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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sugestão para o seu Exercício Esotérico de Meditação nesse período: A Parábola da Figueira estéril

A parábola relacionada com o Signo de Escorpião é uma das mais controvertidas de toda a Bíblia. Há profundas verdades escondidas nela.

Na simbologia espiritual a figueira representa a geração. Cristo, o Senhor da Vida e do Amor, jamais amaldiçoaria nem faria secar ou morrer a nenhum ser vivente, já que Sua palavra e Seu contato só pode dar a vida. A parábola não contém uma maldição, mas a enunciação de uma verdade eterna. A lei da geração não é permanente. Não estava no plano original. Por isso seu emprego incorreto trouxe a guerra, enfermidade, velhice e morte. Por sua causa Adão e Eva perderam o Jardim do Éden. O Livro da Revelação(o Apocalipse na Bíblia) fala de cento e quarenta e quatro mil que levam a marca de Cristo sobre as testas, e aos que se permite transpor os umbrais do Templo. São os pioneiros, os que transmutaram a geração em regeneração.

A geração, tal como se pratica hoje, é uma fase, transitória, do presente ciclo evolutivo. Na Nova Era, que já amanhece, os pioneiros trocarão o irreal pelo real, o transitório pelo permanente. O prazer será substituído pelo amor e a imortalidade ocupará o lugar da mortalidade. Nas palavras de São Paulo: o ser humano encontrará, dentro de si mesmo, a Cristo, que é a “esperança da glória”[1]. Esse foi o significado das palavras do Senhor bendito quando disse à figueira: “Nunca mais produzas fruto”, e a figueira secou.

No Signo de Escorpião se percebe uma visão caleidoscópica do estado evolutivo da humanidade. A sublimação da geração em regeneração se simboliza não pelo escorpião se arrastando pela terra e com o aguilhão da morte em sua cauda, mas pela águia, voando em linha reta para o coração do Sol.


[1] N.T.: Cl 1:27

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Sol transitando pelo Signo de Escorpião (outubro-novembro)

A força Crística dourada, descendo da fonte do Sol, tocando a partir do lado externo da atmosfera terrestre no Equinócio de Setembro passa pelo Mundo do Desejo durante o trânsito do Sol por Escorpião.

Biblicamente, bem como astrologicamente, Escorpião, o Signo que o Sol entra em torno de 20 de outubro, tem duas notas chaves para o neófito: a primeira sendo “Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5:8) e a segunda, para o Discípulo iluminado: “publicarei coisas que têm sido mantidas em segredo desde a fundação do mundo” (Mt 13:34-35).

No Caminho da Santidade, o Discípulo utiliza o período de Escorpião para a transmutação, enquanto segue o dourado Raio do Cristo para o coração da Terra. Então, em cada fase da sua vida diária, ele se esforça para sublimar: o mal em bem, a escuridão em luz, os negativos em positivos. Ele consagra-se, a si mesmo, a tarefa de transmutar o metal básico de sua natureza inferior no ouro puro do espírito. O laboratório físico onde ele realiza essa “Grande Obra” é o sistema nervoso central, especialmente a medula espinhal e o cérebro, os quais são comumente conhecidos como o Caminho do Discipulado.

Quando o fogo do espírito é despertado no Discípulo pela primeira vez, ele é sentido na base da coluna vertebral. À medida que o fogo do espírito ascende, este se unirá com o correspondente que vem de cima para baixo; gradualmente ambos se intensificam em volume e força, até que todo o corpo se enche de luz. Assim, ele alcança uma iluminação que é visível para aqueles que possuem visão interna.

É então, quando, pela primeira vez, a sua natureza inferior é, literalmente, consumida pelo fogo celestial, e ele próprio se torna uma tocha, tornando-o capaz de caminhar em sua própria luz através do Caminho de Luz, traçado por Cristo, em direção ao interior da Terra, onde o esplendor de Cristo habita em plenitude. Quanto maior sua sinceridade, mais ardente será sua devoção, mais intensa a sua aplicação e mais ele penetra no Caminho, em cada Semana Santa que ocorre, até que, finalmente, ele será declarado digno de participar da Festa da Luz que se celebra na Noite Santa.

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Algumas Correlações do Signo de Escorpião

SIGNO: Escorpião, o escorpião ou a águia

QUALIDADE: Fixo; ou consciência dirigida gradual e consistentemente para estabelecer e manter um centro estável.

ELEMENTO: Água, ou uma consciência orientada para a sensitividade, o sentimento, a subjetividade e a expressão. Entre outras coisas, o elemento água representa os fluídos, o Corpo de Desejos, o Mundo do Desejo e a Alma.

NATUREZA ESSENCIAL: Intenção, meta.

ANALOGIA FÍSICA: lagos, mares e oceanos.

ASTRO REGENTE: Marte e Plutão são seus co-Regentes, mas consideraremos somente Plutão aqui, já que Marte foi discutido quando da Descrição de Áries. Plutão representa o meio para expressar a dedicação para um objetivo comum, para experimentar uma realização da unidade fundamental de cada um com todos, e para se esforçar em direção a uma metamorfose de consciência.

CASA CORRESPONDENTE: a 8ª Casa corresponde a Escorpião e representa o desejo para estabelecer uma conquista individual e qualidades internas de valores duradouros, permanentes.

ANATOMIA ESOTÉRICA: representa a Alma Emocional.

ANATOMIA EXOTÉRICA: específica: bexiga, uretra, cólon, reto, órgãos excretores, apêndice, pélvis, períneo, glândula próstata, órgãos geradores externos e nariz. Geral: sistema entérico, gerador e urinário e hemoglobina do sangue.

FISIOLOGIA: Marte, como co-Regente de Escorpião rege os seguintes processos fisiológicos: calor do sangue, regulação da temperatura do sangue, energia muscular, manutenção e distribuição dos recursos de energia do corpo, produção dos hormônios masculinos, digestão das proteínas, catabolismos, excreção, função dos nervos motores, produção das células vermelhas do sangue e reações imunológicas e anticorpos. Plutão, o Regente principal de Escorpião, sendo um dos Planetas transcendentais, não parece ter influência direta sobre os processos fisiológicos no Corpo Denso. Entretanto, pode ser que Plutão tenha alguma coisa com os processos reprodutivos e a força sexual. Em um nível espiritual, Plutão governa a produção e operação dos fluídos regenerativos produzidos nas gônadas, coluna espinhal e cérebro. Esses fluídos são produzidos quando a força sexual cessa de ser desperdiçada na gratificação dos sentidos e a Mente é sintonizada para propósitos altruístas (Urano, o Planeta do altruísmo, está Exaltado em Escorpião). Esses fluídos regenerativos tem o poder de curar e rejuvenescer o Corpo Denso em uma grande extensão, e vivificar a Mente aumentando seu potencial criativo.

TABERNÁCULO NO DESERTO: Escorpião corresponde ao Lavabo da Purificação, que contém o Mar Fundido. Esse Lavabo estava na parte externa do Tabernáculo e os sacerdotes se banhavam (se purificavam) antes de serem admitidos para entrar no Tabernáculo. Isso indica que o Aspirante a uma vida superior deve se purificar do lado negativo e inferior das suas tendências de desejos e dedicar a si mesmo mais exclusivamente ao santo serviço se ele deseja obter a consciência própria para entrar nos Mundos invisíveis como um Irmão Leigo ou Irmã Leiga de uma verdadeira Escola de Mistério. Ele deve fazer da pureza geradora seu objetivo e se esforçar para transmutar o impulso sexual em canais elevados de geração. A um certo degrau, ele deve conquistar os processos alquímicos de transmutação e regeneração.

MITOLOGIA GREGA: Plutão é representado na Mitologia Grega por Hades, deus dos mundos subterrâneos, dos recursos escondidos da Terra, e regente das almas dos mortos. Hades foi um dos triunviratos dos deuses que regeram o universo criado.

CRISTIANIDADE CÓSMICA: Quando o Sol passa por Escorpião o Espírito de Cristo penetra mais profundamente  na Terra e na alma da humanidade, ajudando-nos a recordar a necessidade que temos de nos regenerar e de uma maior consagração e dedicação.

(Publicado na Revista: Rays from the Rose Cross – Novembro/1976 e 1977 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Pergunta: Como é mostrado, no mapa astrológico, o senso de humor?

Resposta: Essa pergunta é um pouco mais complexa do que aparente, à primeira vista, porquanto cada Signo possui o seu tipo de humor especial. Os indicadores desse dom, no mapa astrológico são: Vênus e Touro, Júpiter, Netuno, Sagitário, Peixes, Urano, a Lua e Câncer.

Colocaríamos o humor, no sentido estrito da palavra, sob a influência de Câncer e da Lua. Vênus e Touro parecem ter a ver com a capacidade de entreter os outros e com o riso. A Lua, relacionada com Netuno e os seus respectivos Signos, proporcionam um senso do humor arguto e vivaz, que é também característico das pessoas de Virgem. Urano confere um espírito original e predispõe à efeitos inesperados. Júpiter e Sagitário inclinam para a brincadeira e a sátira.

As pessoas sensíveis ao humor, a não serem confundidas com os espirituosos, nem sempre têm a palavra fácil e deve haver proeminência de Mercúrio para que possa ser produzida a expressão humorística. A vivacidade mental humorística e a sua expressão dependem de um Mercúrio proeminente e do Astro que forma Aspectos com Mercúrio, nesse caso, Marte, Júpiter ou Urano.

Os Signos que mais carecem de humor são Leão, Escorpião e Capricórnio, já que produzem pessoas imbuídas do sentido da sua própria importância. Seu modo de expressão é rebuscadíssimo, receiam sair do seu padrão de dignidade, não gostam de comentários jocosos à sua própria pessoa, como, por exemplo, o Jupteriano consegue. É provável que os Aspectos adversos de Saturno com a Lua tendem a destruir o humor, enquanto que os Aspectos adversos de Marte tornam a jocosidade um pouco brutal e grosseira.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – junho/1981- Fraternidade Rosacruz – SP)

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11-Mês de Novembro: Senhor Cristo passa pelo Mundo do Desejo – o Corpo de Desejo do Planeta Terra

Mês de Novembro: Senhor Cristo passa pelo Mundo do Desejo – o Corpo de Desejo do Planeta Terra

A força Crística dourada, descendo da fonte do Sol, tocando a partir do lado externo da atmosfera terrestre no Equinócio de Setembro, como antes mencionado, passa pelo Mundo do Desejo durante novembro (Escorpião).

Esse é um tempo propício para que o discípulo trabalhe na purificação da sua natureza inferior e, assim, se torna mais habilitado para auxiliar os Seres Superiores em seus trabalhos de purificação da camada astral (N.T.: o Mundo do Desejo) da Terra. Um esforço suplementar é, então, feito para torna-lo um servidor consciente mais eficiente tanto nos planos internos como nos externos da vida.

Em estágios evolutivos anteriores do desenvolvimento humano a Hierarquia de Escorpião, que preside o mês zodiacal de novembro, auxiliou o despertar do Ego (N.T.: o Espírito Virginal manifestado, nós) no ser humano (N.T.: nos seus Corpos: Denso, Vital e de Desejos) e, fazendo isso lançou o ser humano na estrada da individualização. Durante o presente estágio de evolução humana o discípulo, trabalhando sob a orientação dos Senhores da Individualidade (Libra) e dos Senhores da Forma (Escorpião), está aprendendo a substituir a sua capacidade de fazer valer a própria opinião diante de outras pessoas pela humildade e pelo sacrifício pessoal do “eu” pelo impessoal “nós”; em outras palavras, atualmente vive-se o ideal de O MAIOR BEM PARA O MAIOR NÚMERO.

 (Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)

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De Escorpião a Águia

Ainda hoje observamos, em muitas construções antigas de igrejas católicas, quatro estátuas em cima do frontispício, representativas  dos quatro Evangelistas –  São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João -, tendo aos pés os símbolos dos quatro Signos Fixos que outrora compunham a esfinge: Escorpião (representado por uma águia), Leão (por um leão), Touro (por um touro) e Aquário (representado por um ser humano). É uma influência da primitiva igreja, pois os antigos Pais da Igreja conservavam o conhecimento dos mistérios cristãos e sabiam muito bem a parte esotérica e a relação entre as forças cósmicas (astrologia espiritual) e a evolução humana. Os Evangelhos são Escolas de Iniciação diferentes: dentre as coletâneas feitas pelos diferentes Discípulos de Cristo-Jesus e por seus seguidores diretos, foram escolhidas apenas essas quatro, que hoje, divididas em capítulos, constituem os evangelhos. As demais foram consideradas apócrifas ou não inspiradas. Contudo, havia uma razão de ser nessa escolha. Tais evangelhos ou métodos iniciáticos formam as linhas angulares que determinariam o horóscopo e evolução do Cristianismo.

Podem alguns estranhar que Escorpião seja ali representado pela águia, como o foi na esfinge misteriosa. É que Escorpião, representando as forças criadoras, em que se fundamenta todo o nosso poder potencial encerra vários símbolos. Cada um deles exprime um estágio evolutivo.

As forças ocultas no ser humano são um mistério, cujo conhecimento e domínio nos abre as portas da regeneração e libertação, para a reconquista da condição de filhos de Deus (religação ou Religião verdadeira).

Por isso rege o sexo e a força motriz emotiva. Por isso rege a oitava casa do horóscopo, que expressa regeneração ou degeneração, segundo os Astros e Aspectos de cada tema astrológico.

Na fase primitiva da evolução, Escorpião rasteja na paixão, escravizando o nativo às exigências dos sentidos. No aspecto espiritual, gira por detrás, com a cauda, mostrando o lado negativo em que vivíamos, como médiuns grandemente influenciados e dirigidos de fora. Aqueles que se iniciavam nos mistérios e alcançavam o desenvolvimento positivo das suas faculdades eram relacionados com a serpente, que pica pela frente, mostrando o aspecto positivo, independente. Nos mistérios egípcios, os Najas, ou serpentes, levavam uma serpente que parecia sair da raiz do nariz (lugar da consciência individual, do espírito divino). Esses eram desenvolvidos positivamente nos mistérios. Eram clarividentes voluntários. Os involuntários, que tinham a mesma condição dos médiuns espíritas de hoje, traziam uma serpente desenhada no ventre, na altura do “plexo solar”. Essas posições da serpente mostravam que, no desenvolvimento positivo é o espírito interno que alcança a possibilidade de voos d’alma, saindo e entrando do corpo, pela cabeça (entre as comissuras dos ossos parietais e occipital), ao passo que, no desenvolvimento negativo é um espírito estranho que expulsa o espírito residente e penetra no corpo pelos órgãos sexuais ou pelas paredes etéricas, rompidas, do plexo.

Na Bíblia temos várias passagens elucidativas desses dois estados. Os israelitas tomaram a palavra “Naja” e modificaram-na, com o sufixo, negativo feminino “OTH”, que nos dá NAIOTH e o final positivo masculino “IM” para a clarividência positiva. Saul foi a Naioth (foi tomado por espírito e divertiu os outros com tiradas proféticas).

Cristo-Jesus foi Naim e ressuscitou o Filho da Viúva (Iniciação de Lázaro).

Mercúrio, o símbolo da razão, também leva uma serpente a sair-lhe do chapéu; é indicação de que, com o chapéu de Mercúrio, a razão, chave evolutiva da presente época Ariana, o ser humano é livre e independente de influência externa para evoluir.

Quando, no antigo Egito, a pessoa levava duas serpentes a sair-lhe da fronte, indicava exercer dois poderes: de rei e de sacerdote.

Naja (Uraeus) é um emblema de Sabedoria. Cristo se refere aos detentores dessa Sabedoria quando aconselhou a sermos “sábios como as serpentes”. Na Índia, os guardiães dos mistérios eram chamados “nagas” ou serpentes. Nos “Eddas” de Islândia, vemos que Siegfried, investigador sincero, degolou a serpente, provou seu sangue e se converteu num sábio.

Ora, o veneno é um símbolo da força criadora. Siegfried o bebeu e tornou-se sábio. Quem usa o veneno (poder, força sexual) de forma indevida, pica por detrás e torna-se réu ou vítima do próprio veneno como o escorpião ao matar-se, diante do perigo. Contudo, quem usa essas forças de forma positiva e justa, pica pela frente, como a serpente (razão).

Um estudo sobre Escorpião mostra como essa força age e a necessidade de ela ser transmutada, transubstanciada. Quando, pela regeneração da natureza criadora, transubstanciamos essa força dentro de nós, alcançamos a condição de águias, a que voa em busca das alturas, não com as asas de cera de falso desenvolvimento de um Ícaro, mas com asas reais, que nos torna possível deixar a prisão da ilha de nosso corpo.

Os alquimistas costumavam comparar o ser humano a um forno e representavam-no com uma chama inferior para queimar e sublimar em forma de vapor, a líquida natureza da força de Escorpião. De fato, sabemos que na medula espinhal do ser humano circula um gás, a força de Netuno que rege as faculdades supranormais. Esse gás pode converter-se no líquido passional que procura exteriorização pelo sexo ou pode ser incendiado pela aspiração e prática de ideais superiores, caso em que, eleva-se pelo tubo (medula) do forno (corpo humano) e vai fazer vibrar os dois centros espirituais da cabeça (da Gândula Pineal e da Pituitária), estabelecendo com a persistência do processo regenerativo, uma ponte vibratória entre esses dois centros.

Abrem-se, então, os olhos espirituais e alcançamos a visão dos planos internos da natureza, atualmente encobertos para os olhos carnais do ser humano comum.

Ora, o que cegou o ser humano foi a queda e o uso da bebida alcoólica e de outros excitantes. Por isso, a Fraternidade Rosacruz recomenda aos Aspirantes à vida superior o abandono da carne de mamífero, aves, peixes, répteis, anfíbios (que está impregnada pela paixão animal, pois como diz a Bíblia, “a alma do animal está no sangue”), das bebidas alcoólicas, do fumo (de qualquer tipo e de qualquer forma) e de outros tóxicos que dificultam o processo regenerativo.

O modelo divino do Tabernáculo no Deserto, dado a Moisés no Monte, previa precisamente a elevação humana da degeneração em que estavam, para a regeneração. O altar dos sacrifícios simboliza a força criadora voltada para satisfação egoísta de todos os desejos do ser humano. Ela deve ser queimada (sublimada) com sal (arrependimento). O odor que se elevava da queima agradava ao Senhor. Contudo, naquele tempo o ser humano não estava preparado ainda para o sacrifício de si mesmo e os Seres Superiores determinaram que sacrificassem suas posses (machos bovinos e ovinos) além dos dízimos. Com o advento de Cristo e a purificação dos estratos da Terra o ser humano alcançou a possibilidade de fazer de si mesmo, sob uma orientação racional, um sacrifício vivente. O Tabernáculo no Deserto, que era uma sombra das coisas que viriam, antecipava essa possibilidade expressa por São Paulo Apóstolo quando diz na sua Epístola aos Efésios 4:22 a 24: “que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do homem novo, em novidade de espírito”. E, ainda mais, na sua Primeira Epístola aos Coríntios 15:42: “ressuscitarmos da corrupção para a incorrupção, de corpo animal para o corpo espiritual”. O Tabernáculo no Deserto é nosso corpo, o Templo de Deus Vivo, Interno. Se queremos trabalhar eficazmente a serviço da humanidade, alcançando, ao mesmo tempo, para nós, a verdadeira felicidade, é necessário que passemos além de seres humanos comuns, que funcionam apenas no pátio externo do Tabernáculo no Deserto, no lado inferior. Aprendendo a queimar os atos errôneos de cada dia, com o fogo da consciência, durante a retrospeção noturna, podemos lavar-nos e purificar-nos, a fim de entrar, durante o sono, no Santo (Sala Oriental) e lá trabalhar como Auxiliares Invisíveis inconscientes, a serviço da humanidade. Contudo, não basta isso, é necessário que durante o dia aproveitemos todas as oportunidades de bem agir. Só podemos ser eficientes Auxiliares Invisíveis quando aprendemos a ser, aqui e agora, Auxiliares Visíveis provados pela prática e não simplesmente em teoria e aspiração. Aí sim, o bem agir e uma retrospeção bem feita nos permite extrair a essência do serviço prestado, para oferecê-la aos semelhantes durante o trabalho noturno a que nos consagramos diariamente.

Desse modo — afirma Max Heindel com o conhecimento de causa — o maior criminoso pode transformar-se radicalmente. É um trabalho de repetição no bem, de automatização do certo, deixando de lado, procurando esquecer o lado inferior, que morrerá de inanição, aos poucos, e um dia chegará em que, suficientemente equilibrados para nos dirigir seguramente no Mundo do Desejo, somos visitados pelo Mestre e convidados a entrar no Santíssimo (Sala Ocidental). Esse extremo ocidental do Tabernáculo no Deserto é a nossa cabeça, onde estão os dois Querubins (Glândula Pineal e Pituitária ligando suas asas, ponte vibratória) sobre a arca, onde estão as tábuas da lei (a observância consciente e espontânea nas leis naturais), a vara de Aarão (o fogo espinhal de Netuno, com todo seu poder potencial) e o Maná (o Espírito).

Contudo, essa transubstanciação é assunto delicado. Por isso fazemos o presente artigo, na esperança de reforçar e assegurar uma boa compreensão do que sairá em julho.

O ser humano precisa de conhecer-se sobre o assunto (Nosce Te Ipsum), por um estudo criterioso de seu horóscopo, tomar consciência de seus pontos frágeis e fortes e depois trabalhar vigilantemente por sua regeneração, seguindo um roteiro pessoal. Os pontos frágeis, principalmente os complexos impulsos emocionais e sexuais, não são sublimados pelo combate. Cristo recomenda mui oportunamente que “não resistamos ao mal”, isto é, que não pensemos nele, que não lhe demos consideração pois, cada vez que pomos uma ideia na consciência fortificamo-la com nossa atenção. Consegui bons resultados, mantendo-me sempre ocupado em coisas nobres e prazerosas. Os Santos são muitas vezes representados pisando uma serpente. São Jorge matou o dragão, também nós, para dominar a força emocional de Escorpião, devemos unicamente estar alertas contra seu automatismo astuto e sutil e pensar e agir unicamente no que seja construtivo.

Há muitas coisas por aí a conspirar contra nosso aperfeiçoamento. Não faz mal. Não podemos ficar num convento. A oficina de aperfeiçoamento é aqui mesmo, no meio da tentação. É a única forma de provarmos para nós mesmos se estamos seguros para enfrentar provas maiores. Estejamos alertas contra as insidiosas sensações e imagens que, pela televisão, pela revista, podem acumular-se e insidiosamente incitar-nos a natureza inferior. Olhemos o lado bom de cada coisa, desconcertando o mecanismo do subconsciente instintivo. Isto é, vigiar e orar.

E, como ainda não somos santos, cuidadosamente demos vazão ao vapor da natureza emocional que se acumular, porque senão estoura a caldeira. Escorpião rege esse impulso de liberação e devemos ser prudentes. Contudo, entre ser prudentes e condescendentes com o instinto, vai uma grande distância.

Há, ainda, o perigo do recalque, isto é, não sublimar natural e inteligentemente a força instintiva e apenas querer contê-la à força de vontade ou por inibição. Isso é realmente um perigo. Na Lenda de Parsifal, Klingsor, buscando ser um dos cavaleiros do Graal (ser repentinamente elevado), mutilou-se, vedando a si mesmo a satisfação instintiva.

Contudo, com a vista espiritual o Guardião do Castelo percebeu-lhe o íntimo tenebroso e passional e não lhe permitiu o ingresso. É o problema da circuncisão debatido por São Paulo apóstolo. O Corpo de Desejos é distinto do Corpo Denso, se bem se expresse através dele, como Klingsor fazia com Kundry, quando a despertava antes que os cavaleiros do Graal o fizessem, utilizando-a em propósitos egoístas. Klingsor morava no “vale”, indicativo da parte baixa do corpo, onde se situam os órgãos sexuais, expressão inferior da força emocional. O Castelo do Graal estava no “monte”, isto é, na cabeça. Os cavaleiros são o gás netuniano. Atraídos e seduzidos pela flores-deusas deixam-se exterminar por Klingsor.

Parsifal foi tentado e venceu a prova. Contudo, teve, ademais, que provar seu valor altruístico, sofrendo e servindo, usando seu poder em benefício dos demais e nunca para si.

Assim, também nós, temos tudo isso dentro do nosso reino interno e é mister alcançar o mérito de Parsifal não insensatamente como Anfortas, mas sabiamente, como “serpentes” que desejam transmutar-se em águia.

E das cinzas da queima da natureza inferior elevar-se-á, gloriosamente, em repetidos renascimentos, cada vez mais luminosos, a Fênix!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1966)

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Pergunta: Quando o Ascendente está em Áries, isso mostra que o nativo é uma alma nova?

Pergunta: Desejaria fazer uma pergunta a respeito da declara­ção feita por Max Heindel em alguns dos seus artigos, no sentido de que, quando o Ascendente está em Áries, isso mostra que o nativo seja uma alma nova, ou, em outras palavras, esteja no início da manifestação material. Em oposi­ção a isso, Max Heindel diz também que sempre que o Ascendente ocorre em Escorpião indica que a disso­lução começou a ocorrer.

Porém, enquanto o aspecto relativo a Áries indica uma proposta física, o relativo a Escorpião deixa-nos em dúvida. O aspecto de Escorpião está relacionado unicamente ao físico, de que forma? A dissolução ocorre imediatamente ou será de natureza gradual, culminando finalmente na passagem pelo Signo de Peixes?

Max Heindel declara também ser difícil elucidar o horóscopo de uma criança de sete meses, porque parece estar fora da linha relativa ao nativo. Eu sou um exem­plo de criança nascida aos sete meses e posso comprovar a veracidade dessa declaração. No entanto, levando em consideração a primeira parte desta carta, não consigo ver como poderia reconciliar, em minha Casa, as condi­ções relativas ao Ascendente de cada membro com a apa­rente indicação e inclinação de cada um como opostas a mim.

Resposta: Mesmo que tivéssemos feito a declaração que o consulente nos atribui, ou seja, que aqueles que têm Áries no Ascendente sejam almas novas, isso não poderia servir-lhe de orientação neste caso, pois admite ser uma criança nascida aos sete meses. Em consequência, os princípios gerais não poderiam ser aplicados em seu caso. Contudo, na realidade, nunca fizemos tal declaração. Se procurar a passagem à qual se refere, verá que sua memória o enganou. O que dissemos, e ainda dizemos, é que o Espírito nasce sob todos os doze Signos a fim de adquirir a experiência advinda de cada um deles; e podemos considerar como princípio, falando em termos gerais, que os que nascem com Áries no Ascendente entraram recentemente em um novo ciclo de vida, uma espiral mais elevada no caminho de sua evolução.

Torna-se evidente que alguns de seus familiares ou outros que o rodeiam possam ter qualquer um dos onze Signos se elevando e, assim mesmo, estar a um ou mais degraus, ou espirais, abaixo ou acima daquele que tem Áries no Ascendente. Quando isso for entendido, compreenderemos facilmente que quando uma pessoa alcança Escorpião, o Signo da morte e da dissolução, os frutos de todas as vidas regidas pelos vários Signos precedentes estão começando a amadurecer e a dissolver-se para que, quando o Espírito progredir através de Capricórnio, Aquário e Peixes, esses frutos sejam gradualmente assimilados, a semente amadureça para permitir a entrada da alma em Áries e, assim, iniciar um novo ciclo de vida.

Devemos também entender que o número de nascimentos referentes a qualquer Signo particular varia de acordo com a adaptabilidade do Espírito e a facilidade com que aprende as lições programadas para ele pelas Divinas Hierarquias. Só pode haver um único nascimento sob Áries num determinado ciclo de vida e, talvez, cinco ou dez sob os outros Signos; e vice-versa, de forma que, se dois espíritos tivessem que nascer sob o Signo de Áries na mesma espiral de evolução e um dentre eles se mostrasse diligente na aprendizagem de suas lições na escola da vida, poderia ser promovido à classe de Touro ou mesmo Gêmeos, antes que o outro deixasse Áries. Tendo ele uma especial preferência pelo trabalho de Gêmeos, poderia acelerar-se, ultrapassando o outro que marcharia lentamente pelo caminho de Câncer e assim por diante. Não há regras definidas. Tudo depende da qualidade inerente ao Ego e o que um faz não pode servir de critério para o que o outro possa fazer. Por isso, não podemos julgar a condição de qualquer um examinando apenas o seu Ascendente.

Só há um método que fornece solução aproxi­mada para a questão da intenção das Divinas Hierarquias a respeito de uma vida particular, que é comparar a progressão relativa do Ascendente com a do Meio-Céu. Ao fazer isso, podemos notar que um deles esteja movendo-se mais rapidamente que o outro. Supo­nhamos, por exemplo, que estejamos acompanhando o ho­róscopo de uma pessoa durante quarenta anos. Digamos que um grau de Áries esteja no Meio-Céu e um grau de Câncer, no Ascendente, no momento do nascimento. Imaginemos, então, que, aos quarenta anos, o Meio-Céu tenha progredido até Touro, 5, e o Ascendente, até Leão, 15. Isso mostra que o Meio-Céu percorreu 35 graus, enquanto o Ascendente andou 45. O Meio-Céu indica as tendências espirituais e as oportunidades na vida e o Ascendente mostra o lado material. Assim, é evidente que as oportunidades colocadas diante daquele Ego foram principalmente materiais e a tendência da sua evolução, na vida que estamos considerando, seria especialmente terrena.

Contudo, preste atenção a isto: o horóscopo, como reiteramos repetidamente, só mostra as tendências e é perfeitamente possível que uma pessoa com tal horóscopo decida seguir seu próprio caminho e cultivar todas as oportunidades espirituais que puder. Se ela tiver suficiente força de vontade, poderá mudar completamente a sua vida. Outra, cujo Meio-Céu progrida mais rapidamente do que o Ascendente, poderá encontrar dificuldades em atingir o sucesso material, mas terá todas as oportunidades para o crescimento anímico que almejar em seu caminho. Poderá também decidir governar as suas estrelas e ser bem-sucedida nos casos mundanos, mas o fato de conseguir isso, ou não, dependerá da sua força de vontade em oposição à indução das estrelas.

(Pergunta nº 36 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 2)

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Pergunta: Como nós na Época Lemúrica podíamos executar nossas atividades se não tínhamos olhos, e não podíamos ver o mundo ao nosso redor?

Pergunta: Como nós na Época Lemúrica podíamos executar nossas atividades se não tínhamos olhos, e não podíamos ver o mundo ao nosso redor?

Resposta: O Lemuriano não tinha olhos, mas ele tinha dois pontos sensíveis em sua cabeça, onde os olhos estão localizados agora. Ele tinha um sentido do tato e, portanto, podia sentir a percepção física da dor, do alívio e conforto, e tinha uma percepção interna que lhe dava uma fraca ideia da forma externa dos objetos, mas que iluminava muito a sua natureza interior. Portanto, a consciência era dirigida para dentro e o Lemuriano percebia as coisas físicas de um modo espiritual, algo parecido como percebemos as coisas nos sonhos. Com relação ao nascimento de seu corpo ele nada sabia, pois não podia ver ou saber qualquer outra coisa, como agora vemos os objetos externos; mas ele sentia seus semelhantes com sua percepção interna de sonho, e tinha uma espécie de linguagem que consistia em sons parecidos com os da natureza.

O Lemuriano executava suas atividades automaticamente, sob a direção de grandes Seres, principalmente, os Senhores da Forma, a onda de vida de Escorpião e os Senhores da Mente, a onda de vida de Sagitário. Os Senhores da Forma o ajudava a construir o seu Corpo de Desejos e os Senhores da Mente o ajudava a se preparar para receber o germe da Mente.

O trabalho realizado pelo Lemuriano, sendo principalmente dentro de si mesmo, não foi de modo algum prejudicado pela falta da visão externa, pois consistia quase que inteiramente no desenvolvimento de seus órgãos internos e seus veículos superiores; e sendo feito, automaticamente, sob a direção de Seres Elevados tais atividades eram perfeitas e totalmente corretas.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de nov/1940 – traduzida pela Fraternidade Rosacruz Campinas-SP)

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O Mito da Fênix

O Mito da Fênix

A mitologia nos conta a história da Phoenix, uma fantástica ave que vivia cerca de 500 anos e depois se queimava, renascendo das cinzas, continuamente.

Pois bem, ela continua renascendo. Esse mito é um símbolo do Espírito que renasce para a escola da vida de tempos em tempos, depois de haver purgado os erros que cometeu e trazendo as cinzas das experiências passadas, como consciência.

A ave é símbolo do espírito. O místico símbolo de Escorpião é representado no seu lado positivo e levado pela Águia que se eleva aos céus, depois de haver rastejado como escorpião nos apegos materiais. Nos dramas místicos de Richard Wagner, o Iniciado, “Parsifal” e “Lohengrin”, é o cisne que representa essa ideia. Em “Parsifal”, Amfortas amenizava as dores ferida do erro na água do lago purificada pelo cisne (região superior do Mundo do Desejo). Em “Lohengrin”, o cisne aparecido a Elza era o Iniciado que pode, com bico do desenvolvimento positivo e consciente, investigar tanto abaixo da superfície (Mundo Físico) como acima (planos superiores ao Mundo do Desejo). No batismo do Jordão, um raio do Cristo Cósmico desceu para habitar o Corpo de Jesus, na forma de uma pomba, símbolo usado pela igreja católica para representar o Espírito Santo.

O renascimento é ensinado pelas diversas escolas de ocultismo. Não é propriedade de ninguém, mas uma verdade cósmica evidenciada pela analogia em todos os reinos e ensinada por todos que puderam lhe comprovar diretamente a realidade. Realmente, qualquer indivíduo que desenvolva o sexto sentido latente poderá ver quando o Ego desce ao renascimento do 18º ao 21º dia após a fecundação da mulher e quando deixa o Corpo Denso, pela morte deste, levando consigo os veículos superiores.

Quando nos dizemos uma escola filosófica de cristianismo esotérico, às vezes causamos estranheza.

Desavisadamente pensam alguns que a Fraternidade Rosacruz é uma espécie de espiritismo, que ensina também o renascimento, com o nome de reencarnação. Preferimos o termo “renascimento” porque é mais apropriado, mas esta identidade não significa sermos espíritas. O renascimento é ensinado desde muito antes de Cristo. A diferença entre a Fraternidade Rosacruz e o Espiritismo é a do método do desenvolvimento interno. O espiritismo busca re-despertar a faculdade negativa da mediunidade que tivemos no passado. Naquela fase de nossa evolução (Época Lemúrica) tínhamos a visão dos Mundos internos ou espirituais, hoje invisíveis aos nossos olhos carnais.

Víamos os Anjos guardiães da humanidade. Depois, com o abuso sexual, com o casamento fora da família e da tribo e com o uso do álcool, perdemos essa faculdade.

Formou-se então o sistema nervoso cérebro-espinhal ou consciente, com nosso estado atual de vigília.

Pelo exposto vemos, então, que a mediunidade, relativamente fácil de ser desenvolvida, porque já a possuíamos no passado, representa uma retrogradação evolutiva. O caminho é para frente e para cima.

Portanto, embora muito mais difícil, o desenvolvimento positivo é que tem de ser conquistado, conforme ensina a Escola Rosacruz, e pelo método apropriado aos ocidentais.

Além disso, vale acrescentar, o desenvolvimento positivo ou consciente conserva e valoriza a liberdade espiritual do homem, enquanto a mediunidade o transforma num instrumento de forças que não pode controlar.

Outro motivo de estranheza é entre os católicos e protestantes. Alegam eles que o renascimento não é ensinado na bíblia e, assim, como podemos considerar-nos cristãos?

De fato, o renascimento não foi ensinado publicamente na Bíblia.

Isto fazia parte do plano evolutivo da humanidade. Os Senhores do Destino sabiam que teríamos de passar por esta fase de conquista material, em que o cristianismo assumiria sua forma inicial meio materializada. É explicável. A transição não poderia ser brusca, como não o é nenhum processo da natureza. “Natura non facit saltum”. Por isso, adoramos a Deus por imagens materiais, em vez de em espírito. Mas isto não quer dizer que o renascimento não tenha sido ensinado na Bíblia. Foi exposto simbolicamente. A Bíblia, se interpretada ao pé da letra, torna-se infantil e ridícula às vezes, como sucede na história da costela de Adão. O Cristo ensinava por meio de parábolas, para, “ouvindo, não o entendessem”. Depois, secretamente, explicava o sentido aos seus discípulos. Nas passagens da visita de Nicodemos e da criança cega, temos claras alusões ao renascimento. Nicodemos visitou-O à noite (em sonho consciente) e foi-lhe dito: “necessário vos é nascer de novo”. As igrejas explicam que esse nascer de novo é a transmutação do homem velho em homem, novo, segundo disse São Paulo, o Apóstolo.

Também tem esse sentido para nós, mas refere-se, por outro lado, ao renascimento. Na passagem da criança que nasceu cega, perguntaram a Jesus: “quem é culpado; ela (a criança) ou os pais, por haver nascido cega?”. E Jesus respondeu: “foi para que se manifestasse a obra do Pai”. E dizem as igrejas simplesmente: é vontade de Deus que soframos. Acham os leitores racional esta resposta? O Deus amantíssimo, todo amor e justiça, teria vontade de criar uma nova alma, cega, para dar mostras de Seu Poder ? Para os tempos anteriores a Cristo seria admissível, pois reinava a religião do temor, do castigo. Mas Cristo veio inaugurar o Amor e o Perdão e essa passagem pertence ao Novo Testamento.

A Filosofia Rosacruz dá-lhe o sentido lógico e correto: e para que se cumpra a lei de causa e efeito, que não pode dispensar o renascimento, porque, aquilo que o Ego semeia numa vida, se não colheu nela mesma, terá de colhê-la em outra posterior. Em conclusão, a Phoenix mitológica é símbolo do espírito mais avançado, que renasce em mais ou menos 500 anos, em vez de 1000 anos, média para os indivíduos comuns.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 09/72 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Influências Fisionômicas e de Personalidade dos Astros – Marte

Influências Fisionômicas e de Personalidade dos Astros

(*) Advertência: A descrição aqui apresentada é mais exata quando o Astro é o Regente do horóscopo e bem-aspectado.
(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – Capítulo XIX – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

Marte

O Planeta Marte rege Escorpião. Ele leva, aproximadamente, um ano terrestre para passar por todos os Signos do Zodíaco.

Marte é chamado de diabo, ou o pequeno malfeitor (Lúcifer). A 8ª Casa se refere à sexualidade e Marte é o Planeta que impele o ser a se proliferar e sustentar. Marte proporciona a energia, o gosto pela luta e a ânsia da expansão. É o fogo que se colocada em bom canal – não sob pressão – pode levar a pessoa a coisas incomuns.

O marciano tem características dos cabelos vermelhos, uma pele clara com sardas e muitas vezes faz as orelhas se afastarem da cabeça (em um ângulo de 90º).

Pessoas com Marte muito forte são bons militares, cirurgiões, montadores e nas posições onde se exige uma coragem inabalável.

Tradução feita pelos irmãos e irmãs da  Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil, do original: ASTROLOGISCHE TYPELOGIE – Hans Stein – Fishe-tekst – Fraternidade Rosacruz – Alemanha

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