada pelo Ego.
Contudo, não é sempre que essas conchas permanecem sem alma, porque existem diferentes classes de seres no Mundo do Desejo, cuja evolução naturalmente pertence àquele lugar. Eles são bons ou ruins como os seres humanos. Geralmente, são classificados pelo título de “elementais”, embora diferindo muito em aparência, inteligência e características. Só falaremos sobre eles na medida em que sua influência se relacione ao estado post-mortem do ser humano.
Em algumas situações, esses seres tomam posse do Corpo Denso de uma pessoa e a tornam um médium irresponsável, especialmente quando ela tem o hábito de invocar Espíritos. Eles geralmente a atraem, no começo, com ensinamentos aparentemente elevados; porém aos poucos a levam à imoralidade grosseira e, o que é pior, eles podem se apossar do seu Corpo de Desejos, depois que ela o deixou e subiu ao Céu. Como os impulsos contidos no Corpo de Desejos são a base da vida no Céu e a fonte de ações que levam o ser humano a renascer para um crescimento renovado, isso é realmente um assunto muito sério, pois toda a evolução de um ser humano pode ser interrompida durante muitos e muitos anos, antes que o elemental libere seu Corpo de Desejos.
São esses elementos, os criadores de muitos dos fenômenos espiritualistas em que mais inteligência é exibida do que pode ser explicada pela ação de conchas sem alma, pelo menos em materializações. Embora as conchas possam participar, os fenômenos são sempre dirigidos por um ser com inteligência.
A diferença entre um médium materializante e uma pessoa comum é que a conexão entre o Corpo Denso e o Corpo Vital do médium pode ser retirada e alguns dos gases ou até líquidos do seu Corpo Denso podem ser usados para formar os corpos das aparições. Essa retirada e o processo de vestir as conchas geralmente são realizados pelo elemental, que extrai o Corpo Vital do médium através do baço. Como regra, o corpo do médium encolhe terrivelmente em consequência. Quando o Corpo Denso é privado do seu princípio vital, ele fica terrivelmente exausto e, infelizmente, o médium costuma restaurar o equilíbrio com bebidas fortes, tornando-se um autêntico alcóolatra.
Em uma palestra anterior foi mostrado o quão perigoso é permitir que um hipnotizador domine nossa vontade e nos prive da liberdade; contudo, nesse caso a vítima pode pelo menos ver e formar opinião sobre o hipnotizador que a controla. No caso do médium, o perigo é multiplicado por mil, pois a influência dominante não pode ser vista. A morte do hipnotizador liberta suas vítimas, mas o perigo mais grave para o médium surge após a morte. Portanto, um estado negativo (passivo) no qual todo o corpo, ou até a mão de uma pessoa, é usado de forma automática, sem considerar a vontade do indivíduo, é perigoso. Não é negado que, às vezes, haja comunicações genuínas de um Espírito que partiu ou que haja casos de comunicações benevolentes de seres que independem da nossa vontade para agir; no entanto, nosso objetivo é mostrar os perigos para aqueles que se intrometem com o que desconhecem. Os filantropos não crescem nos arbustos do Mundo do Desejo mais do que aqui. Com certeza, não são seres grandiosos e bons, como os Anjos, aqueles que gostam de bater no chapéu de um ser humano, derramar água em seu pescoço ou fazer qualquer outro truque tolo que é exibido na sessão espírita normal: são certamente as conchas sem alma deixadas por malandros ou elementais brincalhões.
Quando um ser humano acorda no Mundo do Desejo ele é, sem nenhuma exceção, o mesmo ser humano, em todos os aspectos, como antes da morte. Qualquer um que o visse lá o conheceria, se o conhecessem aqui. Não há poder transformador na morte e o caráter do ser humano não muda; o ser humano viciado continua viciado, o alcoólatra permanece alcoólatra, o avarento ainda é avarento e o ladrão é tão desonesto como sempre foi; entretanto, há uma grande e importante mudança em todos eles — todos perderam o Corpo Denso e isso faz toda a diferença em relação à gratificação dos vários desejos deles.
O alcóolatra não pode beber; ele não tem estômago e, embora ele possa, e a princípio o faça, entrar nos barris de uísque dos bares, não é uma satisfação para ele, pois o uísque dentro de um barril não exala gases, como ocorre durante a combustão química no canal alimentício. Ele então tenta entrar no Corpo Denso de outras pessoas que tomam bebidas alcoólicas. Ele consegue facilmente, pois o Corpo de Desejos é constituído de tal forma que não é inconveniente ocupar o mesmo espaço que outra pessoa ocupa. As pessoas “mortas”, a princípio, costumam ficar aborrecidas quando seus amigos se sentam na cadeira que ocupam, mas depois de um tempo descobrem que não é necessário sair correndo, porque um amigo ainda na vida terrestre está se aproximando para se sentar. “Sentar sobre” o Corpo de Desejos não o machuca; ambas as pessoas podem ocupar a mesma cadeira sem incomodar os movimentos uma da outra. Assim, o alcóolatra entra no Corpo Denso das pessoas que tomam bebidas alcóolicas, mas mesmo aí ele não recebe satisfação real e, em consequência, sofre as torturas de Tântalo, até que finalmente o desejo se esgota por falta de gratificação, como acontece com todos os desejos, mesmo na vida física.
Isso é o “Purgatório”, e observamos que não é uma divindade vingadora que mede o sofrimento, ou um demônio que executa o julgamento, mas os desejos inferiores cultivados na vida terrena, incapazes de gratificação no Mundo do Desejo, que causam o sofrimento, até que com o tempo eles se esgotem. Assim, o sofrimento é estritamente proporcional à força do mau hábito. Vejamos o caso do avarento; ele ama ouro tão ternamente após a morte como antes, mas não pode mais juntá-lo; ele não tem a mão física com a qual agarrar e, o pior de tudo, não pode proteger o que tinha. Ele pode ficar sentado em frente ao seu cofre observando, e os herdeiros podem vir e atravessá-lo com as mãos, tirar o seu ouro querido, talvez rindo do “velho avarento e idiota”, enquanto ele permanece quase tendo um espasmo de raiva e mortificação. Ele sofre terrivelmente porque não consegue vê-los. Por fim, ele aprende a se contentar e é automaticamente purgado do ato de acumular, como fica o alcóolatra livre da bebida alcoólica, pela Lei da Consequência, que erradica de cada pessoa seus vícios de maneira impessoal. Na verdade, não há punição, todo sofrimento existe inteiramente devido aos hábitos que adquirimos e é estritamente proporcional a eles. Felizmente, a purgação nos livra de nossas falhas de modo que, em consequência, nascemos inocentes e podemos adquirir mais facilmente a virtude, quando tentados de novo, ouvindo a voz que nos adverte. Assim, cada novo ato maligno será, pelo menos, uma ação do livre arbítrio.
Enquanto nossos maus hábitos são geralmente tratados dessa maneira, nossas más ações e específicas na vida passada são tratadas da mesma maneira automática por meio do Panorama da Vida que é gravado no Corpo de Desejos. Esse panorama começa a se desenrolar para trás, da morte ao nascimento, quando entramos no Mundo do Desejo. Ela se desdobra para trás, na velocidade de aproximadamente três vezes a velocidade da vida física, de modo que um ser humano com 60 anos de idade, no momento da morte, viva sua vida passada no Mundo do Desejo em cerca de vinte anos.
Lembramos que, ao ver esse panorama logo após a morte, não sentimos coisa alguma a respeito, permanecendo ali apenas como espectador, vendo as imagens, enquanto se desenrolavam. Não é assim quando elas aparecem em nossa consciência, no Purgatório. Lá, o bem não impressiona, mas todo o mal reage sobre nós de tal maneira que, nas cenas em que fizemos outra pessoa sofrer, nós próprios sentimos o que o ferido sentiu. Ele sofre toda a dor e angústia que sua vítima sentiu na vida e, à medida que a velocidade da vida é triplicada, o mesmo ocorre com o sofrimento. É ainda mais agudo, pois o Corpo Denso é tão lento de vibração que entorpece até o sofrimento, mas no Mundo do Desejo, onde não temos o veículo físico, o sofrimento é mais agudo, e quanto mais clara a impressão panorâmica da vida passada for gravada no corpo de desejos, no momento da morte, tanto mais o ser humano sofrerá e mais claramente sentirá em vidas futuras que a transgressão deva ser evitada.
Há algo característico nesse sofrimento que também aumenta seu caráter desagradável. Se, durante a vida, um ser humano machucou duas pessoas ao mesmo tempo e uma mora no Maine enquanto a outra, na Califórnia, quando o agressor esteja passando pela realização, no Purgatório, dos sofrimentos que ele causou, ele se sentirá presente para os dois ao mesmo tempo, como se uma parte sua estivesse no Maine e a outra, na Califórnia. Isso causa uma sensação particular, mas indescritível, de estar em pedaços.
Existem duas classes de pessoas para as quais o processo purgativo não começa imediatamente com a morte; a saber, o suicida e a vítima de assassinato. No caso do suicida, o sofrimento não começa até o momento em que o Corpo Denso tivesse morrido no decorrer dos eventos naturais; contudo, enquanto isso, ele sofre por seu ato de uma maneira que é tão terrível quanto específica. Ele tem a sensação de ter sido escavado, por assim dizer, e de habitar um vazio que dói, devido à atividade contínua do arquétipo de sua forma, na Região do Pensamento Concreto. No caso das pessoas, jovens ou velhas, que morrem naturalmente ou por acidente, a atividade arquetípica cessa e os veículos superiores sofrem modificação com a morte, de modo que a perda do Corpo Denso, em si mesma, não causa sensação de desconforto; no entanto, o suicida não experimenta essa mudança até que o arquétipo do seu Corpo deixe de funcionar, quando a morte teria ocorrido naturalmente. O espaço onde seu Corpo Denso deveria ficar está vazio, porque o arquétipo está oco e dói de maneira indescritível. Assim, ele também aprende que não é possível brincar de evasão na escola da vida, sem que isso traga consequências desagradáveis; em vidas posteriores, quando o caminho parecer difícil, sua alma lembrará que a tentativa covarde de escapar por suicídio só traz mais sofrimento.
Há pessoas que cometem suicídio por razões altruístas, para livrar outras de um fardo; elas obviamente têm uma recompensa, mas não escapam do sofrimento do suicídio, assim como o ser humano que entra em um prédio em chamas para salvar outros não está imune a queimaduras.
A vítima de assassinato escapa desse sofrimento porque, como regra, permanece em estado de uma inércia letárgica até o momento em que a morte natural deveria ter ocorrido e é, assim, auxiliada do mesmo modo que as vítimas dos chamados acidentes, mas essas sempre estão conscientes imediatamente a morte ou logo após. Se o assassino for executado entre o momento do assassinato e o instante em que sua vítima tivesse morrido naturalmente, o Corpo de Desejos, em uma inércia letárgica dessa última, flutua para o matador por atração magnética e o segue onde quer que vá, sem lhe dar um único momento de descanso. A imagem do assassinato está sempre à sua frente, fazendo com que ele sinta o sofrimento e a angústia que devem inevitavelmente acompanhar a incessante reconstituição do crime, em todos os horríveis detalhes. Isso se prolonga por um período correspondente ao tempo de vida que ele retirou da sua vítima. Se o assassino escapou da punição, de modo que sua vítima atravessou o Purgatório antes que ele morresse, a “concha” da vítima continua a desempenhar o papel de Nêmesis, no drama da encenação do crime.
Assim, o Ego é purgado de todo tipo de mal pela ação impessoal da Lei de Consequência, preparando-se para entrar no Céu e se fortalecer no bem, assim como no Purgatório foi desencorajado de praticar o mal.
Vimos em outra palestra como os maus atos da vida e nossos hábitos indesejáveis são tratados pela impessoal Lei da Consequência e contribuem para o bem, em vidas futuras; para ilustrar isso observamos sua operação em casos como os do assassino, do suicida, do bêbado e do avarento. Esses são casos extremos, no entanto, e há muitas pessoas que viveram boas vidas morais, mais contaminadas pelo egoísmo mesquinho, que é o pecado mais grave da nossa época, do que pelo verdadeiro mal pronunciado; para elas a permanência nas regiões do Purgatório do Mundo do Desejo é, óbvio, correspondentemente reduzida e o incidente do sofrimento, aliviado. Assim, com o tempo, todos vão para as regiões superiores do Mundo do Desejo, onde o Primeiro Céu está localizado.
Esta é a “Terra de verão” dos espíritas. Com a matéria dessa região os pensamentos e as fantasias das pessoas, durante sua vida, constroem as formas reais que elas veem em sua imaginação. É uma característica dos Mundos internos que a matéria neles seja prontamente moldada pelo pensamento e pela vontade. Todas as formas fantásticas que são criadas pelas pessoas se desenvolvem, animadas por elementais, e duram enquanto permanecer o pensamento ou o desejo que as criou. Na época do Natal, por exemplo, o “Papai Noel realmente vive e anda de trenó”. Há muitos tipos e variedades dele que permanecem em vigor por um mês ou mais, até que os desejos das crianças que o criaram deixem de fluir nessa direção; então ele desaparece até ser recriado no próximo ano. A Nova Jerusalém, com suas ruas peroladas, mar de vidro e todas as outras fantasias piedosas e morais do povo da igreja, também está lá. O Purgatório tem seu diabo em forma de pensamento, com chifres e casco fendido, criado pelo pensamento das pessoas; mas nessa parte superior do Mundo do Desejo, encontramos apenas o que é bom e desejável entre as aspirações humanas. Aqui, o aluno se regozija nas bibliotecas e é capaz de prosseguir seus estudos de modo bem mais eficaz do que quando confinado no Corpo Denso. Se ele deseja um livro, pronto, ele aparece. O artista, por sua imaginação, molda seus modelos perfeitamente, ele pinta com cores vivas e ardentes, em vez de usar os pigmentos mortos e sem brilho da Terra, que são o desespero do artista físico, porque aqui, na vida terrena, é impossível para ele reproduzir os tons que vê com sua visão interior, mas o Mundo do Desejo é o mundo da cor por excelência e, portanto, ele obtém o desejo do seu coração no Primeiro Céu, recebendo inspiração e poder para continuar seu trabalho em vidas futuras.
O escultor também considera esta parte do estado post-mortem uma alegria e uma elevação; ele molda com facilidade os materiais plásticos deste mundo nas estátuas com que ele sonhava quando vivia na Terra. O músico também é beneficiado, mas ainda não está no verdadeiro mundo do som: este oceano de harmonia onde a celestial “música das esferas” é ouvida está na parte da Região do Pensamento Concreto que, na Religião Cristã e esotérica, chamamos de Segundo Céu. Assim, o músico apenas ouve o eco dos sons celestiais; no entanto, são mais doces do que qualquer um que já ouviu na Terra e sua alma se deleita com sua harmonia requintada, a mais auspiciosa das melhores coisas que estão por vir.
Aqui também encontramos todas as crianças pequenas, que vão diretamente para este lugar depois de morrer; se seus amigos pudessem vê-las, não haveria luto, porque a vida delas é bastante invejável. Elas sempre são recebidas por algum parente ou amigo que já morreu e recebem todo tipo de cuidado. Há pessoas que constroem um grande tesouro para si mesmas, dedicando grande parte do seu tempo à invenção de jogos e brinquedos para esses pequenos e, assim, a vida neste Primeiro Céu é gasta da maneira mais bonita pelas crianças, sem que sua instrução seja negligenciada. Elas são reunidas em aulas não apenas de acordo com idade e capacidade, mas também temperamento e são particularmente instruídas sobre os efeitos dos desejos e emoções, o que pode ser feito com muita facilidade em um mundo onde essas coisas podem ser objetivamente demonstradas. Assim, elas aprendem, mediante lições objetivas, o benefício de cultivar desejos bons e altruístas; muitas almas que vivem uma vida altamente moral agora devem-na a uma causa como a morte na infância e quinze ou vinte anos no Primeiro Céu, antes do novo nascimento. Muitas vezes se pergunta por que as crianças morrem. Existem muitas causas. Uma é a morte, em vida anterior, sob a terrível tensão do acidente, pelo fogo ou no campo de batalha, porque nessas circunstâncias o Ego que morreu não pôde se concentrar adequadamente na vista panorâmica da sua vida passada. Esse também é o caso, quando os lamentos altos de parentes impedem a concentração. O resultado é, obviamente, uma impressão fraca das experiências de vida no Corpo de Desejos, o que leva a uma vida insípida no Purgatório e no Primeiro Céu.
Nesses casos, o Ego não colhe o que plantou e, portanto, pode cometer as mesmas loucuras ou pecados, vida após vida. Para evitar tal contingência, o novo Corpo de Desejos que o Ego reúne antes do seu próximo nascimento deve ser gravado com a lição necessária. O Ego está sempre inconsciente a caminho do renascimento, cego pela matéria que o envolve, do mesmo jeito que ficamos ofuscados quando entramos em uma casa, em um dia ensolarado. Somente após o nascimento a consciência retorna em alguma medida. Então, quando pela morte ele passa para o Primeiro Céu, é ensinado de maneira objetiva e diferente a lição que deveria ter aprendido em sua passagem externa ou física, na vida anterior. Quando essa lição é dominada e escrita no Corpo de Desejos que ainda não nasceu, o Ego renasce na Terra e prossegue da maneira comum.
As crianças que morrem antes do sétimo ano só nasceram no que diz respeito aos Corpos Denso e Vital e não são responsáveis sob a Lei da Consequência. Mesmo até os doze ou quatorze anos, o Corpo de Desejos está em processo de gestação, como será explicado mais detalhadamente em outra palestra e, como o que não foi vivificado não pode morrer, apenas os Corpos Denso e Vital decaem, quando uma criança morre. Ela mantém seu Corpo de Desejos e a Mente para o próximo nascimento. Portanto, não percorre todo o caminho que o Ego geralmente faz em um ciclo de vida, mas apenas sobe ao Primeiro Céu para aprender as lições necessárias e, após uma espera que varia de um a vinte anos, renasce, frequentemente na mesma família.
É um erro pensar que o Céu seja um lugar de felicidade pura para todos. Ninguém pode colher mais felicidade no Céu do que aquilo que plantou na Terra. A medida de nossa alegria lá serão as boas ações que fizemos aqui. O Panorama da Vida gravado em nossos Corpos de Desejos logo após a morte forma tanto a base da nossa alegria no Céu quanto o decreto do nosso sofrimento no Purgatório.
Lembramos que à medida que o Panorama da Vida passada se desenrolava no Purgatório, apenas as cenas em que havíamos ferido pessoas operavam para produzir sofrimento. No Primeiro Céu, só os bons desejos e ações altruístas produzem sentimento. Ao contemplarmos uma cena em que ajudamos alguém, acalmando sua tristeza e aliviando seu sofrimento, não só sentimos a mais intensa satisfação pessoal, como tudo que a pessoa favorecida pelo nosso favor sentiu, em forma de tranquilidade corporal, alívio mental e gratidão. Não importa se ele soube quem o ajudou, o sentimento que derramou sobre nós quando o ajudamos acontecerá ali, independentemente de outras circunstâncias. Por outro lado, se nós mesmos formos gratos aos nossos benfeitores, sentiremos o mesmo sentimento de alívio da angústia e de gratidão pela ajuda recebida. Como todos esses sentimentos e desejos são construídos no Ego pelas forças alquímicas e espirituais que são geradas quando eles estão sendo realizados e como sofrem uma transformação em faculdades utilizáveis em nascimentos futuros, é facilmente visto o quão importante é para o nosso próprio crescimento de alma que devamos sentir e expressar nossa gratidão pelos favores que recebemos, porque assim lançamos as bases para o recebimento de novos favores nesta vida e nas futuras. Diz-se que o Senhor ama quem dá com alegria; é igualmente verdade que a “Lei” (da Consequência) ama um coração que aprecia receber favores.
Quando “DAR” está em consideração, devemos ter cuidado com a ideia falaciosa de que somente o homem rico possa dar. Presentes indiscriminados em forma de dinheiro são uma maldição tanto para quem dá quanto para quem recebe. Somente quando o doador também dá seu pensamento e coração pode o ouro ter valor. Contudo, o que é o ouro dado descuidadamente, em comparação com a simpatia? A expressão de fé em um ser humano pode dar-lhe coragem para entrar em um desafio e vencer; estimulando sua vontade, nós o ajudamos a se ajudar, quando a ajuda financeira o tornaria impotente e dependente da nossa generosidade. Quando damos, devemos dar a NÓS MESMOS, primeiro.
Existem duas classes para as quais a existência pós-morte é particularmente vazia e monótona: o materialista e o ser humano que estava tão absorto em seus negócios materiais que nunca se importou com os Mundos espirituais. A razão não é difícil de encontrar. Eles geralmente tiveram uma vida boa, ética e não se entregaram a qualquer um dos vícios do Mundo do Desejo inferior, mas também não fizeram um bem que encontrasse seu fruto em forma de sentimentos de alegria, no Primeiro Céu. Dar inclusive grandes somas de dinheiro para a construção de igrejas, bibliotecas ou parques não ajudará de maneira alguma, a menos que o doador tenha interesse particular em sua doação e, assim, dê a si mesmo junto ao dinheiro. Fornecer apenas dinheiro trará riqueza em alguma vida futura, mas dar a si mesmo é mais valioso do que receber dinheiro, pois promove o crescimento da alma. O ser humano de negócios que é materialista, portanto, vai para a quarta região, uma espécie de fronteira entre o Purgatório e o Primeiro Céu. Ele é bom demais para sofrer no Purgatório, mas não é bom o suficiente para ter uma vida alegre no Primeiro Céu. Ele ainda tem um grande desejo por negócios. Sem interesses, exceto desejos que não possam ser satisfeitos ali, sua vida torna-se uma monotonia nada invejável, embora ele não sofra de outra maneira.
O materialista absoluto, que nega a Deus e tem a ideia de que a morte seja a aniquilação do nosso ser, está na pior das dificuldades. Ele vê seu erro, mas tendo se dissociado bastante das ideias espirituais, muitas vezes não consegue acreditar que isso seja mais do que um prelúdio para a aniquilação. O pavoroso suspense pesa terrivelmente sobre essas pessoas e não é incomum vê-las murmurando para si mesmas: “Não será logo o fim?”. E, o pior de tudo, se alguém instruído tentar informá-las, elas negarão a existência do Espírito ali tanto quanto o faziam na vida na Terra, chamando-o de excêntrico por pensar que exista algo além da matéria.
A tendência natural do Corpo de Desejos é endurecer e consolidar tudo aquilo com que entra em contato. O pensamento materialista acentua essa tendência a tal ponto que muitas vezes resulta, em vidas sucessivas, aquela terrível doença, a tuberculose, o endurecimento dos pulmões. Eles devem permanecer macios e elásticos. Às vezes também acontece que o Corpo de Desejos esmaga o Corpo Vital na próxima vida, de modo que ele falha completamente em neutralizar o processo de endurecimento, e então temos uma tuberculose rápida. Em alguns casos, o materialismo torna o Corpo de Desejos frágil, por assim dizer; então, ele não pode realizar seu trabalho de endurecimento adequado no Corpo Denso e, como resultado, temos “raquitismo”, que amolece os ossos. Logo, vemos os perigos que corremos ao abrigar tendências materialistas: ou endurecimento das partes moles do corpo, como no caso da tuberculose, ou amolecimento das duras partes ósseas, como no raquitismo. É claro que nem todos os casos de tuberculose mostram que o sofredor fosse um materialista em alguma vida anterior, mas a ciência oculta ensina que tal resultado frequentemente siga o materialismo. Há, porém, outra causa para a prevalência dessa terrível doença na Idade Média.
Com o passar do tempo, todo homem se prepara para ascender ao Segundo Céu, que está localizado na Região do Pensamento Concreto. Todas as boas aspirações e desejos da vida passada são gravados e marcados na mente, que então contém tudo o que é de valor permanente. O Ego se retira do Corpo de Desejos, que, assim, torna-se apenas uma concha vazia e, revestido apenas com a Mente, sobe ao Segundo Céu.
Lembramos que após o término do panorama, logo após a morte, quando o Ego se retirou do Corpo Vital, ele passou por um período de inconsciência antes de despertar no Mundo do Desejo. Também há um intervalo entre a retirada do Corpo de Desejos, no Primeiro Céu, e o despertar, no Segundo Céu. Entretanto, desta vez não há inconsciência; todas as faculdades estão em alerta agudo e existe um estado de hiperconsciência, à medida que o Espírito passa por esse intervalo, chamado de “O Grande Silêncio”. Não importa o quão materialista um ser humano possa ter sido na Terra, esse estado de Espírito desapareceu e, neste ponto, o ser humano SABE que seja inerentemente divino, ao alcançar o Grande Silêncio, o portal para seu lar celestial. É como quando alguém acorda após um sonho terrível e dá um profundo suspiro de alívio, ao descobrir que as ocorrências do sonho não eram realidades. Do mesmo jeito, o Ego, ao entrar neste Grande Silêncio, desperta dos delírios e ilusões da vida na Terra com uma sensação de alívio infinito, é preenchido com uma percepção de segurança inexpugnável e sente novamente o descanso pacífico por estar nos braços eternos do Grande Espírito Universal.
Em breve brotam no ouvido do Ego as indescritíveis harmonias da música celestial que enche esta Região, incessantemente. Não é fruto de fantasia, quando se fala em música celestial, embora não seja verdade que os mortos que tinham pouco ou nenhum sentido para música durante a vida na Terra de repente desenvolveram, por ocasião da morte, a paixão e a faculdade de expressar música. Fato é que o Mundo do Pensamento Concreto, onde o Segundo Céu está localizado, também seja o reino do som, assim como o Mundo do Desejo é o reino da luz e da cor e o Mundo Físico, o reino da forma. O artista obtém seus esquemas de cores e efeitos de luz do Mundo do Desejo, mas o músico deve recorrer ao Mundo do Pensamento, que é mais sutil, para suas inspirações, e neste fato temos a razão pela qual a música seja a arte mais elevada que possuímos. O pintor desenha um mundo mais próximo e disponível; portanto, é capaz de fixar sua criação de uma vez por todas na tela, para ser vista, a qualquer momento, por todos os que tenham olhos. A música não pode ser fixada desse modo; é mais elusiva, deve ser recriada toda vez que é ouvida e imediatamente desaparece no silêncio. Em troca, no entanto, ela tem muito mais poder de falar conosco do que até mesmo a maior pintura, pois vem diretamente do mundo do Céu, fresca e perfumada com os ecos da casa do Ego, despertando memórias e colocando-nos em contato com aquilo que tantas vezes esquecemos em nossa existência material. Portanto, a música, acima de todas as outras artes humanas, por si só, tem o poder de acalmar os sentimentos selvagens e nos afetar de uma forma que nada mais pode.
Goethe era um Iniciado e, em seu “Fausto”, enfatizou duas vezes o fato de que nos reinos celestiais todas as coisas sejam redutíveis a termos sonoros. A cena de abertura está situada no Céu e o Arcanjo Rafael é representado dizendo o seguinte.
“O Sol entoa sua antiga CANÇÃO,
Intermediando o CÂNTICO rival das esferas-irmãs.
Seu curso prescrito ele acelera então,
De forma estrondosa ao longo das manhãs”.
E de novo, na segunda parte:
“SOM para o Espírito escutar
Proclama que o dia vindouro perto está de chegar.
Portões rochosos estão rangendo, chacoalhando,
As rodas de Febo estão rolando, cantando —
Que SOM intenso está a luz causando”.
A “canção das esferas” de Pitágoras é um fato no Segundo Céu e para alguns músicos isso não é de forma alguma uma ideia rebuscada, porque sabem que cada cidade, lago ou floresta tenha seu próprio som peculiar. O riacho murmurante e o zéfiro de verão, que agita as folhas novas dentro da floresta, falam a língua da Alma Universal. O verdadeiro músico ouve Sua voz grandiosa e majestosa na torrente da montanha e na tempestade sobre o grande abismo. Não há concepção meramente intelectual de Deus, da vida ou das coisas metafísicas que possa alcançar as alturas sublimes que ele conseguiu, porque ele sabe.
No Purgatório, os maus hábitos e os atos ruins da vida produziram o sofrimento, que foi transmutado em sentimento correto no Primeiro Céu. O bem da vida passada foi extraído no Primeiro Céu e quando o Ego entra no Segundo Céu ele medita sobre o bem de forma a transmutá-lo em pensamento correto para que atue como um guia nas vidas futuras na Terra. Assim, a cada novo nascimento, o Ego traz consigo, como capital, a sabedoria acumulada que foi derivada das experiências de todas as suas vidas passadas, que é o seu capital ou estoque comercial. A experiência de cada nova vida são os juros que, no Segundo Céu, são adicionados ao capital.
O ser humano ali também está se preparando para o próximo mergulho na matéria, qualificando-se para a nova batalha contra a ignorância na próxima vida, dentro da grande escola de Deus. Se alguma ambição digna não foi realizada, ele vê em que ponto estava o defeito e aprende a realizar da próxima vez seus projetos, em linhas aprimoradas. O músico leva consigo melodias mais grandiosas quando retorna, para alegrar o coração do ser humano em seu exílio nas condições da Terra. O pintor traz novas aspirações, pois não se deve supor que o Segundo Céu seja desprovido de cor porque foi chamado de região do som. Tanto a cor quanto à forma existe lá, assim como no Mundo Físico, mas o som é a característica predominante do Mundo do Pensamento. A cor é mais acentuada no Mundo do Desejo e a forma, no Mundo Físico, embora também seja verdade que as cores e formas do Segundo Céu sejam muito mais bonitas do que em qualquer um dos outros dois Mundos.
Já falamos sobre esse processo de lamentação no Purgatório e assimilação da parte boa e duradoura extraída das experiências da vida passada como se fosse um processo negativo ou passivo e muitos Estudantes têm a ideia de que a existência no Segundo Céu seja uma experiência sonhadora e ilusória. Nada poderia ser mais errado, porque as atividades reais da vida, no Céu, são múltiplas. O ser humano não apenas revê ou vive seu passado, mas também prepara ativamente o seu futuro.
Costumamos falar sobre evolução, mas alguma vez analisamos o que é responsável pela evolução ou por que ela não para na estagnação? Se o fizermos, deveremos perceber que existam forças por trás do visível que sejam responsáveis pela alteração da flora e da fauna, das mudanças climáticas e topográficas que acontecem constantemente; surge então uma questão natural: o que ou quem são as forças ou agentes na evolução?
Claro, estamos bem cientes de que os cientistas dão certas explicações mecânicas. Eles merecem grande crédito; eles realizaram muito, quando levamos em consideração que a ciência seja apenas uma criança e tenha somente cinco sentidos e instrumentos engenhosos sob seu comando. Suas deduções são maravilhosamente verdadeiras, mas isso não quer dizer que não possa haver causas subjacentes que ela ainda não possa perceber e que dão uma compreensão mais completa do assunto do que a simples explicação mecânica permite. Uma ilustração irá elucidar este assunto.
Dois homens estão conversando quando, de repente, um derruba o outro. Aí temos uma ocorrência, um fato, e podemos explicá-lo mecanicamente dizendo: “Eu vi um homem contrair os músculos do braço, dirigir um golpe contra o outro e derrubá-lo”. Essa é uma versão verdadeira, até onde pode; no entanto, o cientista ocultista veria também o pensamento raivoso que inspirou o golpe e estaria oferecendo uma versão mais completa, caso dissesse que o homem foi derrubado por um pensamento, porque o punho fechado foi apenas o instrumento irresponsável da agressão. Sem a força impulsora do pensamento raivoso, a mão teria permanecido inerte e o golpe nunca teria sido desferido.
Portanto, o cientista ocultista liga todas as causas à Região do Pensamento Concreto e narra como são ali geradas por Espíritos humanos e sobre-humanos.
Lembrando que os arquétipos criadores de tudo o que vemos no Mundo visível estejam no Mundo do Pensamento, que é o reino do som, estamos preparados para entender que as forças arquetípicas estejam constantemente trabalhando por meio desses arquétipos que, então, emitem determinado som ou, onde vários deles se reúnem para criar uma espécie de planta, animal ou formas humanas, diferentes sons que se fundem em um grande acorde. Esse som ou acorde único, conforme o caso, é então a nota-chave da forma assim criada e, enquanto soar, a forma ou a espécie vai perdurar; quando cessa, a forma individual morre ou a espécie é extinta.
Uma confusão de som não é música mais do que palavras agrupadas ao acaso são uma frase; entretanto, o som ordenadamente rítmico é o construtor de tudo o que existe, como João diz nos primeiros versos do seu evangelho: “No princípio era a VERBO […] e sem ela nada foi feito”; também, “o Verbo se fez carne”.
Assim, vemos que o som seja o criador e sustentador de todas as formas e, no Segundo Céu, o Ego se torna uno com as forças da natureza. Com elas, ele trabalha sobre os arquétipos da terra e do mar, da flora e da fauna para provocar as mudanças que alteram gradualmente a aparência e as condições da Terra; assim, garante um novo ambiente feito por ele mesmo, onde poderá colher novas experiência.
Ele é dirigido em seu trabalho por grandes mestres pertencentes às Hierarquias Criadoras, que são chamados de Anjos, Arcanjos ou outros nomes, e são os ministros de Deus. Eles o instruem, então e conscientemente, na divina arte da criação, tanto no que se refere ao mundo quanto aos objetos nele. Eles o ensinam como construir uma forma para si mesmo, dando-lhe os chamados “Espíritos da Natureza” como auxiliares e, assim, o ser humano está trabalhando em seu aprendizado para se tornar um criador, toda vez que vai para o Segundo Céu. Lá, ele constrói o arquétipo da forma que posteriormente vai exteriorizar com o nascimento.
Em uma palestra anterior, falamos sobre os quatro Éteres e dissemos que as forças de assimilação atuam sobre o Éter Químico. Os Egos nos Mundos celestes são essas forças e, portanto, as próprias pessoas que chamamos de mortas são aquelas que constroem nossos corpos e ajudam a viver. Podemos também notar que ninguém possa ter um Corpo Denso melhor do que aquele que pode construir. Se cometemos erros no Céu, descobrimos quando usamos um corpo defeituoso na Terra e, dessa forma, aprendemos a corrigir a falha para não errar na próxima vez.
Isso traz à mente uma fase interessante da Lei de Consequência, como no caso dos Egos que requerem um corpo de construção peculiar, como os músicos, onde não só a mão, mas também os ouvidos têm que ser especialmente ajustados para que seus três canais semicirculares apontem com a maior precisão possível para as três dimensões do espaço e o órgão de Corti[11] devem ser excepcionalmente delicadas; tal instrumento não pode ser formado apenas da matéria-prima pertencente ao Ego; portanto, este deve nascer em uma família onde outros construíram em linhas semelhantes e isso nem sempre é encontrado.
Supondo, então, que uma ocasião ofereça essa chance 100 anos antes do momento em que tal Ego devesse renascer e os Anjos do Destino, os encarregados da administração da Lei de Consequência, vejam que outra oportunidade não ocorrerá por talvez 300 anos, o Ego poderá então nascer 100 anos antes do tempo programado e essa perda de tempo no Céu será compensada em outra ocasião. Assim, vemos que os vivos e os chamados mortos estejam constantemente agindo e reagindo uns aos outros, enquanto viajam ao longo do caminho da evolução.
Tendo assim progredido através do Segundo Céu, o Ego finalmente retira-se do seu invólucro mental, sua vestimenta lá, e, inteiramente livre, desimpedido, entra no Terceiro Céu, o ponto mais alto que possa ser atingido pelo ser humano em seu atual estágio de desenvolvimento.
Durante a vida no Mundo Físico, o Ego humano trabalha por meio de seus quatro veículos, ou seja: os Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente, todos eles estando conectados um ao outro pelo Cordão Prateado. À noite, o Ego se retira para os Mundos internos, levando consigo a Mente e o Corpo de Desejos, deixando os Corpos Denso e Vital deitados sobre o leito. O Ego primeiro produz um ritmo harmonioso para a Mente e para o Corpo de Desejos. Eles então atuam sobre o Corpo Vital e esse começa a restaurar a saúde, a vitalidade dos átomos físicos, que estão cansados e gastos.
Essa restauração só pode ser feita durante o tempo em que o Corpo de Desejos e a Mente são removidos, porque são suas as atividades que usam a energia física durante o dia e para que o Corpo Vital possa ser liberado e reconstruir este veículo físico, exausto, o Ego e os dois veículos superiores (o Corpo de Desejos e a Mente) separam-se dos dois veículos inferiores, mas permanecem unidos a eles pelo Cordão Prateado. Na morte, quando o Corpo Denso não pode mais se manter em seus veículos superiores, quando a desintegração deve ocorrer, o Ego é forçado a desocupar a casa feita de barro que ele construiu e usou por um determinado período de tempo, na qual aprendeu muitas lições úteis e edificadoras para sua alma. Chegou agora a um período no caminho da evolução em que o Ego deve ter tempo para assimilar as lições que foram aprendidas enquanto funcionava no mundo da matéria. A morte é para a alma o que o sono é para o Corpo Denso: um tempo de descanso e recuperação para que o Ego extraia dessas experiências maior poder anímico.
Quando a morte ocorre, o Ego deixa o Corpo Denso por meio das suturas parietal-occipital, mas em vez de o Corpo Vital permanecer com o Corpo Denso, como é o caso durante o sono, ele também deixa o Corpo Denso, junto ao Corpo de Desejos e à Mente, pois o trabalho do Ego no Corpo Denso está concluído para esta vida na Terra. O Corpo Vital agora tem um trabalho diferente a fazer; não é mais necessário manter saudáveis os átomos físicos.
Na morte, os Corpos Vital, de Desejos e a Mente são vistos deixando o Corpo Denso pela cabeça. O Ego, que está deixando sua prisão terrestre para que ela apodreça, leva consigo seu mais querido pertence, o Átomo-semente, a única parte do Corpo Denso que não pode morrer e que ele traz de volta a cada vida na Terra. Durante uma vida na Terra, existe um minúsculo átomo no ápice do ventrículo esquerdo do coração que é chamado de Átomo-semente permanente. Esse Átomo-semente do veículo físico tem sido usado como o núcleo para o Corpo Denso, desde que o Ego adquiriu seu veículo físico. Quando falamos de um Átomo-semente permanente, não queremos dizer que o átomo físico seja usado, mas que as forças que fluem através dele são usadas. Essas forças permanecem com o Ego por meio dos renascimentos ou até que esse Ego em particular tenha concluído sua evolução no Mundo Físico e, assim, elas serão transferidas para o Átomo-semente do Corpo Vital, que se torna o Átomo-semente permanente da próxima vida.
Voltando à nossa discussão sobre o Ego, ao deixar seu Corpo Denso, no evento que é denominado “morte”, descobrimos que o Ego está passando por um período muito vital, extremamente importante. Amigos e parentes devem ter muito cuidado para que seu ente querido esteja livre de excitação, tristeza ou perturbações de qualquer tipo: o corpo não deve ser mutilado e fluidos de embalsamamento não devem ser usados até 84 horas (3 dias e meio) após o Ego ter deixado de funcionar no corpo. A razão para isso será esclarecida a seguir.
Quando a morte chega, há uma ruptura do Cordão Prateado do qual fala a Bíblia no capítulo 12 do Livro de Eclesiastes no versículo 6[12]. Esse Cordão mantém os veículos superiores e inferiores juntos; na morte, a ruptura ocorre no coração, o que faz com que esse órgão pare de bater. Quando isso ocorre, o Ego e seus três veículos, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente são vistos pelo Clarividente flutuando sobre a cabeça do Corpo Denso por até três dias e meio. Durante tal período, o Ego está empenhado em revisar as cenas da vida que acabou e foram gravadas no Átomo-semente permanente do coração. Essas impressões foram deixadas no Átomo-semente pelo sangue. Também somos ensinados pela Bíblia que o Ego está no sangue. O sangue é o veículo direto do Ego.
O coração e os pulmões são os únicos órgãos pelos quais passa todo o sangue do corpo do ser humano em cada ciclo e o coração é a fortaleza do Ego humano. Enquanto o sangue corre pelo coração, as cenas de cada momento que passa são carregadas pelo sangue e gravadas no minúsculo Átomo-semente. Esse Átomo-semente também está impregnado com as experiências de todas as vidas passadas e dele muitas impressões vêm ao ser humano: elas lhe ensinam a diferença entre o bem e o mal e, assim, tornam-se sua consciência.
Agora, a razão pela qual afirmamos ser necessário que a quietude reine na casa onde a morte aconteceu é a seguinte. O Corpo Vital é o veículo usado imediatamente após a morte para transferir as impressões do Átomo-semente do coração para o Átomo-semente do Corpo de Desejos. Durante esse período de trabalho, o Cordão Prateado não está rompido. Por isso, o Ego ainda está consciente dos seus veículos, sentindo e sofrendo até certo ponto, quando o corpo é mutilado. Quando o Ego é perturbado durante essa transferência, as impressões são vagamente gravadas e ele, ao retornar à Terra pelo renascimento, na próxima encarnação, não traz consigo um senso de consciência tão aguçado como poderia ser, caso a gravação tivesse sido bem definida, porque no Mundo do Desejo não foi capaz de sentir remorso pelas más ações nem alegria pelos bons atos tão intensamente como sentiria, se não tivesse sido perturbado.
Quando o panorama é totalmente gravado no Corpo de Desejos, o Cordão Prateado se rompe e o Ego está livre da sua casa terrena. O Corpo Denso deve então ser cremado, pois a cremação libera o Ego rapidamente e oferece um método mais higiênico para a sua eliminação.
Esperamos que a Humanidade logo desperte para o cuidado adequado de seus mortos e tenhamos uma ciência da morte, assim como uma do nascimento. É importante que a pessoa que tem conhecimento dos danos decorrentes do manuseio incorreto do corpo, em caso de morte, tenha por escrito as instruções que ela própria deseja que sejam cumpridas.
Um formulário está disponível, explicando o método Rosacruz para o cuidado do Corpo Denso imediatamente após a morte. Eis o procedimento que o seguidor dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental aceita como necessário para a transição adequada rumo à vida após a morte. Veja abaixo:
EM CASO DE MORTE, eu, ___________________________________, CPF:___________________ residente no endereço:____________________
______________________________________________________________,
FAÇO MEU ÚLTIMO PEDIDO; que o procedimento da Fraternidade Rosacruz seja realizado na disposição do meu Corpo físico. Esse pedido é feito por causa da MINHA CRENÇA NOS ENSINAMENTOS ROSACRUZES. Se a morte ocorrer entre estranhos, eles irão gentilmente se comunicar imediatamente com as seguintes pessoas, que são solicitadas a seguir estas instruções, quanto ao método:
NOME: ______________________________________________________________
DADOS PARA CONTATO:______________________________________
NOME: ______________________________________________________________
DADOS PARA CONTATO:_______________________________________
NOME: ______________________________________________________________
DADOS PARA CONTATO:_______________________________________
Assinado:___________________________________
Atestado por:___________________________________________________________
Local e Data:___________________________________________________
MÉTODO:
O embalsamamento NÃO deve ser realizado de forma alguma durante esse período de 3 dias e meio.
O suicida, ao tentar fugir da vida, só descobre que está vivo como sempre, em uma situação das mais lamentáveis. Ele é capaz de observar aqueles a quem decepcionou, e talvez desonrou, com seu ato e, o que é o pior, ele tem uma sensação indescritível de estar “vazio”. A razão para isso é a seguinte.
Quando o Ego está descendo dos Elevados Planos espirituais para renascer, ele é ajudado pelas Hierarquias Criativas a construir o arquétipo do seu próximo corpo e infundir nesse arquétipo uma vida que durará o número de anos que a pessoa normalmente viveria. Esse arquétipo tem um movimento vibratório e musical ou cantante que atrai o material do mundo físico para dentro dele e faz com que todos os átomos do corpo vibrem em sintonia com um pequeno átomo do coração chamado de Átomo-semente, que, como um diapasão, fornece o tom para todo o resto do material no corpo. No momento em que a vida plena foi vivida na Terra, as vibrações do arquétipo cessam, o Átomo-semente é retirado, o Corpo Denso começa a se decompor e o Corpo de Desejos, onde o Ego funciona no Purgatório e no Primeiro Céu, assume a mesma forma do Corpo Denso. Então o ser humano começa seu trabalho de expiar os hábitos e atos negativos no Purgatório e assimilar o bem de sua vida no Primeiro Céu.
O que foi dito anteriormente descreve as condições normais, quando o curso da natureza não é perturbado; no entanto, o caso do suicídio é diferente. Ele tirou seu átomo-semente, mas o arquétipo ainda continua vibrando. Portanto, ele sente como se estivesse “oco” e experimenta uma sensação dolorosa por dentro, que pode ser comparada às pontadas da fome intensa ou a uma dor de dente por todo o corpo. Todo o material para a construção de um Corpo Denso está ao seu redor, mas faltando-lhe o átomo-semente, é impossível para ele assimilar essa matéria e construir um corpo. Essa terrível sensação de “vazio” dura tanto quanto sua vida normal deveria durar.
Assim, a Lei de Causa e Efeito lhe ensina que é errado faltar à Escola da vida e que isso não pode ser feito impunemente. Então, na próxima vida, quando as dificuldades assolarem seu caminho, os sofrimentos resultantes do suicídio anterior impedirão uma recorrência e permitirão que ele passe por experiências de vida que contribuem para o crescimento de sua alma.
À primeira vista e do ponto de vista das pessoas não versadas nos ensinamentos do ocultismo, a eutanásia parece merecer elogios. A maioria das pessoas, ao ver um animal sofrendo agonias, além da esperança de recuperação, sente-se impelida por instintos humanos a acabar com sua miséria e perguntas como estas surgem: “Por que não devemos fazer o mesmo por nossos semelhantes?”; “Por que devemos mantê-los vivos, sofrendo de forma excruciante talvez por meses ou anos, quando sabemos que não tenham chance de recuperar a saúde e que estejam procurando, ansiando pela morte para acabar com sua dor?”. Essas perguntas parecem, do ponto de vista comum, pedir aceitação. No entanto, quando temos conhecimento da Lei de Consequência e temos a certeza de que o que semearmos nós vamos colher, se não for nesta vida, então em alguma existência futura, a questão aparece sob uma luz diferente.
Não podemos escapar de nossas justas obrigações. O sofrimento que vem a nós é necessário para nos ensinar alguma lição ou suavizar nosso caráter. A única maneira de encurtar esse sofrimento é nos esforçarmos para entender por que estamos na condição que nos causa dor. Se for câncer de estômago, como abusamos desse órgão? Por excesso de comida de natureza inadequada ao nosso organismo? Temos “alimentado” nossa consciência com emoções egoístas ou pensamentos negativos? Nosso coração nos está causando problemas? Quantas vezes perdemos a paciência e nos enfurecemos como loucos, colocando uma tremenda pressão sobre essa parte do corpo? Ou outros órgãos do nosso sistema estão fracos e debilitados? Podemos ter certeza de que, nesta vida ou em anterior, vivemos de maneira que os efeitos encontraram manifestação em nossas doenças físicas particulares. Do contrário, não estaríamos sofrendo agora e quanto mais cedo levarmos a lição a sério, começando a viver uma vida melhor que esteja em harmonia com as leis da natureza que violamos, mais cedo nosso sofrimento cessará.
Está sempre ao nosso alcance alterar as condições da nossa vida, embora claramente não possamos consertar em um dia o que demoramos anos ou vidas para quebrar; contudo, certamente não há outra maneira pela qual uma cura permanente possa ser efetuada. Mesmo que agora, pela promulgação de uma lei que apoia a eutanásia (ou o que é erroneamente chamado de “morte por misericórdia”), o sofrimento seja reduzido, podemos ter a certeza de que, quando a pessoa assim libertada do seu corpo renascer, seu novo veículo terá a tendência de desenvolver a mesma doença da qual ela escapou de maneira tão inconveniente.
Além disso, como foi completamente explicado em “O Conceito Rosacruz do Cosmos”, nosso Corpo Denso é formado no Mundo do Pensamento como um molde ou padrão invisível que é chamado de arquétipo; enquanto esse arquétipo persistir, nosso Corpo Denso permanecerá vivo. Quando a morte ocorre por causas naturais, ou mesmo nos chamados acidentes (que geralmente não são acidentes, mas eventos usados para encerrar uma vida de acordo com o desígnio dos guardiões invisíveis dos assuntos humanos), o arquétipo é rompido e o Espírito é libertado. Um suicídio, entretanto, é diferente. Nesse caso, o arquétipo persiste após a morte por vários anos até que essa ocorresse de acordo com os eventos naturais; assim, incapaz de atrair para si os átomos físicos, ele transmite ao suicida durante aqueles anos de sua existência pós-morte um sentimento contínuo de dor, algo como uma fome torturante ou uma dor de dente incômoda, mas extremamente dolorosa, no corpo inteiro. Se a eutanásia se tornasse uma lei e as pessoas pudessem obter os serviços de outras para cometer suicídio (pois é isso que realmente significa), não haveria dúvida de que elas sofreriam em sua existência pós-morte da mesma maneira que o suicida que prescreveu seu próprio veneno ou cortou a própria garganta. A legalização da eutanásia também seria perigosa em outros aspectos e acreditamos que nenhuma prática assim será sancionada por lei.
FIM
[1] N.T.: é uma península barrier de aproximadamente 9,7 km por 800 m, em Middletown, Monmouth County, no leste do estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos.
[2] N.T.: A sequoia-gigante é a maior árvore do mundo em termos de volume. Ela atinge em média de 85 – 115 m de altura, e 8–13 m em diâmetro. A sequoia-gigante mais velha conhecida possui 4.650 anos de idade.
[3] N.T.: A Medusa, na mitologia grega, era um monstro ctônico do sexo feminino
[4] N.T.: Sócrates (c. 469 a.C.-399 a.C.) foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental
[5] N.T.: Herbert Spencer (1820-1903) foi um filósofo inglês e um dos representantes do liberalismo clássico.
[6] N.T.: Georges Cuvier (1769-1832) foi um naturalista e zoologista francês da primeira metade do século XIX, é por vezes chamado de “Pai da Paleontologia”. Foi uma figura central na investigação em história natural na sua época, comparou fósseis com animais vivos criando assim a Anatomia Comparada.
[7] N.T.: A paresia é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento fala-se em paralisia ou paresia.
[8] N.T.: Alexandre III da Macedônia (português europeu) (356 a.C.-323 a.C.), comumente conhecido como Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno foi rei (basileu) do reino grego antigo da Macedônia.
[9] N.T.: Hb 12:6
[10] N.T.: Edwin Arnold (1832-1904), foi um poeta e jornalista britânico.
[11] N.T.: ou “órgão espiral” é o órgão sensorioneural da cóclea, ou seja, é parte da cóclea, da orelha interna. É um composto de células sensoriais (células ciliadas) e fibras nervosas que fazem sinapse entre si, além de estruturas anexas e de suporte. O órgão foi nomeado em homenagem ao anatomista italiano Marquês Alfonso Giacomo Gaspare Corti (1822-1876), que conduziu a pesquisa microscópica do sistema auditivo dos mamíferos e o descobriu em 1850. Esse órgão é encontrado apenas em mamíferos. Nos humanos, o órgão de Corti se desenvolve da 9ª semana à 30ª semana de gestação. O órgão de Corti é a estrutura que transforma a energia mecânica, que chega da orelha média, para energia elétrica. As vibrações mecânicas se tornam ondas de pressão hidráulica que se propagam pela endolinfa, gerando um potencial de ação que é transmitido pela via auditiva para que se processe o som nos centros auditivos do tronco encefálico e do córtex cerebral.
[12] N.T.: “Antes que o fio de prata se rompa e o copo de ouro se parta…”