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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossa Jornada Cíclica

Há corpos celestes e corpos terrestres, mas certamente uma é a glória dos celestes e outra, a dos terrestres. Uma é a claridade do Sol e outra é a claridade das estrelas, porque até uma estrela difere em claridade de outra estrela.”

(I Cor 15:40-41)

Toda pessoa dada à meditação uma vez ou outra há de ter considerado a imensidade do tempo e, talvez, chegado a mesma conclusão que Walt Whitman em seu trabalho “Canção de mim mesmo” no Poema 20 onde ele detalha sobre a amplitude do tempo[1]. Comparando o tempo com nossa curta estadia sobre a Terra, compreendemos que nossa existência aqui dura só um momento ínfimo, um relâmpago de consciência.

A evolução é um fato na natureza e aponta para um plano, uma meta que pode ser alcançada com o tempo. Permite-nos chegar à conclusão de que seremos capazes de alcançar a perfeição por meio da experiência. “Em qualquer parte na natureza encontra-se esse lento e persistente esforço pela perfeição.”

Sabemos, por intuição, que para o ser humano existe algo mais do que este curto lapso de existência no meio físico. Continuando a viver esta nossa vida diária descobrimos que o tempo segue sua marcha inexorável, quer nos interessemos por ele ou não, e que a morte é o fim de cada existência, de cada ser que vive sobre a Terra. Essa conclusão nos faz formular as seguintes perguntas, formal e meditativamente: de onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos?

Sabemos que nascemos em um Corpo Denso e pequenino, mas possuindo abundantes qualidades. Sabemos que esse Corpo cresce até alcançar a estatura de adulto e que realmente nos serve bem. Depois de funcionar durante uma vida ele se torna menos flexível e não executa nossas ordens tão prontamente como antes. Finalmente, em meio a todas as incertezas que esta vida nos oferece, há só uma certeza: que algum dia nossa jornada terminará.

Com a ajuda da lógica e da intuição, da analogia e da fé, chegamos à conclusão de que a morte não põe fim à nossa existência. Há dentro de nós algo indicando que todos os sonhos e todos os nossos planos não terão fim quando terminar nossa existência física. Se o ser humano não possuísse mais do que o Corpo Denso, seria impossível manifestar algo mais do que as substâncias químicas que constituem a sua forma. O denso Mundo Físico é feito de cristais inertes, porém o pensamento e o sentimento do ser humano penetram em reinos superiores. Devemos realmente compreender que são necessários outros e mais sutis veículos para suas múltiplas experiências no plano terrestre.

Agora se impõe a seguinte pergunta básica e devemos encontrar a sua resposta. Descobrimos que o que chamamos de morte é uma mudança da consciência de um plano de existência a outro.

Há leis cósmicas e imutáveis que não são menos importantes para a nossa vida espiritual e mental do que a lei da gravidade é para a nossa existência física.

Descobrimos que a matéria e a energia nunca estão em estado de repouso, mas perpetuamente estão mudando de um estado de visibilidade a um estado de invisibilidade e vice-versa. Sondando o enigma da nossa existência temos de tomar em consideração esse fato. Temos que admitir que “vivemos em um Mundo de efeitos que é o resultado de causas invisíveis”.

Não podemos perceber as forças que moldam a matéria e a forma, as quais são invisíveis aos nossos sentidos. Reconhecemo-las por suas manifestações. A eletricidade, para mencionar uma delas, chegou a ser o servidor mais valioso do ser humano, depois dele compreender as leis que a regem. Com a ajuda da câmera fotográfica, do microscópio e dos Raios-X, estamos começando a olhar o interior, os, até agora, invisíveis processos da natureza. Porém, até que o ser humano obtenha um sentido inteiramente novo, será incapaz de resolver o problema dos reinos invisíveis, completamente.

É lógico concluir que os “mortos” se encontram agora em Mundos invisíveis para nós. Porém há alguns que, tendo conhecimento direto e definido, percebem esse plano por meio de um sexto sentido. Não existe algo de sobrenatural nisso, mas como é “suprafísico” deve despertar-se e se desenvolver.

As palavras de Cristo, “Procurai e encontrareis“, foram particularmente aplicadas às qualidades espirituais e dirigidas a “qualquer um que as deseje”. Não existe alguém que impeça e, sim, muitos que desejam ajudar o investigador sincero que está à procura do conhecimento.

O desenvolvimento desse conhecimento começa com “o melhoramento de si mesmos”.

Os Mundos invisíveis estão divididos em diferentes reinos, porém essa divisão não é arbitrária, mas necessária, porque cada plano é regido por leis diferentes. Como cada Mundo está composto de matérias diferentes, o ser humano deve ter um veículo feito da mesma substância com o objetivo de poder funcionar naquele Mundo. Como foi escrito pelo Apóstolo São Paulo na sua Epístola aos Coríntios, “Como trazemos em nós a imagem do ser humano terrestre, devemos também trazer a imagem do celeste”.

No estado de vigília, todos os veículos do ser humano são concêntricos com o Corpo Denso, quando o pensamento, o sentimento e a ação estão funcionando. Mas, quando o Corpo se cansa e esgota, esses veículos mais elevados saem do Corpo Denso. Isso causa a inconsciência, sobrevindo o sono. Assim, esse veículo denso pode ser restaurado, tornando-se de novo útil e eficiente.

O ser humano é uma parte da natureza e, também, é uma miniatura dela. A vida do nosso Planeta reflete-se em menor escala na vida humana. O Grande Ser que habita nosso Planeta é um dos Sete Espíritos diante do Trono. O ser humano também é um Espírito e foi feito à semelhança de Deus.

A fonte dos Planetas é o pai Sol e eles giram em torno dele em ciclos elípticos. O espírito humano dá voltas ao redor de sua fonte, Deus, também em órbita elíptica.

O ser humano está mais perto de Deus quando sua esfera o leva para próximo de sua fonte. E está mais distante enquanto vive sua vida aqui na Terra, em seu Corpo Denso. Todos nós sentimos em algum momento a saudade das regiões celestiais.

Essas posições cambiantes são necessárias para que o ser humano possa adquirir experiências variadas e realizar-se como um ser humano completo. No presente, o ser humano não pode permanecer perpetuamente no Céu, nem um Planeta pode parar e permanecer imóvel.

Cada existência terrestre é um capítulo da história da vida, extremamente humilde no começo, porém aumentando em importância à medida que nos elevamos a posições mais e mais altas de responsabilidade humana.

Nenhum limite é concebível, porque em essência somos divinos e, portanto, devemos ter as infinitas possibilidades de Deus. O poder para desenvolver essas potencialidades internas está dentro de nós. E o trazemos conosco em cada nascimento.

Na presente circunstância, a morte é uma necessidade. Novos nascimentos em novos ambientes fornecem ao ser humano outras oportunidades de aprender todas as lições que ele possa desejar aprender durante um dia na escola da vida.

Temos de compreender que a continuidade da vida é um fato fundamental, se desejamos estudar a existência do ser humano aqui e no Além. O renascimento, assim como a Lei da Causa e Efeito, torna possível que o ser humano desenvolva todos os seus poderes latentes na amplitude do tempo.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.T.: poema 20 da obra Canção de Mim Mesmo (Song for Myself):

Quem vai ali? Cheio de realizações, tosco místico, nu;

Como extraio energia da carne que consumo?

O que é um homem afinal? O que sou eu? O que és tu?

Tudo o que marco como sendo meu tu deves compensar

com o que é teu.

De outro modo seria perda de tempo me ouvir.

Não lanço a lamúria da minha lamúria pelo mundo inteiro,

De que os meses são vazios e o chão é lamaçal e sujeira.

Choradeira e servilismo são encontrados junto com os

remédios para inválidos, a conformidade polariza-se

no ordinário mais remoto.

Uso meu chapéu como bem entender dentro ou fora de casa.

Por que eu deveria orar? Por que deveria venerar e ser

cerimonioso?

Tendo inquirido todas as camadas, analisado as minúcias,

consultado os doutores e calculado com perícia,

Não encontro gordura mais doce do que aquela que

se prende aos meus próprios ossos.

Em todas as pessoas enxergo a mim mesmo, em nenhuma

vejo mais do que eu sou, ou um grão de cevada a menos.

E o bem e o mal que falo de mim mesmo eu falo delas.

Sei que sou sólido e sadio.

Para mim os objetos convergentes do universo

perpetuamente fluem,

Todos são escritos para mim, e eu devo entender o que a

escrita significa.

Sei que sou imortal,

Sei que a órbita do meu eu não pode ser varrida pelo

compasso de um carpinteiro,

Sei que não passarei como os círculos luminosos que as crianças

fazem à noite, com gravetos em brasa.

Sei que sou augusto.

Não perturbo meu próprio espírito para que se defenda ou

seja compreendido,

Vejo que as leis elementares nunca pedem desculpas,

(Reconheço que me comporto com um orgulho tão alto

quanto o do nível com que assento a minha casa, afinal).

Existo como sou, isso me basta,

Se ninguém mais no mundo está ciente, fico satisfeito.

E se cada um e todos estiverem cientes, satisfeito fico.

Um mundo está ciente e esse é incomparavelmente o maior

de todos para mim, e esse mundo sou eu mesmo,

E se venho para o que é meu, ainda hoje ou dentro de

dez mil anos, ou dez milhões de anos,

Posso alegremente recebê-lo agora, ou esperá-lo com

alegria igual.

Meus pés estão espigados e encaixados no granito,

Debocho daquilo que chamas de dissolução,

E conheço a amplitude do tempo.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Hierarquias Zodiacais – Gêmeos: Intelecto e Sabedoria

O ser humano é uma essência espiritual a quem foi dada a Sabedoria Divina. A emanação espiritual ofusca o ser humano em cada um dos seus renascimentos. O ser humano é, portanto, não um novo Espírito, mas o mesmo que já renasceu muitas vezes antes. O elementoespiritual se desenvolve gradualmente e começa a se tornar ativo já na criança. Não é absorvido de imediato, mas desperta gradualmente, à medida que o ser humano cresce e chega à razão e à inteligência.

Muitos vivem, casam-se e morrem sem chegar a possuir, por completo, o raio divino da sabedoria que, sozinho, pode transformar o indivíduo em um ser humano imortal. Há uma grande diferença entre a Individualidade (vida) e a Personalidade (forma), sendo que a Personalidade é uma máscara mutável que o raio individual produz.

A única maneira de se desenvolver uma Individualidade mais forte e maior é agindo. Cada ato cria um novo impulso que, acrescentando à energia já existente, aumenta sua força. Resolva e ouse obedecer às Leis de Deus e você se tornará seu próprio senhor e possuirá poder sobre tudo.

Deus é vida e a expressão das inúmeras forças de vida é encontrada perto de nós. Vida nos Mundos espirituais é chamada consciência. Vida no Mundo do Pensamento é chamada inteligência. Vida no Mundo Físico é chamada força.

O ser humano chega próximo à consciência na experiência mística da iluminação, na ocasião em que um raio divino desperta uma resposta em sua natureza superior; mas a constituição atual do ser humano não é capaz de manter esse estado enlevado constantemente e com consistência.

As energias fluem de acordo com as restrições que se vão apresentando e atuam em harmonia com os modelos dos Arquétipos da vida. Essas forças arquetípicas revelam as leis dominantes que governam todas as ações. A força, por si própria, não tem um objetivo, a menos que esteja dirigida pelo intelecto, embora a inteligência esteja, normalmente, limitada à esfera das manifestações objetivas.

Na Filosofia Rosacruz aprendemos que o universo é criado pela consciência (vontade), apoiado pela sabedoria (conhecimento aplicado com amor) e, finalmente, desintegrado pela força (atividade).

Olhe a seu redor. Um instrumento musical não inventa o som, ele obedece à mão de um musicista. Quanto mais perfeito for o instrumento, mais doce será a música. A luz não se origina nas belas joias, mas é um reflexo, e quanto mais pura for a joia maior será sua radiação brilhante.

Do mesmo modo, o ser humano não deu origem ao pensamento, à vontade e à inteligência. Ele é um espelho no qual os poderes de Deus e da Natureza são refletidos, um instrumento através do qual o desejo eterno se expressa. Em outras palavras, em uma pequena gota de orvalho temos a réplica em miniatura do oceano universal e isso é compreendido pela inteligência. Todas as forças superiores estão contidas no ser humano, mesmo assim ele é apenas uma imitação do ser humano universal, até que desperte para as forças ocultas da criação, que estão dentro dele.

A força da visão não vem do olho, nem o ouvir vem do ouvido, nem o sentir vem dos nervos. É o Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida manifestado aqui – que vê, ouve e sente através destes órgãos físicos. Sabedoria, razão e pensamento não estão contidos no cérebro, mas essas qualidades pertencem ao Espírito invisível que sente através do coração e pensa usando como instrumento de leitura dos seus cinco sentidos o cérebro. Todas essas forças estão contidas no universo invisível e se manifestam através de suas formas materiais representativas.

Uma perfeita manifestação da força só pode ocorrer em um instrumento perfeitamente construído. Se o canal for imperfeito, a manifestação será imperfeita, mas isso, de maneira nenhuma, indica que a força original seja imperfeita. A menos que o intelecto humano descubra o princípio evidente nas formas manifestadas, o raio divino faltará. A sabedoria tem de encontrar sua resposta no Coração de seu futuro criador. É bem verdade quando se diz que a imaginação é a causa de muitas doenças e a fé é a cura de todas. Gêmeos – filho da sabedoria – responde a seu mais alto chamado. Entenda e se apegue ao imenso significado de sua herança no Mundo Físico. A luz e a vida do universo necessitam de um olho com o qual possam ver a necessidade de expressão, resultante da crescente manifestação das forças zodiacais, as forças criadoras do universo. Para aumentar a atenção para com a consciência de Deus, e para reproduzir uma esfera maior de atividade, os princípios cósmicos penetraram muito profundamente na matéria.

Aprendemos que Signos precisam ser reconhecidos como VIDA, não como forma, mas como grandes Seres Criadores. Precisamos convidá-los a trabalhar conosco, como amigos. Reconhecemos a função espiritual de todas as Hierarquias Criadoras.

Áries e Touro têm sido mostrados como representando uma mistura de forças positivas e negativas (vontade e amor) do Pai e é devido a essa união que toda nossa criação existe como a conhecemos hoje. Esses grandes Seres são diretamente responsáveis por todo o desenrolar e desenvolvimento que acontece no universo.

Áries, a vontade, é a força de vida do Pai, unida à Touro, o princípio feminino passivo na Natureza, e ambos no útero do tempo produziram o campo de operações no qual as Hierarquias Criadores subsequentes foram capazes de atuar. Todos os outros Signos (ou Hierarquias Zodiacais) são filhos deles.

Áries, como Caminho do Espírito, e Touro, o primeiro dos Signos femininos e a grande mãe Terra, se uniram para dar vida, luz e amor aos Signos seguintes do Zodíaco.

O resultado da realização dessas Hierarquias Criadoras está além da compreensão humana; são espíritos muito velhos e foram esquecidos pelos mortais. Sabe-se que eles nos deram alguma ajuda no início do nosso Esquema de Evolução e, tendo completado seu trabalho, desapareceram da existência limitada, para a liberação. Não mais representam Hierarquias Criadoras ativas que ajudam o progresso do ser humano ou dependam da aceitação dele das Leis da Vida e do Universo.

Depois que as forças de Áries e Touro formaram a base para manifestações futuras, Gêmeos chegou à Terra, com suas mãos estendidas, oferecendo o duplo presente: a inteligência e a sabedoria. Todos os presentes de Gêmeos são duplos – ele é a divina hermafrodita. Para as mulheres ele vem como homem, para os homens vem como mulher.

Quando entramos em contato com Gêmeos, somos recebidos nas portas de uma espaçosa mansão por Mercúrio, seu servo e amigo. Quando nos viramos para examinar o lar dessa importante personagem, notamos muitas coisas curiosas. Para alguns são mostrados terríveis e violentos pecados secretos, para outros botões perfumados e pensamentos de pura beleza e para outros, ainda, são mostradas joias ofuscantes. Alguns dos nativos de Gêmeos habilidosamente pegarão essas joias e as esconderão sob seus casacos, mas Mercúrio se vira para esconder um sorriso, pois sabe que as joias perderão sua luz e seu brilho quando longe de seu verdadeiro lar. Esses filhos necessitam disciplina, mas Mercúrio ainda não os punirá, pois ele é simplesmente um guia para aqueles que viajam no caminho da vida. Ele é o instrumento através do qual muitas experiências necessárias são focalizadas. Mercúrio sabe que quando os nativos de Gêmeos aprendem sua lição, não mais serão perturbados e confundidos por tentações.

A casa de Gêmeos

A casa de Gêmeos está construída em um local alto e tem duas grandes torres. Em uma há muitos trabalhos inteligentes produzidos pelos cérebros dos seres humanos, na outra estão escondidos os sinais e símbolos secretos. Na segunda está guardado o báculo (a vara, o cajado, o cetro) de Mercúrio, o boné alado e as sandálias que são dadas a seu mensageiro, quando há trabalho a ser feito. Da primeira torre, vem a indicação do lugar para onde Mercúrio será enviado e o trabalho que deve tomar forma pela realização e consumação do ser humano. Da segunda torre, Gêmeos traz para fora um símbolo que abre o Coração do ser humano para o qual a mensagem é levada.

(*) Advertência:

A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próxima do ou no segundo decanato do Signo (10º graus até 20º graus)

Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela

Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição.
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus deste podem modificar a descrição

Em tais casos o Estudante dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.

(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Os nativos de Gêmeos precisam perceber que essa Hierarquia Criadora traz em si uma grande força divina para o uso do ser humano. Gêmeos desperta o ser humano – em formação – e dá a ele um campo de operação no qual o Ego possa continuar a agir. O plano de Deus é lei e ordem e todas as coisas no universo tem um lugar importante no Esquema da Evolução e em cada partícula que nos cerca. Todo desenvolvimento da humanidade depende igualmente tanto do avanço das coisas maiores como das menores da criação. Gêmeos deve aprender bem essa lição: as almas jovens aprendem pelas experiências amargas e as almas velhas pela observação.

É por isso que esse grande Ser manda seu mensageiro, Mercúrio, com uma indicação de trabalho que deve tomar forma, porque pelo seu duplo talento: inteligência e sabedoria, ele possui o símbolo que abrirá o Coração daquele para quem a mensagem é dirigida. As qualidades mentais e espirituais desse Signo dão aos nativos de Gêmeos suas mais fortes características e proporcionam uma bênção interior maravilhosa e que pode ser observada pelo seu esplendor radiante.

Gêmeos é inquieto e se movimenta de cômodo em cômodo, abrindo e fechando portas e lugares secretos, pois procura a verdade e a encontrará. As formas externas pouco significam para Gêmeos, só o conteúdo tem valor para ele. Gêmeos não está interessado no que ouve ou no que lhe é mostrado. Olha além das cenas aparentes para encontrar a verdade. Mercúrio pode ser considerado o mediador das forças que lutam pelo controle da alma humana. Mercúrio é o Deus da Inteligência e como o mercúrio químico, ele age como um solvente (de acordo com os alquimistas) ao procurar harmonizar os diversos opostos celestiais.

Fatos remotos são rapidamente desvendados, assim como impurezas são eliminadas à medida que a harmonia se estabelece.

Gêmeos subirá sempre rapidamente, pois ele está ávido para respirar os Éteres mais finos que são encontrados lá em cima. Seu lar deveria ser as estrelas e com luz dourada.

Gêmeos não pode ser confinado – não enquanto a verdade puder iluminar o caminho do ser humano. Mercúrio carregará a tocha da razão até que ela encontre uma resposta nos corações da humanidade e, também, até que a sabedoria se torne suprema. Seus símbolos são inteligência e sabedoria e com as mãos entrelaçadas de amor e amizade levará essas dádivas para todos os nativos de Gêmeos. O geminiano tem a faculdade excepcional de ser capaz de compreender muitos pontos de vista que dizem respeito a uma decisão e, portanto, essas pessoas são, frequentemente, hesitantes quanto a posições a tomar e nem sempre reconhecem sua força potencial. Gêmeos é um Signo positivo, masculino. Quando crianças são, muitas vezes, incompreendidas, mas são, do mesmo modo, capazes de desprezar essa compreensão. O geminiano tem a aptidão de adquirir hábitos por meio do contato e associações com outras pessoas. Não obstante, muitas experiências indesejáveis possam ocorrer nos primeiros anos de formação, o geminiano tem a habilidade de se descartar das condições negativas sem necessidade de muita ajuda. Toda criança de Gêmeos deveria ser exercitada mentalmente e receber ajuda positiva dos pais, professores e parentes próximos. Uma palavra encorajadora vinda de alguém mais puro que nós pode nos animar a um maior esforço moral, que talvez não pensássemos possuir e julgássemos estar muito além de nossa força. Contudo, é nossa própria força latente que produz essa reação e essa força emerge. Do mesmo modo, uma inteligência maior do que a nossa própria inteligência, um Ego mais puro, alguém mais consciente da própria divindade, pode nos ajudar a revelar a energia divina que está em nós, porque é essa revelação que nos eleva a um plano mais elevado. O geminiano, em particular, reagirá favoravelmente ao estímulo de uma força superior, mas o caráter, a fibra moral, deve se tornar uma parte inerente de sua natureza para ter um valor permanente.

Não tente esconder coisas do geminiano, pois como Mercúrio eles são observadores – nada lhes escapa! Naturalmente propensos a sonhos e visões, fantasias e imaginações, os reflexos mentais e emocionais são estimulados ao extremo. Com essas reações, o geminiano precisa de muito carinho e atenção.

Os nativos de Gêmeos precisam estudar seriamente e, acima de tudo, precisam aprender a começar e terminar o que começam. Coisas soltas, deixadas de lado, representam oportunidades perdidas que fazem a diferença entre os dois tipos desse Signo: o positivo e o negativo. Aceitar responsabilidades e aprender a realizá-las em face às dificuldades não é tarefa fácil para o geminiano, mas é esse o caminho do desenvolvimento para ele.

Em todas as experiências da vida, os problemas e as dificuldades encontradas pela humanidade se tornam mais trágicas quando ampliadas, no entanto, quando o geminiano dá importância e pensa profundamente na sua própria jornada pela vida, é certo que ocorrerá um verdadeiro despertar. Uma resposta intuitiva para as ocasiões e condições da vida, ajuda muito.

Coordenação física e o uso construtivo da energia – mesmo em grau mínimo – é uma indicação de harmonia interior e de controle para os geminianos.

A força da alma vem da paz, da harmonia e das experiências da vida que ajudam a compreender os problemas alheios. Uma pessoa atenta procura aprender pela observação. Gêmeos pensa. Se ele puder evitar tomar partido, se envolver emocionalmente, é certo que desenvolverá mais seus talentos e habilidades e reconhecerá seus valores espirituais.

As lições devem ser absorvidas, mas não necessariamente através só de experiências ruins!

É trabalho do Espírito (Sol) transformar os estados negativos em atitudes positivas dinâmicas. Com o cultivo das forças latentes, tiramos a sabedoria da experiência. A liberdade de expressão crescerá e despertará estados superiores de consciência. Gêmeos não está satisfeito com condições limitadas e precisa externar todas as suas forças para merecer o ideal progressivo que procura. As qualidades versáteis e adaptáveis desses nativos são típicas e assim pegando um pouco aqui, um pouco ali, eles vão construindo uma base sólida, assegurando o seu crescimento. Um raio divino abre seu Coração e de seu interior as forças criadoras da vida iluminam o caminho com uma radiação brilhante. A consciência despertada do ser humano e dirigida para esse estado superior desenvolverá um canal para o fluxo de energias muito fortes.

A sabedoria circunda o ser humano desenvolvido como uma veste dourada de suaves tons espirituais. A essência da alma é o veículo espiritualizado de pureza radiante que o ser humano desperto possui. Gêmeos recebe, do mesmo modo, uma grande força de vida do universo invisível e das Hierarquias Criadoras. A sabedoria está à disposição do refinado filho de Gêmeos, que deve deixar Mercúrio levá-lo por seu caminho.

Fique atento e observe profundamente. O caminho de Mercúrio e Gêmeos é razão e inteligência e o fruto desse trabalho consciente e elevado é a sabedoria.

Nenhuma lição é de valor real como princípio ativo de vida se a sua verdade for assimilada superficialmente.” (Max Heindel).

(de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em junho de 1982)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook: O Corpo Vital – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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O Corpo Vital – Max Heindel – Prefácio – Introdução
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo I – Durante Períodos e Revoluções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte I – EVOLUÇÃO PASSADA DO CORPO VITAL DO SER HUMANO – Capítulo II – Durante as Épocas
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo II – Na Saúde e na Doença
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo III – No sono e nos sonhos
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo IV – Na Morte e nos Mundos invisíveis
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo V – A Caminho do Renascimento
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte II – O CORPO VITAL DO SER HUMANO NA ATUAL ÉPOCA ÁRIA – Capítulo VI – As Crianças
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte III – O CORPO VITAL DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS – Capítulo I – Natureza e Funções
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo I – Um Fator Importante
O Corpo Vital – Max Heindel – Parte IV – A RELAÇÃO DO CORPO VITAL COM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL – Capítulo II – O Efeito das Orações, dos Rituais e Exercícios
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carregue Sua Cruz Com Classe

Todos sempre dizemos que temos “uma cruz” para carregar, mas isso é apenas um ditado popular; o que temos são nossas dívidas – contraídas em vidas passadas, devido as nossas transgressões às Leis Divinas e, muitas vezes, a nossa insistência em atrapalhar esse perfeito Esquema de Evolução – que escolhemos pagar nessa vida (quando estamos nos preparativos para esse renascimento no Terceiro Céu e escolhemos dentre os Panoramas que nos são apresentados), nessa grande escola da vida, aqui renascidos nesse Mundo Físico.

Essa “cruz” é exatamente o que podemos suportar. Nunca nos é dado “um fardo maior do que podemos carregar”.

Então, arregacemos as mangas e com toda a disposição, toda vontade, vamos torná-la a menos pesada possível.

Carregue-a sem dureza, inteligentemente, mostrando a superioridade da boa vontade e a elegância do consentimento.

Carregue-a devagar, sem pressa nenhuma, sabendo que nunca lhe será fácil andar assim a dois: você e sua cruz.

Carregue sua cruz, em silêncio, sem espalhar pelos quatro ventos o tamanho do seu peso, a profundidade da sua chaga, a conta exata dos meses e anos, que tem cruz nos ombros.

Carregue sua cruz, sabendo que todos a têm e que a sua nem sempre é a mais pesada, mais dura e duradora.

Carregue sua cruz, elegantemente, sem aumentar a dos outros com a propaganda da sua como se todo mundo tivesse de ser seu Cirineu, outro ofício não tendo na vida, a não ser na sua cruz.

Carregue sua cruz, aceitando o grande ritmo da vida humana, que é o dia a dia, sem implicância com o amanhã, sem aderências com o ontem, firme, fiel, feliz, como o dia que nasce e a fonte que mana.

Carregue sua cruz, lado a lado com seu irmão, carregador de cruz também, sentindo-se bem em pertencer ao mesmo exército de luta.

Carregue sua cruz, indo contra alergias, deitando por terra antipatias surdas, chegando a dialogar com o madeiro carregado.

Carregue sua cruz, crendo que ela vale, que ela promove, descobrindo que só ela vale, na vida: só ela promove os vivos.

Carregue sua cruz, retomando-a, logo que acordam as primeiras barras do dia, antes que o desgosto traga suas alergias.

Carregue sua cruz, tomando parte na imensa procissão dos vivos, no mais idoso cerimonial da mais anciã das liturgias.

Carregue sua cruz, de rosto manso, de alma lisa, de coração inteligentemente alerta, como ofício de base, gesto natural.

Carregue sua cruz, mostrando que deu uma batalha e levantou a palma de uma vitória, uma das que mais importam na vida.

Carregue sua cruz na dificuldade que encontrou, purificando-se no fogo que tocou, pulando o abismo que viu.

Carregue sua cruz, acreditando nas vantagens que lhe trará, certo da promoção que esconde, buscando a lição que contém.

Carregue sua cruz, distraidamente sem passar os dias e as horas, na parada contemplação da dor, que lhe visita a vida.

Carregue sua cruz, como quem leva uma pedra fundamental de construção, finca um pilar de ponte, passa num exame, sobe um degrau.

Carregue sua cruz, de pé, como as árvores, como os faróis da barra, como os montes que peregrinam para cima.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro de 1969-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Amor a Deus

O primeiro dos Dez Mandamentos dados por Deus a Moisés foi: “amar a Deus sobre todas as coisas“. Que também pode ser interpretado como: “não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20:1-3).
Além disso, estes Dez Mandamentos é um magnífico sumário da melhor legislação antiga. Entretanto, Cristo-Jesus conseguiu ainda apresentar-nos uma síntese que mais do que genial deve ser qualificada como divina. Esses 10 mandamentos estão contidos nos dois preceitos: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:40).
Embora dados por Deus no Antigo Testamento, são estes Dez Mandamentos o fundamento da moral Cristã, porque foram explicitamente ratificados por Cristo e seus Apóstolos: “não julgueis que vim destruir a lei ou os profetas. não vim a destruí-los, mas sim a dar-lhes cumprimento.” (Mt 5:17 e Rom 8:7).

E por falar em Lei, estas, em sua maioria, se constituem de proibições. O motivo é que a Lei é uma súmula do que devemos observar obrigatoriamente. O resto fica por conta do livre arbítrio de cada indivíduo e do seu modo de ser.

O Primeiro Mandamento deixa subentender a onipresença de Deus. De fato, Ele está em toda a criação e além dela. Dependendo do grau de consciência do Reino de Vida ou do indivíduo em evolução, a manifestação de Deus é vista de uma ou de outra maneira.

Durante a chamada Involução, curva descendente que nos levou do nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais, a esse Mundo Físico estávamos sob um processo de desenvolvimento inconsciente. O foco era o interesse pessoal de se desenvolver, de formar os nossos veículos para que pudéssemos trabalhar nos diversos Mundos. E foi assim que nos afastamos da compreensão da onisciência de Deus.

Por outro lado, foi esse foco no interesse pessoal que nos fez avançar no Caminho da Evolução. Com esse afastamento da compreensão da onisciência de Deus, criamos outros deuses, acreditando que estes são verdadeiros, tais como: Riquezas, Poder e Fama.

Parece que nos esquecendo da existência de outro Mundo senão esse Mundo Físico, (aliás, nem todo o Mundo Físico, senão somente a Região Química), criamos, cortejamos, idolatramos e buscamos esses deuses desse Mundo.

Entretanto, o Primeiro Mandamento nos instrui a não termos outros deuses. E é certo que ninguém pode servir a dois senhores: ou servimos a Deus ou servimos ao Mundo! Por isso exorta, insistentemente, o Apóstolo São Pedro que: “vivamos neste mundo como estrangeiros e peregrinos” (1Pdr 2:11).

Agora, isso não quer dizer que devemos ser materialmente pobres, ou que recusemos cargos importantes relacionados ao nosso trabalho, ou que, ainda, fujamos da fama e que nos afastemos do amor. Pelo contrário, ao exercermos essas habilidades, mostremo-nos desapegados, tratando-as como uma administração de talentos que temos o privilégio de receber de Deus para melhor evoluirmos. Nada disso nos pertence!

Quando nos é colocado uma oportunidades como essa a disposição, é para que multipliquemos nossos talentos. É para usarmos como exemplos para os nossos irmãos mais débeis. Como podemos ver na Parábola dos Talentos em no Evangelho Segundo São Mateus 25:14-30. Somos somente depositários dessas habilidades!

Todo esse apego a tais habilidades, buscando enfocá-las nesse Mundo Físico fazia sentido durante a Involução. Lá sim, era espantosa a nossa avidez em acumular bens seja por meio: do poder, da fama, da fortuna ou do egoísmo. Isso é totalmente coerente e explicável, naqueles tempos. Isso porque estávamos somente sob o regime de Jeová. Esses bens acumulados se convertiam em sinais externos de que estávamos vivendo conforme suas diretrizes, suas Leis. No entanto, o processo de involução e conquista da Região Química do Mundo Físico já constituiu nossos objetivos de vida na Terra e já usufruímos de toda a experiência que esse estágio poderia nos oferecer! Estamos há muito tempo na Evolução, a curva ascendente que está nos levando desse Mundo de volta ao nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais.

Então, agora, quando recebemos de Deus o privilégio de administrar esses talentos o objetivo é outro. Não precisamos mais acumular esses bens para mostrar a Jeová que estamos vivendo sob suas Leis!

Já aprendemos a construir os nossos veículos: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e Mente. Já estamos utilizando-os para nosso progresso. Já estamos funcionando sob a diretriz do Cristo.

Nesse caminho ascendente da Evolução o objetivo é outro: a aquisição de experiência através da sutilização dos nossos Corpos. E como se sutiliza um Corpo? Através da obtenção da quintessência extraída de cada um deles, trabalhando na parte superior de cada um. Assim, não os deixaremos que eles se cristalizem. Utilizar os nossos Corpos para servir é sutilizá-los.

Por outro lado, utilizar os nossos Corpos para acumular é cristalizá-los. Mais uma vez: isso não significa que devemos ser pobres materialmente ou que recusemos cargos influentes ou que fujamos a fama ou que nos afastemos do amor.

Afinal, muitas vezes, a pobreza material não é virtude; é sinal de omissão, de irresponsabilidade ou de dívidas contraídas em vidas anteriores e pagas nesta! Virtude, sim, é ter e não possuir.

O fato de termos posses materiais deve ser encarado como privilégio dado por Deus de podermos administrar essas posses, mostrando-nos desapegados delas creditando tudo a Deus. Mas, não nos preocupemos em adquirir mais e mais posses materiais. Lembremo-nos que a única fortuna pela qual “devemos lutar é somente a abundância de oportunidades para servir os nossos irmãos”. Essa orientação pode ser buscada no Evangelho Segundo São Lucas 12:27: “Olhai como crescem os lírios: eles não trabalham, nem fiam e, contudo, eu vos afirmo que nem Salomão em toda a sua glória se vestia como um deles. Se, pois, ao feno do campo, que hoje é e amanhã é lançado no forno, Deus veste assim quanto mais a vós, Homens de pouca fé?

Ou, ainda de outra forma no Evangelho Segundo São Mateus 6:33: “Buscai, pois primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça e, todas essas coisas se vos acrescentarão“.

Muitas vezes a ausência do poder pode ser sinônimo: de egoísmo, de comodismo ou de restrição nesta vida como consequência do abuso do poder em vidas anteriores. O poder é um talento dado por Deus para que possamos auxiliar nossos irmãos no Caminho da Evolução.

O poder aqui mencionado não é aquele usado para tirar vantagem de um irmão ou de uma irmã mais débil. Não é aquele que, aliado a astúcia, nos faz esmagar o irmão ou a irmã que precisa de ajuda tirando dele tudo o que podemos para proveito próprio. Se a nós foi dado o privilégio de exercer esse poder, ele deve ser usado para melhorar a humanidade, para nos ajudar a discernir onde podemos aplicá-lo e servir melhor e mais eficientemente, com amor e sincero profundo sentimento de serviço. Ilusório acharmos que o poder que adquirimos aqui e que julgamos com o qual influenciar o nosso entorno é verdadeiro. “qual sombra acaba a vida do homem.” (Sl 143:4).

Muitas vezes a ausência de fama significa: comodismo, apatia, egoísmo, medo ou covardia. As oportunidades nos são dadas de acordo com o nosso grau de desenvolvimento. Se esse requer nossa exposição, devemos aproveitar para darmos um bom exemplo de como devemos viver a vida. O saber que estamos sendo observados e comentados deve ser encarado como grande responsabilidade de administrar um talento dos mais importantes. Afinal, aprendemos que: “um exemplo vale mais do que mil palavras”.

Mas a fama aqui não é o desejo de ser: cortejado, paparicado, aparecer nas colunas sociais, ser tido como exemplo intelectual num grupo ou ser reconhecido como um guru, um orientador, um guia espiritual. A fama que fazemos referência aqui é aquela que todos nós devemos aspirar, ou seja, aquela que possa aumentar a nossa capacidade de transmitir a Boa Nova, a fim dos sofredores poderem encontrar o descanso para a dor de seu coração.

Afinal, a fama desse mundo é transitória. Busquemos a graça de Deus! Pois toda a fama temporal e toda grandeza humana, comparada com a glória de Deus não passa de vaidade. Como estudamos no Evangelho Segundo São João 5:44: “busquem os judeus a fama uns dos outros, eu busco aquela que vem só de Deus“. O perigo de todo esse processo é sermos envolvidos pela vaidade, orgulho pessoal e desvirtuar esse importante talento, tornando-nos um guru ou um guia para um determinado grupo, fato totalmente contrário por quem seguem os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, a Fraternidade Rosacruz.

Lembremo-nos da importantíssima premissa do método Rosacruz de conhecimento direto: “O método Rosacruz procura desenvolver, desde o princípio no aspirante, a confiança em si, o domínio próprio o esclarecimento a respeito de sua própria natureza e Deus que o criou.”. Se queremos que seja assim conosco, ajudemos a despertar nos nossos irmãos e em nossas irmãs essa mesma diretriz desde o momento primeiro!

Muitas vezes o afastamento do amor significa: uma opção pela vida em egoísmo, ou em amor familiar, ou em amor escolhido como se tivéssemos sabedoria suficiente para saber quem está certo ou errado quem supostamente “mereceria” o nosso amor. O amor-próprio nos prejudica mais que qualquer outra coisa no mundo.

Cada coisa pode nos prender mais ou menos a esse mundo material, segundo o amor que temos para com essa coisa. Se o nosso amor for puro, simples e bem ordenado, tenhamos a certeza de que de nenhuma dessas coisas seremos escravo.

Portanto, o amor que devemos buscar, cultivar, aspirar e vivenciar é aquele “unicamente da alma, que abarca todos os seres elevados e inferiores e que aumenta em proporção direta às necessidades daquele que recebe”.

Pois: “nada há estável debaixo do Sol, onde tudo é vaidade e aflição de espírito.” (Ecle 1:14).

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quais foram os presentes dos Reis Magos?

Resposta: A Bíblia nos diz que eram ouro, mirra e incenso. O ouro sempre foi considerado o símbolo do Espírito nas antigas lendas e na simbologia. Na história do Anel dos Niebelungos, dramatizada por Wagner, nós observamos como as donzelas do Reno brincavam com o elemento aquoso no fundo do rio Reno. A água era iluminada pela chama do ouro. Essa lenda nos reporta ao tempo em que esses filhos da névoa viviam nas maravilhosas condições da primitiva Atlântida, onde formavam uma vasta fraternidade, inocentes e infantis, e o Espírito Universal ainda não havia interpenetrado nos corpos separados.

O ouro que jazia sobre a rocha, no fundo da água, era o símbolo do Espírito Universal iluminando toda a Humanidade. Mais tarde, ele é roubado e fundido num anel por Alberico, o Niebelungo, que renega o amor para possuir esse ouro. Então, se torna o símbolo do Ego separado na presente Era sem amor e de egoísmo. O ser humano que se tornou sábio e percebe os males do egoísmo oferece ouro ao Cristo, como um símbolo de seu desejo de retornar ao Espírito Universal do Amor.

O segundo presente, a mirra, é uma planta aromática muito rara e escassa que cresce na Arábia. É o símbolo da Alma. Dizem as lendas dos santos que ao se santificarem eles exalavam um aroma. Isso é considerada uma fábula piedosa, mas é um fato real que um indivíduo pode se tornar tão santo que passe a exalar um aroma delicioso.

O terceiro presente, o incenso, é um símbolo do Corpo Denso, que foi eterizado por uma vida santa, pois o incenso é um vapor físico. O ministro do interior da Sérvia, um dos conspiradores que planejou o regicídio nesse país há menos de uma década, escreveu suas memórias. Parecia, segundo ele, que quando queimavam incenso no momento em que convidavam as pessoas para se juntar em sua conspiração, invariavelmente conseguiam convencê-los. Ele não sabia o porquê, simplesmente mencionou isso como uma curiosa coincidência. Mas, para o ocultista o assunto está claro.

Nenhum espírito pode trabalhar num determinado Mundo sem um veículo feito do material desse Mundo. Para funcionar no Mundo Físico, para ir e vir, necessitamos ter um Corpo Denso e um Corpo Vital; ambos feitos dos vários graus de matéria física – sólidos, líquidos, gás e Éter. Podemos obter tais veículos pelo método comum, passando pelo útero até o nascimento, ou podemos extrair o Éter do Corpo Vital de um médium e usá-lo temporariamente para se materializar, ou ainda usar a fumaça do incenso.

Assim, constatamos que os presentes dos Reis Magos são o Espírito, a Alma e o Corpo, dedicados ao serviço da Humanidade. Dar-se é imitar Cristo, e seguir Seus passos.

(Pergunta nº 95 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Mundo do Desejo Inferior

Augusta Foss Heindel

Há, atualmente, na humanidade, um desejo extraordinário em saber algo a respeito da vida nos reinos invisíveis. Muitos ainda são incrédulos e não aceitam a ideia de uma outra existência após deixarem seus Corpos Densos, mas há um desejo crescente de entender e contatar esses reinos invisíveis e isso tem atraído muitos irmãos e irmãs materialistas.

Não podemos mais duvidar de que influências astrais (Sol, Lua e Planetas) são também responsáveis por essa mudança de atitudes no mundo.

Ouvimos com frequência a expressão: “Está no ar”, e até o incrédulo está agora mais propenso a convencer-se.

Estamos em um momento nesse Esquema de Evolução que aqueles que puderem responder às vibrações mais elevadas de Saturno, Netuno e Urano ajudarão no trabalho pioneiro de divulgar os Ensinamentos Cristãos Esotéricos, a Religião do futuro. Os que buscam e aceitam essas verdades avançadas, não mais duvidarão da existência da vida além-túmulo, tampouco temerão o assim chamado sobrenatural.

Aprendemos no livro o “Conceito Rosacruz do Cosmos” que somos um Tríplice Espírito e que funcionamos em um Tríplice Corpo; desses Corpos somente um pode ser visto com os olhos físicos. Diz São Paulo no 15º Capítulo, da Primeira Epístola aos Coríntios, Versículo 40: “Existem também corpos celestiais e corpos terrestres”; no versículo 44, “Existe um corpo natural e existe um corpo espiritual”.

Sem dúvida, aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que temos mais de um Corpo, e que o Corpo Denso é interpenetrado pelo Corpo Vital, que constrói e restaura durante o sono o que nós, com nossos desejos, destruímos durante o dia, e por um veículo ainda mais delicado conhecido como o Corpo de Desejos. Esse Tríplice Corpo corresponde a diversos Mundos Invisíveis que o cercam, consistindo-se dos mesmos graus de substância. A Região Química e a Região Etérica do Mundo Físico e o Mundo do Desejo, os diversos planos de existência, são de diferentes graus de densidade e se interpenetram mutuamente. Por exemplo, no Mundo do Desejo a densidade da matéria de desejo faz com que ele atue de forma análoga à fumaça, o que é mais pesado mantém-se baixo, próximo à Terra, enquanto o mais puro ou mais leve eleva-se no ar.

Durante a nossa vida no Mundo Físico, estamos constantemente utilizando nossos Corpos invisíveis por meio dos nossos pensamentos, desejos, sentimentos e emoções. Se os nossos desejos nos puxam para baixo, para uma vida de gratificações, de prazeres terrestres, de busca por satisfações mundanas, se o nosso tempo é gasto em prazeres inúteis e autogratificantes, ou se não tem outra aspiração mais elevada senão acumular riquezas materiais, então, nosso Corpo de Desejos poderá ser comparado a uma fumaça negra pesada. Depois que passamos para a vida além-túmulo, iremos, com o nosso Corpo de Desejos gravitar para uma região chamada Purgatório (que se encontra nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo), e que se encontra mais próxima do denso plano físico. Aí, nos purgaremos de todos os desejos, emoções e sentimentos inferiores que colocamos em ação durante a vida recém-finda; deveremos limpar o Corpo de Desejos antes que possamos nos elevar àquela Região mais elevada, que é chamada o Primeiro Céu (localizada nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo).

Se levássemos uma pessoa refinada, sensível, que tenha vivido uma vida pura e limpa, a um lugar sujo e promíscuo de uma grande cidade e a forçássemos a viver nesse ambiente, ela iria sofrer, ficar doente e, na primeira oportunidade, iria voltar ao seu meio. Da mesma forma, se tomarmos uma pessoa rude e degradada, que tenha sempre vivido em ambientes de vício, entre a imundice e a desonestidade e a colocarmos em um lugar refinado no meio de gente culta, ela irá se sentir muito desconfortável e na primeira oportunidade voltará aos seus antigos lugares. Condições semelhantes existem no Mundo do Desejo. A pessoa que tenha vivido uma vida limpa e espiritual, após falecer, permanecerá um curto período na parte inferior do Mundo do Desejo. Assim que se liberte de seu Corpo Denso, ascenderá rapidamente às Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo. Mas, a pessoa que nunca soube o que significa uma vida pura, que nunca pensou na vida além-túmulo, é como a fumaça espessa e negra, e paira próximo ao plano físico. Prefere se apegar ao seu antigo ambiente, especialmente se guardar algum rancor contra alguém no plano terrestre e quiser se vingar, então, permanecerá apegado à Terra até que tenha conseguido concretizar sua vingança contra aquela pessoa ou até que tal vontade morra por inanição. Pairará em lugares onde se pratica a incorporação de espíritos desencarnados ou no local em que viva seu inimigo, até que consiga influenciar alguma pessoa fraca ou negativa para executar seu plano de vingança. Com frequência tomamos conhecimento que um assassino ou ladrão declarou em juízo que, de repente, sentiu algo contra o qual não pôde resistir e que o levou a cometer o crime, alguma força obrigou-o a fazê-lo.

O pobre e fraco bêbado também é usado por espíritos desencarnados e, com frequência, é obrigado a beber, pois dessa maneira o degenerado no Mundo do Desejo obtém alguma satisfação.

No filme intitulado “Apegados à Terra” (Earthbound) de 1940, baseado na história de autoria de Basil King, um espírito apegado à Terra é retratado de forma maravilhosa, mostrando como ele influenciou seus amigos e parentes depois de ter sido alvejado por um amigo ciumento, com cuja esposa estava prestes a fugir. Imediatamente após o tiro e antes que seus parentes tomassem conhecimento da tragédia, sua filhinha, que brincava com o seu cachorro de estimação, viu o espectro do corpo de seu pai atravessando a sala. A criança correu para a mãe dizendo: “Papai esteve aqui há pouco, mas ele estava diferente!”. A mãe acusou a criança de estar mentindo. Infelizmente, é isso que frequentemente acontece com os pais, alegam que seus filhos têm imaginação fértil ou que faltam com a verdade, enquanto a criança é simplesmente clarividente e consegue ver o que o pai ou a mãe não veem.

Há alguns anos, uma senhora idosa faleceu aqui e era uma velha conhecida da autora. Tinha alcançado uma idade avançada e sua vida havia sido pura, altruísta; por causa de um corpo frágil, tinha passado muitos anos sentada tranquilamente em meditação.

Quando veio a falecer poderia ser comparada a um fruto muito maduro, que não pôde mais manter-se preso à árvore; portanto, o rompimento do Cordão Prateado, que comumente leva três dias e meio, no seu caso, levou menos de três horas.

Durante sua última doença e no seu delírio, ela pedia uma bengala que tinha pertencido a seu marido, o qual já havia passado a uma vida mais elevada vinte anos antes, e que ela se habituara a usar desde então. Morreu com a bengala, segurando-a firmemente com ambas as mãos e os parentes ficaram relutantes em separá-la de algo que tanto tinha amado em vida, de tal modo que a bengala foi cremada com seu corpo. Pouco tempo após seu desaparecimento, ela voltou para uma visita à autora; vê-la, foi, na verdade, uma visão magnífica. Seu Corpo de Desejos consistia somente dos braços, mãos e a cabeça e ela segurava a bengala (que tinha o aspecto tão natural como qualquer bengala de madeira poderia ter) com ambas as mãos. Ela parecia uma leve pena branca tentando levantar voo, porém, presa por uma pedra. Era tão leve que, se não fosse pela bengala que segurava firme com as duas mãos e que era como um peso a retê-la, teria passado Purgatório no Mundo do Desejo em poucos dias. Quando pedimos a ela que largasse a bengala, segurou-a com força, dizendo: “Não, eu preciso ficar mais um pouco”. A tristeza de uma de suas filhas mantinha-a presa à Terra. Ela queria muito consolar a filha, mas depois de cerca de seis semanas tornou-se impossível para ela continuar.

Uma das filhas dessa mesma senhora faleceu cerca de um ano após a morte de sua mãe. Estava em perfeita saúde e na plenitude de sua vida, vindo a falecer depois de alguns dias de doença. O marido que não acreditava em cremação, enviou o corpo para o agente funerário e foi usado um líquido para embalsamento. Cerca de três semanas após, ela nos visitou e estava em grande aflição, implorou para que disséssemos ao marido e aos filhos que jamais enviassem alguém novamente aos agentes funerários e, com grande angústia, declarou que eles a tinham cortado como em um açougue. Disse: “Oh, como sofri quando cortaram meu corpo! Procurei pedir-lhes que parassem, mas não consegui que me ouvissem ou percebessem”. Perguntou também por que não conseguia encontrar a mãe. Disse-me: “Eu a tenho procurado por toda a parte, porque é que o Sr. S. que morreu vinte e cinco anos antes de minha mãe ainda está aqui e eu não consigo encontrá-la?”. Disseram-lhe que sua mãe, devido à sua vida pura e altruísta, já havia passado para os planos mais elevados. No entanto, o Sr. S. estava preso à Terra por conta de muitas maldades que tinha feito à sua família durante sua vida terrena e não podia passar para Regiões mais elevadas enquanto aqueles a quem causou tanto mal, não estivessem também livres do corpo, para que ele pudesse, então, ter uma oportunidade de reparar parte das ofensas. Ela foi aconselhada a permanecer afastada de assuntos terrenos e trabalhar com o objetivo de passar a planos mais elevados onde poderia, finalmente, juntar-se a seu pai e à sua mãe.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Causa-raiz das Nossas Deficiências Físicas

Uma vez que o exterior reflete o interior, é nesse último que devemos procurar a causa- raiz de qualquer manifestação no Corpo Denso. Essas causas não são verificáveis por um exame apenas no Corpo Denso, mas podem ser discernidas por alguém capaz de investigar as condições dos Corpos mais sutis. Para saber as causas, encontradas nesses corpos sutis, dos efeitos manifestados no Corpo Denso é preciso possuir poderes espirituais para ler a Memória da Natureza, onde é gravado tudo desde o início dos tempos.

As pesquisas feitas no lado oculto da saúde e da doença fornecem uma luz surpreendente sobre a ciência da cura. Dos inúmeros fatos revelados, alguns podem ser citados, a título ilustrativo. Vejam no Livro Astrodiagnose – Um Guia para a Cura Definitiva vários exemplos.

As linhas da causa alcançam o passado distante e unem as forças de vida de cada uma das nossas palavras e transferem para dentro a substância cristalizada na nossa habitação e ambiente corporais presentes.

Se, portanto, não estamos satisfeitos com a nossa condição presente, faremos bem em lembrar que temos, por nosso próprio pensamento e ação no passado, nos tornado o que somos hoje; e que um pensamento e uma ação mais inteligentes hoje produzirão para nós um futuro melhor.

Nenhuma influência externa é responsável por nossas limitações; ninguém pode influir no nosso progresso em direção à perfeição, se nós não quisermos.

O Espírito interior é o único monitor do destino do ser humano. Nele reside todo o poder. A regeneração da sua natureza e a iluminação do Espírito prosseguem juntos. O pensamento é o grande poder regenerador: “transformai-vos, renovando a vossa Mente“, admoestou São Paulo. E novamente: “glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo“. Aqui temos as duas afirmações fundamentais de cura definitiva fornecidas por um dos médicos supremos de todos os tempos.

Para conhecer a saúde contínua e radiante é necessário viver em constante comunhão com a divindade interior. Nessa relação, a liberdade de todos os laços da causalidade passada. Esse foi o ensinamento do Cristo e de todos os iluminados que vieram após Ele, independentemente do tempo, lugar ou credo.

Afinal, sabemos que o ser humano não é um Corpo, mas um espírito interno, um Ego que utiliza o Corpo com crescente facilidade conforme evolui.

E, também, não há dúvida alguma: a lei para o Corpo é a “sobrevivência do mais apto”. Mas, para o Espírito a lei de evolução pede “Sacrifício”.

É claro e manifesto: quando o ser humano se inclina para uma diretriz de conduta mais elevada no trato com os demais, o impulso deve vir de dentro, de uma fonte não idêntica à do Corpo.

Do contrário não lutaria contra este, para fazer prevalecer esse impulso sobre os interesses mais óbvios do Corpo. Além disso, essa força tem que ser mais forte que a do Corpo, para triunfar e sobrepor-se aos desejos, impelindo ao sacrifício em benefício dos fisicamente mais débeis. 

Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda é a sombra que projeta. Quanto mais altos os ideais, mais claramente podemos ver nossos defeitos e nossas deficiências e compreendê-los de um modo fraterno, paciente e compassivo.

Enquanto renascidos aqui, é certo que “aprendemos mais com os nossos erros do que com os nossos êxitos”. Devemos, pois contemplar o Mundo Físico através da luz apropriada; considerá-lo uma valiosa escola de experiências, onde aprendemos lições da mais alta importância.

E é por isso que, em certo sentido, o Mundo Físico é uma espécie de Escola-Modelo ou um laboratório experimental, onde se aprende a trabalhar corretamente nos outros Mundos, conheçamos ou não a sua existência, o que prova a grande sabedoria dos criadores do plano.

Se apenas conhecêssemos os Mundos superiores, cometeríamos muitos erros que só se revelariam quando as condições físicas fossem utilizadas como critério.

Lembre-se: o nosso papel neste atual Esquema de Evolução é conquistar e aprender a criar a partir da Região Química do Mundo Físico; ou seja: o baluarte da evolução é aqui!

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Médico Testemunha uma Passagem

Fui educado nos comuns métodos materialistas da medicina: tratar doentes e prestar atenção meramente à saúde física. Mas, apesar desse treinamento que atrofiou e inibiu a mais apurada sensibilidade da minha contraparte espiritual, eu ansiava por um conhecimento e uma felicidade que nenhum meio material ou método de vida tivessem oferecido.

O incidente narrado a seguir mudou toda a minha linha de raciocínio e conhecimento de vida, pois agora eu sei que a nossa limitada vida aqui na Terra, no Corpo Denso, não dura mais que um momento, quando comparada a todo o tempo que temos para desenvolver esta parte de nós que é indestrutível: a alma.

Recebi, profissionalmente, um chamado para ver minha tia na noite que se tornou para mim a mais importante da minha vida. Quando eu primeiro apareci para vê-la, ela parecia lúcida e forte. Seu coração batia de forma ritmada e normal. Ela aparentava boas condições. Contudo, após ter lá permanecido certo tempo, pareceu-me, intuitivamente, notar uma mudança em suas condições físicas. Percebi que sua partida aconteceria em poucas horas. Estou feliz em ver, agora, que a minha percepção espiritual é mais aguçada do que pensei e que eu soube primeiro, sem raciocínio intelectual, que seu tempo de vida havia terminado.

Os primeiros sinais de morte aconteceram às dez da noite. Os últimos sinais de vida do Corpo Denso não cessaram antes das sete da manhã seguinte. Assim, toda aquela noite se passou no limiar entre o físico e o espiritual, tempo em que eu passei por uma das mais fantásticas experiências da minha vida, porque eu vi a separação do elemento espiritual do corpo do seu invólucro físico. Eu vi a formação do Cordão Prateado que une o Corpo Vital ao Corpo Denso. Eu vi como um corpo espiritual de indistinta substância nebulosa se tornou um corpo angelical vivo e lindo: o corpo da minha tia no vigor da sua vida. Eu vi as ondas pulsantes do espírito através do Cordão Prateado espiritual que conectava os dois Corpos, o Corpo Denso e o Corpo Vital.

Então, no momento preciso do nascimento da alma no plano espiritual, o Cordão Prateado partiu-se e a nova vida no novo mundo espiritual teve início, exatamente quando a morte no plano físico reivindicou o Corpo Denso.

A primeira coisa que detectei com a minha visão espiritual, ao me sentar ao lado da cama dessa pessoa querida, foi a gradual formação do Corpo Vital, independente e separado do Corpo Denso. Imediatamente acima do Corpo Denso, arruinado pela dor, percebi o contorno vago e nebuloso de uma substância brumosa e semelhante, no plano físico, à neblina ou vapor em condensação. Contemplei essa forma com interesse e deslumbramento, pois parecia ter uma vida que a diferenciava de qualquer outra forma de névoa que eu tivesse testemunhado antes.

Essa substância pareceu formar-se a uns setenta centímetros acima da cama, sobre a contraparte física. Pareceu alongar-se até o comprimento do Corpo Denso. Então começou a se moldar em seus contornos definitivos. Vi primeiro as vagas linhas gerais de um corpo. Vi o crescimento da roupagem espiritual. Depois eu vi iniciar-se a definição do contorno da expressão facial. Eu contemplava a reprodução, como em um espelho, do Corpo Denso da minha tia, mas com uma diferença: agora, a expressão era de juventude, beleza, paz e contentamento. Os olhos estavam fechados em um sono fora da Terra. Nada me era transmitido, a não ser paz e repouso.

Enquanto eu observava o surgimento desse corpo espiritual, tudo parecia natural, como se não houvesse um único traço da luta e da dor que eu havia visto antes desse processo ter iniciado. Meus olhos se arregalaram maravilhados, enquanto a forma espiritual ganhava mais vida. Foi quando a minha visão espiritual pareceu se transferir, sem a minha vontade, para o Corpo Denso. Vi, então, o “Cordão Prateado”, que estava ainda conectado aos dois Corpos, dando vida a cada um e fornecendo os meios para a transferência da vida do físico para o espiritual. O Cordão Prateado tinha cerca de setenta centímetros de comprimento, composto de uma radiação suave, brilhante e prateada, que era quase luminosa e tão brilhante que resplandecia diante de mim. Ele se projetava do Corpo Denso na base do crânio, na protuberância occipital. Então, se elevou acima e além do corpo, onde se uniu à contraparte espiritual, no mesmo lugar, na base da cabeça do corpo espiritual.

Então, eu abri mais completamente meus olhos à vida espiritual diante de mim, à minha volta. Em um lampejo, percebi a atual condição espiritual da minha mãe, que anos antes tinha feito sua transição do Mundo Físico para os Mundos espirituais. Vi a seguir a figura do meu tio, o esposo da tia que estava partindo para encontrar seus entes queridos. Vi também o filho dela, meu primo, que há muito já havia partido para novas aventuras. Percebi outros também à minha volta, reunidos naquele pequeno quarto que subitamente se tornara para mim um santuário, um lugar sagrado onde pude, de forma ínfima, achar-me na presença da vida eterna. A contraparte espiritual estava agora mais real do que a física. Uma radiação pairava sobre o Corpo Vital e a vida estava mais definidamente manifestada nele. As cortinas brilhavam à luz suave do astral. O Cordão Prateado ligado aos dois Corpos brilhava com mais intensidade. Eu sabia que a passagem estava quase completa.

Novamente tive a atenção voltada para o Cordão Prateado. Percebi os fios que o formavam. Vi o primeiro fio se romper e enrolar, exatamente na conexão com o Corpo Denso, na base do cérebro. Então outro fio se rompeu e enrolou, conforme acontece quando um fio retesado é cortado do seu suporte. Assim, durante aqueles longos minutos, foi feita a preparação para o rompimento final da conexão terrena com o libertado Corpo Vital.

Vi, então, o rompimento do último fio do Cordão Prateado que conectava a alma da pessoa que eu amava a qualquer vestígio de sua origem terrena. Apareceu diante dos meus olhos, simbolicamente, uma tesoura dourada. Essa tesoura se abriu e fechou; então o corpo espiritual estava livre.

O corpo espiritual endireitou-se vagarosamente e flutuou em posição vertical, ganhando uma aparência de consciência e animação. Os olhos abriram-se lentamente e brilharam com vida e amor. O rosto estava agora transfigurado de alegria e radiante felicidade. As vestimentas do espírito se estenderam suavemente sobre o corpo espiritual recentemente libertado.

Em seguida, a verdadeira espiritualidade começou a se apresentar. Onde anteriormente havia alguma aparência de velhice e preocupação, agora não existia mais. Eu estava contemplando uma alma na majestade da sua plenitude. Estava contemplando juventude e, ao mesmo tempo, a completa maturidade da experiência. Estava vendo o zênite da alma que havia completado uma vida de serviço e abnegação. Eu estava vendo a recompensa espiritual por uma vida bem vivida.

(Resumido da revista “Rays from the Rose Cross”, julho/agosto de 1998)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Mensagem de Amor – Como Cresceu a Violeta Branca

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. Há um grupo de espíritos por quem os Anjos são muito afáveis durante o intervalo entre as vidas terrenas. Esse grupo é composto de seres que estão se esforçando para vir ao mundo, mas são impedidos de fazê-lo pela Lei do Destino, uma vez que ainda há lições que devem, primeiro, ser aprendidas nas regiões iluminadas dos Mundos espirituais. Nesse grupo estão reunidos Egos que enfrentarão árduas lições em outro dia terrestre e que devem, portanto, estar bem-preparados para enfrentar as pesadas provações e situações difíceis que estão por vir. Os Anjos, sabendo disso, lhes concede muitos pensamentos amorosos e ternos cuidados para que eles utilizem durante esse tempo de preparação. Mais detalhes? Leia aqui: Uma Mensagem de Amor – Como Cresceu a Violeta Branca

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