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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook: Curso para Auxiliar o Exercício de Concentração

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – Prefácio
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 1ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 2ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 3ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 4ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 5ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 6ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 7ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 8ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 9ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 10ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 11ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 12ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 13ª Lição
Curso para Auxiliar o Exercício de Concetração – Organizado por Ger Westenberg – 14ª Lição
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Magnetismo, as Polaridades Astrais, a Cura e os Relacionamentos Conjugais

Quando estudamos o magnetismo, estamos lidando com uma força invisível e normalmente podemos, na melhor das hipóteses, afirmar a forma como ela se manifesta no Mundo Físico, como é o caso sempre que lidamos com qualquer força. O Mundo Físico é o mundo dos efeitos; as causas estão escondidas da nossa vista, embora estejam mais próximas do que nossas mãos ou pés. A força está ao nosso redor, é invisível e vista apenas pelos efeitos que produz.

Se pegarmos um prato com água, como ilustração, e deixá-lo congelar, veremos uma miríade de cristais de gelo, belas figuras geométricas. Essas mostram as linhas ao longo das quais a água foi congelada; são linhas de força que estavam presentes antes que água congelasse; mas eram invisíveis até que as condições apropriadas fossem fornecidas e elas se tornassem manifestas.

Da mesma forma, existem linhas de força entre os dois polos de um ímã; elas não são vistas nem sentidas até que tragamos ferro ou limalha de ferro para o lugar onde elas estão; então elas se manifestarão organizando as limalhas em um padrão ordenado. Ao criar as condições apropriadas, podemos fazer com que qualquer uma das forças da natureza mostre seus efeitos — movendo nossos carros, carregando mensagens na velocidade da luz por milhares de quilômetros etc. —, mas a força em si é sempre invisível. Sabemos que o magnetismo viaja sempre em ângulo reto em relação à corrente elétrica com a qual se manifesta; sabemos a diferença entre as manifestações da corrente elétrica e da corrente magnética, tão dependentes uma da outra, mas também nunca vemos; embora sejam os servos mais valiosos que temos hoje.

O magnetismo pode ser dividido em magnetismo “mineral” e “animal”, embora na realidade sejam apenas um; mas, o primeiro tem muito pouca influência sobre o tecido animal, enquanto o último é geralmente impotente no trabalho com minerais.

O magnetismo mineral é derivado diretamente das magnetitas, que são usadas para magnetizar o ferro; esse processo confere ao metal, assim tratado, a propriedade de atrair o ferro. Esse tipo de ímã é muito pouco usado pois seu magnetismo se esgota, porque é muito fraco em relação ao seu volume e, principalmente, porque a força magnética não pode ser controlada em um ímã chamado “permanente”.

O eletroímã também é um ímã mineral. É simplesmente um pedaço de ferro enrolado em muitas voltas de fio elétrico; a força do ímã varia conforme o número de voltas do fio e a força da corrente elétrica que passa por ele.

A eletricidade está ao nosso redor em um estado difuso, sem uso para fins industriais até que seja comprimida e forçada através de fios elétricos por poderosos eletroímãs. Devemos ter magnetismo em primeiro lugar antes que possamos obter qualquer eletricidade. Antes que um novo gerador elétrico seja iniciado, os “campos”, que nada mais são do que eletroímãs, devem ser magnetizados. Se isso não for feito, eles podem girá-lo até a rachadura da destruição, na velocidade que quiserem, e ele nunca acenderá uma única lâmpada ou moverá um grão de peso; tudo depende do magnetismo estar lá primeiro. Depois que esse magnetismo for iniciado, ele deixará um resíduo, quando o gerador for desligado, e esse chamado “magnetismo residual” será o núcleo de força a ser construído cada vez que os geradores forem reiniciados.

Todos os Corpos Densos de planta, animal e ser humano não passam de “mineral” transformado. Em primeiro lugar, todos eles vieram do Reino mineral e a análise química dos Corpos Densos das plantas, dos animais e dos seres humanos revela esse fato além de qualquer objeção. Além disso, sabemos que as plantas obtêm seu sustento do solo mineral e tanto o animal quanto o ser humano estão “comendo mineral” quando consomem plantas como alimento; mesmo quando o ser humano come os animais, ele está comendo compostos minerais e, portanto, obtém com seu alimento tanto as substâncias minerais quanto a força magnética que elas contêm.

Essa força é o que vemos se manifestando como a hemoglobina, a matéria vermelha do sangue, que atrai o oxigênio vital quando entra em contato com ele nos milhões de minúsculos capilares dos pulmões, separando-se quando passa pelos capilares, que, por todo o corpo, conectam as artérias e as veias. Por que isso é assim? Para entender devemos nos familiarizar um pouco mais com a forma como o magnetismo se manifesta nos usos industriais. Há sempre dois campos, ou um múltiplo de dois campos, em um gerador ou motor — cada campo alternativo ou ímã sendo “polo norte” e todos os outros, “polo sul”. Se desejamos operar dois ou mais geradores “em múltiplo” e forçar a eletricidade no mesmo fio, o primeiro requisito é que a corrente magnética nos ímãs do campo corra no mesmo sentido.

Se não fosse esse o caso, não correriam juntos; eles gerariam correntes indo em sentidos opostos, queimando seus fusíveis. Isso ocorreria porque os polos de um gerador, que deveriam ter atraído, repeliram ou vice-versa. O remédio é trocar as pontas do fio que magnetiza os campos; então a corrente magnética em um gerador se tornará como a corrente do outro e ambos funcionarão suavemente juntos.

Condições semelhantes prevalecem na cura magnética: um certo tom vibratório e polaridade magnética foram infundidos em cada um de nós, quando as forças astrais (do Sol, da Lua e dos Planetas) passaram por nossos Corpos (Denso, Vital e de Desejos) e pela Mente e nos deram o batismo astral, no momento em que respiramos de forma completa pela primeira vez. Isso é modificado durante nossa peregrinação pela vida, mas o impulso inicial permanece imperturbável e, portanto, o horóscopo do nascimento essencialmente retém o poder para determinar nossas simpatias e antipatias, bem como todos os outros assuntos. Mais ainda, seus pronunciamentos são mais confiáveis do que nossos gostos e desgostos conscientes.

Às vezes, podemos conhecer uma pessoa e aprender a gostar dela, embora tenhamos a sensação de que ela tem uma influência hostil sobre nós, a qual não podemos explicar e, portanto, nós nos esforçamos para deixar de lado; mas uma comparação entre o seu horóscopo e o nosso revelará a razão e se formos sábios, prestaremos atenção ao seu aviso ou, tão certo quanto os Planetas circulantes se movem em suas órbitas ao redor do Sol, viveremos para lamentar nosso desrespeito a essa caligrafia na parede.

Mas, também há muitos casos em que não sentimos a antipatia entre nós e uma determinada pessoa, embora o horóscopo a revele; se virmos os sinais, ao comparar os dois horóscopos, poderemos nos sentir inclinados a confiar em nossos sentimentos, em vez de confiar no roteiro estelar dos horóscopos. Com o tempo, isso também levará a problemas, pois a polaridade astral certamente se manifestará com o tempo, a menos que ambas as partes estejam suficientemente evoluídas para “governar suas estrelas” em grande medida.

Essas pessoas são poucas e distantes entre si em nosso atual estágio de evolução. Portanto, faremos bem se usarmos nosso conhecimento da escrita estelar para comparar nossos horóscopos com aqueles que pelo menos entram intimamente em nossas vidas. Isso pode poupar tanto a eles quanto a nós muita miséria e mágoa. Aconselhamos este curso particularmente no que diz respeito a um curandeiro e seus pacientes ou a um possível parceiro ou uma possível parceira para um relacionamento conjugal.

Quando uma pessoa está doente, a resistência está no ponto mais baixo e, por isso, ela é menos capaz de resistir às influências externas. Assim, as vibrações do curador têm efeito praticamente irrestrito e mesmo que ela possa ser animada pelo mais nobre dos motivos altruístas, desejando derramar sua própria vida em benefício do paciente, se suas “estrelas” forem adversas no nascimento, seu tom vibratório e o magnetismo tendem a ter um efeito hostil sobre o paciente. Portanto, é de primeira necessidade que qualquer curador tenha um conhecimento de Astrologia Rosacruz e da Lei da Compatibilidade, pertença ele àqueles que reconhecidamente curam por magnetismo e imposição de mãos, ou às escolas regulares de profissionais de saúde, porque também infundem suas vibrações na aura do paciente e ajudam ou atrapalham de acordo com a concordância entre a sua polaridade astral e a do paciente.

O que foi dito a respeito do curador aplica-se com força dez vezes maior ao enfermeiro e a enfermeira, pois ele ou ela está com o paciente praticamente o tempo todo e seu contato é muito mais íntimo.

Para curador, o profissional de saúde e paciente a compatibilidade é determinada pelo Signo Ascendente, pelo Planeta Saturno e pela Sexta Casa. Se os seus Signos Ascendentes concordarem em natureza, de modo que todos tenham Signos de Fogo na cúspide de primeira Casa ou todos tenham Ascendentes com Signos de Terra, de Ar ou de Água, eles serão harmoniosos, mas se o paciente tiver Ascendente com Signos de Água, um curador ou um profissional de saúde com Ascendente com Signos de Fogo têm um efeito muito prejudicial.

Também é necessário ver se Saturno, no horóscopo do curador ou do profissional de saúde, não está em um dos graus do Zodíaco dentro da sexta Casa do paciente.

No que diz respeito à relacionamentos conjugais, a polaridade astral é mostrada principalmente pela consideração da Lua e de Vênus femininos no horóscopo de um homem, pois descrevem suas atrações pelo sexo oposto; no horóscopo de uma mulher, o Sol e Marte masculinos têm um significado semelhante. Se esses Astros estiverem harmoniosamente configurados e os Signos nas cúspides da sétima Casa dos possíveis parceiros concordarem, a harmonia prevalecerá, especialmente se o Sol, Vênus ou Júpiter de uma pessoa estiver na Sétima Casa da outra. Mas se os Astros mencionados afligem um ao outro, ou as sétimas Casas das partes estão em desarmonia, ou se Saturno, Marte, Urano ou Netuno de um está em algum grau incluído na sétima Casa do outro, é a escrita óbvia indicando que a polaridade astral é desarmônica e que a tristeza está reservada para eles, se permitirem que suas emoções evanescentes os unam em um vínculo de infelicidade; pois é fácil mudar os fios do campo em dois geradores elétricos para que suas polaridades coincidam, mas é extremamente difícil inverter a polaridade astral de uma pessoa para fazê-la concordar com a recebida por outra em seu batismo astral.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os Elementais podem assumir a forma de animais ou répteis, e o que pode ser feito para detê-los?

Resposta: Neste Mundo Físico todas as formas são estáveis ​​e não mudam facilmente. O Mundo do Desejo é muito diferente a esse respeito. Os contos de fadas, como a metamorfose dos camundongos da Cinderela, etc., são fatos reais no Mundo do Desejo, pois as aparências mudam conforme a vontade de vida que as anima, com a rapidez de um relâmpago, o que é muito desconcertante para quem entra nesse Mundo, como um neófito. Portanto, é necessário que o Clarividente seja treinado, a fim de não de escapar do encantamento pela forma, que está sempre mudando e assumindo múltiplas aparências em instantes. Quando somos capazes de perceber a vida que anima a forma, não importa que aspecto ela toma naquele momento, pois não somos mais enganados, nem ludibriados. Como todos os outros no Mundo do Desejo, os Elementais têm essa faculdade de mudar a forma deles, e isso explica as muitas histórias ou visões estranhas que são consideradas verdadeiras por Clarividentes não treinados. Nada pode ser feito para impedir que os Elementais mudem a forma deles, mas podemos afastá-los de nós, da mesma maneira que expulsamos um felino seresteiro que fica debaixo da janela do nosso quarto.

(Pergunta nº 123 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Quatro Graus para Chegarmos a Deus

Nesse Esquema de Evolução traçado para todos, nós, os Espíritos Virginais, passamos por quatro grandes etapas de educação e de percepção de Deus, nosso criador:

A primeira, Seres muito mais evoluídos (chamados de Hierarquias Criadoras ou Hierarquias Divinas ou, ainda, Hierarquias Zodiacais) agem sobre nós, de fora, dando-nos auxílio externo, ajudando-nos a construirmos nossos corpos: o Denso, o Vital, o de Desejos e o veículo Mente (os nossos veículos de evolução) – enquanto permanecemos inconscientes do Mundo Físico ao nosso redor. Nessa etapa, adorávamos a Deus por meio do medo, a Quem começamos a perceber a existência. Fazíamos sacrifícios para agradá-lo. Passamos a fase do fetichismo.

A segunda etapa, com os veículos já construídos, somos colocados sob a direção dos chamados Mensageiros Divinos e Reis, a quem nós vemos, e a cujas ordens tínhamos que obedecer. Esses Mensageiros Divinos ficaram conhecidos como:

  • Senhores de Vênus” – que num tempo bem longínquo nos iniciaram na Arte da forma, através da música, pintura, escultura e arquitetura e do domínio da palavra como forma de criação nesse Mundo Físico;
  • Senhores de Mercúrio” – que, também num tempo bem longínquo, começaram a nos ensinar como nos dominar, como alcançar o domínio próprio, a utilizar esse Corpo Denso como mais um veículo, por meio do qual pudéssemos sair e voltar nele à vontade e a funcionar nos veículos superiores independentemente do Corpo Denso.

Quase no final desta etapa, após o trabalho destes Mensageiros Divinos, com quem convivíamos no cotidiano, e o chamávamos de deuses, fomos ensinados a adorar somente um único Deus invisível, criador de todas as coisas.

Assim, nessa etapa, aprendemos a olhar a Deus como um doador de todas as coisas e a esperar d’Ele benefícios materiais, agora e sempre. Fazíamos sacrifícios externos por avareza, esperando que Deus nos dê cem por um, ou para livrar-nos do castigo imediato, como: pragas, guerras, doenças, etc.

A terceira etapa somos ensinados a reverenciar as ordens de um Deus a Quem não vemos. Aprendemos a adorar a Deus com orações e a viver em boa vida, a cultivar a fé num Céu onde obteremos recompensa no futuro, e a abster-nos do mal, para que possamos nos livrar do castigo futuro no Inferno.

A quarta e última etapa, aprendemos – e muitos ainda aprenderão – a elevar-nos sobre toda a ordem, a converter-nos em uma lei em nós mesmos. Conquistamo-nos a nós mesmos, aprendemos a viver voluntariamente, em harmonia com a Ordem da Natureza, que é a Lei de Deus. Nessa etapa chegamos a um ponto em que podemos agir bem sem pensar na recompensa ou no castigo, simplesmente porque “é justo agir retamente”. Amamos o bem por ser o bem e procuramos ordenar nossa conduta de acordo com este princípio, sem ter em conta seu benefício ou desgraça presente, ou os resultados dolorosos em algum tempo futuro.

Durante a nossa evolução passamos por todas essas etapas. Ainda hoje, todos nós, seres humanos, estamos distribuídos por elas. Alguns ainda permaneceram na primeira etapa, outros na segunda, na terceira e na quarta. Isso ocorre devido ao grau de evolução da pessoa.

Considerando a nossa história aqui na Terra, experimentamos pela primeira vez a primeira etapa há muito tempo atrás, numa Época chamada Lemúrica. Nessa Época fomos treinados a ver e gerar fenômenos físicos.

Práticas de como fazer acontecer e aparecer coisas nesse Mundo Físico. Isso porque estávamos muito focados nos Mundos espirituais, os Mundos invisíveis aos olhos físicos. Não víamos com clareza o Mundo Físico. Então tudo que fazíamos acontecer nesse Mundo nos impressionava.

Adorávamos o desconhecido por meio de qualquer peça constituída de matéria física. Buscávamos “ver” a Deus nesse Mundo Físico associando-O a alguma peça material. O fetichismo era necessário e próprio para essa etapa de evolução. Os seres humanos, naquela Época, que conseguiam praticar tais intentos eram os seres humanos mais adiantados.

Assim, tudo que se relaciona com fenômenos expressos nesse Mundo Físico, e obviamente o fetichismo, são reminiscências da nossa passagem na Época Lemúrica, há muito tempo atrás. Se hoje, alguém utiliza, é porque está revivendo a reminiscência daquela longínqua Época. Assim, os que praticam atualmente o fetichismo estão muito atrasados e como que vivendo ainda naquela longínqua Época.

Àqueles a quem o fenômeno no Mundo Físico ainda o impressiona, o faz temer e o fascina, possui fortes reminiscências daquela Época longínqua. Por meio do destino, terão lições que os ajudarão a se libertarem dessas reminiscências, a fim de poderem aprender lições mais avançadas.

Já na segunda etapa experimentamos nossas lições pela primeira vez, também há muito tempo, numa Época chamada Atlante. Mais especificamente, quando fizemos parte de uma das sete Raças que construímos lá, uma Raça conhecida como Semitas Originais. Então, fomos ensinados a esquecer dos fenômenos e fetiches – afinal, já estávamos suficientemente voltados para o Mundo Físico! Então, fomos ensinados a adorar um Deus invisível e a esperar recompensas em benefícios materiais ou castigos em aflições e dores. Os seres humanos, naquela Época, que conseguiam praticar tais intentos eram os seres humanos mais adiantados.

Temos muitos exemplos de ensinamentos dessa fase lendo o Antigo Testamento. Como passagem que mostra a nova orientação de adoração de vários deuses para adoração de um único Deus vemos no Livro do Êxodo 20:3: “Não terás outros deuses além de mim“.

E ainda, no Livro do Êxodo 20:5-6: “Eu sou um Deus ciumento que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira geração dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos“.

Com esse recado, fomos ensinados a: se seguíssemos o preceito de Deus, seríamos abençoados e cobertos de bens materiais, no entanto, se nos afastássemos dos caminhos orientados por Ele, sofreríamos todos os males. A escolha era nossa. Éramos livres para escolher, mas sofreríamos as consequências dos nossos próprios atos.

Nasciam as Religiões de Raça, a Religião do Espírito Santo, as Religiões de Jeová, que muito nos ensinaram, e o livre arbítrio, que muito nos ensina. Assim, os que ainda vivem olhando a Deus como um doador de todas as coisas e a esperar d’Ele benefícios materiais, agora e sempre; os que ainda vivem sacrificando por avareza, esperando que Deus lhe dê cem por um, ou para livrar-se do castigo imediato, como doenças, guerras, pragas, pobreza, estão atrasados e vivendo como ainda estivessem naquela longínqua Época.

Àqueles a quem de Deus deve-se esperar recompensas em benefícios materiais ou castigos em aflições e dores possuem fortes reminiscências daquela Época longínqua. Por meio do destino, terão lições que o ajudarão a se libertar dessas reminiscências a fim de poderem aprender lições mais atuais.

Já a terceira etapa, experimentamos, pela primeira vez, somente nessa Época conhecida como Época Ária. Mais especificamente com o advindo do Cristianismo Popular através da Religião Cristã, a Religião do Filho.

Por meio dele, foi nos dada a Doutrina Cristã: a vinda do Cristo, a Trindade, a Imaculada Concepção, a Crucificação, a Salvação, a Condenação Eterna, a Conversão, a Confissão e Absolvição, o Perdão dos Pecados, à espera da segunda vinda do Cristo.

Aqui somos ensinados a adorar a Deus com orações e a viver em boa vida, a cultivar a fé num Céu onde obteremos recompensa no futuro, e a abster-nos do mal, para que possamos nos livrar do castigo futuro do Inferno. Todo o Novo Testamento nos orienta para o Cristianismo. Indica como não devemos ser hipócritas, nem idólatras, nem buscar recompensas em benefícios materiais quando adoramos a Deus. Por exemplo, lemos no Evangelho Segundo São Mateus 6:1: “Evitai praticar a justiça diante dos homens para serdes vistos. Do contrário, não tereis recompensa do Pai, que estás nos céus“. Quando orarmos a Deus, temos a seguinte orientação, no Evangelho Segundo São Mateus 6:5-8: “E quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas das praças para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a recompensa (a recompensa humana de serem cortejados). Mas quando rezares, entra no quarto, fecha a porta e reza ao Pai que vê no oculto. E o Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa. E nas orações não faleis muitas palavras como os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa das muitas palavras. Não os imiteis; pois o Pai já sabe de vossas necessidades antes mesmo de pedirdes“.

Várias são as passagens em que Cristo nos ensina que não é mais para ofereceremos sacrifícios externos: Eis uma no Evangelho Segundo São Mateus: “Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia é que eu quero, e não sacrifício.” (Mt 9:13).

O modelo de oração que o Cristão deve fazer é dado no Evangelho Segundo São Mateus (Mt 6:7-13), conhecida como a Oração do Senhor ou “Pai Nosso”: “Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes. Portanto, orai desta maneira: ‘Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na Terra, como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’”.

Há nela sete orações distintas e separadas, uma para cada um dos sete princípios do Ser Humano: o Tríplice Corpo, o Tríplice Espírito e o para o veículo Mente. Nessa etapa, já não devemos mais nos preocupar em acumular bens aqui na Terra. Afinal, o trabalho que tínhamos que fazer aqui já bem o fizemos!

Conquistamos a Região Química do Mundo Físico, transformando-a num paraíso para a evolução. Agora, nosso propósito é somente fornecer condições para utilizarmos as oportunidades para construir o Corpo que utilizaremos na próxima fase da nossa evolução: o Corpo-Alma. Assim, todo trabalho que envolve a conquista dessa Região Química deve ser substituído por tarefas que ajudem na conquista da próxima Região, ou seja: a Região Etérica do Mundo Físico.

Por isso que no Evangelho Segundo São Mateus 6:19-21, lemos: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração“.
E, complementando, no versículo 24: “Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro“.

E para aqueles que vivem apenas se preocupando com as aparências, com o supérfluo, com o que um se veste ou outro deveria vestir, com o que os que estão ao seu redor fazem ou não fazem, ou com os prazeres da vida, quem sabe se lessem, compreendessem e vivessem o que o Evangelho Segundo São Mateus nos fala em 6:25-30 acordariam dessa ilusão e aproveitariam melhor a sua curta passagem nessa Terra:
Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? Olhai as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas? Quem dentre vós, com as suas preocupações, pode acrescentar um só côvado à duração da sua vida? E com a roupa, por que andais preocupados? Aprendei dos lírios do campo, como crescem, e não trabalham e nem fiam. E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, homens fracos na fé?“.

Finalmente, a última etapa de educação e de percepção de Deus, nosso criador, é a etapa que representa o ponto em que podemos agir bem e sem pensar em recompensas ou em castigos, mas simplesmente porque “é justo agir retamente”.

Fazemos o bem pelo simples prazer de fazer o bem. Amamos o bem por ser o bem e procuramos ordenar nossa conduta de acordo com esse princípio, sem ter em conta seu benefício ou desgraça presente, ou os resultados dolorosos em algum tempo futuro.

Esta etapa experimentamos, pela primeira vez, também nessa Época conhecida como Época Ária. Mais especificamente com o advindo do Cristianismo Esotérico, trazido por Cristo, também pela Religião Cristã, a Religião do Filho.

Em particular, todos os Estudantes de todas as Escolas de Mistérios ocidentais – que preparam o Aspirante à vida superior para se desenvolver a fim de se candidatar às Iniciações Menores e as Iniciações Maiores ou Cristãs –, como o é a Fraternidade Rosacruz, estão procurando alcançar essa etapa. De modo geral, será alcançada na Sexta Época, a Nova Galileia, quando a Religião Cristã unificadora abrirá os corações dos seres humanos que estiverem aptos para isso.

Então, os seres humanos formarão novamente uma fraternidade, tendo Cristo como o Grande Guia Unificador.

A ideia de Raça será sobrepassada e a lei de unificação dada por Cristo no Novo Testamento e pouco compreendida: “Se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo.” (Lc 14:26-27), que agora tentamos viver um pouquinho – muitas vezes a vivemos empurrados pelas lições do destino – será o nosso cotidiano e viveremos felizes, porque formaremos uma grande fraternidade, independente da raça, nação, família, posição social, sexo, simpatia, tamanho, aparência e de todas as ilusões impostas pela nossa Personalidade.

Por enquanto, tentemos colocar em prática os Ensinamentos Rosacruzes – conhecidos como Ensinamentos da Sabedoria Ocidental – que não são nada mais, nada menos do que os ensinamentos Cristãos e bíblicos trocados em miúdos, adiantando-nos para a próxima etapa a fim de sermos os vanguardeiros, os indicadores do caminho, os servidores para os nossos irmãos e para as nossas irmãs que vem atrás, no trabalho de ajudá-los a chegarem lá e, juntos, formarmos a Fraternidade Universal que é o grande destino coletivo de todos nós.

Enquanto isso, a fim de aproveitarmos cada pequeno momento de mais uma passagem aqui na Terra, retirando a quintessência de cada pequena lição que passamos, gravemos os versículos 33 a 34 do capítulo 6 do Evangelho Segundo São Mateus: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu fardo.“.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossa Parte no Trabalho de Redenção aqui e agora

Não podemos gozar da verdadeira paz enquanto não tenhamos desprezado tudo que é incompatível com o nosso verdadeiro “Eu”, o Ego (o que somos: um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado), a nossa Natureza divina.

Por exemplo, se tentamos encher o vazio que existe dentro de nós, dentro de nossa alma, com apetites sensuais ou com os prazeres da vida material, nada conseguiremos, senão desespero e sofrimento.

Se tentarmos realizar os nossos anseios da verdade através da aplicação da nossa inteligência nos objetos externos, sejam eles: coisas do Mundo Físico; desejos, emoções ou sentimentos do Mundo do Desejo ou pensamentos do Mundo do Pensamento, nada conseguiremos, senão frustração, dor e desânimo.

A solução nós entenderemos cedo ou tarde. Depende somente da nossa própria vontade. Quanto mais demorarmos em mudar, mais sofreremos, mais nos aborreceremos e mais nos entediaremos; mais viveremos no enganoso e na ilusão.

A solução é nos aproximarmos da Luz, obedecendo à lei da Luz, a Lei Divina. Devemos transmutar nossos apetites sensuais em apetites criadores; afinal a energia é a mesma, somente temos de mudar a direção.

Devemos desistir de nos manter dirigidos pelas coisas externas. Devemos dirigir nossa visão espiritual para a Luz, para as coisas espirituais. O nosso despertar para essa verdadeira realidade nos trás um desejo enorme e descontrolável de progredir rapidamente.

É como se quiséssemos recuperar todo o tempo que perdemos vivendo na realidade ilusória de responder somente as coisas externas.

Desejamos rapidamente: ver os Mundos internos, funcionar conscientemente nesses Mundos, conviver com os seres desses Mundos. Rapidamente, acreditamos estarmos perfeitamente aptos para fazer tudo isso e, se possível, de uma só vez.

Aos poucos nos desanimamos e os motivos são sempre os mesmos, variando somente nas suas diversas intensidades e matizes. De qualquer modo, seja qual motivo dermos ênfase, o problema é nosso! Nós é que nos mostramos incapazes e somente nós é que podemos nos corrigir para prosseguir nesse caminho escolhido.

Mas, vamos aos motivos:

1.Largamos tudo e nos dedicamos exclusivamente aos estudos espirituais

Alteramos totalmente a nossa rotina. Reprogramamos nossos horários para termos tempo de fazermos meditações, concentrações, orações. Não admitimos sermos interrompidos. Nosso tempo para tratarmos das coisas exteriores é o menor possível, somente para garantir a nossa sobrevivência e subsistência. O restante do tempo é para estudar. Ler toda a biblioteca. Se possível reler. Participar de todos os seminários, reuniões, conferências. Se possível só ficar escutando para assimilar mais. Negar falar de outro assunto senão o que envolve as coisas espirituais, principalmente se for algum assunto que tenha dúvidas. Neste caso só falta nos isolarmos numa caverna, tal como faz um ermitão (só não o fazemos, porque teríamos que cozinhar, lavar, limpar, enfim, gastar o tempo em coisas que não tem nada a haver com as espirituais, segundo sua percepção!). E mesmo assim não entendemos por que, neste caso, o nosso progresso espiritual não é visível para nós. Mais do que isso, parece que retrocedemos.

Por meio deste motivo, esquecemos de uma coisa importantíssima: o nosso progresso espiritual não depende, de modo algum, de nossos próprios esforços. Ao contrário, quanto menos planejamos estabelecer leis por nós mesmos e quanto mais nos submetemos à Lei Universal, tanto mais rápidos serão nossos progressos. Jamais podemos dirigir nossa vontade num sentido diferente da Vontade Universal de Deus. Se a nossa vontade não é idêntica a vontade divina, nos pervertemos com efeitos funestos. Somente quando a nossa vontade se harmonizar por completo e cooperar com a vontade de Deus, ela será poderosa e efetiva. E qual é essa Lei Universal, essa vontade divina para esse motivo, e que foi a causa do aparente fracasso? O serviço amoroso e desinteressado para com os outros, para os que estão ao nosso redor.

Esquecemos a exortação de Cristo: “que o maior de entre vós seja ao servo de todos”.

Esquecemos, então, de nos esforçarmos, diariamente por servir o nosso semelhante – o nosso irmão e a nossa irmã que estão ao nosso redor –, em qualquer oportunidade que nos apresente, sempre com amor, simplicidade e humildade.

Vamos a um segundo motivo:

2.Quanto mais nos voltamos para a vida espiritual parece que maior adversidade encontramos em nosso entorno, e, muitas vezes, desistimos, desanimados, justamente por isso.

Aqui é o caso de um carro que leva uma grande carga numa descida: pouco esforço é despendido. Mas quando esse mesmo carro leva essa grande carga na subida: despende muito esforço e o progresso não é tão rápido. A mesma coisa ocorre com cada um de nós.

Enquanto caminhamos a favor das circunstâncias externas, das ocasiões, dos problemas, da sociedade e seus compromissos e dos valores materiais, sendo conduzido ao sabor do vento, navegando a favor da corrente da vida, tudo parece fácil.

Mas no momento em que decidimos seguir o caminho espiritual, o caminho para a vida superior, entramos em atrito com as pessoas que insistem em seguir o caminho material, o caminho da busca pela felicidade terrena. Tudo ao nosso redor se rebela. É como se tudo ao nosso redor conspirasse contra nós. Os atritos maiores são com os que estão mais próximos de nós. Por quê? Porque eles foram exatamente aqueles que nós escolhemos para percebermos melhor nossos defeitos e nossas qualidades. E quando decidimos transmutar nossos defeitos em qualidades escolhendo o caminho da vida espiritual, são eles os primeiros a cobrar.

Além disso, cada pessoa que está ao nosso redor também nos escolheu para conviver nessa existência através da afinidade, da semelhança e do desejo de aprender lições conjuntas. A partir do momento que rompemos com a inércia de caminharmos em busca da felicidade material e nos dedicamos à vida espiritual provocamos uma alteração total nesse nosso mundo ao redor. Isso é refletido nas consciências dos que estão ao nosso redor e, como semelhante atrai semelhante, perturbamos as consciências deles e mesmo não havendo resposta imediata, cada vez que nos vêem, é lembrada a necessidade de mudar e de também escolher o caminho da vida espiritual. Portanto, nós incomodamos. Se partíssemos para um mosteiro, um retiro e lá dedicássemos a nossa vida espiritual talvez não houvesse esse problema e a lembrança não seria tão presente e persistente.

Mas como fazer isso, se o destino de cada Aspirante à Vida Superior, de cada Estudante Rosacruz, é se transformar num esteio do ambiente em que se encontra? Se o nosso nascimento no ambiente e com essas pessoas ao redor é justamente para servirmos com o que melhor precisamos, tanto para o nosso desenvolvimento como para o desenvolvimento de cada um do nosso círculo de relacionamento? E se o meio para nos aferirmos se estamos progredindo ou não é justamente a convivência com os que nos cercam? Então, se desistimos de seguir o caminho para a vida espiritual por causa disto, alegando que não gostamos de entrar em atrito com ninguém, que queremos ser bonzinhos com todos, que tudo está bom do que jeito que está, estamos se esquecendo de exemplificar o exercício de uma das maiores qualidades que cada um de nós possui: não viemos nessa existência para buscar a felicidade material, seja ela traduzida em harmonia ilusória numa família, segurança em ter respaldo financeiro dos pais ou tutores e comodidade de estar provido de todo conforto material, ou em qualquer outra coisa que nos sirva de desculpas para nos manter na inércia de viver a vida ao sabor do vento. Estamos esquecendo que as nossas condições atuais são o resultado das ações que praticamos no passado (em vidas passadas) e que podemos construir o nosso futuro destino melhorando-nos por meio de uma atuação reta no presente, dedicando as nossas aspirações a exercitar uma das maiores qualidades que cada um de nós temos e com quanto esforço a obtivemos que é o livre arbítrio, lançando, assim, desde já boas sementes para o amanhã.

Além disso, o caminho não poderia ser diferente, como lemos em Jó (7,1): “É um combate a vida do homem sobre a terra”.

Vamos a um terceiro motivo:

3.Parece que nos tornamos chatos, insociáveis e exigentes na nossa convivência

Conforme vamos progredindo no caminho da realização espiritual – por meio do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz –, gradativamente cairá o véu da ilusão. Vamos tendo uma visão mais clara da realidade. Tudo continua relativo, mas aprendemos a discernir de modo imparcial. Isso nos trás uma segurança de realizarmos opções, muitas vezes, não entendidas por quem não está seguindo o mesmo Caminho. O fato de: não deixarmos nos envolver por conversas fiadas; de não fazer coro quando nos chamam para participar de algo destrutivo; de selecionarmos os assuntos que gostamos de falar; de levar uma vida mais comedida, cuidando com zelo dos nossos veículos e de utilizar o nosso tempo da maneira mais lógica que conhecemos e que nos faz, muitas vezes, ser vistos como: um pretensioso “santo” ou o “dono da verdade” ou um metido a besta ou uma pessoa “certinha” demais e isso incomoda muito!

Muitas pessoas chegam até a idolatrar a vida em ilusão. E isso não combina com alguém que sempre está cobrando um posicionamento mais real, mais lógico. Muitas pessoas adoram jogar conversa fora, adora gastar todo o tempo com coisas que não comprometem e que dá prazer, principalmente o de desejos, sentimentos e emoções inferiores. Ou, ainda, com coisas que só servem para acumular conhecimento intelectual – e nada ou muito pouco do devocional – e isso não combina com alguém que busca utilizar o tempo da maneira mais lógica que conhecemos. Isso não combina com alguém que já sabe que “intelectualidade nada tem a haver com espiritualidade” (se assim o fosse, Cristo nos mostraria nos Seus ensinamentos). Outras pessoas gostam de falar mal dos outros e isso lhe dá até prazer e isso não combina com alguém que quer ver o bem em tudo.

Afinal o Aspirante à Vida Superior é um eterno questionador, é um eterno investigador. Afiado que é no seu modo de passar tudo pelo crivo da lógica, é natural que sinta certo desconforto de participar de ambientes que nada há de construtivo.

Mas sabemos que “semelhante atrai semelhante” e quão agradável é perceber que pessoas semelhantes, que compartilham dos mesmos novos ideais, se aproximam e formam um belo círculo de convivência! No entanto, não imaginem que nós como Aspirantes a Vida Superior teremos uma vida cheia de admiradores, amigos, cativadores, que estarão sempre nos cortejando nos bajulando ou, até mesmo, ansiosos pela nossa presença. O companheiro mais comum do Aspirante à Vida Superior, do Estudante Rosacruz, é a solidão.

Afinal, a evolução é individual. Os momentos mais importantes da nossa existência são vivenciados na solidão. O Aspirante à Vida Superior busca a autossuficiência como uma virtude fundamental. A fórmula é a seguinte: sempre praticar, tanto através de nossos pensamentos, como de nossos atos, os ideais que buscamos compreender. Sabemos, também, que a nossa divindade interior é o único tribunal real da verdade. Devemos nos esforçar por estabelecer e submetendo todos os assuntos ao seu veredito final.

Muitos outros motivos poderiam ser discutidos aqui. Todos eles levam as desculpas de irmãos e de irmãs que abandonam o Caminho, porque realmente é difícil percorrê-lo. Há obstáculos a vencer e até o menor deles é sentido.

Mas lembremos dos talentos da Parábola que lemos em Mt 25,14-30. O que aconteceu com aquele que aceitou a missão e multiplicou os talentos? “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, eu te confiarei muito, vem alegrar-te com teu senhor”.

E com aquele que não arregaçou as mangas, que preferiu a inércia e a comodidade? “Tirai-lhe o talento e dai ao que tem dez. Pois ao que tem muito, mais lhe será dado e ele terá em abundância. Mas ao que não tem, até mesmo o pouco lhe será tirado”.

Portanto, o Caminho do Aspirante à Vida Superior é um caminho onde parar, estacionar, ficar, esperar, não existe. Quanto mais ele progride mais talentos ele recebe, mas, também maior é sua responsabilidade.

Uma certeza que temos: jamais desistir diante das inúmeras dificuldades que seguramente temos e teremos. Deus nunca nos dará um fardo mais pesado do que aquele que somos capazes de carregar.

Além do que, sabendo que o fracasso reside apenas em deixar de tentar, como nos ensinou Max Heindel, ante qualquer obstáculo, procuremos, paciente e persistentemente atingir o alvo proposto, procurando realizar os elevados ideais ensinados por Cristo através da nossa vivência diária.

Pois, Cristo é o nosso ideal!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Criação, os Arquétipos (formados de som) e o que tem a haver com as 12 Hierarquias Criadoras

Existem doze as Hierarquias Criadoras (ou Hierarquias Zodiacais) distintas que têm trabalhado com a humanidade desde o início do Período de Saturno. Seus nomes são:

Cada uma dessas Hierarquias Criadoras possui uma nota-chave:

  • Áries: Réb maior
  • Touro: Mib maior
  • Gêmeos: Fá# maior
  • Câncer: Sol# maior
  • Leão: Lá# maior
  • Virgem: Dó natural maior
  • Libra: Ré maior
  • Escorpião: Mi maior
  • Sagitário: Fá maior
  • Capricórnio: Sol maior
  • Aquário: Lá maior
  • Peixes: Si maior

A nota-chave de uma peça musical é a nota tônica ou o tom fundamental sobre o qual a composição musical é construída.

O período total da involução e evolução do ser humano está fundamentado na escala musical, que é de origem celestial.

Max Heindel nos diz que a humanidade passou por três estágios elementares antes do Período de Saturno, e estes estágios estão representados na extremidade inferior do teclado do piano por: Lá, Lá# e Si.

O Período de Saturno começa com o som representado por Dó baixo no teclado do piano e sobe até Si, cujo tom está incluído, perfazendo 12 notas, 7 das quais são brancas e 5 escuras. Sete Irmãos da Ordem da Rosacruz saem pelo mundo e trabalham entre a humanidade. Cinco não são vistos no mundo.

Antes dos seres humanos perderem contato com a Região do Pensamento Concreto eles sabiam que essa era uma Região de sons musicais e que esses sons permearam e construíram todos os Arquétipos de todas as coisas existentes no Mundo do Desejo e no Mundo Físico, incluindo eles próprios, portanto, tinham esses sons dentro de si mesmos.

Sabiam que eram instrumentos musicais vivos, cujos sons eram ouvidos por eles próprios através de um tipo de percepção sensorial interna. A superconsciência do ser humano sabe tudo isto, como também conhece o poder tremendo contido nesses sons musicais.

Tendo perdido o poder de controle desta força interior e também de contatá-la verdadeiramente dentro de si, o ser humano tem procurado, por meio de instrumentos musicais, reproduzir externamente os sons vagamente percebidos em sua memória meio submersa.

 (trecho do Livro: A Escala Musical e o Esquema de Evolução, digitalmente publicado pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os Mitos têm Valor Real ou são, em grande parte, Fantasias da Imaginação?

Resposta: Os mitos contêm profundas verdades ocultas. O antagonismo entre a luz e as trevas é descrito em inumeráveis desses mitos que são bastante semelhantes em suas linhas gerais, embora variem as circunstâncias de acordo com o estágio evolucionário dos povos onde são encontrados. À Mente normal eles geralmente parecem fantásticos porque os fatos são descritos de maneira puramente simbólica e, portanto, em completo desacordo com as realidades concretas do mundo material. Contudo, essas lendas encarnam grandes verdades de suas escamas de materialismo.

Em primeiro lugar, devemos ter em mente que o antagonismo entre a luz e as trevas, existente aqui no Mundo Físico, é apenas a manifestação de um antagonismo semelhante, existente também nos reinos moral, mental e espiritual. Esta é uma verdade fundamental, e todo aquele que conhece a verdade deve saber que o mundo concreto, com todas as suas coisas que julgamos serem tão reais, sólidas e duráveis, não passa de uma manifestação evanescente criada pelo pensamento divino, e que reverterá ao pó dentro de alguns milhões de anos, antes que também se dissolvam os outros mundos que supomos serem irreais e intangíveis, quando então voltarmos mais uma vez ao seio do Pai, para repousar, até que chegue a aurora de um outro e maior Dia Cósmico.

É especialmente por ocasião do Natal, quando há pouca luz e as noites são longas (no Hemisfério Norte), que a humanidade volta sua atenção para o Sol Meridional, e aguarda ansiosamente o momento em que ele recomeçará sua jornada em direção ao norte, trazendo luz e vida ao nosso hemisfério gelado. Vemos na Bíblia como Sansão, o Sol, tornava-se cada vez mais forte à medida que cresciam seus cabelos, como as forças das trevas, os Filisteus, descobriram o segredo de seu poder e cortaram-lhe os cabelos, ou raios, privando-o de sua força: como privaram-no da luz vazando-lhe os olhos e, finalmente, como o mataram no templo, no Solstício de Dezembro.

Os Anglo-Saxões falam da vitória do rei Jorge (1) sobre o dragão; os Teutões recordam como Beowolf (2) matou o dragão ardente e como Siegfried (3) venceu o dragão Fafner. Entre os Gregos encontramos Apolo (4) vitorioso sobre a serpente Pitão, e Hércules (5) sobre o dragão das Hespérides. A maioria dos mitos conta apenas a vitória do jovem Sol, mas há outras que, como a de Sansão acima citado, e Hiram Abiff da lenda Maçônica, contam também como o Sol, ao ficar velho, era vencido após ter completado seu circuito, estando pronto para dar nascimento a um novo Sol, que surge das cinzas da velha Fênix (6) para ser o portador da luz para um novo ano.

É uma lenda semelhante a que lemos na origem do agárico (7), uma história contada na Escandinávia na Islândia, porém, mais particularmente em Yuletide, quando o azevinho (8) vermelho mescla-se num maravilhoso efeito decorativo como o agárico branco – um símbolo vivo do sangue que era escarlate como o pecado, mas que se tornou branco como a neve. A história é a seguinte:

Antigamente, quando os deuses do Olimpo reinavam sobre a região do Sul, Wotan com sua companhia de deuses, imperava no Walhalla onde os pingentes de gelo decompunham a luz do Sol de inverno em todas as cores do arco-íris e o belo manto de neve fazia luzir até mesmo a noite escura, mesmo sem auxílio da flamante Aurora BoreaI. Eles constituíam uma companhia maravilhosa: Tyr, o deus da Guerra, ainda é lembrado entre nós, pois à terça-feira em inglês: Tuesday. Wotan, o mais sábio, é relembrado na quarta-feira: Wednesday; Thor continua conosco como o deus da quinta-feira: Thursday. Era ele quem brandia o malho, e quando o lançou contra os gigantes, os inimigos de deus e dos seres humanos, deu origem ao trovão e ao relâmpago, devido à força terrífica com a qual o martelo chocou-se contra as nuvens. A gentil Freya, a deusa da Beleza, de cujo nome derivou a sexta-feira em inglês Friday, e o traidor Loke cujo nome ainda vive no sábado Escandinavo, são tantos outros fragmentos atuais de uma fé esquecida.

Mas jamais houve algum deus como Baldur. Ele era o segundo filho de Odin e Freya, o mais nobre e mais gentil de todos os deuses, amado por todas as coisas da natureza. Ele excedeu a todos os seres não só em delicadeza como também em prudência e eloquência, e era tão belo e gracioso que a luz irradiava de si. Foi-lhe revelado em sonhos que sua vida estava em perigo, e isto pesou tão fortemente sobre seu espírito que fugiu da sociedade dos deuses. Sua mãe Freya, tendo conseguido que ele lhe contasse a causa de sua melancolia, convocou um concílio de deuses, e ficaram todos cheios de sombrios pressentimentos, pois sabiam que a morte de Baldur seria o prenúncio de sua derrota – a primeira vitória dos gigantes, ou das forças das trevas.

Por isso Wotan traçou “runes”, caracteres mágicos usados para predizer o futuro, mas todos lhe pareciam obscuros. Não podia obter deles um conhecimento mais profundo. O “Vaso da Sabedoria” que podia servi-los na presente conjuntura, estava sob a guarda de uma das Parcas, as deusas do Destino, de maneira que de nada lhes poderia ajudar, então. Ydum, a deusa da Saúde, cujos pomos dourados mantinham os deuses sempre jovens, tinha sido traída e caíra em poder dos gigantes, devido às trapaças de Loke, o espírito do mal, mas foi-lhe enviada uma delegação a fim de consultá-la sobre a natureza da doença que ameaçava Baldur se é que se poderia chamá-la de doença.

Contudo, ela só pôde responder com lágrimas, e finalmente, depois de um solene concílio convocado por todos os deuses, ficou determinado que todos os elementos, e tudo o mais existente na natureza, deveriam ser obrigados a fazer o juramento de jamais magoar ou ferir o deus gentil. Todos obedeceram à ordem, exceto uma insignificante planta que crescia a oeste do Palácio dos deuses; ela parecia tão débil e frágil que os deuses a acharam inofensiva, Contudo, a mente de Wotan avisava-o de que nem tudo estava certo. Pareceu-lhe que as Parcas da boa sorte tinham se afastado. Por isso resolveu visitar uma célebre profetisa chamada Vala. Era o espírito da terra e por ela ficaria sabendo da sorte reservada aos deuses, mas não recebeu nenhum conforto, e voltou ao Walhalla mais deprimido do que antes.

Loke, o impostor, o espírito do mal, era na realidade um dos gigantes, ou uma das forças das trevas, mas vivera durante certo tempo com os deuses. Era um vira-casaca que não dependia de ninguém e, portanto, era geralmente desprezado tanto pelos deuses como pelos gigantes. Um dia em que estava sentado lamentando do seu destino, numa densa nuvem elevou-se do oceano e pouco depois surgiu dela a figura do Rei dos Gigantes. Loke, aterrado, perguntou-lhe o que o trouxera àquele lugar. O monarca increpou-o acerbamente fazendo-lhe ver sua vileza, pois ele, um demônio por nascimento consentia em ser uma ferramenta dos deuses em sua ação contra os gigantes, a quem ele, Loke, devia sua origem. Não foi por afeição a ele que foi admitido na sociedade dos deuses, e sim porque Wotan sabia bem a ruína que ele e sua descendência acarretariam sobre os deuses, e pensava assim apaziguá-lo para adiar o momento funesto. Aquele que, por meio do seu poder e de sua astúcia, poderia ter-se tornado o chefe de um dos partidos, era agora desprezado por todos. O Rei dos Gigantes o repreendeu, além disso, por já ter várias vezes salvo os deuses da ruína e mesmo por já lhes ter fornecido armas a serem usadas contra os gigantes, e finalizou apelando ao proscrito para que inflamasse seu peito contra Wotan e toda a sua raça, como uma prova de que seu lugar natural era entre os gigantes.

Loke recolheu a veracidade de tudo aquilo e prontificou-se a ajudar seus irmãos com todas as suas forças e por todos os meios. O Rei dos gigantes lhe disse então que chegara o momento em que podia selar o destino dos deuses; que se Baldur fosse morto seguir-se-ia, mais cedo ou mais tarde, a destruição dos demais, e que a vida dos deuses pacíficos estava então ameaçada por um perigo ainda desconhecido. Loke lhe respondeu que a ansiedade dos deuses estava se extinguindo, pois Freya tinha obrigado todas as coisas a jurar, comprometendo-se em não ofender seu filho. O monarca negro replicou que deixara de prestar o juramento. Contudo, ninguém sabia o que se ocultava no coração da deusa. Voltou então a mergulhar no seu abismo negro, deixando Loke entregue a pensamentos ainda mais sombrios.

Loke então, assumindo a figura de uma anciã, apareceu a Freya e usando de astúcia extraiu-lhe o segredo fatal, isto é que julgando ser o agárico uma planta de natureza tão insignificante ela deixara de obter da humilde florzinha a promessa com a qual havia sujeitado todas as demais coisas. Loke não perdeu tempo e logo descobriu o local onde medrava o agárico arrancou-o inteiro com todas as raízes, entregou-o aos anões, que eram hábeis ferreiros, para que o transformassem numa lança. Eles fizeram esta arma usando de muitos encantamentos, e quando pronta pediram o sangue de uma criança para temperá-la. Foi lhes trazida uma criança pura, um dos anões mergulhou a lança em seu peito e cantou:

“The death-gasp hear,

Ho! Ho! – now’tis o’er –

Soon hardens the spear

In the babe’s pure gore –

Now the barbed dead feel,

Whilst the veins yet bleed,

Such a deed – such a deed –

Might harden e’en steel”.

Tradução livre:

“Ouve, da morte o exterior!

Haaa! Já terminou! A lança

fica temperada por

sangue puro da criança!

Sente, agora, a ponta afiada

Enquanto dá-se a sangria

tal façanha, consumada,

até o aço temperaria”.

Nesse ínterim os deuses, e os bravos mortos que estavam reunidos a eles para um torneio fizeram mira sobre Baldur, alvejando-o com todas as suas armas, a fim de convencê-lo de que suas apreensões não tinham fundamento, assim o julgavam, agora que estava invulnerável, pois sua vida havia sido protegida por um sortilégio.

Loke também se encaminhou para o local levando a lança fatal, e ao ver o atlético deus cego, Redor, apartado dos dentais, perguntou-lhe por que não honrava, também, a seu irmão aludindo à sua cegueira e à falta de uma arma. Loke colocou-lhe então nas mãos a lança encantada, e Hoedur, não suspeitando da maldade, feriu Baldur no peito com a lança feita do agárico, e Baldur tombou sem vida ao solo, para grande dor de todas as criaturas.

Baldur é o Sol do verão, amado por todas as coisas da natureza, e no deus cego Hoedur, que o mata com a lança, reconhecemos facilmente o signo de Sagitário, pois quando o Sol entra em Dezembro nesse signo emite uma luz muito fraca, e por isso dizemos que é morto pelo deus cego, Hoeduro. A figura de Sagitário, tal como aparece no Zodíaco ao Sul, apresenta simbolicamente a mesma ideia que a lança na história dos Eddas.

A lenda da morte de Baldur nos ensina a mesma verdade cósmica que tantas outras lendas de natureza semelhante, isto é, que o Espírito Solar deve morrer para as glórias do Universo quando, como Cristo, entra na terra para lhe trazer vida renovada, sem a qual cessariam todas as manifestações físicas do nosso Planeta. Assim como aqui a morte precede um nascimento nos reinos espirituais, também ali há uma morte no plano espiritual da existência antes que haja um nascimento num corpo físico. Como Osíris (9) no Egito é morto por Tifon antes que possa nascer Hórus, o Sol do Novo Ano, assim também Cristo deve morrer para o mundo superior antes que possa nascer na terra, trazendo-nos o necessário impulso espiritual anual; mas a nossa Santa Estação não comemora maior manifestação de amor do que aquele da qual o agárico é o símbolo. Sendo fisicamente de uma fragilidade extrema, ele adere ao carvalho, o símbolo da força. É a máxima fraqueza do mais fraco dos seres que fere o coração do mais nobre e pacífico dos deuses, de modo que, impelido por seu amor aos humildes, ele desce às sombras do submundo, como Cristo que, por nosso amor, morre anualmente para o mundo espiritual, para tornar a nascer em nosso planeta impregnando-o novamente com Sua Vida e Energia radiantes.

___________________

(1) Jorge – Trata-se do S. Jorge do hagiológio católico, padroeiro da Inglaterra, Aragão e Portugal. O único elemento histórico a seu respeito parece ser seu martírio em Lydda, na Palestina. Outros elementos de veracidade duvidosa são sua rápida ascensão na carreira militar, sua visita à Grã-Bretanha numa expedição militar e seu protesto contra as perseguições efetuadas por Diocleciano. Calvino impugnou a existência desse santo, mas as igrejas sírias e o cânon do papa Gelásio (494) aceitam-no como real. Sua ligação com um dragão apareceu no século VI. Em Arsuf ou Joppa, Perseu havia morto um monstro marinho que ameaçava a virgem Andrômeda, e Jorge herdou a veneração anteriormente votada ao herói pagão.

(2) Beowulf ou Bjolf – Rei dos Getas, na Jutlândia (século VIII A.D.). Após um reinado de 50 anos vê sua pátria ameaçada por um dragão ardente. Enfrenta-o com onze de seus guerreiros que o abandonam, ficando apenas um, Wiglaf; com sua ajuda mata o dragão, mas é ferido e morre nomeando Wiglaf seu sucessor.

(3) Siegfried – Herói germânico, fruto dos amores incestuosos de Sigmund e Sieglinda. Foi educado pelo anão Mime que dele quer se servir para roubar ao gigante Fafner o anel mágico dos Nibelungos, que dá ao seu possuidor o poder e a fortuna. Siegfried investe contra o gigante transformado em dragão; vence-o e apodera-se do amuleto.

(4) Apolo – Um dos grandes deuses da Grécia; personificava o Sol; filho de Júpiter e Latona nasceu em Delos, segundo Homero. A luta da Luz com as trevas simbolizada pela vitória de um deus ou de uma serpente em todas as mitologias arianas é na mitologia grega, o triunfo de Apolo sobre a serpente Pitão, morta no vale de Crissa, nas proximidades do Parnaso com setas forjadas por Vulcano.

(5) Hércules – Herói e semideus romano, o Héracles da mitologia grega. Filho de Zeus e Alcmena, dentre suas façanhas são famosos os Doze trabalhos, dos quais o décimo primeiro é o roubo das maças de ouro das Hespérides, ninfas filhas de Atlas e Héspero. Habitavam num grande jardim custodiando os frutos dourados com o auxílio do dragão Sadão. Hércules matou o dragão e apoderou-se dos pomos de ouro.

(6) Fênix – Ave fabulosa, animal sagrado entre os egípcios. Este nome, de origem grega, corresponde ao egípcio benu. Diz a lenda que quando se sentia morrer fazia um ninho de ramos de canela e incenso e depois se deixava sucumbir. De seus ossos nascia uma espécie de verme que logo se transformava numa nova ave.

(7) Agárico ou visco – Cogumelo venenoso, em forma de lança que medra de preferência em troncos de carvalho.

(8) Azevinho – Arbusto espinhoso; produz pequenos frutos vermelhos; suas folhas e frutos são muito usados na Europa e Estados Unidos como ornamento por ocasião do Natal.

(9) Osíris – Um dos deuses do antigo Egito; filho de Seb e Nut, marido e irmão de Isis, e pai de Hórus. É o deus do bem, que personifica a vegetação, o Nilo e o Sol. Governava o Egito quando Tifon, seu irmão, assassinou-o, encerrou-o num esquife e o lançou às águas do rio, que o transportaram até Biblos, em cujo local brotou um tamarindeiro. Isis desesperada procura o corpo do esposo até que o encontra. Beija-o e nesse momento supremo toda a terra estremece de alegria. Osíris reanimado levanta-se do ataúde. A terra cobre-se de vegetação e os egípcios, associando-se àquela alegria universal, celebram com ruidosas festas o renascimento do seu protetor.

(Pergunta nº 165 do livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossa Jornada Cíclica

Há corpos celestes e corpos terrestres, mas certamente uma é a glória dos celestes e outra, a dos terrestres. Uma é a claridade do Sol e outra é a claridade das estrelas, porque até uma estrela difere em claridade de outra estrela.”

(I Cor 15:40-41)

Toda pessoa dada à meditação uma vez ou outra há de ter considerado a imensidade do tempo e, talvez, chegado a mesma conclusão que Walt Whitman em seu trabalho “Canção de mim mesmo” no Poema 20 onde ele detalha sobre a amplitude do tempo[1]. Comparando o tempo com nossa curta estadia sobre a Terra, compreendemos que nossa existência aqui dura só um momento ínfimo, um relâmpago de consciência.

A evolução é um fato na natureza e aponta para um plano, uma meta que pode ser alcançada com o tempo. Permite-nos chegar à conclusão de que seremos capazes de alcançar a perfeição por meio da experiência. “Em qualquer parte na natureza encontra-se esse lento e persistente esforço pela perfeição.”

Sabemos, por intuição, que para o ser humano existe algo mais do que este curto lapso de existência no meio físico. Continuando a viver esta nossa vida diária descobrimos que o tempo segue sua marcha inexorável, quer nos interessemos por ele ou não, e que a morte é o fim de cada existência, de cada ser que vive sobre a Terra. Essa conclusão nos faz formular as seguintes perguntas, formal e meditativamente: de onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos?

Sabemos que nascemos em um Corpo Denso e pequenino, mas possuindo abundantes qualidades. Sabemos que esse Corpo cresce até alcançar a estatura de adulto e que realmente nos serve bem. Depois de funcionar durante uma vida ele se torna menos flexível e não executa nossas ordens tão prontamente como antes. Finalmente, em meio a todas as incertezas que esta vida nos oferece, há só uma certeza: que algum dia nossa jornada terminará.

Com a ajuda da lógica e da intuição, da analogia e da fé, chegamos à conclusão de que a morte não põe fim à nossa existência. Há dentro de nós algo indicando que todos os sonhos e todos os nossos planos não terão fim quando terminar nossa existência física. Se o ser humano não possuísse mais do que o Corpo Denso, seria impossível manifestar algo mais do que as substâncias químicas que constituem a sua forma. O denso Mundo Físico é feito de cristais inertes, porém o pensamento e o sentimento do ser humano penetram em reinos superiores. Devemos realmente compreender que são necessários outros e mais sutis veículos para suas múltiplas experiências no plano terrestre.

Agora se impõe a seguinte pergunta básica e devemos encontrar a sua resposta. Descobrimos que o que chamamos de morte é uma mudança da consciência de um plano de existência a outro.

Há leis cósmicas e imutáveis que não são menos importantes para a nossa vida espiritual e mental do que a lei da gravidade é para a nossa existência física.

Descobrimos que a matéria e a energia nunca estão em estado de repouso, mas perpetuamente estão mudando de um estado de visibilidade a um estado de invisibilidade e vice-versa. Sondando o enigma da nossa existência temos de tomar em consideração esse fato. Temos que admitir que “vivemos em um Mundo de efeitos que é o resultado de causas invisíveis”.

Não podemos perceber as forças que moldam a matéria e a forma, as quais são invisíveis aos nossos sentidos. Reconhecemo-las por suas manifestações. A eletricidade, para mencionar uma delas, chegou a ser o servidor mais valioso do ser humano, depois dele compreender as leis que a regem. Com a ajuda da câmera fotográfica, do microscópio e dos Raios-X, estamos começando a olhar o interior, os, até agora, invisíveis processos da natureza. Porém, até que o ser humano obtenha um sentido inteiramente novo, será incapaz de resolver o problema dos reinos invisíveis, completamente.

É lógico concluir que os “mortos” se encontram agora em Mundos invisíveis para nós. Porém há alguns que, tendo conhecimento direto e definido, percebem esse plano por meio de um sexto sentido. Não existe algo de sobrenatural nisso, mas como é “suprafísico” deve despertar-se e se desenvolver.

As palavras de Cristo, “Procurai e encontrareis“, foram particularmente aplicadas às qualidades espirituais e dirigidas a “qualquer um que as deseje”. Não existe alguém que impeça e, sim, muitos que desejam ajudar o investigador sincero que está à procura do conhecimento.

O desenvolvimento desse conhecimento começa com “o melhoramento de si mesmos”.

Os Mundos invisíveis estão divididos em diferentes reinos, porém essa divisão não é arbitrária, mas necessária, porque cada plano é regido por leis diferentes. Como cada Mundo está composto de matérias diferentes, o ser humano deve ter um veículo feito da mesma substância com o objetivo de poder funcionar naquele Mundo. Como foi escrito pelo Apóstolo São Paulo na sua Epístola aos Coríntios, “Como trazemos em nós a imagem do ser humano terrestre, devemos também trazer a imagem do celeste”.

No estado de vigília, todos os veículos do ser humano são concêntricos com o Corpo Denso, quando o pensamento, o sentimento e a ação estão funcionando. Mas, quando o Corpo se cansa e esgota, esses veículos mais elevados saem do Corpo Denso. Isso causa a inconsciência, sobrevindo o sono. Assim, esse veículo denso pode ser restaurado, tornando-se de novo útil e eficiente.

O ser humano é uma parte da natureza e, também, é uma miniatura dela. A vida do nosso Planeta reflete-se em menor escala na vida humana. O Grande Ser que habita nosso Planeta é um dos Sete Espíritos diante do Trono. O ser humano também é um Espírito e foi feito à semelhança de Deus.

A fonte dos Planetas é o pai Sol e eles giram em torno dele em ciclos elípticos. O espírito humano dá voltas ao redor de sua fonte, Deus, também em órbita elíptica.

O ser humano está mais perto de Deus quando sua esfera o leva para próximo de sua fonte. E está mais distante enquanto vive sua vida aqui na Terra, em seu Corpo Denso. Todos nós sentimos em algum momento a saudade das regiões celestiais.

Essas posições cambiantes são necessárias para que o ser humano possa adquirir experiências variadas e realizar-se como um ser humano completo. No presente, o ser humano não pode permanecer perpetuamente no Céu, nem um Planeta pode parar e permanecer imóvel.

Cada existência terrestre é um capítulo da história da vida, extremamente humilde no começo, porém aumentando em importância à medida que nos elevamos a posições mais e mais altas de responsabilidade humana.

Nenhum limite é concebível, porque em essência somos divinos e, portanto, devemos ter as infinitas possibilidades de Deus. O poder para desenvolver essas potencialidades internas está dentro de nós. E o trazemos conosco em cada nascimento.

Na presente circunstância, a morte é uma necessidade. Novos nascimentos em novos ambientes fornecem ao ser humano outras oportunidades de aprender todas as lições que ele possa desejar aprender durante um dia na escola da vida.

Temos de compreender que a continuidade da vida é um fato fundamental, se desejamos estudar a existência do ser humano aqui e no Além. O renascimento, assim como a Lei da Causa e Efeito, torna possível que o ser humano desenvolva todos os seus poderes latentes na amplitude do tempo.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.T.: poema 20 da obra Canção de Mim Mesmo (Song for Myself):

Quem vai ali? Cheio de realizações, tosco místico, nu;

Como extraio energia da carne que consumo?

O que é um homem afinal? O que sou eu? O que és tu?

Tudo o que marco como sendo meu tu deves compensar

com o que é teu.

De outro modo seria perda de tempo me ouvir.

Não lanço a lamúria da minha lamúria pelo mundo inteiro,

De que os meses são vazios e o chão é lamaçal e sujeira.

Choradeira e servilismo são encontrados junto com os

remédios para inválidos, a conformidade polariza-se

no ordinário mais remoto.

Uso meu chapéu como bem entender dentro ou fora de casa.

Por que eu deveria orar? Por que deveria venerar e ser

cerimonioso?

Tendo inquirido todas as camadas, analisado as minúcias,

consultado os doutores e calculado com perícia,

Não encontro gordura mais doce do que aquela que

se prende aos meus próprios ossos.

Em todas as pessoas enxergo a mim mesmo, em nenhuma

vejo mais do que eu sou, ou um grão de cevada a menos.

E o bem e o mal que falo de mim mesmo eu falo delas.

Sei que sou sólido e sadio.

Para mim os objetos convergentes do universo

perpetuamente fluem,

Todos são escritos para mim, e eu devo entender o que a

escrita significa.

Sei que sou imortal,

Sei que a órbita do meu eu não pode ser varrida pelo

compasso de um carpinteiro,

Sei que não passarei como os círculos luminosos que as crianças

fazem à noite, com gravetos em brasa.

Sei que sou augusto.

Não perturbo meu próprio espírito para que se defenda ou

seja compreendido,

Vejo que as leis elementares nunca pedem desculpas,

(Reconheço que me comporto com um orgulho tão alto

quanto o do nível com que assento a minha casa, afinal).

Existo como sou, isso me basta,

Se ninguém mais no mundo está ciente, fico satisfeito.

E se cada um e todos estiverem cientes, satisfeito fico.

Um mundo está ciente e esse é incomparavelmente o maior

de todos para mim, e esse mundo sou eu mesmo,

E se venho para o que é meu, ainda hoje ou dentro de

dez mil anos, ou dez milhões de anos,

Posso alegremente recebê-lo agora, ou esperá-lo com

alegria igual.

Meus pés estão espigados e encaixados no granito,

Debocho daquilo que chamas de dissolução,

E conheço a amplitude do tempo.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Hierarquias Zodiacais – Gêmeos: Intelecto e Sabedoria

O ser humano é uma essência espiritual a quem foi dada a Sabedoria Divina. A emanação espiritual ofusca o ser humano em cada um dos seus renascimentos. O ser humano é, portanto, não um novo Espírito, mas o mesmo que já renasceu muitas vezes antes. O elementoespiritual se desenvolve gradualmente e começa a se tornar ativo já na criança. Não é absorvido de imediato, mas desperta gradualmente, à medida que o ser humano cresce e chega à razão e à inteligência.

Muitos vivem, casam-se e morrem sem chegar a possuir, por completo, o raio divino da sabedoria que, sozinho, pode transformar o indivíduo em um ser humano imortal. Há uma grande diferença entre a Individualidade (vida) e a Personalidade (forma), sendo que a Personalidade é uma máscara mutável que o raio individual produz.

A única maneira de se desenvolver uma Individualidade mais forte e maior é agindo. Cada ato cria um novo impulso que, acrescentando à energia já existente, aumenta sua força. Resolva e ouse obedecer às Leis de Deus e você se tornará seu próprio senhor e possuirá poder sobre tudo.

Deus é vida e a expressão das inúmeras forças de vida é encontrada perto de nós. Vida nos Mundos espirituais é chamada consciência. Vida no Mundo do Pensamento é chamada inteligência. Vida no Mundo Físico é chamada força.

O ser humano chega próximo à consciência na experiência mística da iluminação, na ocasião em que um raio divino desperta uma resposta em sua natureza superior; mas a constituição atual do ser humano não é capaz de manter esse estado enlevado constantemente e com consistência.

As energias fluem de acordo com as restrições que se vão apresentando e atuam em harmonia com os modelos dos Arquétipos da vida. Essas forças arquetípicas revelam as leis dominantes que governam todas as ações. A força, por si própria, não tem um objetivo, a menos que esteja dirigida pelo intelecto, embora a inteligência esteja, normalmente, limitada à esfera das manifestações objetivas.

Na Filosofia Rosacruz aprendemos que o universo é criado pela consciência (vontade), apoiado pela sabedoria (conhecimento aplicado com amor) e, finalmente, desintegrado pela força (atividade).

Olhe a seu redor. Um instrumento musical não inventa o som, ele obedece à mão de um musicista. Quanto mais perfeito for o instrumento, mais doce será a música. A luz não se origina nas belas joias, mas é um reflexo, e quanto mais pura for a joia maior será sua radiação brilhante.

Do mesmo modo, o ser humano não deu origem ao pensamento, à vontade e à inteligência. Ele é um espelho no qual os poderes de Deus e da Natureza são refletidos, um instrumento através do qual o desejo eterno se expressa. Em outras palavras, em uma pequena gota de orvalho temos a réplica em miniatura do oceano universal e isso é compreendido pela inteligência. Todas as forças superiores estão contidas no ser humano, mesmo assim ele é apenas uma imitação do ser humano universal, até que desperte para as forças ocultas da criação, que estão dentro dele.

A força da visão não vem do olho, nem o ouvir vem do ouvido, nem o sentir vem dos nervos. É o Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida manifestado aqui – que vê, ouve e sente através destes órgãos físicos. Sabedoria, razão e pensamento não estão contidos no cérebro, mas essas qualidades pertencem ao Espírito invisível que sente através do coração e pensa usando como instrumento de leitura dos seus cinco sentidos o cérebro. Todas essas forças estão contidas no universo invisível e se manifestam através de suas formas materiais representativas.

Uma perfeita manifestação da força só pode ocorrer em um instrumento perfeitamente construído. Se o canal for imperfeito, a manifestação será imperfeita, mas isso, de maneira nenhuma, indica que a força original seja imperfeita. A menos que o intelecto humano descubra o princípio evidente nas formas manifestadas, o raio divino faltará. A sabedoria tem de encontrar sua resposta no Coração de seu futuro criador. É bem verdade quando se diz que a imaginação é a causa de muitas doenças e a fé é a cura de todas. Gêmeos – filho da sabedoria – responde a seu mais alto chamado. Entenda e se apegue ao imenso significado de sua herança no Mundo Físico. A luz e a vida do universo necessitam de um olho com o qual possam ver a necessidade de expressão, resultante da crescente manifestação das forças zodiacais, as forças criadoras do universo. Para aumentar a atenção para com a consciência de Deus, e para reproduzir uma esfera maior de atividade, os princípios cósmicos penetraram muito profundamente na matéria.

Aprendemos que Signos precisam ser reconhecidos como VIDA, não como forma, mas como grandes Seres Criadores. Precisamos convidá-los a trabalhar conosco, como amigos. Reconhecemos a função espiritual de todas as Hierarquias Criadoras.

Áries e Touro têm sido mostrados como representando uma mistura de forças positivas e negativas (vontade e amor) do Pai e é devido a essa união que toda nossa criação existe como a conhecemos hoje. Esses grandes Seres são diretamente responsáveis por todo o desenrolar e desenvolvimento que acontece no universo.

Áries, a vontade, é a força de vida do Pai, unida à Touro, o princípio feminino passivo na Natureza, e ambos no útero do tempo produziram o campo de operações no qual as Hierarquias Criadores subsequentes foram capazes de atuar. Todos os outros Signos (ou Hierarquias Zodiacais) são filhos deles.

Áries, como Caminho do Espírito, e Touro, o primeiro dos Signos femininos e a grande mãe Terra, se uniram para dar vida, luz e amor aos Signos seguintes do Zodíaco.

O resultado da realização dessas Hierarquias Criadoras está além da compreensão humana; são espíritos muito velhos e foram esquecidos pelos mortais. Sabe-se que eles nos deram alguma ajuda no início do nosso Esquema de Evolução e, tendo completado seu trabalho, desapareceram da existência limitada, para a liberação. Não mais representam Hierarquias Criadoras ativas que ajudam o progresso do ser humano ou dependam da aceitação dele das Leis da Vida e do Universo.

Depois que as forças de Áries e Touro formaram a base para manifestações futuras, Gêmeos chegou à Terra, com suas mãos estendidas, oferecendo o duplo presente: a inteligência e a sabedoria. Todos os presentes de Gêmeos são duplos – ele é a divina hermafrodita. Para as mulheres ele vem como homem, para os homens vem como mulher.

Quando entramos em contato com Gêmeos, somos recebidos nas portas de uma espaçosa mansão por Mercúrio, seu servo e amigo. Quando nos viramos para examinar o lar dessa importante personagem, notamos muitas coisas curiosas. Para alguns são mostrados terríveis e violentos pecados secretos, para outros botões perfumados e pensamentos de pura beleza e para outros, ainda, são mostradas joias ofuscantes. Alguns dos nativos de Gêmeos habilidosamente pegarão essas joias e as esconderão sob seus casacos, mas Mercúrio se vira para esconder um sorriso, pois sabe que as joias perderão sua luz e seu brilho quando longe de seu verdadeiro lar. Esses filhos necessitam disciplina, mas Mercúrio ainda não os punirá, pois ele é simplesmente um guia para aqueles que viajam no caminho da vida. Ele é o instrumento através do qual muitas experiências necessárias são focalizadas. Mercúrio sabe que quando os nativos de Gêmeos aprendem sua lição, não mais serão perturbados e confundidos por tentações.

A casa de Gêmeos

A casa de Gêmeos está construída em um local alto e tem duas grandes torres. Em uma há muitos trabalhos inteligentes produzidos pelos cérebros dos seres humanos, na outra estão escondidos os sinais e símbolos secretos. Na segunda está guardado o báculo (a vara, o cajado, o cetro) de Mercúrio, o boné alado e as sandálias que são dadas a seu mensageiro, quando há trabalho a ser feito. Da primeira torre, vem a indicação do lugar para onde Mercúrio será enviado e o trabalho que deve tomar forma pela realização e consumação do ser humano. Da segunda torre, Gêmeos traz para fora um símbolo que abre o Coração do ser humano para o qual a mensagem é levada.

(*) Advertência:

A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próxima do ou no segundo decanato do Signo (10º graus até 20º graus)

Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela

Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição.
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus deste podem modificar a descrição

Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.

(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Os nativos de Gêmeos precisam perceber que essa Hierarquia Criadora traz em si uma grande força divina para o uso do ser humano. Gêmeos desperta o ser humano – em formação – e dá a ele um campo de operação no qual o Ego possa continuar a agir. O plano de Deus é lei e ordem e todas as coisas no universo tem um lugar importante no Esquema da Evolução e em cada partícula que nos cerca. Todo desenvolvimento da humanidade depende igualmente tanto do avanço das coisas maiores como das menores da criação. Gêmeos deve aprender bem essa lição: as almas jovens aprendem pelas experiências amargas e as almas velhas pela observação.

É por isso que esse grande Ser manda seu mensageiro, Mercúrio, com uma indicação de trabalho que deve tomar forma, porque pelo seu duplo talento: inteligência e sabedoria, ele possui o símbolo que abrirá o Coração daquele para quem a mensagem é dirigida. As qualidades mentais e espirituais desse Signo dão aos nativos de Gêmeos suas mais fortes características e proporcionam uma bênção interior maravilhosa e que pode ser observada pelo seu esplendor radiante.

Gêmeos é inquieto e se movimenta de cômodo em cômodo, abrindo e fechando portas e lugares secretos, pois procura a verdade e a encontrará. As formas externas pouco significam para Gêmeos, só o conteúdo tem valor para ele. Gêmeos não está interessado no que ouve ou no que lhe é mostrado. Olha além das cenas aparentes para encontrar a verdade. Mercúrio pode ser considerado o mediador das forças que lutam pelo controle da alma humana. Mercúrio é o Deus da Inteligência e como o mercúrio químico, ele age como um solvente (de acordo com os alquimistas) ao procurar harmonizar os diversos opostos celestiais.

Fatos remotos são rapidamente desvendados, assim como impurezas são eliminadas à medida que a harmonia se estabelece.

Gêmeos subirá sempre rapidamente, pois ele está ávido para respirar os Éteres mais finos que são encontrados lá em cima. Seu lar deveria ser as estrelas e com luz dourada.

Gêmeos não pode ser confinado – não enquanto a verdade puder iluminar o caminho do ser humano. Mercúrio carregará a tocha da razão até que ela encontre uma resposta nos corações da humanidade e, também, até que a sabedoria se torne suprema. Seus símbolos são inteligência e sabedoria e com as mãos entrelaçadas de amor e amizade levará essas dádivas para todos os nativos de Gêmeos. O geminiano tem a faculdade excepcional de ser capaz de compreender muitos pontos de vista que dizem respeito a uma decisão e, portanto, essas pessoas são, frequentemente, hesitantes quanto a posições a tomar e nem sempre reconhecem sua força potencial. Gêmeos é um Signo positivo, masculino. Quando crianças são, muitas vezes, incompreendidas, mas são, do mesmo modo, capazes de desprezar essa compreensão. O geminiano tem a aptidão de adquirir hábitos por meio do contato e associações com outras pessoas. Não obstante, muitas experiências indesejáveis possam ocorrer nos primeiros anos de formação, o geminiano tem a habilidade de se descartar das condições negativas sem necessidade de muita ajuda. Toda criança de Gêmeos deveria ser exercitada mentalmente e receber ajuda positiva dos pais, professores e parentes próximos. Uma palavra encorajadora vinda de alguém mais puro que nós pode nos animar a um maior esforço moral, que talvez não pensássemos possuir e julgássemos estar muito além de nossa força. Contudo, é nossa própria força latente que produz essa reação e essa força emerge. Do mesmo modo, uma inteligência maior do que a nossa própria inteligência, um Ego mais puro, alguém mais consciente da própria divindade, pode nos ajudar a revelar a energia divina que está em nós, porque é essa revelação que nos eleva a um plano mais elevado. O geminiano, em particular, reagirá favoravelmente ao estímulo de uma força superior, mas o caráter, a fibra moral, deve se tornar uma parte inerente de sua natureza para ter um valor permanente.

Não tente esconder coisas do geminiano, pois como Mercúrio eles são observadores – nada lhes escapa! Naturalmente propensos a sonhos e visões, fantasias e imaginações, os reflexos mentais e emocionais são estimulados ao extremo. Com essas reações, o geminiano precisa de muito carinho e atenção.

Os nativos de Gêmeos precisam estudar seriamente e, acima de tudo, precisam aprender a começar e terminar o que começam. Coisas soltas, deixadas de lado, representam oportunidades perdidas que fazem a diferença entre os dois tipos desse Signo: o positivo e o negativo. Aceitar responsabilidades e aprender a realizá-las em face às dificuldades não é tarefa fácil para o geminiano, mas é esse o caminho do desenvolvimento para ele.

Em todas as experiências da vida, os problemas e as dificuldades encontradas pela humanidade se tornam mais trágicas quando ampliadas, no entanto, quando o geminiano dá importância e pensa profundamente na sua própria jornada pela vida, é certo que ocorrerá um verdadeiro despertar. Uma resposta intuitiva para as ocasiões e condições da vida, ajuda muito.

Coordenação física e o uso construtivo da energia – mesmo em grau mínimo – é uma indicação de harmonia interior e de controle para os geminianos.

A força da alma vem da paz, da harmonia e das experiências da vida que ajudam a compreender os problemas alheios. Uma pessoa atenta procura aprender pela observação. Gêmeos pensa. Se ele puder evitar tomar partido, se envolver emocionalmente, é certo que desenvolverá mais seus talentos e habilidades e reconhecerá seus valores espirituais.

As lições devem ser absorvidas, mas não necessariamente através só de experiências ruins!

É trabalho do Espírito (Sol) transformar os estados negativos em atitudes positivas dinâmicas. Com o cultivo das forças latentes, tiramos a sabedoria da experiência. A liberdade de expressão crescerá e despertará estados superiores de consciência. Gêmeos não está satisfeito com condições limitadas e precisa externar todas as suas forças para merecer o ideal progressivo que procura. As qualidades versáteis e adaptáveis desses nativos são típicas e assim pegando um pouco aqui, um pouco ali, eles vão construindo uma base sólida, assegurando o seu crescimento. Um raio divino abre seu Coração e de seu interior as forças criadoras da vida iluminam o caminho com uma radiação brilhante. A consciência despertada do ser humano e dirigida para esse estado superior desenvolverá um canal para o fluxo de energias muito fortes.

A sabedoria circunda o ser humano desenvolvido como uma veste dourada de suaves tons espirituais. A essência da alma é o veículo espiritualizado de pureza radiante que o ser humano desperto possui. Gêmeos recebe, do mesmo modo, uma grande força de vida do universo invisível e das Hierarquias Criadoras. A sabedoria está à disposição do refinado filho de Gêmeos, que deve deixar Mercúrio levá-lo por seu caminho.

Fique atento e observe profundamente. O caminho de Mercúrio e Gêmeos é razão e inteligência e o fruto desse trabalho consciente e elevado é a sabedoria.

Nenhuma lição é de valor real como princípio ativo de vida se a sua verdade for assimilada superficialmente.” (Max Heindel).

(de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em junho de 1982)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook: O Corpo Vital – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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O Corpo Vital – Max Heindel – Prefácio – Introdução
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo I – Durante Períodos e Revoluções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo II – Durante as Épocas
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo II – Na Saúde e na Doença
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo III – No sono e nos sonhos
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo IV – Na Morte e nos Mundos invisíveis
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo V – A Caminho do Renascimento
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo VI – As Crianças
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte III – O CORPO VITAL DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo I – Um Fator Importante
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo II – O Efeito das Orações, dos Rituais e Exercícios
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