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As Nove Sinfonias de Beethoven – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Sexta Sinfonia

Por Corinne Heline

CAPÍTULO VI – SEXTA SINFONIA – FÁ MAIOR – OPUS 68

“Existe música no suspiro de um junco,

Existe música no alvoroçar de um riacho,

Existe música em todas as coisas, se o homem tiver ouvidos.

A Terra é somente o eco das esferas.”

Lord Byron[1]

A Sexta Sinfonia é uma das melhores peças musicais em toda classe de música absoluta. Beethoven nem uma vez transgrediu os grandes princípios da forma e do equilíbrio nessa Sinfonia. O movimento de abertura é um verdadeiro retrato campestre cheio de tônicas e dominantes da alegria do verão. O aroma do riacho com seu sonolento e repetido desenho na corrente das cordas é o refrão sempre soando na Natureza.

Romaine Rolland em “Beethoven”.

Beethoven foi um grande poeta que segurou a natureza com uma das mãos e o homem com a outra.

Autor Desconhecido

A Sexta Sinfonia foi terminada em 1808 e primeiramente apresentada em Viena no mesmo ano.

Há um triângulo cósmico composto por Deus, o Ser Humano e a Natureza. O ser humano é o pequeno deus no Grande Indivíduo. Quanto mais próximo o ser humano entra em sintonia com Deus, mais profundamente ele penetra nos mistérios da natureza.

É bastante significativo que, para a Sexta ou Sinfonia da Natureza, Beethoven tenha escolhido o tom de Fá Maior. Fá é a nota-chave musical da Terra e que verde é a sua cor. Estudantes de musicoterapia estão cientes do fato de que o uso de composições musicais nessa tonalidade produzirão efeitos benéficos sobre várias formas de tensão nervosa e sobre nítidos e prolongados efeitos da insônia. Qualquer pessoa que tenha ficado cansada ou debilitada por excesso de tensão e que tenha passado apenas uma só noite numa floresta de pinheiros, respirando sua suave fragrância, não duvida da força curadora da natureza nem dos efeitos rejuvenescedores da cor verde, pois, na verdade, essa é a cor da vida.

Em seu livro “Essais De Technique Et D’Esthetique Musicales”, Elie Poirée[2] observa que a Sinfonia Pastoral de Beethoven que está escrita em Fá Maior tem a “cor-auditiva” correspondente à cor verde. Compreendendo como ele compreendia a profunda importância espiritual das diferentes tonalidades, Beethoven escolheu com o maior cuidado a nota-chave de cada uma das nove Sinfonias.

Também deve-se notar o fato de que a nota-chave da Sexta Sinfonia está correlacionada com Virgem, o sexto Signo do Zodíaco. Virgem é um Signo feminino e pertence à triplicidade da Terra. Está, portanto, afinado com a Mãe Natureza. Seu símbolo é a virgem segurando um feixe de trigo. Entre as notas-chaves espirituais de Virgem, está o “Serviço” por meio do som e da beleza. Esses atributos também caracterizaram os motivos musicais da bela Sexta Sinfonia de Beethoven ou, como é popularmente chamada, a Sinfonia Pastoral.

Nessa Sinfonia, que é verdadeiramente “um Hino sublime à Natureza”, Beethoven procurou transcrever algo das harmonias existentes nas operações do triângulo cósmico de “Deus, Natureza e Ser Humano”. Daí, ela exprimir muito mais que uma viagem através dos bosques ou uma caminhada entre cenas silvestres. Na repentina tempestade de verão, tão graficamente expressa no quarto movimento, Beethoven está descrevendo a batalha pela supremacia entre os Espíritos da Natureza que sempre ocorre numa tempestade. O trovão é a voz do Ar, o relâmpago, do Fogo, e a chuva, da Água, sendo a tempestade a sua luta pelo domínio sobre a Terra. Essa é uma magnífica visão e um som magnífico para aqueles que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir. A linda canção no Finale é uma transcrição direta para a percepção humana da música daqueles Seres Celestiais que guiam e dirigem a vida e as atividades de toda a natureza. Como Beethoven mesmo declarou, “Nos campos, parece que eu ouço cada árvore repetindo ‘Sagrado, Sagrado, Sagrado’”.

Do segundo movimento, o Andante, chamado pelo compositor de “Uma Cena perto de um Riacho”, Vincent d´Indy[3] diz: “É a mais admirável expressão da natureza genuína em existência”, acrescentando que “só há algumas poucas passagens em Siegfried e em Parsifal de Wagner que podem ser comparadas com ela”. A propósito da comparação aqui feita, pode ser lembrado que Wagner, em seu trabalho, procurou combinar em seus dramas musicais o que Beethoven procurou expressar em suas Sinfonias, e Shakespeare em seus dramas. Pode ser que Wagner, em suas passagens sobre a natureza, tenha se inspirado na Sinfonia Pastoral de Beethoven.

Ainda citando Vincent d´Indy em seu comentário sobre o segundo movimento: “Enquanto o fluxo do riacho proporciona base para todo o segundo movimento, melodias adoráveis brotam expressivamente e o tema feminino do allegro inicial emerge de novo sozinho, como se estivesse inquieto com a falta de seu companheiro. Cada seção do movimento é completada pela entrada de um tema de algumas notas, puras como uma prece. É o artista que fala, que reza, que ama e que se delicia em coroar as partes de seu trabalho com um tipo de aleluia. Esse tema expressivo termina as exposições sobre os passos do desenvolvimento, no meio dos quais as tonalidades obscuras provocam uma sombra por cima da Terra. Então, seguindo os episódios leves do canto dos pássaros, o tema é repetido três vezes, para concluir com uma afirmação comovente”.

A mensagem dessa Sinfonia, como Beethoven disse, é “Uma aproximação ao conhecimento de Deus através da Natureza”.

Um escritor definiu admiravelmente a fé de Beethoven que era cósmica e não cega, dizendo: “A Natureza era a Divindade para Beethoven; dela, ele tinha aprendido a aceitar todos os fenômenos como reflexões da Mente de Deus. Ele se sentia um ser escolhido de revelação sobrenatural, um herói, um salvador que tinha sofrido e, elevando-se, tinha sentido a vida divina dentro dele… À doutrina da Natureza em Deus e Deus na Natureza, de Deus imanente no universo, ele acrescentou uma mística compreensão de Deus como habitando em um simples indivíduo artístico e criativo”.

Há uma grande Sinfonia soando para sempre através da natureza, uma rara Sinfonia de harmonia e beleza que é inaudível para os ouvidos humanos e invisível para os olhos humanos até que se tenha elevado a consciência ao ponto onde ela possa se comunicar com os poderes que funcionam no lado interno da vida. O som do vento nas árvores, o estrondo da tempestade, o tamborilar da chuva, o melancólico chamado do cuco e o terno som da canção do rouxinol que são tão graficamente transcritos nessa Sinfonia, não são mais do que um aspecto da beleza e da harmonia da natureza. Em sons musicais refinados e Etéricos, o compositor transmite a música rarefeita do brotar da tenra grama, o desdobrar das pétalas das flores, o movimento das novas forças vitais nas folhas que brotam, no movimento rítmico dos Espíritos do Ar e no canto alegre de seres angelicais – todas essas coisas delicadas e intangíveis que pertencem ao lado oculto da natureza, Beethoven expressou no segundo e terceiro movimentos com tal delicadeza e beleza que suas maiores interpretações provavelmente não conseguiram descrever.

Beethoven era um filósofo musical profundo que possuiu não só a faculdade de perceber o lado vital da natureza, mas também teve o incomparável dom de transcrever algo da linguagem espiritual para que todos a ouvissem. Todos, no entanto, não desenvolveram a sensibilidade para perceber os tons superiores espirituais que ele foi capaz de colocar dentro de suas composições divinamente inspiradas. Mas, eles estão lá esperando reconhecimento, enquanto a humanidade se eleva suficientemente em consciência para acompanhar o compositor aos planos dos quais ele retirou sua sublime inspiração. Nesse meio tempo, aqueles que não são ainda capazes de compartilhar completamente em tudo o que o compositor experimentou na criação de seus trabalhos imortais são, no entanto, beneficiários do que eles realmente ouvem num maior sentido vital do que geralmente é reconhecido.

A música origina-se no Mundo celeste e, se o ser humano está ciente do fato ou não, ela serve para preservar nele, embora de maneira muito tênue, alguma recordação das esferas divinas das quais ele veio e para as quais ele está destinado a voltar. Torna-se um fator importante prevenir o ser humano de cair no esquecimento de seu verdadeiro lar.

E assim, ouvindo a Sinfonia Pastoral de Beethoven, o Ego humano é realmente colocado em contato com mais do que impressões de natureza externa qualquer que possa ser o grau de sua percepção consciente do que é então conectado. Lá está; ela colide com seus veículos mais sutis e deixa uma impressão que é refinadora, sensibilizadora, construtiva e redentora.

Portanto, não é somente música da natureza, como esse termo é geralmente compreendido, que Beethoven deu ao mundo em sua Pastoral. Não é uma tentativa de descrever programaticamente cenas físicas e efeitos atmosféricos. Para aqueles que podem perceber as nuances espirituais desta criação sinfônica, melodias alegres de pássaros transportam comunicações angélicas, águas correntes carregam uma paz interior, os campos abertos expandem os horizontes, enquanto florestas são transformadas em grandes catedrais e montanhas em elevadas cidadelas de Deus.

A SEXTA INICIAÇÃO

A nota-chave espiritual da Sexta Sinfonia é “unidade”. Seis é um número que expressa luz, amor e beleza. Esses são os humores musicais prevalecentes da Sexta Sinfonia.

A Sexta Sinfonia está relacionada com a sexta camada da Terra. É o Estrato Ígneo. Nessa conexão, não temos que considerar o fogo no sentido literal, pois esta sexta camada é luminosa. O ocultista entende a diferença entre Fogo e Chama. Fogo é uma força espiritual e Chama é o aspecto material daquela força. Moisés esteve diante da sarça ardente que não era consumida, o que significa que ele esteve na presença do ser espiritual da Luz que queimava, mas não se consumia.

Essa sexta camada da Terra reflete as forças espirituais daquele plano elevado que é conhecido metafisicamente como o Mundo da Consciência Crística. É o plano no qual todo o sentido de separatividade foi transcendido e a verdadeira universalidade de toda a vida é realizada. Aqui, a unidade completa prevalece. Se, em obediência à admoestação de São João, nós andamos na luz como Ele está na luz, teremos fraternidade entre todos. Este é o efeito da música da Sexta Sinfonia que podemos supor que foi escrita sob a inspiração da sublime visão da inclusiva e harmoniosa fraternidade existente nesse plano espiritual elevado.

Beethoven estava sempre nutrindo em seu coração o ideal da fraternidade humana. Era profundo e intenso; isso tocava o incomum e o cósmico. Na Sexta Sinfonia estão projetadas essas qualidades com relação à Natureza, a exteriorização de Deus no qual nós vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. É sobre esse mesmo ideal de fraternidade que ele leva o ouvinte nas asas do êxtase para os altos planos da glória no Finale da sua Nona Sinfonia poderosa. É só quando esse estado de consciência está desenvolvido que as glórias internas da Natureza podem ser reveladas e o sublime trabalho da Sexta Iniciação pode ser empreendido com sucesso.

Como foi dito anteriormente, depois da quinta Iniciação, o trabalho se torna tão elevado que pouco pode ser dito sobre ele. Para interpretar algo sobre a Sexta Iniciação, Beethoven invocou o Espírito da Natureza. Ao estudar a natureza com reverência e devoção cada vez mais crescentes, mais seus sublimes mistérios são revelados ao ser humano, e mais próximo ele se afina com Deus. Um sábio mestre advertiu os aspirantes que procuram entrar nos profundos mistérios da vida dizendo que eles “estudassem a natureza, pois ela contém a marca da divindade”.

Beethoven considerava essa admoestação. É como ele expressou sua fé na sabedoria a ser aprendida, um texto que ele copiou de forma a tê-lo sempre com ele e, também, diante dele. Assim: “O ser pode corretamente denominar a Natureza de escola do coração; ela nos mostra claramente nossos deveres para com Deus e nosso vizinho. Portanto, eu desejo me tornar um discípulo dessa escola e oferecer a Ele o meu coração. Desejoso de instrução, eu tentaria obter aquela sabedoria que nenhuma desilusão pode rebater; eu ganharia um conhecimento de Deus e através desse conhecimento, eu obteria um antegozo da felicidade celestial”.

A Sexta Iniciação está relacionada com a Iniciação do Fogo. O segredo da vida está conectado com o fogo e é nessa Sexta Iniciação que a pessoa chega diante dessa poderosa verdade. Aqui, ela aprende a distinguir a chama do fogo. A chama é reconhecida pelos cinco sentidos físicos, enquanto o espírito do fogo é percebido só através das faculdades espirituais. Aquele que conhece os segredos da Iniciação do Fogo pode passar sem se queimar através da chama. Vários exemplos disso estão registrados no mais profundo dos livros ocultos, a Bíblia. Tal é a trasladação de Elias para o céu numa carruagem de fogo, a passagem dos três homens sagrados através do fogo como está escrito no Livro de Daniel e as línguas de fogo que estão colocadas nas cabeças dos Discípulos em Pentecostes. Essas são todas descrições dos vários estágios ou aspectos da Iniciação pelo Fogo, e todas relatam, em certo grau, o Sexto Mistério.

Os ciclos de renascimentos através dos quais o espírito individualizado tem que passar é o processo pelo qual as potencialidades divinas são despertadas e desenvolvidas em chama vivente. Essa é a luz a que São João se referiu quando disse: “Se nós andamos na luz como Ele está na luz, teremos fraternidade uns com os outros”. É só quando o ser humano desperta essa luz em si mesmo que ele pode conhecer o verdadeiro significado da fraternidade. A humanidade não pode oferecer ao Criador maior presente do que aquele de manifestar uma fraternidade universal e um mundo unido.


[1] N.T.: George Gordon Byron (1788-1824), conhecido como Lord Byron, foi um poeta britânico e uma das figuras mais influentes do romantismo.

[2] N.T.: Elie Émile Gabriel Poirée (1850-1925) – compositor e crítico musical francês

[3] N.T.: Paul Marie Théodore Vincent d’Indy (1851-1931) foi um compositor e professor francês.

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Aqui a Sexta Sinfonia em MP3:

Beethoven- Symphony #6 In F, Op. 68, ‘Pastoral’ (Pastoral) in F Op 68
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Pergunta: Cristo já não se encontra no Sol? E se Ele vive no coração da Terra, como já ouvimos muitos ensinarem, como Espírito Planetário, como poderá Ele vir, se já está aqui?

Detalhando melhor a minha dúvida: Sabemos que Cristo, por ocasião do Equinócio de Setembro, envia um dos Seus Raios e atinge o centro da Terra, em 24 e 25 de dezembro, no Solstício de Dezembro, época em que se comemora o Natal. Muito bem. Agora, em determinada lição lemos o seguinte: “O Corpo Vital de Jesus, por meio do qual o Cristo entrou na Terra, é Seu único meio de VOLTAR ao Sol. Portanto, a segunda VINDA será no Corpo Vital de Jesus”. Então Cristo já não se encontra no Sol? E se Ele vive no coração da Terra, como já ouvimos muitos ensinarem, como Espírito Planetário, como poderá Ele vir, se já está aqui? E se Ele está confinado à Terra, como Espírito Terrestre, que força é essa que nos vem pela época de Natal, sabendo-se que ela vem de fora para depois penetrar até o centro do Planeta? Não é do próprio Cristo, que tem Sua morada no Sol? Então, como podem conciliar-se essas duas afirmações ao mesmo tempo; isto é, Cristo enviando um Raio de Sua Consciência anualmente, enquanto aprendemos que Ele voltará ao Sol através do Corpo Vital de Jesus? Se esse Raio, que chamamos de Cristo, somente teve entrada no corpo da Terra por ocasião da morte de Cristo-Jesus no Gólgota, de onde então nos vinha a vida, essa força que vemos fazer tudo ressurgir e regozijar-se pujantemente, dando novo alento e novas cores à Natureza?

Resposta: Cristo, como o mais elevado Arcanjo, o mais elevado Iniciado da Onda de Vida arcangélica, embora sendo perito manipulador do Corpo de Desejos, que é o corpo mais denso dos Arcanjos, tem seu veículo costumeiro, seu plano de ação, no Mundo do Espírito de Vida, o PRIMEIRO PLANO CÓSMICO, onde não há divisão e de onde a vida interpenetra tudo, onde reina a fraternidade no cotidiano. Ora, esse impulso de vida e de amor, emanado para toda a criação do Mundo do Espírito de Vida, é um impulso do Filho, o Segundo Aspecto da Trindade em nosso Sistema Solar, obra que está a cargo de Cristo, graças à sua elevação. Mas o impulso dessa vida sobre nosso Planeta foi diferente, antes e depois do acontecimento do Gólgota. Antes do Gólgota governava Javé ou Jeová, o mais elevado Iniciado dos Anjos, que exerce o papel do Espírito Santo em nosso Sistema Solar. Ele recebia, na Lua, o impulso de vida provindo do Mundo do Espírito de Vida e o refletia sobre a Terra em forma de Religião de Raça e de Leis. Esse sistema funcionou, como dizem os Evangelhos, até João, o Batista, precursor do Cristo. Então encarnou Cristo, aliás, uma centelha, uma chispa do Cristo Cósmico, no corpo de Jesus, por ocasião do Batismo no Jordão. João Batista, o mais elevado dos nascidos de mulher, como elevado Iniciado dos Essênios, reconheceu a grandiosidade de Jesus, o “vaso divino”, bem como a magnitude do ato a que era chamado a ministrar, da incorporação da Chispa Crística.

Com o derramamento do sangue de Jesus Cristo no Calvário e a penetração do Cristo em nosso Globo, nosso Planeta foi purificado. O esplendor que se emanou deixou os circunstantes ofuscados e se diz que houve trevas. Depois, o Cristo subiu até o Mundo do Espírito Divino, o Plano do Pai do nosso Sistema Solar, para fortificar-Se. É o que significa “baixar aos Infernos e subir aos Céus, onde se encontra a destra de Deus”, como aprendemos no “Credo”. Desde então, como prometera Cristo estar conosco até a consumação dos séculos — isto é, até que terminem estes tempos de aperfeiçoamento terrestre para uma nova época —, ainda UMA CHISPA DELE volta todos os anos, começando a descer no Equinócio de Setembro e fecundando toda a natureza. Pelo Natal Ele está novamente no centro do nosso globo, espargindo seu impulso de vida e amor a todas as criaturas vivas (plantas, animais, seres humanos). Depois Ele Se retira e no Equinócio de Março retorna ao Seu Plano.

Do exposto tiramos as seguintes conclusões.

a) A vida sempre interpenetrou a criação, porque Deus, como um Todo, está em toda parte. Mas, segundo a evolução de cada pessoa, como de cada Planeta ou estrela, assim esse impulso é assimilado. Antes de Cristo esse impulso nos vinha como impulso de Javé ou Jeová, a primeira ajuda dada a nós. Ele veio inaugurar o segundo passo, a segunda ajuda, diferentemente dada; isto é, já não por intermédio da Lua, mas diretamente, como impulso de vida e de amor.

b) Funcionando de um PLANO CÓSMICO que tudo interpenetra, tem o Cristo essa capacidade de, por assim dizer, dividir Sua Individualidade e funcionar ao mesmo tempo em vários lugares. É o início da faculdade de estar em toda parte, que todo Iniciado atinge quando chega a funcionar no Mundo do Espírito de Vida.

c) A segunda vinda de Cristo, que não será provisória, mas definitiva, porque teremos criado a condição de funcionar em Seu Reino, em Sua Aura, em Seu Plano de Consciência, será pelo Corpo Vital de Jesus, o instrumento de que necessita, porque, como Arcanjo, jamais criou neste Plano físico.

d) O Verdadeiro Espírito Planetário não é o Cristo. Agora Ele está sendo, até que a Terra seja capaz de levitar sozinha, graças à elevação de um certo número de pessoas capazes de sustentar este Campo de Evolução. Então o Espírito Planetário exercerá a sua função, pois todo Planeta tem seu Espírito interno.

e) O Sol, como centro do nosso Sistema Solar, é o foco da irradiação da Trindade Criadora desse Sistema. Como o Pai funciona no Mundo do Espírito Divino, o Filho no Mundo do Espírito de Vida e o Espírito Santo na Região Abstrata do Mundo do Pensamento, vemos que esses três Planos constituem a atmosfera principal do Sol e através dela essa Trindade age sobre os Planetas, satélites e todos os seres criados que estão em evolução nesse Esquema, Caminho e Obra de Evolução.

Aconselhamos o perguntante a reler no Conceito Rosacruz dos Cosmos esses pontos e extrair, das entrelinhas, as conclusões que expusemos e outras ainda, exercitando desse modo a sua capacidade epigenética.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1969-Fraternidade Rosacruz-SP)

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O Poder de Expressão do Cristo

Não é possível para nós, por mais desenvolvido que estejamos no caminho da realização espiritual, expressarmos com palavras o que sentimos quando meditamos sobre o poder de expressão do Cristo. Esse estudo devotado nos colocará em contato direto com elevados conceitos que poderá nos abrir horizontes inimagináveis. Além disso, o contato com esses conceitos enriquece nosso próprio repertório de expressão que deve, cada vez mais, tornar-se puro, belo e verdadeiro.

No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, de Max Heindel, lemos: “Cristo-Jesus possui os doze veículos que formam uma ininterrupta cadeia desde o Mundo Físico até o próprio Trono de Deus. Portanto, Ele é o único Ser do Universo que está em contato, ao mesmo tempo, com Deus e com o ser humano. É capaz desta mediação porque experimentou, pessoal e individualmente, todas as condições e conhece todas as limitações incidentais à existência física”.

Muitas Religiões exotéricas (que preconizam o Cristianismo popular) ensinam que Jesus Cristo é Deus. E de fato Ele É, pois possui estatura espiritual criadora tamanha que ganhou o privilégio de assumir o segundo aspecto do Deus Trino (o aspecto que conhecemos por Filho), correspondente ao segundo aspecto, o Verbo ou o Unigênito, do Ser Supremo que deu origem a todos os Sete Planos Cósmicos (veja mais detalhes no Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos de Max Heindel, Diagrama 6). Assim, Cristo é também Deus, assim como o Pai e o Espírito Santo (Jeová) são também Deus.

Pelo estudo dos Períodos que deram origem a nossa manifestação é possível verificar que a Onda de Vida da qual Cristo faz parte é conhecida, entre os Estudantes Rosacruzes, como Arcangélica, ou seja, dos Arcanjos. Estes seres têm o Corpo de Desejos como seu veículo inferior no qual funcionam conscientemente (assim como nós temos o Corpo Denso como nosso veículo inferior pelo qual funcionamos conscientemente). Seu veículo mais sutil se encontra no Mundo dos Espíritos Virginais. Se observarmos o poder de expressão consciente dos Senhores da Mente, a Onda de Vida do Período de Saturno, verificaremos que estes possuem seu corpo mais denso no Mundo do Pensamento Concreto em que funcionam conscientemente, um Corpo Mental. Estes seres também possuem seus veículos mais sutis no Mundo dos Espíritos Virginais, mas em regiões mais superiores do que a dos Arcanjos.

Independente das regiões de expressão, todos os seres ordinários de uma Onda de Vida possuem sete veículos de expressão. No entanto, esse padrão de sete veículos parece não ocorrer entre os Iniciados de um Período. Estes se esforçaram ao ponto de desenvolverem corpos além daqueles que seus irmãos de mesma Onda de Vida normalmente empregam para se expressar. Cada novo corpo superior se robusteceu ao ponto de poder ser utilizado como nova expressão consciente.

Vamos utilizar o exemplo do ser humano que despertou seu interesse pela vida espiritual. Com o tempo, percebe que o objetivo de sua vida é criar um novo corpo de expressão consciente, que é o Corpo-Alma. O ser humano que atualmente já desenvolveu esse Corpo, pode conscientemente funcionar no Corpo Denso (como todos) e, também, funcionar na Região Etérica do Mundo Físico. Conforme ele se desenvolve no Caminho da Iniciação, poderá funcionar conscientemente em outros corpos mais elevados do que o Corpo-Alma. Um Irmão Maior, por exemplo, que é um ser humano que antecipou todas as lições da evolução, é capaz de funcionar conscientemente em seu veículo mental – pois já criou o Corpo Mental, e não somente o veículo Mente – sendo seu funcionamento equiparado a de um Senhor da Mente (superior aos Anjos e Arcanjos). No entanto, seria um erro dizer que este ser humano elevado seja equivalente a um Senhor da Mente. Este último é um Ser muito mais antigo e com outra concepção de evolução, bastante diferente do modelo de evolução humano. Do mesmo modo, seria um erro até mesmo compará-lo aos Arcanjos e Anjos.

Quando verificamos o poder de expressão do Cristo, verificamos que, por Ele ser um Arcanjo, também possui capacidade de funcionar conscientemente em um Corpo de Desejos. Mas conforme foi galgando Iniciações durante o Período Solar foi conquistando corpos e consciência mais elevados do que seus irmãos Arcanjos comuns. Em outras palavras, conquistou maiores poderes de expressão. Chegou ao ponto de possuir o Corpo mais inferior de funcionamento consciente no Mundo do Espírito de Vida, assim como os Senhores da Individualidade (a Hierarquia Criadora de Libra).

Quando alguém ganha a capacidade de funcionar conscientemente em um corpo mais sutil, significa que dominou totalmente o funcionamento do corpo anterior. Assim, quando conquistou a capacidade de funcionar conscientemente no Corpo Mental, significa que Cristo dominou seu Corpo de Desejos em sua plenitude, ou seja, não mais necessitava funcionar nesse Mundo com o objetivo de evoluir, pois tinha aprendido todas as lições. Se necessitasse utilizar esse Corpo para alguma ocasião específica, o faria com os materiais mais puros existentes neste Mundo. Quando ganhou a funcionalidade consciente no Espírito Humano, a mesma regra se aplicou em relação ao Corpo Mental. Ou seja, Cristo tem um Corpo Mental tão robusto que é capaz de focalizar e extrair conhecimento diretamente dos Arquétipos e com eficácia e capacidade jamais sonhada por qualquer ser humano (com exceção dos Irmãos Maiores que podem funcionar nesse Corpo Mental, mas que constitui sua máxima de expressão). Quem tem essa capacidade mental é capaz de extrair, imediatamente e com o poder da vontade, toda a vida de um conceito ou pensamento-forma, pois sabemos que os arquétipos entoam informações, o tempo todo, sobre sua origem e sobre o que de fato são. Quando Cristo ganhou a estatura de funcionar conscientemente no Corpo Espírito de Vida, significa que já possuía Corpo Espírito Humano perfeito, que é um corpo composto de materiais das ideias. Com o Seu corpo inferior no Mundo do Espírito de Vida, Mundo que possui a verdadeira Memória da Natureza, Cristo tem acesso imediato a toda história desse Sistema Solar criado por Deus. É o acesso direto à memória consciente de Deus. Quando Cristo ganhou a estatura de funcionar conscientemente no Corpo Espírito Divino, significa que já possuía Corpo Espírito de Vida perfeito, que é um corpo composto de materiais do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo de baixo para cima onde cessa toda separatividade, onde a Fraternidade Universal é o cotidiano.

Como é possível notar, Cristo não possui apenas três corpos, que são as contrapartes de sua expressão Trina enquanto Ego. Em verdade, enquanto cada ser ordinário de uma Onda de Vida pode funcionar conscientemente em apenas um corpo (exemplo: ser humano ordinário só pode funcionar no Corpo Denso conscientemente), Ele, por sua vez, pode funcionar conscientemente em cinco diferentes corpos (Corpo de Desejos, Corpo Mental, Corpo Espírito Humano, Corpo Espírito de Vida e Corpo Espírito Divino). Finalmente tem seu Ego no Mundo de Deus.

No momento do Batismo do Jordão, o Espírito de Cristo “desceu dos Céus” até o Mundo do Desejo, Corpo que pode construir e se expressar conscientemente. No entanto, como Ele não é de uma Onda de Vida que funcione em Corpos inferiores aos do Mundo do Desejo, não possui o conhecimento de construção dos mesmos. Foi aí que Jesus, que é um ser humano muito elevado, cedeu para Cristo o seu Corpos Vital e o seu Corpo Denso. Com essa posse, Cristo teve capacidade de funcionar conscientemente em sete Corpos (Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos, Corpo Mental, Corpo Espírito Humano, Corpo Espírito de Vida e Corpo Espírito Divino). Um amplo leque de materiais e de expressões que é inconcebível para nós que podemos expressar apenas ações, palavras, desejos e pensamentos.

Aqui a aplicação do axioma hermético “como é em cima, assim também é embaixo” se faz necessário para entendermos a relação de Cristo para conosco e entendermos o Corpo que devemos utilizar para iniciarmos nossa caminhada rumo a realização espiritual. O Grande Ser Supremo se expressa de modo Trino (Poder, Verbo e Movimento). Deus nosso Pai, criador do nosso Sistema Solar, se expressa também de modo Trino (Pai, Filho e Espírito Santo). E isso não poderia ser de outro modo. Conforme já mencionado, Cristo ganhou a estatura que lhe permite assumir o Segundo aspecto de nosso Deus (o aspecto Filho). O ser humano, por ser imagem e semelhança de Deus, também se manifesta de modo trino (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano). O segundo aspecto do ser humano é exatamente o Espírito de Vida, que tem seu material de expressão no Mundo do Espírito de Vida, o mesmo Mundo pelo qual Cristo (também segundo Aspecto de Deus) pode funcionar conscientemente. Verdadeiramente, aquilo que é material de expressão do Ego para o ser humano é material de expressão consciente para o Cristo. Os veículos mais sutis de Cristo (seu Ego) estão em comunhão com o Mundo de Deus. Por isso o “Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

A contraparte ou oitava inferior do Mundo do Espírito de Vida é exatamente a Região Etérica do Mundo Físico. Como Cristo é “o caminho, a verdade e a vida”, devemos nos esforçarmos para termos um corpo que é uma oitava inferior ao Seu Corpo de Espírito de Vida. Assim, mesmo dentro de nossa pequenez e limitação, podemos construir um Corpo que vibra no mesmo tom do Corpo Espírito de Vida de Cristo, mas uma oitava inferior. Esse é o nosso Corpo-Alma que é o mais suscetível a responder as influências deste segundo aspecto de nós, o Ego. Note que o Corpo-Alma é composto do mesmo material do Corpo de Cristo. Por isso se diz que todo desenvolvimento esotérico começa no Corpo Vital.

A mais profunda devoção e meditação de todo o Poder de Expressão do Cristo, que se sacrifica anualmente para nos salvar, pode nos ajudar a entrar em contato mais íntimo com Ele. Deste modo, poderemos responder mais intensamente as Suas vibrações, que são anualmente derramadas. Essa meditação constitui material importantíssimo que nos ajudará a quebrar paradigmas e a ampliar nossa compreensão sobre o amplo leque de materiais que um Ser pode possuir. 

Que nesta época santa do ano possamos meditar, profundamente, sobre a constituição de Cristo, sua Religião universal (a Religião Cristã) que é o caminho, a verdade e a vida. Com isso, poderemos corresponder com uma vida mais intensa de serviço amoroso e desinteressado para com nossos irmãos e nossas irmãs!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Calendário: Fraternidade Rosacruz em Campinas/SP/Brasil–2021–Outubro

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Calendário Anual da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – 2021 – Março

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Para esse Mês Solar tome como material para os seus Exercícios Esotéricos: Cristo é libertado da esfera terrestre
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Diagrama 2 – Os Sete Mundos

O Diagrama 2 dá uma ideia compreensível dos sete Mundos que formam a esfera do nosso desenvolvimento, contudo, devemos fixar cuidadosamente que esses Mundos não estão colocados uns acima dos outros, como o Diagrama sugere, mas se interpenetram. Isto é, relacionando o Mundo Físico ao Mundo do Desejo e comparando o Mundo do Desejo com as linhas de força na água em congelamento e a água em si mesma com o Mundo Físico, podemos, igualmente, imaginar essas linhas de força equivalendo a qualquer um dos sete Mundos e a água, segundo o nosso exemplo, correspondendo ao próximo Mundo mais denso na escala.

Diagrama 2 – Os Sete Mundos

Não será demais fazer aqui uma recomendação relativa aos diagramas empregados para ilustração. O Estudante deve recordar que nunca pode ser exato o que é reduzido das suas reais dimensões. O desenho de uma casa significaria pouco ou nada se nunca tivéssemos visto uma casa. Nada mais veríamos no desenho do que linhas e manchas, e não teria para nós significado algum. Os diagramas empregados para ilustrar assuntos suprafísicos são representações da realidade, muito menos verdadeiros pela simples razão de que, no caso do desenho, as três dimensões da casa foram reduzidas somente a duas, enquanto no caso de diagramas dos Mundos as realidades possuem de quatro a sete dimensões. Logo, os diagramas de duas dimensões, com que se intenta representá-los, estão muito longe de retratá-los corretamente. Tenhamos sempre em mente que esses Mundos se interpenetram, e que o modo como aparecem nos diagramas é análogo ao retirar todas as engrenagens de um relógio, e dispô-las umas ao lado das outras para mostrar como ele indica as horas. Para que tais diagramas sejam de alguma utilidade para o Estudante, é necessário que esse tenha deles uma concepção espiritual. Caso contrário, servirão mais para confundir do que para iluminar.

O Diagrama 2 nos mostra que o Universo está dividido em 7 (sete) Mundos, ou podemos dizer: está dividido em 7 (sete) estados de consciência.

 E estes Mundos são:

  1. Mundo Físico,
  2. Mundo do Desejo,
  3. Mundo do Pensamento,
  4. Mundo do Espírito de Vida,
  5. Mundo do Espírito Divino
  6. Mundo dos Espíritos Virginais e
  7. Mundo de Deus.

O que acontece normalmente com o ser humano é achar que a matéria é só aquilo que podemos observar e sentir através dos sentidos físicos, mas, se observarmos dentro e ao redor de nós, saberemos que além do corpo material, existe algo a mais que não podemos ver e muitas vezes sentir.

Entendemos que tais Mundos são interpenetrados. O Mundo de Deus interpenetra a todos. O Mundo dos Espíritos Virginais interpenetra a todos, menos o Mundo de Deus e assim por diante. Por questões de vibrações os seres que vivem nesses Mundos permanecem exercendo suas atividades nas partes mais elevadas desses: ou seja: nas partes não interpenetráveis.

Cada Mundo possui 7 Divisões, 7 Regiões ou 7 Estados de Matéria

Vamos analisar esse Diagrama de “baixo para cima”. O Mundo Físico fornece material físico para trabalharmos e se divide em 2 Regiões: Química (com Sólidos, Líquidos e Gases) e Etérica (com Éter Químico (assimilação e excreção), Éter de Vida (reprodução e procriação), Éter de Luz ou Luminoso (sentidos e calor do sangue) e Éter Refletor (memória e transmissão do pensamento)). Temos dois veículos para trabalhar nesse Mundo: é o Corpo Denso para a Região Química e o Corpo Vital para a Região Etérica.

O Mundo do Desejo fornece material para expressarmos os desejos, as emoções e os sentimentos e se divide em 7 Regiões: da Paixão e Desejos Sensuais, da Impressionabilidade, do Desejo, Sentimentos, da Vida Anímica, da Luz Anímica e do Poder Anímico. Temos um veículo para trabalhar nesse Mundo: é o Corpo de Desejos.

Esses três Corpos formam o que chamamos de Personalidade.

O Mundo do Pensamento: fornece material para criar e trabalhar com os nossos pensamentos, conclusões e ideias. É dividido em 2 Regiões: Pensamento Concreto (com as subdivisões: Continental, Oceânica, Aérea e das Forças Arquetípicas) e Pensamento Abstrato (com as subdivisões: Ideia Germinal do Desejo e da Emoção, Ideia Germinal da Vida e Ideia Germinal da Forma). Temos dois veículos para trabalhar nesse Mundo: a Mente para a Região Concreta e o Espírito Humano para a Região Abstrata (esse é a origem do nosso terceiro aspecto espiritual que nos liga com Jeová, Deus Espírito Santo.

O Mundo do Espírito de Vida que é a origem do nosso segundo aspecto espiritual que nos liga com Cristo, Deus Filho, e é dividido em 7 Regiões. Temos um veículo para trabalhar nesse Mundo: é o Espírito de Vida.

O Mundo do Espírito Divino que é a origem do nosso primeiro aspecto espiritual que nos liga com Deus Pai e é dividido em 7 Regiões. Temos um veículo para trabalhar nesse Mundo: é o Espírito Divino.

Esses três veículos: Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano somos nós, o Ego, o verdadeiro “Eu”, o “Eu” superior.

Aqui reparem no importantíssimo papel da Mente: o elo de ligação entre a Personalidade e o Ego.

O Mundo dos Espíritos Virginais é dividido em 7 Regiões. É de onde viemos quando fomos diferenciados de Deus. Para onde estamos voltando, alcançando lá a onisciência, a onipotência e a onipresença, exatamente como Deus que nos criou.

O Mundo de Deus é dividido em 7 Regiões. Envolve todos os Mundos e onde está o nosso Criador, Deus: onisciente, onipotente e onipresente.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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A Energia Vitalizadora Liberada por Cristo no Solstício de Dezembro

A Energia Vitalizadora Liberada por Cristo no Solstício de Dezembro

Existem quatro pontos cardeais no caminho do Sol através do Zodíaco, que se chamam os Solstícios de Dezembro e de Junho e os Equinócios de Março e Setembro. Nos ensinamentos dos Mistérios Ocidentais esses pontos marcaram certas crises na vida de um Grande Ser: o Espírito Planetário de nossa Terra, o Cristo. Em tais épocas é quando o verdadeiro místico pode ter acesso a um entendimento mais profundo de grandes princípios e verdades cósmicas, que são o fundamento do sagrado mistério do Gólgota e do que chamamos “natureza”.

No Solstício de Junho há um dia, o dia de São João, a 24 de junho, que assinala a culminância das atividades físicas da natureza e da ação da energia solar sobre a Terra.

Durante dois mil anos a Terra tem recebido, anualmente, um impulso agregado do “Deus Solar” Cristo. Desde aquele tempo essa energia vitalizadora tem sido liberada diretamente no centro de nossa Terra. Isso acontece no Solstício de Dezembro, o qual se chama o “Místico Nascimento”. A partir dessa data, essa grande força de amor e de vida começa a trabalhar para fora de novo, fermentando e fertilizando milhões de sementes que foram depositadas na terra para que possamos ter alimento físico. Essa energia dadora de vida (tanto em sentido físico como espiritual) morre sobre a cruz da Terra ao tempo da “cruz” do Sol sobre o equador, no Equinócio de Março. Por esse tempo, o Cristo é levantado da cruz da Terra (ou seja, a matéria) mediante a força ígnea de Áries e começa sua viagem de regresso ao Trono do Pai. Não disse Ele: “E eu, se for levantado da terra, a todos trarei a mim mesmo”?

O Solstício de Junho assinala o tempo em que o Raio do Cristo se libera completamente dos planos de nosso globo e entra em seu próprio mundo-lar, o Mundo do Espírito de Vida. Como se realiza isso? É algo que pode ser conhecido diretamente por aqueles que tenham merecido esse sagrado privilégio. No entanto, a experiência deve estar sempre oculta atrás das palavras, porque é impossível descobrir com elas as experiências obtidas nos mundos suprafísicos. Estamos tratando de descrever outra dimensão de espaço, o que não se pode fazer com palavras.

Na festa do Solstício de Junho, as hostes celestiais se regozijam, porque o “Grande Sacrifício” foi consumado uma vez mais. Legiões e legiões de seres angélicos acompanham o “Redentor da Terra” até as portas do Mundo do Espírito de Vida. Ele efetua a obra de acelerar a vibração da Terra, junto com seus mundos internos, sempre um pouco mais. Esses seres angélicos formam grupos, de acordo com seu grau de evolução. Seus corpos são luminosos e brilham com a luz branca dos céus. Alguns levam cruzes áureas e mantêm velados seus rostos ante o “sagrado mistério”. Outros formam com seus corpos radiantes uma nuvem dourada “como se por trás estivessem os raios do sol”. Nessa nuvem o Cristo é levado ao alto. Finalmente se adianta, eleva suas mãos como para bendizê-los, e os abençoa. Ao fazê-lo, as hostes de Anjos, Arcanjos, e os que se redimiram por intermédio do seu Amor, todos caem sobre seus rostos ante Ele. Nisso, ressoa a “Música das Esferas”, e ao ressoar por todo Universo, essa hoste de seres celestes canta o estribilho: “Eis aqui o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo.”. Então, ele se eleva à uma Vida mais abundante.

A cena se desvanece. De regresso à Terra, presenciaremos este festival da noite de junho entre essas pequenas criaturas conhecidas como Espíritos da Natureza. Eles fazem um verdadeiro e maravilhoso milagre na grande economia da natureza, porque são eles que proveem o vínculo entre a energia estimulante do sol e a matéria-prima da forma. Sem eles, não poderia haver vida sobre a Terra. Os corpos dessas pequenas criaturas sub-humanas estão de tal modo compostos de diferentes éteres, que atuam como portadores da força vital, amalgamando-a em seus corpos e com ela construindo a vida celular, da mesma forma que as abelhas recolhem o mel das flores e dele fabricam o favo de mel. Trabalham sob a direção dos mais elevados seres, a saber, os Anjos, que são os que guiam a evolução do Reino Vegetal. Na noite da festa se regozijam também, porque eles, de igual modo, fizeram seu trabalho fielmente para que possa existir mais abundante vida sobre a Terra. Refletem, no plano físico, a grande festa que tem lugar nos mais elevados Reinos nessa noite de junho.

O quadro que tivemos ocasião de contemplar, mostrava uma assembleia numa extensa área verde, em um bosque. Os Espíritos de Natureza estavam realizando um maravilhoso jubileu. Formavam um grande círculo. Dentro do círculo os gnomos preparavam seus alimentos etéricos para a festa, enquanto outras fadas dançavam em meio de um êxtase de alegria. Nesse êxtase, estendiam suas mãos, das quais fluíam estrelas e flores etéricas dos mais originais tons e cores, as quais iam flutuando no ar como as bolhas de sabão das crianças.

Algum dia a ciência descobrirá como se realiza o processo do metabolismo. Então, se revelará o que é “a alquimia da natureza”, e se encontrará a obra dessas pequenas criaturas, conhecendo-se, então, o trabalho que lhes cabe na manutenção da vida e da forma.

Certamente o estribilho que provém dos mundos superiores: “Muito bem, bom e fiel servo”, deve encontrar eco na alegria dos Espíritos da Natureza na Noite de junho. Quem diz que não? Sua festa dura da zero hora a uma hora da manhã de 22 de junho – somente uma hora; e logo depois se despedem e voltam às tarefas que lhes estão fixadas.

O Cristo passa pelo Mundo do Espírito de Vida e vai ao trono do Pai, no Mundo do Espírito Divino. Somente pode permanecer ali um breve tempo, na verdade, porque, como se diz, “tomou a forma de servo” e por seu próprio livre arbítrio foi crucificado sobre a Cruz da Matéria (a Terra). Privou-se de morar em Seus reinos de glória para que nossa Terra, engalfinhada no pecado, e suas correntes de vida evolucionante possam alcançar o grau que lhes tem sido assinalado segundo seu plano de evolução. Até que isso venha a cabo, “Ele deve vir de novo”, a cada ano, para acelerar a vibração do nosso meio, de modo que possamos progredir de acordo com o plano divino.

Cristo morre em Seu lugar de glória quando o Sol entra em Libra, no Equinócio de Setembro. Aqui é uma outra festividade sagrada, chamada a “Imaculada Concepção”, e de novo Cristo há de fazer-se manifesto em nossa terra, na forma de uma onda de energia espiritual. Como o veem os Clarividentes, é descendo lentamente sob a aparência de uma grande e maravilhosa luz. Deve avançar gradualmente, descendo através dos três mundos de nosso globo. Deve vir como as suaves chuvas de dezembro, com seu bálsamo de cura, e nunca como a tormenta elétrica que destrói. Entra completamente na Terra no Solstício de Dezembro, e outra vez começa a obra de fermentar a terra, fertilizando as sementes e elevando a consciência espiritual do ser humano para aproximá-la de Deus.

Essas são as quatro grandes festas dos Ensinamentos dos Mistérios Ocidentais. Se as estudamos e meditamos sobre elas, algum dia o véu será levantado para que possamos dar uma olhada “no que está entre o céu e a terra” e, na escala que vai desde a Terra até o Trono do Pai, encontraremos as pegadas dos pés do Senhor do Amor, conforme vai e vem em Sua viagem anual, até que a humanidade seja redimida por meio de Seu sacrifício e de Seu amor.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross e publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – julho/86)

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O Trabalho do Cristo no Mundo do Espírito de Vida: de Junho à Setembro de cada ano

O Trabalho do Cristo no Mundo do Espírito de Vida: de Junho à Setembro de cada ano 

  • O Cristo inicia a sua volta para o Mundo do Espírito de Vida, depois de reconstruir seus veículos no Trono do Pai.
  • O Mundo do Espírito de Vida é o primeiro Mundo, debaixo para cima, onde cessa toda a separatividade e onde a Fraternidade Universal é o cotidiano
  • Também é nesse Mundo que Cristo, o mais elevado iniciado do Período Solar, tem o seu veículo mais denso comumente utilizado (apesar de ser um Arcanjo e saber construir veículos tão densos como um Corpo de Desejos)
  • Dentre seus trabalhos nesse Mundo está o de correlacionar todos os seres vivos de todos os estelares do nosso Sistema Solar em uma Fraternidade Universal, fornecendo a cada um o impulso interno que nos auxilia na decisão de servir a divina essência oculta em cada ser vivo
  • Através da Sua Luz, Sua Vida e Seu Amor estimula a cada ser vivo de cada estelar do nosso Sistema Solar a praticar os ensinamentos cristãos e, assim, colaborar com o plano divino.
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O Trabalho do Cristo na Terra: de Setembro à Dezembro de cada ano

O Trabalho do Cristo na Terra: de Setembro à Dezembro de cada ano
  • O Cristo inicia seu trabalho em dirigir Sua atenção para a nossa pequena Terra, focalizando Sua consciência neste Planeta a fim de que possamos viver.
  • Em setembro, é quando o Cristo Cósmico toca a atmosfera de nosso Planeta, “descendo” do Mundo do Espírito de Vida.
  • E nesse trabalho maravilhoso está o envio do impulso interno que nos motiva a buscar a divina essência em cada irmão e irmã e, por isso, servi-lo amorosa e desinteressadamente.
  • Quando o grande Raio do Cristo descende à Terra em setembro, o reino vegetal absorve uma boa quantidade da Sua radiação. Os bosques parecem coroados de um halo dourado, quando esse Raio luminoso alcança a Terra e sua luz se derrama por entre as folhas das árvores. Quando a horta mística da Noite Santa se aproxima, a corrente dourada penetra até o coração dos seus troncos, de onde brilha como a chama de um altar. No tempo do Natal, cada árvore é uma mensageira que proclama o retorno anual do Senhor Cósmico de Amor e de Luz.
  • É o tempo do ano em que o Senhor Bendito sai da glória dos Mundos celestes mais elevados e começa a sua descida para os planos físicos. Durante todo o mês a terna e anelante beleza da natureza é diferente de todos os outros momentos, porque Cristo está se aproximando da Terra como uma galinha que acolhe seus pintinhos, com a mesma dor amorosa que sentiu quando chorou por Jerusalém, há muitos anos atrás. Ele verteu aquelas lágrimas porque sabia do longo tempo de dor e de sofrimento que a humanidade havia de viver por ter buscado a escuridão ao invés de buscar a luz. Seu imenso coração se angustiou pelas nuvens obscuras que cobririam Jerusalém, o verdadeiro coração do Planeta, ao que se havia dedicado a servir e sobre o que estava derramando todo Seu imenso amor.
  • Por meio da Sua Luz, Sua Vida e do Seu Amor estimula a cada ser vivo do nosso Planeta Terra a praticar os ensinamentos cristãos e, assim, colaborar com o plano divino.
  • Sem esta infusão anual de vida e energia divina todas as coisas vivas sobre a nossa Terra pereceriam imediatamente e todo o progresso ordenado seria frustrado, pelo menos no que diz respeito à nossa linha atual de desenvolvimento. É a “queda” (ou descida) do Raio Espiritual do Sol nestes três meses que dá origem às atividades mentais e espirituais nos três meses seguintes.
  • A mesma força germinadora que ativa a semente na terra e a prepara para produzir sua espécie em múltiplo, agita também a Mente humana e promove as atividades altruístas que fazem o mundo melhor.
  • Especificamente em outubro, a força dourada do Cristo passa pelos reinos terrestres enquanto esse sublime Ser inicia, novamente, o Seu sacrifício anual em um evento denominado A Crucifixão Cósmica.
  • Especificamente em novembro o Espírito do Cristo impregna o Mundo do Desejo da Terra. Então, o Discípulo deve se esforçar para purificar sua natureza inferior com o objetivo de ajudar o Grande Uno em Seu trabalho de limpar o Mundo do Desejo da Terra. Deve, especialmente, tentar se converter em um canal de serviço mais eficiente, como Auxiliar Invisível e como auxiliar visível.
  • Especificamente em dezembro a época do advento se estende ao longo do mês de dezembro e é conhecida como o Festival da Luz. Os impulsos espirituais da estação preparam a humanidade para o derramamento de forças celestiais que acompanham o renascimento anual do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Depois do Advento temos o Solstício de Dezembro, que ocorre entre 21 e 24, e que culmina no grande Festival de 25 de dezembro. O Natal há de seguir sendo uma observância externa para o Aspirante até que Cristo nasça em seu interior. E dependente do nível em que experimente esse despertar, será capaz de participar no elevado êxtase espiritual da mais sagrada das estações.
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07-Mês de Julho: Depois de Chegar ao Trono ou Casa do Pai, Senhor Cristo se prepara para voltar ao Seu Mundo

Mês de Julho: Depois de Chegar ao Trono ou Casa do Pai, Senhor Cristo se prepara para voltar ao Seu Mundo

Enquanto o Sol entra em Câncer, no mês de Julho o Senhor Cristo ascende ao Seu próprio mundo, o Mundo do Espírito de Vida. Esse é o reino onde a unidade e a harmonia reinam supremas; também, é a esfera de consciência que os primeiros discípulos de Cristo contatou no Dia de Pentecostes. Isso será alcançado por toda a humanidade avançada no fim do presente Período Terrestre.

Por meio da operação do Cristo Cósmico, é aqui que o Filho ou o princípio da Palavra e o segundo aspecto da Trindade, nosso Abençoado Senhor, contata a Hierarquia de Câncer, Querubins. Esses Seres celestiais são os guardiões de todos os lugares Sagrados no céu e na terra. Eles guardam até mesmo o maior mistério da vida. Sob a orientação do Senhor Cristo esse mistério sagrado é transmitido para baixo, de Câncer para o seu Signo oposto, Capricórnio, e fornecido para os Arcanjos. Foi por essa razão que o Salvador do Mundo, que veio para a Terra proclamando o mistério do Espírito Santo, nasceu sob o Signo de Capricórnio. A observância conhecida eclesiasticamente como a Festividade de São João, o precursor do Cristo, ocorre durante a estação do Solstício de Junho.

Em julho a alma da Terra está impregnada de puro êxtase. O céu se inclina, enquanto a Terra é elevada. No intercâmbio divino de forças espirituais o Casamento Místico entre o céu e a Terra é consumado. Em um intervalo de quatro dias, as correntes de desejos são acalmadas de tal modo que as forças espirituais vão se tornando cada vez mais operantes. A Terra vai, então, sendo literalmente inundada com a luz pura e branca do espírito. O discípulo que aprende como se sintonizar com esse influxo poderoso receberá um despertar jamais sonhado de consciência espiritual.

(Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)

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