O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em janeiro, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS nº 68 – Janeiro de 2022
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
Informação
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de janeiro/2022:
https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/,
https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/;
https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e
https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas
FEVEREIRO – Sol transitando pelo Signo de Aquário (janeiro-fevereiro)
Quando o Sol está transitando por Aquário, o Senhor Cristo, em Sua passagem anual pela Terra, centra Suas atividades na Região Etérica do Mundo Físico. Derrama Seu amor e Suas bênçãos, tanto sobre os Anjos como sobre as almas dos desencarnados da humanidade terrestre que estão vivendo e trabalhando nesses planos.
São esses também o lar das crianças, os Egos dos que morreram na infância e os Anjos os instruem e os acompanham. Um Discípulo qualificado, que aprendeu a seguir a Cristo ao longo da trilha da santidade por meio de Aquário, é capaz, em tal estágio de desenvolvimento, de entrar conscientemente nos planos etéricos. Ali pode observar os variadíssimos e formosos serviços prestados pelos Anjos no benefício da humanidade e de todas as formas de vida existentes no Planeta. Assim, pois, o Discípulo se encontra em um mundo encantado, um mundo tênue onde está a origem das notícias sobre as Fadas; porque as regiões dos Éteres superiores é, verdadeiramente, um mundo das Fadas. Das atividades observadas nesses planos é onde muitos buscadores iluminados e místicos tecem seus mais formosos escritos, relativos às verdades espirituais. Durante o mês em que o Sol transita por Aquário, os Éteres superiores se tornam mais dourados e luminosos, porque a força de Cristo está sendo dirigida sobre a superfície da Terra para preparar Sua triunfante libertação pascal.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV – Análise Oculta do Gênesis – No Princípio
Vontade (Deus Pai), Sabedoria (Deus Filho) e Atividade (Deus Espírito Santo)
“Diz-se que sendo uma explicação verdadeira todas as demais têm de ser falsas. Evidentemente, não é esse o caminho para chegar à verdade. Tendo muitos e múltiplos aspectos, cada verdade oculta requer exame de mui diferentes pontos de vista; cada um deles apresenta certa fase da verdade, e todos eles são necessários para chegar-se a uma concepção completa e definida daquilo que se está considerando.”
A Verdade não é o que vemos com nossos olhos físicos. O Mundo Físico é o mundo dos fenômenos, doa efeitos. O que temos aqui são os efeitos da Verdade que se expressa como causas nos Mundos superiores (Mundo do Pensamento).
À medida que deixemos de lado todas as nossas aspirações para aquisições materiais, buscando amontoar tesouros no céu, quanto mais servirmos amorosa e desinteressadamente tanto mais rapidamente conheceremos a Verdade e, então mesmo vivendo neste Mundo dos fenômenos, poderemos falar como um Iniciado: “Vivo neste Mundo, mas não sou deste Mundo”.
É o coração aspirando por esclarecimentos profundos. “O coração tem razões que a própria razão desconhece”
Todo ato motivado por uma intuição é puro e raramente deixa de produzir um resultado positivo.
É também conhecida como intuição.
Para entendermos o que seja a intuição, precisamos entender os nossos três tipos de Memória todas relacionadas com a nossa Mente, que nos conduz à Região Abstrata do Mundo do Pensamento, onde começa a realidade, e, portanto, o vislumbre da Verdade.
A Memória Supraconsciente: É o que entendemos como Verdade. Verdade segundo o nosso ponto de vista. Essas faculdades e conhecimentos são gravados no nosso veículo Espírito de Vida.
O nosso Espírito de Vida está permanentemente em estreito contato com o nosso coração. Espírito de Vida é um dos nossos três veículos espirituais e que retrata o amor e a unidade. Por isso o coração é o foco do amor altruísta. Assim, quando estamos com algum problema, podemos utilizar nosso veículo Espírito de Vida para buscar a solução, a verdadeira solução.
Essa solução é enviada através do Éter Refletor até o nosso coração, como orientação e iniciativa. Tão logo a recebe, o nosso coração a retransmite ao nosso cérebro através do Nervo Pneumogástrico.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta do Gênesis – A Teoria Nebular
Sim
A ciência oculta ensina que Deus foi a origem do processo de formação e, constantemente, guia o Sistema Solar por um caminho perfeitamente definido. Já a ciência moderna tenta demonstrar que Deus não é necessário.
se Deus deixar de exercer a “Atividade” e parar de vibrar e manter o movimento, o Universo se dissolver-se-ia imediatamente em “sutilíssimo espaço”
É uma expressão do polo negativo do Absoluto – Deus é uma expressão do polo positivo do Absoluto (veja Diagrama 6 do Conceito Rosacruz do Cosmos). Tudo que vemos manifestado como formas minerais, vegetais, animais e humanas é espaço cristalizado, emanados do polo negativo do Absoluto. É o material que Deus atrai e que externa a Sua esfera imediata, quando Deus deseja criar, escolhendo um lugar apropriado do espaço e preenchendo-o com Sua aura, permeando cada átomo da Substância-Raiz-Cósmica dessa porção particular do espaço com Sua Vida, despertando, desse modo, as atividades latentes em cada átomo não diferenciado. Desse modo, a substância compreendida pelo nascente Cosmos se torna mais densa do que a do espaço Universal, entre os Sistemas Solares.
Cada Planeta é um organismo vivo e possui alma inteligente (criadora ou geradora da forma), guiando-a em todos os seus movimentos, do mesmo jeito que o ser humano é uma alma viva que originou seu corpo e controla suas atividades.
Teologia Cósmica: os Planetas são constituídos por uma Hierarquia de divindades subordinadas, cada uma com seu próprio Espírito inerente, e o Sol é o Pai Divino de todos.
Todos os organismos vivos que habitam os Planetas, cada um dos quais sendo uma imagem microscópica ou semelhança do Todo, o que é especialmente verdadeiro para a humanidade.
Todo o sistema, visto como unidade, é a Deidade (divindade) em sua totalidade, no sentido cósmico, chamado macrocosmo ou ordem cósmica e universal, o todo-abrangente; e o ser humano, uma miniatura do todo, é um microcosmo.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta do Gênesis – As Hierarquias Criadoras
Nome dado, no primeiro capítulo do Gênesis, às Hierarquias Criadoras. Esse nome significa uma hoste de seres bissexuais. A primeira parte do nome é “Eloh”, um nome feminino, em que a letra “h” indica o gênero. Se se tivesse pretendido indicar um ser feminino ter-se-ia empregado a palavra “Eloh”. O feminino do plural é formado com o sufixo “oth”. Portanto, se houvesse intenção de indicar certo número de Deuses femininos, a palavra correta teria sido “Elooth”. Todavia, em vez de qualquer destas duas formas, encontramos o plural masculino terminado em “im”, acrescentado ao nome feminino “Eloh”, o que designa uma hoste de seres bissexuais, masculino-femininos, expressões na energia criadora dual, positiva-negativa.
Quando atingimos o grau de Adepto – pessoa que se graduou, pelo menos, na primeira Iniciação Maior, o que significa que ela experimentou, internamente, com sucesso as nove Iniciações Menores e está prosseguindo em direção às quatro Iniciações Maiores (ou Iniciações Cristãs). A partir desse momento, elas se libertam da roda de nascimento e morte.
Devido as 3 ordens emitidas pelo Rei Jaime: “Proibido perturbar as ideias já existentes; a paz a qualquer preço; evitar toda a controvérsia”. E assim, para evitar confusões de entendimento, se determinou, que a palavra seria traduzida como Deus.
Nos ensinamentos Rosacruz, encontraremos o conceito Elohim nas palavras: Jeová, Hierarquias Criadoras, Hierarquias Divinas, Hierarquias Zodiacais, Jerarquias Divinas. Todas essas palavras, indicam Seres Criadores, bissexuais, com poderes diferenciados.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise oculta da Gênesis – O Período de Saturno
A Terra não era desabitada, pois nossa onda de vida iniciava nosso período de evolução. Tínhamos nesse momento a forma análoga a dos minerais, por essa razão não éramos vistos, pois nós formávamos a crosta da terra. Éramos como framboesas, em estado de transe profundo.
Quem escreveu Gênesis foi Moises. Moises, era um ser humano altamente desenvolvimento. Moises, Elias e João Batista, é o mesmo Ego, o mesmo espírito virginal. São expressões do mesmo espírito imortal. Para escrever o Gênesis, Moisés leu os fatos, na memória da natureza.
O primeiro Período desse Esquema de Evolução em que estamos vivendo atualmente. Os sete Globos desse Período eram obscuros e quentes. A Bíblia também menciona esse estado obscuro. Havia somente um elemento: calor ou fogo incipiente. Nós passamos pela nossa existência “parecida com a onda de vida mineral atual” e tínhamos a consciência que hoje nomeamos de transe profundo. Nesse Período os Senhores da Chama (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Denso e despertaram em nós o veículo Espírito Divino. Os Senhores da Mente (outra das 12 Hierarquias) passaram pelo seu estágio “humanidade” e trabalharam conosco nesse Período de Saturno, exatamente como nós trabalhamos com a onda de vida mineral, no atual Período Terrestre.
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de janeiro:
Entre os bons hábitos, e para alguns já consolidada como virtude, que asseguram nosso bem-estar físico e espiritual, destaca-se o sentimento sincero e honesto da GRATIDÃO, a capacidade sentimental de avaliar, de ver e sentir todas as bênçãos e manifestar seu reconhecimento pela generosidade de DEUS.
A porta que conduz à abundância das bênçãos divinas, quer materiais, quer espirituais, abre-se amplamente ao coração humilde e agradecido. Só este poderá avaliar a realidade e riqueza das dádivas divinas.
A saúde física, a iluminação espiritual e o sustento material acompanham o despertar daqueles que “entram” por esse portal com ação de graças com louvor.
Logo pela manhã ao abrirmos os olhos, ao despertar, devemos agradecer a Deus, afinal teremos mais um dia para viver nesta grande escola da vida.
Este sentimento pavimentará o caminho do dia que se inicia com alegria, paz, ajuda e crescimento interno.
A atitude de gratidão estabelece uma vibração que automaticamente nos atrai a atenção e assistência de elevados Seres que fulguram nos planos internos, os quais são, realmente, os Mensageiros de Deus.
O coração grato, com certeza, está espiritualmente sintonizado com a onda divina e mantém, desse modo, todos os seus Corpos e todos os assuntos na harmonia cósmica, em perfeita normalidade.
Ainda que tenha estado física, mental ou psicologicamente enfermo, o novo hábito de vislumbrar o bem em todas as coisas, de avaliar e admirar os dons de Deus à disposição de todos, o sentir o amor divino o tempo todo, também o levará a agradecer por tudo.
Nessa atitude positiva, amorosa e humilde irá reconstruindo o seu equilíbrio.
A força infinita de Deus em nós está sempre ao nosso alcance, desde que estejamos vibrando numa vibração silenciosa de louvor e ação de graças. Afinal, “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”.
A coragem, o equilíbrio interno, o entusiasmo e tudo o mais, são a colheita daqueles que vivem semeando em atos, em sentimentos e modo de pensar, o reconhecimento da bondade e amor de Deus.
Sejamos sempre gratos, reconheçamos que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e momentos de crise, eles fazem parte do que escolhemos passar aqui no Mundo Físico,
Agradeçamos a Deus a cada dia pelo milagre da Vida.
“A vida de Deus está nas mãos de Deus, é Ele quem mantém as pessoas com vida “(Jó 12:10).
O que é a Oração?
É a busca do contato com Deus em nosso interior.
É o suprimento das nossas necessidades internas, para influxo de Seus atributos e Virtudes em nossa parte humana, temporariamente separada, pelos véus dos nossos corpos e veículos, de Sua permanente presença.
Quando orarmos não devemos considerar a prece como uma mera fórmula, de mecânica e insentida repetição.
Não devemos fazer pedidos ao Pai; Ele já sabe tudo o que precisamos, apenas “Adorar e Louvar”.
Quer um exemplo de uma oração perfeita? A Oração do Senhor, o Pai-Nosso.
E quer um exemplo do limite de uma prece para as coisas materiais necessárias para a nossa sobrevivência enquanto estamos vivendo aqui? “O pão nosso de cada dia nos dai HOJE”.
Orar é dar um passo sincero das nossas limitações em direção ao Pai, que sempre nos ouve e nos espera, pacientemente.
Procuremos um lugar calmo, tranquilo onde possamos nos manter também quietos, em oração.
Procuremos nos concentrar em assuntos elevados.
Procuremos nos elevar nas asas do Amor e da Inspiração Divinas, até o Trono do Pai.
Não façamos como os hipócritas que se fazem ser vistos pelas pessoas (muitas vezes até se exaltam para se fazerem ouvir) nas ruas e até em locais fechados; isso só inflará os Corpos de Desejos que logo se esvaziarão, qual fogo na palha.
Elevemos a Deus, nosso Pai, nossos mais sinceros sentimentos de gratidão, por tudo que d’Ele recebemos e por tudo que Ele nos oferece (basta estarmos atentos) e, também, pelo que NÃO recebemos por causa das nossas limitações, das nossas dívidas de destino (especialmente de Destino Maduro), etc.
Enfim, lembremos que Deus sabe o que nos convém e o que merecemos, assim lembremos sempre das palavras de Cristo: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a Vossa”.
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que a pessoa que tem tendência a se suicidar, que procura fugir da vida, quando realiza o ato de suicídio descobre que está mais vivo do que nunca, e que se encontra na mais lastimável condição!
É capaz de observar aqueles a quem, com seu ato, talvez tenham prejudicado e, pior que tudo, tem uma inexplicável sensação de estar “oco”.
A parte da aura ovoide, que geralmente contém o Corpo Denso, está vazia e, ainda que o Corpo de Desejos tenha tomado a forma do Corpo Denso descartado, ele se sente como uma concha vazia, pois o arquétipo criador do corpo persiste, por assim dizer, como um molde vazio na Região do Pensamento Concreto por tanto tempo quanto deveria viver o Corpo Denso.
Quando uma pessoa morre de morte natural, mesmo no vigor da vida, a atividade do arquétipo cessa e o Corpo de Desejos por si mesmo se ajusta para ocupar toda a forma. Mas no caso do suicida, o horrível sentimento de “vazio” permanece até o tempo em que deveria ocorrer a morte natural.
Oração Científica
A Oração Científica é um dos métodos mais poderosos de perceber a Luz que recebemos no Caminho, por nossos esforços para conseguir iluminação.
DEUS É LUZ, e na medida em que nos voltamos para Ele, em oração, a Luz brilhará e iluminará nossa obscuridade espiritual.
Os Irmãos Maiores, desejando nos ajudar, instituíram a oração como um meio de produzir pensamentos elevados e puros para refinar o nosso Corpo Vital.
Todos podemos e devemos trabalhar e orar, auxiliando-nos assim, a subir mais rápido os degraus do Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz.
Para nossa oração diária, cada um deveria ter um certo lugar, “um cantinho” fixo, onde pudesse se sentar em posição cômoda, tranquilo, em quietude, a meditar e orar. Mas sabemos que nem sempre isso é possível, então vamos exercitar para criar um lugar tranquilo na nossa Mente.
Nesse nosso Templo interior pedimos ao Pai por nossa transformação e iluminação para continuarmos no reto caminho espiritual sempre para frente e para cima.
Na Filosofia Rosacruz aprendemos e, também, sentimos essa verdade: “a oração por si só, por mais fervente que seja, não converterá o pecador em santo”, a menos que nossos atos, nossa vida toda, fosse uma constante oração. Mas também sabemos do nosso “destino maduro”, nossas dívidas que temos que pagar. Além de sabermos que “a fé sem obras é morta”. E seria muito cômodo viver somente em oração quando temos afazeres materiais e espirituais a cumprir, que nada mais são do que lições a aprender.
Orar e trabalhar é a nossa condição, assim: “Ore e labore”.
Muitas vezes sentimos uma grande necessidade de ficar só, em oração. É nesse momento que aquietamos a Mente e o Coração e nos elevamos ao Pai.
É-nos assegurado que se executarmos muito bem, e amorosamente, nosso trabalho, por mais pesado que o achemos, nosso fardo se tornará mais leve. Assim nos ensinou o próprio Cristo.
Se fizermos do nosso dia a dia, conscientemente, todas as coisas em nome do Senhor, com pensamentos elevados, serviço ao próximo, sem esperar nada em troca, servir por amor, nossa vida já será uma constante oração, e finalmente um dia escutaremos a voz do Senhor: “muito bem, fiel e bom servo, entra no gozo do Teu Senhor”.
Nós Aspirantes à vida superior, temos três grandes orações que devemos orar cotidianamente:
– Oração do Pai Nosso, a mais bela e perfeita dada por Cristo
– Oração do Estudante Rosacruz
– Oração Rosacruz
Podemos ter certeza: “a oração nos eleva”.
E, como diz o dito popular: “ora que melhora”.
O Bem em Todas as Pessoas
Dentre os pensamentos maravilhosos que compõem o Ritual Devocional do Serviço do Templo, que o Estudante Rosacruz oficia, destacamos o seguinte: “Esforcemo-nos por esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade”.
Estas palavras encerram uma exortação à busca do lado positivo de todos os seres humanos.
Contudo, podemos ir mais além, pois na realidade o ideal é procurarmos vislumbrar o bem em todas as coisas, em todas as pessoas.
Raras vezes percebemos o lado bom das coisas ou dos nossos semelhantes.
É muito mais fácil notarmos as falhas alheias do que ponderar sobre nossos próprios defeitos.
Essa tendência negativa nos coloca, muitas vezes, em atrito com os outros, formando ao nosso redor uma atmosfera de desarmonia.
Cada ser humano renasce num ambiente diferente, passa por experiências também diferentes, o que acentua a sua individualidade.
Então, não temos o direito de querer padronizar o comportamento humano.
Cada ser humano (isso nos inclui) encontra-se num estágio evolutivo.
“Até entre as estrelas existe diferença de esplendor”.
É uma grande injustiça, de nossa parte, exigir de todos que convivem conosco, que fazem parte do nosso dia a dia, um ajustamento aos nossos conceitos pessoais de ética (Só nós temos razão?).
Nem sempre nossos conceitos de bem e de mal correspondem à realidade última das coisas.
Bem é o que nos deleita, mal é o que nos desagrada, não é?
Precisamos de muita cautela ao julgarmos um irmão ou uma irmã.
Lembremos que a tolerância é uma virtude a ser cultivada por quem anela o aprimoramento e crescimento espiritual.
É necessário, porém, que saibamos a diferença entre ser conivente com coisas erradas e pensamentos distorcidos das pessoas. Mas também não é necessário criticar destrutiva e ferinamente. Saibamos dar uma orientação amigável, correta e amorosa para fortalecer e alimentar as boas qualidades alheias, para que as falhas morram por inanição.
A tolerância é um fator de preservação da paz e da harmonia em nosso ambiente, seja onde for.
Se nossas boas intenções e se não formos compreendidos, não busquemos a discussão, a discórdia, a briga. Um erro não justifica o outro.
Se alguém nos decepciona pelo modo como procede, isto não é problema nosso. Ante a Lei de Consequência (ou Lei de Causa e Efeito), cada um responde pelos seus atos.
Todos temos livre arbítrio.
Podemos perfeitamente optar por um curso de ação, porém, colheremos infalivelmente aquilo que plantarmos. Façamos com que a nossa parte termine em amor. Só assim alcançamos a realização final e bem-sucedida de um relacionamento e, com certeza, isso refletirá nos nossos próximos renascimentos aqui!
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes
Resposta: Longe disso! Caíram na tentação em utilizar a facilidade que têm em adquirir recursos financeiros para o prazer e o enriquecimento próprio. E note: tanto a facilidade quanto a tentação (provas) para aprender a lição (ou usando bem a facilidade ou caindo na tentação e procrastinando a aprendizagem para vidas posteriores, aqui em papéis trocados) foram escolhidos por eles próprios no Terceiro Céu. A lição que deixaram de aprender foi de utilizar essa facilidade para ajudar aos irmãos e irmãs que, devido à má gestão dos recursos financeiros em vidas passadas hoje vem com tal dificuldade a fim de aprender pela dor e sofrimento que o caminho do transgressor é duro. Esses irmãos e irmãs que hoje gastam os seus recursos financeiros malbaratamente, em vidas posteriores estarão na situação dos “necessitados”. E os necessitados se aprenderam a lição da dureza do caminho do transgressor, virão com uma disposição enorme em utilizar eficientemente os recursos financeiros que possuem. A nossa volta é fácil ver irmãos e irmãs que vivem com tão pouco e são felizes, tem o suficiente e não se queixam da vida.
Resposta: O motivo disso é porque nós não sabemos, de fato, quem “precisa ser ajudado”, “quem quer de fato ser ajudado”, “e quem já aprendeu a lição que ele mesmo escolheu no Terceiro Céu e que, portanto, não precisa mais da dificuldade, do problema e da doença como instrumento para sua aprendizagem”. Praticaremos uma injustiça, indo contra a vontade de Deus e, pior ainda, invadindo o livre arbítrio do irmão e da irmã. Há muitas pessoas que se você “tirar a doença ou enfermidade” ou morrem, ou voltam piores em caráter do que eram. Lembremos ainda que o sofrimento e a dor são os melhores professores para aprendermos uma lição – que escolhemos aprender e esquecemos – e que agora insistimos em procrastinar. Só quem sabe disso? Os Anjos do Destino que dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento…e estão acima de todos os erros. Nós, aqui, somos meros Auxiliares Visíveis tentando ser Conscientes. Desenvolvendo-se, chegaremos a ser Auxiliares Invisíveis Conscientes. Aí sim teremos maiores oportunidades em saber quando “é a hora de ajudar e resolver” e quando “é a hora de curar”. Até lá sigamos servindo, ajudando e gerando pensamentos-formas a serem utilizados pelos Irmãos Maiores.
Resposta: O respeito ao livre arbítrio é uma lei divina. A todos devem ser respeitadas. Se um ser humano ainda não compreendeu que a força sexual criadora é sagrada, advinda diretamente do Espírito Santo, e se satisfaz gastando-a para gratificar seus sentidos, ele tem todo o direito de gastá-la, mas terá o dever de responder à Lei de Consequência: pecado que não pode ser expiado e deverá ser pago com dor e sofrimento (restrições nos órgãos geradores sexuais, laringe e cérebro com doenças e enfermidades correlatas: é o fogo de Deus queimando as cristalizações que insistimos em manter nos nossos Corpos, o Templo de Deus). Aos Anjos do Destino cabem executar sua função, quando de uma relação sexual resultar em fecundação, e no demais aguardar a vontade de cada ser humano em não mais gastar a força sexual criadora para gratificação dos sentidos. Eles estão evoluindo e têm muitas outras coisas para fazer e aprender. Com toda certeza do mundo, nós não os atrapalhamos!
Resposta: Exatamente como a nossa: evoluindo em um Esquema de Evolução, em uma Obra de Evolução e em um Caminho de Evolução, nesse Grande Dia de Manifestação do Deus do Sistema Solar. Só que com lições diferentes, Corpos mais evoluídos do que os nossos e alguns Corpos e veículos que não temos (porque não temos, ainda, lições para aprender e que precisem deles). Seus objetivos nesse atual Esquema de Evolução também são diferentes dos nossos. No entanto, o meio de evoluir é exatamente igual ao nosso: por meio do serviço amoroso e desinteressado. Cada um prestando serviço para diferentes ondas de vida abaixo da dos deles: Anjos com Vegetais, Animais e Humanos; Arcanjos com Animais e Humanos e Senhores da Mente somente com Humanos. Além de trabalharem com ondas de vida superiores a eles, onde, também são “Estudantes”.
Resposta: Como indicado no livro Conceito Rosacruz do Cosmos e em Princípios Ocultos de Saúde e Cura o leite é o alimento que mais contém Éter de Vida. Sem dúvida ainda é um alimento que necessitamos para manter o nosso “Corpo São” e assim completarmos a tríade do lema Rosacruz: “Corpo São, Coração Nobre, Mente Pura”. Acontece que devido à ganância e exploração comercial temos que tomar todo o cuidado no leite que consumimos. Além das coisas nada boas que adicionam ao leite e que o torna muito mais prejudicial do que um alimento, há a exploração dos nossos irmãos menores para a sua produção: vaca, cabra e outros irmãos menores que podem produzir o leite que consumimos. Aí entra o discernimento do Estudante Rosacruz e o seu serviço amoroso e desinteressado para com os irmãos, inclusive os irmãos menores: consumir leite somente dos irmãos menores que sabemos que não são explorados, cujo leite somente é retirado devido ao próprio processo natural de produção: úberes cheios, necessidade de esvaziá-los, pois podem até causar dores aos irmãos menores, além de outros problemas. Sim, é um trabalho difícil. Exige sacrifício do Estudante Rosacruz (especialmente nas ditas “cidades grandes”), mas é justamente esse um dos motivos de um irmão ou irmã querer ser um Estudante Rosacruz de fato, real e fazendo a diferença que tanto aspira. Por último: não consegue encontrar tal tipo de leite? “Não tem tempo”? então, simplesmente não consuma leite!
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Fevereiro: 05, 12, 19, 26
“Cure-me, Senhor, e serei curado; salve-me e serei salvo, pois você é aquele que eu louvo” (Jeremias 17:14)
Do silêncio uma voz sussurrou: “Você ainda não aprendeu que qualquer coisa grande e boa que foi dada à Terra nunca pode ser perdida? Seu sonho daquele puro e perfeito amor de alma por alma destrancou os portões do Céu, e no esplendor de sua luz você verá, através dos próximos anos, o amor nos corações dos homens e das mulheres se tornando uma coisa sagrada. O animalesco será elevado ao celestial e o sensual tornará divino. Mesmo que você deva sempre seguir seu caminho sozinha, seu coração encontrará paz em saber que o ideal que a sua alma acalentou ao longo dos anos solitários deve, um dia, se tornar real nos corações da humanidade”.
Quando a voz cessou, o jardim ficou muito quieto e parecia envolto em fragrância. Maravilhosa, a Mulher do Coração Cansado abriu os olhos e olhou a sua volta. O lugar que há muito era frio e estéril estava coberto com uma massa maravilhosa de Imortelles, a flor do despertar da alma. Leia mais aqui: Imortelle – A Flor da Alma.
Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. Assim como o indivíduo aprende a compreender e comemorar o mistério da mudança das estações, assim também os Anjos sabem e mantêm vigília sagrada nesses tempos sagrados. Entretanto, sempre devemos lembrar que a Onda de Vida Angélica atinge um plano muito mais elevado de consciência espiritual do que o ser humano. Consequentemente, os Anjos conhecem um significado mais profundo e recebem um influxo maior de êxtase espiritual na época dos quatro festivais solares sazonais.
É muito recomendável entre nós, Estudantes Rosacruzes, o hábito de orar às refeições. Compreendemos o simbolismo do “pão e do vinho” da sagrada ceia: tudo o que resulta como alimento sólido e líquido, do influxo de vida que Cristo deixa em cada ano de Seu sacrifício na Terra, é Seu sangue que bebemos e Seu corpo que comemos.
Daí a reverência por nós devidos à mesa, pois sabemos que dentro de um alimento, de propriedades químicas, há também a Vida que é o próprio Cristo.
A hóstia deriva dessa ideia e é feita de trigo, porque o trigo não é encontrado em estado nativo e teria sido trazido a Terra pelos Senhores de Vênus, representando bem o que é de origem superior. Por isso é usado na Bíblia repetida vezes, como “encher os celeiros de trigo”, ou seja, acumular o ser humano de bens; “separar o joio do trigo”, ou seja, separar o bem do mal; etc. A hóstia só é dada na comunhão com o Cristo, após nos havermos purificado para recebê-lo dignamente no tabernáculo do nosso corpo.
Eis porque devemos, em conjunto com nossa família, nos habituar a orar às refeições. E para completar o ambiente uma música suave e pura, enquanto todos comem em silêncio ou falando baixinho sobre coisas alegres ou elevadas.
São diversas vantagens ao mesmo tempo: calma ao comer, mastigar bem, reverência e gratidão pelo alimento, bom exemplo aos que nos visitam, formação religiosa dos filhos, etc.
Cada um fará como melhor achar. Podem-se colocar uma música suave e pura (não emocional) uns 5 minutos antes das refeições; recomenda-se aos filhos (uma vez mais, pois a repetição faz o hábito) para comer devagar, insalivando e mastigando bem, explicando a razão científica; depois em rodízio cada dia, um dos presentes lê a seguinte oração por nós ideada, pausadamente, acompanhada mentalmente pelos demais:
PRECE ÀS REFEIÇÕES
Nós Te agradecemos SENHOR, por esse alimento.
Por ele, em qualquer tempo e lugar, a Santa CEIA se repete novamente, pondo-nos em comunhão com TEU CORPO e TEU SANGUE.
Abençoa, pois, a nossa refeição e ajuda-nos a assimilar a vida que é a TUA VIDA compenetrando tudo, bem como a santificá-la, empregando-a no que seja realmente verdadeiro, belo e bom a serviço da humanidade.
Também TE pedimos SENHOR, por todos os que abusaram de TUAS dádivas e hoje, sob a Lei de Causa e Efeito, não tem o que comer.
Assim seja!!
Entre as várias instruções que são dadas pela Filosofia Rosacruz encontramos sempre as que nos dizem: “orar constantemente” – “Estar receptivo à Força Curadora do Pai” – “Faça-se a Tua Vontade e não a minha“.
Quando nos é dito: “Orar constantemente“, compreendemos ser uma referência ao alimento que devemos dar ao nosso Cristo Interno, o Cristo que habita em nós. O eterno que está dentro de nós deve ser alimentado com o nosso trabalho diário; com a responsabilidade pelos deveres assumidos; com amor, perdão e alegria; com o encanto para o bem; com o respeito aos Reinos da natureza; com o cultivo das artes; com os sentimentos positivos: com o conhecimento aplicado; com todas as manifestações de bens.
Quando nos é dito: “Estar receptivo” compreendemos ser uma referência para estarmos abertos, preparados, dispostos para receber a Força Curadora do Pai. Para que o Sol entre em um ambiente é necessário abrir a janela, assim como para receber um cumprimento é, necessário, estender e abrir a mão. É o estar receptivo a algo que nos vai favorecer, que realmente desejamos – é o esforço que temos de fazer, é a nossa própria participação no caso.
Quando nos é dito: “Faça-se a Tua vontade e não a minha”, estamos pondo toda a nossa fé e confiança na Sabedoria do Pai, pois não sabemos os desígnios que nos foram reservados e o porquê do nosso sofrimento; mas sabemos que em todo o mal há sempre um bem em gestação e a força do nosso pedido, a sinceridade das nossas intenções podem, muitas vezes, modificar uma condição de sofrimento.
A força que nos leva a Deus é a Fé e o ato de integrar-se na espiritualidade é um ato tranquilo, de puro amor e confiança. O processo é interno e íntimo.
Deus é amor e através d’Ele é que atingimos a plenitude de nossa consciência e de nossa evolução.
Que a Paz de Deus e as doces bênçãos divinas encontrem em cada um de nós, a receptividade e o alimento para permanecerem.
(Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de outubro/1985)
O lugar da oração é de vital importância, por uma razão que a maioria das pessoas desconhece, até mesmo entre os Estudantes Rosacruzes. Ei-la: cada oração, seja falada ou meditada, cada canto de louvor ou de rogo e cada leitura sentida das passagens dos Evangelhos, quando são feitas por uma pessoa cuidadosamente preparada, que ame e viva o que lê, derramam sobre os presentes e sobre o lugar da oração a graça do espírito. Desse modo, com o tempo se constrói, ao redor e dentro do edifício físico, um templo invisível que, no caso de uma fraternidade como a nossa, constituída de pessoas idealistas, esclarecidas e de nobres sentimentos, aparece aos olhos clarividentes com uma transcendental beleza de colorido e de formas, além de tudo o que podemos imaginar e que desafia toda a descrição: uma egrégora.
Mansón, em sua obra “O Servidor na Casa” nos fornece apenas uma pálida ideia do que descrevemos, quando diz ao velho bispo: “receio que não possas abarcar nem conceber esse templo, como um conjunto substancial. É preciso ser visto de maneira especial e sob determinadas condições. Algumas pessoas não nos veem nunca. Deves compreender que ele não é um montão de pedras inertes ou de madeiras sem significado: é uma COISA VIVENTE.
Quando nele entrares, ouvirás um som, um som como de um grande poema cantado. Se te detiveres um momento a escutar, saberás que esse som é produzido pelo vibrar de corações humanos, a música sem título das almas humanas, mas, só a ouvirás se tiveres ouvidos. Se tiveres olhos, verás o próprio templo, um fenômeno espelhante de muitas formas e sombras, saltando retas do solo à cupula, obra de um construtor extraordinário. Suas colunas se erguem como robustos peitos de atletas, a doce carne humana amolda seus fortes e inexpugnáveis baluartes. Rostos infantis sorriem de suas pétreas reentrâncias, as soberbas cornijas e arcos do templo são as mãos unidas de muitos companheiros identificados no mesmo ideal e acima, nas alturas e nos espaços vazios, estão escritos os inumeráveis sonhos e anseios por nós concebidos para um mundo melhor, de fraternidade real. A construção desse Templo continua sem descanso, sempre acrescido de algum detalhe. Algumas vezes, o trabalho prossegue em profunda obscuridade, outras vezes, sob ofuscante luz, ora sob o peso de inexprimível angústia, ora ao som de estrepitoso riso e heróicos vivas, semelhantes ao fragor de trovões. Algumas vezes, durante a noite, pode-se ouvir o silencioso martelar dos companheiros que trabalham na cúpula: são os que saltaram adiante, os que evoluíram mais na senda.”.
Mas, esse invisível edifício não é meramente um lugar maravilhoso, como um palácio de fadas, criação da fantasia de um poeta, é uma COISA VIVENTE, como disse Mansón, vibrando com a força divina, de imensa ajuda a todas as pessoas ali reunidas.
Este Templo ajuda cada pessoa presente que a ele se afina, impregnando sua aura, tornando-a uma “Casa de Deus”, porque lhe ajusta os veículos perturbados das caóticas vibrações do mundo.
Quando, pois, ficamos em verdadeira atitude de oração, não externa e aparente, mas em íntima consonância com nossos ideais, ajudamo-nos a nós mesmos a ascender ao trono da graça divina e ali depositar nossa prece e adoração, que atrairão do Pai uma nova benção espiritual na amorosa resposta: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo”.
Semelhante lugar de oração é essencial para uma oração científica e aqueles que têm o privilégio de participar de tais reuniões devem sempre ocupar o mesmo lugar, porque assim infundirão na cadeira ou no lugar do banco suas vibrações espirituais, adaptando de tal maneira seu ambiente que, mais facilmente do que em outra qualquer parte, obterão os resultados de elevação.
Infelizmente, tais lugares de oração escasseiam, pois a oração cientifica exige um real santuário. Não pode haver nele, nem em suas proximidades, ruídos e nenhuma conversação profana, porque isso altera suas vibrações, as vozes devem ser silenciosas e reverentes as atitudes, todos os assistentes devem ter presente que estão num lugar santo e agir de acordo.
Além do que expusemos, devemos acrescentar que o poder da oração coletiva aumenta a cada novo congregante, de modo extraordinário, em progressão geométrica, desde que os participantes estejam na devida harmonia e acostumados à oração em comum, sucedendo precisamente o contrário, se houver desarmonia vibratória.
Talvez um exemplo esclareça a questão. Suponhamos que um certo número de músicos que jamais tocaram em conjunto e não dominam os respectivos instrumentos fossem fazer um concerto. Não é necessário ter imaginação perspicaz para compreender que seu primeiro intento seria seguido de completo desacorde. O mesmo ocorreria se um aficionado se metesse numa orquestra, por boa que fosse, e se pusesse a tocar: malgrado suas melhores intenções, alteraria a harmonia do conjunto.
Idênticas condições científicas regem a oração coletiva. Para que seja completa, eficiente, é necessário ter em conta o lugar do templo e harmonia entre os participantes.
Para isso, futuramente, reuniremos no templo a ser construído, grupos diferentes de pessoas previamente preparadas, que tenham as mesmas influências harmoniosas em seus horóscopos.
Esclarecemos que, se uma aflição astrológica de um horóscopo achar-se no Ascendente de outro, isto é, se um Estudante Rosacruz tiver um Aspecto adverso em seu tema e esse mesmo Aspecto também estiver no Ascendente astrológico do outro Estudante Rosacruz, essas duas pessoas não deverão fazer, juntas, as preces coletivas, pois não tirarão proveito individual e prejudicarão o resultado global. Ainda que os dois dominem regularmente as tendências astrais e, como Espíritos desenvolvidos, vivam em paz, estarão faltos de harmonia básica absolutamente essencial para uma oração coletiva cientificamente realizada. Só a Iniciação de um deles anulará essa divergência.
Com esse planejamento, visando à prestação de maiores serviços futuros, incentivamos os Estudantes Rosacruzes a que façam os “cursos por correspondência” (Filosofia, Astrologia e Bíblia Rosacruz), para ficarem a par dos pormenores desse vital assunto e possam participar ou organizar, em seus lugares, verdadeiros templos, selecionando, ademais, em grupos afins, companheiros para realizarem autênticas orações coletivas, com resultados surpreendentes.
(Publicado no Encontro Rosacruz da Fraternidade Rosacruz de Santo André-SP de outubro-novembro/2004)
Os Bosques da Alegria
No onírico, de acordo com nossas visões ocidentais – e muito pouco prático no oriente, onde, em geral, os sentimentos profundamente religiosos das pessoas superam em muito o instinto material – o sonho, às vezes, se materializa da maneira mais surpreendentemente prática.
Por muito tempo e em muitos lugares o mais pesado da viagem era e ainda é realizado de maneira primitiva, a pé ou por animais de carga, que auxiliam no tráfego das trilhas e, frequentemente, ao longo do caminho o viajante cansado encontra um “Bosque da Alegria”; um grupo de árvores com uma pequena casa onde, como um dever religioso, uma refeição gratuita é fornecida para o ser humano ou animal pelas pessoas da vizinhança que, assim, discretamente dão do seu escasso estoque para que seu irmão possa ser revigorado, descansar e se recuperar para começar de novo a próxima etapa da sua jornada. Que sensação deve ser a de gratidão e alegria, de descanso e alívio sentida pelo ser humano e pelos animais, quando entram em tal lugar, após um dia na poeira, na claridade e no calor da estrada e que atmosfera de altruísmo deve haver ali, para incalculável benefício espiritual tanto do doador quanto do receptor, do benfeitor e do beneficiário! Por outro lado, que calamidade seria se a maioria dos viajantes dessas rodovias e atalhos ficasse cega pela poeira da estrada ou pelo brilho do sol, de modo que não pudesse ver esses Bosques da Alegria. Quanto eles perderiam! Quão dura e quão difícil seria sua jornada!
Nossa vida, aqui na Terra, é uma grande jornada do berço ao túmulo e, como Jó diz: “O homem que nasceu da mulher tem poucos dias e tem muitos problemas”. Mesmo aqueles entre nós que vivem em ambiente mais abrigado têm tristeza e sofrimento, às vezes. O que dizer, então, daqueles infelizes que são assediados por provações e tribulações todos os dias de suas vidas? Todos nós temos que suportar aflições físicas em alguma medida; alguns sofrem aflições mentais ou morais; alguns sofrem com a perda ou desgraça de entes queridos; nenhum de nós está livre das cicatrizes da tristeza que, às vezes, marcam a alma até o âmago do nosso ser. Alguns ficam desapontados com suas ambições para si ou para os outros, após uma vida de sacrifício, e partem para a sepultura caindo de decepção; tudo isso porque estamos cegos pela poeira, pelo brilho da clareira e permitimos que o espectro da tristeza obscureça os Bosques da Alegria que estão ao longo da estrada da vida, repletos de altruísmo e prontos para nos receber, removendo dos nossos olhos o brilho e o charme, para encher nossa alma de alegria e nos enviar rejuvenescidos e alegres pelo caminho, deixando claro que não estamos caminhando para a sepultura, mas para Deus, o doador de tudo o que é bom.
A vida é uma corrida; porém não é de forma alguma uma corrida de cem metros que pode ser realizada em um único momento por um jato de energia. É um teste de resistência e, portanto, devemos perceber que seja um erro fatal estabelecer um ritmo mais rápido do que podemos manter. É também uma regra bem estabelecida que em uma corrida devemos deixar de lado todo peso que não seja absolutamente necessário e, se aprendermos a nos apressar lentamente, provavelmente viveremos mais e aprenderemos mais, porque seremos menos prejudicados pela poeira da tristeza e pelo clarão da ilusão. Se pararmos para visitar os Bosques da Alegria — onde a sombra protetora da Religião alivia nossos olhos cansados do brilho gerado pela ilusão daquilo que o mundo valoriza e mostra os verdadeiros padrões de amor e luz, onde podemos viver perto dos riachos de alegria para nos lavar do pó da tristeza que nos oprime, atrapalhando nossa corrida, e lançar nossas preocupações n’Aquele que cuida de nós, conforme mostrado por Seu convite, “Venham todos vocês que estão cansados e sobrecarregados e Eu vou dar-lhes descanso”, — então nos sentiremos, ah, muito mais leves! Nossos pés serão calçados com as asas do vento e caminharemos sustentados pela força adquirida nos Bosques da Alegria. Então seremos capazes de realizar uma obra maior no mundo.
Não é perda de tempo começar o dia com oração, louvor e adoração a Deus, o doador de todo bem, não importa o quão apressados possamos estar. O tempo investido nesse propósito logo será compensado pela suave elevação que levaremos conosco por esta comunhão com nossa Fonte e nossa Meta. Não é necessário recorrer ao nosso Pai quando estivermos cansados, exaustos, fatigados com o trabalho e as preocupações do dia. Devemos dormir mais profundamente, descansar e nos recuperar melhor. Geralmente somos muito religiosos em nossa observância dos momentos em que o alimento é servido para a restauração do ser humano físico; mas “o homem não vive só de pão” e não importa quão suntuosa seja nossa comida, morreremos de fome se não visitarmos o Bosque da Alegria, onde nosso Pai espera pelos errantes, pronto com o pão do estímulo espiritual para banir o cuidado embotado e reavivar o espírito que se afunda. Nossa é a perda, se permitirmos que a poeira e o brilho da estrada da vida nos ceguem e não passemos por essas casas de repouso; nosso é o ganho, se muitas vezes nos afastarmos do caminho da dor para comer o pão da vida nos Bosques da Alegria.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de set/1918 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
Pergunta: Lembra-se de Outram Court, um ex-estudante que cometeu suicídio? Bem, deixei completamente de pensar nele, pois acreditava estar seguro, onde se encontrava. Mas um dos meus colegas me contou que assistiu a uma sessão espírita em uma dessas noites e que Outram Court se apresentara. Para provar sua identidade ele insistia em falar inglês, embora também soubesse espanhol; como nenhum dos presentes entendia inglês, houve um atraso até que encontrassem um espírito conhecedor de ambas as línguas. Outram disse que ainda estava vivendo na casa do meu vizinho, onde se matara; estava sofrendo as torturas da fome e queria que lhe dessem comida. Mais tarde, durante a entrevista, passou a falar espanhol.
Desejo saber o que posso fazer. O pior é que não consigo me lembrar de coisa alguma que acontece durante o meu sono. E desejo tanto lembrar! O que posso fazer?
Resposta: Esta questão abre o vasto assunto da transição anormal para o além, tanto por acidente como por desígnio, juntamente às sensações experimentadas pelas pessoas que passaram pela porta da morte, que se comunicam através dos médiuns e pelo fato curioso que muitas das pessoas que chamamos de mortas não têm consciência de ter perdido seus corpos físicos.
Para elucidar a questão é necessário mencionar primeiro alguns fatos que dizem respeito ao ser humano e ao mundo em que vivemos. A observação diária, tanto quanto as pesquisas científicas, provam que a matéria existe e que se movimenta em condições que não podemos ver. A água evapora devido ao calor do Sol e se condensa novamente em forma de chuva. O Éter é tão necessário para transmitir a luz e a eletricidade como o ar, para a transmissão do som. O vento invisível, que é o ar em movimento, é tão seguramente uma força cósmica quanto a eletricidade, que se move no reino ainda mais sutil do Éter. Resumindo, estamos cercados por Mundos invisíveis de força e matéria que são tão real como o Mundo que conhecemos através dos nossos sentidos físicos.
Ao mesmo tempo que comemos as substâncias provenientes deste mundo denso, que é a Região Química do Mundo Físico, para sustentar os nossos corpos visíveis, assimilamos certa quantidade de matéria pertencente aos Mundos invisíveis, o que forma um revestimento para o Espírito, quando ele abandona o envoltório mortal. “O vento sopra onde quer e ouvimos a sua voz; mas não sabe de onde ele vem nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do Espírito”.
Sob condições normais, a saída do Espírito do corpo já inútil pode comparar-se à queda da semente da fruta madura. Mas quando o Espírito rompe a ligação antes do tempo previsto para a colheita através da morte, o veículo espiritual imaturo não pode ascender aos reinos superiores. Fica pairando nas proximidades do local que frequentava, tão ávido pelo sustento físico quanto a semente bruscamente arrancada da fruta verde. Pela própria natureza das coisas, a vontade não pode ser gratificada e uma intensa sensação de fome provocará no suicida o mais doloroso suplício. Às vezes, consegue um breve e temporário alívio, ao inalar os aromas de pratos muito condimentados.
Além do mais, da mesma forma que a polpa adere ao caroço quando este é arrancado violentamente da fruta ainda verde, alguns dos Éteres inferiores, e mesmo gases do corpo morto, aderem aos veículos superiores do suicida, ficando ele quase em um estado material, suscetível às sugestões grosseiras e sensuais em uma proporção não sentida pelas pessoas, enquanto estão no Corpo Denso. Se sua natureza é tal que sente prazer nisso, ele poderá afundar no mais profundo lamaçal do inferno, com grande prejuízo para seu bem-estar espiritual. No entanto, se tem aversão pelo que é grosseiro e sensual, a atmosfera de bestialidade na qual o suicida se encontra chocará a sua sensibilidade na proporção do seu refinamento, como muitos já expressaram ao autor. Disseram que o inferno ortodoxo, com o seu demônio, seria uma diversão suave, se comparado com o que sentiram. Alguns descrevem a dor, que comparamos a uma fome permanentemente insatisfeita ou uma dor de dentes que é persistente e latejante, mas que é sentida no corpo todo, ao invés de limitar-se à região dental.
A experiência de Outram Court confirma os ensinamentos anteriores dos Rosacruzes. Ele ainda está apegado à Terra, na mesma casa onde viveu, e o seu Corpo de Desejos evidentemente permanece muito denso, tão denso que, às vezes, ele não pode compreender que já morreu, vendo claramente o Mundo Físico e as pessoas; provavelmente senta-se à mesa com elas e tenta compartilhar o seu alimento, ou pelo menos o seu aroma. Não devemos estranhar que frequente as reuniões espíritas desses camaradas, pois essas pessoas estão em um estágio inferior de desenvolvimento, são muito sensuais e praticam, sem que estejam conscientes, a magia negra sob o pretexto de entrar em comunicação com os espíritos.
Há duas maneiras de ajudar tal Ego: uma é por comunicação direta com ele, à noite, usando a razão para lhe mostrar que ele está cometendo um erro que irá prejudicá-lo no futuro. Aconselhá-lo a suportar a dor pacientemente, até que o arquétipo sucumba na época em que deveria acontecer a sua morte. Podemos ou não ser bem-sucedidos, mas vale a pena tentar. Se o autor da carta estiver consciente a respeito do que lhe acontece à noite, poderia ter ido discutir o assunto com Outram Court exatamente como o faria, caso ambos se encontrassem no Corpo Denso. Apesar de não ter essa consciência, nada o impede de ajudá-lo. É a vontade que determina as nossas ações tanto lá como aqui e, se o consulente fixar de modo firme o seu pensamento, antes de dormir, no objetivo desejado, preparando-se com argumentos e concentrando todo o seu ser para ajudar Outram Court, este pensamento, o último antes do adormecer, será também o primeiro a penetrar nos Mundos invisíveis onde os que dormem e os que falecem encontram-se e conversam. Este pensamento passa a ser um tipo de “ideia fixa” que o acompanhará durante a noite, excluindo todos os outros pensamentos e desejos; sem dúvida, os resultados serão benéficos.
Outro método, para aqueles que não estão treinados na Concentração, é a Oração. Esse é um método apropriado para o presente caso, pois a atitude da prece frequentemente atua como um guia para essa pessoa e causa mudança no seu estado mental, o que a favorece espiritualmente. Então, os pensamentos-forma da oração tomam o lugar do Auxiliar Invisível. No entanto, são muito facilmente postos de lado, o que não os torna tão eficientes, e não podem emitir argumentos.
Aconselhamos sempre uma combinação desses dois métodos para os que não estão suficientemente treinados. Rezem pela pessoa que querem ajudar, estejam dentro do corpo ou fora dele, vivos ou mortos. Pensem no que gostariam de lhes dizer, antes de adormecer. Quando cruzarem a “Terra do Sonho”, se não estiverem ainda conscientes e não puderem interceder nem argumentar, seus sentimentos a respeito causarão alguma impressão e, se sustentados por algum tempo, o efeito será certamente perceptível.
Nosso amigo diz na sua carta que a mãe de Outram Court não compreendeu que ela própria já estava morta. Ninguém que tenha perdido o Corpo Denso pensa em si mesmo como “morto”. Na realidade, os chamados “mortos” se sentem muito mais vivos do que nós. Quando falecem normalmente, não sentem a doença nem a dor. Portanto, não podemos esperar que adotem o nosso ponto de vista, que é considerar o Corpo Denso como sendo o próprio ser humano, quando esse corpo é apenas uma vestimenta que usamos e gastamos. Suas consciências estão inteiramente focalizadas nos seus corpos espirituais, não tendo qualquer recordação do denso veículo que descartaram. Por outro lado, o suicida sente a cada momento a sensação de fome provocada pelas tentativas do corpo arquetípico de atrair para si matéria física. No entanto, sua sensação de não estar morto tem uma origem bem diferente da sensação similar da maioria daqueles que vivem agora nos Mundos invisíveis.
(Pergunta nº 11 em uma carta endereçada a Max Heindel, de Porto Rico, publicada no Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 2″ – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Pergunta: Como devemos concentrar-nos para ajudar os que estão no outro mundo? Será permanecendo em silêncio e enviando-lhes pensamentos amorosos e de ajuda?
Resposta: A faculdade de emitir um pensamento e o poder que esse pensamento tem para cumprir o propósito pelo qual foi enviado, dependo da nitidez do pensador no visualizar aquilo que deseja realizar. As escolas comuns de ocultismo, particularmente as que seguem as linhas do pensamento oriental, aconselham o método de concentração em que os pensamentos se localizam num único ponto, da mesma forma que os raios do sol são concentrados numa lente de aumento. Assim, suas ações concentram-se da mesma forma que os raios do sol queimam quando enfocados. O pensamento também cumprirá invariavelmente o seu objetivo quando concentrado numa intensidade suficiente.
No entanto, precisa-se de um longo treinamento para aprender a proceder assim. Há pouquíssimas pessoas no ocidente capazes de dirigir os seus pensamentos para um determinado propósito. A Religião ocidental, reconhecendo essa inaptidão, ensina outro método muito mais eficiente que a concentração, ou seja, a oração.
Se desejarmos ajudar aqueles que se retiram do seu corpo, podemos orar sinceramente pela sua felicidade e para que possam aprender inteiramente as lições desta vida por meio das suas experiências no Purgatório e no Primeiro Céu. Dessa forma, teremos feito muito mais por eles do que tentarmos o método frio e intelectual da concentração. A postura do corpo tem muito a ver com a intensidade da prece. Se a posição ajoelhada facilitar o ato, tal posição poderá ser adotada. Por outro lado, segundo Emerson:
“Embora teus joelhos nunca se dobrem,
De hora em hora ao céu tuas preces sobem,
E sejam elas para o bem ou para o mal formuladas,
Ainda assim são respondidas e gravadas”.
Assim, a postura do corpo durante o ato da prece é secundária, exceto quando se pretenda dar maior intensidade às nossas súplicas. É esse fervor que torna a oração eficaz.
(Pergunta nº 63 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Pergunta: Quando oramos para o Cristo as nossas preces realmente o alcançam, ou são respondidas, ou recebidas por um ser menos elevado?
Resposta: Aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que uma das funções do grande Ser ao qual conhecemos como Cristo – o maior de todos os Arcanjos, o mais elevado Iniciado do Período Solar, o Deus-Filho -, o Espírito Planetário da Terra, é de impregnar nosso Planeta com Sua vida e abastecer a atmosfera com Suas vibrações espirituais, para estimular a humanidade na sua evolução espiritual.
Há uma ligação direta entre cada indivíduo disposto a Viver uma Vida seguindo os Seus ditames e o Espírito de Cristo.
Essa ligação é mantida pela formação do Corpo-Alma, o veículo composto pelos dois Éteres Superiores do Corpo Vital (o Éter Luminoso e o Refletor).
O Corpo-Alma é o produto do altruísmo, do serviço, da pureza e da aspiração espiritual. Os Éteres que o compõem estão em correlação direta com o Mundo do Espírito de Vida, o lar espiritual do Cristo (onde ele trabalha e vive cotidianamente, como nós, quando renascidos aqui, vivemos cotidianamente no Mundo Físico).
Dessa forma o Ego que consegue constituir o seu Corpo-Alma liga-se em correlação direta com o Espírito de Cristo.
Quando oramos para o Cristo, oramos, na realidade, ao Espírito de Cristo dentro de nós, o segundo aspecto do Tríplice-Espírito, ou Ego Superior.
A oração evoca, às vezes, a ajuda de Seres Superiores, que vem auxiliar a pessoa suplicante.
Devemos lembrar, porém, que a oração científica consiste de glorificação e adoração.
Como disse Max Heindel: “Quando oferecemos orações de agradecimento e louvor, colocamo-nos numa posição favorável em relação à Lei de Atração, e estamos num estado de receptividade que permite que possamos receber uma maior dádiva do Espírito do Amor e da Luz”
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de Novembro/1974)